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Revista EmbalagemMarca 066 - Fevereiro 2005

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Edição de fevereiro de 2005 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Sobre aplausos da concorrênciaodas as vezes querevistas concor-rentes chegam às

nossas mãos, temos motivopara comemorar a aprova-ção ao nosso trabalho e ànossa criatividade. Obser-vamos que ações de EMBA-LAGEMMARCA são sistema-ticamente seguidas por ou-tras publicações. Nossomuito obrigado por essaforma de aplauso, que, con-fesso, não conseguiremosretribuir. Elas são mais umaevidência de que desde aprimeira edição da revistaestávamos no caminho cer-to ao inovar sempre, aliásrefletindo uma das princi-pais características do setor

de embalagem no Brasil.Se nos deixássemos envol-ver pelas fumaças da sober-ba, poderíamos cair na ten-tação de afirmar ser esta arevista líder do setor, porser cada vez mais imitada.Mas, como se diz nas ruas,é melhor ficarmos na nossa,esforçando-nos para entre-gar aos leitores um veículoinformativo e ético. Con-vence-nos de que estamosfazendo um bom trabalho ofato de ver iniciativas nos-sas sendo adotadas pelaconcorrência. Haverá me-lhor homologação?Leitores e anunciantes sem-pre elogiaram EMBALAGEM-MARCA de modo enfático,

estimulando nosso empe-nho para corresponder aomanifesto sentimento deque a revista é hoje a prin-cipal referência editorial dacadeia de embalagem noBrasil. Ante tais manifesta-ções, um ano atrás criamosuma campanha institucio-nal em que, todos os meses,um anunciante ou um re-presentante de empresausuária de embalagem dáseu testemunho sobre a im-portância e a utilidade darevista. Por enquanto, essainiciativa foi copiada porduas publicações. Maisuma vez, obrigado. Conti-nuaremos a inovar. Até março.

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Convence-nosde que estamosfazendo um bomtrabalho o fatode ver iniciativasnossas sendoadotadas pelaconcorrência.Haverá melhorhomologação?

Wilson Palhares

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Entrevista:Clotilde PerezSemioticista fala sobrecomo o estudo dos signos pode ajudar nosprocessos de criação e gerenciamento de marcas e embalagens

6 MercadoBemis Company bate o martelopela brasileira Dixie Toga

FlexíveisFilme de polietileno acetinadocresce nos mercados deroupas, calçados e alimentos

Making OfVeja, o multiuso da ReckittBenckiser, investe para se dife-renciar por meio da embalagem

AlimentosCaixas de pizza são usadascomo mídia por empresários deSão Paulo

MateriaisEm diferentes lances, indústriavidreira mostra fôlego no mercado de embalagens

ProcessosVidraria Wheaton inaugura sua própria sala limpa

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nº 66 • fevereiro 2005 Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

ReportagemFlávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected] Santhiago

[email protected]

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

Assistente de ArteJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 90,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Filiada ao

Esta revista foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2 (capa) e papel Image Mate 90g/m2 (miolo), fabricados pela

Ripasa S/A Celulose e Papel, em harmonia com o meio ambiente.

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466Laminação: Lamimax Tel.: (11) 3644-4128

Filme da laminação: Prolam Tel.: (11) 3611-3400

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

3 EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

44 Painel GráficoNovidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

46 PanoramaMovimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

48 DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

50 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

36 RotulagemMateriais, equipamentos e processos de decoração, identificação e rastreabilidade

A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2, da Ripasa, termolaminada com filme Prolam® aplicado pela Lamimax.

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32 InternacionalDestaques e idéias de mercados estrangeiros

Reportagem de capaEmbora o embate entre o PET e o aço tenha diminuído, mercado deóleos comestíveis continua sendo símboloda disputa por partici-pação entre diferentesmateriais de embalagem

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AlumínioIndependente da Alcan,Novelis anuncia investi-mentos e ampliação

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Outra ótica sobre marcas e embalagens

entrevista >>> Clotilde Perez

nte certo desânimo que se observa no am-biente dos negócios devido à suposta exaus-tão das ferramentas de marketing, publici-dade e pesquisa de mercado, começa aavançar nas empresas o uso de um instru-

mento para a criação, a análise e o gerenciamento de mar-cas e embalagens: a semiótica, ciência imprecisamente de-finida como “teoria dos signos”. Apesar de estudar as lin-guagens e as formas como os sentidos são produzidos – e,portanto, tratar de matéria diretamente ligada às marcas ea seu suporte físico – a semiótica é ainda pouco freqüen-te, se não ausente, no dia-a-dia de profissionais ligados àcriação e ao manejo das marcas. No entanto, surgem pon-tualmente sinais que podem contribuir para o necessáriomovimento de mudança nesse panorama. O recente lança-mento do livro “Signos da Marca: Expressividade e Sen-sorialidade” (Thomson Learning/2004), de autoria de Clo-tilde Perez, semioticista do Instituto Ipsos e professora daUniversidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Univer-sidade Católica (PUC-SP), é um desses marcos. Entusias-ta da desmistificação desta “teoria geral das representa-ções”, a doutora em Comunicação e Semiótica e pós-dou-tora em Antropologia Visual procura compartilhar no livro– em linguagem acessível e simplificada – a aplicabilida-de da semiótica no cotidiano de quem lida com o univer-so das marcas. Tradicionalmente restrita aos programasacadêmicos de pós-graduação, a discussão sobre a semió-tica colocada no nível da prática diária se dá no oportunomomento em que o diálogo da universidade com os obje-tos de sua época se apresenta como vital. Um dos capítu-los apresenta, por exemplo, uma metodologia para o usoprático da semiótica. Para aqueles que não tiverem a opor-tunidade de ler o livro, Clotilde Perez responde nesta en-

trevista algumas questões relacionadas aos sentidos dasmarcas e das embalagens.

Por que é tão difícil associar a semiótica a estudos apli-cados em marca e embalagem?A semiótica vem carregada de preconceitos porque é umaciência hermética e fechada, se entrar no detalhamento, naclassificação dos signos. Na graduação, normalmente elaé ensinada de uma maneira pouco interessante: raramentese entra em questões de mercado, avaliação de marcas,embalagens, produtos. Por isso se cria essa resistência.

Como a pesquisa em semiótica vem sendo aplicada àsquestões de marca?No Brasil, quem trabalha com semiótica aplicada é o Ins-tituto Ipsos, onde estou desde 1998, quando iniciei o dou-torado. Na área acadêmica já existem muitas coisas, espe-cialmente no campo da publicidade. A pós-graduação emcomunicação e semiótica da PUC-SP e a ECA/USP são osdois grandes centros de estudos hoje no Brasil. Em termosde aplicação nas organizações, a coisa é muito recente,mas as empresas, principalmente as grandes, estão bemabertas para isso.

Em que escala os recursos da semiótica são utilizados noBrasil?São poucas as empresas que os conhecem. As grandes,como Unilever e Johnson’s, que já tiveram alguma expe-riência internacional, começam a recorrer à semiótica aquino Brasil também. A França é pioneira na área de semió-tica aplicada. Desde as décadas de 60 e 70, tem muitos tra-balhos em marca e embalagem. Em agências, o trabalho àsvezes é visto com estranhamento. A semiótica entra ava-

Clotilde Perez, pós-doutora em Antropologia Visual,

professora de Semiótica e semioticista do Instituto

Ipsos, fala sobre a aplicabilidade da semiótica no

gerenciamento de marcas e embalagens

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liando o que foi feito, e isso pode gerar animosidade. De-pende muito da agência: se as vaidades são predominan-tes, ela é vista com maus olhos; se é um pessoal com ca-beça aberta, que produz em cima do que conhece, a semió-tica entra como um parceiro que pode ajudar.

O uso da semiótica pode ser expandido?Sim, mas existe uma restrição:pessoal. Não existe faculdade desemiótica. A qualificação acadêmi-ca nessa ciência resulta de um es-tudo pós-graduado e em StrictoSensu. Outra questão, ainda maisgrave, é que poucas pessoas que-rem trabalhar com empresas. Exis-tem pessoas extremamente acadê-micas que acham que ganhar di-nheiro com conhecimento é umtipo de prostituição. Dizem que oobjeto de pesquisa jamais vai seralguma coisa de mercado. Então,tem essa restrição das pessoas daárea acadêmica: quem tem forma-ção em semiótica nem sempre estádisposto a isso.

Como a semiótica atua na questãodas marcas?A semiótica avalia e decompõeuma marca, consolidada ou não,para entender como ela produzsentido e se o sentido que está pro-duzindo é o que a organização quer. Às vezes há dissonân-cia, campanhas que produzem sentidos diferentes do quese queria. Isso acontece porque tudo comunica: a cor, afoto, a sonoridade. A semiótica ajuda e determinar a po-tência comunicativa que as marcas têm e a entender se acomunicação está adequada aos objetivos pretendidos. Eladecompõe para entender e readequar.

Essa ciência contempla, além de análises, estratégiaspara gerar sentidos?Sim. Quando crio um determinado produto a partir de umbriefing, posso pensar nos signos que vão comunicar oque quero: as cores e formas que devo usar, como devo fa-zer minhas campanhas – para que tudo, de maneira inte-grada, comunique efetivamente. Ela me ajuda desse outrolado, me dá os subsídios de que signos – tanto os verbaisquanto os não-verbais – vão comunicar o que quero.

A senhora afirma em seu livro que a marca é um sistemaque sofre desgaste (entropia é o termo utilizado) e que,

por isso, deve incorporar as tendências das épocas. Comoharmonizar mudança e permanência?Os grandes exemplos de sucesso são marcas que conse-guiram incorporar sem perder identidade. Em muitos mo-mentos, o McDonald´s faz isso: sustenta a identidade demarca e incorpora valores não só de épocas, mas de loca-lidades, como fez na Índia, na União Soviética, na França,

para não entrar em choque comeles. O que chamo de “entropia” éjustamente o contrário: quando amarca não consegue ter essa aber-tura, essa visão sistêmica para in-corporar questões de seu tempo eseu espaço para manter a longevi-dade, e sem perder a identidade.Imagine se o McDonald´s tivesse,a cada hora, um tom de amarelo,um M escrito de um jeito, um Ro-nald diferente. Alguns índices de-vem ser preservados, mas têm dese modernizar. De vez em quando,vêem-se empresas que moderni-zam o tipo de letra, mas sem ruptu-ra. A entropia é justamente o con-trário. É não fazer nada. A marcaentra em desgaste, e a alternativa éentrar com atualização, informa-ção, pesquisa. É preciso estar otempo todo entendendo o merca-do, o comportamento dos consu-midores e da sociedade para incor-porar e garantir longevidade.

Por favor, dê um exemplo de como a comunicação se dáatravés da embalagem?Quando o chocolate Milka foi lançado, tinha preço baixoe uma embalagem muito sofisticada do ponto de vistaimagético: uma vaca holandesa, os Alpes suíços. Isso nãoera condizente com o tipo de produto nem com o preço. Opreço era baixo, o chocolate era simples e a embalagem,muito sofisticada. Não vendia para a classe mais baixa,que pela embalagem achava que era um chocolate caro, enem para a classe AB, por ter um conteúdo que não eraadequado. O que foi feito? A embalagem foi simplificadapara ser condizente com o tipo de público que os fabrican-tes queriam: a vaca é muito mais simples, os Alpes nãosão tão altos, o balde é outro.

No caso de uma marca, como pode ser feita esta afina-ção?O caso Kolynos/Sorriso é um excelente exemplo. Numprimeiro momento, a Colgate foi forçada a abrir mão da

“Tudo comunica: a cor,

a foto, a sonoridade.

A semiótica ajuda a deter-

minar a potência comuni-

cativa que as marcas têm e

a entender se a comunica-

ção está adequada aos

objetivos pretendidos.

