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Ano V • Nº 46 • Junho 2003 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br INVERNO, ALVO DAS CERVEJAS CADEIA DO AÇO SE UNE PARA VENDER A força do Edição de aniversário

Revista EmbalagemMarca 046 - Junho 2003

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Edição de junho de 2003 da revista EmbalagemMarca. Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Ano V • Nº 46 • Junho 2003 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

INVERNO, ALVO DAS CERVEJAS • CADEIA DO AÇO SE UNE PARA VENDER

A força do

Edição de

aniversário

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ENTREVISTA: JOÃO AUDIPresidente da Abeaçoconta como o setor vaibrigar para ampliar mercado da lata de aço

CERVEJASFabricantesde cervejapreparamnovidadespara mantervendas noperíodo deinverno

CAPA: FOOD SERVICEMercado da alimentação

fora do larexplode, deixandooportunidadespara a indústriaalimentícia efornecedoresde embalagens

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38

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

Impressa em Image Mate 145 g/m2 (capa) e

Couché Mate 115g/m2 (miolo) da Ripasa

Impressão: Congraf

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

FILIADA À

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

17 RefrigerantesContra o cross channel,Coca-Cola relançao “litrão” de vidro

42 PlásticasPoly-Vac festeja 30 anosdisposta a ser de novolíder em termoformadas

40 ExportaçõesABRE lança portal paraincentivar exportações de embalagens

5 EditorialEMBALAGEMMARCA

comemora seu quartoaniversário. Sem festa

36 CelulósicasNovo tipo de embalagempara carnes enobrece oproduto e reduz custos

24 ImagemDepois de oitenta anos,fermento Royal mudaa estrutura da latinha

44 FechamentosSonoco vai instalar nopaís uma fábrica detampas tipo easy-open

49 Painel GráficoNovidades do setor, dacriação ao acabamentode embalagens

46 DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagem

45 PanoramaMovimentação na indústriade embalagens e seuslançamentos

50 AlmanaqueFatos e curiosidadesdo mundo das marcase das embalagens

32 RotuladorasNovos equipamentosnacionais para aplicaçãode auto-adesivos

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junho 2003

HBA/FCECobertura das feirasconjuntas voltadas paraas área de cosméticos e farmacêuticos

MAKING OFBelas Artes e Basf dãoexemplo de integraçãoescola-empresa na criação de uma linha de produtos industriais

FILTROS UVNovos aditivos epolímeros impedem aação de raios UV emembalagens plásticas

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om esta edição, EM-B A L A G E MMA R C A

chega ao seu quarto ano deexistência. Não vamos nosdar ao luxo de comemorar,ainda que termos chegadoaté aqui seja motivo parafestejar, como quem correem meio a um tiroteio.Não deixa de ser motivode alegria, também, o fatode que a travessia de maisuma etapa significa reco-nhecimento ao nosso tra-balho. Isso teria sido im-possível sem o apoio cres-cente de leitores, amigos eanunciantes.Tal reconhecimento é mo-tivo de grande felicidadepara a equipe, que agrade-ce. Mas é sobretudo um in-

centivo a que nos empe-nhemos para implementarainda mais a qualidade in-formativa e visual da revis-ta. Não nos damos por sa-tisfeitos com os seguidostestemunhos de que EMBA-LAGEMMARCA é hoje oprincipal referencial jorna-lístico da cadeia de emba-lagem. Não nos envaidece-mos por termos nos trans-formado em parâmetro.Não deitamos no berço docomodismo ante a homo-logação do mercado, tra-duzida no crescimento novolume de publicidadenestes quatro anos. Chega-mos a corar com os elogiosao “nível internacional” dapublicação. Gratos pelos

aplausos. Mas queremos irmais longe.Neste quarto aniversário,reitero em nome de toda aequipe de EMBALAGEM-MARCA o compromisso decontinuar trabalhando comtotal dedicação para honrara imagem alcançada pelarevista, a de ser uma fontede informações úteis aquem integra a cadeia deembalagem no Brasil.Contribuindo para a me-lhora das atividades decada um, acreditamos estarcumprindo nossa tarefa naconstrução de um paísmais próspero e mais justo.Obrigado a todos.

Wilson Palhares

Quarto aniversário sem festa

C

Não nos damos porsatisfeitos com osinúmeros testemunhosde que EMBALAGEM-MARCA é hoje o princi-pal referencial jorna-lístico da cadeia deembalagem. Queremosir mais longe

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o surgir em 1815, a lata de aço,uma das primeiras embalagenscriadas na era industrial, repre-sentou extraordinária conquistapara a humanidade, ao permitir apreservação de alimentos em

conserva por longos períodos de tempo.Durante mais de um século e meio a emba-lagem de folha-de-flandres dividiu pratica-mente sozinha com a de vidro o mercado deacondicionamento dos mais variados pro-dutos de consumo.Notadamente a partir da primeira metadedo século passado, o surgimento e o aper-feiçoamento tecnológico de novos mate-riais, sobretudo as resinas plásticas e o alu-mínio, começaram a roubar fatias naquelaseara tranqüila. Foi assim no mundo intei-ro, e não muito diferente no Brasil. Ao con-trário, aqui, um reino de placidez e como-dismo durante as décadas de mercado cati-vo, com variadas barreiras à entrada de tec-nologia e de concorrência para valer, a latade aço e o vidro de certa forma se aco-modaram – e acabaram perdendo as gordasfatias que detinham, estimadas em algopróximo a 80% do total das embalagensconsumidas no país. Hoje, segundo diferentes pesquisas, o açoteria cerca de 12%, e o vidro, 15%. As em-balagens plásticas rígidas e flexíveis fica-riam com o equivalente à soma detida pelosdois materiais decanos. Imbuídos do espíri-to da velha máxima de que “a união faz aforça”, integrantes da cadeia de aço estãodeterminados a reverter esse quadro.Em maio último, fundaram a Abeaço (As-sociação Brasileira da Embalagem de Aço),entidade que inclui desde a CSN – Compa-nhia Siderúrgica Nacional, único fornece-dor da matéria-prima, a folha metálica, epassa pelos fabricantes de embalagem,eventualmente distribuidores ou processa-dores de folha metálica e por envasadores,alguns dos quais têm linhas de fabricaçãode recipientes metálicos, como é o caso daNestlé e da Parmalat.Lançada com 28 associados iniciais, aAbeaço, na expectativa de sua diretoria, po-

A

JOÃO AUDI,

presidente da Abeaço,

recém-criada associação

da cadeia de embalagem

de folha-de-flandres,

conta o que o setor pre-

tende fazer para, unido,

reconquistar o amplo

espaço que já teve no

mercado, além de ganhar

presença para a lata de

aço em novos segmentos

entrevista

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ÃO

O aço se une para vender mais

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em vários segmentos, pela diferenciaçãono ponto-de-venda, graças à beleza que oaço permite dar ao produto. Em alimentos,a Bertol já trabalha bem, e em sucos temosalguns lançamentos, inclusive uma latanova da CBL. Queremos também aumen-tar as exportações.

Em que segmentos?Basicamente, em dois. Primeiro, em pro-dutos acabados e envasados, notadamentecafé, derivados de leite e carne. Segundo,em componentes, que é uma área em queainda estamos trabalhando timidamente. Aexportação da lata vazia não é viável eco-

nomicamente por causa do frete, masa exportação do componente temtodo o sentido. São fechamentos,anéis, tampa e fundo. Esse é um mer-cado em que é possível fugir de bar-reiras. Não tem “201” americanapara impedir a exportação de aço (leiamericana punitiva e de sanções co-merciais). Estamos exportando umcomponente de uma lata. É muitomelhor para o Brasil criar essa plata-forma, agregar valor ao produto.

Em outros países é possível observaro uso de embalagens de aço de for-ma diferenciada, quebrando para-digmas. Um exemplo é o uso de latascomo embalagens secundárias deperfumes. Outro, o de sabonetes emestojos “de luxo”, como forma de

agregar valor. Assim, um simples sabonetevira um objeto de desejo, um presente, umapeça de coleção ou um refil. O que impedeque se faça isso aqui?A melhor frase que eu já ouvi para essesegmento é a seguinte: “Quando você colo-ca o seu produto numa embalagem nobre,como a embalagem de aço, você garanteque o consumidor não está se identifican-do,visualizando, acessando, convivendocom a sua marca só na hora do consumo.Aquilo vai ficar na casa dele, ele vai colo-car outra coisa dentro, vai colocar na prate-leira e vai ficar ‘respirando’ a sua marcapor muito tempo”. O objetivo é tornar ocontato do consumidor com a sua marcamais longo. Esse é o objetivo da embala-

derá reunir cerca de sessenta em médioprazo, diz João Audi, diretor de embala-gem da CSN, escolhido para presidir anova associação. Nesta entrevista, ele ex-plica como surgiu e como deverá atuar aentidade. “Nessa cadeia existia um discur-so não uniforme, difuso, não havia focoexatamente naquilo que todos nós quere-mos, que é vender mais embalagem deaço”, conta Audi. “Ao mesmo tempo, oconsumidor, lá na gôndola, não tinha ne-nhuma informação estruturada das vanta-gens, dos benefícios, das inverdades que sefala sobre a lata de aço. Foi para mudar issotudo que nos unimos nessa associação.”

Quais os segmentos de mercado nosquais a embalagem de aço pode me-lhorar sua participação?Uma estratégia é aumentar a partici-pação no mercado de latas de duaspeças. A Metalic, no Nordeste, temdesenvolvido um trabalho de latasde duas peças acoplado com recicla-gem, e tem muito a ensinar ao cam-po da lata de três peças. Ao mesmotempo, esta área tem vasta experiên-cia a transmitir à Metalic. É o queem inglês se chama “cross fertiliza-tion”. A Metalic e os fabricantes detrês peças são associados à Abeaço.Esse cruzamento de experiências einformações é riquíssimo. O traba-lho de reciclagem no Nordeste nosanima a buscar um caminho para areciclagem da lata de três peças que sejamais visível para o consumidor. Ele desco-nhece que a lata de três peças é reciclável.Temos de divulgar esse atributo, como faza Metalic. O mercado de bebidas é a nossagrande esperança, uma aposta forte.

Basicamente, quando se fala em lata deduas peças, os mercados são cerveja, refri-gerantes, sucos e chás prontos para beber.Não dá para separar as características daembalagem daquelas do produto. A emba-lagem transmite valores ao produto. É im-portante que isso seja realçado pela emba-lagem, e apostamos muito nisso. O merca-do de latas expandidas de três peças, porexemplo, tem muito espaço para crescer

A exportação da lata vazia não éviável economica-

mente por causa dofrete, mas a expor-tação do compo-nente tem todo o

sentido. São fecha-mentos, anéis, tam-pa e fundo. Esse é

um mercado em queé possível fugir de

barreiras

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muito longos. A embalagem de aço, comoa de vidro, é muito antiga. São os dois in-sumos mais antigos na cadeia de embala-gens, e as inovações por que passam aca-bam sendo menos percebidas. É naturalque os ciclos de renovação sejam longos.O drive em algumas indústrias de embala-gens de outros insumos às vezes é o fabri-cante do equipamento, às vezes é o fabri-cante da embalagem, às vezes é o envasa-dor. O drive não tem regras. Aqui acompa-nhamos mais ou menos o ciclo mundial. Aembalagem de aço expandida tem poucosanos na Europa e já foi lançada no Brasil.Não estamos muito atrás do que há lá fora.

Nossos ciclos estão um pouco defa-sados, mas estamos acompanhandoos avanços que ocorrem.

