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Revista EmbalagemMarca 083 - Julho 2006

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Edição de julho de 2006 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Quando a força é prejudicialreportagem de capa desta edição aborda a possibilidade de

pequenas e médias empresas (sobretudo as primeiras) se beneficiarem de importan-te recurso mercadológico: acondicionar seus produtos em embalagens adequada-mente projetadas e produzi-das. Isso vem acontecendo em conseqüência de acordo firmado entre a Associa-ção Brasileira de Embala-gem (Abre) e o Sebrae, que financia boa parte dos ser-viços de agências de design para atendimento de empre-sas que, apesar de seu porte modesto, respondem por boa parcela do PIB brasileiro.

O assunto vai além do fato em si, podendo servir de base de reflexão sobre a importância da embalagem enquanto mídia para atingir o consumidor final. Calcu-la-se que cerca de 90% dos itens expostos nas gôndo-las dos supermercados e em outros pontos-de-venda têm nas embalagens seu único instrumento de divulgação, já que não dispõem de ver-bas para outras ações de marketing. Assim, quanto mais atraente e mais funcio-nal for a embalagem, mais possibilidades terá de comu-nicar os atributos do produto e de manter a fidelidade do comprador.

Difícil mesmo é manter esses atributos nas emba-lagens quando as indústrias usuárias, compreensivel-mente tangidas a reduzir custos, procuram, como vem se tornando habitual, apenas impor os seus pre-ços aos fornecedores, sem alternativas. Nesse passo, chega-se ao caminho da guerra só de preços, em detrimento da qualidade: corta-se em algum lugar e baixa-se o preço. Mas con-vém lembrar que guerra de preços não leva a nada, pois alguém sempre consegue fazer mais barato. Basta fazer pior. Até agosto.

Guerra de preços,em detrimento daqualidade, nãoleva a nada, poisalguém sempreconsegue fazer mais barato. Basta fazer pior

Wilson Palhares

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Entrevista: Joseph CattaneoExecutivo do americano Glass Packaging Institute visita o Brasil e elenca argumentos favoráveis às embalagens de vidro

PrêmioVencedores do Clear Choice Awards 2006, organizado nos Estados Unidos para celebrar embalages de vidro

MetálicasMetalgráfica Renda inova ao ofe-recer latinhas com selos peel off

FechamentosNatura investe em sistema desli-zante nas tampas da linha Plants de xampus e condicionadores

PlásticasSchincariol usa multipacks com filmes de rápida degradação

TintasRótulo de Skol indica temperatura da cerveja

CartonadasUm raio X sobre a penetração das caixinhas em diferentes países

MateriaisExxonMobil investe alto na produção de filmes de barreira ultra elevada

Fispal Um balanço das principais novidades de embalagem apresentadas na feira

RotulagemPapéis auto-adesivos sofisticados para vinhos chegam ao Brasil

ExpoprintEstréia da feira gráfica reúne principais fornecedores do setor

Making OfDetalhes sobre os envelopes em que EMBALAGEMMARCA está sendo distribuída

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

ReportagemFlávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected] Deorsola

[email protected]

Departamento de ArteCarlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

[email protected]é Hiroshi Taniguti (Assistente)

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

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O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

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36 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

26 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

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6 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

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Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

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Reportagem de capa: DesignParceria entre Abre e Sebrae leva embalagens de qualidade a micro e peque-nos negócios de todo o país

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54 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

nº 83 • julho 2006

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323 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

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6 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2006

A Sonoco For-Plas desenvolveu uma lata multifolhada para a Parmalat em substi-tuição à tradicional lata de aço usada no leite em pó da marca Glória. De acordo com o fabricante, a lata multifolhada ofe-rece alta barreira ao oxigênio e à umidade, mantendo o produ-to fresco por mais tempo. Para Daisy Zakzuk Spaco, dire-tora de vendas e de marketing da Sonoco For-Plas, o processo

de substituição da lata metálica pela lata multifolhada foi tranqüilo. A Sonoco fez uma parceria com uma empresa brasilei-ra de engenharia que realizou as modifica-ções necessárias na planta da Parmalat, bem como em sua linha de embalagem, a fim de rodar as latas multifolhadas. As modificações envol-veram as áreas de solda, ferramentaria e aplicação de tampas, além de mudanças no

sistema de transporte já que as latas passa-ram de 105mm para 99mm de diâmetro. Cada embalagem tem capacidade para 400 gramas.

Parmalat substitui lata de açoTroca por multifolhadas exigiu adaptação na linha de produção Sonoco For-Plas

(11) 5097-2750www.sonocoforplas.com.br

Para atrair a criançada

Interessada no público infantil, a produtora de grãos Blue Ville está explorando o persona-gem Bob Esponja em uma linha de produtos que conta com pipoca de microondas, pipoca pronta e achocolatado em pó. A família também traz três tipos de arroz colorido com legumes (cenoura, espinafre e beterraba). O design da linha foi criado pela agência Rossi. Os for-necedores das emba-lagens são: Zaraplast (pipoca de microon-

das), Plastrela (pipoca pronta e achocolatado) e CBS Elos do Brasil (pouches do arroz).

Embalagens com Bob Esponja buscam público infantil CBS Elos do Brasilwww.elosdobrasil.com.br

Plastrela (51) 3352 7770www.plastrela.com.br

Rossi Design (51) 3333-4799

Zaraplast(11) 3952-3000www.zaraplast.com.br

A Gran - divisão das Indústrias Granfino voltada para ali-mentação animal - lança o Grancat, um novo produto para alimentação de gatos. A ração, segundo o fabricante, auxilia no controle do apareci-mento e desenvolvimento de doenças. As embalagens de BOPP, impressas em 8 cores, são fabricadas pela Incoplast, com design criado no depar-tamento de marketing da pró-pria Grancat.

Embalagem de qlimento para gato ganha 8 cores

Ração em BOPP

Incoplast(48) 3631-3000 www.incoplast.com.br

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Nos tons da seleçãoCoca-Cola lança PET nas versões verde e amarela

Promessa saudável em sabor oliva

Os adeptos de hábitos saudáveis já encontram nas gôndolas de super-mercados a margarina Becel Azeite de Oliva, lançamento da Unilever com pro-jeto gráfico criado pela Usina Escritório de Desenho. A variante também estréia a adição de Folic B (composto de vita-minas e ácido fólico capaz de reduzir a formação de placas de gordura) em todos os itens da linha Becel. O novo sabor é acondicionado em potes de polipropileno termoformados pela Dixie Toga, com impressão dry off-set. A tampa recebe aplicação de auto-adesi-vo em filme, da CCL Label.

Auto-adesivo decora potes ter-moformados da nova BecelDixie Toga

(11) 5516-2200www.dixietoga.com.br

CCL Label (19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

Usina Escritório de Desenho(11) 5571-6788www.usinadesenho.com.br

Transparência refrescante

Extrato de menta é o principal ingrediente que completa a formulação da linha de xampus e condicionadores Biorene Balance (Niasi), com-posta também por aminoácidos e proteínas. Afinados com o toque refrescante dado pela hortaliça, os frascos, feitos pela Moltec a partir de polietileno alta densidade (PEAD), são deco-rados com auto-adesivos do tipo no-label look, da Grif Etiquetas. Os rótulos, desenhados pela agência Müller&Camacho, levam impressão fle-xográfica, com detalhes de hot stamping prata.

Apelo natural ganha destaque com no-label-lookGrif Etiquetas(11) 2146-1150www.grifetiquetas.com.br

Moltec(11) 5523-4011www.moltec.com.br

Müller&Camacho(11) 3819- 4417www.mullercamacho.com.b

Com fé na seleção bra-sileira – e nas vendas de ocasião –, a Rio de

Janeiro Refrescos, fabricante de Coca-Cola nos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, lançou, em edição limitada, duas novas garrafas PET de 600 mililitros do refrige-rante dono de 52% de participação no mercado brasileiro. O material plásti-co ganha as cores

verde e amarela, em versões distintas, após passar por processo de pigmentação, serviço realiza-do pela Amcor, fornecedora das garrafas. O rótulo do tipo magazine é da Plasc. Com a ação, a empresa espera aumentar as vendas em 8%. Até o início deste mês, cerca de 5 milhões de unidades serão distribuídas.

Amcor PET Packaging(11) 4589-3070www.amcor.com

Plasc(48) 2106-9900www.plasc.com.br

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design de embalagens está abrindo novos horizontes no Brasil. Outro-ra restrito a grandes indústrias, esse elemento de competitividade

empresarial dissemina-se de modo crescente entre micro e pequenos negócios. A mudança de panorama vem sendo favorecida por iniciativas que visam estimular as pequenas empresas a apostar no design de suas embalagens como ferramenta de qualidade e competitividade, abrindo caminho para novos mercados e até para estratégias de exportação. Dentre essas ações, destaca-se o convênio firmado entre a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae).

Impulsionada pelo Comitê de Design da Abre, a iniciativa prevê subsídio financeiro de 70% do valor do serviço de design de emba-lagem para projetos orçados em até 10 mil reais. As demandas são captadas pelo Sebrae e encaminhadas à Abre, que as distribui entre as 54 agências que fazem parte de seu Comitê de Design. Em prática há quase dois anos, o convê-nio tem aberto as portas para reformulações de embalagens e também para que novos produtos sejam lançados com o suporte de projetos gráfi-cos de qualidade.

“Estamos criando condições de acesso ao diferencial possibilitado pelo design”, resume José Bento, presidente do Comitê de Design da Abre e diretor da agência Mazz Design. “Aumentar as chances de competição de peque-nas empresas é uma forma de incentivar a eco-nomia como um todo”, completa Paulo Alvim, gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional.

Nos balanços da dupla, mais de sessenta novos casos estão em fase de implementação, e somente em 2005, 29 projetos foram concluídos com sucesso. Entre eles está o redesenho das embalagens dos chocolates Nugali, produzi-dos em Pomerode (SC). Os responsáveis pela marca, voltada ao segmento de chocolates finos, têm bons motivos para acreditar que acondicio-namentos visualmente mais elaborados podem

reportagem de capa >>> design

OMicro e pequenas empresas se beneficiam de projetos gráficos de qualidade

Design ao alcance de todos

fazer toda diferença em termos de desempenho das vendas.

A cargo da agência FazDesign, as alterações consumiram pouco mais de um mês de trabalho e cerca de 3 mil reais. O papel couché decorado com grafismos criados de “forma caseira”, nas palavras de Maitê Lang, proprietá-ria da empresa, foi substituído por cartuchos impressos em off-set com detalhes em hot stamping.

“A mudança é espantosa”, destaca a empre-sária, que também ficou admirada com o aumento nas vendas, superior a 300%. “Com o lucro, pudemos aumentar nossa linha de três para oito variantes, totalizando dez toneladas de chocolates produzidos por mês”, conta Maitê. Ela entende que o salto só foi possível porque as embalagens passaram a representar o posiciona-mento adequado ao produto. “O antigo visual não era compatível com a categoria premium na qual a marca pretendia estar inserida”, concorda o designer Fernando Barkemeyer, responsável pelos novos grafismos dos chocolates Nugali.

Ele não é o único especialista a fazer esse tipo de análise. A comunicação de embalagem inadequada parece ser um erro comum na seara das pequenas empresas. Embora a falta de sin-tonia possa comprometer seriamente a imagem das marcas, há produtos que sobrevivem duran-te anos sem uma apresentação de alto padrão. Foi o caso dos cereais matinais da Natubom,

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EVOLUÇÃO – Chocolates Nugali trocaram layout caseiro por cartuchos com aplicações de hot stamping

Por Lívia Deorsola

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fabricante de produtos naturais localizada em Campo Grande (MS), que também foi atendida pelo convênio entre a Abre e o Sebrae. Deter-minado a conquistar maior espaço na categoria, Cláudio Mendonça, dono da empresa, teve a oportunidade de fazer um upgrade nas emba-lagens de seus flocos de milho após doze anos usando o mesmo visual.

A idéia de mudar, explica Mendonça, surgiu da necessidade de aumentar a distribuição do produto, até então concentrada em lojas espe-cializadas. “Queríamos penetrar nos supermer-cados, mas não tínhamos a apresentação ideal para isso”, recorda o empresário. Em janeiro deste ano, a agência Packing Design assumiu o desafio. A empreitada foi bem sucedida: além de abrir as portas dos supermercados sul mato-grossenses, a nova apresentação dos filmes flexíveis resultou em crescimento de 20% das vendas. O incremento no faturamento viabili-zou o início de uma estratégia de verticalização produtiva. “Compramos uma máquina conver-tedora com capacidade de produzir 30 mil sacos por mês”, informa o proprietário da Natubom. Para ele, sem o convênio Abre/Sebrae, as anti-gas embalagens ainda teriam “vida longa”.

Passo do tamanho da pernaSe os departamentos de marketing das grandes empresas dispõem de pesados investimentos em tecnologias e materiais de embalagem, no universo das marcas regionais fica claro que as alterações só alcançam sucesso quando feitas de modo comedido, na medida das possibilidades da empresa. “Temos a constante preocupação de elaborar projetos que estejam dentro das necessidades e da realidade econômica de clien-tes de pequeno porte”, resume Fred Perman, diretor da agência de design HerbertPerman Design, de Recife (PE).

Perman é responsável pela criação das embalagens de 1 quilo do coco ralado produzi-do pela Copra, indústria de Alagoas que, antes de ser beneficiada pelo convênio, vendia seus produtos apenas a granel. Com esse tipo de background, o designer acredita que, além da falta de recursos, a inexperiência no planeja-mento da produção das embalagens é o maior desafio a ser transposto.

“É preciso realizar um trabalho de catequese para que o micro empresário entenda toda a complexidade do processo, do qual o design

é apenas uma parte”, aponta Perman. O presi-dente do Comitê de Design da Abre faz coro a esse tipo de recomendação. Para ele, “antes de levar adiante qualquer idéia de reformulação de embalagem, é preciso orientar os micro empre-sários a fazer um checklist detalhado de seus negócios”. José Bento ressalta ainda que, em função do baixo volume de produção das micro indústrias, a negociação com fornecedores de embalagem também merece atenção especial.

Essa dica foi seguida à risca pela Associação de Produtores Orgânicos de Quatro Pontes, no Paraná, na reformulação de embalagens de sua linha de doces, licores e sucos. Sob consultoria da Emigê Design, o projeto conseguiu mudar o visual dos produtos sem implicar em grandes custos. Em outras palavras, foi um passo do tamanho da perna. Basta dizer que a agência optou por manter os mesmos potes e garrafas de vidro e plástico, modificando somente os rótu-los dos produtos. A identificação simplória das antigas etiquetas, que eram impressas de forma caseira, foi substituída por grafismos atraentes e bem resolvidos, agora impressos em substratos auto-adesivos.