Ela decompõe para

entender e readequar”

entrevista >>> Clotilde Perez

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marca Kolynos, por exigência do Cade. Com todo o in-vestimento publicitário feito na marca Sorriso, em doisanos ela já estava nas primeiras posições na lembrança doconsumidor, segundo o Top of Mind do Datafolha. Atual-mente, todos os signos – cores, formas, lettering, publici-dade – que deram sentido à Kolynos são utilizados emSorriso, inclusive o bordão “Kolynos Ah!” como signo derefrescância, ambientado em pis-cinas ou mar, é hoje “Sorriso Ah!”– uma refrescante sensação!. Comisso, a empresa consegue trazer àtona a memória visual e auditivados consumidores estabelecendoassim uma ponte afetiva, além detambém economizar em comuni-cação, não sendo necessário criaroutro posicionamento, ou seja, co-meçar do zero. É um caso interes-santíssimo.

A senhora afirma que uma dasfunções da embalagem é o “efeitoespelho”. De que se trata?O efeito espelho é o consumidor sever refletido na embalagem. Umapessoa natural, com uma emba-lagem que tenha signos mais eco-lógicos. Um consumidor que valo-riza a ecologia e produtos naturaiscompra cadernos feitos de materialreciclável para os filhos e usaxampu da linha Natura Ekos, porexemplo. Isso vale para embalagem, mas muito tambémpara o produto. Por que eu comprei uma bolsa? Ela estárefletindo o que eu gosto, o que eu valorizo. A questão dasedução está muito ligada à atratividade, ao poder de per-suadir, de gerar o efeito de proximidade, de condução, se-dução mesmo, que é totalmente afetivo. E a questão da in-formação é fundamental para a embalagem: em tiposcomo alimentos, mais do que tudo, a capacidade informa-tiva é fundamental. Além de tantas outras coisas, deve in-formar, deve ter a informação necessária, como forma deusar, quantidade, composição.

O que uma embalagem deve comunicar de imediato?Toda embalagem deve passar pelos mesmos caminhos,mas, em termos de detalhamento, depende do produto e damarca. Quando tem de comunicar praticidade, a abertura,por exemplo, precisa ser fácil. Para consumos ritualísti-cos, se a abertura for difícil, melhor ainda. Não pode sermuito fácil abrir uma garrafa de vinho ou de champanhe.Temos de ver o nível de categoria – e transformar isso em

signo na embalagem. A manuseabilidade é fundamentalpara um xampu, porque o usuário o pega com a mão mo-lhada. No caso do sabão em pó, cada um pretende comu-nicar um efeito de sentido: tecnologia, brancura, maciez,sofisticação, praticidade. Assim eles vão se posicionando.Às vezes o designer acha que está comunicando tecnolo-gia e não está. Outro quer comunicar maciez e está cheio

de índices de tecnologia: o super,ultra, plus, não-sei-o-que. Para dara idéia de maciez não é necessáriorecorrer a uma linguagem tecnoló-gica. Nisso a semiótica ajuda. Àsvezes a pessoa está querendo gerarum efeito de sentido e coloca sig-nos que não propiciam esse efeito.

Qual a importância dos materiaisnas embalagens? Há adequaçãoentre eles e os produtos?Em função do desenvolvimentotecnológico, hoje temos muitosmateriais, que possibilitam umapersonalização enorme. A sofisti-cação e a diversificação ajudam nageração de efeitos de sentido. Sequero trabalhar com rusticidade,pego uma embalagem feita de es-topa. Os materiais geram, refor-çam e potencializam efeitos desentido. Ter um fogão com tampade vidro verde é muito mais sofis-ticado do que ter um de tampa de

acrílico, por exemplo. Os materiais também comunicam,são mais um elemento no composto de comunicação.

Em que perspectiva – funcional, simbólica ou estética – asembalagens precisam principalmente se desenvolver?Há um caminho em andamento. Sem deixar de lado aquestão funcional, geralmente a mais cuidada, ainda te-mos muito que fazer no Brasil pela simbólica e pela esté-tica. Com a abertura de mercado nos últimos vinte anos, jámelhorou bastante. Tivemos uma invasão, do ponto devista positivo, de produtos, marcas, embalagens, e issoajudou. Algumas áreas não inovam, mas outras caminhammais. A linha Perfumes do Brasil, de Natura Ekos, porexemplo, tem o perfume breu branco, cumaru, com umaembalagem primária com design totalmente sofisticadoem vidro branco transparente arredondado/achatado, en-volvido por uma embalagem secundária de cerâmicaapoiada em fibras de coco. Externamente, possui aindauma embalagem em papel reciclável. É isso que deve serfeito: temos que desenvolver formas, texturas, cores.

“A sofisticação e

diversificação dos

materiais ajudam. Elas

geram, reforçam e

potencializam efeitos

de sentido. Os materiais

também comunicam,

são mais um elemento

no composto

de comunicação”

entrevista >>> Clotilde Perez

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reportagem de capa >>> óleos

e numa reunião de profissionais deembalagem a disputa entre diferen-tes materiais e sistemas de acondi-cionamento estivesse em pauta,

uma das categorias mais lembradas possivel-mente seria a de óleos comestíveis. Talvezisso acontecesse porque desde o início dosanos 90, quando o PET começou a revolucio-nar a venda de alimentos e bebidas de baixosvalores unitários, como refrigerantes, as refi-narias de gorduras vegetais se interessarampelo baixo custo, apelo visual, resistência epraticidade da resina. Por isso não demoroumuito para que as garrafas plásticas transpa-rentes minassem o domínio que as latas de açopor anos detiveram nas prateleiras de óleo decozinha, e o setor se transformasse em casoexemplar da eterna briga por participaçãoentre diferentes materiais de embalagens.

Mas, do advento do PET para cá, muitacoisa mudou no panorama das disputas trava-das no mercado de óleos comestíveis – menossua vocação para abrigar sistemas de acondi-cionamento concorrentes. É que nos últimosanos o pega deixou de envolver apenas as ca-deias de embalagens plásticas e folha-de-flan-dres. Embora também aí a briga continue emvigor, houve recentemente um forte movimen-to de segmentação no setor, que teve entre

Briga pelo mercado de óleos vegetais se acirra com ma

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Materiais jogam óleo na fer

BARATEAMENTO – Comcaixinhas de apenas100ml, Vida Alimentosespera ampliar partici-pação dos óleossaborizados Maria entreas classes C e D

Por Leandro Haberli

EXTRAVIRGENS – Como ocorreu com ovinho, cada vez maisbrasileiros consomemazeites importados.Tendência favoreceu usodo vidro no setor

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suas conseqüências a entrada ou consolidaçãode novos materiais de embalagem. São os ca-sos do vidro e, mais recentemente, das caixi-nhas longa-vida.

As cartonadas assépticas vêm sendo utili-zadas pela primeira vez no mercado brasileirode óleos comestíveis pela Vida Alimentos,dona da marca Maria. O lançamento ocorreuem dezembro último para acondicionar umadas linhas de azeites de oliva misturados aóleo de soja adicionado de ervas. Vendidonuma caixinha de apenas 100ml, estampadacom uma modernizada versão da tradicionalpersonagem Maria, redesenhada pela 100%Design, o produto tem a missão de ampliar aparticipação da chamada linha de óleos sabo-rizados entre as classes C e D.

Novo posicionamentoAs fichas da Vida Alimentos e da Tetra Pak,fornecedora da embalagem, foram direciona-das ao baixo preço. Enquanto uma lata de500ml custa em média 4,50 reais, a caixinhavem sendo vendida a 1 real. “Também quere-mos ampliar a distribuição, levando os óleosMaria para além do Sudeste do país”, diz Ja-naína Coutinho, gerente de desenvolvimentode produto da Vida Alimentos. Podendo serlevado à mesa, o óleo composto, em caixinha,tem uma última função estratégica: reforçar onovo posicionamento da marca Maria, que

aior leque de opções em embalagem

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tem mais de 60% departicipação no merca-do brasileiro. “Quere-mos que nossos produ-tos estejam cada vezmais voltados para tem-pero, e menos para co-zinha”, resume a execu-tiva da Vida Alimentos.

Num outro sinal deque as alternativas deembalagem se abrem nomercado de óleos comestíveis, o vidro tam-bém tem se beneficiado da diversificação dosetor de óleos compostos. Muito associadoaos azeites extravirgens, cujo consumo, aliás,também vem crescendo no Brasil, o materialdebutou entre os óleos de oliva misturadoscom óleo de soja aproximadamente dois anose meio atrás. Foi quando a linha Maria Pre-mium passou a ser distribuída em sofisticadasgarrafas de 500ml da Owens-Illinois doBrasil. A estratégia virou marco no setor vi-dreiro. “Foi a primeira vez que garrafas de vi-dro foram usadas no mercado brasileiro deóleos compostos”, lembra Coutinho, da VidaAlimentos.

PET x açoJá na outra ponta do mercado de óleos comes-tíveis, a das gorduras vegetais de alto giro uti-lizadas pela maior parte de seus consumidorespara cozinhar, a briga entre o PET e as latasmetálicas traz novidades. Se a retirada total de

cena do aço já é dada como certa entre osóleos de soja, commodity presente em mais de95% dos lares brasileiros, subcategorias comoa de azeites de oliva e óleos compostos nãocederam ao assédio das garrafas plásticas.Pelo contrário, têm demandado mais e maislatas no Brasil.

Por isso soa plausível a avaliação da Abea-ço (Associação Brasileira de Embalagem deAço) de que a extinção do material no seg-mento de óleos comestíveis é algo distante notempo. Mas é certo que entre os óleos de soja,canola e girassol, que formam a subcategoriade óleos de cozinha, a participação das latasnão pára de cair. A estimativa da Abeaço e deprofissionais do setor é de que hoje o aço res-ponda por apenas 50% do mercado de óleoscomestíveis. Uma medida decomo as coisas têm caminhadoteoricamente aparece em pes-quisa da Datamark, empresaespecializada no mercado deembalagens. Segundo o le-vantamento, em 2003 as latasde aço tinham cerca de 70%de participação no setor.

Trunfos das latasIndiferente aos números,em termos de processos etecnologias produtivas acadeia de folha-de-flan-dres enxerga diferentesvantagens que pode-riam garantir a desejá-vel retomada de partici-pação. Uma das espe-ranças recai sobre a tec-nologia de latas expan-didas. Recém-adotadapela Nestlé para leitescondensados, a embalagem de aço sem o tra-dicional perfil homogeneamente cilíndrico játeria condições de estrear nas gôndolas deóleos comestíveis. “Em termos de inovação,trata-se de uma tendência mundial em emba-lagens de aço, que pode ser aplicada normal-mente em óleos”, sublinha Andrea Broggio,gerente-executiva da Abeaço.

Outro aspecto favorável ao aço vem do in-terior de São Paulo e de outros Estados doBrasil, principalmente do Nordeste, onde alata de óleo continua sendo muito representa-

MARCO – Com o lança-mento da linha MariaPremium, vidro debutouno crescente mercado deóleos compostos

ILHA DE ESPERANÇA – Perdendoparticipação no mercado de óleosde cozinha, aço amplia fatias entreazeites de oliva. Abaixo, produto da Arisco vendido como o primeiroextravirgem em lata do Brasil

RESISTÊNCIA – No interior de São Paulo

e no Nordeste, partici-pação do aço continua

sendo significativa

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tiva. Além de uma possível preferência porembalagens metálicas fora dos grandes cen-tros, o fenômeno é atribuído ao que a Abeaçodefine como “condições de resistência e dura-bilidade ideais para suportar as condições detransporte nas estradas brasileiras”.

