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www.embalagemmarca.com.br FALSIF AÇÃO C I Os piratas não dão sossego às marcas. Saiba como as embalagens podem combatê-los ENTREVISTA: Presidente da Abimaq fala dos problemas e dos projetos do setor de máquinas MARCAS PRÓPRIAS Cosméticos do Pão de Açúcar apostam em visual sofisticado BISNAGAS Selagens diferentes podem mudar a cara do mercado

Revista EmbalagemMarca 108 - Agosto 2008

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Edição de agosto de 2008 da revista EmbalagemMarca. Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 108 - Agosto 2008

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Saiba como as embalagens podem combatê-los

ENTREVISTA: Presidente da Abimaq fala dos problemas e dos projetos do setor de máquinas

MARCAS PRÓPRIASCosméticos do Pão de Açúcar apostam em visual sofi sticado

BISNAGASSelagens diferentes podem

mudar a cara do mercado

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}}} A ESSÊNCIA DA EDIçãO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOReDITorIal

Público-Alvo

EM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per-vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com

o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indús-trias de bens de consumo, tais como alimentos,

bebidas, cosméticos e medicamentos.

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da

Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040São Paulo, SP

Tel.: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

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Filiada ao

Filiada à

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é resguar da do por di rei tos au to rais. Não é

per miti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões

ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

Diretor de Redação: Wilson Palhares | [email protected]

Reportagem: [email protected] Augusto | [email protected]

Flávio Palhares | [email protected] Kamio | [email protected]

Marcella Freitas | [email protected] de arte: [email protected]

Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] de arte: José Hiroshi Taniguti | [email protected]

Administração: Eunice Fruet | [email protected]

Marcos Palhares | [email protected] Comercial: [email protected]

João Tichauer | [email protected] Lenz | [email protected]

Karin Trojan | [email protected] Ferreira | [email protected]

Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): [email protected]

Ciclo de Conhecimento: Ivan Darghan | [email protected]

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Coisas que fazem a diferençaa fase de encerramento dos trabalhos da presente edição da revista, fazen-do um balanço preliminar do andamento do PrÊmIO

EmbalagEmmarca – graNDES caSES DE EmbalagEm, cujo encerramento de inscri-ções ficou estabelecido para 22 de agosto, tivemos mais um motivo para acreditar em nosso trabalho. Embora a data final para inscrições ainda estivesse distante, o número de cases apresentados era muito expressivo. Parece ser uma agradável tendência, que vai na mão contrária do velho hábito brasileiro de deixar as coisas para a última hora.

Ainda que sejamos daquele tipo de otimistas que levam ao pé da letra a máxima de que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, permitimo-nos acreditar que esta edição do Prêmio superará o êxito da edição inaugural. Dadas as consultas que vêm recebendo, os organizadores do evento prevêem que o amplo auditório da Fecomercio, em São Paulo, será completamente ocupado pelos interessados em assistir à apresentação dos cases escolhidos pelos jurados. Para que a festa não se limite à cerimônia de premiação, ao coquetel e ao jantar, estão tomando providências para que ela seja uma reunião o mais produtiva possí-vel entre empresários e profissionais da cadeia produtiva de embalagem.

NA intenção é que fornecedores, trans-

formadores e usuários de embalagens troquem experiências e informações, num clima ameno e festivo. A fim de que tal objetivo seja alcançado, atrações artísti-cas não entram na programação. Entende-mos que o tempo de todos é curto e, por isso, procuramos otimizá-lo, promovendo uma celebração focalizada efetivamente na homenagem e no incentivo ao for-talecimento do packaging brasileiro. O Prêmio é hoje uma importante ferramenta na missão de transformar informação em conhecimento, que a Bloco de Comuni-cação se impôs já em sua fundação, 21 anos atrás. Outro instrumento desse alvo são os Seminários Estratégicos integran-tes do cIclO DE cONHEcImENTO, do qual o próximo, em 14 de outubro, será o de Sustentabilidade em Embalagens.

