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Revista EmbalagemMarca 084 - Agosto 2006

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Edição de agosto de 2006 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Seleção natural também em feirasasceu de sugestões, queixas, críticas e elogios de exposi-

tores, bem como de bastan-te reflexão pela equipe da revista, a idéia de realiza-ção da reportagem de capa desta edição, sobre o tema das feiras relacionadas com o setor de embalagem no Brasil. Dada sua dimensão, é evidente que o assunto não se encerra aqui e pode ainda dar margem a muita discus-são, na busca de visão cada vez mais clara e capaz de contribuir para o fortaleci-mento do setor brasileiro de embalagem.De nossa parte, queremos deixar clara nossa posição

ao nos propormos a servir de veículo para a reportagem, que sintetiza o pensamento de expositores e de alguns dos principais organizadores desse tipo de evento. EMBA-LAGEMMARCA considera que feiras de negócios são um bom meio de comunicação, e sempre deu seu apoio àque-las que, a seu critério, são importantes para o setor.Porém, sem querer ensinar nada a ninguém, entende-mos que feiras são apenas mais uma das alternativas de mídia disponíveis no mer-cado. Sem dúvida podem trazer resultados positivos às empresas e aos profissionais que delas participam – desde

que atendidas determinadas exigências, como boa orga-nização tanto por parte dos promotores quanto do lado dos expositores, periodicida-de adequada, foco e outras mais. Por isso, como indica a reportagem, o setor de even-tos deverá passar por uma acomodação e, como ensi-nou Darwin, só os mais aptos sobreviverão.Relevada a questão de que quem diz isto pode ser visto como parte interessada, outro fato é que feiras têm duração curtíssima, de alguns dias num ano (ou em mais de um), enquanto a necessidade de comunicação o ano intei-ro. Até setembro.

Feiras podemtrazer resultadospositivos, desdeque atendidasdeterminadasexigências, comoboa organizaçãotanto por partedos promotoresquanto do ladodos expositores

Wilson Palhares

N

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CaféABIC lança programa de cate-gorização de cafés com aplica-ção de selos nas embalagens

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

ReportagemFlávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected] Meneghetti

[email protected]

Departamento de ArteCarlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

[email protected]é Hiroshi Taniguti (Assistente)

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

58 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

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18 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

8 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

56

6 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

14

Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

44

Reportagem de capa: proliferação das feirasExpositores e organizadores debatem cenário dos even-tos de embalagem no Brasil

46

52 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

nº 84 • agosto 2006

48

20 40

ILU

STR

AÇÃO D

E CAPA:

INLA

B D

ESIG

N

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3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

32

28 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

PlásticasPredilecta lança nova linha de ketchups combinando frascos de PET com rótulos nobres

MetálicasTampas com anéis não-vazados e latinhas de quarto de litro são novidades da Rexam

Entrevista:Claudio CzapskiSuperintendente da ECR Brasil fala da ascensão das caixas shelf-ready nos EUA e na Europa

MedicamentosAcopladas a frascos, cápsulas de aroma camuflam odores desagradáveis de medicamentos

38

tos de embalagem no Brasil

DecoraçãoPigmentos orgânicos ganham força entre as empresas espe-cializadas em pintura de vidro

TecnologiaEspecialista aborda o cenário da falsificação de produtos e tecnologias para evitá-la

CelulósicasKlabin investe em caixas de transporte com fácil abertura para reposição de gôndolas

CelulósicasSetor de papelão ondulado busca difundir padrão mundial para embalar hortifrutigranjeiros

FechamentosReaceso o interesse pelas tam-pas esportivas no mercado de águas minerais engarrafadas

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Esclarecimento

A Amcor White Cap do Brasil Ltda. esclarece aos leitores da revista EMBALAGEMMARCA que a matéria “Uma a menos em tampas”, veicula-da na edição de julho/2006 (n° 83), pág. 26, não condiz com a realidade dos fatos. Não há qualquer veracidade na informação de que os negócios no Brasil serão interrompidos. A Silgan Holdings Inc., na qualidade de nova controladora da Amcor White Cap, está muito otimista também com o potencial da aquisição em andamento no Brasil e certamente isto resultará em novos promissores investimentos no território nacional.

A reportagem a que se referiu essa revista menciona somente a aquisição dos negócios da Amcor White Cap na Europa. O fato é mais abrangente pois inclui a aquisição dos negócios da Amcor White Cap na Europa, Ásia e América do Sul. A Amcor White Cap do Brasil, agora suportada pela Silgan Holdings Inc., maior empresa de embalagens metálicas para ali-mentos nos Estados Unidos, continua sua ascensão com investimentos e aprimoramento tecnológico dos seus produtos. Demais detalhes sobre esta transação poderão ser encontrados no site www.silganclosures.com.

Donato de HyppolitoGerente Geral Brasil

Dilciney T. Zagato Gerente Comercial

Amcor White Cap do Brasil

Espaço Aberto Acabei de receber a EMBALAGEMMAR-CA e não posso deixar de parabenizar vocês por uma edição tão completa: bonita, com ótimos textos e de um apuro difícil de encontrar. A revista mostra que a união de boa embalagem e conteúdo é infalível.

Cecilia EtchecoinAssessora de imprensa Rohm and Haas

Temas ComunicaçãoSão Paulo, SP

Parabéns por mais uma edição de EMBALAGEMMARCA e sobretudo pelo aniversário dessa conceituada publica-ção. Fantástica a idéia das fotos do passado x presente (edição 82), ficou excelente.

André LaguzziGerente de Inovação

e DesenvolvimentoAntilhas Soluções Integradas

para EmbalagensSantana de Parnaíba, SP

Edição latina

Parabéns pela edição de EMBALAGEM-MARCA em castelhano. É uma importante iniciativa, e certamente trará grandes fru-tos à revista e ao setor de embalagem.

André MozeticDiretor, Greenfield Business Promotion

Recife, PE

O Boticário e Kero Coco

Gostaria de lhes informar que há um erro na matéria “Ciência com Glamour” publicada na edição de maio 2006 (n.º 81 pág. 24). A embalagem Nanoserum Anti-sinais (item 14 da pág. 26) é fabri-cado pela Rexam e não pela Globalpack como citado na revista.

Janaina QueirozAssistente comercial

Rexam São Paulo, SP

Em primeiro lugar, parabenizamos a revista EMBALAGEMMARCA pela sua qua-lidade editorial, importância no segmen-to de embalagens e serviços prestados ao leitor. Ficamos felizes ao ver a Kero-

Coco entre as marcas que figuram na matéria “O apito já trilou nas gôndolas”, publicada à página 14 da edição de maio (81) da revista. Gostaríamos, no entanto, de fazer uma pequena retificação. Por ser uma bebida rica em sais minerais e potássio, a Kero-Coco é considerada repositora natural dessas substâncias, mas não é um “repositor energético”, como publicado.

Alexandre GonçalvesFSB Comunicações

Assessoria de Imprensa da Kero CocoSão Paulo, SP

6 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

CORREÇÃO

As embalagens da Skol Redondaço (“Do tamanho da expectativa”, EMBA-LAGEMMARCA nº 82, página 18) foram desenvolvidas pela MeadWestvaco em papel cartão e montadas na Jofer Embalagens. O design é da F/Nazca.

MeadWestvaco Sistemas de Embalagens(11) 3048-9386

F/Nazca(11) 3059-4800

Jofer Embalagens(18) 3643-4000

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As men sa gens re ce bi das por carta, e-mail ou fax po de rão ter tre chos não es sen ciais

eli mi na dos, em função do espa-ço disponível, de modo a dar o maior número possível de

oportunidades aos leitores. As mensagens poderão também ser

in se ri das no site da revista (www.embalagemmarca.com.br).

Mensagens para EMBALAGEMMARCA

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8 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

Diferenciação nos grãos e na decoraçãoVidro acondiciona e auto-adesivo decora novo Café Iguaçu Gourmet Paladares exigentes já encontram nas gôndolas o Café Iguaçu Gourmet, produzido pela Cia. Iguaçu de Café Solúvel. Trata-se de uma com-binação de grânulos de alta qualidade produzi-dos a partir da técnica chamada “Freeze Dried”, processo em que o extra-to de café concentrado é seco a frio, permitindo

assim maior retenção do aroma e do sabor. Em conformidade com o diferencial do produto, para as embalagens, foram escolhidos potes de vidro de 100 gramas, fabricados pela Owens-Illinois e decorados por auto-adesivos da CCL Label do Brasil em papel laminado prata, criados pela Rex Design.

CCL Label do Brasil(19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Rex Design(11) 3862-5121www.rexnet.com.br

Identificação facilitadaLatas dos molhos Pomarola ganham novo visualPara que o consumidor identificasse os produtos com maior facilidade nas gôndolas, a Unilever optou por refor-mular as embalagens de toda a linha de molhos Pomarola, tarefa realizada pela Usina Escritório de Desenho. Dentre as alterações, Daniella Brilha, gerente de atomatados da Cica, à qual pertence a linha, destaca a inserção de informações sobre os benefícios proporcionados à saúde pelo produto. Impressas por litografia, as latas de aço são fornecidas pela Rojek, assim como as tampas, feitas do mesmo material.

Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

Usina Escritório de Desenho(11) 5571-6788www.usinadesenho.com.br

Knorr encaixota frango assadoCartuchos embalam novo sabor de caldo culinário

A Knorr, marca pertencente à Divisão de Alimentos da Unilever, lança mais um pro-duto exclusivo. Trata-se do Caldo de Frango Assado, que, ao lado das versões Galinha, Carne, Costela, Picanha e Camarão, formam a linha de caldos especiais. O produto é resulta-do de pesquisas realizadas com consumido-res, que elegeram o sabor como ideal para ser usado em receitas de tortas de frango. Para acondicionar a variante, foram usados cartu-chos impressos em off-set pela Brasilgrafica. O design é da Usina Escritório de Desenho. A Unilever não divulgou o fornecedor do papel laminado que embala as barras.

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Usina Escritório de Desenho(11) 5571-6788www.usinadesenho.com.br

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Garrafas da Saint-Gobain com pescoço alongado e corpo bojudo estão entre as apostas da Cia. da Banana para diferenciar no mercado externo seu recém-lançado licor de banana. Produzido em Iguape, litoral sul de São Paulo, o produto é feito com bana-na nanica e álcool de cereais. Está sendo embarcado para Estados Unidos e Europa, em garrafas de 750 mililitros e 700 mililitros,

respectivamente. A bebida é oferecida em embalagem única ou em kit, contendo uma garrafa grande, uma miniatura de 50 mililitros e taças de cristal. Impressos pela SetPrint com tecnologia digital, os rótulos tiveram seu

design a cargo da agência Daftar. Cartuchos de

papel cartão, da gráfica Regnus,

embalam cada garrafa. As caixas de embarque, de papelão ondulado, são da Embala-

gens Rubi.

Garrafa destaca licor “for export”

Yes, nós temos banana

Daftar (11) 6950-3211www.daftar.com.br

Saint Gobain(11) 3874-7988www.saint-gobain.com.br

SetPrint(11) 2133-0007www.setprint.com.br

Regnus Indústria Gráfica(11) 4057-4130 www.regnus.com.br

Rubi5515-7308www.embalagensrubi.com.br

Suavidade em altaDesign Absoluto cria para Comfort

A linha de amaciante de roupa Comfort, da Unilever, ganhou uma nova variante: Comfort Fácil Enxágüe, que corta a espu-ma, amacia e perfuma em um único enxá-güe. As embalagens foram criadas pela Design Absoluto, que usou o conceito de comunicação “liberdade e suavidade”, que transmite os benefícios de se ter um produto que elimina etapas no processo de lavagem das roupas. As embalagens de PEAD de 500 mililitros e de 1,8 litro são fornecidas pela Alpla, assim como as tampas de rosca que as fecham. Auto-adesivos, os rótulos são da Color-G.

Alpla(11) 4141-5535www.alpla.com.br

Color-G(11) 2273-4666www.colorg.com.br

Design Absoluto(11) 3071-0474www.designabsoluto.com.br

Embraplas (19) 3208-0299www.embraplas.com.br

Gad’ Design(11) 3040-2222www.gad.com.br

Suzano0800 055 5100www.suzano.com.br

Mochilas mais organizadas Novo estojo de polipropileno da Faber-Castell, Flipboxorganiza linha de lápis de cor garantindo ordenação

A lista de material escolar conta com uma novidade da Faber-Castell. Trata-se da Flipbox, estojo de polipropileno (PP) desenvol-vido para a linha de lápis de cor da empresa. Produzido pela Embraplas, de Campinas (SP), o estojo foi desenhado pela Gad’ Design. Graças a um apoio na parte traseira, a Flipbox pode ficar

em pé. O sistema de fechamento é por travas, evitando que os lápis se espalhem quando são transporta-dos na mochila. O Flipbox é ven-dido com doze lápis de cor, todos revestidos por esferas antidesli-zantes. O conjunto é comerciali-zado num cartucho impresso em off-set pela própria Faber-Castell, com papel cartão da Suzano.

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Asas com maisautonomia de vôoFlying Horse ganha versão Big,vendida em latas de 473 mililitros

A GlobalBev colocou no mercado a nova versão do energético Flying Horse. Antes comercializada somente em latas de alumínio de 250 mililitros, a bebida agora está disponível também numa nova embalagem de 473 mililitros, que ganhou o nome de Big Flying. As latas são for-necidas pela Rexam, que desenvolveu o design original da lata de 250 mililitros, adaptando-o para o novo tamanho.

Rexam(21) 2104-3300www.rexamcan.com.br

Uma cor para cada variedade

Igel Embalagens (51) 3041-8300www.igel.com.br Saint Gobain (11) 3874-7482 www.sgembalagens.com.br

Owens-Illinois(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Plano Global Design (54) 3451-4160

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AÇÃO

Aurora redesenha linha Varietal

Requinte para poucos

Dragon Rougewww.dragonrouge.com

MBF Francewww.mbf-plastiques.fr

Saint-Gobainwww.saint-gobain.com

A 550 reais a unidade, Conhaque Martell XOchega ao Brasil em garrafas da Saint-Gobain

Chega ao Brasil a nova versão do Martell XO, conhaque da francesa Martell, prestigiada fabrican-

te de destilados finos. Importada pela Pernod Ricard Brasil, a bebida vem armazenada em

garrafa de vidro da Saint-Gobain francesa, rotulada com papel auto-adesivo impresso

em off-set com detalhes em hot stamping dourado. Tampas da MBF France com-pletam o frasco, cujo design foi criado pela agência parisiense Dragon Rouge. O preço médio ao consumidor no Brasil deverá ser de 550 reais a garrafa.

A Cooperativa Vinícola Aurora inovou na con-cepção visual de uma de suas linhas de vinhos mais consagradas no varejo, a Aurora Varietal. As margens dos rótulos e as cápsulas do sistema de fechamento ganha-ram uma cor para cada variedade. Os rótulos dos vinhos brancos receberam as cores laranja e amarela. Nos tin-tos, as variações vão do vermelho ao roxo. Os rótulos de papel auto-adesivo são impressos pela Igel Embalagens, as garrafas são fornecidas pela Saint-Gobain e pela Owens-Illinois, e o projeto visual é da Plano Global Design.