De fato, sucessivos laudos técnicos com-provam que o conteúdo de uma embalagem deaço amassada pode ser consumido normal-mente, pois os vernizes hoje utilizados sãoelásticos e acompanham a deformação da latasem contaminar o produto. Entretanto, aforaargumentos como esse, os produtores deembalagens de aço têm pouco a comemorarno mercado de óleos comestíveis.

PET quer emagrecerComo forma de combater as vantagens logís-ticas que as latas apresentariam, a cadeia doPET se esforça para fazer embalagens mais le-ves, que inegavelmente contribuem para dimi-nuir os custos de transporte. “Sem dúvida umatendência para os próximos anos é a reduçãodo peso das garrafas”, diz Ricardo Vaz, diretorcomercial da Amcor, empresa de origem ame-ricana que planeja conquistar em dois anosmais de 25% da demanda brasileira de emba-lagens PET para óleos comestíveis. Atualmen-te a participação estimada pela própria Amcorgira em torno de 12%.

Além dos avanços produtivos, não faltamcomentários de que grandes fabricantes deóleos de soja, como a Cargill, dona da marcaLiza, em breve abandonarão as poucas linhasde latas ainda remanescentes. Para piorar, seainda é possível avistar alguns óleos de sojaem latas, os de canola e girassol, que possuemmenos gordura saturada e são cada vez maisprocurados por consumidores preocupadoscom a saúde, têm praticamente 100% da pro-dução já vendida em PET no Brasil.

“No mercado de óleos de cozinha, a ten-dência de migração total para o PET deve serconcluída num período de três anos”, prevêJosé Coletti, da área de marketing de óleos da

É da Litografia Valença a grandenovidade em termos de novos for-matos apresentada nos últimosanos no mercado brasileiro deóleos comestíveis. Recentementea empresa, uma das principais fa-bricantes de latas de óleos co-mestíveis do Brasil, desenvolveupara a Vida Alimentos, dona daMarca Maria, uma embalagem deaço oval. Adotada desde dezem-bro na linha de óleos compostosadicionados de ervas, a nova lataé feita em três peças e tem pro-cesso produtivo semelhante ao dalata redonda. Mas apresenta, deacordo com Rubnei Rosa, diretorcomercial da Litografia Valença,pontos críticos peculiares. “Naárea com ângulo mais agudo, a

recravação da lata oval é similarà de uma lata retangular”, dizRosa. “Isso favorece a criação devincos ou dobras indesejadas nocorpo da embalagem”. No entan-to, oferece a vantagem da dife-renciação.Impressa em sete cores comequipamentos litográficos, a novalata do tradicional óleo Maria foidesenvolvida com apoio da CSN.“A concepção mercadológica ficoua cargo da própria Vida Alimen-tos, que se inspirou em latasovais já utilizadas por fabricantesalemães e italianos de óleos co-mestíveis”, conta o diretor da Li-tografia Valença. Já a CSN deu osuporte para “avaliar as alternati-vas do material a ser utilizado”.

Óleo Maria estréia em lata oval

MIGRAÇÃO TOTAL – Bunge Alimentos, dona da

marca Soya, prevê, emtrês anos, utilizar apenas

embalagens plásticas

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Bunge Alimentos, outra gigante do setor.Dona da marca Soya, a empresa recente-mente anunciou que vai investir 232 mi-lhões de reais para construir uma refina-ria de óleo vegetal no Mato Grosso. A fá-brica deverá ser concluída no meio de2006, e terá capacidade para refinar1 000 toneladas de óleo por dia. “As latassó se mantêm nesse segmento porque ospróprios fabricantes de óleos comestíveispossuem linhas de aço, e é custoso subs-tituí-las totalmente por plantas de garra-fas PET”, completa o profissional daBunge Alimentos.

Também conta pontos a favor da resi-na plástica o esforço que vem sendo feitopara permitir a utilização de PET recicla-do pela indústria de alimentos. Atualmente aAnvisa (Agência Nacional de Vigilância Sani-tária) veta o uso de material reaproveitado paraprodução de embalagens de alimentos. Mas,com os progressivos investimentos em indús-trias de reciclagem, os pedidos de autorizaçãose multiplicam. Caso os fabricantes consigamprovar a total descontaminação do material aser reciclado, principal exigência da Anvisa, deuma garrafa usada de óleo comestível, ou dequalquer outro alimento ou bebida, poderá serproduzida uma nova garrafa PET.

Bottle-to-bottleSolicitada por empresas como a Bahia Pet,que em 2003 investiu 8 milhões de dólaresnuma planta de reciclagem de embalagensPET, a autorização dos chamados processosbottle-to-bottle certamente dinamizaria aindamais a produção de garrafas plásticas no mer-cado de óleos comestíveis. Segundo a Abipet,entidade que representa a cadeia do PET noBrasil, em 2003, 12% do PET utilizado noBrasil foram destinados à produção de emba-lagens de óleo comestível. Em 2000 esse nú-mero era de apenas 5%. Hoje o PET recicladoé empregado basicamente na fabricação defios para a substituição do poliéster na indus-tria têxtil. No ramo de embalagens, apenas re-cipientes de produtos de limpeza doméstica ehigiene pessoal, por exemplo, podem ser fei-tos com o material reaproveitado.

Apesar dos indícios de que o PET aindatem campo para avançar, o mercado de óleoscomestíveis reserva através de seu canal insti-tucional outra ilha de esperança para a cadeia

do aço no Brasil. “Trata-se de um segmentoem que o PET praticamente não tem penetra-ção”, reconhece Hermes Contesini, gerente decomunicação da Abipet. É assim porque tantoindústrias alimentícias como restaurantescompram o óleo que consomem basicamenteem latas retangulares de 18 litros. Todavia, oPET já começa a assediar nichos como o deazeites voltados ao canal food-service. A VidaAlimentos é uma prova disso. Inovando noatendimento a lanchonetes e restaurantes, aempresa lançou seu Óleo de Caroço de OlivaAzeitto em galão PET de 5 litros, fornecidopela Packpet, com rótulo da Alphacolor.

Casos como esse reforçam entre especia-listas a visão de que a retomada de participa-ção no mercado de óleos comestíveis é tarefaquase impossível para o aço. Ou melhor, estávinculada a dois fatores altamente imponderá-veis: 1) prosseguimento contínuo dos aumen-tos de preço do petróleo e outras matérias-pri-mas das resinas PET; 2) desvalorização cam-bial (que aumentaria para as refinarias o custodos insumos importados das garrafas PET).

“Como ainda não temos uma visão clarade tais fatores para este ano, a participação dasembalagens metálicas deverá permanecer amesma de 2004 no mercado de óleos comestí-veis”, espera Rubnei Rosa, diretor comercialda Litografia Valença, uma das principais fa-bricantes de latas de óleos comestíveis doBrasil. Em outras palavras, o crescimento de3,5% que se espera do setor em 2005 poucodeverá beneficiar as latas de aço.

CANAL INSTITUCIONAL – Tradicionais no atendimentoa indústrias de alimento erestaurantes, latas tambémsofrem assédio do PET, quejá participa do canal food-service de azeites comgalões da Vida Alimentos

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herda qualidade e tecnologia de ponta da Al-can e adiciona novos atributos ao negócio,como inovação, velocidade e precisão”.Aliás, o nome da empresa é formado de síla-bas desses vocábulos (iNOvação, VELoci-dade e precISão).

Raio X de um giganteHoje com um quadro de 2 100 funcionários(dos 14 000 que tem nos doze países em quea empresa global atua), a Novelis local temcapacidade de produção de 300 000 tonela-das de chapas, 22 000 toneladas de folhas,110 000 toneladas de alumínio primário,150 000 toneladas de alumina e 35 000 tone-ladas de pasta Soderberg (material utilizadoem fornos de redução, que elimina gases for-mados na produção do alumínio), além deum centro de reciclagem em Pindamonhan-gaba (SP), com capacidade de 80 000 tone-ladas/ano. Para abastecer suas fábricas, aempresa possui nove usinas hidrelétricas. Osativos da subsidiária no país chegam a 1,6bilhão de reais, com faturamento pro-formaprevisto de 620 milhões de dólares em 2004.

O conjunto desmembrado representava90% do faturamento da Alcan no Brasil, quefoi de 1,8 bilhão de reais em 2003, sem in-cluir a Pechiney do Brasil, comprada em2004, e que por sua vez controlava a TPIMolplastic e a Cebal Brasil. A Alcan doBrasil continua com uma fábrica de revesti-mento em Camaçari (BA) e unidades deembalagens em Mauá, Diadema, São Paulo eMogi das Cruzes (SP).

alumínio >>> mercado

a onda de fusões, aquisições ereestruturações de empresasatuantes na área de embalagem emmeses recentes, entrou em opera-

ção em janeiro último um novo nome na sea-ra do alumínio – Novelis do Brasil, subsidiá-ria da canadense Novelis Inc. Fruto do des-membramento do negócio de laminados deoutra gigante do setor, a Alcan, a nova empre-sa entra em cena com peso respeitável: é amaior fornecedora de chapas, folhas, discos elâminas de alumínio do Brasil para os merca-dos de latas para bebidas, embalagens, utensí-lios domésticos, construção civil, indústriaautomobilística e transportes.

ExpansãoEntre as metas anunciadas após o desmem-bramento, a Novelis do Brasil ampliará a ca-pacidade produtiva das unidades de chapas,situada em Pindamonhangaba, e de folhas,em Santo André, ambas no Estado de SãoPaulo. Além disso, vai transformar a fábricade Aratu (BA) em centro de excelência paraa produção de placas e modernizar a unida-de de alumínio primário, localizada em OuroPreto (MG). No total, informa a empresa, amédio prazo serão investidos no país 26 mi-lhões de dólares. Segundo Tadeu Nardocci,presidente da Novelis, “a nova companhia

Desmembrada da Alcan, Novelis entra em cena anunciando altos investimentos

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Peso pesado no alumínioFO

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A empolgação dos americanos tem funda-mento. Numa forte estratégia de expansão, aBemis tem adquirido de um a três fabricantesde embalagem por ano no mundo. Porém, osnegócios fechados até então eram de empresascom faturamento bem mais modesto, entre 60milhões de dólares e 100 milhões de dólaresanuais. Já a Dixie Toga tem uma receita nacasa dos 900 milhões de reais por ano.

Tal superioridade não impede, contudo,planos de ampliar o tamanho da Dixie Togavia aquisições e também com o aumento dacapacidade instalada. Neste caso, já há inves-timentos previstos por parte da Bemis em2005. Uma das razões para a aparente pressaestá no fato de a empresa brasileira ter chega-do a 85% de sua capacidade instalada total noúltimo trimestre do ano passado. Quanto aaquisições, ficarão sujeitas ao aparecimentode oportunidades futuras, e ainda parece nãohaver nada certo.

Na parte gerencial, os novos controlado-res garantiram que os executivos atuais da Di-xie Toga serão mantidos. A presidência conti-nuará sendo ocupada por Walter Schalka. Oque mudará é a formação do conselho de ad-ministração. Sérgio Haberfeld desligou-se de-finitivamente da empresa, e seu irmão, Ro-berto, ocupará um dos assentos por um ano.Por sua vez, Henry Theisen, da Bemis, entrapara assumir posição central no conselho.

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mercado >>> fusão

inda que tivesse desde 1998 umajoint-venture com a brasileira Di-xie Toga, a norte-americana BemisCompany causou sobressaltos no

mercado ao oficializar na primeira semana doano a compra daquele que é considerado umdos principais grupos de embalagens da Amé-rica Latina. Surgida há dez anos com a fusãoda Dixie Lalekla, fundada em 1945 pela famí-lia Klabin, e da Toga, fundada em 1935 pelafamília Haberfeld, a Dixie Toga foi adquiridapelos americanos em 5 de janeiro último pordeclarados 250 milhões de dólares.