Trabalhar pelo fortalecimento dessa cadeia, não custa reiterar, é um dos com-promissos a que dedicamos o melhor de nosso empenho nos últimos dois decê-nios. Assim, embora sendo EmbalagEm-marca a mais nova – e mais inovadora – das revistas da área, o corpo jornalístico da editora é o que há mais tempo atua efetivamente na especialidade. É uma experiência acumulada que, acreditamos, também contribui para fazer a diferença.

Até setembro.

Wilson Palhares

“Levamos ao pé daletra a máxima de que

cautela e caldo degalinha não fazem mal

a ninguém, mas acreditamos que esta

edição do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA

superará o êxito da edição inaugural”

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4 EmbalagemMarca agosto 2008

Artigo 16Para Sterling Anthony, embalagem é o componente mais tangível da Budweiser, comprada pela InBev

sumário }}} Nº 108 }}} agosto 2008

Cinco perguntas paraKaroline Lankoski, modelo e apresentadora de programa

ambiental que criou uma linha de cosméticos naturais e chás

Reportagem de capa: Pirataria 22Enquanto a pirataria se globaliza, também se acentuam os avanços nos métodos antifalsificação de embalagens, para proteger as marcas

Internacional 72Inovação inglesa para leite junta garrafa feita com polpa de papel reciclado e bolsa biodegradável

Prêmio EmbalagEmmarcaSegunda edição do prêmio concedido aos grandes cases de embalagem ultrapassa as 170 inscrições

CervejasCom garrafa retornável de 1 litro, Skol busca avançar

no consumo doméstico

40

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Entrevista: Luiz Aubert Neto32

Presidente da Abimaq, do setor de máquinas, questiona a sobrevivência da

indústria nacional de bens de capital

30

Higiene Pessoal 14A linha de lenços de papel Kleenex estréia caixas que servem também como porta-retratos

Plásticas

Higiene pessoal e beleza

Cada vez mais diferenciado, o corte das selagens vem dar

personalidade às bisnagas

Embalagens de nova linha infantil da Natura se transformam em brinquedos “ecologicamente corretos”

52

Lynn DornblaserPesquisadora do Mintel

pinça exemplos de apresentações inovadoras

66

48

InternacionalGarrafa de PET para azeite

procura imitar garrafa de vidro

71

Marcas próprias 62A Taeq, do grupo Pão de Açúcar, lança uma linha de beleza com fórmulas exóticas e embalagens exclusivas

70Ciclo de ConhecimentoApontar caminhos, o objetivo do Semi-nário Estratégico de Sustentabilidade na área de Embalagem, preparado para outubro

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www.embalagemmarca.com.br

3EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

6Espaço abertoOpiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

44PanoramaMovimentação do mundo das embalagens e das marcas

56Painel gráficoProdutos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

74DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

8Só na webO que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal levam aos internautas

82AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

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6 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORESespaÇo aberToespaÇo aberToespaÇo aberTo

Robôs

Com relação ao artigo “A lógica versus a situação”, gostaríamos de informar que a Pavax é pioneira na distribuição oficial dos robôs Fuji-Ace para o Brasil.A Fuji não trabalha com representantes exclusivos, e temos um contrato de distri-buição assinado com eles desde 2007. Dife-rentemente de outros no mercado, a Fuji somente fabrica os robôs, não fazendo inte-gração. Somos responsáveis tecnicamente pelos sistemas, inclusive desenvolvendo atuadores e transportadores na maioria dos casos.

Marcos V. X. da SilveiraDiretor – Pavax

Barueri, SP

Sou espanhol, de Barcelona, e traba-lho para a empresa norte-americana RAM Mechanical Inc. Fabricamos linhas de pro-dução automatizadas principalmente para a indústria de engarrafamento. Utilizamos os robôs para as aplicações de paletes de gar-rafas. Leio EmbalagEmmarca mensalmen-te e desejo parabenizá-los pela reportagem de capa da edição 107 (“A lógica versus a situação”). Excelente!

