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Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

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Edição de maio de 2008 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

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A ESSÊNCIA DA EDIÇÃO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOREDITORIAL

Público-Alvo

EM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per-vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com

o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indús-trias de bens de consumo, tais como alimentos,

bebidas, cosméticos e medicamentos.

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da

Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040São Paulo, SP

Tel.: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

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Filiada ao

Filiada à

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é resguar da do por di rei tos au to rais. Não é

per miti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões

ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

Diretor de Redação: Wilson Palhares | [email protected]

Reportagem: [email protected]ávio Palhares | [email protected]

Guilherme Kamio | [email protected] Freitas | [email protected]

Departamento de arte: [email protected] de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] de arte: José Hiroshi Taniguti | [email protected]

Administração: Eunice Fruet | [email protected]

Marcos Palhares | [email protected]

Departamento Comercial: [email protected]ão Tichauer | [email protected]

Juliana Lenz | [email protected] Trojan | [email protected]

Wagner Ferreira | [email protected]

Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): [email protected]

Ciclo de Conhecimento: Ivan Darghan | [email protected]

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Diferente e sempre melhorostaríamos de nos satisfa-zer com o êxito das tare-fas a que nos dedicamos, como o que foi alcançado pelo SEMINÁRIO ESTRATÉGI-

CO EMBALAGENS FLEXÍVEIS – DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA, realizado em São Paulo. O evento, com o qual a Bloco de Comunicação coloca em sólidas bases a rota do CICLO DE CONHECIMENTO, inau-gurado no ano passado com o lançamento do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, foi considerado um sucesso pela quase unanimidade das mais de 300 pessoas a ele presentes.

Seria soberba se disséssemos ser-nos indiferente que tenha sido assim. Ficamos felizes com o resultado, mas impede-nos de nos darmos por satisfeitos o lema que sempre orientou nossas iniciativas: “Fazer diferente do que os outros fazem e sem-pre melhor do que nós mesmos fazemos”. Assim, aquele evento terá continuidade em ações complementares, visando atin-gir metas de interesse da cadeia produtiva de embalagens (ver pág. 12).

Tais atividades se enquadram nos objetivos do CICLO, que são ampliar as informações relacionadas à área de emba-lagem, transformá-las em conhecimento e, em conjunto com os players do setor, influir no aperfeiçoamento do produto brasileiro. Também se encaixa nesse pro-pósito a realização do PRÊMIO EMBALA-

GGEMMARCA, planejado para ser, mais que um concurso que se esgota a cada edição, um conjunto de estudos de cases de embalagem. A iniciativa, para a qual já se encontram abertas as inscrições, tem data marcada para ocorrer: 1º de outubro.

Peça fundamental e embrião do CICLO DE CONHECIMENTO, EMBALAGEMMARCA traz nesta edição a cobertura analítica da feira Interpack, feita pelo enviado espe-cial à Alemanha, Guilherme Kamio, cujo olhar especializado sempre capta ângulos e tendências capazes de apontar rumos para os leitores. Também nessa linha, a reportagem sobre o mercado de leite mos-tra em profundidade a movimentação que vem ocorrendo no campo das embalagens nessa área. E, com a saída da senadora Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente e sua substituição por Carlos Minc, as discussões em torno da preser-vação ambiental e suas implicações na infra-estrutura de energia no Brasil cer-tamente serão intensificadas. Para falar a respeito entrevistamos Marcos Vinícius Gusmão Nascimento, vice-presidente da Abrace, a associação dos grandes consu-midores de energia. O eixo da entrevista é a competitividade da indústria brasilei-ra (incluindo embalagens). Segundo ele, está ameaçada. Até a próxima.

Wilson Palhares

“O SEMINÁRIO ESTRATÉGICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS:

DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA

terá continuidade em ações complementares, visando atingir metas de interesse da cadeia

de embalagens”

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4 EmbalagemMarca maio 2008

SUMÁRIO Nº 105 MAIO 2008

Internacional 72Nos Estados Unidos, vodca inova ao utilizar garrafa de PET com alça encravada

Ciclo de ConhecimentoSeminário sobre embalagens fl exíveis reúne empre-sários e executivos do setor em busca de soluções para um desequilíbrio que afeta toda a cadeia

Reportagem de capa: Leites 20Flexíveis querem quebrar hegemonia das cartonadas assépticas no mercado de leite longa vida. Estas têm na maior conveniência uma trincheira para se defender

Eventos 74Embala Minas reforça a percepção de que feiras regionais de embalagem fazem todo sentido no Brasil

Tintas imobiliáriasCom embalagens mais alegres, marca

paranaense apela à empatia com o público

BebidasCampari renova apresentação de três de seus carros-chefes

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Entrevista:Marcos Vinícius Gusmão Nascimento 32Vice-presidente da Abrace diz que competitividade do Brasil é afetada pelo custo da energia

InterpackComemorando 50 anos, mostra alemã de tecnologia de embalagem destaca avanços em bioplásticos e novidades em outras searas

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www.embalagemmarca.com.br

3EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

82AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

8Espaço abertoOpiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

66Painel gráficoProdutos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

76DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

6Na webO que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal levam aos internautas

28PanoramaMovimentação do mundo das embalagens e das marcas

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6 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Lançamento

Cerveja e futebol A Heineken lança no Brasil uma edição limitada de embalagens temáticas da Copa dos Clubes Campeões da Europa (UEFA Champions League). O layout das garrafas long neck e das latas comemora a final da competição, realizada em Moscou. As latinhas são acondicionadas em uma embalagem de papel cartão com imagens do torneio.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/heinekenuefa

NA WEB

Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da revista levam aos internautas

RECEBA A E-NEWSLETTER SEMANAL DE EMBALAGEMMARCAVisite www.embalagemmarca.com.br/newsletter

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Panorama

Pão de Açúcar tem nova marca própria

O Grupo Pão de Açúcar avança na sua estratégia de transversalidade de marcas e coloca nas prateleiras Qualitá. A novidade será comercializada nos supermercados Pão de Açúcar, Compre Bem, Sendas, Extra Perto, Extra e Extra Fácil. No portfólio de Qualitá estão previstos desde alimentos e utilidades domésticas até itens de higiene e limpeza. Grupo Pão de Açúcar já tinha a marca própria Taeq.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/paoacucar

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/seaquist

Fechamentos

Seaquist Closures lança nova tampa flip-top

Com nome inspirado na leveza, uma das diretrizes de seu desenvolvimento, a Etérea é a nova tampa standard flip-top oval para frascos e frasnagas de produtos de higiene pessoal e cosméticos da Seaquist Closures. O perfil baixo demanda menos uso de plástico, em linha com a exigência por sus-tentabilidade. Com terminação snap-on, a tampa pode ser utilizada em embalagens invertidas e está disponível com orifícios de 3, 5 e 8 milímetros. Ela pode acoplar a válvula SimpliSqueeze, cujo mecanismo de diafragma não deixa resíduos em volta do orifício dosador.

Display

Vizcaya lança produtos para tratamento capilar A empresa de cosméticos Vizcaya apresenta três novas linhas batizadas de Blonde Action, Control Mix e Silver Touch. As embalagens, criadas pela B+G designers, seguem o visual dos produtos da marca que já estavam no mercado.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/vizcaya

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8 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

contatos com usuários e convertedores, trazer uma abordagem um pouco mais estratégica sobre a embalagem, sobre sua importância para as empresas como ferramenta de marketing, acho que esta-mos vivendo um paradoxo, complexo de se resolver, uma vez que as discussões acabam em sua grande maioria sendo direcionadas para as áreas de compras.Dessa forma, para tentarmos entender um pouco mais como as empresas estão tratando a embalagem como estratégica, e não apenas administrada como insu-mo, gostaria de deixar registrada minha sugestão para que, nos próximos even-tos, vocês convidem pessoas das áreas de Desenvolvimento e Marketing dos End-Users, uma vez que, assim como as empresas convidadas, as próximas serão empresas estruturadas, possivelmente com a existência dessas áreas. Acho que a discussão será ainda mais interessante! Reforço minhas congratulações.

Andre GiglioNova Petroquímica

São Paulo, SP

Quero parabenizar a equipe de EMBALA-GEMMARCA pela iniciativa de reunir pro-fissionais comprometidos com a cadeia do mercado de embalagens flexíveis para, juntos, entender e buscar soluções assertivas para a manutenção e cresci-mento do nosso negócio. Para a completa realização dos objetivos, uma análise das discussões realizadas, bem como a priorização das ações identificadas, será fundamental para a consolidação do cres-cimento do setor.

Davide BottonDiretor Comercial

Polo FilmsSão Paulo, SP

Como participante de eventos, seminá-rios e congressos de longa data, pois sou do ramo gráfico há trinta anos (especifi-camente no setor de flexografia, há quin-ze), posso dizer que o CICLO DE CONHE-CIMENTO da Bloco de Comunicação, que iniciou com o SEMINÁRIO ESTRATÉGICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS – DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA, está fadado

OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORES

Primeiramente gostaria de parabenizar toda a equipe da Bloco de Comunicação pela organização do SEMINÁRIO ESTRATÉ-GICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS: DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA. O perfil do público, o conteúdo das apresentações e a audiência até o final do dia comprovaram a qualidade do evento.Minha única observação é com relação ao perfil dos profissionais convidados para o debate. É evidente, natural e com-preensível que o tema “redução de custo” tenha sido um dos principais assuntos abordados, pelo fato de os profissionais serem pessoas cujas atividades estão liga-das diretamente às áreas de suprimentos das empresas em que trabalham.Dessa forma, acredito que essa discussão sobre “custo” ficou exagerada. Temos já há algum tempo nos esforçado para mudar essa mentalidade que impera em nosso mercado. Haverá muito pouco espaço para inovação em embalagens se, ao discutirmos projetos com os end-users, continuar a imperar uma barreira chamada custo. Se estamos tentando hoje, em nossos

ao SUCESSO! Meu comunicado não tem o intuito de simplesmente parabenizar os organizadores, mas acho importante atestar alguns pontos que fazem de um encontro de classe um evento importan-te e de sucesso. A escolha do local e a organização da logística foram perfeitos. A qualidade dos palestrantes e, mais importante, a combinação de colocar em público as opiniões de clientes represen-tados por empresas do porte de Sadia, Nestlé e Cadbury Adams foi essencial para o aproveitamento do evento. Ao contrário de eventos similares, foram apresentados, de maneira profissional, os problemas dessa cadeia de produção com opiniões, sugestões e críticas de todas as partes envolvidas, sem em nenhum momento faltar a verdadeira vontade de colaboração na solução desses proble-mas. O diálogo que vimos entre clientes e fornecedores é um exemplo para todos nós de como um mercado maduro pode e deve se comportar. Ainda lembro que a audiência foi excepcional na qualida-de e quantidade da platéia, que esteve presente até o último minuto da última palestra, coisa rara nos eventos desse tipo. Foi altamente produtivo e informa-tivo ter participado deste acontecimento, e as pessoas que não puderam participar certamente o farão na próxima vez, em função das notícias que receberão dos participantes.

Miguel TroccoliGeneral Manager

PTC Graphic Systems Ltda.São Paulo, SP

A excelente qualidade do SEMINÁRIO ESTRATÉGICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS: DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA e o alto nível do público a ele presente não chegaram a nos surpreender. Os eventos realizados pela Bloco de Comunicação, assim como a revista EMBALAGEMMAR-CA, por ela editada, sempre proporcio-nam a oportunidade de encontrar pessoas que decidem no mercado de embalagem. Além disso, esses eventos e, convém repetir, a revista permitem a atualização tecnológica e o acesso a novas tecnolo-gias e a inovações do setor. O CICLO DE

OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORESESPAÇO ABERTO

Ciclo de Conhecimento

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10 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORESESPAÇO ABERTO

CONHECIMENTO, em que estão contidas essas ações, é uma iniciativa que chega em boa hora para o setor de embalagem. Parabéns à equipe da Bloco de Comuni-cação. Sucesso!

Luiz Fernando PereiraDiretor da Greenfield

Business PromotionSão Paulo, SP

O SEMINÁRIO ESTRATÉGICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS: DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA foi um importante passo para as discussões sobre a busca de valor na cadeia produtiva de embalagens flexí-veis, gostei muito do painel de debate com os usuários de embalagens (Nestlé, Sadia e Cadbury Adams).

Ana DecotGerente de Marketing e

Desenvolvimento de MercadoItap Bemis

São Paulo, SP

Gostei bastante do evento e aproveito a oportunidade para parabenizá-los pela brilhante execução do mesmo.

Carlos Ricardo OliveiraMarketing Analyst

DuPont Liquid Packaging SystemsSão Paulo, SP

Karim Rashid

É a primeira vez que faço um comentário sobre EMBALAGEMMARCA. Tinha receio de que minhas palavras não passassem das clássicas felicitações que sei, são sem-pre bem recebidas. Mas a entrevista de Karim Rashid (edição 104, abril 2008) foi excelente e vale a pena elogiá-lo por seu profissionalismo. A revista sempre tem conteúdo bom e atual, com informa-ções que permitem avaliar, a qualquer profissional envolvido com o setor, temas importantes de seu trabalho diário.

Isabel BarberaEntre Ríos, Argentina

Parabéns a EMBALAGEMMARCA por suas reportagens, especialmente pela entrevis-ta com Karim Rashid e por outras maté-rias sobre o tema design. Me parece um

grande acerto colocar ao alcance das pes-soas todo esse material que traz conceitos técnicos sobre o processo do design. O design é uma profissão, e cada pessoa que a exerce deveria agir profissional-mente. Na América Latina tomamos as coisas com pouco profissionalismo, ape-lamos mais à inspiração do que ao conhe-cimento, mas esse é um ponto que vocês estão ajudando a mudar

Carlos Esteban Ramos DíazDesigner

Lima, Peru

Achei sensacional a entrevista com Karim Rashid. As perguntas foram muito bem elaboradas. Parabéns a EMBALAGEM-MARCA pelo excelente trabalho.

Edson Konioshi Packing Design

São Paulo, SP

Muito boa a entrevista do designer Karim Rashid publicada em EMBALAGEM-MARCA.

Ronnie SchröterDiretor Comercial

Etirama Indústria de Máquinas LtdaSorocaba, SP

Cuidado com o conteúdo

Desejo felicitá-los pela excelente apre-sentação e pelo cuidado com o conteúdo que marcam a revista EMBALAGEMMARCA. Tenho recomendado com meus compa-triotas que de alguma forma se relacio-nam com o tema embalagem que a leiam. A revista é uma das melhores publicações que já li (e continuarei lendo), devido à excelente informação com que nos brinda. Por todo o exposto, felicito EMBA-LAGEMMARCA e desejo que publicações dessa natureza se mantenham no meio.

Oscar RamírezEngenheiro

Buenos Aires, Argentina

Oportunidade

Parabéns pela iniciativa de levar adian-te uma revista brasileira na área de emba-lagens. Para nós, chilenos, representa

uma grande oportunidade para ficarmos a par do que ocorre neste ramo de ati-vidade em sua região, oferecendo-nos informação, novidades e entretenimento. A revista EMBALAGEMMARCA possui uma grande qualidade, tanto em reportagens quanto em entrevistas, que em nada fica a dever às revistas especializadas editadas por espanhóis, ingleses, argentinos, chi-lenos e outros. Atenciosamente, despeço-me, já aguardando a próxima edição de EMBALAGEMMARCA.

Juan Manuel Cañacar Santiago, Chile

Para amigos e colegas

A revista EMBALAGEMMARCA traz repor-tagens detalhadas e específicas. Constan-temente estou atualizando as informações que vocês fornecem, e as retransmito a amigos e colegas. Parabéns.

Darío CárdenasMontevidéu, Uruguai

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por

carta, e-mail ou fax poderão

ter trechos não essenciais

eliminados, em função do

espaço disponível, de modo a

dar o maior número possível

de oportunidades aos leito-

res. As mensagens poderão

também ser inseridas

no site da revista

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Mensagens para EMBALAGEMMARCA

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EVENTO

“Uma estréia brilhante”

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Palco, público e café no seminário. À direita, de cima para baixo, os palestrantes Fernanda Cavalleri (Ciba Services/Pira International), Synésio Batista da Costa (Abraflex), Fernando Gasparini (Grupo Pão de Açúcar), José Ricardo Roriz Coelho (Vitopel) e Wilson Palhares (EMBALAGEMMARCA). Abaixo, painel de debates com grandes usuários de embalagens: Telma Gomes (Sadia), Moacyr Calligaris Jr. (Nestlé), Guillermo Rebolledo (Cadbury Adams) e Guilherme Kamio (EMBALAGEMMARCA)

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Seminário sobre embalagens flexíveis, primeiro movimento do CICLO DE CONHECIMENTO, cumpre objetivo de reunir protagonistas de todos os elos da cadeia produtiva

SEMINÁRIO ESTRATÉGICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS: DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA, realizado dia 12 de maio no Vila Noah Espaço de Eventos, em São Paulo, foi o que um

dos presentes definiu como “uma estréia brilhante”. Tomamos a frase emprestada desse assistente, cujo nome não foi anotado, como síntese dos depoi-mentos reproduzidos nas páginas desta reportagem e também como resultado de pesquisa de opinião respondida por 90% dos mais de 300 empresários e profissionais de alto escalão daquela cadeia produti-va de embalagem presentes na ocasião. As opiniões foram amplamente favoráveis.

Para a Bloco de Comunicação, que inaugurou de forma tão auspiciosa o CICLO DE CONHECIMENTO, nova etapa de sua missão de difundir informação com valor agregado, tal resultado serve como estímulo para prosseguir e intensificar os trabalhos em anda-mento. Na verdade, como anunciado desde o lança-mento do CICLO, os eventos já programados – como o seminário sobre sustentabilidade, em agosto próxi-mo – com aquele objetivo não se encerraram ali.

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14 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Assim, as apresentações e os debates que a elas se seguiram estão sendo transcritos e edita-dos, devendo ser apresentados de forma resumida em Caderno Especial na igualmente especial edição de nono aniversário de EMBALAGEMMARCA, em junho próximo. Além disso, por consenso dos palestrantes e debatedores, e também por sugestão de inúmeros assistentes, os esforços em busca de posições consensuais em torno de problemas que atingem toda a cadeia produtiva de embalagens flexíveis passam a ter continuidade, em reuniões e fóruns de menor amplitude mas não de menor importância.

Nessa linha, a Bloco de Comunicação regis-trou um domínio na internet que servirá de veículo para o encaminhamento de idéias, sugestões e proposições. Estas, evidentemente, terão espaço nas páginas da revista impressa e em sua versão eletrônica. Por esse canal os participantes do Seminário do dia 12 estarão recebendo o conteúdo completo do evento, com exclusividade. O ende-reço será divulgado assim que a construção desse canal estiver concluída.