O negócio foi supervisionado de pertopela família Haberfeld, até então a maioracionista da Dixie Toga. No total, foram com-pradas 99,99% das ações ordinárias, e42,51% das ações preferenciais, equivalentesa 79,50% do capital total. Além da famíliaHaberfeld, deixaram de ter participação nospapéis da Dixie Toga as famílias Klabin,Schalka e o fundo Darby Overseas.

Como costuma ocorrer no mundo dos ne-gócios, onde muitas vezes vale a máxima deque ninguém é insubstituível, o espanto gera-do pela venda da Dixie Toga logo deu espaçoa previsões sobre o impacto do negócio. As-sim que Sérgio Haberfeld, ex-presidente doconselho administrativo e neto do fundadorda Toga, anunciava sua aposentadoria, já sur-giam especulações sobre supostos novos ru-mos do mercado brasileiro de embalagens fle-xíveis, o principal segmento de atuação da gi-gante Bemis em todo o mundo.

ApostasA primeira e mais óbvia aposta é que a DixieToga servirá de ponta-de-lança no projeto deexpansão da companhia americana pela Amé-rica do Sul. “Já éramos líderes em embala-gens flexíveis na América do Norte”, disseHenry Theisen, vice-presidente operacionalda Bemis. “Com a compra da Dixie, agora li-deramos o setor de flexíveis em todas asAméricas.”

Americana Bemis amplia estratégia de expansão e compra a Dixie Toga

A

Apetite de gigante

Bemis Companywww.bemis.com

Dixie Togawww.dixietoga.com.br

A MAIOR DAS AMÉRICAS –Com a aquisição da Dixie,Bemis Company tornou-seo principal produtor deembalagens flexíveis docontinente

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explorado com êxito é o de sacoscom cordão para calçados. Nestecaso, grandes fabricantes de materialesportivo, como Rainha, Topper eUmbro, já usam o PE Acetinado paraacondicionar seus tênis e chuteiras.

Além de extrusar o filme, a Can-guru possui laminadoras, rebobina-deiras e máquinas de corte e solda,entregando as embalagens já prontas.Na parte da impressão, o sistema usa-do é a flexografia, em até oito cores.

Em alimentos, o PE acetinado foiadotado pela Pinduca, tradicionalmarca paranaense de farinha. “Nessecaso o material substitui com vanta-gens de proteção e aparência os sacosde papel muito comuns no segmentode farinhas”, diz Everton Nesi, daárea de vendas e marketing da Can-guru Embalagens.

Para ele, ao lado da maior resis-tência em relação às embalagens ce-lulósicas, uma das grandes vantagensdo produto é a versatilidade. “Alémde fabricantes de calçados, produtostêxteis e alimentos, o PE acetinadopode ser utilizado por indústrias defraldas, absorventes, sabão em pó,pet food e muitas outras.”

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flexíveis >>> filmes

m material para produçãode embalagens flexíveiscom toque e visual distin-tos da maioria das alterna-

tivas disponíveis hoje. Assim podeser definido o PE Acetinado, filme depolietileno em etapa de introdução nomercado brasileiro de embalagens.Podendo substituir cartonados,papelão ondulado e outros materiais,o produto vem ganhando cada vezmais espaço nos segmentos de saco-las para lojas e confecções e de sacoscom cordão para calçados e roupas.

Como o nome indica, esse filmede polietileno tem aparência que lem-bra cetim, tecido conhecido por serlustroso e ter toque macio. É normal-mente produzido com um dos ladoscom acabamento fosco e, embora es-teja mais disseminado no setor devestuário, pode acondicionar produ-tos tão variados quanto sabonetes,papéis higiênicos e alimentos.

Uma das empresas confiantes nopotencial de crescimento do PE Ace-tinado no Brasil é a catarinense Can-guru Embalagens, que já fornece sa-colas feitas do material para diversasconfecções e grifes. Outro mercado

Filme acetinado da Canguru cresce nos mercados de vestuário e alimentos

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PE com textura de cetim

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SACOLAS – Apresentações com alça eimpressão flexográfica em até oito coresconquistam cada vez mais confecções

Canguru Embalagenswww.canguru.com.br (48) 461-9000

VERSATILIDADE – Na versão com cordão, PE acetinado foi adotado por grandes fabri-cantes de material esportivo, como a Topper

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resinas >>> investimentos

ntre os aspectos negativos do crescente consumobrasileiro de PET para produção de embalagens en-contra-se o aumento da dependência nacional de

outros países produtores da resina. Atualmente, estima-seque mais de 40% das 330 000 toneladas de resinas PET con-sumidas por ano no Brasil vêm de fora. Países mais indus-trializados, embora tenham uma demanda bem maior, sãoem boa parte muito mais auto-suficientes. Os Estados Uni-dos, por exemplo, produzem por volta de 80% dos insumosde embalagens PET que consomem.

Nesse cenário de consumo progressivo e oferta insufi-ciente, o grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G), segundomaior produtor de fibras de poliéster e resinas PET domundo, atrás apenas da americana Voridian, anunciou planospromissores para o mercado brasileiro. Controladora daRhodia-Ster, a empresa pretende construir no Nordeste dopaís aquilo que chama de “maior fábrica de PET do mundo”.

O projeto está previsto para ser iniciado ainda este ano,na cidade de Ipojuca, a 40 quilômetros de Recife. Dele de-pende o estabelecimento de uma parceria entre o grupo ita-liano e a Petrobras, para a criação de um pólo petroquímicono Complexo de Suape (PE). O investimento total poderáchegar a 1 bilhão de dólares, e a expectativa é que sejam ge-rados entre 800 000 e 1 milhão de novos empregos na região.O plano foi anunciado em dezembro último, no Palácio doPlanalto, em cerimônia que contou com a presença dos prin-cipais executivos do grupo italiano e da ministra das Minase Energia, Dilma Roussef.

De olho no mercado nacional, que cresce 12% ao ano, enas exportações para a América do Sul, a fábrica de Pernam-buco deverá produzir 450 000 toneladas de resina PET porano. A médio prazo, a idéia da Petrobras e do M&G é am-pliar o conjunto de matérias-primas oferecidas, atendendooutros segmentos petroquímicos. Inicialmente, entretanto, a

expectativa é que a fábrica reduza o déficit co-mercial do setor brasileiro de resinas PET, esti-mado em 100 milhões de reais em 2004.

Segundo Davi Swift, gerente de marke-ting do M&G, a fábrica deverá começar

a produzir no final de 2006. Quando aplanta pernambucana estiver comple-ta, o grupo M&G terá capacidade deproduzir 1,7 milhão de toneladas deresinas PET para embalagens porano. “Não saberia dizer a capacidade

do atual líder, mas sem dúvida acredi-tamos ser possível ultrapassá-lo”, con-

clui o executivo. M&G • (11) 5502-1373 • www.rhodia-ster.com.br

EAuto-suficiente

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sumidos três anos de trabalho, cominvestimentos em pesquisas, testes emuita tecnologia”, conta Maria LúciaToro, gerente de categoria de limpa-dores da Reckitt Benckiser.

Fernando Simas, diretor da DILBrands, agência de design que desen-volveu o projeto da nova estrutura dofrasco, define como “parceria muitoprodutiva” a alentada bateria de reu-niões feitas ao longo desses três anoscom as áreas industrial e de marke-ting da Reckitt Benckiser para definirconceitos. Descontado o fato de queno período ocorreram algumas mu-danças na gerência de marketing docliente, resultando na necessidade de

novamente per-correr etapas jápassadas, ele en-tende que, dadasua complexida-de, o projeto foiconcluído emtempo “quase re-corde”.

Na verdade,foi atravessadoum longo trajetode apresentações,análises, julga-mentos e novas

28 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> ffeevveerreeiirroo 22000055

making of >>> veja

epois de mais de 35 anosmantendo o mesmo for-mato, a embalagem doproduto de limpeza Veja,

campeão brasileiro de vendas da in-glesa Reckitt Benckiser, acaba depassar por mudança tão notávelquanto a que representou para o mer-cado de home care no país seu lança-mento. A entrada do então “limpadorinstantâneo” no mercado, em 1969,não só inaugurou a categoria hoje de-nominada multiuso como estabele-ceu, com seu frasco de polietileno dealta densidade (PEAD), do tipo “cai-xa d’água”, um padrão de embala-gem que seria adotado por pratica-mente todos os produtos similaresvindos em sua esteira e também poroutras categorias, como álcool, aro-matizantes e bactericidas.

Em certo momento a ReckittBenkiser concluiu ser preciso mudaressa situação, criando por meio daembalagem um diferencial que deci-didamente distinguisse Veja no seg-mento de limpadores. “Da intençãoinicial à conclusão do projeto e à re-cém-iniciada comercialização doproduto com a nova cara foram con-

Limpador Veja estréia embalagem com formato avançado e novo rótulo

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Revista e aperfeiçoada

sugestões, de modo que a cada sessãoficava mais próximo o objetivo de sechegar a um frasco efetivamente di-ferente de todos os que disputavamespaço no varejo. Para conseguir ge-rar modelos, imagens e animaçõescom realismo, “foi fundamental ouso da mais avançada tecnologia dedesign disponível”, diz Simas, refe-rindo-se aos sofisticados softwaresAlias Studio, Alias Maya e PTC ProEngineer. O primeiro destina-se àexecução de idéias e conceitos, oMaya cria movimento em três dimen-sões e o último faz o detalhamentotécnico do modelo. Esses programas,segundo o diretor da DIL, são muitoutilizados na Europa e nos EstadosUnidos, mas ainda são incomuns noBrasil. Para se ter idéia de seu refina-mento, basta lembrar a presença doAlias Maya por trás da trilogia “OSenhor dos Anéis” e do filme“Shrek”.

Embora tivesse sob sua responsa-bilidade apenas o desenvolvimentodo projeto estrutural, a DIL Brandstrabalhou em sintonia com a agênciaencarregada do projeto visual, a Usi-na Escritório de Desenho, sob a coor-denação da Reckitt Benckiser. Du-rante os trabalhos foram sugeridas,

PROGRESSO – Àdireita, a evoluçãodo frasco de Veja noBrasil desde 1969.Acima, os itens similares lançadosna esteira do suces-so do limpador daReckitt Benckiser

FAMÍLIA – Novos frascos de Veja mantêm formato “caixa d’água”. Rótulo foi reformulado

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detectada em pesquisas – protuberân-cias na área de pega (grip), para evi-tar que escorregue das mãos duranteo uso. Outra inovação importante foia aplicação de anéis de reforço naparte inferior do frasco, o que aumen-tou sua resistência a esmagamento nahora de empilhar. Somente depois defeitos três moldes pilotos e testadosem linha 3 000 recipientes é que sepassou à fase de definição final dosrótulos. Aí, foram submetidos à apre-ciação de 800 consumidoras, comutilização da tecnologia Eye Trac-king, que monitora o olhar do obser-vador ante embalagens, reais ou vir-tuais, por câmaras ocultas. “A essaaltura sabíamos, finalmente, o que defato as consumidoras esperavam deVeja”, lembra Maria Lúcia Toro.

Para barrar que concorrentes“adotem o padrão” – eufemismo quedesigna a esteira de imitações como aque se seguiu ao lançamento do lim-pador instantâneo, a RB registrou apropriedade do formato, das cores edo desenho técnico do frasco.

por exemplo, alternativas de rotula-gem – in-mold, termoencolhível eauto-adesivo – em substituição à seri-grafia. Foram descartadas em funçãodos custos, já que, de acordo comMarina Sanchez, diretora de atendi-mento da DIL, “qualquer acréscimo,por mínimo que fosse, resultaria emsomas altas”. Seria assim devido à al-tíssima produção dos frascos de Veja,feita numa planta in-house instaladapela Logoplaste na fábrica da ReckittBenckiser em São Paulo, maior uni-dade da empresa no mundo.