Gervasio LópezBarcelona, Espanha

Multipacks

Quero parabenizar a revista pela matéria sobre multipacks econômicas para cervejas e fazer uma observação. Foi citado que a inovação no sistema de venda de cerveja

no varejo começou com o lançamento, pela AmBev, do pack de 18 latas da Skol em 2007. Na verdade, o processo teve inicio no segundo semestre de 2006. A Ladal (fornecendo o filme) e a BR Ind. e Com. de Embalagens Plásticas Ltda. (co-packer) possibilitaram o projeto que, naquele momento, consistiu em proporcio-nar ao cliente que mensurasse os resultados sem nenhuma alteração em suas linhas de produção. Aliás, naquela ocasião a AmBev lançou simultaneamente packs de 15 e de 18 latas, todos feitos por Ladal e BR. De acordo com a receptividade do consumidor, a AmBev optou por promover adaptações nas suas linhas para o item com 18 unida-des. Ou seja, foi um tiro certeiro, conforme mostrou a matéria da edição de julho.

Roberto A. LacerdaDiretor

Ladal Plásticos e Embalagens Ltda.Rio Claro, SP

Viajar impreciso

Vimos, por meio desta, agradecer à equi-pe de redação e edição da Revista Emba-lagEmmarca sobre a excelente matéria publicada na reportagem de capa da edição 106 (junho 2008) com o título “Viajar Impreciso – Embalagens compactas de produtos de higiene pessoal e beleza têm amplo espaço para crescer no Brasil”. A equipe da C-Pack parabeniza a revista por sua postura transparente, focando o merca-do e seus fornecedores em geral.

Janice Minef da SilveiraAssessora Executiva de Marketing

C-Pack Creative Packaging S.A.São José, SC

Sempre atual

Sou venezuelana e vivo em Rochester, Nova York. Escrevo para felicitá-los pela revista EmbalagEmmarca, que leio desde que é publicada a versão em espanhol. Tra-balho em uma indústria de embalagens e sou gerente de produção. A revista é muito didática e muito informativa. É algo com que hoje não posso deixar de contar para poder me atualizar sobre o que acontece no mercado de embalagens do Brasil e da

América Latina. Sigam em frente.Natalia Diaz

Rochester, Nova York (EUA)

Design de Chronos

A reportagem intitulada “Com travas móveis”, sobre a linha Chronos, Flavo-nóides de Passiflora, da Natura (Embala-gEmmarca nº 106, junho de 2008), traz a informação inverídica de que a Nó Design foi quem criou o design da embalagem. Na verdade, essa agência não participou de nenhuma fase do projeto. O design da embalagem e a solução técnica foram 100% desenvolvidos pela Natura, em par-ceria com a Incom. Isso se trata de uma apropriação indevida dos créditos de cria-ção. Gostaria de saber como esta informa-ção chegou a vocês.

Rômulo ZamberlanCoordenador de

Inovação em EmbalagensNatura

Cajamar, SP

Na reportagem está dito que o mérito do desenvolvimento da embalagem é dividido entre a agência e a empresa. Literalmente: “O projeto da embalagem foi criado pela Nó Design em conjunto com a Natura”. A informação de que a Nó Design teria participado do desenvolvimento foi obtida no site daquela empresa (www.nodesign.com.br).

Vitacarta

Gostamos muito da reportagem “Fácil de guardar e de visualizar”, publicada na edição número 107 de EmbalagEmmarca. As novas embalagens dos cereais matinais Kellness ficaram bonitas, com sistema de fechamento criativo e eficiente. O papel cartão utilizado nas embalagens é o Vita-carta 350g/m², da Papirus Indústria de Papel S/A. Na reportagem o produto saiu com o nome de Vidacarta. Solicito a cor-reção.

