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www.embalagemmarca.com.br

Revista EmbalagemMarca 086 - Outubro 2006

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Edição de outubro de 2006 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Da conveniência de fazer comparaçõesempre que se apro-xima a data de fechamento das edi-

ções de EMBALAGEMMARCA, somos tomados por um misto de satisfação e insatisfação. De um lado, alegramo-nos por constatar que estamos entregando a nosso públi-co um alentado conjunto de informações de boa quali-dade. De outro, por dever de ofício, comparamos nosso trabalho com o de concor-rentes – e isso, com o devido respeito pelo trabalho alheio, invariavelmente aumenta a nossa satisfação.Todavia, temos consciência de que poderíamos ter feito ainda melhor. Assim, esfor-çamo-nos para continuar

oferecendo a nossos leitores uma revista que é efetiva-mente lida por trazer infor-mação em maior volume e melhor qualidade. Esta edição, por exemplo, traz a cobertura analítica e em profundidade da Label-expo Americas, realizada em Chicago. Na condição de revista que dá sistema-ticamente a mais comple-ta cobertura jornalística ao setor, EMBALAGEMMARCA enviou a esse que é o prin-cipal evento internacional de rotulagem Leandro Haberli e Marcos Palhares.Determinada a apontar e antecipar para o público bra-sileiro as principais tendên-cias e novidades apresentadas

internacionalmente, a revista enviou um representante a Birmingham, na Inglaterra, para cobrir o PPMA Show, feira de equipamentos para processamento, embalagem e automação, enquanto outro membro da equipe estava de malas prontas para ir a Chi-cago e de lá enviar um rela-to completo da Pack Expo International. A cobertura de ambos os eventos sairá na próxima edição.Mas igualmente importante é a cobertura – sempre mais abrangente que a de con-correntes – dada nesta e em todas as edições ao que acon-tece na área de embalagens no Brasil. Compare.Até novembro.

Cobrimos sempreem profundidadeo que vai pelomundo, masvamos além desselimite, dando amelhor coberturatambém ao que há de importante em embalagensem nosso país

Wilson Palhares

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

ReportagemDiego Meneghetti

[email protected]ávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected]

Departamento de [email protected]

Carlos Gustavo CuradoJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoEunice Fruet

Marcos Palhares

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

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56 Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

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Reportagem de capa: CodificaçãoPor que a transferência tér-mica ruma à hegemonia na marcação de filmes plásticos

nº 86 • outubro 2006

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CAPA:

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24 PlásticasAlguns apóiam, outros torcem o nariz para as embalagens plásticas de rápida degradação

BebidasCerveja artesanal de luxo inspira-se no champanhe na produção e na apresentação

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Entrevista: Lars WallentinGuru sueco do design avalia as embalagens brasileiras e aponta atalhos para projetos de sucesso

TampasChegada de modelos de êxito no exterior aumenta opções para garrafas e bisnagas

Labelexpo America 2006 Um dos principais encontros da indústria mundial de rotulagem revela tendências para o Brasil

MarketingBebidas alcoólicas se antecipam ao fim de ano e lançam embala-gens especiais para as Festas

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58 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

20 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

8 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

6 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

54 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

28 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

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Feiras

Incrível a perspicácia de EMBALAGEM-MARCA na matéria sobre feiras (nº 84, agosto de 2006). Este é, disparado, um dos maiores dilemas das empresas bra-sileiras. Parabéns pela coragem. A maté-ria traz subsídios que certamente irão auxiliar no planejamento estratégico de muitos executivos. Transcrevo a seguir um depoimento enviado há pouco tempo para uma organizadora de eventos, que tem tudo a ver com a reportagem:“A cada evento de que participo, seja como visitante ou expositor, verifico cer-to amadorismo por parte dos envolvidos. Os números empiricamente lançados na mídia, de uma maneira em geral, pare-cem competir com as informações anun-ciadas no evento anterior. Ano após ano esses dados obrigatoriamente precisam ser maiores. Desde a quantidade de pes-soas registradas nas roletas de entrada até os movimentos bilionários divulgados sem o menor constrangimento nem tam-pouco cálculo racional. Fico imaginando o tamanho da ampliação nas instalações que todos deverão providenciar daqui a cinco anos, por exemplo.Esses episódios espalhados pelo Brasil parecem subestimar a capacidade intelec-tiva da classe empresarial brasileira. Os meios de comunicação são convidados a anunciar eventos fantásticos, quando na realidade o que presenciamos efeti-vamente é um novo negócio: a indústria das feiras, excelente apenas para quem o promove. Acredito que isto explica, em parte, o descrédito generalizado e a

debandada de executivos para eventos no exterior, sem bebidas alcoólicas ou beldades de pernas de fora. Apresentam objetividade e atendem às expectativas de uma maneira satisfatória. E quando insistimos em prestigiar as realizações tupiniquins, constatamos que o pavão foi excessivamente enfeitado.”

Francisco de LucenaDepartamento ComercialGalvanotek Embalagens

Carlos Barbosa, RS

Caixas-display

Gostaríamos de registrar alguns comentários sobre as caixas-display, objeto de duas matérias na edição de agosto (nº 84). Esse tipo de caixa já vem sendo usado há mais de cinco anos em países desenvolvidos. No Brasil, algumas redes de supermercado já a utilizam e incentivam seu uso, porém em uma esca-la ainda muito pequena. Talvez haja uma análise superficial em relação a custos, comparando-se somente o custo de uma embalagem básica (caixa-maleta simples em kraft e impressa em uma cor) com a caixa-display, que por ser uma corte-e-vinco geralmente no formato telescópico, muitas vezes em material nobre ou pape-lão branco e impresso em várias cores, acaba tendo um nível de preço maior à primeira vista. Essa análise superficial e míope esconde benefícios que trazem impacto positivo nas vendas no médio e longo prazo.O primeiro refere-se ao espaço no ponto-de-venda. A nosso ver, a caixa-display funcionaria como um escudo de proteção demarcando e mantendo o espaço desti-nado ao seu produto quando o giro é alto e/ou quando ocorre falha ou falta de repo-sição. Isso porque dificilmente é coloca-do um produto concorrente no display de outra marca, quando a mesma não está completa. Se o produto é exposto sem o display ele fica mais vulnerável ao avan-ço dos concorrentes quando a reposição não é eficaz. O segundo ponto refere-se à comunicação no ponto-de-venda. A cai-xa-display possibilita a eliminação ou a redução dos materiais de merchandising no PDV, tais como painéis, frentes de gôndola, cartazes, take-ones etc. Nessa conta, a caixa começa a ficar mais barata e vantajosa.

O terceiro e não menos importante ponto, é em relação à comunicação da marca. Com o uso de caixas displays no PDV, a marca muitas vezes é colocada em tamanho maior, o que acaba potencia-lizado sua visualização e facilitando a localização do produto em um mar de marcas e cores.Aproveitando a oportunidade, gostaría-mos de parabenizar o eficiente e sério trabalho que a EMBALAGEMMARCA vem fazendo ao longo dos anos.

Paulo E. BerbelPackage Engineering and Packaging

Process Manager3M do Brasil Ltda.

Sumaré, SP

Tampas

A reportagem sobre nossa tampa flip-sport Thumb’Up para consumidores “on-the-go”, veiculada na edição nº 84 (agos-to de 2006), ressaltou, sucintamente, os diferenciais e as vantagens deste novo conceito de fechamento em relação ao status quo. EMBALAGEMMARCA conse-guiu transmitir ao seu público, com a costumeira elegância, a estratégia adota-da pela Bericap, de se posicionar como pioneira em inovações tecnológicas em conceitos de fechamento de embalagens.

Aurel Forgaci Diretor Geral

Bericap do Brasil Ltda. Sorocaba, SP

6 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

ERRATANa reportagem sobre o Bulk 200 litros (edição 85, setembro de 2006), foi publicado o telefone da unidade errada da Rigesa. O telefone correto da unidade de Embalagens de Papelão Ondulado é o (19) 3869-9330. O contato da uni-dade de Embalagens ao Consumidor (papelcartão e plástico transparente) da empresa é o (19) 3881-8800.

Redação: Rua Arcílio Martins, 53CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533Fax (11) 5182-9463

[email protected]

Cartas para EMBALAGEMMARCA

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8 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

Altec(11) 6422-0143www.altectampas.com.br

Cartonagem Batistense(48) 3265-0245www.cartonagembatistense.com.br

Catuaí Printwww.catuaiprint.com.br(43) 3552-1186

Saint-Gobain(11) 3874-7482www.sgembalagens.com.br

Toledo Comunicação e Marketing(49) 3224-1710www.toledocom.com.br

Para agradar a todas as torcidas de futebolAguardente catarinense apela para o poder vendedor de emblemas dos clubes paulistas

Rompendo o aparente temor de, vinculando a marca de um produto a um time de futebol, afas-tar os consumidores de torcidas adversárias, uma destilaria catarinense de cachaça decidiu agradar a todos. Assim, após já ter emprestado suas ima-gens a cervejas, brinquedos e brindes em geral, os emblemas dos clubes paulistas Corinthians, Santos e São Paulo estão decorando garrafas e estojos da mais brasileira das bebidas (o Palmeiras já está escalado para entrar em campo em breve). A iniciativa é da destilaria Spezia e de sua distri-buidora, a Box32, com apoio de marketing promo-cional da Toledo Comunicação e Marketing para a grande São Paulo. A agência, que divi-de a distribuição com a Box32, assina a arte dos rótulos auto-adesivos de BOPP. Estes utilizam a transparência da bebida para criar efeito lupa no con-tra-rótulo, impresso nos dois lados. Os modelos são produzidos em flexografia pela Catuaí Print.As garrafas de vidro da cachaça são fornecidas pela Saint-Globain, com tampas metálicas, de rosca, da Altec. A

exemplo de bebidas mais requintadas, a cachaça será comercializada com embalagem secundária fornecida pela Cartonagem Batistense e produzida em papel cartão triplex 350 impresso em off-set quatro cores, com laminação fosca e verniz UV aplicado nos brasões dos times. Segundo a agên-cia de marketing, o produto será posicionado em grandes redes, além de bares “referência” próxi-mos a estádios e clubes. Os fabricantes conside-ram trabalhar com brindes acoplados ao produto, como bandanas e adesivos, e com placares nos pontos-de-venda, nos quais o repositor anota a cachaça do time que mais está sendo vendida.

A Cia. Cacique de Café Solúvel desenvolveu uma nova apresentação para sua linha de produtos. São as embalagens stick, feitas de poliéster, alumínio e polipropileno, e impres-sas pela Zaraplast em rotogravura. Disponíveis em quatro varieda-des (Cappuccino 20g, Cappuccino Diet 14g, Café com Leite 20g e Chocolate com Leite 20g), os sticks são agrupados em cartu-chos de papel cartão com dez unidades, impressos em off-set pela Ibratec.

Com picote para abertura, as caixinhas apresentam detalhes em alto relevo e informações em braile. Ibratec

(11) 4789-4200www.ibratecgrafica.com.br

Zaraplast(11) 3952-3000www.zaraplast.com.br

Embalagens stick facilitam consumo de café solúvel

Em doses individuais

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Augros(44) 3220-6688www.augros.com.br

Box Print(11) 5505-2370www.boxprint.com.br

Hills Comércio Exterior (Tsun Tat Industrial Company)[email protected]

Pochet(11) 4432-1350

O Boticário entra no mercado de luxo

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Unidos pela limpeza3M lança kit multifuncional para o mercado de home care

A 3M lançou em edição especial um kit de limpeza reunindo produtos da linha Scotch-Brite Design. Impressa pela gráfica Escala 7 em off-set cinco cores, a embalagem é feita de papel cartão com uma ampla janela plástica transparente. O kit é composto de sistema de limpeza com dispenser, refil de esponja mul-tiuso, refil de esponja anti-riscos, escova para pequenas superfícies, rodinho e escova limpa limo. Os produtos oferecem o sistema multifun-cional, que permite a troca dos acessórios para diferentes tarefas, apelo de vendas claramente mostrado na embalagem.

Gráfica Escala 7(11) 6914 2933www.escala7.com.br Creme dental incrementa linha de

produtos evangélicos da Baruel

O creme dental Lar Evangélico é a nova aposta da Baruel, tradicional fabricante de produtos de higiene pes-soal, dentro da sua linha de produtos destinada a consumidores evangéli-cos. A marca Lar Evangélico já apa-drinha desinfetantes, xampus, cremes para cabelo, aparelhos de barbear e limpadores multiuso. No caso da pasta de dente, o produto é vendido em tubos laminados de 90 gramas produ-zidos pela Betts Brasil. Os cartuchos de papel cartão são da Innovapack, e o design gráfico, da agência R1234. Terceirizada, a produção do creme, sabor menta natural, fica a cargo da Ajubá Indústria e Comércio.

Betts Brasil(11) 3601-3312www.betts-global.com

Innovapack(11) 4646-4466 www.innovapack.com.br

R1234(11) 3168-1012www.r1234.com.br

Com os dentes e ospensamentos limpos

O Boticário estréia no mercado de luxo com o lançamento de sua primeira eau de parfum, Lily Essence. A empresa resgatou um proces-so artesanal de produ-ção de perfumes, o enfleurage. O frasco de vidro incolor de Lily Essence foi criada pelo designer fran-cês Juan Carlos Rustarazzo, tem for-mas simples e linhas retas, e é produzido na França pela Pochet. A tampa é

fornecida pela Augros, e o atomizador, impor-tado pela Hills, é fabricado pela Tsun Tat, em Hong Kong. O cartucho é da Box Print.

Perfume produzido com técnica secular tem embalagem com válvula atomizadora

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A Risqué, marca da Niasi, coloca no mercado sua nova coleção de esmaltes Alto Astral, com sete cores inspi-radas na coleção de verão da estilista Isabela Capeto. Os frascos de vidro são forneci-dos pela Wheaton e as tam-pas, que já vêm com o pincel acoplado, pela Thomriss e pela Zeviplast. Os rótulos auto-adesivos são da Grif. A empresa não informou quem fez o design das embalagens.

Embalagens pocket ampliam portfolio da Pernod RicardJá estão no mercado as versões pocket de 250 mililitros do uísque Natu Nobilis e da vodca Orloff. Segundo a Pernod Ricard, fabricante das bebidas, as novas embalagens visam atin-gir canais de venda alternativos, como lojas de conveniência, hotéis, motéis e eventos. A empresa já possui embalagens desse tipo para o uísque Teacher´s. Desenvolvidas pela OZ Design (Natu Nobilis) e Usina Escritório de Desenho (Orloff), as embalagens pocket são feitas em PET pela Plasticase, e têm formato inspirado nas garrafas originais. Do tipo pilfer proof, as tampas são fornecidas em alumínio pela argentina Supertap. A Setprint é respon-sável pela produção dos rótulos auto-adesivos, impressos em sistema digital.

