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Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

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Edição de outubro de 2005 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Para que servem as feirasreportagem de capa desta edição apre-senta uma visão bra-

sileira da LabelExpo Europe 2005, realizada em Bruxelas em setembro. Na condição de única revista especializada verde-amarela do setor pre-sente ao evento com equipe própria, EMBALAGEMMARCA procurou focar o trabalho de maneira a não atormentar o leitor com tecnicidades exa-geradas. Preferimos identi-ficar tendências e detectar o pensamento de empresários do setor, de outros países e também do Brasil, sobre os rumos do universo da rotula-gem e como isso pode inte-ressar às empresas aqui ins-taladas. A reportagem é de

Leandro Haberli, que con-tou com o apoio de Marcos Palhares.O trabalho não tem a inalcan-çável pretensão de apresen-tar a cobertura “completa” do evento, mesmo porque as oportunidades contidas em feiras vão muito além de seus limites físicos e temporais. A nosso ver, feiras servem sobretudo para atualizar informações e estreitar rela-cionamentos. Em nosso caso, contribuem para aproximar a redação de suas fontes e reforçar nossos sempre insu-ficientes conhecimentos sobre o mundo da embalagem.Naturalmente, nas feiras a que comparecemos coleta-mos o máximo possível de

material com informações técnicas e de mercado, que vamos utilizando nos mo-mentos oportunos para aden-sar reportagens e para refor-çar nosso banco de dados. Não foi diferente na cober-tura da Envase/Alimentek, ocorrida em Buenos Aires e na qual foi possível notar que a recuperação da eco-nomia argentina traz opor-tunidades a que a cadeia brasileira de embalagem não pode estar desatenta, como está descrito na reportagem da página 48. A reportagem sobre a PackExpo, que teve Las Vegas por palco e ficou a cargo de Guilherme Kamio, será apresentada na edição de novembro. Até lá.

Coletamos omáximo possívelde informaçõestécnicas e demercado, quevamos utilizandonos momentosoportunos paraadensar reportagense reforçar nossobanco de dados

Wilson Palhares

A

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Produtos naturaisChocolate de soja ganha gôndolas em BOPP fosco, evidenciando através de suas embalagens os benefícios nutricionais do alimento

Reportagem de capa:LabelExpo Europe 2005Considerada o principalencontro da cadeia global de rotulagem, feira belgarevela as tendências dosetor, inclusive no Brasil

Entrevista: Antonio Carlos Teixeira ÁlvaresPresidente do Siemesp e diretor da Brasilata fala sobre as pers-pectivas das latas de aço diante das altas dos plásticos e da situação das metalúrgicas

CelulósicasNo mercado de mídia, impressão sobre hot stamping holográfico garante brilho especial a estojo de DVD de cantora evangélica

Feiras: Envase/AlimentekNona edição de feira de embala-gens em Buenos Aires evidencia oportunidades para expansão de negócios bilaterais entre empre-sas brasileiras e argentinas

MateriaisSetor petroquímico e fornecedo-ras de latas para bebidas – de alumínio e de aço – anunciam investimentos para aumentar suas capacidades produtivas

Pet foodResinas especiais acenam à difusão do empacotamento auto-mático nas linhas de embalagem de rações para cães e gatos

CertificaçõesSelos ambientiais como o FSC podem abrir oportunidades de negócio para convertedores

Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

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nº 74 • outubro 2005Diretor de Redação

Wilson [email protected]

ReportagemFlávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected] Deorsola

Departamento de ArteCarlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

[email protected]é Hiroshi Taniguti (Assistente)

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 90,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

6 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

14

46

56 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

36 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

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CAPA:

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26 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

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32 Equipamentos Lançamentos em bens de capital para linhas de embalagem

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6 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Café Iguaçu agora tem Sealed LifeAs latas de aço do café solúvel Iguaçu, em várias gramaturas de conteúdo, passam a ser comercia-lizadas com Sealed Life, o sistema de fechamento da Sonoco For-Plas composto de tampa metálica tipo abre-fácil e sobretampa plástica.

Também conhecido como pell-off, o sistema garante melhor conserva-ção do produto, ou seja, amplia seu tempo de vida de prateleira (shelf life). As latas são fabricadas pela Mococa e pela Brasilata. O design das embalagens é da Rex Design.

Para o forno como nos balcõesCom o objetivo de criar nova identidade para seus produtos institucionais, a Fleischmann renovou o design das emba-lagens da linha destinada ao mercado de panificação. As novas embalagens, que chegam ao mercado em novembro, trazem fotos ilustra-tivas dos produtos finalizados, da mesma forma como são apresentados nos balcões das padarias. As embalagens são de polietileno de baixa densi-dade (PEBD). Os sacos de 5kg são produzidos pela CBS, com impressão em flexografia, e os de 1kg, pela Santa Rosa, pela Unipac e pela Bafema, com impressão em rotogravura. As embalagens do fermento fresco, de celo-fane, são for-necidas pela Converplast. Vinagre pasteurizado na própria garrafa

Produzido pela Apícola Fernão Velho, em Maceió, chega ao mercado o Vinagre de Mel de Abelhas. A garrafa é fabricada pela Companhia Industrial de Vidros (CIV), de Pernambuco, com tampa de alumínio e dosador inter-

no. A embalagem de vidro foi esco-lhida por dois motivos, segundo a apícola: segurança e requinte. Por não utilizar conservantes, optou-se por pausteurizar o vinagre em sua própria embalagem, o que não seria possível se o recipiente fosse de plástico, pois o material não resisti-ria à alta temperatura. Atualmente, o vinagre está disponível no mercado em garrafas de 500ml, mas em breve será oferecido também em embala-gens de 250ml. O design das emba-lagens foi elaborado pela equipe de projetos da CIV e faz parte da linha criada inicialmente para acondicio-nar azeites. O design do rótulo foi criado pela Good Design e pela It’s Publicidade, de Maceió. A impres-são plastificada ficou a cargo da Grafmarques, de Maceió. A tampa e o dosador interno foram produzidos pela Altec, de Guarulhos (SP).

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Mesmo sendo a primeira no setor brasileiro de cosméticos, a Avon não desiste de brigar pelo posto de número um também na área de perfumaria fina (ainda que não na faixa dos must mundiais), atual-mente ocupado pela Natura. Nessa corrida, a empresa lança – simul-taneamente no Brasil, nos Estados Unidos, na França, na Itália e no México, entre outros países – o per-fume Extraordinary, com forte cam-panha publicitária feita pela agên-

cia DPZ e estrelada pela cantora Ivete Sangalo. O investimento de 11,5 milhões de reais se justifica: o segmento brasileiro de cosméticos deve registrar, ainda este ano, cres-cimento de 15% a 18%.Voltado para as classe A e B, o perfume primou na embalagem, criada nos EUA por Eric Lee, desig-ner exclusivo da Avon. O frasco apresenta linhas retas e alongadas, e no mercado local é fornecido pela Wheaton. É a única informa-ção disponível sobre o fornecimen-to do sistema de acondicionamen-to, já que vem gravada em relevo no vidro. Por questão de política internacional da empresa, a Avon não revela quais são seus fornece-dores de embalagens, limitando-se a informar que são nacionais. A sobretampa é elaborada a partir de uma combinação de alumínio anodizado, com tampa plástica de polipropileno. O frasco é impresso em silk screen, e cartucho é de papel cartão triplex branco, com impressão off-set e hot stamping. O aroma foi criado pelo conhecido perfumista Herry Fremont, da casa de fragrância Firmenich, uma das cinco maiores do mundo. A inspi-ração veio de uma rara orquídea denominada chocolate. No Brasil a fragrância sofreu adaptações em busca de características tidas como genuinamente brasileiras: a alegria e a sensualidade, segundo Silvana Cassol, vice-presidente de marketing da Avon.

Avon na briga pelo mercado de perfumaria mais refinada

marketing da Avon.

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8 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Maionese Soya vai do PET para o vidroA maionese Soya, da Bunge Alimentos, substituiu as emba-lagens de PET em que foi lan-çada no mercado por potes de vidro de 250g e 500g, da Owens-Illinois, com tampas plásticas da Doormann. Além da embalagem de vidro, o produto

ganhou novo rótulo, alinhado ao visual da marca, que mostra os alimentos saindo de uma pane-la. Os rótulos, fabricados pela Makrocolor, foram desenhados pela Pandesign. A maionese Soya também é comercializada em sachês de 200g.

A Mundial está colocando no merca-do a sua nova linha de barbeadores e cosméticos masculinos, com a marca Kyos. A linha é composta por gel, creme, espuma e loção. As cores verde e prata foram usadas no logotipo Kyos, que é recortado, imitando o corte de um barbeador. As embalagens foram elabora-das para facilitar o manuseio. A loção pós-barba, por exem-plo, além de ter o vidro fosco, possui formato anatômico para

não ficar escorregadia, já que na maioria das vezes é manuseada com as mãos molhadas. As bisnagas do gel e do creme são fabricadas pela C-Pack Creative Packaging, os tubos de alumínio da espuma são da Tubocap e o vidro fosqueado da loção pós-barba é da Weathon, com

tampa da FPM – Fábrica Produtos Metal. O design das embalagens e a logo-marca foram criados pela FutureBrand.

Kyos, nova opção para barbear

Caipiroska Smirnoff em litroA Smirnoff apresenta um de seus

principais lançamentos para o

ano, a Smirnoff Caipiroska, cai-

pirinha de vodka pronta para

beber, atingindo inicialmente as

regiões Sul e Sudeste. O objetivo

é alcançar 65% do público-alvo,

jovens na faixa de 25 a 35 anos,

das classes A e B. A garrafa de 1

litro é produzida pela Companhia

Industrial de Vidros (CIV), de

Recife, com tampa fornecida pela

Guala e rótulos da Gráfica 43. A

caixa de embarque é da Klabin.

O design foi adaptado da emba-

lagem global da Smirnoff pela

agência Art Contrast.

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Reforço em marca centenáriaDepois de 106 anos no mercado brasileiro, a Aspirina, da Bayer Health Care, divisão de medica-mentos da Bayer, ganha nova embalagem. De acordo com Humberto de Biase, gerente de marketing da Bayer Health Care, “a mudança nas embala-gens é o primeiro passo de refor-ço da marca”, que no primeiro semestre deste ano foi líder de vendas no segmento de medi-camentos isentos de prescrição, com 35,8% do mercado, segun-do dados do IMS Health, órgão auditor do setor. A mudança básica nas embala-gens está no logo, que ficou mais arejado, com letras espaçadas. A linha Aspirina é composta por cinco produtos, e cada um deles ganhou um detalhe para ser

identificado pelo consumidor. A Aspirina Adulto de 500mg é bran-ca e verde; a Aspirina Infantil é verde com tarja rosa; a Aspirina +C é verde e amarela; a Aspirina Buffered, verde com tarja verde-claro; e a Aspirina Efervescente, verde com tarja roxa.A OlhoGráfico, que está comple-tando dez anos, foi responsável pela modernização das embala-gens. Elisa Tendolini, diretora de criação e arte da agência, diz que não foi fácil fazer as mudan-ças, ainda que sutis, pois o produ-to tinha o mesmo visual em oiten-ta países. O primeiro produto a chegar com nova roupagem até o consumidor é a Aspirina 500mg, com embalagens de papel car-tão TP Hi-Bulky, da Suzano, produ-zido pela Gráfica Gonçalves.

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10 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Mr.Man agora com marca própriaHá mais de trinta anos atuando na importação e distribuição de uma diversificada linha de produ-tos alimentícios, a granel ou com marcas diferenciadas, a Mr.Man, de São Paulo, está debutando com marca própria. Para a estréia nessa categoria, está lançando seis itens (amêndoa sem casca torrada e salgada, avelã crua sem casca, cas-tanhas de caju torradas e salgadas, castanhas do Pará sem casca, nozes sem casca e pistache torrado e sal-gado com casca). Os produtos são

acondicionados a vácuo em embala-gens de 100g de nylon-poli, forneci-das pela Wal-Let. Com sua marca, a Mr.Man disponibiliza também dezes-seis outros tipos de produtos (amei-xas em conserva, pistache etc.), em porções para consumo rápido. São apresentados em potes termofor-mados de poliéster, de diferentes medidas, produzidos pela Plásticos Formar. O projeto das embalagens é da Laburdza – Laboratório Urbano de Design.

A Natura complementa a linha Natura Sève com o lançamento do Sève Iluminador Amêndoas Doces, óleo desenvolvido para ser utilizado após o banho, com a pele seca, sem a necessidade de enxágue. A embalagem de PVC é fornecida pela Igaratiba, que produz também a tampa. O logotipo da Natura e o nome do produto são impressos em silk screen na embalagem. O cartu-cho em que o produto é embala-do, o Ecopack, é da Box Print.

Natura lança óleo corporal

A Triunfo, marca de biscoitos da Arcor, apresenta novidades nas linhas Salpet e Maizena. A Salpet ganha as versões Provolone e Azeite e Orégano, enquanto Maizena agora é encontrada também no sabor Limão. As embalagens da linha Maizena foram reformuladas – trabalho da Sapien Design – e trazem receitas colecionáveis (doze ao total) no verso. Quem produz as embalagens é a Inapel.

Reformuladas, embalagens agora trazem receitas no verso

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Pão de Queijo novo, embalagem novaO Pão de Queijo da Yoki ganhou nova formulação, que leva polvilho azedo, e teve a embalagem moderni-zada. As embalagens de pet metalizado com polietileno são feitas na fábrica da Yoki em Cambará. O design é da Zauberas & Associados.

A Viti-Vinícola Cereser, de Jundiaí (SP), lança o conhaque Vegas, com apelo promocional direcio-nado ao estilo country. Assim, a empresa passa a investir num mercado que movimenta aproxi-madamente 1 bilhão de reais por ano e que em 2004 cresceu 5% em relação a 2003. Cerca de 87% da distribuição do produto é feita via pontos de dose. O conhaque Vegas é comercializado em garra-fas de vidro de 1 litro, fabricadas pela Saint-Gobain, com tampas da Indeplast e rótulos da Gráfica Rami. O design da embalagem é da agência As-One, também de Jundiaí.

Conhaque com estilo country

Nova colônia da Água de Cheiro para adolescentes do sexo femini-no, a Sing Pop possui fragrância flo-ral e fresca, com notas de gerânio e muguet associadas a elementos cítricos como bergamota, chá verde e lavanda fresca. O pro-duto vem em frasco de 100ml da Wheaton, decorado pela Decopak, fechado com válvula da Emsar e tampa de rosca da Augros do Brasil. Ele chega às lojas num cartu-cho da Gráfica Pirâmide.

Frasco com apelo teen

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12 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

ada vez mais reconhecidas cienti-ficamente, as propriedades funcio-nais dos alimentos à base de soja têm ajudado a ampliar o espaço

ocupado pelos produtos naturais nas pratelei-ras dos supermercados. Na esteira dos hábitos saudáveis, muitas marcas estão descobrindo a importância de investir em embalagens especiais, que promovam e comuniquem os benefícios à saúde proporcionados por seus produtos. Esse é o caso da linha Choco Soy de chocolates à base de soja que podem ser consumidos sem riscos por pessoas com into-lerância a lactose e a glúten.