Celso Bergmaier, representante da Associa-ção de Produtores Orgânicos de Quatro Pontes, lembra que foi preciso equacionar o custo de produção da rotulagem aos baixos volumes fabricados. Dessa forma, para uma gama de treze itens, foram criados apenas três modelos de etiquetas. As informações, a logotipia e as ilustrações são adaptadas de acordo com o tipo

ANTES E DEPOIS Com nova identidade (à esquerda), sul mato-grossense Natubom passou a vender 20% a mais. Incremento abriu caminho para verticalização produtiva dos pouches flexíveis

UNIÃO – Parceria entre Abre e Sebrae beneficiou indústria alagoana de coco ralado, que antes só vendia a granel

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e o sabor do alimento. Outra importante altera-ção, a colocação de códigos de barra fez com que as vendas, antes restritas a feiras locais, passassem a ser feitas também em supermerca-dos e lojas. “Nossa marca ganhou personalidade e, aos poucos, estamos conquistando o varejo”, festeja Bergmaier, representante da Associação de Produtores Orgânicos de Quatro Pontes.

Casos assim mostram que a arte de projetar

conceitos e comunicar atributos de produtos e marcas tem tudo para ser efetivamente assimi-lada no nicho das micro e pequenas empresas. Para as agências de design, o filão parece abrir oportunidades inesgotáveis de negócio. Basta lembrar que, segundo estimativas, aproxima-damente 90% dos produtos vendidos no varejo brasileiro não contam com outras mídias ou formas de divulgação além de suas próprias embalagens. Conquistado pelo visual dos siste-mas de acondicionamento, o consumidor pode

comprovar a qualidade do produto e repetir a com-

pra. “É esta engrenagem que queremos fortale-cer”, conclui José Bento, presidente do Comitê de Design da Abre.

Abre(11) 3082-9722www.abre.org.br

Emigê Design(11) 3814-4414www.emige.com.br

FazDesign (47) 3027-2298www.fazdesign.com.br

HerbertPerman Desing(81) 3341-2336www.herbertperman.com.br

Mazz Design(11) 3842-7880www.mazz.com.br

Núcleo de Gestão de Design (UFSC)(48) 3331-6614www.ngd.ufsc.br

Packing Design(11) 3074-6611www.packing.com.br

Speranzini Marketing(11) 5685-8555www.speranzini.com.br

Sebrae 0800-780202www.sebrae.com.br

Vaidosa desde pequenaIndústria potiguara nasce com embalagens elaboradas

A capacidade de o design de embalagens melhorar o desem-penho de pequenos negócios também é evidenciada na estra-tégia da Assú Alimentos, indús-tria de doces de banana situ-ada no sertão do Rio Grande do Norte. Recém-nascida, a empresa contou com a ajuda da Speranzini Marketing, outra integrante do convênio firmado entre a Abre e o Sebrae, para a criação da identidade visual de sua marca e de suas emba-lagens. Além da comunicação dos displays para pontos-de-venda, o projeto contemplou os grafismos dos cartuchos e das embalagens flow-packs pro-duzidas em filmes laminados. Para os doces embalados ainda quentes, a consultoria sugeriu

a utilização de um filme plástico flexível fechado por etiqueta auto-adesi-va. Graficamente, toda a linha é marcada pelas cores verde e amarela, numa gra-dação que pretende ilustrar as etapas de maturação da banana. “Conseguimos projetar embalagens de baixo custo e com bom apelo visual”, avalia Maurício Speranzini, diretor da agência. Inicialmente os doces irão abastecer o merca-do nacional, mas os planos da Assú Alimentos incluem estra-tégias de exportação. “Sem contar as adaptações para o mercado externo, a empresa não precisará investir em refor-mulações de embalagem tão cedo”, assinala Speranzini.

REPAGINADA – Rótulos auto-adesivos dão vida a produtos

orgânicos paranaenses. À direita, visual antigo: garrafas e potes

continuam os mesmos

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ais do que um elemento mercadológico, o design pode contribuir para o desenvolvi-mento social de pequenas cidades, comuni-dades e grupos sem grande intimidade com o

mundo do marketing. Ao elaborar projetos de embalagens para pequenos agricultores catarinenses, uma parceria entre o Núcleo de Gestão de Design da Universidade Federal de Santa Catarina (NGD-UFSC) e a Secretaria Estadual de Agricultura daquele Estado tem demonstrado isso. Chamado de agrodesign, o trabalho vem sendo feito há mais de três anos, e começa a ser associado à perma-nência dos trabalhadores rurais no campo.

De acordo com Eugênio Merino, coordenador do NGD, foi verificada redução do êxodo rural na região de Mafra, primeiro município catarinense a ser beneficiado pela ini-ciativa. Com custo zero para as cooperativas e associações rurais, os projetos são realizados por designers e profis-

sionais de marketing e engenharia. “Oferecemos orientações sobre pesquisas de mercado, obediência a normas sanitárias e produção das embalagens”, elenca Merino. Para ele, o trabalho caracteriza-se pela participação ativa dos agricultores.

As primeiras reformulações concluídas pela iniciativa foram mostradas por EMBALAGEMMARCA

41 (janeiro de 2003). Entre os produtos contem-plados havia mel, biscoito e conservas. A foto

à esquerda mostra uma garrafa de vinho con-cebida este ano pelos profissionais do NGD. Além da linguagem gráfica, destaca-se na embalagem o uso de rótulos auto-adesivos com formato diferenciado. Segundo o coor-denador do projeto, testes sobre qualidade aparente feitos recentemente nos pontos-de-venda demonstraram que as novas embala-gens foram bem recebidas pelos consumi-dores, resultando em aumento das vendas. Espera-se agora que o agrodesign impulsione as exportações dos pequenos agricultores catarinenses. O projeto já beneficia outros cinco municípios além de Mafra. (LD)

Agrodesign impulsionado Consultorias geram renda e fixam pequenos agricultores no campo

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PEDRA DE TOQUE – Iniciativa catarinense leva embalagens apropriadas a pequenos produtores rurais

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Um clássico parasurfar novas ondas

entrevista >>> Joseph Cattaneo

ão é fácil encontrar o americano Joseph Cattanneo aboletado em sua mesa, num escritório em Alexandria, Estado da Virgínia. Trabalhando desde 1993 como executivo do Glass Packaging Institute

(GPI), órgão de divulgação e defesa das embalagens de vidro nos Estados Unidos, tendo sido eleito seu presidente em 2001, Cattaneo tem a agenda sempre recheada de com-promissos em diferentes cidades americanas e em várias partes do globo. Em abril, por exemplo, desembarcou em São Paulo para acompanhar um evento promovido pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro) e visitar as subsidiárias de vidrarias multinacionais. Conhecido como um dos oradores mais convincentes quando o assunto é a promoção das emba-lagens de vidro, esse ex-marine das Forças Armadas Americanas concedeu, momentos antes de mais uma viagem, a seguinte entrevista a EMBALAGEMMARCA. Ela dá uma amostra do arsenal de argumentos de Cattaneo em defesa da bandeira do vidro para embalagens.

Calcula-se que o negócio de embalagens de vidro nos Estados Unidos já faça girar algo próximo aos 5 bilhões de dólares por ano. Qual a situação dessa atividade em seu país, em termos de demanda?No ano passado, mais da metade do fornecimento de embalagens de vidro – 55% – foi para o envase de cer-vejas. Alimentos ficaram em segundo lugar, com 18%, seguidos por bebidas não-alcoólicas em geral, com 9%. O restante pulverizou-se entre bebidas alcoólicas destiladas, vinhos e outros produtos. O momento atual é instigante para o setor vidreiro americano, pois o verão se aproxima vale no Hemisfério Norte e veremos uma demonstração

maior por bebidas em garrafas de vidro – cervejas, mal-ternatives (bebidas de baixo grau alcoólico concorrentes das cervejas, como as ices), vinhos, refrigerantes espe-ciais e sucos prontos. No mundo inteiro, dada a escalada contínua dos alimentos e bebidas orgânicos, mais e mais indústrias de bens de largo consumo estão escolhendo o vidro para apresentar seus produtos. Também há um crescimento em produtos orgânicos de marca própria, com as redes supermercadistas investindo em embalagens proprietárias para competir com marcas das indústrias.

Nos últimos meses, algumas indústrias brasileiras vêm reavaliando a efetividade das embalagens de vidro para seus negócios devido aos preços inconstantes dos plásti-cos. O senhor nota movimento similar em seu país?Sim. Mas é importante dizer que, aqui nos Estados Unidos, outros fatores vêm pesando contra os plásticos. Veja-se o caso dos índices declinantes de reciclagem de embalagens de PET. Um número cada vez maior de garrafas está chegando aos depósitos e aterros sanitários sem passar pela reciclagem. Isso mancha os esforços da cadeia de plásticos em oferecer uma opção daquilo que chamamos de embalagem sustentá-vel, atrelada ao desenvolvimento sustentável. É por causa de questões como essa que nós costumamos divulgar, nos materiais institucionais gráficos, comparativos de custos de produção e de consumo energético envolvidos na fabricação de embalagens de diversos materiais. Fica claro como o vidro lidera a parada como o material de embalagem mais amigável ao ambiente, pois é oriundo de recursos naturais facilmente renováveis e é infinitamente reciclável.

O mercado americano de bens de consumo é bastante conhecido pelos constantes lançamentos de modernas e

Por que o vidro tem sido escolhido para desbravar

emergentes filões de consumo e mantém-se forte para

apresentar produtos, segundo o presidente de instituto

americano de promoção de embalagens do material

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inovadoras tecnologias de embalagem. Vemos, por exem-plo, o envase a quente de garrafas de PET e as garrafas de alumínio ganhando popularidade e difundindo-se em segmentos de bebidas antes largamente dominados pelo vidro em seu país. O que o setor vidreiro e o GPI estão fazendo para afirmar a competitividade do vidro diante de tantos novos desafiantes?As campanhas pró-ativas de marke-ting do GPI procuram educar os profissionais de embalagem sobre os vários atributos positivos do vidro, principalmente a pureza, a imagem premium e a sustentabi-lidade. Posso exemplificar nossos esforços através de três ações. O primeiro é o Clear Choice Awards, prêmio que desde 1989 reconhece as companhias de bens de consu-mo que escolhem o vidro como embalagem e o utiliza de modo inovador (veja reportagem com os vencedores da edição de 2006 desse prêmio na pág. xx). Outro destaque é a Pesquisa de Embalagem com o Consumidor (Consumer Packaging Survey) que divulgaremos em breve, durante o verão americano. Os resultados dessa pesquisa desta-carão os motivos pelos quais há uma contínua preferência do consumidor pelo vidro, o crescente número de consumidores que se consideram “consumidores da onda orgânica” e outras tendências criteriosas. Por último, há o nosso site na internet. Ele apresenta informações em tempo real sobre novidades em embalagens de vidro, novos produtos em vidro, dois e-newsletters (boletins eletrônicos) e informações de contato com empresas de vidrarias de embalagens.

Diante da crescente disputa com embalagens de outros materiais, o setor vidreiro cada vez mais bate na tecla de que, a despeito de todos os desenvolvimentos tecnológicos dos plásticos, dos papéis, do aço e do alumínio, o vidro mantém atributos imbatíveis. Quais seriam eles?O vidro é inerte. O vidro garante frescor aliado a sabor. Reforço: o vidro é um material sustentável para emba-lagens, feito com matérias-primas domésticas que são naturais e abundantes. O reflexo da luz numa embalagem de vidro, devido às suas características naturais, não pode ser reproduzido por qualquer outro material. Vale dizer que as vidrarias continuam a explorar novas tecnologias para aprimorar ainda mais as suas embalagens.

Os produtos orgânicos formam um crescente mercado para os recipientes de vidro. O senhor vê outras tendên-cias de consumo ou outros mercados emergentes abrindo oportunidades para o vidro?De fato, o mercado de orgânicos ajudou a puxar a deman-da por embalagens de vidro. Para se ter idéia, dois terços dos consumidores americanos compraram produtos orgâ-

nicos de mercearia no ano passado, e a seção de orgânicos é a que mais cresce nos supermercados daqui, já que o segmento vem crescendo dois dígitos nos últimos anos. Além da área de orgânicos, vemos uma ascendente preferência por produ-tos saudáveis e para o bem-estar acondicionados em vidro. Os baby boomers (população nascida entre 1946 e 1964, quando as taxas de natalidade cresceram vertiginosa-mente nos Estados Unidos), que formam o maior contingente da atual população americana, estão envelhecendo e demandando pro-dutos mais saudáveis, que requerem grande estabilidade em gôndola e retenção de sabores e vitaminas. Creio ser uma via de marketing a ser explorada no mundo todo.

A embalagem de vidro é freqüente-mente considerada ideal para pro-dutos premium, porém a maioria

das indústrias em países em desenvolvimento, como o Brasil, estão mais e mais preocupadas em lançar produtos dirigidos à população de menor renda. Esse caminho de marketing não tende a prejudicar o negócio de embala-gens de vidro?Essa é uma questão interessante, mas a vejo de outra forma. Uma vez que é um dos mais antigos materiais de embalagem, e as técnicas de fabricação a partir dele são bem conhecidas, o vidro é adequado aos países menos desenvolvidos economicamente. Recipientes de vidro podem ter maior presença nesses mercados, pois são ami-gáveis à reciclagem e, em sistemas de embalagens retorná-veis, do tipo “closed loop”, o vidro garante o maior retorno de investimento versus outros materiais de embalagem.

Quais processos e tecnologias o senhor vê como tendên-cias candentes no campo da decoração de recipientes de vidro? O rótulo termoencolhível parece ser um caso…Sim, o rótulo termoencolhível continua a crescer em popularidade, pois com ele as empresas de bens de

“Dois terços dos

consumidores

americanos compraram

produtos orgânicos no

ano passado. Trata-

se de um mercado que

vem crescendo a dois

dígitos nos últimos

anos e que ajudou a

puxar a demanda por

embalagens de vidro”

entrevista >>> Joseph Cattaneo

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consumo obtêm cores de alto impacto nas embala-gens de seus produtos. Rótulos auto-adesivos também permanecem na moda, pois podem dar às garrafas um visual liso, do tipo no-label look (efeito que simula a decoração direta nas embalagens, sem a aplicação de etiquetas). Para garrafas de vinho, a nova rolha de vidro dribla problemas típicos da cortiça e proporcionam um visual mais premium que as rolhas sintéticas (veja nota sobre o produto da pág. XX).

Embora exista no Brasil uma entidade de classe do setor vidreiro, não temos uma organização específica em torno de embalagens de vidro como o GPI. Quais são, em resu-mo, as principais atividades do GPI?O GPI reúne os produtores de embalagens de vidro para a discussão de assuntos e desafios relacionados à indústria, ajuda a manter questões de competitividade em pauta, permite a toda a indústria falar através de uma só voz, mantém a consistência de mensagens promocionais e publicitárias, representa a indústria frente a assuntos governamentais e legais, defende padrões ambientais e coletivamente promove o vidro como material de escolha para embalagens. Em suma, as companhias associadas ao GPI ganham peso, têm maior alavancagem e proje-tam maior credibilidade e autoridade como um grupo industrial.

Sabemos que uma das principais preocupações do GPI é da reciclagem...É verdade. Envidamos diversos esforços para ampliar a reciclagem das embalagens e, como já disse, conscienti-zar profissionais das indústrias de bens de consumo de que o vidro não é um material com ciclo fechado, ele retorna após o uso para uma nova etapa de utilização – e a mesma aplicação. A embalagem é reciclada em uma nova embalagem, e esse é um diferencial importante.

