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Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

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Edição de fevereiro de 2008 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Para aprofundar a discussãoa reportagem de capa desta edição, de autoria de Guilherme Kamio, é abordado o empenho que os fabricantes de garrafas

de PET destinadas ao acondicionamento de água mineral vêm fazendo para reduzir o peso das embalagens. Trata-se de uma forma não só de abater custos, mas de reduzir o impacto que o descarte após o uso causa na natureza. Na verdade, o aliviamento de peso é hoje uma das grandes metas dos fabricantes de embalagens dos mais diversos materiais, do aço e do alumínio, do papel e do papelão ondulado ao vidro e a todos os tipos de plástico e aos materiais combinados.

A reportagem de capa de EMBALAGEMMARCA evidentemente não tem a pretensão de dar lições a publicações de informação geral que veiculam notícias com foco no mínimo incompleto, como fez recentemente a revista citada na matéria da página 32. Mas acreditamos que dá uma boa contribuição ao entendimento do que se está fazendo em direção a melhorias.

Na verdade, em nosso entendimento, a discussão do amplo espectro da

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A ESSÊNCIA DA EDIÇÃO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOREDITORIAL

Público-Alvo

EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e super-visão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com

o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indús-trias de bens de consumo, tais como alimentos,

bebidas, cosméticos e medicamentos.

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da

Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040São Paulo, SP

Tel.: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

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Filiada ao

Filiada à

O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é

permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões

expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Diretor de Redação: Wilson Palhares | [email protected]

Reportagem: [email protected]ávio Palhares | [email protected]

Guilherme Kamio | [email protected] Freitas | [email protected]

Departamento de arte: [email protected] de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] de arte: José Hiroshi Taniguti | [email protected]

Administração: Eunice Fruet | [email protected]

Marcos Palhares | [email protected]

Departamento Comercial: [email protected]ão Tichauer | [email protected]

Juliana Lenz | [email protected] Trojan | [email protected]

Wagner Ferreira | [email protected]

Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): Helio Magalhães | [email protected]

Ciclo de Conhecimento: Ivan Darghan | [email protected]

cadeia produtiva de embalagem no Brasil está necessitada, dentro do próprio setor, de um aprofundamento que ultrapassa largamente o âmbito das publicações impressas e dos meios eletrônicos. Daí a razão de a Bloco de Comunicação, editora desta revista, ter tomado a iniciativa de realizar, dentro do CICLO DE CONHECIMENTO EMBALAGEMMARCA, os Seminários Estratégicos de que se fala na página 10 desta edição. Eles se enquadram em nossa missão de transformar informação em conhecimento. Em breve serão anunciadas novas iniciativas do CICLO, em que se inclui o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM (pág. 8) já consolidado como um instrumento de valorização da embalagem no Brasil. Até março.

Wilson Palhares

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“O limite do âmbito das mídias impressa e eletrônica motivou nossa iniciativa de ir mais

fundo, com o realização do CICLO DE CONHECIMENTO“

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4 EmbalagemMarca fevereiro 2008

SUMÁRIO Nº 102 FEVEREIRO 2008

Reportagem de CapaDiante de emergente implicância de grupos ambientalistas, águas minerais reforçam o interesse na

redução de peso das garrafas de PET

28

Tintas imobiliárias 42Pequenos recipientes viabilizam ascensão dos testadores de cores

Sondagem GNPD23Mintel apresenta novidades em

embalagens de iogurtes funcionais

Ciclo de Conhecimento 10Bloco de Comunicação, editora de EMBALAGEMMARCA, prepara série de eventos empenhados em transmitir informações estratégicas ao setor

Prêmio 8PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM chega à sua segunda edição com motores aquecidos para atingir patamares mais elevados

Bebidas36Novas tecnologias prometem

aperfeiçoar as impressões de latinhas com qualidade fotográfi ca

Iogurtes20Embalagens

com sugestão de preço

protagonizam uma situação

delicada no mercado de

iogurtes

Internacional 40Bebida energética americana ganha fama com garrafa que imita cilindros de nitro para automóveis

Materiais de construção 16Para enobrecer apresentação de produtos e atrair o olhar do consumidor, setor de fi os e cabos adota caixas de papelão ondulado

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www.embalagemmarca.com.br

3EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

50AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

7Espaço abertoOpiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

Na webO que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal levam aos internautas

6

14EquipamentosBens de capital para linhas de embalagem

24PanoramaMovimentação do mundo das embalagens e das marcas

38Painel GráficoProdutos e processos da área gráfi ca para a produção de rótulos e embalagens

44DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

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6 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

NA WEB

Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da revista levam aos internautas.

> display

Nova cara da GengibirraA Cini Bebidas renovou as emba-lagens do refrigerante à base de gengibre Cini Gengibirra, nas ver-sões normal e zero. A nova garrafa de PET, azul clara, com formato anatômico e pega de segurança, teve o rótulo redesenhado.

RECEBA A E-NEWSLETTER SEMANAL DE EMBALAGEMMARCAVisite www.embalagemmarca.com.br/newsletter e cadastre seu e-mail. Nosso boletim eletrônico, gratuito, é publicado todas as quintas-feiras.

> internacional

Cheeseburger em lata

Agora ninguém passa vontade de comer fast food na selva, em alto-mar, no deserto ou em qualquer outro lugar ermo – e com grande conveniência, como é característico desse hábito alimentar urbano. Divisão de alimentos para esportis-tas, aventureiros e exércitos do grupo suíço Katadyn, espe-cialista em sistemas para tratamento de água, a Trekking-Mahlzeiten acaba de lançar o primeiro cheeseburger enlata-do do mundo.Tudo o que o consumidor precisa para apreciar o sanduíche é um recipiente com água e fogo. A recomendação é deixar a lata, fechada, em banho-maria por dois ou três minutos. Após o aquecimento, basta abrir a embalagem com o anel easy open de sua tampa.

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/burger

> panorama

Innovia Films: status CarbonZeroA Innovia Films atingiu o status CarbonZero (sem emissões de gás carbônico) em toda sua linha de filmes revestidos para embalagem biodegradáveis e compostáveis NatureFlex através da implementação de programas de redução de emissões de gás carbônico. O NatureFlex é um material de embalagem que atende às especificações exigidas para aplicações de solo, compostagem doméstica e águas residuais a temperaturas ambientais, além de compostagem industrial.

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/innovia

> mercado

Ravago e Muehlstein se integramAs distribuidoras de polímeros Muehlstein Internacional e Grupo Ravago anunciaram a integração de seus negócios, criando o maior grupo de distribuição e de compostos do mundo, com vendas anuais de 3,6 milhões de toneladas e faturamento acima de 5,5 bilhões de dolares em 2007. Assim, a distribuição de resinas nas Américas estará sob a marca Entec, e a razão social da Muehlstein Comércio de Resinas Ltda passa a ser Ravago do Brasil Comércio de Resinas Ltda.

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/entec

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/cini

Page 7: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

7EmbalagemMarcadezembro 2007www.embalagemmarca.com.br

OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORESESPAÇO ABERTO

Equipe reforçada

Como sempre, parabéns pela ótima qua-lidade da revista e pelo reforço da equipe com a vinda de profissionais tão brilhantes e competentes. Tichauer, muito sucesso nesta nova etapa, e que você continue com sua criatividade e dinamismo fazendo a diferença por onde passa. Boa Sorte e um abraço amigo.

Davide BottonDiretor Comercial, Polo Films

São Paulo, SP

NR: O missivista se refere a Ivan Darghan e João Tichauer, citados no Editorial da

edição anterior de EMBALAGEMMARCA

Edição 100

Gostaria de parabenizá-los pelo histórico número de 100 edições desta conceitua-da revista. Poucos atingem tão almejado número. Imaginamos o quanto isso seria difícil – para não dizer impossível – se a publicação não tivesse como compromisso o jornalismo sério e responsável, sempre preocupado em divulgar os fatos, isentos de pressões e influências que pudessem comprometer as matérias. Desejando que a linha ética e responsável seja compromisso perene desta revista, esperamos ter o prazer de acompanhar e comemorar novos marcos e novas centenas de edições.

Eduardo Van RoostRES Brasil – Tecnologia em Embalagens

Naturalmente DegradáveisValinhos, SP

Representação no Brasil

O representante no Brasil da Bielomatik para a área de smart labels é a Nilpeter do Brasil S/A, não a Comprint, como foi publicado na reportagem “Será que agora vai?”, na edição número 99 de Embala-gemMarca (novembro 2007).

Claudio OgawaNilpeter BrasilSão Paulo, SP

Da Argentina

Sou engenheiro de uma empresa argenti-na que fornece embalagens para as indús-trias alimentícia, farmacêutica e cosméti-ca. Conheço a revista EMBALAGEMMARCA graças a um colega uruguaio que trabalha em uma indústria brasileira de refrigeração em Curitiba. Desejo parabenizá-los pela publicação, pois ela é de grande ajuda para conhecer a realidade da indústria de emba-lagens no Brasil e no resto do mundo. Faço minhas as palavras da consultora Vanessa

Castro (EMBALAGEMMARCA 101), da Cali-fórnia, que escreveu dizendo que a revista é uma referência de primeiro mundo para aconselhar seus celientes, pois para mim também é. Sigam adiante contribuindo com o crescimento do nosso setor.

Engenheiro Rodolfo MattaBuenos Aires, Argentina

Da Venezuela

Trabalho em uma empresa que produz embalagens flexíveis e rótulos em Ureña, Estado de Táchira, na Venezuela. Temos na nossa empresa divisões de arte, dese-nho, extrusão por sopro, termoencolhíveis, laminação e impressão flexográfica. Sua revista é de grande valia para mim, eu a leio sempre, pois a cada edição encon-tro temas importantes que me mantêm informado e atualizado. Vejo que o que fazem é feito com grande responsabilidade e seriedade. Minhas saudações desde a Venezuela.

Andrés BriseñoUreña, Venezuela

Equipe reforçada

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8 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

PRÊMIO

o embalo do êxito do evento inaugu-ral, festejado em setembro de 2008 com 33 embalagens premiadas entre 132 inscritas, e mais de 300 pessoas presentes à entrega dos troféus, o

PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM está com os motores aquecidos para alcançar patamares mais elevados. A segunda edi-ção, programada para 1º de outubro deste ano, já conta com a renovação do apoio de três dos patroci-nadores da edição anterior: o Programa Embala, da Greenfield Business Promotion, o Salão Emballage e a Brasilcote. O Centro Universitário Belas Artes, por sua vez, renovou o apoio operacional.

Para as empresas organizadoras, SPR Interna-tional e Bloco de Comunicação, é animadora a manifestação de interesse do setor de emba-lagem em participar do evento, de modo a permitir a projeção de que o número de inscrições provavelmente dobrará, enquanto o público presente à premiação seguramente chegará ao limite estabelecido de 500.

Inscrições mais simplesEste ano o Prêmio terá mudanças. As principais serão no processo de inscrição e julgamento. De modo a reduzir ao mínimo aquilo que participantes da edição anterior classifi-caram como “exigências burocráticas”, o Regulamento foi simplificado, como pode ser observado no site www.embala-

N

Tudo pronto para a segunda ediçãoPRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM busca patamares mais altos

gemmarca/premio2008. Uma das facilidades intro-duzidas será a possibilidade de fazer inscrições pela internet. O objetivo principal desta hipótese é esti-mular inscrições com boa antecedência em relação à data final. Isso permitirá que haja interatividade com a organização, de modo a aperfeiçoar a descrição dos

cases e corrigir eventuais falhas nas inscrições. Com a providência adotada, será possível dedicar mais tempo à elaboração das fichas-resumo, em que são destacados para análise dos jurados os principais atributos de cada case.

Também para facilitar as inscrições, em vez da exigência de anexação de três exemplares de

amostras das embalagens concorrentes, bastará enviar uma. Amostras de produtos de valor unitário de venda considerado elevado serão devolvidas, se o responsável pela inscrição

tiver interesse.