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12 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

Fé na alma carioca (e no apelo da bossa) Para vender lá fora, cachaça catarinense explora antigos ícones do Rio de Janeiro

Com embalagens alusivas ao Rio de Janeiro dos anos 50 e 60, a cachaça Canabacana, produzida pela catarinense Multidrink, está sendo lançada na Ásia e na Europa. Os primei-ros lotes já chegaram a Cingapura, Malásia e Filipinas. O projeto de embalagem e a marca foram criados pela agência Design Inverso. Com referências aos calçadões de Ipanema, à bossa nova, ao Pão de Açúcar e à praia de

Copacabana, os cartuchos, com janelas para visualizar a garrafa, foram impressos pela Gráfica 43. “A idéia desse

projeto gráfico é propor-cionar a consumidores

de outros lugares do mundo a experiência de estar no Brasil”, resume Marcelo Schramm, um dos designers responsá-veis pelo visual da

Canabacana. A garrafa é da Saint-Gobain, e os rótulos são impressos pela Grafimax.

Design Inverso(47) 3441-7766www.designinverso.com.br

Gráfica 43(47) 3221-1200

Grafimax(47) 3323-2317

Saint-Gobain(11) 3874-7644www.saint-gobain.com.br

Contra a gripe e a mesmice também

Emepê Indústria Gráfica(11) 3826-8300

Magistral Impressora Industrial (41) 2141-0408www.magistralimpressora.com.br

Mad House Pack Works(11) 6607-4391www.madhouse.com.br

Para se destacar no mercado OTC (over the counter, ou livres de pres-crição médica), a Novartis relança o Calcium Sandoz em nova embalagem. O suplemento vita-mínico, composto por vitamina C e cálcio, ganhou cartucho redese-nhado pela agên-cia Mad House, que substituiu a cor branca por tons alaranja-dos. A caixa é impressa em off-set pela Emepê Indústria Gráfica e pela Magistral Impressora Industrial e acondiciona um tubo plástico – cujo fornecedor não foi revelado – com dez comprimidos efervescentes.

Novo layout destaca cor laranja em cartuchos do Calcium Sandoz

Guinada na identidade visual de uma trintona

Produzida pela Unilever, a linha Vasenol de cuidado com a pele adotou novas embalagens. A mudança é uma das mais radicais na história da marca, que che-gou ao Brasil em 1976. As emba-lagens antigas, com ombros deli-neados, deram lugar a um design diferenciado. O destaque é a integração entre

o formato dos frascos, produzi-dos pela Brasalpla, e das tampas, por enquanto importadas da

Seaquist Closures dos Estados Unidos (há planos de que a filial brasileira assuma o fornecimento). Os rótulos auto-adesivos são da

Baumgarten. Outra mudan-ça foi a ampliação da capacidade dos frascos, que passou de 187 mili-litros para 200 mililitros. “Buscamos embalagens mais modernas, que mantivessem a funciona-lidade”, destaca Elisson Dias, gerente de marke-ting de Vasenol.

Baumgarten(47) 321-6666 www.baumgarten.com.br

Brasalpla(11) 4141-5535www.brasalpla.com.br

Seaquist Closures(11) 4143-8909www.seaquistclosures.com

Aos 30 anos, marca Vasenol de hidratantes corporais é completamente repaginada

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Tintas para sinalização viária ganham baldes de PP

Sinal de mudança

Metalúrgica Barra do Piraí(11) 2168-0063www.mbp-stabile.com.br

New Growing Design & Branding(11) 4226-4493 www.newgrowing.com

Alcan Embalagens do Brasil(11) 5503-0809www.alcan.com.br

Crown(11) 5054-4014www.crowntampas.com.br

O lançamento da grife B-Effects, de produtos capilares masculinos, marcou o iní-cio da estratégia da Revlon com sua divisão Bozzano Professional. A linha é com-posta por quatro itens – gel de média e alta fixação, cola e creme modelador. Todos são acondicionados em tubos laminados da Alcan, impres-

sos em letterpress. Com ares futuristas, as embalagens pretendem conquistar o publi-co masculino ressaltando o conceito de alta tecnologia empregada na formulação dos produtos. A agência responsável pelo projeto é a Ahhh!Design. Quem fornece as tampas flip-top, de polipro-pileno, é a Crown.

Nova linha Bozzano aposta em tubos com toque futurista

Para homens, apelo high-tech

laminados da Alcan, impres- pileno, é a Crown.

É através da embalagem que a Indutil Tintas quer chamar a atenção para a reformu-lação de seu principal pro-duto, a Acquaplast, tinta utilizada na demarcação e na sinalização viárias, agora com maior aderência. Para destacar a evolu-ção sem exce-der os custos, a agência New Growing Design & Branding optou por adotar baldes de polipropileno decorados em serigrafia, forneci-

dos pela Metalúrgica Barra do Piraí. A mudança também quer ressaltar o apelo ecoló-gico do produto, elaborado à base de água.

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14 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

uem topou com o estande da Predi-lecta na APAS 2006, mais recente edição da feira da Associação Pau-lista de Supermercados, percebeu

a agitação provocada pelas novas embalagens da linha de ketchup da empresa, exibidas no evento ainda como mock-ups. As versões reais dos recipientes chegarão ao varejo em agosto. Fabricados em PET, com moldes fornecidos pela Lorenpet, e soprados na própria Predi-lecta, os frascos ganharam um perfil sinuoso. “A embalagem possui um formato que lhe deu mais movimento, equilíbrio e praticidade”, comenta Rogério Byczyk, gerente de marke-ting da Predilecta. “Apesar de ela ser curvilí-nea, todo o produto sai com facilidade”.

Composta por cinco variedades – Tra-dicional, Hot, Premium, Light e Goiachup (ketchup de goiaba) – a linha traz pigmen-tação na tonalidade do produto em todos os frascos, à exceção do Premium, que apresenta paredes transparentes. Os rótulos auto-adesivos são resultado de uma parceria entre a Interpack e a SetPrint. Sua arte foi criada pela própria Predilecta, seguindo a estratégia de verticalização produtiva da indústria alimentícia. Já as tampas flip-top foram desenvolvidas em poli-propileno (PP) injetado pela Indeplast, em ação exclusiva para a Predilecta. “Elas são mais longas que as anteriores e foram projetadas para dar apoio perfeito à altura total das terminações das pré-formas de PET, de 28 milímetros, permitindo que haja um encostamento perfeito com o anel dos gargalos dos frascos”, detalha Evandro Ferreira, coorde-nador comercial da Indeplast.

Outros trunfosOs profissionais envolvidos no projeto desta-cam ainda a inovação no bico dosador, que pos-sui sistema exclusivo de encaixe com a tampa. “Há uma característica construtiva no bico que dificulta o acúmulo de resíduo do produto dosado”, ressalta Ferreira. “Além disso, sem saliências e com alto brilho, as tampas contri-

plásticas >>> alimentos

QNovos ketchups aliam praticidade do frasco de PET ao charme do hot-stamping

Proposta requintadabuem de forma positiva para que não ocorra esse acúmulo.”

“Buscamos criar na variedade Premium um atrativo mais requintado para o consumidor exigente”, diz Byczyc. “Através de uma pro-dução diferenciada, com maior concentração de tomate, o produto é destacado também por sua embalagem, a começar pelo frasco de PET translúcido.” Uma apresentação requinta-da busca dar competitividade ao produto frente a ketchups importados. O rótulo, à guisa dos de vinhos, possui fundo preto e gravações em hot-stamping, com design sóbrio e elegante. As tampas também têm cor preta.

O desembarque das novas embalagens no varejo será acompanhado de ações de marketing criadas regionalmente e direcio-nadas ao público de cada Estado. Segundo a Predilecta, o lançamento consolida o fato de o frasco de PET ser uma realidade em ketchup e condimentos no país. (DM)

uem topou com o estande da Predi-lecta na APAS 2006, mais recente edição da feira da Associação Pau-lista de Supermercados, percebeu

a agitação provocada pelas novas embalagens da linha de ketchup da empresa, exibidas no evento ainda como mock-ups. As versões reais dos recipientes chegarão ao varejo em agosto. Fabricados em PET, com moldes fornecidos pela Lorenpet, e soprados na própria Predi-lecta, os frascos ganharam um perfil sinuoso. “A embalagem possui um formato que lhe deu mais movimento, equilíbrio e praticidade”, comenta Rogério Byczyk, gerente de marke-ting da Predilecta. “Apesar de ela ser curvilí-nea, todo o produto sai com facilidade”.

Composta por cinco variedades – Tra-dicional, Hot, Premium, Light e Goiachup (ketchup de goiaba) – a linha traz pigmen-tação na tonalidade do produto em todos os frascos, à exceção do Premium, que apresenta paredes transparentes. Os rótulos auto-adesivos são resultado de uma parceria entre a Interpack e a SetPrint. Sua arte foi criada pela própria Predilecta, seguindo a estratégia de verticalização produtiva da indústria alimentícia. Já as tampas flip-top foram desenvolvidas em poli-propileno (PP) injetado pela Indeplast, em ação exclusiva para a Predilecta. “Elas são mais longas que as anteriores e foram projetadas para dar apoio perfeito à

buem de forma positiva para que não ocorra esse acúmulo.”

“Buscamos criar na variedade Premium um atrativo mais requintado para o consumidor exigente”, diz Byczyc. “Através de uma pro-dução diferenciada, com maior concentração de tomate, o produto é destacado também por sua embalagem, a começar pelo frasco de PET translúcido.” Uma apresentação requinta-da busca dar competitividade ao produto frente a ketchups importados. O rótulo, à guisa dos de vinhos, possui fundo preto e gravações em hot-stamping, com design sóbrio e elegante. As tampas também têm cor preta.

O desembarque das novas embalagens no varejo será acompanhado de ações de marketing criadas regionalmente e direcio-nadas ao público de cada Estado. Segundo a Predilecta, o lançamento consolida o fato de o frasco de PET ser uma realidade em ketchup e condimentos no país.

Indeplast(11) 6806-5000www.indeplast.com.br

Interpack(19) 3451-2229www.interpack.ind.br

Lorenpet(12) 3185-4444www.lorenpet.com.br

SetPrint(11) 2133-0007www.setprint.com.br

NOBREZA – Visual da versão Premium, com hot stamping no rótulo negro, visa aproximação com marcas importadas

TERMINAÇÃO – Tampas flip-top, da Indeplast, têm desenho diferenciado, mais alongado que o das tradicionais

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AÇÃO

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ndústrias nacionais de bebidas sedentas por novas opções de marketing com embalagens de alumínio

podem esfregar as mãos. Maior fabri-cante de latas para bebidas do Brasil, a Rexam acaba de anunciar a naciona-lização de duas tendências mundiais na área: tampas com anel não-vazado, capazes de receber impressão a laser de números ou desenhos, e a lati-nha de 250 mililitros.

Com as argolas fechadas, as novas tampas oferecem às marcas novas oportunidades de comunica-ção e de promoções com latinhas. Para sustentar seu lançamento, a Rexam adquiriu conjuntos de impressão a laser para a gravação das peças. “Com essa inovação a lata terá um papel

metálicas >>> bebidas

I

Tampas com argolas preenchidas, ideais para promoções, e minilatas, cada vez mais requisitadas pelo consumidor, são novidades da Rexam no Brasil

Sobre anéis e anãs

Rexam(21) 2104-3300www.rexamcan.com.br

ANÃ – Latinha de quarto de litro (à esq., ladeada pelas de 355 e de 473 mililitros): opção para lanches e consumo em trânsito

FOTO

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ULG

AÇÃO

VEÍCULOSArgolas fechadas

permitem gravações a laser para promoções e comunicação de marca

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mais ativo nas promoções dos nos-sos clientes, principalmente naquelas do tipo ‘achou, ganhou’”, situa Paulo Dias, gerente de marketing da Rexam. “Ademais, a impressão a laser dife-rencia produtos e poderá passar diver-sas mensagens para o consumidor.” Segundo o executivo, a Rexam será capaz de fabricar inicialmente até 4 milhões de unidades diárias das novas tampas, e com um atrativo: enquanto na Rexam européia um máximo de nove caracteres pode ser impresso em cada anel, na operação brasileira a capacidade será de 16 caracteres.

Minilata em altaPor sua vez, a latinha de 250 milili-tros pinta como uma ferramenta para as indústrias de bebidas atingirem novas faixas de consumo e de preço. Veja-se o que ocorre no mercado norte-americano, onde minilatinhas similares, de 8 onças líquidas – 237 mililitros, volume já utilizado tempos atrás em edições limitadas de bebidas no Brasil (veja quadro) –, transforma-ram-se numa febre de dois anos para cá nos mercados de sucos prontos e de refrigerantes. “Elas respondem à crescente busca por controle de por-ções, são ideais para refeições ligeiras e práticas para o consumo em movi-mento”, afirma Stephanie Baxter, diretora de comunicação corporativa da Coca-Cola canadense, num artigo sobre minilatinhas publicado em abril no site brandchannel.com. Não à toa, a Coca-Cola já está testando a latinha de quarto de litro da Rexam no mer-cado brasileiro. (GK)

Apesar do sucesso, a Festa acabouPoucos talvez recordem, já que ela viveu apenas por alguns meses. Lançada em abril de 1999, a cerveja Antarctica Festa, em latinha com o então inédito volume de 237 mililitros, sumiu de cena no final daque-le mesmo ano, quando se deu a compra da Antarctica pela

Brahma e a criação da AmBev. Enquanto durou, a cervejinha fez a festa: em três meses vendeu 5 milhões de unidades, o que a Antarctica projetava para um semestre inteiro. A latinha, na ocasião, também era da Rexam, a mesma que está lançando uma nova minilata no país. (FP)

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Uma das mais novas adeptas das garrafas PowerFlex, da Amcor – garrafas de PET do tipo panel-less, isto é, sem painéis de

dilatação, para envase a quente (veja maiores detalhes sobre a tecnologia em EMBALAGEMMARCA nº 79, março de 2006) – é a americana MD Drinks, através das bebidas funcionais Function. Curiosi-dade: uma das variantes dessa linha, a Urban Detox, propõe-se a curar ressa-cas. Ela o faz a partir de uma fórmula que revigora o fígado dos efeitos do álcool e estimula o sistema imunológi-co. “O desenho panel-less das garra-fas, sem estrias nas paredes, garantiu uma rotulagem sem imperfeições à linha”, diz o fisiologista Alex Hughes, um dos proprietários da MD Drinks.(11) 4589-3062www.amcor-powerflex.com

A Copa do Mundo da Alemanha acabou inquestionavelmente com gosto amargo para o Brasil, mas rendeu criativas embalagens de ocasião mundo afora. Uma delas, no Reino Unido, foi a lata de aço expandida para o gel de barbear Mach3 TurboGel, da Gillet-te. Através de uma tecnologia de expansão por ar, a Crown Aerosols Europe criou um perfil que simula os gomos de uma bola de futebol. Além de chamar a atenção nos pontos-de-venda, as saliências na superfície facilitam o manu-seio da lata pelo consumidor.+33 (1) 4918-4002www.crowncork.com

