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Revista EmbalagemMarca 085 - Setembro 2006

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Edição de setembro de 2006 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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É bem melhor fazer do que falarm incontáveis pales-tras e artigos repe-te-se uma palavra

– “inovação” – que seria a glória dos executivos, a salva-ção das empresas e a garantia de crescimento sobre a con-corrência. Um site eletrônico de consulta informa que em inglês ela aparece mais vezes, em todos os contextos, do que outra palavrinha, supos-tamente mais do agrado das pessoas: “sexo”. Nesse site, sex perde para innovation por 613 milhões a 560 milhões.Já em português, não se sabe por responsabilidade de qual povo de fala lusa, “sexo” dá de 5 a 1 em “inovação” (32 milhões a 6,35 milhões). No entanto, pelas amostras

que temos visto, a palavra da moda de conferencistas e consultores vem vindo a galope para atropelar a outra propalada competência dos brasileiros além da futebo-lística – que, é bom lembrar, recentemente negou fogo.Do ponto de vista negocial, torcemos para que a coisa ganhe proporções americanas e não fique só em palavras. Pois suspeita-se que onde o inglês prevalece “inova-ção” aparece tanto porque é posta em prática, em vez de ser apenas citada e evoca-da como um abre-te-sésamo sem conseqüências. Saltou-se do estágio do what para os do how to e do do it. Acredita-mos que, como no outro caso,

é bem melhor fazer do que falar. Mas como fazer (referi-mo-nos a inovação)? Isso nos ensinam no dia-a-dia, na prá-tica, empresas bem sucedi-das, cuja ação inovadora esta revista procura mostrar todos os meses em suas páginas.Até outubro.

•Registramos aqui o pesar da equipe de EMBALAGEMMAR-CA pelo falecimento de Rober-to Hiraishi, editor da revista Embanews. Embora concor-rentes nos negócios, tínhamos por ele grande apreço pessoal, além de reconhecer a impor-tância de seu trabalho pioneiro no jornalismo especializado em embalagem no Brasil e o incentivo que deu ao setor.

A palavra “inovação” em inglês é maisusada do que“sexo”. Talvezseja por ser maisposta em práticado que usadaem teoria. Em português, “sexo” dá de 5 a 1

Wilson Palhares

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

ReportagemDiego Meneghetti

[email protected]ávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected]

Departamento de ArteCarlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

[email protected]é Hiroshi Taniguti (Assistente)

AdministraçãoEunice Fruet (Diretora Financeira)

Marcos Palhares (Diretor de Marketing)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

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O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

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6 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

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Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

42Reportagem de capa: Impressão digitalFortalecendo o conceitode one-stop shop, converte-dores de rótulos auto-adesi-vos investem na tecnologia

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58 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

nº 85 • setembro 2006

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32 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

CelulósicasPaletes de papelão ganham força com ascensão de norma fitossanitária internacional

HíbridasNovo big box para alimentos e itens químicos quer tomar espaços do tambor de aço

VidroNovas embalagens de Fanta destacam momento favorável às garrafas retornáveis de vidro

HíbridasDesejos de ampliar mercado e barrar importados dão fôlego ao bag-in-box entre vinhos nacionais

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MetálicasNovas latas de aço cônicas da Renner prometem vantagens logísticas e de vedação

Entrevista: Antonio Carlos Franchini FilhoVice-presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil fala de embalagens e marketing das marcas regionais

Prêmio ABREOs vencedores da edição de 2006 do prêmio de embalagem

MetálicasLaminação com filmes plásticos surge como opção para o acaba-mento de embalagens metálicas

CelulósicasCartuchos de papel cartão com abas impressas reforçam exposi-ção de medicamentos OTC

EventoFeira Embala tem bom desem-penho no Nordeste e já planeja edição em Minas Gerais

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6 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Design requintado fortalece TabuFrasco de vidro e rótulo auto-adesivo valorizam perfume

Para comemorar os 50 anos da linha Tabu, a Perfumes Dana lan-çou o Tabu Flores, perfume femi-nino que, como denunciado pelo nome, aposta em toques florais. O design da embalagem foi desenvolvido conjuntamente pela Vidraria Anchieta, que produz o frasco, e pelo departamento de marketing da Dana. O rótulo auto-adesivo de BOPP é forneci-do pela JBR Etiquetas e a tampa pela Sigmaplast. O cartucho de papel cartão é impresso pela Gráfica Jorgon.

Sigmaplast(11) 3186-1100www.sigmaplast.com.br

JBR Etiquetas(19) 3871-0027www.jbretiquetas.com.br

Jorgonwww.graficajorgon.com.br

Vidraria Anchieta(11) 6190-0664www.vidrariaanchieta.com.br

Canudo inéditoÁgua de coco em caixinha estréia produto da Tetra Pak com furinhos laterais

A água de coco Kero-Coco, da Amacoco, ganhou novas embalagens. A grande novidade é o canudinho Tri-Kero, trazido ao Brasil pela Amacoco em parceria com a Tetra Pak, que tam-bém fornece as embalagens cartonadas assépti-cas. O acessório apresenta dois furinhos laterais, além da abertura no topo, que distribuem melhor a bebida na boca. Os desenhos nas caixinhas foram trocados por fotos e a logomarca ganhou cores mais vivas. A Galera Kero Coco, formada pelos personagens Keco, Cokota, Cocoleke, Mikoko e A Sede, aparece praticando esportes. O design da embalagem, cujo verso traz jogos educativos, foi criado pela agência Núcleo 3.

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Nucleo 3 Comunicação(11) 2244-1350www.nucleo3com.com.br

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anudo inéditoÁgua de coco em caixinha estréia produto

Amacoco em parceria com a Tetra Pak, que tam-

Natura lança linha de bases com tam-pas plásticas injetadas com serragem

As mulheres brasileiras têm mais uma opção no arsenal de cosméticos dispo-níveis no mercado. A Natura inaugurou a linha de bases Aquarela, com um portfolio de oito variações de cores, destinadas a cada tonalidade da tez feminina.Segundo a empresa, as bases contêm FPS 8 e possuem textura líquida, que unifica o tom da pele e corrige pequenas imper-

feições. O novo produto vem em bis-nagas de polietileno produzidas pela

Globalpack. A empre-sa também fornece

as tampas em poli-propileno com injeção de 50% de serragem de madeira certificada. As embalagens são impressas em uma cor no sistema dry off-set, com arte desenvolvida pelo estúdio Design com Z. O cartucho que envol-ve a bisnaga é feito pela Baumgarten, em cartão TP Hi-Bulky da Suzano, impresso em off-set.

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br

Design com Z(11) 3742-7010www.designcomz.com.br

Globalpack(11) 5641-5333www.globalpack.com.br

Para todo tipo de pele

Complementando a nota "Diferenciação nos grãos e na decoração" (EMBALAGEMMARCA 84, agosto de 2006, pági-na 8), a Sonoco For-Plas é a fornecedora das tampas presentes na nova embalagem do Café Iguaçu Gourmet.www.sonocoforplas.com.br - (11) 5097-2750

Café sem tampa?

Canudo inéditoCanudo inéditoCanudo inédito

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8 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Tendo lançado em 2005 uma linha de sobreme-sas em pó distribuídas em sachês, a Kraft Foods Brasil recente-mente colocou nesse tipo de embalagem um novo item direcionado ao público infantil. É o Royalzinho, que mistu-rado com leite vira uma sobremesa semelhante a pudins e flans refri-

gerados prontos para consumo. A nova embalagem é conver-tida pela Itap Bemis, unidade de flexíveis da Dixie Toga, em estru-tura de PET laminada com alumínio e filme interno de polietileno. O design do sachê, que traz ilustrado o personagem Bocão, foi elaborado pela Narita Design e impresso em rotogravura oito cores. Os displays de ponto-de-venda são produzidos em cartão duplex com gramatu-ra de 275g/m2, com aplicação de rele-vo e hot stamping pela Impressora Paranaense, empre-sa que também per-tence à Dixie Toga.

Cartoon em embalagem de macarrãoPersonagens da Warner estampam produtos do Grupo Zadville

O macarrão instantâneo recém-lançado pelo grupo paranaense Zadville estampa os personagens dos desenhos animados Os Flintstones e Tom e Jerry, da Warner Bros, em suas embalagens. Os invólu-cros de poliéster e polipropile-no foram desenvolvidos pela agência Vitral Design e são fornecidos pela Arco Convert.

Arco Convert(11) 6161-8099

Vitral Design(41) 3254-5907www.vitraldesign.com.br

Impressora Paranaense(11) 6982-9497

Itap Bemis(11) 5516-2000 www.dixietoga.com.br

Narita Design(11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

Cartoon em

Arco Convert(11) 6161-8099

Vitral Design(41) 3254-5907www.vitraldesign.com.br

Mais uma opção para presenteTradicional bombom Sonho de Valsa ganha nova lata

Direcionado ao público infantil, Royalzinho explora praticidade dos sachês

Sobremesa em oito cores

Metalgráfica Itaquá(11) 4648-2699www.metalgraficaitaqua.com.br

Narita Design(11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

Para oferecer uma alternativa de presente aos consumidores, a Kraft Foods Brasil lançou uma nova lata de aço para os bom-bons Sonho de Valsa. O tom rosa, característico da marca, predomina nas duas opções de layout da lata, uma com detalhes em dourado e a outra em prate-ado. Desenvolvidas pela Narita Design, as embalagens trazem em destaque o clássico bombom e os ícones da marca. “Com a lata, conseguimos aumentar a

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competitividade do Sonho de Valsa, ofe-recendo ao consumi-dor um produto de maior valor agregado”, diz o gerente de Chocolates da Kraft Foods Brasil, Christian Mendonça. A embalagem é produzida pela Metalgráfica Itaquá. O Sonho de Valsa foi comer-cializado em latas de aço pela primeira vez nas festas de fim de ano de 1999, quando teve suas vendas multiplicadas. A ação

foi uma parceria com a CSN — Cia. Siderúrgica Nacional, empenhada em estimular o uso do aço para embalagens. O sucesso foi tão grande que nos últimos anos a Kraft vem repetindo a estratégia, por conta própria, em datas sazo-nais, como Dia dos Namorados, Dia das Mães, Páscoa e Natal.

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Miolo quer nicho ultra premium

Paralelamente à ampliação de sua capacidade produtiva para cinco milhões de litros de vinho por ano (cinco vezes mais do que em 1998), a Vinícola Miolo apresentou o Brut Millésime, um dos carros-chefe de sua recém-lançada linha ultra pre-mium. Trata-se de um espu-mante produzido com uvas chardonnay e pinot noir, que será elaborado apenas em safras excepcionais, e sempre do mesmo vinhedo. O vinho é vendido em garrafas da Saint-Gobain que apresentam design diferenciado e base bojuda. “Apesar disso, conseguimos viabilizar a rotulagem auto-ade-

siva nesse projeto”, diz Clélia de Marco, da área de marketing da CCL Label (antiga Prodesmaq), fornecedora dos rótulos e con-tra-rótulos do Brut Millésime. Impressos em polipropileno transparente, os auto-adesivos “simulam um efeito de impres-são direta no vidro”, nas pala-vras de Clélia. Da safra 2004, o primeiro lote foi envelhecido por dezoito meses nas caves subterrâneas da Miolo. A tiragem foi de 33 000 gar-rafas A conceituação e a criação ficaram a cargo da empresa gaúcha lu.z design&stratégico. As cápsulas termoenco-lhíveis que recobrem o gargalo e as rolhas foram fornecidas pela Ibrac.

Ibrac (54) [email protected]

Saint-Gobain(11) 3874-7482www.sgembalagens.com.br

CCL Label(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

Vinícola gaúcha explora design diferenciado

Um ícone adere às longa vidasPioneira em bebidas à base de soja ganha nova apresentação

Um sabor de infância bastante conhecido, com nome talvez ainda mais popular, recebeu nova roupagem. Trata-se do suco Mupy, produto da Agro Nippo há 30 anos no mercado. Antes comercializado apenas em saquinhos de polietileno de baixa densidade (PEBD), o suco produ-zido com extrato de soja, pioneiro no segmento no país, passou a ser distribuído também em embalagem cartonada asséptica. Segundo a empresa, a mudança facilitou o armazenamento da

bebida, com aumento da validade para seis meses. Dessa forma, a marca paulista chegará a outros Estados do Brasil. A iniciativa par-tiu do próprio Hideyo Uchinaka, presidente da Agro Nippo, que há alguns anos preparava a migra-ção do produto para a nova apre-sentação. A embalagem é produ-zida pela Tetra Pak, com design elaborado pela agência Aquarela. O envase, terceirizado, fica por conta da Codap. Mupy em longa vida é vendido nos sabores Maçã, Uva, Limão, Maracujá e Morango.

Aquarela www.aquarela.com.br

Codap0800 772 7647www.codap.com.br Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

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Nestlé fortalece propriedades nutricionais de cereal infantil

Rótulos destacam ferro no mingau

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Mondicap(15) 3225-1650www.mondicap.com.br

Sonoco For-Plas(11) 5097-2750www.sonocoforplas.com.br

Sister Studiowww.sisterstudio.com.br

Mattavelli(11) 3342-2121www.mattavelli.com.br A nova linha de chocolates

Sport, da Kopenhagen, dire-cionada ao público masculino, ganhou diferentes versões

de embalagens sofisti-cadas inspiradas em dois esportes de elite:

golfe e pólo. O Palito Crocante, coberto com chocolate ao leite, é acondicionado individualmen-te em papel alumínio dourado dentro de um exclusivo “bag” de golfe com alça de cordão. A embalagem contém dez palitos. Por sua vez, a versão Bola de Coco, coberta com chocolate ao leite, é embalada em papel alumínio branco, simulando bolinhas de golfe dentro de uma embalagem sextavada com seis bombons. O design das duas embalagens foi criado pela Sister Studio, e a execução dos cartuchos ficou por conta da gráfica Mattavelli. As embala-gens dos palitos são de papel cartão triplex com gramatura de 250 g/m², e a das bolinhas de papel cartão duplex 275 g/m².

Kopenhagen desenvolve estojos especiais de olho no público requintado e nos entusiastas de pólo e golfe

Inspiração em esportes de elite

A fim de destacar o reforço na composição de seu cereal infantil Mucilon, marca pionei-ra no mercado brasileiro de papinha para bebês, a Nestlé recorreu à Brasilgrafica para estrear novos rótulos no produ-to. Os grafismos destacam que a linha Mucilon, composta por mais de seis versões, agora é

enriquecida com ferro de alta absorvação. As latas de aço que acondicionam o produto são fabricadas pela própria Nestlé. As tampas plásticas são fornecidas pela Sonoco For-Plas e pela Mondicap. Segundo a Nestlé, 57% das crianças de 6 a 24 meses sofrem de falta de ferro no Brasil. FO

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ma norma internacional tem movi-mentado a logística de exportação de produtos brasileiros nos últi-mos meses. Trata-se da Norma

Internacional de Medidas Fitossanitárias nº 15 (NIMF15), um conjunto de diretrizes edita-do pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) que visa evitar o trânsito de pragas quarentenárias em embalagens de madeira.