Pertencente à Olvebras Industrial S/A, empresa gaúcha que detém o know-how da fabricação de extrato de soja em pó, e tam-bém foi uma das primeiras a iniciar o ciclo de industrialização da soja no Brasil, a marca estreou no mercado com bombons acondicio-nados em cartuchos de papel kraft. Agora a família ganhou novos membros: são barrinhas vendidas na versão crispies e tradicional. Lançadas como uma extensão de linha, elas estão sendo acondicionadas em flow packs de BOPP metalizado que apresentam uma inte-ressante característica visual.

Como explica Giuliano Satler, sócio-dire-tor da agência ADZ7, responsável pelo con-ceito gráfico da marca, as embalagens flexí-veis dos novos membros da família Choco Soy buscam dar o mesmo efeito visual dos cartuchos de papel kraft que acondicionam os bombons da marca. “Buscamos uma concep-ção de produto feito a mão”, define o designer. Para isso o projeto acabou alinhando-se a uma tendência crescente no mercado de emba-lagens flexíveis: a utilização de filmes com aparência fosca, também conhecida como matte. “Um filme de BOPP comum não daria o mesmo efeito”, acredita Giuliano.

Produzidas pela convertedora Plastrela a partir de filmes fornecidos pela Vitopel, as embalagens das barrinhas são impressas em flexografia interna oito cores. No caso dos bombons, os cartuchos de papel kraft são pro-duzidos pela Embalagem Sul. No fechamento, um detalhe reforça a aura de produtos artesa-nais: laços feitos de palha de buriti trazida do norte do país. Os cartuchos de kraft são agru-pados em caixas display também concebidas pela agência ADZ7.

naturais >>> chocolates

Chocolate à base de soja usa filmes foscos para ressaltar conceito de produto artesanal

CBOPP com aura de papel

ADZ7(51) 3286.8009www.a17.com.br

Embalagem Sul(51) 471.7838

Plastrela(51) 3720.1122www.plastrela.com.br

Vitopel(11) 3089-5476www.vitopel.com.br

12 EmbalagemMarca outubro

SEMELHANÇA – Com filmes matte de BOPP, barrinhas imitam visual dos cartuchos e da caixa display

de papel kraft

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ma ironia recorrente entre turistas que visitam a Europa dá conta de que a Bélgica só existe para aumentar a distância entre a França

e a Holanda. Com área equivalente à de Alagoas (cerca de 30 000 quilômetros quadra-dos), o país famoso pela lapidação de diaman-tes, produção de chocolates e diversidade de cervejas na verdade desempenha papel central nos rumos políticos e econômicos de parte considerável do globo. Sede do Parlamento Europeu, da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e da quarta maior zona portuária do mundo, a Bélgica também tem lugar cativo no cronograma global de feiras de negócios ligadas à indústria de embalagem. É na capital Bruxelas que acontece bienalmente há mais de duas décadas a versão européia da LabelExpo, o principal encontro da cadeia mundial de rotulagem e etiquetas adesivas.

Ocorrida no Parc des Expositions de Bruxelles entre os dias 21 e 24 de setembro último, a 11ª edição da LabelExpo Europe foi a maior já realizada desde seu lançamento, em 1980. O evento reuniu por volta de 450 expo-

reportagem de capa >>> rótulos

Na LabelExpo Europe 2005, um painel pluralista do mercado de rótulos

U

Os rumos do setor

14 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

sitores e mais de 23 000 visitantes. Dentre estes, os organizadores registraram a presença de 95 brasileiros. Além do tradicional interes-se em ver de perto e em pleno funcionamento equipamentos normalmente resguardados por sigilo industrial, a freqüência de brasileiros foi fortalecida pelo Label Vip Tour, comitiva de profissionais gráficos organizada pela Lisboa Turismo que, nos dias anteriores à feira, visitou convertedores de diferentes países europeus.

A força dos multiprocessosNo âmbito dos corredores da Label, além de um retrato minucioso da cadeia de auto-ade-sivos, segmento que em outras edições foi o centro isolado das atenções, os visitantes puderam sentir a aproximação do evento com outros filões da cadeia de rotulagem. Esse movimento ilustra a crescente busca da indústria de rótulos por processos produtivos mais flexíveis, intercambiáveis e muitas vezes múltiplos. Assim, ao lado dos auto-adesi-vos, tiveram destaque os crescentes mercados de mangas termoencolhíveis, in-mold labels,

Por Leandro Haberli, enviado especial a Bruxelas

Na LabelExpo Europe 2005, um painel pluralista do mercado de rótulos

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16 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Entre as novidades do mer-cado de pré-impressão, foi visível a constante evolução dos programas de geren-ciamento de fluxo de traba-lho, que entre os converte-dores conseguem resolver dificuldades relacionadas a boa parte do processo pro-dutivo, desde a entrada no sistema administrativo até a fase de pré-impressão. Na parte de hardware o setor de pré-impressão também caminha a passos largos, como deixou claro um novo equipamento de gravação de cilindros a laser apresentado pela belga Esko-Graphics. No Brasil o modelo foi adquirido pela Mack Color, que ficou entusiasmada com o desempenho e flexibililidade da máquina.Já na área de acabamento, as novas tecnologias de corte de rótulos desperta-ram interesses de técnicos

Tendências da pré-impressão a novos sistemas de rotulagemque já haviam sido mos-

trados na Interpack (ver EMBALAGEMMARCA 70, página 66). Com a marca Ko-Sleeve, o sistema se diferencia pela impressão colorida frente e verso, além de contar com die-cutting no verso, permitin-do que o consumidor retire

do próprio rótulo etiquetas adesivas que podem ser usadas em promoções. Esse tipo de ação já foi explorada na linha de refrigerantes Pepsi.Ainda na parte de novos siste-mas de rotulagem, a visita à feira serviu para fortalecer a percepção de crescimento do mercado brasileiro de in-mold labels. Entre as empresas que esperam fornecer equipamentos próprios para imprimir esse tipo de rótulos, que são aplicados nas embalagens plásticas no momento do sopro ou da injeção do molde, está a Furnax, que representa no Brasil a fabrican-te asiática Labelmen.

rótulos wrap-around e smart labels dotados de sistemas de identificação por rádio-freqüência (RFID, na sigla em inglês).

Tendo atraído 10 000 visitantes a mais do que a última LabelExpo Americas, realizada em Chicago no ano passado, a LabelExpo Europe 2005, que pela primeira vez contou com três expositores brasileiros (ver quadro na página 22), também trouxe novidades em filmes, tintas e sistemas de pré-impressão, corte e acabamento.

O setor de impressoras banda estreita, contudo, talvez tenha sido o grande responsá-vel pelas novidades – ainda que incrementais – apresentadas na feira. Combinando equipa-mentos top de linha e soluções destinadas a pequenas e médias tiragens, os fabricantes de máquinas narrow web movimentaram durante os quatro dias do evento cifra superior a 350 milhões de euros. A informação foi revelada pelo Tarsus Group, organizador da feira.

“Depois do grande sucesso da LabelExpo

brasileiros que visitaram a feira. Um sistema em especial chamou a atenção de André Cifuente Filho, instrutor da Faculdade de Tecnologia Gráfica da Escola Senai Theobaldo de Nigris. Ele observou o aumento da oferta de equipamentos de corte a laser, que diminuem custos ao dispensar ferramentais. A velo-cidade de corte desse tipo de solução varia de acordo com a potência do laser. A 120 watts, por exemplo, um dos equipamen-tos analisados pelo instrutor do Senai corta 14,5 metros por

segundo. “Isso permite fazer o meio-corte dos rótulos com diferentes formatos, programando a gosto do cliente”, comenta

André Filho.Outra novidade que cha-

mou atenção do instrutor do Senai foram os rótulos wrap-around para garrafas PET impressos pela Ko-Pack,

o meio-corte dos rótulos com diferentes formatos,

te asiática Labelmen.

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18 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Europe 2003, e com o crescimento contínuo do mercado global de rótulos desde então, estávamos esperando muito do evento deste ano”, disse Roger Pellow, diretor-geral da feira. “Nossas melhores expectativas foram alcançadas, com a Label 2005 crescendo no mínimo 10% em espaço de exposição e núme-ro de visitantes, e passando a representar mais de 110 países.”

Interessante notar que, com a crescente oferta de impressoras flexográficas banda estreita para impressão de cartão, a edição européia da LabelExpo também acabou for-necendo a seus visitantes um panorama das novas soluções para conversão de cartuchos cartonados, que em sua maioria foram anun-ciadas como alternativas entry-level aos pro-cessos offset de grandes tiragens.

As novidades apresentadas foram tantas que, para citá-las uma a uma, provavelmen-te todas as páginas da presente edição não seriam suficientes. Única revista brasileira que fez a cobertura do evento in-loco e com equipe própria, EMBALAGEMMARCA optou por debruçar-se sobre as tendências mais ligadas ao mercado de impressoras banda estreita. Os lançamentos atrelados aos demais elos da cadeia de rotulagem são retratados em quadros dispostos ao longo desta reportagem especial, e também serão aproveitados em edi-ções futuras, como forma de oferecer ao leitor informações aprofundadas.

Combinação de processosConsideradas por muitos as grandes vedetes da feira este ano, as impressoras banda estreita estão seguindo de forma cada vez mais clara o chamado conceito one-stop-shopping. Em outras palavras, esse mercado se movimenta rumo a máquinas multissistema que com-binam praticamente todos os processos de impressão, e são capazes de rodar diferentes substratos. Ao trabalhar com materiais fílmi-cos e celulósicos, essas impressoras podem em teoria produzir todos os tipos de rótulos e etiquetas, além de cartuchos, estojos e outros perfis de embalagens cartonadas.

Caso emblemático da crescente combi-nação de processos que rege o mercado de impressoras banda estreita, a italiana Omet lançou no evento a Flexy S, que imprime em filme, rótulo de papel e cartão com gramatura de até 150g/m2. Embora seja uma máquina

Completando a repercussão causada em praticamente toda a cadeia de rotulagem, dos equipamentos de impres-são ao setor de substratos, os shrink labels também estão movimentando o mer-cado de tintas. Na feira havia muitas novidades em tintas flexo UV específicas para rótulos termoencolhí-veis. Um desses lançamentos foi feito pela Xsys, empresa que nasceu há pouco mais de sete meses a partir da fusão entre a antiga Akzo Nobel e a divisão de tintas gráficas da Basf. À frente do negócio está uma companhia européia de investimentos,

a CVC, cuja meta é trans-formar a Xsys na segunda maior fabricante de tintas gráficas do mundo, atrás apenas da Sun Chemical. Para isso a empresa anun-ciou uma joint-venture com a Flint Ink, outro grande player do mercado mundial de tin-tas gráficas. “Em decorrência do cresci-mento das máquinas híbri-das e das impressões com-binadas, estamos buscando oferecer tintas compatíveis com todos os sistemas de impressão”, conta Cleison Bertochi, gerente nacional de vendas da narrow web division da Xsys.

Novo player no setor de tintas

flexográfica por natureza, esse lançamento da Omet pode trabalhar com cassete de impres-são serigráfica, unidade de hot stamping, cold foil e rotogravura. O equipamento é dotado de sistema twin cut de corte e vinco rotativo com cilindro fixo, eliminando a necessidade de comprar o cilindro mais a faca. “Só há o custo da faca magnética”, explica Marcos Araújo, gerente comercial da Gämmerler, que participou da feira como representante da Omet no Brasil. Com unidade de refrigeração dentro dos cilindros porta-chapas, o equipa-mento imprime filmes de espessuras bastante reduzidas (a partir de 30 micra), que requerem precisão em termos de tensão superficial. Caso contrário pode haver formação de vincos e dobras.

RAPIDEZ – XP 5000, da Mark Andy: fabricantes investem para agilizar as trocas de serviço

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Além de equipamentos multissubstrato e multimpressão, os fabricantes buscam como nunca agilizar as trocas de serviço no mer-cado narrow web. O esforço visa atender ao crescente segmento de pequenas tiragens, impulsionado pelas indústrias usuárias de embalagem que trabalham com extensões de linhas e famílias de produtos cada vez mais diversificadas. “O fabricante que não oferecer set-up rápido para pequenas tiragens simplesmente não conseguirá mais vender impressoras de rótulos”, sentencia Miguel Troccoli, diretor da PTC, empresa que repre-senta a fabricante Mark Andy no Brasil. Como exemplo da busca por trocas rápidas o execu-tivo cita o modelo XP 5000 de sua represen-tada. “Toda servo, essa máquina assenta os cilindros de chapa automaticamente na posi-ção pré-impressão, permitindo fazer o set-up completo de uma configuração oito cores em menos de 30 minutos”, descreve Troccoli.

Despautério? Graças ao já comentado foco no mercado de cartão, ironicamente muitos dos novos equipa-mentos de impressão de rótulos ocasionaram uma espécie de contra-senso nos corredores da Label européia. Ocorre que, ao explanar sobre as características de seus lançamentos, alguns fabricantes centraram-se mais no mer-cado de cartonados do que propriamente no de rótulos. Como afirmou o representante de uma dessas empresas, comprar um equipamento híbrido só para imprimir rótulos é como usar uma moto de 1000cc para entregar pizzas.

O fato é que as baixas tiragens e a cres-cente diversificação das linhas de produto também têm impulsionado a oferta de impres-soras flexográficas para convertedores que imprimem cartão em offset. A despeito de uma certa resistência cultural, a flexografia consolida-se como boa alternativa nesse nicho porque imprimir tiragens pequenas em offset pode resultar numa operação desvantajosa, que sequer cobre o set-up da maquina – mas que, dizem os defensores da flexografia, acaba sendo realizada pelo convertedor em nome da boa relação com o cliente.

Na esteira do interesse em explorar novos mercados, os fabricantes de equipamentos multissubstratos observam que a migração dos convertedores de auto-adesivos de papel

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para os mercados de filme e cartão é cada vez mais freqüente. Ainda que menos usual, a adoção da flexo por empresas adeptas do offset também estaria crescendo.

De olho nas gráficas que utilizam sistemas offset para impressão de cartão, a própria Omet apresentou sua top de linha Varyflex, outra multissistema que imprime filmes com espessura a partir de 2 micra, papel e cartão. A empresa garante que a troca de servi-ços e de substratos é feita em apenas seis minutos, graças a cassetes intercambiáveis e ao emprego de camisas de poliuretano para flexografia. Com velocidade de 200 metros por minuto e trabalhando com unidades de impressão serigráfica, rotogravura, aplicação de fita holográfica, hot stamping e cold foil, o equipamento é oferecido como solução com-plementar às tiragens intermediárias. “Afinal, para impressão de cartão em tiragens grandes, o offset é insuperável”, reconhece Marcos Araújo, da Gämmerler.

Trocas de cor sem paradasO esforço voltado à diminuição dos índices de desperdício de substratos entre as trocas de serviço mantém-se como outro claro movi-mento do mercado de impressoras de rótulos. Os apelos dos estoques just-in-time, muitas vezes gerenciados pelos próprios fornecedores das bobinas, e a necessidade de implantar nas

gráficas processos on-demand fortaleceram os argumentos de venda dos equipamentos que minimizam as perdas de substrato entre as trocas de set-ups.