Amando VarellaDiretor Comercial

Papirus Indústria de Papel S/ASão Paulo, SP

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8 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

internacional

Garrafas temáticas de alumínio

Panorama

Polo Films estréia novo site

só na web

Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da revista levam aos internautas

RECEBA A E-NEWSLETTER SEMANAL DE EMBALAGEMMARCAVisite www.embalagemmarca.com.br/newsletter

e cadastre seu e-mail. Nosso boletim eletrônico, gratuito, é publicado todas as quintas-feiras.

A Coca-Cola, uma das empresas patrocinadoras das Olimpíadas, apresenta uma série limitada de embalagens em comemoração aos Jogos Olímpicos. A novidade, batizada de WE8 – União de Dois Mundos, é composta por oito garrafas de alumínio com os temas Felicidade, Perseverança, Paz Mundial, Momentos Alegres, Otimismo, Mundo Saudável, Harmonia Global e Solidariedade. Cada versão circula em um país. O Brasil recebe a variante Harmonia Global, com design da chinesa Xiao Xue.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/we8

A Polo Films, empresa fabricante de filme de polipropileno bio-rientado (BOPP), estréia novo site (www.polofilms.com.br). A empresa, que faz parte da Unigel Química S/A, possui duas uni-dades fabris e é a única produtora de BOPP na América Latina a dominar duas tecnologias de produção, tubular e plana.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/novositepolo

A Elegê apresenta ao mercado a Polpa Elegê nos sabores mix de mamão com laranja com morango e ameixa e morango. O design das embalagens é da Packing Design. As bandejas de poliestireno (PE) são fornecidas pela PLM Plásticos e os selos de alumínio pela Graffo Paranaense.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/elegepolpa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu con-sulta pública para atualização de resolução que estabelece os critérios para os corantes utilizados em embalagens e equipa-mentos plásticos que entram em contato com alimentos. As contribuições para a consulta pública podem ser enviadas até o dia 20 de outubro pelo e-mail [email protected] mais em www.embalagemmarca.com.br/anvisacorantes

Display

Elegê lança polpa de frutas

Normas

Anvisa discute corantes em embalagens

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para Karoline Iankoski perguntas

á cerca de quatro anos, o êxito e a relativa fama que vinha obtendo como modelo fotográfico da agência Mega abriu para a jovem Karoline Iankoski a oportunidade de tornar-se apresen-tadora do programa sobre ecologia e esportes

radicais Eco Brasil, gravado pela TV Sul em Florianópolis e transmitido para os Estados do Sul do país. Na tevê Karoline ia igualmente bem, mas o acúmulo de duas carreiras obrigou-a a trancar matrícula no curso de Arquitetura da Universidade Unisul, quando se encontrava a um ano e meio da conclusão.

A inclinação natural que tinha por conhecer temas relacio-nados ao bem estar, acentuada nas entrevistas do programa ambiental e no obrigatório contato com produtos de beleza em viagens como modelo pelo Brasil e pelo exterior, aguçou-se

quando conheceu mais a fundo as propriedades cosméticas da soja. Isso se deu quando conheceu aquele que hoje é seu marido, o empresário Rodolfo Rohr Neto, diretor da

SóSoja, uma produtora de leite e alimentos derivados daquela leguminosa, localizada em Caldas Novas, Goiás.

Não demorou para que Karoline, com o auxílio de cientistas e especialistas da área de cosméticos, decidisse desenvolver produtos no mínimo seme-lhantes àqueles que tinha de usar para posar para as fotos ou para maquiar-se ao enfrentar as câme-ras da TV Sul. Recentemente ela lançou a marca Clini, iniciando com uma linha de cuidados pessoais (cremes, xampus e condicionadores) e

acaba de lançar uma linha de chás, todos pro-duzidos de forma terceirizada pela Naturelle. Aqui ela diz fazer questão de acentuar que “o Brasil é um país de empreendedores porque é um país de oportunidades”. Com base em sua experiência, Karoline diz que “vale a pena ousar”.