A invasão do PET na área de óleoscomestíveis tornou-se um exemploclássico da disputa dos diferentesmateriais de embalagem no Brasil.Qual a participação do aço no setor,e que medidas podem ser tomadaspara recuperar o espaço perdido?O aço não está recuperando essemercado, o PET continua ganhandoespaço em óleo comestível. Os fabri-cantes dessas embalagens entrarampelos óleos nobres, que resistem àoxidação, como canola e girassol, eforam migrando para o óleo de soja.Neste segmento, devemos fechar2002 – são números ainda não defi-nitivos – com 60% do mercado em

lata e 40% em PET. Em 2001 o PET fe-chou com 37%. Neste último ano o PETnão andou muito. Foi um ano de crise depetróleo, Iraque, guerra, dólar. Isso tudonão favorece o material, que é derivado denafta e entra na cadeia produtiva do petró-leo. Acho que o pulo do gato para conquis-tar esse mercado é oferecer boas opções deabertura. A CSN e os fabricantes têm traba-lhado nesse projeto, e estamos muito pertode chegar a uma solução de abertura inteli-gente, barata, em que a dona-de-casa tenhafacilidade de usar a lata por um tempo cer-to. Porque, como embalagem, não há dúvi-da de que a lata de aço tem as vantagensque todo mundo conhece: é inviolável,pode ficar perto do fogão que não pega

gem diferenciada, decorativa. Não há ex-pectativa de ampliar o volume. Nossa ex-pectativa ao usar esse recurso é criar maisprodutos, abrir o leque. Nós temos no Bra-sil ótimos fabricantes, mas são especializa-dos. No Brasil é nicho, não é volume.

O Brasil é privilegiado em relação ao aço,começando pela abundância e pela quali-dade da matéria-prima nacional, o miné-rio de ferro, e passando pelos modernosparques dos transformadores. Entretanto,as latas nacionais suscitam em parte dosconsumidores a idéia de descompasso tec-nológico em relação a outras embalagens,ou mesmo às latas de outros países.Muitos consumidores reclamam,por exemplo, da falta de sistemas deabertura fácil em latas de muitosprodutos. Os associados da Abeaçotêm consciência dessa imagem? Têm. Acho que a consciência ficamais forte e fundamentada quandoexistem pesquisas de mercado. Porisso, nosso Comitê de Varejo e Pes-quisa de Mercado vai trazer essa in-formação para dentro de casa. É im-portante dividirmos isso com os as-sociados. O Comitê de Inovação eTecnologia, por outro lado, vai iden-tificar com as pesquisas quais são os“gaps” de funcionalidade e pratici-dade, e apontar soluções. Alguns fa-bricantes no Brasil, como a Mococae a Rojek, têm bons sistemas deabertura, mas precisamos de maisopções, precisamos nos virar para o merca-do. Nesse sentido, é interessante a vinda daSonoco Phoenix para o Brasil, com todo oapoio da CSN ao projeto.

O setor transformador de embalagens deaço ainda é controlado por capital nacio-nal, ao contrário de outros segmentos fa-bricantes de embalagens, que se valem deintercâmbio tecnológico com empresas in-ternacionais. Essa peculiaridade explica-ria o fato de as embalagens de aço nãoapresentarem novidades com freqüênciatão regular? Ou seja: falta capital para in-vestir em tecnologia e inovação?Acho que não. A indústria de embalagensde aço no mundo vive ciclos de inovação

O pulo do gato para conquistaro mercado de óleos

comestíveis é oferecer boas

opções de abertura.Estamos muito perto

de chegar a umasolução inteligente,

barata, em que a dona-de-cadatenha facilidade de usar a lata

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do a nossa embalagem, o nosso negócio.Em segundo lugar, não existe na Abeaçonenhuma discussão de pontos polêmicosda cadeia. Por exemplo, discussões sobrelegislação são encadeadas de outra forma.AAbeaço não nasceu para isso. Ela nasceupara divulgar a imagem e, seguramente,tornar todo mundo consciente da vantagemda nossa embalagem e vender mais aço. Oobjetivo é fazer todo mundo na cadeia ven-der mais. Só. Para qualquer outra discussãoo fórum não é a Abeaço.

Muitos catadores de latas de bebidas des-cartam as de aço, pois o valor pago pelo

alumínio é maior. Como mudar essaatitude?Há dois caminhos a seguir. Um é odo ciclo econômico sustentado, quefoi o caminho adotado pelo alumí-nio, um metal de muito valor após ouso. Hoje, 1 quilo do material emlata de bebidas – cerca de 70 latas –rende R$ 2,80, quase R$ 3,00. O ci-clo de valor do alumínio é suficientepara movimentar a máquina de reci-clagem. Outro tipo de reciclagemque deve ser feito é em cima de edu-cação ambiental, com coleta seletiva,separadores nos lixões, responsabili-dade do município. O trabalho quefizemos na Metalic, com a Recicla-ço, que é a empresa específica de re-ciclagem no Nordeste, tem atingidoíndices animadores, perto de 70%,

em cima de um subsídio que é dado paraaumentar um pouco a remuneração dos ca-tadores. Isso tem sido suficiente para movi-mentar essa máquina.

Mas a atividade é rentável?Claro que não é tão rentável e auto-susten-tável quanto o alumínio, mas temos injeta-do dinheiro para estimular o hábito. Obser-vamos que com um determinado valor oscatadores são estimulados a movimentaresse ciclo. Uma característica interessanteé que para obter 1 quilo de aço são neces-sárias 34 latas. Assim, o catador abaixa me-nos vezes para recolher a lata de aço e for-mar 1 quilo do que precisa no caso do alu-mínio. Ele fatura o dobro. Então, calibra-seo subsídio em cima disso.

fogo, nela não entra luz nem oxigênio, demodo que o conteúdo não oxida. Visual-mente, o corpo da embalagem se comunicamuito melhor com o consumidor do queaquele rótulo simples da garrafa de PET.As vantagens da embalagem de aço sãomuitas. Basta encontrar um sistema deabertura inteligente, em que a dona-de-casanão precise ficar fazendo furinhos na lata.Esse é um problema grave, estrutural, quenão acontece com o PET.

Em alimentos, o senhor citou uma das van-tagens que é muito lembrada pelo setor deembalagens de aço em relação a materiaisplásticos: a proteção à luz. O desen-volvimento por parte de grandesempresas de especialidades quími-cas de novos polímeros para foto-proteção de produtos acondiciona-dos em embalagens plásticas nãopode comprometer esse diferencial?Esses polímeros de fato funcionam,mas têm custo elevado.

O Brasil apresenta exemplos de ex-celência em embalagens de aço,com latas e aberturas premiadasmundialmente. Como a Abeaço vaiincentivar a inovação? Como umassociado poderá se beneficiar?O trabalho do Comitê de Inovação eTecnologia e o acesso a seus resulta-dos será absolutamente democráti-co. Se o comitê fizer um projeto,qualquer fabricante vai poder mexer nele.Não terá A, ou B ou C.

A Abeaço surge como exemplo de pactoempresarial um tanto raro: o único forne-cedor da matéria-prima se une aos clientespara defender interesses comuns. Em ge-ral, sobretudo quando o fornecedor é umsó, esses interesses não são conflitantes?Tenho absoluta convicção de que não, pordois motivos. Primeiro: quando se juntatoda a cadeia – CSN, fabricantes de emba-lagens e alguns envasadores – não tem mo-nopólio nenhum, pelo contrário. Estou nomeio de uma guerra de mercado contra oplástico, o PET, o PVC, o vidro, as assépti-cas cartonadas. Há interesses conflitantes einteresses comuns, mas estamos defenden-

Não há inte-resses conflitantesna associação. Não

há monopólio nenhum. Estamos

defendendo onosso interesse, o nosso negócio.Nossa guerra é

contra o plástico, o PET, o PVC, o

vidro, as assépticascartonadas.

veja

mais

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erão e carnaval são palavrasque naturalmente evocam bonspresságios na indústria de cer-vejas. Em meio à estação de ca-

lor e àquela que é considerada a maior fes-ta popular do país, os fabricantes da bebidatêm motivos de sobra para esfregar as po-pulares mãos invisíveis: nesse período, ademanda da loira gelada costuma crescer aponto de escoar grande parte da produçãoanual. Agora, surpresa (ou quase)! Mesmolonge de rivalizar com os imbatíveis mesesde sol e samba, a temporada outono-inver-no 2003 vem se mostrando especialmenteagitada para o setor de cervejas no Brasil.

Além da retomada de vendas das cerve-jas do tipo bock, a indústria cervejeira, queproduz 8,4 bilhões de litros por ano no Bra-sil, registra outras movimentações nessesdias de frio. Coincidência ou não, num mo-mento em que se avoluma o debate sobrerestrições à publicidade de bebidas alcoóli-cas, os grandes fabricantes anunciam novi-dades. A Kaiser acaba de lançar a Bavária

cervejas

V

Fabricantes de cervejaanunciam novidades paramanter vendas no inverno

Sem medo do frioSem Álcool, e a Companhia de Bebidas dasAméricas (AmBev) comemora três anos deexistência também com novas estratégiasna manga.

Entre outras ações, a dona das marcasBrahma, Antarctica e Skol aproveita o cli-ma e investe em marcas regionais como aPolar Export. Distribuída apenas no RioGrande do Sul, onde, segundo a AmBev, éa terceira cerveja mais vendida, com 15%de participação, a Polar, que também contacom versão bock, passou por um intenso re-design de embalagem para chegar às gôn-dolas. Presente no layout das latinhas dealumínio e nos rótulos das garrafas de vidrode 600ml, a nova identidade visual foi de-senvolvida pela agência Brandgroup.

A aposta em novas apresentações paraesquentar as vendas nesse período de diascurtos e noites longas se estende à Kaiser.Além de estrear a Bavária Sem Álcool, eassim entrar num segmento que movimen-ta aproximadamente 60 milhões de litrospor ano no Brasil, e que vem crescendo à

Por Leandro Haberli

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média de 5% ao ano, a empresa está lançan-do a Kaiser Bock Safra 2003, com visualreformulado em relação ao projeto gráficodo ano anterior.

Respondendo por cerca de 0,5% domercado de cervejas durante o inverno, osegmento de cervejas bock está, por sinal,completando dez anos no Brasil. A pioneirado setor foi a própria Kaiser, que este anoespera produzir 4,5 milhões de litros da suacerveja para dias frios. Além de malte espe-cial, a Kaiser Bock é feita com teor alcoóli-co cerca de 1 grau acima do que o das cer-vejas pilsen.

Retornáveis não perdem fatias Apesar da crescente participação dos pro-dutos segmentados, na parte das embala-gens fica claro que os lançamentos desse in-verno, que parecem privilegiar latas de alu-mínio, representam uma pequena fatia domercado brasileiro de cervejas, que só estáatrás dos Estados Unidos, China e Alema-nha no ranking dos maiores produtoresmundiais da bebida. Afinal, quase 70% detoda a cerveja consumida no país são acon-dicionados em embalagens retornáveis.

Nessa fatia, as garrafas de vidro de600ml só não reinam absolutas pela presen-ça dos barris de chope, que respondem por4%. Quanto à expectativa de entrada doPET, que indiretamente foi reforçada com orecente lançamento da Cerpa em garrafasPEN, o cenário atual ainda indica que estálonge o tempo em que os fabricantes brasi-leiros de cerveja investirão largamente emembalagens plásticas.