O senhor visitou o Brasil no início de abril, para participar do 17º Encontro Técnico da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro)/Glassman South America Expo. Houve opor-tunidade para o senhor analisar as embalagens de vidro de nosso país? Que impressões elas lhe passaram?Estive em São Paulo para participar do evento da Abividro, mas também aproveitei a estada no Brasil para visitar vidrarias como a Saint-Gobain e a Owens-Illinois do Brasil. Com relação ao cenário das embalagens no seu país, vi uma quantidade enorme de produtos alimentícios acondicionados em vidro, e também uma grande varie-dade de designs e decorações de embalagens do material no mercado de bebidas. Confesso que eu fiquei bastante impressionado. (GK)

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ezam os compêndios de História terem sido os egípcios os pioneiros na produção de embalagens

de vidro, como vasilhas e frascos para perfumes, mais ou menos 3 500 anos atrás. Os resultados da edição de 2006 do Clear Choice Awards, prêmio instituído há seis anos pelo americano Glass Packaging Institute

(GPI), prova como, tirante o peso dos séculos, o vidro continua sendo capaz de apresentar produtos de modo ino-vador. “Os vencedores da edição de 2006 do nosso prêmio Clear Choice Awards têm uma história em comum: todos queriam ter certeza de que as embalagens refletissem a qualidade e a nobreza dos produtos que estavam desenvolvendo, além de lhes dar cons-

ciência tranqüila quanto à proteção de frescor, pureza, cor e paladar”, diz Joseph Cattaneo, presidente do GPI. “Dado que todos são novos produtos, a escolha do vidro lhes deu vanta-gem competitiva, criando impacto em gôndola, diferenciação e distinção de marca.” Veja, a seguir, os doze vence-dores do Clear Choice Awards’ 2006, anunciados em maio último.

RPrêmio desfia as mais recentes inovações em embalagens de vidro nos EUA

Impacto e distinção

Garrafas âmbar, trazendo na cintura uma gravação estilizada de ramo de trigo, ajudaram a cervejaria Redhook Ale a reno-var o visual de uma linha espe-cial de cervejas do tipo ale enri-quecidas com sabores. O trigo

em relevo separa a aplicação de dois rótulos magazine (papel e cola), em cujas impressões predominam os tons pastel, que dão às bebidas um incontestá-vel ar de nobreza. As garrafas são da Owens-Illinois.

Duas faixas e trigo em relevo

CERVEJAS

Fusão da Coca-Cola clássica com café, a Coca-Cola Blak foi lançada com barulho nos Estados Unidos, no ano passado. Sua embalagem consiste na clássica garrafa de vidro contour da marca com-pletamente envolvida por um rótulo ter-moencolhível, cuja fusão de cores alude à mistura do conteúdo. Quem fornece a garrafa é a Vitro Packaging.

BEBIDAS CARBONATADAS

Mix veste a contour

vidro >>> prêmio

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Na visão do júri, os detalhes refinados dos frascos curvos de vidro das colônias Aramis Always For Him & For Her, de Estée Lauder, sugerem fluidez, continuidade e graciosidade. Arranjados lado a lado, os seis frascos da linha, criados pela Vitro Packaging, formam um círculo, que simboliza união. A junção, para explicitar o apelo unissex da família de perfumes, é reforçada pelos frisos laterais dos frascos, que ajudam a encaixá-los uns nos outros.

COSMÉTICOS E PERFUMARIA

Casamento de frascosVisual para atrair as garotasPara agradar às mulheres, a cervejaria Anheuser-Busch lançou a Peels, uma linha de bebidas ice baseada em sucos naturais de frutas. As garrafas de vidro da Owens-Illinois, com pescoço curto, tampas de rosca metálicas de alto brilho e decoradas com rótulos auto-adesivos do tipo no-label look, criam um visual moderno. Com alta transparência, o vidro flint das garrafas deixa à mostra as cores vibrantes dos líquidos acondicionados.

BEBIDAS ALCÓOLICAS COM SABOR

Produto superpremium da Bling Beverages, a Bling H2O é a pri-meira água mineral no mundo com garrafa adornada com cristais Swarovski. Fabricada pela Saint-Gobain e pela Vitro Packaging, a esguia garrafa da água lembra as de champanhes e espumantes, e um acabamento fosco faz suas paredes parecerem embaçadas. Os famosos cristais austríacos são aplicados em combinação com a rotulagem da garrafa, feita em serigrafia.

Jóia de água mineralBEBIDAS NÃO-CARBONATADAS

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Lançado pela Todhunter International, o Shakka pode ser um aperitivo por si só ou ser utilizado como mixer para dar sabor a outras bebidas destiladas. Sua garrafa de vidro do tipo flint fosco apresenta um perfil esguio e cinturado, no estilo apelidado pelos americanos de May West (em homenagem à silhueta da antiga vedete homônima), e leva gravação com ácido, a partir de uma máscara que deixa detalhes lisos na base, como líquido escorrendo. Um rótulo auto-adesivo metalizado e tampas de aço combinan-do com as cores do conteúdo completam o conjunto, que alude aos populares abajures do tipo Lava Lamp (lâmpada de magma).

SPIRITS/DESTILADOS

Ao estilo Lava LampDESIGN DE EMBALAGEM – GERAL

Lembra um frasco de perfume, mas é na verdade a garrafa de vidro de uma nova tequila da Bacardi, a Corzo. Através do expertise da Saint-Gobain, a Bacardi conseguiu uma garrafa que mistura os con-ceitos de arte e ciência, afastando-se dos formatos típicos de garrafas utilizadas para envasar o destilado típico do México.

Novo conceito para tequila

A cervejaria Abita, do Estado da Louisiana, começou a produzir sua cerveja Fleur-de-Lis Restoration Ale logo após perceber que sua unidade industrial havia escapa-do ilesa da onda de destruição provocada pelo furacão Katrina. O nome Fleur-de-lis (“flor-de-lis”) foi escolhido pelo fato de a flor ser um símbolo da cidade de Nova Orleans, devastada pelo Katrina. A garrafa âmbar do produto, produzida pela Saint-Gobain, leva um rótulo magazine com predominância do verde e da púrpura – segundo a cervejaria, cores historicamente ligadas aos ideais de justiça, esperança e solidariedade.

CASO DE SUCESSO

Cerveja pós-destruição

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ALIMENTOS ORGÂNICOS

Os potes em formato paralelepípedo das geléias Knott’s Berry, fabricados pela Anchor Glass para a Knott’s Berry Foods/ConAgra Foods, possuem um painel rebaixado com um contorno especial, no qual os rótulos se encai-xam. As ombreiras e partes inferiores dos potes apresen-tam desenhos de frutas em baixo relevo, e a tampa de garra leva detalhes dourados e a reprodução do logotipo da marca em seu topo.

Potes premium para geléias

ALIMENTOS

Com garrafa de perfil especial da Vitro Packaging, o espumante Zonté, da Vincor Canada, mira o público jovem e descolado. A embalagem pode ser definida como um híbrido de garrafa de vinho – por sua cor verde e deco-ração elegante, com rótulo auto-adesivo transparente do tipo no-label look – com garrafa de água gasosa – para o que contribui o fechamento com rolha metálica (tampa do tipo crown).

VINHOS

Para os jovens, garrafa híbrida

Sob o nome O Organics, a rede de mercearias Safeway lançou sua família de alimentos orgâni-cos de marca própria, todos em embalagens de vidro da Saint-Gobain. Um dos destaques, entre os mais de 150 itens lançados, é o pote do Tomato Basil Pasta Sauce (molho de tomate com basílico para massas). Seguindo o projeto gráfico das embala-gens da linha, o rótulo magazi-ne do pote do molho traz fotos de alguns de seus ingredientes frescos, compondo a imagem de produto saudável.

Marca própria caprichada

BEBIDAS ORGÂNICAS

Líder do mercado americano de chás prontos orgânicos, a Honest Tea lançou em janeiro último um novo chá verde, o Just Green, e um novo chá preto, o Just Bla-ck, ambos orgânicos. Os rótulos magazine (cut and stack) das garrafas dos produtos têm dese-nhos sóbrios, com fotografias das ervas, ajudando a compor um visual artesanal para os lan-çamentos.

Chás comsobriedade

Anchor Glass +1 (800) 562-0773 • www.anchorhocking.com

GPI+1 (703) 684-6359 • www.gpi.org

Owens-Illinois (Brasil)(11) 6542-8000 • www.oidobrasil.com.br

Saint-Gobain (Brasil)(11) 3874-7482 • www.sgembalagens.com.br

Vitro Packaging+1 (800) 766-0600 • www.vitro.com

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Nova embalagem valoriza Café Caboclo

A Itap Bemis inovou mais uma vez, oferecendo a nova embalagem Double Wall para odelicioso Café a vácuo da linha Caboclo.

Agora a embalagem externa tem mais brilhoe a presença do papel garante a melhor

formação do pacote. Além disso, apresentatextura lisa e suave, garantindo maior valorização

do produto no ponto de venda.

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Usuários sob novo comandoCriado em junho de 2005 com o objeti-vo de promover a integração dos fabri-cantes de bens de consumo com o setor de embalagens, o Comitê de Usuários de Embalagem da Associação Brasi-leira de Embalagem (ABRE) tem novo coordenador: Márcio Pinheiro, gerente de embalagens da Nestlé. Ele substitui Geraldo Cofcewicz, da Perdigão.

Em ascensão...A transformação de embalagens no mer-cado interno absorveu 224 600 tonela-das de alumínio em 2005, um aumento de 5,2% em relação a 2004. Pelo quinto ano consecutivo o Brasil terminou como o maior reciclador mundial de latinhas de alumínio, com 96,2% de retorno des-sas embalagens em 2005.

...ainda longe do topoJá o consumo nacional per capita de alumínio registrou 4,4 quilos por ha-bitante no ano passado, 300 gramas a mais que em 2004 – volume ainda distante daquele de países como a Ale-manha e o Japão, de 32 quilos anuais por indivíduo. Os números integram o Anuário Estatístico 2005 da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), que aca-ba de ser publicado.

Uma a menos em tampasA americana Silgan Holdings comple-tou aquisição dos negócios da forne-cedora de tampas Amcor White Cap na Europa. Um dos desdobramentos da transação é o encerramento da opera-ção da Amcor White Cap no Brasil.

Plásticos verdes em evidênciaA European Bioplastics (antigo IBAW) promoverá durante os dias 21 e 22 de novembro, em Bruxelas (Bélgica), sua primeira Conferência Européia de Bioplásticos. O evento destacará novidades em polímeros verdes pa-ra embalagens. Detalhes pelo e-mail [email protected].

Em aquecimentoSegundo um estudo da consultoria americana Packaging Strategies, as embalagens capazes de ir ao forno de microondas crescerão a uma taxa média anual de de 11,6% até 2011 nos países norte-americanos.

Porque sugerir faz bemUnilever premia Dixie Toga por nova caixa de OmoNa praça desde meados do ano pas-sado, o cartucho de papel cartão com orientação horizontal de Omo rendeu à Dixie Toga o prêmio de Inovação na versão 2006 do Programa de Qualificação e Certificação de Fornecedores da Unilever. A nova caixa do sabão em pó gerou ganhos logísticos, dobrou a exposição da marca nas gôndolas e facilitou o manuseio pela dona de casa – tudo isso partindo de um trabalho da for-

necedora, o que, para a Unilever, dá sentido ao Programa. Válida para os cerca de 1 500 parceiros que a multinacional tem na América Latina, a iniciativa, em sua sexta edição, coroou a argentina Plásticos Castro na categoria Qualidade e Eficiência em Embalagens, e distribuiu certificados de qualidade a outras 11 empresas – entre elas, a fornecedora argentina de rótulos Autopack e a convertedora chilena Impresos Industriales.

Gás alimenta uma controvérsiaNovas embalagens para carnes são questionadas nos EUA

Uma polêmica em torno de novas embalagens para carnes com atmos-fera modificada (ou MAP, na sigla em inglês para Modified Atmosphere Packaging), contendo altos níveis de monóxido de carbono, agita os Estados Unidos. Segundo certas empresas e autoridades, o gás pode “maquiar” o estado das carnes, pro-longando sua aparência de frescor e mascarando a atividade de fungos. O debate ganhou força bem quan-do pesos-pesados das carnes americanas, como a Tyson Foods, a Cargill e a Hormel Foods, divul-garam planos de ampliar o uso da tecnologia em seus produtos. Fabricante da legendária carne enlatada Spam, a Hormel viu crescer suas vendas de cortes pré-

embalados, alguns deles com o gás polêmico, em 75% de um ano para cá. O órgão de vigilância sanitária ian-que, o FDA, pediu 180 dias para ana-lisar a tecnologia. Vale esclarecer que outras embalagens com atmosfera modificada, sem altos níveis de CO, já são utilizadas há vários anos, inclusive no Brasil, sem polêmica.

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Carnes: nova MAP pode enganar?

Omo: prêmio à Dixie Toga

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“Se continuarmos medindo nosso crescimento por quilos produzidos, seremos traídos pela realidade”

Rogério Mani, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas

Flexíveis (ABIEF), sobre a diminuição do peso das embalagens do gênero, impulsionada

por refinamentos de processo e novas tecnologias. Segundo ele, o setor pode deixar a

medição e a definição de custos por peso e adotar o critério das unidades

Seaquist com nova estruturaFornecedora separa-se da Valois e foca em tampas dosadorasConhecida fornecedora de tampas e sistemas dispensadores, a Seaquist Closures Embalagens, subsidiária do grupo Aptar e afiliada da Seaquist Closures dos Estados Unidos, anun-ciou uma reestruturação de seus negó-cios no Brasil. As operações da empre-sa foram separadas da coligada Valois, fabricante de válvulas pump, para a concentração na área de tampas dosa-doras, sua especialidade. Segundo a Seaquist, a nova estrutura lhe permitirá reforçar a criação de inovações e solu-ções diferenciadas para clientes das áreas de higiene pessoal, cosméticos, alimentos e produtos de limpeza.(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

O que fazer com as sacolasEstudo classifica os métodos de descarte de sacolas plásticasA reciclagem mecânica, que converte plásticos pós-consumo em grânulos para a fabricação de novos produtos, é a destinação final mais ecoeficiente para as sacolas de polietileno. Essa é a con-clusão de uma Análise do Ciclo de Vida feito pelo CETEA (Centro de Tecnologia de Embalagens de Alimentos) pela pri-meira vez no Brasil. Apresentado no iní-cio de junho em São Paulo, durante o 3º Simpósio Plastivida, o estudo durou dois anos e aponta a disposição em aterros sanitários e a reciclagem energética respectivamente em segundo e terceiro lugares como destinações finais válidas para as sacolas pós-consumo.

Seaquist: separação da Valois

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AÇÃO

Sacolas: reciclagem mecânica é melhor

Edição: Guilherme Kamio

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pa plástica fornecidas pela Sonoco For-Plas sob a marca Sealed Safe. “Queremos con-quistar esse tipo de cliente”, revela o profis-sional de marketing da Renda.