Nesse aspecto entram em cena os cada vez mais disseminados sistemas de servo-aciona-mento. Entre outras vantagens, as plataformas gearless – isto é, desprovidas de mecanismos convencionais de engrenagens – já tornam possível adicionar ou mudar cores sem para-das de máquina. “Com isso, a perda de subs-trato está alcançando níveis sem precedentes”, anima-se Marcelo Zandomenico, profissional de vendas da Heidelberg responsável pela

ENTRY LEVEL – Varyflex, da Omet, será oferecida como solução alternativa ao offset para tiragens intermediárias de cartão

Se ainda carecem de dissemina-ção no cenário nacional, as etique-tas RFID multiplicam-se visivelmen-te no mercado europeu, onde já são aplicadas em produtos com custo unitário que pouco tempo atrás seria considerado incompa-tível com a tecnologia. A popula-rização dos smart labels se deve em parte ao desenvolvimento de novos equipamentos destinados à aplicação dos circuitos impressos com antenas nos rótulos. Uma dessas soluções foi divulgada na LabelExpo Europe pela MarkAndy. A empresa apresentou, acoplado à impressora multissubstrato e multissistema LP3000, um de seus módulos de inserção de sis-

temas RFID em rótulos. Após a produção do rótulo, a solução faz a impressão da antena e o pro-cesso de delaminação, para, em seguida, colocar o chip, gravar as informações e fazer o teste da eti-queta. Após todas essas etapas, o rótulo, já dotado da solução RFID, é relaminado. Como explica Miguel Troccoli, diretor da PTC, empresa que representa a fabricante Mark Andy no Brasil, todo o processo é feito in-line, com altas velocidade e precisão. Dessa forma, a ten-dência é que os investimentos em módulos de inserção de sistemas RFID ampliem as perspectivas de inserir o circuito impresso com a antena no próprio rótulo do

produto (RFID inlay), eliminando a necessidade de uma etiqueta destinada exclusivamente aos dados variáveis.

Um reforço para a popularização dos sitemas RFID

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linha da suíça Gallus no Brasil. Seu entusias-mo é alimentado pelo principal lançamento da Gallus na Label européia: a impressora RCS 330, que estará disponível no mercado mun-dial apenas no final de 2006, embora durante a feira um protótipo tenha realizado trabalhos em apresentações diárias.

Com possibilidades de reunir offset, roto-gravura, flexo e serigrafia, o equipamento é flexível e intercambiável, permitindo distri-buir as unidades de impressão em diferentes seqüências. “É possível fazer upgrades livre-mente, adquirindo à parte os cabeçotes das tec-nologias desejadas”, descreve Zandomenico, acrescentando que a troca de sistemas leva pouco mais que dez minutos, e que os níveis de perda de substrato são menores do que 20 metros por mudança. “É um avanço e tanto,

considerando-se que o padrão de perda em flexo é de no mínimo 100 metros”, compara o profissional da Heidelberg.

Ao largo do deslumbramento tecnológico que provocam, máquinas como a RCS 330 põem em xeque o potencial de consumo do mercado brasileiro para impressoras banda estreita com grande variedade de recursos, que chegam a custar milhões de euros. No caso do lançamento da Gallus, o representante da linha estima em apenas cinco os potenciais compradores brasileiros da RCS 330. Caso a máquina seja produzida sem a unidade offset, que é desenvolvida numa parceria tecnológica com a Heidelberg, o preço cai entre 30% e 40%, ampliando o número de potenciais com-pradores para dez em todo o Brasil. “Por isso queremos fazer a Gallus crescer nacionalmen-

UNIÃO – Narrow web RCS 330, da suíça Gallus, tem unidade offset desenvolvida em parceria com a Heidelberg

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MULTIPLICIDADE – Nilpeter buscou

aliar soluções de alto desempenho, como a

offset MO 3300 (acima), a linhas mais acessíveis

te com um equipamento entry-level”, adianta Marcelo Zandomenico, em referência à EM 280, também apresentada na feira.

Os equipamentos intermediários, aliás, foram destacados por diferentes expositores, que se mostraram interessados em atrair as numerosas comitivas de profissionais asiáti-cos, latino-americanos, africanos e do leste europeu. “A tendência sem dúvida é a com-binação de processos e o uso de flexo servo e de equipamentos gearless”, diz Rubens Wilmers, gerente de produto da Gutenberg, que distribui no Brasil os equipamentos da fabricante dinamarquesa Nilpeter. “Mas esses equipamentos custam caro. Daí a multiplica-ção de impressoras mais acessíveis, mas que também rodam com velocidade e qualidade”, complementa Wilmers.

Como alternativas mais em conta à offset MO 3300, lançada na feira e classificada entre

seus equipamentos top de linha, a Nilpeter apresentou também em primeira mão as linhas de impressoras FA e FB. Ainda na família de produtos intermediários, Rubens Wilmers destacou o funcionamento diário no estande da empresa de uma máquina base água com velocidade de 180 metros por minuto, posi-cionada para convertedores mais comedidos quanto a investimentos em equipamentos top de linha.

Outra tendência tecnológica das impresso-ras banda estreita que continua firme são os cli-chês flexográficos pré-montados. Conhecidos dos convertedores brasileiros, além de cruciais na agilização de trocas de serviço, os sistemas flexo com sleeve ganham terreno por facilitar o dia-a-dia das gráficas e diminuir os espaços ocupados pelos estoques de cilindros. Por sua vez, os acertos com baixos níveis de perda de substrato trazem a promessa de baixar o custo

Expositores brasileiros querem demarcar território lá foraAumentar a base de clientes, distribuidores e representantes lá fora. Essa foi a previsível meta das três empresas bra-sileiras que participaram com estandes próprios da LabelExpo Europe 2005, estabelecendo o maior número de expositores nacionais em toda a história da feira. Na área de ribbons, fitas de transferência térmica que no mercado de rótulos são usadas para impressão de códigos de barras, a Mastercorp buscou divulgar sua estratégia com pro-dutos acabados. “Como único fabricante integral de ribbons na América Latina, queremos rom-per a cadeia dos convertedores, entregando nossos produtos já cortados”, explica Juliano Cunha, presidente e CEO da empresa. “Queremos mostrar que o grande valor desse mer-cado está na fabricação da

película, e não na conversão.”Na área de máquinas, a fabri-cante Etirama expôs na feira a Flexo Premiun 250, uma impres-sora flexográfica seis cores, com forno de secagem UV, que atinge velocidade de 80 metros por minuto. Voltado a médias e grandes tiragens, o equipamen-to foi transportado de avião, e despertou atenção de mui-tos visitantes asiáticos. “Essa máquina tem todos os opcio-nais, como anilox cerâ-

mico, alinhador de borda ele-trônico e controle de tensão automático”, comenta Ronnie Schröter, diretor de marketing da Etirama. Na seara de rótulos inteligentes, o executivo fechou recentemente um acordo com a Torres Etiquetas, que cedeu um projeto para iniciar no ano que vem a produção de uma máqui-na específica para produção de etiquetas RFID. “A idéia é vender o equipamento para o mundo inteiro”, adianta Schröter. O terceiro expositor brasileiro na feira foi a Colacril, da área de substratos. Expondo sua linha composta por mais de cem tipos de papéis e filmes auto-adesivos, a empresa afirma estar investindo cada vez mais em estratégias de exportação, mirando mercados como o norte americano, o europeu e, mais recentemente, o africano.

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industrial das gráficas. Nesse sentido, muitos dos equipamentos apresentados em Bruxelas de certa maneira surgem como uma resposta ao crescimento da impressão digital no mer-cado de rótulos.

“Nas duas últimas Labels o digital foi o grande boom. Hoje percebemos que esse setor consolidou sua fatia de mercado, mas a flexo tradicional, a combinação de processos e a automação das máquinas permitem diminuir o custo industrial, fazendo o convertedor avaliar melhor possíveis investimentos em impressão digital”, aponta o gerente da Gutenberg.

Na tiragem máxima, digital subiu A despeito da reação dos fabricantes de equi-pamentos analógicos, diferente fatores levam a crer que a impressão digital continua com boas perspectivas no mercado de rótulos. Principal fornecedora de equipamentos nesse mercado, a HP defende que o volume que torna a impressão digital economicamente viável está subindo. A empresa também espe-ra ampliar sua participação no mercado de rótulos termoencolhíveis, cujas previsões de crescimento apontam para a média anual de 7% nos próximos anos.

Além de divulgar seus equipamentos pre-parados para filmes sensíveis a calor, a fabri-cante da família de impressoras HP Indigo, no Brasil representada pela Comprint, aproveitou sua participação na Label Expo Europe para lembrar que cerca de 65% dos rótulos pro-duzidos mundialmente correspondem ao seg-mento de pequenas e médias tiragens. Apesar do discurso de que a tiragem máxima para

EXIGÊNCIA – Segmentações demandam trabalhos em pequenas tiragens e impressoras com mais recursos

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Avery Dennison(19) 3876-7600www.averydennison.com

Colacril(11) 6982-6900www.colacril.com.br

Comprint(11) 3371-3371www.comprint.com.br

Etirama(15) 3223-3332www.etirama.com.br

Esko-GraphicsNo Brasil: (11) 5522-5999www.esko-graphics.com

Furnax (Labelmen)(11) 3277-5658

GallusNo Brasil: (11) 5525-4475www.gallus.org

HP (11) 4197-8000www.hp.com.br

Ko-PackNo Brasil: (11) 5507-7010 www.ko-pack.com

Mack Color(11) 6195-4499www.mackcolor.com.br

Mark AndyNo Brasil: (11) 6194-2828www.markandy.com

Mastercorp(41) 2102-3000www.mastercorp.com.br

NilpeterNo Brasil: (11) 3225-4400www.nilpeter.com

OmetNo Brasil: (11) 3846-6877www.omet.it

Sun Chemical(11) 6462-2500www.sunchemical.com

Torres Etiquetas(11) 3346-6900www.torres.ind.br

XSYS(41) 3272-5765www.xsys-printsolutions.com

justificar a impressão digital está subindo, é nesse crescente mercado que a empresa espe-ra aumentar as vendas de impressoras digi-tais como a ws4050, que teve uma unidade recentemente adquirida pela gráfica brasileira Asterisco (ver reportagem na página 58).

Em meio a variados movimentos tecno-lógicos e de mercado, fica claro que, embora tenha muito a crescer em termos de consumo per capita de rótulos, o Brasil se equipara de modo inequívoco ao resto do mundo em ter-mos de qualidade e atualização dos processos produtivos. A reforçar tal percepção está a presença maciça de brasileiros na feira, mui-tos dos quais compradores efetivos de produ-tos tecnologicamente de vanguarda.

Assim, como já havia sido constatado na cobertura da última LabelExpo Americas (ver EmbalagemMarca 62, outubro de 2004), as principais tendências mundiais em impres-são e acabamento já constituem, na prática, realidades de mercado por aqui, ainda que de forma mais ou menos disseminada. Sem rela-ção com qualquer manifestação de orgulho exacerbado, essa idéia de nivelamento ganha força nos mais variados elos da cadeia de rotulagem. Mas, pelos diferentes depoimentos colhidos entre profissionais brasileiros, fica especialmente evidente no setor de impresso-ras banda estreita, onde a indústria nacional de rotulagem está sem dúvida seguindo os mes-mos rumos que guiam o resto do mundo.

Na parte de substratos, a visita à feira deixou clara a tendência de migração dos rótulos em papel para aqueles impressos em fil-mes. Embora mais visível nas chamadas economias maduras, esse movimento também é forte no Brasil, como observa Roberto Aspis, que participou da LabelExpo 2005 como gerente nacional de ven-das da Avery Dennison.“O crescimento de com-modities como o couché semi-gloss vai continuar, mas de forma vegetati-va, enquanto os filmes representam a grande

tendência em mercados como o de bebidas e cosméticos”, exemplifica Aspis. Entre os novos fil-mes da Avery Dennison, o profissional destaca a linha no-label look Global Coex, que segundo a empresa proporciona mais transparência, flexibilidade e facilidade de impressão em diferentes aplicações. No Brasil, um dos alvos da empresa com produtos de maior valor agregado é o setor vinícola.A oferta de filmes espe-ciais também vem cres-cendo graças à multiplica-ção das embalagens sque-

ezable, cujos rótulos preci-sam se adaptar aos movi-mentos de compressão e expansão, sem apresentar rugas ou delaminações. Ainda mais importante para os fabricantes de substratos é o fenômeno da impressão digital. Para este segmento a Avery Dennison apresentou na feira, decorando uma lata promocional de energético, um filme já entregue com coating para ancorar a tinta. Produtos similares já estão disponíveis no Brasil, informa Roberto Aspis.Outra tendência impor-tante do mercado de substratos continua sendo a conhecida e crescente migração dos usuários de rótulos magazine para o setor de auto-adesivos. Na área de bebidas, esse movimento é evidente, por exemplo, no mercado bra-sileiro de cervejas, onde a adoção dos auto-adesivos tem sido impulsionada pelo fenômeno das micro-cervejarias e das cervejas especiais.

Filmes especiais. Boom no Brasil?

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las começaram a ser utilizadas em bebidas de altíssimo giro por cervejarias japonesas, no início dos anos 90. Nos últimos meses,

transformaram-se num xodó de marketing das cervejarias americanas. As garrafas de alumí-nio já acondicionam as principais marcas de cerveja dos Estados Unidos. Compreende-se. Para as cervejarias, essas embalagens agre-gam valor a um produto enviesado nas guer-ras de preços. Elas são um grande negócio para os transformadores – calcula-se que no mercado americano uma garrafa de alumínio custe o triplo de uma garrafa long neck de vidro. E elas também retornam uma vanta-gem à base da cadeia de valor: sua produção exige maior quantidade de matéria-prima que as latinhas convencionais.Esses interesses em comum impulsionaram o lançamento que deflagrou a febre em torno da garrafa de alumínio no setor cer-vejeiro americano, o da cerveja Iron City

Como a garrafa de alumínio virou sensação entre as cervejas americanas

E

A onda da “garrafa-lata”Lager, da cervejaria Pittsburgh, em agos-to do ano passado (novidade mostrada em EMBALAGEMMARCA nº 62, de outubro de 2004). Resultado de uma parceria entre a gigante em alumínio Alcoa e a multinacional canadense de embalagens metálicas CCL Container, a garrafa de alumínio da Iron City fez barulho. Os primeiros lotes da bebida esgotaram-se em poucas horas nas lojas. A revista de negócios Business Week elegeu-a uma das melhores novidades de 2004. E a concorrência iniciou uma corrida pela emba-lagem. Menos de dois meses depois, a maior cervejaria ianque, a Anheuser-Busch, colo-cou no mercado uma versão da Budweiser em garrafa de alumínio.O retorno foi tão bom que outras cervejas do portfólio da A-B – Michelob, Michelob Light, Bud Light e Anheuser World Lager – ganharam suas garrafas de alumínio. Mais recentemente, a A-B lançou uma nova cerve-ja, a Budweiser Select, nessa apresentação.

