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Ano VI • Nº 59 • Julho 2004 • R$ 9,00 CAPA IMPRESSA EM PAPELCARTÃO ART PREMIUM NOVO 250g/m 2 , TERMOLAMINADA PELA LAMIMAX COM FILME PROLAM ® PRATA www.embalagemmarca.com.br

Revista EmbalagemMarca 059 - Julho 2004

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Edição de julho de 2004 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios e algumas matérias, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível a maioria das reportagens.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 059 - Julho 2004

Ano VI • Nº 59 • Julho 2004 • R$ 9,00

CAPA

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www.embalagemmarca.com.br

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Parecidos com os japonesesez anos atrás dizia-se que éramos maiscompetentes que os

japoneses, pois eles precisa-vam de um ano para ter a in-flação de um dia no Brasil.Passado um decênio de im-plantação do Plano Real, opaís estaria, se não maiscompetente, parecido com oJapão em alguns aspectospositivos. Um deles: a quali-dade alcançada em todos oselos da cadeia de emba-lagem, induzida a moderni-zar-se em conseqüência demudanças na economia.A reportagem de capa destaedição, que mantém seu focona área do packaging, comoconvém a uma revista espe-cializada no assunto, toma o

Plano Real como ponto departida de um período noqual se registrou evidente ereconhecida modernizaçãodo setor produtivo.Sem dúvida influiu forte-mente na modernização dosetor produtivo a criação deuma moeda estável, dotadade credibilidade. Porém, tan-to quanto esse efeito do pla-no, entre outros fatores quese seguiram a ele a aberturaàs importações foi funda-mental para o avanço.Mais que “obra de dez anosde Plano Real”, o que temosé fruto da conjugação de vá-rios influenciadores, dosquais se destacam dois: acorreção de erros de percur-so, como a tardia adoção do

câmbio flutuante, e a conso-lidação do Código de Defesado Consumidor.Tudo somado, as pessoasganharam noção de valor dodinheiro, puderam compararprodutos nacionais com im-portados, tornaram-se maisexigentes. Em suma, mudouo perfil do consumidor e,com isso, o do varejo.Inevitavelmente, a indústriafornecedora e os prestadoresde serviço tiveram de quali-ficar-se para responder à al-tura. “Na marra”, o Brasilaprendeu a fazer melhor essaparte. Falta ainda reverter aqueda da renda e a concen-tração dos rendimentos, parao consumo interno crescer.Até agosto.

D

Nos dez anos doPlano Real, todosos elos da cadeiade embalagemforam induzidosa melhorar, e hoje o padrão de qualidadedo produtobrasileiro édos mais altos.

Wilson Palhares

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Reportagem de capa:10 anos de Plano RealAs grandes transformaçõesocorridas no panoramanacional da embalagemdesde a instituição do planoque estabilizou a economia

Pet foodCom a lata Bat-plus,Brasilata quer prospectarnegócios no mercado de rações secas

10RotulagemEncontro no México discutetendências, novas tecnologias e oportunidadesde negócios da área de decoração de embalagens

FispalLançamentos revelados navigésima edição da feira denegócios revela confiançada cadeia de embalagens

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36

FOTO

DE

CAPA

: STU

DIO

AG

nº 59 • julho 2004

24

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Maria Luisa Neves

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

Assistente de ArteJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 90,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Filiada ao

Esta revista foi impressa em Papel CouchéImage Arte 145g/m2 (capa) e papel

Image Mate 90g/m2 (miolo), fabricados pela Ripasa S/A Celulose e Papel, em harmonia com o meio ambiente.

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

3 EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

6 Espaço abertoOpiniões, críticas e sugestões dos nossos leitores

54 InternacionalDestaques e idéias de mercados estrangeiros

60 DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

62 PanoramaMovimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

64 Painel GráficoNovidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

66 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

Seções

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Quinto aniversário

Parabéns à equipe por estes cin-co anos de existência da revista.Com certeza estaremos comemo-rando 10, 15, 25 anos, pois o que ébom não só perdura, como cresce.Fico imaginando o trabalho dana-do que vocês têm para levar maté-rias de qualidade e imparciais, comrequinte não só nas informaçõesmas também no aspecto gráfico, aopúblico – no qual me incluo, poissou leitor assíduo de vossa (nossa)EMBALAGEMMARCA. Hoje a revistaserve de referência em nosso meio,e não é para menos: é a única queconheço que se preocupa tambémem inovar. Cito aqui a capa feitaem flexo, os especiais de papelcartão e tantas outras inovações.Enfim, poderia ficar aqui dez diasseguidos escrevendo coisas boas ereais sobre a revista e, mesmo as-sim, não estaria fazendo jus ao quevocês realmente merecem. Muitosucesso!

Rubens WilmersNilpeter do Brasil

Quem disse que o negócio de re-vistas técnicas é uma temeridadetem o exemplo de EMBALAGEM-MARCA, nos seus cinco anos, paraprovar que não é bem assim. De-pende só do seu conteúdo de infor-mação, de imparcialidade e, sobre-tudo, de ética, como aliás está

abordado no editorial. A equipeestá de parabéns. Vamos esperaragora os próximos cinco, dez,quinze anos que vêm pela frente.Achamos, porém, que os cinco pri-meiros são os mais difíceis. O res-to será “barbada”.

Irene e Antonio Muniz SimasDiretores, Dil Brands

Barueri, SP

Parabéns a EMBALAGEMMARCA

por seu quinto aniversário e, prin-cipalmente, pela qualidade editori-al e gráfica que alcançou. Comoleitor da revista desde sua primeiraedição, sou testemunha de que,nestes cinco anos, a revista mudouo rumo do jornalismo de embal-agem no Brasil, levando publica-ções do segmento a evoluírem paraalcançar o mesmo padrão de quali-dade. A esta altura de minha longaatividade no campo do design, éuma satisfação ressaltar que a cadaedição a revista oferece a seu pú-blico informação qualificada, comelegância e isenção. Em suma, emseus cinco anos de existência,EMBALAGEMMARCA deu importan-te contribuição aos profissionais eàs empresas de embalagem noBrasil. Mais uma vez, parabéns àequipe.

Lincoln Seragini Diretor da Seragini Farné

São Paulo, SP

Por acompanhar a revista desdeo seu primeiro exemplar, ainda noboneco, não poderia deixar de pa-rabenizar toda a equipe pelo belís-simo trabalho feito. O novo proje-to gráfico ficou ótimo. O veículo,que é fonte obrigatória de consultapara os profissionais de embal-agem, também enche os olhos pelabeleza e pela qualidade gráfica.Super parabéns a todos!

Ilze S. Ramos Marketing

E-Packing / Bauch & Campos

A edição de quinto aniversáriode EMBALAGEMMARCA (nº 58, ju-nho/2004) foi uma agradável sur-

presa. O que já era muito bom fi-cou ainda melhor. Vocês demons-tram que não há limites para quemsabe o que faz e faz o que gosta.Parabéns.

Davi Domingues Diretor, RR Papéis

São Paulo, SP

Efusivos cumprimentos pelaedição de quinto aniversário darevista EMBALAGEMMARCA. Parachegarem ao nível de conteúdo ede apresentação atual, vocês con-jugaram recursos intelectuais emateriais com rara harmonia, se-guro fruto da experiência profis-sional, integridade executiva e so-lidez conceitual. O resultado é aessencial recompensa, comparti-lhada pelos que têm a oportunida-de de ler e apreciar esteticamente aprimorosa produção.

Nilo HalgeConsultor em embalagem

São Paulo, SP

Parabéns pelo aniversário darevista e pela sua iniciativa na di-vulgação de conhecimentos para osetor. Além do excelente acaba-mento da revista – os detalhes dacapa ficaram excepcionais –, oconteúdo está muito rico em infor-mações e novidades.

Reginaldo Baggio Diretor, Lavoro Projetos

e RepresentaçõesSão Paulo, SP

Recebemos a Edição Especial de5 anos de EMBALAGEMMARCA como novo projeto editorial e gostaría-mos de parabenizá-los pela exce-lente edição, não só pela beleza ex-terna, mas principalmente peloconteúdo.

Esmeralda CamargoSecretaria Executiva, ABIEF –

Associação Brasileira da Indús-tria de Embalagens Flexíveis

São Paulo, SP

Adorei a “nova” revista. O visu-al está excelente, e os artigos, con-sistentes. Os anúncios, como está

6 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> jjuullhhoo 22000044

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dito no editorial, também são in-formação. Só que também apre-sentam excelente nível. Até pareceque vocês selecionam. Fico real-mente feliz por vocês e pela contri-buição que isso tudo significa paranós do setor. Parabéns a todos daequipe.

Assunta Napolitano CamiloEmbalagens, Estratégia

& InovaçãoBarueri, SP

Vocês podem ficar vaidosos.EMBALAGEMMARCA de junho estáperfeita. Parabéns.

Antonio Carlos YazbekDiretor

Revista Giro NewsSão Paulo, SP

Parabéns pelo novo projeto darevista EMBALAGEMMARCA. Estálinda. Gostei especialmente das se-ções Display, Panorama e PainelGráfico. Quando a revista informa

sobre novos produtos/proces-sos/fabricantes/usuários nessas se-ções, ganha robustez e identidadejunto ao leitor, chamando para elamais anunciantes e leitores.

Nivaldo ManzanoDiretor da Cema

SocioambientalSão Paulo, SP

Acabo de ler a Edição Especialde EMBALAGEMMARCA. Está cadavez melhor. A capa está maravilho-sa, a impressão continua excelentee as matérias, muito apropriadas ebem cuidadas. Parabéns. Esperoque continuem avançando.

João SerraAdvocacia Serra

São Paulo, SP

Não é para bebês

Agradecemos a oportunidadeque nos foi dada pela revista paradivulgar alguns de nossos lança-

mentos. Gostaríamos, entretanto,de esclarecer um grave equívocopublicado na nota “Roll-on atépara bebês” (EMBALAGEMMARCA

nº58, pág. 34). Ao contrário do quefoi informado, o frasco roll-onbaby não é específico para acondi-cionar produtos de bebês. A finali-dade dessa embalagem é servir deamostra grátis para divulgação danossa linha de frascos roll-on, cu-jos tamanhos fogem dos padrõesde mercado.

Ricardo T. PesenteDepartamento comercial

OxyplasSão Paulo, SP

Impressão da Emepê

Na página 66 de EMBALAGEM-MARCA de junho de 2004, a notíciasobre as embalagens dos LençosSofty’s, da Melhoramentos Papéis,cometeu um engano quanto aonome da empresa que faz a impres-

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"ASSINE

Assinatura por 1 ano com 12 exemplares (grátis uma edição de Luxo ou um Almanaque especial)Forma de pagamento: Depósito em conta corrente Boleto bancárioValor: 1 x R$ 90,00 2 x R$ 47,50

Preencha os dados abaixo e envie a ficha por fax (11 5182-9463) e aguarde os dados bancários para depósito ou o boleto bancário.Se preferir, preencha o formulário em nosso site (www.embalagemmarca.com.br).

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RAMO DE ATIVIDADE DA EMPRESA:

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:

são, ao informar que “a impressãoé feita pela Boxprint, pela Emibrae pela PMP Gráfica.”). Em vez dePMP Gráfica é Emepê IndústriaGráfica e Comércio Ltda.

Priscila de Freitas PereiraDepartamento comercialEmepê Indústria Gráfica

e Comércio Ltda.Vinhedo, SP

Maleta Popular

A edição n° 57 de EMBALAGEM-MARCA (maio/2004) incluiu umaexcelente reportagem ilustrada arespeito da maleta ProntoBox, blis-ter que dispensa equipamento emão-de-obra para o seu fechamen-to. A revista toda comprovou, maisuma vez, seu alto nível, enrique-cendo o setor de embalagens cominformações sobre novos lança-mentos e contribuindo, assim, para

o desenvolvimento e o progressodesse mercado.

Jacques SalibDiretor da Dreco Embalagens

São Paulo, SP

Embalagem da cachaça Sagatiba

Ficamos muito vaidosos com apresença da cachaça Sagatiba namatéria “Para Exportar”, publicadaem EMBALAGEMMARCA de maio de2004. Aproveitamos para informarque foi a F/Nazca Saatchi & Saatchia responsável pela criação da marcae do rótulo e pelo desenvolvimentodo formato da garrafa. Parabénspela revista, que tanto valoriza otrabalho de quem atua com comuni-cação e marketing, como nós.

Maria Clara JorgeDiretora de Comunicação

F/Nazca Saatchi & SaatchiSão Paulo, SP

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por

carta, e-mail ou fax poderão ter

trechos não essenciais elimina-

dos, em função do es-paço

disponível, de modo a dar o

maior número possível de

oportunidades aos leitores. As

mensagens poderão também

ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

Mensagens para EMBALAGEMMARCA

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capa >>> especial

Aniversário da implantação do plano de estabilização econômica revela um período de modernizaçãoe de significativas mudanças no panorama nacional das embalagens– ao que tudo indica, para melhor

á dez anos era implementado no Brasil o PlanoReal, um conjunto de medidas que conseguiuamansar o famigerado dragão inflacionário de-

pois de diversas tentativas fracassadas, abrindo, então, ca-minho para a conquista de uma economia mais estável.Nas reflexões que têm pululado por causa desse aniversá-rio, um quase-consenso é o de que, se não conseguiu cata-pultar o desejado crescimento do país, ao menos o Planonos proporcionou um choque de internacionalização e,conseqüentemente, de modernização.

É nesse sentido que se pode dizer que a cadeia nacio-nal de embalagem, frente à data, tem bons motivos parafestejar. Afinal, tudo o que se refere a embalagem atingiuno Brasil, nesse último decênio, um nível comparável aoque há de mais avançado no mundo – da ponta das maté-

rias-primas passando por equipa-

mentos, áreas de serviços, design, processos de produçãoe acabamento e suplementos até chegar às linhas da indús-tria usuária. Hoje, não há mais “delay”; as novidades emembalagem dos países ricos logo desembarcam aqui.

Isso não foi conquistado ao acaso. Se por um lado alembrança desse aniversário do Real certamente fará mui-tos soltarem aquele suspiro do “parece que foi ontem...”,o volume de transformações que se abateram nesse ínte-rim em todas as esferas de relações sociais e de produção,por outro, faz crer num período maior que o de 120 meses.Basta observar que, no início da década de 90, aspectoshoje considerados estratégicos entre as companhias, comoo investimento em branding e o papel da embalagemcomo suporte desse investimento e como ferramenta pararacionalizar a produção – propositalmente pinçados porserem os drivers de EMBALAGEMMARCA – , eram olhadosde esguelha pelo grosso do empresariado.

No número “mágico” do décimo aniversário de insti-tuição do Plano Real, a equipe viu uma oportunidade delevar profissionais e empresas ligadas à cadeia de embal-agem a refletir sobre erros e acertos cometidos pelo im-pacto das medidas que se seguiram àquela iniciativa. Nãohá neste trabalho a pretensão de fazer análises econômicasprofundas, interpretar implicações da macro sobre a mi-croeconomia (ou vice-versa), e tampouco falar de todos osdetalhes que marcaram a dinâmica paisagem das embala-gens nesse período. Assim, desenhamos um pano de fun-do, para que as conseqüências de medidas importantes so-bre a produção, tomadas nas esferas governamentais nosúltimos dez anos, tenham uma base de referência, e ressal-tamos aqueles pontos que, cremos nós, mais fortementeditaram o caminhar das embalagens nos anos do real.

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Dez anosdo Real

Pela equipe de EMBALAGEMMARCA*

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um cenário de inflaçãode 1% ao dia,de dois dígitos

ao mês e anualmenteestratosférica, os cora-ções das empresas eramseus departamentos fi-nanceiros, que, por meiode aplicações no over-night e outros malabarismosbancários, garantiam sua liqui-dez. Em suma, a eficiência ope-racional e a qualidade dos pro-dutos e serviços podiam ficar –e, em geral, ficavam – relegadasa um plano secundário. Os con-sumidores, por sua vez, tinhama preocupação de fazer seu ho-lerite render ao máximo, corren-do às lojas logo do recebimentodo contracheque para realizar ascompras do mês e estocar o má-ximo possível de itens na des-pensa, amenizando assim a san-gria do dinheirinho pelo proces-so inflacionário, a ela exposta,na prática, nas freqüentes re-marcações de preços, que acon-teciam até durante um mesmo dia (!).