Copa foi barbada para a GilletteLata expandida de gel de barbear demonstrou jogada criativa

Mercado francês abre espaço à apresentação inovadora

Croutons em potes de PET. Trata-se da aposta da Cam-pbell européia em sua marca Liebig Crousti’Top de crou-tons, comercializada na Fran-ça. Segundo a Campbell, os potes de 300 gramas, da ingle-sa RPC Blackburn, garantem maior frescor e integridade ao produto em relação às tradicio-nais embalagens plásticas flexí-veis de croutons. “Ademais, as

novas embalagens têm design mais moderno e possibilitam fácil fechamento após a aber-tura”, diz Gregory Chabidon, gerente da marca Liebig na Campbell. Fabricados pelo pro-cesso ISBM (Injection Stretch Blow Molding), os potes de PET são decorados com rótulos ter-moencolhíveis da Fuji.+44 (0) 1254 682-298 www.rpc-blackburn.co.uk

De vendedora a aduboNos EUA, embalagem compostável para kiwis debuta na rede Wal-Mart

Os kiwis orgânicos da marca Oppenheimer agora chegam à seção de frutas das lojas americanas da rede Wal-Mart em embala-gens totalmente compostáveis. Os berços das frutas são fabricados pela canadense Earthcycle a partir de polpa moldada origi-nária do refugo produtivo de óleo de palma na Malásia. O material é certificado para o contato com alimentos pelo FDA, principal órgão de vigilância sanitária americano. Dis-posto em aterros de compostagem, degra-da-se em menos de três meses. Envolvendo a bandeja, o filme transparente NatureFlex, da Innovia, é derivado da celulose e também compostável. O rótulo, de papel, é impresso com tintas à base d’água e adesivo atóxico.+1 (604) 899-0928 • www.earthcycle.com(11) 5053-9945 • www.innoviafilms.com

Uma marca a mais em PowerFlexNovas bebidas funcionais aderem à garrafa sem painéis da Amcor

Pote de PET chega aos croutons

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20 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

ob diferentes critérios de avaliação, o mercado nacional de feiras de negócio equipara-se aos mais avançados do mundo. Só a

cidade de São Paulo abriga cerca de 90 000 eventos por ano, dos quais expressiva parte é composta por feiras. Entre as exposições internacionais, aquelas com força para movimentar empresas e cadeias produtivas de todo o planeta, estima-se que 160 sejam realizadas a cada ano no país. Das áreas tradicionais às mais avançadas, o calendário nacional é tão diversificado quanto o de países com enorme expertise no ramo. Também relevante é a importância econô-mica das feiras. Dos cerca de 8 bilhões de reais gerados pela indústria brasileira de turismo no ano passado, 2,6 bilhões de reais são atrelados ao turismo de negó-cios – em 2005, somente São Paulo recebeu 4,3 milhões de profissionais. Por tudo isso, o Brasil saltou recen-temente da 21ª para a 14ª posição no ranking da Internacional Con-gress and Convention Association (ICCA), que avalia os principais centros mundiais de exposições de negócios.

A despeito desses e de outros indicativos positivos, quem par-ticipa de feiras de negócios com freqüência no Brasil provavelmen-te já se acostumou a ouvir, ou até a corroborar, críticas sobre nível de resultados, estrutura e organização desse tipo de evento. Pelo menos nas feiras da área de embala-gem, a insatisfação existe. Posto de lado o fato de que São Paulo, o maior centro expositor da Amé-rica do Sul, deixa a desejar em termos de espaços de exposição, de localização, de acesso, de esta-cionamento e de transporte, possivelmente o aspecto que mais incomoda a cadeia do packaging diz respeito à proliferação das feiras de negócio ligadas ao setor.

Não se trata de questionar a importância

reportagem de capa >>> feiras

S Ante a proliferação das feiras de embalagem, bons resultados

exigem seleção e planejamento

Pela equipe de EmbalagemMarca

Um jogo que não depende apenas de sorte

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agosto 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 21

estratégica dos eventos e exposições. Além de ocasião propícia para relacionamento e for-talecimento de imagem, sabe-se que as feiras constituem em todo o mundo um tipo de mídia complementar útil para a divulgação de produ-tos. Mesmo assim, parcela não desprezível de empresários e executivos da área de embala-gem alerta que elas vêm sendo realizadas em quantidade excessiva, tornando-se muitas vezes repetitivas.

“O alto número de feiras realizadas no Brasil dificulta o anúncio de novidades”, atesta André de Marco, gerente de produto da Suzano Papel e Celulose, tradicional expositora de eventos de embalagem. Essa situação, ele diz, pode levar à perda de interesse por determinados eventos. “Sempre inovamos e trazemos tendências, mas há casos em que o visitante se decepciona com a falta de lançamentos”, completa o profissional da Suzano.

Falta de foco e retorno aquém do desejável ajudam a engrossar o caldo de desconten-tamento. No primeiro caso, nem sempre os visitantes têm o perfil esperado pelo expositor. Atendentes e promotores, por exemplo, já estão acostumados à presença de visitantes preocupados apenas em dispu-tar brindes, os famosos “sacoleiros”, ou de pessoas sem relação alguma com a área de atuação da empresa. A conseqüência final da falta de critérios e planejamento pode ser a frustração do expositor.

“Os investimentos são pesados, mas a divulgação nem sempre é boa”, constata Valdir Arjona Gaspar, diretor presidente da

Colacril, fabricante de bases auto-adesivas para produção de rótulos que também acumula gran-de experiência em feiras de embalagem. “Em muitos casos, o preço cobrado pelo metro qua-drado no Brasil chega a ser mais alto do que o valor observado no exterior”, compara Gaspar.

Outros sinais de insatisfaçãoTambém sobram queixas para a postura de alguns organizadores, que se mostrariam mais interessados em locar espaço de exposição do que em cuidar dos aspectos relativos a planeja-mento e organização dos eventos.

“As feiras por segmento acabam se sobre-pondo, e nem sempre as empresas participam pelo retorno direto”, pontua Rogério Baldauf, diretor comercial da filial brasileira da alemã Krones, produtora de maquinário para emba-lagens de líquidos e tradicional expositora de feiras de embalagem.

Esta última observação pode ser interpreta-da da seguinte maneira: além de comprometer a divulgação de novidades e a relevância de muitos eventos, a proliferação das feiras leva muitos expositores a participar delas preocu-pados antes em evitar a imagem negativa de não estar presente (leia-se “boatos sobre fusões ou a saúde financeira da empresa”), do que em mostrar e captar tendências de mercado.

Baseada na opinião de diversos profissio-nais de embalagem, alguns ouvidos nesta repor-tagem, outros ao longo de quase duas décadas de experiência acumulada por seus diretores na cobertura desse tipo de evento, a equipe de EMBALAGEMMARCA vê-se na contingência

O vigor do mercado brasileiro de eventos de negócio em números O Brasil recentemente saltou da 21ª para a 14ª posição no ranking da Internacional Congress and Convention Association (ICCA)

A cidade de São Paulo abriga cerca de 90 000 eventos por ano, e recebeu em 2005 4,3 milhões de profissionais

Mais de 160 exposições internacionais são realizadas por ano no país

Dos 8 bilhões de reais gerados pela indústria brasileira de turismo no ano passado, 2,6 bilhões de reais são atrelados ao turismo de negócios

Um jogo que não depende apenas de sorte

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de concordar com a opinião generalizada de que as feiras de embalagem se multiplicaram demasiadamente no Brasil. Procurando estar presente nos eventos mais importantes do setor, a sensação de excesso intensifica-se na equipe de tempos em tempos.

Em junho último, por exemplo, foram feitas, somente em São Paulo, três feiras diretamente ligadas à indústria de embalagens: ExpoPrint, Fispal Tecnologia e Luxe Pack. Pode-se justi-ficadamente argumentar que um evento não é comparável a outro, e que cada qual é voltado a um mercado específico (gráfico; linhas de acondicionamento e processos industriais; e embalagens de luxo, respectivamente). Mas, considerando que em maio último parte da indústria de embalagem já havia se reunido nas feiras FCE, voltadas aos setores farmacêutico e de cosméticos, e que no final de abril havia sido promovida pela Alcantara Machado a Bra-silpack, percebe-se que, num espaço de aproxi-madamente dois meses, algumas empresas se viram participando de três, quatro ou até cinco feiras. Embora o público de cada uma delas seja distinto, situações assim levam os expositores a reivindicar maior planejamento no cronograma das feiras.

“Esse tipo de pedido realmente ocorre”, confirma Joris van Wiiki, diretor da VNU Business Media, grupo com presença global no

segmento de feiras de negócios, que no merca-do brasileiro de embalagem atua com as marcas FCE, Food Pack e Tecnobebidas. Porém, o executivo acredita que, ao contrário dos expo-sitores, os visitantes dos eventos de embalagem realizados no Brasil não estão insatisfeitos com a proliferação das feiras. “No lado dos compra-dores, é importante que os eventos ocorram em intervalos curtos”, considera Joris.

Segundo o diretor da VNU, foi constatado que, em média, um terço do público total das feiras feitas pela empresa no Brasil nunca as havia visitado antes. Para o visitante de primeira viagem, ele argumenta, os eventos devem ser feitos todos os anos, “ainda que o expositor não tenha novidades para mostrar”. Joris observa ainda que as datas escolhidas para as feiras devem atender aos ciclos dos mercados. As feiras FCE, por exemplo, acontecem em maio, pois as empresas de embalagens e matérias-pri-mas de fármacos e cosméticos teriam naquela época lançamentos para o segundo semestre do ano. “Alguns expositores realmente pedem para que as feiras aconteçam a cada dois ou três anos. Não é, porém, o caso da indústria de embalagens para cosméticos, que tem lança-mentos todos os anos.”

Consolidada como a maior referência em feiras de embalagem do mercado brasileiro, a Fispal Tecnologia integra o cardápio de eventos

Seis dicas para ajudar a atingir as metasNa tentativa de auxiliar o expo-sitor a otimizar o retorno do investimento feito numa feira de negócios, EMBALAGEMMARCA enu-merou seis considerações que podem evitar frustrações.

Defina os objetivos que devem ser alcançados na feira. O investimento em espaço de exposição pode privilegiar a divulgação de um lançamento, o aumento das vendas de pro-dutos já tradicionais, ou sim-plesmente o fortalecimento de marca. A análise custo x benefí-cio dependerá da determinação de metas para os objetivos escolhidos.

Elabore uma estratégia

minuciosa antes de participar de uma feira. Treinamento adequa-do dos profissionais que atende-rão os visitantes e a escolha da localização do estande podem fazer toda a diferença. Neste último ponto, especialistas lem-bram que um estande pequeno bem localizado pode ser mais eficiente do que o contrário.

Saiba selecionar as feiras corretas. Entre em contato com organizadores para entender o perfil do público, obter informa-ções sobre outros expositores e até para checar as revistas e órgãos de imprensa que o evento costuma atrair. Enquetes ou mesmo conversas informais

com clientes e visitantes são bastante úteis para garimpar os eventos mais confiáveis.

Analise o impacto que o investimento em determina-da feira terá nos negócios da empresa. Isso é fundamental até para decidir o tamanho do estande.

Confronte os resultados obtidos com o investimento feito

Lembre-se que a feira não se restringe aos dias em que se realiza. O trabalho começa bem antes, informando potenciais clientes sobre os benefícios de visitar seu estande, e só termi-na bem depois, acompanhando os contatos realizados.

“As feiras por segmento acabam se

sobrepondo, e nem sempre as empresas

participam pelo retorno direto”

Rogério Baldauf, diretor comercial

da Krones

“Em muitos casos, o preço cobrado pelo

metro quadrado no Brasil chega a ser mais alto do que o valor observado no

exterior”

Valdir Arjona Gaspar, diretor presidente

da Colacril

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anuais do setor. Por isso, a questão da periodici-dade também causa certa polêmica entre exposi-tores e organizadores do evento. Flavio Corrêa, presidente-executivo da Fispal, entende que “a eficiência de um evento de proporções interna-cionais ou regionais está ligada primeiramente às necessidades dos visitantes”. Ele também ressalta a mudança de postura da Fispal, que não quer mais ser vista como uma “vendedora de metros quadrados”. Corrêa afirma: “Não nos posicionamos apenas como um palco, mas sim como uma empresa que se preocupa com os resultados de seus clientes.”

Embora reconheçam que a Fispal Tecnolo-gia encontrou seu nicho, alguns de seus grandes expositores afirmam que a solicitação de que ela se torne bienal é antiga. “Trata-se de uma mídia fantástica, mas estamos reavaliando a estraté-gia de participar de um evento como a Fispal todos os anos”, revela Eduardo Eisler, diretor de desenvolvimento de negócios da Tetra Pak, principal cliente da Fispal Tecnologia. Basta dizer que a multinacional sueca de cartonadas assépticas vem investindo nas maiores áreas de exposição da feira, onde estandes conjugados têm capacidade para receber centenas de clien-tes ao mesmo tempo e expor linhas inteiras de embalagem. Ademais, a Tetra Pak monta há anos uma enorme estrutura móvel na área exter-na do Parque de Exposições do Anhembi, onde oferece apresentações musicais de grande porte para convidados.

“Fazemos nossa própria feira. Não adota-mos essa estratégia por considerar a Fispal mais importante do que as outras”, assinala o diretor da empresa. Além do quesito periodicidade, Eisler ressalta que a reavaliação dos investi-mentos da Tetra Pak na Fispal Tecnologia foi impulsionada pela ausência de empresas impor-tantes do setor de embalagens na edição deste ano. “Entendo os motivos”, limita-se a dizer o executivo. As baixas mais comentadas nas rodinhas de corredor foram as da Dixie Toga e da Klabin. Procuradas para expor os motivos da não participação, as duas empresas preferiram não se pronunciar.

Enquanto alguns expositores reivindicam a mudança de periodicidade da Fispal, outros optam por uma saída mais prática. É o caso da Huhtamaki, multinacional do mercado de embalagens plásticas para alimentos, que deci-diu alternar sua participação nas edições da Fis-pal Tecnologia. Desse modo, investimentos em

“Trata-se de uma mídia fantástica,

mas estamos reavaliando a estratégia de

participar de um evento como a Fispal todos

os anos”

Eduardo Eisler, diretor de

desenvolvimentode negócios da Tetra Pak

“Sempre inova-mos e trazemos tendências, mas há casos em que

o visitante se decepciona com

a falta de lançamentos”

André de Marco, gerente de produto da Suzano Papel

e Celulose

“Para que o cronograma

de pesquisa e desenvolvimento

das empresas gire em torno

de uma feira, é desejável que ela

aconteça entre intervalos longos”

Ângela Mormul, gerente de marketing

da Huhtamaki

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área de exposição só são feitos nessa feira nos anos pares. Segundo Ângela Mormul, gerente de marketing da subsidiária brasileira da Huhta-maki, a decisão é antiga. “Consideramos a Fis-pal uma boa feira de relacionamentos, mas não nos preparamos para apresentar lançamentos nela”, ela conta.