De acordo com a norma, qualquer emba-lagem de madeira precisa ser submetida a tra-tamentos especiais e receber uma certificação de que está apta a viajar internacionalmente. A fiscalização desse “passaporte” nos mercados importadores, com conseqüente embargo a car-gas não-certificadas, aumenta cada vez mais, à medida que cresce a adesão dos países à norma. Os Estados Unidos, por exemplo, aderiram a ela no fim de 2005. No Brasil, a regra ainda não

celulósicas >>> transporte

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Diretriz fitossanitária internacional coloca restrições ao uso da madeira e põe em evidência os prós dos paletes de papelão para as cargas de exportação

Para suportar a norma

foi totalmente internalizada, mas possui caráter emergencial através de instruções normativas recentemente reaprovadas. Como a NIMF15 também se aplica aos paletes, ela tem avivado a validade do papelão ondulado como alternativa à madeira, agora refém de uma série de condições para transitar lá fora. “Os paletes de papelão são ideais para os produtos de exportação porque possuem um grande apelo ecológico, sendo reciclados e recicláveis, e dispensam o trata-mento por fumigação requerido para a madeira”, explica Aguinaldo Jacomini, diretor da Wilke-Zelepel, empresa que lançou recentemente uma linha de paletes de papelão reforçado.

Segundo Jacomini, os paletes de papelão podem ainda ser impermeabilizados através de aplicação de resina e usados em câmaras frias. Outro diferencial é que eles aceitam a impres-são de logomarcas e de outras informações por flexografia em até três cores. A Wilke-Zelepel

Por Diego Meneghetti

RENATO CANTON – INLAB DESIGN

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comercializa dois modelos desses paletes: um formado por estruturas em colméias e outro por perfis de tubetes. Montados com cola ou gram-pos, os produtos são apresentados em diversos tamanhos, incluindo o formato padrão PBR-1 (1 metro x 1,2 metro).

Sem fragilidadeEngana-se quem pensa que o papelão não suporta cargas. Mais leves que os de madeira, com peso variável de acordo com o modelo, os paletes de papelão suportam por volta de duas toneladas na armazenagem e de 600 quilos em movimentações. Sua leveza, além de facilitar o transporte, diminui o preço de fretes aéreos, por exemplo. Na logística de armazenamento, esses paletes têm melhor aproveitamento do espaço físico disponível para estocagem e, devido à sua praticidade de movimentação, não obstruem corredores e pátios de carga e descarga quando fora de uso, como desta-ca Emílio Martinez, gerente de pesquisa e desenvolvimento de outra fabricante, a Irani. “Temos o objetivo de quebrar o paradigma do uso inviável do palete de papelão”, ele ressalta. Martinez sublinha ainda o design dos paletes, “com dobraduras especiais e encaixes perfei-tos, o que facilita a montagem das peças”.

Quem também procura difundir os atributos positivos do produto é a Embrart, fabrican-te com unidades industriais no Paraná e em Santa Catarina. Danielle Machado, consultora de marketing da empresa, conta que os pale-tes de papelão ondulado são até 60% mais leves que os tradicionais e aceitos em qualquer país importador. “A participação desse produto aumentou significativamente no mercado, como

ENCAIXE – Irani tem palete com dobraduras especiais

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14 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

também pelo Mill Mate”, comenta Marcelo Perucci, especialista de produtos da Rigesa. O Mill Mate é o nome comercial para as folhas slip sheet da Rigesa, compostas de lâminas em papel kraft de fibra longa com 2 milímetros de espessura. O slip sheet suporta cargas de até 2 toneladas, quantidade que, segundo Perucci, engloba quase a totalidade das cargas paletizá-veis do mercado exportador.

Sinal verde do ambienteO profissional da Rigesa enumera uma série de vantagens do Mill Mate. Primeiro, o preço reduzido. O Mill Mate custa um quinto do valor do palete de madeira. Além disso, pesa apenas 1 quilo no formato padrão de 1 metro x 1,2 metro. Sua espessura, de 2 milímetros, contrasta com a de 15 centímetros dos paletes tradicionais. “O produto é mais leve, mais fino e também não precisa de tratamento fitossa-nitário”, afirma Perucci. Bastante difundido nos Estados Unidos, o slip sheet pressupõe a utilização de um equipamento acoplado à empilhadeira, chamado push-pull (“empurrar-puxar”, vertendo-se do inglês). O acessório faz realmente isso: empurra e puxa as folhas de kraft quando é necessária a movimentação da carga. Embora seja descartável e reciclável, o slip sheet requer maior cuidado em seu manejo, o que por um lado é benéfico, pois gera menos avarias nos produtos e na própria estrutura.

Ante mais restrições de mercados externos, os fornecedores já se adiantam àquela que imaginam ser a próxima barreira internacional para a movimentação de cargas: a questão ecológica. “Mais cedo ou mais tarde os países não aceitarão mais paletes de madeira devido, além da questão fitossanitária, à preserva-ção ambiental”, comenta Jacomini, da Wilke-Zelepel. “A preocupação sanitária caminha em paralelo à preocupação ambiental, o que impõe como tendência os suportes de carga alternativos, de fácil reciclagem e degradação na natureza”, explica Perucci.

também a do palete de OSB (N. da R.: madeira da Masisa isenta de certificação) e a do palete híbrido (madeira industrializada com papelão e plástico)”. Conforme ilustra Danielle, “antes da NIMF15 a venda dos paletes de papelão era praticamente zero”.

O valor unitário dos suportes de papelão muda de acordo com fornecedores, tipos de montagem e modelos, mas, geralmente, é mais barato que o dos tradicionais. Nas palavras de Danielle, para estar de acordo com a NIMF15, o palete de madeira “precisa ser tratado e seu preço resulta numa média de 32 reais, sem considerar o trabalho para o tratamento e o custo para sua destruição no destino final”. Já os paletes isentos de fiscalização são mais baratos. O de papelão sai em média por 31 reais. O de OSB, por volta de 29 reais. Segundo Danielle, o palete de OSB também é uma opção atraente para cargas inter-nacionais. O produto é ecologicamente correto, não necessita de certificação para NIMF15, pesa apenas 13 quilos, suporta até 2 toneladas para cargas estáticas e é aceito em todos os países.

A NIMF15 também tem provocado impac-tos na Rigesa. “Não sei quantificar, mas um volume considerável de clientes tem nos pro-curado não só devido ao palete de papelão, mas

Embrart(41) 3347-3060www.embrart.com.br

Irani(51) 3220-3542www.irani.com.br

Rigesa(19) 3881-9013www.rigesa.com.br

Wilke-Zelepel(11) 3531-4566www.wilke-zelepel.com.br

SINTOMA – Rigesaconfirma maior procura pelo palete de papelão

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OUTRO PLUS – Wilke-Zelepel confia no apelo ambiental do papelão

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epois dos tambores plásticos e dos de fibra, entra em cena um novo concorren-

te para os tambores metálicos de 200 litros, tão arraigados nos processos logísticos no Brasil. Solução do tipo bag-in-box para o transporte de líquidos não-perigosos, o Bulk 200 litros foi apresentado pela Rigesa na Movimat 2006, feira do setor de movimentação de materiais realizada em São Paulo no início de agosto.

Indicado para transporte de produtos químicos ou ali-mentícios, o Bulk é constituído por uma armação octogonal de papelão ondulado especial cujas paredes têm espessura reduzi-da, o que resulta num contêiner com cerca de 7 quilos. Além da leveza maior em relação a um similar metálico, que pesa em média 17 quilos, o Bulk 200 litros custa, numa estimativa da Rigesa, a metade do preço dos tambores tradicionais. O resul-tado é uma economia significa-tiva nos custos logísticos. “As embalagens de papelão têm uma boa relação entre custo e bene-fício porque são descartáveis, recicláveis e fabricadas com insumo renovável”, argumenta Marcelo Perucci, especialista de desenvolvimento de negócios da Rigesa.

A retenção dos produtos fica a cargo de uma bolsa plástica de polietileno da Embaquim, conhecida fornecedora de siste-mas bag-in-box. Com estrutura

em camada dupla, a bolsa plás-tica é dotada de dois bocais de 2 polegadas, um no topo e o outro na parte inferior, o que facilita o envase e o escoamento de pro-dutos por bombeamento, suc-ção ou gravidade. A construção do envoltório plástico colabora também com a segurança, pois minimiza o contato do produ-to envasado com o ambiente externo.

Pé e cabeçaUma inovação fica por conta de uma base plástica na embala-gem, produzida em polietileno de alta densidade (PEAD) pela parceira gaúcha Linpac Pisani. O calço, patenteado pela empre-sa e pela Rigesa, propicia o arrasto do contêiner sem dani-ficar seu fundo. Composta por material reciclado ou virgem, a base plástica oferece alta barrei-ra contra umidade e pode tam-bém ser acoplada na parte supe-rior do Bulk, funcionando como tampa. A Rigesa oferece ainda a opção de tampas produzidas em papelão ondulado.

O custo menor, a leveza e a alta resistência aliam-se à prati-cidade: por ser desmontável, o Bulk reduz em até 80% o espaço para estocagem antes e depois do uso. Por ser descartável e reciclável, elimina os custos com frete de retorno da embalagem, lavagem e manutenção, sendo também indicado para mercados exportadores, uma vez que se adequa às normas fitossanitárias internacionais. (DM)

híbridas >>> transporte

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Desmontável, descartável, reciclável e calçado, novo bag-in-box quer sapatear sobre o tambor

Híbrido ataca

Embaquim(11) 6166-2333www.embaquim.com.br

Linpac Pisani(54) 2101-8700www.linpacpisani.com.br

Rigesa(11) 3644-9990www.rigesa.com.br

VAZÃO – Com armação octogonal e bolsa da Embaquim no interior, Bulk 200 litros traz válvulas na base (na foto) e no topo para facilitar drenagem

CHAPÉUS – Contêiner pode acoplar tampa plástica, feitado mesmo material do calço, ou peça superior de papelão

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o ano 2000, quando a impressão digital começava a ganhar espaço no mercado brasileiro de rotula-gem e decoração de embalagens,

o consumo médio de substrato por modelo de auto-adesivo produzido com a tecnolo-gia era de apenas 80 metros quadrados. Tal índice parecia fiel à proposta da impressão digital no segmento: viabilizar a produção de mock-ups e testes de mercado e a adoção de rótulos com alta qualidade entre usuários com baixíssimas demandas.

Porém, as coisas mudaram com velo-cidade maior do que a esperada, e o lugar-comum segundo o qual “o futuro é digital” deu espaço à constatação de que esse futuro já chegou – ainda que esteja muito longe de substituir os demais sistemas de impressão, solidamente consolidados em espaços dos quais seguramente não arredarão pé. Mas, a julgar pelo aumento do consumo de material por modelo produzido, e também pela cres-cente adesão de convertedores à tecnologia digital, esse processo de impressão alcançou patamar bem acima do que o que se previa há seis anos no mercado brasileiro de auto-adesivos.

De acordo com os dados disponíveis, as

reportagem de capa >>> impressão digital

N

Conquistando mais convertedores, impressão digital se firma como opção para produ ção de tiragens industriais de rótulos sob demanda

Complemento que gan ha adeptostiragens de impressão digital estão subindo ano a ano no Brasil. Em 2003, por exemplo, o consumo médio de substrato por modelo de rótulo produzido com a tec-nologia já havia saltado para a faixa de 120 metros quadrados no país. Hoje o índice gira em torno de 300 metros quadrados. “Nos últimos cinco anos, houve uma grande mudança em relação às tiragens que a tecnologia pode atender”, avalia Fábio Setton, diretor da SetPrint, uma das únicas gráficas do país especializadas em impressão digital de rótulos e etiquetas.

Em compasso com a evolução das tira-gens, um número cada vez maior de con-vertedores aposta na tecnologia. A crescente adesão às máquinas digitais mostra que o processo se consolidou como um comple-mento ao parque gráfico dos convertedores que, buscando adaptar-se ao conceito de one-stop shop, vêm investindo de maneira progressiva em equipamentos e tecnologias para diferentes demandas.

O aumento das tiragens, no entanto, não significa que a impressão digital se tornou

Por Leandro Haberli

Nos últimos tempos alguns fornecedores de bases auto-adesivas passaram a investir em substratos específicos para impressão digital de rótulos. A Avery Dennison, por exemplo, oferece há cerca de um ano bobinas e folhas de filmes de polipropileno (PP) branco e transparente homologados pela HP. Os produtos podem ser usados em máquinas digi-tais planas e rotativas. “É um negócio ainda pouco representativo”, conta Isabela Monteiro Galli, geren-te de marketing da subsidiária brasileira da ame-ricana Avery Dennison. “Por uma questão de eco-nomia, boa parte dos convertedores prefere fazer

Atentos às oportunidades representadas pela impressão digital, fabri cantes de substratos anunciam novidades aplicações de primer por conta própria, adaptando assim os substratos à impressão digital”, ela diz.Outra grande fornecedora de bases auto-adesivas, a Gumtac também lançou no ano passado filmes de PP homologados pela HP para utilização na linha Indigo de impressoras digitais. Os produtos são laminados com adesivo de alto tack e liner de papel glassine siliconizado. “Nossos filmes já têm tra-tamento superficial para ancoragem das tintas, tornando desnecessária a aplicação do primer”, conta Vicente Avellar, gerente de produtos da Gumtac.

Evolução das tiragens

digitais no Brasil*

*por modelo de rótulo produzido

Ano Metragem

2000 80m²

2003 120m²

2006 300m²

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Conquistando mais convertedores, impressão digital se firma como opção para produ ção de tiragens industriais de rótulos sob demanda

Complemento que gan ha adeptosuma ameaça a outros processos, como fle-xografia e off-set. Na verdade, a tendência apenas indica que a tecnologia, baseada em processos digitais e eletrônicos que dão agilidade aos trabalhos, eliminando etapas comuns em outros sistemas de impressão, deixou de se restringir à produção de provas e testes de mercado. “A impressão digital começa a ser uma realidade nas gôndolas dos supermercados e nas tiragens industriais sob demanda”, sublinha Vicente Avellar, gerente de produtos da Gumtac, fornecedora de bases e substratos que nos últimos tempos passou a oferecer filmes e laminados próprios para a tecnologia.

Um projetoÉ certo que a participação do processo digital no mercado brasileiro de rótulos auto-adesi-vos ainda é muito baixa. No caso da Gumtac, os substratos para impressão digital (ver quadro abaixo) representam menos de 5% do faturamento obtido com a linha de laminados auto-adesivos. Mesmo assim, à medida que traz a possibilidade de atender demandas outrora represadas, a tecnologia atrai cada vez mais olhares. “Para nós a impressão digital é um projeto dentro da filosofia de

Atentos às oportunidades representadas pela impressão digital, fabri cantes de substratos anunciam novidades Lá fora estratégias envolvendo filmes próprios para impressão digital de rótulos também ganham força. A gigante do ramo de papéis especiais Stora Enso, por exemplo, recentemente anunciou o lançamento da linha OptLabel Digital, desen-volvida com foco específico na impressora HP Indigo ws4050. Segundo a empresa, o produto é voltado para impressões digitais sob demanda de rótulos auto-adesivos com visual premium. “É um segmento com taxas de crescimento sem prece-dentes”, comenta Ed Buehler, vice-presidente de papéis técnicos da Stora Enso.