O Plano Real, porém, teve efeitos imediatos econsistentes. Por meio de pontos de excelência como“o sutil e inteligente congelamento da estrutura derendimentos; a liberação total (inclusive do câmbio,mas controlado por juros altíssimos), que estabeleceuos preços de equilíbrio entre oferta e procura; a fan-tástica eficiência das comunicações, com os brasilei-ros convertendo os preços em URVs e depois os re-convertendo na nova unidade monetária (o real) e acorajosa liquidação de todos os mecanismos de corre-ção monetária que davam dinamismo próprio aospreços”, listados pelo economista Delfim Netto numrecente artigo publicado no diário Valor Econômico,a taxa de crescimento anual dos preços, isto é, a infla-ção, veio abaixo em poucos meses. O povo, então,gozou de um ganho de renda real – para se ter idéia,de 20,6% nos primeiros seis meses do Plano, segun-do dados do IBGE. Foi a época do boom de consumode vários produtos, sendo que o frango, para quemnão lembra, foi eleito seu símbolo.

Esboçava-se, assim, um novo panorama na eco-nomia brasileira, guiado por níveis “normais” de in-flação. Livres da paranóia dos preços em aclive con-

tínuo, as pessoas pude-ram lidar com outraspreocupações. “Os con-sumidores, de acordocom vários levantamen-tos, se tornaram mais ze-losos em comparar preçosantes de comprar. Isso

ocorreu, num primeiro mo-mento, pelo fato de que, a partirda queda drástica da inflação, apopulação pôde ter uma noçãomuito mais clara do real signifi-cado dos preços. Numa etapaposterior, a preocupação com ospreços foi reforçada porque opoder de compra caiu”, assinalaa LCA Consultores no intróitoda publicação “Tendências doMercado Brasileiro 2004”, re-cém-lançada pelo instituto depesquisas de mercado ACNiel-sen e à qual EMBALAGEMMARCA

obteve acesso (veja quadro napág. 50).

Câmbio da conveniênciaA análise mais criteriosa dos

preços, entretanto, não foi alteração solteira dos há-bitos de compra da população. “Além da noção doverdadeiro valor dos produtos, o consumidor pôdecomeçar a comparar outros atributos, como quali-dade”, comenta o professor do Programa de Admi-nistração do Varejo da Universidade de São Paulo(Provar-USP), João Paulo Lara Siqueira. Mais queno cessar do dinheiro virando pó deuma hora para outra, essa virada tam-bém se escorou na maior presençados produtos estrangeiros nas gôndo-las, abertura que ocorria à época. Aindústria e os demais elos das ca-deias produtivas, incluindo osfornecedores de embalagens, se vi-ram diante do desafio de atendernão só um número maior de novosconsumidores, mas também com-pradores mais seletivos e exigen-tes. Igualmente concorreu a esse

Bolachas/Biscoitos

Ano Base

1994199519961997199819992000200120022003

Volume

369 959470 316519 835597 928673 807675 458638 019631 150675 126759 408

Variação %

12,027,110,515,012,70,2-5,5-1,17,0

12,5

Tx. Crescimento

-27,140,561,682,182,672,570,682,5

105,3Além de ter sua produção mais que dobrada em dez anos,como mostram os números da ACNielsen, o mercado de bis-coitos rendeu-se à tendência das apresentações cada vez

mais individualizadas, principalmente em flow-packs

N

COSMOPOLITISMO: Globalização fezcrescer a presença de embalagens

modernas no país, como as bisnagas plásticas coextrudadas

FON

TE:

ACN

IELS

EN

(em 1000kg)

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rumo a disseminação dosditames do Código de De-fesa do Consumidor, postoem prática em 1991. Resu-mo da ópera: o setor pro-dutivo teve que mudar ofoco do setor financeiropara a produção, o produtoe a qualidade.

Um detalhe que exigiu rea-daptação das indústrias e dosfornecedores nacionais deembalagens em geral é que, nonovo cenário erigido pelo real, aconveniência do consumidormudou de figura. Se antes elepreconizava o chamado “tama-nho família”, com produtos emvolumes generosos para evitar acorrosão inflacionária, os fato-res econômicos e legais supraci-tados, imbricados a outras ques-tões sócio-comportamentais querecrudesceram – a escassez pro-gressiva do tempo, a maior par-ticipação da mulher no mercadode trabalho, a dificuldade de sesincronizar agendas entre fami-liares, o crescimento do número de pessoas que mo-ram sós (singles) e a explosão do chamado consumonômade, entre outras – fizeram explodir demandaspor formatos menores de embalagens, mais indivi-dualizadas.

O reflexo no varejo foi o crescimento do númerode visitas do consumidor ao supermercado. Commoeda estável, ele pôde abrir mão da compra do mêspara fazer compras de acordo com sua necessidadeimediata. Daí que, com o entendimento de que a es-tabilidade seria duradoura, a prerrogativa do setor dedistribuição de construir pontos-de-venda faraônicosesfriou, dando lugar à de se construir mercados com-pactos e lojas de vizinhança. Ao mesmo tempo, o va-rejo percebeu o potencial de apelar para nichos, in-vestindo em perecíveis, em rotisseria, em padaria eem produtos frescos porcionados e congelados, cate-gorias que hoje tomam até 60% da área de vendas doauto-serviço. Tal fenômeno abriu generoso espaçopara um grande número de embalagens e de apetre-chos a ela ligados, como bandejas e recipientes plás-ticos diversos, principalmente os termoformados, sa-quinhos de papel, etiquetas de marcação e filmes po-liolefínicos. Esse câmbio do conceito de conveniên-

cia do consumidor não pas-sou em brancas nuvens pe-los fornecedores dos vare-jistas, ou seja, pela indús-tria. Daí a aposta crescentedela, nos últimos anos, nadiversificação dos canais:farmácias, padarias e outros

pequenos pontos-de-vendatêm sofisticado seus perfis eampliado seus mixes de produ-tos, permitindo que o consumi-dor prescinda da ida ao hiper-mercado.

Há que se ressaltar que,além dos refinamentos das es-tratégias de marketing, o câm-bio supervalorizado e a maiorabertura às importações tam-bém colaboraram para a fortunado setor produtivo, na medidaem que favoreceram as renova-ções dos mais variados parquesindustriais nacionais. Além deproporcionar o lançamento demercadorias – e, conseqüente-mente, de embalagens – maismodernas no mercado nacional,

esse movimento garantiu competitividade na viradado século, quando a desvalorização cambial fez au-mentar as exportações. Dessa forma, não é exagerodizer que o crescimento do Brasil como exportadorde produtos também teve como anteparo a moderni-zação das linhas nacionais de embalagem, que possi-bilitaram atender às exigências dos importadores.

No entanto, nessa teia de relações fica claro que,em contrapartida, o acesso facilitado aos bens de ca-pital e a interação com os mercados internacionais,aliados à diminuição do número de consumidoresmarginalizados, incorreram numa explosão de con-corrência. De 1994 a 1998, período do acentuado re-festelo consumista do real, o número de itens nos hi-permercados pulou de uma média de 15 000 para50 000. Toda essa fermentação, claro, teve de ser su-portada por maior variedade, por embates e pormaior disponibilidade de embalagens. Esse aumentoda variedade foi fruto da interação uso-consumo-oferta de embalagens, afetando os processos e os re-sultados de todos os setores envolvidos na cadeia.Isso é mais claro quando se observa o que ocorreuem cada área, com destaque para as fornecedoras derecipientes feitos dos diferentes materiais.

Amaciantes de roupa

Ano Base

1994199519961997199819992000200120022003

Volume

66 969109 950148 592197 617236 455261 584277 991287 367297 860299 651

Variação %

14,064,235,133,019,710,66,33,43,70,6

Tx. Crescimento

-64,2

121,9195,1253,1290,6315,1329,1344,8347,4

Amaciantes de roupas experimentaram uma explosão devendas após o anúncio do Real, principalmente no triênio1995-1997. Isso fez aumentar a competitividade entre mar-cas e o escoamento de recipientes plásticos no segmento.

FON

TE:

ACN

IELS

EN

(em 1000litros)

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Diversidade máximaUm segmento que atestaessa pluralização deforma bastante explíci-ta é o de embalagensplásticas. “A corridapelas soluções plásti-cas se deu de tal formaque, hoje, só não encon-tramos no Brasil, ainda,embalagens muito específicas”,define o expert Luís FernandoCassinelli, diretor de tecnolo-gia e inovação da petroquímicaBraskem. Nilo Alge, consultorem aplicações plásticas e ex-di-retor da Itap Embalagens, notaque “em linhas gerais, a sofisti-cação do consumo e a exigên-cia, pelo Código de Defesa doConsumidor, por prazos devida útil definidos, impôs evem impondo projetos maiselaborados de embalagens plás-ticas”. Indo adiante, Algeigualmente condiciona a essesfatores o lançamento e o desen-volvimento acelerados de ou-tras modernas soluções plásticas nos últimos dezanos, entre elas as bisnagas multicamadas e as bol-sas do tipo bag-in-box.

Na praia das embalagens plásticas rígidas, umfato que marcou de forma profunda os últimos dezanos foi a consolidação das garrafas e frascos dePET. Cassinelli dá especial atenção à disseminaçãodesses recipientes na área de bebidas, na qual aamortização progressiva dos custos de implantaçãode suas linhas revolucionou a distribuição e levou àtão discutida “tubainização” do segmento de refrige-rantes, com empresas de pequeno e médio portes setornando competitivas e roubando mercado das gi-gantes da área.

Inevitável abordar, na plaga das embalagens plás-ticas rígidas, o escoamento maior de frascos parasegmentos que cresceram na esteira da disponibilida-de maior de renda, como o de produtos de limpezadoméstica, que antes do Real tendiam a ser encara-dos como supérfluos. Prova disso é o crescimentoacentuado das vendas de amaciantes para roupas. Aolado de outros itens de natureza similar, eles injeta-ram produtividade nas linhas de embalagem aloca-das nas plantas dos seus fabricantes, geralmente ad-

ministradas por terceiros(in-house). Outrossim,

também não se pode pas-sar ao largo da tendênciada injeção de ciclo rápi-do e parede fina para po-tes de alimentos, quevem envidando crescen-tes esforços no último

decênio como alternativamoderna aos recipientes termo-formados.

A influência das mudançasde hábito de consumo pelas ten-dências de marketing, de umlado, e pelo maior acesso tecno-lógico, de outro também causougrandes reviravoltas na área deembalagens plásticas flexíveis.Em âmbito geral, o segmentofoi contemplado por um altíssi-mo desenvolvimento dos fil-mes, apontando para o que o jar-gão da cadeia plástica chama deseletividade: a maior preocupa-ção com permeabilidade e pro-priedades de barreira, resistên-cia a baixas e altas temperaturas

e maior vida de prateleira, seja através da própriaprodução dos filmes, notadamente os coextrudados,ou nas laminações. “Os filmes coextrudados paraembalagens a vácuo ou com atmosfera modificadaeram utilizados de forma incipiente há dez anos”,lembra Nilo Alge.

Um importante evento pré-real que contribuiupara que as indústrias plásticas absorvessem o desen-volvimento acelerado de embalagens flexíveis pós-94 vale ser frisado: a introdução por aqui dos polie-tilenos lineares, em 1992. “Esses materiais ‘turbina-ram’ o empacotamento automático de commoditiesalimentícias como arroz, farinhas e outras”, lembraCassinelli. Ainda no espaço das poliolefinas, éimpossível não reservar espaço para falar do estron-doso crescimento do polipropileno (PP) nas aplica-ções em embalagens.

Escalada do BOPPCláudio Marcondes, gerente de desenvolvimento daPolibrasil, nota que, há dez anos, o consumo per ca-pita anual do PP era de 2,7 quilos e, hoje, saltou para5,3 quilos. “Em paralelo, nossa produção pratica-mente também dobrou”, ele afirma, dando grandes

Condicionadores/Pós-xampu

Ano Base

1994199519961997199819992000200120022003

Volume

25 87639 34150 84359 96172 03379 85082 03486 14996 992

105 012

Variação %

22,052,029,217,920,110,92,75,0

12,68,3

Tx. Crescimento

-52,096,5

131,7178,4208,6217,0232,9274,8305,8

Depois do boom de 1995, condicionadores mantiveram bomcrescimento. Pela competição acirrada, marcas do segmentose apoiaram em embalagens diferenciadas e rótulos mais

sofisticados, principalmente auto-adesivos

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TE:

ACN

IELS

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(em 1000litros)

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méritos às aplicações em embalagem nessa evolu-ção, uma vez que 40% do total produzido de PP nopaís se destinam a elas. Numa mesa próxima, SérgioWeiss, da área de serviços técnicos da Polibrasil, dizque, por causa da explosão de demanda, o Brasilhoje possui um parque industrial “top de linha” parao trabalho com PP. “O desenvolvimento por aqui foitão grande nesses últimos anos que, hoje, o Brasilpode ser visto como benchmark na produção de PP”,ele enfatiza.

Inegável destaque, entre os produtos de PP escoa-dos para embalagens nos últimos anos, é o polipropi-leno bi-orientado (BOPP), que, além de conquistarum mercado cativo entre as embalagens flexíveis,deflagrou modificações profundas na área de rótulos,especificamente em auto-adesivos. “Há dez anos, apresença de BOPP em rótulos era incipiente”, ele re-memora. “Contudo, o maior valor agregado do mate-rial, expresso pela resistência à umidade, pelo acaba-mento brilhante ou fosco e por outros aspectos, o fezcrescer sobre os papéis”, lembra Marcondes. “É vá-lido dizer que, no geral, a evolução dos filmes hojepermite que tenhamos no Brasil estruturas bastanteseletivas para embalagens flexíveis”, pontificaWeiss, dando um exemplo. “Em 1994, podíamoscriar embalagens com até cinco camadas de filmesplásticos; hoje, observamos a utilização de nove,sendo que já se estuda o uso de onze.”

Pegando carona na abordagem da disseminaçãodo BOPP em rótulos, é impossível não reparar que osetor de decoração também evoluiu absurdamente,sendo que os movimentos da indústria plástica foramdos que mais contribuíram para tanto. Ainda que ospapéis tenham mantido nichos cativos, como os decervejas em garrafa e vinhos e bebidas alcoólicas

NOBREZA – Modernização do parque gráfico nacional, logo após ainstituição do Plano, posiibilitou a obtenção de cartuchos com novosformatos, acabamentos premium e maior qualidade de impressão

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quentes (spirits), os plásticoscresceram em nichos que an-tes eles dominavam, comoos de rótulos para produ-tos de limpeza domésticae para produtos de higie-ne pessoal, como xam-pus, condicionadores,cremes e afins. Os rótulosauto-adesivos, por exemplo,decolaram nesse período, nãosomente por seus atributos epelo desenvolvimento de mate-riais, mas também pelo acessomais fácil a rotuladoras e outrosbens de capital necessários à suafabricação e aplicação. Surgi-ram diversos fabricantes locaisde rotuladoras, que, adaptadasem capacidade e em preço à rea-lidade nacional, venderam umaenormidade. Esses apelos sefortificaram ainda mais no fimda década de 90, com a desvalo-rização cambial, quando, em li-nhas gerais, os fabricantes na-cionais de máquinas e equipa-mentos foram contempladoscom a tendência de substituição de importações(uma das empresas que ilustram bem esse cenário éa Bauch & Campos, que está completando dez anosem 2004 – veja nota na página 32).

Em termos de formatos de flexíveis que se desta-caram no período do real é impossível não destacaras flow-packs, que se disseminaram fortemente emdiversas áreas pelo motor da individualização cres-cente dos produtos, e dos stand-up pouches, sacos dequatro soldas e similares, que aumentaram sua parti-cipação diante da maior demanda por embalagensmais sofisticadas e com maior apelo de venda nasgôndolas. A disponibilidade de máquinas nacionaisajudou em muito nessas evoluções.

Gráficas suportam saltoO salto qualitativo das embalagens flexíveis e dosrótulos plásticos também foi reflexo direto do incre-mento do parque gráfico brasileiro, principalmenteda chegada ao país de novas impressoras flexográfi-cas e do desenvolvimento das fabricantes nacionaisdessas máquinas. Investimentos dos convertedorespermitiram não apenas agregar novos recursos grá-ficos às embalagens flexíveis, mas também aumen-

tar a velocidade das linhasde produção, diminuindo ochamado lead time, ou seja,o tempo entre o pedido e asua entrega e faturamento.

“As empresas aproveita-ram o período de cresci-mento econômico e de es-tabilização do dólar paraapostar em modernização

e redução de custos”, expõeMário César de Camargo, presi-dente da Associação Brasileirada Indústria Gráfica (Abigraf),que calcula que, de 1994 a2003, o setor investiu 6 bilhõesde dólares em equipamentos einstalações.