AMPLITUDE Anheuser-Busch, a

“AmBev americana”, já acondiciona seis marcas de cerveja em garrafas

de alumínio da Exal

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Em menos de seis meses a Select atingiu o posto de 12ª cerveja mais vendida em solo americano – e muito desse resultado é creditado à garrafa de alumínio. “Sabíamos que o consumidor iria adorar as long neck metálicas porque elas são cool e diferentes”, conta Mike Owens, vice-pre-sidente de vendas e marketing da Anheuser-Busch.Quem produz as garrafas de alumínio da Anheuser-Busch é a maior concorrente da CCL, a multinacional americana Exal, que brande a liderança na produção dessas embala-gens, com 1,1 bilhão de unida-des por ano. Em alguns casos – o da Bud Light, por exemplo – as embalagens recebem aca-bamento com um verniz aceti-nado. “Muitos consumidores dizem que gostam da manei-ra com que essas embalagens tornam o consumo de cerveja uma experiência tátil”, relata o executivo de marketing da Anheuser-Busch.

Vantagens em sérieMais que as possibilidades diferenciadas de acabamento, outras vantagens das garrafas de alumínio são arroladas por Ed Martin, vice-presidente de marketing e vendas da CCL Container. “Comparadas às garrafas de vidro, as ‘garrafas-lata’, como as chamamos, são mais leves, não quebram e protegem a bebida acondicionada dos raios ultravioleta. Sua retenção de gases é supe-rior à dos plásticos. E, em relação às latas comuns, podem ter formatos diferenciados e permitem ao consumidor tampá-las após sua abertura.” Outro fator sublinhado por Martin é que a garrafa de alumínio faz bebidas gela-rem mais rapidamente – e as mantêm geladas por mais tempo, em média por um período 30% maior que a garrafa de vidro.Tal discurso, apoiado por um hot site que a CCL criou unicamente para divulgar essas

embalagens (o www.bottle-can.com), vem sendo bem acolhido. Com o êxito da Iron City, a Pittsburgh estendeu a apresentação à versão light da mesma marca. No fim de março, a canadense Molson, controladora da Kaiser no Brasil, lançou no Canadá e nos Estados Unidos a cerveja com guaraná Molson Kick também numa garrafa de alumínio da CCL. Segundo a área de comunicação da Molson, as vendas do pro-duto “estão ultrapassando as expectativas iniciais”.O rol de lançamentos leva à pergunta de quando as gar-rafas de alumínio poderão estrear numa praça cerve-jeira tão competitiva quan-to a americana: a brasilei-ra. Procuradas para saber da possibilidade, da viabilidade e do interesse em lançar esse tipo de embalagem no país, as principais fabricantes de latas de alumínio para bebi-das no Brasil preferiram não se manifestar.A Exal possui uma plan-ta industrial na vizinha Argentina, mas deixa no ar a possibilidade de atender clientes nacionais. Por sua vez, a CCL declara que expor-tar para outros países seria um negócio interessante. Mas

não há chance disso acontecer, pelo menos num curto prazo. A razão é simples. “Hoje trabalhamos muito próximos dos 100% de ocupação de nossas linhas”, disse Ed Martin à reportagem de EMBALAGEMMARCA. “Se incrementarmos nossa capacidade produtiva poderemos cogitar distribuições para um mercado forte como o brasileiro.” A julgar pelo ritmo de seus negócios na praça ameri-cana, a CCL dificilmente chegará no Brasil. Sucede que outras bebidas, como isotônicos, energéticos, vodcas e até vinhos, começam a entrar na carteira de clientes das garrafas de alumínio da companhia.

Alcoa(11) 5509-0275www.alcoa.com.br

CCL Container+1 (416) 391-5550www.bottlecan.com

Exal (Argentina)+54 (2322) 496-226www.exal.com

FEBRE – Do alto para baixo, a pioneira Iron

City, a Iron City Light e a novidade Molson Kick, cervejas em garrafas de

alumínio da CCL

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tire a primeira pedra quem nunca perdeu aquele esguio bico aplicador de plástico que acompanha a latinha do

popular lubrificante e multiuso WD-40 – e que não se sinta azarado quem já sofreu tal infortúnio. “Segundo pesqui-sas, mais de 80% dos consumidores acabam perdendo esse acessório”, conta Tim Lesmeister, vice-presidente de marketing da WD-40 americana. Uma prática solução em embalagem, lançada em agosto nos Estados Unidos, promete dispensar as orações a São Longuinho, Santo Antônio e entidades afins para a restituição do bico perdido: um fecha-mento no qual o aplicador fica perma-nentemente preso.

A novidade integra uma engenhosa extensão de linha. Batizada de Smart Straw (“canudo inteligente”, traduzindo-se do inglês), a variante permite tanto a aplicação de precisão com o tubinho quanto a nebulização spray comum. Sua tampa consiste numa válvula aerossol comum recoberta por uma peça espe-cial, basculante, de onde sai o aplicador. Recolhendo-se a peça para baixo, o produto é dispensado pela válvula spray. A aplicação de precisão é obtida ao se

Nova tampa evita a perda – quase

inevitável – do bico aplicador do WD-40

A

O tubinho não some mais

mover a peça até que o canudinho fique perpendicular ao corpo da lata (veja o gráfico). O corpo da peça é produzido em polipropileno pela Mar-Lee Packaging, com uma válvula especial projetada pela Summit Packaging. Ligeiras alterações no acabamento do pescoço da latinha de 12 onças líquidas (cerca de 310 mililitros) foram feitas pela Crown Cork & Seal, sua fabricante, para o perfeito encaixe da peça. O perfil diferenciado do fechamento também exigiu modifica-ções nas caixas de papelão ondulado que levam o produto ao varejo.

Conforme explica o dirigente da WD-40, as latas Smart Straw não rodam nas mesmas linhas automáticas de enchi-mento das versões convencionais. “Elas reduzem a cadência produtiva e exigem maior manuseio.” Apesar desse con-tratempo, a embalagem agradou. “Ela potencializa o apelo multiuso do produ-to”, argumenta Lesmeister. A propósito, a fabricante acaba de publicar em seu site uma lista de possibilidades de apli-cação do WD-40, feita com o auxílio dos consumidores. Entre aplicações domés-ticas, automotivas e em artesanato, entre outras, a lista já acumula mais de 2 000 utilizações catalogadas.

Crown Cork & Sealwww.crowncork.com

Mar-Lee Packagingwww.mar-leecompanies.com

Summit [email protected]

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...quanto pelo bico aplicador de pre-cisão, ativado com um simples movi-

mento (à dir.)

MOBILIDADE Peça basculante

propicia aplicação tanto pela válvula spray (à esq.)...

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lternativas ao enchimento conven-cional a quente, as soluções de enchimento asséptico estão na mira da Krones, fabricante de equipa-

mentos e linhas de envase de bebidas. A empre-sa destacou esse tipo de processo durante a Drinktec 2005, feira voltada à indústria de bebi-das, realizada na Alemanha entre os dias 12 e 17 de setembro último. Destinado a produtos como sucos, chás e lácteos, o conceito de enchimento asséptico, que já estaria presente em 75% dos novos processos de envase na Europa, baseia-se na eliminação do uso de conservantes e na pre-servação do sabor e da pureza das bebidas nas linhas de acondicionamento. A Krones informou que entre os usuários do sistema está o laticínio italiano Centrale del Latte, adepto da enchedora VODM-PET para envase asséptico de leite UHT em garrafas de 1 litro de PET. A despeito das vantagens, o processo de enchimento asséptico exige investimento inicial e consumo de agen-tes de limpeza maiores. Porém, especialmente em linhas com capacidade a partir de 20 000 garrafas por hora, os custos médios diminuiriam graças à economia de energia e de embalagens. Neste caso, os ganhos são atribuídos à utilização de frascos e garrafas mais leves. Para acelerar a adoção do enchimento asséptico, a Krones está oferecendo um sistema desenvolvido para diminuir o espaço classificado da máquina, minimizando as câmaras assépticas. Batizada de Isolator, a tecnologia visa atenuar o risco de contaminação a partir da redução da área de esterilização e enchimento e da facilitação do controle das superfícies e do volume de ar.

Feira alemã voltada à indústria de bebidas traz novas gerações de enchedoras

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Cheia de novidades

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Krones(11) 4075-9500www.krones.com.br

Sidel(11) 3783-8814www.sidel.com

Sig Combliboc(11) 2107-6794www.sig.com.biz

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Conhecidos como Combis, os equipamen-tos da Sidel que incorporam as funções de soprar, encher e fechar embalagens PET tam-bém chamaram a atenção dos visitantes da Drinktec 2005. Outro líder mundial em soluções de acondicionamento para líquidos, a empresa aproveitou o evento alemão para divulgar o que definiu como sua nova geração de Combis, onde se destaca o modelo Select 20 FMw 90/15 C. Ao incorporar os últimos desenvolvimentos da fabricante em sopro, enchimento e fechamento, o equipamento reduz em até 20% o custo de engarrafamento. Segundo a Sidel, a economia é obtida, entre outros fatores, a partir do aumento da produtividade e da redução do consumo de energia elétrica em 15%. “A cadência aumentou em 13% graças ao aumento das cadências de sopro para 1 800 gph por estação”, informa o departamento de marketing da empresa. Outra vantagem do novo modelo seria a maior higie-ne. Segundo a empresa, o avanço foi obtido

ASSEPSIA – Nova enche-dora Krones promete atenuar riscos de contaminação

PARCIMÔNIA – Combi da Sidel reduz em até 20% custo de engarrafamento

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graças a melhorias nos processos de tratamento das preformas com ar esterilizado, ao chassi de enchimento inclinado 100% inox e ao ambiente de dosagem mantido sob atmosfera controlada. Na parte de acessórios a nova Combi também apresenta novidades. Mais fáceis de limpar, os bicos FMw (Flow Meter water) e FMg (Flow Meter gaseous) foram baseados na tecnologia de dosagem debimétrica. Nos produtos sem gás, o enchimento ocorre sem contato entre o bico e a embalagem. A Combi exposta na Drinktec 2005 foi enviada à Spa Monopole, engarrafador belga de água mineral.

Por sua vez, a Sig apresentou na feira alemã, entre outras novidades, a sopradora Blomax 10 Series III. Cada estação do equipamento tem output de 1 800 garrafas por hora. Além de maior desempenho, a máquina oferece menor consumo de ar graças ao sistema Airback de reciclagem de ar. A Sig também levou à Drinktec a Plasmax 12D, que aplica revestimentos recicláveis em garrafas PET. A função dos coatings é otimizar a barreira das embalagens, aumentando o tempo de prateleira de produtos como cerveja, óleos comestíveis e sucos.

CADÊNCIA – Sopradora Blomax e equipamento de coating (abaixo), da Sig: velocidade e barreira otimizadas

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Pelé na IndeplastA Indeplast, uma das maiores produto-ras nacionais de tampas plásticas inje-tadas, é a nova fornecedora das tampas de rosca dos potes de vidro do Café Pelé, da Cia. Cacique de Café Solúvel. A expectativa da Indeplast é fornecer 24 milhões de tampas de polipropileno por ano para a cliente.

C-Pack anuncia novo VPJosé Maurício Coelho assumiu a vice-presidência de operações da produto-ra de tubos plásticos C-Pack Creative Packaging. Coelho atuou por sete anos no Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e tem a missão de modernizar o mode-lo de gestão da C-Pack – a empresa tem certificação SA-8000 prevista para outubro e a ISO-9000 para 2006.

Lá fora tambémSeguindo uma estratégia mundial, inclusive já adotada no mercado brasi-leiro, a Unilever completou em agosto a migração de sua maionese Hellmann’s dos potes de vidro para os potes de PET nos Estados Unidos. A fornecedora dos potes plásticos lá utilizados é a mesma da Unilever brasileira: a Amcor.

Uma ligeira altaO setor de papelão ondulado registrou vendas de 188 500 toneladas em agos-to, um crescimento de 1,2% em relação a agosto de 2004. Até agosto de 2005 as vendas do setor acumularam cresci-mento de 1,6% no ano. “As vendas vol-taram a apresentar ligeiro crescimen-to devido principalmente aos setores exportadores”, diz Paulo Sérgio Peres, presidente da ABPO – Associação Brasileira do Papelão Ondulado.

A força das nanicasOs pequenos fabricantes de refrigeran-tes, que hoje já detêm quase um terço do mercado nacional, irão organizar no início de novembro, em São Paulo, o pri-meiro Confrebras – Congresso Nacional dos Fabricantes de Refrigerantes Regionais do Brasil. Entre os temas a serem debatidos no evento estarão novidades em equipamentos de enchi-mento e em embalagens.

Com frações, movimentaçõesAventada pelo governo em janeiro e imposta pela Anvisa já no fim de maio, a venda fracionada de medicamentos desagradou à indústria farmacêutica. Para os laboratórios, a resolução foi feita de supetão, sem um período razo-ável para a adaptação ao novo modelo de vendas. Por isso, o fracionamento

obrigatório está gerando uma guerra de bastidores entre provedores de sistemas de autenticidade e segurança para embalagens. EMBALAGEMMARCA procurou duas empresas dessa área para saber o que muda com a impo-sição das vendas fracionadas, pois com elas cresce a preocupação com a segurança das embalagens primárias. Essas duas empresas alegaram não poder se pronunciar sobre o assunto.

Motivo: estariam negociando novos sistemas de proteção

para blisters com laboratórios, que lhes solicitaram sigilo. “Os clientes querem adotar tecnologias anti-

pirataria de ponta, inéditas no país”, confidenciou um executivo de uma das fornecedoras.

Fórum destaca valor da integraçãoPromover sinergia entre os fornece-dores de produtos que se comple-mentam para dar corpo a embala-gens, possibilitando às indústrias pro-jetos integrados para a apresentação de seus produtos, é uma tendên-cia dos últimos anos. Dentro desse espírito, um grupo de empresas, capitaneado pela gráfica de embalagens gaúcha Box Print Grupograf, organizou o Fórum de Soluções Integradas, evento que teve uma primeira edição no Rio de Janeiro, no dia 11 de agosto, e uma segunda em São Paulo, no dia 1º de setembro.Embora estivesse aberto a partici-pantes ligados a diversas indústrias, o Fórum deu especial importância ao segmento farmacêutico, até pelas vocações das empresas patrocina-doras – além da Box Print, Allplas (produtora de frascos plásticos), Saint-Gobain Embalagens (fras-cos de vidro), OFAG (gráfica espe-cializada na impressão de bulas),

Alphacolor (fornecedora de rótu-los auto-adesivos), Avery Dennison (fabricante de bases para rótulos) e Gráfica Aquarela (focada em mate-riais promocionais). O Fórum ainda contou com apoios da Alcan, da Melhoramentos, da Sacotem, da Unitown e de EmbalagemMarca. A

Suzano participou como convidada. Composto por apresentações das indústrias fornece-doras e também dos clientes sobre temas como ambiente e sup-ply chain, o Fórum teve um palestrante ânco-ra em cada cidade para encerrar o dia de

apresentações. No Rio de Janeiro, o professor Júlio Machado falou sobre qualidade de vida. Em São Paulo o navegador Amyr Klink ver-sou sobre administração de riscos, usando como base a sua viagem ao continente Antártico. No final, nas duas datas, houve um coque-tel com apresentação da Ala dos Compositores da Mangueira.