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11EmbalagemMarcaagosto 2008www.embalagemmarca.com.br

complementos, e pronto. Nos meus produtos tem óleo de macadâmia, óleo de soja, proteína hidrolisada de soja, tem vitamina E, ou seja, é um produto consistente, bem forte, que funciona. Quem usa sente a maciez e o brilho na pele ou no cabelo.

Além dos ingredientes, existe algum ponto forte que a leve a acreditar tanto em seus produtos?

Sim. É a embalagem. Com a ajuda da Sara (de Paula Souza), da Hi Design, escolhi uma bisnaga standard, porque ela pode me atender tanto para o xampu quanto para o condicionador, com rótulo auto-adesivo no-label look – aquele que simula a impressão feita diretamente sobre a superfície da embalagem – e detalhe em hot stamping. Como a Clini começa com a produção de lotes reduzidos em cada linha, até porque ainda não é bem conhecida no mercado, houve um problema no fornecimento, pois os lotes eram pequenos. Assim, ou paga-va um pouco mais caro ou fazia um lote maior. Preferi pagar um pouco mais caro, mas lançar um produto bom em um lote menor. Conseguimos fazer uma embalagem bonita, que transmite qualidade, a idéia de um bom produto. A aceitação do público está sendo muito boa.

onde os produtosestão sendo colocados?

Por enquanto, no Museu da Soja, uma estrutura que fica no mesmo terreno da fábrica da SóSoja. O Museu da Soja tornou-se um ponto turístico da cidade de Caldas Novas. Passam por lá de 300 a 700 pessoas por dia. É um ponto no qual realmente pude fazer um teste e teve aceitação. As pessoas voltam e estão pedindo por telefone e por e-mail.

Você está lançando uma linha de chás e já anunciou que pretende lançar uma linha de tratamento corporal, para prevenir o enve-lhecimento e as rugas e também um creme

para celulite, à base de óleo de café. Além do princípio dos ingredientes naturais, que atributos desta-caria nesses produtos?

As embalagens. O que busquei foi que tivessem a pro-priedade de agregar valor sem, necessariamente, aumentar muito o preço unitário para o consumidor final. Sem boas embalagens não adianta oferecer o melhor produto do mundo.

“Preferi pagar um pouco

mais caro, mas lançar um

produto bom em um lote

menor. Conseguimos fazer

uma embalagem bonita,

que transmite qualidade, a

idéia de um bom produto.

A aceitação do público

está sendo muito boa.”

o que a leva a apostar no sucesso dos produtos Clini?

É a falta de oferta no mercado de produtos que realmente funcionem. Trabalhei como modelo. Quando uma modelo vai fazer um comercial, passam aquela chapinha, aquela escova, aqueles sprays que detonam o cabelo. Depois disso é necessário algo para hidratar. Sempre fui apaixonada por cosméticos. Nas minhas viagens, sempre compro os melhores produtos, mas muitas vezes eles não funcionam, não mudam nada. A partir daí disse para mim mesma: “Vou atrás; nem que demore um tempo para ficar pronto, vou ter meu produto, mas tem de ser uma coisa que eu possa usar”.

o que observou lá fora serviu de base para a elaboração dos produtos que está lan-çando? ou você procura fazer produtos diferentes tanto das marcas internacionais

quanto das nacionais?

Basicamente, procuro fazer diferente. A maioria das marcas foca só em um ingrediente – por exemplo, um creme à base de óleo de macadâmia, onde colocam apenas aquilo, uns

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Se você se preocupa com a saúde do planeta e dos negócios, não pode ficar de fora.

Seminário Estratégico de Sustentabilidade na Área de Embalagem.

O que é ser Sustentável no mundo corporativo

Em um futuro bem próximo não haverá lugar para empresas e negócios isolados dos conceitos de sustentabilidade, de preocupação com os grupos de interesse e dos conceitos básicos de

sustentação da governança. A cadeia de embalagens não foge a essa nova realidade.