No aspecto formal do seminário, cabe regis-trar que praticamente tudo transcorreu conforme planejado. Foi do agrado da maioria, por exem-plo, a instituição de pausas para café (coffee breaks) um pouco mais longas do que o habitual em eventos desse tipo. Com isso alcançou-se o objetivo de facilitar a troca de experiências e infor-mações. Inesperada foi a ausência do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, convocado que foi pelo presidente da República, praticamente às vésperas do semi-nário, para anunciar na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, a nova política industrial para o país.

Uma das grandes coisas que vocês con-

seguiram foi colocar a cadeia toda junta, e a cadeia

junta tem um grande significado para nós. Essa

possibilidade de contatar ao mesmo tempo uma

grande quantidade de pessoas que trabalham no

mesmo campo demonstra que podemos fazer algu-

ma coisa juntos pelo nosso país e pelo crescimento

desse mercado. Isso não tem preço!

Moacyr Calligaris Jr.,diretor de supply chain

da Nestlé Brasil

Sinclair Fittipaldi,gerente de marketing da Nova Petroquímica

Como foi repetidamente expressado

durante todas as apresentações, um evento como

este traz oportunidades para os agentes de toda

a área de embalagens flexíveis de rediscutir os

principais conceitos, os principais valores e o

que pode ser melhorado no âmbito de produtor,

transformador e convertedor, para melhorar a

produtividade da cadeia. Precisamos trabalhar. O

comparecimento da nata da indústria ao evento

demonstra que está todo mundo interessado em

dar as mãos e fazer o Brasil dar esse salto de

qualidade, produtividade e competitividade de

custos, no ambiente interno e externo. Acho que

esse é o resumo de tudo.

Eduardo Belleza,diretor comercial da Converplast

Esse evento foi muito importante para a cadeia como um todo, primeiro

pela qualidade do público participante, onde os debates e as perguntas foram de

alto nível e esclarecedores. Como em sua maioria as pessoas que compareceram

têm poder de decisão, as perguntas foram objetivas e transparentes. E os pales-

trantes vieram determinados a ter essa transparência. Isso vai ser muito importan-

te para direcionar nossos negócios. Fazia tempo que não víamos um evento com

palestrantes de primeira linha reunidos, bastante atentos e interessados em poder

se atualizar para um futuro que vem batendo á nossa parte diariamente.

Nicolau Baladi,sócio-diretor

da Santa Rosa Embalagens Flexíveis

O evento foi importante para que

pudéssemos fazer uma radiografia profun-

da do setor, envolvendo a cadeia como um

todo. Acho que isso reflete o amadureci-

mento do momento e a expectativa é de

que em curto ou médio espaço de tempo

consigamos efetivamente concretizar uma

série de anseios que foram colocados no

fórum de hoje. Parabéns pela iniciativa de

EMBALAGEMMARCA.Ministro Miguel Jorge foi convocado pelo presidente Lula para anunciar a nova política industrial do país. Ao saber que não poderia comparecer, gravou um depoimento especial para os participantes do Seminário

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16 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Primeiro dou parabéns à

iniciativa de EMBALAGEMMARCA, porque

se debate muito pouco embalagem

no Brasil, em todos os sentidos.

Esse debate, especificamente, trata

de um assunto que tem repercus-

são mundial, porque o Brasil, na

competição internacional, atravessa

o caminho da China, e vice-versa.

É muito corajoso, isso mostra a

marca da revista, que é enfrentar

problemas cruciais. Conseguir reunir

a cadeia inteira, com debates de

alto nível, é muito produtivo. Imagine

que no ano de 2008 há empresas

gigantes reclamando da falta de

colaboração e integração com seus

fornecedores. É incrível isso! Acho

que o Brasil não tem saída se não

nos unirmos em todos os níveis,

porque matéria-prima é uma das

fases, mas, antes de mais nada,

o Brasil precisa ter produtos para

exportação – e, em vez de fechar

as portas com barreiras, temos de

ter inteligência não só estratégica,

mas de qualidade e inovação. Vendo

os debates de hoje fiquei animado.

Ainda que tardiamente, chegou a

hora de todos os segmentos unirem

suas forças para todos ficarmos

mais competitivos, que é o que real-

mente interessa.

Lincoln Seragini,diretor-presidente da

Seragini Farné Guardado

Sérgio Angelucci,diretor comercial Embalagens Flexíveis Diadema

É um evento muito importan-

te. Pela primeira vez vejo um evento

que reúne realmente a nata da cadeia

de embalagens, com consistência nas

palestras, com assuntos superatuais,

discutindo efetivamente problemas que

são estratégicos, que levam na direção

da concepção de uma administração

melhor. Isso é uma grata surpresa,

porque poucas vezes – ou melhor,

nenhuma vez – vi um evento com essa

qualidade. Que seja o primeiro de uma

série de muitos. Buscamos exatamen-

te um fórum em que possamos colo-

car os problemas, sensibilizar todos

os elos da cadeia e tentar buscar a

solução. Esse é o mote que discuti-

mos aqui e é o caminho que temos de

enfrentar. A Bloco de Comunicação e a

revista EMBALAGEMMARCA estão de para-

béns, conseguiram fazer um excelente

evento.

Tivemos hoje um dia intenso de traba-

lho, e foi muito importante, principalmente pela

questão de estarem sendo encarados de frente

os problemas da cadeia produtiva de emba-

lagens flexíveis. É a primeira vez que o setor

faz isso de forma madura, profissional e com

mobilização efetiva. Estamos saindo daqui com

muito mais responsabilidade do que quando

entramos, porque agora sabemos o que temos

de fazer e não mais estamos tentando encontrar

como fazer isso. Acho que o evento está de

parabéns, EMBALAGEMMARCA foi de vital impor-

tância no sentido de ter aberto efetivamente um

espaço. Agora temos de cobrar resultados, tra-

balhar concretamente e trazer a competitividade

que buscamos estes anos todos.

Dirceu Varejão,diretor comercial da Vitopel

Nos intervalos, tempo para networking

No entanto, ele gravou um depoimento focado no tema das embalagens plásticas flexíveis, que foi transmitido em telão no auditório do Villa Noah.

Independentemente da ausência do ministro, ao qual serão encaminhadas as posições consensuais do setor, sem dúvida o ponto forte do seminário foi seu conteúdo, resultado das palestras e dos painéis de debate, com altamente qualificada participa-ção do público. Os palestrantes foram: Fernanda Cavalleri, da Ciba Services/Pira International; Fernando Gasparini, diretor de logística do Grupo Pão de Açúcar; José Ricardo Roriz Coelho, pre-sidente da Vitopel; e Synésio Batista da Costa, presidente da Abraflex (Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens Laminadas). Do painel de debates de grandes compradores de embala-gens participaram Guillermo Rebolledo, gerente de compras de Embalagem América do Sul da Cadbury Adams; Moacyr Calligaris Jr., diretor de supply chain da Nestlé Brasil; e Telma Gomes, gerente de negociação da Sadia. O painel de deba-tes com representantes de todos os elos da cadeia produtiva foi formado por Dirceu Varejão, diretor comercial da Vitopel; Rogério Mani, presidente da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), além de Fernanda Cavalleri e Moacyr Calligaris Jr. O seminário foi patrocinado pela Vitopel.

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18 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Acho muito importante um evento

como esse. É a oportunidade de refletirmos

sobre o que estamos fazendo. Porém, mais do

que isso, temos de prospectar o futuro, para

que não tenhamos surpresas no presente. O

que está acontecendo é que toda a cadeia

petroquímica e todos os elos da cadeia estão

sofrendo uma modificação muito grande, e

nós precisamos nos atualizar, atualizar nosso

modelo, para não perdermos competitividade

e a oportunidade de participarmos de uma

maneira muito mais forte aproveitando as van-

tagens comparativas do Brasil.

José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento

de Competitividade e Tecnologia da Fiesp e presidente da Vitopel

Acho que a criação do CICLO DE

CONHECIMENTO é importante para podermos estar

debatendo. Estava aqui a nata do setor de emba-

lagens flexíveis. Essa discussão já vem acon-

tecendo há tempos, só que estava muito difícil

conseguirmos reunir no mesmo ambiente de dis-

cussão sadia toda a cadeia produtiva e o end-user.

Significa que existe a predisposição de acertar,

existe a predisposição de crescer e de estarmos

juntos nesse processo. A cadeia produtiva não

se encerra no transformador. Além dos elos aqui

representados, temos os fabricantes de máquinas,

os fabricantes de equipamentos e o end-user. O

CICLO DE CONHECIMENTO veio agregar muito mais ao

setor. É o start para uma nova fase. Em todos os

trabalhos que temos feito buscamos eficiência em

nível de custos, de pressão de preços e em nível

governamental. A cadeia produtiva do plástico é

extremamente importante, nós temos uma partici-

pação muito grande em relação ao Produto Interno

Bruto. Temos de nos consolidar cada vez mais

como agentes eficientes e fazer parte do mundo.

Não tem outra alternativa. Como existe a predispo-

sição e a vontade de todos para fazer acontecer, o

start foi dado.

Rogério Mani,presidente da Abief –

Associação Brasileira da Indústria de Embalagens

Plásticas Flexíveis

É bom saber que toda a cadeia está preocupada. O problema da com-

petitividade do Brasil perante os concorrentes internacionais se faz cada vez

mais latente. Por participamos de muitos eventos internacionais, começamos a

perceber que o Brasil tem muito chão a percorrer quando comparado com os

concorrentes de fora, que estão tomando cada vez mais espaço no mercado. É

importante saber que há a preocupação de toda a cadeia do plástico para tentar

melhorar a competitividade do Brasil. Nosso relacionamento é direto com trans-

formadores, e sentimos que eles têm a preocupação e a vontade de atingir novos

mercados lá fora. Só que precisam também contar com a apoio de todos os elos

da cadeia para ser competitivos. Do contrário, muito esforço que fazemos para a

promoção do Brasil lá fora acaba sendo em vão. Acontece que promovemos uma

imagem do Brasil como tendo uma cadeia integrada, com auto-suficiência em

matéria-prima, só que isso tem de ser refletido nas empresas transformadoras.

Elas têm de ser competitivas para atender novos mercados.

André Marzall,especialista em desenvolvimento de mercado para embalagens flexíveis do Programa Export Plastic

O evento é muito bem vindo.

Esse mercado de plásticos é muito

fragmentado, tem muitos agentes, e às

vezes a voz deles não é ouvida, nem eles

ouvem a nossa voz, a voz da indústria

usuária. Colocar todos no mesmo lugar

é a grande vantagem para podermos

resolver problemas que são latentes, e

alguns riscos. Mais do que problemas,

temos ameaças importantes a esse

mercado que precisam ser resolvidas.

Acho uma pena que todas as vezes a

discussão fique no ritmo do governo, e o

Brasil não está nesse ritmo. O Brasil está

a 180 quilômetros por hora, e nós preci-

samos do governo junto com a gente. As

associações de classe precisam fazer um

trabalho mais profundo, para organizar os

pleitos dos seus associados, para atender

ao consumidor brasileiro. O evento de

hoje foi fundamental como um aglutinador

dessas correntes todas, de maneira que

podemos conversar de maneira franca.

Foi um evento que me surpreendeu. Não

participo de muitos eventos, porque os

frutos são muito pobres. Quando entendi

a proposta deste evento, resolvi partici-

par. Acho que não é uma coisa para a

Sadia. É também para a Sadia, é para

todos nós.

Telma Gomes,gerente de negociação da Sadia

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REPORTAGEM DE CAPA

Ferve o mercado de leite longa vida

Bolsas plásticas

assépticas vêem no custo

menor uma chance de

quebrar a hegemonia

das caixinhas longa

vida. Estas, por sua vez,

apostam naconveniência

e no valor agregado para

manter sua posição

ais um aríete surge no horizonte, com o objetivo de abrir uma brecha na sólida muralha do acondicionamento de leite longa vida em embalagens cartonadas assépticas, cujos blocos são formados, em 98% de sua totalidade,

por caixinhas da Tetra Pak. Trata-se de uma bolsa flexível mul-ticamada com propriedades de barreira que a tornam adequada para conservar o leite por períodos que se iniciam em sessenta dias sem refrigeração e que podem se estender até um ano, dependendo da estrutura utilizada. As camadas de PEBD (polietileno de baixa densidade) e EVOH (co-polímero de etileno e álcool vinílico) são agrupadas por co-extrusão, com utilização de adesivo.

Os pouches, que em muito se assemelham às tra-dicionais “almofadas” (ou “barrigas moles”) ainda presentes nos leites refrigerados, estão tentan-do entrar no mercado de longa vida pelas mãos de dois grupos. De um lado está a DuPont, que iniciou os esforços de comer-cialização do pouch asséptico há mais de uma década, com o laticínio Cotochés (recentemente adquirido pela Perdigão), e que recentemente decidiu apostar mais fichas nesse mercado. De outro está a Intermarketing Brasil, empresa que repre-senta companhias multinacionais atuantes na cadeia produtiva de pouches para leite, e que está buscando parceiros locais para transferir

tecnologia e nacionalizar a produção (veja quadro ao lado).

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Por Luiz de França

20 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

CONTINUA NA PÁG. 22

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Ferve o mercado de leite longa vidaNacionalizado, mas pagando royaltiesProdução do pouch asséptico no Brasil depende de transferência de tecnologia

Até pouco tempo atrás, a DuPont era a única

opção de fornecimento de pouch para leite UHT

(Ultra-High Temperature) no Brasil. Agora, a

Intermarketing Brasil apresenta-se como alternati-

va. A empresa representa no país a Evalca, braço

americano do grupo japonês Kuraray e fornecedora

da resina de EVOH; a Mitsui Chemicals America,

que produz o adesivo usado na coextrusão; a

Mitsui Plastics, responsável pela parte de logísti-

ca; e crédito da Evalca e da Mitsui Chemicals; e

a Elecster, fabricante finlandesa de equipamentos

para esterilização longa vida UHT e linhas automá-

ticas de enchimento asséptico de pouches, e dona

do know-how da produção do filme. A idéia é atrair

convertedores interessados em receber a tecnolo-

gia para produzir as embalagens flexíveis para leite

longa vida.

Investimentos da Plastrela Embalagens Flexíveis,

no Rio Grande do Sul, em uma coextrusora para

atender o mercado de filmes multicamadas, inicia-

ram esse modelo de negócios. Segundo o diretor

da Intermaketing Brasil, Oliver Venezia, a previsão

é que mais duas empresas passem a produzir os

filmes para a fabricação dos pouches ainda este

ano. Uma estaria na região sul. A outra, no sudeste

do país.

De acordo com Venezia, a Elecster (que possui

grandes linhas de produção de filmes na Finlândia,

na China e na Rússia) não tem planos de possuir

plantas no Brasil. “A estratégia é ter aqui trans-

formadores com recursos técnicos para fazer o

filme conforme a receita fornecida, pigmentá-lo e

imprimi-lo”, explica. Quem adquirir a tecnologia da

Elecster, no entanto, terá de importar um dos com-

postos, a resina EVOH.

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22 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Motivos para entrar nesse mercado não faltam. Segundo dados da ABLV – Associação Brasileira de Leite Longa Vida, as 31 empresas a ela associadas, que produzem 80% do leite longa vida comercializado no país, foram res-ponsáveis por um faturamento de 6,57 bilhões de reais em 2006, o correspondente a 75,8%

de todo o leite fluido consumido no Brasil (até o fechamento desta edição, a ABLV não havia divulgado os dados referentes a 2007, mas adiantou à reportagem que o mercado se manteve estável). A onda recente de aquisições e a entrada de grandes investidores, como a GP Investimentos, observadas nesse mercado, dão

A expectativa otimista dos fornecedores

de embalagens flexíveis para leite não

abala quem já domina o mercado com as

cartonadas assépticas. Segundo a diretora

de marketing da Tetra Pak, Heloísa Rios, a

empresa não identifica oportunidade alguma

para a embalagem flexível no Brasil. “Todas

as nossas pesquisas mostram que o consu-

midor brasileiro já tem um nível de exigência

de segurança alimentar, de praticidade e de

conveniência que está acima do patamar de

hábitos de consumo de outros países, como

a Colômbia e a China”, afirma a diretora.

Na opinião de Heloísa, a entrada de emba-

lagens flexíveis nas gôndolas de leite longa

vida seria vista como um retrocesso por

parte do consumidor, razão pela qual está

afastada a vinda para o país do Tetra Fino –

um curioso pouch semi-rígido da Tetra Pak,

formado pelo mesmo material das caixinhas

No campo das caixinhas, ceticismo quanto ao futuro dos saquinhosPara Tetra Pak e SIG Combibloc, consumidor brasileiro quer produtos de maior valor agregado

e que compete com os flexíveis em outros mer-

cados. A executiva rebate ainda as propaladas

vantagens ambientais dos pouches, e enfatiza

que “100% da embalagem cartonada asséptica

é reciclável, podendo virar telha, caneta, papel

e uma infinidade de coisas”. Ela lembra ainda

que o cartão, material predominante nas cai-

xinhas, vem de fonte renovável. “Toda e qual-

quer árvore usada para fazer a embalagem é

proveniente de reservas reflorestadas”, afirma,

comparando com matéria-prima não-renovável

da alternativa plástica.

Para o outro player na área de cartonadas

assépticas, a SIG Combibloc, os pouches

também não devem encontrar acolhida

fácil entre os consumidores. “Respeitamos

outras soluções, mas acreditamos que as

embalagens cartonadas se destacam por

agregar valor com custos compatíveis,

tanto de produção quanto logísticos, numa

solução balanceada e reconhecida pelo

mercado como sendo de alta qualidade e

reputação”, diz Ricardo Rodriguez, diretor

geral da empresa para a América do Sul. A

SIG Combibloc vem apostando justamente

na diferenciação e na conveniência como

caminhos para crescer (ver EMBALAGEMMARCA

nº 100 e nº 103).

Conveniência dos sistemas

de fechamento das embalagens da Tetra Pak (à esquerda) e da SIG Combibloc

são trunfos das cartonadas assépticas para manter domínio no mercado de

leites longa vida

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24 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

idéia da ebulição que pode ser esperada nos próximos anos. Mas o predomínio das carto-nadas, por meio da Tetra Pak, que divide uma margem do segmento com a SIG Combibloc, é a barreira – deixado de lado o trocadilho – a ser vencida pelas flexíveis. Mais convenientes, por dispensarem o uso de suporte para utilização, as “caixinhas” podem receber tampas que per-mitem o refechamento, predicados que não se aplicam às “almofadas”.