Aliás, a velocidade de linha exigi-da para a produção do multiuso foi omotivo pelo qual não foi adotada asugestão de uso de três cores no rótu-lo, já que a operação adicional atrasa-ria o andamento dos trabalhos. Noentanto, a idéia foi acatada para asdemais variantes da linha Veja, queutilizam frascos em cores diferentes ecujos volumes são bem menores. Acor introduzida foi o azul do logoti-po, que dá unidade de comunicação atoda a linha. No frasco do multiuso,originalmente azul, essa cor no logo-tipo é obtida por efeito de vazamen-to. A tampa vermelha, de formato ar-redondado (tipo flip top no multiu-so), foi mantida como equity da mar-ca em toda a linha.

Antes de chegar-se ao modelo fi-nal, foi aprovado o perfil de um fras-co ainda mais arrojado, descartadopelas mesmas razões técnicas e decusto. Além do perfil diferenciado,estruturalmente o frasco que está nomercado apresenta – em resposta auma expectativa das consumidoras

ESTRUTURA – A base ganhou anéis dereforço; área de pega recebeu protuberâncias

OPÇÕES – Softwares avançados permitiramcriar diversas alternativas de frascos

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30 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> ffeevveerreeiirroo 22000055

Os investimentos em etiquetas inteli-gentes e outros sistemas desenvolvi-dos para a tecnologia RFID, quepermite comunicação por rádio-fre-qüência entre produtos e profissio-nais, já fazem parte do orçamentoda maior parte das grandes compa-nhias de varejo, distribuição e logís-tica. É o que diz uma pesquisa feitapela auditoria e consultoria Delloite,em conjunto com o Retail SystemsAlert Group.O estudo, feito com base em noventagrandes grupos empresariais de todoo mundo, revelou que 25% das em-presas com faturamento anual supe-rior a 5 bilhões de dólares já inves-tem entre 500 mil dólares e 10 mi-lhões de dólares anuais em projetospara adotar etiquetas dotadas dechips desenvolvidos para a tecnolo-gia RFID. Ademais, cerca de 70%das empresas entrevistadas acredi-tam que a tecnologia ajudará a incre-

RFID é apenas uma questão de tempo

mentar o faturamento, principalmenteao reduzir as perdas relacionadas aerros humanos. Nesse sentido, ostécnicos da Delloite acreditam na ten-dência de os processos de gerencia-mento da cadeia logística tornarem-se cada vez mais automatizados. Aconsultoria conclui o estudo preven-do que a percepção maciça dos be-nefícios proporcionados pela tecnolo-gia RFID nos processos de negóciosé apenas “uma questão de tempo”.

Pronta para a arrancadaNo momento em que o mercado derótulos termoencolhíveis no Brasil dásinais de que a arrancada para aampliação do uso desse tipo de de-coração efetivamente começou,atraindo inclusive fornecedores es-trangeiros de equipamentos de en-colhimento, indústrias nacionais tra-tam de dar as caras com mais cons-tância. É o caso da Mitri Ind. e Co-mércio, de Pederneiras (SP), cujo di-retor, Paulo A. Lincoln Jr., prometeanunciar novos lançamentos nospróximos meses.Especializada em sistemas de enco-lhimento de rótulos e lacres, a em-presa, fundada em 1984, fornecepara usuários de embalagens de va-riados formatos e materiais (PP,PVC, |PAD, PET, vidro e metais).Segundo Lincoln Jr., a Mitri faz des-de o planejamento até a aplicaçãodos rótulos, além de projetar equipa-mentos sob medida. Entre produtoscujos rótulos foram encolhidos termi-camente em equipamentos da em-presa, destacam-se a linha de pro-dutos de toucador infantil Pooh, oSapólio Radium, o achocolatado Ga-rotada, da Garoto, o café 3 Cora-ções e as maioneses Maria e Hell-mann's.

Mitri (14) 3283-3200/3252-3977www.mitri.com.br

A americana B&H Labeling Systems,de Ceres, na Califórnia, está come-morando o grande interesse que suamais nova máquina da família de ro-tuladoras Marathon, a Marathon XL,teria alcançado ao ser apresentadana Pack Expo, recentemente realiza-

Rotulagem com menos perdasda em Chicago, nos Estados Uni-dos. O sistema de rotulagem Mara-thon XL possui um controle servo-motor digital multiaxial (Smart Drive),“de fácil operação, ideal para máqui-nas rotativas complexas, apresen-tando perdas inferiores a 0,05%”,

segundo o fabricante.Construído em plata-forma modular, oequipamento opera àvelocidade de até 650recipientes de 240mla 3 litros por minuto.O Smart Drive utilizaservomotores inde-pendentes que se co-municam digitalmente,sincronizando as ope-rações de rotulagem.

B&H Labeling [email protected]+ 1 209 537 5785

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Narita reúne clientes no �2º Encontro Rotulando com BOPP e PVC�No dia 26 de janeiro, profissionaisde mais de 150 empresas ligadas àcadeia de rotulagem tiveram aoportunidade de participar de umevento diferente. A Narita, fabri-cante de rotuladoras, organizouum misto de feira e congressona sua sede, em São Bernardodo Campo (SP), para mostrar aalguns de seus clientes atuaise potenciais dois equipamentosem operação: a Roll Label, apli-cadora de rótulos de BOPP, e aContour, rotuladora para ter-moencolhíveis. Esta última es-tava aplicando rótulos em latasde alumínio de duas peçaspara refrigerantes – um merca-do com grande potencial decrescimento entre os fabricantesregionais de bebidas carbonatadas.Batizado de “2º Encontro Rotulandocom BOPP e PVC” (o primeiro

ocorreu no final de 2004, no Para-ná), o evento deu aos convidados aoportunidade de assistir a palestrassobre temas como adesivos, filmes

e a importância mercadológica darotulagem adequada. Além dissopossibilitou o contato, numa exposi-ção com mini-estandes, com

fornecedores das cadeias produ-tivas às quais pertenciam osconvidados – fabricantes de re-frigerantes, águas minerais, su-cos, material de limpeza e cos-méticos, entre outros.Apoiaram o evento as seguintesempresas fornecedoras: Vitopel(filmes de BOPP), Polyimport(preformas), Henkel (adesivos),Poligel, Destacal, Rot Pet, SolPP e Plásticos Scipião (rótulos),Latapack (latas de alumínio),CLG Garreta (sopradoras) e aCervejaria Belco (terceirizaçãode envase de latas).

Narita(11) 4352-3855www.narita.com.br

POTENCIAL – No Encontro, rótulos termoen-colhíveis estavam sendo aplicados em latas,solução promissora em tiragens menores

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Estávamos à procura de uma revista onde pudéssemos anunciar com a cer-teza de que seria uma mídia de credibilidade, e que esse investimento pudes-se nos trazer algum tipo de retorno. Fizemos uma pesquisa minuciosa nomercado e chegamos à conclusão de que apenas uma delas iria correspon-der à nossa real necessidade. Conhecemos EmbalagemMarca quando aindaestava no começo de vida e, pelo que vimos em suas primeiras edições, jásabíamos que aquela revista seria um grande sucesso. Apostamos nesse su-cesso e acompanhamos todo o esforço e dedicação de todos responsáveispelo crescimento da revista, e hoje formamos uma grande parceria.

A revista EmbalagemMarca tornou-se uma refêrencia no setor de embala-gens, com informações sérias, que movimentam o mercado, possibilitandoassim a projeção de empresas e principalmente gerando negócios. É umarevista que abre espaço ao leitor, é de fácil leitura e boa diagramação – epode ser lida por qualquer pessoa, pois é de fácil entendimento, com lingua-gem simples porém muito objetiva. É muito gratificante saber que hoje pode-mos contar com uma parceria de quem é líder de mercado e principalmentecom pessoas que fazem um trabalho sério e de muita competência.

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que recolheu o perfil por amostragem dosconsumidores de pizza delivery e take-awayde São Paulo. Descobriu-se, por exemplo,que 50% deles têm entre 10 e 29 anos.

Para conquistar este público, a OneMí-dia aposta no impacto e na beleza

das embalagens. SegundoKlabin, “100% das campanhasterão motivos alegres, e nunca

concorrerão com as pizzarias –como redes de fast-food”. A impressão da caixa, com dimen-

sões de 38cm X 38cm, é feita em off-setcom 4 a 6 cores e revestimento em vernizcom protetor próprio. O papel cartão canela-do é produzido com 100% de fibras virgens,já que a legislação não permite o contato dealimentos com papel reciclado. O processo defabricação é protegido internacionalmente.

No Brasil, entretanto, já apareceram ou-tras ações publicitárias que aproveitaram osuporte. No ano passado, a DM9DDB utili-

zou, para o alvejante Clorox, a idéia deintroduzir entre pizzas e suas

embalagens um papel espe-cial impresso com tinta UV.O calor e a umidade da cai-

xa faziam com que fosse reve-lada para o consumidor a imagem

do produto, acompanhada do texto:“Se acontecer com sua roupa o que

aconteceu com este papel, use Clorox.”A primeira fase de implantação da Pizz-

Boxx no Brasil consumiu 700 000 reais. Aprevisão inicial é de que 2,8 milhões de cai-xas sejam distribuídas por mês, a partir de fe-vereiro, atingindo cerca de 9 milhões de pes-soas. Depois, o sistema será expandido paracapitais como Rio de Janeiro e Porto Alegre,e poderão ser desenvolvidas campanhas espe-ciais com sampling nas caixas – brindes comoCDs, vales e cupons para concursos.

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alimentos >>> marketing

cidade de São Paulo, conhecidacomo uma das capitais mundiaisda gastronomia, tem mais de 7 000pizzarias que entregam 45 840

pizzas por hora. Graças à parceria entre oempresário brasileiro Bernardo Klabine o Grupo Tubus, de Portugal, sur-ge dentro desse mercado a empre-sa OneMídia, que representa noBrasil a idéia de vender publici-dade em caixas de pizza.

A novidade chega aqui seisanos depois de ser lançada na Europa.A primeira campanha da PizzBoxx foi fei-ta em 1999 para o programa Big Brother, daTV alemã RTL2. Desde então, marcas comoSony e Esso têm utilizado a estratégia.

Empresas brasileiras de qualquer área po-derão estampar anúncios de produtos eserviços nas caixas e oferecê-las gratuitamen-te às pizzarias, que reduzem custos. Até ago-ra, foram firmados acordos com 2 000 estabe-lecimentos da Grande São Paulo, com inter-mediação feita pela OneMídia. Asagências de publicidade tambémtêm sido muito receptivas à idéia.

A Klabin nada tem a ver com onegócio. “Ela é fornecedora”.esclarece Klabin. “Trabalhamoscom algumas gráficas e pedimos queelas utilizem papel Klabin, pela altaqualidade, por serem de reflorestamento”.

O alto impacto deste tipo de propagandase deve ao fato de ela chegar diretamente àcasa do público-alvo em um momento em queele está muito receptivo. Da entrega à últimamordida, a caixa fica, em média, 20 minutosem exposição direta com o consumidor.

Outra vantagem é a possibilidade de se fa-zer campanhas temporárias e segmentadas.Para isso, foi encomendado um estudo demercado à empresa de consultoria VMBC,

Embalagens do alimento debutam como nova mídia para propaganda

A

Publicidade também p0de acabar (ou começar) em pizza

BELEZA E IMPACTO -Novo suporte promo-cional chega a nove

milhões de paulistanos

OneMídia(11) 4688-2282www.onemidia.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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latas de aço o milho verde e as ervilhas em re-cipientes de vidro de 310 gramas, da Owens-Illinois.