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38 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

“Há países que reciclam mais que o Brasil, mas são sempre territórios minúsculos e economias maiúscu-las, bem o contrário da nossa situação”

Hermes Contesini, coordenador de comunicação da Abipet – Associação Brasileira da Indústria do PET, sobre o anúncio, feito pela PETcore, de que

na Europa 31% das 2,15 milhões de toneladas consumidas de PET

foram recicladas. O Brasil já recicla 48% das 173 000 toneladas consumidas por embalagens

Bons ventos na ColômbiaUm ano após estabelecer negó-cios na Colômbia, a partir da aquisição do controle acioná-rio da companhia de adesivos PIN, a Artecola anunciou que irá duplicar suas instalações naquele país. Segundo Eduardo Kunst, diretor-superintendente da Artecola, as vendas da com-panhia na Colômbia cresceram 39% no período. Devido ao bom desempenho, os negócios, focados inicialmente apenas em adesivos para a indústria calçadista, passam a abranger também os setores de papel e embalagem. Em compasso com o bom momento, a Artecola está mudando para instalações maiores e está transferindo para Bogotá o executivo Roque José Klein, que respondia pela gerência da unidade do Grupo em Campina Grande (PB). Ele assume a gerência comercial na Colômbia. Os negócios em outros países também vão bem para a Artecola: cresceram 40% no México e 27% na Argentina.

Avaliado atualmente em 459 bilhões de dólares, o mercado mundial de embalagens deve crescer a uma média de 4,2% nos próximos quatro anos, chegando aos 556 bilhões de dólares. A previsão faz parte de um

recém-publicado cenário mundial da embalagem para 2009, feito pela consultoria inglesa Pira em parce-ria com a Organização Mundial de Embalagem (WPO). Veja algumas previsões desse estudo:

As embalagens e o mundo em 2009

• O mercado asiático de emba-

lagens irá sofrer significativo

crescimento, especialmente o

chinês, do qual se espera que o

consumo de embalagens evolua

a taxas anuais de 8,2% nos próxi-

mos anos, atingindo 51 bilhões de

dólares em 2009

• A Índia será o mercado com

evolução mais acelerada na Ásia,

crescendo a uma média de 14,2%

nos próximos exercícios até atin-

gir 13 bilhões de dólares daqui a

quatro anos

• A Polônia será o país europeu

cujo mercado de embalagens

crescerá mais rapidamente, a

taxas médias anuais de 11%,

alcançando 6 bilhões de dólares

em 2009

• A Rússia, entretanto, continuará

sendo o maior mercado de emba-

lagens na Europa, atingindo 18,5

bilhões de dólares em 2009

• Papéis e papelão são os mate-

riais de embalagem mais consu-

midos globalmente, tendo movi-

mentado 176 bilhões de dólares

em 2004. Calcula-se que esse

mercado crescerá a taxas médias

anuais de 4,2% nos próximos

anos, chegando a 216 bilhões de

dólares em 2009

• Alimentos geram a maior

demanda por embalagens no

mundo, e prevê-se que o setor

de embalagens específicas para

esses produtos crescerá a taxas

médias anuais de 4,6%, atingindo

227 bilhões de dólares em 2009.

• No entanto, a área de emba-

lagens para medicamentos terá

o maior ritmo de crescimento, a

uma taxa média de 7,1% até 2009

Uma das grandes produtoras de defen-sivos agrícolas do país, com faturamen-to anual de cerca de 190 milhões de dólares, a multinacional americana FMC Agricultural Products está adotando nas suas embalagens de inseticidas, herbi-cidas e fungicidas, entre outros itens, tampas com 40% de material reciclável. O projeto é atendido pela Recicap, uni-dade de reciclagem de embalagens de agroquímicos aberta em Xerém (RJ), no fim de 2004, pela produtora de moldes e tampas plásticas Garboni, e apoia-do pelo inPEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Como contam Denílson Almeida e Ana Cláudia Caetano, responsáveis na FMC

pelo projeto, até então as tampas pós-consumo dos produtos da companhia, com fábrica em Uberaba (MG), eram incineradas por falta de alternativa de destinação. Agora, além de terem seu impacto ambiental diminuído, as novas tampas também geram economia nos custos de embalagem da companhia.

Tampas 40% mais verdes

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40 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

“O conselho é vender aço e comprar plástico”

entrevista >>> Antonio Carlos Teixeira Álvares

s embalagens metálicas estiveram em voga nas últimas semanas. Primeiro, por anúncios de investimentos de porte de produtoras no mercado nacional (os quais podem ser conferi-dos na página 52 desta edição). Em paralelo,

gerou repercussão uma polêmica em torno de alterações na legislação do transporte de produtos perigosos, afetando seto-res cuja distribuição se embasa nas latas, como o de tintas e vernizes. E, num plano maior, a preocupação da indústria em geral com a volubilidade dos preços das resinas, bafejada por anúncios de reajustes em série nos próximos meses, leva a crer que as embalagens metálicas – e as celulósicas e de vidro também – poderão recuperar espaços perdidos nos últimos anos para os plásticos em categorias do varejo cujas políticas de acondicionamento se alicerçam basicamente em preço.Quem discute esses e outros assuntos na ordem do dia para o setor de embalagens metálicas é Antonio Carlos Teixeira Álvares, presidente do Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais do Estado de São Paulo (Siemesp) e diretor superintendente da Brasilata, um dos principais nomes em embalagens metálicas no país. Engenheiro, pós-graduado em Administração de Empresas e professor há mais de trinta anos da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (SP), Teixeira vê um momento favorável às metalúrgicas. “A ten-dência é a recuperação da embalagem de aço”, ele afirma.

Recentemente a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) promoveu alterações na legislação de transporte de produtos perigosos que afetam a atual estrutura da indús-tria de tintas no que diz respeito à política de embalagens. Quais delas afetam a atual estrutura da indústria de tintas nesse campo?

A questão das embalagens de transporte para produtos peri-gosos tem sido tratada pela ONU – Organização das Nações Unidas há várias décadas. No caso de produtos tóxicos, como os defensivos agrícolas, as empresas brasileiras já se adequa-ram às normas recomendadas pela ONU. No mercado de tin-tas, há uma peculiaridade: as tintas à base de água não são con-sideradas como produtos perigosos. Esse segmento representa quase 60% do volume de 1 bilhão de litros de tintas anualmente produzidos no país. Apenas as tintas à base de solventes, como esmaltes sintéticos e tintas industriais, estariam na categoria de produtos perigosos. A legislação em vigor determinou, há algum tempo, procedimentos exigidos para o transporte.

As normas da ONU levam em conta as peculiaridades brasi-leiras, como a dimensão do território e problemas de infra-estrutura rodoviária? Essas normas fazem sentido diante do tão propalado custo Brasil ?O Sitivesp – Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo encaminhou em junho último à ANTT uma análise das experiências em outros países, com o apoio do Siemesp – Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais. O Sitivesp solicitou adequações na Resolução 420 do Ministério dos Transportes. A argumentação demonstra que alguns proce-dimentos são desnecessários, até porque não há registros impor-tantes de acidentes com tintas. Por outro lado, não haveria via-bilidade econômica para a produção de embalagens especiais em maior escala, a curto prazo. Alguns fabricantes de latas de aço já se prepararam para atender as exigências para produtos perigosos, como é o caso da Brasilata, que foi a primeira a obter a certificação dentro dos padrões recomendados pela ONU. Entretanto, como presidente do Siemesp, entidade que congre-ga a maioria dos fabricantes de latas de aço, apoiamos o pleito

Antonio Carlos Teixeira Álvares, presidente do

Siemesp e diretor da Brasilata, fala do revigoramento

das embalagens de aço diante da alta das resinas e

de polêmicas que movimentam o setor metalúrgico

A

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AÇÃO

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do Sitivesp, pois a cadeia produtiva teria grande dificuldade em se adequar às novas exigências legais. Acreditamos numa solução negociada, entre empresas e governo, para atender aos padrões de segurança recomendados pela ONU.

Os baldes plásticos têm crescido em participação como embalagem de tintas nos Estados Unidos, mas têm presença tímida no Brasil. Trata-se de questão cultural ou isso se deve a fatores como escalas além das possibilidades de atendimento dos plásticos ?O fato de a lata de aço ser a principal embalagem para tintas tem forte liga-ção com questões culturais do mercado brasileiro. Diferentemente dos Estados Unidos, o nosso mercado exige, nas latas de tintas, litografias vistosas que comuniquem as características dos produtos para o consumidor. Além disso, a lata de aço é reconhecida pelos lojistas como a solução mais adequada à armazenagem e à exposição, graças à sua robustez. Some-se a esses fatores o fato de que o aço é um insumo produzi-do no Brasil, com custo competitivo, e sempre foi amplamente disponível.

As alterações promovidas pela ANTT prejudicam as embalagens de aço e pri-vilegiam embalagens alternativas para tintas e vernizes, como as plásticas?Elas implicam em custos adicionais tanto para as latas de aço quanto para as embalagens plásticas.

Falando em plásticos, nota-se apreensão das indústrias usu-árias de embalagem quanto aos preços futuros das resinas termoplásticas. O setor de conversão de embalagens afirma que trabalha com custos ainda não repassados aos clientes – o que presumivelmente será feito nos próximos meses. O aço, ou mais especificamente a embalagem de aço, também tem grandes custos represados? Como as metalúrgicas podem aproveitar essa queda da atratividade de custo das resinas e das embalagens plásticas?A embalagem de aço não apresenta custos represados. O aço tem preço fixo há um ano, com tendência estável. O preço do plástico, ao contrário, tende a acompanhar o aumento inter-nacional do petróleo. A preços de hoje, no mercado futuro, o conselho é vender aço e comprar plástico, ou seja, o preço do plástico deve subir, enquanto o preço do aço deve recuar.

Para embalagens de aço, quais segmentos de produtos de largo consumo têm se revelado mais suscetíveis às migrações

de embalagem influenciados por preço?A grande disputa se dá atualmente com o PET no mercado de óleos comestíveis. Presentemente, a CSN – Companhia Siderúrgica Nacional está investindo em campanha publicitária para sinalizar que o óleo em lata de aço dispensa o uso de con-servantes químicos, ao contrário da embalagem transparente, que deles necessita para proteger o óleo da oxidação provocada

pela luz.

Os avanços de outros materiais de embalagens sobre mercados cativos da lata de aço sempre geram gran-de repercussão, porém o avanço da embalagem de aço não obtém o mesmo destaque. Trata-se de negligência da mídia? A embalagem de aço também está conquistando novos mercados?A História nos diz que a popularização da embalagem ao consumidor final se iniciou no século XIX com a utilização do vidro, do aço e do papel cartão. Materiais como o alumínio, o plástico e a embalagem cartonada asséptica surgem no século XX, principalmente após a II Guerra Mundial. É natural, portanto, que tenham ocupado espaço dos materiais pioneiros. Parece haver, entretanto, segmentos claramente defi-nidos no mercado, como o vidro para vinhos, as latas de aço para alimentos processados e embalagens cartonadas para sabão em pó. Ocasionalmente,

surgem inovações que ultrapassam fronteiras, como a lata para sabão em pó, com fechamento Bat-plus, lançada pela Brasilata, que desafiou a tradicional embalagem feita de cartão.

Semanas atrás a Tetra Pak apresentou, numa feira de negócios em São Paulo, azeites em caixinhas longa vida com tampa plástica. O senhor acredita que as embalagens cartonadas assépticas poderão ou tenderão a concorrer com as embala-gens metálicas por esse e por outros segmentos de mercado?Não acredito que a embalagem cartonada asséptica seja ade-quada para acondicionar azeites. Os óleos são produtos de consumo progressivo, e a embalagem cartonada não se adapta bem a essa característica. A principal concorrência nessa cate-goria de produtos deverá continuar a ser a da garrafa de PET.

Que conseqüências poderão ocorrer no Brasil nos próximos anos, e mais especificamente no negócio nacional de emba-lagens metálicas, com o provável início das exportações de folhas-de-flandres por companhias chinesas que começaram a operar nos últimos anos?

“A embalagem de

aço não apresenta custos

represados. O aço tem

preço fixo há um ano, com

tendência estável. A preços

de hoje, no mercado futuro,

o conselho é vender aço

e comprar plástico, ou seja,

o preço do plástico

deve subir, enquanto o

preço do aço deve recuar”

entrevista >>> Antonio Carlos Teixeira Álvares

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A China foi a responsável pelo aumento do preço mundial do aço nos últimos três anos e também deverá determinar o seu recuo. Com o início de produção de novas siderúrgicas, a China já é hoje responsável por 30% da produção mundial de aço, sendo que, há três anos, esse índice não alcançava 15%. A concorrência mundial já estaria ocorrendo em aços não planos, utilizados na construção civil. Futuramente, deverá ocorrer tam-bém no aço plano, englobando inclusive a folha de aço utilizada pela indústria de embalagem. Estou convencido de que o preço da folha de aço deverá baixar no mercado internacional, em futuro próximo, e esse fato será altamente positivo para as indústrias de latas.

As inovações em embalagem de aço demoram para aportar no país e para serem adotadas pelas indústrias usuárias de embalagens. Latas com perfis diferenciados para bebidas e até para aerossóis ainda são muito pouco utilizadas no Brasil. É possível haver maior sinergia entre produtor de matéria-prima, metalúrgicas e cliente-la para lançamento de inovações em embalagens de aço?Discordo, existe aí um erro de percep-ção. A lata de aço brasileira tem con-quistado aplausos por parte do mercado internacional. Latas como a Abre-fácil, da Rojek, e as latas Plus e Biplus, da Brasilata, são reconhecidas no exterior, com patentes internacionais e negócios fechados na exportação. Quanto às latas com perfis diferenciados, as chamadas latas “shaped”, conceito surgido na Europa em meados da década de 80, elas se mostram eficientes para produtos premium que sinalizam imagem de marca, acima do volume de vendas. Essas latas são necessariamente mais caras, porque exigem aço especial e processo de produção mais custoso. Portanto devem ter sempre em mente as oportunidades no segmento premium. Em latas shaped, a CSN tem cooperado tanto com o fabricante da embalagem como também com o envasador. O mercado brasileiro tem inclusive registrado lançamentos de sucesso, como a nova lata do Leite Moça.

A Brasilata, da qual o senhor é diretor superintendente, vem intensificando a atuação em embalagens metálicas para tin-tas em outros países, como México e Estados Unidos. Qual o potencial de negócios para os produtores nacionais de latas de aço em mercados internacionais?Em minha opinião, o Brasil terá condições de competir com vantagem, no mercado internacional, em embalagens de aço. Nesse campo já verificamos casos que podem ser chamados

de “globalização reversa”, nos quais empresas brasileiras produzem inovações que são compradas no exterior. É o caso da Rojek e da Brasilata, e certamente outros players virão se posicionar. Há um grande potencial lá fora para as soluções de latas de aço desenvolvidas no Brasil.