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Kaiser lança Bavária Sem Álcool e mantém linha bock, enquantoAmBev aposta em marcas regionais como a Polar Export

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16 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

permanecem inexpugnáveis, cervejarias depequeno e médio porte amealham aprecia-dores em regiões distantes de seu Estado deorigem, e assim denotam um movimentoinverso ao das marcas regionais. Exemplolatente, embora já venha sendo observadodesde o final do ano passado, é o da flumi-nense Itaipava, que também acaba de pas-sar por uma reformulação visual, feita pelaagência a10 Design. Produzida pela Cerve-jaria Petrópolis, a marca ostenta um desem-penho comercial extraordinário.

Embalagem funciona como mídiaSem investir fábulas em comerciais combeldades femininas, mas com um acessóriode embalagem que conquista cada vez maisconsumidores, o selo protetor, a empresa,dona também da marca Crystal, espera pro-duzir 59 milhões de litros em 2003. Se a es-timativa se concretizar, a Petropólis deveráobter uma receita de aproxima-damente 70 milhões de reais,resultado que significaria au-mento de quase 100% sobre ofaturamento do ano passado.

Trata-se sem dúvida de umótimo exemplo da importânciade diferenciar-se nas gôndolas,já que não é todo dia que umamarca relativamente desconhecida alcançatamanha aceitação entre os consumidoresde cerveja – e a Itaipava fez isso com umapelo inédito de embalagem (sobre seloprotetor, ver EMBALAGEMMARCA nº 42).Para se ter idéia, no primeiro trimestre doano, a Cervejaria Petrópolis teve um au-mento de 20% no volume de vendas. Talcrescimento é quase cinco vezes superior

ao obtido pela AmBev, que avançou 4,5%no mesmo período.

Para muitos bebedores, o sucesso daItaipava se deve à qualidade de sua cerveja,que passa longe do gosto aguado que carac-terizaria outras marcas regionais emergen-

tes. Mesmo assim, parece ine-gável que o selo higiênico tempapel central no sucesso damarca. Apesar das evidênciasdessa teoria, a indústria cerve-jeira mostra-se reticente quantoà adoção da solução em escalageneralizada.

Marcos Mesquita, superin-tendente do Sindicerv (Sindicato Nacionalda Indústria da Cerveja), diz que há no Bra-sil cerca de quinze projetos de lei sobre ouso de selos higiênicos em latas de bebida.“Mas nosso setor é contrário a qualquerobrigatoriedade nesse sentido”, posiciona-se Mesquita. Ele defende que as latas decerveja nunca são contaminadas nas linhasprodutivas, mas sim em pontos-de-vendaprecários, ou mesmo nas caixas de isoporde vendedores ambulantes.

“Ao invés de impor o uso de selos pro-tetores, precisamos informar o consumidorde que é preciso lavar as latas antes do con-sumo”, alega o superintendente. Enquantonão vem uma legislação específica sobreselos higiênicos para latas de bebidas, a in-dústria brasileira tenta ampliar o volumeproduzido de cervejas, que pouco evoluiudesde 1995. Como tantos outros segmen-tos, o setor torce para que o espetáculo docrescimento econômico seja enfim encena-do no país.

Com selo protetor,Itaipava alcançouprojeção nacional

Embalagensdescartáveis

acondicionammenos de 30% dacerveja produzida

no Brasil

Garrafa de PEN, da Cerpa: uso

de plásticosainda é restrito

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Garrafa retornável para melhorar as margens de lucro

ão bastasse o flagelo da “tubaini-zação”, em que marcas regionaistomaram cerca de um terço do

mercado em que as grandes marcas de re-frigerantes sempre reinaram quase absolu-tas, de uns tempos para cá estas enfrentamoutro problema. Dessa vez a briga é com o“cross channel”, expressão que pode sertraduzida por “fica mais barato comprar novarejo do que do distribuidor”. Aí, o papelde vilão, ou de instrumento, cabe às emba-lagens one way, abrindo caminho para avolta de recipientes que haviam sido des-continuados, como a garrafa de vidro retor-nável de 1,25 litro da Coca-Cola.

Com o avanço das embalagens descar-táveis de PET e de metal, os refrigerantespopulares tornaram-se uma alternativa quedeu extraordinária força de barganha às re-des de auto-serviço nas negociações comprodutores de marcas fortes. Tendo seuspreços de compra baixados à força, estassão oferecidas nos pontos-de-venda de for-ma extremamente atraente para os estabe-lecimentos do “canal frio”, isto é, bares elanchonetes. Quem perde é o distribuidor.

Aforma encontrada pelos distribuidorespara evitar o “fogo amigo”, mantendo pre-ços competitivos, foi simples: os engarrafa-dores de Coca-Cola daquelas regiões co-meçaram há cerca de dois meses a reutili-zar as garrafas de vidro de 1,25 litro, forne-cidas pela Cisper. A possibilidade de váriosciclos de uso simplesmente melhora asmargens de lucro. Retornáveis não interes-sam aos auto-serviços, por exigirem espa-ços e mão-de-obra para recepção.

No relançamento foram conseguidos al-guns implementos na embalagem. A deco-ração, em novo layout, permite melhoraproveitamento do espaço, com um painelmais amplo, valorizando a comunicação. Oconteúdo é informado no ombro da garrafa,em cujo rótulo foi introduzido o novo gra-fismo da marca, que inclui uma onda de coramarela. Dada a melhora no processo deimpressão em silk-screen, tornou-se possí-vel incluir o código de barras na embala-gem retornável, o que antes não ocorria.

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s últimos anos têm mostrado transforma-ções significativas na divisão do apetitosobolo produtivo da indústria alimentícianacional. Fatias cada vez mais generosas

têm se desviado dos carrinhos de compras do consu-midor para atender o chamado canal institucional, oude food service, que congrega os negócios ligados àalimentação fora do lar. Cozinhas industriais em ge-ral, restaurantes, lanchonetes, padarias, serviços hote-leiros e de catering e, mais recentemente, até super-mercados e hipermercados, com suas rotisserias, estãopor trás de um universo de cerca de 1,2 milhão de em-presas, que já movimenta anualmente um montanteacima dos 30 bilhões de reais.

Não é à toa que a Associação Brasileira dasIndústrias de Alimentação (Abia) vemdedicando especial atenção ao mo-nitoramento desse segmento.Segundo a entidade, os negó-cios em food service cresce-ram 121% de 1995 a 2002, en-quanto o canal do varejo tradi-cional evoluiu 60,2% no mes-mo período. Tal explosão,contudo, ainda não saturou omercado. Para a Abia, o Bra-sil guarda um grande poten-cial a ser explorado: enquantonas grandes metrópoles brasilei-ras perto de 25% das refeições sãoconsumidas fora do lar, na Europa esse índicechega a 75%, e nos Estados Unidos, a 50%.

Pulverização Devido a essa ebulição recente no país, os operadoresde food service, como o jargão da indústria alimentíciadenomina as empresas atuantes do setor, ain-da não estão plenamente atendidos notocante à apresentação dos produtos.Dentro de suas necessidades específi-cas, ingredientes em porções maioressão exigências óbvias. Todavia, não bas-ta dirigir a esses clientes em-balagens de volume pa-quidérmico, que eliminemqualquer praticidade – o

reportagem de capa

OFood service cresce e,

embora lentamente, opções

em embalagens também

Quase no ponto

Por Guilherme Kamio

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ÃOe evita problemas de higiene, previsíveis

quando as embalagens são armazenadasabertas e de modo impróprio.

Não se pode dizer, entretanto, que to-dos os elos iniciais da cadeia produtivado food service estão descompassadoscom a realidade. A bem da verdade, o nú-mero de soluções apropriadas às necessi-dades da cadeia de food service só tendea aumentar.

Um bom exemplo já existente, mos-

que, segundo Enzo Donna, da ECD Con-sultoria e membro do grupo de food servi-ce da Abia, tem sido a tônica até agora,numa lógica vesga de atacadão.

“Houve uma grande multiplicação epulverização do mercado de food service,e hoje cerca de 97% dos operadores sãoestabelecimentos pequenos, para os quaisas embalagens para grandes cozinhas in-dustriais não são adequadas”, ele aponta.Em outras palavras, ao não dialogar comos consumidores do food service e enten-der suas carências, a indústria alimentí-cia, e por extensão os fornecedores deembalagem, estão perdendo oportunida-des latentes de ampliar suas margens.

O futuro, na opinião do consultor, sor-ri para as embalagens práticas, com volu-mes menores e consentâneos a utilizaçãototal de uma só vez, ou então para as queagreguem dispositivos de dosagem ou di-visões em porções, para agilizar o traba-lho dos usuários e ajudá-los a maximizarseu faturamento. Isso reduz desperdícios

Líder em sachêse blisters, aJunior agora possui tambémembalagens institucionais degrande volume

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trado em uma edição anterior (EMBALA-GEMMARCA no 43, março/2003), é dadopela Sonoco For-Plas, que passou a for-necer para a rede McDonald’s embala-gens cartonadas multifolhadas para a do-sagem padronizada de molhos e de quei-jo cheddar. De acordo com Daisy Spaco,diretora de marketing da Sonoco For-Plas, a empresa está desenvolvendo umanova linha de baldes plásticos para ali-mentos, “com opções em design e fecha-mentos ideais ao canal institucional”.

Tudo feito em casaDesenvolvimentos dignos de registrotambém podem ser vistos na Junior Ali-mentos. Fornecedora de peso de sachês eblisters em dose única para molhos, con-dimentos, margarinas e geléias oferecidasem restaurantes, serviços de catering e ho-téis, a empresa vem redirecionando pro-dutos para o uso no interior das cozinhasdos operadores. Um lançamento é a maio-nese para o mercado institucional, em bal-des de 3kg injetados pela própriaempresa. “O produto é acondicio-nado em filme de alta barreiracom bocal, o que permite a suautilização fracionada e impede ocontato direto com o recipiente”,revela Gino Colameo, diretor co-mercial da Junior e diretor execu-tivo da Abia, na qual coordena ogrupo de food service.

Outro destaque é o sistema de pouchespara molhos pré-preparados, condimen-tos e recheios e coberturas doces. Dispo-níveis em volumes de 1kg a 6kg, os pou-ches garantem maior higiene e flexibili-dade no uso. Eles são fabricados pela pró-pria Junior com estruturas multicamadasque variam de acordo com os requisitosde barreira de cada produto, com filmes

fornecidos por grandes convertedores deflexíveis, como Shellmar, EmbalagensDiadema, Alcan e Bafema. Todas as em-balagens da Júnior, incluindo os blisters eos sachês, são fabricadas internamente, ea empresa também trabalha como emba-ladora terceirizada (co-packer) para ou-

tras fabricantes de alimentos ecadeias de lanchonetes.

O food service, aliás, pareceser um porto seguro para soluçõesinteligentes em embalagens flexí-veis. Prova disso é a boa recepti-vidade desse mercado ao bag-in-box, sistema não-retornável paraacondicionar produtos líquidos epastosos que promete vantagens

em relação às embalagens rígidas. Forma-do por uma bolsa selada com bocal, quecontém o produto, acondicionada em umrecipiente externo, o bag-in-box para omercado de food service é trabalhado so-bretudo nos volumes de 2 litros a 20 litros.

Bags vantajosos“Ele proporciona economia de custos, re-duz o espaço de armazenamento, infringemenores perdas de produto e melhora avelocidade do serviço”, argumenta Rogé-rio Brighenti, gerente nacional de vendasda Scholle, multinacional americana queostenta o título de criadora do sistema eque recentemente inaugurou uma fábricano interior paulista. A nacionalização, dizBrighenti, está permitindo reduções deem média 30% nos custos do sistema.