É um obstáculo que o diretor da Intermarketing Brasil, Oliver Venezia, não acha tão assustador. “Claro que a cartonada asséptica tem um grande apelo por suas vantagens de manuseio, mas isso é facilmente resolvido com a distribuição de supor-

No Sul, a estréia da Intermarketing BrasilLeite Mimi é o primeiro cliente a experimentar solução nacionalizadaA disputa entre cartonadas e pouches

assépticos ganha novos capítulos a cada

dia. Um dos mais recentes movimentos

desse jogo de xadrez que se desenha foi

protagonizado pela Laticínios Languiru,

do Rio Grande do Sul, que acreditou na

solução oferecida pela Intermarketing

Brasil e, no final de março último, lançou

o leite integral longa vida Mimi em sachê,

como o pouch está sendo chamado

pelo produtor – segundo informações

da empresa, com receptividade além do

esperado. “Planejamos uma produção

inicial mensal de 50 000 litros, mas fomos

surpreendidos com a venda de 250 000

litros de leite no primeiro mês”, afirma o

diretor de vendas, Francisco Abrahão.

Com os resultados animadores, a

Languiru colocou em prática o projeto

de expansão da capacidade produti-

va antes de alçar vôos mais longos.

“Temos planos de lançar o sachê para

leite desnatado e futuramente expandir

para outras linhas de produtos”, afirma

Abrahão. O custo menor da embalagem,

repassado para o consumidor, reduziu

o preço final do litro de leite em 10 a 15

centavos. Para Abrahão, isso atrai não

somente o público das classes de menor

poder de compra. “Sem dúvida há uma

migração de outras classes quando se

baixa custo e se mantém a qualidade,

pois todos querem economia.” Para

facilitar a vida do cliente, a Languiru

desenvolveu caixas para acondicionar

seis unidades do produto, o que facilita

a exposição no ponto-de-venda e o

transporte para casa.

Na Colômbia, pouches assépticos estão presentes nas gôndolas do varejo

tes, em foma de brindes, por parte dos laticínios aos consumidores”, diz. As vantagens de preço das flexíveis seriam, na opinião do executivo, mais do que compensadoras, já que os fabrican-tes estimam que o custo unitário da embalagem seja entre 30% e 50% menor do que o das carto-nadas. Os benefícios, segundo Venezia, estariam também no aspecto ambiental. “O pouch pesa 7 gramas, contra 28 gramas da cartonada, gerando menos volume de lixo, e a embalagem é 100% reciclável, podendo ser transformada em condu-ítes, tubulações e outros derivados de polietile-no”, explica. Cabe lembrar que tais argumentos, excetuado o da gramatura, são igualmente bran-

Suporte para a embalagem é apetrecho inconveniente que o pouch asséptico exige do consumidor

somente o público das classes de menor

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Leite Mimi, primeiro cliente da Intermarketing Brasil, desenvolveu embalagem

secundária para facilitar exposição no varejo

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26 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Alpla(11) 2104-1400www.alpla.com

Basf(11) 3043-3929www.basf.com.br

DuPont0800 17 1715www.dupont.com.br

Intermarketing Brasil(11) 4133-4188www.intermarketingbrasil.com.br

Plastrela(51) 3720-1122www.plastrela.com.br

SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz/brasil

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

didos pelos fabricantes de cartonadas assépticas. Não deixa de ter peso, também, a lembrança feita pela diretora de marketing da Tetra Pak, Heloísa Rios, de que hábitos mais sofisticados adquiridos pelo consumidor não são fáceis de reverter (ver quadro na página 22).

Colômbia, um mercado a imitar?A Colômbia é vista como uma espécie de vitri-ne no que se refere às embalagens flexíveis. Segundo o diretor da Intermarketing Brasil, tudo começou com a adoção, pelo governo colombiano, de normas que estabeleciam um shelf life mínimo de sessenta dias para os lei-tes longa vida vendidos no país. Iniciaram-se desenvolvimentos que resultaram na criação de embalagens flexíveis com sete camadas e na ampliação da vida útil do leite para até 120 dias. “Atualmente, 85% do mercado de longa vida da Colômbia estão em flexíveis”, conta Venezia. O executivo acredita que esse exemplo, replicado no leste europeu, principalmente na Rússia e em alguns mercados emergentes da Ásia, como a China, pode ser repetido no Brasil, em maior ou menor escala.

Tal façanha alcançada pelos pouches assép-ticos no país vizinho, no entanto, só foi possí-vel após a adesão de um grande player local,

conforme lembra o diretor de negócios Brasil da DuPont, Sérvulo Dias Silva. A Colômbia é hoje o maior mercado da empresa no segmento de flexíveis para leite longa vida. No Brasil, a DuPont ainda procura decolar. “Esse é um mercado lento porque ainda existe barreira por parte do consumidor, que não entende que o pouch confere a mesma qualidade, segurança e durabilidade ao leite que as embalagens carto-nadas”, pondera Silva. Por isso, ele acredita que a adoção do pouch por uma grande empresa de latícinios seria capaz de mudar essa realidade.

O executivo da DuPont acredita que a oportunidade no Brasil para a solução flexível é gigantesca, pela grande presença de consumi-dores de leite nas classes C, D e E. “Para esse público, centavos fazem a diferença”, ele con-sidera. “Ter uma embalagem mais barata, que consegue levar para a gôndola um produto com qualidade e menor preço, é sempre vantajoso.” Por esse e por outros motivos que prefere não revelar, o executivo arrisca uma perspectiva oti-mista para os pouches no curto prazo, estimando que a embalagem tem potencial para abocanhar 20% do mercado. “E, em médio prazo, nos pró-ximos cinco a dez anos, um ambiente cômodo poderá favorecer uma virada de conceito igual à que ocorreu na Colômbia.” É ver para crer.

Um dos esforços da química alemã

Basf na seara das embalagens é a

difusão do poliestireno na fabricação

de garrafas para leites e iogurtes para

beber. Com apoio da austríaca Alpla,

importante produtora de embalagens

plásticas para bebidas (e com forte

atuação no Brasil), a empresa vem

divulgando desde o fim de 2007 gar-

rafas para lácteos moldadas com um

poliestireno resistente ao impacto (PS-

I) especialmente desenvolvido para

esse tipo de aplicação – o BX 3580.

Segundo a Basf, o material pode ser

processado por sopro convencional

ou por injeção-estiramento-sopro

(ISBM) nas mesmas máquinas para

PET, trazendo uma vantagem em

relação a este: a densidade menor do

poliestireno pode resultar em enxu-

gamento de até 25% no desembolso

com material. “A economia também

decorre de o poliestireno demandar

menos ar comprimido para o sopro e,

ao contrário do PET, não precisar ser

pré-aquecido”, diz Jaroslaw Michniuk,

diretor de marketing da área de estirê-

nicos da Basf na Alemanha. Nas ações

de divulgação, as garrafas de PS-I

vêm sendo decoradas com rótulos

termoencolhíveis produzidos com o

co-polímero Styrolux HS 70, novidade

com alto índice de contração e alta

transparência. (GK)

Poliestireno também tem sedeBasf alardeia vantagens de uso da resina para garrafas de lácteos

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28 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Criado na França em 1987 e hoje presente em 22 países, o Produto do Ano, instrumento para destacar lançamentos em bens de consu-mo de massa, acaba de divulgar os 32 vencedores de sua primeira edição brasileira (veja a lista abai-xo). Escolhidos pela percepção de inovação por um júri e por mais de 5 000 consumidores, resultado de uma pesquisa nacional feita pelo Ibope, tais produtos poderão utilizar, por um ano, um selo dis-tintivo da premiação. “Nos países europeus, onde o Produto do Ano já é uma tradição, os artigos elei-tos têm um expressivo aumento nas vendas entre 10% e 60%, ganhando espaço e capacidade de negociação junto às cadeias do

varejo”, afirma Henry Araújo, da Produto do Ano Brasil Consultoria em Marketing, gestora da iniciativa. Algumas empresas já estampam o selo nas embalagens de seus produtos vencedores, como a Femsa, em ação localizada, com sua cerveja Sol Shot. O Brasil é o primeiro país latino-americano a receber o Produto do Ano, que no próximo ano será estendido tam-bém aos Estados Unidos, Áustria, Suíça, Índia, África do Sul, México, Argentina e Chile. As inscrições para a edição 2009 do prêmio já estão abertas. Mais informações no site www.produtodoano.com.br.

MARKETING

Os produtos do anoPrimeira edição brasileira do prêmio internacional distingue 32 itens

Sol Shot: uma das inovações aclamadas pelos consumidores

Produto Vencedor Marca Categoria Empresa

Cappuccino Decaf 3 Corações Cappuccino Café Três CoraçõesAchocolatto 3 Corações Achocolatados Café Três CoraçõesCafé Descafeinado 3 Corações Descafeinado Café Três CoraçõesPicanha Fine Burguer by Alimenta Alimenta Refeições Rápidas Elasa Elo Alimentação S/A (Alimenta)Lasanha Pizzaiolo Batavo Pratos Prontos Perdigão Agroindustrial S.A.Almôndega Bovina ao Molho Sugo Batavo Carne Perdigão Agroindustrial S.A.Bic Comfort 3 Bic Barbeadores Bic Brasil S/AGama de Cremes de Barbear Bic for Men Bic Cremes de Barbear Bic Brasil S/ALinha Verniz & Cor Colorama Esmaltes L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético LtdaSuco Tropical Petit Jus Light Cotoches Sucos Light Maroca e Russo Ind. E Com. LtdaCafé Estrada Real Fino Grão Café Veloso & Tavares Indústria de Alimentos Ltda- Fino GrãoGarnier Fructis Oil Repair Garnier Fructis Cuidados Capilares Tradicionais L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético LtdaGarnier Nutrisse Marrons Sedutores Garnier Nutrisse Coloração L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético LtdaTalento Garoto Chocolates e Bombons Chocolates Garoto S/ABlend Cobertura de Chocolate ao Leite 1kg Garoto Chocolate Culinária Barra Chocolates Garoto S/AHarpic Max Lavanda Harpic Higiene Sanitária Reckitt BenckiserCerveja Itaipava Premium lata 350ml Itaipava Cervejas Premium Cervejaria Petrópolis S/ALeite Fermentado Itambito Itambé Iogurtes e Leites Fermentados Cooperativa Central do Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda- ItambéLinha Johnson’s Crescidinhos Johnson’s Crescidinhos Higiene Infantil Johnson & JohnsonLinha Elsève Volume-Control L´Oreal Paris Elsève Cuidados Capilares Especiais L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético LtdaPreparado Sólido para Refresco (sabores) MID Refrescos em Pó Ajinomoto Interamericana Ind. Com. LtdaMortein Noite Tranqüila Mortein Inseticidas Reckitt BenckiserAparelho de Depilar Areas Íntimas Personna B´Kini Personna Acessórios Femininos American Safety Razor do Brasil LtdaTempero Sazón Sabor do Nordeste Sazón Temperos Ajinomoto Interamericana Ind. Com. LtdaBebida a Base de Soja Shefa Bebidas à Base de Soja Agropecuária Tuiuti LtdaSol Shot Sol Cervejas Claras Femsa Cerveja BrasilPersona Speed 3 Feminino Speed 3 Lâminas Depiladoras American Safety Razor do Brasil LtdaVanish (Poder O2 Multi e Poder O2 Crystal White) Vanish Tira Manchas Reckitt BenckiserVeet Kit Rasera Veet Loções Depiladoras Reckitt BenckiserVeja Multi-Uso Maçã Verde Veja Limpadores Multiuso Reckitt BenckiserVeja Limpeza Pesada Maçã Verde Veja Limpeza Pesada Reckitt BenckiserVono Sopa Individual Vono Sopas Ajinomoto Interamericana Ind. Com. Ltda

PANORAMA MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

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Edição: GUILHERME KAMIO [email protected]

SETOR

Mais dois anos para PeresExecutivo da Klabin se reelege como presidente da Associação Brasileira de Embalagem

Diretor de Sistemas de Embalagem da Klabin, o engenheiro Paulo Sergio Peres foi reeleito presi-dente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Na mesma eleição, ocorrida em 26 de março último, a entidade também definiu os cinqüenta membros dos seus conselhos administrativo, fiscal e representativo. O novo mandato de Peres na Abre vai até 2010, mesmo ano em que se encerra sua gestão paralela na presi-dência da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). EMBALAGEMMARCA conversou com o executivo a respeito de sua ree-leição.

De forma sucinta, quais desafios a indústria nacional de embalagens deverá enfrentar nos próximos dois

anos, biênio que coincide com seu segundo mandato como presidente da ABRE?A indústria nacional de embala-gens, como a indústria brasileira em geral, terá que estar preparada para enfrentar a concorrência inter-nacional com custos, serviços e qualidade competitivos devido ao real fortemente apreciado. De outra parte, temos o desafio de cons-tantemente reforçar perante o mer-cado e sociedade a importância estratégica da embalagem. A falta desta ou sua utilização inadequada representam aumentos significati-vos de perdas de produtos, risco de contaminação, custos maiores no sistema de logística e distribui-ção e menor conveniência e quali-dade de vida à população.

A campanha “Embalagem: tá na cara que é bom”, instituída em sua gestão como ação de promoção setorial junto ao consumidor final, já apresentou resultados?Os resultados não são quantifi-cáveis, mas podemos dizer, sim, que têm sido positivos. As visitas ao site da campanha, 79 000 até o momento, demonstram que ela está frutificando e que um novo público está construindo uma visão do real papel da embalagem. O

site traz um linguajar e dire-cionamento para consumi-dores que em geral têm pouco conhecimento de

particularidades, desa-fios, avanços ou mesmo

limitações do setor, para que eles pos-

sam ter uma melhor interação com as embalagens.

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Na Argenplás 2008, feira do setor plásti-co ocorrida no fim de março em Buenos Aires, a Plastivida firmou acordo com entidades congêneres de Argentina, Colômbia, Chile e Equador para formar a Rede Sul-Americana de Plásticos, com o intuito de promover a imagem dos plás-ticos no continente. A Rede permitirá um intercâmbio permanente de informações sobre plásticos e seu uso pós-consumo em cada um dos países, e será coorde-nada em regime de rodízio semestral. Em outubro, a Plastivida brasileira assu-me a gerência da Rede da Plastivida argentina.No Brasil, a Plastivida continua a

apoiar, ao lado do Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, que prevê a subs-

tituição das sacolas dos supermercados por modelos mais resistentes ainda neste primeiro semestre. As novas saco-las poderão proporcionar redução de 30% no consumo de embalagens para boca-de-caixa. Em paralelo, a Plastivida continua distribuindo o livro Lalá e a Sacolinha Falante, que estimula pais e filhos a praticar a separação do lixo doméstico e a coleta seletiva (na foto). Publicado pela Editora Riani Costa, o livro é todo produzido com filme plástico transparente (polietileno linear de baixa densidade), impresso em flexografia (seis cores) pela fabricante de embala-gens Ladal, de Rio Claro (SP).

PLÁSTICOS

Integração e ações em pautaPlastivida amplia iniciativas em prol do consumo responsável dos plásticos

Em solenidade que contou com a pre-sença do presidente Lula, a Braskem inaugurou no dia 25 de abril sua nova planta industrial de polipropileno (PP) em Paulínia, interior paulista. Com a fábrica, a Braskem ganha 350 000 toneladas anuais a mais em capacida-de de produção de PP, uma das resi-nas que mais crescem em consumo no Brasil. Fruto de investimentos de 700 milhões de reais, a unidade de Paulínia foi projetada para utilizar propeno a partir de gás de refinaria, fornecido pela Petrobras por meio das controla-das Replan e Revap, ambas no estado de São Paulo. Combinada aos projetos de polímeros verdes a partir de etanol e aos que deverão ser implantados na Venezuela à base de gás natural, a nova planta deverá contribuir para reduzir pela metade a participação da nafta no conjunto das principais maté-rias-primas utilizadas pela empresa.

MATERIAIS

Turbo no PPCom nova unidade, Braskem brande a liderança no mercado latino-americano de polipropileno Fármacos agora contam com tampas

nacionais com adsorvente incorporado Especializada em soluções para prote-ger produtos farmacêuticos e vitaminas contra os efeitos nocivos da umidade, a SPL Dessecantes acaba de lançar a linha DesTamp de tampas plásticas com adsorvente integrado (gel de sílica). Até então a empresa trabalhava somente com receptáculos com adaptadores para aco-plamentos em sistemas de vedação de embalagens. Certificadas pelo FDA, as novas tampas antiumidade são adequa-das para frascos e ampolas de vidro, PET

e polietileno e podem ser fabricadas em polipropileno ou polietileno nos diâmetros de 28 milímetros (capaz de carregar até 1 grama de adsorvente) e de 31,5 milí-metros (até 2 gramas de adsorvente). As novidades também têm lacre antiviolação integrado, e foram expostas pela SPL na Interpack 2008, na Alemanha (veja repor-tagem na pág. 44). É a segunda vez que a empresa participa como expositora dessa feira de embalagem.

FECHAMENTOS

Integração contra a umidadeFármacos agora contam com tampas nacionais com adsorvente incorporado

Novas tampas da SPL: agora com dessecante

incorporado

(11) 2119-1230 www.spldessecantes.com.br

PANORAMA MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

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embro atuante de uma entidade interessada na garantia da oferta de energia competitiva para o desenvolvimento do

Brasil, Marcos Vinícius Gusmão Nas-cimento é um profissional preocupado com os rumos da indústria do país, aí incluído o setor de embalagem. Como vice-presidente da Associação Brasilei-ra dos Grandes Consumidores Indus-triais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), ele tem uma visão não muito animadora do andamento de projetos voltados para a área energéti-ca, em especial aquilo que considera “a esterilização do invejável potencial hidrelétrico do Brasil”.

Competitividade ameaçadaVice-presidente da associação que reúne os grandes consumidores industriais de energia diz que entraves ambientais e inércia do governo travam investimentos em hidrelétricas, reduzindo a força industrial do Brasil na competição internacional

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ENTREVISTA MARCOS VINÍCIUS GUSMÃO NASCIMENTO

Por trás dessa tendência estariam, entre outros motivos, a inoperância governa-mental, projetos mal definidos, tributa-ção exacerbada e entraves burocráticos muitas vezes estimulados por organiza-ções não-governamentais (ONGs) cuja ideologia central seria bloquear a libe-ração do vasto potencial hídrelétrico e portanto do desenvolvimento do país. “Nenhum país se desenvolve sem uma indústria competitiva”, ele afirma.A entrevista com Gusmão Nascimen-to, que é responsável pelo setor de energia da Braskem, foi feita poucos dias depois da substituição de Marina Silva por Carlos Minc no Ministério do Meio Ambiente, quando eram inten-sas as especulações e palpites sobre o

possível encaminhamento das licenças ambientais para a construção de usi-nas hidrelétricas, sobretudo na região Norte do país. Falando na condição de diretor da Abrace, o entrevistado pre-feriu não se manifestar sobre os planos de Minc na área ambiental e quais suas conseqüências sobre o setor energético. “Vamos esperar para ver o que vem”, disse ele ao ser perguntado. (FP, WP)

Recentemente assistimos a uma pales-tra sua cujo título era “A Perda da Competitividade da Indústria Nacio-nal Frente aos Crescentes Preços da Energia”, em si mesmo uma afirma-ção. Quais as causas desse problema? Naquele momento falava especifica-

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mente sobre energia elétrica, embora o que acontece em termos de aumento de preços atinja também o gás natural e o óleo combustível, que são praticamente a matriz energética das grandes indús-trias. A causa dessa crescente perda de competitividade é um paradoxo: o preço final da energia entregue na fábrica está extremamente caro, masculmina com um dos menores preços históricos de energia de todos os tem-pos. O preço de produção da energia é baixo e o preço final é alto.