Grif(11) 2146-1150www.grifetiquetas.com.br

Thomriss(14) 3263-1775www.thomriss.com.br

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

Zeviplast(11) 4647-0285www.zeviplast.com.br

Arroz em nova apresentaçãoLinha de produtos Urbano moderniza embalagem

Risqué lança esmalte inspirado em estilista

Em alto astral

Canguru(48) 3461-9000www.canguru.com.br

Incoplast(48) 3631-3000www.incoplast.com.br

Mercado Propaganda e Marketing(48) 3028-8880www.mercado.ppg.br

Pelicano(53) 3026-4220www.pelicano.com.br

Plaszom(48) 3461-0155www.plaszom.com.br

Zaraplast(11) 3952-3000www.zaraplast.com.br

A beneficiadora de arroz Urbano decidiu modernizar seu logotipo e as embalagens de seus produtos, unificando as principais marcas em uma mesma família. A unidade visual para as linhas Urbano e Tio Urbano foi alinhada à nova assina-tura da empresa: Urbano – Como faz bem.A agência responsável pelas mudanças foi a Mercado Propaganda e Marketing, de Florianópolis. As embalagens são produzidas em polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) laminado, fornecidos por diferen-

tes empresas: Canguru, Pelicano, Zaraplast, Incoplast e Plaszom.Semelhante a um stand-up pouch, a embalagem da versão Integral

é feita com o mesmo filme das outras apresentações, mas possui uma solda diferente nas emendas, formando duas sanfonas laterais.

Para levar no bolso

a embalagem da versão Integral

OZ Design(11) 5112-9200www.ozdesign.com.br Plasticase(51) 477-7748www.plasticase.com.br

SetPrint(11) 2133-0007www.setprint.com.br

Supertap+54 (11) 5217-0040www.supertap.com.ar

Usina Escritório de Desenho(11) 5571-6788www.usinadesenho.com.br

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Para levar no bolso

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ois meses atrás a fabricante flu-minense de biscoitos Piraquê con-cluiu a renovação da sua linha de codificação e marcação de emba-

lagens. Por muitos anos processada por jato de tinta contínuo, tecnologia mais conhecida pela sigla CIJ (do inglês Continuous Ink Jet), a impressão das datas de fabricação e de vali-dade em seus pacotes de guloseimas agora cabe a sessenta codificadoras por transferência térmica. Mesma trilha seguiu a Aymoré. O jato de tinta dominava o pedaço nas fábricas de Campinas (SP) e de Contagem (MG). Hoje, os biscoitos da marca, joint-venture entre a Arcor e a Danone, têm dados variáveis gravados em seus invólucros por cerca de 160 equipamen-tos de termotransferência. A Harald, produtora de doces e ingredientes de Santana de Parnaíba (SP), é outro exemplo de onde tal substituição está em curso.

A Piraquê, a Aymoré e a Harald retra-tam uma forte tendência. Quem acondiciona produtos em embalagens plásticas flexíveis rumou nos últimos anos, está migrando ou já aventa a possibilidade de mudar para a codifi-cação por transferência térmica.

“Com o ink jet, enfrentávamos problemas de legibilidade em impressões borradas, devi-do à demora na secagem da tinta em alguns fil-

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Por que a codificação de flexíveis ruma com força para a termotransferência

Conversão candentePor Diego Meneghetti

mes”, comenta Roberto Sgarbossa, responsável pela área de embalagens da Piraquê. “Também havia o inconveniente do emprego freqüente de tintas e solventes tóxicos, que exigiam uma operação cautelosa.” Na adoção da transferên-cia térmica, alimentada por fitas de impressão, ou ribbons, a empresa alega ter obtido vanta-gens antes inalcançáveis com o padrão basea-do em tintas líquidas. O jato de tinta limitava a velocidade de produção, pois demandava ajus-tes iniciais para o trabalho. “Além da operação mais limpa e da maior nitidez na impressão das informações”, diz Sgarbossa, “ganhamos em versatilidade, pois podemos incluir mais informações nas embalagens.” Na Aymoré, a termotransferência garante a estampa de men-sagens nas embalagens em tempo real, como a data e a hora exata do acondicionamento dos produtos, sem alterações na máquina e sem a supervisão de operadores.

Paulo Afonso Páscoa Ribeiro, gerente comercial do braço brasileiro da fabricante americana de codificadoras Markem, de onde saíram as codificadoras da Piraquê, da Aymoré e da Harald, adiciona outras razões por trás da opção ascendente pela transferência térmica por quem utiliza embalagens flexíveis. “O ink jet contínuo é normalmente uma tecnologia mais onerosa, limita a impressão de dados em

MIGRAÇÃO – Antes codificados por jato de tinta...

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...biscoitos Piraquê aderiram à termotransferência

reportagem de capa >>> codificação

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sentido único, orientada pela direção do filme, e incide na necessidade de limpeza da máqui-na com solventes que podem gerar sujeira na fábrica, entre outros fatores que retardam a linha de produção.”

Com cerca de 3 000 equipamentos de trans-ferência térmica instalados no mercado brasi-leiro, a Markem Brasil assinala que a escalada do sistema no país compreende os últimos dez anos, a uma média anual de crescimento de 30%. Nos últimos doze meses, porém, sucedeu um boom. A fornecedora previa ven-der 52 unidades nesse período, num cálculo esteado nos desempenhos dos anos anteriores. A caixa registradora tilintou bem mais. Foram comercializados 300 equipamentos de ther-mal transfer. Ponta-de-lança da Markem nessa área, o modelo SmartDate 5 foi destaque. Só a Harald, por exemplo, adquiriu 40 unidades dessa codificadora. Em 2007, a Markem espe-ra um balancete ainda mais favorável, com o fornecimento de 520 máquinas do gênero.

Não apenas alimentosEmbora seja de longe o maior consumidor de embalagens plásticas flexíveis no Brasil, o setor alimentício não puxa a fila da transferên-cia térmica sozinho. Nome forte da siderurgia nacional, a Gerdau utiliza a termotransferên-cia da Markem para customizar embalagens plásticas flexíveis dos pregos produzidos pela unidade Gerdau Cosigua. A marcação identi-fica cada item e dispõe informações exigidas por norma, além de dados de atendimento ao consumidor. “Com o equipamento podemos incluir informações para rastrear o histórico do produto”, comenta José Joaquim de O. Jacques, gerente-administrativo da Gerdau Cosigua. Grande fornecedora de produtos de higiene pessoal e de kits de cosméticos ser-vidos por hotéis – os chamados amenities –, a curitibana Realgem’s também abraçou a termotransferência. No seu caso, contudo, o equipamento é de outra referência na seara da codificação, a francesa Imaje.

A Realgem’s adquiriu há quatro meses uma codificadora Imaje Série 5000 para a marcação de códigos de barras e de outras informações nas embalagens do tipo pleat (cuja aparência lembra a de um plissado) utilizadas em sabo-netes redondos. Com o novo equipamento, a Realgem’s, a exemplo da Gerdau, conseguiu implantar a rastreabilidade. Ao mesmo tempo, ...biscoitos Piraquê aderiram à termotransferência

CARRO-CHEFE – Série 5000 é a aposta da Imaje no nicho de transferência térmica

economiza com embalagens por possuir agora um modelo único para diversos sabonetes, identificando-os através de impressão térmica. “Ganhamos flexibilidade”, resume Ilson Nei Costa, gerente industrial da Realgem’s. Ele diz que a empresa já planeja a compra de uma segunda unidade.

Capaz de imprimir mensagens fixas e vari-áveis em tempo real, com a possibilidade de criação de mensagens simples a partir de uma tela sensível ao toque, ou através de um com-

BULA Na Realgem’s,

impressão térmica faz mais que datação nas embalagens

de sabonetesFO

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16 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

putador, a Série 5000 é a principal aposta da Imaje em termotransferência. Grande expoen-te da codificação ink jet, a empresa se embre-nhou na transferência térmica após a aquisição da sueca Markpoint, em 2001, e dos ativos da espanhola Eurocodic, em 2003. Cláudia Pereira, gerente de marketing para a América Latina da Imaje, ressalta a versatilidade da termotransferência, apta à marcação de BOPP (polipropileno biorientado), PE (polietileno) e PET (poliéster), entre outros filmes, antes do enchimento das embalagens. “Ademais, as codificadoras por transferência térmica se integram facilmente às embaladoras horizon-tais e verticais tradicionalmente utilizadas no mercado brasileiro.”

Sinal da tão propalada flexibilidade da impressão térmica é a sua difusão até mesmo na exigente indústria farmacêutica. Três codi-ficadoras da Imaje desembarcaram no início deste ano na Schering-Plough, substituindo um sistema de marcação tipográfica que, em termos de qualidade e custo operacional, mos-trava sinais de obsolescência. No caso do labo-ratório, a termotransferência não marca direta-mente embalagens, mas rótulos auto-adesivos de papel laminados com poliéster, utiliza-dos nos frascos dos xaropes anti-histamínicos

Polaramine, Claritin e Desalex. A codificação ancora no substrato plástico. “Além da opera-ção extremamente limpa, importante em nosso segmento, ganhamos em resolução de impres-são”, diz Marco Aurélio de Sá Leitão, gerente do departamento de embalagens da Schering-Plough. Ele conta que o sistema de tipografia só permitia impressões com um único tamanho de letras e acarretava razoável desperdício de consumíveis, o que não acontece com as novas codificadoras. “Tivemos uma redução no gasto com insumos de aproximadamente 15%”, diz o gerente do laboratório.

Outro nome forte em termotransferência, área em que estima instalar 130 codificadoras por ano e agrupa clientes como Perdigão, Kraft Foods, General Brands, Brassuco e Pepsico, a Videojet do Brasil também tem grandes auspícios para a tecnologia, e ventila a estréia de um método promissor para o varejo de alimentos. “Temos um projeto diferente em andamento com a Perdigão”, anuncia Antônio Carlos Corrêa da Silva, vendedor da Videojet especialista em transferência térmica. “Ele consiste na substituição das etiquetas auto-adesivas, que são coladas em bandejas de alimentos com dados variáveis impressos, pela aplicação direta da termotransferência

NA PELE – Termotransferência ancora no filme de PET que

lamina rótulos de antialérgicos da Schering-Plough

Lançada mundialmente em setembro, a Imaje 4020 é indicada para a codificação de embala-gens secundárias, princi-palmente as de papelão ondulado. O equipamento

é o mais recente desen-volvimento da Imaje em codificação de gota por demanda (drop on demand, ou DOD na sigla em inglês), sistema ink jet que utiliza apenas as

gotas de tinta necessá-rias para a impressão da mensagem. “O DOD é indicado para embala-gens secundárias devido à economia que propor-ciona e a capacidade de marcar grandes carac-teres – 10 milímetros ou mais –, necessários em embalagens secun-dárias”, explica Cláudia Pereira, gerente de marketing para América Latina da Imaje.De acordo com o fabri-cante, a 4020 oferece resistência, alto desem-penho, economia em consumíveis (possui barril de tinta com 30

litros) e maior rapidez do processo de marcação (imprime até 90 metros por minuto). A máquina pode ser instalada pelo próprio usuário e, com o uso de cabeçotes adicio-nais, possibilita a identi-ficação de mais de um lado da caixa, ampliando a versatilidade em linha de produção. A nova codificadora pode impri-mir em até nove idiomas, possui altura de impres-são de até 64 milímetros em texto alfanumérico e comprimento máximo de 5 000 caracteres, com possibilidade de inclusão de imagens bitmap.

Gota a gota em papelão onduladoImaje lança codificadora drop on demand para superfícies porosas

GOTA A GOTA Reservatório

de 30 litros detinta diminuiparadas de

máquina

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nos filmes envoltórios.” De acordo com Silva, a Perdigão conseguiu simplificar sua operação através da modernização dos equipamentos de termotransferência. Exemplo: o uso de um modelo único de embalagem para diversos produtos, com personalização a cargo das codificadoras. “Com a tecnologia é possível imprimir, por exemplo, o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal), exigido em algumas categorias de alimentos e presente nas emba-lagens da Perdigão”, ilustra o profissional da Videojet.

Tendência mundialCarlos Vieira, gerente de produtos para a América Latina da Videojet, informa que a convergência para a codificação por transfe-rência térmica nos filmes plásticos é uma ten-dência mundial. O modelo DataFlex Plus, com sistema patenteado de controle da tensão de impressão, sem embreagens e partes móveis, é a vedete da Videojet em thermal transfer. Sob o pretexto do aumento da produtividade, a codificadora reduz as paradas de linha para trocas de insumos – conta com uma autonomia de até 1 000 metros de impressão –, manuten-ções e ajustes de peças mecânicas.

A possibilidade de imprimir informações em tempo real sem parada da impressora, a propósito, é brandida como o pulo-do-gato da termotransferência em relação aos modelos tipográficos ainda largamente difundidos na indústria brasileira. Fazem parte deste grupo a estampagem a quente, o codificador rotativo seco ao toque e o codificador de tinta molhada. Tais sistemas mecânicos são mais baratos que a termotransferência e o CIJ, mas implicam em paradas para mudanças de letras e números.

Em alguns casos, a troca acidental de infor-mações pelos operadores pode causar desde recall de embalagens até multa por órgãos de fiscalização devido a datações incorretas, por exemplo. Segundo os fornecedores, o barato também pode sair caro em termos de custos operacionais, com os desgastes e substituições dos tipos. “Vale lembrar que a codificação por tipografia pode perfurar o filme em casos de desgaste irregular das letras”, lembra Ribeiro, da Markem.

As codificadoras por termotransferência têm controle digital que comandam os três componentes chaves de que em geral são compostas e que, basicamente, funcionam da seguinte maneira: através de um controlador, uma cabeça de impressão usa pontos eletrôni-cos que são ativados e desativados eletronica-mente para transferir a tinta do ribbon para o substrato. Daí a alta resolução de impressão, de 300 dpi (pontos por polegada). O CIJ, em comparação, trabalha com 80 pontos por polegada. Dessa forma, é possível imprimir logotipos, códigos de barras, selos e quaisquer outras imagens de identificação na superfície das embalagens.

Versátil na troca do ribbon (à esq.), modelo da Videojet é capaz de codificar filmes e embalagens flexíveis para diversas indústrias. No destaque, rótulo de frasco farmacêutico e saco plástico para peças de siderurgia

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Imaje(11) 3305-9455www.imaje.com.br

Markem0800 13 2020www.markem.ind.br

Videojet(11) 4689-8800www.videojet.com

Outro tento a favor da termotransferência é a velocidade de impressão, que pode atingir 500 milímetros por segundo, em modo contí-nuo, ou 150 embalagens por minuto, em modo intermitente (gravações de dados de até 10 milímetros de comprimento por embalagem). Pelo tipo de contato com o substrato, elimina o risco de perfurações do filme e, pelo baixo grau de intervenção requerida, diminui as falhas humanas. “A termotransferência tam-bém possibilita uma área de impressão grande, chegando, por exemplo, a 107 milímetros por 200 milímetros”, comenta Vieira, da Videojet. Some-se a isso o custo atraente. Segundo Ribeiro, o custo de manutenção dessa tecnolo-gia é praticamente zero, assim como as perdas. “Uma máquina a jato de tinta contínuo ligada, mesmo sem estar codificando, precisa circular o líquido, gerando consumo”, diz Ribeiro. Na transferência térmica, o ribbon é gasto apenas no momento da codificação.

Sofisticação pesaComo ferramenta de marketing, a Markem realizou estudo comparativo entre as tecno-logias de codificação mais utilizadas para flexíveis. Um gráfico comparativo, calcado em percepções e testes, busca mostrar aos clientes como a termotransferência resulta em quali-dade de impressão melhor que a dos modelos

mecânicos, apesar dos custos similares. Em relação ao CIJ, a termotransferência ganha nas duas análises (veja o quadro).