Prada querdifundir o uso de sua lata deabertura maiorpara alimentos

Potes termoforma-dos, como os daPoly-Vac, aumentamparticipação eminstitucionais

Bag-in-box da Scholle

proporciona praticidade aofood service

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Recentes aplicações do bag-in-box naárea de food service abrangem óleos co-mestíveis, condimentos e molhos em ge-ral. Há possibilidade de enchimento as-séptico, a quente ou em temperatura am-biente, e diversas opções em tampas, co-nectáveis a uma ampla gama de equipa-mentos dispensadores. Além da utiliza-ção em cozinha, o bag-in-box pode virarum sistema self-service para molhos defrente de loja, dispensando refis. “É umasolução mais prática e higiênica que osfrascos de catchup, geralmente repostosatravés de bombonas”, ilustra Brighenti.

Solução bastante similar é oferecidapela Cryovac. É o sistema Onpack deembalagens institucionais, baseado emmáquinas automáticas verticais, do tipoform-fill-seal, para a produção de pou-ches que também podem ser enchidos aquente ou a frio. Os filmes utilizados são

da própria Cryovac, da linha FS (FoodService), que proporcionam média oualta barreira. Tais filmes, segundo aCryovac, podem ser submetidos ao con-gelamento e ao reaquecimento em banho-maria, assim como, observando-secondições de segurança, levados ao fornode microondas.

O sistema Onpack também permite ainstalação de válvulas, que podem serconectadas a dispensadores, sem que hajacontato do produto com o ambiente.Como informa a Cryovac, os pouchespodem ser impressos em até oito cores,possuem mecanismos easy-open e sãofacilmente descartáveis. Ademais, amáquina é de fácil setup e pode trabalharcom uma gama variada de volumes.

Frente ao aumento da competitividadeno fornecimento de recipientes para pro-dutos institucionais, os tradicionais fabri-

Enganam-se os que pensam que omercado institucional, por exigirrendimento e produtos econômi-cos, é uma cidade morta para asmarcas fortes. Poderosas chance-las migradas do varejo tradicionalvêm sendo mais e mais utilizadasno food service, principalmente nascozinhas sofisticadas, como apelode marketing. De olho nisso, asgigantes alimentícias vêm lançandoprodutos com embalagens mais es-meradas – e similares às do varejo.A Nestlé FoodServices, por exem-plo, está reformulando a identidadevisual de seus produtos e apresen-tando novidades em sua linha deprodutos apadrinhados pela Maggi.

São cremes e uma base para sopade feijão, que chegam ao mercadocom o aval de conceituados con-sultores gastronômicos e em emba-lagens flexíveis da Santa Rosa.Apostando no cross-merchandisingentre os itens da linha, a Nestlétambém está colocando dicas dereceitas no verso das embalagens.Por sua vez, a UBF FoodSolutions(ex-Caterplan), divisão food serviceda Unilever Bestfoods, relançouseus principais temperos Knorrpara o canal institucional em janei-ro, em packs da Inapel com novovisual e volumes menores. Outrosprodutos recentemente lançadosforam o Creme Culinário, em caixa

longa vida da Tetra Pak, e a Maione-se Hellmann’s Profissional, em bal-des da Bomix e da Jaguar comrótulo da Silflex. Já a Liotécnica,especializada em alimentos desi-dratados e liofilizados, dirige aosegmento a sua linha QualimaxFood Service, que abrange, entreoutros itens, pós para gelatinas epreparados para pudins, comercia-lizados em flow-packs da Shellmar.A Parmalat é outra que está reno-vando sua linha institucional, quetraz atomatados e conservas emlatas de 2kg. O papelão onduladotambém contribui, embalando o bis-coito Maria em migalhas, paradocerias e padarias.

Institucionais, mas quase iguais aos do varejo

Lançamentos daUBF Foodsolutions

também abremespaço para as

cartonadasda Tetra Pak

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cantes de embalagens rígidas para o seg-mento também não perdem a atenção epreparam novidades. A Prada, por exem-plo, forte na comercialização de latas deaço de grandes volumes para produtos tí-picos do segmento – óleos comestíveis,margarinas, cremes vegetais e atomata-dos, entre outros – quer prospectar juntoa clientes da área de food service sua latacom abertura de diâmetro 210mm, maisfácil de manipular.

Como um balde“Ela possui as vantagens de um balde,permitindo inviolabilidade e manuseiomais prático que a abertura de 170mm dediâmetro, normalmente utilizadas pelaslatas de 18kg e 16,4 kg, populares no seg-mento institucional”, comenta DjalmaCarlos, gerente de vendas de embalagenspara produtos alimentícios da Prada.

Ainda de acordo com ele, a iminênciada nacionalização de tampas easy-openpara outros formatos de latas que prospe-ram no segmento institucional, como a A-10 e a A-20, de volumes respectivos de 2kg e 4 kg, tenderá a lhes dar maior viçono acondicionamento de conservas e de-rivados de tomate. “A intenção é forneceraos operadores latas com abertura fácil etotal, que dispensem abridores e aceitemsobretampas plásticas”, adianta Carlos.

Falando em aço, aliás, merece registroo caso dos palmitos para food servicePlant, da Gini, que as adotaram por ummotivo singular. “As latas dão ao clientea garantia de que o palmito foi produzidocom tecnologia de ponta, inerente às li-nhas de enlatamento”, explica Luiz Er-nesto Wilke Sereno, gerente de vendas daRojek, fornecedora da lata do Plant.

Quem também vem escoando umaprodução cada vez maior de recipientesao mercado institucional, só que na áreaplástica, é a Poly-Vac, especializada empotes termoformados. De acordo comBenilde Carneiro Lodi, supervisor demarketing da empresa, conta a favor dospotes a flexibilidade da produção em va-riados volumes. Uma das últimas linhas aentrar no mercado institucional em poteda Poly-Vac foi a Tempero CompletoJimmi, em pote de 1kg.

“A demanda maior vem sendo pelospotes de 3,6 kg, concorrentes dos baldesde mesmo volume, para o acondiciona-mento de maioneses”, diz Lodi. Outrosprodutos que estão adotando os potescom apetite são os doces pré-preparados,como massas parabrigadeiros e beiji-nhos de coco.

Aliás, reside aí,nos produtos quequeimem etapas eque dêem mais ra-pidez ao preparode alimentos, a ten-dência candente num mercado cada vezmais profissional, sofisticado e exigente.

Linhas de montagem Pré-preparados, de misturas granuladas amolhos para as mais diversas receitas, de-verão aumentar significativamente emsortimento no mercado. “As empresas defood service estão deixando o perfil clás-sico de cozinhas e virando grandes linhasde montagem de refeições”, sintetizaGino Colameo, da Junior, valendo-se desua intimidade com o mercado.

Essa onda de produtos mais processa-dos, portanto com maior valor agregado,certamente demandará embalagens maisnobres. Na verdade, a embalagem é umdos pontos vitais nos quais a cadeia deprodutos alimentícios se escora para con-firmar a projeção otimista da Abia para ofood service: um crescimento de 87,8%de 2000 a 2005. Em tempos de FomeZero, apetite, certamente, não faltará.

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Prada(11) 5682-1000www.prada.com.br

Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

Santa Rosa(11) 3621-4000

Scholle(19) 3826-8800www.scholle.com.br

Shellmar(11) 4128-5200www.shellmar.com.br

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Para o palmito Plant,segurança pesou a favor da lata

Sistema Onpack, da Cryovac,promete diversas vantagens

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fermento em pó Royal com-pleta oitenta anos de Brasil efaz uma mudança significati-va na embalagem. Depois de

várias pesquisas, a Kraft Foods, detento-ra da marca, percebeu uma necessidadebásica da consumidora do produto: o diâ-metro da abertura da antiga embalagemnão permitia o uso da colher de sopa, me-dida padrão para a maioria das receitaspreparadas com o fermento em pó.

Embora a demora de oito décadas paraa percepção de detalhe tão significativopossa surpreender mais do que a própriamudança, o atraso em levá-la adiante tal-vez se justifique.

Ocorre que o desenvolvimento danova embalagem, de papel cartonado,com fundo e tampa de folha de flandres,exigiu a modernização do maquinário dalinha de envasamento da empresa emJundiaí, onde é fabricada. A nova lata émais larga e mais baixa que a anterior.

Abertura mais fácilA gerente da área de sobremesas da KraftFoods, Patrícia Corsi, diz que “o sistemade micro-recravação facilita a abertura eo fechamento da embalagem”. Essesistema consiste num processo defechamento de latas que permitesignificativa redução de material euso de folhas de baixa espessurapara tampas e fundos. O novo for-mato possibilita também o empilha-mento de três latas nos pontos-de-venda, contra o máximo de duas daembalagem antiga.

A nova embalagem do fermentoem pó Royal mantém, na partefrontal, o mesmo layout utilizadoem sua longa existência no país,talvez o mais duradouro exemplode rótulo resistente a mudanças noBrasil (mudou uma vez, na década

imagem

ONa lata do fermento Royal já se pode meter a colher de sopa

Abertura ampliada

de 1920, quando deixou de ser Real Fer-mento Inglez, nome adotado no iníciodo século passado, para voltar ao nomeoriginal de Fermento em Pó Royal). O

verso da latinha foi alterado deacordo com pesquisas feitas comconsumidoras, e agora traz umacoleção de receitas atualizadascom fotos ilustrativas, informaçõessobre rendimento, tempo de prepa-ro e grau de dificuldade. A embala-gem renovada possui também umselo comemorativo dos oitentaanos do produto.

A Kraft Foods programou exten-sa campanha publicitária, com di-vulgação em televisão e revistas fe-mininas, para informar a mudança.O slogan da campanha é sugestivo:“Finalmente, deixamos você metera colher em nossa embalagem”.

Kraft Foods Brasil0800 7041940

Propaganda vaidireto ao ponto,

mostrando o benefício

da novidade

Mais bojuda, a nova

embalagemgarante maior

visibilidade nas lojas

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e as feiras de negócios se consolidam emsetores inimagináveis pouco tempo atrás,atraindo mais visitantes e expositores acada ano, não seria em segmentos-chave

da economia que esse tipo de evento deixaria de re-ceber atenção das empresas. Voltadas aos mercadosde cosméticos e produtos farmacêuticos, as feirasconjuntas FCE Pharma e HBA South America, reali-zadas este ano entre os dias 13 e 15 de maio, no Tran-samérica Expo Center, em São Paulo, obtiveram re-sultados que ajudam a consolidar essa teoria.

Além da adesão de boa parte dos fabricantes deprodutos finais, o evento concentrou fatia representa-tiva dos fornecedores de matérias-primas, embala-gens e equipamentos. Se não resultou num númeroextraordinário de lançamentos, o investimento dessasempresas ao menos indicou que, a despeito da quedada atividade industrial do país, o setor de cosméticose remédios está bastante movimentado.

Segundo a VNU Business Media, companhia ho-landesa responsável pela organização das feiras, aHBA e a FCE de 2003 contaram com cerca de 380expositores e 16 000 visitantes, num crescimento deaproximadamente 15% em relação à edição anterior.

Já o espaço de exposição, 19 000 metros quadra-dos, aumentou 40% sobre o do ano passado. “Essesnúmeros provam que, cada vez mais, as feiras de ne-gócio representam uma estratégia de prospecção dasmais eficientes”, diz Joris van Wijk, presidente daVNU Business Media.