Espaço nobreNo aspecto formal, uma novidade foi a

mudança de local onde será servido o jantar, que foi deslocado do segundo andar para o térreo

do Fecomércio, área mais nobre e agradável daquele espaço. Excetuados pequenos ajustes relacionados à inflação do perío-do, o que não mudou no Prêmio foram as condições comer-ciais, de patrocínio, de inscrições e de aquisição de convites. Como da vez anterior, durante o jantar da festa de premiação serão sorteadas entre os cases vencedores uma passagem e hospedagem para o salão Emballage 2008, a ser realizado em Paris em novembro.

Por fim, absolutamente não foram alteradas as normas éticas de julgamento imparcial e descompromissado, direcio-nadas a reforçar a imagem de credibilidade já consolidada da premiação. Os organizadores estão trabalhando, desde o dia seguinte da edição anterior ao final da próxima, para que fique sedimentada ainda mais aquela imagem. Para a Bloco e a SPR, o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM não é só uma iniciativa de estímulo e valorização da cadeia produtiva de embalagem no Brasil. É também um enrique-cedor processo de transmissão de conhecimento – com valor agregado e com glamour.

Patrocínio Master Patrocínio Especial

Apoio Operacional

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10 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

CICLO DE CONHECIMENTO

aminham em excelente ritmo os preparativos para a realização do primeiro dos Seminários Estraté-gicos programados pela Bloco de Comunicação, editora desta revista,

dentro do CICLO DE CONHECIMENTO EMBALAGEM-MARCA, apresentado na edição anterior. Anote em sua agenda: o evento Embalagens Flexíveis – da Matéria-Prima ao Ponto-de-venda está reser-vado para 13 de maio próximo, com previsão de presença de aproximadamente 500 participantes. O local já está reservado: o moderno e elegante Villa Noah Espaço de Eventos, em São Paulo. A ação conta com o apoio da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), e a expectativa dos organizadores é de que servirá para marcar uma posição de consenso da cadeia de flexíveis (ver quadro).

C

Passos firmes numa grande caminhadaOrganização do CICLO DE CONHECIMENTO EMBALAGEMMARCA avança e tem boa receptividade

O primeiro da série de Seminários

Estratégicos DO CICLO DE CONHECIMENTO

EMBALAGEMMARCA tem como pano de fundo

e motivação uma conjuntura que afeta

diversos segmentos integrantes da cadeia

produtiva de embalagens flexíveis. Os con-

vertedores parecem ser os mais atingidos,

já que, por razões fiscais e cambiais, con-

correntes de países vizinhos vêm ocupando

espaços antes atendidos por empresas

nacionais. No mercado interno, são pressio-

nados, de um lado, pelos custos das maté-

rias-primas; de outro, pela indústria usuária

por menores preços.

Porém, se os transformadores de resinas e,

num elo posterior, os de filmes flexíveis tive-

rem seu desempenho afetado por esse qua-

dro, sem dúvida “sobrará” para outros inte-

grantes do panorama, como fornecedores

de equipamentos, insumos e serviços. Daí

a motivação da Bloco de Comunicação por

fazer um evento que atendesse os interesses

de solução de toda a cadeia produtiva.

O seminário Embalagens Flexíveis – da

Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda analisa-

rá a estrutura do setor de embalagens flexí-

veis no Brasil e apresentará saídas para essa

situação que, a longo prazo, é prejudicial

para todos os elos da cadeia. Por isso, a pre-

sença do maior número possível de profissio-

nais e empresários representativos do setor

em toda sua extensão será fundamental para

que, além de uma oportunidade de estreitar

relações com quem de fato decide negócios,

o evento assuma o caráter de uma tomada

de posição de consenso.

Uma tomada de posiçãoSeminário Embalagens Flexíveis – da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda atende a demanda do setor

Dada a reação positiva de profissionais e empresários a quem esse e os demais eventos foram apresentados, os organizadores classificam como excelentes as perspectivas de patrocínio, em estudo por grandes agentes da área. De modo geral, o setor percebe que os seminários consti-tuem uma oportunidade de receber informação com valor agregado, estreitar relações com pro-fissionais qualificados e com poder de decisão e, ao mesmo tempo, desfrutar de momentos agradáveis.

Vila Noah Espaço de Eventos: local moderno

e elegante para primeiro seminário do CICLO DE

CONHECIMENTO EMBALAGEMMARCA

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12 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Os trabalhos de consolidação das pautas estão sendo conduzidos dentro da percepção aportada à empresa pelo trabalho cotidiano da equipe de EMBALAGEMMARCA, que detectou no mercado imensa lacuna de informação. Além disso, tem sido preciosa a colaboração, na forma de suges-tões, de representantes dos diferentes segmentos integrantes da cadeia de flexíveis.

Ao mesmo tempo estão em andamento, em minúcias, as providências para a realização dos Seminários Estratégicos Sustentabilidade (junho) e Tendências e Perspectivas (outubro) e do Fórum Setorial sobre rotulagem (agosto).

Eventos de transformaçãoO CICLO DE CONHECIMENTO EMBALAGEMMARCA se propõe a atender a necessidade não suprida no

setor. A equipe observou que a revista – ainda que se aperfeiçoe e aprofunde permanentemente o conteúdo editorial – e seus produtos complemen-tares (versão virtual no site e newsletter semanal eletrônica) já não bastam para preencher o vazio existente. É necessário oferecer à cadeia produti-va de embalagem eventos de transformação.

Por essa expressão deve-se entender campos de estudo, análise e debate (seminários, fóruns setoriais, workshops) em que a informação seja trabalhada de maneira a transformar-se, efeti-vamente, de dados inertes em conhecimento e dinamismo criativo. Vale dizer que os eventos serão organizados, com suas unidades se com-plementando, de modo a formar o que se costuma denominar “unidade redonda”.

Por essa razão, e porque a equipe acredita que para fazer uma grande caminhada, além do indispensável primeiro passo é fundamental dar também todos os outros que a compõem, já está formatada a programação do evento sobre emba-lagens flexíveis (ver em www.embalagemmarca.com.br/ciclo). Tudo nele e nos seminários seguin-tes está planejado para corresponder ao alto nível dos palestrantes e dos assistentes esperados. Assim, os cuidados tomados vão desde a escolha dos equipamentos, de espaços diferenciados para a realização dos eventos e do receptivo, passan-do pela edição do conteúdo e pela qualidade do material de apoio, até o requinte do bufê. Uma preocupação especial foi proporcionar aos par-ticipantes a possibilidade de estabelecer e apro-fundar contatos profissionais relevantes e troca produtiva de informações.

Tais colocações talvez pareçam a alguns teo-rização e “argumento marketeiro”. No entanto – como já demonstrou em seus mais de vinte anos de atuação no mercado de comunicação em geral e, no campo específico da embalagem, com a revista que se consagrou como a mais inovadora e de maior credibilidade do setor – a Bloco tem um lema: “Fazer diferente do que os outros fazem e sempre melhor do que nós mesmos fazemos”. Assim, a conceituação do seminário sobre emba-lagens flexíveis (ver quadro) pode ser estendida, devidamente ajustada, a outros segmentos da cadeia produtiva de embalagem, já que determi-nados problemas, embora com diferenças especí-ficas, se repetem em todas elas.

Processo contínuo e enriquecedorLogotipo sintetiza conceito do CICLO DE CONHECIMENTO EMBALAGEMMARCA

Criado pelo estúdio Tom-B Ilustração & Design,

de São Paulo, o logotipo do CICLO DE CONHECIMENTO

EMBALAGEMMARCA sintetiza a idéia que serve de eixo

para o conceito da mais recente iniciativa da Bloco de

Comunicação: transformar informação em conheci-

mento, de maneira sempre inovadora e diferenciada.

Seus dois elementos básicos, as folhas de árvore e

a espiral, remetem respectivamente à idéia de nasci-

mento, de desabrochar, e ao conceito de que o con-

teúdo de cada um dos componentes dos eventos se

dá sempre de forma ascendente. Um e outro simboli-

zam ainda a renovação permanente, num paralelo ao

fato de que o processo de conhecimento é contínuo

e enriquecedor. Daí que cada volta (ciclo) da órbita

ocorre sempre em patamar superior.

No conjunto, o visual despojado busca passar a idéia

de qualidade tanto de forma quanto de conteúdo.

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14 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Edição: Guilherme KamioEQUIPAMENTOS BENS DE CAPITAL PARA LINHAS DE EMBALAGEM

O grupo suíço Salzgitter anunciou

a aquisição da compatriota SIG

Beverages, importante fabricante

de máquinas e equipamentos de

sopro de embalagens plásticas

de bebidas. As partes envolvidas

no negócio concordaram em não

revelar o valor do negócio. Uma

Aquisições movimentam o mercado

Já consolidada como Markem-Imaje, a operação

conjunta entre Markem e Imaje, duas das princi-

pais fornecedoras de soluções para codificação

e marcação de embalagens, busca fazer deslan-

char no Brasil as codificadoras de seu portfólio

com tecnologia laser. Uma delas é a Série 7000,

voltada principalmente à marcação de embala-

gens primárias utilizadas pela indústria de bebi-

das – garrafas de vidro e de PET e latinhas, por

exemplo. Garantindo codificação indelével, a tec-

nologia a laser brande como vantagem dispensar

o uso de tintas, aditivos e fitas para impressão

(ribbons). O insumo para a marcação é o dióxido

de carbono (CO2).

Com cabeçote laser compacto e construção

modular, que facilita sua integração a qualquer

linha industrial, a Série 7000 atende a veloci-

dades de impressão de até 1 000 caracteres

por segundo. A operação é facilitada pela tela

sensível ao toque ITouch, que possibilita a nave-

gação através de menus construídos com ícones

intuitivos.

Markem-Imaje(11) 3305-9455www.markem-imaje.com

Laser com gosto para bebidas

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Laser marca de forma indelével até as embalagens plásticas, como as de PET

Série 7000 tem construção

robusta e monitor touch

screen

Equipamento da SIG: agora no portfólio da KHS

das cinco maiores fabricantes de

aço bruto da Europa, a Salzgitter

vem aumentando sua participa-

ção no negócio de tecnologia de

envase e embalagem. A empresa

já detinha o controle da KHS, uma

das mais renomadas fabricantes

de máquinas para envasamento

de bebidas. De acordo com a

Salzgitter, a aquisição da SIG

Beverages capacitará a KHS “a

operar como um fornecedor de

solução única, oferecendo linhas

e sistemas completos para o

dinâmico mercado de garrafas

plásticas, em constante cresci-

mento”. A SIG Beverages empre-

ga aproximadamente 480 colabo-

radores, a maioria na Alemanha,

e gerou vendas de cerca de 150

milhões de euros em 2007.

Outra ação importante no mer-

cado de máquinas, porém em

âmbito nacional, se deu com a

aquisição da J.A.C., produtora

de sopradoras para embalagens,

pela paulista Romi, nome forte

do setor de injetoras de plástico

e máquinas-ferramenta. A J.A.C.

detém 15% de participação no

mercado nacional de sopradoras.

“A operação faz parte da estraté-

gia da Romi de ampliar a gama de

produtos e de atividades de fabri-

cação e venda de máquinas para

processamento de plástico, até

então concentradas no segmento

de injetoras”, declarou Livaldo

Aguiar dos Santos, presidente da

Romi. Fabricados com tecnolo-

gia própria, os equipamentos da

J.A.C. produzem embalagens de

10 mililitros a 100 litros.

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16 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

studos recentes efetuados pela consultoria americana Booz Allen Hamilton para a Associação Nacional dos Comerciantes de Material

de Construção (Anamaco) revelam que 77% das unidades habitacionais brasilei-ras são construídas em regime de auto-gestão, sendo erguidas ou reformadas aos poucos com artigos comprados pelos próprios moradores. Com tal perfil tem-perado pelo crescimento do auto-serviço no varejo de materiais de construção, do qual a proliferação dos home centers é fator emblemático, fica fácil entender por que os fabricantes do setor vêem-se cada vez mais compelidos a criar embalagens vendedoras para seus produtos. Ante o desafio, o segmento de condutores elétricos parece ter encon-trado um norte.