Para especialistas e fornecedores, a ascen-são da transferência térmica espelha uma espé-cie de segundo estágio da codificação de embalagens no mercado nacional. Dezesseis anos atrás, no afã de entrar em conformidade com o então promulgado Código de Defesa do Consumidor, que tornou obrigatória a dispo-sição de dados variáveis nos produtos, muitas indústrias atenderam a exigência a toque de caixa. Agora, com a vida útil dos antigos equi-pamentos chegando ao fim, e para terem aces-so aos rigorosos mercados externos, as empre-sas vêm priorizando soluções mais avançadas tecnologicamente.

O consenso é de que o jato de tinta per-manecerá crucial para determinadas fatias de mercado, como a da marcação de embalagens secundárias. Em flexíveis, porém, tudo aponta para a crescente preferência pela termotrans-ferência e, em escala menor, pela marcação a laser. Sofisticado, o sistema a laser tem um trunfo na ausência de consumíveis – não necessita de tintas ou fitas. “Todavia, o investi-mento inicial é maior e, no caso de embalagens flexíveis, deve-se atender a algumas exigên-cias para evitar a perfuração da embalagem”, diz Ribeiro, da Markem. Além de terem custo até quatro vezes maior que o de uma codifica-dora por termotransferência, as codificadoras a laser não acompanham linhas de altíssima pro-dução, como geralmente são os casos daquelas em que embalagens flexíveis estão presentes. Ademais, exigem instalações especiais para segurança, já que usa energia elétrica e foco de luz para gravar nas superfícies por processo de queima.

Agora sob o mesmo tetoVideojet e Willett têm distribuição única no BrasilDois nomes fortes na área de codificadoras, a Willett e a Videojet, têm agora operação unificada no mercado brasileiro através da Videojet do Brasil. A união é reflexo de um plano de expansão da americana Videojet iniciado em 2002, com a aquisição de diversas empresas, entre elas a Willett. A Willett já operava no Brasil com um braço próprio, enquanto a Videojet era representada pela Comprint Materiais Gráficos.

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0Transferência

térmicaInk jet

contínuoEstampagem

a quenteRotativa seca

ao toqueCodificador de tinta molhada

A termotransferência ante as outras

Qualidade Custo de funcionamento

Um comparativo entre as principais tecnologias disponíveis paraa marcação e codificação de embalagens plásticas flexíveis*

*Os custos de funcionamento incluem manutenção e o período de indisponibilidade por causa das alterações de códigos e das fitas

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as ruas das metrópoles americanas e euro-péias, multidões com peculiares copos tam-pados à mão explicitam o boom das bebidas quentes para viagem. Calcula-se que só nos

Estados Unidos cerca de 330 milhões de copos descartá-veis são consumidos diariamente por cafés, cappuccinos, chás e congêneres vendidos sob o modelo “to take away” consagrado pela Starbucks. Patenteada pela australiana Smart Lid Systems (SLS), uma tampa inteligente de poliestireno quer abiscoitar esse mercado. Fabricada com tintas termocrômicas, a tampa muda de cor de acordo com a temperatura do conteúdo dos copos. Funciona como um termômetro, indicando se a bebida está ideal para o consu-mo. Mais: nas ruas, durante o consumo em movimento, a tampa alerta os transeuntes para a quentura do produto; nas cafeterias, mostram em segundos se as tampas foram bem presas aos copos, evitando acidentes (veja as fotos).

Por padrão, as tampas mudam de cor do marrom escu-ro para um vermelho incandescente quando bebidas quen-tes, a mais de 45º C, são acondicionadas nos copos. Outras cores podem ser utilizadas, de modo a combinarem com as identidades visuais das marcas usuárias, assim como outras temperaturas de acionamento do dispositivo.

Vendas diretas para o mundoQuatro anos de pesquisas, na Austrália e no Japão, foram consumidos até o lançamento da tampa camaleoa. Os adi-tivos termocrômicos são incorporados às tampas na fase de injeção, e não exigem nenhuma mudança no ferramental das tampas convencionais. As peças têm aprovação do FDA americano para contato com alimentos, e são acoplá-veis a copos de papel ou plásticos.

Na Austrália, a fabricante de descartáveis Rema Industries já comercializa a tampa. O plano inicial da Smart Lid Systems era licenciar a tecnologia para outras transformadoras, bem como para torrefadoras e cafeterias mundo afora. A idéia mudou. Agora a SLS está em vias de iniciar a produção da tampa com parceiros da China e de Hong Kong. Uma equipe própria cuidará das vendas inter-nacionais. “Tampas simples ou personalizadas poderão ser exportadas para qualquer país, inclusive sul-americano”, afirmou a EMBALAGEMMARCA o australiano Nick Bayss, diretor da Smart Lid Systems. Ele diz que as tampas ati-vas são “pouca coisa mais caras” que as convencionais. “Queremos torná-las acessíveis a todos, das grandes redes às cafeterias familiares”, pontifica Bays. (GK)

NAquecido, mercado de cafés e hot drinks para viagem ganha tampa-termômetro

Calor expresso

Smart Lid Systems+61 (40) 348-5858www.smartlidsystems.com

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TRANSFORMAÇÃO – Aplicada em copos vazios, em temperatura ambiente, tampa inteligente permanece com sua cor original, marrom escuro...

EQUÍVOCO – Na aplicação correta, anel de contato da tampa com o copo permanece marrom (como pode ser visto na foto grande acima); partes avermelhadas, como ao lado, na foto menor, alertam para o encaixe malfeito

...quando bebidas como cafés são colocadas no copo, a cor da tampa muda para o vermelho em poucos segundos, indicando o conteúdo quente

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heiro de inovação no negócio de águas minerais. Lançada em julho nos Estados Unidos, a Aroma Water é a proponente de um novo concei-

to de produto, a água aromatizada. A bebida tem sabor, mas não leva adição dos chamados flavorizantes ou de qualquer ingrediente extra; é água pura, comum. O que incrementa os líquidos da marca Aroma Water com sabores – a saber, lima-limão e tangerina, por ora, e com as variantes pêssego, manga, framboesa e mara-cujá prestes a serem lançadas – são as tampas de suas garrafas. Elas são embarcadas com a tecnologia de liberação de aromas encapsula-dos CompelAroma, da americana ScentSational Technologies (já mostrada aplicada a frascos de medicamentos em EMBALAGEMMARCA nº 84, agosto de 2006).

Com desenho esportivo, tendo válvula de dosagem recoberta por sobretampa, a tampa é fornecida à engarrafadora da Aroma Water, homônima, pela própria ScentSational. Em poli-

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Nada de aditivos. Sabores de água mineral resultam de tampas aromatizantes

Tampas de bom gosto

propileno e com diâmetro de 28 milímetros, sua produção se dá mediante parcerias estabelecidas com diversos transformadores, cujas identidades são mantidas em sigilo. Também não são reve-lados detalhes de como a tecnologia é aplicada à peça. Apenas se sabe que os aromas, desenvol-vidos pela conhecida multinacional suíça de fra-grâncias Firmenich, são fundidos às tampas na fase de injeção. Permanecem como moléculas protegidas pela estrutura plástica, mantendo-se ativas “por anos”, informa a ScentSational. Não se trata, portanto, de um revestimento.

Acopladas a garrafas de PET de 16,9 onças líquidas (cerca de 480 mililitros), projetadas pela Zuckerman Honickman e sopradas pela MPI Packaging, as tampas levam cerca de sete dias para impregnarem a água com os sabores de frutas. Acontece uma espécie de osmose: o aroma concentrado na tampa migra para a bebida. Despejada em um copo, a água retém o sabor, mas a Aroma Water salienta que “a expe-riência só é completa bebendo-se da tampa”.

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PUREZA – Águas Aroma Water não têm ingredientes extras.

Rótulo avisa do sabor “from the cap”

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Firmenich(11) 4617-8800www.firmenich.com

MPI Packagingwww.mpi-pet.com

ScentSational Technologies+1 (215) 886-7777www.scentt.com

Zuckerman Honickmanwww.zh-inc.com

Segundo a ScentSational, o envase a quente não afeta o desempenho da embalagem inte-ligente. A tecnologia tem aprovação do FDA, o conhecido órgão americano de vigilância sanitária. A Aroma Water é vendida a um preço unitário que varia de 1,29 a 1,49 dólar. Há planos de internacionalização da marca.

Potencial no Brasil“Como se vê, a água aromatizada é um novo produto, ao mesmo tempo em que é água pura”, disse a EMBALAGEMMARCA Steven Landau, gerente de tecnologia da ScentSational. “Muitas das águas saborizadas existentes são praticamente refrigerantes, pois contêm calorias e conservantes, adoçantes e gases.” Segundo Landau, a nova água surge como solução atra-ente para quem está em dieta e como alterna-tiva saudável para aqueles que, por acharem água mineral sem graça, costumam suprir suas necessidades diárias de hidratação com refrige-rantes e outras bebidas – hábito condenado por nutricionistas.

A ScentSational afirma ser possível criar embalagens similares para empresas brasi-

leiras, através de transferência tecnológica e da costura de parcerias com transfor-madores nacionais. Para a empresa, por não possuir ingredientes extras, a água aromatizada teria um grande apelo por aqui: poder ser vendida como água. “O mercado brasileiro é um dos poucos no

mundo a regular o uso da denomina-ção ‘água’”, comenta Landau, provando

conhecimento da realidade local. Aqui, por recomendação da Associação Brasileira

das Indústrias de Águas Minerais (ABINAM), as águas saborizadas são “preparados líquidos aromatizados”. “Nós aplaudimos essa decisão”, diz o CTO da ScentSational, “porque água com vários aditivos não é mais água.” (GK)

MATURAÇÃO – Tecnologia de liberação de aromas encapsulados, presente na tampa, leva sete dias para perfumar a água

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uma escalada de cerca de quatro anos para cá, os plásticos de rápida degradação entraram na

carteira de soluções de um grande número de transformadores nacio-nais e passaram a ser utilizados na fabricação de embalagens, flexí-veis ou rígidas, de diversas marcas preocupadas com responsabilida-de ambiental e com suas imagens perante o mercado e o público em geral no Brasil.

Sucede que tais plásticos, tam-bém conhecidos como oxi-bio-degradáveis – definição cunhada para a decomposição acelerada que sofrem pelas ações do oxigênio, de microorganismos, dos raios solares e da umidade, entre outros agentes, quando descartados – vêm enfren-tando contestações quanto à sua validade em modelos de gestão de resíduos sólidos. Uma delas foi exposta num recente boletim de uma importante petroquímica bra-sileira, numa entrevista com a pes-quisadora Eloísa Garcia, do Centro de Tecnologia de Embalagens (CETEA).

Com o objetivo de debater a ques-tão de forma isenta, e sem a presun-ção de esgotá-la, EMBALAGEMMARCA convocou Eloísa Garcia e Eduardo Van Roost, da RES Brasil, a prin-cipal empresa por trás da difusão dos plásticos oxi-biodegradáveis no país. A eles foi oferecido igual espaço (1 500 caracteres, incluídos espaços) para desenvolverem um texto acerca da seguinte pergunta: “A embalagem plástica oxi-bio-degradável é uma boa solução?”. Veja a seguir as argumentações de cada um deles.

plásticas >>> tecnologia

NHá opiniões divergentes sobre a eficácia dos plásticos de rápida degradação, cada vez mais utilizados em embalagens produzidas no Brasil

O plástico oxi-biodegradável é uma boa solução?

O pai da química moderna, Antoine L. de Lavoisier, nascido em Paris em 1743, disse que ‘na nature-za, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’. A tecnologia dos plásticos oxi-biodegradáveis Sym-phony, internacionalmente conheci-da pela marca d2w, está baseada nos fundamentos da química e da biologia. A tecnologia é testada e aprovada por laboratórios indepen-dentes e reconhecidos mundialmen-te em relação a desempenho (oxi-degradação e biodegradabilidade), contato com alimentos (FDA e CEE) e resíduos finais (ecotoxicidade). É aplicada tanto em matéria-prima vir-gem quanto reciclada. Nossos plásti-cos oxi-biodegradáveis também são recicláveis pelos processos conven-cionais. Acessíveis e econômicos, seu uso não altera os processos convencionais de fabricação.

A realidade tem mostrado que, enquanto governos de diversos paí-ses vêm banindo ou impondo taxas elevadas em relação aos plásticos convencionais, os plásticos oxi-bio-degradáveis d2w são permitidos e bem-vindos em todos os países do mundo. Num mundo globalizado, o Brasil não será exceção e todo o setor plástico deverá estar prepa-rado para responder a essas res-trições, oferecendo plásticos com característica de rápida, segura e total degradação. Tampouco pode ser ignorada a real e crescente pro-cura deste conceito de plásticos por parte de usuários finais.

A indústria transformadora brasileira deve estar pronta para enfrentar os desafios dos novos tempos. A solução oxi-biodegradá-vel d2w está baseada em fatos e na realidade.

SIMEduardo Van Roost*

* Eduardo Van Roost é diretor-superintendente da RES Brasil, que licencia para o mercado nacional a tecnologia d2w de aceleração da degradação de plásticos, patente-ada pela inglesa Symphony Plastics Technologies. Seu e-mail é [email protected]

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Há opiniões divergentes sobre a eficácia dos plásticos de rápida degradação, cada vez mais utilizados em embalagens produzidas no Brasil

O plástico oxi-biodegradável é uma boa solução?

Materiais plásticos degradá-veis não são solução para o proble-ma de resíduo sólido no Brasil, pois mesmo degradáveis requerem coleta e ocupam lugar em aterros, uma vez que a taxa de degradação não é tão acelerada nesses ambientes. Ao se degradarem em aterros há produção de gases de efeito estufa, CO2 (gás carbônico) e CH4 (metano), este últi-mo também um grande problema na gestão de aterros ao longo de sua vida útil e após fechamento e revi-talização das áreas ocupadas, pelos riscos de explosões.

A degradação é mais acelerada em ambientes com alta disponibili-dade de oxigênio e luz, ou seja, se o resíduo for jogado no ambiente. Mas esta não é alternativa de gestão, pois, além de induzir à idéia de que não há mal em jogar o resíduo em ruas, rios e terrenos baldios (contra

princípios da educação ambiental), há a lei básica que na natureza nada se perde, tudo se transforma. Ao se degradar o resíduo não desaparece, ele se transforma em partículas que se dispersam no ambiente ou, se metabolizado por microrganismos, produz principalmente CO2. Tam-bém deve ser esclarecido o impacto ambiental das partículas residuais (aditivos, adesivos, oligômeros, resí-duos de tintas e de pigmentos – alguns com metais pesados) disper-sas no solo/ar, lixiviadas pela água, permeadas até os lençóis freáticos etc.

Devemos ‘quebrar o paradigma’ de que degradação é solução para os resíduos sólidos. Gestão integra-da, consumo sustentável e educação ambiental são os instrumentos efica-zes para uma sociedade que busca o desenvolvimento sustentável.