A despeito das boas expectativas, por enquanto a solução só pode ser vista na linha New Diet, da Prolev, fabricante nor-destina de complementos alimentares. A sobretampa usada no sistema de fechamento é fabricada em polietileno (PE) pela gaú-cha Pollymer. Os selos são feitos em folha de alumínio fornecida pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) com espessu-ra de 60 micras. A tampa peel off da Renda a princípio está disponível em duas opções de diâmetro: 73mm e 99mm. (LH)

m fôlego extra para as latas de aço na disputa com embalagens flexíveis e multifolhadas. Assim pode ser interpretada a estratégia

da Renda, metalgráfica de Pernambuco, de oferecer para produtos secos, em pó e gra-nulados latas de aço dotadas de fechamento de fácil abertura formado por membrana peel off de alumínio e sobretampa plástica.

A combinação, ressalte-se, não é nova. Oferecido no mercado brasileiro pela Sonoco For-Plas, que o vende solto ou apli-cado em embalagens multifolhadas de fabri-cação própria, esse tipo de tampa é utilizado há tempos em latas de aço nacionais. “Mas é a primeira vez que uma metalgráfica ofe-rece embalagens já dotadas de fechamento peel off no mercado brasileiro”, ressalta João Paulo Cabral, analista de marketing da Renda.

A estratégia foi possível graças a uma parceria entre a Renda e a Delgo, fabricante de selos, seladoras e máquinas de envase especializada em tampas para copos de água mineral. A empresa, explica Cabral, fornece à Renda os selos prontos para uso, e também desenvolveu a máquina usada pela metalgráfica para aplicá-los no aro superior das latas.

Após a junção do selo à argola da lata, a tampa é recravada. A vantagem para a indústria usuária está na redução do número de operações, afirma o analista de marketing da Renda. “Estamos oferecendo a solução completa, poupando a empresa de recorrer a dois fornecedores”, destaca Cabral.

A estratégia da Renda foi adotada visan-do a fabricantes de produtos como achoco-latados, cereais matinais, snacks e leite em pó. Porém, o investimento no fechamento peel off também foi impulsionado pelos próprios clientes da empresa. É o caso da marca Iracema, controlada pela Kraft Foods. Sinônimo de castanha de caju, a chancela utiliza latas da metalgráfica pernambucana dotadas de membranas peel off e sobretam-

metálicas >>> fechamento

UMetalgráfica Renda investe em membrana de alumínio de fácil abertura

Nova opção em selagemCBA(11) 3224-7000www.cia-brasileira-aluminio.com.br

Delgo(11) 4612-0011www.delgo.com.br

Renda(81) 2121-8100www.renda.com.br

Sonoco For-Plas(11) 5097-2750www.sonocoforplas.com.br

Pollymer(51) 3489-1195www.pollymer.com.br

PIONEIRISMORenda diz ser a primeira metalgráfica do país a oferecer latas de aço dotadas de fechamento peel off

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ma novidade em sistemas de fechamento para frascos de xampu e condicionador está sendo introduzida pela Natura, uma das maiores fabricantes de cosméticos do país, com vendas superiores a 3 bilhões de reais por ano,

e um time de 500 mil revendedoras diretas espalhadas pelo Brasil e pela América Latina. As novas tampas estrearam na reformulação das embalagens da linha de produtos capilares Natura Plants, projeto desenvolvido pela agência francesa Desgrippes Gobé.

O sistema de fechamento foi criado pela Globalpack, e obedece ao modelo de fácil abertura conhecido como push-pull. Familiar aos consumidores brasileiros com colaboração dos desodorantes Axe e Rexona, da Unilever, esse conceito de fechamento visa permitir a abertura da embalagem com uma só mão. Para isso, bastar envolver o frasco com os dedos, e empurrar uma das peças da tampa para cima com o polegar.

Essa trivial ação exigiu muito dos profissionais envolvidos. Para que a peça móvel da tampa deslizasse de modo apropriado, eles preci-saram criar na peça fixa, da qual faz parte a estrutura de rosca, um leve rebaixamento, que se estende até o topo do frasco. O tipo de material escolhido também foi considerado. A peça deslizante é feita de poli-propileno (PP), enquanto a peça fixa é produzida em polietileno (PE). Segundo o gerente do projeto da Globalpack, Dirceu Dias, tal com-binação visou facilitar a mobilidade entre elas. “Testes comprovaram que o uso do polipropileno em ambas as peças tornava a abertura mais endurecida”, relata Dias.

Além de deslize ideal, a tampa promete maior controle do fluxo de saída. Ocorre que a vazão não é direta, mas através de duas pequenas aberturas laterais. Quando a peça deslizante é erguida, abre-se um orifício destacado do encaixe preso ao frasco. “A vazão não é direta, mas feita lateralmente, de modo a controlar o fluxo”, ressalta o gerente da Globalpack. Dirceu Dias também frisa que foi preciso calcular o diâmetro do orifício e a altura máxima a que a peça superior deveria chegar para que a fluidez se desse na medida certa.

Satisfeito com o desempenho mecânico das novas tampas da linha Plants, Márcio Faria, gerente de embalagens da Natura, destaca a sofisticação visual do projeto. Ele lembra que os rótulos auto-adesivos, impressos em papel couché e fornecidos pela Baumgarten, reforçaram o aprimoramento visual dos frascos, agora apresentados em formato cilíndrico. Faria ainda informa que as novas embalagens, com capa-cidade de 300 mililitros, são produzidas em materiais distintos, de acordo com o tipo de produto a ser acondicionado.

Para o xampu, a Natura optou por PET transparente soprado pela Globalpack e pela Engepack. Já o condicionador é vendido em fras-cos foscos feitos de polipropileno emborrachado. O material confere à embalagem o efeito soft touch. “Por estar inserido no segmento de tratamento, o condicionador é visto pela consumidora como algo de maior valor”, diz o gerente de embalagens da Natura. “Por isso, qui-semos destacá-lo através do tipo de plástico”, justifica. A embalagem com toque suave é fornecida pela Igaratiba. (LD)

cosméticos >>> fechamentos

UNatura adota tampa push-pull na reformulação das embalagens da linha Plants

Aposta na comodidade

Baumgarten(47) 321-6666www.baumgarten.com.br

Desgrippes Gobé www.dga.com

Engepack(11) 2149-8800www.engepack.com.br

Globalpack(11) 5641-5333www.globalpack.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

FATOR POLEGAR – Ao ser empurrada, peça móvel desliza. Tampa pode ser aberta com apenas uma mão

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raças à Schincariol, as embalagens plásticas de degradação acelerada experimentam seu momento de maior visibilidade no Brasil desde

que aqui desembarcaram, cerca de quatro anos atrás. A terceira maior cervejaria nacional está anunciando a substituição de todas as suas mul-tipacks de plástico termoencolhível (shrinks) por alternativas oxi-biodegradáveis – isto é, que têm sua decomposição estimulada pela ação de agentes naturais como raios solares, água, calor e microorganismos quando descartadas. Uma pomposa campanha publicitária sobre o projeto, criada pela Lew, Lara, invadiu revistas e jornais no início de junho (veja reproduções abaixo), coincidindo com a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente.

Os novos envoltórios para múltiplas unida-des das bebidas Schincariol levam a tecnologia d2w, da inglesa Symphony Plastic Technologies, a mesma presente nas embalagens de rápida degradação lançadas anteriormente no país por nomes como O Boticário e Natura. “Trata-se da primeira indústria de bebidas no mundo a acolhê-la”, ilustra o inglês Michael Laurier, CEO da Symphony. Detalhe: é a própria Schin quem adquire, via importações, o aditivo que trans-

plásticas >>> cervejas

GEm primeira mão, cervejaria adota multipacks de rápida degradação

A Schin experimentaforma as embalagens em oxi-biodegradáveis. A cervejaria firmou um contrato direto com a RES Brasil, distribuidora para o mercado nacional dos produtos da Symphony. Sob custo não revelado, o primeiro carregamento do aditivo chegaria à fabricante de bebidas em junho, para render mais de 500 toneladas de filme encolhível. Procurada por EMBALAGEMMARCA, a Schincariol não quis informar quem produzirá as embalagens.

Conforme explica Eduardo Van Roost, dire-tor-superintendente da RES Brasil, os shrinks de Schincariol utilizam um grade especial do aditivo d2w. “Ocorre que o calor empregado para a contração do filme já poderia estimular a decomposição”, diz o executivo. O período de estabilidade dos shrinks, ou seja, sua vida útil sem contato prolongado com os agentes de degradação, é de dois anos. Segundo Van Roost, os primeiros ensaios da viabilidade dos plásticos de rápida degradação em shrinks couberam à Packduque, de Valinhos (SP). “Estamos com-prometidos a adotar práticas pró-ambientais no desenvolvimento de nossos negócios e traba-lharemos nos próximos meses para converter o máximo possível de produtos para a nova tecno-logia”, diz Gilberto Schincariol Júnior, um dos diretores da cervejaria. (GK)

NOVO SHRINK – Anúncios exploram vida curta dos shrinks oxi-biodegradáveis

REP

ROD

IUÇÃO

Lew, Lara(11) 3896-0000 www.lewlara.com.br

Packduque(19) 3881-8600www.packtec.com.br

RES Brasil(19) 3871-5185www.resbrasil.com.br

Symphony+44 (20) 8207-5900www.symphonyplastics.com

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assim: as garrafas de vidro de 600ml ganharam um “termômetro” no rótulo capaz de avisar quando a cerveja está na temperatura ideal para o consumo. Melhor: ele denuncia também quando a bebida não está gelada.

Como o produto é destinado exclusivamente ao mercado do Rio de Janeiro (Capital e Grande Rio), o rótulo da “Redondamente Gelada”, criado pela F/Nazca em parceria com a Narita Design, mostra ícones cario-cas. A Skol tem no Rio, onde é a marca líder de mercado, com 42,8% de participação, um de seus principais focos.

No rótulo termo-sensível apare-ce uma seta transparente que vai se tornando azul à medida que o líquido resfria. O efeito é conseguido através de tinta termocrômica, aplicada no rótulo, que mantém contato direto com a garrafa de vidro, podendo assim “medir” as temperaturas. Sua ativação se inicia aos 8 graus centí-grados e atinge 100% da cor aos 4 graus. A partir dessa temperatura, a ativação se mantém estável.

A gerente de comunicação da marca da AmBev, Marina Amazonas, justifica o uso da teconologia: “A Skol tem um grande histórico de inovações, é a marca que lança ten-dências no mercado, o que inclui o segmento embalagem. A primeira cerveja em lata do país, a primeira em lata de alumínio e também a primeira em long neck, entre outras, foram, algumas das inovações da cerveja”.

A tinta termocrômica é importa-da dos Estados Unidos e manejada no Brasil pela Siegwerk. Os rótulos são impressos na FAHZ (Fundação Antonio & Helena Zerrenner, gráfica própria da AmBev). O produto ficará no mercado por quatro meses. (FP)

s dias ensolarados do inver-no carioca pedem uma cerveja “Redondamente Gelada”, nome com o qual

a AmBev decidiu batizar uma edição limitada da Skol com rótulo inteligen-te. Com esse conceito promocional, a marca mais vendida da cervejaria multinacional apresenta uma novi-dade para a estação mais fria do ano, que no Rio de Janeiro não é tão fria

tintas >>> cervejas

ORótulo termo-sensível indica a temperatura da cerveja

A Skol avisaFO

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AÇÃO

F/Nazca(11) 3059-4800www.fnazca.com.br

Siegwerk(11) 6412-9222 www.siegwerk.com.br

Narita Design(11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

TEMPERATURA AMBIENTE - tinta termocrômica ainda não é ativada

GELADA – seta azul avisa quando cerveja está no ponto

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Criada em 1953 para celebrar a coroação da rainha inglesa Elizabeth 2ª, a cerveja Crown Lager, da australiana Foster’s, era encontrada até janeiro somente em long necks de vidro de 375 mililitros. Querendo diversificar a marca, a Foster’s cogitou adotar garrafas de PET e latas expandidas de aço, mas rendeu-se à garrafa de alu-mínio. Fabricada nos Estados Unidos pela CCL Container, a nova embalagem, de 355 mililitros, chega de navio à terra dos mar-supiais e monotremados. “O alumínio tem um forte apelo visual e mantém a cerveja gelada por mais tempo diante do incle-mente sol australiano”, diz Paul Gloster, gerente de consumo da Foster’s. O envase das novas garrafas se dá na mesma linha das long necks de vidro.+1 (724) 981-4420www.cclind.com

A mais nova jóia da coroa

A Unlimited é a nova versão dos desodorantes masculinos Axe, da Unilever, na Europa. Para dar cara ao produto, a vidraria alemã Gerresheimer se inspirou no universo automobilístico e criou o que chama de Garrafa X. Trata-se de um frasco de vidro todo preto, com acabamento fosco e um grande “X” gravado em baixo relevo nas faces principais, que alude aos sulcos de pneus. Uma finalização com ácido dá à superfície do frasco textura similar à da borracha – e evita marcações dos dedos, problema comum em peças pretas opacas. “Muitos acham que a embalagem é de plástico”, diverte-se Burkhard Lingenberg, diretor de marketing da Gerresheimer. Toda a rotulagem é feita nas faces laterais do frasco.+49 (211) 6181−251www.gerresheimer.com

Carona nos pneus

Crown Lager introduz cerveja em garrafa de alumínio na Austrália

Parece borracha, mas frasco de Axe é de vidro

Garrafa de milho para inglês verÁgua introduz bioplástico da NatureWorks no Reino Unido

Lançada no fim de maio, a Belu Natural Mineral Water é a primeira água mineral em embalagem plástica com-postável e de degradação acelerada do Reino Unido. A garrafa do produto é soprada com um bioplás-tico de ácido polilático (PLA) derivado do milho e produzido pela Natu-reWorks, braço da Cargill. O material é importado dos Estados Unidos, e, segun-do a Belu, seu preço está mais competitivo devido à alta do petróleo. Em usinas de compostagem,

Em maio, a vinícola californiana Whitehall Lane tornou-se a primeira no mundo a adotar a Vino-Seal, uma nova rolha de vidro criada pela Alcoa CSI para concorrer com as clássicas de cortiça e as de espuma sin-tética. A rolha vítrea está sendo utilizada em 48 000 garrafas de uma reserva especial de Cabernet Sauvignon, da safra de 2003. Con-jugada a uma cápsula de aço, a Vino-Seal dispensa o saca-rolha e garante esterilidade às garrafas, prevenindo contaminações ou a

oxidação dos vinhos. Ela é uma adaptação da Vino-Lok, rolha de vidro com cápsula de alumínio desenvolvida pela Alcoa CSI na Alemanha há cerca de quatro anos e que já é utilizada por 350 vinícolas européias em vinhos premium. “A solução de vidro é atra-tiva, funcional e elimina os problemas asso-ciados às rolhas naturais”, entende Thomas Leonardini, proprietário da Whitehall Lane.No Brasil: (11) 4195-3727www.alcoa.com/csi

Rolha de vidro no Vale do NapaInovação da Alcoa CSI diz alô ao mercado vinícola americano

A mais nova

a garrafa se desintegra em doze semanas. A nova água começou a ser vendida em 32 lojas da rede britânica de supermercados Waitrose, e parte do lucro com suas vendas destinada a cau-sas é ambientais envol-vendo recursos hídricos. A primeira água em gar-rafa de PLA no mundo havia sido a americana Biota, abordada numa edição anterior de EMBA-LAGEMMARCA (nº 70, junho de 2005).+1 (952) 742-0400www.natureworksllc.com

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Uma volta ao mundo com cart onadas assépticas

Em 2000, a Tetra Pak lançou uma divisão para o apoio de alimentação escolar e desenvolvimento social através de parcerias público-privadas, o Tetra Pak Food for Development Office (FfDO). A iniciativa resultou em programas como o de merenda escolar da região de Nasarawa, na Nigéria, lançada pelo presidente Olusegun Obasanjo em setembro de 2005. Graças ao FfDO, a população de países subdesenvolvidos trava contato com as embalagens longa vida, e a Tetra Pak amealha prêmios pela iniciativa pro-bono – como o 2006 World Business Award, reconhecido pela ONU e entregue à empresa no mês passado.