Na parte das embalagens, essa sentença pareceuespecialmente factível. Importantes fornecedores defrascos, dispensers, blísters, rótulos, cartuchos, tam-pas e tantos outros acessórios para acondicionamentode remédios e itens de beleza e higiene pessoal reser-varam seus estandes nas feiras. A seguir, EMBALA-GEMMARCA mostra um pouco do que essas empresasexpuseram durante o evento:

feira

SFCE Pharma e HBA South America reúnem cadeia de embalagens

À altura dasexpectativas

Novos formatos e cores em tampas para perfumesDentro da sua linha deperfumaria, a IncomPacking (antiga TMECosmetics) ajudou areforçar a idéia de queas feiras de negóciossão vistas como efi-cientes plataformas delançamento de produ-tos. Em um estandedos mais movimenta-dos da HBA SouthAmerica, a empresadivulgou nada menosdo que cinco novosmodelos de tampaspara frascos de perfu-me. Reunindo diferen-tes cores e processos

de acabamento, quemisturam de texturiza-ção a detalhes poli-dos, a nova linha évendida em três op-ções de diâmetro: 15,18 e 20 mm. Com for-matos e nomes distin-tos (Isis, Aramis, Mên-phis, Matrix e Laura),os produtos têm namatéria-prima sua ca-racterística comum.Todas as tampas sãoproduzidas a partir daresina Surlyn, forneci-da pela DuPont.www.incom.com.br(11) 4174-3221

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Servo motores agilizam troca de formatos para produtos sensíveisRepresentante no Brasil de equipa-mentos das marcas Kalix, Norden,Citus e ADMV, a Simbios-Pack apre-sentou sua linha de envasadoras, se-ladoras de bisnagas e encartuchadei-ras para produtos sensíveis, comoperfumes, batons e kits de coloração.No estande da empresa, três opçõesestavam expostas de forma mais de-

talhada: os modelos NM 2002S e NP2002S, da Norden, e o equipamentoKX 1101, da Kalix. Segundo Guilher-me Arcuri, diretor comercial da Sim-bios-Pack, este último possui umaestação de selagem que facilita pro-cessos e troca de formato. Já as so-luções da Norden, além de envase eselagem de bisnagas, operam como

dobrador de bula e leitor de códigode barras. “Ela é totalmente operadapor servo motores, conceito que oti-miza todo o processo de troca de for-matos e limpeza, além de facilitar ageração de relatórios estatísticos decontrole”, resume [email protected] (11) 5687-1781

28 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

Retorno ao vidro e cartela antipirataria na estratégia da Novalgina Para o setor vidreiro, sem dúvidauma das novidades mais expressivasdas feiras foi o relançamento do anal-gésico e antitérmico Novalgina, emfrasco de vidro, depois de quarentaanos no inconfundível recipienteplástico. Relançamento, sim, já que,dos pouco mais de oitenta anos emque está presente no mercado brasi-leiro, o produto foi apresentado emvidro apenas na primeira metade dotempo. Nas quatro décadas seguin-tes, o pequeno frasco plástico tor-nou-se praticamente um emblema da

categoria da dipirona sódica, em quese insere a Novalgina, líder de ven-das. Segundo o fabricante, a Aventis Phar-ma, a mudança é resultado de pes-quisas que duraram cerca de cincoanos e atende às demandas de médi-cos e consumidores que avaliaram anova apresentação do produto. Davil-son Almeida, gerente da linha deanalgésicos da Aventis, observa que,com o novo frasco, o medicamentopassa a ter um diferencial, em funçãoda maior precisão pelo uso de um

novo conta-gotas, tipo vertedor.“Tivemos de capacitar os forne-cedores locais, e também foramexigidos estudos para calibrar aquantidade exata do medicamen-to dispensado pelo dispositivo”.O executivo entende que o vidrodará mais estabilidade ao produ-to, possibilitando ampliar o pra-zo de validade do medicamento

dos atuais 18 para 24 meses. Além dessas razões, ocorre um movi-mento de padronização da embala-gem do medicamento nos mais de100 países em que é comercializado.No Brasil, primeiro país da AméricaLatina a adotar a nova embalagem,os frasco de vidro âmbar, com capa-cidade de 20ml, são fornecidos pelaSaint-Gobain e pela WheatonJá na Argentina, o famoso medica-mento também protagonizou umaforte renovação de embalagem. Ven-dido também em pílulas, o produtopassou a ser acondicionado por lánuma cartela de alumínio formada deum dos lados por um filme holográfi-co antipirataria. Impresso com a lo-gomarca do laboratório e do medica-mento, o material é fornecido pelaHueck Folien, que aproveitou a parti-cipação na FCE Pharma para divulgarque a embalagem foi recentementepremiada pela European AluminiumFoil Association (EAFA).www.hueck-folien.de+54 11 4795-2111www.sgembalagens.com.br(11) 3874-7626www.wheatonbrasil.com.br(11) 4355-1800

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PET também em fármacosA Alcan Packagingdo Brasil, divisão deembalagens plásticasda Alcan Packaging,aproveitou as feiraspara lançar uma novalinha de frascos PETpara medicamentos.Em três tamanhos(100, 120 e 150ml) ecom bocal de 24 mmde diâmetro, as no-vas embalagens com-plementam o portfó-lio da empresa nomercado farmacêuti-co. No trabalho deconvencer mais fabri-

cantes de medica-mentos a migrarempara o PET, a Alcandefende vantagenscomo fácil processa-mento, alta resistên-cia a impacto, alémde leveza e higiene.Em paralelo à nova li-nha, a Alcan Packa-ging divulgou sua li-nha de serviços. Aempresa oferece, en-tre outros, impressãoserigráfica e enge-nharia de moldes. www.alcan.com.br(11) 4075-6533

Para vidros, fosco aquosoNa área de acaba-mento de vidro, aGlass-Vetro Distri-buidora apresentouuma solução à basede água para aceti-nar frascos usadospela indústria cos-mética. Segundo aempresa, a ausênciade ácidos na fórmula

amplia o empregodo produto na indús-tria de higiene pes-soal. O efeito aceti-nado, também cha-mado de foscação,dura seis meses.Além de embalagenscilíndricas, o produ-to pode ser aplicadoem vidros planos.

[email protected](11) 3662-2125

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Dados variáveis e diminutosA impressão de dados va-riáveis em espaços cadavez mais reduzidos, exi-gência crescente na in-dústria farmacêutica, mo-tivou a Zebra Technolo-gies a lançar um novomodelo de impressora tér-mica, a TLP 3842. Próprio

também para códigos de barra, o modelo une resolu-ção gráfica de até 300 dpi e suporte à chamada sim-bologia de espaço reduzido. Conforme explica a em-presa, trata-se de um sistema criado para que a in-dústria farmacêutica atenda às exigências de aplica-ção do número de codificação em cada unidade demedicamento. www.zebra.com • (11) 3857-1466

Abriu a porta,acondicionamento de produtos em ambien-tes fechados não constitui uma grande novi-dade na indústria farmacêutica. Bastante

disseminadas entre os grandes laboratórios, as salaslimpas cresceram no setor como uma alternativa quegarante mais higiene ao envase de medicamentosexatamente graças a ambientes hermeticamente isola-dos. Todavia, prover maiores graus de assepsia nemsempre é o objetivo do enclausuramento de linhas deembalagem, como demonstra um recente lançamentona área de rotulagem de frascos de remédios e outrosfármacos.

A fim de gerar mais segurança aos operadores demáquinas aplicadoras de rótulos, a Bauch & Campos,fabricante nacional desse tipo de equipamento, anun-ciou na última edição da FCE Pharma o modelo Rot-tec Max, que tem no isolamento da linha de aplicaçãodos auto-adesivos sua principal característica. “Se o

rotuladoras

Chega ao mercado rotuladora nacional

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Também na feira, a Novelprint lançou uma nova ferra-menta para rotulagem de produtos, o cabeçote etique-tador NovelTech. Mesmo compacta, a máquina é pro-jetada para linhas produtivas de médio e grande portee conta com motor de passo e comando eletrônico in-tegrados. Disponíveis em quatro versões (50, 100, 160e 200mm), os cabeçotes alcançam velocidades deaplicação que variam de 30 a 60 metros por minuto. Aperformance muda de acordo com o modelo da eti-queta e o estilo de aplicação.Fornecedora não só de equi-pamentos, a Novelprintaproveitou a FCE Pharma e aHBA South America para ex-por também sua linha de eti-quetas de segurança. Jápara o mercado farmacêuti-co, um dos destaques apre-sentados no estande da em-presa foi a marca Booklet,composta por auto-adesivosdobráveis. Desenvolvidopara produtos que precisamconter muitas informações,esse tipo de rótulo podeapresentar até oito páginas.

Compacta e veloz

Âmbar para itens de belezaFreqüentemente associados ao acondicionamentode remédios, os frascos de vidro âmbar começam aganhar espaço no segmento de perfumes, comomostrou um dos lançamentos da Wheaton do Brasil.No seu estande, a empresa ressaltou as possibilida-des dessa pigmentação através da linha Class, umade suas principais plataformas no mercado de perfu-mes. Os frascos Class foram usados como modelo,já que o âmbar pode ser estendido à maioria dasembalagens da vidraria. Paula Mesquita, gerente deproduto da Wheaton, lembra que esse tipo de pig-mentação vem ganhando participação cada vezmaior no mercado de perfumes da Europa. Mas poraqui, ela diz, poucos fabricantes de perfume explo-ram as possibilidades desse tipo de vidro. “Produzi-mos uma tiragem especial da linha Class exatamen-te para mostrar os excelentes resultados do âmbarpara perfumes”, ela conclui. www.wheatonbrasil.com.br(11) 435-1800

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parou tudo com enclausuramento de segurança

sistema de enclausuramento é aberto, a máquina au-tomaticamente pára”, explica Marcos Takiyama,consultor de negócios da divisão pharma da empresa.

De acordo com o executivo, trata-se do primeiroequipamento nacional dotado de uma estrutura en-clausurada. “Gerando maiores níveis de automaçãoe proteção também ao produto, a máquina é capazde rotular embalagens cilíndricas e planas feitas dequalquer tipo de material”, conta Takiyama, acres-centando que, além do enclausuramento, a nova ro-tuladora conta com um conjunto de documentos queatestam suas características.

Aqui, diferencial. Lá fora, exigência legalConhecida como validação, tal metodologia vem,de acordo com o consultor, se tornando um impor-tante diferencial competitivo para as empresas deembalagem que atendem às indústrias farmacêuti-cas. Em linhas gerais, trata-se de uma espécie decertificado de normas de qualidade, que atesta que amáquina faz o que o fabricante promete.

A validação ainda não é uma exigência legal noBrasil, como, segundo Takiyama, já ocorre nos Es-tados Unidos. “Mas a Anvisa (Agência Nacional deVigilância Sanitária) tem exercido crescente vigi-lância sobre os processos de acondicionamento demedicamentos.” “Em função disso, hoje, a primeiracoisa que as empresas da área farmacêutica nos per-guntam é se nossos equipamentos têm validação”,conclui o consultor.

Bauch & [email protected](11) 4785-2525

Novelprintwww.novelprint.com.br(11) 3768-4111

Rottec Max, daBauch & Campos:operador e produtos mais protegidos

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onceito recente no Brasil, asempresas júnior estão entre asiniciativas capazes de favore-cer todos os lados envolvidos.