Ocorre que a apresentação comer-cial de fios e cabos elétricos, tra-dicionalmente feita na forma de novelos envolvidos por simplórios filmes plásticos, vem sendo cres-centemente substituída por caixas de papelão ondulado projetadas sob medida para os produtos. “A caixa de papelão é uma emba-lagem com melhor aspecto e com amplo espaço para divulgar informações, fator importante para atender ao perfil do consumidor de home center”, assinala José Alexandre Almeida Luiz Jr., diretor da Induscabos, empresa que adotou caixas para seus fios e cabos há cinco anos. Desde então, a adesão da empresa à embala-gem celulósica só aumentou, acompanhando as transformações nos canais de vendas.

De modo a facilitar a percepção do consu-midor no varejo de auto-serviço, as caixas da

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Com caixas, outra energiaEmbalagens de papelão ondulado renovam imagens de fios e cabos elétricos

Por Marcella Freitas

studos recentes efetuados pela consultoria americana Booz Allen Hamilton para a Associação Nacional dos Comerciantes de Material

de Construção (Anamaco) revelam que

do qual a proliferação dos home centers é fator

compelidos a criar embalagens vendedoras para seus produtos. Ante o desafio, o segmento de condutores elétricos parece ter encon-

Ocorre que a apresentação comer-cial de fios e cabos elétricos, tra-dicionalmente feita na forma de novelos envolvidos por simplórios filmes plásticos, vem sendo cres-centemente substituída por caixas de papelão ondulado projetadas sob medida para os produtos. “A

informações, fator importante

Amplo espaço para divulgação de mensagens motivou o uso de caixas

pela Induscabos Induscabos, visualmente projetadas em conjun-to pela empresa e pela agência Pontoesse, e con-

feccionadas pela Cartonagem Jauense, apresentam diferentes cores para dis-tinguir as seções nominais (bitolas) dos produtos. Orifícios nas laterais auxiliam o público na visualização do modelo acondicionado. Além disso, as caixas da Induscabos são dotadas de um recurso que está se transformando em padrão das caixas utilizadas pelo setor: uma área picotada circular na parte frontal que, rompida, gera um orifício para a retirada dos fios. “É um dispositivo prático, que impede o embaraço dos fios e facilita o trabalho dos instala-

dores”, explica Paulo Sérgio da Silva, gerente de negócios da Condumax, concorrente da Induscabos que desde 2005 utiliza embala-gens similares.

Atualmente, a Condumax acondiciona 85% de sua produção em caixas, desenhadas pela Alexakis Propaganda e Marketing e produzidas pela Gráfica Suprema, do grupo Jauense, e pela Cartonagem Pirâmide. Os 15% restantes dos produtos, compreendidos por fios de seções

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Page 18: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

18 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Alexakis Propaganda e Marketing(17) 2139-1711www.alexakis.com.br

Cartonagem Jauense(14) 2104-6077www.cartonagemjauense.com.br Cartonagem Pirâmide(14) 3622-8868www.piramide.ind.br Gold Box(11) 4057-4755www.goldbox.com.br MP2(11) 6941-0596www.mp2.com.br Pontoesse(11) 3051-5177www.pontoesse.com.br

Plano da Condumax é ter 100% de sua produção acondicionada em caixas no prazo de dois anos

Sil aposta na conveniência para instalação proporcionada pela abertura frontal

necessária e, havendo alguma sobra, o restante fica acondicionado de forma apropriada, sem emaranhar”, comenta Pedro Morelli, gerente de marketing da Sil.

Carlos Alberto Miranda dos Santos, sócio-gerente da Gold Box, detalha que as caixas de AtoxSil são produzidas com papelão ondulado de onda B, estrutura conhecida pela resistência mecânica, e demandaram cálculos “para deter-minar a distância correta e o local onde deveria ser feito o picote para que, na sua abertura pelo consumidor, as pontas dos fios estivessem à mão”. Morelli reconhece a importância da facilidade de uso oferecida pelas caixas, mas faz questão de ressaltar que a conveniência não foi a única preocupação no desenvolvimento das embalagens. “Tivemos a preocupação de oferecer caixas com design gráfico simples e bonito, para chamar a atenção do cliente no ponto-de-venda.”

Sil aposta na conveniência para instalação proporcionada pela abertura frontal

nominais maiores, continu-am a ser acondicionados em envoltórios plásticos. “Mas acreditamos que em dois anos teremos 100% dos produtos em caixa de pape-lão”, prevê Silva, informando que a embalagem teve grande aceitação entre os clientes. Percepção de nobrezaNo fim de novembro último, um peso-pesado do setor de condu-tores elétricos, a Sil, decidiu abraçar a tendência, ajudando a escancarar outro predicado das caixas de pape-lão ondulado para o negócio de fios e cabos: conferir apelo premium aos chama-dos modelos atóxicos, propagandeados como mais seguros por não propagarem fogo nem emitirem gases deletérios em incêndios e con-siderados uma bola da vez no mercado. Para o lançamento dos cabos atóxicos AtoxSil, a Sil adotou caixas com design assinado pela agên-cia MP2 e fabricadas pela Gold Box com as principais características presentes nas versões da concorrência, valorizando principalmente o orifício para desbobinamento dos fios. “É possível utilizar somente a quantidade de cabo

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Patrocínio Master Patrocínio Especial Organização

Apoio Operacional

COMO PARTICIPARIndústria Usuária de Embalagens1) Selecione, dentre as embalagens lançadas por sua empresa de 1/7/2007 a 30/6/2008,

aquelas que trouxeram mais benefícios para a empresa após a sua adoção

2) Preencha a fi cha de inscrição, dando especial atenção para a descrição do case

3) Envie a fi cha preenchida, juntamente com uma amostra de cada embalagem inscrita,

para o endereço indicado no Regulamento

Indústria Fornecedora de Embalagens1) Selecione, dentre as embalagens fornecidas por sua empresa e adotadas por um cliente

entre 1/7/2007 e 30/6/2008, aquelas que trouxeram mais benefícios para a empresa

usuária após a sua adoção

2) Preencha a fi cha de inscrição, dando especial atenção para a descrição do case

3) Envie a fi cha preenchida, juntamente com uma amostra de cada embalagem inscrita,

para o endereço indicado no Regulamento

SOLICITE O REGULAMENTO COMPLETO E A FICHA DE INSCRIÇÃO PELO E-MAIL [email protected]

MAIS INFORMAÇÕES:www.embalagemmarca.com.br/premio2008(11) 5181-6533 e (11) 5521-4325

Dia 1º de outubro de 2008, no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo

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20 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

IOGURTES

I

A tabela é do laticínioEmbalagens com sugestão de preço agradam ao consumidor (e nem tanto ao varejo), colhendo bons resultados nas prateleiras de iogurtes

Por Marcella Freitas

mprimir sugestões de preço direta-mente nas embalagens de bens de consumo seria uma ação impensá-vel nos tempos anteriores ao Plano Real, quando a inflação galopante

resultava em remarcações constantes – até num mesmo dia – dos preços praticados nos supermer-cados. A estabilização econômica tornou possível utilizar as chamadas embalagens precificadas como armas de vendas. Poucas indústrias, no entanto, resolveram encampá-las. Entre as que optaram por determinar preços de varejo para produtos, a Danone é uma referência.

Numa iniciativa ousada, a multinacional de origem francesa lançou em setembro de 2006 uma versão econômica de seu iogurte funcio-nal Activia, acondicionada em bandejas ter-moformadas de poliestireno (PS) com seis copos de 100 gramas. Cada unidade dessa variante custa, hoje, respeitando-se o preço impresso no selo das bandejas, 79 centavos – valor mais em conta que os cerca de 96 centavos por unidade praticados na versão clássica da bandeja de Activia, com quatro potes de 100 gramas.

Mais recentemente, em setembro de 2007, a Danone lançou uma extensão de 900 gramas de Activia para beber, em garrafa de polietileno de alta densidade (PEAD), com preço (4,99 reais) estampado no rótulo ter-moencolhível que a decora. Nesta apresen-tação, cada 180 gramas do produto, volume das garrafas unitárias de Activia para beber, saem por 99 centavos, o que, na ponta do lápis, resultam numa economia de aproxi-madamente 40 centavos em relação ao valor das garrafinhas. (cabe, aqui, um parêntese: a Danone pediu para não serem divulgados os nomes dos seus fornecedores de embalagens,

tampas e rótulos).A bandeja e a garrafa econômica de

Activia são direcionadas a supermercados e hipermercados, pontos-de-venda onde o apelo das embalagens de grandes volu-mes é mais forte. Mas, atenta ao varejo de vizinhança, a Danone também lançou, em julho último, um copo single serve de Activia, moldado em polipropileno (PP), com preço de 79 centavos impresso no lid. A propósito, o pequeno varejo foi

palco da primeira ação do grupo francês

Bandeja com seis formas, “copo solto” e garrafão: eis as pontas-de-lança da Danone para a linha Activia com embalagens precificadas

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22 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

em precificação de embalagens. Em 2005, para aumentar as vendas de Danoninho entre o público de baixa renda e debelar o problema do desmembramento das bandejas do produto, tática malandra de estabelecimentos de perife-ria, a Danone lançou uma versão composta por duas forminhas (em vez das tradicionais oito) e com preço sugerido (ver EMBALAGEMMARCA nº 71, julho de 2005). O produto continua no mercado.

Varejo não endossaAlegando “razões estratégicas”, a Danone não divulga o critério adotado para estabelecer as sugestões de preços nas embalagens. O que se sabe é que, como os Activia precificados têm apelo econômico, seus preços sugeridos resul-tam de “enxugamentos” na apresentação comer-cial. “Para manter a qualidade e não alterar o produto nós temos trabalhado alternativas mais econômicas de embalagem”, assinala Leonardo Lima, gerente de marketing de Activia. Segundo Lima, a retirada dos rótulos das embalagens foi uma das opções para baratear o custo do produ-to, “mas as informações nutricionais, exigidas por lei, estão disponíveis na tampa”, referindo-se aos potes unitários e à bandeja de seis unida-des com preços sugeridos.

O gerente de marketing da Danone evita quantificar os resultados das embalagens pre-cificadas, mas afirma que a estratégia ajudou a aumentar o consumo médio do produto no

mercado nacional. Ademais, a participação da marca nas classes de menor renda evoluiu, atin-gindo 4,5% de penetração na classe C e 2,3% nas classes D e E, índices que há dois anos eram bem menores. ”Como resultado, Activia hoje é líder no mercado de iogurtes funcionais com 91,9% de share, de acordo com dados de dezembro da Nielsen”, comemora Lima.

Outro sinal da efetividade da ação da Danone é que, meses atrás, a Nestlé resolveu trilhar o mesmo caminho do Activia e “tabelou” as bandejas de seus iogurtes funcionais Nesvita. A embalagem com seis potes de 100 gramas da marca estampa o valor de 3,99 reais como sugestão de preço. Procurada pela reportagem de EMBALAGEMMARCA, a Nestlé não conseguiu responder a tempo do fechamento desta edição.

O fato é que, embora os exemplos dos iogurtes sinalizem a efetividade da precifica-ção de embalagens, tudo leva a crer que ela se restrinja à exploração por marcas líderes – ou no mínimo muito fortes, prestigiadas pelo consumidor. Ocorre que o varejo não é sor-ridente a tal estratégia. “Temos uma posição contrária à questão da precificação”, afirmou a EMBALAGEMMARCA Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “No nosso entender, os preços sugeri-dos nas embalagens engessam a ação do varejo, não de aumentos de preços, mas até de ações promocionais”. Como apelam ao bem-estar, os iogurtes funcionais parecem contar com certa condescendência dos supermercadistas. “Em virtude de ser um produto direcionado à saúde, nós não somos radicalmente contra a sugestão de preços”, diz Honda. “Mas não a aconselha-mos como uma prática contínua.”

Danoninho com duas forminhas, lançado em

2005, foi o precursor em iogurtes precificados (na

foto, o produto, até hoje na ativa, carrega preço antigo)

Nesvita, da Nestlé, concorrente de Activia, também enveredou pela estratégia da bandeja com preço sugerido

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SONDAGEM

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AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS NESTA SEÇÃO SÃO PROVENIENTES DE LEVANTAMENTOS E ANÁLISES DA MINTELE SÃO PROTEGIDAS POR DIREITOS AUTORAIS. EMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚDO.EMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚDO.EMBALAGEMMARCA

Day & NightPaís: Hong Kong

Em outros países, iogurtes funcionais já não prometem apenas auxiliar funções digestivas. Um

novo flanco de investida de tais produtos é a beleza, sob a idéia de que os cuidados cosméticos

devem começar de dentro para fora. Exemplo é dado pelo Day & Night, da Nestlé Hong Kong.