Tendo feito barulho no mercado americano em 2005 com o lançamento de sua linha Bandit de vinhos em caixinhas Tetra Brik de 1 litro, da Tetra Pak, a Three Thieves agora inova com um vinho branco (Pinot Grigio) e um tinto (Cabernet Sauvignon) embalados em caixinhas Tetra Prisma de 250 mililitros, igualmente da

multinacional sueca. Apelidadas de Bullets (“balas”, as de revólver, vertendo-se do inglês), as minicaixinhas de vinhos miram o consumo em ambientes abertos e também o doméstico, em festas e reuniões. Também sob a marca Bandit, elas são vendidas em conjuntos de quatro unidades, a um preço de 8,99 dólares.

ALEMANHA

A SIG Combibloc anunciou que em 2005 teve expansões globais nas vendas de suas caixinhas, exceto no seu mais tradicional mercado, o alemão – onde o faturamento foi 2% menor que no exercício de 2004. Nem por isso cessaram as novidades em solo germânico. Em março último, por exemplo, a Coca-Cola daquele país optou por relançar sua linha de chás prontos Nestea, até então cativa das garrafas de PET, em caixinhas combifitMagnum de 1,5 litro com tampa de rosca combiTwist.

ESTADOS UNIDOS

NIGÉRIA

Grande laticínio da Arábia Saudita, a Sadafco resolveu fiar-se em caixinhas Tetra Top de 250 mililitros, da Tetra Pak, para comercializar suas bebidas lácteas funcionais Livewell. Uma versão com tampa de rosca é utilizada em bebidas probióticas nos sabores morango, banana e pêssego. Outro fechamento, o Mini GrandTab, de aba, é incorporado à caixinha de um laban – tipo de iogurte líquido popularíssimo no Oriente. Estima-se que o mundo árabe já consuma 285 milhões de embalagens longa vida por ano.

ARÁBIA SAUDITA

A vez do chá da Coca

Minicaixinhas substituem as taças

Lácteos no golfo

Atenção ao terceiro setor REPÚBLICA TCHECA

A Elopak atacaDisposta a morder os calcanhares da Tetra Pak e da SIG Combibloc e se tornar uma nova força em cartonadas assépticas, a norueguesa Elopak tem investido em novos modelos de caixinhas (veja EMBALAGEMMARCA nº 81, maio de 2006). Um deles, o Pure-Pak Curve, com “barrigas” em suas paredes, acaba de ser escolhido pela Pepsi para acondicionar a marca de sucos Toma na República Tcheca e na Eslováquia. Com as tampas plásticas de rosca Pure-Twist, as caixinhas curvilíneas miram o público jovem do Leste Europeu.

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Uma volta ao mundo com cart onadas assépticas

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Um sucesso vivido pela Tetra Pak no Japão deve-se ao Pretio (Pletio, na pronúncia dos nipônicos), uma bebida láctea funcional da Yakult que contém 10 miligramas de ácido gama-aminobutanóico (GABA), substância capaz de baixar a

pressão sanguínea. Pudera: segundo levantamentos recentes, cerca de 36 milhões de japoneses sofrem de hipertensão. O Pretio é comercializado em caixinha Tetra Brik de 100 mililitros, a um custo unitário em torno de 2,50 reais.

A abertura de uma fábrica de caixinhas em Suzhou, no fim de 2004, deu vigor aos negócios da SIG Combibloc na China. No ano passado, as vendas de caixinhas em solo chinês mais que dobraram em relação a 2004, puxadas pelos crescimentos respectivos de 30% e de 40% dos mercados de refrescos não-carbonatados e de leite UHT no país de Mao em 2005. O maior cliente da SIG Combibloc por lá é a Yili, líder em leites. A empresa acaba de adqurir

20 novas enchedoras da SIG Combibloc, cujas instalações serão divididas em seis plantas de produção espalhadas pela China e em uma na Mongólia.

Potência em produtos matinais na Rússia, a Wimm-Bill-Dann é cliente fiel das caixinhas da SIG Combibloc, utilizadas para acondicionar três das suas mais populares marcas de bebidas. Os leites Domik v derevne (“casinha no vilarejo”, numa tradução livre do russo) chegam às mesas russas em caixinhas combiblocPremium de 500 mililitros desde meados de 2005. A mesma solução foi adotada pelas bebidas lácteas Solnechnaja Melenka (“moinho ensolarado”). Em maio último, a Neo/Magitelle, marca de bebidas que, num mix de leite e sucos de frutas, mira o público jovem do país, estreou no varejo russo em caixinhas combifitPremium de 1 litro.

RÚSSIA

CHINA

JAPÃO

Uma sedenta potência emergente

Sopas de letras

Novo hit funcional da Yakult

Edição: Guilherme Kamio

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filmes da ExxonMobil, sediada em Macedon, Nova Iorque, “embalagens que hoje contam com três substratos poderão ser substituídas por outras com laminação simples, mantendo as características de barreira à água e oxigênio e ainda agregando barreiras a aroma e sabor”.

Apesar de importado, o filme deve chegar ao mercado brasileiro a um custo competitivo em relação às estruturas que se propõe a substituir (Al/PE). “O filme passa por uma laminação a menos, o que libera tempo de máquina, e tem maior produtividade em linha, numa equação altamente favorável”, diz Patrícia Manella.

A ExxonMobil lista ainda entre as vantagens da UHB redução no peso final da embalagem, apelo visual, barreira a aroma e vida de pratelei-ra semelhante à proporcionada pela embalagem de alumínio. “Queremos mostrar que o filme traz ganhos quando se analisa cada elo da cadeia produtiva, mas que se cria valor quando a cadeia é considerada em conjunto”, diz Wilkins.

Já disponível na versão 28UBW-ES (com 28 micra), o produto receberá a versão 40UBW-ES ainda neste ano. O 65AWS-ES, que oferece barreira à gordura, deve ser disponibilizado comercialmente em 2007. (MP)

entro da lógica de corte nos custos, presente em dez entre dez empresas, a redução no peso das embalagens e a melhor produtividade em máqui-

na têm dado o tom nos novos desenvolvimentos de filmes. Nessa linha, com o objetivo de ofere-cer uma alternativa à substituição de estruturas e à simplificação de substratos, a ExxonMobil, fornecedora de filmes de polipropileno biorien-tado (BOPP), apresentou a plataforma UHB (iniciais do termo inglês Ultra High Barrier, barreira ultra elevada), que irá compor a linha Metallyte de seus filmes.

Além da promessa de oferecer barreira ele-vada à umidade, oxigênio, aroma e sabor, a plataforma UHB apresenta como vantagens menor temperatura inicial de selagem e boa selagem mesmo na presença de contaminantes, características indicadas pela sigla ES – do inglês Enhanced Seal. Com essas propriedades, a plataforma UHB nasce de olho no mercado de embalagens destinadas a produtos que necessi-tam de excelente barreira à umidade e ao oxi-gênio, como sopas e sucos em pó, substituindo estruturas que utilizam alumínio e polietileno.

O fabricante afirma que, com barreira à umidade de 0,30g/m²/dia (a 38ºC com 90% de umidade relativa) e ao oxigênio de 0,10cc/m²/dia (a 23ºC com 75% de umidade relativa), o desempenho do novo filme se equipara ao do alumínio – cuja barreira é virtualmente total – porque o metal, quando manuseado, sofre pequenas quebras que o tornam permeável. “Em testes de repetição de flexão feitos em nossos laboratórios com estruturas laminadas com alu-mínio, comparados aos resultados obtidos com a plataforma UHB, verifica-se a degradação da barreira devido à superior flexão do metal”, detalha Patrícia Manella, representante de ven-das da ExxonMobil no Brasil.

A estrutura da UHB possui um lado meta-lizado (fina camada de alumínio depositado a vácuo) e um lado não metalizado desenhado para obter selagem superior, bem como selagem através de contaminantes e em alta velocidade.

Segundo Scott Wilkins, gerente de segmento de mercado da unidade global de negócios de

materiais >>> filmes

DExxonMobil apresenta filme que proporciona barreira ultra elevada

Alternativa ao alumínio

ExxonMobil(21) 3433-2000www.exxonmobil.com

MAIS PROTEÇÃO – UHB é destinado a produtos que exigem barreira à umidade e ao oxigênio

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A Fispal Tecnologia 2006 fun-cionou como plataforma de lançamento da terceira gera-ção de codificadoras a laser da Imaje, a Série 7000. De acordo com Cláudia Pereira, da área de marketing da Imaje, o novo equipamento é destinado à codificação de linhas automatizadas rápidas de alta produção, pois atende a velocidades de impressão de até 1 000 caracteres por segundo. É indicada espe-cialmente para as indústrias de alimentos e bebidas, marcando embalagens primá-rias (latinhas, vidros, PET e cartuchos, entre outras) com

qualidade constante de codi-ficação/marcação a até 35º C. Sua cabeça laser é mais com-pacta, contém saídas de feixe de luz a 90º ou 0º e um cabo totalmente flexível (6 ou 9 metros) que permite conectar rapidamente aos dois outros módulos (cabeça e controla-dor). Tem fácil acesso às fun-ções de segurança, contém botão de emergência e duas chaves para segurança dupla. A operação é feita com tela ITouch, que possibilita uma prática navegação através de menus com ícones intuitivos. (11) 3305-9455www.imaje.com.br

Laser em nova geraçãoImaje destaca Série 7000 de codificadoras

Tendo anunciado recentemente alguns planos de investimentos em amplia-ção de portfólio, a Polo Films esteve na Fispal Tecnologia ressaltando o lançamento de um novo filme de alta barreira, o THB. Trata-se de um filme de polipropileno biorientado (BOPP) coex-trudado metalizado com tensão super-ficial na face metalizada ou em ambas e selável em uma face. De acordo com a Polo, o THB é ideal para a conversão de embalagens laminadas para biscoi-tos, salgadinhos, sopas, refrescos em pó, barras de cereais, chocolates e sor-vetes. Para essas aplicações, a proprie-dade de alta barreira é incrementada pela aplicação de alumínio.(11) 3707-8299www.polofilms.com.br

Para flexíveis de alta barreiraPolo Films lança novo filme metalizado de BOPP

Importante nome em equi-pamentos de marcação e codificação, a Markem des-tacou na Fispal Tecnologia 2006 a linha de codificadoras por transferência térmica SmartDate 5. Mais de 35 000 unidades do modelo já estão instaladas mundo afora. “Um ponto bastante favorável é que a SmartDate 5 pode ser configurada para operações

intermitentes ou contínuas em menos de cinco minutos”, diz Paulo Afonso Ribeiro, gerente comercial da Markem Brasil. Outra codificadora trabalhada durante a feira foi a SmartLase 110i, a laser, solução com-pacta e de fácil programação capaz de trabalhar com textos e códigos complexos.0800 13 2020www.markem.ind.br

Soluções flexíveisMarkem expõe codificação térmica e a laser

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Em seu estande, a fornecedora de solu-ções auto-adesivas Novelprint expôs a aplicação de rótulo, contra-rótulo e gargaleira auto-adesivos em garrafas de vidro long neck por meio de dois cabeçotes etiquetadores Noveltech. Nas bobinas de alimentação, rótulo e gar-galeira eram dispostos próximos um ao outro. A correta colagem, em posições mais afastadas na garrafa, acontecia no momento da aplicação pelos cabeçotes, com um mecanismo de separação das etiquetas. Os rótulos, de uma marca fictícia criada pela Novelprint, eram de filme transparente, trabalhando o efeito no-label look (simulação de decoração direta, sem emprego de etiquetas). A linha apresentada na Fispal Tecnologia tinha velocidade de aplicação de até 60 metros por minuto. Segundo a Novelprint, os equipamentos são adaptáveis a qualquer linha de produção.(11) 3714-4111www.novelprint.com.br

Novelprint propõe decoração de garrafas com auto-adesivo

Maior valor às long necks

Devido aos negócios bem-sucedidos na Europa nos últimos cinco anos, a finlan-desa Finn-Korkki decidiu exibir na Fispal Tecnologia 2006 a sua tampa RingCrown, de olho nas exportações para o Brasil e a América Latina. A tampa, de aço, é aplica-da a garrafas por pressão, e possui conju-gado um anel que facilita a sua abertura. Embora sua maior utilização na Europa se dê em garrafas de vidro de cervejas, a Finn-Korkki ressalta a possibilidade de aplicação da tampa em alcopops, sucos, água e energéticos, entre outras bebidas, e também em garrafas de PET. “Certos clien-tes já têm utilizado a RingCrown em garra-fas de alumínio”, destaca o inglês Robert Jeynes, da área comercial da fornecedora.+358 (3) 628-6428 • www.finn-korkki.com

Tampa de aço com anelFinlandeses vão ao evento para prospectar uma moda européia

Avanços em enchimento e soproNo evento, Krones mostra inovações da DrinktecGrande fornecedora de equipamentos para linhas de embalagem, a Krones apresentou na 22ª edição da Fispal Tecnologia algu-mas inovações lançadas na Drinktec, realizada no ano passado, na Alemanha. Uma das novidades exibidas foi a enchedora F1 (na foto), base-ada no conceito inovador de acionamento das estrelas por servomotor, dispensan-do a utilização de redutores e caixas de acionamento

e sem presença de mesa. Além disso, a máquina conta com o exclusivo sistema de enchimento PET VODM, com medidor de fluxo volumétrico de passagem. A válvula dis-pensa a elevação da garrafa para a sua vedação. A Krones também destacou uma nova geração de sopradoras, com o exclusivo sistema de recu-peração de ar Air Wizard 3, que permite o retorno do ar de alívio da garrafa para a rede de ar comprimido do cliente. Seu exclusivo forno permite o aquecimento da pré-forma virada para baixo, não preci-sando, assim, de mais uma inversão de pré-forma na entrada e na saída do forno, diminuindo o desgaste da cor-rente de transporte.(11) 4075-9500www.krones.com.br

A Innovia divulgou na Fispal Tecnologia 2006 seu mais recente lançamento, o Natureflex NM, um filme metalizado de rápida degradação, alto desempenho e alta barreira. Feito com mais de 90% de materiais renováveis (polpa de madeira), o NM é indicado principalmente para apli-cações em embalagens twist wrap (filmes torcidos). É naturalmente anties-tático, portanto não ocasiona problemas quando usado em equipamentos de impres-são e empacotamento.(11) 5053-9945www.innoviafilms.com

Bioplástico para twist wrapInnovia divulga novo filme de rápida degradação

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lheia ao açoite da con-corrência à sua possí-vel incorporação pela Companhia Siderúrgica

Nacional (CSN), única fornecedora brasileira de chapas de aço para embalagens, a Companhia Meta-lúrgica Prada aproveitou a Fispal Tecnologia 2006 como palco para comemorar seus 70 anos e apresen-tar uma fieira de novidades. Apos-tando alto na explosão das latas com perfil expandido no Brasil, a Prada injetou cerca de 60 milhões de reais em projetos de inovações para con-tornar o que o vice-presidente de negócios da metalúrgica, Enrique Manuel Eiras Mayo, situa como um momento delicado. “Ou a lata de aço muda ou morre”, diz o alto executivo. “Decidimos inovar e las-trear novos produtos na fórmula dos

AAos 70 anos, Prada concentra cartadas em latas de aço expandidas

Pacote de novos perfis

Outro nome de peso no setor de embalagens metáli-cas, a Brasilata, aproveitou a Fispal Tecnologia 2006 para lustrar seu mais novo lançamento, a lata para acondicionamento a vácuo de alimentos Ploc Off VP – Vacuum Packaging. A nova lata é ideal para pro-dutos como café torrado e moído (conforme mostrado em EMBALAGEMMARCA nº 80, abril de 2006), leite em pó e frutas secas. Segundo a Brasilata, a nova solução, por ter tampa plástica, dá maior competitividade às suas usuárias, pois prescin-

de da recravação e do lacre de alumínio. Disponível nos diâmetros 99 milímetros e 73 milímetros, a Ploc Off VP já é utilizada pelo café premium da marca Toleno. “O grande diferencial deste fechamento de manter as suas características dimen-sionais e de estanqueidade”, explica o diretor da divisão Alimentos da Brasilata, João Vicente De Masi Tuma. “Isso garante que as taxas de permeação, tanto ao vapor d’água quanto de oxigênio, sejam as mesmas, antes e após a primeira abertura da lata.”