A pressão vinda de várias fontes – consumidores, organizações não-governamentais e órgãos oficiais – faz com que a adoção de práticas sustentáveis nos negócios

seja uma necessidade, e não mais um conceito abstrato.

A pergunta muda de “quando” para “como trabalhar com essa nova realidade”.

O seminário apresentará formas de abordar a sustentabilidade, na indústria de embalagens, como elemento de geração de negócios, mostrando que ações que usam o assunto meramente como elemento de comunicação hoje são, na verdade, insustentáveis.

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w w w . e m b a l a g e m m a r c a . c o m . b r / c i c l o

Dia 14 de outubro de 2008, na Amcham Brasil, em São Paulo.

Informações sobre• Palestras e palestrantes • Como patrocinar o evento • Como participar do seminário

[email protected]

O Ciclo de Conhecimento é um programa abrangente e permanente de análise, estudo e difusão de informações relacionadas à cadeia de embalagens, desde o fornecimento de matérias-primas até a indústria usuária e o varejo.

Trata-se de uma ação contínua para promover eventos que podem ser classificados como “de transformação”. Sua missão é contribuir para o desenvolvimento de profissionais e empresas do setor.

O que oferecemos ao setor é mais informação com valor agregado.

Programação

08h00 - 08h45 - Credenciamento e Welcome Coffee

08h45 - 09h00 - Abertura

09h00 - 10h00 - O que é ser sustentável no mundo corporativo

10h00 - 10h30 - Coffee Break

10h30 - 11h30 - Varejo: Pressões sobre as embalagens

11h30 - 12h30 - A Sustentabilidade, a empresa e o consumidor

12h30 - 14h00 - Almoço

14h00 - 15h00 - Case de coleta e reciclagem

15h00 - 16h00 - Ecodesign e inovação no desenvolvimento de embalagens

16h00 - 16h30 - Coffee Break

16h30 - 17h30 - Painel de Usuários - A sustentabilidade na cadeia de suprimentos

Apoio Realização

Palestrantes confirmados:

• Martin Bunce, designer da TinHorse Design Limited

• Paulo Pompilio, diretor de responsabilidade sócio-ambiental do Grupo Pão de Açúcar

• Victor Fernandes, diretor de desenvolvimento da Natura

• Eduardo Vaz, diretor industrial da Bertin Higiene & Beleza

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14 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

vaninhas e criados-mudos, as caixas – produzidas em papel cartão com verniz pela Ibratec – acondicionam 100 lenços duplos. Em uma das faces há uma janela onde pode ser encaixada uma foto. Basta o consumi-dor inserir a fotografia por um vão na aresta superior e a embalagem torna-se uma moldura para a imagem. São três modelos com orifícios quadrados de 7,2 x 7,2 centímetros e um – o infantil – com formato oval. “Queríamos fazer da embalagem algo ainda mais atrativo, bonito de expor e personalizado”, comenta Mario Loor, diretor da divisão de Cuidados com a Família da Kimberly-Clark. A empresa espera que as novas embalagens aumentem as vendas em aproxima-damente 5%.

As embalagens que têm como público-alvo as crianças têm o rosa como cor predominante. Os cubos dirigidos aos jovens apostam no contraste do fundo branco com cores vibrantes das estampas. “A idéia foi aproveitar ao máximo o conceito de um produto personalizável, com grande apelo decorativo e com-patível com o custo de produção”, assinala Ianni, da DBox. (MF)

eriodicamente a linha de lenços de papel Kleenex, da Kimberly-Clark, estréia novas embalagens. O destaque agora fica com a variante cubo, que recebeu uma janela para ser usada tam-

bém como porta-retrato.A idéia de se criar uma embalagem que tam-

bém fosse um porta-retratos foi de um funcionário da empresa, que a incluiu no programa interno “Caçadores de Oportunidades”, em que os trabalha-dores dão sugestões de novos produtos. O processo de criação dos cubos porta-retratos Kleenex “foi conduzido em estreita relação entre a DBox Design, a Kimberly-Clark e a gráfica Ibratec”, conta André Ianni, diretor de criação da DBox. “A idéia foi apro-veitar ao máximo o conceito de um produto perso-nalizável, com grande apelo decorativo e compatível custo de produção, e isso exigiu uma grande pesquisa conceitual e testes para aplicação destes conceitos aos diversos públicos do produto”, relata Ianni. O desen-volvimento do projeto demandou três meses.