NÃOEloísa Garcia*

* Eloísa Garcia é gerente do Grupo de Embalagens Plásticas e de Meio Ambiente do CETEA – Centro de Tecnologia de Embalagem do ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos. Seu e-mail é [email protected]

Materiais plásticos degradá-“

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um primeiro momen-to, o consumidor pode estranhar: cerveja em garrafa de champanhe,

com rolha de cortiça e servida nas conhecidas taças flûte? Trata-se da Lust, lançamento da cerveja-ria Eisenbahn, de Blumenau (SC), para o público AA. É a primeira cerveja brasileira, e terceira do mundo, produzida pelo método champenoise, tradicional sistema de elaboração do champanhe fran-cês. A técnica deixa a bebida fruta-da, frisante e com maior teor alco-ólico (11,5%, contra cerca de 4% da média das cervejas nacionais).

A Lust passa por diversas eta-pas durante sua lenta fabricação. Primeiro, é elaborada pelo proces-so normal de cervejas na fábrica de Blumenau. O resultado é uma bebida dourada, de alta fermenta-ção e com 8,5% de álcool. Depois disso, a loura é engarrafada, com a adição de açúcar e leveduras de vinho, e enviada para uma viní-cola, também no Estado de Santa Catarina. Durante um mês, o líqui-do fica em repouso, fermentando, pela segunda vez, agora dentro da garrafa. Em seguida, a bebida fica em repouso por mais trinta dias.

O recipiente então é colocado em um suporte de madeira (chamado pupitre, ou “estante”, em francês), apoiado pelo gargalo. É aí que começa o processo champenoise. Durante mais um mês, duas vezes por dia, um funcionário gira a garrafa em 45 graus, e aos poucos vai inclinando até que ela fique de cabeça pra baixo. Com isso, a levedura e a borra são deposi-tadas na boca da garrafa. Esta é congelado, a garrafa é aberta e a alta pressão interna, decorrente da fermentação, expele as impurezas, deixando a bebida límpida e bri-lhante. É o que se chama dégor-gement. Para finalizar, a rolha de cortiça e o rótulo são colocados: a Lust está pronta.

Segundo Juliano Borges Men-des, diretor de marketing da Eisen-bahn, a Lust “é uma cerveja bem frisante e refrescante, com aromas que lembram abacaxi, laranja e nozes, tem espuma densa e con-sistente, e merece uma embalagem especial”. A bebida é acondicio-nada em garrafas de vidro verde de 750 mililitros e de 1,5 litro (a chamada garrafa magnum), forne-cidas pela unidade de Campo Bom (RS) da vidraria Saint-Gobain. Os

bebidas >>> inovação

NEisenbahn lança bebida produzida – e engarrafada – como se fosse champanhe

Cerveja que é um luxo

PARA AS FESTAS – Cerveja pode substituir espumantes nas comemorações de fim de ano

MERCADO EXTERNO Produto da Eisenbahn tem vendas garantidas nos EstadosUnidos

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Arte Metais (54) 3462-1581

Gráfica Nova Fátima (43) 3552-1186

Juvenal Brasil Cortiças (54) 3463-8501

Royo & Cia (54) 3226-2022

Saint-Gobain (51) 3598-1422www.sgembalagens.com.br

Wow! – Bellow the Line (41) 3243-3243www.e-wow.com.br

rótulos de papel, com detalhes em relevo, são impressos pela Gráfi-ca Nova Fátima, de Nova Fátima (PR). As rolhas são da Juvenal Brasil Cortiças e a gaiola com o plaquete, da Arte Metais, ambas de Garibaldi (RS). A cápsula que envolve o gargalo é produzida em alupoli (um “sanduíche” de duas camadas de alumínio envolvendo uma de PVC) pela Royo & Cia., de Caxias do Sul. A identidade visual do produto é da agência curitibana Wow! – Bellow the Line.

Devido ao esmero na produ-ção, a garrafa de 750 mililitros será vendida a 75 reais e a de 1,5 litro, a 150 reais em bares especia-lizados, restaurantes finos e deli-catessens do eixo Rio-São Paulo. Antes do lançamento no mercado local, a Eisenbahn fechara contrato de exportação da cerveja para os Estados Unidos. Nada menos que 36 estados americanos receberão a Lust – “luxúria” ou “cobiça”, em inglês – já a partir do mês de outubro. (FP)

VALORIZAÇÃO Detalhes em relevo

enobrecem rótulo

PRODUTO NACIONAL Rolha, gaiola e plaquete são de fornecedores locais

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Sonoco muda...Com negócios em alta no Brasil, onde opera em embalagens multifoliadas de papel e em sistemas de fechamento, por meio da subsidiária Sonoco For-Plas, a americana Sonoco reestrutura a equipe da região. Armando Farhate, há 8 anos na indústria de embalagem, foi contratado para a gerência geral da Sonoco For-Plas, cargo anteriormente acumulado por Jim Brown, diretor pre-sidente da Sonoco na América Latina.

...Para melhor atenderAnteriormente dedicada exclusivamen-te às atividades da Sonoco For-Plas, Daisy Spaco foi alçada à diretoria de desenvolvimento de negócios para a Sonoco na América do Sul. Fernanda Cerveira assume a supervisão de ven-das da Sonoco For-Plas.

Para acompanhar o ritmoDe olho no mercado chinês, a Tetra Pak anunciou uma injeção de 30 milhões de euros na sua planta de Pequim. A fábrica atingirá a capacidade instalada de 16 bilhões de caixinhas por ano. A Tetra Pak calcula que o mercado chinês de bebidas crescerá 15% ao ano no próximo qüinqüênio.

Incentivo ao estágioA produtora de bisnagas plásticas C-Pack, com fábrica em São José (SC), ficou em segundo lugar na categoria Médio Porte do Prêmio Catarinense de Melhores Práticas de Estágio. A Reivax, fabricante de equipamentos de auto-mação e controle, ficou em primeiro.

POPAI de presidente novoO capítulo brasileiro do POPAI, órgão global de promoção do marketing no ponto-de-venda, tem novo presidente. Chan Wook Min, sócio-diretor da Tan-tum Comunicação e da Interfab, assu-miu em setembro a vaga ocupada nos últimos dois anos por Heloísa Omine.

Branding na GADCom fins de explorar o gerenciame-to de marcas, a GAD Design agora é GAD’Branding & Design. Fernando Sganga, ex-Interbrand, assume a dire-ção de estratégia de marca da agência.

Setembro agitado no ramo das embalagens cartonadas assépticas. Controlador da fabricante de caixinhas Elopak, o grupo norueguês FERD, ao lado do fundo de investimentos britâ-nico CVC Capital Partners, enviou à suíça SIG Holding uma oferta formal de aquisição de cerca de 1,7 bilhão de dólares. A FERD quer a todo custo crescer no ramo de caixinhas e, com a incorporação da SIG Combibloc, divisão de cartonadas do grupo SIG, vislumbrava criar um poderoso con-traponto à sueca Tetra Pak. A SIG, porém, parece pouco inclinada a tran-sações do tipo. Poucos dias depois do lance, a companhia informou em um comunicado oficial que seu corpo de acionistas considerou baixa a oferta. Resta ver se o negócio morre aí.

Elopak ratifica interesse na SIG, que desconsidera oferta inicial

Cartada em cartonadas

Elopak e SIG: ainda não deu namoro

Bandeira das compostáveisInglesa Sainsbury’s promove migração para biopolímeros

Gigante do varejo inglês, a Sainsbury’s fez barulho ao anunciar em setembro um plano para erradicar as embalagens plásticas convencio-nais de todos os alimentos vendidos com sua marca. Bandejas, filmes, rótulos e sacos de ráfia, utilizados em seções como os de frutas, legumes e verduras e de refeições prontas, cederão espaço a embalagens compostáveis, que se transformam em adubo após rápida degradação biológica. Mais de 500 itens adota-rão as embalagens ainda este ano,

o que, em doze meses, significará menos 3 550 toneladas de plástico consumidas pelas lojas da rede. Com a iniciativa, a Sainsbury’s diz se tornar a maior usuária européia de embalagens compostáveis. Supridas por diversos fornecedores, as emba-lagens empregarão biopolímeros obtidos da cana-de-açúcar, do amido de batata e do milho – neste último caso, através do já conhecido PLA (ácido poliláctico), da NatureWorks. “Muitas embalagens irão se decom-por mais rápido que uma casca de

banana”, disse Justin King, CEO da Sainsbury’s. Dado que tempera a estratégia da Sainsbury’s: uma em cada três casas na Inglaterra já possui cesto ou área para composta-gem em seus jardins.

Loja da Sainsbury’s: sóembalagens compostáveis

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Edição: Guilherme Kamio

Responsável por 14% das vendas totais dos supermercados, a seção de frutas, legumes e verduras (FLV) é apontada como uma das que podem ser mais bem geridas – também no que diz respeito à embalagem – para recu-perar a rentabilidade do varejo. O setor varejista amargou de janeiro a julho de 2006 o pior semestre dos últimos dez anos, com queda de 2,74% no fatura-mento, segundo leitura da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Limpeza e higienização dos produtos e embalagens, respeito ao empilhamento

máximo e maior controle da quantidade de mercadoria exposta são apontados como pontos a serem trabalhados na cadeia de distribuição de FLV. “Ape-nas 50% dos produtos que saem do agricultor chegam ao consumidor final em boas condições, e quem arca com esse prejuízo geralmente é o varejista”, aponta André Hori, sócio-diretor da Preventis Intelligence, que acaba de lan-çar o Relatório Anual de Prevenção de Perdas 2005/2006. É o primeiro estudo do gênero realizado por uma consultoria especializada.

Seção verde na volta por cimaMelhor embalados, hortigranjeiros reverteriam queda do varejo

Uma das quatro maiores fabricantes mundiais de embalagens para produtos farmacêuticos, com unidades na Índia, em Cingapura e nos Estados Unidos, a indiana Bilcare estaria prestes a iniciar a construção de uma fábrica no Brasil. É

o que R. L. Keshwani, presidente da Bil-care para a América Latina, declarou ao diário Valor Econômico. Os medicamen-tos genéricos seriam os alvos primários da Bilcare, conhecida pelas soluções de baixo custo. “Para um medicamen-to com custo de 1 real, a embalagem representaria apenas 2 centavos”, disse Keshwani. A invasão dos fornecedores indianos é um temor de longa data dos produtores nacionais de embalagens para laboratórios. EMBALAGEMMARCA pro-curou a Bilcare, mas não obteve retorno. A empresa já comercializa embalagens no mercado nacional via importações.

Uma dose do modelo indianoBilcare acena ao baixo custo em embalagens para medicamentos

“A cultura da patente, da proteção do conhecimento e da propriedade industrial ainda não está internalizada nas empresas brasileiras”

De Rita Pinheiro Machado, da diretoria de Articulação e Informação Tecnológica do Instituto

Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Dos 20 000 pedidos de patentes depositados por

ano no INPI, apenas 20% são de brasileiros residentes no país; desses, cerca de 70% são

de pessoas físicas, inventores isolados, e não de empresas. O INPI, ao lado da Associação

Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei),

começa a promover cursos de gestão de ativos intangíveis (marcas ou patentes)

Blister: um dos produtos da Bilcare

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32 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

É tudo uma questão de pertinência e ousadia

entrevista >>> Lars Wallentin

apa do design de embalagens, tendo se celebrizado como vice-presidente mundial de Inovação da Nestlé, onde labutou por quase 40 anos, o sueco Lars Wallentin é avesso a clichês e convenções. Quem

acompanhou sua palestra em São Paulo no fim de setembro, feita à ocasião do 12º Congresso Brasileiro de Embalagem, evento da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), pôde notar isso. Em vez do trivial discurso apoiado por data-show, Wallentin ministrou uma criativa oficina, regada a amostras de embalagens, anotações em lousa, projeções de imagens e lâminas caligrafadas, pintura com tinta spray e até gincanas com bolhas de sabão. “Uso tudo isso para reforçar que as embalagens também podem ser impregnadas com diversos estilos de comunicação”, comentou Wallentin, a meia-voz, antes de adentrar a saleta onde, após o workshop, concedeu uma extensa entrevis-ta a EMBALAGEMMARCA. Segundo ele, o conformismo e uma dita “síndrome do gerenciamento intermediário” nas grandes corporações têm reprimido as inovações em embalagem. Inclusive no Brasil, país que o guru já teve em boníssima conta na Nestlé, quando o considerava uma referência dentre todas as subsidiárias da companhia, mas cujas embalagens “parecem estar retrocedendo”.

O senhor é apontado como um dos primeiros homens de marketing a ter alertado que, com o progressivo enfraque-cimento da publicidade tradicional, a embalagem teria papel cada vez mais crucial para aproximar marcas e consumidores. Essa função está evidente nas embalagens atuais?Hoje qualquer indústria sabe, algumas mais, outras menos, da importância que as embalagens têm como mídia ante a

progressiva redução das verbas de marketing e da dificul-dade de fazer o consumidor absorver mensagens. O que muitas delas ainda não perceberam é que esse papel só é executado por embalagens eficientes. Pelo que percebo, nas palestras que ministro em todo o mundo, a eficiên-cia está em baixa. Há muito ruído na comunicação entre indústrias e designers. Não raro, a empresa pede uma coisa e o designer entrega outra. Veja que desastre! (aponta para o rótulo da água mineral nacional que está bebendo) Com todo o respeito, esta embalagem não deveria estar no mer-cado! Acredito piamente na afirmação de que a indústria tem a missão de educar o consumidor. E, em muitos casos, como o desta água aqui, duvido que a embalagem encante alguém, ou que no mínimo crie um vínculo mnemônico, faça sentido como extensão da marca.

Isso nos leva, a propósito, à falta de integração da emba-lagem a um programa de comunicação total da marca, apontada pelo senhor como a falha clássica cometida por muitas indústrias...(interrompendo o repórter) É um grande erro! Antes de projetar a embalagem, devemos projetar a identidade da marca. O equívoco de muitos é querer fazer tudo ao mesmo tempo. Primeiro vem o design da identidade, que permeará todas as mídias: embalagens, anúncios impres-sos, materiais de ponto-de-venda, website etc. Só então vem o desenho das embalagens. E, aí, é preciso pensar em pontos sinérgicos entre embalagem e televisão, rádio, material impresso... Deve-se integrar tudo. E isso geral-mente não é feito. Eu via isso na própria Nestlé. Diziam: “Preciso de uma embalagem, chamem uma agência de design!”. E depois: “Agora preciso de um anúncio, então chamem os caras da McCann Erickson – e não os deixem

Desatentos, designers não privilegiam o bom senso.

Bitolados, médios executivos barram as inovações.

Para o sueco Lars Wallentin, mestre do marketing,

as embalagens atuais penam com essas síndromes

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esquecer de colocar a embalagem no anúncio!”. É obriga-tório colocar a embalagem no anúncio? Não. Obrigatória é a presença da identidade da marca.

Não é paradoxal relativizar a eficácia da presença das embalagens na propaganda e ao mesmo tempo defender a importância do design?Talvez eu não tenha sido claro. Embalagens estimulam compras no ponto-de-venda. O consumidor escolhe a embalagem que mais lhe convém na loja. Em casa, lendo, vendo TV, no dia-a-dia, as pessoas se interessam por produtos, não por embalagens. Por isso é que, pondo pingos nos is, não há obrigatoriedade em vincular embalagens com peças publicitárias. Você acha que o consu-midor se lembrará, no supermercado, da embalagem que viu no anúncio da revista? Esqueça! Entre uma ação e outra o Ronaldinho já marcou três gols num jogo, muita coisa interes-sante aconteceu. Acredite se quiser: embalagens despertam muito pouco interesse nas pessoas. Para elas, fute-bol é interessante. Música é inte-ressante. O seriado ou a novela na TV são interessantes. Embalagem? Ora... (faz careta) Mas é justamente por estar lá embaixo nessa escala de interesses que ela deve ser sempre boa, que o designer deve se superar. Não podemos nos sentar nos escritó-rios e conformarmo-nos com sofismas. É aquela história do mito que, de tanto replicado, acaba virando verdade. Vários deles rodeiam as indústrias. Aqui mesmo, neste evento, é possível encontrá-los.