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20 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

incluindo etnia, região de domicílio, idade, sexo e até crença religiosa dos consumido-res. “Os custos de impressão para o mercado de pequenas e médias tiragens estão caindo em função do fluxo maior de trabalhos”, acredita André Braga, gerente comercial da

Vilac Rótulos e Etiquetas Adesivas, con-vertedora de Campinas (SP) que atua

com diferentes processos de impressão e adquiriu no início de 2005 sua pri-meira impressora digital.

Para além do movimento de divi-são de portfólios, o desenvolvimento de novos equipamentos também tem favorecido a impressão digital na seara de rótulos auto-adesivos. Nesse aspecto, é inevitável mencionar a estratégia da HP, que consolidou sua presença no mercado de impressão digital de rótulos após a compra da fabricante israelense Indigo, há cerca de cinco anos. O negó-cio é considerado estratégico não só por ter alçado a HP à condição de líder do setor, mas também por facilitar junto ao impressor convencional o entendimento das vantagens e da flexibilidade do pro-

cesso digital. “A Indigo possuía na época a tecnologia digital mais próxima dos pro-cessos convencionais”, lembra Fabio Setton, da SetPrint. Com a vivência de quem já teve equipamentos da Xeikon (ver quadro na pági-na 22), Setton atua hoje com uma HP Indigo ws4050 e uma off-set Viva com hot stamping mais serigrafia rotativa, também utilizada no segmento de pequenas e médias tiragens.

O gargalo dos consumíveisA despeito da adesão de um número crescen-te de converterdores, o crescimento dos siste-mas digitais no mercado de rótulos enfrenta barreiras para as quais é difícil vislumbrar soluções de curto prazo. Tal diagnóstico ganha força quando as tiragens locais de impressão digital de auto-adesivos são com-paradas ao cenário visto em outros países. Na Europa, por exemplo, a tiragem média de rótulos produzidos com impressão digi-tal é de 600 metros quadrados, o dobro do índice brasileiro. Essa diferença, dizem os convertedores, é alimentada pelo alto custo dos consumíveis utilizados nos processos de impressão digital.

“Diferentemente do cenário europeu, no

atuar com todos os sistemas de impressão de auto-adesivos”, define Maurício W. Preto, diretor comercial da Indexflex, con-vertedora com forte atuação no mercado de grandes tiragens, que comprou da HP seu primeiro equipamento digital no começo do ano passado. “Queremos atingir gran-des clientes com pequenas tiragens”, resume o diretor da empresa.

Emblemática no atual momento da impressão digital no Brasil, a estraté-gia da Indexflex mostra que os con-vertedores estão atentos à tendência de fragmentação das linhas de produto dos grandes fabricantes de bens de consumo. Em outras palavras, o cres-cimento da tecnologia digital no ramo de auto-adesivos não tem relação com redução dos volumes de venda, mas sim com uma nova realidade do vare-jo, em que o aumento das linhas e as segmentações de mercado pressionam para baixo as tiragens.

É sabido que hoje os fabricantes precisam comunicar-se com merca-dos cada vez mais fracionados, nos quais as necessidades de personalização estão atreladas aos mais diferentes critérios, DADOS VARIÁVEIS

Nas gôndolas de bebidas alcoólicas, marcas

regionais e segmentações de mercado jogamas tiragens para

baixo, favorecendo impressão digital

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ABERTURAA possibilidade de atender demandas outrora represadas estimulou convertedores como a Vilac, fornecedora dos rótulos da ice Orso Bianco, a investir em equipamento da HP

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Brasil os insumos de impressão digital ainda são caríssimos”, compara Maurício W. Preto, da Indexflex. “Isso faz com que seu desen-volvimento ainda seja uma incógnita.” O fato é que, fornecidas pela própria HP, as tintas utilizadas na impressão digital não são fabricadas no Brasil e, portanto, precisam ser importadas. “Na Europa, a curva de aprovei-tamento das tiragens digitais é muito melhor devido ao preço mais atraente dos insumos”, destaca o diretor da Indexflex. “Aqui, tira-gens superiores a 10 mil rótulos já costumam ser mais vantajosas em flexografia”, comple-ta Maurício.

O nó do preçoNo outro lado do balcão também ecoa a necessidade de desatar o nó representado pelo preço das tintas e de outros consumí-veis. Walter Cassini, gerente de produto da Comprint, que representa a linha de impres-soras digitais da HP no mercado brasileiro de embalagens, concorda que o custo das tintas precisa cair para aproximar a tecnolo-gia digital da demanda de maiores volumes. “Na verdade a HP ainda não possui hardware para o mercado de grandes tiragens”, lembra Cassini. “Mas o objetivo da empresa é incre-mentar a performance de suas impressoras e reduzir o custo dos insumos.”

À frente das soluções de impressão digital da Xeikon desde a compra da marca em 2002, a belga Punch Graphix aproveitou a primeira edição da Expoprint, feira gráfica realizada em São Paulo, em junho último, para fortalecer e divulgar sua presença na América Latina, além de efetuar o lançamen-to nacional da Xeikon 5000, impressora digital colorida de alta performance com foco no mercado de conver-são de auto-adesivos.

Segundo a empresa, o equipamento oferece ao cliente o maior ciclo produtivo do mercado e o menor custo de página impressa, aten-dendo a demanda por personalização de rótulos em curtas e médias tiragens. “É uma solução que pode ser configurada com uma enorme variedade de equi-pamentos de aca-bamento on-line ou off-line, oferecendo excelente relação custo x benefício”,

ressalta Cristiane Almeida, diretora comercial de soluções digitais da empresa. A filial brasileira da Punch foi inaugurada no fim

de 2005, em Alphaville (SP). “Estamos traba-lhando para que nossos clientes contem com um forte suporte local”, completa Cristiane.

Responsável pela Xeikon dá primeiros passos no Brasil

CARRO-CHEFECom lançamento da Xeikon 5000 e reforço no suporte, Punch busca convertedores locais de rótulos

DIFERENTES SUBSTRATOSNo mercado de

cosméticos, filmes transparentes e

impressão digital no verso dos rótulos

ganham força

Além do preço pouco competitivo dos consumíveis, outro gargalo da impressão digital estaria na dificuldade de importação de peças de reposição dos equipamentos. “Fazer uma troca em garantia é quase impos-sível, pois as leis brasileiras não simplificam o processo”, queixa-se Fábio Setton, da SetPrint. Para ele, as dificuldades logísticas e a burocracia explicam em grande parte a diferença entre os cenários brasileiro e euro-peu de impressão digital de auto-adesivos.

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No aspecto reposição, contudo, boa parte dos convertedores reconhece que o trabalho da Comprint ajudou a impulsionar a impres-são digital de rótulos no Brasil, à medida que absorveu custos extras e conseguiu disponi-bilizar estoques locais de peças. “Quando a HP adquiriu a Indigo e a Comprint se tornou distribuidora da marca no Brasil, senti que teria mais apoio, principalmente em termos de assistência”, assinala Roberto Ribeiro, da gráfica Asterisco, que possui duas impresso-ras HP Indigo em seu parque gráfico.

Desestímulo aos pequenosOs convertedores também destacam que o protecionismo brasileiro na área de impres-são digital é inócuo, pois nenhum fabricante de máquinas nacional teria hoje condições de enfrentar a concorrência da HP. “Esse tipo de mentalidade só está travando o crescimento do pequeno empresário brasileiro, que está entre os principais usuários da tecnologia de impressão digital”, avalia Fábio Setton, lembrando que grande parte de seus clientes demonstra interesse em modelos de rótulos adequados a estratégias de exportação.

À parte a dificuldade de importação, torna-se evidente que, apesar do gradual ganho de participação na indústria de con-versão de rótulos, a tecnologia de impressão digital não foi concebida para concorrer com os métodos convencionais de impressão. Pelo contrário, a tendência é a junção das tecnologias, desembocando em equipamen-tos híbridos, que misturam conceitos digitais e convencionais.

Basta dizer que, assim como uma off-set hoje pode ser dotada de um CtP, uma impres-sora digital possui um laser de gravação de chapa. Outros dispositivos comuns, caso da chapa gravada e da blanqueta, também aju-dam a aproximar na prática os diferentes pro-cessos. Em outras palavras, as impressoras digitais estão “copiando” as convencionais, ao passo que estas agregam cada vez mais tecnologia eletrônica, visando diminuir o tempo de acerto e gerar agilidade nas trocas entre um trabalho e outro. São essas as van-tagens que prometem continuar projetando a tecnologia digital no setor de impressão de rótulos auto-adesivos, ajudando a consolidar no mercado brasileiro de conversão o concei-to de one-stop shop.

Asterisco(11) 2295-2200www.etiquetasasterisco.com.br

Avery Dennison(19) 3876-7600www.averydennison.com

Comprint(11) 3371-3371www.comprint.com.br

Gumtac(21) 2450-9707www.gumtac.com.br

HP(11) 4197-8000www.hp.com.br

Indexflex(11) 3618-7100www.indexflex.com.br

Punch Graphix(11) 4195-9997www.punchgraphix.com

SetPrint(11) 2133-0007www.setprint.com.br

Stora Enso+1-715-345-8060www.storaenso.com

Vilac(19) 3741-3300www.vilac.com.br

MAIS FRAGMENTAÇÕESGeléias e lubrificantes automotivos são exemplos de categorias nas quais as linhas de produto são progressivamente segmentadas, impulsionando

aplicações de rótulos impressos em sistemas digitais

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etomado com força há quase quatro anos, o estratagema das embalagens retornáveis da Coca-Cola brasileira respinga

cada vez mais sobre outros refrigerantes da companhia que não o carro-chefe homô-nimo. Mesmo sem números oficiais da Coca-Cola, tudo leva a crer que as garrafas de vidro retornáveis de Fanta com design exclusivo, lançadas no fim de 2005, vêm desempenhando bem seu papel. Da estréia em praças restritas do país, as embalagens, nos volumes de 290 mililitros e 1 litro, invadiram em julho os pontos-de-dose e os pequenos varejos paulistas.

As novas retornáveis de Fanta possuem gargalo ondulado, em formato de balão. Essa espécie de domo destaca “verrugas” em alto relevo, que, além de diferenciarem a garrafa, facilitam sua pega. Batizada de Splash pela Coca-Cola, a silhueta foi pri-meiramente adotada nas garrafas de PET da marca, e trasladou-se para o vidro nas versões para consumo individual (além da garrafa de 290 mililitros, foi lançada uma com 200 mililitros). No início de 2006, a família de retornáveis Splash cresceu com a introdução dos tamanhos 1 litro e 1,25 litro.

Com o mesmo propósito das garrafas retornáveis de Coca-Cola, atingir as classes C e D, os novos vasilhames de Fanta são precificados, isto é, contam com marcação de preço sugerido nas tampas. Seus focos comerciais são bares, padarias, minimerca-dos e quitandas.

Alinhamento mundialConforme explica a assessoria de imprensa da Coca-Cola, a conversão de todas as garra-fas da marca Fanta ao formato Splash, retor-náveis a tiracolo, é uma iniciativa mundial.

Para a Owens-Illinois do Brasil, forne-cedora das garrafas retornáveis em questão e de outras embalagens de vidro para a Coca-Cola, o investimento no vaivém de vasilhames para refrigerantes tem sido cres-

cente. “A garrafa de vidro é extremamente competitiva: tem uma vida média de trinta vezes de retorno, além de ser reciclável”, argumenta Márcio Américo Palmeira, da área comercial da O-I do Brasil. O pro-fissional não revela o volume, mas diz que, com a estratégia dos fabricantes de comercializar produtos com preços mais em conta, houve um aumento expressivo do share das garrafas retornáveis no mer-cado de refrigerantes. As tampas metálicas da Fanta são fornecidas pelas empresas Mecesa, Aro e Tapon Corona.

A Coca-Cola prepara novidades para ampliar o sortimento de retornáveis. Na fila de lançamentos ainda para este ano estão o Kuat Zero e o Sprite Zero. Desta vez ofi-ciais, informações dão conta de que o siste-ma Coca-Cola Brasil registrou um aumento de 7% nas vendas do segundo trimestre de 2006, em comparação às do mesmo período do ano passado, e que o crescimento da divi-são brasileira foi superior à média global das operações da empresa, de 4%. Certamente as retornáveis têm mérito nisso. (DM)

vidro >>> refrigerantes

RRetornáveis de Fanta ganham ondas e novos mercados

Amigo vaivém

Aro(11) 6462-1700www.aro.com.br Mecesa(85) 4009-2244www.mecesa.com.br

Na disputa pela preferên-cia nacional no segmento de guaranás, a Coca-Cola também aposta nas embalagens de vidro retornáveis com dife-renciação no formato. Fabricadas pela Owens-

Illinois do Brasil, as gar-rafas de 200 e 290 mili-litros, 1 litro e 1,25 litro do guaraná Kuat ganha-ram uma decoração em alto relevo, que destaca folhas de guaraná, um equity da marca.

Folhas realçadasGarrafas de Kuat ganham alto relevo

BULBO – Garrafa Splash é projeto

mundial para a Fanta

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AÇÃO

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Tapon Corona(11) 3885-8662www.tapon-corona.com.br

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ucesso retumbante na Austrália, onde já abocanha mais de 50% do mercado, e em franca ascensão nos países europeus e nos Estados

Unidos, o vinho em bag-in-box dá importantes passos para se firmar no neófito mercado brasi-leiro. Instalada em Vinhedo (SP), a sucursal da americana Scholle, referência nessa embalagem que, como o próprio nome em inglês denuncia, consiste em bolsas plásticas conformadas em caixas de papelão, vem fechando negócios com diversas vinícolas nacionais nos últimos meses. Em setembro de 2004, quando EMBALAGEM-MARCA publicava reportagem sobre o tema, nenhuma vinícola utilizava o bag-in-box. Hoje elas já são dezoito, e um significativo contrato acaba de ser fechado com a Cooperativa Viníco-la Aurora, maior produtora de vinhos do país.

Aproveitando a ocasião da ABAD 2006, feira da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores realizada no início de agosto em Curitiba, a Aurora apresentou ao mercado suas variedades Cabernet Sauvignon e Chardonnay

híbridas >>> vinhos

S

Bag-in-box começa a deslanchar no mercado vinícola nacional como meio de explorar o consumo por taça e represar a invasão das marcas dos vizinhos

Estilingue e escudo

de sua principal grife, a Marcus James, em bag-in-box.

No entender da Aurora, a nova embalagem será uma ferramenta para difundir o hábito do consumo diário de vinhos entre os brasileiros. Com volume de 3 litros, o equivalente a quatro garrafas convencionais da bebida, o bag-in-box conta com uma válvula plástica especial, que facilita a dosagem ao mesmo tempo em que impede a entrada de ar, evitando a oxidação e prolongando a vida do produto. “Esse é o grande diferencial”, aponta Lourdes Conci, gerente de marketing da Aurora. “Com o bag-in-box é pos-sível consumir de uma ou duas taças diariamente sem desperdício, uma vez que, após aberto, ele conserva o vinho por trinta dias mantendo todas as suas características.” O formato da embala-gem permite o armazenamento em geladeira.