O produto é enriquecido com colágeno, substância de reconhecida ação estética para a pele,

e sua apresentação é inovadora: há versões diferentes para consumo durante o dia e à noite.

Ambas são acondicionadas em garrafinhas de polietileno com 225 mililitros cada, decoradas

com rótulos termoencolhíveis predominantemente brancos na versão Day e pretos na Night.

Cintas plásticas (shrinks), que unem uma unidade de cada produto, seguem o mesmo padrão.

O Global New Products Database (GNPD) da Mintel acompanha lançamentos de produtos, tendências e inovações. O Global New Products Database (GNPD) da Mintel acompanha lançamentos de produtos, tendências e inovações. Para mais informações, visite www.gnpd.com ou ligue para a Mintel Internacional (+ 1 312 932-0600)

Sondagem GNPD*: Iogurtes funcionaisTodos os meses, EMBALAGEMMARCA seleciona alguns cases internacionais de um dos mercadosanalisados por nossa reportagem, para que os leitores possam compará-los com o que se produz no Brasil

DeyiPaís: China

O iogurte para beber Deyi, do

laticínio chinês Shandong Deyi,

alega conter mais de 10 milhões

de bactérias benéficas ativas em

sua fórmula, entre elas diver-

sos lactobacilos, que ajudam a

regular o aparelho intestinal. O

produto, com sabor de iogurte

original, foi lançado numa gar-

rafa de polietileno de alta densi-

dade com 1 litro.

Cardivia Omega-3 PlusPaís: Canadá

O iogurte Cardivia Omega-3 Plus ganhou

um aprimoramento de sua fórmula no mer-

cado canadense, contendo agora o dobro

do antioxidante ômega 3. A fabricante

Danone sustenta que o produto, comer-

cializado em

multipacks

cartonadas

com doze

copos de

polipropileno

de 100 mili-

litros, ajuda a

prevenir doenças coronárias. Como é típico

no Canadá, o produto estampa dizeres

tanto em inglês quanto em francês.

Yo-PlusPaís: Estados Unidos

O Yo-Plus, da Yoplait (General Mills) é uma

nova linha de iogurtes que se propõe a regular

a saúde digestiva dos consumidores através do

Optibalance, fórmula especial da fabricante com

culturas bacterianas e fibras naturais. O produto

é comercializado em luvas

cartonadas contendo quatro

potes plásticos (poliestireno),

cada um com 113 gramas.

Becel Omega 3 PlusPaís: Grécia

Recém-lançado pela

Unilever grega, o Omega 3

Plus, iogurte com a marca

de produtos saudáveis

Becel, é enriquecido com

ácidos graxos essenciais.

Brandido como um

auxiliar na manutenção

da saúde do coração

e do sistema circulató-

rio, e como equilibra-

dor da flora intestinal,

o produto é encontra-

do em packs de 4 gar-

rafinhas de polietileno

com 100 gramas.

Next Biobalance TentaciónPaís: Chile

Comercializado em

copos de poliestire-

no de 140 gramas, o

iogurte Next Biobalance

Tentación, da chilena

Soprole, afirma ajudar

a regular a digestão.

Lançado no sabor Torta

de Framboesa, o produto

possui ainda mais sete

variedades.

LC1 ProtectionPaís: Itália

Contendo fermentos lácteos ativos que

prometem fortificar o sistema imunológico,

o LC1 Protection, da

Nestlé italiana, acaba

de ganhar a variante

Laranja, Cenoura

e Mel. O produto é

vendido em multipa-

cks cartonadas que

envolvem 6 garrafi-

nhas de 100 gramas.

Page 24: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

Edição: Guilherme KamioPANORAMA MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

Polêmica. O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) e a Associação das Indústrias de Refrigerantes (ABIR) lançaram campanha publicitária que questiona a eficácia dos lacres higiênicos de alumínio para latinhas de bebidas. Usuária do acessório há cinco anos, a Cervejaria Petrópolis (Itaipava e Crystal) foi à Justiça e conseguiu suspender a veicula-ção dos anúncios. O Sindicerv apresentou recurso, negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Nos bastidores, a querela é vista como briga velada entre AmBev, filiada ao Sindicerv, e Petrópolis, não filiada. Adotados no início de 2003, como resultado de parceria entre USP, Unicamp e Krones (fabricante da linha de envase), os lacres catapultaram as vendas da Petrópolis. Veja o que dizem Sindicerv e Cervejaria Petrópolis.

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24 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

PETRÓPOLISA Cervejaria Petrópolis contesta os argumentos da campa-nha do Sindicerv e questiona os métodos empregados no estudo científico “encomendado e pago” pela AmBev. “O trabalho do Cetea (...) não observou os princípios éticos

e de respeito à concorrência”, diz a Petrópolis em comunicado sobre o assunto. De acordo com a cer-

vejaria, seus produtos com selo higiênico de proteção foram entregues ao Cetea diretamente pela concorren-

te, “o que coloca em dúvida a credibilidade do tra-balho”. A fabricante de Itaipava e Crystal defende que os selos de alumínio “efetivamente protegem

as latas de cerveja da exposição à sujeira e à contamina-ção”. O gerente-jurídico da Petrópolis, Jaime Tronco, diz ter posse de outro laudo, feito pela USP, “que mostra o contrário: que o lacre higiênico é eficiente.”

SINDICERVSegundo o sindicato, um estudo encomendado pela AmBev ao Cetea (Centro de Tecnologia de Embalagem) aponta que o selo de alumínio, ao invés de diminuir, aumenta o risco de contaminação de quem bebe diretamente da latinha. “O lacre propicia o desenvolvimento de bactérias, pois mantém o ambiente (topo da lata) fechado, escuro e com a temperatura elevada”, diz Marcos Mesquita, superintendente do Sindicerv. Ele garante: a entidade não é contra o uso do selo higiênico, mas o considera desnecessário, por não trazer benefícios ao consumi-dor. “O objetivo é incentivar a limpeza da lata antes do consumo”, diz Mesquita. A campanha também é vista como reação aos mais de 50 projetos de lei que tramitam no Congresso pedindo o uso obrigatório do lacre. Para o Sindicerv, essa medida compulsória encareceria bebidas.

Lacre da Itaipava: paraa AmBev, desnecessário

CERVEJAS

Funciona ou não?Lacre para latinhas acirra a disputa entre cervejarias

RECICLAGEM

Dinheiro plástico, o novo produto de garrafas usadasCom apelo ecológico, surge o primeiro cartão de crédito confeccionado com embalagens de PET recicladas

Garrafas de PET descartadas agora também se transformam em cartões de crédito. A primeira iniciativa nessa área é do Bradesco. Com bandeira Visa, o cartão de PET reciclado integra o Banco do Planeta, conjunto de ações do Bradesco em prol da sustentabilidade. Parte da receita resultante de suas vendas será revertida em incentivos para a Fundação Amazônia Sustentável, entidade gestora do programa Bolsa-Floresta e presidida pelo ex-ministro Luiz Fernando Furlan.

Fabricado pela gaúcha IntelCav, o novo cartão é mais um alen-to para a reciclagem de PET no Brasil – que, após dois anos de

estagnação, cresceu 11,5%, de acordo com o mais recente censo da atividade, relativa a 2006 e divulgada no fim de 2007. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), 51,3% das embalagens de PET pro-duzidas em 2006, o equivalente a 194 000 toneladas, foram recicladas.

estagnação, cresceu 11,5%, de acordo com o mais recente censo da atividade, relativa a 2006 e divulgada no fim de 2007. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), 51,3% das embalagens de PET pro-duzidas em 2006, o equivalente a 194 000 toneladas, foram recicladas.

Vendas do produto ajudarão o Bolsa-Floresta

Page 25: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

Edição: GUILHERME KAMIO [email protected]

www.embalagemmarca.com.br

ROTULAGEM

Com o de transgênicoÓleos são os primeiros produtos no Brasil rotulados como portadores de ingredientes geneticamente modificados

Os óleos da Bunge, entre eles o óleo de soja líder de mercado Soya, são os primeiros pro-dutos brasileiros a ostentar em seus rótulos o símbolo de produto geneticamente modifi-cado – uma letra T no interior de um triângulo amarelo – acompanhado do aviso “Produto produzido a partir de soja transgênica”. A adoção da nova rotulagem ocorre no momen-to em que tramita na Justiça uma ação civil pública, instaurada pelo Ministério Público de São Paulo, baseada em denúncia feita em 2005 pelo Greenpeace. “Resolvemos agir pró-ativamente e rotular nossos óleos de cozinha, mesmo sabendo que os óleos vegetais não contêm nem 1% de componente transgênico, porcentagem a partir da qual a lei exige a rotu-lagem, para melhor atender consumidores que considerem isso relevante”, diz Adalgiso Telles, diretor de comunicação corpo-rativa da Bunge, fazendo referência à lei em vigor no Brasil desde 2004, porém nunca aplicada até então. A Cargill, também citada no dossiê do Greenpeace, anunciou dias antes do fechamento desta edição que seguirá a iniciativa da concorrente, alterando a rotula-gem de seu óleo Liza.

FILMES

Casa mais espaçosa TIV aumenta capacidade de distribuição de filmes plásticos

Brandindo a vice-liderança do mercado de distribuição de filmes plásticos, a TIV Plásticos (www.boppfilms.com) inaugurou no iní-cio de janeiro uma nova unidade industrial em Diadema (SP). O novo espaço é fruto de um investimento de cerca de 2 milhões de reais, feito com recursos próprios. Possui

2 500 metros quadrados, abriga novas máquinas rebobinadoras e cortadoras e está situada numa região logisticamente estratégica para os negócios da empresa. A TIV distribui filmes de BOPP, PET e BONYLON de fornecedores locais, como a Polo, e estrangeiros, como ExxonMobil, AET e Sigdopack.

Soya já ostenta o símbolo de transgenia, apesar de não conter, segundo a Bunge, nem 1% de componente transgênico

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Iniciando nova fase de sua participação no campo da embalagem,

a Bloco de Comunicação, empresa que edita a revista

EMBALAGEMMARCA, lança mais uma ação inovadora no setor,

o CICLO DE CONHECIMENTO EMBALAGEMMARCA.

Trata-se de um programa abrangente e permanente de análise,

estudo e difusão de informações relacionadas com as

atividades ligadas à embalagem, desde o fornecimento

das matérias-primas até a indústria usuária e o varejo.

O CICLO DE CONHECIMENTO consiste numa ação contínua para

promover eventos que podem ser classificados como “de

transformação”. Sua missão é contribuir para a carreira e o

crescimento dos profissionais e das empresas da área de embalagem.

Vamos aprofundar a discussão de questões fundamentais da cadeia

produtiva de embalagem. De forma dinâmica. Com dados que tenham

ligação entre si. Com planejamento. Com a mesma qualificação e

a mesma credibilidade consagradas pelo mercado em dois outros

produtos que a Bloco oferece ao mercado: a revista EMBALAGEMMARCA

e o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM.

O que vamos dar ao setor é mais informação com valor agregado.

Page 27: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

Primeiro movimento do Ciclo de Conhecimento:

Seminário Estratégico de Embalagens Flexíveis:“Da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda”

Data: 13/05/2008Local: Villa Noah – Espaço de EventosHorário: das 8h00 às 19h00

Tema:

Agenda:

08:00 - 09:00: Cadastramento e Welcome Coffee;

09:00 - 09:10: Abertura;

09:10 – 09:30: Panorama do Mercado de Flexíveis no Brasil;

09:35 – 10:30: Desafios da Indústria de Flexíveis no Brasil;

10:30 – 11:00: Coffee Break;

11:00 – 12:00: Matéria-Prima: Avaliação e Tendências de Mercado;

12:00 – 13:30: Almoço;

13:30 – 14:30: Painel Usuários – A Visão dos Grandes Compradores de Embalagens Flexíveis;

14:35 – 15:30: Varejo – A Interface entre o Consumidor e a Indústria;

15:30 – 16:00: Coffee Break

16:00 – 17:00: Como a Cadeia está Atuando: Ações Concretas e Soluções Possíveis;

17:00 – 18:30: Discussão entre os Palestrantes;

18:30 – 19:00: Entrega de Certificados e Café.