Além de facilitar o ingresso de novos pro-fissionais no mercado, para quem recorre aesse tipo de prestação de serviço há no mí-nimo dois benefícios: o institucional, dadoque o nome do usuário se associa a umacausa nobre, e o econômico, pois o custode trabalhos tocados em ambientes acadê-micos costuma ser menor do que os feitoslonge das faculdades e universidades.

Comuns nas cadeiras de administração,engenharia e contabilidade, as empresascuja mão-de-obra é composta por estudan-tes começam a ganhar força na área decriação de embalagens e identidade visualde marcas. É o que demonstra o EscritórioModelo Design, do qual fazem parte alu-nos de graduação do curso de design da Fa-culdade Belas Artes de São Paulo. Menosde um ano depois de o projeto ter sido pos-to em prática, já está no mercado uma linhacompleta de produtos cuja estratégia de co-municação no ponto-de-venda foi inteira-mente criada pelos talentos que ainda fre-qüentam as salas de aula dessa faculdade.

Na verdade, o Escritório Modelo De-sign nasceu do contato entre o coordena-

making of

CEstudantes da Belas Artes criam estratégia de PDV para a Basf

10 com louvordor do curso de design da Belas Artes, Au-resnedes Pires Stephan, e um dos executi-vos da Basf do Brasil, Peter Gross. Numencontro casual durante a BrasilPack2002, feira de embalagem realizada pelaAlcântara Machado, os dois comentaram apossibilidade de selecionar jovens estu-dantes de design para o desenvolvimentoda identidade visual de uma nova linha delubrificantes automotivos, náuticos e paramotocicletas.

“Como o projeto exigia criação de for-mas das embalagens, nome da marca, pro-gramação visual dos pontos-de-venda e atématerial promocional, percebemos que nãoseria possível trabalhá-lo apenas em sala deaula”, diz Stephan, mais conhecido comoprofessor Eddy. “O Escritório Modelo De-sign nasceu para tornar realidade esse novoprojeto da Basf”, completa ele. Dois profes-sores, Alessandro Eloy Câmara e MarceloKammer, foram então encarregados decoordenar o trabalho e selecionar um timede alunos para se debruçar sobre o desafio.

Trabalho em etapasNove estudantes participaram do projeto.Como num escritório de profissionais ta-rimbados, optaram por dividir o trabalhoem etapas. Na primeira, tomaram contatocom o tipo de produto para o qual deveriamdesenvolver a identidade de marca. “Osalunos estudaram o case e optaram por em-balagens com linhas retas, explorando oconceito de produtos automotivos”, contao prof. Kammer. Além desse tipo de traça-do, as embalagens, feitas de PVC, foramconcebidas com saídas alongadas, de modoa facilitar o despejamento dos produtos.

O passo seguinte foi a definição da mar-ca. Neste ponto, o briefing já estava adian-tado pela Basf, que queria um nome capazde transmitir o valor agregado dos produ-tos. Foi escolhida a palavra Klasse, e estu-dantes partiram para a etapa de criação da

Linhas retas e coresdiferenciadas para cadaembalagem da linha de

aditivos da Basf FO

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Faculdade de Belas Artes(11) 5576-7300www.belasartes.br

logotipia e do padrão de cores, que mudade acordo com a linha. Ao todo, são 24produtos, divididos nas linhas AutoKlasse,NautiKlasse, DieselKlasse e MotoKlasse.

Além de uma família de frascos comcinco tamanhos distintos (150ml, 300ml,500ml, 1litro e 4 litros) e do conceito grá-fico de seus respectivos rótulos, EscritórioModelo criou displays para exposição e es-tocagem dos produtos nas gôndolas e pos-tos de gasolina, bem como catálogos de di-vulgação. Conceberam também a progra-mação visual da frota de veículos que faráa distribuição dos produtos, e até os unifor-mes dos promotores de venda da linha.

“Os alunos que participaram dessa ex-periência tiveram a oportunidade de geren-ciar um projeto de criação de marca em to-das as suas fases”, conta Márcia Auriani,coordenadora do Escritório Modelo De-sign. “O resultado obtido ultrapassou todasas expectativas”, ela completa. Para o pro-fessor Eddy, o trabalho foi além de enri-quecer o currículo dos alunos. “Eles viven-ciaram as complexidades que envolvemum projeto de criação de marca dentro deuma grande empresa”, diz.

Se outras faculdades que contam comcursos de design adotarem tática seme-lhante à da Belas Artes, as empresas debranding poderão vir a enfrentar umacompetição nota 10.

Alunos tambémconceberam displays parasupermercados epostos de gasolina

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36 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

mbora venha ganhando novi-dades em embalagens nos úl-timos anos, o mercado decarnes in natura ainda reser-

va um espaço mais que promissor parasistemas aperfeiçoados de acondiciona-mento. Atenta a esse campo de oportu-nidades, a Rigesa, do grupo MeadWest-vaco, lançou no mercado um novo con-ceito em embalagem que promete con-ferir vantagens substanciais no acondi-cionamento de carnes bovinas, suínas,aves e pescados.

A solução, que está sendo apresenta-da ao mercado sob o nome comercial deFrostPack, consiste em embalagens depapelão ondulado projetadas especial-mente para o transporte e a comerciali-zação direta de carnes.

Feitas com capas e miolo em fibraespecial de alta resistência, elas são em-pilháveis e paletizáveis, e podem serutilizadas abertas ou fechadas, comtampas simples acopladas ou mesmocoladas (tipo calço), tornando-se invio-láveis.

Menos materialSegundo a fornecedora, as principaisvantagens da embalagem FrostPackpara os clientes em potencial – indús-trias frigoríficas que trabalham com adistribuição para o varejo ou que expor-tam valendo-se da chamada cadeia dofrio – são a redução de custos, uma me-lhor performance e a melhor apresenta-ção do produto alimentício.

Como explica Danielle Saraiva, en-genheira de alimentos e integrante dodepartamento de Novos Produtos da Ri-gesa, o caráter econômico da FrostPacké explicado pelo fato de ela possuir umdesenho inteligente, consumindo menosmaterial em sua construção que as cai-xas de papelão ondulado normalmente

celulósicas

ENovo tipo de embalagem para carnes enobrece e reduz custos

Peças valorizadas

destinadas ao segmento. “Ademais, apossibilidade de automatização da mon-tagem das caixas pode proporcionar re-manejamento da mão-de-obra do clien-te para outros setores essenciais, comoabate e desossa, além da redução decustos no manuseio e nos processos lo-gísticos dos produtos”, ela afirma.

Por outro lado, a viabilidade de seter uma rica apresentação visual dascaixas, expondo a marca do produtor,valoriza os produtos.

A impressão da FrostPack pode serfeita em flexografia de alta resolução,com possibilidade de até 5 cores maisverniz, ou 6 cores sem o revestimento.Todas as tintas utilizadas são à base deágua, atóxicas e inócuas ao ambiente.“Vale também lembrar, aliás, que aFrostPack é 100% reciclável”, afirmaDanielle.

A solução pode ser disponibilizadaem vários modelos, cada um deles me-lhor adaptado para determinadas aplica-ções ou tipo de carne. “As caixas maiscomuns são as de 15 kg a 30 kg, mas háflexibilidade para desenvolvermos mo-delos para outros volumes”, ressaltaDanielle. Segundo ela, a Rigesa podeainda disponibilizar ao cliente umaequipe especializada para a realizaçãode testes on-site.

Rigesa MeadWestvaco(19) 3869-9330www.rigesa.com.brF

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Maior proteção:caixa FrostPackpode ter tampaencaixável ou colada

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andamento obrigatório nas es-tratégias de gerenciamento demarcas, a diferenciação nasgôndolas muitas vezes é vista

como um atributo decorrente apenas de al-guma idéia inovadora. Mas para uma mar-ca destacar-se da maneira pretendida, qua-se sempre é preciso ir além do campo dacriatividade, sendo necessário considerartodos os pormenores envolvidos num lan-çamento. Entre tantos outros pontos, essarealidade ganha força quando se considerao desenvolvimento de embalagens paraprodutos sensíveis à luz.

Em muitos alimentos e bebidas acondi-cionados em frascos e garrafas transparen-tes, aquela cor bonita, atraente e apetitosa,que tanto trabalho costuma dar aos enge-nheiros e químicos responsáveis, pode fi-car opaca e inexpressiva depois de algunsdias nas prateleiras dos supermercados.Além dos prejuízos visuais, a sensibilidadeà luz pode desencadear alterações físico-químicas capazes de comprometer o sabore o aroma, ou mesmo diminuir o prazo devalidade de alguns produtos.

Antídotos oferecidosEvocando tais riscos, grandes fornecedoresde especialidades químicas vêm oferecen-do novas gerações de aditivos especial-mente desenvolvidos para a fotoproteçãode produtos acondicionados em garrafas efrascos plásticos. Adicionadas às resinassem comprometer a transparência das em-balagens, essas substâncias são criadaspara funcionar como verdadeiros filtros so-lares para itens tão distintos quanto cosmé-ticos, medicamentos, alimentos e bebidas.

Com a linha Shelfplus UV, a Ciba éuma das empresas que trouxeram esse tipode solução para o Brasil. Bloqueando prin-cipalmente os raios ultravioleta (UV), osprodutos da companhia são oferecidos paraevitar problemas detectáveis tanto pelos

plásticos

MAditivos e polímeros para embalagens plásticas bloqueiam raios UV

Proteção ao lucro

olhos como pelo paladar dos consumido-res. “Além de encurtar o tempo de pratelei-ra, a luz UV pode gerar queda de nutrien-tes e alterar a viscosidade e a fragrância demuitos produtos”, lembra Flávia Queiroz,gerente de contas da empresa.

Segundo ela, os aditivos Shelfplus UVforam criados principalmente para embala-gens PET, mas “podem ser adicionados apoliolefinas em geral”. Dependendo de ca-racterísticas como o design da embalageme o material de que é feita, a gerente daCiba afirma que mais de 90% dos raios UVpodem ser bloqueados pelos produtosShelfplus. A despeito do investimento ne-cessário para adotar a solução, a executivaobserva que as empresas usuárias podemeconomizar em outras partes do processoprodutivo. “Gasta-se menos com estabili-zantes de conteúdo”, exemplifica Flávia.

Para enchimento a quente Outra empresa interessada em fornecerbloqueadores de raios UV para embalagensplásticas é a americana Voridian. Na últimaBrasilplast, que aconteceu em março, emSão Paulo, a empresa divulgou o polímero

Ciba(11) 5532-7411www.cibasc.com

Voridian(11) 5103-0003www.voridian.com.br

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Da esquerda para adireita, seqüênciamostra alteraçõesde cor que aexposição à luzpode causar em alguns tipos de produtos

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Heatwave, desenvolvido com foco nosprocessos de enchimento a quente. Segun-do a empresa, o produto tem os benefíciosóticos de uma resina transparente, mas atuacomo bloqueador de raios UV. “O Heatwa-ve evita que a luz solar danifique o conteú-do da embalagem, aumentando a shelf lifedo produto e impedindo alterações de pro-priedades como sabor e cor”, diz JuanMoncada, gerente de mercado da Voridian.

Para disseminar a linha no mercado na-cional, a Voridian aposta nos produtos dire-cionados às chamadas gerações X e Y,onde cores fortes dão literalmente o tom.Há cerca de um ano nos Estados Unidos,onde é usado sobretudo em embalagens desucos naturais, o Heatwave, assim como alinha Shelfplus UV, ainda briga para en-grossar o número de adeptos no Brasil. Nocaso da Voridian, o gerente de mercado daempresa atribui as dificuldades à taxaçãosobre importação e à desvalorização doreal, fatores que, segundo ele, tornam ospreços do polímero menos competitivos.