Quais, por exemplo?Um exemplo claro é o do... (hesita) Eu vi uma moça dizer, categórica, que o consumidor está interessadíssimo em nutrição. Será? Veja quanta gente obesa ao redor... Quantas moças obesas! Numa projeção otimista, talvez 10% das pessoas estejam realmente preocupadas com nutrição. Elas vão a lojas especiais, compram produtos especiais. Mas nós, pessoas comuns, não! (enfático) Sejamos honestos: quem presta muita atenção na informação do valor calóri-co das embalagens? Você? Aposto que não. Eu não presto atenção. Alguns consumidores podem até gastar uma piscadela com o teor calórico, mas não olham as taxas de gordura. E criam-se grandes histórias em torno disso...

O senhor costuma dizer que as embalagens devem sempre surpreender o consumidor, mas poucas empresas têm obti-do êxito nisso. A criação de um núcleo criativo próximo da direção executiva, como aconteceu com o senhor, que respondia diretamente à alta cúpula da Nestlé, pode ser benéfica às indústrias?A falta do fator surpresa nas embalagens é sem dúvida um

problema enorme. Quanto à coloca-ção de um setor de inovação próxi-mo à direção, claro que é um passo importante, mas gostaria de lembrar outra coisa. Uma grande barreira às inovações é a estrutura corporativa baseada em camadas. Eu respondia diretamente à direção central da Nestlé. Quando eu sugeria proje-tos, sempre recebia sinal verde. Os diretores diziam: “Ótimo, vamos fazer!”. Mas aí a coisa emperrava nas camadas de baixo. Isso acontece em muitas das grandes empresas, senão em todas, a ponto de hoje podermos afirmar categoricamen-te que existe uma “síndrome do gerenciamento intermediário” (pega a caneta do repórter e desenha um organograma). Esses gerentes do meio estão matando muitas das grandes idéias. Muitos poderão ficar bravos com o que vou dizer, mas é a verdade... (risos) Pode escrever: a culpa pela falta de inovações nas grandes companhias nunca é da alta cúpula. Eles querem inovação. Eles

precisam da inovação! A culpa é dos executivos do meio, que formam uma massa intermediária pesada, um lastro. Eles não querem ousar e correr riscos. Querem conforto. A vontade de surpreender é podada nesse circuito até o topo das organizações.

As companhias menores estão livres desse risco?É claro que as companhias menores, mais enxutas, têm mais chance de inovar. Mas elas devem, obviamente, se cercar de bons profissionais de design. Se elas não quiserem gastar dinheiro e tentarem resolver o problema elas mesmas, ou delegarem o design das suas embalagens a diletantes, elas não obterão inovação. E aí partimos para outro problema, que é conseguir bons designers de embalagens. Diria que 80% daqueles que se intitulam designers de embalagens são apenas designers gráficos. E 80% dos que pensam serem designers gráficos são meros operadores de software que repetem fórmulas visuais. É um grave problema, que acon-

entrevista >>> Lars Wallentin

“Uma grande barreira

às inovações em

embalagem é a

estrutura corporativa

baseada em camadas.

Existe uma ‘síndrome do

gerenciamento intermedi-

ário’. A alta cúpula quer

a inovação, mas os execu-

tivos do meio do organo-

grama matam muitas

das grandes idéias”

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outubro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 35

tece no mundo inteiro. Há pouquíssimos designers de emba-lagens de verdade. Um designer de embalagem de verdade precisa saber os aspectos técnicos dos plásticos e de todos os materiais, precisa conhecer desenho industrial, propriedade intelectual e questões legais, tecnologias de impressão e equipamentos. Não basta se achar artista.

Outro constante alerta seu é o de que as embalagens geralmente carregam muitos dados, muito texto, mas quase nunca comunicam algo de fato. Como evitar essa “overdose informacional”?Defina o que é importante. Informações cruciais devem ser grandes, e, as menos importantes, pequenas. Sempre há informações obrigatórias, aquelas para obedecer às leis, geralmente colocadas no painel traseiro. Mas por que colocar informações de ingredientes, do fabricante, a tabela nutricional, em tamanho grande? Há motivo para colocá-las nesse tamanho? (apanha uma lata nacional de Neston de seu material de palestra). São informações entediantes para o consumidor! Por que colocar dois logotipos num mesmo rótulo? (destaca o rótulo-manga da água mineral e o segura). Como estabelecer parâmetros, como regular os tamanhos? Com bom senso, ora!

O bom senso é artigo em falta entre os designers?Não tenha dúvida. Não apenas entre os designers, mas também nos executivos que aprovam esse tipo de coisa. Pouquíssimas pessoas são capazes de analisar o design com senso comum para definir o que é importante e o que não é. É o senso comum que nos mostra que não há fórmula para desenhar embalagens. O que é pertinente a um tipo de produto certamente não é para outro. Essa é uma lei básica, mas que não entra na cabeça de muitas pessoas: o design de embalagens só tem regras gerais para casos específicos. O fator fundamental numa embalagem de leite é a nutrição. Numa embalagem de chocolate é a satisfação. Numa emba-lagem da Maggi, o principal é o sabor. Por que os designers não priorizam o que é fundamental e cortam o que é desne-cessário? Por quê? (pega a lata de Neston e começa a lê-la em português) Veja isso aqui: “Modo de preparo”... Essa informação é realmente essencial, e nesse tamanho desco-munal? Todos não sabemos como preparar mingau? É preci-so explicar que o Nescau é para ser adicionado ao leite? Ou que um envelope de chá precisa de infusão na água quente? Além de perdermos espaço, idiotizamos o consumidor. Se o consumidor sabe ler, certamente já sabe como todos esses produtos funcionam! Nesta lata há seis grandes dizeres destacados no painel frontal. Defina o USP (Unique Selling Proposition, ou Proposta Única de Venda) ou o RCB (Real Consumer Benefit, ou Benefício Real ao Consumidor). A partir disso, poderíamos nos livrar de três desses dizeres e fazer crescer o que realmente importa!

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36 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

Vemos, em muitas das indústrias, um afã de aumentar vendas entre os consumidores de baixa renda. Isso não representa um risco à inovação, na medida em que o enxu-gamento de gastos com embalagens pode ser priorizado?A simplificação das embalagens para o consumidor com menor poder aquisitivo só faz sentido na direção da dimi-nuição de porções. Não há razão para eliminar vantagens como dispositivos de fácil abertu-ra, por exemplo. Sempre é possível economizar otimizando-se o uso de material e reduzindo a complexidade dos serviços, mas é claro que sempre há um limite. O importante é ressaltar que o alvo na baixa renda não dimi-nui a importância do bom design, e essa é uma conclusão infeliz em muitas empresas. Quem tem pouco dinheiro também tem a aspiração de desfrutar do melhor. Além disso, eu certamente conseguiria criar um design muitíssimo melhor para este rótulo (novamente a garrafa da água mineral) utilizando menos cores. (começa a contar o número de cores presente na impressão do rótulo) Cinco cores! Dê-me três cores e eu juro que faço um design bem melhor, economizando, ao mesmo tempo, com tintas e impressão.

O que ainda é pouco explorado, em termos técnicos ou tecnológicos, e pode ajudar a criar embalagens de impacto?Vejo um grande potencial para explorar sons nas embala-gens. As empresas poderiam pensar em agregar dispositivos sonoros às suas embalagens, por exemplo através de micro-chips. Não há dificuldade tecnológica. Lapide a idéia hoje e os chineses fabricam os chips amanhã! O pessoal da indús-tria está muito careta. Não há mais aquela loucura saudável! Considero-me, com orgulho, um pouco louco. Na hora em que me viram pintando a parede com tinta spray, na palestra, ouvi cochichos na platéia. Certamente alguns murmuraram: “Esse cara é louco!”. Claro que pedi permissão para fazer aquilo, pois sou louco, mas não estúpido... (risos) Por que não fazer uma embalagem, digamos uma de cereal matinal para adolescentes, somente pintada com spray? (empostan-do a voz) “Não, temos que fazer isso do modo normal!”, diriam os executivos. Existem tintas, pincéis, técnicas mil, mas não: a coisa tem de ser feita no computador. Daí tudo fica igual. Temos uma vasta gama de ferramentas maravi-lhosas e não as usamos. O “politicamente correto” é uma droga. Hoje em dia as pessoas estão medrosas como nunca.

Ninguém ousa mais, com raríssimas exceções. Estamos todos muito conformistas. E no negócio de design de emba-lagens você deve ser um inconformado permanente.

Sabemos que esta não é sua primeira visita ao Brasil. O design de embalagens daqui está evoluindo?Vim pela primeira vez ao Brasil quase trinta anos atrás. O

país ainda era muito subdesenvolvi-do. Com o passar dos anos, o Brasil tornou-se meu mercado favorito na Nestlé. Por quê? Porque eu via muita, muita criatividade nas emba-lagens feitas aqui. Havia ousadia, havia pensamento criativo por trás delas. Cinco ou seis anos atrás, em outra visita, achei as coisas regulares. O que eu vejo agora é o design bra-sileiro de embalagens retrocedendo e entrando numa zona de conforto. Fico triste, pois tenho a sensação de uma queda de qualidade em muitas áreas. Lembro que antigamente eu tinha a Globo como a melhor estação de televisão do mundo... Procuro nos jornais, cerco-me de informações e a impressão é que vocês perderam a exuberância! O Brasil perdeu a diversão! (exaltado) Por Deus, vocês são brasileiros! O Brasil não tem a tradição sangrenta dos países euro-peus, é um país jovem, que tem tudo para construir uma abordagem jovial do design! O Brasil hoje é uma refe-rência em medicina. Constrói aero-

naves. Tem um rico agronegócio. O Brasil faz uma série de coisas fantásticas. Design de embalagens, infelizmente, não. (bate na mesa com a mão)

Como o senhor interpreta essa queda de qualidade?Seria muita presunção ter uma resposta pronta. Não sou brasilianista, não sou um grande estudioso do seu país. Mas, por exemplo, quantas escolas brasileiras de design existem? A impressão é que não existem boas escolas de design aqui. Outra coisa me incomodou: pouca gente fala inglês. Não dá para militar no negócio do design sem dominar o inglês. Isso é grave! Na Polônia, ninguém falava uma palavra em inglês vinte anos atrás. Há três semanas eu estive lá e todos falavam inglês. Você vai à Rússia, e eles falam inglês. Vá à China: eles falam inglês. O ensino do design deve ser em inglês. Dias atrás uma jovem estudante suíça me contou que começou a estudar design na Itália. Perguntei-lhe: “Você fala italiano?”. Ela respondeu: “Não preciso, pois lá é tudo em inglês”. Outra coisa: a perda de vigor do design

“O Brasil já foi o meu

mercado favorito na

Nestlé. Via muita

criatividade nas

embalagens feitas

aqui. Agora eu vejo

o design brasileiro

de embalagens

retrocedendo, entrando

numa zona de conforto.

O Brasil perdeu a

exuberância!”

entrevista >>> Lars Wallentin

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outubro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 37

de embalagens é imperdoável, principalmente porque hoje ninguém mais pode usar a insuficiência tecnológica como muleta. A tecnologia evolui cada vez mais. Tecnologia não é problema hoje em dia.

Mesmo com esse desapontamento, o senhor exaltou na sua palestra o fato de o Brasil ser um dos países que mais utili-zam relevo nas embalagens de papel cartão... (interrompendo) Acho isso maravilhoso! Boa parte dos car-tuchos que vi aqui no Brasil tinha gravações em braile para os deficientes visuais, e já me informaram que essa medida vem sendo tomada geralmente sem incremento do custo da embalagem. Muitos países ainda não perceberam essa opor-tunidade! O apelo tátil é importante. Pelo que acompanho, o Brasil lidera essa tendência ao lado das Filipinas. Acho importante dizer isso para não acharem que eu só vi coisas negativas aqui. Não! Há coisas geniais sendo feitas nesse país, e nós temos de bater palmas para elas.

O que mais o impressionou nas embalagens brasileiras?Fiquei impressionado com as latas de aço com formato (expandidas) que estão sendo feitas no Brasil. Falando especificamente da Nestlé, você viu aquelas latas do Leite Ninho, com formato de lata de ordenha? São espetaculares! A lata do Leite Moça é fantástica. Esse tipo de inovação é a forma de se manter forte diante das marcas próprias! Usem a tecnologia para fazer mais latas assim! Mas é bom lembrar que o sucesso da lata expandida do Leite Moça deveu-se a um projeto, com a mudança da embalagem sendo muito bem comunicada por campanha publicitária e tal. Só a embalagem não adianta. Voltando à questão, gostaria de conhecer mais a fundo as indústrias de plásticos, de vidro, de alumínio no Brasil... Certamente também há coisas boas nesses campos.

O senhor parece ter um especial carinho por papel, papelão e papel cartão como materiais de embalagem. Quais os motivos dessa predileção?Pura questão sentimental. Eu nasci e fui criado na floresta sueca, rodeado pela indústria papeleira. Aprendi na escola quase tudo sobre produção de papel e papelão. Trabalhei nessa área. Gosto da textura dos materiais celulósicos, da qualidade de impressão que eles permitem. Então, obvia-mente, meu coração pertence ao lugar onde cresci. Tenho um real carinho por papéis, papelão, papéis cartão. Amo a qualidade de impressão, a textura desses materiais... Gosto dos plásticos, mas confesso que eles me remetem a coisas baratas, sem elegância. Gosto muito do alumínio. Gosto muito do vidro. E é por saber da versatilidade dos materiais que fico pasmo vendo coisas assim (segura uma garrafa de PET e aponta para a base petalóide). Eu sei das questões técnicas que envolvem esse formato e tudo o mais, mas isso é bonito? Deus, isso me lembra uma camisinha! (risos)

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38 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

Falta de integração na comunicação total

Para ser 100% eficaz, a embalagem e a marca devem

ter efeito sinérgico, mostrar que fazem parte de um pro-

jeto de comunicação total que inclui outras embalagens

(display, caixas de transporte) bem como outras mídias

(TV, impressos, outdoors etc.).

Proeminência insuficiente da marca

A marca deve ser rapidamente identificada. Em 90%

dos casos o logotipo é priorizado nas embalagens,

mas um formato, cor(es) e um ícone podem ser mais

eficientes quando geram um rápido reconhecimento.

“Estourar” o logotipo é recomendável. Ao projetarmos

uma embalagem tridimensional (sachês são exceções)

devemos incluir painéis laterais no primeiro layout.

Assim, o logotipo (ou outro elemento) pode, em certos

casos, ser sobreposto depois. Nunca julgue um design

de embalagem preso em uma lousa. Qualquer design é

bonito nessa situação.

Excesso de elementos no design

Um grande design de embalagem raramente tem mais

do que três elementos-chave, mais freqüentemente

o logotipo, a ilustração do produto e a USP (Unique

Selling Proposition, ou Proposta Única de Venda), ou,

como alguns chamam, RCB (Real Consumer Benefit, ou

Benefício Real ao Consumidor).