No caso específico dasembalagens cartonadas, opadrão de equipamento evoluiuvisivelmente. De máquinas qua-tro cores limitadas a formatosretangulares, as gráficas espe-cializadas migraram, grossomodo, para impressoras seis co-res com saída para verniz deproteção e de ressalto e possibi-

lidade de produção em formatos variados. Com isso,os cartuchos incorporaram acabamentos metálicos,cores em linha para reproduzir tons especiais e mel-hor qualidade de cromia, aplicações de hot-stampinge de alto e baixo relevo (inclusive mensagens embraile), além de recorte de caixa, dentre outros as-pectos antes pouco aplicados a eles. “Nesse segmen-to, mudou o patamar de equipamento mínimo para sedestacar no segmento de embalagem brasileiro”, de-fine Camargo. Se nos tempos de inflação alta umamáquina de 1 milhão de dólares resolvia o problema,hoje a configuração básica para rodar embalagenscartonadas começa em 2,5 milhões de dólares.

De modo equânime à cadeia gráfica, a indústriade celulose e papel também viveu um período deebulição após o Plano Real. De 1994 até o ano pas-sado, a Associação Brasileira de Celulose e Papel(Bracelpa) diz que foram investidos 12 bilhões dedólares no aumento da capacidade produtiva dosetor. Embora a produção brasileira de celulosetenha passado de 5,8 milhões de toneladas em 1994para 9,1 milhões no ano passado, a oferta de celulo-se de fibra longa, produzida a partir de coníferas eutilizada essencialmente na fabricação de papéis de

Sucos prontos

Ano Base

1994199519961997199819992000200120022003

Volume

12 63928 78844 20656 75165 72067 59381 561

120 185164 949172 331

Variação %

25,3127,853,628,415,82,8

20,747,437,24,5

Tx. Crescimento

-127,8249,8349,0420,0434,8545,3850,9

1 250,11 263,5

Inegável vedete entre os produtos de giro rápido nos últimos dez anos, a categoria de sucos prontos representou

uma mina de ouro para os mais diversos materiais e sistemas de embalagens. Todos têm espaço hoje.

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embalagem na sua formanão-branqueada, ainda émenor que a demanda na-cional. Por isso, o Brasilprecisa importar anual-mente cerca de 350 000 to-neladas desse produto.“Mas de maneira geralpode-se dizer que a indústriabrasileira de celulose e papelteve êxito ao enfrentar o proces-so de globalização, que impôsao setor uma situação nova e de-safiadora”, entende Osmar Zog-bi, presidente da Bracelpa.

Modernização tambémnas metálicasEmbora reflitam o aumento dopoder aquisitivo dos brasileirosnos últimos dez anos, os investi-mentos em capacidade produti-va e o crescimento do consumode embalagens metálicas após oPlano Real não são suficientespara dimensionar os desafiosimpostos ao setor no período.Talvez um dos grandes marcosdas indústrias de latas de aço e alumínio desde o ar-refecimento inflacionário e o incremento de rendados brasileiros tenha sido o esforço de aproximaçãocom o universo do varejo, num movimento que in-corporou às operações de cada uma delas departa-mentos de criação e desenvolvimento de novos mer-cados, entre outras áreas que antes pareciam confli-tantes com suas vocações essencialmente fabris.Com isso, o país não apenas se tornou um globalsupplier de chapas para as indústrias de lata de out-ros países, como também vem ditando tendências deformatos e sistemas de fechamento até para merca-dos internacionais.

Na parte dos processos produtivos, os fabricantesde embalagens de aço e de alumínio perseguiram umobjetivo comum nesses últimos tempos, não obstantea disputa direta que travam em importantes setoresdo varejo: reduzir o peso de suas embalagens, e as-sim abater custos e ganhar competitividade. A lata dealumínio para bebidas, por exemplo, passou de 21g,quando foi lançada no Brasil em 1989, para os atuais13g. Já as latinhas de folha-de-flandres de três peças(base, corpo e topo), que foram suplantadas pelas dealumínio já no início da década de 90, ressurgiram

em 1998 com apenas duaspeças (corpo e topo) e0,08mm de espessura de fo-lha, sete a menos do quesuas precursoras. Apesar dasnovas tecnologias, as latasde aço para bebidas, fabrica-das no país com exclusivida-de pela cearense Metalic,

detêm hoje apenas 5% de parti-cipação no setor.

Sem comprometer caracte-rísticas como resistência, segu-rança e inviolabilidade, o pro-cesso de redução do peso daslatas metálicas ajuda a explicar,em conjunto com a melhora dopoder aquisitivo médio dos bra-sileiros, o crescimento das en-tregas no setor mesmo frente àsinvestidas de outros materiais,como o plástico e o vidro. Deacordo com Luis Fernando Ma-della, diretor de marketing paraprodutos laminados da Alcan,de 1994 a 2003 a média decrescimento das latas de alumí-nio alcançou impressionantes

19% ao ano. Além da forte presença nos mercadosde cerveja e refrigerantes, nos quais as latinhas ob-tidas da bauxita acondicionam perto de 30% da pro-dução brasileira, bebidas como sucos prontos eenergéticos, que explodiram com a estabilidade e ainclusão de novos consumidores no varejo brasilei-ro, contribuíram para ampliar a produção desse tipode embalagem no país – assim como influíram nadiversificação e na maior participação das assépti-cas cartonadas, ou caixinhas longa vida.

Criatividade nas metalgráficasNo campo do aço, talvez o pulo qualitativo do setorseja mais fortemente evidenciado pelos crescentesdesenvolvimentos de novos sistemas de fechamentopelas metalgráficas nacionais. Soluções como astampas de abertura fácil com selos de vedação, cria-dos no Brasil em 1989, e que se tornaram um padrãode mercado para vários alimentos, como requeijões,conservas e atomatados, começam a ser reconheci-dos e adotados lá fora. O surgimento de tampas dife-renciadas também tem sido essencial em produtosquímicos, especialmente tintas imobiliárias – ao quevale lembrar o grande número de prêmios que meta-

Alimento para cães

Ano Base

1994199519961997199819992000200120022003

Volume

34 62955 87873 89396 951

125 632129 038139 325145 549166 014176 743

Variação %

31,561,432,231,229,62,78,04,5

14,16,5

Tx. Crescimento

-61,4

113,4180,0262,8272,6302,3320,3379,4410,4

Mercado de pet food evoluiu bastante durante o últimodecênio – tanto nos atributos dos produtos quanto nas

embalagens utilizadas. As flexíveis plásticas, por exemplo,encontraram nesse mercado um grande filão.

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(em 1000kg)

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lúrgicas nacionais tem recebido lá fora. A evoluçãodo mercado brasileiro de embalagens de aço tambémé sinalizada pela entrada das chamadas latas expan-didas, há cerca de três anos, que trouxeram a possi-bilidade de produção em formatos distintos das tra-dicionais silhuetas circulares e retangulares.

Nas aplicações standard também houve evoluçãonesse último decênio, ainda que as embalagens deaço com esse perfil, talvez pressionadas pela escala-da do PET em óleos comestíveis, um de seus princi-pais mercados no Brasil, tenham registrado cresci-mento mais modesto. Segundo Marcos Paim, presi-dente da Associação Brasileira de Embalagem deAço (Abeaço), em 1994 a Companhia SiderúrgicaNacional (CSN), única fornecedora de folha-de-flan-dres no país, vendeu 546 000 toneladas de chapas deaço. Dez anos depois, o volume foi apenas 23%maior: 670 000 toneladas. Mas, em metragem, o for-necimento de chapas de aço cresceu de maneira maisevidente, cerca de 40% no período. “O crescimentoem área é maior pela diminuição do peso das latas”,observa Paim. Tal redução aconteceu também nomercado de óleos comestíveis, no qual as latas deaço, que dominam 64% do setor, contam hoje comparedes com 0,14mm de espessura, contra 0,18mmde anos atrás.

Outro setor de peso na área de embalagens, o vi-dreiro, também caminhou no sentido do aliviamentodo peso de seus recipientes. “Os investimentos emtecnologia e em modernização nestes dez anos foramgigantescos”, diz Lucien Belmonte, superintendenteda Abividro – Associação Brasileira da Indústria deVidro. A garrafa tipo long neck, lançada no mercadocom 246 gramas, pesa hoje 190 gramas, uma dimi-nuição de 20%. Neste tipo de vasilhame, destaca-seainda, em criatividade e inovação no design, a SkolBeats, premiada internacionalmente. A tradicionalgarrafa retornável de cerveja de 660ml foi substituí-

LIGHTS – Assim como outras embalagens, latas metálicas tiverampeso aliviado e espessura das paredes diminuída no último decênio

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diretor comercial daWheaton Brasil, maiorfornecedora brasileiradaquele tipo de reci-pientes, e de Luiz Anto-nio Azevedo, ex-diretor emembro do conselho diretor. “A empre-sa teve de se erguer do chão puxando ospróprios cabelos. Em cinco anos foi necessário mu-dar tudo. Como certamente acontecia na indústriabrasileira em geral, pagamos o alto preço de ter dei-xado um pouco de lado o processo de produção.” Ocerto é que, quando começaram a soprar os novosventos, faltou preparo. Assim, quando as prateleirasdas lojas começaram a ser invadidas por produtoscom embalagens sofisticadas, de vidro que se asse-melhava a cristal, com tampas de materiais de pon-ta e design criativo e diversificado, os fabricanteslocais se viram como “cachorro que caiu do cami-nhão de mudança”.

Havia empresas interessadas em comprar frascoscom variedade de cor, vidro de alto padrão, sistemasde fechamento avançados e, principalmente, designprimoroso. “Iniciou-se então uma verdadeira guerrapsicológica, que se desdobrou em batalhas de preçoe de tecnologia”, comenta Massara. Os primeirosmomentos foram “de desespero”, nas palavras doexecutivo. “Os frascos chegavam de vidrarias de foramais baratos, favorecidos pelo câmbio. Não partici-

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da por outra, mais moderna, com desenho exclusivoda indústria cervejeira e volume de 600ml. “Ela su-porta maior pressão hidrostática, de modo a oferecermais segurança ao consumidor”, conta Belmonte.

Novas embalagens, novas categoriasSegundo o executivo, a indústria vidreira “pratica-mente criou novas categorias de produtos”, como osalcopops (ices e sodas alcoólicas), e diversificou am-plamente a oferta de alternativas para alimentos.Ademais, nos forçados programas de racionalizaçãoque se seguiram ao Real, recuperou mercados perdi-dos, sendo o de refrigerantes o exemplo mais claro.“A alternativa dos preços baixos, tentadora no início,mostrou-se em várias oportunidades um erro de ava-liação estratégica de quem optou por embalagens al-ternativas ao vidro”, avalia Belmonte.

No balanço das conseqüências da modernizaçãosob pressão, “o setor vem crescendo , tendo registra-do o maior índice em 2003 entre todos os materiaisde embalagem e marcando 4% nos cinco primeirosmeses de 2004, de acordo com dados da FGV”. O es-forço para adaptar-se ao Real e às políticas que se se-guiram a ele fez com que as vidrarias, hoje, “respon-dam a padrões de exigência muito mais severos”,sintetiza Belmonte. Esse nível de qualidade é maisvisível na área de frascos do que na de garrafas parabebidas e em potes para alimentos.

Ocorre que embalagens de vidro para fármacos,mas sobretudo para perfumes e cosméticos, conside-radas especialidades na atividade de acondiciona-mento, são naturalmente oferecidas em maior diver-sidade e, por se destinarem ao uso em produtos demaior valor agregado, com exigências de qualidadequase absolutas. A descrição é de Renato Massara,

Monitor de um decênio do varejoPara construir a breve retrospectivasobre as transformações do cenáriobrasileiro da embalagem no último de-cênio, EMBALAGEMMARCA teve o auxílioda publicação “Tendências ACNielsen2004”, que reúne estudos analíticos einformações de mercado dos desempe-nhos de mais de 170 categorias deprodutos de consumo de massa nopaís nos últimos dez anos. Os dadosabrangem os seguintes setores: bebi-das alcoólicas e não alcoólicas, higienee beleza, mercearia doce e salgada,limpeza caseira, perecíveis e outros.

Publicado anualmente, o estudo da AC-Nielsen ainda traz na edição de 2004uma análise exclusiva sobre economiae os diversos impactos das movimen-tações econômicas sobre o consu-mo, elaborada pela LCA Consulto-res. Ela está disponível em livro ouCD-ROM, também nas versõespara os mercados do México, daColômbia, do Chile e da Argentina.Informações para adquiri-lo podemser obtidas com a ACNielsen. (11) 4613-7000www.acnielsen.com.br

APURO – Aumento dos padrões de exigência da

clientela fez vidrarias atingirem padrão

internacional de qualidade

DIV

ULG

AÇÃO

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pávamos mais de lançamentos. Os clientes exigiamfornecimentos com a mesma qualidade dos importa-dos, com preços iguais ou menores. Quando buscá-vamos tecnologia lá fora, nos propunham comprarmáquinas.” Nesse panorama, designers estrangeirosse aproveitavam do prestígio e, evidentemente, da si-tuação, para cobrar royalties e até “initial fees” paraprojetos solicitados. Foram necessários dois anospara que iniciasse a virada.

Começaram então as vantagens resultantes daabertura às importações. A indústria passou a dedicara maior parte de seu foco para o processo e, mais ain-da, para serviços, ou seja, para o mercado. A quali-dade, a começar pela seleção de fornecedores de ma-térias-primas, foi aprimorada, às custas de análise ede estudo envolvendo toda a corporação. “Na faltade dinheiro tivemos de recorrer à criatividade e aoenvolvimento dos parceiros no fornecimento deareia, de ferro para moldes, na adaptação de máqui-nas e de complementos como válvulas e tampas”,conta o diretor comercial da Wheaton.

Essa mobilização foi então beneficiada pela mu-dança cambial. Com a moeda flutuante – e desvalo-rizada frente a moedas fortes –, o mercado tornou-

se atraente para a fabrica-ção local de insumos.Empresas multinacio-nais (Augros, TPI-Molplastic, Emsar,Valois e outras dealta expressão nosetor) instalaram-seno país. Surgiu a In-com, fabricando tam-pas em materiais nobrese diversificando a oferta,antes restrita a poucos e po-bres modelos. Tais mudançascontribuíram para flexibilizar, me-lhorar e sofisticar não só o mercado como aprópria fábrica de vidro. O melhor de tudo, na opi-nião dos vidreiros, é que, depois de amargar muito,atualmente o Brasil está capacitado a fornecer fras-cos de vidro de padrão 1 – o de mais alto nível de-pois do cristal –, potes e garrafas em condições decompetir em preço e qualidade com os feitos emqualquer país.

*(Colaborou Raquel Manzo Prado)

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materiais >>> pet food

Ração sequinha e crocante

a cada vez mais renhida luta entre osmateriais de embalagem para con-quistar mercados, os rígidos indiscu-

tivelmente levam uma vantagem sobre os fle-xíveis num aspecto: são perfeitos para uso emoperações de reutilização, ou refil. Esse atri-buto é ainda mais reforçado quando se consi-dera que recipientes feitos de vidro, plásticoou aço são mais práticos e mais eficazes pararetampar do que os produzidos com papel, pa-pelão ou filmes plásticos.

Batendo nessas teclas, a Brasilata tem ul-timamente reforçado a argumentação de quesua lata de aço com sistema de fechamentoBat-plus, lançada no início do ano com deter-gente em pó pela Rede Extra de supermerca-dos, do Grupo Pão de Acúcar (ver EMBALA-GEMMARCA nº 53, janeiro/2004), alia à incon-testável eficácia de barreira e shelf-life aqualidade de servir de alternativa para arma-zenar variados produtos de consumo. Paraisso, tem apresentado ao mercado protótiposdestinados a segmentos específicos.