Mas a verdade é que, com o ganho de par-ticipação das embalagens plásticas nosmais diferentes mercados, esses filtros so-lares podem se tornar um diferencial com-petitivo que protege também os lucros.

Embalagem produzida comHeatwave, daVoridian: de olhoem sucos naturais

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ouco lembradas na pauta dosprodutos nacionais exportá-veis, as embalagens tambémpodem – por que não? – fazer

com que os mercados externos respondampor um quinhão maior em seu faturamento.Tendo isso em mente, a Associação Brasi-leira de Embalagem (ABRE), através deseu Comitê de Exportação, acaba de lançarem seu site um Portal de Exportação, dedi-cado exclusivamente à orientação das em-presas locais que queiram comercializar láfora matérias-primas, insumos e embala-gens acabadas.

O portal dá dicas e orientações sobretermos técnicos e informa nomenclaturasde produtos, tarifas de exportação, sites deórgãos brasileiros de apoio ao setor e for-mas de contato com Câmaras de Comércioe com Embaixadas Brasileiras no exterior.Ele oferece também oportunidades de ne-gócios, dados estatísticos e publicações so-bre o tema, entre outros serviços.

Vontade existePor mirar os mercados externos, o portaltambém possui uma versão em inglês, queaborda a qualidade dos produtos nacionaise fornece estatísticas e dicas sobre o merca-do brasileiro. “A situação econômica doBrasil é favorável ao comércio internacio-nal e nossas embalagens são competitivas

exportações

PABRE lança portal para fomentar exportações de embalagens

Embalar lá fora

em qualidade e preço”, afirma Luciana Pel-legrino, diretora executiva da ABRE.

O Comitê de Exportação da entidade declasse realizou uma pesquisa com 35 em-presas associadas, a qual revelou que 58%delas já exportam embalagens e produtoscorrelatos. Das empresas que por ora seconcentram no mercado interno, 50% delasdisseram pretender exportar.

Destacam-se, entre os produtos já ex-portados pelo setor, PVC, papel-cartão, fo-lha-de-flandres, folhas cromadas, chapas efolhas de alumínio, entre as matérias-pri-mas. Entre embalagens, fechamentos e ou-tros, são escoados para fora potes, basespara ovos de Páscoa, conjuntos pote e tam-pa, copos descartáveis, caixas de papelão,embalagens flexíveis laminadas, tampastipo sealed safe e sobre-tampas. Fitas ade-sivas, etiquetas de identificação, filmesstretch, sacolas e adesivos sintéticos tam-bém têm tido bom desempenho.

Segundo a sondagem, o perfil das em-presas que ainda não exportam, mas quepretendem fazê-lo, é bastante diversifica-do. Ele abrange fabricantes de embalagens,de equipamentos e de acessórios e presta-dores de serviços, que vão do design até es-tratégias de marketing, incluindo nessesegmento as embalagens promocionaispara pontos-de-venda.

ABRE(11) 3082-9722www.abre.org.br

Países que mais compram embalagens brasileiras

Argentina 22%

Chile 16%

Uruguai 11%

Paraguai 10%

EUA 10%

México 10%

Outros 21%

Forma das vendas para outrospaíses

Direta – 62%Indireta – 24%

Direta e indireta – 14%

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epois de viver relativo períodode hibernação em termos de ex-posição ao mercado, adotandoo que se costuma chamar de

“low profile”, este ano, ao co-memorar, em abril, seu 30ºaniversário, a Poly-Vac S/AIndústria e Comércio de Em-balagens, de São Paulo, estánovamente “botando a carade fora”, com um objetivo:reconquistar a liderança quejá foi sua no segmento de em-balagens termoformadas.

A empresa não está fazen-do isso apoiada “na cara e nacoragem”, apenas. “Nos últi-mos anos”, conta o supervi-sor de marketing BenildeCarneiro Lodi, “a Poly-Vacaplicou mais de 5 milhões dedólares em tecnologia deponta e equipamentos de últi-ma geração.” Além disso, in-vestiu em uma linha de flexí-veis nylon/polietileno, agre-gando mais um produto à sualinha de fornecimento e pas-sando a atuar também nossegmentos de carnes, lingüiças e queijos,com embalagens a vácuo de alta barreira,de cinco camadas. A empresa já produziacopos e tampas termoformadas, para suprirdesde os segmentos de margarina e mantei-ga até os de temperos, água mineral, coposdescartáveis, iogurte, suco, sorvete, doces,queijo, requeijão, sabão em pasta, maione-se e pipoca, entre muitos outros. A grandevantagem dessa tecnologia está na reduçãode custos em relação às injetadas.

Com os investimentos feitos, a Poly-Vacalcançou uma capacidade de produção de1 200 toneladas/mês de polipropileno e 60toneladas/mês de nylon/polietileno. Com ainfra-estrutura consolidada, iniciou, no final

plásticas

DPoly-Vac investe em tecnologia e quer ser a primeira em sua área

Meta: liderançade 2002, “uma fase mais agressiva de mer-cado”, diz Lodi. O momento mais intensodessa fase ocorreu em abril, quando a em-presa lançou a campanha institucional

“Poly-Vac 30 Anos” e inves-tiu em marketing com diver-sas ações nos diferentes seg-mentos em que atua. No âm-bito dessas ações, a agênciaLeo T Design modernizou ologotipo da empresa, com-plementando a série de selosrelacionados aos 30 anos e àconquista da certificaçãoISO 9001-2000, no final doano passado.

O que o mercado querTendo suas bases assentadas,considera o supervisor demarketing, a companhiapode dar andamento a proje-tos que contribuirão para al-cançar a desejada liderança.“No momento, o principalfoco de atuação é o projetode embalagens para cosméti-cos”, ele revela. “Outros sãosigilosos, mas podemos citar

o segmento de produtos alimentícios secospara animais.” Esses dois projetos vêm naseqüência dos mais recentes realizados(pote retangular para sorvete, em substitui-ção ao injetado, e potes para lenços umede-cidos, cosméticos e requeijão).

Na sua investida em busca da liderança,lembra Lodi, a Poly-Vac conta com umhandicap sem dúvida valioso: foi a primei-ra empresa de atuação mundial com os pro-dutos que fornece, possuindo experiência eknow-how em todas as etapas de produção.“O processo de termoformagem”, argu-menta, “permite a produção de uma emba-lagem fina, resistente, bonita e barata.” Emsuma, quase tudo que o mercado quer.

Poly-Vac(11) 5541-9988www.poly-vac.com.br

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No 30º aniversário,empresa aumentasua ampla linha deprodutos e festeja

ISO 9000-2000

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[ c u s t o m p u b l i s h i n g ]

Há alguns meses, as publicações personalizadas

ganharam a mídia. São vistas como a grande revolução

na comunicação empresarial.

A Bloco de Comunicação se orgulha de ter nascido jus-

tamente para fazer isto. Só que em 1987, muito antes

de saber que buscar soluções individualizadas para

cada cliente teria um nome tão pomposo.

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BLOCO DE COMUNICAÇÃO

Solução para os seus problemas de comunicação

(11) 5181-6533

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44 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

ão obstante uma criação brasi-leira de abertura de embala-gem tipo easy-open, a Abre-Fácil da Rojek, ser internacio-

nalmente premiada, o país se ressente daoferta de opções, não só de sistemas, mastambém de diâmetros. De olho no enormepotencial que isso oferece – e igualmentenas oportunidades representadas pelapossibilidade de exportar –, dia 26 demaio último a Sonoco Phoenix, subsidiá-ria da Sonoco, anunciou que instalariauma fábrica em Resende (RJ) dedicada àprodução de tampas easy-open para em-balagens metálicas.

A previsão é de que a nova planta,cuja capacidade de produção anual proje-

fechamentos

NNova fábrica de tampas easy-open amplia opções e visa exportação

Abre-fácil cadavez mais fácil

tada é de 1 bilhão de unidades, esteja ins-talada já em novembro deste ano, dispo-nibilizando inicialmente tampas com73mm de diâmetro. A empresa adianta,contudo, que pretende oferecer localmen-te novos diâmetros num futuro próximo.Mas, inicialmente, um dos principais ob-jetivos comerciais da nova empresa é omercado externo.

Reforço de marcaPraticidade e conveniência. São essas asvantagens trazidas pela tampa easy-open,na opinião do gerente global de mercadoda Sonoco Phoenix, Paul McClure. O fatode eliminar a necessidade do uso de abri-dores (o consumidor consegue abrir a em-balagem usando apenas as mãos) nos en-latados é, segundo o executivo, um dosfatores responsáveis pela crescente de-manda por tampas abre-fácil em nívelmundial. “Tornar a embalagem mais con-veniente é uma forma importante de au-mentar a fidelidade à marca e estabeleceruma vantagem competitiva”, ele explica.

O projeto é resultado de parceria estra-tégica com a CSN, única fornecedora defolha-de-flandres no Brasil. A empresaabastecerá a Sonoco Phoenix com 100%do aço utilizado na fabricação das tampaseasy-open. “O aço da CSN apresenta osaltos padrões de qualidade exigidos pornós”, afirma Charles Sullivan, vice-presi-dente de embalagens da Sonoco.

As tampas da subsidiária destinam-sea mercados diversos, como carnes, ato-matados e rações animais. Além das tam-pas de aço, a empresa oferecerá tampasde alumínio e membranas removíveispara embalagens metálicas, plásticas emultifolhadas.

Sonoco Phoenix(24) 3355-2705www.sonoco.com

CSN(11) 3049-7100www.csn.com.br

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Tampas de 73 mm, o primeiro

foco da Sonoco Phoenix

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Um exemplo de aplicação para aárea de embalagens são os

envoltórios para sor-vetes em cone,confecc ionados

em estruturas dealumínio/papel e im-

pressos em rotogravuraem até 8 cores. Atualmen-

te a Alusa fornece este pro-duto no Brasil para a linha de

sorvetes Cornetto, da Kibon.(11) 5093-6511 / www.alusa.cl

DinâmicaA Câmara Setorial de Máquinas eAcessórios para Indústria doPlástico, ligada à Abimaq/Sindi-maq, iniciou maio com novo pre-sidente, Luiz Antonio D. Simões,diretor comercial da fabricantede equipamentos para embala-gem Carnevalli. Suas principaismetas serão dinamizar negóciose flexibilizar políticas de finan-ciamento.

Sítio novoA RR Etiquetas reformulou seusite (www.rretiquetas.com.br),que agora conta com maior deta-lhamento sobre os produtos daempresa. Em breve o site deveráestrear um sistema de e-com-merce.

TumbaNota do jornal “O Globo” anunciouque pesquisadores da Universida-de de Salford, na Inglaterra, cria-ram tampas de rosca de um plás-tico especial que se deterioracom o tempo. Utilizadas em fras-cos de remédios, elas os veda-riam para sempre quando dovencimento da data de validadedos produtos. A “vida útil” é fixa-da pela proporção dos aditivosbiodegradáveis no plástico.

Especialidades em alumínioA multinacional chilena Alusa estádisponibilizando ao merca-do nacional os servi-ços de sua unidadeAlufoil, especializa-da em impressão emfolhas de alumínio debaixa espessura para omercado de bombons, tam-pas cortadas de alumínio, la-minados de papel/alumíniopara cigarros e produtos especiaisde papelaria, entre outros produtos.