Lata a vácuo, a sensaçãoPloc Off VP capitalizou os esforços da Brasilata

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EXPANSÃO – Prada quer difundir latas de aço com perfis sinuosos para alimentos, aerossóis e tintas

MODERNA – A vácuo, Ploc Off VP tem tampa plástica de fácil abertura e já embala café

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três B – bons, belos e baratos”. Nessa onda, a Prada resolveu quebrar uma expectativa do mercado, abordada numa edição anterior de EMBALAGEMMARCA (nº 62, outubro de 2004) e entrar no negócio de latas de aço expandidas para aerossóis.

Com equipamentos especiais para expan-são mecânica das latas – Eiras Mayo deixa no ar se são da francesa Sabatier, da suíça Oberburg ou da brasileira Moreno – a Prada pretende criar uma ampla gama de latas para aerossóis com formatos diferenciados. Con-tratos já foram fechados com dois clientes, cujos nomes são mantidos em sigilo. Segundo Eiras Mayo, a intenção é difundir latas expan-didas em diversos segmentos, como o de alimentos, no qual a Prada já fincou bandeira com uma versão do achocolatado Nescau, da Nestlé, e o de tintas. Neste último, a Prada mostrou na Fispal Tecnologia 2006 uma linha de latas expandidas, com necking (pescoço afinado). São latas sem a tradicional argola no topo, substituída por um lacre plástico de fácil abertura. “A conjugação com o plástico resulta numa lata de visual mais moderno, mas de custo mais acessível”, declara Eiras Mayo. A chegada da nova lata ao varejo está prevista para outubro, através de duas impor-tantes marcas do ramo de tintas imobiliárias – também mantidas, por ora, no anonimato.

A Prada também anunciou no evento a estréia de uma tampa para alimentos de fácil abertura. Patenteado pela Prada, o sistema da tampa baseia-se na abertura por meio da eli-minação de vácuo, a exemplo da tampa Abre-Fácil de aço com membrana plástica inventada pela Metalgráfica Rojek. No caso da solução da Prada, toda em aço, um anel provoca uma pequena perfuração na superfície da tampa, quando levantado pelo consumidor. Por últi-mo, mas não menos importante, Eiras Mayo destaca que, no pacote de investimentos, a Prada aproveitou para atualizar seu parque litográfico. Foi adquirida uma impressora para o registro de quatro cores, com tintas UV, numa única passagem. “É uma máquina capaz de imprimir até 10 000 folhas por hora, o dobro de nossa antiga capacidade”, diz o dirigente da Prada. (GK)

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Prada(11) 5682-1000www.prada.com.br

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A Tetra Pak também privilegiou a divulga-ção da Tetra Recart, brandida como a primeira caixinha longa vida retortable do mundo, isto é, apta ao sistema de autoclave – a esterilização de alimentos já embalados em altas temperaturas (veja EMBALAGEMMARCA nº 75, novembro de 2005). Com a Tetra Recart, a Tetra Pak mira o mercado de alimentos sensíveis e de alta acidez vendidos em latas ou no vidro, como carnes, vegetais, atomatados, massas e refeições prontas. Segundo a fornecedora, sua caixinha retortable oferece vantagens: tem formato de exposição mais atrativo, maior leveza, apro-veita melhor os espaços nos pontos-de-venda e garante facilidade de abertura e manuseio ao consumidor. A Tetra Recart está disponível nos volumes de 340, 400 e 500 mililitros.

SIG também com retortableUma linha de caixinhas retortable foi igual-mente apresentada pela SIG Combibloc no evento. Lançada em abril, na feira alemã Anuga FoodTech (cuja cobertura saiu em EMBALAGEMMARCA nº 81, maio de 2006), a combisafe é construída com um cartão

fensivas para conquistar alimentos enlatados ou cativos dos potes de vidro e, na onda das porções cada vez mais diminutas de produtos,

opções de menores volumes. Grosso modo, essas duas vertentes ancoraram as presenças dos dois colossos mundiais em embalagens cartonadas assépticas, a Tetra Pak e a SIG Com-bibloc, na Fispal Tecnologia 2006.

Num sinal da importância do mercado bra-sileiro para seus negócios, a Tetra Pak definiu a edição de 2006 da feira paulistana como plataforma mundial para a introdução de um novo modelo, a Tetra Classic Mini Portion Pack. Com volume de 20 mililitros, a novidade é uma miniaturização da Tetra Classic, carto-nada asséptica de formato tetraédrico que deu partida ao negócio do sueco Ruben Rausing, o fundador da Tetra Pak, na década de 50. “É uma caixinha indicada para sobremesas, cremes e outros produtos em porções individuais, garan-tindo shelf life de até um ano ao conteúdo”, diz Eduardo Eisler, diretor de desenvolvimento de negócios da Tetra Pak brasileira.

OAlimentos e menores volumes afiam estréias de novas caixinhas longa vida

Fome e diminuição

PORÇÃOCom 20 mililitros, Tetra Classic Mini Portion Pack pode ser ideal para cremes

CONTRA-ATAQUECombisafe, a caixinha

retortable da SIG Combibloc, desem-

barca no Brasil

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resistente a altas temperaturas e é selada com ultra-som após o envase, a fim de garantir selagem eficiente para produtos com pedaços. Como a Tetra Recart, a combisafe possui um sistema de fácil abertura, permitindo ao con-sumidor abrir totalmente o seu topo, e garante um shelf life de dois anos aos produtos, sem refrigeração ou necessidade de uso de conser-vantes. De acordo com André Gani, analista de marketing da SIG Combibloc, a combisafe é envasada em linhas de alta velocidade, podendo trabalhar com até quatro pistas a uma

cadência de 12000 emba-lagens por hora.

Da Anuga, a SIG Com-bibloc trouxe também as caixinhas combifitMini e combifitSmall, versões compactas do modelo combifit dirigidas ao mercado de produtos on-the-go (consumo em movimento, ou “nôma-de”). A combifitMini pode ser encontrada nos volumes de 150, 200 e 250 mililitros, com ou sem canu-do acoplado. Já a combifitSmall é oferecida nos volumes de 200, 250, 300, 330 e 350 mililitros, podendo contar com a nova tampa combiSmart. Segundo a SIG Combibloc, uma vantagem para as indústrias de bebidas, do ponto de vista técnico, é que a combifitMini e a combifitSmall podem ser envasadas na mesma máquina, bastando pequenas adapta-ções. “Tal proposta faz todo sentido para os clientes com vários formatos de embalagens”, entende Gani. (GK)

SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

OFENSIVACom Tetra Recart, Tetra Pak se lança sobre alimentos sensíveis

À MÃO – combifitMini, de olho no consumo on-the-go

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ico vertedor retrátil para cartuchos, o Snap Spout mostra como ainda é possível aplicar um verniz de inova-ção às embalagens de papel cartão

com idéias aparentemente simples. Patenteada pela argentina Interpack, integrante do Grupo Herman Zupan, a solução foi destacada durante a Fispal Tecnologia 2006 no estande da Innovapack, filial brasileira do grupo. Ideal para a dosagem de produtos granulados, como sabões em pó, o bico baseia-se num sistema de vincos que, aplicado à geometria básica dos cartuchos, cria uma lingüe-ta numa das quinas da embalagem. A abertura e o fechamento da lingüeta são induzidos pela elasticidade própria do papel cartão, e, a cada deslocamento, um ligeiro estalo é produzido. Tem-se, assim, uma tampa sem a soma de mecanismos salientes. “Ao con-trário da maioria dos sistemas de fechamento e bico vertedor para cartuchos, no Snap Spout não existem posições intermediárias ambíguas”, define a área de marketing e desenvolvimento comercial da Innovapack. “Ou o cartucho está aberto ou fechado.”

A fabricação da embalagem em alta escala é possível a partir da instalação de um dispositivo de fechamento e colagem no percurso final de encartuchadoras já existentes, ativado ou desati-vado de acordo com a necessidade. Na produção, a lingüeta é colada a um plano de repouso do sistema, o que propicia um mecanismo contra violações no varejo. Sua abertura é feita com o destaque de uma linha micro-serrilhada. As dobras permitem o novo fechamento da embala-gem, protegendo o conteúdo e seu uso acidental. “O Snap Spout pode ser incorporado a qualquer cartucho comum, a partir de estudos de caracte-rísticas técnicas como o tipo do produto, tipo do cartão e volume desejado de saída”, explica a área de marketing da Innovapack. Informações sobre a licença da patente podem ser obtidas diretamente com a Innovapack ou com a Interpack. (GK)

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Novo sistema de dosagem para cartuchos pode agregar valor a granulados, como sabões em pó

Bom de bico

Innovapack(11) [email protected]

Interpack+54 (11) [email protected]

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ABERTO OU FECHADO Bico vertedor apresentado pela Innovapack não tem posições intermediárias. Abaixo, ilustrações mostram funcionamento do sistema de abertura e fechamento

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de garrafas de vinhos e spirits. O design das embalagens do Seleción Especial foi desen-volvido pela consultoria de marcas Landor.

Na parte técnica, a executiva da Gafor destaca que os produtos apresentam forte adesividade inicial. Outra característica dos auto-adesivos que compõem a nova coleção seria resistência a água e gelo. “Além disso, os produtos apresentam grande versatilida-de de aplicação sobre superfícies úmidas e em baixas temperaturas”, completa Roselene Martins.

Ainda que cada brasileiro beba em média menos de 2 litros de vinho a cada ano, muitos barris atrás do consumo per capita da bebida na Argentina e no Chile, em torno de 40 litros anuais, a produção brasileira de vinhos de mesa com posicionamento premium vem crescendo a cada ano. É para este nicho que a Gafor quer direcionar a Wine & Spirits Self Adhesive Collection. “Nesse mercado, os rótulos são mais do que um sistema de iden-tificação das marcas”, fala Roselene Martins. “Antes de mais nada, eles desempenham o papel de ferramentas de marketing”, conclui a gerente de produto da Gafor. (LH)

stima-se que apenas 7% das emba-lagens de vinhos produzidos no Brasil sejam decoradas com rótu-los auto-adesivos. Segundo estudo

da produtora de bases auto-adesivas Avery Dennison, ainda predominam no setor os populares “lambe-lambe”, assim conhecidos por receber a cola apenas no momento da aplicação nas garrafas. A fim de inverter essa situação, nos últimos anos a cadeia de auto-adesivos vem investindo em sistemas mais aprimorados de decoração de garrafas de vinho. Tal estratégia está sendo seguida pela Gafor Distribuidora, que representa no Brasil as linhas Manter e Arconvert, ligadas ao seg-mento de laminação de rótulos auto-adesivos.

A empresa trouxe ao mercado nacional a Wine & Spirits Self Adhesive Collection. Trata-se de uma coleção européia de papéis auto-adesivos voltada ao mercado de bebidas alcoólicas em geral, e ao setor de vinhos em particular. De alta sofisticação, a nova linha é feita em papéis especiais produzidos pelo grupo italiano Fedrigoni, do qual fazem parte a Arconvert e a Manter. Do tipo permanente, o adesivo utilizado na laminação é o SH3020 PLUS, importado da Espanha, onde é fabrica-do numa das unidades industriais da Manter.

“Trata-se de uma forte referência no mer-cado europeu de vinhos”, destaca Roselene Martins, gerente de negócios da Gafor. A afirmação não parece exagerada. Basta dizer que o melhor vinho tinto do mundo em 2005, segundo o prestigiado concurso inglês International Wine Challenge, realizado anu-almente em Londres, usa papéis auto-adesivos da Manter na produção de seus rótulos. Para espanto dos menos afeitos ao tema, não se trata de um vinho francês, mas do espanhol Seleción Especial 2001, produzido pela viní-cola Abadia Retuerta, em Sardón de Duero, Valladolid.