Além de garantir o consumo paulatino nos lares, o bag-in-box acena ainda com outro aspecto promissor para a massificação do hábito da dose diária. “Queremos que o bag-in-box motive o consumo em taças nos restaurantes”,

HÁBITO – Com bag-in-box, Aurora quer esti-

mular o consumo diário de Marcus James, sua

principal marca

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comunica Nelson Casarin Jr., da Dom Candido, vinícola que a exemplo da Aurora acaba de lançar um vinho em caixa. “Buffets de festas também procuram cada vez mais vinhos de boa qualidade a preço acessível, e são um canal para a embalagem”, adiciona Gerson Aparecido Arcos, gerente de exportações da indústria de bebidas Alberto Belesso, de Jundiaí (SP), que desfraldou em julho uma versão encaixotada de seu vinho fino Belesso Cabernet Sauvignon, produzido no Vale dos Vinhedos gaúcho.

A Belesso, a propósito, dá um providencial exemplo de como as vinícolas começam a enxergar o bag-in-box como veículo para vinhos mais nobres, e não somente como alternativa aos garrafões para vinhos populares, como ocorria há alguns anos. Antes do novo Cabernet Sau-vignon, a empresa lançara, no fim de 2004, uma linha de vinhos de mesa em bag-in-box com a marca São Marcos, com visível apelo econômi-co – a caixa de 5 litros da bebida até destacava o ganho de 400 mililitros obtido na comparação com o tradicional garrafão de 4,6 litros. A Val-duga seguia trilha parecida. “Nosso foco inicial era justamente atender os restaurantes, porém observamos uma excelente aceitação pelo con-sumidor final”, afirma Juarez Valduga, diretor geral da Casa Valduga. “Por isso, partimos para a distribuição do produto também em lojas de vinhos e supermercados.”

Barreira aos importadosDepois da boa acolhida de seus vinhos Cabernet Sauvignon e Chardonnay em bag-in-box, lança-dos há um ano, a Valduga acaba de lançar mais uma variedade em caixa, a Cabernet Suave. “Os produtores estão acordando para o binômio vinho de qualidade e bag-in-box”, comenta João Carlos Taffarel, sócio-diretor da gaúcha Vinhos Finos Velha Cantina. “Por ser uma embalagem mais barata que a tradicional, o bag-in-box pode auxiliar os vinhos finos nacionais, que, pelas tributações e pelo câmbio, estão fortemente prejudicados pela concorrência desleal com os vinhos importados, principalmente os vindos da Argentina e do Chile”.

A Velha Cantina pode ser considerada uma espécie de porta-bandeira da atual fase de ascen-são do vinho brasileiro em bag-in-box. Segundo Taffarel, a vinícola mantém conversações com a Scholle desde 1994. Após uma série de estudos, sua embalagem foi introduzida no mercado

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em janeiro de 2005, com a instalação de uma máquina própria de envase, criada pela Sava Equipamentos Industriais, também da região do vale vinícola gaúcho, em parceria com a Scholle. Atualmente, a máquina é compartilhada com outras três vinícolas – Valmarino, Cave de Amadeu e Scopel. “O equipamento torna o bag-in-box viável à realidade dos pequenos e médios produtores”, divulga o engenheiro Carlos Alber-to Sanches, sócio-diretor da Sava. Semi-auto-mático e de pequeno porte, o equipamento é capaz de envasar até 150 bags de 5 litros por hora e vem substituindo a linha de alta cadência que a Scholle oferece aos compradores de suas embalagens em regime de comodato – máquina utilizada pelas vinícolas de maior porte como a Casa Valduga e a Aurora.

Ansiosa quanto ao desempenho de seu bag-in-box, a Aurora aposta na força da grife Marcus James e numa mãozinha de suas embalagens originais. Explica-se. Seguindo uma idéia em voga no mundo todo para familiarizar o consu-midor com o conceito de vinho em bag-in-box, as tradicionais garrafas de vidro da marca ocu-pam papel de destaque na impressão das caixas, feita pela Igel. “É compreensível, pois o charme imagético da garrafa de vinho é muito forte”, aponta o enólogo Lucas Guerra, da Monte Reale, outra vinícola a ter adotado o bag-in-box recentemente.

Na Scholle, que também mantém forte pé nas embalagens post-mix da Coca Cola, em embalagens assépticas para aplicação industrial e em sistemas de exportação a granel de alimen-tos, a previsão de safra favorável continua. “O crescimento do bag-in-box para vinhos no Bra-sil, nos últimos anos, só tem paralelo com o que aconteceu em países como Suécia e Rússia”, diz Roberto Bucker, diretor-presidente da Scholle América Latina. “A tendência é de evolução de 20% em três a cinco anos.” (GK)

De gole em goleAlguns dos vinhos nacionais que aderiram ao bag-in-box

Alto Vale Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Cabernet SuaveCasa Valduga

Lançamento: agosto de 2005 (Cabernet e Chardonnay) e agosto de 2006 (Cabernet Suave)

Impressão: Tipograf

CordignanoVinhos Finos

Velha Cantina

Lançamento: janeiro de 2005

Impressão: Várias gráficas

Candido Valduga (CV)

Cabernet Sauvignon

Vinícola Dom Candido

Lançamento: julho de 2006

Impressão: Carton Pack

Belesso Cabernet SauvignonAlberto Belesso

Lançamento: julho de 2006

Impressão: Litografia Bandeirantes

Monte Reale Tinto de Mesa

Seco, Tinto Suave, Branco Seco e Branco Suave

Monte Reale

Lançamento: junho de 2005

Impressão: Metagraf

TreFradéi Cabernet +

MerlotVinícola

Valmarino

Lançamento: novembro

de 2005

Impressão: Tipograf

Carton Pack(51) 2118-3900www.cartonpack.com.br

Igel(51) 3041-8300www.igel.com.br

Litografia Bandeirantes(11) 4582-5151www.litoband.com.br

Metagraf(54) [email protected]

Sava Equipamentos(54) [email protected]

Scholle(19) 3826-8800www.scholle.com.br

Tipograf(54) [email protected]

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total da garrafa, impedindo a entrada de oxigênio e mantendo inalteradas as pro-priedades dos vinhos. Como meio de proteção e de garantia de autenticidade, a tampa de vidro é envolvida por uma cápsula de alumínio.

Há quatro meses, sob o nome comercial Vino-Seal, e com cápsulas de aço em vez das de alumínio, a rolha de vidro da Alcoa CSI estreou no mercado vinícola americano. A mais recente adepta dessa tampa por lá é a californiana Léal Vineyards. “Evitar o TCA é o mais importan-te benefício, mas o visual elegante da tampa de vidro ajuda a compor uma emba-lagem de ponta”, diz Frank Léal, proprietário da viní-cola. (GK)

ara horror dos sommeliers, estudos apontam que as perdas de vinhos engarra-fados por problemas com

as rolhas de cortiça – sobretudo pela chamada “síndrome da rolha podre”, também conhecida pela sigla TCA (vide EMBALAGEMMARCA nº 61, setem-bro de 2004) – já superam os 10% da produção anual. Diante disso, alternati-vas para o fechamento de vinhos como a rolha de vidro Vino-Lok, da Alcoa CSI, têm ganhado força. Lançada há quase dois anos na Europa, hoje ela já é utilizada por mais de 500 produtores de vinhos ao redor do mundo. Agora, chega ao mercado brasileiro.

Inicialmente, a Alcoa CSI brasilei-ra oferecerá a Vino-Lok às vinícolas nacionais sob importações provenien-tes da Alemanha. A tendência é que o Brasil se torne o hub para a expansão da tampa na América do Sul, abaste-cendo produtores chilenos, argentinos e de outros países vizinhos.

Com design moderno, a tampa de vidro Vino-Lok é de simples aplicação e garante fácil abertura pelo consu-midor, sem necessidade de uso de saca-rolhas. Propicia a vedação

fechamentos >>> vinhos

Tampa de vidro para vinhos desembarca no Brasil

Olá, Vino-Lok

P

Outra opção em altaTampa de rosca assedia vinhos australianos

APORTE – Agora disponível no Brasil,

Vino-Lok já é utilizada por mais de 500 marcas

mundo afora, como a Léal

De olho no mercado da Oceania, a Alcan inaugurou em julho uma fábrica de tampas de rosca de alu-mínio para vinhos Stelvin, em Adelaide, Austrália. Orçada em cerca de 35 milhões de reais, a unidade emprega sessenta pessoas. “A Stelvin faz sucesso devido à praticidade e ao desempenho superior quan-do comparada às rolhas”, diz Christel Bories, CEO da Alcan Packaging. Um grande canal para a Stelvin é a meia-garrafa para consumo em aviões e hotéis.

Alcoa CSI(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Alcan Packaging(11) 4075-6500www.stelvin.pechiney.com

Stelvin: olho na Oceania

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32 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Convertedores toureiam…Dado o aumento de 12% no preço das resinas termoplásticas, anunciado no início de agosto pelas petroquímicas, os transformadores de plásticos aprovaram uma nova diretriz para o setor, que reco-menda o repasse imediato e integral dos reajustes para os clientes diretos.

…e reajustes não acabam“Não podemos correr o risco de parar a produção, mesmo porque embalagem é um item de primeira necessidade no mo-delo atual de comércio. Não dá para ima-ginar nenhum produto sem ela”, disse Rogério Mani, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (ABIEF). Vale lembrar que as resinas sofrerão novo reajuste em setembro.

LatinCan aquiO LatinCan’ 2007 será no Brasil, simul-taneamente ao encontro anual da As-sociação Internacional de Embalagem (IPA), que deverá reunir fabricantes de embalagens metálicas de todos os con-tinentes. É o que diz Luiz Barbosa, repre-sentante da LatinCan no Brasil.

Novos adesivos na Henkel Com base em tecnologia alemã, a Henkel está lançando os primeiros adesivos do mercado brasileiro que vedam caixas plásticas transparentes de poliéster ou polipropileno. Os produtos, Technopur CB 2004 e Technopur CB 2005, garantem aplicação isenta de bolhas e evitam que os produtos fiquem amarelados quando expostos aos raios UV.

Absolutamente novoAgência de design gráfico especializada na valorização de marcas, a Design Ab-soluto lançou seu novo portal na inter-net (www.designabsoluto.com.br). Entre os clientes da agência estão Unilever, Hershey’s, Danone, Elma Chips e Kibon.

Termocolor investeA fabricante de masterbatches Termo-color modernizou o seu parque fabril de Diadema (SP). Novas extrusoras dupla-rosca foram adquiridas e os equipamen-tos de laboratório receberam atualização tecnológica.

A fim de promover a embalagem de vidro, a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (ABIVIDRO) começa a realizar blitze em mais de 700 bares e restaurantes de Salvador, São Paulo, Recife e Rio de Janeiro. Com o mote “Embalagem de vidro: amiga do homem e da natureza”, a ação envolve a abordagem de clientes por promotores em estabelecimentos. Ao parti-ciparem de uma gincana, os participantes recebem um copo de vidro da Nadir Figueiredo com o slogan da cam-panha e a logomarca da Abividro. Iniciada em agosto, a ação se estenderá até setembro.

Blitze em favor do vidroEntidade de classe lança ação para promover embalagens

23%

12%

2%

19%

14%

14%

1%

2% 4%3%

6%

EUAChinaFrançaAlemanhaItáliaJapãoOutrosRússiaEspanhaSuíçaReino Unido

A Confederação dos Fabricantes de Máquinas de Embalagens (COPAMA) acaba de consolidar sua mais recente radiografia das vendas de equipa-mentos de embalagens no mundo, referente ao ano de 2004. Os Estados

Unidos lideram o ranking, pelo décimo ano consecutivo, com vendas totali-zando 6,413 bilhões de dólares – ou 23% das vendas mundiais de maqui-nário da área. Veja abaixo os quinhões dos principais países.

Para variar, americanos na pontaEstados Unidos são os líderes em máquinas para embalagem

Em volume, evolução vegetativa. De acordo com o economista Salomão Quadros, coordenador de análises eco-nômicas da FGV, a produção física da indústria de embalagens deverá crescer de 1,2% a 1,8% em 2006. O primei-ro semestre registrou crescimento de 0,55% no quesito, com destaques para o vidro (aumento de 8,94% em produ-ção física) e para as metálicas (evolução de 4,59%). O setor deve fechar 2006 com faturamento de 33 bilhões de reais,

5,43% a mais que o de 2005. Os núme-ros foram divulgados no fim de agosto, num evento realizado pela Associação Brasileira de Embalagem (ABRE). Dado alentador: as exportações de embala-gens vazias cresceram 25,85% no pri-meiro semestre, com forte desempenho da indústria de metálicas (65,58%) e papel e papelão (65,53%). “O cenário é favorável pelo aumento do crédito e do poder de compra e pela queda dos juros e da inflação”, apontou Quadros.

Um viés moderado de melhoraEm faturamento, embalagens deverão crescer 5,43% em 2006

Copo: o brindeda campanha

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Líder mundial na produção de latas para bebidas, a Rexam anunciou que instalará uma nova fábrica na América do Sul, no Pólo Industrial de Manaus. Orçada em 33 milhões de dólares, a unidade produzirá tampas para o mercado doméstico e iniciará suas operações no começo de 2007, abrin-do 120 postos de trabalho. Segundo André Balbi, presidente da Rexam no setor de latas para bebidas na Améri-ca do Sul, o novo projeto aumentará a presença da fornecedora numa importante região do país. “A idéia é estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes, atendendo-os de forma ágil, com as melhores opções

de embalagens a preços competiti-vos”, afirma Balbi. “E a logística, sem dúvida, tem um papel importante nessa estratégia.”

Edição: Guilherme Kamio

Produtora de resinas termoplásticas de rápida degradação, oriundas de fontes naturais renováveis como milho e amido de batata, a califor-niana Cereplast fechou um acordo de distribuição com a fabricante de

embalagens IraPlast, de Iracemápo-lis (SP). É a primeira parceria inter-nacional da empresa americana. “Já existem indústrias brasileiras testan-do embalagens feitas com a resina da Cereplast”, revela Paulo César Demarchi, sócio-proprietário da Ira-plast. Segundo ele, os bioplásticos da Cereplast podem ser utilizados na produção de embalagens inje-tadas, sopradas e termoformadas. Descartáveis e refis de cosméticos estão entre os principais alvos da parceria.(19) 3456-2039 • www.cereplast.com

Mais bioplásticos aquiAtravés de parceria, Cereplast ingressa no Brasil

“O incômodo, infelizmente, acaba respingando no envasador, pois há uma natural associação entre a embalagem ruim e a marca do produto embalado”

Carlos Alberto Lancia, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas

Minerais (ABINAM), expressa na Plásticos em Revista de julho a insatisfação

do setor com os filmes termoencolhíveis (shrinks). Segundo ele, as perdas

decorrentes do rompimento das películas plásticas chegam hoje a 5%.