De acordo com o gerente de marketing daempresa, Odilon Roberto Oliviéri, pesquisasfeitas pela empresa apontaram um problemaque as donas-de-casa enfrentavam na gôndo-la do supermercado: não conseguiam visuali-zar o conteúdo ao comprar legumes acondi-cionados em latas. “A transparência do vidroresolve essa questão, já que o consumidorpode conferir na hora o que está levando”,ressalta Oliviéri. Ele aponta ainda outrosdiferenciais do produto da Olé, como a tampade fácil abertura e o fato de não haver simila-res no mercado nacional. O diretor de marke-ting da Olé observa que em lojas de importa-dos existem algumas marcas de legumesacondicionadas em vidro, “mas com preçosexorbitantes”. As tampas abre-fácil são pro-duzidas pela Metalgráfica Rojek, e os rótulossão impressos pela Mack Color.

Sofisticação e exclusividadeNa área de bebidas destiladas, surgem oportu-nidades para a criação de garrafas sofisticadas– e exclusivas, como a da vodca da vinícolaChâteau Lacave. Após mais de dois anos deestudo, a Família Basso, proprietária da em-presa desde 2002, está ampliando a família deprodutos da marca com o lançamento da Vod-ka Cristal. A bebida apresenta cor cristalina etem graduação alcoólica de 40%. O destaquedo lançamento é a garrafa de 1 litro, forneci-da pela Saint-Gobain Vidros. Com design di-ferenciado, a embalagem tem o desenho irre-gular e o brasão da empresa em alto relevo. Adecoração, feita diretamente na garrafa pelosistema ACL (Applied Ceramic Label), ficoua cargo da Deda Decorações. A tampa plásti-ca de rosca (roll–on) é da Tapon Corona. Odesenho da embalagem foi desenvolvido peloStudio Design Imagem + Comunicação.

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materiais >>> vidro

a constante corrida entre os mate-riais pela conquista de novos mer-cados de embalagens, o vidro viuseus resultados crescerem 5% em

2004 e prevê dobrar a alta neste ano. Comessa meta estabelecida, o setor vidreiro dá no-vos passos em 2005 para se consolidar emmercados onde já é predominante, como a in-dústria de bebidas destiladas, aposta em áreasonde outros materiais ainda predominam,como a de águas minerais, e busca espaço emnichos dominados por outros tipos de emba-lagens, como o de legumes. Nesta reportagemsão apresentados alguns recentes lançamen-tos que ilustram a movimentação do setor vi-dreiro e, em seguida, o investimento daWheaton em salas limpas para disputar não sóo mercado interno de frascos para medica-mentos, mas também o externo, com reci-pientes assépticos para cosméticos.

Milho e ervilhas à vistaUm mercado pouco afeito a mudanças na áreade embalagens está começando a engatinharpara uma novidade significativa. Pela primei-ra vez no Brasil, legumes são acondicionadosem potes de vidro. O pioneirismo coube àConservas Olé, que acrescenta à sua linha de

Setor vidreiro age para consolidar mercados e tomar fatias de rivais

N

Avanço em novas áreas

FOTO

S:

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ULG

AÇÃO

LEGUMES – Pela primeira vez em vidro no Brasil

Por Flávio Palhares

SISTEMA ACL – Paradiferenciar a garrafada Vodka Cristal,a gravação foi feitadiretamente no vidro,pelo sistema ApliedCeramic Label

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Espírito carioca para europeusNa generalizada tendência dos produtores decachaça de tentarem exportar a bebida, a Per-nod Ricard mirou logo o alvo externo e,aproveitando a coincidência da data com onome, lançou em janeiro a cachaça premiumJaneiro na Alemanha, em Portugal e na Fran-ça. Obviamente, não descuidou do públicointerno, responsável por um volume de con-sumo que coloca a cachaça como uma dasbebidas mais consumidas no planeta: a Janei-ro está à venda também em bares e pontos tu-rísticos do Rio de Janeiro, outra das fontes deinspiração da marca e símbolo do próprioBrasil no imaginário de grande parte da po-pulação da Europa, principal foco de entradada nova bebida.

O objetivo é conquistar a liderança docrescente mercado de aguardente fora doBrasil dentro de três anos. É um alvo tenta-dor: as exportações de cachaça aumentaram14% entre 1999 e 2003 e 13% no ano passa-do. Para atingi-lo, a empresa direcionou oproduto para um campo em que, mais do quea própria cachaça, a forma de consumo temforte apelo: a bebida foi especialmente desen-volvida para a preparação de caipirinhas. AJaneiro é ligeiramente envelhecida, o que lheconfere a cor levemente amarelada.

Nesse lançcamento, a Pernod Ricardaposta em ícones da Cidade Maravilhosa. A

embalagem da Janeiro faz re-ferências estilizadas a algunsdos cartões postais do Rio: operfil da garrafa de 700ml, fa-bricada pela Owens-Illinois, éinspirado no Pão de Açúcar, e

as ondas do calçadão dapraia de Copacabana apa-recem através de um jogode transparências forma-do pelo conjunto de rótu-los (frontal, contra-rótulo

e rótulo lateral) de polipropileno, desenvolvi-dos pela Prodesmaq. No rótulo frontal apare-ce, em português, a assinatura “O espírito ca-rioca”. O design foi desenvolvido pela UsinaEscritório de Desenho.

Água com valor agregadoDepois de uma experiência bem sucedidacom a água mineral aromatizada First Waterem garrafas de PET, a Indústrias ReunidasTatuzinho 3 Fazendas investe agora na sofis-ticação do produto, com a água carbonatadaaromatizada First Slim em garrafas de vidrode 330ml.

De acordo com o C.E.O. da Tatuzinho,Cesar Rosa, a First Water, uma água lançadahá três anos, sem grandes investimentos, paraque a empresa começasse a entender o mer-cado de águas minerais, continua tendo boaaceitação. Mas, ele ressalta, para alcançar onovo público pretendido pela empresa, mu-lheres de alta renda, era preciso agregar valorao produto. “Pesquisas realizadas pela em-presa mostraram que as mulheres de alto po-der aquisitivo têm certa rejeição à garrafa dePET para águas minerais”, explica o executi-vo. Daí, a idéia de lançar uma nova água emgarrafas de vidro, mais sofisticadas, produzi-das pela Owens-Illinois, com perfil sinuoso ecor especial (azul cobalto). As tampas dasgarrafas, produzidas pela Alcoa, sãorosqueáveis, e os rótulos auto-adesivos,feitos de polipropileno, são impressos pelaSetprint Tecnologia Digital.

Alcoa Alumínio(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Deda Decorações(41) 399-2817

Mack Color Etiquetas Adesivas(11) 6195-4499www.mackcolor.com.br

Metalgráfica Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

Owens-Illinois (11) 6542-8000www.cisper.com.br

Prodesmaq(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

Saint Gobain Vidros(11) 3874-7988www.saint-gobain-vidros.com.br

Setprint(11) 2133-0007www.setprint.com.br

Studio Design(54) 202-2020www.studiodesign.com.br

Tapon Corona(11) 3835-8662www.tapon-corona.com.br

Usina Escritório de Desenho(11) 5571-6788www.usinadesenho.com.br

CARTÕES POSTAIS – Na marca,no formato da garrafa e nosrótulos foram usados íconesdestinados a evocar na imaginação do consumidorpontos turísticos do Rio

VALOR AGREGADO – Asofisticação direcionada

a mulheres de alta renda

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minados durante o processo”, observa a ge-rente de marketing Marta de Oliveira Brago-lin. Ela informa também que a área de deco-ração acaba de ser separada, passando a ope-rar, sob o nome Wheaton Decor Ltda., comounidade prestadora de serviços à própria em-presa e a terceiros.

Nas salas limpas, instaladas pela tradicio-nal fornecedora do setor farmacêutico Divisa,a pressão é positiva, de modo que não há pos-sibilidade de entrada de partículas no ambien-te, explica o diretor industrial da empresa,Edison José Toporcov. Para garantir que osprodutos sejam despachados com assepsia to-tal, os funcionários que trabalham no localvestem toucas, pantufas e aventais esteriliza-dos e descartáveis.

Além dessas medidas, antes de serem pa-letizados com filmes termoencolhidos os fras-cos passam por máquinas de sopro, a fim degarantir que em seu interior não haja partícu-las de espécie alguma, dispensando essa ope-ração por parte dos clientes. Os recipientes,inclusive os de cosméticos, chegam às linhasde enchimento prontos para uso.

Com as instalações recém-inauguradas,nas quais foram investidos 6 milhões de reaisem seis meses, e com a implementação de

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processos >>> salas limpas

entro da movimentação generali-zada da indústria vidreira para ga-nhar espaço, a Wheaton não deixapor pouco em termos de empenho

na proteção e na ampliação de seus mercados:está investindo pesado para ser não só a maiorprovedora nacional de frascos para produtosfarmacêuticos, cosméticos e de perfumaria,mas almeja também o mercado externo.“Queremos ser um fornecedor interna-cional, e temos qualidade e preçoscompetitivos para isso”, afirma RenatoMassara Jr., diretor comercial da em-presa que, hoje com capital 100% na-cional, acaba de adotar a razão socialWheaton Brasil Vidros Ltda., em substi-tuição a Wheaton do Brasil.

A mais evidente ação com vistas aocredenciamento que lhe garanta a con-quista daquelas metas é a recente inau-guração de salas limpas, climatizadas,em cinco linhas dedicadas à produçãode frascos para fármacos, em seis li-nhas de embalagens para perfumes ecosméticos e em toda a linha de deco-ração. “De nada adiantaria esterilizaros frascos se a área de decoração nãofosse fechada, pois eles seriam conta-

Wheaton instala salas limpas até na linha de decoração de frascos

D

Valor agregado sem sujeira

FOTO

S:

AN

DR

É G

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CUIDADO TOTAL – Em todas as fases do processo é obrigatório o uso de protetores

SEM PARTÍCULASCom pressão positivanos ambienteslimpos, frascos comoo do perfume LuizaBrunet também serãofornecidos comassepsia total

DIV

ULG

AÇÃO

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42 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> ffeevveerreeiirroo 22000055

práticas adequadas de produção, ou GoodManufacturing Practices (GMP), o processode sala limpa da Wheaton, segundo seu dire-tor comercial, “supera tudo o que existe atéem nível internacional, especialmente na par-te de cosméticos”. Isso se deve, de acordocom Massara, ao crescente nível de exigênciada indústria usuária, que estaria sendo maisrigoroso que o do próprio setor farmacêuticoe cujos padrões de qualidade seriam superio-res ao de marcas de renome internacional.

A força da cosmecêuticaNa verdade, considerando-se vários lança-mentos de grande impacto registrados em me-ses recentes, tem-se a impressão de que osetor, no Brasil, está de certa forma à frentede muitos países na tendência da cosméticade afirmar-se como ciência, inclinação quegerou até um neologismo. É a cosmecêutica,onde produtos com penetração no organismoou com atividade biológica são diferenciadosde simples cremes ou loções.

Para a indústria brasileira, há uma agra-vante: mais que as grifes mundiais, as marcasnacionais precisam demonstrar alto padrão deexcelência para ganhar os consumidores ca-pazes de pagar por produtos de maior valoragregado. De olho também no cobiçado mer-cado externo, elas necessitam oferecer produ-tos com apelos além daquele dos poderes cu-rativos e preventivos à ação do tempo conti-dos nas matérias-primas extraídas da incom-parável biodiversidade brasileira. O acondi-

cionamento desses produtos em recipientesassépticos complementa o atendimento dessanecessidade. Ademais, a qualidade do vidroprecisa ser indiscutível e equiparar-se ao quehá de melhor no mercado mundial – “o que jáfoi conseguido”, segundo o diretor da Whea-ton. “Dada a imagem não muito boa que con-solidou no passado, o Brasil precisa se provarsempre”, ele constata.