Face à dificuldade de encontrar lançamen-tos relevantes, quem garimpa novidades nos eventos brasileiros de embalagem às vezes tem a impressão de que esse tipo de posicionamento vem sendo assumido por um número crescente de expositores. A situação leva à pergunta: o que faz, afinal, uma empresa ligada à cadeia de embalagem voltar todo seu cronograma de pesquisa e desenvolvimento a uma feira de negócios, como acontece nos Estados Unidos e na Europa?

A força dos intervalos longosObviamente a periodicidade não é um fator iso-lado. Mas, entre as exposições de embalagem consolidadas como as maiores em seus países e regiões, parece haver uma tendência de alarga-mento dos intervalos entre suas edições.

Exemplo na ordem do dia é o da espanhola Hispack, que passou de bienal para trienal em sua última edição, realizada no primeiro trimes-tre de 2006, em Barcelona. Para especialistas, mudanças dessa natureza são comuns em feiras de negócios realizadas em todo o mundo, e visam, além de encaixar o evento no calendário internacional ou local de feiras, dar mais tempo para que as empresas preparem lançamentos.

Aliás, poucos eventos europeus da área de embalagem são realizados anualmente. Entre as feiras bienais podem ser citadas a Label-Expo Europe, da área de rótulos, que é intercalada com a versão americana feita em Chicago nos anos pares, e o tradicional salão francês Emballage, que acontece também nos anos pares, em Paris. No lado das feiras trienais há marcas como a alemã Interpack, considerada por muitos a mais importante feira de embalagens do mundo. A também alemã Drupa, principal evento gráfico do planeta, que movimenta parte expressiva do mercado global de conversão, impressão e acabamento de embalagens, vai além, sendo realizada uma vez a cada quatro anos.

Em todos esses casos, os expositores empe-nham esforços enormes para planejar a divulga-ção de seus lançamentos durante as feiras. Não é raro ouvir, por exemplo, depoimentos sobre

projetos atrasados ou acelerados apenas em função das datas de determinado evento.

Ainda que de forma gradual, esse tipo de filosofia começa a ser implantado no Brasil. O mérito pode ser atribuído à já menciona-da Expoprint. Ocorrida recentemente em São Paulo, a estréia dessa feira gráfica trouxe ao mercado brasileiro o conceito de feiras quadrie-nais – a segunda edição da Expoprint já está planejada para 2010. Ligia Amorim, diretora-geral da Messe Frankfurt Feiras, que organi-zou a Expoprint em parceria com os Agentes Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf), informa que a periodicidade de quatro anos é considerada ideal pelos empresários do setor de máquinas para indústrias gráficas.

“É um intervalo de tempo suficiente para que a indústria tenha novidades tecnológicas significativas para mostrar”, diz Ligia, acres-centando que o tempo de negociação de gran-des máquinas é lento, e sua vida útil, longa, com média de dez anos. Com essa estratégia, a Expoprint busca consolidar-se como a principal feira de seu setor. A concorrente mais próxima é a tradicional Fiepag, feira gráfica realizada no Brasil desde 1967. Também promovida pela

TENDÊNCIA – Na Europa, dificilmente grandes eventos da área de

embalagem acontecem todos os anos. Até então

bienal, a espanhola Hispack (primeiro logo de cima para baixo) tornou-

se trienal este ano. A alemã Drupa é quadrie-

nal. A Interpack e o salão Emballage são realizados, respectivamente, a cada

três e dois anos

EXEMPLOS QUE PODERIAM SERVIR DE INSPIRAÇÃOEm algumas feiras alemãs, basta apresentar credencial de visitante para usar, sem custos adicionais, o transporte público local. Abaixo, público prestigia feira americana: a palavra-chave é foco

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Alcantara Machado, a Fiepag passará a ser rea-lizada em conjunto com a Brasilpack.

Pode-se argumentar que a multiplicação de eventos de embalagem tem explicação na extensão geográfica do país, que leva à neces-sidade de regionalização das feiras. O suces-so de feiras como Fispal Nordeste, Embala Nordeste e Interplast, esta realizada no sul do país, demonstra haver demanda no Brasil para eventos regionalizados. Mas isso não parece diminuir a necessidade de otimizar os grandes eventos, realizando-os com intervalos maiores quando necessário.

O gargalo da infra-estruturaQuem participa de eventos regionais também relata queixas que vão da dificuldade de firmar contratos e realizar pagamentos, à falta de pavi-lhões com infra-estrutura adequada e facilidade de acesso, inclusive a aeroportos. Os aborreci-mentos dos expositores advêm em grande parte do nível de serviços das empresas terceirizadas. Casos triviais servem para ilustrar situações de despreparo ou, pior, má-fé. Um dos expositores de um evento recente de embalagem contou

que, mediante a falta de meio metro de cabo de rede para que um dos computadores de seu estande fosse ligado à internet, a prestadora de serviços de telecomunicação cobrou 100 reais para resolver o problema. O metro desse cabo é vendido por 2 reais nas lojas especializadas.

“Os expositores costumam concluir que os organizadores de feiras de negócio só estão interessados em locar espaços, que os fornece-dores estão sempre à espera de uma oportunida-de de extorquir o expositor de última hora, e que as empresas de infra-estrutura, bem...quem sabe o que diabos esses caras fazem?”, pergunta-se o canadense Barry Siskind, consultor empresarial na área de feiras e eventos, em artigo publicado recentemente na revista Feira & Cia.

A questão é se o quadro de desconfiança vale mais como exceção ou regra. Alguém poderia lembrar que muitos problemas obser-vados em eventos de grande porte situam-se no terreno do imponderável, e que, de modo geral, os expositores ficam satisfeitos com o nível de atendimento dos organizadores. Mas o consul-tor canadense defende ser preciso “criar víncu-los mais fortes entre expositores, organizadores,

Críticas de quem expõe, e a visão de quem organiza Falta de foco

O que dizem os expositores:

Muitas vezes o perfil do público tem pouca relação com a área de atuação da empresa

O que dizem os organizadores:

As feiras evoluíram, estão cada vez mais segmentadas. Isso permite às empresas alcançar seu público-alvo de maneira eficiente

Periodicidade

O que dizem os expositores:

As feiras por segmento se sobrepõem. A quantidade excessiva de eventos dificulta a apresentação de novidades. Um número crescente de grandes empresas do setor de embalagens deixa de expor em eventos tradicionais, enquanto outras acabam participando apenas para evitar a imagem negativa de não estar presente – e não para captar ou mostrar tendên-cias de mercado

O que dizem os organizadores:

Para os visitantes, é importante que as feiras aconteçam todos os anos, ainda que os expositores não tenham novidades efe-tivas para mostrar. Os eventos devem atender aos ciclos dos mercados. Algumas áreas, como a de embalagens para cosmé-ticos, são pródigas em novos desenvolvimentos, justificando a baixa periodicidade entre as feiras dedicadas a elas

As feiras por segmento se sobrepõem. A quantidade excessiva de eventos dificulta a apresentação de novidades. Um número crescente de grandes empresas do setor de embalagens deixa de expor em eventos tradicionais, enquanto outras acabam participando apenas para evitar a imagem negativa de não estar presente – e

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Retorno abaixo do esperado

O que dizem os expositores:

Os investimentos são altos, mas os resultados nem sempre são bons. O metro quadrado de uma feira de embalagem chega a custar mais caro no Brasil do que na Europa e nos Estados Unidos

O que dizem os organizadores:

O setor passa por um processo sele-tivo no Brasil. Só eventos que trazem bons resultados a seus expositores sobreviverão. O alto custo das áreas de exposição se deve aos valores exi-gidos por quem gerencia os pavilhões de exposição, e não às margens de lucro dos organizadores

mais caro no Brasil do que na Europa e nos Estados Unidos

fornecedores e empresas de infra-estrutura”.No lado específico dos organizadores, há

margens para abordar a questão da transparên-cia dos números divulgados nos balanços dos eventos, a começar pelos índices de visitação. Vale lembrar que há auditorias de audiência para mídia impressa, rádio e TV. Até sites na internet têm sistemas de medição de visitas. Por que não fazer auditoria do público das feiras, que também constituem uma mídia para divul-gação de empresas e produtos?

Seja como for, há quem diga que o mercado de feiras está se transformando a olhos vistos. Para esses, até pouco tempo atrás, organizar uma feira era sinônimo de lucros fáceis. “Hoje os expositores precisam medir os resultados e fazer avaliações baseados em números reais”, enfatiza Luiz Fernando Pereira, diretor da Gre-enfield Business Promotion, que organiza as feiras Embala. Egresso da Fispal, ele avalia que nos últimos anos a competitividade cresceu muito no setor, de modo que só grandes organi-zadores conseguirão sobreviver. A boa notícia é que esse processo seletivo deve chegar mais cedo ou mais tarde às feiras em si, suprimindo o inchaço dos segmentos em que se constata número excessivo de eventos de negócio.

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28 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

Depósito confirmado aqui...A Braskem depositou no fim de julho sua segunda patente em nanotecnolo-gia no Brasil. Ela consiste em um novo processo para a produção de nanocom-pósitos de polipropileno e polietile-nos. Desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a inovação aumentará barreiras de embalagens de alto de-sempenho, aumentando a vida útil e preservando características como aro-ma e crocância de cafés e salgadinhos, entre outros produtos.

...E lá fora tambémAlém disso, a primeira patente em na-notecnologia da Braskem, referente à produção de um polipropileno aditivado com nanocompósitos e depositada no Brasil em 2005, ganhou escala inter-nacional. A petroquímica quer lançar sua primeira nanoresina no país entre o final deste ano e o início de 2007.

Latas rendem novos prêmiosA Ploc Off VP do café Toleno, na cate-goria Alimentos, e a Bat-plus da ração para cães filhotes Croc Baby, na catego-ria Decorativa/Promocional. Essas duas latas renderam prêmios à Brasilata no congresso LatinCan’ 2006, promovido pela Associação Latino-Americana de Fabricantes de Embalagens Metálicas e realizado em San Juan (Porto Rico).

Site europeu realça latas de aço projetadas no BrasilDesenhada pela Packing Design e produzida pela CBL com chapa da CSN, a lata expandida de aço da Caipirinha Veritas, da Agrivale, consta como um dos cases mais acessados do Steel For Packaging, site cria-do pela Associação de Produtores Europeus de Aço para Embalagens (APEAL) para estimular insights. Outras latas brasileiras – como a da tinta Suvinil Tinturatto (da Prada), a da Suvinil Color Test (da CBL), a dos molhos Cica (Metalgráfica Rojek) e a da Coral Dulux Plus (da Brasilata) tam-bém são destacadas no mesmo sítio.www.steelforpackaging.org

Se o freguês tem sempre a razão...Visual das marcas próprias convence boa parte dos consumidoresQual a importância das embalagens para o sucesso dos produtos de marca própria do varejo brasileiro? Uma pes-quisa da LatinPanel, em divulgação pelo Comitê de Marcas Próprias da Associação Brasileira de Supermerca-dos (Compro/Abras), aponta que ela é grande. As embalagens ponteiam a satisfação do público com as chan-celas dos supermercados, tendo sido consideradas muito boas ou boas por 66% dos ouvidos pelo estudo – à frente dos quesitos qualidade (63%), exposição (62%), preço (58%) e varie-dade (52%). De acordo com o mesmo

estudo, consumidores de marcas próprias geralmente comparam mais preços entre marcas (66%) do que de produtos entre lojas (55%), ao contrário daqueles que disseram não comprar marca própria, que preferem avaliar os preços dos itens preferidos entre lojas (70%) do que entre as marcas (58%). “Isso prova que o consumidor de marca própria é mais fiel à loja e que os demais são mais leais às marcas tradicionais”, entende Neide Montesa-no, uma das coordenadoras do Compro. Veja outros resulta-dos do mesmo estudo:

Entre junho de 2005 e março deste ano o

número de pessoas que declararam comprar

produtos de marca própria aumentou 9,5%,

passando de 58% pra 63,7% nas pesquisas da

LatinPanel

Os tíquetes desses consumidores são em

média 13% mais caros que os dos clientes não-

adeptos das marcas próprias, pois a compra de

itens básicos de marca própria lhes estimula a

comprar supérfluos (principalmente de mercearia

e de higiene e limpeza)

86% do consumo de marcas

próprias estão concentrados nas

regiões Sul e Sudeste

Idéias locais, referências mundiaisFO

TOS:

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AÇÃO

Veritas: ibope alto

Embalagens de marcas próprias:

sem decepção

CORREÇÃO

Amcor White Cap do Brasil mantém atividade

Por um equívoco na tradução de um comunicado à imprensa em inglês, anunciamos erroneamente na se-ção Panorama de nossa edição an-terior (pág. 26, “Uma a menos em tampas”) que, após a aquisição de sua operação européia pela ame-ricana Silgan Holdings, a Amcor White Cap encerraria as atividades de sua subsidiária brasileira. Na verdade, a Amcor White Cap do Bra-sil continua a operar normalmente no mercado nacional de tampas para embalagens.

Page 29: Revista EmbalagemMarca 084 - Agosto 2006

Edição: Guilherme Kamio

“Será preciso investir em mais matéria-prima como PVC e alumínio para produzir embalagens, uma vez que, para suportar o picote, elas terão de ser confeccionadas em tamanhos maiores”

Marco Pacileo, diretor de operações da Boehringer Ingelheim do Brasil, em depoimento

ao DCI, sobre um movimento de antecipação dos laboratórios à aprovação do projeto

de lei nº 7029/2006 (fracionamento obrigatório de medicamentos).

O setor farmacêutico diz que a medida elevará o custo unitário de produção dos

medicamentos em 30% – e será difícil repassar o aumento ao consumidor.

Elegância duradoura nas lojasNovidade da DuPont evita acúmulo de pó em frascos

A DuPont Embalagens e Polímeros Industriais está lançando uma nova família de modificadores de alta performance para políme-ros, a Entira. O primeiro lançamento da linha é o Entira AS. Desenvol-vido pela DuPont-Mitsui Polychemicals, uma joint-venture entre a DuPont e a japonesa Mitsui Chemicals, o modificador tem como principal característica ofe-recer propriedade anties-tática às embalagens. Na

prática, as embalagens ganham resistência em longo prazo à atração de sujeira e pó, ficando com aparência atrativa ao con-sumidor nas lojas. Segundo a DuPont, o Entira AS pode ser aplicado em embala-gens de itens de higiene e beleza, eletrônicos, bebidas e alimentos. Informações podem ser obtidas atra-vés do e-mail [email protected] ou pelo site www.entira.dupont.com.