Idealizadas para serem colocadas em mesas, escri-

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}}} HiGieNe pessoAl

Lenços e lembrançasKleenex tem coleção de embalagens que funcionam como porta-retratos

DBox Design (11) 3721-4509www.dboxdesign.com.br

Ibratec (11) 4772-8277www.ibratecgrafica.com.br

que funcionam como porta-retratos

eriodicamente a linha de lenços de

Há quatro opções de cubos com espaço

para fotos: três com desenhos para jovens e adultos e uma para as crianças (à esquerda)

vaninhas e criados-mudos, as caixas – produzidas em

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16 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

trono da Rainha das Cervejas (1) foi transferido para a Europa, onde a realeza é bem-recebida há séculos. A Rainha foi com-prada. Longa vida à Rainha. A

aquisição da Anheuser-Busch pela cervejaria belgo-brasileira InBev cria a quarta (talvez terceira) maior empresa de bens de consumo do mundo. O negócio, visto em seu escopo, é uma mina de ouro para análise e reflexão que extrapolam as partes envolvidas. E, como sempre que se fala de indústrias de bens de consumo, a embalagem constitui uma rica inspiração.

O que a InBev desejava era a marca Budweiser. Independentemente de como se queira definir o que é marca, não há um

O

ARTIGO }}} STERLING ANTHONY

Esta Bud é nossa

componente seu que seja mais tangível que a embalagem. Em muitas instâncias, as dife-renças funcionais entre produtos concorrentes não é grande, e a embalagem é o fator diferen-ciador. A embalagem apresenta e representa, fisicamente, aspectos que a marca cria na mente dos consumidores.

A embalagem é uma construidora de mar-cas e, por isso, deve ser um fator a ser consi-derado pela parte interessada numa estratégia de aquisição. Isso é igualmente verdadeiro na estratégia pós-aquisição, considerando-se que as aquisições são efetuadas para trans-formar sinergias em crescimento e lucros. Estratégias importantes para conseguir isso incluem foco no mercado global, no mercado local ou na criação de marca, cada um cons-

A compra da Anheuser-Busch pela InBev alerta novamente a indústria de bens de consumo sobre as realidades do mercado global

Por Sterling Anthony*

“O que a InBev desejava era a

marca Budweiser, da qual não há um componente mais

tangível que a embalagem”

(1) Em inglês, King of Beers, ou o Rei das Cervejas.

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18 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

seus efeitos fragmentadores sobre uma estra-tégia global de marca. Além disso, o dono da marca não deve se expor a desgastes exploran-do mercados onde a legislação é frouxa. Ao contrário, a estratégia global de marca deve mostrar um compromisso forte e consistente com a sustentabilidade das embalagens, ainda que a implantação específica possa ter de variar entre mercados.

Mercado localTambém ocorre, freqüentemente, de os donos de marca precisarem modificar o produto, mas não a embalagem; depois, a embalagem precisa desempenhar todas as suas funções de proteção, comunicação e utilidade. Todos os McDonald’s ao redor do mundo são instanta-neamente reconhecíveis, apesar de a mesma uniformidade não ser aplicável aos cardápios.

No que se refere às embalagens, a tarefa é como manter certos componentes constantes, mais notadamente o nome da marca e o logoti-po, enquanto se mexe em outros componentes para atender as demandas do mercado. Um em particular, a cor, pode ter conotações e associações diferentes em função de normas sociais.