Por questões fiscais e cambiais, convertedores de embalagens flexíveis de países vizinhos estão abocanhando pedidos importantes que antes eram atendidos por empresas nacionais. No mercado interno, transformadores são pressionados, numa ponta, pelos custos de matéria-prima; na

outra ponta, são pressionados pela indústria usuária por menores preços. O seminário analisará a estrutura da indústria de embalagens flexíveis no Brasil, e apresentará caminhos de saída para essa situação que, no longo prazo, é prejudicial para todos os elos da cadeia.

Para maiores informações, acesse o site: www.embalagemmarca.com.br/ciclo

Page 28: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

REPORTAGEM DE CAPA

Mais pressãopelo regimeAntes, era apenas por economia e

aumento de competitividade. Agora, reduzir o peso de garrafas de PET para água mineral ganha sentido

como ação eco-responsável

Por Guilherme Kamio

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eduzir o peso das embalagens é uma antiga e permanente obses-são da indústria de água mineral. Pudera. Em alguns casos, a mais popular apresentação comercial da

bebida, a garrafa de PET, chega a representar 75% do custo do produto. Para produções que envolvem milhões ou bilhões de unidades, o aliviamento de um mísero grama por garrafa é capaz de gerar economia significativa para o engarrafador. Não espanta, portanto, o fato de o consumo de matéria-prima ser hoje um compo-nente fundamental no desenvolvimento de novas embalagens para águas.

Os últimos meses, contudo, indicaram ao setor de águas minerais que reduzir o peso das garrafas plásticas pode atender a outro objetivo além daquele precípuo de enxugar o dispêndio com embalagem. Sucede que grupos ambientalis-tas americanos e europeus passaram a incentivar um boicote às águas engarrafadas, por considera-rem as embalagens dessas bebidas agravantes do efeito estufa, pelos gases emitidos na produção, e geradoras de volumes exponenciais de resíduos nem sempre reciclados. A campanha, que defen-de o consumo de água da torneira como atitude ecológica, foi objeto de reportagem da edição de 27 de novembro de 2007 do semanário Veja, da Editora Abril, intitulada “A guerra contra a água mineral” (veja o quadro na página 32).

Lá fora, a cruzada contra as águas vendidas no varejo – ou melhor, contra as embalagens desses produtos – provocou reações da indústria assim que ganhou evidência na grande mídia. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Nestlé ence-tou uma espécie de “recall” das garrafas de PET de 500 mililitros de suas diversas águas minerais, relançando-as num novo modelo de garrafa com pouco mais de 11 gramas, 30% mais leves que as substituídas. A embalagem, providencialmente batizada de Eco-Shape, estrela campanhas publi-citárias nas quais é destacada como sinal claro de preocupação ambiental da multinacional suíça.

RROs recentes libelos contra a água engarrafada

ainda não reverberaram no Brasil, onde dificil-mente a sugestão de consumo de água canalizada da rede pública ganharia adesão maciça. Mas o setor de águas minerais garante não estar insen-sível ao aliviamento de peso das garrafas de PET como atitude pró-ativa em sustentabilidade. Exemplo: num movimento de cerca de dois anos para cá, diversas garrafas de PET de 500 e de 510 mililitros de águas minerais naturais nacionais transitaram do padrão de 18 a 20 gramas para pesos de 16 gramas ou menos. Marcas como Petrópolis Paulista, Crystal, Via Natural, Ouro Fino e Puríssima, entre outras, protagonizam tal “emagrecimento”.

Padrões revistos para baixoAinda na seara das garrafas de 500 mililitros, porém para água com gás, bebida que exige paredes mais espessas em virtude do conteúdo sob pressão, a Ouro Fino ganhou recentemente uma garrafa com 17 gramas. A convenção do mercado é a garrafa com 22 a 24 gramas. “Já as garrafas de PET de 2 litros para água com gás até

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Garrafas de 500 e 510 mililitros das águas nacionais já pesam cerca de 16 gramas

29EmbalagemMarcafevereiro 2008

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www.embalagemmarca.com.br

pouco tempo atrás tinham como padrão de mercado o peso de 54 gramas”, lem-bra Carlos Alberto Lancia, presidente da Associação Brasileira da Indústria

de Águas Minerais (Abinam). “Hoje, 80% do mercado já utilizam garra-fas de 47 gramas, e, os 20% restan-tes, garrafas de 49 gramas.”

De acordo com executivos consultados por EMBALAGEMMAR-

CA, as conquistas em redução de peso nas garrafas de PET das águas nacionais só não têm sido maiores pelos custos envolvi-dos nas alterações de embala-gem dessa natureza. “Cada vez mais a tecnologia suporta dimi-nuições no consumo de mate-rial por garrafa, mas é preciso considerar que qualquer redução incide em investimentos relativa-mente altos em novos moldes de injeção de preformas”, comenta

Fausto Lopes Bernardino Jr., supe-rintendente comercial da convertedora

Engepack, que no negócio de águas tem como cliente de peso a Coca-Cola Femsa, produtora das águas Crystal. Recentemente, a Crystal ganhou extensões de linha com garrafas de PET de 250 e 350 mililitros cujos projetos, segun-

Nova garrafa Eco-Shape, da Nestlé americana: claro apelo ecológico

Ouro Fino conseguiu 17 gramas na garrafa de água com gás

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do Bernardino, fiaram-se em alta leveza (veja EMBALAGEMMARCA nº 97, setembro de 2007).

O mercado nacional, agora, vive a expecta-tiva da chegada de novidades auspiciosas para o enxugamento de peso das embalagens plásticas para águas, como o conceito NoBottle (“sem garrafa”, em tradução livre para o português), desenvolvido pela multinacional francesa de equipamentos Sidel para permitir a criação de garrafas de PET de 500 mililitros com apenas 9,9 gramas. “Atualmente há três grandes projetos em andamento no Brasil”, revela Marcos Tadeu de Lorenzi, gerente de marketing da Sidel para a América do Sul, impossibilitado de dar maiores detalhes.

Compasso de esperaBaseado numa tecnologia chamada Flex, que combina a flexibilidade e a memória elástica dos plásticos, dispensando o uso dos corriqueiros anéis de sustentação estrutural nas garrafas, o NoBottle, lançado em junho do ano passado, foi eleito a melhor inovação mundial em embala-gem de 2007 pelo 4º Congresso Global de Água Engarrafada, ocorrido em setembro último no

NoBottle, da Sidel: garrafa tão leve que é quase etérea

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32 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

México. De acordo com Lorenzi, já existem marcas estrangeiras de águas minerais utilizan-do a tecnologia, mas seus nomes são, por ora, mantidos em sigilo. “A implantação da NoBottle exige alterações mínimas em linhas já existentes de sopro de garrafas com nossa tecnologia”, assegura o executivo.

Outro nome de peso da área de equipamentos para embalagem que recentemente investiu em meios de produzir garrafas de PET ultraleves para água mineral foi a alemã Krones. Na última K, feira de plásticos ocorrida na Alemanha no fim de outubro de 2007, a empresa apresentou garrafas de PET de 500 mililitros pesando 8,8 gramas. “É um tipo de embalagem somente possível de ser produzido em máquinas de alta precisão e homogeneidade, que permitem um afinamento da espessura da garrafa sem oca-sionar grandes perdas e defeitos no processo”, ressalta Ayrton Irokawa, supervisor de vendas da Krones do Brasil. Conforme ele explica, as garrafas, cheias, suportam top loading (empilha-mento) de 33 quilos, não afetando a paletização.

Vilania desmesurada e repelidaSetor de águas minerais se considera um bode expiatório de campanhas como a retratada por VejaSob o título “A guerra contra a água mine-

ral”, a revista Veja, da Editora Abril, reportou

em sua edição de 27 de novembro último

por que a água mineral “passou a ocupar

um lugar de destaque nas preocupações de

muitos ambientalistas”. “A fabricação das

garrafas plásticas usadas pela maioria das

marcas é um processo industrial que provoca

grande quantidade de gases que agravam

o efeito estufa. Ao serem descartadas, elas

produzem montanhas de lixo que nem sem-

pre é reciclado. Muitas entidades

ambientalistas têm promovido

campanhas de conscientização para

esclarecer que, nas cidades em que

a água canalizada é bem tratada, o

líquido que sai das torneiras em nada

se diferencia da água em garrafas.

Organizações européias e americanas

até estimulam as pessoas a escrever

a seus restaurantes favoritos pedin-

do que suspendam a venda de água

mineral e, dessa forma, contribuam com a

preservação do planeta”, publicou a revista.

“Veja cometeu o mesmo erro de outras

publicações que desconhecem o mercado

de águas. A realidade é que as duas mar-

cas de água mais vendidas nos Estados

Unidos (Dasani e Aquafina), que detêm em

conjunto 24% do mercado, têm origem na

rede pública municipal. Daí a recomendação

em alguns estados americanos para que os

consumidores

dessas marcas (e de outras com origem

semelhante) dêem preferência à água de

torneira e não à água envasada”, disse a

EMBALAGEMMARCA Carlos Alberto Lancia, pre-

sidente da Associação Brasileira da Indústria

de Águas Minerais (Abinam). “Na onda dessa

campanha, uma ONG americana decidiu

investir sobre as garrafas plásticas, citando,

porém, como poluidoras apenas as emba-

lagens de água, e não as de refrigerantes,

sucos, chás, óleos, azeites, vinagres,

produtos de beleza e centenas de outros

igualmente embalados em plástico. E

mais: condena o uso de energia na

produção e transporte de água, como

se a industrialização, distribuição e

comercialização fosse uma exclusi-

vidade do produto”, emenda Lancia.

Em tempo: Veja publicou, em edições

subseqüentes, cartas de Lancia com

o mesmo teor das declarações acima

reproduzidas.

produzem montanhas de lixo que nem sem-

líquido que sai das torneiras em nada

Organizações européias e americanas

consumidores sucos, chás, óleos, azeites, vinagres,

produtos de beleza e centenas de outros

igualmente embalados em plástico. E

mais: condena o uso de energia na

produção e transporte de água, como

se a industrialização, distribuição e

comercialização fosse uma exclusi-

vidade do produto”, emenda Lancia.

Em tempo:

subseqüentes, cartas de Lancia com

o mesmo teor das declarações acima

reproduzidas.

Krones quebrou recorde com garrafa de PET de 500 mililitros pesando 8,8 gramas

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34 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Abinam(11) 3167-2008www.abinam.com.br

Abipet(11) 3078-1688www.abipet.com.br

Alcoa CSI(11) 4134-2500www.alcoa.com/csi

Amcor PET Packaging(11) 4589-3000www.amcor.com

Bericap(15) 3235-4500www.bericap.com

Engepack(11) 2149-8800www.engepack.com.br

Krones(11) 4075-9500www.krones.com.br

Sidel(11) 4668-7000www.sidel.com

“As garrafas são muito leves, mas nem por isso são frágeis”, diz Irokawa.

Diferentemente da NoBottle, a inovação da Krones preserva as estrias nas paredes das gar-rafas. Um componente crucial na redução de peso obtida pela multinacional alemã é o uso da terminação (gargalo) do tipo PCO 26, ligeira-mente menor que a PCO 28 padrão do mercado. Já disponível no Brasil através de fornecedoras como a Alcoa CSI e a Bericap, as tampas de rosca PCO 26 permitem economia significativa na construção dos bocais das garrafas de água mineral natural. A Schincariol e a Lindoya, por exemplo, já as utilizam em suas águas.

Limite próximo?A terminação das garrafas é vista como campo promissor para a redução de peso porque, mesmo com os recentes – e notáveis – avanços em dimi-nuição da espessura, o entendimento é de que já se avizinha um limite para este último quesito.