N

Lata de folha-de-flandres com fechamento de conveniência é sugerida por fabricante para uso direto e como refil em rações para animais

Acompanhar o fluxo crescente deembalagens práticas, versáteis,duradouras e que ofereçam atrati-vidade aos olhos do consumidor érequisito imprescindível às empre-sas que almejam estar à frentedas necessidades de consumocada vez mais exigentes e seleti-vas, e onde fatores como inovaçãoe diferencial de qualidade são fer-ramentas-chaves para garantir po-sição de destaque no segmento. Isso é claramente perceptível nomercado de pet food de países es-trangeiros, onde os animais de es-timação já são contemplados comprodutos dotados dos mesmosatributos de praticidade e conve-niência presentes nos destinados

ao consumo de seres humanos. Éo que mostra o fabricante de ali-mento francês Covi, que desde ofinal de 2002 desenvolve uma li-nha de recipientes descartáveis deaço, em doses únicas, para ra-ções de cães e gatos, que eliminaa necessidade da transferência doalimento para uma tigela separa-da: basta retirar a tampa de poli-propileno – que é selada a quentee dispensa o uso de abridor – ecolocar a lata sobre o chão, paraconsumo direto. Com 12mm de diâmetro, aembalagem single oferececomo qualidade adicional umadesivo próprio em sua base,para assegurar a fixação no

solo, de modo a impedir o derra-mamento do alimento. Produzidascom revestimento interno à basede porcelana, na fábrica da CrownCork & Seal em Perigueux, naFrança, as latas de aço são co-mercializadas nas capacidades de100g para cachorros e de 300gpara gatos.

Bicho estrangeiro tem embalagem single, prática e conveniente

Amostras institucionais dediferentes usos das latas

de aço para rações animais;no detalhe, a tampa

transparente do sistemade fechamento Bat-plus

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

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preservação do produto sem necessidade deabrir o recipiente.

O gerente geral da divisão alimentíciaBrasilata destaca também um benefício im-portante, no caso de uso da lata Bat-plus paraacondicionar pós ou líquidos: o cordão doanel do novo sistema de fechamento localiza-se na parte externa, impedindo a possível re-tenção residual do produto dentro da lata apósa sua utilização. Para esse novo anel, foi de-senvolvida uma tampa plástica com perfilapropriado ao cordão externo.

O sistema possui uma pequena convexi-dade em forma de funil que direciona a saídado produto envasado. Outra característicaque na opinião de Tuma é importante nessaembalagem, inspirada no premiado fecha-mento Biplus da própria Brasilata, é o fato deela ser agrafada, ou seja, não ser soldada. As-sim, na emenda do corpo a litografia temcontinuidade, o que lhe confere um aspectomais decorativo, o que fortalece seu apelopara uso no acondicionamento de produtosde maior valor agregado.

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Crown Cork & Seal(11) 4529-1000www.crowncork.com.br

Nessa linha, e apostando nas estimativasde que a área de pet food, um dos ramos quemais tem trazido resultados positivos ao setorde embalagens, se mantém e deverá prosse-guir por bom tempo em crescimento constan-te, a empresa passou agora a dirigir a lata comfechamento Bat-plus ao envase de rações se-cas para animais de estimação – e já comperspectivas de comercialização, segundo ogerente geral de divisão alimentícia da metal-gráfica, João Teixeira Tuma. “Temos um par-ceiro que lançará um produto com Bat-plusem uma feira de pet food, em setembro próxi-mo, em São Paulo”, ele adianta.

Além de garantir proteção contra a umi-dade, de modo a oferecer aos bichos caseirosração sempre sequinha e crocante, uma dascaracterísticas que o executivo consideramais atraentes para o consumidor no sistemaBat-plus é a facilidade de uso e certas como-didades que oferece. Ele destaca, por exem-plo, o fato de a tampa plástica ser transparen-te, o que permite ao dono do cão ou do gatovisualizar a quantidade e as condições de

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o segundo maior mercado consu-midor de rótulos da América Lati-na, o México, aconteceu o primei-ro encontro latino-americano de

rotulagem organizado pelo grupo inglês Tar-sus, o mesmo que organiza as consagradasfeiras Labelexpo, cujas edições mais famosassão as de Chicago e Bruxelas. Ocorrido nosdias 8 e 9 de junho, na Cidade do México, oencontro procurou apresentar aos participan-tes, por meio de palestras e de uma pequenafeira que ocorreu simultaneamente, tendên-cias de mercado, novidades em equipamentose novos insumos disponíveis para os conver-tedores da região.

Ao primeiro mercado latino-americano derótulos, o Brasil, coube um prêmio de conso-lação. São Paulo foi a cidade escolhida para osegundo encontro, programado para os dias17 e 18 de maio de 2005. Nesse primeiro en-contro, contudo, as dimensões do mercadobrasileiro não se refletiram no público partici-pante. Pouquíssimos representantes do Brasil(contavam-se em uma mão) estiveram pre-sentes, fruto da pouca divulgação que o even-to teve por aqui.

Para aqueles que não tiveram a oportuni-dade de ir, EmbalagemMarca resume a seguiros principais temas discutidos, ilustrandocom alguns dos produtos divulgados na expo-sição paralela.

Mesmas pressõesObedecendo a uma lógica irrefutável – a domercado –, as tendências para a indústria derotulagem parecem repetir-se em cada país domundo capitalista, com pequenas variaçõesregionais, em geral ditadas pelas diferençasno poder de compra dos consumidores. NaAmérica Latina não poderia ser diferente.

Muito se falou no evento, por exemplo,sobre a crescente fragmentação do mercadogerada pelas estratégias de segmentação ado-tadas pelos end-users, e sobre os curtos pra-

Os segundos vieram pOrganizadores da Labelexpo escolhem o México para sediar primeiro encontro latino-a

Nzos de entrega impostos aos fornecedores. Oresultado conhecido, de tiragens cada vez me-nores de rótulos, parece criar um paradoxocom a outra pressão que recai sobre toda acadeia: redução constante de custos.

O caminho lógico para responder a essasimposições do mercado é a busca por eficiên-cia, simplificação de processos e soluçõesque tragam boas relações custo-benefício.

Se a busca constante por redução de cus-tos tem seus reflexos negativos entre os con-vertedores, conta a favor deles o menor volu-me de gastos com publicidade dos seus clien-tes. Sendo a embalagem, e em última instân-cia o rótulo, a derradeira oportunidade demarketing para comunicar a marca, cresce onúmero de empresas que apostam em apre-sentações sofisticadas nas gôndolas.

Além de aumentar o apelo no ponto-de-

Por Marcos Palhares, enviado especial à Cidade do México

VALOR – Para fugir daspressões constantes porredução de custos,cadeia aposta na adiçãode valor em mercadoscomo o de vinhos

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rimeiroamericano de rotulagem

venda, tais soluções permitem oferecer valor,e não necessariamente preço baixo, ao consu-midor final. Sintetizado na expressão valuefor money, esse raciocínio pode ajudar as em-presas a escapar da espiral de diminuição demargens. Brilho, hologramas, transparência eexperiência tátil são apenas algumas armasque os convertedores têm para reagir à como-ditização dos rótulos. O mercado de vinhos,

que tem recebido atenção especial defornecedores de tintas e substratos, e filão im-portante para convertedores de Brasil, Argen-tina e Chile, traduz bem essa via de escape.

Em tintas, além da adoção crescente deprodutos base água, destacam-se os investi-mentos na área de pigmentos, evidenciadosnas cores metálicas e com alto brilho ofereci-das hoje por empresas como a Sicpa e a ANI– Akzo Nobel Inks. No aspecto de performan-ce, merece destaque a tinta com pH neutro daNatural Ink, que, entre outras vantagens, pro-mete eliminar completamente a necessidadede monitoramento do pH na máquina, reduzira variação tonal em tiragens grandes e au-mentar a vida dos cilindros anilox.

Fusões e aquisições?Espremidos de um lado por clientes gigantes-cos e com atuação global, e de outro porfornecedores gigantescos e com atuação glo-bal, os convertedores acabam encontrando noavanço tecnológico o seu aliado para sobrevi-ver. Mesmo assim, acredita-se que não restará

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a essas empresas outro caminho que não o daconsolidação, através de fusões e aquisições.

Empresas norte-americanas e européias,aliás, começam a olhar com interesse cres-cente suas possíveis presas na América Lati-na. Afinal, para atender clientes globais ecomprar de fornecedores globais, supõe-se,convertedores com atuação global estariamem situação vantajosa.

Essa possibilidade se reforça com a esta-bilização econômica da região, após um pe-ríodo de turbulências no Brasil e na Argenti-na, que parece estar devolvendo a confiançaaos investidores estrangeiros. Restam, é ver-dade, alguns nós a serem desatados, como arenegociação da dívida argentina e a crise po-lítica na Venezuela.

No topo da listaNesse contexto, o Brasil encontra-se numa si-tuação apenas razoável, potencializada peladimensão do seu mercado interno. Fica com oMéxico a situação mais confortável (ou maisameaçadora, dependendo do ponto de vista)de apresentar, nos últimos anos, crescimentomoderado – mas constante – e uma recupera-ção do poder de compra da classe média, e depossuir vantagem tributária para fornecerpara os seus vizinhos do norte. Não há dúvi-das, porém, de que gráficas do México e doBrasil encabeçam a lista de um possível pro-cesso de consolidação.

Ainda que tranqüilidade e estabilidadeeconômica não sejam parte integrante da his-tória da região, o fato é que o crescimento (eprincipalmente o potencial de crescimento)do segmento de rótulos nesses países não édesprezível. Os números apresentados por di-ferentes palestrantes no encontro latino-ame-ricano são díspares, mas mostram que, sehouver uma elevação na renda das popula-ções locais, há muito espaço para crescer.Para se ter uma idéia, o consumo per capitade rótulos auto-adesivos não chega a 2 m2 emnenhum país americano abaixo dos EstadosUnidos, onde cada habitante consome em mé-dia mais de 10 m2.

Atualização é inevitávelPara aproveitar as oportunidades de cresci-mento que se apresentam e responder às pres-sões de mercado listadas acima, os converte-dores não têm escolha. Precisam manter-se

atualizados tecnologicamente, buscandomaior produtividade sem comprometer a qua-lidade. Por isso, fortalecem-se as tecnologiasque visam a reduzir os tempos de set-up, via-bilizando o fornecimento de lotes de rótuloscada vez menores com custos competitivos.

É nessa combinação de fatores que apos-tam, por exemplo, os fornecedores de equipa-mentos digitais para impressão, como a Indi-go, da HP, para alavancar suas vendas nomercado de rótulos.

Na área de pré-impressão, os fluxos digi-tais tornaram-se a chave para a consistênciana impressão e a simplificação de processos.Chapas gravadas digitalmente reduzem os ga-nhos de ponto, melhorando as áreas de degra-dês, e dão mais nitidez às imagens. Exemplosdessa realidade apresentados na feira paralelaà conferência são a Flex-Light CBU, chapade fotopolímero da MacDermid, a gravadorade chapas Flexo Laser, especialmente conce-bida para banda estreita, da Anderson &Vreeland, e os cilindros anilox da família Trioe Proline, da Praxair.

Para quem acompanha o mercado, e paraaqueles que estiveram na Drupa, as tendên-cias em impressoras não trouxeram surpresas.

CTP EM ALTA –Equipamento da

Anderson & Vreelandpara gravação a laser de

chapas, especialmentepara banda estreita

Consumo de materiais auto-adesivos em 2003País

Argentina

Brasil

Chile

Colômbia

México

Venezuela

EUA

População

39 milhões

182 milhões

15,5 milhões

42 milhões

104 milhões

24,5 milhões

250 milhões

Consumo per capita

1,7 m2

2,2 m2

1,8 m2

1,8 m2

1,9 m2

1,8 m2

14,8 m2

Consumo total

68 milhões m2

400 milhões m2

28 milhões m2

74 milhões m2

200 milhões m2

45 milhões m2

3,7 bilhões m2 FON

TE:

RAFL

ATA

C

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Fica clara a força das soluções com combina-ção de processos, a perda de espaço das letter-press para as máquinas flexo e a eliminaçãode engrenagens em função do crescimento datecnologia servo. Equipamentos de diversosfornecedores, como Gallus, Nilpeter e MarkAndy mostram isso.

Outra mudança que deve ocorrer é a gra-dual substituição da serigrafia por tecnologiasUV Flexo e UV em geral, como decorrênciado desenvolvimento de tintas, cilindros ani-lox e clichês.

Avanço do filmeNo que se refere a substratos, a tendência é asubstituição gradual de papel por filme, aindaque fornecedores de papel para rótulos afir-

mem que isso não é verdade. O papel, quehoje domina o mercado de auto-adesivos naAmérica Latina, tem a seu favor, registre-se,o argumento ecológico – no mínimo no ima-ginário do consumidor. Mas o avanço dos fil-mes é inevitável, e deve acabar por deslocar opapel para nichos específicos.

Entre os auto-adesivos, aposta-se namaior utilização de alternativas no-label looke de outras possibilidades com alto valoragregado como ferramenta de diferenciação.O auto-adesivo, contudo, deve enfrentar con-corrência cada vez mais acirrada de sistemasalternativos de rotulagem, como o termo-en-colhível, o in-mold label e o wrap around, quetêm avançado consideravelmente em anos re-centes. Além disso, as dificuldades que o

PADRÃO – Equipamentosde diversos fabricantes,como a MO-3300 daNilpeter, trazem tecnolo-gia servo e combinaçãode processos

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auto-adesivo enfrenta com o enchimento aquente, que tem crescido na indústria alimen-tícia, é um obstáculo adicional a ser vencidopelos fornecedores desse tipo de solução.

Valor nas especialidadesGrandes oportunidades para os laminadoresestão concentradas no chamado mercado deespecialidades. São os substratos destinadosaos segmentos em que as etiquetas estão ex-postas a ambientes agressivos, em que tomamcontato com produtos químicos ou altas tem-peraturas, por exemplo.

Enxergam nesse filão ótimas oportunida-des de crescimento empresas como a AveryDennison, que conta com uma linha dedicadaa esse tipo de mercado, a 3M, que reforçouseu foco nesse segmento ao adquirir, recente-mente, a Emtech, e a Polyonics, especializadaem fornecer para indústrias tão variadascomo a aeroespacial e a de eletrônicos.

CoquelucheOutro mercado que atrai o interesse cada vezmais intenso na área de rotulagem é aquele li-gado à segurança de produtos, destinados acombater a falsificação, garantir a inviolabili-dade e minimizar o os prejuízos com furtosnos pontos-de-venda.

As soluções que a cadeia de rotulagemapresenta vão de filmes tamper evident e ho-logramas a microchips e antenas incorpora-dos aos rótulos.

A grande coqueluche do momento são asRFID, etiquetas inteligentes que podem so-mar aos aspectos de segurança a vantagem dearmazenar informações, exercendo funçõesimportantes nos processos logísticos.

Apesar do enorme crescimento da área derótulos de segurança, os altos custos de mui-

tas das soluções ainda têm impedido a suaadoção em mais larga escala. No caso dasRFID, um problema adicional é a falta de har-monização das freqüências. Os investimentosfeitos em toda a cadeia, porém, permitem pre-ver que, em breve, essas soluções devem es-tar mais popularizadas.

Na linha de redução de custos, a AmagicHolograms apresentou no evento o cold foilcomo alternativa mais barata ao holograma.As vantagens, segundo a empresa, não se res-tringem ao custo, e envolvem aspectos opera-cionais. O cold foil pode ser aplicado direta-mente na etiqueta ou na embalagem, comuma impressora flexográfica normal dotadade secador UV e outros acessórios que sãopadrão entre os convertedores.

NO-LABEL LOOK – Em auto-adesivos,

espera-se maior adoçãodas soluções com

filmes transparentes

ESPECIALIDADES – Pararesistir a temperaturasvariadas e ambientesagressivos, muitosdesenvolvimentos naárea de substratos

Em 2005, no BrasilA próxima edição do Latin AmericanLabel Summit já está marcada.Acontece nos dias 17 e 18 de maiode 2005, em São Paulo, pouco maisde um mês antes da 2ª LabelLatinoamerica (veja na página 32).A realização, no Brasil, de tantoseventos importantes dedicados exclu-sivamente à área de rotulagemmostra o dinamismo do setor no país.