Rumo à AmazôniaNorte brasileiro ganhará fábrica de tampas da Rexam

Descartáveisde bioplástico

Rexam farátampas em

Manaus

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atas cônicas não chegam a cons-tituir uma grande novidade para quem atua na seara das metalgrá-ficas. Embalagens de aço cuja

base tem diâmetro inferior ao do bocal foram lançadas no Brasil em 2000, pela metalgráfica gaúcha Renner. O aspecto de cone visava gerar economia de espaço na área de estoca-gem, prerrogativa cada vez mais desejada por profissio-nais de logística e distribui-ção de indústrias usuárias de embalagem. Agora, uma segun-da geração de latas cônicas está sendo lançada pela Metalgráfica Renner, prometendo avanços técnicos em relação àquelas divulgadas anos atrás.

Em primeiro lugar, os novos acondiciona-mentos são constituídos de duas peças – corpo e tampa. Trata-se de uma diferença impor-tante em relação à primeira geração de latas cônicas, que eram produzidas em três peças – fundo, corpo e tampa. Gilmar da Luz Rocha, gerente comercial da Metalgráfica Renner, afirma que a mudança amortizou o consumo de folhas e a porcentagem de sucata gerada. “Também é possível obter, com um número menor de passadas em máquina, uma área mais ampla de impressão, inclusive no fundo da embalagem”, fala Rocha.

Outra vantagem da redução do número de peças está ligada aos aspectos de vedação da lata cônica. Sem a solda lateral e com uma única peça compondo seu fundo e corpo, a lata é “totalmente estanque”, nas palavras do gerente comercial da Renner. Rocha observa que essa característica permitiu desenvolver um sistema de fechamento a vácuo. Com ele, a estanqueidade da embalagem seria total, evi-tando a entrada de oxigênio na lata e garantin-do a conservação do produto acondicionado por mais tempo.

“A tampa convencional não confere essa propriedade. Ela somente fecha mecanica-

metálicas >>> processos

LMetalgráfica Renner lança nova geração de latas de aço cônicas

Agora em duas peças

mente a lata, mas possibilita vazamentos e a entrada de oxigênio”, comenta Rocha.

A característica de vedação é essencial em dois mercados-alvo vislumbrados pela Metalgráfica Renner para suas latas cônicas: tintas gráficas e alimentos. No primeiro caso, o fechamento a vácuo impede a criação da chamada casca oxidada. Já na indústria de alimentos, a barreira contra oxigênio conserva as propriedades nutricionais dos produtos por mais tempo.

Quanto ao ganho de espaço na área de estocagem, que era de 62% nas latas lançadas em 2000, o gerente comercial da Metalgráfica Renner afirma que ele subiu para 82%, graças à otimização do encaixe de uma lata sobre a outra, diminuindo a altura da pilha de embala-gens. Por fim, Rocha afirma que a conicidade das embalagens foi ampliada com ajuda da chamada estampagem profunda. “É o pro-cesso de conformação da folha-de-flandres que repuxa o material ao limite do seu escoa-mento, na maior profundidade que o material suporta sem romper.” (LH)

Metalgráfica Rennerwww.metalgraficarenner.com.br(51) 3489-9700

ESPAÇO Ganho na áreade estocagem subiu para 82%

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38 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

De tubaínas dispersasa emergentes associadas

entrevista >>> Antonio Carlos Franchini Filho

ma boa e uma má notícia para as marcas líderes de refrigerantes. A boa é que de cerca de dois anos para cá as vendas dos refrigerantes regionais estacionaram na casa dos 29% do volume de vendas do

setor, freando uma escalada iniciada no início dos anos 90 rotulada como “tubainização do mercado”. A ruim: os donos das marcas emergentes decidiram se unir e criar uma entidade de classe própria, para brigar por mercado e estimular a adoção do marketing agressivo em seus modelos de negócios.Fundada em meados do ano passado, a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (AFREBRAS) já pleiteia revisões tributárias junto ao governo e, no terreno do marketing, planeja lançar embalagens mais vendedoras para competir com as multinacionais. Seu vice-presidente, Antonio Carlos Franchini Filho – mais conhecido como Kakalo, diretor da Franchini Indústria e Comércio Ltda., de Franca (SP), detentora dos refrigerantes Fors –, deu a seguinte entrevista a EMBALAGEMMARCA.

Por que a AFREBRAS foi criada?Alguns pontos levavam nosso setor ao desespero. Os pequenos fabricantes de refrigerantes ficavam desagre-gados, afastados uns dos outros, e acabavam tendo uma força muito aquém daquela que deveriam ter. Isso nos trouxe desvantagens tributárias e falta de estratégias cole-tivas, o que acabou provocando o fechamento de mais da metade das empresas de nosso segmento. Em 2000 havia 830 fabricantes regionais de refrigerantes no Brasil. Hoje, temos 304. Por isso, resolvemos nos unir para ganhar maior organização e dispor de uma palavra de força, que pudesse ser ouvida com credibilidade.

Quais os critérios para uma marca de refrigerantes ser considerada regional?O fabricante regional é basicamente o pequeno fabricante. Convém esclarecer que no nosso ramo não existem produ-tores médios, dada a elevadíssima concentração de merca-do. Há as megaempresas, multinacionais, e as pequenas. Por maiores que elas sejam, as pequenas não chegam a atingir um grau que possa ser considerado médio e inva-riavelmente suas distribuições não atingem a totalidade do mercado nacional. Abrangemos desde empresas com ven-das médias mensais de 10 000 pacotes a 15 000 pacotes de refrigerante até aquelas com 800 000 pacotes, 1 milhão de pacotes por mês. É um leque bem diversificado.

Quais as reivindicações da AFREBRAS em relação à carga tributária que incide no setor?Buscamos justiça tributária, ou seja, proporcionalidade. Hoje o sistema tributário brasileiro, em nível federal – IPI, PIS e COFINS –, baseia-se em cotas fixas. A tribu-tação sobre o preço de venda do meu produto é a mesma sobre os preços do das grandes corporações. O IPI, por exemplo, tem valor fixo de 1,43 real por pacote. Ele vale tanto para o fabricante regional, que vende um pacote a 9 reais, quanto para uma multinacional, que vende um pacote a 13 reais, 14 reais. Resumo: a carga tributária sobre os pequenos acaba sendo proporcionalmente maior. Hoje, a tributação por valor agregado sobre um regional fica numa média de 54,06% do que ele gera de divisas. Enquanto isso, nas gigantes esse número cai para 45,6%. Sabendo de distorções como essas, decidimos oficializá-las. Contratamos o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Foi feita uma radiografia do nosso mercado no que tange à questão tributária. Com o estudo

União de marcas regionais, a Associação dos

Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (AFREBRAS)

quer beliscar os calcanhares das multinacionais do

setor. O vice-presidente da entidade explica como

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em mãos, procuramos a Receita Federal, alguns senadores e deputados, a fim de sensibilizá-los. Não queremos van-tagem nenhuma. Queremos apenas poder jogar com fair play. Aguardamos resultados.

Como demonstra o caso da Coca-Cola, os grandes fabricantes vêm apostando nas embalagens retornáveis de vidro como forma de conter o avanço das marcas regionais. É uma estratégia ameaçadora, na avaliação da AFREBRAS?No nosso ponto de vista a estratégia é válida, pois a garrafa retornável é mais rentável. Mas se ela objetiva recuperar share ou criar reserva de mercado ela é equivocada, pois a grande maioria dos regionais já possui linhas de envase de garrafas retornáveis. O vidro poderia ser uma barreira cinco, dez anos atrás, mas não é mais. Quem não tem linha própria dispõe de uma grande facilidade de terceirização, até pela união que surgiu com a Associação. É possível envasar em um fabricante próximo, aproveitando a ocio-sidade da linha. Hoje não há dificuldade nenhuma para o fabricante regional implantar o uso da garrafa retornável. Inclusive nós temos na AFREBRAS um projeto de criação de uma garrafa de vidro universal para as regionais. Uma garrafa personalizada para as empresas do nosso porte já demonstra a força resultante de nossa união.

Muitas marcas regionais ficaram conhecidas pelas garra-fas de vidro de cor âmbar. Essa garrafa ainda é bastante utilizada pelos fabricantes do setor?A garrafa âmbar ainda é utilizada em algumas regiões do país, principalmente para atingir as classes de menor renda. A situação atual já não é aquela do passado, mas, por estimativa, já que não temos um número oficial, acredito que a embalagem típica de cerveja não chega a representar 5% das embalagens utilizadas pelo setor.

Uma das funções da nova garrafa de vidro identificada com o refrigerante regional seria substituir esse residual de garrafas âmbar?Isso. A intenção é exatamente agregar valor. Sabemos que a garrafa âmbar sofre uma rejeição muito grande do consumidor, pois é muito vinculada à cerveja. Algumas marcas regionais já têm seus vidros personalizados, mas há aqueles que não têm condição de bancar designs próprios. O projeto surgiu também pensando nesses pro-dutores. Eles terão uma garrafa diferenciada, com maior valor agregado, de fácil aquisição. O projeto foi intensa-mente discutido no primeiro congresso do setor que nós realizamos, o CONFREBRAS (realizado em novembro de 2005) e está aí, à espera. Se a volta maciça da embalagem de vidro ao mercado se confirmar, ele poderá agir com bastante força.

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40 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Parece que a participação da garrafa de PET, embalagem associada ao crescimento dos refrigerantes regionais, caiu ligeiramente nos últimos anos. Trata-se de uma estratégia do setor para fugir um pouco dos progressivos aumentos de preços dos plásticos?A participação da garrafa de PET no segmento diminuiu, sem dúvida. Mesmo sem estatísticas oficiais, creio que o share atual deva ser de 60%, 65%. Já foi maior. Certas empresas de fato optaram por ampliar o mix de embalagens por estratégia, mas con-sidero importante ressaltar que sem-pre tivemos um canal aberto não só com os fornecedores de resinas, mas com toda a cadeia do plástico. Procuramos utilizar esse diálogo, essa abertura toda, para minimizar o impacto dos repasses. Além de gerar força nas conversações com fornecedores, já que o poder de bar-ganha das multinacionais é muito maior, a Associação também serve como um fórum de informações. Os associados sempre são alerta-dos: “Olha, logo haverá um repasse, então é melhor você se preparar, se antecipar a possíveis reajustes”.

Em que pé se encontra a atual estrutura produtiva de embalagens de PET dos fabricantes regionais de refrigerantes? A maioria das empresas já conta com sopradoras próprias?Sim. Grande parte dos fabricantes tem sopradora em fábrica. As sopradoras, periféricos e outros equipamentos de embalagem tornaram-se mais acessíveis nos últimos anos. Uma sopradora de pequeno porte não sai caro para o produtor regional. Porém ainda temos algumas empresas que utilizam terceiros para o suprimento de embalagens e outros praticando a modalidade in-house.

A lata de aço, agora produzida em duas peças, ensaia uma retomada de espaços no mercado brasileiro de bebidas. Considerando o aspecto custo, essa nova latinha poderá ser uma embalagem atraente para as marcas regionais?Veja só: já foi difícil para o pequeno produtor consumir latinhas de alumínio no passado, mas isso também desa-pareceu. Não existem mais embalagens inalcançáveis pelos refrigerantes regionais. Novamente não disponho de um número certeiro, mas um volume significativo de marcas de nosso segmento utiliza latas, e a adesão cresce

a cada dia. Embora a lata já não represente nenhuma difi-culdade para o pequeno fabricante, certamente a embala-gem de aço de duas peças poderá facilitar ainda mais seus negócios.

A distribuição limitada, com uma qualidade de abaste-cimento diferente daquela das multinacionais, sempre é

destacada como uma das razões do sucesso dos refrigerantes regionais. Quais os princípios desse modelo?Uma quantidade maciça de fabri-cantes regionais tem uma tradição muito grande. São empresários que estão no mercado de bebidas há muito tempo e que são conhecidos há muitos e muitos anos, cada um em sua respectiva região. O aten-dimento é totalmente diferenciado. O cliente já conhece a empresa. Tem amizade com os proprietá-rios. É um tipo de atendimento que jamais uma grande corporação poderá oferecer, até pela dificulda-de implicada pelos seus modelos de atendimento nacional. Enquanto as multinacionais pronunciam custo-mer intimacy, falamos em negócios lado a lado com a clientela. Essa proximidade também reverte favo-ravelmente no que diz respeito ao consumidor final.

Como assim?Nosso consumidor muitas vezes

demonstra uma espécie de bairrismo. Já detectamos muitas vezes a questão do “ah, esse fabricante é daqui, é da nossa região, então temos que prestigiá-lo”. É um comportamento que varia de intensidade de acordo com a região. No Paraná e no interior de São Paulo esse senti-mento é muito forte. Como mantínhamos no passado certa distância, agora percebemos de forma mais palpável, nas reuniões e conversas, como isso é importante.

Da mesma forma que ocorre com as emergentes cerveja-rias pequenas e médias que vêm crescendo no Brasil, os quadros das empresas de refrigerantes regionais também são compostos por profissionais egressos das grandes corporações?Não sei se é a maioria, mas uma parcela significativa de proprietários dos refrigerantes regionais vem de experiên-cias em grandes empresas do setor de bebidas. É por isso que o respeito às pequenas vem crescendo nas grandes

entrevista >>> Antonio Carlos Franchini Filho

“A maioria dos

fabricantes regionais já

possui linhas de envase

de garrafas retornáveis.

O vidro poderia ser

uma barreira cinco, dez

anos atrás, mas não

é mais. Inclusive nós

temos o projeto de uma

embalagem de

vidro universal para

nossas marcas”

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corporações, até porque elas sabem que por trás das mar-cas regionais tem gente qualificada, com know how, que sabe como as coisas funcionam na concorrência e que já viveu a realidade do outro lado.

A união em torno da AFREBRAS facilita a promoção das marcas dos fabricantes? É um projeto da Associação?Com a fundação da Associação nós passamos a focar de modo muito forte a valorização da marca, até porque a briga no nosso mercado se torna cada vez mais acirrada. Alguns fabricantes, antes da AFREBRAS, não tinham visão de valor de marca, de valor de produto, junto ao consumidor. Pregamos, em todas as reuniões e em todas as assembléias, a importância dos investimentos em marke-ting, na marca de cada um. No próprio CONFREBRAS nós promovemos duas palestras de marketing, com profis-sionais gabaritados, falando de inovação tecnológica, de marketing através da embalagem, de promoção. Queremos que os associados invistam cada vez mais em suas marcas, já que elas são os maiores valores dos fabricantes.

É possível conciliar os altos investimentos em marketing com preço baixo, aspecto que parece ser fundamental para as marcas regionais?Vale dizer que é cada vez mais escassa a parcela dos fabri-cantes que trabalham exclusivamente focados em preço. O preço baixo já foi o grande atrativo dos refrigerantes regionais, mas podemos apontá-lo como o grande respon-sável pela quebradeira de mais da metade das empresas do setor. Os preços dos refrigerantes regionais e das grandes marcas se aproximaram à medida que nós nos aprimora-mos e investimos para justificar essa proximidade. Quem não trabalhava marca e qualidade desapareceu.