Na opinião de Massara, isso vem sendoatingido “até além do esperado”. Ele recordaque o primeiro passo para atender a exigênciade produção em salas limpas foi dado há unsdez anos, com o uso de filmes stretch paraacondicionar os lotes de frascos de medica-mentos, em lugar de caixas de papelão. As sa-las limpas passaram a ser instaladas num se-gundo momento, e hoje constituem um dife-rencial de agregação de valor também em in-dústrias de alimentos.

No caso específico da Wheaton, que apóso Plano Cruzado “teve de se puxar pelos pró-prios cabelos para sair do buraco em que caiuante a concorrência dos importados a baixopreço”, o atual momento é de comemoração,e os investimentos, “fruto de um bom ano”.Tanto que a instalação das salas limpas, pro-gramada para ser concluída em dois anos, fi-cou pronta em seis meses. Por “bom ano”leia-se um faturamento 36% maior em 2004em comparação com 2003 na área de embala-gem e de 29% no conjunto, ao qual se soma adivisão de objetos de mesa.CICLO COMPLETO – As linhas de decoração também são fechadas, o que é incomum

PRÉ-SOPRO – Antes de serem acondicionados com filmes termoencolhidos, os frascos passam por sopradoras, chegando às linhas de enchimento prontos para uso

Divisa Engenharia(11) 4714-2521www.divisa.eng.br

Wheaton (11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

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Natal gordo...Especializada em papéis espe-ciais, a Fine Papers ampliou em28% suas vendas durante ostrês últimos meses do ano. Seforem considerados todos os tri-mestres de 2004, o crescimentofoi de 17% na comparação com oano anterior.

Ano-novo finoPara Tatiane Féo, gerente demarketing da empresa, o aumen-to das vendas na época natalinaresulta do aquecimento do con-sumo de embalagens para produ-tos sofisticados. Este ano, a exe-cutiva prevê crescimento de 30%no mercado de papéis especiais.

Cartão: consumo cresce...Confirmando a tendência do setorde papel e celulose de destinarmaior parte de sua produção aomercado interno, a Suzano esti-ma ter fechado 2004 com redu-ção de 37% nas exportações depapel cartão. Ao todo a empresavendeu lá fora no ano passadoaproximadamente 59 000 tonela-das do material, ante 81 000 to-neladas em 2003.

Exportações caemA redução seria resultado da es-tratégia de trabalhar com produ-tos de maior valor agregado efoco na demanda local, que au-mentou sensivelmente depois deum 2003 recessivo. Neste ano aexpectativa da Suzano é que asvendas de papel cartão no mer-cado interno cresçam 13%. O im-pulso deverá ser dado pelos seg-mentos de bebidas, alimentoscongelados e sorvetes.

Voluntariado mirimA Votorantim Celulose e Papel(VCP) realizou uma série de ini-ciativas sociais com alunos de es-colas públicas de Capão Bonito(SP). Numa delas foi elaboradoum concurso de redação cujosvencedores ganharam um micro-computador e uma máquina foto-gráfica digital. Já numa iniciativacom a Polícia Ambiental de Itape-tininga (SP), a empresa formouguardas ambientais mirins.

A Adobe anunciou a data da segun-da edição da Acrobat Conference,apresentação sobre PDF (Formatode Documento Portátil, na sigla eminglês) considerada a mais impor-tante da América Latina. O eventoacontecerá no dia 14 de abril de2005, na Câmara Americana de Co-mércio (Amcham), em São Paulo, edeverá reunir consultores especiali-

zados no Adobe Acrobat 7, softwaredestinado à tecnologia PDF. Umdos objetivos será debater formasde agilizar a troca de dados, docu-mentos e o fluxo de trabalho numambiente corporativo. A primeiraedição do evento, realizada em2004, reuniu 150 participantes. www.adobe.com0800 16 1009

Evento para interessados em PDF

O profissional gráfico que visitar aAlemanha este ano tem no sho-wroom da KBA – Koenig & BauerAG, uma das principais fabricantesde impressoras do mundo, uma óti-ma chance de ficar em dia com a úl-tima palavra em pré-impressão e off-set digital para pequenos formatos.Localizado na cidade de Radebeul eplanejado para que os clientes dis-cutam seus projetos com equipes deconsultores, o espaço agora reúnetodas as novida-des apresentadaspela empresa naDrupa 2004. Aotodo, cinco im-pressoras Rapi-

da, principal família de produtos daKBA, foram instaladas no novo cen-tro de serviços e atendimento aoconsumidor. Elas podem ser usadaspara produção de rótulos, embala-gens flexíveis e semi-rígidas. Umdos destaques é o modelo 105-10SW5, que trabalha no formato 72cmx 105cm, e oferece troca de chapatotalmente automática.

www.kba-print.com(11) 6121-5277

Drupa 2004 ainda repercute

Atenta ao crescimento das gráficasde pequeno porte, a Heidelberg estádivulgando as vantagens de um deseus produtos voltados a esse seg-mento, a Printmaster QM 46. O equi-pamento pertence à categoria de pe-quenos formatos (imprime em subs-tratos de até 35cm X 50cm), e é indi-cado para impressão em duas cores,embora também possa produzir emquadricromia, com ou sem aplicaçãode pantone. A impressora também éequipada com comando digital quegerencia funções de impressão emanutenção, e dispositivos de lava-gem automática de blanquetas e au-toplate (sistema de carregamento au-

tomático de chapas).

www.heidelberg.com.br(11) 5525-4500

Sintonizada com a força dos pequenos

Page 45: Revista EmbalagemMarca 066 - Fevereiro 2005

Adeptos da teoria de que nomundo do design gráfico boasidéias podem ser substituídas poroutras bem menos criativas, masapresentadas com linhas, contor-nos, jogos de sombra, texturas,cores e outros detalhes de acaba-mento cuidadosamente trabalha-dos, quatro profissionais do setorse uniram para escrever o livro“ABC do Rendering”. Lançada emdezembro pela Editora Infolio, aobra reúne extensa galeria de ima-gens, e busca discutir a coexistên-cia das técnicas de representaçãomanual e digital, mostrando que odesenho feito à mão ainda tem es-paço nos cada vez mais informati-zados departamentos de criação.Além disso, o livro, como o nomeindica, traz dicas práticas sobrerendering, termo que no jargãodos profissionais de design deno-

Aula prática e teórica sobre renderingmina o conjunto de técnicas de re-presentação destinadas a comuni-car visualmente o maior número deinformações sobre determinado ob-jeto, simulando muitas vezes a rea-lidade. Os autores são os desig-ners Marcelo Castilho, EricsonStraub, Paulo Biondan e Hélio deQueiroz.

Especializada em embalagens semi-rígidas de cartão duplex e triplex, aÁpice Artes Gráficas recentementeadquiriu uma nova Roland 706 comverniz. A máquina deverá ser usadapara produzir cartuchos cartonadoscom até seis cores e necessidadede verniz on line.Segundo o gerente de finanças daÁpice, Sérgio Rodrigues, a novamáquina permitirá reforçar a atua-ção da empresa em mercados comoo de alimentos semi-prontos, higie-

ne e limpeza e eletroeletrônicos. A Roland 706 com verniz é uma im-pressora formato 740 X 1 040mm,com velocidade de 16 000 fo-lhas/hora. O equipamento operacom cartão de até 1mm de espessu-ra e, segundo a IPP, empresa que ovendeu à Ápice, possui sistema deaplicação de verniz através de raclede câmara, dispositivo que “intensifi-ca o brilho dos trabalhos”.

www.apice.ind.br(11) 4221-7000

Papel cartão no ápice com Roland 706

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46 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> ffeevveerreeiirroo 22000055

Marcas próprias

A LatinPanel, empresa especializada

em pesquisa de consumo, concluiu, a

partir do seu Painel Nacional de Consu-

midores, que realiza anualmente 340

mil entrevistas, que as classes ABC são

responsáveis por 77% das vendas das

marcas próprias. A pesquisa revela que

o consumidor dessas marcas concen-

tra-se no Estado de São Paulo, faz as

compras desse produto com regularida-

de e é mais fiel aos canais de compra.

Alcan chega à Rússia

55 milhões de dólares. Esse é o investi-

mento que a Alcan Inc. fará para entrar

no mercado de embalagens da Rússia,

seguindo a proposta da empresa de se

instalar em países em desenvolvimen-

to. Serão construídas duas indústrias

nas regiões de Moscou e São Peters-

burgo, que começarão a produzir até

abril de 2006.

Agroevolução

O sistema brasileiro de destinação fi-

nal de embalagens usadas de defensi-

vos agrícolas recolheu 13 710 tonela-

das de recipientes entre janeiro e no-

vembro de 2004, índice 91,9% superior

ao do mesmo período de 2003 (7 144

toneladas). Quem informa é o inpEV –

Instituto Nacional de Processamento

de Embalagens Vazias, gestor do pro-

grama.

Beleza pura

A britânica Rexam inaugurou no início

de dezembro, em Jundiaí (SP), sua nova

fábrica de embalagens para o setor de

cosméticos da unidade Rexam Beauty

Packaging. Com a nova fábrica, que

custou R$ 8 milhões, a empresa irá

aumentar em 60% a capacidade de pro-

dução até o fim do primeiro trimestre

de 2005, passando a processar 160

toneladas de resinas por mês.

Braskem investe em PVC

A Braskem irá investir cerca de R$ 90

milhões em 2005 na sua unidade de

PVC de Marechal Deodoro (AL). Ela

poderá fabricar até 250 000 toneladas

anuais da resina, 50 000 a mais que sua

atual capacidade.

Atuando nos mercados de pré-for-mas e garrafas PET, latas de alumí-nio para bebidas e tampas plásticas,o grupo Crown lançou um novowebsite brasileiro. A página reúne asduas divisões da empresa (produtosmetálicos e plásticos), trazendo refe-rências da Petropar Embalagens,que atua na injeção e sopro de pré-formas, e a Crown Tampas, compa-nhia ligada ao grupo conhecida porfornecer sistemas de fechamentopara embalagens, como flip-top,child resistance e tamper evidence.“A criação do novo site faz parte denossos investimentos em pesquisa etecnologia, com os quais buscamos

um parque industrial moderno e comgrande capacidade de inovação”, dizAdriana Scanavaca, que atua naárea de desenvolvimento de merca-do e negócios da empresa.

(11) 5054-4000www.crowncork.com.br

Crown põe todas divisões na web

Os inspetores eletrônicos não serãomais os únicos equipamentos benefi-ciados pelo Teleservice, ferramentade suporte à distância da Krones. Osistema agora está disponível opcio-nalmente para outras máquinas,como sopradoras, enchedoras e ro-tuladoras, permitindo que manuten-ções possam ser feitas sem que umtécnico esteja na planta do cliente.Como toda a comunicação é feitapor computadores, a Krones defendeque o atendimento é mais rápido e otempo de parada das máquinas, me-nor. Outra vantagem da solução dizrespeito aos ganhos de monitora-mento. Com o Teleservice, um técni-

co da Krones permanece conectadoao equipamento do cliente, podendo“detectar eventuais falhas de manei-ra mais ágil e precisa”, afirma a as-sessoria de imprensa da empresa.