“Claro que a redução exagerada pode acarretar problemas de performance da embalagem”, avisa Hermes Contesini, responsável pelas Relações com o Mercado da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). Contesini infor-ma que, junto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas e outras entidades, a Abipet coordena estudos para estabelecer normas para a produção de garrafas “com menos resina, mas com igual resistência mecânica”. Noves fora, a Abipet retruca as cutucadas dos ambientalistas com o estágio da reciclagem de garrafas de PET no Brasil. Em 2007 foram reciclados 51,3% das embalagens produzidas no país, garantindo a elas medalha de prata no quesito reaproveitamento, campo em que só perdem as latas de alumínio. Em 2000, o mesmo índice era de 26%.

O esforço da indústria de águas minerais para debelar focos de insatisfação com suas emba-lagens tem o objetivo de não interromper uma trajetória espetacular. Nos últimos dez anos, o mercado de águas cresceu 145%, e entre 2000 e 2005 a demanda brasileira por água engarra-fada aumentou 80%, com um salto de 68% no consumo per capita anual, segundo dados da International Bottled Water Association. Lá fora, empresas já sugerem aos consumidores trocar as águas em garrafa por cantis abastecidos com água da rede pública, e há o temor de que a situação atinja a proporção do boicote às sacolas plásticas descartáveis dos supermercados.

É por isso que, precavidas, fabricantes de outros bens de largo consumo também redobram atenções à redução do peso de suas embalagens de PET. “Indústrias de óleos demonstraram inte-resse nas nossas conquistas em redução de peso”, comenta Irokawa, da Krones. Meses atrás, a Coca-Cola anunciou um programa mundial para reduzir o peso das garrafas de seus refrigerantes. “Até por causa de questões de competitividade, a tendência da diminuição de peso de garrafas irá continuar candente”, entende Paulo Rochet, gerente-geral da Amcor PET Packaging, uma das maiores fornecedoras de garrafas da Coca-Cola. “Mas a verdade é que, sem educação e conscien-tização da sociedade a respeito do descarte de resíduos, o fato de a embalagem pesar menos acaba não tendo o impacto merecido, pois ela continua indo parar onde não deveria.”

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Schincariol e Lindoya:

redução nos gargalos

Page 35: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

www.embalagemmarca.com.br

ColorMatrix(11) 5502-9948www.colormatrix.com

Engepack(11) 2149-8800www.engepack.com.br

G8 Design(41) 3244-7188www.g8design.com.br

Guará(48) 3478-0366www.guara.ind.br

Rexam Beauty Packaging do Brasil (11) 2152-9800www.rexam.com.br

Sidel(11) 4668-7000www.sidel.com

ÁGUAS

onda de segmentação do mer-cado nacional de águas mine-rais naturais, na qual a universal e singela bebida busca valor aproximando-se de públicos

específicos através da embalagem, sustenta mais uma inovação. Importante nome do setor, a engarrafadora paranaense Ouro Fino lançou uma água especialmente direcionada ao público feminino. O alvo é escancarado não só pelo nome do lançamento, Woman, mas acima de tudo por sua apresentação: garrafas de PET cor-de-rosa de 500 milili-tros e de 1,5 litro.

Revelada numa avant-première ocorrida em dezembro último, em Curitiba, estrelada pela atriz global Priscila Fantin, a linha Ouro Fino Woman é resultado de seis meses em pesquisa e desenvolvimento de embala-gens. A coloração rosa das garrafas é fruto da aplicação de um pigmento de grau alimentício da americana ColorMatrix, presente no Brasil com uma fábrica em Itupeva (SP). As preformas das garrafas, injetadas pela Engepack, são processadas pela Ouro Fino numa sopradora rotativa da Sidel.

Curiosamente, as garrafas se aproximam do univer-so feminino por um outro detalhe. As tampas de rosca de polipropileno (PP) que as vedam, também na cor rosada, são moldadas pela Rexam Beauty Packaging do Brasil, atuante tradicional da área de embalagens para cosméticos e maquiagens. Os rótulos-manga das garrafas, de polipropileno biorientado (BOPP), são impressos pela catarinense Guará, e destacam a silhueta estilizada de uma mulher. O projeto gráfico é assinado pela G8 Design.

De acordo com Guto Mocelin, presidente do Conselho de Administração da Ouro Fino, a expecta-tiva de vendas da Woman é de 250 000 litros por mês. Parte da receita das vendas será destinada às obras de ampliação do hospital curitibano Erasto Gaertner, referência em oncologia.

A

Choque rosaÁgua para mulheres aposta em garrafas com cor especial

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Garrafas da Ouro Fino Woman: pigmento especial

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36 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

BEBIDAS

perspectiva, com uma dose de liberdade comparativa, é de verdadeiros porta-retratos cilíndricos nas gôndolas e nas despensas, mesas e mãos dos

consumidores. Anunciadas por duas gigan-tes mundiais em embalagens, a inglesa Rexam e a americana Crown, sofisticações em impressão prometem conferir qualidade fotográfica, nunca antes vista, aos rótulos de latinhas de alumínio para bebidas. Um destes processos, o da Rexam, já está ao alcance das indústrias brasileiras.

Contatada por EMBALAGEMMARCA, a sub-sidiária brasileira da Rexam preferiu não detalhar os meandros por trás do novo apri-moramento em registro foto-realista para latas de bebidas. O que se sabe é que a nova tecnologia de impressão, batizada de Illustration Impact, foi desenvolvida com uma parceira européia. “A novidade irá estimular

A

Um salto em revelação

Brahma paraguaia: estréia da Illustration Impact na

América do Sul

Novas tecnologias prometem melhorar foto-realismo das latinhas de alumínio

No Rio, uma latinha camaleoaMudando de cor, latas avisam quando Skol está gelada

Cada vez mais populares lá fora, as

latinhas de alumínio decoradas com

tintas termocrômicas, que mudam de

cor para avisar quando o conteúdo

está gelado, aportaram no Brasil gra-

ças a uma parceria entre AmBev e a

Rexam. Disponível no Rio de Janeiro

para a marca Skol, a latinha possui

uma seta no rótulo, originalmente

branca, que fica azul quando a cer-

veja resfria. A Rexam produziu 31

milhões de latas com o mecanismo.

Renato Estevão, diretor comercial

da Rexam, conta que diversos tes-

tes com a tecnologia ocorreram em

2007, e que o desafio foi descobrir

a camada ideal da tinta especial

na lata e o melhor efeito do azul no

contato com a temperatura baixa. “O

efeito atendeu totalmente às nossas

expectativas e às do cliente”, afirma

o executivo.

Antes de chegarem ao mercado flumi-

nense, as primeiras latas de Skol com

tinta termocrômica foram testadas na

megafesta à fantasia Metamorfose,

em Londrina (PR), em setembro de

2007, quando foram produzidas 1,2

milhão de unidades com um lote de

rótulos desenvolvido especialmente

para o evento. A Skol já utilizava

tecnologia parecida, com tinta ter-

mocrômica, nos rótulos de papel das

garrafas de vidro.

No Rio, uma latinha camaleoaMudando de cor, latas avisam quando Skol está gelada

Cada vez mais populares lá fora, as

latinhas de alumínio decoradas com

tintas termocrômicas, que mudam de

cor para avisar quando o conteúdo

está gelado, aportaram no Brasil gra-

ças a uma parceria entre AmBev e a

Rexam. Disponível no Rio de Janeiro

para a marca Skol, a latinha possui

uma seta no rótulo, originalmente

branca, que fica azul quando a cer-

veja resfria. A Rexam produziu 31

milhões de latas com o mecanismo.

Renato Estevão, diretor comercial

da Rexam, conta que diversos tes-

tes com a tecnologia ocorreram em

2007, e que o desafio foi descobrir

a camada ideal da tinta especial FOTO

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Tinta termocrômica faz seta mudar do branco

para o azul

os clientes a criar, em parceria conosco, os mais diversos rótulos com definição de alta qualidade”, prevê Renato Estevão, diretor comercial da subsidiária brasileira da Rexam.

O primeiro uso da nova tecnologia na América do Sul ocorreu com a paraguaia Cervepar, franqueada da Quilmes/AmBev. A cervejaria encomendou 7 milhões de latas de Brahma numa edição comemorati-va de Carnaval, que destacam a impressão em alta resolução de uma loira e de uma morena trajadas com fantasias coloridas e repletas de plumas e paetês. As latas, de 350 mililitros, foram produzidas na unida-de da Rexam de Buenos Aires, Argentina.

De acordo com Estevão, rótulos temá-ticos e promocionais ganharão novo apelo

com a tecnologia Illustration Impact. “Latas alusivas a eventos esportivos, por exemplo, já podem ser ilustradas com fotos de atletas, bem

Page 37: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

como as embalagens especiais para fes-tas e eventos culturais poderão exibir imagens de cantores, artistas e cele-bridades, com um nível de qualidade muito superior à atualmente observa-da”, assegura o executivo da Rexam.

Potencial mensageiroNo balcão rival da Crown, a novidade em impressão foto-realista para latas de alumínio atende pelo nome High Quality Print. A tecnologia abarca técnicas exclusivas de separação de cores e cilindros de impressão de altíssima resolução para dry offset, que permitem um melhor espaçamen-to dos pontos nas gravações do subs-trato de alumínio.

“Latas sempre ofereceram bene-fícios superiores em termos de resistência, refrigeração e conveni-ência, mas, com o advento de téc-nicas inovadoras de impressão como

Crown Embalagens(11) 4529-1000www.crownembalagens.com.br

Rexam(21) 2104-3445 www.rexam.com

Com High Quality Print, Crown busca ampliar o potencial comunicativo das suas embalagens metálicas

a High Quality Print, elas também passam a ser um canal perfeito para mensa-gens de marca”, diz Catherine Archer-Reed, diretora de marketing em latas de bebidas da Crown para a Europa. Procurada por EMBALAGEMMARCA, a Crown Embalagens, braço brasileiro da Crown no ramo de latinhas de alu-mínio, não havia se manifestado até o fechamento desta edição a respeito da disponibilidade da High Quality Print no mercado nacional. (GK)

Page 38: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

38 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme Kamio

Consultor técnico da Confederação Nacional das Indústrias na área de produção gráfica, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP) e pós-graduando em Gestão Estratégica de Embalagem pela mesma instituição, Antonio Celso Collaro tem publicado seu mais novo livro, Produção gráfica: arte e técnica da mídia impressa (Pearson Education, 176 páginas). Embora não se atenha à produção de embalagens, a obra reúne os principais conceitos, técnicas e recursos envolvidos na produção gráfica em geral, bem como informações valiosas sobre psicologia

das cores e minúcias dos siste-mas de impressão. Numa con-clusão providencial para qual-quer trabalho gráfico, o autor entende que o segredo de um projeto bem-sucedido vai além do uso de softwares de última geração: ele envolve conheci-mentos artísticos, socioculturais e, sobretudo, históricos.

Um rasante sobre a produção gráfica atualLivro abrange conceitos e técnica

PAINEL GRÁFICO MERCADO DE CONVERSÃO E IMPRESSÃO DE RÓTULOS E EMBALAGENS

e, sobretudo, históricos.

Publicação traz conceitos de impressão em geral

Impressora brasileira em exposiçãona Flexo Latino AméricaLançada em agosto de 2007, FBR 2500 já vendeu 13 unidades

A Nilpeter expõe na Flexo Latino América, que se realiza de 10 a 14 de março no Anhembi, em São Paulo, a impressora flexográfica de banda estreita FBR 2500 com largu-ra máxima de impressão de 273mm (10 ¾ ”), primeira máquina produ-zida no país pela empresa dina-marquesa. Fabricada em Ribeirão Preto (SP), a máquina é baseada na tecnologia modular flexográfica e pode ser combinada com unidades de serigrafia rotativa, aplicação de hot e cold stamping, tendo como

base normalmente oito unidades de impressão flexo. Sua velocidade máxima é de 228 metros/minuto e é considerada a mais moderna impressora flexo de banda estreita fabricada no Brasil.Desde seu lançamento, em agosto de 2007, foram comercializadas 13 impressoras FBR 2500, cinco delas já entregues aos clientes.