Na prática, qual vem sendo o discurso para incutir nos associados essa necessidade de investimento na promoção das suas marcas?As conversas mais contundentes sobre reposicionamen-to das estratégias de vendas começaram mesmo no CONFREBRAS, como já mencionei, mas desde então elas vêm caminhando consistentemente. Reforçando, nós estamos orientando o setor a olhar menos para o preço, e já temos marcas que concorrem preço a preço com as das grandes corporações. Não é difícil chegar a uma rede de varejo e encontrar um refrigerante regional com mínima diferença de preço ou até com o mesmo preço do refrigerante de grande marca. A mesma trilha é percorrida em termos de apresentação de produto. Vemos que quem está sobrevivendo é quem se preocupa com inovações em embalagem – formatos diferenciados, rótulos atraentes, enfim, produtos desenvolvidos. (GK)(Colaborou Leandro Haberli)

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42 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Design Alimentos DocesNescau Edição LimitadaVencedor: FutureBrandDesign: FutureBrand • (11) 3821-1166 • www.futurebrand.com Convertedores:Cia. Metalúrgica Prada • (11) 5682-1000 • www.cabenalata.com.br Sonoco For-Plas • (11) 5097-2750 • www.sonocoforplas.com.br Usuário: Nestlé

m evento que reuniu cen-tenas de representantes da cadeia de embalagens na noite de 23 de agosto, no

Espaço Contemporâneo, em São Paulo, foi entregue o 6º Prêmio ABRE de Design & Embalagem. Promovido pela Associação Brasileira de Embalagem, o concurso tem como objetivo incenti-var o desenvolvimento da embalagem nacional e o crescimento de todos os elos desta cadeia produtiva, além de estimular o interesse da indústria em investir em novos projetos e reconhe-

cer as empresas que investiram no apri-moramento das embalagens de seus produtos.

De acordo com a ABRE, foram ins-critas 310 embalagens, que concorre-ram nos módulos Design, Embalagem e Estudante, divididos em 27 catego-rias, incluindo o voto popular, resulta-do da escolha dos visitantes da Fispal Tecnologia, realizada em junho último em São Paulo. A avaliação técnica das embalagens foi feita por um grupo de profissionais especializados em diver-sas áreas do segmento de embala-

gem. A citação como vencedor cabe à empresa que inscreve o projeto.

Instituído em 2001, o Prêmio ABRE tem apoio da ULADE – União Latino-Americana de Embalagem e do Programa Brasileiro de Design do Ministério de Desenvolvimento da Indústria e do Comércio. As embala-gens vencedoras, apresentadas a seguir, serão expostas em outubro na Pack Expo 2006, em Chicago, e concorrerão ao WorldStar, prêmio internacional do setor realizado pela WPO – Organização Mundial de Embalagem. (FP)

evento >>> prêmio abre

EAgências de design, convertedores e empresas usuárias são premiadas pela Associaç ão Brasileira de Embalagem

Inovação e funcionalidade reconhecidas

Design Alimentos SalgadosVonoVencedor: Oz DesignDesign: Oz Design • (11) 5112-9200 • www.ozdesign.com.br Convertedor: Inapel Embalagens • (11) 6462-8800 • www.inapel.com.br Usuário: Ajinomoto

Design Bebidas AlcoólicasRum Montilla Limão

Vencedor: CCL LabelDesign: 100% Design • (11) 3032-5100 • www.100porcento.net

Convertedores: Guala Closures • (11) 4166-2402 • www.gualaclosures.com

CCL Label • (19) 3876-9300 • www.ccllabel.com.br CIV • (11) 2172-7400 • www.civ.com.br

Usuário: Pernod Ricard

Design Bebidas Não-AlcoólicasGarrafa de Alumínio M5Vencedor: Coca-ColaDesign: Coca-ColaConvertedores: Exal • +54 (2322) 496-226 • www.exal.com Aro • (11) 6412-7207 • www.aro.com.br Usuário: Coca-Cola

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Agências de design, convertedores e empresas usuárias são premiadas pela Associaç ão Brasileira de Embalagem

Inovação e funcionalidade reconhecidas

Design Higiene e LimpezaAssim Triplação e UltraVencedor: M DesignDesign: M Design • (11) 3839-0969 • www.mdesign.art.br Convertedor: Impressora Paranaense • (11) 6982-9497 • www.dixietoga.com.br Usuário: Assolan

Design Cosméticos e Cuidados PessoaisNatura Humor

Vencedor: Natura CosméticosDesign: Desgrippes Gobé • www.dga.com

Gragnani Agência Conceito • (11) 3815-5772Convertedores:

Saint-Gobain • (11) 3874-7626 • www.sgembalagens.com.brRexam Beauty Packaging • (11) 3819-0244 • www.rexam.com.br

Box Print Grupograf • (11) 5505-2370 • www.boxprint.com.brBristol e Pivaudran • (11) 6465-7000 • www.bristolepivaudran.com.br

Gráficos Sangar • (11) 5588-1900 • www.sangar.com.brNilpel • (11) 2191-7700 • www.nilpel.com.br

Usuário: Natura Cosméticos

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44 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Design Saúde e FarmacêuticosWhite ClassVencedor: Design InversoDesign: Design Inverso • (47) 3441-7766 • www.designinverso.com.br Convertedores: Gráfica 43 • (47) 3221-1200 • www.43sagrafica.com.br Confetti • (11) 5696-3600 • www.confetti.com.br Toplast • (47) 3424-0217 • www.toplast.ind.br Grifiart • (47) 3427-5000 • www.grifiart.com.br Impressora Ipiranga • (47) 3433-7533 • www.impressoraipiranga.com.br Usuário: FGM Produtos Odontológicos

Design Marcas PrópriasBola de Chocolate da Copa 2006 – “Brasil rumo ao Hexa”

Vencedor: Mazz DesignDesign: Mazz Design • (11) 3842-7880 • www.mazz.com.br

Convertedor: Nova Página Gráfica e Editora • (11) 3531-7000 • www.novapagina.com.br Usuário: Grupo Pão de Açúcar

Design BricolagemEmbalagem Visual para Torneira de Parede – Linha AspenVencedor: DecaDesign: Deca Convertedores: Gráfica São Januário • (11) 6246-7552Fenicce Embalagens • (11) 6280-0866 • www.fenicce.com.br Usuário: Deca

Design Família de ProdutosLinha NinhoVencedor: Pande Design SolutionsDesign: Pande Design Solutions • (11) 3849-9099 • www.pande.com.br Convertedor:CBL – Cia. Brasileira de Latas • (11) 6090-5005 • www.cbl.ind.br Usuário: Nestlé

Design MiscelâneaEstojo flipbox para lápis de cor

Vencedor: Faber-CastellDesign: Gad Design • (11) 3040-2222 • www.gad.com.br

Convertedor: Embraplás • (19) 3208-0299 • www.embraplas.com.br Usuário: Faber-Castell

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46 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Redesign Alimentos e BebidasBatata Palha FritexVencedor: Sart/Dreamaker Brand & DesignDesign: Sart/Dreamaker Brand & Design • (11) 3887-4133 • www.sdgroup.com.br Convertedores:Plasco • (11) 4198-3000 • www.plasco.com.br Itap Bemis • (11) 5516-2000 • www.dixietoga.com.br Usuário: Pandurata Alimentos

Redesign Produtos em GeralEmbalagem diferenciada com destaque para lacre inovador

Vencedor: Bauen Indústrias PlásticasDesign: NR Design (31) 3285-4401

Convertedor: Bauen Indústrias Plásticas • (21) 2290-7725 • www.bauenplasticos.com.br Usuário: Schering Plough

Embalagem AlimentosNescau Edição LimitadaVencedor: NestléDesign: FutureBrand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com Convertedores:Cia. Metalúrgica Prada (11) 5682-1000 www.cabenalata.com.brSonoco For-Plas (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br Usuário: Nestlé

Embalagem BebidasColeção Balde Copa

Vencedor: NestléDesign: Pande Design Solutions (11) 3849-9099 www.pande.com.br

Convertedor: CBL – Cia. Brasileira de Latas (11) 6090-5005 www.cbl.ind.br Usuário: Nestlé

Embalagem Higiene e LimpezaTixxan Ação MáximaVencedor: Rigesa Celulose, Papel e EmbalagensDesign: Seragini Farné • (11) 2101-4300 • www.seraginifarne.com.br Convertedor: Rigesa • (19) 3707-4082 • www.rigesa.com.br Usuário: Química Amparo

Embalagem Cosméticos e Cuidados PessoaisPraticidade com Elegância

Vencedor: Kimberly-ClarkDesign: 100% Design • (11) 3032-5100 • www.100porcento.net

Convertedor: Ibratec Artes Gráficas • (11) 4789-4200 • www.ibratecgrafica.com.br Usuário: Kimberly-Clark

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48 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Embalagem MiscelâneaSales Kit Faber-Castell

Vencedor: TW Design Design: TW Design • (11) 5535-6011 • www.twdesign.com.br

Convertedor: Different Brindes • (11) 3392-2854Usuário: Faber-Castell

Embalagem Promocional2ª Edição dos Melhores Cafés do Brasil – ABICVencedor: Rigesa Celulose, Papel e EmbalagensDesign: GSB2 Propaganda • (19) 3661-1313 • www.gsb2.com.br Convertedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens • (19) 3707-4082 • www.rigesa.com.br Usuário: ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café

Embalagem Inovação TecnológicaEmbalagem diferenciada com destaque para lacre inovadorVencedor: Bauen Indústrias Plásticas Design: NR Design • (31) 3285-4401 Convertedor: Bauen Indústrias Plásticas • (21) 2290-7725 • www.bauenplasticos.com.brUsuário: Schering Plough

Embalagem ExportaçãoFechamento Ploc Off VP (vacuum packing)

Café TolenoVencedor: Brasilata

Design: Encma • (11) 3885-6837 • www.encma.com.br Convertedor: Brasilata • (11) 3871-8500 • www.brasilata.com.br

Usuário: Café Toleno

Embalagem Design IndustrialEstojo flipbox para lápis de cor

Vencedor: Faber-CastellDesign: Gad Design • (11) 3040-2222 • www.gad.com.br

Convertedor: Embraplás • (19) 3208-0299 • www.embraplas.com.br Usuário: Faber-Castell

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50 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Embalagem para Food Service, Delivery e Take AwayKit Feijoada Extra

Vencedor: Grupo Pão de AçúcarDesign: M Design • (11) 3839-0969 • www.mdesign.art.br

Convertedor: Klabin • (11) 4558-7070 • www.klabin.com.br Usuário: Grupo Pão de Açúcar

EstudanteYbá – sistema de embalagens para frutas brasileirasVencedor: Henrique de Souza Gomma

EcodesignPoli Bio – nova tecnologia em embalagens biodegradáveis

Vencedor: Poly-Blow Design: Poly-Blow • (11) 4178-0011 • www.polyblow.com.br

Convertedor: Poly-BlowUsuário: Brascola

Embalagem do FuturoKraft Cap – embalagem para transporte de vidrosVencedor: César Zanchet

Voto PopularColeção Balde Copa

Vencedores: Nestlé / PandeDesign: Pande Design Solutions • (11) 3849-9099 • www.pande.com.br

Convertedor: CBL – Cia. Brasileira de Latas • (11) 6090-5005 • www.cbl.ind.br Usuário: Nestlé

Empresa do AnoNatura Cosméticos

www.natura.com.br

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Novo biscoito

A Itap Bemis mostra mais uma vez a qualidade de seu trabalhoao cuidar do processo de impressão das embalagens

do novo biscoito da Adria, os Plug@dos.

Com uma embalagem que explora o efeito metalizado, foram utilizadas tintas com cores vibrantes

criando um visual surpreendente.

Tudo isso para atrair as crianças da nova geração e alavancar as vendas do novo lançamento!

com embalagemPlug@dos

brilhante einterativa :D

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52 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

m mais um capítulo da série “idéias virtualmente singelas, mas, na prá-tica, extraordinárias”, uma recém-lançada laminadora da alemã

Billhöfer, a Novus-1200, pinta como a catali-sadora de uma nova proposta de produção de embalagens metálicas. A máquina possibilita o acabamento de latas e tampas, de aço ou alumí-nio, com películas plásticas, numa alternativa à tradição do envernizamento interno aliado à decoração litográfica. Aplicável a diversos formatos de recipientes e tampas – latinhas, baldes, tubos de aerossóis, potes e rolhas metálicas, entre outros –, a tecnologia foi des-cortinada na mais recente edição da feira de negócios Metpack, ocorrida em abril do ano passado na cidade alemã de Essen, e apresen-tada em caráter oficial ao mercado em janeiro

último, num open house realizado na sede da Billhöfer, em Nuremberg.

Para o desenvolvimento do novo conceito em acabamento, a Billhöfer costurou acordos de cooperação com a fabricante de filmes plásti-cos Mitsubishi Polyester Film, com a fornecedora de adesivos Jowat AG e com a convertedora suíça Kleiner AG. Em linhas básicas,

metálicas >>> tecnologia

E

Alternativa ao verniz mais litografia, tecnologia de revestimento e decoração de chapas com filmes plásticos pode sacodir o negócio de embalagens metálicas

Bossa nova na pele

a Novus-1200 lamina chapas metálicas com o Hostaphan RBL, um filme transparente de PET biorientado criado pela Mitsubishi especialmente para o processo. Em bobinas impressas, para a decoração externa, ou inco-lores, para o revestimento interno, a película é laminada no metal por meio de um adesivo hot melt especial da Jowat (veja o infográfico na pág. 54).

Metalúrgicas do mundo inteiro vêm se ouriçando frente à tecnologia, e não é difícil entender por quê. “Acontece que a produção de embalagens metálicas não sofre alterações radicais há décadas”, levanta Peter Bartsch, diretor de operações da Billhöfer. Embora tenha evoluído nos últimos anos com os sur-gimentos de máquinas mais velozes, capazes de aplicar com alta precisão de registro até oito cores numa única passagem, e do com-puter-to-plate, que trouxe maior flexibilidade e qualidade à pré-impressão, o acabamento convencional continua refém de certos incô-modos. “O padrão atual implica num investi-mento altíssimo para aquisição de máquinas e em grandes espaços para sua instalação”, argumenta Bartsch. “Ademais, os custos com energia para os fornos de secagem vêm aumentando, assim como as recla-

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AÇÃO

CASCAS – Uma amostra de latas e tampas cujas chapas foram laminadas com películas plásticas na máquina da Billhöfer

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54 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

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AÇÃO

mações quanto às emissões resultantes do processo de cura das tintas”.

Segundo a Billhöfer, enquanto na Europa uma linha convencional de acabamento de latas exige um investimento inicial de 6 milhões de euros, 420 000 euros em custo energético para o processamento de 41 milhões de chapas, área de 840 metros quadrados e cinco operadores, a Novus-1200 custa 2 milhões de euros, ocupa 44 metros quadrados, consome 26 000 euros para tirar 41 milhões de chapas e pode ser ope-rada por apenas duas pessoas. Mais: as trocas de trabalho podem ser feitas em 15 minutos, contra 45 minutos no sistema corriqueiro.