Quais são os principais desafios do Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais do Estado de São Paulo, entidade cuja presidência o senhor assumiu há pouco mais de um ano?Com registros desde 1933 e carta sin-dical lavrada em 1941, o Siemesp con-grega toda a indústria que estampa metais, como fabricantes de latas de aço, de tambores de aço, de latas de alumínio e de outros artefatos. Estamos dedicados ao processo de nacionaliza-ção da entidade para ampliar a repre-sentação da categoria. Sempre parti-cipei do Siemesp e integrei diretorias anteriores, e me recordo de que, no início da década de 90, nos primórdios do Mercosul, os argentinos, durante a negociação, nos questionaram se esta-vam tratando com o Brasil ou com o Estado de São Paulo. Buscamos agora a representatividade nacional e também a inclusão de novos sócios, que forma-rão Núcleos Setoriais para encaminhar com eficiência as demandas específicas de cada cadeia produtiva. Outra medida

da atual diretoria, já aprovada e registrada em estatuto, limita em uma única reeleição para o cargo de presidente, o que deve incentivar o surgimento de novas lideranças.

Além de presidente do Siemesp e diretor de uma grande pro-dutora de embalagens, o senhor integra o Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp. A atual crise política está respingando no desempenho da indústria e no negócio de embalagens?Aparentemente, vivemos um momento de grande desigualda-de: o setor exportador concentra os ganhos, enquanto quem produz para o mercado interno está sofrendo bastante. O setor produtivo está, de fato, asfixiado com o peso da alta carga tributária e com a política insana de juros altos. Perseguir uma meta de inflação de 5% com taxa nominal de juros na casa dos 20% é, a meu ver, uma sandice total. Felizmente, parece surgir agora uma luz no fim do túnel com a decisão da última ata do Copom que fala na redução gradual da taxa de juros. Defendemos já uma redução forte dos juros. Quanto à crise política, nossa posição é de respeito integral à legalidade e que todas as denúncias sejam apuradas.

“O Brasil terá condições

de competir com

vantagem, no mercado

internacional, em

embalagens de aço. Já

verificamos casos que

podem ser chamados de

‘globalização reversa’, nos

quais empresas brasileiras

produzem inovações que

são compradas no exterior”

entrevista >>> Antonio Carlos Teixeira Álvares

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iva da cena evangélica nacional, a cantora Aline Barros acaba de lançar o registro de uma apresen-

tação num DVD cuja embalagem, perdoe-se o trocadilho, merece louvor. Acontece que o estojo desse título, Som de Adoradores – Aline Barros Ao Vivo, é brandido como o primeiro a apresentar capa com impressão sobre hot stamping holográfico no mercado doméstico. O efeito obtido com o uso generoso da película metalizada de decoração é, literalmente, brilhante.

Jason Russell, especialista de produtos para o segmento de mídia da responsável pela embalagem, a Rigesa, relata que a própria cantora se interessou por essa alternativa de acabamento e intercedeu para a sua aplicação na capa de seu DVD. Na Rigesa, o negócio de estojos para

o segmento de mídia – CDs, CDs-ROM, DVDs – aproveita, sob a marca Digipak, o expertise da americana AGI Klearfold, divisão de embala-gens especiais de sua controladora, a também americana Mead Westvaco. A recém-lançada capa, no entanto, sur-preendeu até mesmo os especialistas de lá. “Constatamos que a impressão sobre hot stamping holográfico em embalagens de mídia é incipiente no mundo inteiro”, diz Russell. “Isso valoriza o projeto nacional.”

O executivo de contas da Rigesa informa que do primeiro sinal de inte-resse, passando por estudos gráficos e técnicos até a aprovação final, o desenvolvimento do estojo especial durou quase seis meses. Importado da Alemanha, o foil (película) metaliza-do é impresso em off-set em quatro cores. Graças à presença da hologra-

fia, os planos de fundo da imagem da capa sobressaem num efeito tridi-mensional.

Em sua prova de fogo, a apresenta-ção ao público numa feira de negócios do mercado gospel, ocorrida em mea-dos de setembro em São Paulo, o pro-duto roubou a cena, sempre contando com um grande número de curiosos ao seu redor. “A repercussão constata-da nesse evento só ajuda a confirmar que as embalagens chamativas e com glamour têm grandes oportunidades no mercado de mídia”, argumenta Russell, aguardando consultas para novos projetos com o reluzente aca-bamento – principalmente em esto-jos de edições especiais de filmes e em box-sets de seriados televisivos, apresentações de prestígio que são especialidades da linha Digipak de embalagens.

celulósicas >>> estojos

Estojo de DVD brilha com uso de impressão sobre hot stamping holográfico

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Faz parte do show

46 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Rigesa(19) 3707-4000www.rigesa.com.br

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LUME – Película metalizada holográfica leva impressão off-set em quatro cores

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nona edição da feira bienal Envase 2005, realizada de 19 a 23 de setembro último em Buenos Aires, pode ser vista como um

importante sinalizador para empresas bra-sileiras e argentinas do setor interessadas em ampliar reciprocamente suas vendas, intercambiar equipamentos e tecnologia e, acima de tudo, buscar complementaridades na cadeia de embalagem. Mais do que uma vitrine de novidades em materiais, em pro-cessos ou em tecnologia de ponta, a Envase 2005, que transcorreu simultaneamente com a Alimentek 2005, exposição de máquinas e equipamentos para o processamento de ali-mentos e bebidas, constituiu terreno propício para a busca de negócios.

Economia ajudaA importância da feira cresce na medida em que as possibilidades de negócios se dão no terreno das coisas concretas, nas relações empresa-empresa, especialmente enquanto ficam no campo dos projetos as intenções de consolidar o Mercosul e a mais recente novi-dade virtual da integração latino-americana, a Casa – Comunidade Sul-Americana de Nações. Nesse quadro, a modesta presença de expositores e mesmo de visitantes brasi-leiros no evento chamou a atenção e parece revelar alguma falta de senso de oportuni-dade, se não de ousadia, para aproveitar o bom momento da economia do país vizinho, ampliando trocas comerciais de lado a lado.

Releve-se, claro, que a feira argenti-na, onde EMBALAGEMMARCA esteve pre-sente com um estande, foi de certa forma prejudicada pela coincidência da realização de outros eventos internacionais da área de embalagem no mesmo período, como a LabelExpo Europe, em Bruxelas, na Bélgica, e a PackExpo, em Las Vegas, nos Estados Unidos (veja cobertura do enviado especial Leandro Haberli a Bruxelas na página 14; a cobertura da PackExpo, por Guilherme

feira >>> envase/alimentek

Evento na Argentina foi propício para a busca de negócios de lado a lado

AEvento na Argentina foi propício para a busca de negócios de lado a lado

Mais que uma vitrine

48 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Kamio, sairá na próxima edição). Não obs-tante isso, foi a maior de todas as edições, tendo ocupado 26 000m² do Centro Costa Salguero. Nesse espaço, mais de 450 expo-sitores receberam em cinco dias 43 416 visi-tantes, segundo informa a entidade organiza-dora, o Instituto Argentino del Envase (IAE), que qualifica o evento como “a mostra mais importante da indústria de embalagem na América Latina”.

Ali era perceptível o clima de otimismo demonstrado pelo público, tanto pela quali-dade da freqüência quanto pela dimensão da feira, que nesta edição precisou ter dois pavi-lhões adicionais. Mas, independentemente do que foi mostrado na Envase, certas evidências que vão além do limite físico da exposição chamaram a atenção. A principal e mais signi-ficativa delas é que a economia argentina está em recuperação, com previsões que chegam a apontar para índices de crescimento próximos dos dois dígitos em 2006.

Com seu poder de compra parcialmente recuperado depois de três anos de retroces-so, a população retomou o hábito das idas

Por Wilson Palhares, enviado especial a Buenos Aires

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mensais ao supermercado, substituído desde a crise de 2001/2002 pelas compras picadas, do indispensável, em pequenos armazéns de bairro. Segundo o Indec, a agência nacional de estatística, as vendas em supermercados argentinos aumentaram 8% em julho último, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. A expectativa é de que o próximo ano será ainda melhor: as grandes redes, Disco e Carrefour à frente, anunciaram, na mesma semana em que se realizou a Envase, a intenção de abrir nada menos do que qua-renta novas lojas em 2006. É o melhor dos cenários para o negócio do packaging.

Crescimento de 50%Segundo informa o IAE, este ano a produção acumulada da cadeia de embalagem – onde, entre fornecedores e usuários, atuam cerca de 10 mil empresas (1,5% do PIB) – já registra crescimento físico de produção acumulado de 50% em relação ao ano passado, quando produziu 3 milhões de toneladas de reci-pientes de todos os tipos. Dado que parte de patamares prejudicados pela recessão passada, não seria muito adequado comparar esse crescimento com o do setor no Brasil, onde a previsão da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) é de um avanço de 2,5% este ano, quando foi de 2,26% em 2004.

Mas a verdade é que isso indica, sim, aquecimento. Enquanto no ano passado a média de ocupação do setor foi de 82%, este ano a indústria vem operando com 100% da capacidade instalada, de acordo com o IAE. Em outras palavras, há demanda não atendi-da, ainda que boa parte talvez esteja do lado de cá da fronteira. O mesmo IAE informa que o impulso de crescimento do setor se deve basicamente à demanda maior a partir do exterior. São remessas constituídas tanto por recipientes vazios quanto pelas que compõem

“A Masipack sempre apostou na Argentina. Desde que

começamos a expor na Envase, em 1994, partimos do

princípio de que estávamos entrando no mercado argentino

para ficar. Entendemos que feira não serve apenas para ven-

der, mas para marcar o nome da empresa. Costumo dizer

que não vendemos máquinas, vendemos Masipack. Temos

uma filial, a Masipack Argentina, e uma história no país,

nunca abandonamos o mercado. Estamos presentes não só

hoje, que a economia está se recuperando, mas estivemos

também nos momentos de crise. Graças a isso, hoje desfru-

tamos de muita credibilidade no mercado local. Os negócios

sempre se concentraram em Buenos Aires, mas há boas

oportunidades em outras regiões, por isso nos últimos doze

meses viajei muito ao interior, com bons resultados.”

Sidnei Schilive, diretor comercial da Masipack

“Fiquei impressionado com o número de expositores. O espaço nos pavilhões estava bem distribuído, foi

possível andar pelos corredores sem problemas, apesar da grande movimentação de público. Os estan-

des estavam bem montados, e a sinalização facilitava a busca de uma ou outra empresa. Em todos os

estandes que visitei encontrei técnicos capazes de dar explicações satisfatórias sobre propriedades e

usos dos produtos. Não vi novidades. Acho que os expositores não estavam preocupados com isso, mas

sim em estar presentes e fazer negócios. A qualidade do público – ao menos as pessoas que visitaram

o estande da Henkel Argentina, no qual eu estava – foi muito boa. Acho que valeu o investimento.”

Carlos Colameo Motta, gerente de desenvolvimento e aplicação América do Sul/Henkel Ltda.

as chamadas exportações indiretas, isto é, fei-tas por empresas que fabricam os produtos e os exportam acondicionados, sobretudo para o Brasil e para países centro-americanos. Os itens que lideram são alimentos e bebidas.

É válido concluir que, na medida em que parcela significativa das exportações de emba-lagens da Argentina para cá se dá de forma indireta, o Brasil tem no momento boas condi-ções de beneficiar-se da vantagem tecnológica que acumulou nos últimos anos em relação ao vizinho. Recente estudo comparativo rea-lizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão do Ministério do Planejamento, apontou expressiva superiori-dade do setor produtivo brasileiro em geral sobre o do país vizinho. Uma idéia desse gap pode ser obtida no cotejo dos gastos dos dois países em pesquisa e desenvolvimento (P&D): as empresas brasileiras investem cerca de 2 bilhões de dólares por ano na atividade (0,7% do faturamento), mais de dez vezes o que aplicam as argentinas (U$ 186 milhões/ano, ou 0,2% do faturamento).

50 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

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Particularmente no setor de embalagem, a distância tecnológica ou de investimentos em tecnologia não está dimensionada, mas expo-sitores brasileiros relataram ter notado busca de tecnologia e de diferenciação por parte de várias empresas locais e de terem boas perspectivas de fechar negócios (ver balões). O certo é que, não bastassem o volume e a importância histórica das relações comer-

ciais entre os dois países, a recuperação da economia argentina é um acontecimento que não pode ser ignorado pelas empresas brasileiras.

Se o fizerem, podem, de um lado, estar perdendo oportunidades de ganhar espaço num mercado que se agita, seja por melho-ras de infra-estrutura seja por estar sendo soprado pelos ventos de uma inflação de 10% ao ano. De outro lado, a indiferen-ça abre chances de ganhos de merca-do no Brasil por fornecedores argentinos, cuja competitividade não pode ser des-considerada. “Embora as matérias-primas dos produtos tenham preços internacio-nais, na Argentina a energia e a mão-de-obra são baratas”, destaca Jorge Acevedo, gerente geral do Instituto Argentino del Envase, entidade organizadora da Envase/Alimentek. Acrescente-se a essa constata-ção o câmbio, neste momento favorável ao peso argentino. Mais que “invasões comer-ciais” de lado a lado, tudo isso pode repre-sentar oportunidades de integração.

“Esta é a primeira vez que expomos

na Argentina. Vim para conhecer o

mercado, fazer contatos e, claro,

tentar iniciar negócios. Na minha

opinião, a feira esteve muito boa.

Notei que as empresas usuárias

de embalagens, no caso de latas

de aço, procuram soluções que não

têm no país, o que abre oportunida-

des para nós.”

Julio Pardal, gerente de exportação da

CBL – Companhia Brasileira de Latas

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s últimas semanas revelaram significativas movimentações do mercado nacional de resi-nas termoplásticas, em que um dos propul-sores centrais é a produção de embalagens.

Uma das principais novidades do setor foi o início das operações comerciais próprias do Pólo Gás-Químico do Rio de Janeiro. Controlado pelos grupos Unipar, Suzano, Petrobras e BNDESPar através da holding Rio Polímeros, o Pólo, mais conhecido pelo nome comercial Riopol, vinha trabalhando sob contratos de pré-marke-ting desde 2002 e fora inaugurado de modo formal em junho. As boas novas são que no último mês ele come-çou a produzir polietileno (PE), carro-chefe em seu projeto, e a fornecer polipropileno (PP) para a unidade fluminense da Polibrasil.

Por falar em Polibrasil, a Suzano Petroquímica anunciou a conclusão da compra da área de commo-dities da companhia junto à anglo-européia Basell. A

mercado >>> materiais

Setor de poliolefinas anuncia investimentos e vê estréia de nova força...

A

Agitação no mercado de re sinas...Suzano pagou, à vista, 276,8 milhões de dólares pelos 50% que a Basell detinha no empreendi-mento (a outra metade das ações já pertencia à Suzano). Com a transação, a Basell sai do negócio de resina de polipropileno, porém fica com o controle total do negócio de compostos de PP – atualmente responsável por 10% do faturamento da Polibrasil. O polipropileno, a propósito, protagoniza outro anúncio de impacto feito no início de setembro.