Como se explica esse paradoxo?Depois do racionamento de 2001 houve sobra de energia, porque o país aprendeu a economizar. Houve a entra-da de vários projetos, acelerados para colaborar com o esforço de reduzir o peso do racionamento. Isso gerou um excedente e uma baixa do preço, que foi transformada em contratos no mer-cado livre. A energia tem o mercado regulado e o mercado livre, que cres-ceu muito. Foram feitos bons contratos nesse período, o preço da energia deu uma mergulhada. Mas tivemos eventos catastróficos. O primeiro, a valoriza-ção do real frente ao dólar. O preço da energia caiu, mas seu valor em dólar não. O efeito do câmbio tornou a energia mais cara em dólar. Outro é o uso indiscriminado dos encargos seto-riais. Tínhamos, até o início do atual governo, treze encargos setoriais. Dois foram extintos: os de energia emer-gencial e de capacidade emergencial, que são as térmicas a óleo combustível do antigo governo. Então temos onze encargos vigentes. Eles são aplicados, entre outros fins, para a eletrificação rural e a subvenção da baixa renda, paga por todos os consumidores. Só o consumidor de baixa renda paga menos por esse encargo (Conta de Desenvol-vimento Energético), criado no apagar das luzes do último governo.

Esse é apenas um. O senhor falou em mais de dez. O que compõe o preço da energia, além dos insumos?Tem a Conta de Consumo de Com-bustíveis, que banca a geração isolada na região Norte do Brasil. É uma geração caríssima e poluidora, e todo o país paga – consumidores residenciais, comerciais e industriais. Tem a Contri-buição Financeira para o Uso de Recur-sos Hídricos e várias outras. Além disso, as distribuidoras de energia tive-ram nos últimos anos uma valorização muito forte de seus ativos. A evolução dos preços da energia no Brasil tem duas vertentes: se a energia, cotada em

entre o residencial, o comercial e o industrial seria dada pelos níveis de tensão, ou seja, pelo fio, pelo transpor-te. Isso foi uma política equivocada da agência reguladora (ANEEL), porque sem a indústria haveria um consumo de energia muito menos estável. A indús-tria tem de ter um preço de energia mais baixo mesmo. Mas com essa lógica da ANEEL, de que a diferença de preço tem de ser dada pelo transporte, o preço para a indústria também subiu, mais do que para residencial e comercial. Isso provocou essa explosão.

Há alguma medida governamental à vista para melhorar a situação?Os contratos assinados no período pós-racionamento foram bons. Eles estão terminando e já não há mais a sobra, porque a sobra levou a que não se fizessem grandes empreendimen-tos. Agora vamos ter a finalização de grandes hidrelétricas, como Jirau, que acaba de ser leiloada, e Santo Antonio, leiloada no ano passado. Há poucos empreendimentos para serem feitos, o mercado está em ligeiro desequilíbrio e não há como renovar contratos aos preços anteriores. O dólar continua baixo, os encargos continuam eleva-díssimos. Há uma conta de consumo de combustíveis que está amarrada ao óleo, que está amarrado ao petróleo, e o petróleo está caro.

No caso dos encargos, o pretexto é que deles saem as políticas sociais.Quando se quer ter uma política de desenvolvimento para o Norte, deve-se ir ao Tesouro. Quando se quer financiar eletrificação rural, deve-se ir ao Tesouro. Quando se quer dar subvenção à baixa renda, deve-se ir ao Tesouro. Todas são políticas sociais, de desenvolvimento. Por que usar a energia como fonte de arre-cadação? Porque é fácil. Não tem

• 65 Associados (grandes grupos industriais)

• 17% do total de energia elétrica consumida no

Brasil, 66% do mercado livre de energia elétrica

• 45% da fatia industrial no Brasil• Mais de 40% da

energia térmica utilizada pela indústria brasileira• 27% do PIB Nacional

A Abrace em números

dólar, estava barata, os encargos seto-riais e o fio, que é o transporte, enca-receram absurdamente. O preço final da energia é composto por ela mesma, por seu transporte e pelo encargo seto-rial. O governo arrecada para políticas públicas via energia. Tudo somado, temos um dos preços de energia indus-trial mais altos do mundo.

Não existe uma norma segundo a qual toda energia no Brasil deve ter um preço igual para todos os setores? Por essa norma, a diferença de preço

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como sonegar. Se o sujeito não pagar, ele não tem luz. Então ele paga. É a maneira mais simples e mais tran-qüila de arrecadar, e é o serviço mais universalizado do Brasil. Só que gera uma distorção. Tudo poderia estar em impostos, mas acaba vindo para a produção. É aí que há a perda de competitividade. As grandes empre-sas brasileiras estão saindo do país, e encontram lá fora um cenário de energia melhor que o nosso.

O que levou a isso?Pois é. Que besteira fizemos para chegar a uma situação em que, com um potencial hidrelétrico imenso – e com custo de produção baixíssimo, porque vem de hidrelétricas antigas, já amortizadas – transformamos um ponto forte de competitividade num ponto de perda de competitividade?

O potencial remanescente, é grande?Não usamos nem um terço do potencial econômico, Do potencial técnico, não usamos nem um quarto.

Qual a diferença entre potencial eco-nômico e técnico?O potencial bruto é medido pelas que-das, pelas vazões, pelas bacias. Existe o potencial técnico, que é o que pode ser aproveitado com a tecnologia que se tem hoje. Pode-se inventar uma nova tecnologia, aí o potencial técnico avan-ça sobre o bruto. Debaixo do potencial técnico tem o econômico, porque o potencial técnico tem vários estágios: tecnologia mais cara, tecnologia mais barata; uma usina que é mais fácil de fazer, uma que é mais difícil; uma que envolve maiores reparações ambien-tais, outra que não. O potencial econô-mico é o que pode ser feito agora com o

valor do dinheiro hoje, com as referên-cias que se tem hoje. E desse potencial o Brasil não usa nem um terço. Temos uma capacidade instalada em hidro da ordem de 70 gigawatts, e poderíamos fazer 200 gigawatts com o que tem aí. Seria suficiente para atender metade das nossas necessidades de 2050, se considerarmos que o Brasil evolui em um estágio parecido com o da Itália e o da Espanha, países muito mais desen-volvidos. Se a população brasileira alcançar aquele patamar que mantém a estabilização, com 270 milhões de habitantes, e se atingirmos um nível de desenvolvimento equivalente aos des-ses países, com o potencial hídrico que temos hoje atenderemos metade das necessidades das gerações futuras.

Fora as usinas do rio Madeira há algo expressivo na área de energia?

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Além de Santo Antonio e Jirau, no complexo Madeira, temos prontinho para ser leiloado Belo Monte, no rio Xingu (PA), que está no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). É uma usina fantástica. Mas poderia ser muito mais se não fossem as restrições ambientais. A Empresa de Pesquisa Energética vai mapear o rio Tapajós, a bacia do Uruguai e outros locais onde se poderia aplicar hidrelétricas. Mas há várias usinas travadas no órgão ambien-tal, quase todas no Centro-Oeste.

Isso parece ocorrer muitas vezes por influência de organizações não gover-namentais (ONGs). Qual o embasa-mento delas?Dizem que as hidrelétricas provocam impactos ambientais, que levam a uma deterioração do ecossistema, à perda de biodiversidade... a tudo aquilo que esta-mos cansados de saber. Aliás, sabemos mais de hidrelétricas do que ONGs. São organizações de países ricos, onde todos os potenciais hidrelétricos foram feitos, e ficaram ricos também por conta disso. Não entro no mérito de dizer que elas têm uma intenção oculta. Parto do princípio de que são simples-mente mal informadas e ideologica-mente direcionadas a uma situação que não é a mais adequada ao Brasil. Mas que realmente elas estão aqui para atrapalhar, estão. Várias áreas coloca-das como reservas ou como áreas de proteção ambiental estão localizadas na região Norte, justamente onde exis-tem os maiores potenciais hídricos, esterilizando qualquer possibilidade de o Brasil fazer hidrelétricas.

O senhor diria que por trás disso há interesses contrários aos do Brasil?Claramente há interesse de não deixar que se desenvolva o potencial hidrelé-trico brasileiro. Qualquer um que some 2 mais 2 sabe disso. O que estamos

vendo é um entrave ao desenvolvimen-to do Brasil, porque estão apostando em outras fontes que nós não temos – energia eólica, energia solar. . . É de deitar no chão e rolar de rir. A diferença dessas energias para a energia hidre-létrica é brutal. Só quem não entende nada de energia pode defender.

E a energia nuclear?É uma fonte competitiva. É uma ener-gia bem mais cara. Dizem que baixou de preço, que está mais segura. Eu gostaria de ver, porque tivemos um encarecimento de todos os sistemas energéticos do mundo por conta da elevação de preço das commodities. Está mais caro fazer uma planta a carvão, uma planta a gás ou uma hidre-létrica do que estava alguns anos atrás. A razão é simples: estão mais caros o cimento, o ferro, o aço, o cobre. A opção no Brasil são as hidrelétricas, com a vantagem de que poderíamos usar nosso imenso potencial. Como já citei, temos metade dos nossos proble-mas resolvidos aqui e estamos jogando

isso fora por decisões de gabinete, por decisões de ONGs internacionais e até nacionais que não entendem absoluta-mente nada de energia, muito menos de hidrelétricas, muito menos de impacto ambiental, muito menos do que é uma visão empresarial sobre energia.

Além de preocupações de militares e da intenção do governo de fiscalizar ONGs que atuam nas fronteiras, há algum alerta? A Abrace tem levado suas preocupações ao governo?A Abrace tem feito um trabalho de mostrar isso ao governo, sem emitir qualquer juízo de valor sobre a atuação das ONGs. O interesse da Abrace é garantir a oferta de energia competitiva para o desenvolvimento do país, e isso passa pela indústria. Temos apontado que essa proliferação de áreas de pro-teção ambiental vai interferir na hora que forem feitos os leilões dos projetos de energia. Na verdade já interfere, com algumas hidrelétricas que não se consegue fazer no Araguaia, porque o Araguaia é intocável. Mas quem

Tarifas médias do setor industrial

Industrial (R$/MWh) IGP-M (Anual) IPCA (Anual) Industrial (Aumento)

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definiu isso? Foi alguém num gabi-nete. Ninguém consultou a população para ver se pode ou não pode. Tem pelo menos duas usinas importantes lá. No final do rio Tocantins também tem hidrelétricas importantes travadas por meia dúzia de índios. Se os índios forem deslocados e indenizados, vão gostar. Não há justificativa para se esterilizar uma riqueza do Brasil por conta de ideologias.

Mas não é fato que hidrelétricas cau-sam impacto ambiental?Quando vemos uma situação como a de agora, em que o país está crescendo, aparentemente em um ciclo sustentável de longo prazo, começamos a sentir que não tem energia para o desenvol-vimento. É mais fácil hoje fazer uma usina térmica a carvão, importando carvão, do que uma hidrelétrica. Claro que a hidrelétrica tem impacto ambien-tal. Aliás, o próprio ato de existir tem impacto ambiental. O ambientalista, se for se levar ao pé da letra, tem de se suicidar, porque a existência dele causa impacto ambiental. Mas o ambientalis-ta não deixa de andar de avião, não deixa de andar de carro, não anda nu. Agora, quando ele não deixa o país se desenvolver, está deixando milhões de pessoas sem poder ter acesso àquilo a que ele tem acesso. Existem riquezas inimagináveis em cérebros que não têm a oportunidade de se desenvolver. Mas... “ah, perdemos a cura do câncer, que está na Amazônia!”. Cascata! Por que não estava na floresta européia que foi dizimada? A cura do câncer pode estar na cabeça de um garotinho favelado que não se alimenta, que não tem acesso à educação. Estamos cuidando de uma visão de um país que não se desenvolve. É a lógica do que foi destroçado no passado, é o estado estacionário. Só que quem é rico já está rico, quem é pobre fica pobre.

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Em termos de consumo de energia per capita o Brasil fica muito longe dos países desenvolvidos?O consumo de energia por pessoa no Brasil é medíocre. Temos uma população que não utiliza energia, e precisamos dar a ela acesso a esse bem. Isso vai gerar outros benefí-cios, como saúde, alimento. Uma hidrelétrica tem impactos positivos. Ela é um acumulador de energia natural, não é só um sistema de pro-dução. Uma das coisas mais difíceis da energia é acumular, e a hidrelétri-ca acumula. Um lago é uma reserva de água, que é uma segurança para o país. Muda o ecossistema local, mas não destrói a natureza. Muda-se o ecossistema para outro. Mesmo que um país desenvolva uma fonte fantástica de energia, limpa e barata, ninguém vai defender o fim dos lagos das hidrelétricas. Tentar mudar do ecossistema atual para o antigo cria um impacto tão grande ou maior do que foi no passado. Uma hidrelétrica afeta, sim, o meio-ambiente, mas deixa um ecossistema novo no lugar

gás é caro, não serve para eletricidade de base. O óleo combustível está caro, porque é atrelado ao petróleo. Vamos precisar de que? De carvão. Nós temos um carvão muito ruim em termos logísticos. Ele pode ser usado muito bem no Sul, mas não dá para transpor-tar para o Norte, pelas suas proprieda-des. Então teremos de importar.

Então, o grande potencial está nos recursos hídricos. Com as ameaças que o senhor citou, em especial os encargos setoriais, há o risco de não se construir mais usinas hidrelétricas no país?Há. Não são só os encargos que atrapa-lham. A sede de arrecadação de impos-tos também atrapalha. A quantidade de impostos que incide no nascimento de uma hidrelétrica ou termelétrica é impressionante. Ninguém está pedindo uma reforma tributária. Nós defen-demos que sistemas energéticos não podem ter tributação na origem, senão, junto com as fundações, enterramos uma grande quantidade de impostos que vai ficar lá para sempre.

do antigo, e nem sempre numa situ-ação pior.

Por que pode ser melhor?Porque tem uma reserva de água, um local para atividade turística, água para irrigação, uma disciplina do regime de cheia do rio – para a frente e para trás da barragem. Na medida em que se controla a vazão elimina-se a possibili-dade de enchentes monstruosas, como acontecia em Volta Redonda (RJ) antes da usina de Furnas. Uma hidrelétrica pereniza a vazão dos rios. Há vários benefícios trazidos pela hidrelétrica que os ambientalistas não citam. O senhor já descartou as alternativas eólica e solar. E as demais, como gás, óleo combustível, carvão e, repetimos, a nuclear?A nuclear é mais cara, mas temos de fazer. Felizmente pertencemos ao seleto clube dos países que têm tecno-logia nuclear em eletricidade. Temos térmicas nucleares. Quem não tem hoje não vai encontrar facilidade para ter. Nós temos e podemos expandir. O

Consumo de energia per capita - Países selecionados

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TINTAS IMOBILIÁRIAS

Comunicação “na lata”Empresa aposta em embalagens de tintas menos técnicas e mais emocionais

um dos mercados que mais cresce no Brasil, o de tintas imobiliárias, a palavra de ordem é inovar para se diferenciar da concorrência. O setor, que movimentou 2,8 bilhões

de reais em 2007, com alta de 6,8% em relação a 2006, e produziu 800 milhões de litros, prevê crescimento semelhante em 2008, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).

É nesse cenário que a fabricante paranaense de tintas Hydronorth tenta se aproximar do con-sumidor final usando como arma as embalagens. Líder no mercado de resinas impermeabilizan-tes e dona das marcas Graffiato, de texturas, e Novopiso, de tintas para pisos, a empresa apresentou no final de abril sete lançamentos de produtos, o reposicionamento de outros dois e a reformulação geral de todas as embalagens.

De acordo com o gerente de marketing da empresa, Fábio Munhoz, foi desenvolvida uma nova estratégia de gestão de marca. “Através de pesquisas, constatamos uma nova oportunidade. Contratamos duas agências, a Packing, para criar o design, e a Ana Couto, especializada em branding, e começamos a trabalhar o conceito à luz das respostas que obtivemos nas pesquisas”,

NCor preta predominante e imagens de pessoas

formam a nova identidade visual da Hydronorth

ele diz. O resultado foram embalagens mais voltadas ao consumidor final. “As novas latas contam com informações simples e diretas expli-cando o que vai dentro e a função do produto. As embalagens falam a língua do consumidor, sem chance de ele levar para casa algo que não atenda sua real necessidade.” Diante de uma situação em que o nível de informação do con-sumidor é baixo, um dos caminhos adotados nas novas embalagens foi uma linguagem mais direta, “menos ‘tintês’”, como diz o executivo da empresa. “Normalmente, as embalagens trazem expressões que o mercado criou há décadas e que todo mundo fala, mas não sabe o que é”.

As novas embalagens têm duas faces integra-das: de um lado, a ilustração de uma superfície que pode ser pintada, como uma parede, um piso e um telhado, e do outro, imagens de pessoas. Como o principal produto da marca – a resina impermeabilizante – tinha a embalagem preta, a cor agora é predominante nas latas de todos os produtos. Quando colocadas umas ao lado das outras, as embalagens criam uma “massa visual” que chama a atenção no ponto-de-venda. Um dos principais desafios do projeto foi “transportar para a nova linha os mesmos atributos das linhas já consagradas”, explica Carlos Zardo, diretor da

Ana Couto Branding & Design(11) 3089-4949www.anacouto.com.br

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Cia. Metalgraphica Paulista(11) 2799-7900www.cmp.ind.br

Packing Design(11) 3074-6611www.packing.com.br

Prada(11) 5682-1000www.cabenalata.com.br

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nasceu a oportunidade de fazer uma linguagem mais objetiva, mais humanizada, mais próxima do consumidor.” Mas pintores e vendedores não foram esquecidos. “Esses profissionais terão mais respaldo para orientar seus clientes”, argu-menta o gerente de marketing da Hydronorth.

A Brasilata, que já era parceira da Hydronorth, a Prada e a Cia. Metalgraphica Paulista (CMP) produzem as três opções de embalagens: latas de aço de 18 litros, de 3,6 litros (galão) e de 900 mililitros. (FP)

Packing. A tipologia escolhida também reflete a força da marca. “A embalagem garante ao produto muita força visual no ponto-de-venda justamente por fugir da linguagem da categoria e adotar o preto como referência”, afirma Zardo.

As pesquisas realizadas pela empresa mos-traram que a mulher é quem decide na hora da compra, mesmo no segmento de tintas. “Por isso ela precisa ser atingida por nossa mensagem”, ressalta Fábio Munhoz. Todas as embalagens da Hydronorth trazem o passo a passo para o pro-cesso de aplicação em uma linguagem simples que visa explicar a destinação do material.