Sobrepor elementos não é problema. Se o consumidor

não vê o logotipo inteiro porque outro elemento o cobre

parcialmente, seu cérebro irá completar o que ficou

escondido.

Excesso de palavras

O consumidor está realmente interessado em ler tudo

o que está impresso? Certamente não! Alguns textos

obrigatórios podem ser impressos no rodapé da emba-

lagem ou em uma dobra. Para os outros textos, seja

o menos prolixo possível. Um bom copidesque pode,

muitas vezes, reduzir um texto em 20% a 30% e ao

mesmo tempo torná-lo mais interessante. Uma caixa

de cereal matinal poderá ser lida ou estudada, mas é

improvável que o consumidor tenha interesse em ler

textos pequenos de um pote de iogurte ou de um invó-

lucro de chocolate.

Verso da embalagem desinteressante

Um pote de sorvete ou uma embalagem de batata frita

pode conter ingredientes e informações nutricionais em

quinze idiomas, em textos pequenos e compactos. Isso

gera flexibilidade de distribuição e economia, já que o

consumidor desses produtos não tem nenhum ou tem

pouco interesse em ler esses textos. Já um leite rico

em cálcio ou com baixa caloria deve ter o máximo de

informações possível sobre seus benefícios, pois quem

o consome quer saber. O design multilingüe pode ser

um obstáculo aqui.

Dificuldade para abrir

Deve-se sempre tornar o dispositivo de abertura de

uma embalagem amigável ao consumidor. As tiras para

rasgar uma embalagem de cartão devem ser perfuradas

com perfeição. O anel em uma lata deve romper facil-

mente, mesmo para uma pessoa com artrite leve. Se

por alguma razão o dispositivo de abertura não ceder

facilmente, ou tiver um sistema à prova de violação,

é recomendável imprimir instruções de como abrir de

forma clara, com letras grandes.

Tipo de embalagem ou material errado

O que já foi visto como uma embalagem eficiente há dez

anos hoje pode ser visto como antiquado, complicado

ou não-ecológico. Para evitar embalagens obsoletas,

atentar que a eficiência vem da otimização de material,

formato, comunicação, facilidade de manuseio e custos.

Otimização da embalagem é um trabalho de equipe com

profissionais técnicos, legais, de marketing e de design.

Falta de Proposta Exclusiva de Venda (USP)

ou Benefício Real ao Consumidor (RCB)

O consumidor não compra apenas o produto, mas aquilo

que ele oferece, ou seja, serviço, sabor, resultado final

(satisfação) etc. Por isso é essencial expressar clara-

mente na frente da embalagem o verdadeiro motivo para

comprar, seja ele sabor/gosto, conveniência, preço/ofer-

ta, valor nutricional, consideração ecológica etc. Uma

vez que eu compreendo o que estimula a venda de

determinado produto, preciso espalhar a informação. É

necessário “perturbar” o design com essa mensagem,

pois ela é o convite à ação que leva às vendas.

Oito passos para a ineficáciaOs erros mais comuns no design de embalagens de varejo, segundo o consultor sueco Lars Wallentin

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o enchimento nas fábricas até o carrinho de compras do consumi-dor, nos supermercados, as bebidas carbonatadas enfrentam variações

radicais de temperatura. Refrigerantes, por exemplo, geralmente envasados a frio, não raro são submetidos a mais de 60º C na fase de distribuição. Perdas de gás e vazamentos podem acontecer devido a tais oscilações. Com o objetivo de evitá-los, a Alcoa CSI naciona-lizou recentemente a XT Closure, uma tampa cujo desenho garante um desempenho superior em selagem. Passível de utilização em garrafas plásticas ou de vidro, a XT foi destacada na sexta edição da TecnoBebida, feira realizada entre os dias 12 e 14 de setembro no Centro de Exposições Transamérica, em São Paulo.

A Alcoa CSI aproveitou o evento para apresentar outras novidades. Para vinhos, a fornecedora anunciou a chegada ao Brasil de sua rolha de vidro Vino-Lok (detalhada na edição anterior de EMBALAGEMMARCA). Outra solução destacada para bebidas carbonatadas foi a tampa de rosca Short Height 28 milí-metros. Ela possui peso menor e sistema de rotação mais curto, facilitando a abertura pelo consumidor. Apelando ao menor custo, a Short

tampas >>> bebidas e cosméticos

DNacionalização de sucessos do exterior agita o mercado de tampas

Aqui depois de láHeight começa a ser utilizada pela Coca-Cola nos Estados Unidos e no México.

Para o mercado de águas minerais, a Alcoa CSI exibiu a Aqua Lok 26 milímetros produ-zida localmente. A tampa já estava disponível ao mercado nacional desde 2004, porém sob importações. O diâmetro de 26 milímetros é uma tendência no mercado mundial de águas. Num cotejo com o padrão de 28 milímetros, o diâmetro menor favorece a economia de maté-ria-prima na construção do gargalo das garra-fas de PET – cerca de 1,7 grama no peso total da embalagem. Construída em peça única, a Aqua Lok 26 é mais leve que as tampas de 28 milímetros, o que gera vantagens logísticas, e não tem vedante, o que afasta o risco de inte-rações de sabor com a bebida. Três entradas de rosca garantem um baixo torque de remoção na abertura da garrafa, facilitando ainda a apli-cação e reduzindo perdas na linha de encap-sulamento. Rodolfo Haenni, coordenador de marketing da Alcoa CSI na América do Sul, explica que a utilização da Aqua Lok 26 no Brasil ainda se restringe às águas da Schinca-riol. “Nos Estados Unidos e na Europa, porém, ela já é utilizada por diversas marcas, como a Nestlé”, aponta Haenni.

MALEABILIDADETampa XT evita

que variações de temperatura comprometam a integridade de

bebidas gasosas

40 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

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AÇÃO

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Igualmente presente à TecnoBebida, a Beri-cap também torce pela difusão do novo padrão de tampas para águas no país. Para esse fim, a empresa aposta numa tampa de polietileno de alta densidade (PEAD) – a Aqua Lok da Alcoa é de polipropileno. Trata-se da Hexacap 26,7 milí-metros, com peso unitário de apenas 1,6 grama (a propósito, cabe explicar que o diâmetro de 26,7 milímetros é o real – a redução para 26 milímetros ocorre por pura convenção). Como a tampa concorrente, a Hexacap 26,7 é produzida sem a adição de agentes deslizantes, o que evita alterações de sabor da água envasada.

Luiz Henrique Penchiari, gerente comer-cial da Bericap brasileira, tira de planilhas uma prova de como o diâmetro 26 caminha para se tornar um padrão mundial. Na América do Norte, onde opera no nicho de águas em parceria com a Amcor, a Bericap já fornece anualmente 3 bilhões de unidades da Hexacap 26,7 para o fechamento de garrafas de água sem gás. Só a Nestlé Waters consome mais de um bilhão dessas tampas por ano, utilizando-as em linhas de envase que chegam a atingir

...e também da Bericap para águas sem gás

NOVO PADRÃO?Diâmetro 26 milímetros é aposta da Alcoa CSI...

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Pacote completoNotória pelas tampas, Indeplast inicia produção de frascos de PET

Bastante conhecida pela fabricação de tampas plásticas, a Indeplast oficializou sua entrada no negócio de fabricação de frascos de PET. A fornecedora adquiriu uma sopradora da francesa Sidel, que opera sob a tecnologia de ciclo frio. “Essa tecnologia possibilita soprar os frascos a partir de pré-formas prontas”, explica Rodrigo Gomes da Costa, diretor de negó-cios da Indeplast. Segundo ele, a produção de frascos de PET faz parte de uma estratégia da empresa de oferecer sistemas completos de embalagem. Óleo comestível, vinagre, molhos e sucos prontos são possíveis alvos da nova operação.

42 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

cadências de até 1 200 garrafas por minuto. A Bericap dispõe de uma célula de produção da Hexacap 26,7 em sua planta de Sorocaba (SP). A Schincariol também é cliente dessa tampa da Bericap desde o início de 2006 e, segundo Penchiari, uma importante marca do setor estreará em breve com a tampa.

Bisnagas também na pautaA nacionalização de tampas também contem-pla o nicho das bisnagas. Tendo atendido esse mercado via importações da matriz americana até o fim do ano passado, a Seaquist Closures iniciou produção local. Marcelo Garcia Chiara, gerente de contas da fornecedora, explica que as importações alicerçavam um trabalho de avaliação do potencial e das necessidades do mercado brasileiro. Agora, a fabricação local reflete uma tendência que está migrando do exterior para cá. “Assim como ocorre no mer-cado americano, cada vez mais as empresas brasileiras terão a opção de escolher a tampa e o tubo do fornecedor preferido”, explica Chia-ra. “Em um passado recente a tampa e a bisna-ga eram compradas de um mesmo fornecedor, pois não existiam alternativas no mercado.”

Um exemplo do que passa a ser ofere-cido pela Seaquist é a família de tampas de polipropileno Softline, nos diâmetros de 35 e 50 milímetros. Uma das vedetes da empresa, a linha é destacada por seu apelo premium, explicitado pelas formas arredondadas e pela

Alcoa CSI(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Bericap(15) 3235-4500www.bericap.com

Indeplast(11) 6806-5000www.indeplast.com.br

Seaquist Closures Brasil(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

dobradiça Dual Axis, “que garante um sistema de abertura resistente e seguro, sem os cantos vivos e quebras comuns nas opções existentes no mercado”, sustenta Chiara. O orifício de saída, do tipo Vulcano Spout, mantém a parte interna da tampa limpa, evitando depósitos do produto. A versão 50 milímetros pode utili-zar a válvula de silicone SimpliSqueeze, que oferece maior controle do fluxo de saída do produto. Podendo empregar cores e pigmentos especiais, as tampas podem ser adotadas por tubos de cosméticos, itens de higiene pessoal e alimentos. Chiara revela que a Softline estre-ará em breve no mercado de cuidado pessoal em duas importantes marcas, por ora mantidas em sigilo a pedido das clientes. (GK)

LOCAL – Seaquist Closures agora oferece tampas nacionais para

bisnagas

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44 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2006

onsolidada ao longo dos anos como o princi-pal encontro da indústria norte-americana de rótulos,

a Labelexpo America teve sua mais recente edição realizada entre os dias 11 e 14 de setembro último, coincidin-do assim com a semana em que foram lembrados os cinco anos dos atentados de 11 de setembro. A despeito do aler-ta laranja nos aeroportos dos Estados Unidos, um número nunca antes regis-trado de visitantes estrangeiros, inclu-sive brasileiros, marcou presença no evento, que é realizado em Chicago a cada dois anos. Foi um recorde histó-rico, destacado mais de uma vez pelos organizadores durante a conferência de abertura da feira. A intenção dos execu-tivos do Tarsus Group, responsável pela Labelexpo Global Series, era demons-trar o caráter “cada vez mais global” da Label americana.

Tal esforço faz sentido quando se considera que, para alguns, a exposi-ção de Chicago é um evento bastante voltado à América do Norte, enquanto sua “irmã” Labelexpo Europe, reali-zada na Bélgica nos anos ímpares, teria perfil mais internacional. Porém, a forte presença de comitivas numerosas provenientes de países latino-america-nos e asiáticos indica que a Labelexpo America aos poucos vem rompendo o estigma “bairrista”. Contribui para isso o fato de que as mais de 450 empresas expositoras representavam ao todo 88 países. No lado do público, dos cerca de 13 000 visitantes, 20% eram de fora dos Estados Unidos.

Outro detalhe destacado pela orga-nização da feira foi o crescimento de 23% das delegações latino-americanas em relação a 2004. Para Mike Fairley,

evento >>> Labelexpo Americas 2006

C

A mais importante feira de negócios da indústria norte-americana de rótulos ganha pes o internacional com novidades em equipamentos e substratos

Em Chicago, uma Label cada vez mais global

um dos profissionais da Labelexpo Global Series, esse detalhe diz muito sobre o atual momento do mercado mundial de rotulagem.

“Na busca por novos mercados, impulsionada pela crescente pressão por custos nos países desenvolvidos, a América Latina representa hoje uma imensa oportunidade de crescimento para as indústrias ligadas à cadeia de rótulos”, ressaltou o executivo, forne-cendo assim uma teoria para a onda de fusões que atinge o mercado brasileiro de conversão de auto-adesivos, com destaque para a recente compra da Pimaco pela Bic.

Termoencolhíves em altaNo âmbito dos corredores da feira, foi possível notar que muitos visitan-tes brasileiros consideraram o setor de filmes termoencolhíveis o celeiro dos

Por Leandro Haberli, enviado especial

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lançamentos mais relevantes da Label deste ano. Essa percepção não significa que a feira deixou de focar o mercado de auto-adesivos, que continua concen-trando o maior volume de expositores. Todavia, a idéia de que as principais novidades se concentraram na seara de shrink labels reforça a percepção de que as tendências tecnológicas do ramo de auto-adesivos não se altera-ram radicalmente nos últimos anos, quando se intensificou o surgimento de equipamentos modulares e inter-cambiáveis, que combinam diferentes sistemas, além de imprimir sobre vir-tualmente qualquer substrato. Mais do que qualquer coisa, as movimentações na Labelexpo reforçam o conceito de one-stop shop, com os convertedores investindo em diferentes sistemas de impressão para atender as variadas demandas de seus clientes.

CADEIA REUNIDA – Evento recebeu mais de 13 000 visitantes, dos quais, mais de 140 brasileiros. Participação das delegações latino-americanas cresceu 23% em relação a 2004

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A mais importante feira de negócios da indústria norte-americana de rótulos ganha pes o internacional com novidades em equipamentos e substratos

Em Chicago, uma Label cada vez mais global

Por outro lado, o mercado de termo-encolhíveis vive a expectativa da disse-minação dos rótulos roll-on shrink-on (ROSO), que vêm ganhando partici-pação crescente nos Estados Unidos e na Europa. Inicialmente lançados pela Exxon Mobil, que registrou a marca, os rótulos ROSO trazem a promessa de alterar os padrões do setor de ter-moencolhíveis pelo fato de que podem ser aplicados por máquinas alimentadas por bobinas, a exemplo das utilizadas no mercado de rótulos wrap-around para garrafas PET. Dessa forma, eles perrmitem que os convertedores atuem com termoencolhíveis sem necessaria-

Na área de substratos auto-ade-sivos, destaque para o estande da brasileira Colacril. Ao lado da Mastercorp, da área de fitas de transferência térmica para impressão de códigos de barras, a empresa foi um dos dois únicos expositores nacionais da Labelexpo America 2006. Já exportando para América Latina, Canadá, África, Oriente Médio e Europa, a Colacril anunciou na feira par-cerias com dois novos distribui-dores – um da Flórida e outro da

Califórnia. Segundo Valdir Arjona Gaspar, diretor presidente da empresa, em menos de um ano deverá ser duplicada a capacidade produtiva atual, de 15 milhões de metros quadrados. Hoje a Colacril possui dois centros de distribuição fora do Brasil (Argentina e Chile), e estuda inaugurar em breve uma planta produtiva possivelmente na América Central. “A concentração que houve nos últimos tempos, com aquisições de empresas brasileiras por grandes grupos

internacionais, abriu boas oportu-nidades para a Colacril”, comenta o empresário. “Os convertedores de auto-adesivos não gostam de ficar presos a um único fabricante de substratos.” Quando a expan-são da capacidade produtiva for concluída, Gaspar espera que as exportações passem a ter o mesmo peso das vendas internas no faturamento da empresa.Colacril(44) 3518-3500www.colacril.com.br

Presença brasileira fortalecidaColacril estuda inaugurar fábrica de bases auto-adesivas na América Central

Equipamentos de inserção de circuitos impressos com antenas em rótulos e etiquetas foram um dos destaques da área que os organizadores da Labelexpo Americas destinaram às soluções de RFID. Boa parte dos fabrican-tes de equipamentos para conver-são de auto-adesivos já está atu-ando nesse mercado, oferecendo módulos de inserção de sistemas RFID em rótulos. Após o corte e a impressão dos rótulos, essas máquinas fazem a impressão da antena e o processo de delamina-ção. A tarefa seguinte é aplicar o chip, gravar as informações e fazer o teste da etiqueta. Com a evolução tecnológica, todo esse processo vem sendo feito in-line,

com altas velocidades e precisão. Dessa forma, a tendên-cia é que os módulos de inserção de sistemas RFID ampliem as perspectivas de inserir o circui-to impresso no próprio rótulo do produto (RFID inlay). Mas o grande mercado para aplicação de sistemas RFID em etiquetas ainda se situa na cadeia de supri-mentos. Nos Estados Unidos, vale dizer, existe uma tendência entre grandes redes varejistas de exigir que seus maiores fornece-dores entreguem os produtos em embalagens de despacho dotadas de sistemas de identificação por radiofreqüência.