(11) 4075-9500www.krones.com.br

Suporte eletrônico expandido

As novas enchedoras de barris daKHS Till já estão funcionando naFuller Smith & Turner, uma das

maiores cervejarias do Reino Unido.Uma das grandes vantagens dosequipamentos é a velocidade. Asmáquinas processam por hora até280 barris de chope 30, 50 ou 58litros. A tecnologia utiliza um con-trole de volume e fluxo que assegu-ra enchimento e pressurização adequados, além de lavar e organizar os recipientes.www.khs-till.de

Nova tecnologia para barris

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Produzindo de filmes técnicos paraembalagens de laboratórios e indús-trias químicas a polietileno (PE) comaditivo ultravioleta empregado emestufas agrícolas, a Sincoplastic pre-vê vender 24 milhões de reais nesteano, 9,6 milhões de reais a mais queo movimento de 2004. Para alcançara meta, a em-presa investiu1,2 milhão dereais na reestru-turação e aquisi-ção de equipa-mentos, amplian-do a capacidadeinstalada de 2 250toneladas para 2 640 toneladas deplástico transformado por ano (au-mento de 40%). Atualmente, as pe-troquímicas Braskem, Politeno e Po-lietilenos União fornecem 80% de to-das resinas usadas pela Sincoplas-tic. O restante é comprado indireta-mente, via distribuidores. A principalmatéria-prima dos filmes plásticos

produzidos pela empresa é o polieti-leno, consumido nas versões comdensidade baixa, alta e baixa linear(PEAD, PEBD e PEBDL). Tendocomo principais clientes laboratóriose indústrias químicas, a Sincoplasticplaneja maior concentração no setoralimentício, onde os filmes plásticos

extrudados em suafábrica podem serusados para empa-cotamento automá-tico de embalagenspaletizáveis, alimen-tos in natura e con-gelados. Neste ramo,a principal cliente é a

Braslo, fornecedora decarnes e pães para a rede McDo-nald´s. A Viton, área de embalagensplásticas da fabricante de frascos devidro Wheaton, e o Frigorífico Inde-pendência também são clientes daSincoplastic.

(11) 5821-4029www.sincoplastic.com.br

Flexíveis de PE especial em alta

Um novo equipamento para inspeçãoe controle de qualidade de produtosacondicionados foi lançado pelaLoma, empresa representada pelaSunnyvale no Brasil. É o Raio X Sig-net, com grau de proteção IP 55, quedetecta metais, pedras, vidros, plásti-cos densos, ossos e cerâmicas.Além de design inovador, tem siste-ma de refrigeração interno que dis-

pensa o uso de ar comprimido.(11) 3048-0147www.sunnyvale.com.br

Sunnyvale traz novidade em inspeção

Especializada em pesquisas, le-vantamentos e demais informaçõessobre o mercado de embalagens, aDatamark está lançando no Brasilo Cost Drivers, serviço destinado amonitorar a evolução dos custos deembalagens prontas e seus insu-mos. Desenvolvida para a área desuprimentos de fabricantes debens de consumo e de embala-

gens, a ferramenta pode ser usadapara planejamento de orçamento,trazendo “controle de custos, obje-tividade nos relacionamentos B2Be identificação potencial para subs-tituição de materiais de embala-gens”, diz Graham Wallis, diretorda empresa.

(11) 2162-1790 www.datamark.com.br

Força para o departamento de compras

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As linhas de sucos SunlandPlus e Goa, da belga Sunny-land, acabam de ser lançadasem garrafas de PET com atampa Plasti-Twist de 33mmde diâmetro, da Amcor WhiteCap. Está nos planos daSunnyland estender o usodesse sistema de fechamentoàs demais linhas de sucos queproduz, todas acondicionadasem garrafas feitas in-house e

que estão substituindo gra-dualmente as embalagens car-tonadas assépticas utilizadasanteriormente. Segundo a em-presa, desde a migração deembalagem suas vendas au-mentaram 18%. A Plasti-Twistde 33mm é uma tampa de duaspeças feita de polipropileno(PP), com liner para garantirbarreiras.www.amcorwhitecap.com

Tampa ajuda a vender mais

Para diferenciar seu licor de maracujáPassoã, a Rémy Cointreau entregou àSleever International a tarefa de decorar agarrafa de vidro do produto, de formatosingular, com um rótulo termoencolhívelde alto apelo premium. “A garrafa angulardo Passoã foi um dos formatos mais com-plexos que já receberam um sleeve”, afir-ma Eric Masson, diretor de vendas daSleever para a Europa. “Ele requer umataxa de encolhimento do rótulo de 71%,algo que só pode ser feito satisfatoriamen-te com tecnologias avançadas no rótulo ena aplicação.” O pulo-do-gato, ele diz, foio uso da tecnologia Powersleeve Evolu-tion 3, que posiciona o rótulo com altaprecisão. “Se não se faz isso corretamen-te é muito fácil acabar com um rótulo dis-torcido”, explica o executivo.www.sleever.com

Licor sem distorções

Fundada em 1953, a Ten Ren Tea,maior produtora de chás de Tai-wan, afirma ter conseguido se des-garrar da concorrência com a im-plantação de pouches resseláveisdo tipo “gusseted” (com as lateraissanfonadas) em suas linhas de pro-dutos. Posta em prática em abril de

2003, a iniciativa da Ten Ren mar-cou a estréia dessa embalagem emTaiwan, onde se estima haver 23milhões de consumidores de chás.Para lançar a novidade, a produto-ra teve o apoio da Thomson Prin-ting & Packing Corp., convertedo-ra taiwanesa que adquiriu uma má-quina da japonesa Nishibe paraproduzir os pouches com zíperesda americana Zip-Pak. A Thomsonutiliza filmes de PET, de PET me-talizado a vácuo (VMPET) e depolietileno de baixa densidade li-near (PEBDL) de alta barreira nospouches da Ten Rea, impressos emseis ou oito cores em rotogravura.www.zippak.comwww.thomson-pp.com.tw

Chás lançam embalagem em Taiwan

Novo simulacro do vidroA Eastman anunciou o lançamento da resina EB062,a mais nova integrante do portfólio The Glass Poly-mer para a produção de embalagens para cosméticose produtos de higiene pessoal que simulam a aparên-cia do vidro. De acordo com a Eastman, a nova resi-na é uma alternativa ao vidro para a obtenção de fras-cos de parede fina sem sacrifício da transparência eda resistência química para liberdade de design. “Amaioria dos plásticos para a fabricação de embalagenstransparentes sempre possuíram severas limitações paradesigns com paredes finas”, aponta Vincent Gugumus, di-retor de desenvolvimento de mercado da Eastman. “AEB062 é especialmente voltada para garantir paredes finasem processos de sopro.” www.eastman.com

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A cervejaria Baden Baden, de Cam-pos do Jordão, lança a Celebrationde Verão, que integra o time da Ba-den Baden Celebration, uma série decervejas gourmets especiais comedições limitadas. A nova cerveja édo tipo weiss. Uma novidade é ocontra-rótulo, que vem com explica-ções de como degustar a cerveja daforma correta: dividindo o conteúdoda garrafa entre dois copos de300ml e formando o creme ao final.A garrafa, de vidro âmbar, é fabrica-da pela Saint-Gobain. As tampas sãoda Tapon Corona, enquanto os rótu-los, auto-adesivos em papel lamina-do e impressos em flexografia, sãoda Soft Color. O design foi desenvol-vido pela M Design.

O lançamento de O Boticário Xtre-me, desodorante colônia direcionadoa garotos de 8 a 13 anos, tem visualassinado pela M Design. A logomar-ca e o nome estão presentes no vi-dro de 95ml, fornecido pela Whea-ton, e no cartucho, da Antilhas. Astampas são da Bristol e da Pivau-dran. Linhas horizontais e letras dis-torcidas são a marca do logotipo.

O Boticário para pré-adolescentes

Rótulo de cerveja didático

Marca forte na região Sul do País, aindústria Jimo lançou o seu deter-gente em pastilha para máquinas delavar louças em embalagens espe-ciais. O lava-louçaJimo foi acondicio-nado na lata Bat-plus, da Brasilata,que oferece o pro-duto em maiorquantidade. En-quanto a embala-gem convencionalem cartucho de pa-pel cartão traz 25pastilhas, a lata ofe-rece 50 unidades.

Lava-louça em lataUm chantilly quenão desanda fácilA belga Puratos acaba de lançar oAmbiante, um novo creme vegetalpara creme chantilly naturalmentebranco, sem adição de corantes. Umacaracterística do produto é a sua tex-

tura mais lisa, que nãoforma bolhas. Segundoo fabricante, o cremebatido dura de 8 a 12horas sem refrigera-ção. O produto éacondicionado com atecnologia UHT (UltraHigh Temperature), daTetra Pak. O design foidesenvolvido na sededa Puratos, na Bélgica.

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Pouco depois da II Guerra, a Phi-lips resolveu entrar num novo ne-gócio: plásticos. Criou o polipro-pileno cristalino e uma variável depolietileno, que ganharam o nomecomercial Marlex. Logo os produ-

tos passaram a ser utilizados pe-las mais diversas indústrias. Nade brinquedos, o Marlex gerouuma febre quando, em 1958, aWham-O lançou o hula hoop, umaro de polietileno para girar nacintura. Em três meses foram ven-didos 3 milhões de unidades, amenos de 2 dólares. Em um ano,100 milhões. O hula hoop ganhouo mundo. No Brasil, rebatizadobambolê pelo publicitário HugoMaia, foi lançado pela Estrela, nomesmo ano que nos EUA. Vendeumais de 200 000 unidades emcinco meses. Hoje, raras criançasdesejam o bambolê. Com muitojogo de cintura, a Wham-O con-tinua a fabricá-lo.

Isso é que é jogo de cintura

Da Vila Almeida para o mundo

Além de matéria-prima indispen-sável para embalagens de trans-porte, o papelão ondulado vemsendo usado em diferentes paísespara um fim inusitado: produçãode urnas funerárias. Ao menospara quem não planeja enterrossuntuosos, caixões de papelão on-dulado apresentam duas vanta-gens em relação aos de madeira:são mais baratos e consomem me-

nos recursos naturais.Seu uso ainda é restri-to, mas há quem acre-dite que, com o lança-mento de modelos in-crementados, essa si-tuação mudará. A DSSmith Packaging, tradicio-nal empresa britânica doramo de embalagens celulósi-cas, por exemplo, está investindo

na fabricação de um féretromais requintado. Montado porencaixes, suporta até 125 quilosde peso e possui fundo resisten-te a líqüidos. Lançado no anopassado, é indicado para crema-

ções e enterros, e, segundoa empresa, tem tido boa

aceitação no ReinoUnido e na Áfri-

ca do Sul.

Um uso incomum para o papelão ondulado

Ao anunciar a mudança de logoti-po, que retrata a recente reestrutu-ração por que passou, a Poly-VacS/A utilizou a palavra “pioneira”.Não é um recurso infundado depropaganda. Ela foi, de fato, a pri-meira indústria do mundo a conse-guir produzir embalagens de poli-propileno termoformadas com tec-nologia de pré-aquecimento. Éfruto da persistência do fundadorda empresa, Raimondo Arippol,

que inventou um sistema paraaquecer e estirar o material, permi-tindo sua impressão. Para isso, ob-

servou durante cinco anos os equi-pamentos de fabricação disponí-veis, fazendo adaptações e testesaté obter um produto que muitosdiziam ser impossível obter. Nãoera. Da fábrica da Poly-Vac nobairro de Vila Almeida, em SãoPaulo, saíram em 1973 as primei-ras embalagens do tipo hoje utili-zado para acondicionar margarinano mundo inteiro: potes impressosde polipropileno, como o da foto.

Embalagem sem colaQuem é quarentão ou quase deve lem-brar do slogan “dura lex sed lex, no cabe-lo só Gumex”, que celebrizou essa marcade produto para assentar o penteado.Substituído nos dias atuais por modernosgéis, o produto, um pó em sachê plásticopara diluição em água ou álcool, eraacondicionado em embalagem de papelcartão que se poderia chamar de ambien-talmente correta, pois se fechava apenaspor dobras. Cola, nem pensar – a não sero produto em si, verdadeira goma.

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