Como será a recepção?Além das vantagens econômicas, um avanço técnico é brandido a tiracolo da nova tecnolo-gia. Sucede que a laminação com foil plástico promete revestimentos internos 100% confiá-veis, o que não seria garantido pelos enverni-zamentos convencionais. Mesmo aplicando-se duas camadas, o verniz pode apresentar furos e pontos de imprecisão, o que traz riscos de cor-rosão acelerada da embalagem e de contamina-ções do produto acondicionado. No sistema da Billhöfer, o filme plástico da Mitsubishi é esti-rado previamente à laminação, tendo sua largu-ra ampliada de três para oito metros. Qualquer anormalidade estrutural do filme é facilmente detectada pela laminadora, provocando uma parada temporária completa da produção.

Claro que nem tudo são flores frente ao anúncio da nova tecnologia. Até por ser um produto fresco, a Novus-1200 precisará apre-

sentar comprovações práticas dos diferenciais realçados por sua fabricante. O que garante crédito à Billhöfer é o fato de ela não ser uma pára-quedista na área, sendo detentora de um share mundial de cerca de 40% em equipa-mentos para o acabamento comum de latas. De forma providencial, um artigo recentemente publicado no site CanTech On-Line lembra que “um ponto importante a ser testado é como as indústrias usuárias das embalagens e os consu-midores reagirão frente às latas decoradas com películas plásticas impressas”.

Outra questão palpitante no ar: como par-cela significativa do faturamento das metalúr-gicas advém da impressão das latas, a nova tecnologia não pode ser encarada como depre-ciativa para seus negócios? Afinal, é pouco provável que fornecedores de latas invistam na montagem de linhas para conversão de filmes plásticos, sendo a terceirização de tal serviço o caminho natural. Para a Billhöfer, os fabrican-tes de latas continuarão com boas margens de lucro mesmo sem somar às contas os trabalhos de impressão. “A aplicação da película reduz custos fabris ao mesmo tempo em que adiciona valor à lata, principalmente pela maior segu-rança do revestimento interno”, entende Hugo Trappman, diretor da alemã Blechwarenfabrik Limburg, a primeira metalgráfica usuária da Novus-1200. “É um salto qualitativo consi-derável para a nossa atividade e para nossos produtos.” Às empresas curiosas por maiores detalhes da Novus-1200, vale informar que a Billhöfer é representada no mercado brasileiro pela Gämmerler. (GK)

MODUS OPERANDI – Na Novus-1200, as chapas de metal são desempilhadas por um alimentador automático (1), para passarem por tratamento Corona (2) e ganharem tensão superficial adequada para o processo de laminação. O filme da bobina (3) é revestido com adesivo, num processo sem contato realizado no sistema de aplicação de adesivo (4), e então laminado nas chapas de metal na unidade de laminação (5) por meio de dois cilindros. O painel central de operações (6) controla todas as funções da máquina. As chapas são novamente separadas por um dispositivo laser (7), que corta o filme precisamente nas bordas das chapas antes de elas serem transportadas à saída (8), onde são empilhadas

8

74 5

1

2

63

Billhöfer+49 (911) 657-850www.billhoefer.de

Gämmerler(11) 3846-6877www.gammerler.com

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56 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

e a ascensão dos genéricos veio relativizar a força da marca nos remédios éticos, no chamado seg-mento OTC, aquele dos medica-

mentos isentos de prescrição (MIPs), a propa-ganda e o marketing de varejo cantam cada vez mais alto. Uma das ações que ganham força para destacar nomes e atrair o olhar do consu-midor no ponto-de-venda é o uso de cartuchos de papel cartão com corpulentas abas impressas integradas. Muitas dessas extensões, também conhecidas como testeiras, possuem furações para a exposição em gancheiras. O que volta e meia se vê, porém, é que a maioria dessas embalagens pára nas prateleiras. Ou seja: se não era para ser, o maior destaque às marcas acaba sendo a principal funcionalidade das testeiras, verdadeiros mini-outdoors nas farmácias.

Despertos para essa oportunidade, alguns laboratórios vêm até acondicionando produtos em cartuchos cujas “cristas” já nem possuem mais os furos para fixação em ganchos. A lâmina do cartucho das cápsulas Maracugina, por exemplo, funciona exclusivamente como um plus para comunicação. “Trabalhamos esse recurso em determinados produtos já há algum tempo”, comenta Ana Cláudia Braghetto, do

celulósicas >>> medicamentos

STesteiras de cartuchos reforçam a exposição de medicamentos de venda livre

Efeito nada deletério

departamento de assuntos regulatórios da Dorsay Monange, fabricante da Maracugina. “É uma estratégia bastante utilizada nos Estados Unidos e ainda não muito presente no Brasil.”

Detentora de marcas como Benegrip, Doril e Melhoral, a Dorsay Monange também se uti-liza do expediente da aba promotora no cartu-cho da famosa pomada para dores musculares Gelol. Ana Cláudia confessa que a utilização da aba exclusivamente para aumentar a exposição nas gôndolas já estava prevista nos projetos das embalagens.

Também em bisnagasOutro caso que mostra bem como as grandes testeiras de cartuchos podem ser mídias impor-tantes é o do creme para assaduras Hipoglós, produzido pela Procter & Gamble. O tubo de 90 gramas do produto ganhou cartucho com uma generosa aba impressa. Na parte frontal, a aba vem servindo para comunicar ao público que o creme agora é embalado em bisnaga plástica, e não mais na tradicional bisnaga metálica (embora o novo tubo de Hipoglós seja na verdade laminado, e não plástico...). O verso

tempo”, comenta Ana Cláudia Braghetto, do cho da famosa pomada para dores musculares Gelol. Ana Cláudia confessa que a utilização da aba exclusivamente para aumentar a exposição nas gôndolas já estava prevista nos projetos das embalagens.

Também em bisnagasOutro caso que mostra bem como as grandes testeiras de cartuchos podem ser mídias impor-tantes é o do creme para assaduras Hipoglós, produzido pela Procter & Gamble. O tubo de 90 gramas do produto ganhou cartucho com uma generosa aba impressa. Na parte frontal, a aba vem servindo para comunicar ao público que o creme agora é embalado em bisnaga plástica, e não mais na tradicional bisnaga metálica (embora o novo tubo de Hipoglós seja na verdade laminado, e não plástico...). O verso

SEM FUROS – Alguns medicamentos ignoram função de gancheira e trabalham a aba superior exclusivamente como extensão da embalagem

OUTDOOR – Abas garantem maior comunicação de informações. No destaque, verso do cartucho de Hipoglós

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AÇÃO

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da testeira é aproveitado para comunicar atribu-tos do produto e seus dados de fabricação.

Carlos Alberto Pimpinato, gerente nacional de vendas da Gráfica Romiti, responsável pela produção da embalagem do Hipoglós, informa que a Procter & Gamble planeja o lançamen-to de uma nova versão do produto, com 135 gramas, que também utilizará o cartucho com testeira comunicativa.

Quem igualmente aproveita o momen-to favorável aos cartuchos com abas é a Brasilgrafica. Cerca de 20% dos cartuchos produzidos pela empresa para medicamentos OTC já possuem as grandes abas. Segundo o gerente de pré-impressão e desenvolvimen-to de embalagens da Brasilgrafica, Arnaldo Calderoni Junior, por terem formato irregular, os cartuchos com testeiras implicam em perdas naturais de material em sua fabricação, devido aos métodos de corte. Por isso, e pelo maior consumo de papel cartão, os custos aumentam. “Mas se o projeto puder aproveitar bem a área nas folhas, esse aumento não chega a 5% no valor total”, ressalta Calderoni. Em contrapar-tida, em projetos que não conseguem otimizar o aproveitamento do material, as gancheiras podem representar um acréscimo de até 20%.

Além do fator custo, outro aspecto deve ser levado em consideração por quem deseja adotar os cartuchos com grandes abas: as característi-cas de sua linha de encartuchamento. Através de seu departamento de marketing, o laboratório Pharmascience informou que, para aumentar a área de exposição nas gôndolas e conseguir colocar mais informações na embalagem, che-gou a lançar mão de cartuchos com abas. No entanto, uma posterior automação do processo de embalagem trouxe problemas. A saída foi voltar atrás e retomar os cartuchos convencio-nais, fabricados pela Congraf. (DM)

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Congraf(11) 5563-3466www.congraf.com.br

Gráfica Romiti(11) [email protected]

DUPLA FUNÇÃOMesmo projetadas para uso em gancheiras, testeiras com perfuraçãodão visibilidade

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58 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Um giro pelo off-setO Grupo de Impressores com Rotativa Off-set (Giro) realizou em agosto sua IX Conferência Anual, reunindo em São Paulo cerca de 400 profissionais do setor. O evento visou fornecer instru-mentos de planejamento estratégico e de gestão, quebrando paradigmas das novas tecnologias de impressão.

Sonho americanoA Suzano Papel e Celulose inaugurou uma unidade de negócios na Flórida. A filial visa preparar a comercialização dos produtos originados da aquisição de parte das operações da Ripasa e da entrada em atividade da segun-da linha de celulose da Unidade de Mucuri, no sul da Bahia, que deve acontecer em 2007.

Vendas lá fora sobem As exportações brasileiras de pro-dutos gráficos cresceram mais de 60% no primeiro semestre de 2006. O volume exportado atingiu 143,75 milhões de dólares, contra menos de 90 milhões de dólares em igual perío-do do ano passado. Os dados são do Departamento de Estudos Econômi-cos da Abigraf.

Prêmio novo...Foram divulgados os vencedores do concurso Arjowiggins 30 anos de Bra-sil, organizado pela coordenação do curso de Desenho Industrial da Facul-dade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie a partir de uma parceria com a fabricante de papéis especiais Arjowiggins.

...na praçaO concurso visou criar um selo come-morativo para aplicação em peças insti-tucionais e em um calendário de mesa. Os vencedores do concurso foram os alunos Renata Medrado Masini, Lucas Corrêa Romano e Ricardo Mikio Dói.

Reforço socialA International Paper lançou um pro-jeto social que une cultura, educação e meio ambiente. A ação prevê inves-timento de 1 milhão de reais, devendo beneficiar aproximadamente 8 milhões de crianças de cerca de 36 mil escolas públicas e particulares de todo o país.

O BNDES concedeu à Klabin finan-ciamento de 1,7 bilhão de reais. Inicialmente, a fabricante de papel havia solicitado 2,5 bilhões de reais, que contemplariam o projeto de expansão da fábrica de Monte Alegre, além de

atualizações tecnológicas, continuidade operacional e área florestal. Apesar da diferença no valor concedido, o projeto deve ser concluído até o final de 2007.www.klabin.com.br(11) 3046-5800

Empresa quer crescer com novo financiamento do BNDES

Klabin com bala na agulha

Empresa familiar que desenvolve e pro-duz guilhotinas para a indústria gráfica há mais de 50 anos, a alemã Polar com-pleta um século. Parceira mundial da Heidelberg desde o final dos anos 1940, a empresa é precursora no desenvolvi-mento de tecnologias de corte e líder no mercado mundial de guilhotinas rápidas e sistemas de corte e troquelagem. Para marcar os 100 anos de existência, a Polar lançou as linhas X e XT, que repre-sentam a décima geração de guilhotinas desenvolvidas pela empresa. Com ajus-tes automáticos e diversos periféricos , as linhas podem aumentar em até 400% a produtividade do sistema, se compara-

Fabricante alemã de guilhotinas, Polar faz 100 anos e anuncia novidades

Cortes seculares

das a uma guilhotina isolada. Mais infor-mações sobre podem ser obtidas com a Heidelberg, que representa a marca.www.br.heidelberg.com(11) 5525-4500

Num desfecho dos rumores de que a fabricante de etiquetas Pimaco, uma das mais tradicionais gráficas do seg-mento de auto-adesivos no Brasil, esta-va negociando a sua venda para uma empresa multinacional, o grupo de ori-gem francesa Bic, fabricante de cane-tas, isqueiros e lâminas de barbear, anunciou no último dia 6 de setembro ter assinado um acordo definitivo para a compra daquela empresa que tem sede no Rio de Janeiro.Com a aquisição, a Bic fortalece sua atuação no segmento de artigos para escritório, com os quais mantém forte presença em 160 países e, no Brasil, ingressa num segmento em que é novata – o de rótulos auto-adesivos – porém grande usuária.O diretor executivo da Bic, Mario

Guevara, calcula que a aquisição da empresa brasileira de etiquetas aumen-tará as vendas de produtos de papela-ria da Bic na América Latina em 20% e as vendas gerais na região em 10%.Fundada há 50 anos, a Pimaco, que emprega 300 pessoas, foca suas ati-vidades no desenvolvimento de tec-nologia de materiais adesivos de alta qualidade e é composta por três unida-des de negócios – a Pimaco (etiquetas), a Rotus (rótulos) e a Gumtac (bases auto-adesivas). Além do Brasil, os rótu-los da companhia são distribuídos na Argentina, Bolívia e Uruguai.As duas empresas continuarão com suas atuais estruturas, contudo a Bic passa a acompanhar o gerenciamento da Pimaco, ao lado da atual diretoria. O valor da negociação não foi informado.

Bic compra a PimacoAquisição inclui divisões de etiquetas, rótulos e bases auto-adesivas

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agosto 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 59

O tradicional Encontro Nacional de Convertedores de Etiquetas Adesivas, que a ABIEA, a associação representativa do setor de rótulos auto-adesivos, promove a cada dois anos, teve em sua mais recente edição, realizada de 24 a 27 de agosto último no Blue Tree Park de Angra dos Reis (RJ), três destaques. Como décima edição do evento, foi considerada especial pelos organizadores, por aliar aos habituais aspectos de congra-çamento e de trabalho o fato de marcar a comemoração do vigésimo aniversário de fundação da entidade. Para esse fim, aliás, foi lançada na ocasião um número especial, comemorativo, da revista O Auto-Adesivo.Com oitenta páginas mais capas e foto-grafias de época, a revista, editada pela Bloco de Comunicação, editora também de EMBALAGEMMARCA, resgata boa parte da memória do segmento de etiquetas e rótulos

auto-adesivos no Brasil. Os interessados em adquirir exemplares (R$ 20,00) devem comunicar-se com a ABIEA, pelos telefones (11) 3284-7247 e 3288-0508, ou pelo e-mail [email protected] encontro foi encerrado com a posse da diretoria da ABIEA para o biênio 2006-2008. Davidson Tomé, da Gráficos Sangar, assumiu a presidên-cia em substituição a Umberto Giannobile, da Giankoy Autoadesivos, ambas de São Paulo. Na ocasião também foi prestada home-nagem a Gregoire Chatziefstratiou, da Prakolar, primeiro pre-sidente da entidade.