Maduros projetos verdesLivreto mostra como adequar embalagens a norma ambiental

Acaba de ser publicado pela Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) o Inte-gração de Aspectos Ambientais no Pro-jeto de Desenvolvimento da Embalagem, livreto que aborda meios de prevenir ou minimizar impactos ambientais das emba-lagens a partir da adequação à norma ABNT ISO/TR 14.062:2004. Fruto do trabalho do Comitê de Meio Ambiente da ABRE, o volume é redigido por Luciana Pellegrino, diretora executiva da entidade, e impresso em papel sintético da Vitopel produzido com polipropileno da Suzano Petroquímica. Informações sobre o docu-mento podem ser obtidas com a ABRE. (11) 3082-9722 • www.abre.org.br

Acaba de ser publicado pela Associação

jeto de Desenvolvimento da Embalagem,

ABNT ISO/TR 14.062:2004. Fruto do

ABRE, o volume é redigido por Luciana

Ambiente é tema de obra da ABRE

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32 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

Ganha a rede, ganha o consumidor

entrevista >>> Claudio Czapski

o fim de maio, foi realizado em Estocolmo, na Suécia, o ECR Europe Conference & Marketplace, importante evento de promo-ção do ECR – sigla em inglês de Efficient Consumer Response (Resposta Eficiente

ao Consumidor), um movimento mundial unindo indús-trias, varejistas e seus parceiros de negócio para a busca de práticas e padrões que reduzam custos e aumentem a efi-cácia da rede de abastecimento de bens de largo consumo. Um dos debates mais calorosos da conferência ateve-se às shelf-ready packages, ou embalagens prontas para a gôn-dola, numa tradução livre do inglês. São caixas de papelão ondulado cujas dimensões permitem melhor utilização no transporte das mercadorias e no espaço de exposição de venda. Funcionam como módulos de reposição para gôn-dola, pois geralmente contam com tampas de fácil retirada, transformando-se em displays. Tendo acompanhado o even-to, o superintendente da Associação ECR Brasil, Claudio Czapski, explica a EMBALAGEMMARCA como soluções desse tipo podem mudar a distribuição de produtos no Brasil e que transformações do varejo vêm estimulando sua adoção.

Por que as shelf-ready packages, caixas de transporte pron-tas para a gôndola, foram tão discutidas no mais recente congresso da ECR Europa? Quais os principais benefícios dessas embalagens?As embalagens prontas para a gôndola estão em voga por-que fazem todo sentido diante das buscas de eficiência e de redução de custos do movimento de Resposta Eficiente ao Consumidor. O conceito de shelf-ready packaging diz respeito a caixas padronizadas e adequadas à proteção no despacho e também ao ambiente de venda, podendo ir às gôndolas organizando e apresentando as embalagens primá-

rias. Isso garante uma importante redução de mão-de-obra em todo o processo logístico e principalmente em reposição de gôndola. Também implica em menor manuseio das mercadorias, portanto em menores danos a elas. Resumo da ópera: essas embalagens propiciam maior qualidade de produto e menor custo operacional. É por isso que seu uso cresce nos Estados Unidos e na Europa.

Trata-se de uma solução viável à realidade brasileira?Veja só: algumas pesquisas revelam que as frotas de veí-culos de carga trafegam no Brasil com apenas dois terços da capacidade permitida. Com os vários formatos de embalagens existentes, uma vez que as caixas de papelão na maioria das vezes são fabricadas sem padrões e sob medida para cada produto, não é possível aproveitar todo o espaço útil dos caminhões. A falta de padrão prejudica toda a logística do produto, tanto no armazenamento quanto na exposição nas prateleiras. Arrumar as gôndolas torna-se um verdadeiro quebra-cabeça. Além da ausência de padrões, o atual modelo exige que os repositores retirem os produtos das caixas de papelão para acomodá-los nas gôndolas. A embalagem pronta para a gôndola é viável ao Brasil, mas requer estudos. Porque lá fora a mão-de-obra é cara e o capital é barato, e aqui a lógica é inversa. Só pelo aspecto de redução de custo operacional, de custo de mão-de-obra, talvez a embalagem não se justifique. Porém o aspecto de preservação dos produtos, de estancamento de perdas, pode ser uma componente mais importante.

Aqui, como lá fora, existem diversos formatos de varejo – lojas de vizinhança, supermercados, hipermercados. Qual a validade das embalagens prontas para a gôndola para cada um desses modelos?

O superintendente da Associação ECR Brasil explica

como novas embalagens de transporte, em voga na

Europa e nos EUA, poderão dar maior dinamismo à

cadeia de abastecimento de produtos no Brasil

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AÇÃO

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34 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

Esse é um ponto importante. No Brasil há uma grande força do pequeno varejo, daqueles estabelecimentos atendidos por atacados ou por distribuidores e que compram peque-nas quantidades. Pode ser que essas pequenas quantidades não justifiquem todo o sistema de desmontagem de caixas, toda a sofisticação das embalagens prontas para a gôndola. Talvez essas caixas sejam mais adequadas ao grande varejo e menos adequadas ao varejo menor, no qual hoje uma parte dos serviços prestados pelos atacadistas e distribuidores é a de desmontar as embalagens de despacho, de logística, e montar paletes e até caixas de entrega com sortimento misto. Essa equação deve ser analisada: para quem o shelf-ready packaging faz sentido e para quem ele não faz.

A ascensão do conceito de shelf-ready packaging no exte-rior está ligada a transformações de perfil do varejo?Sim. As embalagens prontas para a gôndola têm se mostrado ideais para o modelo do hard discount, que cresce vertigino-samente na Europa e nos Estados Unidos. É o varejo basea-do em operações enxutas, com lojas de 500 a 1 000 metros quadrados e com uma média de 700 SKUs, principalmente de marcas próprias de alta qualidade. O hard discount prioriza a logística mais eficiente possível, por isso foi das operações que mais cedo aderiram às shelf-ready packages lá fora. É muito comum você ver, nos ambientes das lojas européias de hard discount, paletes com embalagens do tipo shelf-ready. Tiram-se as tampas das caixas e o consumidor vai pegando os produtos diretamente dos paletes.

O modelo de hard discount ainda não pegou no Brasil, onde por ora só existem operações do chamado soft dis-count, lojas de vizinhança com apelo econômico, mas ainda com jeitão de supermercado. O desenvolvimento do hard discount por aqui tende a acelerar a adoção das caixas prontas para a gôndola?Certamente. No entanto, como já ressaltei, a atratividade das embalagens prontas para a gôndola atende a uma série de fatores interligados. É todo um processo que estimula esse tipo de adoção, todos os detalhes do modelo de abaste-cimento de produtos.

As caixas prontas para a gôndola provam ser mais eficien-tes para a cadeia de abastecimento, mas também são mais sofisticadas, portanto mais caras que as caixas de despacho tradicionais, genéricas. Como incentivar a implantação dessas embalagens sem alimentar conflitos entre os elos da cadeia sobre quem deve arcar com seus custos?Aqui, como em qualquer lugar, sempre serão inevitáveis as discussões sobre quem deve recair o ônus de novos inves-timentos. E também existe todo um trabalho burocrático, administrativo, inerente a qualquer reformulação de mode-los da cadeia de produção. Rever processos desse tipo sem-pre incide em desembolsos. Cada cadeia precisa estudar até que ponto a mudança é benéfica. Para frutas, legumes e ver-duras, por exemplo, experiências internacionais com caixas shelf-ready têm revelado grandes vantagens. Os produtos de FLV chegam às lojas com maior qualidade, com índice bem menor de avarias. A redução de perdas, nesse caso, é interessante para o produtor e para o varejista também.

Algumas indústrias ou redes de varejo não tendem a achar que as novas caixas são somente vantajosas aos fornecedo-res de embalagens?Acredito que não. Não se trata simplesmente de mudar por mudar. Trata-se de mudar mediante benefícios que ultrapassam os custos de investimento necessários. São ganhos em toda a operação logística, até a gôndola, pos-síveis de serem quantificados. Oferece-se maior qualidade de produto ao consumidor, num ganho qualitativo que tem que ser valorado. Se há benefício para o consumidor lá na ponta, isso é bom tanto para a indústria quanto para o comércio no sentido logístico. A questão é muito mais de como compartilhar o custo. O que não se pode, e é o que foi discutido no congresso europeu, é a indústria dizer ao varejo “ok, vou fazer, mas por sua causa, então você paga a conta”. E o varejo retrucar: “não, não pago, então me entregue o produto do mesmo jeito”. É aquela velha dis-cussão que já conhecemos...

A Klabin, que é associada da ECR Brasil, está investindo no desenvolvimento de caixas prontas para a gôndola (veja

entrevista >>> Claudio Czapski

PRATICIDADE – Com estruturas especiais, que as transformam em displays para produtos, caixas de papelão do tipo shelf-ready garantem agilidade na reposição de gôndola. Abaixo, exemplos de caixas criadas para stand-up pouch de creme dental e blister de escova dental

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AÇÃO

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36 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

reportagem na pág. 46). Qual a importância, em sua visão, da integração dos fornecedores de embalagens aos grupos de discussão sobre ECR?Muito importante. Temos uma série de oportunidades de ganho de eficiência ligadas à padronização, à modulação e aos tamanhos das embalagens, e que impactam desde nas embalagens de logística até nas unidades de venda. Outra coisa: como cresce cada vez mais a consciência ambiental, temos que dis-cutir o que se fazer com descarte, reu-tilização, compactação, processo de fabricação de embalagens. Temos de estar todos engajados. Não temos mui-tos associados da área de embalagens talvez por falha nossa. Não fazemos muito marketing, não temos esforço sistemático de captação de empresas. Somos muito mais reativos. A Klabin se interessou e participa há bastan-te tempo de nossas discussões. Mas seria ótimo ter maior participação de empresas de embalagem. Poderíamos até formar grupos de trabalho para discutir questões sobre embalagem dentro da cadeia de abastecimento.

Afastemo-nos da discussão sobre cai-xas de transporte. Que outras ten-dências do varejo o senhor notou na Europa e de que modo elas têm afeta-do o negócio de embalagens?Além do hard discount, uma outra forte tendência na Europa é a do chamado varejo de especia-lidades. São lojas diferenciadas, com alimentos orgânicos e artesanais de alta qualidade, produtos regionais e itens com apelo à vida saudável. É importante notar que nesse varejo proliferam embalagens especiais, muitas delas amigáveis ao ambiente, e que compõem preços de produtos geralmente acima da média de mercado, mas que os clientes se dispõem a pagar. São exemplos desse modelo as parisienses Fauchon e Hédiard e as inglesas Fortnum & Mason e Harrods. Aqui no Brasil esse modelo ainda dá os primeiros passos. Ele figura em negócios como o Empório Santa Maria e a Casa Santa Luzia, por exemplo.

Notamos que outro debate no congresso da ECR Europa foi o do progressivo envelhecimento do consumidor. Que papel caberá às embalagens, dentro do conceito de ECR, frente a tal projeção?O que se colocou no congresso é que as embalagens deverão ser cada vez mais fáceis de manusear, de abrir e de serem lidas pelo público da terceira idade. O envelhecimento do

consumidor é uma expectativa mundial e permanece como um caminho a ser mais bem trabalhado pelas indústrias. Ainda há dificuldade de se obter dos idosos respostas mais eficientes. Calcula-se que hoje existam 60 milhões de idosos na Europa. Em 2025 esse contingente será de 87,5 milhões. Em minha opinião, o fabricante de embalagem não deverá mais ser somente um fornecedor de produto, e sim um pro-

vedor de know-how, assessorando cada vez mais a indústria e o comér-cio para a implantação de melhores produtos frente a desafios como o envelhecimento da população.

Falemos de outro tema importante para o movimento de ECR. Até pouco tempo atrás a tecnologia de identifi-cação por radiofreqüência (RFID) prometia revolucionar a organização das cadeias de distribuição. Todavia, parece que muito daquele rebuliço arrefeceu. O senhor faz a mesma leitura da situação?As discussões sobre RFID ainda são palpitantes, mas de fato esfriaram um pouco. Ocorre que lá atrás acredita-va-se num certo ritmo de implanta-ção da tecnologia, mas, no momento dos testes reais, entre varejistas e for-necedores, foi verificada uma série de conflitos entre normas, padrões e esclarecimentos. Mas a RFID está avançando. É um caminho sem volta.

Quem está mais avançado nessa questão é o Wal-Mart, que começou a implantá-la com seus 100 maiores fornecedores e agora parece já estar partindo para os 600 maiores fornece-dores. Já se nota uma queda muito expressiva nos custos de toda a tecnologia envolvida. Como se previa desde o início, a adoção se dará primeiro no mundo logístico e depois no ambiente de loja. Aquele horizonte que nós tínhamos no início, de cinco a oito anos para difusão de RFID no mundo logístico, tende a ser cumprido.

E para o ambiente de loja?A adoção maciça em ambiente de loja, em nível de itens, deve acontecer em quinze anos. Novos setores, dos quais não se cogitava interesse anos atrás, estão entrando de cabeça no RFID – até mesmo a indústria bélica, com o Departamento de Defesa americano utilizando a tecnologia na logística de equipamento de guerra e de suprimento de retaguarda. O aumento do interesse estimula o fortalecimen-to de padrões e gera massa crítica, ajudando a derrubar os preços dos componentes tecnológicos.

entrevista >>> Claudio Czapski

“É muito comum você

ver, nos ambientes das

lojas européias de hard

discount, paletes com

embalagens do tipo

shelf-ready. Tiram-se as

tampas das caixas e o

consumidor vai pegando

os produtos diretamente

dos paletes”

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38 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

ourar a pílula. A expressão, nasci-da das antigas técnicas utilizadas por médicos para quebrar a repul-sa de pacientes a medicamentos

e que, por extensão, hoje vale às tentativas de tornar qualquer coisa ou situação menos intragável, cai bem a um recente lançamento da Süd-Chemie. As cápsulas Aroma-Can da multinacional química alemã permitem realçar produtos farmacêuticos e nutricionais de odor forte através da liberação de agradáveis aromas no interior das embalagens. “Medicamentos baseados em óleos animais e sais naturais, por exemplo, tornam-se bem mais atrativos”, ilustra Rodrigo Macaferri Rodrigues, gerente de vendas e marketing da divisão Süd-Chemie Performance Packaging para a América do Sul. Via importações, as cápsulas já podem ser adquiridas por indústrias brasileiras.

Os casulos perfumantes para frascos foram criados pela área de cápsulas dessecantes da Süd-Chemie. A propósito, Rodrigues ressalta que novos projetos podem combinar dispositi-vos antiumidade – argila bentonítica ou sílica gel – com os aromas. “Têm-se, assim, uma embalagem com dois papéis ativos”, ilustra o executivo da Süd-Chemie. Produzidas em poli-propileno, as cápsulas Aroma-Can são embar-

plásticas >>> medicamentos

D

Aromas encapsulados tornam medicamentos de forte odor mais agradáveis aos consumidores

Cheiro de lucro

ScentSational Technologies+1 (215) 886-7777scentsationaltechnologies.com

Süd-Chemie(12) [email protected]

Wizzard+1 (954) 678-4155www.wizzardsoftware.com

Lançada há quase quatro anos nos Estados Unidos, a Rex, uma “embala-gem falante” para medicamentos éti-cos, promete ganhar maior popularida-de. Sua dona, a companhia americana de softwares Wizzard, fechou novos contratos de distribuição – deixando no ar a possibilidade da chegada do produto a mercados como o brasileiro – e afirma estar em vias de lançar uma versão aperfeiçoada, capaz de acondicionar fármacos líquidos. Com

formato parecido ao dos tubos de vitaminas efervescentes, a Rex grava falas num chip descartável embutido na sua base, e é oferecida nas ver-sões industrial (para laboratórios, com bulas pré-gravadas) e de varejo – os alvos são deficientes visuais, idosos e analfabetos. Para tais usuários, as gravações são feitas acoplando-se a embalagem a uma base com micro-fone. Um botão na lateral do frasco reproduz as mensagens.