Foco também em RFIDEvento destacou investimentos em máquinas de aplicação

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mente investir em máquinas para apli-cação de sleeves.

Apesar dessa vantagem, os rótulos ROSO apresentavam até pouco tempo atrás taxas de retração entre 18% e 24%, bem menores que as das man-gas termoencolhíveis, ou shrink slee-ves, que hoje podem encolher mais de 70%. Todavia, novidades anunciadas em Chicago este ano indicam que nesse aspecto os rótulos ROSO já não devem muito aos shrink sleeves.

A divisão Performance Polymers da Avery Dennison, por exemplo, lançou seu Roll-Fed Shrink (RFS), um filme de poliolefina impresso pelo verso, que pode ser aplicado à maneira de um rótulo wrap-around, encolhendo a taxas superiores a 40%. Para aplicações especiais, que exigem níveis elevados de retração, a própria Avery Dennison fornece adesivos UV de performance apropriada. Quem também vem inves-tindo em adesivos para esse tipo de termoencolhíveis é a National Starch, em outro indício do potencial de cresci-mento dos ROSOs. “A taxa de encolhi-mento que estamos oferecendo no RFS assegura aplicação em grande variedade de formatos de embalagem”, diz Dan Meldrum, gerente de desenvolvimento de mercado da divisão Performance Polymers da Avery Dennison. Entre outras alegadas vantagens do RFS em relação ao shrink sleeve estão melhor printabilidade e menor custo por rótulo impresso. Amostras de RFS distribuí-das durante a feira foram impressas em máquinas da Gallus, parceira da Avery Dennison no projeto.

Quem também está investindo em rótulos ROSO é a Klöckner Pentaplast. Além de ampliar sua família de subs-tratos para produção de shrink sleeves, tendo apresentado na feira filmes com taxa de retração superior a 75%, a empresa anunciou melhorias em seus filmes ROSO feitos de PVC, que agora encolhem até 53%.

Domínio das mangasÉ difícil saber quando os rótulos ROSO vão se disseminar no Brasil. Para que o conceito cresça, é necessário que os convertedores que atuam com wrap-around acrescentem equipamentos de encolhimento a suas linhas de rotu-lagem. “Até agora poucas empresas instaladas no Brasil sinalizaram esse tipo de interesse”, afirma Carlos Rosa, consultor da área de termoencolhíveis. O certo é que por aqui as mangas deve-rão continuar dominando o setor de termoencolhíveis por bastante tempo. “O mercado brasileiro de shrink labels vive a tendência de substituição de aplicadoras de baixa velocidade, hoje predominantes, por máquinas de alta velocidade”, diz Carlos Rosa.

Em mais uma demonstração de que esse movimento deve ganhar escala no Brasil, fabricantes como a Karlville, do ramo de máquinas de aplicação de termoencolhíveis, vêm mostrando inte-resse em ampliar sua atuação no Brasil. Baseada na Flórida, a empresa também aproveitou a feira para divulgar a recen-te aquisição da francesa Scheidegger, outra fabricante de equipamentos para shrink sleeves.

Já em termos de tecnologias de impressão, a Label mostrou que os fabricantes de impressoras de banda estreita consolidaram as tendências observadas em edições anteriores da feira. Equipamentos que oferecem tro-cas cada vez mais ágeis de serviço, por exemplo, se mantêm em alta, pro-metendo baixar os níveis de perda de substrato, além de gerar flexibilidade produtiva às novas gerações de máqui-nas de banda estreita (narrow web).

Apesar da idéia de continuidade, alguns lançamentos chamaram bastante atenção na área de impressoras banda estreita. Foi o caso da Comco C2, anunciada como a primeira impres-sora multissistema modular que pode rodar materiais entre 12 e 600 micra à velocidade de 350 metros por minuto. A máquina foi exposta no estande da Mark Andy, ao lado da impressora XP 5000, que agora pode ser adquirida com uma plataforma mais ampla, com 508 milímetros de largura. O destaque da Comco C2, por sua vez, pode ser resumido no sistema de integração ope-racional I-Drive, ou Inteligent Drive System. Segundo a empresa, a solução reúne o estado da arte em tecnologia flexo servo, shaftless e gearless. “O I-Drive visa integrar todos os com-ponentes da máquina, maximizando

Comco C2 movimentou estande da Mark Andy, que foi adquirida pela Morgenthaler Partners

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ALTERNATIVOS ÀS MANGAS Com retração superior a 40%, filmes termoencolhíveis para rotuladoras roll-fed prometem agitar mercado de shrink labels

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O uso de camisas (sleeves) com clichês flexográficos pré-montados vem facilitando o dia-a-dia das gráficas. Disseminada nas novas gerações de impres-soras flexográficas banda larga, a tecnologia também ganha espaço entre as impres-soras de banda estreita, redu-zindo custos, tempo de set-up e erros na montagem dos cli-chês. De olho nesse mercado, a brasileira Altec participou da feira divulgando sua linha de montadoras de clichês dotadas de sistemas de visão. Uma máquina foi exposta no estande da Rotec, parceira da Altec nos Estados Unidos. “Oferecemos a mesma qualidade dos pro-dutos americanos, a um custo mais competitivo”, diz Robinson Gedra, gerente industrial da Altec. Entre os modelos dispo-níveis, destaque para o Apolo, que trabalha com cilindros com largura entre 160 milímetros e 800 milímetros. A linha é com-posta por máquinas que atuam com até quatro câmeras de alta resolução, ampliando mais de cem vezes o microponto do clichê. Altec(11) 4053-2900www.altec.com.br

Inspeção em alta Altec expôs linha de montadoras de clichês

PRECISÃO – Sistemas de visão garantem registro na montagem dos clichês

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os resultados da impressora”, sintetiza Mary Sullivan, profissional de marke-ting da MarkAndy/Comco.

Mostrando que a onda de fusões na cadeia de rótulos é generalizada, um dia após o término da feira foi anunciada a aquisição, por valor não divulgado, da Mark Andy pela Morgenthaler Partners, empresa americana de investimentos. Desde 1995 a Mark Andy pertencia à Dover Corporation.

A força servoPermitir que o convertedor faça upgra-des livremente, adquirindo à parte cabe-çotes com as tecnologias desejadas, com a possibilidade de distribuição das unidades de impressão em diferentes seqüências, é outra tendência tecnoló-gica em alta em narrow web. O mesmo ocorre com os sistemas servo, como mostraram estratégias ressaltadas por empresas como Nilpeter e Gallus.

No primeiro caso, destaque para a incorporação de sistemas servo nas linhas FA e FB da Nilpeter. A fabrican-te dinamarquesa também aproveitou o evento para apresentar uma FB 330 S dotada de módulos de serigrafia e hot foil, equipada ainda com oito unidades flexo, sendo a última dotada de secado-res de ar quente e UV. A suíça Gallus, por sua vez, reforçou a oferta de tec-nologia servo em seu modelo EM 280,

CLOSE-UP - Todos os modelos da linha FA, da Nilpeter, agora contam com tecnologia servo

que também pode ser adquirido com dispositivos opcionais para aplicação de hot foil e holograma.

É certo que, por uma questão de custos, avanços assim ainda não se popularizaram no cenário brasileiro. Contudo, não há motivos para crer que o nível tecnológico dos conver-tedores locais seja obsoleto em rela-ção ao resto do mundo. Mike Fairley, organizador da feira e também um dos principais gurus do mercado mundial de rotulagem, lembrou que, enquanto a flexografia apenas começa a penetrar nos mercados indiano e chinês de auto-adesivos, a América Latina, puxada por México e Brasil, está um passo tecno-lógico à frente, experimentando rápido crescimento da flexo UV.

Ainda que as principais tendências em impressão e acabamento de auto-adesivos já constituam realidades de mercado no Brasil, a feira apresentou movimentos pouco disseminados no país. Bons exemplos vêm do segmento de rótulos de segurança e anticontra-fação, ou ainda dos sistemas RFID, que, tanto pelas exigências do varejo americano quanto pela crescente oferta de equipamentos destinados à aplicação de circuitos impressos com antenas nos rótulos, vivem um estágio mais maduro na indústria americana de etiquetas. Na tentativa de destacar as novidades que mais chamaram a atenção dos visitan-tes brasileiros à Labelexpo America deste ano, Embal agemMar ca mostra a seguir alguns dos lançamentos.

Klöckner PentaplastNo Brasil:(11) 4613-9999www.pentaplast.com.br

Mark AndyNo Brasil: (11) 6194 - 2828www.markandy.com

National StarchNo Brasil: (47) 544-0107www.nationalstarch.com

NilpeterNo Brasil: (11) 3225-4400www.nilpeter.com

Avery Dennison Performance Polymers DivisionNo Brasil: (19) 3876-7600www.efd.averydennison.com

GallusNo Brasil:(11) 5525-4475www.gallus.org

KarlvilleNo Brasil: (11) 4153-7997 www.karlville.com

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Substratos específicos para impressão digital chamaram a atenção dos visitantes da Label de Chicago. O destaque foi o OptiLabel Digital, um dos lançamentos da Stora Enso na feira. Com acaba-mento semi-gloss, o produto dis-pensa a aplicação de primer, pou-pando o convertedor de realizar tal procedimento. Segundo a empresa, o OptiLabel Digital é especialmente indicado para trabalhos na impres-sora HP Indigo ws 4050.Por falar em HP Indigo, a Labelexpo America foi o palco do lançamento da ws4500, o novo modelo da linha de impressoras digitais da empresa. A máquina foi anunciada como uma evolução da HP Indigo press ws4050, até então o equipamento top de linha da marca. O desenvolvimento bus-

cou avanços tecnológicos que com-binam o rápido set-up característi-co da tecnologia digital a aumento da robustez e da qualidade de impressão. Em quatro cores, por exemplo, a velocidade alcança até 15,91 metros por minuto, subin-do para 31,7 metros por minuto em trabalhos de uma ou duas cores. Por sua vez, a capacidade produtiva por modelo de rótulo impresso subiu para aproximada-mente 6 500 metros lineares, ou 2 000 metros quadrados. “É um equipamento robusto, que pode produzir mais de 500 trabalhos diferentes por mês em peque-nas e médias tiragens”, ressaltou Alon Bar-Shany, vice-presi-dente da divisão Indigo da HP.

Impressão digital na mira do mundoPapéis com tratamento especial e nova HP Indigo agitaram Chicago

2 000 metros quadrados. “É um equipamento robusto, que pode produzir mais de 500 trabalhos diferentes por mês em peque-nas e médias tiragens”, ressaltou Alon Bar-

HPNo Brasil: (11) 4197-8000www.hp.com.br

Stora Enso+1-715-345-8060www.storaenso.com

Nova HP Indigo ws4500: tiragem máxima subindo. Ao lado, substrato da Stora Enso específico para impressão digital

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Soluções antiviolação e anticontra-fação receberam atenção especial na Labelexpo deste ano. Já fami-liar ao leitor de EMBALAGEMMARCA, a linha Synthetic Tamper Evidence Substrate (STES) foi apresenta-da pela Arjo Wiggins. Trata-se de uma etiqueta auto-adesiva de segurança que evidencia violações de produtos e documentos. Em tentativas de remoção ocorre uma delaminação da face da etiqueta, inviabilizando sua reutilização ou o seu reposicionamento nas embala-gens. O acessório é produzido com lâmina de polietileno de alta den-sidade bi-orientado. As etiquetas STES também contêm elementos de segurança só visíveis sob luzes especiais. Outra solução de segurança para rótulos e etiquetas foi apresen-

tada pela americana Complete Inspection Systems (CIS). A empresa desenvolveu uma linha de marcadores microscópicos para ajudar na triagem e identificação de produtos falsificados. Batizado de ARmark Covert Markers, o produto pode incorporar números, logotipos e código de barras. O marcador também pode ser apli-cado no substrato de rótulos e embalagens feitas de virtualmente qualquer material. Segundo a empresa, o sistema é impossível de ser replicado por falsificadores.Arjo Wiggins(11) 4028-9200www.arjowiggins.com.br

CIS(001) 321-952-2490www.completeinspectionsystems.com

Munição extra anticontrafaçãoMarcadores e substratos especiais podem evitar pirataria

Etiquetas da Arjo Wiggins contêm elementos só visíveis sob luz especial

Marcadores da americana CIS ajudam a detectar contrafações antes da distribuição

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A DuPont aproveitou a Label de Chicago para apresentar suas principais tecnologias e solu-ções em chapas flexográficas e sistemas de prova voltadas às indústrias gráfica e de embala-gem. Destaque para as chapas flexográficas da família Cyrel, desenvolvidas para impres-são de alta definição nos mais diversos tipos de substratos, incluindo rótulos, etiquetas, filmes flexí-veis, papelão ondula-do e papel. O portfólio da DuPont também passou a contar com a chapa Cyrel DPR. Trata-se de uma chapa digital para processamento com solvente, que promete aumentar os níveis

de resolução de trabalhos feitos em impressoras banda estreita. A empresa também ressaltou durante o evento a tecnologia Cyrel FAST, sistema de proces-samento térmico sem solvente, que diminui o tempo de prepa-

ração dos clichês, aumentando a produtividade. Dessa forma, além de ser considerado ecolo-gicamente correto, o processo traz a vantagem da redução de tempo dos processos de pré-impressão em flexografia. Segundo a empresa, a prepara-