Com a nova estratégia de marca, os home centers estão na mira da empresa, por serem o canal que mais gera experiência com o con-sumidor, pois trabalham no sistema de auto-serviço. “O contato com a embalagem é muito mais intenso que em uma loja de tintas, onde o balconista indica o produto”, explica Munhoz. “O consumidor acaba nem sabendo o que levou. Nos home centers, acreditamos ter a oportunida-de de fazer uma entrega muito mais direta. Daí

Novas embalagens eliminam o “tintês” e vão direto ao assunto

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ESPECIAL: INTERPACK 2008

que já se desenhava nas duas edi-ções anteriores da Interpack, gran-diosa mostra tecnológica da indús-tria de embalagens realizada a cada três anos na Alemanha, se consoli-

dou na sua versão de 2008, ocorrida entre os dias 24 e 30 de abril último. Sustentabilidade deixou de ser mais um entre outros importantes tópícos do evento, como fora até então, para engolfá-los, transformando-se no seu principal motor. De uma ou de outra forma, a maioria dos 2 744 estandes montados no Centro de Exposições de Düsseldorf buscava promover maneiras de tornar produtos mais “verdes” sob o prisma da embalagem.

Se em outras ocasiões as reduções do con-sumo energético de máquinas eram brandidas por seus fabricantes basicamente como alívios para o bolso dos clientes, desta vez também as foram, por embocadura revisada, como alívios para a natureza. Diversas consultorias ofereciam projetos de embalagem lastreados no chamado ecodesign. Contudo, como esperado, as matérias-primas e embalagens biodegradáveis e de origem natural renovável, alternativas àquelas baseadas em plásticos convencionais, roubaram a cena.

Reprisando o que já sucedera nas Interpacks de 2002 e de 2005, porém desta vez com tama-nho e promoção extras, a organizadora Messe Düsseldorf dedicou a tais soluções um espaço exclusivo. Nomeado Bioplastics in Packaging, esse local reunia soluções ambientalmente mais amigáveis em acondicionamento de produtos desenvolvidas por quarenta fornecedores.

Por um lado, esse apêndice serviu para carim-bar de vez que embalagens plásticas para bens de largo consumo originadas da agricultura não são mais sonhos de ecologistas desvairados. Hoje, elas são tecnologicamente exeqüíveis, e suas compatibilidades com processos clássicos de transformação se afinam cada vez mais. Mas

O

Azul, amarela e verdeInterpack 2008 coloca as embalagens ambientalmente mais amigáveis em primeiro plano, espelhando seus notáveis avanços – mas também seus desafios

como nem tudo são flores, a Interpack 2008 tam-bém deixou claro que oferta e preço, as velhas variáveis inversamente proporcionais, ainda não acompanham todo o dinamismo em P&D (muito embora fosse martelado durante o evento, sem divulgação de números absolutos, que o mercado global para os biopolímeros venha crescendo ano após ano, em volume, a taxas superiores a 20%). “Boa parte das propostas é industrialmente convincente, só que inviável em custo e de dispo-nibilidade duvidosa”, comenta uma executiva de uma grande empresa brasileira consumidora de embalagens, presente ao evento e que pede para não ser identificada.

Para se ter idéia, uma das principais vedetes em bioplásticos, o PLA (ácido polilactídeo) – um polímero semicristalino derivado do amido de milho e adequado para moldagem de recipientes e extrusão de filmes – vive tamanha demanda reprimida que popularizou entre seus transforma-dores a seguinte tirada espirituosa: “Nós temos

Por Guilherme Kamio, de Düsseldorf

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Arte produzida com espumas confeccionadas com biopolímero de amido expandido: um exemplo de “plástico verde” adequado à moldagem de embalagens

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produto, só não temos matéria-prima...”. A mais ilustre fabricante de PLA, a NatureWorks LLC, joint venture entre a americana Cargill e a japo-nesa Teijin, fez questão de salientar na Interpack 2008 um iminente aumento significativo da capa-cidade produtiva da sua fábrica de Nebraska, nos Estados Unidos. A promessa é de que, com mais fôlego, o preço do material baixe dos atuais cerca de 3 dólares o quilo.

“Existe, sem dúvida, um gargalo na oferta, e isso pode ser particularmente frustrante na Europa, onde o uso de embalagens ecologica-mente mais corretas é incentivado como em nenhuma outra região”, confessa Harald Käb, diretor do conselho da European Bioplastics, entidade promotora dos “plásticos verdes” no Velho Continente. “No entanto, os anúncios de startups produtivos ou de expansões feitos nos últimos doze meses pelos fornecedores são alentadores e, se todas as expectativas forem confirmadas, a capacidade global de produção pode ser quadruplicada até 2011, atingindo bons milhões de toneladas.”

Käb alude a outras iniciativas além daquela da NatureWorks LLC. A alemã Basf anunciou planos para expandir o output do seu plástico Ecoflex – baseado em petroquímica, porém rápi-da e totalmente biodegradável por compostagem industrial – de 14 000 para 60 000 toneladas anuais até 2010, e estuda turbinar a produção do Ecovio, mistura do Ecoflex com PLA. A italiana Novamont também garante o incremento produ-tivo de sua linha de bioplásticos Mater-Bi, com-postos por blendas de amido. “Ademais, novos materiais como o PHA* estão na boca do forno, nomes expressivos como a DuPont entraram no jogo e a Dow Crystalsev e a brasileira Braskem anunciaram recentemente que produzirão polieti-leno de etanol num futuro próximo”, entusiasma-se o diretor da European Bioplastics.

*N. da R.: polihidroxialcanoato, poliéster bio-degradável obtido do milho e adequado para sopro, termoformagem e extrusão, previsto para entrar em comercialização no fim de 2008. Resultado de uma joint venture entre as america-nas Metabolix e Archer Daniels Midland (ADM), a resina terá uma fábrica nos Estados Unidos com capacidade para 45 000 toneladas anuais

Afora as questões momentâneas de disponibi-lidade e preços, tais novidades certamente terão à frente novos desafios. Duas inquietações já pairam sobre eles. A primeira, se os bioplásticos poderão ser negligenciados numa queda-de-braço com os biocombustíveis, igualmente emergentes na agenda da sustentabilidade e também depen-dentes de matéria-prima orgânica. A segunda é se neles poderá recair a pecha de usurpadores de terras que poderiam produzir alimentos, como já acontece com a cana-de-açúcar e o milho planta-dos para a geração de combustíveis.

Enquanto sobre essas dúvidas só resta espe-rar, EMBALAGEMMARCA detalha, a seguir, algu-mas das novidades “verdes” apresentadas na Interpack 2008.

Embalagens rígidas e flexíveis “verdes” não são mais sonhos de ecologistas

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ESPECIAL: INTERPACK 2008

Os mais de 179 000 visitantes registrados pela Interpack 2008 ao longo de sete dias...

...tiveram a oportunidade de acompanhar inovações em bioplásticos num espaço dedicado

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“Valorizando a Qualidade e Proteção de seus produtos”

A EMCR, uma empresa com uma his-tória de mais de 10 anos no mercado de in-dução, fabricante de Seladoras de Tampas por Indução para selos de alumínio, venda de peças, assistência técnica e reforma de sistemas de selagem em geral e Poli Paper, conceituada empresa do ramo de fabrica-ção de selos para vedação de frascos entre outros produtos.

Contando com equipes técnica e co-mercial com grande experiência no merca-do, a EMCR e a Poli Paper vêm, desde já, colocar à inteira disposição todos os conhe-cimentos e estrutura para suprir as necessi-dades de seus parceiros.

A selagem de tampas por indução é o método mais efi caz para a vedação de re-cipientes plásticos e de vidro. Esta é, sem dúvida, a tecnologia com o melhor custo-benefício do mercado garantindo, além dis-so, o máximo de proteção aos produtos de sua empresa.

Nenhum outro método preserva a qualidade e a integridade dos produtos com a mesma confi abilidade. Além de evitar contaminações e vazamentos, a selagem por indução é tão efi ciente que aumenta sensivelmente a conservação dos produtos, prolongando assim o prazo de validade dos mesmos, sendo indicado para as indústrias de produtos alimentícios, químicos, petro-químicos, lubrifi cantes, cosméticos, farma-cêuticos, laticínios e bebidas (sucos, isotô-nicos, água mineral, etc...).

EMCR ELETROELETRÔNICOS LTDA.Rua Savério Lauria, 14 – Vl. FriburgoCEP 04774-060 – São Paulo, SPTel.: (11) 5934-3183www.emcrinducao.com.br

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de até 50 frascos p/min.

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48 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

ESPECIAL: INTERPACK 2008

Associação da americana Cargill com a japo-

nesa Teijin, a NatureWorks LLC, fabricante de

um dos bioplásticos mais famosos do mundo,

o PLA (ácido polilactídeo, derivado do amido

de milho), aproveitou a Interpack 2008 para

duas ações. A primeira: reiterar que está perto

de aumentar a produção da sua fábrica nos

Estados Unidos, a fim de abrandar a demanda

reprimida – iniciativa estratégica, uma vez que

indústrias européias são as mais entusiasma-

das com o material. A segunda: consolidar

a marca Ingeo, antes utilizada somente para

fibras, como guarda-chuva para soluções

em geral alicerçadas em seu polímero. Para

reforçar a iniciativa, a empresa apresentou

uma “Galeria Criativa Ingeo”, com sete novi-

dades. Entre elas, as embalagens para a linha

de batons Plant Love, da canadense Cargo

Cosmetics, brandidas como as primeiras do

gênero (foto 1), e as garrafas moldadas por

sopro utilizadas pela italiana Sant’Anna para o

acondicionamento de águas minerais (foto 2).

Garantindo boa processabilidade e barreiras

a aromas e sabores, o PLA pode substituir o

PET a contento em garrafas de bebidas. Sua

popularização, porém, depende de oferta – e,

conseqüentemente, preço menor.

www.natureworksllc.com

Duas ações com PLA

Proposta de conjugaçãoUma das maiores fornecedoras européias de embalagens plásticas

rígidas e cartonadas, a austríaca Greiner demonstrou na Interpack

2008 como a integração dessas duas competências pode gerar con-

ceitos mais amigáveis ao ambiente no acondicionamento de alimen-

tos. A empresa reforçou a promoção do k3, uma linha de recipientes

que podem ser fabricados com PLA (ácido polilactídeo) ou com PET

reciclado pós-consumo, e decorados sem colagem com mangas de

papel cartão facilmente destacáveis por meio de uma tira serrilhada.

“A idéia combina o uso de plásticos menos agressivos à natureza

com a fácil separação dos materiais com vistas à reciclagem”, afirma

Kenneth Boldog, gerente de marketing da Greiner. Segundo ele, é

possível empregar cartão reciclado como rótulo, e a Greiner conduz

pesquisas ostensivas para coadunar suas tecnologias com os bio-

plásticos. A combinação de copos com rótulos plásticos é indicada

para bebidas e alimentos como iogurtes e sobremesas lácteas.

www.greiner-gpi.com

Termoencolhíveis de PLAReferência em rótulos plásticos termoencolhíveis, a multina-

cional francesa Sleever International destacou na Interpack

2008 o Biosleeve, filme para heat shrink labels produzido com

PLA (ácido polilactídeo). Pela confecção com material origi-

nado do amido de milho, o produto é totalmente biodegra-

dável. De acordo com Pascal Leroy, gerente de marketing da

Sleever International, o novo material apresenta performance

“quase idêntica” às dos filmes clássicos mais sofisticados

empregados no sistema de decoração. “O índice de contra-

ção é satisfatório para a maioria dos formatos de embalagem

atualmente encontrados”, diz o executivo. Como parte de

uma política em prol da sustentabilidade, a Sleever também

afirma agora imprimir seus rótulos com tintas solvent-free,

cuja produção não emite compostos orgânicos voláteis

(VOCs). As tintas podem ser aplicadas em rotogravura, flexo-

grafia UV e serigrafia.

www.sleever.com • No Brasil: (11) 2303-2337

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Page 49: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

49EmbalagemMarcamaio 2008www.embalagemmarca.com.br

Bandejas para alimentos estão entre as emba-

lagens que mais progrediram com base em

biopolímeros. Usos em produtos frescos, de vida

curta, ajudaram na sua popularização na Europa,

muitas vezes por iniciativas de cadeias varejistas.

Progressivamente, no entanto, surgem bandejas

adequadas a aplicações mais sofisticadas. A

italiana Coopbox, que brande o pioneirismo na

produção de bandejas de PLA (ácido polilactí-

deo, polímero de amido de milho) expandido, fez

promoção de novas versões dessas embalagens

biodegradáveis (foto 1), agora com barreira, para

o acondicionamento de carnes e outros alimentos

in natura sob atmosfera modificada (MAP).

A Roots Biopack, de Hong Kong, informava

na feira que sua extensa linha de bandejas

fabricadas a partir da cana-de-açúcar também

é adequada para embalagens com MAP. (foto

2) Certificadas como compostáveis e aptas ao

contato com alimentos, as bandejas da Roots

Biopack são à prova d’água e de gorduras,

suportam altas temperaturas e podem ser utili-

zadas em fornos convencionais de microondas.

Assim como os modelos da Coopbox, permitem

selagem a quente e são compatíveis com equipa-

mentos standard de processamento e selagem. A

Roots Biopack, aliás, ganhou o noticiário nacional

em meados de 2006 ao manifestar interesse

em construir uma fábrica no Brasil. A empresa

não respondeu às consultas de EMBALAGEMMARCA

sobre o andamento de tal projeto.

www.coopbox.it

www.rootsbiopack.com

Avanços em bandejas compostáveis

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Page 50: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

50 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

ESPECIAL: INTERPACK 2008

Reforçando seu investimento em “plásticos verdes”, a DuPont lan-

çou na Interpack 2008 duas novidades à base de amido de milho,

respaldadas por sua marca guarda-chuva de biopolímeros Biomax e

frutos de um acordo tecnológico fechado com a australiana Plantic.

O Biomax TPS, composto por 85% a 90% de material renovável, é

indicado para termoformagem e injeção de embalagens, descartá-

veis e peças para jardinagem. Segundo Shanna Moore, da área de

Embalagens e Polímeros Industriais da DuPont, o TPS desempenha

tão bem quanto poliestireno (PS) e PVC na termoformagem e como

PET e polipropileno em outras formas de moldagem. Aprovado para

contato com alimentos e antiestático, o que lhe garante potencial

para acondicionar componentes eletrônicos, o material é compostável

e degrada-se rapidamente no contato com água (na foto ao lado).

Por sua vez, o Biomax PTT (politrimetil tereftalato) é um co-polímero

com até 35% de matéria-prima de origem renovável para aplicações

em embalagem. O material é especialmente dirigido para o uso em

recipientes moldados por injeção, embalagens de cosméticos e

outras peças em que poliésteres são usados. “O Biomax PTT ofere-

ce à indústria de embalagens uma solução durável e de desempenho

similar aos dos poliésteres que não compromete processabilidade

ou estética da embalagem”, diz Carol Casarino, gerente global de

tecnologia em Materiais Sustentáveis da DuPont. Detalhe: a linha

Biomax não emprega amido de milho geneticamente modificado, ao

contrário do PLA da NatureWorks LLC – o que pode contar pontos a

favor da DuPont no acondicionamento de alimentos orgânicos.

www.dupont.com • No Brasil: 0800 17 1715

www.plantic.com.au

De milho, mas milho sem modifi cação genética

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Page 51: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

51EmbalagemMarcamaio 2008www.embalagemmarca.com.br

A holandesa Rodenburg

Biopolymers apresentou na

Interpack 2008 um biopolímero

para injeção de embalagens

fabricado a partir de amido de

batata disponível como sub-

produto de indústrias que pro-

cessam o tubérculo. Batizado

de Solanyl BP, o material utiliza

65% menos energia na sua

produção quando comparado

ao polietileno convencional, e

pode ser processado em inje-

toras com ciclos similares aos

utilizados para a moldagem de

outras resinas termoplásticas.

Dependendo da funcionalidade

desejada para a peça acabada

em termos de propriedades

mecânicas, diversas blendas de

Solanyl BP podem ser disponi-

bilizadas. O material, que pode

ser pigmentado com master-

batches convencionais, já vem

sendo testado na moldagem de

diversas embalagens (foto 1).

Em outro estande, os visitantes

da Interpack 2008 puderam

travar contato com o biolice,

bioplástico produzido com

base num processo ventilado

como singular no mercado

de bioplásticos, a partir de

grãos de cereais como o trigo.

De acordo com a agricultora

francesa Limagrain Ceréales

Ingrédients, inventora do pro-

duto, o biolice se desintegra em

aterros para compostagem no

prazo de três meses, sem dei-

xar resíduos tóxicos. O material

é certificado para contato com

alimentos e suas principais apli-

cações em vista são nas áreas

de filmes para sacolas (foto 2) e

envoltórios termoencolhíveis e

chapas para termoformagem. O

material é resistente à água e

a gorduras.

www.biopolymers.nl

www.biolice.com

Batata e grãos na área

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Page 52: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

52 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Fabricante dos filmes NatureFlex, bio-

degradáveis, compostáveis e obtidos

a partir de recurso natural renovável,

a celulose, a Innovia Films lançou na

Interpack 2008 um novo grade, chama-

do NVR. A novidade foi especialmente

formulada para oferecer receptividades

superiores em impressão e conversão

e é dotada de barreira intermediária

à umidade, com selabilidade a quen-

te em ambos os lados. Os alvos do

NVR incluem embalagens para pães,

confeitos, massas, arroz e barras de

cereais (foto 1). “Os filmes NatureFlex

são mais rígidos e orientados que mui-

tos dos biopolímeros disponíveis no

mercado, o que os torna ideais para

uso em equipamentos standard de

flow-wrap e form-fill-seal para acondi-

cionamento de alimentos”, diz David

Beeby, CEO da Innovia Films. Como

outras versões de NatureFlex, o NVR é

transparente e brilhante, antiestático e,

com tratamentos superficiais, pode ter

a permeabilidade à umidade alterada.

Também foi destacada pela Innovia a

embalagem de um cereal matinal da

inglesa Jordans, que dá uma amostra

das possibilidades de laminação com

diferentes “filmes verdes” (foto 2). O

produto aposentou uma bolsa plás-

tica de plástico tradicional e adotou

uma nova, confeccionada com uma

camada de NatureFlex e outra de um

filme Mater-Bi, da italiana Novamont.

A combinação assegura excelentes

propriedades mecânicas e de barreira

para uma embalagem

compostável e, segundo

as parceiras de projeto,

trata-se da primeira flexível

100% biodegradável utili-

zada para produtos secos

de longa vida.

www.innoviafilms.com

No Brasil:

(11) 5053-9945

ESPECIAL: INTERPACK 2008

Co-extrusão e revestimentoUma das principais expoentes do movimento

de ascensão dos bioplásticos, produzindo alter-

nativas “verdes” aos plásticos convencionais

desde 1989, a italiana Novamont apresentou

na Interpack as mais recentes aplicações em

embalagens do Mater-Bi, bioplástico com-

posto por blendas de amidos, completamente

biodegradável e compostável.