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Estão adiantados os preparativos para aquele que éconsiderado o mais importante encontro da in-dústria americana de rótulos e acessórios dedecoração de embalagem. Trata-se da Labelex-po Americas, cuja edição 2004 acontecerá emChicago, entre os dias 13 e 16 de setembro.Dos cerca de 55 000 metros quadrados deárea de exposição do Donald E Stephens Con-vention Centre, onde o evento será feito, a organização

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Quase tudo pronto para a Labelexpo Americas 2004

Prodesmaq leva prêmio da Finat Os rótulos do vinho Campino Soleo Frisante, produzidopela L.C. Marcon Indústrias Ltda., renderam à Prodes-maq o prêmio Impressão Digital na categoria Bebidas Al-coólicas da 24ª edição da International Label Competi-tion, concurso promovido anualmente pela Finat. Produzi-dos em offset digital, os rótulos têm aplicações de hotstamping e verniz. A cerimônia de premiação aconteceuem junho, na Dinamarca. www.prodesmaq.com.br � (19) 3876-9300

Feira nacional de rotulagem projeta expansãoA segunda edição da Label Lati-noamerica – Feira Internacional deEtiquetas Adesivas deverá aconte-cer entre os dias 28 de junho e 1o

de julho de 2005, no Expo Mart,em São Paulo. O anúncio foi feitopela Compacta, empresa organi-zadora do evento. A expectativainicial é que 180 expositores parti-cipem da segunda Label Latinoa-merica. Na edição inaugural, reali-zada em março último, 80 empre-sas ocuparam os estandes doExpo Mart. A projeção de expan-são é baseada no potencial decrescimento do mercado brasileirode rótulos e etiquetas, cujo consu-mo anual gira em torno de 1,5 me-tro quadrado por habitante, contra18 metros quadrados nos EstadosUnidos. A Compacta também es-pera dobrar o número de visitantesda Label Latinoamerica, que emsua primeira edição foi de 8 000pessoas. De acordo com o vice-presidente da empresa, Caio deAlcântara Machado Junior, a reali-zação da segunda edição da feirajá no ano que vem foi uma formade encaixa-la no calendário inter-nacional de eventos de rotulagem.“A partir da segunda edição, oevento passará a ser realizado bie-nalmente”, adianta.www.compacta.com.br (11) 6909-0908

Nilpeter passa a operar diretamente no BrasilFabricante de impressoras flexográfi-cas de banda estreita com foco nomercado de rótulos, a Nilpeter anun-ciou a criação de uma subsidiáriabrasileira, que será responsável peladistribuição e assistência técnica detoda sua linha de produtos. SegundoJakob Landberg, diretor de vendas daempresa, a abertura da base brasilei-ra sinaliza o esforço de aproximaçãoda Nilpeter com a América Latina emgeral, e com o crescente mercadobrasileiro de rótulos em particular.“Estamos muito otimistas com essaexpansão, e acreditamos que nossa

presença no Brasil nos proverá umentendimento mais profundo das ne-cessidades do mercado latino-ameri-cano”, diz Landberg. O responsávelpela Nilpeter no Brasil será RubensWilmers, que citou a assistência pós-venda como uma das prioridades daoperação local. A empresa tambéminformou que a abertura do escritóriobrasileiro não comprometerá sua par-ceria com a Intergrafica Print & Pack(IPP), principal representante da mar-ca na América Latina. www.nilpeter.comNo Brasil (11) 8114-3534

Criada em 1994 para importar rotu-ladoras de auto-adesivos, a Bauch &Campos/E-Packing, que hoje produzequipamentos próprios e também atuacom consumíveis e desenvolvimentode embalagens, está completando dezanos. Com fábrica situada em Embu(SP), a empresa afirma dominar 75%do mercado brasileiro de rotuladoras,além de exportar para América Latina,Estados Unidos e México. De acordocom Ilze Ramos, coordenadora de

marketing da B&C, a trajetória decrescimento da marca pode ser expli-cada pelo custo competitivo. “Quandocomeçamos a fabricar, nosso preçoera em média 30% mais barato que odas rotuladoras com tecnologia equi-valente”, ela diz, acrescentando que aempresa possui uma filial portuguesano pólo industrial de Marina Grande,distante 150 km de Lisboa.www.epackingroup.com(11) 4781-2359

informa que 92% já foram reservados. Na edição pas-sada, feita em 2002, 12 500 profissionais visi-taram a Labelexpo Americas. Entre as novi-

dades deste ano, o destaque será o lançamen-to de uma enciclopédia específica sobre a in-dústria de rotulagem, que está sendo produzi-da pela própria organização do evento.

www.labelexpo-americas.com+44 (0) 20 8846 2731

Bauch & Campos comemora dez anos

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feira >>> fispal

Inépcia não deu o tomAo revelar novidades de impacto, muitas delas resultantes de pesadosinvestimentos, vigésima edição da Fispal Tecnologia deixa claro que a indústria de embalagem aposta em retomada da atividade econômica

s mais familiarizados com o jargãodo mercado de ações conhecem,para não dizer que há de se presu-mir que utilizem rotineiramente, o

termo “blue chip”. Ele é utilizado para desig-nar aquelas companhias que, independente-mente do cenário econômico, ope-ram sempre no azul, propor-cionando algum retorno.Alheias aos picos de euforiae de depressão que marcamos desempenhos de certas si-glas, elas estão sempre ga-rantindo movimentação, co-mo que embaladas nummoto-contínuo. Trasladandoessa definição à realidade dasfeiras de negócios da cadeiade valor da embalagem, épossível atribuí-la à FispalTecnologia, que de 1o a 4 dejunho de 2004 teve sua vigé-sima edição realizada noAnhembi, em São Paulo.

Afinal, em que pese a ex-pectativa generalizada de me-lhora econômica nos próximosmeses, era de se esperar que oúltimo exercício, de PIB nega-tivo, influísse de modo igual-mente negativo no evento. Todavia, as-sim como nos outros anos de perfil turbulen-to, com atividades e expectativas contidas, aboa movimentação da feira reforçou a im-pressão de que ela se vale mesmo de uma es-pécie de “efeito teflon”, não sendo atingidade modo muito significativo pelas questõesconjunturais. Os organizadores dão conta quepassaram pela Fispal Tecnologia, em seusquatro dias de funcionamento, 71 227 profis-sionais. “A feira fomentou negócios da ordemde 4,8 bilhões de reais para os 1 764 exposi-

tores”, calcula, sem explicitar a metodologiautilizada, Luiz Fernando Pereira, diretor dafeira. Ainda de acordo com ele, muitas em-presas fecharam no evento negócios que co-brirão de três a seis meses de seu faturamen-to anual. Brota daí a dúvida: será que, para asempresas do setor, o aspecto congregante da

feira reforça seu caráter estraté-gico para os negócios emmomentos economica-mente claudicantes?

Deixando essa per-gunta em aberto e partin-do para as impressões ab-sorvidas nos corredoresdo evento, um ponto par-ticularmente interessanteé que, nesta edição de2004, muitas empresasderam ênfase à apresenta-ção de novidades, muitasdelas frutos de pesados in-vestimentos. É uma evidên-cia de que, mesmo em meioao trote da atividade econô-mica, a indústria de embal-agem não está estacionada.Aliás, esse foco na revela-ção de tecnologias, produtose serviços, e não só na sim-ples confraternização com a

clientela, somente contribuipara tornar eventos como a Fispal Tecnologiamais seletos e profissionais – o que, diga-sede passagem, é uma reivindicação freqüentedos expositores das feiras de negócios da in-dústria de embalagem.

EMBALAGEMMARCA selecionou algunsdos lançamentos e inovações mostrados aopúblico. Nas páginas a seguir, o leitor poderáacompanhar aquilo que mais nos chamou aatenção durante o evento.

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VITRINE – Sacola oficialda Fispal, feita pelaAntilhas, mostrou o

BOPP de biodegradabili-dade acelerada da Polo,

além de divulgar ospatrocinadores do evento

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Tradicional fabricante nacional defilmes de polipropileno bi-orientado(BOPP), a Polo utilizou a Fispal Tec-nologia como plataforma para olançamento oficial de seu filme deBOPP Polo Bio, que traz o diferen-cial da biodegradabilidade aceleradadevido à adição, em sua produção,da tecnologia inglesa D2W, licencia-da no país pela RES Brasil (já abor-dada em EMBALAGEMMARCA nº 52,dez. de 2003). O Bio pode ser en-contrado nas versões com possibili-dade de selagem nas duas faces ouselável em uma face e tratado naoutra para laminação ou impres-são. “De início, o lançamento ten-derá a atrair produtos que já ape-lam à responsabilidade ambientalem suas embalagens, como os de

higiene pessoal e os cosméticos derazoável valor agregado”, sentenciaEduardo Franco Batagini, supervi-sor de desenvolvimento de merca-do da Polo. “Num prazo maior, po-rém, é crível que muitas outrasembalagens hoje adeptas do BOPPtradicional migrem para o biodegra-dável, por efeitos legislativos oupor pura tendência, com clientes-chave influenciando o mercado.”Batagini conta que até a indústriade tabaco está interessada na novi-dade, para implementá-la nos envol-tórios das carteiras de cigarro, di-minuindo assim o impacto ambien-tal de suas embalagens. Por ora, oBio está disponível transparente,mas já corre o desenvolvimento deuma alternativa metalizada.

O Polo Bio, inclusive, pôde ser vistonuma aplicação final já na feira, la-minando a sacola oficial da Fispal,toda fabricada com plásticos de bio-degradabilidade acelerada pela Anti-lhas (foto na página anterior). “Bus-camos mostrar essa novidade aomercado de alimentos, uma vez queela já está sendo utilizada em perfu-maria e cosméticos”, afirma Maurí-cio Groke, diretor comercial da con-vertedora. A sacola também revela-va outras novidades: era um stand-up pouch, formato que a Antilhaspassa a trabalhar com a aquisiçãode uma máquina da Maqplas, e tra-zia a aplicação de um pigmento deefeito da Merck em sua impressãoflexográfica, o que lhe conferiu umvisual de tinta metalizada.

Filme de BOPP ecologicamente correto atrai olhares

Polo: (11) 3706-8202 • www.poloind.com.br / Antilhas: (11) 4152-1111 • www.antilhas.com.br / RES Brasil: (19) 3871-1897 •www.resbrasil.com.br / Maqplas: (11) 3602-8355 • www.maqplas.com.br / Merck: (11) 3346-8500 • www.merck.com.br

Combinação premiumAlém do filme de BOPP mais amigo do ambiente, oestande da Polo trouxe outra novidade, resultadode uma parceria fechada entre a empresa e a for-necedora de papéis especiais Brasilcote. Tal uniãoestá resultando no fornecimento de papéis cartãolaminados com filmes de BOPP perolados, metaliza-dos ou transparentes, que levam impressão em off-set no seu verso. Ganha-se, assim, a possibilidadede criar cartuchos diferenciados, com visual apura-do. “Já temos algumas aplicações decorrentes des-sa parceria em embalagens de cigarros”, comentao supervisor de desenvolvimento de mercado daPolo, Eduardo Franco Batagini. “Em alimentos, cre-mos num potencial em nichos como o de caixas debombons e de outros itens de apelo premium.”Brasilcote (11) 4360-6211 • www.brasilcote.com.br

STU

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Na Fispal os visitantes puderam travar contatocom a mais recente novidade em fitilhos da PPPayne, o Supastrip Impact, que, além de faci-litar a abertura de embalagens, permite in-corporar mensagens, transformando-senuma mídia adicional (o produto foi detalha-do em nossa última edição). Além dessenovo produto, a PP Payne divulgou as am-plas possibilidades de utilização do SupastripXL, fitilho que, nas palavras de Milena Pimentade Souza, da área de marketing da empresa, “ga-nha novas aplicações a cada dia”. Um exemplo,mostrado na feira, é fruto de uma parceria daPP Payne com a fabricante de rótulos Pro-pack. Esta última adotou o Supastrip XLno Termocap, lacre de PVC termoencolhí-vel para vedar embalagens de águas mi-nerais, alimentos, sucos e cosméticos.“Para atender aos mais diversos requisi-tos dos clientes, podemos fornecer os fiti-lhos em todas as cores da escala Panto-ne”, informa Milena. PP Payne (11) 5523-2312 • www.pppayne.com.Propack (11) 4781-1700 • www.propack.com.br

Fitilhos abrem novos rumos

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Fechamentos práticos são os alvos do alumínio

Tradicional provedorade embalagensmetálicas, a Pradadivulgou como princi-pal novidade durantea Fispal uma novalinha de latas dediâmetro 73mm paraconservas com “NeckIn”, detalhe na construção dessasembalagens que prop-icia um melhor empil-hamento. Já em com-ercialização, essa linha estásendo produzida na filial daPrada em Uberlândia (MG).No futuro, será fabricadatambém na filial de Araçatuba(SP). De acordo com DjalmaCarlos, gerente de vendas dametalúrgica, cerca de 700

visitantes passaram peloestande da Prada. “Hoje, emvirtude de seu crescimento, afeira estimula esse trabalhode relacionamento e tambémproporciona a abertura denovos negócios”, comenta oprofissional.

Lata com Neck In incorporado

Alcan (11) 5503-0722 • www.alcan.com.br / CBA (11) 3224-7000 • www.cba.com.brMetalúrgica Mococa (19) 3656-9300 • www.metalurgicamococa.com.br

Partícipes de peso da cadeia nacional devalor do alumínio revelaram na Fispal Tec-nologia novidades relacionadas à produçãode fechamentos. Foi o caso da Alcan, queaproveitou o evento para fazer a estréiade sua marca Alu.Fácil, que compreendeuma nova chapa de alumínio destinada àfabricação de tampas do tipo easy openpara recipientes metálicos (foto 1). Essenovo material estreará no mercado nacio-nal através de uma parceria da Alcan coma Metalúrgica Mococa, que já está produ-zindo tampas de abertura fácil no diâme-tro standard de 73mm. “Prevemos que astampas fabricadas com o Alu.Fácil terãogrande aceitação em mercados como o demolhos de tomate e o de pet food”, consi-dera Luís Fernando Madella, diretor demarketing de produtos laminados da Al-can, lembrando que somente esses doismercados, nas estimativas da companhia,consomem mais de 1,5 bilhão de tampaspor ano no país. O executivo revela que aAlcan levou dois anos para desenvolver amelhor composição dessa chapa e adaptá-la ao parque industrial brasileiro. “Adaptarlinhas de produção já operantes para otrabalho com a Alu.Fácil é simples e pou-co oneroso”, ele garante. A primeira linha

de produção dessa chapa terá capacidadepara contemplar a fabricação de 240 mi-lhões de tampas por ano.Por sua vez, a Companhia Brasileira deAlumínio (CBA), braço do Grupo Votoran-tim, anunciou sua entrada num seletogrupo: o de fornecedores de folhas metá-licas dedicadas à produção de tampaspara o sistema peel-off de vedação deembalagens (foto 2). Apenas duas outrasempresas disponibilizam bobinas de alumí-nio com tecnologia para a fabricação des-se produto no mundo, e a CBA passa aser a primeira brasileira. A obtenção des-sas novas folhas de alumínio se deu gra-ças à aquisição de uma máquina lamina-dora e envernizadora Polytype, capaz detrabalhar com folhas de 0,2mm de espes-sura. “Esse investimento, da ordem de10 milhões de dólares, nos torna aptos aoferecer à cadeia nacional de embalagensfolhas de alumínio de maior nobreza, comrevestimentos diferenciados e estruturasmais sofisticadas”, resume Fábio Caveiro,gerente de embalagens da CBA. Outranovidade derivada da Polytype é a linha defolhas de baixa espessura e com isençãototal de furos para a produção de embal-agens para fármacos.

Ploc Off mais largaO ás guardado na man-

ga para a Fispalpela Brasilata foiuma nova versãode sua lata PlocOff, voltada aoacondicionamentode alimentos, comdiâmetro maior, de99,5mm. CarlosViterbo, diretor demarketing da em-

presa, explica que anova lata é apelativa

para produtos alimentí-cios secos como leites em pó, cafés,cereais matinais e suplementos nutri-cionais. A Ploc Off possui fechamentocom prática tampa plástica, e pres-cinde do uso de máquina recravadora,pois seu envase é feito pela aberturasuperior.Brasilata (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br

Prada (11) 5682-1046 • www.prada.com.br

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Conforme EMBALAGEMMARCA antecipoucom exclusividade em sua edição an-terior, a Suzano e a Klabin aproveita-riam a feira para lançar papéis car-tão revestidos na origem, dedicadosà confecção de embalagens para ali-mentos refrigerados e congelados.Esses novos produtos, respectiva-mente denominados TP Polar e Kla-Kold, foram os carros-chefes dessasfabricantes de papéis no evento. Am-bos levam revestimento de resinasespeciais em vez do polietileno comu-mente utilizado para a conversão daschamadas “embalagens frigorifica-das”, o que, além de lhes conferirbarreiras superiores às ações dagordura e da umidade, potencializa asua reciclagem.No caso da Klabin, como explica seudiretor de marketing TheodolindoBorges, a resina, aplicada na cama-da interna do cartão, é feita com lá-tex à base de água. “Esse revesti-mento proporciona a diminuição degramatura do cartão em relação àsolução que tínhamos anteriormente,revestida com polietileno, e permiteque alimentos sejam acondicionadosem contato direto com a embal-agem”, diz o profissional. No balcãoconcorrente, a Suzano acredita que,ao lado das vantagens pró-ecológicasgarantidas pela adição da resina es-pecial, o TP Polar também antecipauma tendência latente em outrospaíses. “O fato de ele ser um cartãotriplex, ou seja, com verso branquea-do, faz com que ele transmita maiorclareza e limpeza, o que já vem sen-do preconizado nos Estados Unidos ena Europa e inevitavelmente será exi-gido por aqui também”, aposta AnaCamargo, gerente de produto papel-cartão da Suzano. Ela ainda enfatizaque o TP Polar é o único de sua cate-goria no Brasil certificado pelo insti-tuto ISEGA, da Alemanha, seguindonormas internacionais do FDA ameri-cano e do alemão BgVV (Instituto Fe-deral para a Proteção da Saúde dosConsumidores e Medicina Veteriná-ria). “Seguimos o que há de mais rígi-do em normas internacionais de se-

gurança alimentar”, salienta Ana.Quem também movimentou a feiraentre os fabricantes de celulose epapel foi a Ripasa, que transformouseu estande num showroom deembalagens inovadoras produzidascom seus papéis cartão – inclusiveaqueles que embutem a tecnologiaPEX de cartões revestidos com polie-tileno na origem – e aproveitou oevento para comunicar os investi-mentos que estão sendo feitos emsuas unidades fabris. Mais que isso,a Ripasa reforçou a divulgação docartão Novo ArtPremium e dos cou-chés revestidos Image Label, indica-dos para a conversão de rótulos eenvoltórios.