A Braskem e a Petroquisa, subsidiária de petroquímica da Petrobras, revelaram a forma-ção de uma joint venture voltada à construção de uma fábrica de PP em Paulínia, no interior de São Paulo. Segundo as companhias, a planta, orçada em 240 milhões de dólares, irá produzir inicialmente 300 000 toneladas por ano da resina, e deverá começar a operar

omo na plaga dos plásticos, o mercado de latas para bebidas apresenta ruidosas movimentações. Veja-se o caso da Rexam. A multinacional euro-péia, que detém a liderança mundial na produção

de latas de alumínio para bebidas e é a maior fabricante local dessas embalagens, posto atingido com a aquisição da Latasa há cerca de dois anos, anunciou que irá cons-truir uma nova planta industrial no Brasil. A nova fábrica será em Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo um comunicado oficial da Rexam, o investimento visa atender à crescente deman-da por essas embalagens no país, especialmente no Centro-Oeste, “região com os maiores níveis de crescimento do PIB no Brasil e com uma dispersa população de cerca de 13 milhões de pessoas”. Tal situação sócio-demográfica, a Rexam interpreta, faz da lata de

...enquanto titãs em latas de alumínio e de aço para bebidas divulgam projetos de novas unidades industriais

Calumínio a solução em embalagem ideal para a distribuição de bebidas nesse local. “O projeto é uma continuação da estratégia de intensificar a presença nesse importante mer-cado e irá reforçar nossa vantagem competitiva na região”, comenta Lars Emilson, diretor executivo da Rexam. “É um

importante passo à frente num mercado instigante, e irá fortalecer nossa capacidade de servir nossos clientes sul-americanos.”

Outro recente anúncio de impacto na seara das latas para bebidas, porém produzidas com

aço (folha-de-flandres), acaba de ser feito pela Cia. Metalic do Nordeste. A companhia, maior fabricante nacional de latas de aço para bebidas e controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), informou a aprovação de um

52 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

...e na cadeia das metálica s também

FOTO

: D

IVU

LGAÇÃO R

EXAM

CENTRO-OESTE – Mato Grosso terá planta de latas da Rexam

EM ALTA – Braskem e Petroquisa irão construir nova plan-ta de polipropileno no interior paulista

Page 53: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 53

projeto de expansão de capacidade que contempla a construção de uma planta industrial na região Sudeste. De acordo com a Metalic, 50 milhões de dólares serão investidos nessa nova unidade fabril. Mais 10 milhões de dólares serão injetados na atual planta da empresa, no Ceará. O local da nova linha de produção, em São Paulo ou no Rio de Janeiro, ainda não foi definido. Sabe-se apenas que a pretensão da Metalic é que a fábrica já esteja operando com capacidade de 1,2 bilhão de latas por ano em 2007.

As embalagens da Metalic acondicionam 51% das bebidas enlatadas no Nordeste. No Sudeste, porém, têm participação de 5%. Para o presidente da Metalic, Paulo Rochet, é possível chegar a 17% de market share na praça mais rica do país num médio prazo. “Cremos que só neste ano e em 2006 o mercado de latas de aço de duas peças crescerá a uma média de 5%”, afirma o executivo. A ope-ração no Sudeste teria logística favorável: vale lembrar que o aço consumido pela Metalic é produzido na usina da CSN de Volta Redonda (RJ).

Agitação no mercado de re sinas...no fim de 2007. A Braskem irá controlar 60% das ações do negócio, batizado de Petroquímica Paulínia. Os 40% restantes serão da Petroquisa. “O consumo de poli-propileno evolui com maior velocidade entre todas as resinas no mercado regional de resinas termoplásticas”, disse José Carlos Grubisich, presidente da Braskem, ilustrando o motivo do projeto.

Aliás, vale dizer que o mercado de resinas como um todo vai bem, obrigado. Segundo a Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química, as vendas no mercado interno subi-ram 19,12% em agosto, e de janeiro a agosto o volume de produção dessas matérias-primas de embalagens totalizou 2,8 milhões de toneladas – um crescimento de 4,2% se comparado ao mesmo período de 2004.

...enquanto titãs em latas de alumínio e de aço para bebidas divulgam projetos de novas unidades industriais

...e na cadeia das metálica s também

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ULG

AÇÃO B

RASKEM

Page 54: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

om quase 28 milhões de cães e 12 milhões de gatos, a população brasileira de animais de estimação só é menor, no mundo, que a ame-

ricana. Segundo o IBGE, 59% dos domicílios nacionais possuem pelo menos um animal de companhia. Consta também que, embora o chamado mercado pet venha crescendo à média anual de 20% desde 1990, apenas 37% dos gatos e cachorros existentes no país consomem alimentos industrializados. Nessa medida, os aguardados aumentos de escala impõem um desafio às linhas de embalagem do setor de rações: a migração do enchimento de sacaria pré-formada, fiada em pacotes de grandes volumes, para linhas de empacota-mento automático – mais velozes e que fazem todo sentido diante do cenário de segmenta-ção de linhas e fracionamento de embalagens. “Hoje, 70% das rações nacionais são acon-dicionadas em sacos premade e apenas 30% rodam em linhas de embalagem com bobinas técnicas”, estima José Carlos Menna Barreto, gerente de contas da Braskem. Segundo ele, a transição para a segunda vertente “é uma ten-dência”, e tem sido impulsionada por certas

flexíveis >>> pet food

Novidades em resinas prometem impulsionar a difusão do empacotamento automático nas linhas de embalagem da indústria de alimentação animal

C

Uma tendência racional

54 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

inovações em resinas. Um caso pode ser dado pela própria Braskem.

A reboque dos recentes lançamentos do Flexus, o primeiro polietileno de baixa den-sidade linear base metaloceno (PEBDLm) nacional, e do Pluris, linha de polietilenos quaterpolímeros, a petroquímica lançou em abril uma solução específica para emba-lagens de pet food. Trata-se de uma estru-tura laminada e coextrusada com elevadas resistências mecânica e ao rasgo, rigidez e excelente performance de solda a quente – fatores que, somados, sorriem à dita maqui-nabilidade, desempenho exigido pelas linhas automáticas de empacotamento. A solução também reverte em barreiras superiores às migrações de gorduras, preservando o sabor das rações e, que muitas vezes ocasionam prejuízos à impressão.

Sem pipocar“A solução também ameniza o que no jargão do setor é conhecido como efeito pipoca, ou seja, as marcações dos grânulos das rações nas paredes das embalagens”, diz Menna Barreto. Ele situa que esse é um dos prin-

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ULG

AÇÃO

Somente

30%das linhas de

embalagem de rações no país baseiam-se em

bobinas técnicas

FON

TE:

BR

ASKEM

INTEGRIDADE – Estruturas plásticas avançadas

garantem embalagens de pet food com melhor acabamento superficial

Page 55: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 55

cipais martírios das indústrias de rações em relação ao acabamento superficial de suas embalagens, dado aferido num trabalho de aproximação dos elos da cadeia de valor de rações conduzido pela Braskem.

“Na verdade, a indústria de rações é muitíssimo exigente em termos de apuro visual para suas embalagens, e até por isso os fornecedores do setor formam um grupo seleto”, salienta Vilmar Luiz Dagios, dire-tor administrativo da paranaense Inplasul, de Pato Branco, tradicional convertedora de sacaria para pet food e uma das parceiras de campo da Braskem na difusão de sua nova solução. “Esses clientes já estão partindo para embalagens com no mínimo oito cores e constantemente nos pedem inovações, daí nossa percepção de que a nova estrutura plástica chega em boa hora.” O executivo da Braskem informa: a nova solução já está em fase de validação nas linhas de vips da área de pet food e suas vantagens técnicas e visuais estão na iminência de poderem ser provadas nas gôndolas de ração. A conferir.

Nova geração Elite também é destaqueRecentemente a Dow anunciou uma novidade que também contempla embalagens flexíveis para rações: a segunda geração de sua família de polietilenos aprimorados Elite. Essas resinas igualmente vão ao encontro da necessidade de alto desempenho em máquina das linhas de empacotamento automático. Elas são mais uniformes e garan-tem, segundo a Dow, embalagens com maior resistência mecânica e propriedades de barreira avança-das. Além de embalagens flexíveis, a nova geração Elite também é recomendada para a produção de filme termoencolhível (shrink) para bebidas, por ter uma capacidade de encolhimento intermediário.

Braskem(11) 3443-9999www.braskem.com.br

Dow(11) 5188-9000www.dow.com

Inplasul(46) [email protected]

Page 56: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

56 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

Consultor de sistemas e processos usados na indústria de embalagens flexíveis, o engenheiro Décio Colaneri desenvolveu uma opção nacional de transdutor fotoelétrico para máquinas cortadeiras de embalagens flexíveis. Destinado principalmente a aplica-ções gráficas, o aparelho é capaz de auxiliar no corte longitudinal das embalagens flexíveis a partir da leitura de uma linha-guia impressa. A idéia foi impulsionada pela ausência de equipa-mentos similares fabricados no Brasil. “Os usuários não encontravam outra opção a não ser importar uma máqui-

na completa, com o sistema automáti-co de corte incorporado”, diz Colaneri, acrescentando que o preço de seu produto não ultrapassa 60% do cobra-do por alternativas importadas. [email protected]

A Roland trouxe ao mercado bra-sileiro a impressora/recorte Soljet SC-545EXW, que imprime com tinta branca, inclusive em mídias transparentes, com resolução máxi-ma de 1440dpi. Segundo Tiziano Mazza, profissional de marketing da empresa, trata-se da primeira impressora ink jet eco solvente do mercado que suporta tinta branca. Na seara de embalagens, o equipamento pode ser utilizado em provas de impressão de rótu-los transparentes impressos com tinta branca. Outras aplicações incluem a impressão de pôsteres, decalques, adesivos para veículos,

sinalizações e provas para gravu-ras. Especificamente para o equi-pamento, a Roland está lançando no Brasil a linha Eco SOL de tinta branca, que pode ser impressa como undercoat em substratos transparentes, aumentando a opa-cidade e o brilho da impressão em quatro cores. “É um implemento significativo para a impressora/recorte Soljet SC-545EXW”, ava-lia João Batistel, gerente sênior da Roland DG. O kit de tintas e a impressora foram desenvolvidos com base no software VersaWorks.(11) 4615-5666www.rolanddg.com.br

De olho no Fernando PiniO departamento de marketing da Abigraf – Associação Brasileira da Indústria Gráfica teve cerca de 2 000 inscrições para a edição deste ano do Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica. A cerimônia de premiação ocorrerá em São Paulo, no dia 22 de novembro próximo. O prazo de inscrições encerrou-se no dia 16 de setembro.

Festa dos númerosA Votorantim Celulose e Papel (VCP) fechou o primeiro semestre deste ano com lucro líquido de 356 milhões de reais, resultado 12% superior ao de igual período de 2004. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o resultado cresceu 45,5%. O mercado inter-no foi responsável por 48,6% da receita da VCP nos primeiros três meses de 2005.

Reseller agreementA Esko-Graphics ampliou sua par-ceria de distribuição com a Agfa. Voltados a gráficas especializadas em conversão de embalagem, soft-wares como DeskPack e Plato, de pré-impressão e gerenciamento de workflow, fazem parte da iniciati-va. O acordo entre Agfa e Esko-Graphics já estava em operação no Reino Unido e na Espanha. Com a ampliação da parceria, começou a ser estendido para Ásia, Austrália e outros países da Europa.

AcabamentosEspecializada em acabamentos gráficos especiais, a UVPack está ampliando seus serviços. Além de ter investido numa montadora de capa dura, a empresa agora atua no mercado de laminação PET metaliza-do com tratamento para impressão.

Qualidade auferida A Celulose Irani lançou durante a Fipan 2005, feira de panificação e confeitaria, realizada em São Paulo entre os dias 26 e 29 de julho, o selo de Qualidade Irani. Certificado pelo Instituto Adolfo Lutz, o atesta-do foi entregue aos estabelecimen-tos que utilizam embalagens celu-lósicas produzidas pela empresa na distribuição de seus alimentos

Transdutor nacional, preço em conta

A Sun Chemical lançou a linha de tintas

de impressão WideStar, que pode ser

usada em qualquer tipo de impressora

off-set plana. A empresa divulgou inves-

timento inicial de 500 mil dólares no

projeto, que demandou um ano e meio

de trabalho, e contou com o desenvolvi-

mento de matérias-primas locais. Entre

os avanços do produto foram divulgados,

entre outros, alto brilho, estabilidade em

máquina e alta transferência com boa

definição de ponto. Luiz Lucietto, diretor-

presidente da Sun Chemical do Brasil,

afirma que o preço do produto por quilo

equivale ao de outras tintas ofertadas

no mercado. “O principal benefício é o

custo por impresso, que se revelou bas-

tante competitivo”, afirma o executivo.

A Sun Chemical afirma deter de 30% a

40% do mercado brasileiro de tintas pla-

nas, que movimentaria 5 500 toneladas

por ano. Com o lançamento, a empresa

projeta crescer entre 5% e 10% no país.

A linha WideStar também será lançada

na Argentina e no Chile. A expectativa

da empresa é que sua produção atinja

entre 3 000 e 4 000 toneladas por ano na

América Latina. O produto está sendo

vendido em latas e cartuchos.

(11) [email protected]

Competindo no custo por impresso

Para provas com tinta branca

Page 57: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

Como leitor assíduo da Revista EmbalagemMarca, desde a sua primeira edição em 1999, quando ainda estava na Universidade cursando Design, utilizo a publicação como referên-cia para minhas criações e projetos. Esta prática foi constante em minha carreira, além de atualizar-me com o seu conteúdo editorial informativo.

A maioria das informações contidas na publicação é indispensável ao profissional do setor por trazer sempre novidades a respeito da área de design, produção gráfica, logística e excelentes orientações sobre melhores práticas de criação. O layout bem definido e agradável, bem como a programação visual da EmbalagemMarca, são outros atrativos que despertam muita atenção.

Assim como a Henkel, a revista também privilegia parcerias sólidas a fim de fortalecer uma trajetória de sucesso e êxito. Na minha opinião, EmbalagemMarca sempre busca aprimorar e trazer notícias que atendam às expectativas de seus qualificados leitores. A Henkel, empresa líder mundial de adesivos e tecnologias de superfícies com 50 anos no Brasil e com marcas consagradas, como Loctite Super Bonder, Pritt e Tenaz, também busca inovar por meio de seus produtos de qualidade, serviços e, certamente, na diferen-ciação de suas embalagens.

Por este motivo, estamos satisfeitos pelo fato de podermos contar com uma mídia direcio-nada ao setor e que contribui de forma significativa com os profissionais com informação, credibilidade e prestígio.

Page 58: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

m voga nos últimos tempos, desde que passou do âmbito dos equipa-mentos domésticos para as aplica-ções industriais e comerciais em

larga escala, a impressão digital foi tema de um evento no mês de setembro. Numa ação da gigante americana em tecnologia HP, da qual participaram os distribuidores das linhas de impressoras profissionais da marca no território nacional – Comprint, Alphaprint e Digigraf –, um show room foi montado em um espaçoso imóvel na região central de São Paulo, de 5 a 23 de setembro. Com o nome de Casa das Artes Gráficas, o local abrigou equipamentos em funcionamento, para a visi-tação de clientes, de fregueses potenciais e da imprensa especializada.

A idéia do evento era mostrar aos pos-síveis usuários da tecnologia digital que há, hoje, boas oportunidades de negócios propor-cionadas pelas novas exigências do mercado – tiragens menores, maior diversidade de produtos e prazos de entrega mais curtos, tudo a preços competitivos. “A participação da tecnologia digital no volume de páginas impressas em todo o mundo está hoje em cerca de 8%”, diz Edson Shiwa, vice-presi-dente do grupo de imagem e impressão da HP Brasil. “Poderíamos desanimar e pensar que é pouco, mas preferimos enxergar uma grande oportunidade nos 92% em que ainda podemos crescer.”