Em filmes coextrudados, que

permitem combinações de diver-

sos grades de Mater-Bi a fim

de atender diferentes requisitos

de propriedades mecânicas,

barreiras e processabilidade, a

empresa realçou as flow-packs

form-fill-seal recentemente ado-

tadas pela cadeia varejista ingle-

sa Sainsbury’s para acondicionar

hortifrutigranjeiros orgânicos (nas

fotos ao redor do quadro).

A Novamont também anunciou

ter desenvolvido uma variante

especial de Mater-Bi para reves-

timento por extrusão de emba-

lagens flexíveis, semi-rígidas (papel cartão) e

rígidas. De acordo com a empresa, a tecnologia

desenvolvida permite utilizar maquinário conven-

cional e alcançar a qualidade dos revestimentos

feitos com poliolefinas tradicionais. “O material

apresenta excelente selagem e boas proprie-

dades adesivas em aplicações multicamadas”,

assegura Catia Bastioli, CEO da Novamont.

www.materbi.com

Filmes celulósicos em alta

Co-extrusão

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Page 53: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

53EmbalagemMarcamaio 2008www.embalagemmarca.com.br

Dois anúncios feitos na Interpack são alenta-

dores para a indústria de fast food. A alemã

Basf divulgou estar em vias de lançar uma

versão de Ecovio – material composto por

Ecoflex, plástico da empresa derivado do

petróleo, porém totalmente biodegradável,

e PLA (ácido polilactídeo, polímero obtido a

partir do amido de milho) – para a produção

de plásticos expandidos (espumas) biodegra-

dáveis e obtidos a partir de fontes naturais

renováveis. O produto se chamará Ecovio

L Foam, terá mais de 75% de seu peso

composto por PLA e, segundo a empresa,

poderá ser processado sem modificações

substanciais em máquinas XPS (extrusoras

de espumas de poliestireno). A promessa do

produto, com produção em escala industrial

prevista já para os próximos meses, é a pro-

dução de bandejas e conchas capazes de

serem descartadas juntamente com restos de

sanduíches e outros resíduos orgânicos (foto

1). “Microorganismos ‘atacam’ as embalagens

e a degradam em água e dióxido de car-

bono”, explica Florian Krueckl, da área de

marketing de Biopolímeros da Basf.

Por sua vez, a divisão de flexíveis do

grupo austríaco de embalagens Mondi

apresentou uma tecnologia de revestimen-

to e laminação por extrusão baseada no

seu biopolímero Sustainex, produzido a

partir de óleos vegetais. Um dos principais

alvos dessa tecnologia é o revestimento

de envoltórios de papel para sanduíches

(foto 2). Na laminação, o material pode

ser usado como adesivo para unir diferentes

substratos. Em tempo: a Mondi também

introduziu na Interpack 2008 um filme “verde”

baseado no Sustainex. Fabricado por proces-

so tubular (blown), o filme oferece performan-

ce similar à de filmes convencionalmente uti-

lizados na produção de embalagens flexíveis

em máquinas form-fill-seal.

www.basf.com

www.mondigroup.com

Fast food mais verde

1

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Page 54: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

54 EmbalagemMarca maio 2008

ESPECIAL: INTERPACK 2008

dotar embalagens plásticas termo-formadas para produtos pastosos e líquidos não é exatamente uma novidade. Mas, na Interpack 2008, a idéia ganhou um novo

verniz por meio da Unifill, fabricante ita-liana de máquinas thermoform-fill-seal. Propondo solucionar o freqüente dilema entre frascos ou bolsas plásticas, que indústrias enfrentam na hora de decidir a apresentação de pequenos volumes desses itens (de 50 a 500 mililitros), a empresa destacou na feira o QwikPak, conceito de “garrafa flexível” brandido como um vantajoso meio-termo entre os dois sistemas de embalagem.

O QwikPak consiste num recipiente termoformado a partir de filmes com espessura entre 200 a 600 micra, poden-do, portanto, ser altamente flexível ou semi-rígido. A matriz da novidade é a máquina TF-400, capaz de processar 200 unidades por minuto. Bobinado, o filme que a alimenta é pré-aquecido e pré-moldado, acoplando válvulas plás-ticas. Os recipientes seguem para o enchimento, para a vedação com tampas e, por fim, para uma estação de corte, onde são aparados de forma a ganhar o formato final desejado – ficando, dada a característica da moldagem, com uma “rebarba” (veja a foto).

De acordo com Alberto Ninni, diretor de ven-das e marketing da Unifill, o QwikPak pode ser utilizado para acondicionar refrescos “on-the-go” sem gás, água mineral, molhos, detergentes, anti-sépticos bucais e xampus, entre outros produtos. Graças à construção modular da TF-400, é tam-bém possível obter somente recipientes valvula-dos vazios, para o enchimento off-line em linhas convencionais. “O QwikPak sorri aos formatos diferenciados, ao contrário dos pouches, e implica em baixo desembolso com maquinário, ao con-

A

Termoformado como meio-termoGarrafa flexível, baseada em thermoform-fill-seal, surge como opção a frascos e pouches no acondicionamento de líquidos e pastosos

trário das linhas de sopro de frascos”, argumenta Ninni. Segundo ele, paralelamente às garantias de relativa rigidez e shapes exclusivos, típicas

dos frascos soprados, o QwikPak oferece alta qualidade de impressão (até dez cores em

rotogravura ou flexografia) e é capaz de empregar diferentes filmes, para diferen-tes necessidades de barreira.

Algumas das possibilidades de estru-turas do QwikPak foram mostradas na Interpack, graças ao apoio à solução dada pela Alcan Packaging, conhecida fornecedora de filmes de alta perfor-mance. Para as estruturas mais leves e flexíveis, a Unifill sugere utilização básica na forma da estrutura nylon/polietileno; nas mais rígidas, na forma de APET (PET amorfo)/polietileno.

Nas duas vertentes é possível aplicar EVOH (copolímero de etileno e álcool

vinílico) como elemento de barreira. A unida-de de Embalagens Flexíveis da Alcan brasileira pode dar assistência aos interessados locais no QwikPak, conforme salienta Priscila Mazzarin, gerente de marketing da divisão.

Alcan Packaging(11) [email protected]

Unifill+39 0 5354-9041www.unifill.it

QwikPak pode ser produzido com diversos formatos

Conceito pode ser aplicado a diversos produtos. Abaixo, a máquina FFS que processa a embalagem

www.embalagemmarca.com.br

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56 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

ESPECIAL: INTERPACK 2008

lém de feiras de negócios, alemães são craques em organizar prêmios de design industrial. Na terra das salsichas e cervejas nasceram aque-les que são reconhecidos como os

dois principais concursos mundiais do gênero, o red dot design award e o iF product design award. Este último, criado em 1954, decidiu inaugurar neste ano uma edição paralela especí-fica para projetos de embalagem, aproveitando a Interpack 2008 como palco para o anúncio e a exposição dos vencedores.

Organizada em oito categorias – Embalagem de varejo, Embalagem para transporte e displays, Grafismos de embalagem, Materiais de embala-gem, Máquinas e equipamentos de embalagem (foco do julgamento em ergonomia, segurança

A

Um iF só para embalagensFamoso prêmio internacional de design lança uma versão específica para apresentações de produto

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e qualidade do design), Design e funcionalidade da embalagem, Categoria mista e Conceitos de embalagem –, o primeiro iF packaging award recebeu 148 inscrições, originárias de 17 países.

Composto por especialistas em design ale-mães, húngaros e holandeses, o júri elegeu 53 embalagens merecedoras do famoso selo iF, cobiçado por empresas do mundo todo. Como acontece na versão de design de produto, as embalagens laureadas que apresentam maior grau de inovação recebem a distinção iF gold award. Os cinco projetos que ganharam o selo dourado nesta primeira edição do prêmio são mostrados a seguir por EMBALAGEMMARCA. Os demais 48 vencedores – nenhum brasileiro entre eles – podem ser conferidos no site do concurso (www.ifdesign.de).

No Japão, idéia alemãCategoria: Grafi smo da embalagemProduto: “Meister Juchheim“ | Design de embalagemFabricante: Juchheim Co., Ltd. (Japão)Design: Peter Schmidt Group (Alemanha)

A opinião do júri: “Os gráficos das

embalagens dos bolos e itens de

confeitaria da Meister Juchhein são

pura diversão. A apresentação

tem design até o último detalhe,

com elementos especiais tanto

nas embalagens primárias quan-

to nas secundárias. As caixas, com

sua qualidade visual, até inspiram a

preservação e o uso para outros pro-

pósitos. Elas oferecem uma perfeita

expressão da cultura germânica de

confeitaria no contexto do mercado

japonês (onde os produtos são

vendidos) e são convincentemente

apelativas a um público-alvo mais

seleto.”

No Japão, idéia alemã

“Meister Juchheim“ | Design de embalagem Juchheim Co., Ltd. (Japão)

Peter Schmidt Group (Alemanha)

A opinião do júri: “Os gráficos das

embalagens dos bolos e itens de

confeitaria da Meister Juchhein são

nas embalagens primárias quan-

to nas secundárias. As caixas, com

sua qualidade visual, até inspiram a

preservação e o uso para outros pro-

pósitos. Elas oferecem uma perfeita

expressão da cultura germânica de

confeitaria no contexto do mercado

vendidos) e são convincentemente

apelativas a um público-alvo mais

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58 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

ESPECIAL: INTERPACK 2008

Obra-prima gráfi caCategoria: Grafi smo da embalagemProduto: Noa Perle | Cartucho para frascoFabricante: Carl Edelmann GmbH & Co. KG (Alemanha) – www.edelmann.deDesign: Patrick Veillet (França) - www.patrickveillet.com

Também vencedor do prêmio Pro Carton Awards de 2007, o cartucho de papel cartão que acondiciona o frasco do perfume Noa Perle, da

Cacharel, confeccionado pela alemã Carl Edelmann, surpreendeu o júri do iF packaging award. “Esta embalagem é uma obra-prima gráfica. Ela

apela ao consumidor emocionalmente com qualidade superior. A pérola impressa parece rolar na mão do usuário, estimulando-o a comprar o pro-

duto. A conexão entre embalagem e conteúdo acontece de maneira extraordinária”, afirmam os jurados.

Mais charme nas garagensCategoria: Embalagens de varejoProduto: X-Line Range | Estojos para ferramentasFabricante: Bosch Power Tools, Divisão de Acessórios, Scintilla AG (Suíça)Design: Teams Design (Alemanha) - www.teamsdesign.com

Essas novas maletas plásticas da Bosch suíça (Scintilla AG),

fabricadas numa linha própria de injeção da empresa, aproveitam

mecanismos em formato de “x”, letra que batiza a linha de produ-

tos, para acomodar brocas e outros acessórios para ferramentas.

“A embalagem foi pensada do começo ao fim. Ela se encaixa na

linha de produtos perfeitamente, é rápida e fácil de abrir e prática

para carregar. Além de tudo, a maleta fica clara e consistentemente

em conformidade com a marca”, entenderam os jurados.

Embaladora amigávelCategoria: Máquinas de embalagem / Produto: MCC/MCH | Sistemas modulares de embalagem / Fabricante: Theegarten-Pactec GmbH & Co. KG (Alemanha) - www.theegarten-pactec.de / Design: H-Design Langebrück (Alemanha) - h-design.langebrueck.de

O design de máquinas de embalagem ganhou uma

categoria própria no iF packaging award, e um

dos três produtos premiados mostrou-se digno de

receber o iF gold award. Os modelos MCC/MCH

de embaladoras contínuas de média velocidade

da alemã Theegarten-Pactec, capazes de acon-

dicionar doces, chocolates e outros alimentos em

diferentes modelos de envoltórios plásticos flexí-

veis, agradaram em cheio aos jurados. “As

máquinas exibem uma concepção de design

que deixa a interface com o usuário extrema-

mente visível e, logo, compreensível para todos”,

comentam os jurados. “As partes funcionais, por

sua vez, são protegidas e acusticamente isoladas,

mas ao mesmo tempo de fácil acesso caso haja

necessidade.”

Pertinência à identidadeCategoria: Embalagens de transporte e displaysProduto: Fish Box | Deutsche See Fish BoxFabricante: Deutsche See GmbH (Alemanha)Design: feldmann+schultchen design studios (Alemanha) - www.fsdesign.de

Para melhorar a apresen-

tação de seus produtos

e reforçar a comunicação

da marca, a Deutsche See,

empresa alemã de pesca-

dos frescos e congelados,

adotou uma linha de caixas

plásticas de transporte cujo

design remete ao seu logoti-

po. “As embalagens dão um

exemplo de como um produto

perfeitamente desenhado pode

também expressar a identida-

de corporativa. Seja em forma-

to, em cor ou em impressão

geral, as inovações nas caixas

de peixes são tangíveis em cada

detalhe”, sentencia o júri.

mente visível e, logo, compreensível para todos”,

comentam os jurados. “As partes funcionais, por

sua vez, são protegidas e acusticamente isoladas,

mas ao mesmo tempo de fácil acesso caso haja

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60 EmbalagemMarca maio 2008

acesso ao impresso e ao produto simultaneamen-te (como pode ser visto na foto, em exemplos desse tipo de aplicação em analgésicos). “Isso permite ao usuário checar a posologia toda vez que for tomar o medicamento, e evita extravios da bula”, comenta Bosshard.

Na máquina projetada pela Sigpack Systems, uma unidade especial aplica um finíssimo filme plástico transparente numa parede cartonada que, após a montagem, fica alocada no interior da embalagem (os componentes básicos da embala-gem já vêm pré-acabados). É essa parede revesti-da que propicia o deslizamento dos componentes do Burgopak. Em seguida, uma tecnologia espe-cial de manipulação (pick and place), combinada a um sistema cruzado de alimentação de produ-tos, garante flexibilidade produtiva e facilita tro-cas de formatos – o que torna a máquina atrativa para prestadores de serviço em acondicionamen-to (co-packers). A Sigpack Brasil dispõe-se a dar mais informações sobre o equipamento e a tecnologia Burgopak, informa Elaine Firmino, da área de marketing da empresa.

ESPECIAL: INTERPACK 2008

novações em emba-lagem só as são com pés no chão, ou seja, se forem industrialmen-

te exeqüíveis. Na Interpack 2008, a Sigpack Systems, divisão da Bosch Packaging Technology, divulgou efusivamente em seu estande e numa conferência de imprensa, como a contribuição de seus engenheiros agora capacita o Burgopak, um conceito de embalagem criado por uma agência homônima de design, britâni-ca, a ser utilizado numa linha automatizada de embalagem.

O Burgopak consiste basicamente num car-tucho de papel cartão com formato de carteira e extremidades abertas, baseado num mecanismo deslizante. Ao puxar uma aba descoberta numa das extremidades, o consumidor “desentoca” o conteúdo, fazendo-o irromper no lado oposto. “Além de diferenciar produtos em mercados altamente competitivos”, diz Christian Bosshard, especialista em comunicação e marketing da Bosch Packaging Technology, “tal mecanismo também pode evitar falsificações.”

O Burgopak é aplicável a uma série de pro-dutos. Por montagem manual, o conceito já foi utilizado para acondicionar telefones celulares, CDs, DVDs e outros produtos eletrônicos. Mas uma vocação clara é o acondicionamento de medicamentos, especialmente comprimidos em blisters. Para tais produtos, o conceito prevê a utilização de bulas presas à cartela deslizante – ao acionar a embalagem, o consumidor ganha

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Carteira expandidaMáquina assegura automação industrial de inovadora embalagem deslizante

Burgopak+44 (0)77 9543-1787www.burgopak.com

Sigpack Systems(11) 2117-6800www.sigpack.com.br

www.embalagemmarca.com.br

Com mecanismo deslizante, Burgopak permite fácil

acesso ao produto acondicionado. No canto

oposto da página, a máquina desenvolvida para automatizar seu

processamento

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62 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

ESPECIAL: INTERPACK 2008

omposto termoplástico baseado na combinação de poliolefinas com o carbonato de cálcio, mineral utili-zado na fabricação do tradicional giz escolar, o Scanfill surge para

brigar por um espaço na produção de garra-fas de bebidas. A fabricante do material, a sueca Polykemi, fechou um acordo com a alemã Bekum, referência em máquinas para moldagem de garrafas plásticas por extrusão-sopro, que divulgou na Interpack 2008 supostas vantagens do uso do Scanfill como substituto do polietileno de alta densidade (PEAD) maciçamente empre-gado em garrafas de produtos alimentícios.

De acordo com a Polykemi, o Scanfill é mais amigável à natureza, por ser parcialmente origi-nado de um mineral abundante e sua fabricação demandar baixo consumo de energia, além de gerar passivo ambiental ínfimo comparado aos termoplásticos 100% oriundos de petroquímica. Ademais, proporcionaria ganhos de produtivida-de de até 30%, na moldagem de peças, em cote-jos com polietileno, poliestireno e polipropileno. A fabricante diz que o material, certificado pelo FDA americano para o contato com alimentos, tem baixo custo, garante barreiras ao oxigênio e a aromas, tem alta tolerância térmica (suporta,

C

Realçadas com gizParceria aposta em garrafas produzidas com ajuda do carbonato de cálcio

inclusive, ação de microondas) e propicia prote-ção avançada contra raios UV.

Uma mira da parceria, aliás, é a produção de garrafas para um produto notoriamente fotos-sensível, o leite. O composto tem sido aplicado na extrusão-sopro de garrafas obtidas a partir de parisons (peças intermediárias da moldagem por extrusão-sopro, como as pré-formas dos processos de injeção-sopro) de três camadas para leite na máquina Eblow 206 D da Bekum. Segundo a Bekum, a máquina, configurada com estação dupla, tem atingido cadência de 5 220 embalagens/hora nessa aplicação. A Eblow 206 D engrossa o apelo eco-responsável das garrafas obtidas com Scanfill. “A máquina, nossa primei-ra totalmente elétrica, garante altíssima eficiên-cia energética”, diz Christian Richard, gerente de marketing e comunicação da Bekum.

Em tempo: Lars Krook, responsável pelos negócios da Polykemi no Brasil, informa que o Scanfill está disponível a clientes brasileiros via importações. Fabricada na Alemanha, a Eblow 206 D também pode ser adquirida por meio da subsidiária brasileira da Bekum.