ção da chapa cai de três horas no processo com sol-vente, para entre 30 e 45

minutos com a tecnologia Cyrel Fast. Outro ponto alto da participação da DuPont na feira aconteceu na noite de premiação do Labelexpo Award, quando a empresa foi eleita vencedora da cate-

goria “Inovação Contínua”.DuPontNo Brasil: (11) 4166-8122www.dupont.com.br

No ramo de auto-adesivos ambiental-mente amigáveis, o NatureFlex NVLC foi um dos destaques da Innovia Films na feira. De rápida degradação, o pro-duto é feito à base de celulose, e pode ser aplicado diretamente em alimen-tos, sendo indicado para o mercado de etiquetas de identificação de frutas. A empresa também apresentou o Rayoface WTR, que é específico para impressão de dados variáveis a par-tir de fitas de transferência térmica, prometendo diminuir a temperatura necessária para o processo. Para o mercado de bebibas, a Innovia apre-sentou o Rayophane, filme específico para decoração de garrafas de vidro e plástico, prometendo trazer a dese-jada aparência no-label look a rótulos magazine tradicionalmente aplicados no sistema de corte e cola. O produto, também feito à base de celulose, pode rodar em equipamentos para aplicação

dos populares rótulos “lambe-lambe” de papel, assim chamados por rece-berem a cola apenas no momento da aplicação nas garrafas. Dessa forma, a empresa oferece uma alternativa capaz de eliminar a necessidade de investimento em equipamentos para aplicação de rótulos sensíveis a pres-são. Por fim, a Innovia apresentou um filme de BOPP para impressão digital disponível nas versões transparente e metalizado. Innovia FilmsNo Brasil: (11) 5053-9948www.innoviafilms.com

Rótulos ambientalmente amigáveis também tiveram vez Innovia Films expôs na feira sua linha de substratos “biodegradáveis e compostáveis”

Maior rapidez na preparação de chapas flexográficasDuPont lançou a chapa Cyrel DPR e destacou vantagens da tecnologia Cyrel Fast

Produtos especiais para alimentos, impressão de dados variáveis e garrafas de bebida

Com Cyrel Fast, tempo de preparação das chapas cai de três para menos de uma hora

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ARRIBA – Versões para a América Latina e Caribe utilizam mesmo

layout da brasileira

e carona no filão da exportação de serviços, escancarado pelos negócios globais, a brasileira Speranzini Design assumiu os

projetos de materiais promocionais e de apoio no ponto-de-venda da popular tequi-la mexicana Jose Cuervo para 35 países latino-americanos. Resultado do contrato, duas embalagens promocionais para o Natal estão sendo gradualmente lançadas nesses mercados. Uma delas combina uma garrafa da tequila Jose Cuervo Especial com uma de Margarita Mix, mistura de ingredientes para a elaboração da “caipirinha mexicana”; a outra, uma tequila com dois copos persona-lizados para shots. A primeira versão já está disponível no Brasil.

Confeccionadas em papel cartão, as embalagens promocionais são estruturalmen-te as mesmas em todos os mercados-alvo. No design, as diferenças envolvem apenas infor-mações legais e idioma. “Uma das diretrizes do projeto foi aproveitar a mesma faca para as estruturas que protegem garrafas de tequi-la de dois diferentes volumes, 750 mililitros e 1 litro, otimizando a produção e reduzin-do custos”, comenta Maurício Speranzini, diretor da agência. Na concepção do cartu-cho, assinada por Speranzini e pela designer Inah Olyntho, uma pequena modificação do esqueleto interno torna possível a acomoda-ção das duas variações de garrafas. Na ver-são com copos, um acessório feito em PVC é colocado no kit para proteger os brindes e evitar tungas nas lojas.

As embalagens comercializadas no Brasil são fabricadas pela Ibratec num mix de papel cartão 250 g/m² com microondulado no miolo, o que, segundo o fornecedor, garante resistência à embalagem e boa superfície para impressão, feita em off-set seis cores. Um verniz à base d’água é aplicado no aca-bamento externo do cartucho. No Brasil, as embalagens acoplam ainda uma alça plástica de polietileno injetada pela Cobrirel, que traz mais requinte e firmeza à embalagem.

marketing >>> promoção

DPacks promocionais de tequila agregam valor para vendas natalinas

O shot para as festasArjo Wiggins(11) 4028-9200www.arjowiggins.com.br

Papeando(11) 3044-1186www.papeando.com.br

Vivox(11) 3121-2255www.vivox.com.br

Cobrirel(11) 6291-3155www.cobrirel.com.br

Ibratec(11) 4789-4200www.ibratecgrafica.com.br

Speranzini(11) 5685-8555www.speranzini.com.br

TUPINIQUIM – Pack nacional aumenta o

destaque em prateleira com alça em polietileno

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Roupas novas para as Festas

Para também aproveitar as Festas, o scotch Ballantine’s, da Pernod Ricard, ganhará emba-lagens especiais no Brasil para delicatessens e lojas duty free, apelativas como presentes refinados. As garrafas das versões 12 e 17 anos do uísque (imagens 1 e 2) virão em esto-jos produzidos manualmente pela Papeando, empresa especializada em papéis e embala-gens de luxo. Na cor branca para a versão 12 anos e vinho para a de 17 anos, os boxes são confeccionados em papelão 15, distribuído pela Vivox, e revestidos com Percalux (papel que emula a textura do couro). O estojo pos-sui acabamentos com pesponto (costura com linha branca ao redor da tampa), hot-stamping do logotipo na tampa e relevo seco na lateral. Em seu interior, um berço para a garrafa é revestido com cetim.Um pack ainda mais sofisticado foi reservado para a versão 30 anos (3). Também produzida pela Papeando, a embalagem utiliza madeira em sua estrutura e é forrada com papel Geltex (revestimento da linha Guarro importado pela Arjo Wiggins); na tampa, uma gravação em relevo seco do logotipo. Com dupla função, a embalagem apela ainda à reutilização por cole-cionadores de relógios de pulso. Por último, as garrafas de 750 mililitros do Ballatine’s Finest (4) virão acondicionadas num estojo metálico no formato dos tradicionais cantis de spirits. Segundo a Pernod-Ricard, o estojo é feito na Suécia. O nome do fabricante não foi informado. (DM)

Ballantine’s em caixas de luxo

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pontada consensualmente como a tecnologia de impressão que mais evoluiu nos últimos dez anos, numa roda-viva puxada com força

por rótulos e embalagens, a impressão flexo-gráfica foi tema de um evento no hotel Holiday Inn, em São Paulo, durante os dias 20 e 21 de setembro. Aconteceu lá a Abflexo International Seminar Up to Date. Promovido pela Associação Brasileira Técnica de Flexografia (Abflexo/FTA Brasil), o seminário contou com a participação de cerca de 400 profissionais, entre brasileiros e estrangeiros, ligados ao setor flexográfico. Em discussão, tendências de mercado e avanços e soluções tecnológicas. Segundo a Associação, o encontro, cuja versão anterior realizara-se em 1998, é o maior evento internacional de flexografia.

Os empresários do setor participaram de duas plenárias com presidentes de outros bra-ços mundiais da FTA (Flexographic Technical Association) – Estados Unidos, Europa, Ásia e Brasil entre eles –, diretores da Abflexo e líderes de grandes convertedoras. O jornalista Joelmir Beting traçou cenários para a econo-mia brasileira no segundo dia do evento. Ao todo, 40 palestras técnicas foram ministradas por especialistas em cada segmento, como solubilização, chapas flexográficas, impressão digital, cilindros anilox, entre outros. Destas, 27 trataram da flexografia em plano interna-cional. “A indústria flexográfica brasileira exporta hoje para toda a América Latina e dis-põe de recursos de ponta existentes no mundo inteiro”, comentou Nelson Teruel, presidente da Abflexo reeleito em setembro para o biê-nio 2007-2008. “São momentos como este seminário que nos abrem a mente para receber informações internacionais e contribuir com mais um passo para o crescimento.”

De acordo com um levantamento feito pela Abflexo junto a empresas do setor, a flexografia nacional movimentou 10,5 bilhões de reais em 2005, divididos em 4 bilhões de reais para embalagens flexíveis, 3,4 bilhões de reais em papelão ondulado, 1,9 bilhão de reais

AAbflexo/FTA Brasil discute caminhos da tecnologia em São Paulo

Raio X da flexografiapara etiquetas e rótulos adesivos e 1,2 bilhão de reais para papel, cartão e cartolina. Salta aos olhos a condição do segmento de rótulos e etiquetas. Embora responda por 6% do volu-me total de trabalho flexográfico no país, sua posição de terceiro maior faturamento espelha a produção com valor agregado. Em volume, as embalagens flexíveis também asseguram o primeiro lugar: 61%. Para os índices de 2006, a Associação estima um crescimento de 5%. Na leitura da Abflexo, o mercado de flexografia no Brasil é distribuído em 1 750 empresas (instaladas formalmente), sendo aproximadamente 1 500 convertedores, 100 de periféricos, 17 de máquinas impressoras e 120 clicherias. (DM)

Abflexo(11) 5085-0033www.abflexo.com.br

Cerca de 400 profissionais prestigiaram palestra do jornalista econômico Joelmir Beting

Nelson Teruel, presidente da Abflexo, ressaltou liderança brasileira na América LatinaFO

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Anunciante Página Telefone Site

3M 43 0800 16 12 10 www.3m.com/br/autenticidade

43 SA Gráfica 23 (11) 3862-1117 www.43sagrafica.com.br

Amazon Coding 3 (11) 4689-7621 www.amazoncoding.com.br

Ápice 3ª capa (11) 4221-1700 www.apice.ind.br

Avery Dennison 49 (19) 3876-7600 www.fasson.com

Colacril 41 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br

Congraf 30-31 (11) 5563-3466 www.congraf.com.br

Elo Design 29 (11) 3871-9942 www.elopress.com.br

FSI 39 (11) 5506-1035 www.boxprint.com.br

Frasquim 2ª capa (11) 6412-8261 www.frasquim.com.br

Gumtac/Pimaco 47 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br

IndexFlex 4ª capa (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

Maddza 29 (35) 3722-4545 www.maddza.com

Madhouse 33 (11) 6168-6152 www.madhouse.com.br

MD Papéis 5 (11) 4441-7800 www.mdpapeis.com.br

Metalgráfica Renner 9 (51) 3489-9700 www.metalgraficarenner.com.br

MLC 25 (11) 6623-1500 www.mlc.com.br

Moltec 27 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Neoplástica 11 (41) 3671-3000 www.neoamerica.com

Novelprint 27 (11) 3768-4111 www.novelprint.com.br

PMMI 21 +1 (703) 243-8555 www.pmmi.org

Propack 29 (11) 4785-3700 www.propack.com.br

PTC Graphic Systems 37 (11) 6194-2828 www.ptcgs.com.br

Resinet 7 0800 709 7374 www.resinet.com.br

SetPrint 27 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

Simbios-Pack 27 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Sonoco For-Plas 2ª capa (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

STM 29 (11) 6191-6344 www.stm.ind.br

Suzano 13 0800 0 555 100 www.suzano.com.br

Technopack 53 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Uniflexo 35 (11) 4789-5946 www.uniflexo.com.br

Wheaton 17 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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Como profi ssional de embalagem da Johnson & Johnson, estou constantemente buscando no mercardo embalagens inovadoras, materiais diferenciados e novas tecnologias em processos que nos proporcionem a possibilidade de embalar nos-sos produtos de forma a oferecer ao consumidor embalagens de qualidade e com tecnologia de ponta, com custos competitivos, que contribuam para a conserva-ção do meio ambiente e que valorizam nossos produtos.

Da mesma forma, a revista EmbalagemMarca também busca no mercado informa-ções de grande valia para nosso trabalho, sempre trazendo matérias interessan-tes, mostrando o que tem de novo no mercado mundial de embalagem, fazendo com que tenhamos acesso a um grande volume de informações que contribuem com a nossa busca constante da inovação tecnológica no mundo da embalagem, bem como com informações que facilitam nosso trabalho do dia-a-dia.

Um fato que tem me chamado a atenção nas última edições é a utilização do design na própria construção da revista, da capa à contracapa, com artigos de fácil visualização e interação com o leitor, da mesma forma bons para os anun-ciantes que têm seus anúncios bem posicionados e de fácil leitura.

Parabéns aos editores e equipe pelo excelente trabalho e pela contribuição ao mundo da embalagem.

Como profi ssional de embalagem da Johnson & Johnson, estou constantemente buscando no mercardo embalagens inovadoras, materiais diferenciados e novas tecnologias em processos que nos proporcionem a possibilidade de embalar nos-

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Almanaque

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Carona na guerra

Criada em 1886 em Atlanta, nos Estados Unidos, a Coca-Cola só chegou ao Brasil em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. O presidente da empresa na época, Robert Woodruff, afirmara que sol-dados americanos poderiam encontrar a bebida em qualquer lugar do planeta. O refrigerante desembarcou no país, em Recife, porto de apoio à armada ianque. Junto com Natal, onde os ame-ricanos construíram uma base aérea, a capital pernambucana representava a segunda ponta do “Corredor da Vitória” na guerra contra as potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Inicialmente a bebida foi engar-rafada aqui pela Fábrica de Água Mineral Santa Clara, em Recife. Era vendida em garra-fas de vidro de 185 mililitros, única versão de embalagem do produto na época. A primeira fábrica brasileira da multina-cional foi inaugurada em 1942, no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

Moeda de troco, com muito orgulhoReferência em gomas de mascar, a Chiclets, aquela das inconfundí-veis caixinhas de papel cartão, foi nacionalizada no início da década de 1940, quando sua dona Adams abriu uma fábrica em São Paulo. No início, boa parte do fechamento e da colagem das caixinhas era manu-al. Isso gerou um gargalo por volta de 1954, quando houve um boom inesperado do consumo de chi-cles. Houve mês em que se vendeu meio milhão de caixas (um espanto para a época), os pedidos não paravam e a fábrica começou a

operar em três turnos. Logo se des-cobriu a razão do estouro. Ocorria, então, grande escassez de moedas, e o varejo usava o Chiclets como troco. Mesmo depois que as moedas reapareceram, muitos clientes con-tinuaram com o costume de pedir

o troco em Chiclets, pois tinham adquirido o hábito de mascar. O uso do Chiclets como moeda de troco, com anuência da Adams, foi até mote para anúncios, como o que se vê ao lado, da J.W. Thompson, datado de 1976 – na época, a goma ostentava um “e” depois do “t” em seu nome.

CONDENSADO DOS LIVROS ADAMS – 60 ANOS DE PRAZER, DE IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO (DBA, 2004) E PROPAGANDA BRASILEIRA, FRANCISCO GRACIOSO E J. ROBERTO WHITAKER PENTEADO (MAURO IVAN MARKETING EDITORIAL, 2004)

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AÇÃO

A tradicional bala de leite Kids, marca que já foi da Nestlé e hoje pertence à Arcor, levou ao ar, no rádio e na televisão, um dos jingles que se tornaram hit na década de 1970 e até hoje é lembrado. Composto por Renato Teixeira e Sérgio Mineiro, o comercial foi veiculado pela primeira vez em 1978, na voz de Teixeira. Para quem não lembra (ou para os mais novos, que não conhe-cem), segue a letra da música:

Quando o baleiro parar...

“Roda, roda, roda baleiro, atenção!

Quando o baleiro parar põe a mão.

Pegue a bala mais gostosa do planeta,

Não deixe que a sorte se intrometa.

Bala de leite Kids,

A melhor bala que há.

Bala de leite Kids

Quando o baleiro parar...”

O filme publicitário na TV mostrava um menino com os olhos vidrados em um baleiro cheio de guloseimas, que ficava girando até parar.

O jingle pode ser ouvido no site:www.embalagemmarca.com.br/almanaque86

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