O papel auto-adesivo usado no rótulo desse consagrado vinho tinto é o Constellation Snow Sacco, que faz parte da coleção que a Gafor está trazendo ao Brasil para decoração

ESofisticados papéis auto-adesivos para rotulagem de vinhos chegam ao Brasil

Referência européia

Gafor Distribuidorawww.gafor.com.br(11) 2164-0700

PREMIUM – Linha Wine & Spirits Self Adhesive Collection tem entre seus adeptos o melhor vinho tinto de 2005, segundo o concurso inglês International Wine Challenge

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O luxo em destaque mais uma vezLuxe Pack Brasil traz novidades em revestimento para cartonadas

A VSP Papéis Especiais aproveitou a Luxe Pack Brasil, feira voltada a fornecedores de embalagem para o mercado de luxo, realizada em São Paulo, em junho último, para divul-

gar suas novidades no segmento. O destaque foi uma parceria fechada com a Cosfibel, fabricante européia de embalagens de luxo. No even-to, a VSP destacou os produtos concebidos pela nova parceira, e revestidos com seus papéis espe-ciais. Entre eles a empresa buscou

divulgar a linha Reflejos, de papéis revestidos com brilho iridescente. VSP Papéis Especiais(11) 3071-0005www.vsppapeis.com.br

A SPP-Nemo, unidade de distribui-ção da Suzano Papel e Celulose, divulgou os vencedores do prê-mio Fornecedores do Ano, que a empresa organiza há seis anos consecutivos. Na categoria pro-dutos gráficos, a vencedora foi a Papirus, fabricante de cartões para embalagem. Fundada em 1952, a empresa tem capacidade produtiva de 88 mil toneladas de papel cartão reciclado por ano. Na categoria serviços de transporte, por sua vez, o vencedor foi a Flexa de Ouro. O prêmio Fornecedor do Ano surgiu como uma forma de monitorar e incentivar a prestação de serviços para a SPP-Nemo. “A partir da sua implantação, em 2000, notamos melhorias significativas no rela-cionamento entre fornecedores e clientes”, destaca Marco Antonio de Oliveira, gerente-geral de distri-buição da SPP-Nemo.SPP-Nemo0800 055 39 66www.spp-nemo.com.br

SPP-Nemo premiaPapirus é destaque entre fornecedores da distribuidora

Chamex de graça para a Gol de LetraIP faz parceria com entidade assistencial gerida por ex-jogadores

A International Paper firmou uma parceria com a Fundação Gol de Letra. Durante um ano, a compa-nhia fornecerá à entidade seu papel reciclado Chamex Eco. Comandada pelos ex-jogadores Raí e Leonardo, a entidade atende mais de 1 200 crianças e adolescentes em suas unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói. Além de reduzir

os custos da Fundação, a parceria visa incentivar a conscientização ambiental e ecológica. Em 2005, a IP destinou 3,5 milhões de reais a programas socioambientais nas áreas de educação, saúde e meio ambiente. International Paper0800 70 300 70www.internationalpaper.com.br

Condecorações também no mercado digitalConvertedora Vilac foi uma das vencedoras de concurso organizado pela HP

A Vilac Rótulos e Etiquetas Adesivas, de Campinas (SP), foi uma das vencedoras do I Prêmio HP de Artes Gráficas em Impressão Offset Digital 2006. Na categoria Melhor Portfólio Industrial, a empresa foi premiada pela produção de um catálogo de produtos com características especiais. Nele, cada amostra é apresentada em seu próprio substrato, poden-do ser utilizadas em testes na superfície em que os rótulos ou etiquetas serão aplicados. Outro prêmio recebido foi o de Melhor Peça Promocional, obtido pelo desenvolvimento de um projeto de in-mold label aplicado em uma maleta plástica da operadora de celulares Claro. Ambos os trabalhos foram impressos em equi-pamentos digitais HP. A Vilac, por sinal, recen-temente adquiriu uma HP Indigo Press ws2000.

“A tendência é a tecnologia digital dominar o mercado. Com a expansão, os custos tendem a cair”, prevê André L. Braga, diretor-comercial da empresa. Outra recente compra da Vilac visando ao mercado de embalagens foi a Plotter DFS (Digital Finishing System), que per-mite cortes especiais para pequenas e médias tiragens. Já no mercado de grandes tiragens, a empresa aposta na impressora flexográfica Rotograf, com oito cores mais verniz UV e seri-grafia rotativa. O equipamento dispõe ainda de hot stamping in line, largura de 350 milímetros e velocidade de impressão de 300 metros por minuto. A entrega dos prêmios aconteceu durante a Expoprint, em São Paulo. Vilac • (19) 3741-3300 • www.vilac.com.br FO

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uitas gráficas convertedoras de rótulos e eti-quetas deparam com a mesma dúvida na hora de investir em novos equipamentos: qual tecnologia de impressão melhor responde às

demandas do mercado e garante as melhores margens nos trabalhos produzidos? Representante de fabricantes de dife-rentes tipos de impressoras, a Comprint realizou um evento em que procurou ajudar no processo decisório de empresá-rios e profissionais ligados ao mercado de rótulos.

No 1º Encontro de Embalagem Comprint, realizado paralelamente à ExpoPrint (veja cobertura da feira na pági-na 56) e dirigido a clientes e potenciais clientes, a empresa juntou na mesma mesa Alexandre Mercon, gerente de vendas da HP Indigo (empresa que detém boa parte do mer-cado de impressoras offset digitais de banda estreita) para a América Latina, Giovanni Perego, gerente de vendas da Gidue (fabricante de impressoras flexográficas), Wil Beek, gerente de vendas da Drent Goebel (fabricante de impres-soras rotativas offset) e Hans Poorting, gerente de projetos da Eshuis (gráfica holandesa de etiquetas e embalagens, usuária das três tecnologias).

Enquanto os três primeiros palestrantes se empenharam em divulgar as vantagens de seus produtos sobre tecno-logias concorrentes, Poorting procurou mostrar que, na prática, todos os sistemas se complementam, e que cada um apresenta vantagens dependendo das características do serviço a ser impresso. “Trabalhamos com o conceito de one-stop shop, e podemos atender bem todos os tipos de pedidos de nossos clientes, de tiragens curtas a grandes lotes, sempre com margens saudáveis”, conta Poorting.

A gráfica holandesa oferece rótulos auto-adesivos, in-mold labels, termoencolhíveis e wrap around, além de sachês e cartuchos, e tem um departamento que analisa as características de cada serviço e a programação de máqui-nas para definir o tipo de impressão a ser usado. (MP)

MEvento discute tecnologias de impressão para promover conceito de one-stop shop

Concorrentes ou complementares?

AMOSTRAS – No final do evento foi possível avaliar serviços impressos pela Eshuis em offsetrotativa, em offset digital e em flexo

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rganizar o mais importan-te encontro brasileiro do mercado gráfico. Se esse era o objetivo dos Agen-

tes Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf) com a Expoprint, a primei-ra edição do evento sugere que ele foi alcançado.

Segundo levantamento oficial, 26 mil visitantes compareceram aos cor-redores do Transamérica Expo Cen-ter, em São Paulo, local de estréia da Expoprint. Por sua vez, o volume de negócios fechados durante a feira,

que foi realizada entre os dias 31 de maio e 6 de junho, teria ultrapassado a marca de 120 milhões de dólares. No lado dos expositores, mais de 350 empresas, incluindo os grandes fabricantes de equipamentos, que nos últimos anos deixaram de estar pre-sentes na Fiepag, reservaram estandes na primeira edição da Expoprint.

Karl Klökler, presidente da Afei-graf, não esconde que a intenção do evento é firmar-se como palco das principais tendências da indústria grá-fica nacional. Nesse sentido, a decisão de realizar a Expoprint a cada quatro

anos (a próxima já está marcada para 2010) foi vista com bons olhos pelos profissionais participantes. Ocorre que, inspirada na maior feira gráfica do mundo, a alemã Drupa, tal periodi-cidade é considerada ideal para o sur-gimento efetivo de novos processos e tecnologias gráficas.

Apesar do grande número de novidades atreladas à área editorial, os mercados de rótulos e embalagens estiveram entre os principais atra-tivos do evento. A seguir, EMBALA-GEMMARCA traz algumas novidades dessas áreas.

OEm sua primeira edição, Expoprint firma-se como alternativa de feira gráfica

Uma boa estréia

Além das impressoras Speedmaster SM 52 dez cores e Speedmaster CD 74, esta capaz de imprimir até 18 000 folhas por hora, que foram apresentadas originalmente em abril, na Ipex, e também destacadas na edição de maio de EMBALAGEMMARCA, a Heidelberg buscou destacar seu sis-tema Prinect Experience de automatização produtiva. No estande da empresa, o maior da feira, técnicos detalhavam em demonstrações previamente agendadas as possibilida-des da ferramenta, desenvolvida para integrar todo o fluxo de trabalho das gráficas. De acordo com Osvaldo Cristo, gerente de solução do Prinect, o produto pode aumentar a eficiência administrativa dos processos gráficos e gerar padronização máxima de cor. “É um diferencial competitivo, que permite aumentar as margens, a eficiência e a produti-vidade”, assinala Osvaldo Cristo.Heidelberg: www.br.heidelberg.com • (11) 5525-4500

Qualidade ao pontoBlanquetas mais resistentesNo mercado de blanquetas, a Day Brasil lançou a linha Printec DualCo-re com tecnologia de camada com-pressível, que promete aumentar a resistência desse tipo de acessório de impressão, também agregando vantagens relativas a qualidade do ponto e a durabilidade em máquina. Day Brasil (11) 3613-7744www.daybrasil.com.br

Fichas na automatizaçãoHeidelberg detalhou plataforma Prinect Experience

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Desenvolvedora de sistemas de informação para a indústria grá-fica, a Metrics levou ao evento diferentes soluções de gestão, com destaque para as novas platafor-mas de integração de processos via JDF, demonstradas no estande da Heidelberg, onde o sistema Metrics rodou em conjunto com as solu-ções Prinect de gerenciamento de workflow. Entre os lançamentos da Metrics na Expoprint, destaque para o M3-APS e o M3-JobTrack, oferecidos como solução completa para gestão do planejamento e controle de produção industrial.Metrics: (11) 2199-0100 • www.metrics.com.br

Ajuda digitalSoluções de gestão em alta

Na seara de tintas e pigmentos, a Sun Chemical lançou na Expo-print sua nova linha WideStar Matt. Voltada ao mercado de impressoras off-set planas, a família reúne características téc-nicas específicas para aplicações em papel couché fosco. “Em fun-ção de sua rápida secagem, os produtos geram um fluxo mais rápido no acabamento”, diz Celso Armentano, gerente de assistên-cia técnica da empresa. Segundo ele, a família WideStar Matt forma um filme de tinta com alta resistência no impresso, eliminando manchas por arraste nas áreas em branco. “Trata-se de um problema comum no aca-bamento sobre suporte fosco”, completa Armentano. O desen-volvimento envolveu uma mescla especial de ceras destinada a

melhorar a aceitação de ver-nizes UV, além de garantir brilho e baixa absorção de água. Segundo a empresa, a WideStar Matt foi desenvol-vida com alta concentração pigmentária. Isso propiciaria impressão com menor cama-da de tinta e menor volume de água. Já na divisão de tintas para rotogravura e flexografia,a Sun Chemical apresentou a linha SunBond BR. Trata-se de um sistema de laminação para aplicações em filmes, podendo ser usado em sachês e stand-up pouches. Segundo a empresa, a linha oferece baixa retenção de solvente, e é compatível com a maioria dos adesivos base água, base solvente e solventless. “Trata-se de um produto que ofe-rece estabilidade no processo de impressão em cores, qualidade em baixa viscosidade, com versa-tilidade para impressão em diver-sos tipos de filmes”, comenta Luiz Lucietto, diretor-presidente da Sun Chemical do Brasil.Sun Chemical(11) 6462-2500www.sunchem.com

No ramo de equipamentos para acabamento de linhas promocionais e editoriais, os recentes investimentos da paulista AURossi em dobradeiras chamam aten-ção. Entre as novidades apresentadas na feira está a K-78, com touch screen e alimentador contínuo. A máquina é feita em parceria com a italiana Bonelli. Outra novidade em dobradeira foi o modelo T-56, dotado de sistema de pré-empilha-mento, além de opcionais para hot melt e tela touch screen. Por fim, a empresa apresentou uma nova fura-deira/dobradeira para cha-pas off-set. Desenvolvido no país, o equipamento atende demanda para máquinas off-set e para rotativas de jornal, permitindo fazer furos e dobras de forma automática em chapas off-set com tamanhos de um quarto de folha, meia folha e folha inteira. “Essas ino-vações foram conquistadas por nossos engenheiros”, ressalta Flávio Tosello, diretor-superintendente da AURossi. AURossi: (11) 3338-1600www.aurossi.com.br

Dobras e furos na mira dos lucrosAURossi foca em promocional e editorial

Novas tintas, impressos mais duráveis Sun Chemical apresentou linha para aplicações foscas

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No mercado de hot stamping, a feira mostrou novas opções de forneci-mento de fitas, máquinas, clichês e dispositivos para aplicações metali-zadas em rótulos. A FRM Brasil, por exemplo, aproveitou o evento para divulgar novos acordos internacionais. Desde maio último, a filial brasileira da empresa, especializada na fabrica-ção de insumos com efeitos metáli-cos, está representando produtos de marcas consagradas no setor, como K. Laser, ITW, API Foils, Kolon, Nakai e Global Factors. Em seu estande, a empresa também exibiu soluções para hot stamping e cold stamping, além de tintas metálicas e hologra-mas para segurança. A Kurz do Bra-sil, por sua vez, anunciou as novas linhas de fitas Luxor Alufin Gio e Light Line Select. De acordo com a empre-sa, a linha Luxor Alufin Gio apresenta bom desempenho sobre tintas e ver-nizes de cura por UV nos mais diver-sos processos de impressão. Já a linha Light Line Select possui linha de emenda quase imperceptível, visando valorizar os efeitos das fitas holográ-ficas. A Kurz também apresentou sua série de fitas tradicionais para hot stamping e cold stamping, além de novidades em sua linha Trust Seal, composta por dispositivos ópticos variáveis de segurança para preven-ção de contrafações de produtos e documentos. FRM: (11) 6914-6336www.frmbrasil.com.brKurz do Brasil: (11) 3871-7340www.kurzdobrasil.com.br

Muito além das fitasNovas opções para hot stamping

Balanço para lá de positivoKBA comemorou negócios no setor de embalagem A participação na Expoprint reforçou para a KBA a sensa-ção de retomada do ritmo de negócios do mercado gráfico brasileiro. A empresa informou o fechamento de vários contratos durante o evento, incluindo a venda de duas Rapida 105, uma para a Litografia Bandeirantes, de Jun-diaí (SP), e outra para a Gráfica Brasil, de Brasília (DF). Outros negócios importantes foram feitos no mercado editorial, com destaque para a aquisição de uma Compacta 618 de 48 páginas pela gráfica Oceano, de Cajamar (SP). Segundo Eugen Cohen, da área de marketing da KBA, trata-se do quarto equipamento desse modelo comerciali-zado na América Latina. Em termos de inovação, chamou atenção dos visitantes impressoras como a Performa 74, da subsidiária tcheca KBA-Grafitec, que promete boa rela-ção custo x benefício, e a Rapida 74, cuja configuração com torre de verniz e opcionais para a impressão de emba-lagens foi diretamente do pavilhão da Expoprint para a pau-listana Nitoli Indústria Gráfica. Como informa o profissional de marketing da KBA, outra Rapida 74 com semelhantes características despertou interesse da Gráfica Adonis, que poderá instalá-la em sua planta de Americana (SP) em breve.KBA: (11) 6121 5277 • www.kba.com.br