Bekum(11) 5686-9100www.bekum.com.br

Polykemi(14) 3234-6680www.polykemi.se

Eblow 206 D: toda elétrica, sopradoraotimiza consumo de energia

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Garrafas produzidas com o Scanfill. Leite é

um dos alvos

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ESPECIAL: INTERPACK 2008

missão do Jordy Pack não é nada fácil: fus-tigar a sueca Tetra Pak e a suíço-alemã SIG Combibloc na área de caixinhas para o acon-dicionamento de bebidas. Desenvolvido com tecnologia da fabricante alemã de equipamen-

tos KHS, esse sistema de embalagem foi lançado sem muito alarde em meados de 2005. Mas a fabricante italiana de máquinas de embalagem Acma, nova timoneira do projeto, promete turbinar sua divulgação, como já pôde ser conferido na Interpack 2008.

O alicerce do Jordy Pack é uma máquina formadora que confecciona corpos poliédricos a partir de bobinas lisas (não-vincadas) de papel cartão/polietileno/alumínio. Gargalos patenteados de polietileno, dotados de terminação por rosca, são selados aos corpos por ultra-som, formando “garrafas” híbridas (cabe registrar que a Tetra Pak oferece há alguns anos um conceito parecido com a linha Tetra Top), prontas para seguir para a linha de enchimento. As embalagens podem acoplar tampas nos diâmetros de 28 ou 38 milímetros.

“Depositamos boas expectativas no Jordy Pack, que, em breve, possibilitará um output de 12 000 garrafas por hora e terá versão asséptica”, ventilou, na feira, Sergio Beneventi, gerente de marketing da Acma. Por ora, o Jordy Pack atinge cadência máxima de 6 000 garrafas/hora e possibilita envase a quente. A Bari, forte produtora alemã de sucos, é a única usuária do sistema, mas Beneventi diz que estréias na Ásia e nos Estados Unidos “são iminentes”.

A

Outra no páreoProposta italiana luta por espaços em embalagens cartonadas para bebidas

Jordy Pack tem gargalo plástico e ainda é apta, no máximo, ao envase a quente. Máquina (ao lado) é capaz de produzir 6 000 garrafas por hora

Acma(11) 5515-9296www.acmagd.it

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c i c l o @ e m b a l a g e m m a r c a . c o m . b r

Sustentabilidade.

Uma premissa para os

negócios na cadeia

de embalagens.

Aguarde o próximo

movimento do

Ciclo de Conhecimento

EmbalagemMarca

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64 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

BEBIDAS

Retoques salutaresEm meio a bom momento no Brasil, Campari renova apresentações de produtos de força

Brasil é um xodó da Campari. Duas das doze fábricas mundiais da empresa italiana de bebi-das situam-se no país, que,

em volume, é o seu segundo maior mercado mundial – tendo se tornado em 2007 o primeiro a atingir a marca de 6 milhões de litros vendidos, num ano, de Campari, o famoso bitter vermelho que dá nome à companhia. Prestes a completar 26 anos de atividades no Brasil – o que ocorrerá em junho –, a Campari anunciou em abril que investirá 66 milhões de reais numa nova planta industrial, em Pernambuco, e apresentou novos visuais para três de seus principais produtos: o conhaque Dreher e os uísques Old Eight e Drury’s.

Líder do mercado nacional de conhaques, com market share de 40% (dados Nielsen), Dreher ganhou uma versão premium, a Dreher Gold, mais suave e com notas de baunilha. “A elabo-ração do produto levou cerca de um ano e a opinião dos nossos consumidores foi essencial para que pudéssemos entregar um produto que realmente atendesse às expectati-vas”, diz Ricardo Ebel, gerente de produto da Campari do Brasil. Segundo ele, a garrafa de vidro verde, “que agrega mais valor à marca”, resulta de sugestões do público. Fabricada pela Owens-Illinois do Brasil, a embalagem é deco-rada com rótulo e contra-rótulo auto-adesivos de papel confeccionados pela Gráfica 43 S.A. A Indeplast fornece a tampa plástica do produto.

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Além de lançar versão mais nobre do conhaque Dreher, Campari introduz embalagens mais modernas para Old Eight e Drury’s, líderes em uísques nacionais

Uísques mudamJá Old Eight e Drury’s, que juntos fazem da Campari líder no mercado de uísques nacionais, também tiveram suas embalagens reformuladas após pesquisas com seus entusiastas. Drury’s abandonou a garrafa cilíndrica e adotou uma com formato de paralelepípedo, que, assim como a nova de Old Eight, possui nome gravado em relevo nas laterais. As garrafas das duas marcas são produzidas em pool pelas vidrarias Owens-Illinois, Saint-Gobain e CIV, e levam rótulos

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65EmbalagemMarcamaio 2008www.embalagemmarca.com.br

auto-adesivos de papel metalizado (Chromolux, da alemã Zanders) convertidos pela Gráfica 43 e pela Gesa. Indeplast, Plastamp e Guala fornecem as tampas pilfer dessas embalagens.

As logotipias de Old Eight e de Drury’s foram reformuladas pela Design Absoluto. A mesma agência assina as artes presentes nos novos car-tuchos das duas marcas de uísque, produzidos com papel cartão duplex da Suzano impresso em offset (cinco cores mais verniz UV) pela Gráfica 43 e pela Brasilgrafica. Segundo a Campari do Brasil, a missão dos novos cartuchos será aumentar o apelo das bebidas para presentear. “As novas embalagens tornarão os produtos mais atraentes a novos consumidores, assim como tenderão a promover a fidelização dos atuais”, acredita Ana Maura Martins, gerente de marke-ting de Whiskies da empresa. (GK)Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

CIV(81) 3272-4484www.civ.com.br

Design Absoluto(11) 3071-0474www.designabsoluto.com.br

Gesa(54) [email protected]

Gráfica 43(47) 3221-1200www.43sagrafica.com.br

Guala(11) [email protected]

Indeplast(11) 6806-5000www.indeplast.com.br

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Plastamp(11) 4584-2020www.plastamp.com.br

Saint-Gobain(11) 2246-7214www.sgembalagens.com.br

Suzano Papel e Celulose0800 055 5100www.suzanopapelecelulose.com.br

Zanders(11) [email protected]

Cartuchos têm o objetivo de dar charme de regalo aos uísques

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66 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme KamioPAINEL GRÁFICO MERCADO DE CONVERSÃO E IMPRESSÃO DE RÓTULOS E EMBALAGENS

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]

Uma aventura que deu certoNacionalizar a S-Combat foi uma aposta correta da italiana Gidue

Fabricar no Brasil ao invés de exportar para cá produtos prontos foi a solução encontrada por alguns fabricantes de equipamentos para ganhar o cobiçado mercado brasileiro, driblando a elevada carga tributária que incide sobre tais máquinas. Uma dessas iniciativas foi tomada pela Gidue, empresa italiana produtora de impressoras de banda estreita. Para dar esse passo, a com-panhia juntou-se à Comprint, empresa que já a representava comercialmente por aqui, e à Raeder, indústria mecânica que trazia em sua bagagem um longo histórico de atuação na fabricação de componentes para rotativas offset. Estava formada a Gidue do Brasil.Dia 23 de abril último, convertedores de diversas regiões do Brasil juntaram-se a alguns pares vindos da Argentina para visitar as instalações da Raeder em Petrópolis (RJ), a fim de ver in loco como as máquinas são produzidas. A “open house” continuou nos dois dias seguintes, quando alguns converte-dores fizeram testes específicos de impressão. “O objetivo dessa visita foi mostrar a qualidade das instalações e dos equipamentos usados na produção da Gidue brasileira”, conta Christian Vorländer, da Comprint. Ele explica que isso serve para dar confiança aos clientes, que se vêem menos depen-

dentes de importações. “Apenas alguns componentes vêm de fora, pois não encontramos substitutos com qualida-de equivalente no mercado nacional”, cita Vorländer, mencionando o exemplo dos secadores UV, fornecidos pela americana GEW. A gerente de marketing da Gidue, Raffaella Comunetti, revela que, quando a Comprint sugeriu que a S-Combat passasse a ser fabricada no Brasil, tudo parecia uma grande aventura. “Mas fomos convencidos de que, por causa dos elevados tributos sobre as impor-tações, seria muito difícil vendermos nossas máquinas no Brasil de outra maneira.” A nacionalização da pro-dução trouxe não apenas redução na carga tributária, mas acesso ao Finame (linha de financiamento do BNDES para máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional). “Os resultados têm sido excepcionais”, comemora Raffaella. “A qualidade das máquinas feitas aqui é a mesma das máquinas fabricadas na Europa.” Resultados, diga-se, que são traduzidos em vendas. Até a realização do evento, quatro máquinas brasileiras já haviam sido comercializadas (para Mack Color, Kromos, Indemetal e Fitatex). Após a visita à fábrica, esse número subiu para cinco. Quem testou e aprovou a máqui-na foi a Ipê Formulários.

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]

dentes de importações. “Apenas alguns

S-Combat, impressora flexográfica da Gidue, hoje é fabricada no Brasil, nas modernas instalações da Raeder

Alguns componentes,

como os secadores UV, ainda são

importados

A visita à Raeder teve convertedores de todo o Brasil e também da

Argentina

A Afeigraf – Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica, entidade que reúne alguns dos principais players do mercado gráfico, anunciou a realização da 1ª Conferência Trends of Print Latin America. O evento, que ocorrerá entre os dias 17 e 19 de setembro deste ano no Novotel Center Norte, em São Paulo, terá palestras sobre o impacto da economia

global na indústria gráfica do Brasil e de outros países da América Latina. Trará também previsões sobre o mercado grá-fico mundial e resumirá tendências apre-sentadas durante a Drupa (realizada entre 29 de maio e 11 de junho de 2008).Mais detalhes sobre o evento podem ser obtidos diretamente com a Afeigraf.AFEIGRAF:(11) 3079-6724 (R. 3) • www.afeigraf.org.br

O setor gráfico em análiseAfeigraf anuncia 1ª Conferência Trends of Print Latin America em São Paulo

A 18ª edição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini já tem datas definidas. As inscrições podem ser feitas entre 4 de agosto e 19 de setembro. A festa de entrega dos troféus será no dia 25 de novembro. O regulamento da premiação está disponível no site da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (www.abtg.org.br).

Fernando PiniPrêmio tem datas definidas

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O KlaFold, cartão triplex da Klabin, agora é comerciali-zado, fora do Brasil, pela MeadWestvaco. O produto é apresentado pelo grupo americano como uma alterna-tiva eficiente para redução de peso nas embalagens, já que, segundo estudos conduzidos pela Applied Paper Technology e apresentados pela MeadWestvaco, pos-sui maior resistência do que outros cartões analisados, mesmo com menos fibras em sua estrutura.

Reestruturação de portfólio 1 Klafold entra no catálogo da MeadWestvaco

Localmente, a Suzano Papel e Celulose anunciou seu novo portfólio para a linha de papel cartão, resultado da aquisição da unidade industrial da Ripasa em Embu (SP), ocorrida no ano passado. O objetivo, segundo o gerente de marketing da empresa, Gustavo Couto, foi direcionar cada produto da linha para que atendesse segmentos específicos de mercado. O segmento de embalagens é atendido pelos seguintes produtos:

Reestruturação de portfólio 2 Suzano direciona linha a segmentos específicos

TP Premium: cartão triplex com alta rigidez e boa performance em conversão e linhas de embalagem automatizadas. Indicado para projetos de redução de peso em embalagens. Supremo Alta Alvura: voltado ao mercado de cos-méticos e higiene pessoal (sabonetes).Supremo Duo Design: papelcartão que permite impressão em ambos os lados, indicado para embala-gens que necessitem de impressão no verso.Royal Tech: Por sua brancura, é voltado ao mercado de perfumes e cosméticos.Art Premium Tech: visa atender os mercados de cos-méticos, alimentos secos e higiene pessoal (sabonete).TP Polar: apresenta maior colagem interna, permi-tindo a retenção de umidade nas laterais do papel. É direcionado ao mercado de alimentos congelados ou a produtos que necessitem de barreira à umidade e à gordura.Royal Barr Tech e Art Premium Barr Tech: reco-mendados para embalagens de alimentos que neces-sitem de barreira à gordura (fast-food).Super 6 Premium: papelcartão duplex para produzir embalagens mais leves sem perda de resistência. Posicionado para os mercados de alimentos secos, detergentes em pó e cosméticos.Super 6 Quartz: voltado para embalagens de alimen-tos secos e para servir como liner em micro-onduladas.Neo Pack: é o produto com maior percentual de reci-clados da linha de papel cartão da Suzano, que visa atender os mercados de calçados e de embalagens para acoplamento.

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A Papirus Indústria de Papel S/A, fabricante de papel cartão pioneira no uso de fibras recicladas, foi escolhi-da pela SPP-Nemo como melhor fornecedora de 2007. O prêmio oferecido pela distribuidora de produtos grá-ficos, em sua oitava edição, foi entregue em cerimônia realizada no dia 23 de abril, em São Paulo.

Fabricante brasileira de impressoras flexográficas voltadas ao mercado de rótulos e etiquetas, a Etirama passou os últimos doze meses desenvolvendo uma máquina de acabamento offline, que recebeu o nome de Nova Stamp Foil. O equipamento foi apresenta-do em evento realizado na fábrica da empresa, em Sorocaba (SP), nos dias 14 e 15 de maio, juntamente com a nova versão da impressora Flexowine IHM.“A Nova Stamp Foil é uma máquina para corte e apli-cação de hot stamping, com capacidade para entrada de material acima de 330mm”, diz Ronnie Schrötter, diretor comercial da Etirama. A empresa, que tem nas exportações uma fonte cada vez maior de receitas, teria estande na Drupa (29 de maio a 11 de junho).

ETIRAMA

(15) 3223-3332 www.etirama.com.br

Acabamento offline para rótulos e etiquetasNova Stamp Foil, lançada pela Etirama, faz corte e aplicação de hot stamping

Papirus, fornecedora premiadaFabricante de papel cartão foi agraciada pela SPP-Nemo

Está marcada para o período de 23 a 26 de setem-bro deste ano a primeira edição da Pack & Print Brasil, feira de negócios voltada às indústrias grá-fica e de embalagem. O evento ocorre no Pavilhão Wittich Freitag do Complexo Expoville, em Joinville (SC). Mais informações podem ser obtidas com a Markt Events, organizadora do evento.MARKT EVENTS: (47) 3028-0002 • www.marktevents.com.br

Nova feira no sulPack & Print Brasil estréia este ano

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O Ciclo de Conhecimento, mais recente iniciativa da Bloco de Comunicação,

editora da revista EmbalagemMarca, teve seu primeiro movimento realizado no

dia 12 de maio de 2008, com a realização do Seminário Estratégico

“Embalagens Flexíveis: da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda”.

E nasceu forte, com debates ricos e um público altamente qualificado.

O Ciclo de Conhecimento consiste num programa abrangente e permanente de

análise, estudo e difusão de informações relacionadas à cadeia de embalagens,

desde o fornecimento de matérias-primas até a indústria usuária e o varejo.

Trata-se de uma ação contínua para promover eventos que podem ser classificados

como “de transformação”. Sua missão é contribuir para o

crescimento dos profissionais e das empresas da área de embalagens.

Vamos aprofundar a discussão de questões fundamentais da cadeia produtiva.

De forma dinâmica. Com dados que tenham ligação entre si. Com planejamento.

Com a mesma qualificação e a mesma credibilidade consagradas pelo mercado

em dois outros produtos que a Bloco de Comunicação oferece ao mercado:

a revista EmbalagemMarca e o Prêmio EmbalagemMarca – Grandes Cases de Embalagem.

O que oferecemos ao setor é mais informação com valor agregado.

Page 71: Revista EmbalagemMarca 105 - Maio 2008

Depois do sucesso do Seminário Estratégico

“Embalagens Flexíveis: da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda”,

vem aí

Sustentabilidadepróximo movimento do Ciclo de Conhecimento.

Mais informações: [email protected]

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72 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

INTERNACIONAL

nstituição nos países ao leste da antiga Cortina de Ferro, a vodca desbancou o uísque e hoje, quem diria, é a bebida destilada preferida nos Estados Unidos, registrando

vendas no varejo que já triscam os 400 milhões de litros anuais. Vice-líder desse mercado, só perdendo em popularidade para a cosmopo-lita Smirnoff, da Diageo, a vodca americana McCormick acaba de descortinar aquela que é brandida como a primeira garrafa de PET para destilados no mundo a incorporar alça (a ameri-cana Ocean Spray já utiliza embalagem similar para acondicionar sucos). Fruto de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, a embalagem, para 1,75 litro de bebida, é produzida pela Amcor PET Packaging, multinacional australiana com forte atuação no Brasil.

De acordo com Jim Zargo, presidente e dire-tor de operações da McCormick Distilling, a embalagem com cavidade para manuseio surgiu como um insight para garantir diferenciação na cada vez mais concorrida faixa de vodcas eco-nômicas do mercado americano. “Precisávamos nos diferenciar nessa categoria”, comenta Zargo. Sabendo da impossibilidade de se soprar uma alça diretamente a partir de uma preforma de PET convencional, a destilaria chegou a cogitar o uso de um puxador do tipo clip-on independente, para ser acoplado à garrafa. No entanto, a peça de encaixe foi reprovada nos testes de suporte ao peso do produto. A McCormick decidiu então consultar a Amcor PET Packaging, que encam-pou o projeto como desafio.

Dois pontos críticosEstudando a idéia do cliente, a transformadora realizou diversos testes que aprovaram a junção

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Carregarnão é doseVodca americana inovaao adotar garrafão de PETcom alça plástica encravada

de uma alça de polipropileno, dotada de ranhuras para garantir pega firme, ao corpo de uma gar-rafa de PET. Dois pontos críticos tiveram de ser solucionados: o posicionamento perfeito da peça no interior do molde de sopro e o aquecimento prévio da preforma, para a correta união dos com-ponentes. “Sem estes cuidados a alça pode não ser ‘capturada’ pela garrafa, ou esta corre o risco de sofrer perfurações”, explica Jonathan Jarman, engenheiro técnico da Amcor americana. “É um trabalho de dificílima execução”.

Com jogo de cintura, a transformadora mon-tou um aparato exclusivo para a garrafa, com um robô dedicado ao posicionamento milimétrico das alças (pick and place) acoplado a um equi-pamento de moldagem do tipo reheat/blow espe-cialmente construído para o projeto.

A engenhosa solução agradou em cheio à McCormick. Zargo evita fornecer números, mas assegura que os consumidores americanos estão reagindo favoravelmente à nova garrafa. “Como nós já observamos incremento nas vendas, iremos ampliar a distribuição do produto”, diz o dirigente da destilaria. (GK)

Amcor PET Packaging(11) 4589-3000www.amcor.com

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ÃOAlça da McCormick:

aplicação meticulosa, com auxílio de robô

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74 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

EVENTOS

Regionalização consolidadaFeiras locais de embalagem, como a Embala Minas, atraem cada vez mais público

uma vertente contrária à realização de feiras internacionais, de dimen-sões gigantescas – como Emballage (Paris), Interpack (Düsseldorf) e Tokyo Pack (Tóquio), para citar

exemplos relativos ao setor de embalagem –, vem se firmando no Brasil a regionalização desse tipo de evento. A própria dimensão continental do país seria um dos motivos dessa tendência, na opinião de Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield Business Promotion, responsável pela realização de duas feiras regionais da área do packaging, situadas no âmbito do Programa Embala: a Embala Nordeste e a Embala Minas, que se realizam anualmente em Olinda (PE) e em Belo Horizonte, respectivamente. A mais recente edição da Embala Minas, em abril último, reuniu 250 expositores e recebeu mais de 12 000 visitantes, no que Pereira considera “uma firme demonstração de consolidação de mais uma feira regional no Brasil”.