Aumento de produtividadeLavezzo adquire Speedmaster semi-nova

A gráfica Lavezzo, de São Paulo, com foco principal na produção de emba-lagens para cosméticos adquiriu uma impressora Heidelberg semi-nova e conseguiu aumentar sua produtivida-de, e melhorar os prazos de entrega, sempre muito curtos. “Precisávamos unificar o processo, finalizando a impressão em uma passada de papel, diminuindo perdas e terminando o trabalho em menos tempo”, explica Ricardo Lavezzo, diretor da empresa. A gráfica, que inicialmente pretendia adquirir uma impressora nova, aca-bou optando por uma semi-nova. A Seedmaster CD 74-5+L da Lavezzo

foi a primeira CD 74 negociada pela Heidelberg SemiNovas (HSN). Antes de ser vendida, a impressora passou por uma revisão completa e uma série de testes no prédio de HSN e na própria gráfica. Com a chegada do equipamento, em julho de 2007, a Lavezzo conse-guiu, além de aumentar sua produ-tividade, em muitos casos, diminuir pela metade o prazo de entrega, garante Ricardo.

Equipamento da Nilpeter é fabricado em Ribeirão Preto (SP)

Speedmaster comprada pela Lavezzo inaugura vendas daunidade de semi novas da Heidelberg

A Abiea – Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas organiza o 11º Encontro Nacional de Convertedores de Etiquetas Adesivas, que terá como objetivo oferecer uma visão global do mercado de rótulos auto-adesivos. Complementando o evento, estão programadas palestras com profissionais da área e a entrega do 1º Prêmio Abiea – Excelência em Etiquetas e Rótulos Auto-Adesivos. O evento será realizado no Blue Tree Park Eco Resort Angra dos Reis entre os dias 21 e 24 de agosto de 2008.

Convertedores de etiquetas têm encontro marcadoEvento é organizado pela Abiea

HEIDELBERG

(11) 5525-4500www.heidelberg.com.br

LAVEZZO

(11) 3392-2555www.lavezzo.com.br

NILPETER

(11) 5071-7721www.nilpeter.com.br

ABIEA

(11) 3288-0508www.abiea.org.br

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]

Page 39: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008
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40 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

INTERNACIONAL

urbinada pela franquia cinemato-gráfica Velozes e Furiosos e por séries de videogames como Need For Speed e Burnout, a tribo dos amantes dos rachas automobilísti-

cos e do tuning – como são chamadas as modi-ficações que conferem aos carros mais potência e visuais esportivos personalizados – inspirou o lançamento, nos Estados Unidos, de uma bebida energética com apresentação inovadora. A NOS 22oz. é apresentada numa garrafa de PET com formato inspirado nos celebrados cilindros de óxido nitroso (nitro) da Nitrous Oxide Systems, que compõem sistemas de ganho momentâneo de força para motores.

Com capacidade de 22 onças líquidas, ou 650 mililitros, a garrafa

da bebida é soprada pela ameri-cana Zuckerman-Honickman com um pigmento especial azul, e decorada com um rótu-lo auto-adesivo de filme plás-tico, com bordas metalizadas, seguindo fielmente o padrão visual dos cilindros de verda-de da NOS. A chave de ouro do projeto é uma sobretampa, de polipropileno (PP), que, acoplada à tampa standard para garrafas de PET, repro-duz o formato dentado das válvulas utilizadas nos cilin-dros de metal.

Associar o energético com a marca automotiva, controla-da pela fabricante americana de autopeças Holley, provou ser uma aposta certeira. “A

T

Carona num íconedos pegas e rachasEnergético ganha fama com garrafa queimita cilindro de “envenenador” automotivo

Com corpo azulado, rótulo metalizado e

tampa com sobretampa dentada, garrafa de PET da

bebida NOS “clona” com competência o cilindro

metálico de óxido nitroso (abaixo à esq.)

embalagem é instantaneamente reconhecida e o vínculo com a NOS foi bem-recebido pelo público, tendo guindado o produto, em poucos meses, ao sétimo posto no ranking das bebidas estimulantes nos Estados Unidos”, diz, em comu-nicado à imprensa, a fabricante do produto, a Fuze Beverages – empresa cujas inovações a levaram a ser adquirida, no ano passado, pela Coca-Cola.

Mais recentemente, um outro tipo de reconhe-cimento à criativa apresentação do produto veio do BevNet, prestigiado fórum da internet que monitora lançamentos globais e discute estraté-gias da indústria de bebidas. O site elegeu a emba-lagem da NOS 22oz. como “A mais inovadora de 2007”. É um incentivo que promete dar torque extra à popularização da bebida. (GK)

Zuckerman-Honickman+1 (610) 962-0100www.zh-inc.com

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42 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

TINTAS IMOBILIÁRIAS

erca de 45% das tintas imobiliárias vendidas no Brasil são brancas. É o que revela um estudo recente-mente realizado pela Tintas Coral, um dos principais nomes em tintas

para construção civil do país. Diante de um cenário favorável para o setor, marcado por vendas 6% maiores em 2007, segundo leitura do Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp), a Coral lançou um item para estrategicamente tentar diversificar o escoamento dos seus produtos. O Tira Teima consiste numa embalagem miniatura com tinta capaz de cobrir 1 metro quadrado. Desenvolvido e dimensionado para possibilitar alta fidelidade de visão da cor escolhida por catálogo, o produto pode dar a certeza que o consumidor precisa na hora de decidir. Se o resultado não for o esperado, é possível partir para outra cor ou tom sem grandes prejuízos, pois o custo do Tira Teima é baixo.

Sob um investimento de 1,3 milhão de reais, o produto chegou ao mercado apresentado numa latinha de aço de 300 mililitros, volume três vezes menor que o das menores embalagens dis-ponibilizadas até então pela Coral, 900 mililitros – o chamado quarto de galão. A embalagem da versão para testes é utilizada para acondicionar mais de 2 000 cores, e é fruto de desenvolvi-mento de uma equipe técnica da Brasilata.

A lata do Tira Teima incorpora o já famoso sistema de fechamento Biplus, que combina uma tampa metálica com um batoque plástico

C

Pequenas comuma grande missãoMiniembalagens para testes de cores e tons ganham espaço no mercado de tintas. Objetivo é quebrar o monótono domínio do branco nas vendas do setor

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Por Juçara Pivaro

no centro. A tampa plástica ganhou novo forma-to para se ajustar a um sistema de travamento que evita a passagem de oxigênio, garantindo a qualidade da tinta durante toda a vida útil do produto. A adaptação do sistema de fechamento garante completa vedação, mesmo depois de repetidas operações de abertura e fechamento da embalagem. Além disso, a lata é adequada ao sistema tintométrico (mix machines), pois o plástico transparente permite que o consu-midor visualize as cores escolhidas. Todas as características da Biplus e as adaptações feitas pela Brasilata especialmente para o Tira Teima trazem para o consumidor menor desembolso e facilidade para realizar o teste de cores com segurança e comodidade, evitando desperdício.

Mudar o hábito do brasileiro, fazendo-o colorir ambientes domésticos e comerciais, não é tarefa fácil. João Carlos Oliveira César, presi-dente do Conselho Técnico Científico Pró-Cor e professor-doutor da Faculdade de Arquitetura

Tira Teima, novidade da Coral, é acondicionada em

latinha com fechamento Biplus, da Brasilata

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43EmbalagemMarcafevereiro 2008www.embalagemmarca.com.br

e Urbanismo (FAU) da USP, esclarece que desde a época colonial era obrigatório caiar a casa por questão de saúde pública, e o sol forte, predominante na maior parte do país, afetava pinturas externas. Tudo isso ajudou a arraigar a cultura da pintura branca. “Hoje, temos tec-nologia que tornam as pinturas externas mais resistentes, mas a inércia da escolha fica”, diz César. “Muitos pensam que, uma vez pintada a parede, terão que conviver com ela durante um bom tempo antes de mudar”, afirma Paola Vieira, gerente de colour marketing da Coral. “Por isso, os consumidores optam pelas escolhas que consideram seguras, o que muitas vezes leva ao branco, e o Tira Teima vem reforçar o marke-ting que incentiva e orienta o público no uso de novos tons.”

Resultados surpreendentesA iniciativa da Coral não é exatamente uma novidade no mercado de tintas. Também com o intuito de debelar a insegurança do consumidor na escolha das cores e tons para ambientes, a Suvinil lançou em 2005 a versão para testes ColorTest, em latas de aço de apenas 202,5 mililitros. Segundo Carolina Araújo, gerente de produto da empresa, foi realizada uma pes-quisa para procurar entender e identificar quais eram as dificuldades que o consumidor tinha no momento da escolha das cores no ponto-de-venda e verificar como a empresa poderia melhorar esse processo.

Meses após o lançamento, o produto passou por reformulação da embalagem, adotando um pote plástico. O motivo da mudança, de acor-

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Cimplast(11) 3601-2004www.cimplast.com.br

do com a Suvinil, foi o ajuste de foco para o produto, que passou a ter como alvo principal o público feminino, que tem participação fun-damental na escolha da cor para os ambientes da casa. “Queríamos uma embalagem que reme-tesse ao consumo de supermercados, que fosse semelhante aos produtos que a mulher tem mais referência”, explica Carolina. “O maior dife-rencial é o design, que é uma inovação para a categoria”. A embalagem possui barreira à luz, tem selo protetor e traz praticidade. Um ele-mento facilitador na sua utilização está na boca do pote, onde cabe um rolo de pintura pequeno, dispensando bandejas, caçambas e outros aces-sórios para aplicação.

A embalagem do ColorTest foi um desenvol-vimento conjunto entre Suvinil e a fornecedora de embalagens plásticas Cimplast, que utilizou a versatilidade de formatos que a moldagem de polietileno de alta densidade (PEAD) por sopro proporciona ao gerar flexibilidade para a criação do design. Fernando Del Sole, gerente de produto da Cimplast, considera o mercado de tintas “bastante promissor para as embala-gens plásticas, pois entre as características dos polímeros, além da versatilidade, estão também fatores como segurança e resistência.”

A Suvinil tem realizado diversas ações de marketing com o ColorTest, entre elas a instala-ção de mix machines em lojas das Casas Bahia e em shopping centers paulistas e fluminenses. “O resultado é surpreendente”, diz Carolina, que, mesmo sem divulgar números, assegura que o produto efetivamente alavancou as vendas de tintas coloridas da Suvinil.

Suvinil lançou o ColorTest em lata de aço (à esq.), mas a substituiu por pote

plástico a fim de cativar o

público feminino

Page 44: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

44 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Os consumidores do acendedor recarre-gável Handy BIC já podem conferir nos pontos-de-venda o novo visual de sua embala-gem. Os blisters de papel cartão impressos em offset pela Editora Novo Tempo e de PVC cristal forne-cido pela Gemini Embalagens ganharam formas sinuosas, cores chamativas e ilus-trações remetendo às diversas possi-bilidades de uso. O design é assinado pela No Limits!.

Fogo renovadoAcendedor ganha blister sinuoso

Editora Novo Tempo(92) 2101-5300www.editoranovotempo.com.br

Gemini Embalagens(92) 3651-3079www.geminiembalagens.com.br

No Limits! (19) [email protected]

Art Contrast(11) 3758-2277www.artcontrast.com.br

BIC Label(21) 2450-9700www.biclabel.com.br

Lorenpet(12) 3185-4444www.lorenpet.com.br

Nilpel(11) 2191-2300www.nilpel.com.br

Plásticos Cária(11) 3864-8833www.caria.com.br

Homenagem à AmazôniaColgate lança sabonete inspirado na floresta tropical

A Brasfrigo firmou parceria com a SIG Combibloc e instalou uma nova linha de embalagens cartonadas assépticas em Luziânia (GO). A empresa expandiu as linhas de produtos de derivados de toma-te com a marca Tomatino e a caixinha escolhida para a estréia foi a combiblocS-tandard de 500 mililitros, com abertura picotada em “v”. Há planos para ampliar a gama de formatos, já que a máquina é capaz de trabalhar com 500 mililitros, 750 mililitros, 1 litro e 1,1 litro.

Tomatino na caixinhaBrasfrigo estréia nova embalagem

SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sigcombibloc.com.br

Já estão no mercado os novos sabonetes líquidos e em barra Palmolive Amazônia, da Colgate-Palmolive. Os

sabonetes líquidos serão comercializados em frascos de PET supridos pela Lorenpet com tampas confec-cionadas em polipropileno randômico (PP random) transparente, fornecidas pela Plásticos Cária. Os rótulos auto-adesivos de polipropileno biorientado (BOPP) são produzidos pela BIC Label. O design é

da Art Contrast. Os sabonetes em barra são acondicionados em car-tuchos de papel cartão impressos em offset pela Nilpel, que desen-volveu o design em parceria com a Colgate-Palmolive.

LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDISPLAY

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45EmbalagemMarcafevereiro 2008www.embalagemmarca.com.br

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]

A Unilever lança uma nova variante do gel den-tal Close up, o Close up Double Fresh, que vem acondicionado em tubos laminados fornecidos pela Alcan. A multinacional não divulga o nome do fornecedor das tampas de polipropileno (PP). Os cartuchos de papel cartão que abrigam os tubos são impressos pela Brasilgrafica. O layout das embalagens é da Rex Design.

Reforço na linha Close upGel dental tem mais uma variante

Alcan(11) 4723-4700www.alcanpackaging.com

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Rex Design(11) 3862-5121www.rexnet.com.br

O grupo Bimbo aumenta seu portfólio de produ-tos com as barrinhas de cereais Pullman e Plus Vita. Os produtos são acondicionados em flow packs de polipropileno biorientado (BOPP) com BOPP metalizado impressos em rotogravura pela CBS Elos e pela Camargo Cia. de Embalagens. O design é da Dil Brands.

Novas barrinhas no mercadoFlow pack acondiciona lançamentos da Bimbo

Camargo Cia. de Embalagens(15) 3285-2009www.camargociaembalagens.com.br

CBS Elos (11) 2148-7200www.cbselos.com.br

Dil Brands(11) 4191-9711www.dilbrands.com

www.embalagemmarca.com.br

Dil Brands(11) 4191-9711www.dilbrands.com

BOPP metalizado impressos em rotogravura pela CBS Elos e pela Camargo Cia. de Embalagens. O design é da Dil Brands.

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]

Page 46: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

46 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Brigaplast(15) 232-3171www.brigaplast.com.br

Dil Brands(11) 4191-9711www.dilbrands.com

MeadWestvaco Calmar(11) 3638-4850 www.calmar.com

Gráfica Espírito Santo(27) 3212-7800www.graficaes.com.br

Logoplaste(11) 2132-0400www.logoplaste.ind.br

Nova Petroquímica(11) 3583-5900www.suzanopetroquimica.com.br

Tecnoplastic(11) [email protected]

Catuaí Print(43) 3552-1186www.catuaiprint.com.br

CIV(81) 3272-4484www.civ.com.br

Design Inverso(47) 3028-7767www.designinverso.com.br

Mold Tec(11) 6967-4132www.spraybrasil.com.br

Tech Sprayer (11) 6222-4888www.techsprayer.com.br

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

O laboratório homeopático Dr. Waldemiro Pereira, de Curitiba, lança em março uma nova estratégia de comunicação. Para atingir uma faixa mais jovem da população e concorrer com os remédios alopáticos, os 40 produtos de homeopatia da empresa passaram por uma reformulação em todas as suas embalagens. Responsável pela criação, a agência de design Yup Brasil procurou destacar as características de cada medicamento. A abordagem adota-da pelo laboratório é pioneira no mercado de homeopatia do Brasil: o layout das embalagens é semelhante ao utilizado pelos remédios tra-dicionais. Os cartuchos de papel cartão são produzidos pela Gráfica Serena.

Abordagem comercialHomeopáticos com cara de alopáticos

Gráfica Serena(41) 3014-2424www.graficaserena.com.br

Yup Brasil(41) 3015-3124 www.yup.com.br

Tradicional nome do mercado far-macêutico, a marca Melagrião, do Laboratório Catarinense, lança um aromatizante bucal em spray. Os frascos de vidro supridos pela CIV e pela Wheaton, com válvulas da Tech Sprayer, têm tampas de PVC fornecidas pela Mold Tec. A decoração é feita por um rótulo termoen-colhível impresso pela Catuaí Print. O layout é da Design Inverso.

Para borrifarMelagrião ganha versão em spray

Transparência até na embalagemMultiuso da Reckitt Benckiser tem frascos de polipropileno translúcido

A Reckitt Benckiser lançou mais uma variante para o limpador multiuso Veja, batizada de Veja Multi-Ação 4 em 1. A novidade chama atenção pelas embalagens translúcidas, produzidas pela Logoplaste. O efeito foi consegui-do graças a uma parceria com a Nova Petroquímica, que desenvol-

veu uma resina de polipropileno (PP) com particularidades de transparência e maleabilidade. O material substitui os antigos fras-cos de polietileno de alta densida-de (PEAD). O design foi adaptado pela própria Reckitt Benckiser, sobre a estrutura das embala-gens anteriores criadas pela Dil

Brands. As tampas de PP são fornecidas pela Brigaplast e pela Tecnoplastic, na versão squeeze, e as válvulas da variante gatilho pela MeadWestvaco Calmar. A deco-ração do squeeze é feita em seri-grafia e o pulverizador leva rótulos auto-adesivos de papel, impressos pela Gráfica Espírito Santo.

DISPLAY LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEM

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47EmbalagemMarcafevereiro 2008www.embalagemmarca.com.br

Pretinho básicoLinha de tratamento capilar da Ox tem embalagens escuras

A Ox Cosméticos amplia seu portfólio com a linha Ox Super, que teve o layout e a assessoria no projeto estrutural das embalagens feitos pela Packing Design. Composta por cinco itens, a família de produtos para tratamento capilar ganhou embalagens pretas, que se destacam na gôndola. Os frascos de polietileno de alta densi-dade (PEAD) do Xampu Peeling Hair são fornecidos pela Gensys Embalagens e levam tampas de polipropileno (PP) injetadas pela Qualinjet. A decoração é feita em serigrafia prata com verniz alto brilho. A Máscara Intensa Ultranutritiva é acondicionada em potes de PEAD decorados com serigrafia e tampas de PP supridas pela Igaratiba. O Serum Ultraconcentrado é apresentado em tubos de PP e polietileno (PE) impressos em flexografia, produzidos pela Globalpack. Para o Fluido Reparador Protetor foram escolhidos frascos de vidro decorados em serigrafia, fornecidos pela Vidraria Anchieta. As tampas e válvulas injetadas em PP são produzidas pela MeadWestvaco Calmar. Completa a linha o Creme para Pentear Hidratante, acondicionado em frascos de PEAD e polietileno de baixa densidade (PEBD), com tampas de PP, produzidos e serigrafa-dos pela Igaratiba.

Gensys Embalagens(11) 2199-1599www.gensys.ind.br

Globalpack(11) 5643-5333www.globalpack.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

MeadWestvaco Calmar (11) 3638-4850www.calmar.com

Packing Design(11) 3074-6611www.packing.com.br

Qualinjet(11) 4787-0777www.qualinjet.com.br

Vidraria Anchieta(11) 6190-0666www.vidrariaanchieta.com.br

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48 EmbalagemMarca fevereiro 2008 www.embalagemmarca.com.br

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Anunciante Página Telefone Site

43 SA Gráfica 9 (11) 3578-3606 www.43sagrafica.com.br

BIC Label 37 0800 260 434 www.biclabel.com.br

BP Filmes 25 (11) 3616-3402 www.bpfilmes.com.br

Brasilpack 39 (11) 3060-5000 www.reedalcantara.com.br

Braskem 33 (11) 3576-9000 www.braskem.com.br

Cobrirel 47 (11) 6291-3155 www.cobrirel.com.br

Easy Pack 45 (11) 4582-9188 www.easypack-brasil.com.br

Entec 13 0800 773 8687 www.entecpolimeros.com.br

Expo Pack México 41 + 52 (55) 5545-4254 www.expopack.com.mx

Greenfield 30 e 31 (11) 3567-1890 www.embalaweb.com.br

Indexflex 11 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

Innova 4ª capa (51) 3378-2300 www.innova.ind.br

Interpack 5 (11) 5535-4799 www.interpack.com

M&G 3ª capa (11) 2111-1515 www.gruppomg.com.br

Moltec 47 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Nilpeter 15 (11) 5071-7721 www.nilpeter.com.br

Novelprint 45 (11) 3760-1500 www.novelprint.com.br

Plastimagen 21 +52 (55) 1087-1650 www.plastimagen.com.mx

Propack 45 (11) 4785-3700 www.propack.com.br

Qualy Print 47 (11) 4071-1782 www.qualyprint.com.br

Set Print 45 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

SIG Combibloc 2ª capa (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil

Simbios-Pack 47 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

TD Color 47 (19) 3271-7146 www.tdcolor.com.br

Technopack 7 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Tom-B 17 (11) 3255-7214 www.tom-b.eu

Page 49: Revista EmbalagemMarca 102 - Fevereiro 2008

Osvaldo Cruz, Gerente geral

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.

www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-65330800 773 8687www.entecpolimeros.com.br

EmbalagemMarca é focada naquilo que o seu nome se propõe: na embalagem. Os textos são objetivos, as inovações e os lançamentos sempre estão presentes, ou melhor, sempre são apresentados pela revista. A publicação consegue mexer com a vontade de conhecer, além de mostrar bem os aspectos técnicos e conceituais das embalagens de que fala. É uma revista agradável, legal de se ler, com seus textos enxutos e informativos. Somos anunciantes justamente por essa qualidade. Tanto no conteúdo quanto no visual, a revista EmbalagemMarca é diferente das outras, e cada vez mais ocupa seu espaço no setor.

0800 773 8687

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AlmanaqueAlmanaque

50 EmbalagemMarca fevereiro 2008www.embalagemmarca.com.br/almanaque

Que a primeira lata de cerveja, feita de folha-de-flandres nos Estados Unidos, em 1935, pesava 85 gra-

mas? Hoje a lata de bebida feita de alumínio pesa menos de 15 gramas.

Abrir duas vezes é melhor...Somente tampas metálicas de rosca fechavam os potes de vidro das maioneses brasileiras até 1985. Foi quando a Refinações de Milho Brasil, seguindo uma tendência internacional, decidiu adotar selos de vedação para reforçar a proteção – e aumentar considera-velmente a vida-de-prateleira – da maionese Hellmann’s (marca hoje controlada pela Unilever). Para destacar seu pioneirismo, a empre-sa veiculou anúncio em revistas exaltando “a maionese que você precisa abrir duas vezes – a única com selo de vedação”. A peça, reproduzida abaixo, é criação de Rogério Morais Martins, então na Dogma Propaganda. Dogma Propaganda.

Apesar de a Coca-Cola não divulgar nem em seu website oficial, o guaraná Taí continua sendo produzido pela multi-nacional. Lançada nos anos 1970, a marca, que em 1997 foi substituída pelo Kuat, ainda é encontrada em alguns mer-cados. O produto, que no início era vendido em garrafas de vidro e depois ganhou a opção das latas (primeiro de aço, depois de alumínio), hoje é comercializado ape-nas em garrafas de PET de 2 litros.

A marca dos três diamantesEm 1870, o jovem Yatora Iwasaki trocou sua aldeia natal, no interior do Japão, pela cidade de Osaka, onde se tornou um gran-de negociante de arroz. Para transportar a merca-doria, fundou uma com-panhia de navegação com três velhos barcos a vapor, batizando-a de Mitsubishi, que significa três diamantes (Mitsu= 3, e Hishi=diamantes). Como em japonês, o “H” é pronunciado com o som de “B”, a combinação mitsu hishi virou Mitsubishi. O logotipo da

empresa, formado por três losangos, é a junção do

brasão da família Iwasaki com a estilização das hélices dos primeiros barcos da companhia. As três embarcações passaram rapidamen-

te a 30, tornando a Mitsubishi a maior com-

panhia marítima do país. Ao longo dos anos a corporação

ampliou suas atividades e hoje tem mais de 40 empresas, que produzem desde veículos até garrafas de PET e filmes para embalagens e rótulos.

natal, no interior do Japão,

Para transportar a merca-

panhia de navegação com três velhos barcos a vapor, batizando-a de Mitsubishi, que significa três diamantes

empresa, formado por três losangos, é a junção do

brasão da família Iwasaki com a estilização das

passaram rapidamen-te a 30, tornando a

Mitsubishi a maior com-panhia marítima do país. Ao

longo dos anos a corporação

O guaraná continua aí

Você sabia?

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