Encontro com memóriaABIEA reúne cadeia de auto-adesivos e resgata história do setor

2008. Davidson Tomé,

Umberto Giannobile, da Giankoy Autoadesivos,

Prakolar, primeiro pre-

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60 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

Tendo recentemente completado 65 anos, a Celulose Irani anunciou novos planos de investimento e ampliação. Fornecedora de papéis, embalagens, madeira, móveis e celulose, a empresa, pertencente ao grupo gaúcho Habitasul, anun-ciou investimentos de 36 milhões de reais em infra-estrutura, moder-nização de plantas industriais e ampliação de florestas de manejo. O aporte também visa ampliar a produção de celulose em 20%. Na área de embalagem, uma das apostas da empresa são as Caixas

Organizadoras, embalagens de papelão ondulado com design ergonômico e encaixe para empi-lhamento. Desenvolvido para múlti-plos usos, o produto se destaca na linha de embalagens da Celulose Irani ao lado do HardSystem, sistema especial de embalagem de grandes dimensões, com alta resistência mecânica. Também feito de papelão ondulado, o sistema é alternativo a materiais como madeira, plástico e isopor. www.irani.com.br(51) 3220-3542

Irani aposta em caixas de papelão com encaixe para empilhamento

Ondulado rimando com organizado

A KSR Distribuidora, unidade de negócios da Votorantim Celulose e Papel (VCP), está investindo numa campanha de divulgação das carac-terísticas e aplicações do papel car-tão. Com o slogan “O melhor papel-cartão é aquele que se usa adequa-damente. Palavra de quem conhece”, a campanha conta com a presença do consultor Alfredo Figueiredo. A ação está sendo realizada on-line junto à base de clien-tes da KSR, composta de mais de 10 mil pequenas e médias empresas do seg-mento gráfico e editorial de todo o Brasil. “O site www.programalealksr.com.br/papelcartao foi espe-cialmente desenvolvido

para transmitir conceitos técnicos do papelcartão”, conta Eliana Lobão, coordenadora de marketing da dis-tribuidora. As dicas incluem orienta-ção para compra, armazenamento e manuseio do produto. www.ksronline.com.br0800 558544

Campanha on-line com dicas técnicas é lançada pela KSR Distribuidora

Web marketing em prol do papel cartão

Escopo ampliadoEspecializada em rótulos heat transfer, Technopack começa a atuar com auto-adesivos

Conhecida por projetos envolvendo rotulagem heat transfer, sistema de decoração de embalagens plásticas baseado em cilindros de transferên-cia que produzem calor e pressão, a Technopack está aumentando seu escopo de atuação. A empresa recentemente anunciou sua entrada no mercado de rótulos auto-adesi-vos. O primeiro projeto no segmento foi desenvolvido para a Ipiranga, que também usa rótulos heat trans-fer da empresa. A Ipiranga enco-mendou os auto-adesivos para os frascos de 500ml e 1 litro de uma de suas linhas de lubrificantes automo-tivos. A aplicação dos novos rótulos é feita pela Logoplaste, que também fabrica as embalagens plásticas. A Technopack destaca estar apta a produzir rótulos auto-adesivos em variados substratos, como BOPP, papel e poliéster metalizado. A impressão pode ser feita em até dez cores, com possibilidade de acaba-mentos especiais, incluindo aplica-ções de hot stamping e impressão frente e verso, através de sistema delam-relam. www. technopack.com.br (51) 3470-6889

Lubrificantes automotivos da Ipiranga são os primeiros usuários dos auto-adesivos

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Um novo espaço para o mercado de embalagens.

O ShowRoom é um espaço criado para gerar negócios na cadeia de embalagens.

As indústrias fornecedoras poderão colocar um perfi l de sua atuação nesse mer-

cado, listando seus principais produtos, detalhando os segmentos de mercados

que atende e mostrando as regiões para onde vende.

Já a indústria usuária poderá usar os mecanismos de busca para procurar forne-

cedores por produtos, mercados de atuação ou outros critérios. Tudo de forma

rápida e direta.

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Conheça o modelo do Show Room no site: www.embalagemmarca.com.br/showroom

Sua empresa não pode fi car de fora. Para saber mais detalhes sobre como fazer

parte desse espaço, entre em contato conosco agora mesmo.

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62 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

e forma relativamente acelerada ante o quadro de ampla abrangência temática, repetitiva e de proporções gigantescas há décadas predomi-nante no Brasil no campo de feiras de negócios,

tema de reportagem de capa da edição anterior de EMBALA-GEMMARCA, começam a pipocar no país eventos de embala-gem localizados, focados e de dimensões menores. O mais recente deles foi a Embala Nordeste – Semana Internacional de Embalagens, Artes Gráficas e Design, cuja primeira edição ocorreu de 14 a 17 de agosto último no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

Parece ter começado bem: recebeu mais de 12 000 visi-tantes e atingiu as expectativas da organizadora, a Greenfield Business Promotion. “Cerca de 90% dos quase 200 exposi-tores já confirmaram presença no evento em 2007”, revela André Mozetic, um dos diretores da Greenfield. Segundo Mozetic, mais importante que o número de visitantes foi o fato de eles serem, em quase sua totalidade, profissionais qualificados no segmento industrial e de embalagem. “O público que compareceu à feira tinha o objetivo claro de avaliar as novidades e também de fechar negócios.” De acordo com as previsões da Green-field, o volume de negócios desencadeados durante a Embala Nordeste deve alcançar algo em torno de 350 milhões de reais.

“Os expositores também receberam encomendas de projetos que devem resul-tar na tropicalização dos produtos apre-sentados”, explicou o diretor da empresa, referindo-se ao fato de visitantes que representam indústrias terem solicitado aos fornecedores de máquinas e insumos para o setor de embalagens produtos que se adaptem mais à realidade da região tanto em questões como resistência de materiais e ao clima quanto no que se refe-re ao design. Neste aspecto, o que a maioria deles pede é o desenvolvimento de emba-lagens que sejam mais bem percebidas pelos consumidores do Norte e do Nordes-te e que identifiquem “instantaneamente” artigos produzidos na região. Ou seja, eles procuram identidade regional, ainda que as marcas sejam globalizadas.

Na opinião de Mozetic, “a presença de

evento >>> embala nordeste

DFeira de embalagens estréia em Pernambuco e terá edição em Minas Gerais

Na rota da regionalizaçãovisitantes de outras cidades e Estados da região mostrou que o Nordeste tem demanda para uma feira como a Embala”. Na interpretação de Rodrigo da Fonte Maciel, gerente de negó-cios da Greenfield, “o setor de embalagens sempre esteve presente na região de forma agregada em congressos e feiras, e havia o interesse por parte de visitantes e compradores em um evento direcionado, que apresentasse possibilidades de implementação da indústria regional, mais do que de soluções de consumo”. A Embala Nordeste procurou situar-se nesse vácuo. Assim, não foi uma feira de lançamentos de produtos, mas sobretudo um evento de apresentação de máquinas, equi-pamentos e embalagens ao mercado regional.

Bons resultadosExpositores ouvidos por EMBALAGEMMARCA disseram estar satisfeitos com a edição de estréia da feira. Para Fernando Pirutti, da paulista SetPrint, que produz rótulos auto-adesivos em impressão digital, o número de consultas de visitantes

surpreendeu, “talvez por o Nordeste ser um mercado carente desse tipo de indús-tria”. Também elogiou o evento Alexan-dre Leme, da Orvic, empresa curitibana que produz embalagens anticorrosivas para materiais metálicos. “Tivemos con-tatos com clientes em potencial e vamos criar uma representação no Nordeste”, afirmou.

A diretora de desenvolvimento de negócios da Sonoco For-Plas, Daisy Spaco, ressaltou o foco do evento no setor de embalagens, o que restringiu a presen-ça dos chamados sacoleiros no Centro de Convenções de Pernambuco. Por sua

vez, Maurício Groke, diretor comercial da Antilhas, que forneceu as sacolas oficiais da feira, destacou a importân-cia de um evento regional. “Assim, podemos atingir empresas que não têm acesso à região Sudeste”, comenta.

Entusiasmado com esses resulta-dos, Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield, diz que espera repetir – “e se possível superar” – esse desempe-nho com a estréia de mais uma feira regional, a Embala Minas, em abril de 2007, em Minas Gerais.

Flávio Palhares, enviado especial a Olinda

tanto em questões como resistência de materiais e ao clima quanto no que se refe-re ao design. Neste aspecto, o que a maioria deles pede é o desenvolvimento de emba-lagens que sejam mais bem percebidas pelos consumidores do Norte e do Nordes-te e que identifiquem “instantaneamente” artigos produzidos na região. Ou seja, eles procuram identidade regional, ainda que as

Na opinião de Mozetic, “a presença de

de Convenções de Pernambuco. Por sua vez, Maurício Groke, diretor comercial da Antilhas, que forneceu as sacolas oficiais da feira, destacou a importân-cia de um evento regional. “Assim, podemos atingir empresas que não têm acesso à região Sudeste”, comenta.

dos, Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield, diz que espera repetir – “e se possível superar” – esse desempe-nho com a estréia de mais uma feira regional, a Embala Minas, em abril

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fato de eles serem, em quase sua totalidade, profissionais qualificados no segmento industrial e de embalagem. “O público que compareceu à feira tinha o objetivo claro de avaliar as novidades e também de fechar negócios.” De acordo com as previsões da Green-field, o volume de negócios desencadeados durante a Embala Nordeste deve alcançar

“Os expositores também receberam encomendas de projetos que devem resul-tar na tropicalização dos produtos apre-sentados”, explicou o diretor da empresa, referindo-se ao fato de visitantes que representam indústrias terem solicitado aos fornecedores de máquinas e insumos para o setor de embalagens produtos que se adaptem mais à realidade da região tanto em questões como resistência de

em impressão digital, o número de consultas de visitantes surpreendeu, “talvez por o Nordeste ser um mercado carente desse tipo de indús-tria”. Também elogiou o evento Alexan-dre Leme, da Orvic, empresa curitibana que produz embalagens anticorrosivas para materiais metálicos. “Tivemos con-tatos com clientes em potencial e vamos criar uma representação no Nordeste”, afirmou.

negócios da Sonoco For-Plas, Daisy Spaco, ressaltou o foco do evento no setor de embalagens, o que restringiu a presen-ça dos chamados sacoleiros no Centro de Convenções de Pernambuco. Por sua

tanto em questões como resistência de

de Convenções de Pernambuco. Por sua

SELETIVIDADE – Sacolas, mas não sacoleiros

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64 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2006

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3M 9 0800 16 10 12 www.3m.com/br/autenticidade

Altec 29 (11) 4053-2900 www.altec.com.br

Antilhas 63 (11) 4152-1111 www.antilhas.com.br

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CCL Label 2ª capa (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br

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Elástica Comunicação 31 (19) 3837-4873 www.elasticadesign.com.br

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Gumtac/Pimaco 15 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br

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Log Design 3D 10 (11) 5521-2841 www.log3d.com.br

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Maddza 11 (35) 3722-4545 www.maddza.com

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SIG Beverages 41 (11) 2107-6784 www.sigcorpoplast.com

Simbios-Pack 33 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Sonoco For-Plas 45 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

STM 11 (11) 6191-6344 www.stm.ind.br

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Suzano 17 0800 0 555 100 www.suzano.com.br

Technopack 29 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Tetra Pak 7 (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br

Uniflexo 29 (11) 4789-5946 www.uniflexo.com.br

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Informações precisas, adequadas e de alta qualidade. Esta talvez seja a principal sinergia entre a revista EmbalagemMarca e os sistemas de codificação da Markem. Ao participarmos desta publicação, como anunciantes e fontes de informação, temos a certeza de estar vinculando nosso maior patrimônio – a marca – a uma das publicações mais respeitadas da indústria brasileira de embalagem. Como leitores, recebemos as informações mais “quentes” do setor em nível nacional e internacional.

Uma empresa como a Markem, cujo principal diferencial é a tecnologia de ponta, sabe da importância de estar em total sintonia com as tendências mercadológicas e tecnológicas. Hoje a codificação é uma ferramenta poderosa de criação de identidade de produtos e marcas, e tem nisso um ponto em comum com EmbalagemMarca, uma revista poderosa para formar opiniões e reciclar conhecimentos. Como não podemos arriscar nossa credibilidade, avalizamos publicações que agreguem valor ao nosso negócio e cujas informações ajudem a balizar ações futuras.

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Almanaque

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Uma uva e um cacho de donosLançado em 1940 pelo americano Benjamin Tyndle Fooks, um ex-sucateiro, o refrigerante de uva Grapette logo conquistou uma legião de fãs graças ao seu sabor inovador e a sua chamativa colo-

ração – que atraía olhares através da então inédita garrafinha de vidro de 6 onças

líquidas, ou 170 mililitros, em

que o produto era envasa-

do (na foto). O Grapette chegou ao Brasil em 1948, por obra da Cia. de Refrigerantes Guanabara, e passou pelas mãos da Anderson Clayton – responsável pela criação do famoso slogan “Quem bebe Grapette repete”, nos anos 60 – e do grupo venezue-lano Imataca, antigo detentor da franquia Pepsi Cola no Rio e em São Paulo. Em 1989, a Saborama Sabores e Concentrados Ltda., então deten-tora da marca, transferiu boa parte de seus direitos para a fluminense Refrigerantes Pakera, que continua a engarrafar a bebida até hoje.

Lançadas em diferentes momentos na cidade paranaense de Toledo, as cervejas tipo stout Xingu e Colônia Negra têm mais em comum do que as origens e a cor, e algumas diferenças importantes. Criada em 1988 pela Cervejaria Independência, para aten-der principalmente a exportações para os Estados Unidos, a Xingu foi vendida em 2001 para a Kaiser, passou depois pela canadense Molson e atualmente pertence à mexicana Femsa. Posterior a ela, a Colônia é produzida pela Indústria Nacional de Bebidas (INAB), antiga Cervejaria Sul Brasileira.Mas o que chamava a atenção não eram essas diferenças. Eram as semelhanças da decoração das gar-rafas das duas marcas. Ocorre que, aproveitando o apelo da Amazônia sobre o imaginá-rio do público americano, a Xingu era vendida como um produto exótico, de alguma forma relacionado com aquela região, e para isso seu rótulo evocava a floresta, com figuras de jacarés e índios sobre um mapa com o rio Amazonas. Na Colônia os jacarés foram eliminados. Quando ambas eram colocadas lado a lado nos bares, os consumidores costuma-vam dizer que os répteis estavam ausentes do rótulo da Colônia por-que tinham entrado no rio. As duas marcas continuam sendo comercia-lizadas, com rótulos modernizados.

O sumiço dos jacarés se explicava

Muitos dos jovens hoje responsá-veis pelo consumo de quase 600 000 pacotes diários dos salga-dinhos Elma Chips podem pensar que a marca é internacional. Ledo engano. A marca surgiu, sim, pelas mãos da multinacional Pepsico, mas com as compras e a união da American Potato Chips, de São Paulo, e da curitibana Elma Produtos Alimentícios. Foi em 1974.

Da série “não é o que parece...”

Desde 1913 até pouco depois de meados do século 20, a marca de sabonete Gessy, fabri-cado no Brasil pelo imigrante italiano José Milani, era tão popular que permitiu a ele rivalizar no mercado bra-sileiro com a multinacional Lever, hoje Unilever, que aca-bou comprando sua empresa. O nome surgiu de um acaso

ocorrido em Paris. Lá, na déca-da de 1910, o filho mais velho do industrial, Adolfo, conheceu a noiva de um amigo chamada

Gessy. Adotou o nome para o sabonete imaginando que daria ao produto uma aura interna-cional. Deu tão

certo que virou nome de muita menina brasileira na primeira metade do século 20.

Nome inspira sabonete e sabonete inspira nome

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S: D

IVULG

AÇÃO

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