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No mercado de impressoras flexográficas, um dos destaques da Expoprint foi a apresentação, pela primeira vez em uma feira brasileira, da FB 3300, fabricada pela dinamarquesa Nilpeter (foto 1). Segundo Rubens Wilmers, gerente de produto da Guten-berg, empresa que representa a marca no Brasil, a máquina foi negociada logo na abertura da Expoprint com a Mack Color, do mercado de etiquetas auto-adesivas. A Gutenberg também aproveitou a feira para divulgar a representação do software Odys-tar, muito usado para produção de embalagens, e agora disponí-vel para o segmento editorial e promocional. Ainda no ramo de embalagens, a Gutenberg trouxe para a feira três novas represen-tadas, as suíças Folex e Zünd, e a taiwanesa Bao-Der. A primeira é conhecida pela marca Folacoat de chapas polímeras de enverni-zamento, indicadas para aplicação de verniz à base de água e UV em embalagens cartonadas. “Os acessórios eliminam o uso de blanquetas, diminuindo o tempo de acerto de serviço”, descreve Wilmers. As chapas Folacoat, aliás, foram utilizadas durante a Expoprint nas demonstrações da impressora New Lithrone 628 + C (seis cores mais verniz), da Komori (foto 2), outra represen-

tada da Gutenberg. O equipa-mento acabou sendo adquirido por uma gráfica do segmento de embalagens, a Embanor, de Bento Gonçalves (RS). Da Zünd, a Gutenberg apresentou uma mesa de corte para chapas polímeras, que promete maior automatiza-ção do processo, agilizando os procedimentos de recortes das blanquetas. De sua terceira nova representada, a taiwanesa Bao-Der, a Gutenberg destacou a BS 1050 CS (foto 3), máquina de corte e vinco com painel touch screen colorido, que trabalha com formato 75cm x 105cm e veloci-dade de 7 500 folhas inteiras por hora. Segundo o gerente de pro-duto da Gutenberg, duas máqui-nas da Bao-Der foram vendidas durante a feira. “A Gutenberg dá grande importância ao segmento de embalagens. Em seu estande de 1 400 metros quadrados, pelo menos um quarto do espaço era destinado a equipamentos para o segmento”, fala Rubens Wilmers. Gutenberg(11) 3225-4400www.gutenberg.com.br

Tops de linha marcando presençaRepresentadas da Gutenberg focam mercado high-end

A força digitalHP quer naco em rótulosA HP e seus distribuidores aproveitaram o evento para apresentar o portfólio de equipamentos para impressão digital da empresa, demons-trando linhas como HP Indigo, HP Designejet e HP Scitex. No mercado de embalagens, a empresa buscou divulgar os diferenciais dos equipamentos para aplicações de etiquetas e rótulos. O setor é atendido pela linha HP Indigo, que foi apresentada no estande da empresa, e também no de seus distribuidores Alpha-print, Comprint e Digigraf. Já conhecida pelo mercado, a linha é composta de diferentes modelos, com destaque para a Indigo press s2000, projetada para impressão em diferentes substratos, como BOPP e PVC, e para a HP Indigo press ws4050, a impressora off-set digital destinada à produção de pequenos lotes com alta qualidade. Num outro extre-mo, a empresa apresentou a HP Indigo press 5000, desti-nada a usuários que buscam alta produtividade digital. Tam-bém foi promovido pela HP um circuito de palestras reunindo casos de sucesso em impres-são digital, tecnologia e aplica-ções. “Focamos nas diferentes ofertas de aplicações da HP”, resume Sérgio Vieira, gerente de marketing para produtos da HP Brasil.Alphaprint(11) 2164-1900 www.alphaprint.com.brComprint(11) 3371-3371www.comprint.com.brDigigraf(11) 5585 5505www.digigraf.com.br

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PROGRAMA BÁSICOO Pacote de Viagem:Saída de São Paulo: 09/Setembro/2006 Cia Aérea: AMERICAN AIRLINES

Hotel: HYATT REGENCY O’HARE (1ª classe)Em apto. duplo dividindo com outro participante (por pessoa) .........US$ 1,490.00*Em apto. solteiro ................................................................................US$ 2,040.00*

Hotel: RAMADA PLAZA CHICAGO O’HARE (classe turística)Em apto. duplo dividindo com outro participante (por pessoa) .........US$ 1,255.00*Em apto. solteiro ................................................................................US$ 1,575.00*

* Preço válido se adquirir a viagem até 28/07/2006

O Pacote de Viagem inclui:• Passagem aérea ida / volta a Chicago com conexão em Miami, pela American Airlines, em

tarifa de grupo e em assentos da classe econômica.

• 04 noites no hotel escolhido sem café da manhã

• Assistência da Lisboa Turismo durante o período da feira para um grupo mínimo de 30 par-ticipantes viajando nos mesmos vôos.

• Taxas aeroportuárias Brasil e Estados Unidos

• Gastos extras tais como, refeições, telefonemas,lavanderias, etc..

• Ingresso para feira

• Seguro Viagem

Importante:• Adquirir um seguro/assistência viagem

pago à parte.

• Traslado aeroporto / hotel / aeroporto será fornecido se houver um mínimo de 30 passageiros com chegada ou partida nos mesmos vôos, com pagamento cob-rado à parte.

A viagem terá que ser adquirida na sua totalidade com a passagem aérea e hotel juntos.O preço será válido se houver um mínimo de 20 inscritos nos mesmos vôos. Preço sujeito a alteração sem prévio aviso

RESERVA E INFORMAÇÕES:

Fone: (11) 3218.7911 • Fax: (11) 3218.7919 • [email protected]

11 a 14 SET 2006ROSEMONT, ILL. - USADonald E. Stephens Convention Center

O Pacote de Viagem não inclui:

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esde abril último, EMBALAGEM-MARCA vem sendo distribuída aos leitores em atraentes envelo-pes, nos quais se destacam duas

características de ações de alto impacto. Além de chamarem a atenção pelo material de que são feitos, pela alta qualidade de impressão e pelo layout diferenciado e variado a cada edição, esses envelopes materializam mais uma vez alguns dos traços da missão que a revista se impôs ao ser lançada: oferecer ao leitores informação de boa qualidade, inovar permanentemente e contribuir para a integração e o fortalecimento da cadeia pro-dutiva de embalagens no Brasil.

Com o objetivo de mostrar a qualidade de seus produtos e serviços, fruto de know-how atualizado e capacitação tecnológica de acordo com o estado da arte, participam do projeto as seguintes empresas:

• Aquileia – Gravação digital dos cilindros de impressão• Arco Convert – Impressão dos envelopes, em rotogravura• DannGroup – Tintas especiais de impres-são• Henkel – Tecnologia de adesivação (sol-ventless) do filme, através da marca Liofol• Polo Films – Filme de polipropileno (BOPP) metalizado em que são impressos os envelopes• Recriar Comunicações – Criação da arte dos envelopes

Essa ação institucional, que se estenderá até a edição de novembro deste ano, repetin-do a série a partir de agosto, como reforço de mensagem, atende plenamente aos obje-tivos a que EMBALAGEMMARCA se propõe. Não há necessidade de falar do diferencial representado pelos envelopes em si, pois inúmeros leitores têm feito isso nos últimos quatro meses, em mensagens à revista ou em contato direto com as empresas participantes

making of >>> ação institucional

DEmbalagens em que revista é distribuída mostram a eficácia das duas mídias

Destaques de alto impacto

desta amostragem em série. Mas vale ressal-tar a perfeita integração de diferentes elos da corrente na produção dos envelopes.

É interessante notar também que esse tipo de ação não era praticado antes que EMBALAGEMMARCA, imediatamente após seu lançamento, em junho de 1999, o iniciasse no segmento de publicações especializadas. Na verdade, foi detectada na época a exce-lente oportunidade de utilização do meio revista como veículo de amostragem no setor de embalagens. O certo é que, além de consolidar-se por seus atributos edito-riais, EMBALAGEMMARCA se notabilizou por utilizar de maneira criativa esse recurso de grande impacto, provocando a reação dos leitores e, não menos importante, propi-ciando retorno comercial e institucional aos

MÍDIA EFICAZ Envelopes

especiais serão distribuídos

até novembro

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anunciantes. Desde então, em parceria com estes e com suas agências, a revista circulou freqüentemente com capas impressas nos mais diferentes substratos, bem como com tintas, vernizes e acabamentos os mais varia-dos. Periodicamente, também as páginas internas trouxeram – e trazem – anúncios diferenciados, que causam impacto e levam o leitor a interagir com eles, desdobrando-os ou descolando-os do corpo da revista para experimentação em seus próprios produtos. Exemplos desse tipo são os anúncios e encar-tes com rótulos auto-adesivos, selos de segu-rança e amostras de embalagens de papel cartão e de plásticos transparentes, tampas e selos metálicos, capas e sobrecapas holográ-ficas, transparentes, metalizadas, com relevo e vários outros recursos gráficos.

Orienta tais iniciativas o fato de que, na medida em que a embalagem tem enor-me energia vendedora no ponto-de-venda, é preciso mostrar concretamente a força desse instrumento à indústria usuária. Uma revista especializada é a mais eficaz das mídias para atingir tal objetivo, na medida em que leva diretamente ao público que interessa atingir a amostra da embalagem – ela própria um fortíssimo veículo de comunicação com o consumidor final.

A parceria das seis empresas envolvi-das na produção dos envelopes tema desta reportagem é uma reiteração dessa realida-de. Com ela, a Arco Convert reedita uma ação anterior, que levou a efeito com outros parceiros em diferentes meses de 2001, 2002 e 2003 e da qual a Henkel, presente nesta oportunidade, também participou. Foi o Pro-jeto Flexofilm e Design, com o qual a Arco Convert conquistou, por três anos consecu-tivos, o Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, promovido pela Associação Brasi-leira de Flexografia (Abflexo), na categoria Destaque Especial. (WP)

Aquileia(11) 4582-2628www.aquileia.com.br

Arco Convert(11) [email protected] DannGroup(11) [email protected]

Henkel(11) 4075-8955www.henkel.com.br Polo Films(11) 3707-8275www.polofilms.com.br Recriar(11) 3675-5847www.recriar.com.br

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64 >>> EmbalagemMarca >>> julho 2006

Anunciante Página Telefone SiteAbre 59 (11) 3082-9722 www.abre.org.br

Altec 55 (11) 4053-2900 www.altec.com.br

Amcham 63 (11) 5180-3757 www.amcham.com.br

Ápice 19 (11) 4221-7000 www.apice.ind.br

Arco Convert 9 (11) 6161-8099 www.arco.ind.br

Aro 27 (11) 6462-1700 www.aro.com.br

Braga 4ª capa (19) 3897-9720 www.braga.com.br

Colacril 5 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br

Congraf 34-35 (11) 5563-3466 www.congraf.com.br

Dixie Toga 21 (11) 6982-9402 www.dixietoga.com.br

Elo Design 27 (11) 3871-9942 www.elopress.com.br

Gumtac/Pimaco 15 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br

Imaje 33 (11) 3305-9455 www.imaje.com.br

IndexFlex 2ª capa (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

Innovia Films 63 (11) 5053-9948 www.innoviafilms.com

Interplast 53 (47) 3451-3000 www.interplast.com.br

Itap Bemis 25 (11) 6982-9402 www.dixietoga.com.br

Limer-Cart 17 (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.br

Lisboa Turismo 61 (11) 3218-7911 [email protected]

Maddza Máquinas 39 (35) 3722-4545 www.maddza.com

Markem 45 0800 13 2020 www.markem.ind.br

Moltec 39 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Owens-Illinois 7 (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br

Petroquímica Triunfo 41 0800 015 4888 www.ptriunfo.com.br

PMMI 37 +1 (703) 243-8555 www.packexpo.com

Polo Films 9 (11) 3707-8270 www.polofilms.com.br

Poly-Vac 29 (11) 5693-9988 www.poly-vac.com.br

PTC 47 (11) 6194-2828 [email protected]

Resinet 43 0800 709 7374 www.resinet.com.br

Rigesa 3 (19) 3881-9013 www.rigesa.com.br

Rio Polímeros 3ª capa (21) 2157-7777 www.riopol.com.br

Set Print 27 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

Simbios-Pack 39 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Sonoco For-Plas 23 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

Speranzini Marketing 39 (11) 5685-8555 www.speranzini.com.br

STM 27 (11) 6191-6344 www.stm.ind.br

Suzano 51 0800 0 555 100 www.suzano.com.br

Technopack 55 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Uniflexo 13 (11) 4789-5946 www.uniflexo.com.br

Wheaton 31 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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A Sonoco For-Plas sabe que um de seus maiores patrimônios, conquistado durante estes anos de trabalho sério e eficiente, é a credibilidade de seus produtos e a conseqüente valorização de seu nome no mercado. E por saber da importância deste patrimônio, procuramos aliar nossa imagem a mídias igualmente vencedoras.

Este é o caso da Revista EmbalagemMarca, que, com matérias altamente informativas e isentas, tem instruído o mercado brasileiro sobre a indústria de embalagem. A eficiência de sua distribuição é outro fator relevante, especialmente para uma empresa como a Sonoco For-Plas, que procura agir o mais globalmente possível. E o retorno dos anúncios é praticamente certo. Sem dúvida, este veículo oferece CONTEÚDO para a indústria de embalagem e segmentos correlatos.

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Almanaque

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Num tempo em que a presença de marcas e embalagens rareava no grande varejo, o inglês William Lever inovou ao lançar, em meados de 1880, um sabão em pedra com nome (Sunlight) e em embrulhos de papel distintos para a época. Um dos pilares do nascimen-to daquela que hoje é

a Unilever, o Sunlight mostrou espírito multinacional desde o início. O produto era levado aos países ocupados pelo Império Britânico como estandarte da

marcha do progresso – como pode ser visto ao lado, no anúncio de uma revista de 1898 que ilustrava a chegada do saponáceo a Cartum, capital do Sudão, na África à época sob o jugo inglês .

O fim da Lei Seca dos Estados Unidos, em 5 de dezembro de 1933, não empatou a festa das destilarias clandestinas, que por quase treze anos vicejaram com a proscrição das bebidas alcóolicas. Tanto é que, em 1935, o governo ame-ricano promulgou uma lei obrigando todas as biritas legais, menos cerveja e

vinho, a ostentar em seus recipientes uma gravação em relevo com o aviso: “A lei federal proíbe a venda ou o reuso desta garrafa”. Tal determina-ção expirou em 1964. No entanto, as garrafas com advertência continu-aram sendo fabricadas por mais alguns anos, por causa dos custos de troca dos moldes.

Sabão com alma desbravadora

A lei feneceu,os moldes não...

FOTO

S:

DIV

ULG

AÇÃO

Criada pelo americano George Eastman em 1880, a Kodak revolucionou a história da foto-grafia. Foi a primeira a oferecer, em 1888, uma câmera compac-ta, leve e de simples operação. Há duas versões para a origem do nome Kodak. A primeira, de que é onomatopéia do barulho feito pela câmera ao disparar o

obturador. A segunda, de que Eastman criou o nome tendo em mente uma pronúncia fácil em qualquer língua utilizando-se do “K”, sua letra preferida do alfa-beto. Desde então, a Kodak não parou de crescer, acompanhada pela modernização de seu logoti-po – mostrada abaixo em ordem cronológica.

Um clique na história

1907 1935 1960 1971

1987 2006

À direita, garrafa produzida em 1974

pela Thatcher Glass, de Nova

York, com o aviso na base; abaixo,

garrafa de 1956 da Owens-Illinois com

gravação em relevo no corpo

Hoje um popular agente de barreira para embalagens plásticas, o EVOH, ou copolímero de etileno e álcool vinílico, foi criado pela Monsanto em 1966. Sua

eficácia para embalagens, porém, só foi descoberta nos anos 70, quando a japonesa Kagoma, em parceria com a química Kuraray, criou um frasco de ketchup ultra-resistente com EVOH. Em meados dos anos 80, o EVOH caiu

nas graças de europeus e americanos. Daí para o Brasil foi um pulo.

VOCÊ SABIA?

REP

ROD

UÇÃO –

TH

E AU

STR

ALA

SIA

N

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