Casa das Artes Gráficas propicia contato in loco com impressoras digitais

E

Digitais à mostraEspecificamente no que diz respeito ao

mercado industrial, voltado a soluções para a impressão de embalagens e rótulos, no qual atua mais fortemente o público leitor da revista EMBALAGEMMARCA, a impressora em exibição que se destacava era a HP Indigo ws4050, uma off-set digital, adquirida recen-temente pela convertedora de rótulos e etique-tas Asterisco, de São Paulo.

A ws4050 imprime em até sete cores (a velocidade chega a 16 metros lineares por minuto em trabalhos com quatro cores) sobre substratos variados – inclusive PVC, material utilizado largamente em rótulos termoencolhí-veis e sensível ao calor, mas que não distorce no processo de impressão por ter um contato muito rápido com a blanqueta. Com a aquisi-ção da ws4050, a Asterisco amplia sua linha de equipamentos digitais (a gráfica já pos-sui em seu parque uma HP Indigo ws2000). “Investimos numa segunda impressora digital porque o conceito foi muito bem absorvido pela nossa área de vendas, o que nos tem gera-do uma boa ocupação da máquina”, explica Roberto Ribeiro, diretor-presidente da empre-sa. O empresário diz ter conhecido o equipa-mento na Labelexpo Chicago em 1997, mas só sentiu confiança para adquiri-lo em 2003. “Quando a HP adquiriu a Indigo e a Comprint se tornou distribuidora da marca no Brasil, senti que teria mais apoio, principalmente em termos de assistência”, comenta Ribeiro. O processo de adaptação ao equipamento digital não foi problemático. “Ocorre que sempre tra-balhamos com pedidos personalizados, rápido atendimento e tiragens menores”, diz Ricardo Ribeiro, diretor da Asterisco. “Operávamos sob os conceitos da tecnologia digital, mas sem os equipamentos. Agora os temos.”

Asterisco(11) 295-2200www.etiquetasasterisco.com.br

Comprint(11) 3371-3371www.comprint.com.br

HP(11) 4197-8000www.hp.com.br

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

58 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

AMOSTRA – Capaz de imprimir rótulos em sete cores e em substratos variados, a ws4050 foi uma das impressoras digitais mostradas no evento. No alto, amostras de rótulos produzidos pelo equipamento

Page 59: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 59

m paralelo ao fortalecimento de seus produtos de consumo, numa estratégia que absorveu mais de 12 milhões de reais apenas com o recente lançamento do papel higiênico

Personal Unique, a Santher, uma das quinze maiores pro-dutoras de papel do mundo, com capacidade de 200 000 toneladas anuais, também aposta na sua Unidade de Papéis Especiais. Entre os principais focos da divisão está o mer-cado de embalagens flexíveis, no qual a empresa tem se pautado pelo desenvolvimento de produtos e exploração de novas oportunidades de negócio.

A Santher aproveitou a Food Pack 2005, feira de emba-lagens para a indústria alimentícia, que aconteceu em São Paulo entre os últimos dias 30 de agosto e 1 de setembro, para apresentar os papéis Sanlabel e fazer o lançamento oficial da linha Sanproof. No primeiro caso, o produto pode ser usado como substrato de rótulos impressos em rotogravura, flexografia e off-set.

Disponíveis em baixas gramaturas (de 35 a 50 g/m2), os papéis revestidos – conhecidos como coated woodfree specialties – da linha Sanlabel também se destinam à produção de embalagens flexíveis que entram em contato direto com alimentos. Assim, um dos mercados-alvo do produto é o de chicles e candies.

Também voltada ao mercado alimentício, especial-mente o de refeições rápidas, a marca Sanproof represen-ta uma família de papéis resistentes a gordura. Composta por três produtos diferentes, a linha apresenta níveis diferenciados de barreira a óleo. Voltado a sacos de fast-foods, o papel Sanproof tem menor grau de migração da gordura se comparado ao Sanproof Packaging, indicado para embalagens de manteiga, e ao Sanproof Oven, cuja

Santher lança papel para produção de rótulos e embalagens

E

A vez dos especiaisprincipal aplicação está atrelada a embalagens primárias de pipoca de microondas.

Unidade em altaAtuando também com laminação, parafinação, siliconi-zação, interleaving, crepagem e conversão de sedas em geral, a Unidade de Papéis Especiais da Santher cresceu 21% em volume em 2004, passando a responder por cerca de 20% do faturamento da companhia. Sem desmerecer a importância da Unidade de Produtos de Consumo, em que somente a linha de papéis higiênicos disputa um mer-cado estimado em 2,3 bilhões de reais por ano, a Santher está especialmente animada com o promissor negócio de papéis especiais em geral e embalagens em particular. “Com os atuais investimentos, estamos confiantes num crescimento considerável e consistente dos negócios da Unidade de Papéis Especiais nos próximos anos”, conclui Alexandre Tattini, diretor da Unidade de Papéis Especiais da Santher.

Santher(11) 3030-0200www.santher.com.brD

IVU

LGAÇÃO

CONTATO – Papéis revestidos Sanlabel miram o mercado de embalagens de chicles e candies

Page 60: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

o debate sobre preserva-ção ambiental, a participa-ção da cadeia de embala-gens costuma ficar restrita

à utilização de materiais de rápida degradação e a ações de coleta sele-tiva e reciclagem. Pelo menos outro tema, porém, desafia as indústrias usuárias e produtoras de embalagens em meio às discussões sobre uso sus-tentável de recursos naturais. São os certificados destinados a estabelecer a origem de produtos florestais. No caso das embalagens celulósicas, mais do que exigência de cunho ecológico, esses atestados começam a se conso-lidar como ferramentas de suporte à abertura de novos mercados.

Com o objetivo de expor às indús-trias usuárias de embalagens celulósi-cas os critérios e benefícios do selo FSC (Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal), principal certificado para produtos de origem florestal, o GVces - Centro de Estudos em Sustentabilidade da EAESP-FGV e o Imaflora - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (uma das empresas autoriza-das a conceder a certificação FSC no Brasil) organizaram em agosto últi-mo o workshop Sustentabilidade nas Políticas de Compras Corporativas.

Realizado na sede da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, o evento debateu temas como res-ponsabilidade sócio-ambiental das empresas, certificação de origem de matérias-primas derivadas de flo-restas e benefícios de imagem que podem advir de um posicionamen-to sócio-ambiental responsável. Pelo lado dos fornecedores de matérias-primas, falaram representantes da Klabin e da Suzano. A perspectiva do end-user foi passada pela Natura.

Na entrevista a seguir, Luis Fer-

Selos como o FSC abrem oportunidades para a cadeia de embalagem

N

A era do carimbo verde

nando Guedes, diretor executivo do Imaflora, comenta os aspectos téc-nicos e de viabilidade da adoção do selo FSC não apenas por produtores de papel e celulose, mas também por gráficas e convertedores de embala-gens celulósicas.

Nos últimos anos as certificações de manejo florestal têm se mostrado muito importantes para os produtores de papel e celulose, principalmente nas estratégias de exportação. Como você definiria o potencial de geração de negócios dessas certificações no mercado de embalagem? Quais bene-fícios o selo FSC pode trazer às indús-trias usuárias de cartuchos cartonados e gráficas produtoras desse tipo de embalagem? O mercado de embalagens é um dos principais na ligação dos produtos flo-restais com o consumidor final. Essa ligação pode não estar clara, tanto para o setor, quanto para o consumidor, mas é uma realidade. Portanto, a certificação FSC é uma oportunidade para demons-trar a responsabilidade do setor quanto à origem da matéria-prima que consome. A geração de negócios depende tanto da capacidade do setor em capitalizar com a certificação quanto, do outro

60 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005

lado da cadeia, em reconhecer essa diferenciação economicamente. O selo FSC é o que tem maior credibilidade no Brasil e no mundo para produtos de origem florestal. É o único reconhecido e apoiado por ONGs e movimentos sociais do Brasil e do mundo. Portanto, os benefícios gerais dessa certificação têm variado entre uma ou mais das seguintes possibilidades: abertura de novos mercados, manutenção de mer-cados que se tornaram mais exigentes, sobre-preço do produto, mudança da imagem institucional ou acesso a novos tipos de financiamentos.

Até o momento, nenhuma gráfica no Brasil é certificada pelo FSC. Por quê? Quais as mudanças de procedimentos a que as gráficas têm de se submeter para conseguir a certificação?Principalmente porque não havia maté-ria-prima (papel) certificada disponível no mercado nacional. Havia flores-tas certificadas, mas as indústrias de transformação da madeira em papel, celulose e papelão ainda não estavam certificadas. Com a recente certificação de significativas áreas florestais e de suas indústrias de transformação, pas-samos a ter matéria-prima certificada, o que permitiu buscar o envolvimento do setor de embalagens nesse processo, fazendo-o beneficiar-se da certificação. Para obter-se a certificação, as gráficas precisarão comprar matéria-prima cer-tificada e ter um sistema de controle e separação nos estoques de matéria-prima e produtos e na fábrica, que garanta que não há mistura ou contami-nação de matéria-prima certificada com não certificada ao longo do seu proces-so produtivo. Isto é, deve-se garantir que o livro, revista ou outro produto somente contenha papel certificado.

Em outros países o consumidor final já

Luis Fernando Guedes, diretor do Imaflora

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ULG

AÇÃO

ambiente >>> certificações

Page 61: Revista EmbalagemMarca 074 - Outubro 2005

reconhece selos como o concedido pelo Forest Stewardship Council?O selo do FSC é o de maior reconheci-mento e credibilidade e, portanto, o que agrega mais valor aos produtos e empre-sas que o utilizam. O selo existe há mais de uma década e é reconhecido, princi-palmente, na Europa, mais especifica-mente em países como Holanda, Suécia, Suíça, Inglaterra e Alemanha. Também é um selo importante no mercado japonês e há campanhas para aumentar seu reco-nhecimento nos EUA e Canadá.

Como funciona o processo de certifica-ção? Quantas (e quais) empresas estão autorizadas a fazer a certificação no Brasil?Existe a certificação da floresta, onde se avalia aspectos de produção ecológicos e sociais, e há a certificação da chamada cadeia de custódia, onde somente se verifica a rastreabilidade da matéria-prima florestal certificada ao longo da cadeia de processamento e comercializa-ção até o produtor final. A principal ati-vidade da certificação é a auditoria, que verifica se o sistema da empresa está em conformidade com as normas existentes. O certificado emitido tem validade de 5 anos, mas a empresa recebe auditorias de monitoramento anualmente. Após 5 anos o processo se repete. Além do custo das auditorias, o FSC e o certificador

cobram uma taxa anual de manutenção e direito de uso da logomarca do FSC. No Brasil há três entidades que oferecem o serviço de certificação do FSC. Há duas empresas mutinacionais (SCS e SGS), e o Imaflora, que é uma ONG nacional, e faz parte do programa internacional SmartWood.

Até o momento, o grande apelo do selo FSC é certificar que a matéria-prima é originária de florestas auditadas. Isso ajuda nos mercados externos. Mas tem apelo no mercado interno?O desenvolvimento do mercado interno tem sido a prioridade de várias entida-des comprometidas com o sistema. Já existe oferta de produtos certificados no país no setor de móveis, cosméticos, materiais para construção, ferramentas, erva-mate e agora, no setor de papel e celulose. Embora ainda seja um merca-do pequeno, sabemos que o Brasil tem potencial para nichos de mercado inter-no de primeiro mundo. Via de regra os pioneiros têm sido os mais beneficia-dos, mesmo sofrendo as dificuldades de iniciar um processo inovador.

Como surgiu o Imaflora e a parceria entre este e a FGV?O Imaflora foi criado em 1995 para contribuir com o desenvolvimento sus-tentável. O Instituto iniciou suas ati-vidades em meio ao debate mundial sobre a preservação das florestas tropi-cais, quando se constituiu o Conselho

de Manejo Florestal - FSC (Forest Stewardship Council), estabelecendo padrões de uso econômico dos recur-sos da floresta, pautados em critérios sociais e ambientais que possibilitam sua sustentabilidade a longo prazo. Hoje a instituição ampliou o seu campo de atuação para a área agrícola e utiliza novas ferramentas que contribuem com o desenvolvimento sustentável, como o treinamento e a capacitação, o estímulo à comercialização de produtos certifi-cados e o apoio ao desenvolvimento de políticas públicas. O acordo com a FGV visa promover o consumo de produtos florestais de origem sustentável.

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Almanaque

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VOCÊ SABIA?Em diferentes paí-ses, em média 1% dos entrevistados, ao serem pergunta-dos, em pesquisas, sobre qual a primeira marca de leite que lhes vem à lembran-ça, respondem: “De vaca”.

No início o fermento era “Cabeça Branca”Gigante mundial no ramo de alimentos, a Dr. Oetker foi fun-dada na Alemanha, em 1891, quando o farmacêutico August Oetker resolveu lançar um fermento em pó para bolos e pães acondicionado em sachês. Pouco usada à época, a emba-lagem oferecia às donas de

casa o produto na medida exata para 500g de farinha. A seqüên-cia de imagens abaixo mostra a evolução dos rótulos alemães do fermento Dr. Oetker, começando pela ilustração que decorava os primeiros sachês. No Brasil, onde foi fundada na década de 1930 com o nome “Cabeça Branca”

(em referência ao desenho do farmacêutico ainda presente na logomarca atual), a empresa passou a utilizar a marca Otker – com apenas um “e” – em 1984. Em 2001, num alinha-mento com a logomarca inter-nacional, foi adotada no país a grafia Dr. Oetker.

Saquinhos plásticos, a origem das carinhasCultivando até hoje o apelo infantil que o consagrou a partir da década de 60, o xarope de groselha Milani completou em setembro último cinqüenta anos. Criado em São Paulo pelo italiano Celeste Milani, patriarca de uma família de imi-grantes, o produto foi desenvolvido com ajuda de um químico alemão. Sua missão era inventar uma bebida adocicada e agradável ao paladar brasileiro. A boa aceitação do xarope de groselha impul-sionou a instalação de uma fábrica no bairro paulistano da Mooca. Os bons ventos permitiram à empresa parti-cipar do Salão da Criança, que ocorria todo dia 12 de outu-bro no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Nessas feiras o produto era distribuído aos freqüentadores mirins diluído como refresco em saquinhos redondos. Tais embalagens inspiraram as famosas cari-nhas Milani, incorporadas aos rótulos em 1965 e símbolo do

produto até hoje. Modernizado em 2004, quando a groselha foi lançada em versão pronta para beber (em caixinhas da Tetra Pak), o logo ganhou fama ao ser transformado em persona-gem de um antigo comercial de tevê. No vídeo as carinhas canta-vam um marcante jingle entremea-do pelo grito “iarrú”. Os saudosistas podem ver o comercial no site www.groselha.com.br.

As primeiras sementes de soja introduzidas no Brasil vieram pelas mãos da escritora Patrícia Galvão, a Pagu (1910-1962), tra-zidas de uma viagem à China. Foram presente do imperador Pu Yi, perso-nagem principal do filme O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci.

A SOJA DOIMPERADOR

Patrícia Galvão, a Pagu

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