Papéis cartão revestidos são coqueluches da feira

Fruto de investimentos daordem de 1 milhão dereais, o novo produto daOrsa Celulose, Papel e Em-balagens, o Orsa PlatôSystem, foi apresentadoao público durante o even-to. Trata-se de uma embal-agem de papelão onduladoespecialmente desenvolvi-da para frutas destinadasà exportação e ao merca-do interno como, porexemplo, maçã, mamão,uva e manga. Além de pro-teger contra choques me-cânicos provenientes dotransporte e do empilha-mento, o que, diz a Orsa,garante alta economia nosprocessos logísticos, o lan-çamento apresenta um de-sign que permite monta-gem automática paramaior praticidade e agilida-de no empacotamento dasfrutas. Segundo a Orsa, oPlatô System responde auma necessidade de mer-cado, uma vez que dadosde produtores apontamque certas frutas trans-portadas a granel sofremperdas de até 30% duran-te sua fase de distribui-ção. A embalagem atendeao compromisso de res-ponsabilidade ambiental,sendo descartável, reciclá-vel e biodegradável, possuialta resistência à umidadee propicia uma apresenta-ção de maior impacto noponto-de-venda.Orsa (11) 4689-8700www.orsaembalagens.com.br

Frutas commenores perdas

Suzano (11) 0800 55 5100 • www.suzano.com.brKlabin (11) 3225-4000 • www.klabin.com.brRipasa (11) 0800 11 3257 • www.ripasa.com.br

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Flexibilidade e velocidade maiores com nova plataforma

Outro player de peso na área deembalagens cartonadas assépti-cas, a SIG Combibloc, expôs suasprincipais soluções, ressaltandodiferenciais exclusivos de seussistemas como as possibilidadesde envase de produtos líquidoscom pedaços, atrativa para pro-dutores de sopas e de molhoscom partes sólidas, e de envase

de até quatro volumes diferentesnuma mesma máquina. A flexibili-dade de trabalhar diferentes volu-mes permite, por exemplo, a pro-dução de embalagens promocio-nais, com volume maior que asde linha, sem a necessidade detroca da máquina. Ao lado da di-vulgação desses aspectos, a SIGCombibloc espalhou em seu es-

tande embalagens de variadosformatos, entre elas exemplos demercado acondicionados nos for-matos combibloc, combifit e aténo combishape, ainda inédito nomercado brasileiro, que permiteque os usuários usufruam umformato exclusivo de embalagem.SIG Cobibloc (11) 3168-4029 •www.sigcombibloc.biz

Apelo da diversidade e da customização

Maior expositora da Fispal Tecnologia, a fornecedorade sistemas de embalagens cartonadas assépticasTetra Pak apresentou uma plataforma inédita no mer-cado, disponível atravésdas máquinas Tetra PakA3/Flex e Tetra PakA3/Flex com tampa Flexi-Cap. Essas máquinas sãoas primeiras a possibili-tar o envase de caixinhasde tamanhos diferentes,desde que elas tenham amesma base. Como expli-ca Osvaldo Lobo, diretortécnico da Tetra Pak,essa flexibilidade é umapelo para produtoresmédios que queiram fa-zer o envase de dois produtos distintos na mesmamáquina. “Pode-se envasar um tipo de embalagem demanhã e, à tarde, outro”, ele exemplifica. A troca deformatos é rápida: as alterações no setup são feitasentre 12 e 15 minutos. Inicialmente, essas máquinaspermitirão cambiar entre caixinhas de 500ml e1000ml. Em breve, porém, deverá ser lançado o in-tercâmbio entre embalagens de 200ml e 250ml.Também lançada na feira, a Tetra Pak A3/Speed, vol-

tada a quem trabalha com o envase de embalagensde tamanho único, tem na altíssima velocidade deprocessamento seu principal atrativo: é capaz de en-

vasar até 12 000 embala-gens de 1000ml ou20 000 embalagens de250ml por hora. A plata-forma A3 foi desenvolvidaem Modena, na Itália, e,por não ter peças móveis,e sim um sistema eletrôni-co de controle, possibilitaa troca rápida de forma-tos e reduz o desgastedas peças.Outro item destacado pelamultinacional sueca duran-te o evento foi a recém-

lançada tecnologia UltraFresh, uma evolução do pro-cesso de ultra-pasteurização (UHT) do leite. “O leitefica com sabor mais intenso e mais cremoso sem quehaja alteração em sua composição”, explica WalfnerLeitão, diretor de sistemas de processamento da Te-tra Pak. Totalmente desenvolvida no Brasil, a tecnolo-gia estreou no mercado em abril, através da marcade leites Shefa.Tetra Pak (11) 5501-3200 • www.tetrapak.com.br

O brinde sinérgico que fez sucessoAlém de apresentar ao público sua rotu-ladora Roll Label (detalhada em nossa úl-tima edição), a Narita distribuiu na feiraum brinde comemorativo, cuja produçãopodia ser assistida in loco pelos visitan-tes: uma garrafinha de Coca-Cola revesti-da com um rótulo termo-encolhível alusi-vo aos vinte anos da Fispal. O brinde uniua Mazda Embalagens e a Narita, queproduziram o rótulo com filme da Bon-

set, a Mitri, fabricante do túnel de enco-lhimento, a Owens-Illinois do Brasil, fabri-cante da garrafa, e a própria Coca-Cola.Foram distribuídas 35 000 garrafas du-rante o evento. “Além de comemorar avigésima Fispal, o brinde serviu tambémcomo demonstrativo do rótulo termo-en-colhível, cuja demanda vem crescendoem torno de 50% ao ano”, afirma Ales-sandro Carlo Angeli, diretor da Narita.

Narita (11) 4352-3855 • www.narita.com.brMazda (11) 4441-6500 • www.mazdaembalagens.com.brOwens-Illinois (11) 6542-8000 • www.oidobrasil.com.brMitri (14) 3283-3200 • www.mitri.com.br

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Determinadas novidades ligadas àárea de rotulagem e etiquetagemdespertaram atenção no evento. A RR Etiquetas, por exemplo, mos-trou sua nova linha Super 100 deadesivos para a conversão de eti-quetas destinadas à marcação e co-

dificação de embalagens como fras-cos plásticos e caixas de papelãoondulado. Por ser fabricada embase acrílica de água e isenta desubstâncias tóxicas, ela permite aconfecção de etiquetas que mante-nham contato prolongado com ali-mentos em gôndolas frias. Produzi-da na planta da divisão RR Papéis,em Itaquaquecetuba (SP), a Super100 também é indicada para etique-tas aplicadas em embalagens deprodutos químicos. Por sua vez, a fornecedora de solu-ções auto-adesivas Novelprint deb-

utou o Rótulo Tampa Resselávelcom Sistema Identificador de Viola-ção (foto). Trata-se de uma etiquetaque faz o papel de lid para potesplásticos, levando adesivo somentenas partes de contato com o reci-piente, e que vem com uma abaque, além de facilitar a abertura,acusa o rompimento da embalagem.“Além de decorar, o rótulo pode ve-dar produtos de consumo regular,como temperos, chocolates, biscoi-tos e confeitos, entre outros”, escla-rece Walkiria Castro, do marketingda empresa.

Rótulos e etiquetas não se furtam das inovações

Equipamentos decodificação ocu-

param notá-vel espaçona Fispal.Nessa área,

houve destaque àimpressão por transferên-

cia térmica, motivado sobretu-do pela crescente necessidade de

renovação dos sistemas de marca-ção de embalagens flexíveis. AImaje, por exemplo, apresentou asimpressoras da Série 5000 (foto),

indicadas principalmente para acodificação de alimentos e fárma-cos. Elas se integram a qualquerembaladora e imprimem mensa-gens fixas e variáveis, logotipos ecódigos de barras em todos os fil-mes de embalagem antes do en-chimento, a velocidades de 500mm/s em modo contínuo ou até150 embalagens por minuto emmodo intermitente, a 300dpi. ASérie 5000 suporta ribbons deaté 600m, o que lhes dá boa au-tonomia.

Com igual carga do consumível, aThermoprinter 48i, da holandesaKortho, foi outra novidade. Apre-sentada pela Qualijet, ela trabalhaem linhas intermitentes e imprimecaracteres de 1,5mm até 12mm,em até 230dpi, sobre filmes flexí-veis e etiquetas. A imagem a serimpressa, gerada num software, étransmitida à máquina através deum transmissor infravermelho.Imaje (11) 5564-9455 • www.imaje.comQualijet (11) 3654-1510 • www.qualijet.com.br

Transferência térmica em evidência

RR Etiquetas (11) 6525-9000 • www.rretiquetas.com.brNovelprint (11) 3768-4111 • www.novelprint.com.br

A Comprint destacou uma novacodificadora a laser de sua repre-sentada Videojet, a Focus S25 (foto). Deacordo com a empresa, o equipamentoreúne o que há de mais moderno em tec-nologia de impressão a laser, impri-mindo códigos permanentes e peque-nos caracteres em alta resoluçãocom operação simples, sendo umequipamento ideal para linhas de médiavelocidade. A Comprint também desta-cou na feira o ThermalPak, da ITW-Nor-wood, um codificador multi-lane de embal-agens flexíveis por termo-transferênciaque permite codificar até seis linhas deembalagens diferentes ao mesmo tempo.Comprint (11) 3371-3371 • www.com-print.com.br

Para linhas médiasA Sunnyvale expôs diversas so-luções em codificadoras, etique-tadoras, equipamentos de ins-peção e sistemas integrados.Entre as codificadoras, a vedetefoi a Foxjet (foto), uma ink jetque apresenta o diferencial depoder imprimir códigos e dize-res com até 102mm de alturae largura ilimitada em caixas deembarque. A Foxjet possibilita aimpressão de caracteres alfanu-méricos, logotipos e códigos debarras em alta resolução, temsistema de limpeza automáticae possui tinta especial paracódigos de barras. Outro lança-mento foi o software Smart

Monitor, que permite o geren-ciamento de máquinas em re-des ethernet e wireless ether-net (redes sem fio). Fabíola Pa-dilha, do marketing da empre-sa, conta que o programa foitodo desenvolvido localmente.Sunnyvale (11) 3048-0100www.sunnyvale.com.br

Para impressões mais largas

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Versátil e nacional

Grande referência na área de máquinas especiais elinhas de enchimento para o setor de bebidas, aKrones dedicou particular holofote na feira ao seumais novo inspetor de garrafas vazias, o LinatronicK735. De acordo com a empresa, trata-se de ummodelo mais econômico e compacto que os usuais,o que proporciona facilidade na sua instalação emplantas de espaço reduzido. Ele possui capacidadepara inspecionar até 72 000 garrafas por hora eum sistema higiênico projetado para eliminar frag-mentos de vidro e de outros materiais que porventu-ra se acumulem na máquina. Seu software, atualiza-do, diminui o problema da falsa rejeição normalmen-te apresentado em equipamentos de inspeção, e seusistema modular permite que a máquina seja adqui-

rida apenascom os tipos deinspeção básicos, dei-xando aberta a possibili-dade de o cliente adquirirnovos módulos progressi-vamente. Também foidada ênfase, no estande daKrones, à estratégia deconsolidação da Kosme,empresa recentemente adquirida pelo grupo voltadaa máquinas e linhas completas para o chamado mer-cado just enough, formado por pequenos e médiosengarrafadores.Krones (11) 4075-9500 • www.krones.com.br

Robustez e rapidez garantidas

O acondicionamento de ba-las e candies em embala-gens flexíveis foi alvo de al-gumas novidades em bensde capital mostradas naFispal. A G.D do Brasilapresentou em seu estandeo protótipo da GD Lumina,máquina para embalar ba-las mastigáveis, gomas demascar, caramelos e tof-fees. Projetada pela italianaACMA GD e produzida nafábrica da G.D em São Pau-lo, a Lumina formata, cortae embala em estilos de du-pla torção, dobra la-teral e dobra interior(foto 2), à velocidadede até 750 unidadespor minuto, desempe-nho esse variável emfunção das característi-cas do produto, do estilode dobra e do tipo do mate-rial de embalagem. Lançadooficialmente na feira, o pro-tótipo foi desenvolvido háum ano e, segundo JoséMarcos Souza, gerente demarketing da G.D, já ven-deu sete unidades.Já para o acondicionamentoem embalagens do tipo pil-low-pack, a Carlos A. Wan-derley e Filhos destacou a

Euro 76C/DS, da Eurosic-ma, uma de suas represen-tadas (foto 1). Compacta eflexível, a máquina é espe-cialmente desenhada paraembalar candies individual-mente e, dependendo dasdimensões do produto e daqualidade do filme emprega-do, pode processar até1000 peças por minuto.

Doces novidades para candies

G.D do Brasil (11) 6095-2000 • www.gdbr.com.brCarlos A. Wanderley e Filhos (11) 3812-2577 • www.carloswanderley.com.br

A Optima do Brasil mostrou na Fispal suamáquina envasadora SFH 100-8, indicadapara o envase de produtos líquidos ou pas-tosos em recipientes rígidos de diversos ta-manhos utilizados pelas indústrias alimentí-cias, químicas, farmacêuticas e de cosméti-cos. Totalmente automática, ela tem capaci-dade para envasar até doze recipientes porminuto, dependendo da característica doproduto. O transporte dos recipientes podeser com ou sem pucks de transporte e osistema de dosagem é através de bombasde êmbolo controladas por válvula de dia-fragma. Segundo a Optima, os diferenciaisda SFH 100-8 são a condução da bomba deêmbolo no curso do servo-motor, o que pos-sibilita o esvaziamento do produto dentro dabomba por uma calha coletora, a rápida tro-ca de formatos e o baixo custo de investi-mento e a facilidade de assistência técnica,uma vez que a máquina é 100% nacional.Optima (19) 3886-9800 • www.optima-bra.com

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Nos últimos anos as empresas têm descoberto o poder exer-cido pela embalagem sobre o comportamento dos consumi-dores. Cada vez mais, os profissionais de embalagem têm seespecializado, e é muito importante contar com uma revistacomo EmbalagemMarca, que apesar de ainda jovem rapida-mente se transformou em referência para quem quer sabermais sobre este fascinante assunto.

EmbalagemMarca possui um projeto editorial bem definido,sólido, o que lhe dá a credibilidade que tem. É uma leituraacessível, agradável e indispensável para todos que traba-lham em toda a cadeia de embalagens.

Aqui n’O Boticário EmbalagemMarca é considerada uma fer-ramenta auxiliar nos desenvolvimentos. Conhecemos novosmateriais e identificamos tendências, pois além das novida-des e cases do mercado, através dela podemos prospectarnovos e potenciais fornecedores.

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Pepsi tambémcom magrinhaRespondendo ao lança-mento da Coca-Cola C2(mostrada nesta seção naedição anterior), a Pepsitambém está lançando nosEstados Unidos uma ver-são de sua cola tradicionalcom a metade de açúcar,carboidratos e calorias. APepsi Edge está sendo ini-cialmente vendida em gar-rafas de PET de 600ml (20onças) e em multipackscom seis latas de 350ml.Para julho estava previstaa estréia da garrafa de PETde dois litros e do multi-pack com doze latinhas.