Posologia em alto e bom somEmbalagem “falante” para medicamentos pode ganhar novos mercados

OLFATOÓleos de peixe e

vitaminas com forte odor podem ser perfumados pelas cápsulas Aroma-

Can (realce no topo)

CHIP – Falas gravadas

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AÇÃO

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AÇÃO

cadas com a tecnologia de aromas encapsulados CompelAroma, da americana ScentSational Technologies. Dois aromas-padrão estão dis-poníveis: limão e laranja. Todavia, diferentes odores podem ser desenvolvidos. As cápsulas se enquadram nos requisitos do FDA ameri-cano para o contato com drogas e alimentos e podem ser inseridos nas tampas de frascos com os mesmos equipamentos de aplicação de cáp-sulas dessecantes, sob mesma velocidade. De acordo com a Süd-Chemie, as cápsulas não se restringem a produtos “cheirosos”. Podem até ser um diferencial de marketing para medica-mentos inodoros como aspirina. (GK)

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radicional, Superior e Gourmet. Essas três cate-gorias guiam a nova certifi-cação de produtos lançada

pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Caberá às embalagens informar ao consumidor a qualidade de cada produto, por meio dos Símbolos de Qualidade ABIC. Segundo a entida-de de classe do setor cafeicultor, a sim-bologia dá continuidade ao Programa de Qualidade do Café (PQC), lançado no fim de 2004, e é uma evolução natural do Selo de Pureza ABIC, cria-do em 1989 e utilizado até hoje nas embalagens de cafés. Os Símbolos, elaborados pela Seragini/Farné, con-sistem em rosáceas, cujas seis pétalas trazem em seu interior definições de tipo da bebida, sabor, aroma, moagem, corpo e torração. Uma estampa anexada traz ainda a informação do tipo de grão empregado.

De acordo com a ABIC, a catego-rização é vantajosa para consumidor, indústria e varejo. Junto ao público

marketing >>> cafés

T

Numa continuação a programa de qualidade,símbolos nas embalagens categorizam cafés

Os tipos certos

INDICADOR – A partir de quesitos, selo da ABIC define padrão do café acondicionado

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AÇÃO

ela terá caráter educativo, ajudando-o a descobrir as diferenças entre cafés, inclusive entre marcas de um mesmo fabricante. Por sua vez, as indústrias poderão posicionar melhor suas famí-lias de produtos, adequando-as a cada faixa de consumo. Para o varejo, a certificação promete valor adicionado, elevando os resultados comerciais das seções de cafés nas lojas. Os símbolos já estão presentes nas embalagens de vinte marcas de café torrado e moído. Segundo Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC, o PQC não avalia somente o processo de fabricação, mas a qualidade global do café, inclusive de sua embalagem. “O objetivo é ampliar o consumo de café no Brasil a partir da melhoria contínua da qualidade do produto”, afirma o dirigente. A meta do setor em 2006 é fazer o mercado cres-cer para 16,5 milhões de sacas, ou 6% a mais em relação a 2005. (GK)

ABIC(21) 2516-8595www.abic.com.br

Seragini/Farné(11) 2101-4300www.seraginifarne.com.br

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40 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

empre atentas ao avanço de outros materiais sobre seus territórios, as vidrarias que atendem fabricantes de cosméticos e perfumes têm per-

cebido que a competitividade de seus produtos está cada vez mais atrelada às técnicas de decoração e pintura das embalagens de vidro. Provavelmente nunca em sua história a indús-tria vidreira do Brasil apostou tão alto nisso. Num cenário em que novos pigmentos podem significar fôlego extra para as vidrarias na disputa com o plástico e outros materiais de acondicionamento, a expressão do momento é “pintura orgânica”.

Disseminadas há bem mais tempo no merca-do de impressão, tintas produzidas com pigmen-tos orgânicos vêm ganhando espaço crescente na pintura de frascos de vidro usados por fabri-cantes de perfumes e cosméticos. A versatilidade dessa alternativa de decoração de embalagens, que atribui outro significado ao termo normal-mente associado a lavouras cultivadas sem insu-mos químicos, ajuda a explicar a tendência.

Enquanto as tintas tradicionais, produzidas na maioria das vezes com componentes metá-licos, conferem ao vidro cores uniformes e opacas, os pigmentos orgânicos, cujo uso come-çou a se intensificar entre as vidrarias brasilei-ras há cerca de dois anos, permitem explorar superfícies com degradês e efeitos translúcidos. “Com a tinta orgânica, a embalagem de vidro é efetivamente decorada, e não apenas pintada”, define Marcos Antoniassi, gerente de negócios da Akzo Nobel.

Fabricante de especialidades químicas, a empresa fornece tintas orgânicas para as princi-pais vidrarias e empresas de pintura de vidro do país. A despeito da boa aceitação, a estratégia é recente. Há apenas três anos a Akzo Nobel atua com tintas para decoração de embalagens de vidro. “É um segmento novo no Brasil, que tem grande potencial de crescimento”, avalia o gerente de negócios da empresa.

As boas perspectivas são ressaltadas na estratégia de outras empresas. É o caso da vidra-ria Wheaton, líder no mercado de cosméticos e

vidro >>> decoração

SFrascos de perfumes e cosméticos exploram novas alternativas de pigmentação

A nova onda orgânica

SEGMENTAÇÃO – Quasar Fire, de O Boticário, usa pintura orgânica para se diferenciar do Quasar tradicional, vendido em frascos com tom azulado

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perfumes do país. No início de 2005, a empresa, que sempre pintou suas próprias embalagens, fundou a Wheaton Decor para atuar no ramo de decoração de frascos de vidro. A unidade tem CNPJ próprio, e ganhou fôlego com a compra, há cerca de um ano, da operação de pintura de vidro da Megaplast. Helder Landy, diretor da Wheaton Decor, explica que o ponto alto do negócio foi a aquisição de um equipamento de pintura orgânica produzido pela italiana Metal3. “Estamos apostando muito alto no crescimento da demanda por pintura orgânica”, diz Landy

A possibilidade de gradação dos matizes e a maior variação de cores já fazem despontar previsões de que a pintura orgânica dominará o mercado de decoração de embalagens de vidro. No Brasil, porém, a técnica ainda responde por pequena parcela do setor. Mas outros fatores, como a transparência dos pigmentos, poderão

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42 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

fazer a pintura inorgânica, que representa a maior parte dos pedidos de decoração de emba-lagens de vidro para perfumes e cosméticos, perder espaço para os pigmentos orgânicos.

SegmentaçõesNa visão do diretor da Wheaton Decor, técnicas mais aprimoradas de pintura de embalagens de vidro vêm sendo favorecidas pelas crescentes estratégias de extensão de linhas adotadas pelos fabricantes de perfumes e cosméticos. Muitas segmentações são lançadas sob marcas guar-da-chuva cujas embalagens adotam o mesmo molde dos produtos principais. Para diferen-ciar umas das outras, entra em cena a pintura orgânica, capaz de personalizar produtos e marcas. Exemplo disso vem do perfume Quasar Fire, bem-sucedida segmentação do tradicional Quasar, uma das mais importantes marcas no portfólio de O Boticário. Na versão mais recen-te, a pintura vermelha em degradê, feita pela Wheaton Decor, substituiu o tom azulado dos frascos do Quasar tradicional.

Outra amostra do potencial de destaque da pintura orgânica vem da colônia Linda Brasil, também do O Boticário. Neste caso, o frasco foi pintado de verde e amarelo, numa forma de diferenciar a extensão de linha do Linda tradicional. “Não se trata de uma maneira de economizar no desenvolvimento de um novo molde”, ressalva o diretor da Wheaton Decor.

Para ele, a grande vantagem desse tipo de apli-cação é otimizar a exploração dos elementos já consagrados de uma marca forte, entre os quais está o formato do molde de sua embalagem.

Ambos pintados pela Wheaton Decor, os frascos do Quasar Fire e do Linda Brasil foram produzidos pela própria vidraria Wheaton. Mas a empresa de decoração do grupo Wheaton também pinta embalagens fabricadas por outras vidrarias. É o caso do frasco do perfume Eternus, recém-lançado pela Água de Cheiro. Importadas da vidraria italiana Bormioli Rocco, as embalagens chegaram aqui em apresentação flint, isto é, sem acabamento, e foram coloridas em degradê por processo de pintura orgânica pela Wheaton Decor. O projeto contou ainda com aplicações de serigrafia.

AtritoNo mercado de bebidas, aliás, a tradicional seri-grafia não tem motivos para considerar a pintu-ra orgânica uma ameaça. Como explica Carlos Alberto Ansolin, diretor da Deda Decorações, especializada em pintura de garrafas de bebida, nesse setor as linhas apresentam alta veloci-dade e “muito atrito”. Tais características, ele diz, praticamente inviabilizam o uso de tintas orgânicas no mercado de bebidas. “As garrafas batem muito”, comenta Ansolin. “Esse tipo de pigmento não apresenta a resistência ideal”, completa o diretor da Deda Decorações.

Entre os projetos recentes da empresa des-taca-se a vodca Cristal, produzida pela Château Lacave. Fechada com tampas da Guala Closures e fornecida pela Saint-Gobain, a garrafa rece-beu uma aplicação especial de serigrafia, que substitui os rótulos e contra-rótulos do produto. A Deda Decorações também foi responsável

PRESTAÇÂO DE SERVIÇO Produzidos na Itália,

frascos da colônia Eternus chegaram ao

Brasil em apresentação flint, e foram pintados

pela Wheaton Decor

DESTAQUE – Com o mesmo molde do Linda

tradicional, versão Brasil recebeu pigmentos

orgânicos em degradê

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agosto 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 43

JULI

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AÇÃO C

HÂTE

AU

LACAVE

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AÇÃO

Akzo Nobel(11) 4712-6466

Deda Decorações(41) 3399-3397

Guala Closures(11) 4166-2400www.gualaclosures.com.br

Saint-Gobain(11) 3874-7482www.sgembalagens.com.br

Wheaton Decor(11) 4355-1997www.wheatonbrasil.com.br

pela pintura das garrafas da Bohemia Confraria, cerveja premiun da AmBev que estreou no ano passado como edição especial. As vendas foram satisfatórias, e o produto deve voltar ao mercado neste inverno, nas características gar-rafas com visual de cerâmica. O efeito é obtido com uma tinta esmalte especial, que se funde na superfície do vidro, tornando-o fosco. (ver EMBALAGEMMARCA 73, setembro de 2005). As garrafas da Bohemia Confraria também são fornecidas pela Saint-Gobain.

Casos assim sugerem que as técnicas de decoração de embalagens de vidro assumiram caráter estratégico. Para as vidrarias, os incre-mentos visuais da pintura orgânica e a criati-vidade atrelada a métodos mais tradicionais, como serigrafia, significam fôlego extra na dis-puta com outros materiais de acondicionamen-to, especialmente os termoplásticos. No lado das perfumarias, das indústrias de bebida e dos fabricantes de cosméticos, as novas tendências decorativas estão abrindo interessantes possi-bilidades de diferenciação visual, contribuindo para que suas marcas e produtos ganhem mais destaque nos pontos-de-venda. (LH)

INEXPLORÁVEL Velocidade e atrito

das linhas de bebidas inviabilizam pintura

orgânica no setor. Ao lado, garrafa de vodca

traz aplicações especiais de serigrafia. A cerveja Bohemia Confraria, por sua vez, adotou técnica que deixa o vidro com

visual de cerâmica

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44 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

Essa ameaça já é tratada pelos gover-nos e pela indústria de modo eficaz?O rigor legal é inconsistente em todo o mundo e as punições são beliscões comparados aos prejuízos. Aqui nos Estados Unidos, o presidente Bush protocolou em março o H.R. 32, um pacote de revisões do estatuto crimi-nal adicionando confiscos, destruições de falsificações e restituições ao rigor pré-existente – prisões de até 20 anos e multas de até 15 milhões de dólares aos piratas. É um bom começo, que pode estimular um padrão mundial antipi-rataria. Indústrias também podem ser mais agressivas. Como muitas vezes é difícil mensurar perdas, pode ser duro justificar investimentos em combate, mas deve-se olhar os falsificadores como concorrentes, e não geradores de um custo extra de embalagem.

Ainda é possível falar de mercados mais e menos vulneráveis à pirataria de produtos?Não. Antes, a noção era de que apenas produtos de luxo e de altas margens, como roupas, medicamentos e eletrô-nicos fossem vulneráveis. Porém, os falsificadores estão percebendo que podem lucrar com praticamente qual-

om as falsificações em alta, as indústrias mais e mais buscam salvaguardar seus negócios através de

tecnologias de autenticidade aplicadas às embalagens. Não à toa, soluções antipirataria ocuparão um local espe-cial (o Brand Protection Center) na Pack Expo International 2006, feira que acontecerá de 29 de outubro a 2 de novembro em Chicago, Estados Unidos. Presença certa por lá, o ame-ricano Dave Sayers, supervisor de marketing de Sistemas de Segurança da 3M, falou a EMBALAGEMMARCA sobre a situação atual do negócio da contrafação e o que as indústrias podem fazer para proteger seus bens mais importantes – suas marcas – da pilhagem dos piratas.

Qual é a atual situação da falsificação de produtos no mundo? Para entender a seriedade do problema, examinemos as perdas que ele repre-senta para o comércio mundial. Em 1982, a falsificação era um negócio de 5,5 bilhões de dólares. Em 2005, esse número atingiu 535 bilhões de dóla-res, e a expectativa é que ele chegue a 1,329 trilhão de dólares em 2010.

Que fatores vêm contribuindo para o aumento das falsificações?Um deles é a internet. Embora tenha gerado meios de legitimar cadeias pro-dutivas, o anonimato faz da internet um fórum ideal para a operação dos falsificadores. Por exemplo, é sim-ples criar um site vendendo produtos canadenses que, na verdade, vêm do outro lado do mundo e são ilegítimos. A avançada tecnologia hoje disponível – computadores, scanners, impressoras laser – também facilita cópias de emba-lagens com qualidade.

tecnologia >>> segurança

CIndústria já deve estar voltando enquanto falsificadores vão, aconselha especialista

Impor barreiras sempre

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AÇÃO

OLHO VIVO – Segundo Sayers, piratas estão mais sofisticados e atentos às embalagens

quer produto – refrigerantes, lubrifi-cantes, cabos extensores.

Quais as diferenças básicas entre as várias tecnologias de embalagem para proteção de marcas hoje oferecidas?Todas as tecnologias focam a segurança, variando da baixa a muito alta. A dife-rença elementar reside no quão difícil é para os falsificadores emular ou copiar exatamente a embalagem. Grosso modo, existem três grandes categorias de ferra-mentas para proteção de marcas para incorporar às embalagens. Há as tecno-logias visíveis a olho nu e aquelas invi-síveis, que se revelam somente através de ferramentas passíveis de serem utili-zadas em campo. A última categoria é a das tecnologias forenses, que requerem ferramentas geralmente só encontradas em laboratório. Combinar tecnologias é a melhor solução. Sobrepor dispositivos visíveis, invisíveis e forenses dificulta muitíssimo a cópia por falsificadores.