Consumo de resinas em alta em 2003O setor de resinas ter-moplásticas obteve umdesempenho positivono primeiro trimestrede 2003. Segundo da-dos divulgados peloSindicato das ResinasSintéticas no Estadode São Paulo (Siresp),o consumo aparentedesses produtos – pro-dução somada às im-portações menos asexportações – foi de845 858 toneladascontra 776 006 tonela-das no mesmo períodode 2002. O Siresp cre-

dita o aumento da de-manda às instabilida-des políticas e econô-micas no Brasil e nomundo, o que fez comque a alta do dólar eas oscilações no preçodo petróleo impulsio-nassem os transforma-dores a aumentaremestoques como salva-guarda.Ainda de acordo com olevantamento do perío-do, a produção de resi-nas aumentou 12%, eas importações caíram16,5%. O volume de

resinas exportadas au-mentou 5% e as ven-das internas para ex-portação de produtostransformados (VIPE)cresceram 13,9%. To-das as resinas apre-sentaram crescimento.O polipropileno, resinamais produzida pelosetor, responsável por23,5% do total de ter-moplásticos produzi-dos, apresentou umcrescimento de 12,6%no consumo aparente.

(11) 287-2619www.siresp.org.br

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46 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

Xereta em caixinhas e stand-up pouchesA fabricante de refrigerantes Xeretaestá entrando no mercado de sucosatravés da marca Mix Just. Seu princi-pal diferencial, explicitado pelo nome,é a mistura de frutas para a composi-ção de sabores: Uva + Abacaxi, Pês-

sego + Limão e Laranja + Tangerina.Os sucos Mix Just chegam às gôndo-las com visual assinado pela PH2 De-sign, em embalagens de um litro daTetra Pak e em stand-up pouches de200ml, fornecidos pela Empax.

Marilan Teens traz inovaçõeso público adolescente foi criado pelaPacking com o objetivo de aproveitaro brilho da superfície metalizada eestabelecer uma comunicação diretacom os jovens. A agência montou umcenário que ambienta o produto nalinguagem característica desta faixaetária, explorando também o apelode sabor do produto.Apresentado em três sabores, o novobiscoito está sendo lançado com oapoio de ações de comunicação queincluem a realização de um festivalde rock com bandas famosas, umsite interativo e prêmios para os con-sumidores. Tudo isso é destacado naembalagem, através de uma cintapromocional acoplada na soldagemdo filme na hora do fechamento daembalagem em máquina.As embalagens são fabricadas pelagráfica Santa Rosa.

A nova linha de biscoitos MarilanTeens é apresentada em pouches defilme metalizado laminado, que alémde ampliar o shelf life do produtodestaca-se dos biscoitos convencio-nais por ficarem “em pé” na pratelei-ra. O design chamativo voltado para

CORPUS GANHANOVO VISUALA linha Corpus de iogurtes diet da

Danone acaba de modificar sua

identidade visual. Na nova embala-

gem, desenvolvida pela Brand-

group, todas as ilustrações foram

substituídas por fotos, tornando-a

mais leve, moderna e com maior

appetite appeal para o consumidor.

A novidade foi estendida para os

novos sabores da linha – salada de

frutas e manga. As embalagens são

produzidas pela Alcan.

Roupas de baixo feitas especialmente para adolescentesA CMR, detentora da marca Liz,lança uma marca de lingerie especí-fica para o público feminino, entre13 e 15 anos, das classes A e B:In.Joy. A comunicação vi-sual do produto foge datradicional e mostra umamodelo vestida. O produtosó aparece na parte detrás da embalagem. Onome da marca é baseadona internet, já que o públi-co-alvo é da chamada ge-ração pontocom.Por coincidência, a Mashtambém descobriu o mes-mo vácuo no mercado

para o público masculino, e estálançando uma nova marca batizadade Mash.Power, para meninos entre11 e 16 anos. As embalagens mos-

tram um modelo vestido de pretoesticando uma cueca que seguracom as mãos.Outra coincidência é o ponto entre

as palavras Mash e Po-wer. Só que desta vez foipor acaso, já que a marcaMash já tinha um ponto nofinal e, na justaposição dopower, o ponto acabou fi-cando entre as duas pala-vras. As novas embala-gens da Mash e da CMRsão da 100% Design.As embalagens da In.Joysão da Landgraf e daMash da Josar Gráfica.

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Cartuchos comfácil aberturaA Farinha Láctea Maizena, daUnilever Bestfoods, já pode serencontrada em duas novas ver-sões no mercado, os cartuchosde 350g e 180g. Produzidaspela Gráfica 43, as novas em-balagens têm como destaque ainclusão de um fitilho para fácilabertura, o Rippatape, daPPPayne, tradicional fornecedo-ra dessa solução.

Visual premium para chásCom a chegada do inverno de 2003,

a Dr. Oetker está lançando uma nova

linha de chás de ervas premium. A

nova linha conta com os sabores Ci-

dreira com Baunilha, Menta com

Chocolate, Camomila com Especia-

rias e Melissa com Flor de Laranjeira

e é vendida em cartuchos de papel-

cartão, fabricados pela Brasilgráfica,

com capacidade para 15 saquinhos

cada. Outras novidades da Dr. Oetker

são a linha de chás mistos em emba-

lagens menores, de 10 sachês, e no-

vas latas de chás colecionáveis.

Multipacks paraamanteigados

Visando a um novo posicionamentode mercado, a LU Aymoré está lan-çando sua linha de biscoitos aman-teigados em embalagens multipacks,que contêm quatro pacotes indivi-duais cada. Além dos sabores tradi-cionais, como Chocolate, Coco, Lei-te e Chocolate com Coco, a empre-sa traz duas novidades: os saboresNozes e Capuccino. As multipackssão fornecidas pela Itap Bemis.

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Controle de produtividadePara analisar o desempenho de

seus cerca de 4 000 funcionários, a

Votorantim Celulose e Papel (VCP)

implantou um software de gestão

por competência. Mais do que fis-

calizar, o programa permite a cria-

ção de um plano de carreira para

os empregados.

Comunicação visual em pautaAcontece entre os dias 9 e 12 de

julho, em São Paulo, a Serigrafia &

Sign 2003. Um dos principais even-

tos do mercado brasileiro de comu-

nicação visual, a feira espera supe-

rar a marca de 31 000 visitantes,

que foi registrada na edição do ano

passado.

Testemunha…A Heidelberg recentemente home-

nageou o gráfico José Geraldo

Vianna, um de seus funcionários

mais antigos. Com 65 anos de ida-

de, ele exerce a profissão há cinco

décadas.

…OcularVianna começou sua carreira convi-

vendo com máquinas de linotipo,

testemunhou a transição para a

composição a frio e para a impres-

são off-set. Ainda em atividade,

agora assiste à evolução digital na

indústria gráfica.

Lucro também é culturaNova prova de que o mercado edi-

torial brasileiro reserva boas oportu-

nidades para a cadeia gráfica. Num

investimento de 2 milhões de dóla-

res, a editora francesa Laurousse

pretende lançar até o final do ano

cem títulos no Brasil. As primeiras

sessenta obras foram apresentadas

recentemente, durante a última Bie-

nal do Livro.

Nova alternativa para imagens digitaisDe olho no ganho de mercado dasmáquinas fotográficas digitais, aMaxprint, fabricante de formulárioscontínuos, bobinas de fax e papéisespeciais, está lançando a linha

Photo Paper de papel fotográficopara impressoras jato de tinta. Se-gundo Adelaide Anzolin, gerente denegócios da empresa, o produto éem média 50% mais barato que osconcorrentes. “Além do mercado do-méstico, o Photo Paper é voltado aagências de propaganda que bus-cam qualidade e preços mais aces-síveis”, ela diz. Com embalagenscriadas pela agência M Design, oproduto pode ser encontrado em kitscom 10 folhas A4 com gramatura de200g/m2 cada.www.maxprint.com.br0800 7043460

Geração de provas simplificadaPara pequenas e médias agências depublicidade, birôs gráficos e con-vertedores de embalagem, a Agfaestá lançando a Sherpa 24m, siste-ma desenvolvido para a geração deprovas de contrato, cor, layout e im-posição. A opção básica é compostapelo sistema Sherpa mais pedestal,placa de rede, manual de instalaçãoem português, conjunto de cartuchosde tinta, rolo de papel ADPB (papelpara prova contratual), e software deinstalação. Segundo a empresa, aidéia é permitir que o próprio clienteinstale o equipamento. www.agfa.com.br(11) 5188-6444

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Almanaque

50 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

Quem visita o Mara-nhão encontra Jesus.Não o nazareno, massim o secular guaranácor-de-rosa que fazenorme sucesso naterra dos Sarney, ondeameaça até a lideran-ça da Coca-Cola emrefrigerantes. Até hojea fórmula da bebida éa mesma criada emSão Luís pelo farma-cêutico Jesus Norber-to Gomes em 1920,quando este acabarade importar uma má-quina de gaseifica-ção. Seu objetivo eraproduzir magnésiafluida, um remédioentão na moda, o quenão deu certo. Resol-veu, dali, fazer uma

bebida para os netos,a partir de 17 ingre-dientes que descobri-ra em viagens pelaAmazônia. O doce sa-bor de canela e cravoe a cor exótica impul-sionaram a fama doguaraná, que virouinstituição maranhen-se. As embalagens doJesus estampam omesmo slogan há dé-cadas (“o sonho cor-de-rosa”) e o logotipodo produto nasceu daassinatura do seucriador. Curioso, nes-sa história, é que ofarmacêutico Jesusera ateu e foi exco-mungado pela Igrejadepois de uma rinhacom um padre…

Jesus, alegria dos maranhenses

Para a pele e as melenas

ST

UD

IO A

G

Durante a Segunda Guerra Mun-

dial, cientistas europeus percebe-

ram que uma substância chama-

da Pantenol, análoga à vitamina

B5, produzia um efeito cicatrizan-

te ao ser aplicada sobre queima-

duras. Pouco depois, em 1947,

descobriu-se que o mesmo com-

ponente também protegia a fibra

capilar, e a idéia de se criar um

xampu veio num estalo. A marca

de creme com Pantenol que

mais prosperou, e que até hoje é

sucesso mundial, é a Pantene,

da Procter & Gamble.

Você sabia?• A escala musical que adorna a embalagem

do bombom Sonho de Valsa é de uma valsa de

Oskar Strauss.

• O famoso isqueiro Zippo era para se chamar

originalmente Clic-Clac, uma onomatopéia de sua

abertura e uso. Mas o nome já estava registrado.

Censura para dar segurançatou, em 1971, a primei-ra tampa à prova de cu-riosidade infantil: cha-mada Clik-Lok, ela ne-cessitava de um empur-

rão com força ex-tra para baixo

e de um sub-s e q ü e n t emovimentog i r a t ó r i o

para dar a-cesso à droga

a c o n d i c i o n a d a .Projetos concorrentesnasceram, mas a Clik-Lok fez sucesso e foi li-cenciada para o uso emdiversos países, tornan-do-se, assim, a primeiratampa child-proof usadaem larga escala.

Em meados dos anos60, práticas e políticasde proteção ao consu-midor ganharam forçanos Estados Unidos. Talfenômeno obri-gou o empre-sariado a re-ver minu-ciosamentea segurançade seus pro-dutos. Umadas preocupaçõessurgidas entre a indús-tria foi a facilidade comque crianças poderiamabrir frascos dos medi-camentos de seus pais ese intoxicarem. Comosolução, a vidraria Ow-ens-Brockway apresen-

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