Batatinha é comida e co-mídiaA Pringles Prints, recém-lançada variedade damarca de snacks de ba-tata da Procter & Gam-ble, traz uma novidade:cada uma de suas fatiasrecebe a impressão de

uma mensagem ou ima-gem numa ampla gamade cores, resultado douso da tecnologia Prints.Numa parceria com a fa-bricante de brinquedosHasbro, as fatias do

snack estão recebendoenigmas, com perguntase respostas gravadas emsuas faces. O produto évendido em multipacksque unem oito tubinhos,cada um com 20g.

No ponto com alumínioDanzka CranberyrazVodka é a aposta daAbsolut Spirits Com-pany, controladora dafamosa chancela Ab-solut, para o mercadode vodcas com sabo-res de frutas. Com sa-bor proeminente deframboesa e notas deamora, a bebida che-ga às gôndolas emuma garrafa de alumí-nio estilizada. Segun-do a fabricante, umaavaliação conduzidapor um instituto depesquisa independen-te constatou que agarrafa de alumínioda Danzka gela a be-bida 50 minutos maisrapidamente e a man-tém gelada 50 minu-tos a mais que asfeitas de vidro.

Suco-cháO Zingerade é a nova

bebida pronta da ameri-

cana Celestial Seaso-

nings que une sabores

de chás de ervas e de

frutas à limonada. Che-

ga aos ianques em

embalagens cartonadas

de 1,89 litro (meio

galão), com parte supe-

rior do tipo gable top.

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nstaurada no planeta de forma apa-rentemente irreversível (apesar demuita grita), a globalização da eco-nomia ressalta de forma cada vez

mais clara, para as empresas em geral e para ouniverso do packaging em particular, a crucialimportância da embalagem no movimento dosmercados para ganhar e manter espaço no maiornúmero possível de países. Ao mesmo tempo,suscita nestes a necessidade de encontrar cami-nhos para resistir a tal avanço – ou para tirarproveito dele.

Para apresentar a visão empresarial da glo-balização e do design de embalagem, sob óticanitidamente européia, a Exposium, empresa or-ganizadora do Salão Internacional Emballage2004, a realizar-se de 22 a 26 de novembro emParis, promoveu dia 9 de junho último, no hotelPlaza Athenée, na capital francesa, uma confe-rência de imprensa em que foi apresentado o es-tudo Pack.Vision, com o título “Embalagem,um mercado global – mito ou realidade?”.

O objetivo declarado do trabalho é apontartendências que possam influir na globalizaçãoda embalagem. Para isso, na elaboração doPack.Vision procurou-se identificar as grandesestratégias mundiais de embalagem, transmitin-do a visão de especialistas, obtida em entrevis-tas com profissionais e empresários responsá-veis por marcas de renome e grandes agênciasde design de diferentes países. Além desse tra-balho direto junto a vinte empresas européias,norte-americanas, japonesas, coreanas e chine-sas, os realizadores do trabalho informam terdesenvolvido “pesquisas em documentação in-ternacional e viagens e visitas a eventos glo-bais” relacionados ao tema.

Juntamente com mais de setenta veículos decomunicação especializados da Europa, dos Es-tados Unidos e da Ásia, EMBALAGEMMARCA,única revista brasileira convidada, acompanhoue resume a seguir a exposição e os debates doestudo, levados por seu responsável, FrédericLoeb, da consultoria &Loeb Innovation, de Pa-

Embalagem global?

Iris; pela diretora da feira Emballage, ValérieQueffelec; pelo presidente da agência francesade design Desgrippes Gobé, Joel Desgrippes; epela diretora associada de planejamento daFitch, de Londres, Siobhan Fitzgerald, tambémespecializada em design e marca. Com esta sín-tese do estudo, EMBALAGEMMARCA espera sus-citar alguma discussão sobre o tema da globali-zação, bem como antecipar um pouco do espíri-to, se não daquilo que poderá ser visto, materia-lizado em produtos, em novembro próximo nosalão que se apresenta como o “número 1 domundo” na área de embalagem, dados seu por-te e sua abrangência (esta, aliás, ampliada desdea edição bienal de 2000 de Emballage, com a in-corporação da IPA Mostra Mundial de Alimen-tos Processados). Entendemos que, analisandosob ótica própria a visão proativa do trabalhopatrocinado pela Exposium, empresas brasilei-ras poderão tirar conclusões para delinear estra-tégias de atuação em que suas marcas não fi-quem situadas, inermes, no campo das “globali-záveis”.

Pack.Vision parte da constatação básica deque, por ser “a parte mais visível de um produ-to, a embalagem comunica seus benefíciose os encarna através de sua forma, seu perfil,suas cores, seu formato e até seu cheiro”. Colo-ca, a partir daí, uma série de indagações, queresponde ao longo de 32 densaspáginas de resumo do estudo. Oeixo central do trabalho é o esforçopara definir qual a estratégia maisadequada para vender um mesmoproduto no mundo inteiro, combase em algumas questões, dasquais são destacadas aqui as se-guintes:

• Deve-se transmitir unilateral-mente os valores específicos damarca – nova referência suprana-cional – ou adaptar-se àsculturas locais?

• Estaria ocorrendo

Por Wilson Palhares, enviado especial a Paris

Feira francesa procura identificar estratégias mundiais de embalagem

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formar e distinguir. “Marcas sem le-gitimidade cultural seduziram popu-lações do mundo inteiro”, está ditoali.

Essa é, de certa forma, uma res-posta à primeira das questões colo-

cadas: os valores específicos da marcanão são transmitidos unilateralmente, mas deforma muito sutil por meio da comunicação pu-blicitária, de sites na Internet, nas lojas que ascomercializam e, claro, nas embalagens. Essatransmissão de valores passa necessariamentepelo filtro das culturas próprias de cada país, demodo que a industrialização de produtos tradi-cionais tem de ser feita com soluções locais.

O estudo constata também que a consolida-ção global de marcas como Nestlé, Kellog’s,Coca-Cola, Pepsi, Marlboro (“um dos raros

produtos realmente mundiais”) e muitas ou-tras não se deve apenas a esforços de comu-nicação e à conseqüente aspiração dos con-

sumidores de adquiri-las. Cabe papel crucialpara a conquista de mentes e corações dequem compra no mundo globalizado o domí-

nio do que há de mais avançado em criação e

uma harmonização global ouuma segmentação cada vez maisrefinada?

As respostas a essas perguntas ea outras, voltadas para interesses especí-ficos de negócios europeus, vêm embutidas deforma mais ou menos abrangente numa espéciede fundamentação histórica do fenômeno daglobalização. Pack.Vision observa que “o pro-gresso tecnológico possibilitou forte aumentoda produtividade e do poder financeiro de gran-des multinacionais, que se viram ante a necessi-dade de instalar-se com rapidez em vários con-tinentes a fim de garantir o crescimento de suaatividade”.

Assim, a industrialização de bens de consu-mo em larga escala, iniciada nos Estados Uni-dos e rapidamente seguida pelos europeus epelos japoneses, resultou no surgimento danoção de marcas, cuja formalização come-çou nos anos 70, antes de generalizar-se nofinal dos anos 80. Progressivamente, afir-ma o estudo, “a comunicação (a propagan-da) elevou as marcas ao status de objetos dedesejo que vai além de sua mera função de in-

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em tecnologia de produção. Ou seja, cresce deum lado a importância das agências de designlocais, já que as empresas e seus escritórios dedesign contratados na sede que visa à expan-são das marcas têm de trabalhar em sintoniacom aquelas. A evidência é que na outra pon-ta, a da da tecnologia de produção, é vitalestar em sintonia com o estado da arte.

Do preâmbulo de fundamentação doestudo, que toma um terço da apresentação,pode-se extrair então duas conclusões es-senciais:

1. É preciso distinguir as marcas ‘glo-bais’ que abrangem produtos e serviçossem vínculo cultural com as populações que asconsomem das marcas globais que propõemprodutos ‘locais’ adaptados aos gostos eaos usos nascidos da tradição.

2. Embora os países asiáticos ve-nham se esforçando e ganhando terreno,o principal fator de diferenciação das indústriasocidentais (leia-se americanas e européias) deembalagem é a tecnologia de ponta.

Independentemente desta última afirma-ção, o estudo ressalta que “no curto e no mé-dio prazo, cinco grandes famílias de correntessócio-culturais fazem evoluir o consumo, asmotivações, os usos e os costumes em relação àembalagem”. Sem descrições pormenori-zadas, seriam os seguintes os fatores deter-minantes da globalização da embalagem, aomesmo tempo que de uma abordagem mais“local”, mais específica:

• a preocupação com a saúde• a ergonomia (a interação com os objetos)• o peso das origens (raízes)• as evoluções do prazer • o relacionamento com outras pessoas.

O consultor Fréderic Loeb ilustrou suaapresentação no Plaza Athenée com proje-ções de fotografias de embalagens que tradu-zem as constatações da pesquisa. Assim, é in-teressante notar que embalagens de produtosalimentícios, por exemplo, têm invariavel-mente – até por imposição legal dos diferen-tes países onde são comercializadas – maiorquantidade de informação do que as de pro-dutos “objetos de desejo”. Entre outrosexemplos típicos ele citou os tênis Nike, Adi-das e Reebok, os computadores Apple, os ele-trônicos Sony e os telefones móveis Nokia.

Tais símbolos de sonho de consumose enquadram no que Loeb denomina“tendência das marcas à rotulação”. Poressa expressão, ele define a universali-

zação das logomarcas como fator sin-tético e universalmente identificávelde marcas. Uma das característicasdessa tendência é a vertente à sim-plificação, sobrepondo imagens (lo-gos) a idiomas e sistemas de escrita.

Essa inclinação é especialmentenotável nas marcas de artigos deluxo. “Elas não mudam sua linha deprodutos, sua imagem ou suas lojasconforme o país em que estão”, re-gistra o estudo. “Estejam em Paris,Nova York, Londres, Tóquio ouDubai, as lojas das grandes marcas

de luxo se parecem, propõem praticamente osmesmos produtos, até as vitrines têm quase asmesmas montagens simultaneamente. Em ter-mos de embalagem, uma marca de luxo faz demaneira que sua embalagem seja sempre amesma no mundo inteiro, mesmo que as gran-des marcas de cosméticos muitas vezes fabri-quem seus produtos em diferentes indústrias

espalhadas pelo mundo. Os produtos e a propa-ganda permanecem os mesmos no mundo intei-ro, mas sempre há uma seleção local mais ou

menos definida.”Assim pode-se concluir, como coloca

o Pack.Vision: “A embalagem e o designuniversais não parecem estar às vésperasde existir. Isso significaria que todas aspessoas têm as mesmas aspirações, as

mesmas aceitações, os mesmos gostos. Asituação econômica, a cultura local, os es-quemas mentais do consumidor, suas for-mas de abastecer-se nos circuitos de distri-buição locais constituem fatores chavesque condicionam o desenvolvimento deuma marca e de sua embalagem.”

É por tudo isso que, além de testes ede pesquisas com consumidores, para de-

finir a apresentação de um produto empaíses muitas vezes (na verdade, sempre)dotados de cultura, usos e costumes dife-rentes dos vigentes nas sedes das empre-sas voltadas para a globalização se tornacada vez mais importante considerar aembalagem como meio de expressão deseu contexto.

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Potes estréiam coalhadas com frutasA alagoana Fazenda Boa Sorte(FBS) está lançando a primeira linhade coalhada com frutas do Brasilsob a marca Nude. A novidade, quechega às prateleiras dos principaissupermercados do Nordeste, possuios sabores morango, ameixa, goia-

Pouch no food serviceA Gomes da Costa acaba de lançar um produtoinédito voltado ao canal do food service: atumem conserva num pouch de plástico aluminiza-do. A embalagem acondiciona 1 quilo de atumsólido ou ralado. Bolada para atender as neces-sidades do mercado de restaurantes, bares e lo-jas de fast food, a nova embalagem mantém aumidade e a textura do atum graças a um pro-cessamento térmico diferenciado do produto,que dispensa a adição de líquido de cobertura.O pouch traz ainda um sistema de abertura quedispensa o uso de utensílios cortantes, bastandorasgá-lo no local indicado.

Bebida de sojacom longa vidaDiversificando sua linha deprodutos, a Shefa, produtorade leites da região de Campi-nas (SP), lança a Bebida àBase de Soja Sabor Original.Desenvolvido com o objetivode atender as pessoas que têmintolerância à lactose, o pro-duto é acondicionado emembalagem Tetra Brik de 1 li-tro, da Tetra Pak, com visualassinado pela Plano.

ba e banana com morango, e aindaversões light. Os copos de polipro-pileno de 130g que acondicionam alinha são fornecidos pela Huhtama-ki. Seus lids de alumínio são fabri-cados pela Emplal. O design é daLevel Comunicação.

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O Grupo Bertin, maior frigorífico ex-portador de carne bovina do Brasil,apresenta a nova identidade visual dasembalagens de suas linhas Supergela-dos e Cortes Grill, voltadas ao varejo.A antiga marca utilizada nesse canal,a Tutty Bon, dá lugar à atual, Bertin.As embalagens, que trazem inscriçõesem braile, foram desenvolvidas pelaGiacometti e são fabricadas em papel

cartão laminado com polietileno pelaGráfica Estrela.

Recém-lançada pela Sther Cosmé-ticos, a Lory Kids é uma linha decolônias infantis cujas embalagensapresentam uma inovação na cate-

goria: válvulas em formade gatilho, forneci-

das pela Calmar. Co-mum em produtos de lim-peza e higiene pessoal, ofechamento foi adotado,segundo a empresa,para “conferir um aspec-to dinâmico e divertido”aos produtos. Feitos defilme transparente, osrótulos da linha LoryKids são da MLS Eti-quetas, e os frascos,

da Santa Thereza.

Aspecto dinâmico Jussy com PrismaA linha de sucos Jussy, produzidapela Cereser, de Jundiaí (SP), pas-sa a contar com mais uma opçãode embalagem: a Tetra Prisma de330ml, da Tetra Pak. A nova linhade sucos é apresentada nos sabo-res pêssego, manga e uva, todoscom versões light. O design dasembalagens é da Plano.

A Tintas International, da Akzo Nobel, reformulou o visual de todas as suasembalagens, em projeto gráfico desenvolvido pela agência inglesa Novas In-ternational, que já cuidou do layout de outras marcas do grupo, como Ypirangae Wanda. Segundo a assessoria da empresa, as latas são fornecidas pelaBrasilata, pela Cerviflan e pela Cia. Metalgraphica Paulista (CMP). Da primeira,a empresa utiliza o sistema de fechamento Tampa Plus, que permite identificarviolações. As latas da Cerviflan são dotadas do Treck System, sistema desen-volvido para garantir vedação, evitando vazamentos mesmo após a abertura.

Reforma gráfica e vedação garantida

Bertin agora é marca no varejo

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Web-novidade

Com o intuito de disponibilizar ao pú-

blico a maior quantidade possível de

informações sobre seus produtos e

serviços, a produtora de embalagens,

peças técnicas e utilidades domésticas

Incom resolveu reformular seu site

(www.incom.com.br). O novo visual é

obra da LightHouse.

Programa completado

Dando continuidade ao seu programa

de reestruturação, o grupo suíço SIG se

desfez de duas unidades de negócio, a

SIG Kautex (máquinas extrusoras para

a indústria automotiva) e a SIG Blowtec

(máquinas extrusoras para embala-

gens plásticas), para os investidores

alemães Adcuram Beteiligungs AG. O

negócio é o último do programa de

reestruturação estratégica do grupo.

Nova coordenação

Aparecido Borghi, especialista em Ino-

vação de Embalagem da Kimberly

Clark, é o novo coordenador do Grupo

de Profissionais de Embalagem (GPE)

da Associação Brasileira de Embalagem

(Abre), criado há quatro anos para con-

gregar atuantes da área. “Queremos

que os designers conheçam as limita-

ções dos convertedores e que estes en-

tendam a pressão que as agências rece-

bem por prazos menores e por diferen-

ciação, mas sem aumento de custos de

conversão”, afirma o profissional.

Separação

A Hi Design se desmembrou para formar

duas novas agências: a Hi Design/Toro e

a Projeto Integrado. Elas são coordena-

das, respectivamente, pelos antigos só-

cios da Hi Design, Sara de Paula Souza e

Christian Klein. O telefone da primeira é

o (11) 5044-7820. O da segunda, (11)

3884-9344.