Que conselho o senhor daria às empre-sas procurando integrar dispositivos de autenticação às embalagens?Um programa compreensivo de pro-teção de marcas é essencial. Embora a aplicação de holografia, outras tec-nologias ópticas e filmes especiais nas embalagens seja um bom começo, ela deve ser apoiada com rastreamento, mensuração, investigação e coerção. O primeiro passo é examinar a cadeia de distribuição do produto e determinar em quais pontos se faz necessária a autenticação. A partir disso fica claro quais tecnologias são mais benéficas. O programa antipirataria ideal é pró-ativo, com atualizações tecnológicas periódi-cas. A idéia é sempre manter passos à frente dos falsificadores, elevando cada vez mais as barreiras que eles precisam transpor. (GK)

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46 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

isite um supermercado europeu ou americano e elas estarão lá, presen-tes em grande parte das prateleiras, sinalizando um modelo de gestão

mais econômico, conveniente e vendedor das cadeias de distribuição de vários produtos. São as embalagens do tipo shelf-ready, ou retail-ready, caixas de transporte que, além de prote-gerem mercadorias em processos de movimen-tação e armazenagem, funcionam como módu-los de reposição de gôndola. Maior produtora brasileira de caixas de papelão ondulado, a Klabin nacionalizou a idéia e lançou, meses atrás, uma linha de embalagens-display. Agora, numa aproximação ainda maior ao conceito de shelf-ready que grassa no varejo internacional, as caixas da Klabin são capazes de acoplar um sistema de fácil abertura, o Easy Open.

Além da maior agilidade nas reposições, por poderem ir direto às prateleiras, as emba-lagens-display da Klabin têm um trunfo na minimização de perdas, por garantirem menor manuseio de produto. Evitam que o repositor tenha que retirar, um a um, os produtos das caixas, para então dispô-los nas gôndolas. O mecanismo prático de abertura promete reduzir ainda mais os refugos. Isso porque a abertura das caixas de despacho genéricas, nos super-mercados, é geralmente feita com estiletes,

celulósicas >>> transporte

V

Menores perdas, redução de custos, velocidade nas reposições de gôndola, melhor exposição no varejo. Novas caixas da Klabin prometem tudo isso

Só proteção é pouco

Se tendem a estimular parcerias mais sinérgicas entre indústrias e redes de varejo, as caixas de transporte do tipo shelf-ready, prontas para a gôndola, também atiçam os supermercadistas que trabalham com marcas próprias. O Grupo Pão de Açúcar já con-duz um estudo para adotar as caixas shelf-ready nos produtos com sua chancela. Atualmente

a empresa analisa formas de dimensionar prateleiras nas lojas, adequando-as às caixas-display, e de gerir a mão-de-obra do sistema. “Nossa intenção é fazer a lição de casa para depois podermos orientar forne-cedores”, afirma Iorley Lisboa, gerente do departamento de Desenvolvimento de Embalagens do Pão de Açúcar. “Uma inten-

ção é adotar futuramente as caixas-display e depois levar parceiros ao nosso CD (Centro de Distribuição), para que eles percebam as vantagens dessas embalagens, como a redução de perdas e o fortalecimento de marca”. O Pão de Açúcar já estuda essa implantação com o apoio de alguns fabricantes de embalagens.

Interesse também do varejistaAdoção de caixas shelf-ready de papelão está nos planos do Grupo Pão de Açúcar

MUTAÇÃOSistema de fácil abertura com fita transforma caixas em displays para alimentação de gôndolas

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facas ou tesouras, muitas vezes provocando avarias nas embalagens primárias – e conse-qüentes devoluções aos fabricantes. “Os con-sumidores estão mais exigentes e não toleram produtos danificados, o que obriga as indústrias a investir cada vez mais na qualificação dos seus repositores”, comenta Robson Alberoni, gerente de planejamento de mercado da área de embalagens da Klabin. “O sistema Easy Open proporciona economia com essa mão-de-obra ou sua alocação em outras tarefas.”

O sistema de fácil abertura das embalagens da Klabin é baseado numa fita de orientação que, destacada no ponto-de-venda, produz um corte limpo nas caixas (veja a imagem na pág. anterior). Segundo Alberoni, os alvos iniciais das caixas com Easy Open serão os setores alimentício e de higiene pessoal. Juntos, esses dois mercados respondem por cerca de 50% do consumo de caixas de embarque no Brasil, nas estimativas da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

A Klabin estuda cada produto para persona-lizar as embalagens-display, levando em conta tanto questões estruturais – dimensões adequa-das às gôndolas, necessidade ou não de berços para aninhar cada unidade de produto, estrutu-ras para fazer mercadorias deslizarem para a fronte das caixas de acordo com o giro – quanto de decoração. Algumas marcas de sabonetes, óleos vegetais, pipoca, farinhas e detergente em pó já utilizam embalagens-display da Klabin. “Esses clientes já perceberam que, pela expo-sição direta nas gôndolas, as caixas se transfor-mam em ferramentas poderosas para divulgar marcas e atrair o olhar do consumidor nos pontos-de-venda”, diz Alberoni. “A absorção dessas funções pelas embalagens de transporte é uma tendência irrefreável”. (GK)

Só proteção é pouco

Klabin(11) 4588-7215www.klabin.com.br

VERSATILIDADE – Projetos da Klabin ajustam embalagens-display aos mais diferentes produtos. Ao lado, exemplo para garrafas de bebidas

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ada a delicadeza dos produtos, gerar maior eficácia na cadeia de suprimento de hortifrutigranjeiros é uma preocupação perene para

agricultores, operadores logísticos, varejistas e, claro, fornecedores de embalagens. Não foi por outra razão que a indústria mundial de papelão ondulado decidiu criar, no ano passado, o Common Footprint Standard, um conjunto de padrões para as caixas utilizadas no chamado setor de FLV (frutas, legumes e verduras). Difundir o conceito no Brasil, sob o nome Sistema Modular de Embalagens, se tornou um cavalo de batalha da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). “O padrão concorre não só às reduções de perdas no mercado interno, mas também ao aumento das exportações”, resume Paulo Peres, presi-dente da ABPO e da Associação Brasileira de Embalagens (ABRE).

Além de determinar dimensões-padrão de largura e de comprimento das embalagens de papelão ondulado para o setor hortícola – fixa-das de modo a facilitar seu uso nos tradicionais paletes de 1,2 metro por 1 metro e de 1,2 metro por 80 centímetros (veja tabela ao lado) –, o Sistema Modular também determina o tama-nho e o posicionamento exatos das travas de empilhamento das caixas. “Assim, as caixas se tornam intercambiáveis em qualquer parte do mundo, facilitando os embarques internacio-nais”, diz Peres.

Penca de vantagensEm distribuição em eventos e feiras de negócio do setor de embalagens ou da agroindústria, um folheto da ABPO lista uma série de vantagens atribuídas ao Sistema Modular de Embalagens. Além de colocar as caixas a par das normas e práticas internacionais, o Sistema apresenta os seguintes benefícios, nos dizeres do prospecto:

– protege produtos dos choques e das ava-rias mecânicas;

– reduz as perdas pela diminuição do

celulósicas >>> hortifrutigranjeiros

D

Movimento mundial, padronização de caixas intercambiáveis de papelão ondulado acena ao aumento das exportações de itens hortifrutigranjeiros

Cosmopolitismo ajuda

manuseio;– otimiza a ventilação, o resfriamento ou o

congelamento;– confere plena estabilidade à paletização

e alta resistência ao empilhamento;– torna possível a formação de carga

mista, atendendo as necessidades dos produto-res, dos atacadistas e dos varejistas;

– evita a propagação de pragas entre lavouras pela eliminação de reutilização das embalagens;

– contribui com a preservação ambiental

AJUSTES FINOS – Dimensões padronizadas buscam facilitar disposição das caixasnos paletes já utilizados pela agroindústria. Tabela da ABPO estabelece três níveis

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AÇÃO

AJUSTES FINOS – Dimensões padronizadas buscam facilitar disposição das caixas

Níveis 1 2 3

Designação ABPO/M-1 ABPO/M-2 ABPO/M-3

Dimensões externas referenciais (mm)

600 X 400 400 X 300 300 X 200

Sistema Modular - Designação de Embalagens

FON

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AB

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porque as embalagens de papelão ondulado biodegradam-se rapidamente e têm alta taxa de reciclagem;

– agrega valor aos produtos no ponto-de-venda pela alta qualidade de impressão e veicula a marca do produtor através de toda a cadeia de suprimento;

– e protege a saúde dos consumidores, pois cada embalagem é utilizada nova e limpa uma única vez.

De acordo com o presidente da ABPO, a conformidade com o Sistema Modular propicia reduções de custos em todas as fases da cadeia de abastecimento. “Os ganhos acontecem com as reduções da área de armazenamento e do custo de frete e pelas eliminações do frete de retorno, dos procedimentos de controle e ras-treamento de cada embalagem e da higieniza-ção típica dos sistemas de caixas retornáveis”, resume Peres. Boa parte dos 35 fabricantes de embalagens de papelão ondulado associados à ABPO estão aptos a desenvolver projetos sob o conceito de Sistema Modular. Uma lista dos fornecedores pode ser acessada na página da Internet da entidade de classe. (GK)

ABPO(11) 3831-9844www.abpo.org.br

MISTURAS – Caixas padronizadas também eliminam dores de cabeça nas formações de embarques mistos

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50 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

e alguns meses para cá, a demanda pela Sports-Lok, tampa esportiva para águas minerais sem gás da Alcoa CSI, aumentou consistente-

mente. Às clientes mais antigas, como Coca-Cola Femsa (água Crystal Sport), Petrópolis Paulista, Ouro Fino e Águas Prata, vieram se somar recentemente engarrafadoras de diver-sas regiões do país. Água Mineral Santa Catarina, Timbu, Água Nobre, Pedra Azul, Ibirá, Lebrinha, Rinco e Mineradora Ijuí são algumas delas. Muitos vêem nessa onda o efeito de um trabalho da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (ABINAM) em prol da valorização de produtos e mar-cas. O esforço tem motivo. Paralelamente à explosão do consumo interno, que de 1 bilhão de litros, em 1995, já deve superar os 6 bilhões de litros este ano, muitos engarrafa-dores enveredaram pelas guerras de preços. O nivelamento por baixo não só tem reprimido o aumento do faturamento interno, mas tam-bém das exportações, num exemplo típico de prata da casa mal-aproveitada. “A água low price terá vida curta”, vaticina Carlos Alberto Lancia, presidente da ABINAM.

Sucesso mundial, por efetivamente incre-mentar a percepção de valor de uma bebida com campo restrito para inovações, calçando tendências de marketing como os atendi-mentos ao consumo em movimento (on-the-go) e àquele realizado em meio a práticas de esportes, a tampa esportiva (sport cap) chegou ao Brasil no início de 2001. Foi quando a Alcoa CSI iniciou a importação da Sports-Lok. Antevendo um grande potencial para o fechamento no mercado nacional e em países vizinhos, a Alcoa CSI nacionali-zou sua produção em 2003. Hoje, a tampa é fabricada na unidade de Alphaville (SP) da

fechamentos >>> águas minerais

D

Difusão das sport caps contribui para amenizar a guerra de preços entre águas minerais sem gás, valorizando o mercado

empresa. Combinando peças de polietileno de alta densidade (PEAD) e de polipropi-leno (PP), a Sports-Lok tem no seu bico com válvula push-pull (“empurrar-puxar”, vertendo-se do inglês) um poderoso apelo. O consumidor pode acioná-lo com a boca, manejando a garrafa com apenas uma mão. A tampa conta com dois lacres: um na própria base da tampa, que se acopla ao gargalo da garrafa de PET, e um sobre o bico. Uma sobretampa recobre a válvula, dis-pensando o uso de lacres termoen-colhíveis sobre o fechamento.

Toda a sofisticação, como não poderia deixar de ser, faz da Sports-Lok uma tampa de preço diferenciado – o que, diante da chamada “comoditização” do mer-cado de águas, criou entre muitos a visão de um acessório de custo proi-bitivo. Por que esse estigma vem caindo por terra? “Desenvolvemos uma máquina de custo bastante atra-ente para a aplicação da Sports-Lok”, conta Rodolfo Haenni, coor-denador de marketing da Alcoa CSI para a América do Sul. “Isso é o que mais vem contribuindo para a adoção da tampa por muitas marcas pequenas e

Saúde é o que interessa.O resto não tem pressa

POPULARIZAÇÃOPedra Azul, uma das mais recentes adeptas da Sports-Lok da Alcoa CSI (acima). Tampa pode ser fornecida em várias cores

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AÇÃO

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agosto 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 51

Trata-se de uma tampa esportiva igual-mente construída em PEAD e PP, porém estruturada em duas peças – ao contrário da solução da Alcoa CSI, de três peças. Já utili-zada em países europeus por águas da Nestlé (Aquarel e Vittel) e da Danone (Evian), a Thumb’Up traz como principal diferencial em relação à Sports-Lok o fato de sua sobretampa permanecer sempre unida à base por meio de uma extensão. Isso permite que todo o acio-namento da tampa seja feito apenas com um polegar, no movimento do sinal de “positivo” com a mão. Daí o nome Thumb’Up – expres-são em inglês para o popular sinal. “A união permanente das peças facilita o descarte e evita a ingestão acidental da sobretampa por crianças”, destaca Luiz Henrique Penchiari, gerente comercial da Bericap brasileira.

Apresentada às empresas nacionais no congresso da ABINAM do ano passado, rea-lizado em Salvador, a Thumb’Up tem grandes chances de debutar no mercado já no próximo verão, ventila Penchiari. De início, a tampa seria trazida para cá das unidades francesa e turca da Bericap. Com massa crítica, poderia ser nacionalizada – a Bericap tem fábrica em Sorocaba (SP). “É um plano difícil de ser con-cretizado em curto prazo, mas as condições para importação são muito atraentes”, diz o gerente comercial da Bericap. Lançada no diâmetro de 30 milímetros, a Thumb’Up logo ganhou versões de 28 e de 38 milímetros, e acaba de chegar ao diâmetro de 26,7 milíme-tros. Penchiari ressalta que a base e a sobre-tampa da Thumb’Up podem ser fornecidas em diversas cores, com a sobretampa translúcida ou opaca. Vale dizer, aliás, que diferentes colorações já estão sendo trabalhadas por alguns usuários nacionais da Sports-Lok da Alcoa CSI. (GK)

médias, desmistificando seu custo inacessí-vel.” De acordo com Haenni, um outro fator poderá aumentar ainda mais a atratividade da solução no futuro. Produzida no Brasil somente no diâmetro de 28 milímetros, a Sports-Lok já é encontrada também no diâ-metro de 26 milímetros nos Estados Unidos. “O diâmetro menor é uma tendência, porque propicia economia significativa em matéria-prima na construção do gargalo das garrafas”, diz o profissional da Alcoa CSI. No Brasil, a migração para o diâmetro menor, porém com tampas convencionais, vem sendo puxada pelas águas da Schincariol. O atual cenário, favorável às importações, coloca a Sports-Lok de 26 milímetros ao alcance das engarrafado-ras locais. Se houver escoamento considerá-vel, a Alcoa CSI pode estudar a viabilidade da produção local da tampa.