Não significa que as feiras de grande porte, tanto internacionais quanto nacionais, promovidas nos grandes centros, deixarão de ser eventos de tendências. Possivelmente se fortalecerão, sobre-tudo se consolidarem a inclinação de dilatação de sua periodicidade, uma crescente reivindicação de expositores e visitantes. Nesse caso, como já vem ocorrendo, as feiras regionais passam a ter papel complementar e de estímulo a relacionamentos mais próximos e mais intensos entre as partes interessadas em negócios que se enquadram nos focos específicos dos eventos.

O diretor da Greenfield exibe dados de levan-tamento feito pela empresa em eventos locais por ela organizados e nos de outros promotores para embasar suas afirmações. Segundo ele, em passa-do recente, empresas situadas em regiões distantes dos centros em que se realizam grandes feiras tradicionais enviavam em média quatro ou cinco visitantes para representá-las. “Hoje mandam no máximo um, enquanto para os eventos que ocor-rem em suas regiões enviam os mesmos cinco e

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Mais de 12 000 pessoas visitaram os 250 expositores da Embala Minas

mais oito ou dez”, ele compara. “Só da Fiat recebe-mos a visita de 28 pessoas da área de embalagem (de autopeças), e da Vilma Alimentos, 35”, conta Pereira. Para reforçar sua argumentação, o executi-vo reproduz depoimento de João Ferreira Cardoso, diretor do Café Letícia, de Montes Claros (MG), depois de fechar negócio no estande da Plaslíder: “Na Embala Minas, em curto espaço de tempo contatei inúmeros fornecedores e resolvi um pro-blema de meu processo de produção que queria resolver há muito tempo”, teria dito Cardoso. “A feira amplia meu horizonte.”(WP)

Próximas feiras regionaisna área de embalagemVeja algumas mostras relacionadas à cadeia produtiva de embalagens que se realizarão nos próximos meses no Brasil

Ffatia – Goiânia, GO – 28 a 31/10/2008

Embala Nordeste – Olinda, PE – 18 a 21/8/2008

Feipack – Rio de Janeiro, RJ – 6 a 9/8/2008

Fispal Nordeste – Olinda, PE – 4 a 7/11/2008

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11º ENCONTRO NACIONAL DECONVERTEDORES DE ETIQUETAS ADESIVAS21 a 24 de Agosto de 2008ECO RESORT ANGRA DOS REIS

Obter uma visão global do mercado de rótulos e etiquetas auto-adesivas; Oportunidade de estar em contato direto com fornecedores do segmento de auto-adesivo; Trocar idéias e confraternizar com seus companheiros do setor; Assistir palestras com renomados profissionais; Participar da entrega do “1º Prêmio ABIEA – Excelência em Etiquetas e Rótulos Auto-Adesivos”

PACOTE INCLUI: 4 DIAS E 3 PERNOITES (Sistema all inclusive) PALESTRAS ATIVIDADES ESPORTIVAS E RECREATIVAS

VALOR DO PACOTE POR PESSOA (EM APTO. DUPLO) Até 15 de julho Após 15 de julho Até 15 de julho Após 15 de julhoSócios Efetivos (Convertedores) R$ 1.200,00 R$ 1.350,00 Não Associados (Convertedores) R$ 1.500,00 R$ 1.700,00Sócios Solidários (Fornecedores) R$ 1.800,00 R$ 2.000,00 Não Associados (Fornecedores) R$ 2.500,00 R$ 2.800,00

Para reserva de apto. single, triplo ou para menores de 12 anos, consulte a TRISTAR TURISMO.Informações pelo telefone: (11) 3016-1411, com Sr. Pedro Angelini ou pelo e-mail: [email protected]

Jules H. M. Lejeune - Diretor Executivo da FINAT Palestra: “Panorama internacional da indústria de rótulos e etiquetas adesivas”

Steven Dubner - Fundador e coordenador geral da ADD - Associação Desportiva para Deficientes Palestra: “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez”

Raúl Candeloro - Fundador da Editora Quantum é o coordenador das Revistas Motivação em Vendas e Liderança em Vendas, da Newsletter Gestão em Vendas, e também do site www.vendamais.com.br. Palestra: “Liderança em Vendas”

Cesar Romão - Jornalista, conferencista, escritor, pesquisador de assuntos comportamentais e de mercado Palestra: “Transformando Estratégias em Resultados”

VOCÊ IRÁ DEIXAR PASSAR ESTA OPORTUNIDADE?

PALESTRAS:

PATROCINADORES (até 20/05/08):

Apoio:

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76 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

Alphacolor (11) 4195-3131www.alphacolor.com.br

Indeplast (11) 6806-5000www.indeplast.com.br

MN Design (11) 2345-6644www.mndesign.com.br

A Herbalife, conhecida por vender produtos para redu-ção de peso, aumenta sua linha Soft Green de cuidados pessoais: sabonete líquido para o corpo, óleo de banho hidratante e creme hidratan-te para o corpo. O óleo de banho e o sabonete líquido são acondicionados em fras-cos de PET supridos pela Bompack, com tampas de polipropileno (PP) fornecidas pela Herplast e pela Bral Max. A decoração em serigrafia é feita pela Cour’Screen. O creme hidratante é comercia-

lizado em bisnagas de polie-tileno (PE), com tampas do mesmo material, produzidas

pela C-Pack. O layout das embalagens é assinado pela Pande Design.

Além do emagrecimentoHerbalife diversifica linha para cuidados pessoais com amplo mix de embalagens

Bompack(11) 4044-5055www.bompack.com.br

Bral Max (24) 2243-2911www.bral-max.com.br

C-Pack (11) 5547-1291www.c-pack.com.br

Cour’Screen Serigrafia (11) [email protected]

Herplast (47) 3203-7000www.grossplast.com.br

Pande Design (11) 3849-9099www.pande.com.br

Manuseio facilitadoFrascos ergonômicos destacam o sabonete líquido Nuss, da Davene

A Davene coloca no mer-cado o sabonete íntimo líquido Nuss nas versões Rose, Purple e Green. Os frascos de polietileno de alta densidade (PEAD) têm formato que facilita a pega. As embalagens, fechadas com tampas de polipropileno (PP), são produzidas pela Indeplast. Os rótulos auto-adesivos de poli-propileno biorientado (BOPP) que decoram os frascos são impressos pela Alphacolor. O projeto gráfico das embalagens é assinado pela MN Design.

LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDISPLAY

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77EmbalagemMarcamaio 2008www.embalagemmarca.com.br

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]

A granel, mas embaladoChá verde “solto”, sem saquinhos, estréia no mercado em pacote com caixinha

Depois de lançar chá verde em saquinhos para infusão e nas variedades prontas para consu-mo Green Tea, a Matte Leão promove a estréia daquele que é anuncia-do como o primeiro chá verde vendido a granel no mercado nacional. A novidade é apresentada em cartucho de papel cartão com projeto grá-fico da KommDesign e confeccionado pela Magistral Impressora. Uma bolsa transparente de polietileno de alta densidade (PEAD), produzida na própria linha de empacotamento automático da Matte Leão, serve de embalagem primária para os 150 gramas de chá contidos na caixinha.

Os biscoitos Teens, da Marilan, chegam ao varejo com nova apresentação. A empresa mudou as fórmu-las e as embalagens dos produtos. As guloseimas agora são acondiciona-das em bolsas de PET e polipropileno (PP) capazes de ficar em pé, fornecidas pela Santa Rosa Embalagens (versão 110 gramas) e pela Zaraplast (40 gramas). O layout das embalagens foi desenvolvido pela Quest Comunicação

Mais visibilidade nas gôndolasBiscoitos são reposicionados com bolsas que ficam em pé

KommDesign(41) 3029-2131www.kommdesign.com.br

Magistral Impressora(11) 2141-6600www.magistralimpressora.com.br

Quest Comunicação Total(18) 3322-4740www.quest.com.br

Santa Rosa Embalagens (11) 3622-2300www.santarosaembalagens.com.br

Zaraplast(11) 3952-3000www.zaraplast.com.br

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78 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

CSI Closures(11) 4134-2500 www.csiclosures.com

Gráfica Adonis(19) 3471-5600 www.graficaadonis.com.br

Scodro(16) 2101-4949 www.scodroembalagens.com.br

Zauberas & Associados(11) [email protected]

A fabricante de cosméticos Julie Burk coloca no mercado loção hidratante e sabonete líquido em frascos de poli-propileno (PP), fornecidos pela

Bompack. Decoradas com rótulos auto-adesi-vos de polipropileno bio-

rientado (BOPP) impres-sos pela Seriprint, as embalagens têm

válvulas pump de PP supridas pela Master Pumps. O design foi criado pela própria Julie Burk.

PP para higieneJulie Burk amplia portfólio

Quatro produtos surgem para aumentar a família de salgadinhos Yokitos, da Yoki Alimentos. A linha Batatas na Brasa estréia nas versões Calabresa, Costela e Frango. Já o Yokitos Nacho, em embalagem predo-minantemente negra, surge como opção de tortilha com sabor de queijo da empresa. As flow packs que acondicionam os qua-tro lançamentos, estruturadas em filme de polipropileno biorientado (BOPP) mais filme de BOPP metalizado, são produzidas na fábrica de embalagens da Yoki em Cambará (PR). Os desenhos das embalagens são da Zauberas & Associados.

Mais quatro integrantesYoki introduz no mercadonovos salgadinhos em flow pack

Bompack (11) 4044-5055 www.bompack.com.br

Master Pumps (11) 4072-5353www.masterpumps.com.br

“Biodiversidade” em bebidasBioleve lança água saborizada, isotônico e chá verde

A Bioleve aposta em novos segmentos e lança a água saborizada Bioflavor, o isotônico Biosport e o chá verde com limão Biogreentea, acondicionados em garrafas de PET sopradas pela própria empresa. As tampas de polipro-pileno (PP) são fabricadas pela CSI Closures (Sport Lok para o isotônico). Os rótulos wrap-around de polipropileno biorientado (BOPP) da água e do isotônico são impressos pela Scodro. As garrafas do Biogreentea têm rótu-los de papel fornecidos pela Gráfica Adonis. O design foi criado pela Bioleve.

Seriprint (41) 3014-4002

LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDISPLAY

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79EmbalagemMarcamaio 2008www.embalagemmarca.com.br

Fácil de abrir. E de fecharMentos tem cartuchos com tampas flip top

Os confeitos Mentos, da Perfetti Van Melle, são agora acondicionados em novos modelos de cartuchos de papel cartão com abertura flip top. O Mentos Slim apresenta um cartucho mais estreito que o modelo tradicional utilizado pela marca, e tem abertura na parte superior. Já o Mentos Teens, voltado ao público adolescente, tem cartucho delgado com abertura lateral na parte superior. Os dois novos modelos de car-tuchos trazem inscrições em braile na parte traseira. Com design criado pela italiana Selection seguindo o padrão global da marca, as embalagens são produzidas pela Rigesa.

A Polenghi lança uma versão de Cream Cheese no sabor Light Fibras e Cálcio. O produto é acondicionado em potes de polipropileno (PP) moldados e impressos em dry-offset pela Poly-Vac. As tampas de PP transparente, também produzidas pela Poly-Vac, deixam visível o selo de alumínio do produto, impresso em rotogravu-ra pela Shellmar. O design gráfico foi criado pela Sart Dreamaker, que também se responsabilizou pela reformulação das apresentações dos sabo-res Light e Soft dos cream cheeses da Polenghi, uniformizando a identidade visual da linha.

Cremosidade no potePote de PP destaca novo cream cheese

Poly-Vac (11) 5693-9988www.polyvac.com.br

Sart Dreamaker (11) 2117-4600 www.sdgroup.com.br

Shellmar (11) 4128-5200www.shellmar.com.br

Rigesa(19) 3881-8800www.rigesa.com.br

Selection www.selection.it

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80 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Anunciante Página Telefone Site

ABIEA 75 (11) 3288-0508 www.abiea.org.brAmazon Coding 41 (11) 3133-7666 www.amazoncoding.com.brArmor 25 (92) 4009-3555 www.armor-brasil.comBauchCampos 63 (11) 4785-2500 www.bauchcampos.com.brBericap 11 (15) 3235-4500 www.bericap.comBetim Química 49 (31) 3358-8500 www.betimquimica.com.brBIC Label 53 0800 260 434 www.biclabel.com.brBraga 67 (19) 3897-9720 www.braga.com.brBrasilata 33 (11) 3871-8500 www.brasilata.com.brBraskem 39 (11) 3576-9000 www.braskem.com.brCobrirel 79 (11) 6291-3155 www.cobrirel.com.brComprint 17 (11) 3371-3371 www.comprint.com.brDuPont 15 0800 7739 105 www.cyrel-la.dupont.comEasy Pack 79 (11) 4582-9188 www.easypack-brasil.com.brEMCR 47 (11) 5934-3183 www.emcrinducao.com.brFispal 73 (11) 3234-7725 www.fispal.comFrasquim 79 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.brGreenfield 68 e 69 (11) 3567-1890 www.embalaweb.com.brIndemetal 55 (11) 4013-9600 www.indemetal.com.brIndexflex 9 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.brInnovia Films 37 (11) 5053-9948 www.innoviafilms.comKromos 29 (19) 3879-9500 www.kromos.com.brLamipack 13 (49) 3563-0033 www.lamipack.com.brLimer-Cart 21 (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.brMack Color 3ª capa (11) 2095-4499 www.mackcolor.com.brMarkem-Imaje 19 (11) 5641-8949 www.markem-imaje.comMetrolabel 35 (11) 3603-3888 www.metrolabel.com.brMoltec 79 (11) 5523-4011 www.moltec.com.brNovelprint 77 (11) 3760-1500 www.noveltech.com.brPrakolar 42 e 43 (11) 2291-6033 www.prakolar.com.brPropack 77 (11) 4785-3700 www.propack.com.brQualy Print 45 (11) 4071-1782 www.qualyprint.com.brRami 65 (11) 4587-1100 www.ramiprint.com.brRio Polímeros 23 0800 707 8898 www.riopol.com.brSet Print 77 (11) 2133-0007 www.setprint.com.brSIG Combibloc 2ª capa (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasilSonoco For-Plas 5 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.brSoproval 37 (19) 3881-8111 www.soproval.com.brSuzano 7 e 31 0800 722 7008 www.suzano.com.brTetra Pak 4ª capa (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.brTom-B 61 (11) 3255-7214 www.tom-b.euTyrex 27 (11) 3612-4255 www.tyrex.com.brVideojet 57 (11) 4689-8800 www.videojet.com

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Jorge Luiz Salvador, Diretor Comercial e Jorge Antonio B. Salvador, Diretor Administrativo

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.

www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533(11) 3603-3888www.metrolabel.com.br

Quando criamos a Metrolabel para produzir rótulos termoencolhíveis,

sabíamos que seria necessário fazer um trabalho forte para comunicar

os pontos a que a indústria usuária deve estar atenta para ter um produto

com alta qualidade. O mercado brasileiro de termoencolhíveis está

passando por um processo de amadurecimento e melhora contínua,

liderado pelos grandes fabricantes de bens de consumo. Como a

revista EmbalagemMarca circula entre os principais formadores de

opinião e tomadores de decisão sobre embalagens, a escolha da

revista para veicular nossos anúncios foi natural.

(11) 3603-3888

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AlmanaqueAlmanaque

82 EmbalagemMarca maio 2008www.embalagemmarca.com.br/almanaque

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Madeixas à mostraLançado em 1925 nos Estados Unidos pela Lever Brothers (Unilever), o sabonete Lux che-gou ao Brasil em 1932 como Lever, pois a marca Lux já existia no país. Somente em 1963 o sabonete assu-miu sua identidade internacional. Na déca-da de 1930, a marca lançou uma campanha publicitária que durou até meados de 1980: “Nove entre dez estre-las de Hollywood usam Lux (no Brasil Lever)”. Os anúncios tiveram como garotas-propagan-da atrizes famosas do cinema, como Sophia

Loren, Elizabeth Taylor e Brigitte Bardot. A primeira sul-ameri-cana a estrelar a campanha foi Carmen Miranda. Publicado em O Cruzeiro em 6 de agosto de 1955,

o reclame é o único em que Carmen mostra os cabelos, sem o turban-te que fazia parte de sua fantasia de baiana. Curiosamente, a cantora não viu o anúncio, já que a revista circulou um dia após sua morte. Na época, sabonetes eram acondicionados em invó-lucros de papel comum: em 1961, Lux foi o primeiro a utilizar papel laminado na embalagem.

“Chá” de carne abençoadoNa guerra franco-prussiana (1870-1871), o imperador Napoleão III encomendou ao escocês John Lawson Johnston 1 milhão de latas de carne para alimentar as tropas francesas. Como não havia vacas em número suficiente na Europa para atender ao pedido, Johnston criou um xarope concentrado, chamado de “carne fluida”, que diluído em água quente dá origem a uma bebida fortificante. Anos depois, o produto foi rebatizado de Bovril, palavra inspirada no latim bovis, que significa boi, e em vril, nome inventado pelo escritor Edward Bulwer-Lytton no romance “A raça futura”, sobre humanóides que con-trolavam mentes graças a um líquido

chamado vril. A marca, que hoje pertence à Unilever, é uma das únicas que teve um Papa como garoto-pro-paganda. No início do século XX, um cartaz britânico mostrava Leão XIII sentado em seu trono segurando uma xícara do “chá”. No anúncio, a frase: “Os dois poderes infalíveis: o Papa e Bovril”. O produto sempre foi acondi-

cionado em frascos com o formato de bulbo – inicialmente de vidro, depois de plástico. O Bovril “beef tea” é vendido na Inglaterra, na Espanha, na Malásia, em Cingapura e na China.

OK, você perdeuLançado pela Coca-Cola em 1994, o refri-gerante OK apostou suas fichas no público consumidor de “culturas alternativas”. O nome foi escolhido depois de pesquisa cons-tatar que Coke era a segunda expressão mais reconhecida no mundo, em todas as línguas. A primeira era OK. A empresa decidiu então lançar a marca. A latas tinham desenhos de Daniel Clowes e Charles Burns, cartunistas underground. No verso havia trechos do “Manifesto OK”, uma ode à contracultura. A estratégia não foi bem aceita pelo público, que considerou hipocrisia a Coca-Cola se voltar contra o “establishment”. Em 1995, a produção do refrigerante foi descontinuada.

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