Labor agradável

A Petroquímica Triunfo, importante pro-

dutora de polietileno de baixa densida-

de (PEBD), foi incluída na lista das 100

melhores empresas da América Latina

para se trabalhar elaborada pela con-

sultoria americana Great Place to Work

Institute. É a única companhia petroquí-

mica a constar nesse levantamento.

Maior proximidade com o clienteA Kisters, divisão da KHS, acabade estruturar sua nova Unidade deNegócios. Ela permitirá a nacionali-zação das peças Kisters, oferecen-do aos clientes soluções maiságeis e custo menor. Segundo ocronograma da KHS Brasil, a pro-

dução de peças de reposição paramáquinas Kisters em sua fábricainiciaria em 1º de julho. Num futuropróximo, a empresa pretende na-cionalizar máquinas Kisters de até60 ciclos.(11) 6951-8343 • www.khs.com.br

Aos dez anos, uma nova identidadeComissão de empresas filiadas àAssociação Brasileira da IndústriaQuímica (Abiquim) que trabalhaem prol do uso responsável doplástico, a Plastivida acaba decompletar dez anos. Segun-do a entidade, o aniversáriomarca o início de uma nova fasede sua atuação, naqual a divulgaçãodo papel funda-mental do plástico na vida modernaserá reforçada. Para marcar esseposicionamento, a Plastivida lançounova logomarca em junho, mês emque se comemora o Dia do Meio

Ambiente. Assinada pela MadisonComunicações, a nova logomarca

mostra um globo e um ramocom duas folhas que, sobre-postos, formam a figura de

uma flor. Ainda em relação àPlastivida, Francisco de As-

sis Esmeraldo, profissional de lon-ga carreira no setor

petroquímico eque hoje preside

o Instituto do PVC, é o novo diretorexecutivo da entidade. Esmeraldodeve continuar também seu trabalhoà frente do Instituto do PVC.

(11) 3242-1144 • www.plastivida.org.br

Oscar do Design abre inscriçõesEstão abertas até 23 de julho em primeirachamada e 6 de agosto próximo em cha-mada final as inscrições de empresas bra-sileiras para a edição de 2005 do DesignExcellence Brasil (DE Brazil), projeto de-senvolvido em parceria entre oMinistério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, aAPEX-Brasil e a CâmaraBrasil-Alemanha. A iniciativavisa promover o reconheci-mento internacional do designde produtos e serviços brasilei-ros, tendo como resultado ofortalecimento da imagem dopaís como produtor de benscom maior valor agregado e, conseqüen-temente, apoio à ampliação da plataformade exportação. As empresas e projetosaprovados numa primeira seleção serãoinscritos na premiação iF Design, conheci-da como Oscar do Design e representadano Brasil pela Hannover Fairs do Brasil.

Com espaço próprio em Hannover, o iFDesign permanece aberto durante setemeses e recebe em média 300 000 visi-tantes, sendo a exposição de design maisvisitada do mundo.

O prêmio se dá na forma dodesejado Selo-iF, que valorizaas chances de mercado dosprodutos laureados. Ano a anoo Brasil vem conquistando nú-mero crescente de prêmiosnas diferentes categorias quecompõem a premiação. Em2004 recebeu 25 premiações,ficando à frente de países comforte tradição na área de de-

sign, como a Itália e o Japão. Em embal-agem o prêmio coube ao frasco de Perfu-me do Brasil Breu Branco, Cumaru, da li-nha Ekos da Natura, criado pela designerFilomena Padron, da própria empresa.

(11) 5187-5138 / 5187-5100www.debrazil.com.br

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Fornecedora de sistemas para embala-gens assépticas cartonadas, a multina-cional SIG Combibloc está com novacampanha de comunicação, cujo slo-gan é “Um produto como o seu merecediferenciais como os nossos”. Uma sé-rie de peças buscará reforçar aquelesque a empresa considera os quatroprincipais diferenciais de seus siste-mas: diversidade de formatos, flexibili-dade de volumes e tecnologias de en-vase, produtividade e qualidade. Outroponto-chave da campanha é o recém-criado hot site www.embalagemcarto-nada.com.br, que reúne informaçõesmais detalhadas sobre esses quatrodiferenciais do sistema SIG Combiblocexplorados na comunicação.

(11) 3168-4029 • www.sigcombibloc.biz

Nova campanha ressalta os diferenciais

Nova unidade da Ciba tem foco em serviçosA Ciba Especialidades Quí-micas iniciou oficialmente asatividades da sua unidadede negócios Ciba ExpertServices no Brasil com umseminário sobre legislaçãointernacional de embala-gens para alimentos, medi-camentos e cosméticos,realizado em São Paulo nos dias 27 e28 de maio último. Entre os palestran-tes, nomes importantes como LuigiRossi, da Comissão Européia, e AllanBailey, do órgão regulador americanoFDA (Food and Drug Administration).O objetivo da Ciba com a unidade Ex-pert Services é utilizar seu expertise,seus laboratórios e sua rede de conta-tos com órgãos regulatórios e associa-ções de indústria ao redor do mundopara oferecer a transformadores, con-vertedores e usuários de embalagensplásticas serviços de consultoria técni-ca e estratégica. Um exemplo de servi-ço que a unidade Expert Services estápreparada a prestar é a elaboração depetições para a obtenção rápida e efi-ciente da aprovação de produtos paraexportação para a União Européia epara os Estados Unidos.

Ainda com participação tímida no fatu-ramento da empresa, o Expert Servi-ces deve crescer em importância nospróximos anos. Como parte da estraté-gia de fortalecimento dessa unidade denegócios em nível global, a Ciba Espe-cialidades Químicas já havia adquirido,no início de 2004, a Pira International.De origem britânica, a Pira Internatio-nal é fornecedora de consultoria eserviços estratégicos e técnicos paraas indústrias de embalagem, papel, im-pressão e publicações. “A aquisição daPira International oferece benefíciosimediatos para aumentar a oferta deserviços do Expert Services”, declarou,à época da finalização do negócio, ochairman e CEO da Ciba Especialida-des Químicas, Armin Meyer.www.cibasc.com/expertservices(11) 5532-7395

A área de alimentos é umdos alvos do Expert Services

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Office 2004 para MacA Microsoft apresentou a versão2004 de sua famosa linha de aplica-tivos adaptada para a família decomputadores da Apple. Segundo aempresa, o Office 2004 para Mactem melhorias nos programasWord, Excel, Powerpoint e Entoura-ge, que ajudam o usuário a admi-nistrar, criar e compartilhar infor-mação com maior eficiência.

Sexagenária Fundada em 1944 pelo engenheiroAteneu Ulderigo Rossi, a A. Ulderi-go Rossi, fabricante de dobradeiraspara a indústria gráfica, está com-pletando 60 anos. E pode-se dizerque neste aniversário a comemora-ção ocorreu de forma verdadeira-mente inédita. Aproveitando adata, a empresa debutou como ex-positora na Drupa, feira alemã rea-lizada em maio último, da qual vol-tou animada com os contatos e ne-gócios feitos.

Padrão de sustentabilidadeA Klabin foi premiada pela Rainfo-rest Alliance, organização america-na voltada à preservação de flores-tas tropicais, na categoria Gold Be-nefactors (Benfeitores de Ouro), emrazão do manejo sustentado desuas reservas florestais situadas noParaná, Santa Catarina e São Paulo.Segundo comunicado da RainforestAlliance, as reservas da Klabin fo-ram consideradas �formadoras depadrão de sustentabilidade�.

Láureo tríplice As empresas Avery Dennison, BahiaSul e MTR Transportes foram desta-cadas pela distribuidora SPP-Nemocomo os três melhores fornece-dores de produtos gráficos de 2003.A escolha fez parte da premiaçãoFornecedor do Ano, que é promovi-da pela SPP-Nemo desde 2000.

ExcelênciaA Unidade Manaus da Orsa Celulo-se, Papel e Embalagens recebeu,pelo terceiro ano consecutivo, a cer-tificação Top Supplier da BIC Ama-zônia. O certificado foi obtido graçasà �excelência no fornecimento dasembalagens de papelão ondulado�.Os principais critérios foram atendi-mento, qualidade e pontualidade naentrega.

Bracelpa divulga ações sociaisA Associação Brasileira de Celulose ePapel (Bracelpa) lançou em junho apublicação Responsabilidade Social doSetor de Celulose e Papel, na qual reú-ne os principais projetos da área volta-

dos a preservação ambiental, desen-volvimento sustentável e inserção so-cial de comunidades carentes. “Trata-se de um trabalho pioneiro de consoli-dação da composição dos investimen-tos sociais do nosso setor”, define Os-mar Zogbi, presidente da entidade.O trabalho descreve, em 80 páginas,as cerca de 350 iniciativas que as em-presas brasileiras produtoras de celulo-se e papel estão desenvolvendo atual-mente na chamada esfera social. Odestaque fica por conta das ações dereflorestamento, capacitação profissio-nal, apoio à comunidade e voluntaria-do. De acordo com a Bracelpa, os in-vestimentos anuais do setor nas áreassociais somam 1,6 bilhão de dólares,incluindo impostos, salários, encargostrabalhistas e programas sociais.

www.bracelpa.com.br(11) 3885-1845

Unificar as empresas que represen-tam no Brasil fabricantes estrangeirosde máquinas e equipamentos gráficosé o principal objetivo da Afeigraf (As-sociação dos Agentes de Fornecedo-res de Equipamentos e Insumos paraa Indústria Gráfica), que foi fundadaem março último, e cuja presidênciafoi recentemente anunciada. O res-

ponsável pela nova entidade é Karl J.O. Klökler, da Solna do Brasil. Tam-bém fazem parte da diretoria da Afei-graf Dieter Willi Brandt (Heidelberg),José Carlos Barone (Müller Martini),Klaus Bruno Tiedemann (Gutenberg)e Paulo Eduardo do Amaral (Agfa). Informações no telefone: (11) 5525-4403

Afeigraf anuncia diretoria

Formato e acabamento vencedores O cartucho octagonal da Torta MissDaisy, da Sadia, rendeu à Ibratec Ar-tes Gráficas o prêmio Packaging Ex-cellence do WorldStar Award, concur-so organizado pela World PackagingOrganisation(WPO). Produzidaem papel cartãoduplex da Klabinlaminado frentee verso com po-lietileno de baixadensidade(PEBD) e impres-

so em off-set seis cores, a emba-lagem foi considerada pelos juradosdo World Star Award uma das maiseficientes e criativas na categoria de

alimentos prontos e semiprontos.Pesaram na escolha o aca-

bamento e, principalmente,o formato da faca usadano projeto. A cerimônia depremiação foi realizada nacidade suíça de Basiléiaem maio último.

www.ibratecgrafica.com.br(11) 4789-4200

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Embalagem, o xodó do mercado gráfico Em 2003 os volumes de embalagemexportados pela indústria gráfica bra-sileira cresceram 30,5% em relaçãoao exercício imediatamente anterior,ultrapassando a marca de 101 mi-lhões de dólares. O resultado ajudoua consolidar o segmento como o se-gundo mais importante no mercadográfico nacional, atrás apenas daárea editorial. Considerando o mer-cado interno e as remessas enviadaspara fora, a impressão de embala-gens movimentou 920 milhões dedólares no Brasil em 2003, ou cercade 20% do faturamento da indústria

gráfica nacional. Já a participação domercado editorial é estimada em25%. Os dados foram levantadospelo Departamento de Estudos Eco-nômicos da Abigraf (Decon). Aindade acordo com os pesquisadores daentidade representativa, 55% dasgráficas de embalagens declararamque os volumes produzidos em 2003foram maiores que os obtidos em2002, não obstante a queda de apro-ximadamente 15% no consumo depapel cartão no ano passado. www.abigraf.org.br(11) 5087-7777

Atrativos de sobra no Max FefferForam abertas as inscrições para a3a edição do Prêmio Max Feffer deDesign Gráfico, que é organizadopela Cia. Suzano de Papel e Celulo-se e tem a missão de divulgar duasmarcas específicas da empresa - ade papel cartão Supremo Duo De-sign, cujos produtos permitem im-pressão de qualidade na frente e noverso, e a da linha Reciclato, de pa-péis 100% reciclados. A principal novidade em relação àsedições anteriores é que o concur-so da Suzano deixará de recom-pensar apenas os primeiros e se-gundos colocados de cada catego-ria, premiando neste ano tambémos terceiros melhores trabalhos naavaliação do júri.“A qualidade dos concorrentes foitão grande nas edições anteriores,que achamos um desperdício nãoreconhecer os terceiros colocados”,justifica Gilberto Strunck, designerque participou do júri dos dois pri-meiros prêmios Max Feffer, e agora

é o curador do concurso. Além de aumentar o número de pre-miados, a Suzano patrocinará umaviagem para o vencedor da recém-criada categoria Peça Destaque par-ticipar de um evento do mercadográfico realizado em qualquer partedo mundo. Assim, ao todo a 3ªedição do Prêmio Max Feffer de De-sign Gráfico coroará 21 trabalhos. No ano passado, 450 projetos foraminscritos na competição. Neste ano,a Suzano espera participação 20%maior. Gratuitas, as inscrições po-dem ser feitas até o dia 15 de outu-bro, e os trabalhos devem se enqua-drar em uma das cinco categorias aseguir: Editorial, Promocional, Emba-lagem (somente para Supremo DuoDesign), Corporativo (somente paraReciclato) e Miscelânea. O vencedorde cada uma delas receberá 13 000reais, e os segundo e terceiro colo-cados levarão 5 500 reais e 2 000reais, respectivamente.

www.suzano.com.br

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AlmanaqueCaminhando através do tempo

chapéu de aba e bastão foi dese-nhada pelo caricaturista TomBrowne, a pedido dos donos dacompanhia, sob a orientação decriar uma imagem que evocassea memória do avô e transmitissea idéia de progresso. Ao longodo tempo, o Andarilho foi tro-cando de roupas e de posições,sempre sendo modernizado.Além desse elemento gráfico do-minante, a garrafa quadrada e orótulo inclinado sempre deramcaráter próprio às embalagens deJohnnie Walker.

O principal ícone da embalagemdo uísque Johnny Walker, o Stri-ding Man, ou Andarilho, é tãovelho quanto o Red Label e oBlack Label: nasceu em 1909,quando George e AlexanderWalker resolveram homenagearo avô, John, que em 1820 come-çara a produzir, na cidade esco-cesa de Kilmarnock, o OldHighland Whisky, marca precur-sora do famoso blend. A figurado homem caminhando com seu

Une bonne idée? Com o slogan em inglês �51,

the Brazilian Spirit�, a Com-

panhia Muller de Bebidas es-

palhou 7 897 painéis e 132

outdoors por Portugal para

apresentar a cachaça Pirassu-

nunga 51 aos amantes do fu-

tebol atraídos pela realização

da Eurocopa. A campanha,

que custou R$ 4,5 milhões,

tem como protagonista a cai-

pirinha, apresentada num ar-

ranjo que evoca a bandeira

verde-amarela. Não se sabe

se irritou ou se foi recebida

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Corria 1856 quando dois ingle-ses, Healey e Allen, receberam apatente do “papel corrugado ouplissado”, material que desenvol-veram para forrar chapéus altos.Em 1871, do outro lado do Atlân-tico, o nova-iorquino Albert Jo-nes patenteou um papel corruga-do mais rígido, que utilizaria paraproteger garrafas e outros itensde vidro no seu transporte. Oaperfeiçoamento de Jones é con-siderado o primeiro papelão dahistória. Porém não se tratava,ainda, do papelão ondulado quenós hoje conhecemos. Ele só to-maria corpo em 1874, quando oamericano Oliver Long aprimo-rou a idéia de Jones e forrou o pa-pel corrugado em seus dois ladoscom papel plano, à guisa de umsanduíche. Daí que, para a inven-ção da caixa de papelão ondula-do, foi um pulo. Ela surgiu em1890, pelas mãos de outro ameri-cano, Robert Gair.

Papelão, umaonda de idéias

como une bonne idée pelo

pessoal da francesa Pernod

Ricard. A gigante mundial de

bebidas tem entre

suas marcas mais

vendidas um pro-

duto feito em

Marselha à base

de anis estrela-

do e outras er-

vas aromáticas. Conheci-

da como Pastis 51 entre os

franceses, que consomem 1,9

milhão de caixas por ano, a

bebida tem boa aceitação em

toda a Europa. Foi lançada

em 1951, mesmo ano em que

apareceu a 51 brasileira.

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