Rival pode aparecerO câmbio valorizado, aliás, acena com a estréia no mercado brasileiro de águas mine-rais de uma emergente rival da Sports-Lok. A solução atende pelo nome Thumb’Up, e foi lançada pela Bericap à ocasião da feira de negócios alemã Interpack 2005, realizada em maio do ano passado.

COMPETIÇÃO Thumb’Up, da Bericap, tem sobretampa sempre unida ao bico. O consumidor destaca um lacre (1); depois, pode retirar a sobretampa (2) e recolocá-la (3) utilizando apenas uma mão (no diagrama)

Alcoa CSI(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Bericap(15) 3235-4500www.bericap.com

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AÇÃO

CONQUISTAS Importantes marcas

de águas já utilizam a Tuumb’Up na Europa

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52 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

Para chinês verA DuPont Imaging Technologies foi recentemente reconhecida por sua excelência no fornecimento de chapas para impressão flexográfica. A empresa recebeu dois prêmios da entidade que representa o mercado de impressão na China. A escolha foi feita com base na avaliação dos próprios impressores daquele país. Na categoria impres-são flexográfica, a DuPont foi a única fabricante de chapas mencionada – os outros ganhadores eram fornecedo-res de equipamentos e impressoras. Fabricante de chapas de impressão feitas com fotopolímeros, a DuPont Imaging Technologies tem na indústria de embalagens flexíveis um de seus principais mercados consumidores.

CtP: mais em alta...Na avaliação da Heidelberg, os inves-timentos nos departamentos de pré-impressão visando substituir sistemas convencionais de processamento de fotolitos por equipamentos de CtP (Computer-to-Plate) continuam na crista da onda. A avaliação é baseada no fato de que a empresa recente-mente vendeu sua 500ª Suprasetter no mundo.

...do que nuncaCom foco no mercado de médias e grandes tiragens, esse equipamento da Heidelberg produz chapas térmicas utilizando uma tecnologia laser pecu-liar. A empresa não revela detalhes, limitando-se a informar que ela foi desenvolvida para proporcionar melhor qualidade de gravação e máxima pro-dutividade. No Brasil, vinte unidades da Suprasetter haviam sido vendidas até a Expoprint 2006 - feira gráfica que ocorreu em São Paulo, em junho último -, mas a Heidelberg acredita que o evento deverá desencadear novas negociações em breve.

Lucratividade A Xerox Corporation anunciou lucro de 26 centavos de dólar por ação para o segundo trimestre de 2006 e uma receita total de 4 bilhões de dólares no período. A receita total cresceu 1% no segundo trimestre. As receitas financeiras e de pós-venda, que juntas representam aproximadamente 75% da receita total da Xerox, cresceram 2%, em parte devido ao crescimento de 4% dos negócios de pós-venda com sistemas digitais.

Baldes mais atraentes aos olhos Fabricante de embalagens plásticas investe em rótulos in-mold

A Fibrasa iniciou a produção de baldes industriais de polipropile-no decorados com in-mold labels (IML) – rótulos fundidos a recipien-tes plásticos no interior do molde, no momento do sopro ou injeção da embalagem. A nova operação surge a reboque do investimento da Fibrasa em um robô para o pro-cesso, de uma marca italiana, e do estabelecimento de uma parceria com a Gráfica Rami, de Jundiaí (SP), fabricante dos rótulos. Segundo Leonardo Souza Rogério de Castro, diretor comercial da Fibrasa, os bal-des com IML são indicados para a comercialização de produtos como tintas, maionese, margarina, óleo e

conservas. “A tecnologia IML propi-cia impressões em altíssima resolu-ção, em até seis cores, e resulta em baldes mais atraentes aos olhos do consumidor final”, argumenta Castro.(11) 5051-2984 • www.fibrasa.com.br

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Ainda dá tempo para o Fernando PiniInscrições para prêmio da ABTG encerram-se em setembro

O tradicional Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), está chegando a sua 16ª edição. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de setembro, através do site da ABTG. Este ano,

a premiação acontece no dia 28 de novembro, no espaço Expo Barra Funda, em São Paulo. A jornalis-ta Renata Ceribelli, da TV Globo, comandará a cerimônia, que tam-bém terá show do cantor pernam-bucano Alceu Valença. (11) 6097 6700 • www.abtg.org.br

O poder das chapas mais em contaGráfica mineira compra máquina suíça e reduz custos produtivos

A Gráfica e Editora O Lutador, de Belo Horizonte, comprou um CtP Xpose! UV para chapas convencionais, desenvolvido pela empresa suíça Lüscher e comercializado no país pela Gutenberg. “Com o novo equipamen-to, pretendemos aumentar a nossa produtividade, com uma redução de custos no processo de gravação de chapas de 50%”, diz José Raimundo da Costa, diretor administrativo da empresa, que é voltada ao mercado editorial.(11) 3225-4400 • www.gutenberg.com.br

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54 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

SolidariedadeFuncionários da International Paper (IP) e de suas subsidiárias Chamflora e Vinson promoveram nova edição de sua já tradicional campanha do agasalho. Três entidades assisten-ciais do interior paulista receberam mais de 2 000 peças de vestuário e cobertores.

BalançoA Klabin obteve lucro de 261,7 milhões de reais no primeiro semestre de 2006, 19% a mais do que no mesmo período do ano passado. No resulta-do do segundo trimestre do ano, a companhia registrou lucro líquido de 97,8 milhões de reais, um acréscimo de 9% sobre o mesmo período de 2005. A geração de caixa foi de 356 milhões de reais no semestre, e de 169,2 milhões de reais no trimestre.

AtualizaçãoGerentes de manutenção, engenhei-ros e técnicos ligados à área de manutenção mecânica, elétrica e instrumentação foram o alvo do 5° Seminário de Manutenção, promovi-do pela Associação Brasileira Técni-ca de Celulose e Papel (ABTCP). O evento ocorreu nos dias 19 e 20 de julho último, na Votorantim Celulose e Papel, em Jacareí (SP).

Unidos pela bolaEncerrada em julho, a quarta edição do campeonato de futebol society promovido pela KSR Distribuidora, unidade de negócios da Votorantim Celulose e Papel (VCP), consolidou-se como o mais importante progra-ma de relacionamento da empresa. Durante três meses e 102 jogos, times de 86 clientes da KSR e cerca de 1000 “atletas” disputaram o título. Na final, a equipe da LaborPrint venceu a Prol Editora Gráfica.

Campanha de pesoA Suzano Papel e Celulose deu iní-cio a uma campanha de mídia para todas as suas linhas de produtos. Abordando produtos como os papéis cartão TP Polar e TP Hi-Bulky, além da linha Reciclato, de papéis reciclados, os anúncios contemplam 26 veículos impressos de circulação nacional. A campanha vai até o final do ano, e é focada nos mercados de embalagens, propaganda e marketing, gráfico, edi-torial e varejo.

Mais um pulo-do-gato do RFIDRR etiquetas lança no Brasil nova tecnologia de radiofreqüência

A tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID, na sigla em inglês) deu mais um passo rumo ao mercado brasileiro de emba-lagens. A RR Etiquetas recente-mente lançou o que define como a primeira etiqueta UHF 900 MHz EPC fabricada no Brasil. O anúncio foi feito em evento promovido em São Paulo, na sede da Associação

Brasileira de Supermercados (Abras). Focada no controle do fluxo de produtos por toda a cadeia de suprimentos, a RR Etiquetas impulsionou sua estraté-gia com RFID no final do ano pas-sado, quando fechou parceria com a argentina Ingenería & Packaging, que atua há mais de 20 anos no ramo de sistemas de identificação e etiquetagem de produtos. Desde então, a empresa vem investindo em aplicações de RFID voltadas ao varejo. Composta por uma etiqueta EPC (Electronic Product Code), um chip, antenas ativadas por radiofre-qüência, um leitor de dados e um sistema de gestão, a tecnologia é reconhecida por possibilitar ganhos nas práticas de reabastecimento e agilidade na leitura de itens, com

melhorias na produtividade e rastreabilidade. (11) 6525-9000

www.rretiquetas.com.br

Tudo pronto para a Labelexpo Americas 2006, que acontece entre os dias 11 e 14 de setembro próximo, em Chicago. Um dos principais encontros de negócios da cadeia global de rótulos e deco-ração de embalagem, que em 2005 movimentou cerca de 60 bilhões de dólares, a feira deverá reunir mais de 450 expositores e 13 000 visitantes. Com cobertura in-loco

da equipe de EMBALAGEMMARCA, o evento contará também com ampla programação de conferências sobre tendências e tecnologias produtivas na área de rótulos. Na primeira noite da feira também será realizada a cerimônia de premiação do Label Industry Global Awards, considerado o principal prêmio da indústria mundial de rótulos.No Brasil: (11) 3218-7911

Aproxima-se a data do principal evento de rotulagem do ano

Hora de arrumar as malas

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Simplicidade operacionalRyobi investe no mercado de ¼ de folha

Representada no Brasil pela Intergrafica Print & Pack (IPP), a Ryobi está apostando na versatilidade de sua impressora 784 para aumentar participação no mercado nacional. Oferecendo a simplicidade ope-racional de um equipamento ¼ de folha, a 784 conta com colocação semi-automática de chapas e ajuste de registro vertical, lateral e diagonal, dando conta da maior parte dos trabalhos rodados em máquinas de folha inteira. O sistema em “v”, de 5 cilindros, é outro diferencial do modelo, destaca Antonio Furlan, supervisor de vendas da IPP. Para ele, a nova aposta da Ryobi é capaz de gerar grande economia para as gráficas. A máquina é quatro cores, opera com qua-tro trocas de pinças durante o processo e alcança velocidade de 15 000 folhas/hora. (11) 5522-5999 • www.ipp-group.net

Gerida pela Heidelberg, a Print Media Academy (PMA) vai realizar no final de agosto o 2º Fórum Heidelberg para Executivos. Com um módulo que enfatiza suces-são e troca de gerações no comando administrativo de empresas gráficas, o curso também tratará de temas como gerenciamento, estratégia, marketing, concor-rência, recursos humanos e organização. O programa foi desenvolvido em parceria entre a PMA de São Paulo e da Alemanha. “Conhecimento técnico isolado não é mais suficiente para gerenciar uma gráfica com sucesso. A escolha certa da estratégia e a atualiza-ção do conhecimento também são fatores decisivos”, ressalta Dieter Brandt, presidente da Heidelberg do Brasil e América do Sul. A ser realizado no Hotel Gran Estanplaza, em São Paulo, o evento exigirá o desembol-so de 2 230 reais por participante. (11) 6618-1477 • www.br.heidelberg.com

Corrida por atualizaçãoPMA realiza fórum gráfico em São Paulo

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56 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2006

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Propack 39 (11) 4785-3700 www.propack.com

PTC 55 (11) 6194-2828 www.ptcgs.com.br

Resinet 2ª capa 0800 709 7374 www.resinet.com.br

SetPrint 29 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

SIG Beverages 49 (11) 2107-6784 www.sigcorpoplast.com

Simbios 13 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Sonoco For-Plas 29 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

Speranzini Marketing 39 (11) 5685-8555 www.speranzini.com.br

STM 39 (11) 6191-6344 www.stm.ind.br

Studio AG 39 (11) 9976-6068 www.studioag.com.br

Technopack 47 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Tetra Pak 5 (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br

Topp Filmes 47 (11) 3617-4700 www.toppfilmes.com.br

Uniflexo 27 (11) 4789-5946 www.uniflexo.com.br

Vilac 3 (19) 3741-3300 www.vilac.com.br

Wheaton 25 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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No mundo globalizado de intensa concorrência, as marcas precisam gerar diferencial, ganhar relevância, seduzir e emocionar o consumidor. Nesse contexto, tanto a revista EmbalagemMarca como a Narita Design têm participado na construção e no fortalecimento de diversas marcas líderes, ajudando-as a ampliar seu campo de ação e marcar presença no cotidia-no de seus consumidores.

Focada no design de marcas e embalagens, a Narita Design busca estar sempre na vanguarda da informação, nos mercados nacional e interna-cional, além de acompanhar todas as edições de EmbalagemMarca, pois desde a sua criação a revista vem ocupado um importante papel, trazendo tendências, apresentando as movimentações do setor, novas tecnologias e insights diversos. É uma publicação que contribui para o fortalecimento dos vários segmentos envolvidos no mercado de embalagens.

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Almanaque

Líder mundial em venda de refrige-rantes, a gigante Coca-Cola só não é a primeira em uns poucos países, a maioria deles no Oriente Médio, onde as nações árabes vêem os Estados Unidos, sede da multinacional, como o “Grande Satã”. Com isso, a versão muçulmana de um refrigerante de cola, a Mecca-Cola, nada de braçadas em países como os Emirados Árabes

e a Síria. A bebida que faz referência direta à cidade sagrada onde nas-ceu o profeta Maomé foi criada na França por um imigrante tunisiano, e tem um forte argumento de venda: 20% do dinheiro obtido com o comér-cio de Mecca-Cola são destinados à caridade, sendo que metade vai para instituições na Palestina, o que é des-tacado na embalagem.

A força do Profeta

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AÇÃO

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VOCÊ SABIA?A tecnologia da caneta esfe-rográfica, inventada em 1935 pelo húngaro Laszlo Biro, foi

vendida ao francês Marcel Bich, que deu seu sobrenome

à marca. Como pretendia exportar para os Estados

Unidos, o H do final foi supri-mido. Em inglês, bich tem a

pronúncia parecida com bitch, um pesado palavrão.

O “Swoosh”, logotipo da Nike, representa as asas da deusa grega Vitória. O logo

foi criado por uma estudante de design recém-formada,

Caroline Davidson, em 1971. Ela recebeu 35 dólares

pelo trabalho.

Animais em extinção nos rótulosQuando se pensa em um animal presente em rótulos de cervejas nacionais, as imagens que geralmente vêm à cabeça são as dos pingüins da Antarctica, e do touro, da Caracu. Os pingüins passaram a integrar os impressos colados nas gar-rafas da bebida em 1935, e continuam lá até hoje. O touro da Caracu também é veterano: está no rótulo desde 1899, embora tenha sido modernizado. Mas outros rótulos estamparam animais. É o caso da Becker, que trazia uma águia, da Porter, que tinha como símbolo um gato, e da Cerveja Preta Elefante, todas da Brahma. Outros animais que passearam por rótulos de cerveja foram o tucano (Amazônia, da Cervejaria Germânia), o urso (Alaska, da Refrigerantes Xereta), a vaca (Vacca, da gaúcha Vitellio Gazapina), e novamente o elefante (cerveja preta da Serramalte).

Agradecimentos ao colecionador Carlos Quintella e seu site

mundodacerveja.com que nos cedeu as

imagens dos rótulos

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