Normas culturais podem também interferir na forma com que o produto é mostrado na embalagem, e também quando se vai retratar pessoas, caso o gênero faça diferença. Textos promocionais também podem ser afetados, pois culturas diferentes podem interferir na pertinência das mensagens. Além disso, um fator como o nível médio de educação impacta na compreensão de instruções, bem como no equilíbrio entre palavras e símbolos.

Criação da marcaÀs vezes, o melhor – se não o único – recurso é criar uma nova marca para um mercado específico. Apesar de, obviamente, tomar o nome da marca como ponto de partida, a nova marca pode ser parecida ou completamente diferente da original, conforme as circunstân-cias específicas indicarem. Qualquer que seja o grau de semelhança, contudo, a embalagem

tituindo uma reação a influências culturais, políticas e econômicas.

Mercado globalUm produto com marca internacional é dis-tribuído, sem alterações em sua essência, em vários mercados ao redor do mundo. Isso sig-nifica que um consumidor acostumado com aquela determinada marca a reconhecerá por sua aparência e função em qualquer parte do globo. A Coca-Cola – aquela da fórmula uni-versal e secreta – é o exemplo clássico.

Mas o fato de um produto não passar por mudanças substantivas de lugar para lugar não diminui a importância de todas as variáveis específicas que impactam a embalagem em mercados específicos. A infra-estrutura de transporte, por exemplo, pode requerer que a embalagem seja mais reforçada. Essa maior proteção deve estar na embalagem primária, na secundária, na terciária, ou distribuída entre as três?

Fatores relacionados ao uso/consumo de um produto com marca global podem variar em cada mercado, afetando questões funda-mentais como o tamanho das embalagens e a viabilidade do uso de multipacks. Não são necessários muitos exemplos para mostrar que o conceito de produtos globais é relativo, e que variações nas embalagens não podem ser totalmente descartadas.

Uma discussão envolvendo estratégias globais de marca e de embalagem precisa obrigatoriamente ao menos aludir à questão da sustentabilidade. E por um bom motivo. Por mais diversos ou similares que sejam os mercados ao redor do mundo, é o mesmo mundo. Esse fato, bem como as suas impli-cações, faz da embalagem sustentável um dos maiores desafios/oportunidades de hoje.

As regulamentações sobre embalagens sustentáveis variam de país para país, indo das mais restritivas às inexistentes, assim como mudam os focos relativos colocados em redução, reciclagem e reutilização. Mas a questão é mais complexa do que obedecer às várias regulamentações e tentar minimizar

“O fato de

um produto

não passar

por mudanças

substantivas de

lugar para lugar

não diminui a

importância de

todas as variáveis

que impactam

a embalagem

em mercados

específicos”

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precisa incorporá-la efetivamente.Uma condição que pode justificar a estraté-

gia de criação de uma nova marca é o idioma. O nome original pode ser de difícil pronúncia. Ou o nome traduz uma idéia na melhor das hipóteses cômica ou ridícula – basta lembrar o desastre da Chevrolet com o Nova nos mercados sul-americanos, onde “no va”, em espanhol, significa “não anda”. Ou, ainda, o mercado local utiliza um alfabeto diferente. Ou a marca não está disponível, pois foi regis-trada por outra empresa. Qualquer que seja o motivo, nenhuma transferência “no atacado” deve ser feita para a embalagem, sem que se considerem as circunstâncias de mercado mencionadas acima.

Não aposte em ufanismosA maior parte das aquisições de marcas americanas por empresas estrangeiras rece-beu bem menos atenção que a cobertura do negócio entre a InBev e a A-B. A compra da Miller Brewery Company pela South Africa Brewery foi bem menos alardeada. Na ver-dade, algumas marcas tradicionais nos lares americanos são estrangeiras. Entre elas estão Gerber, Woolite, Ben & Jerry’s e Clearasil.

Apesar disso, é prudente que marcas domésticas e estrangeiras considerem se, e como, uma aquisição vai afetar o mercado doméstico. A marca é tão intrincada no mer-cado local que se pode mensurar o número de consumidores que sentirão algum conflito entre a lealdade à marca e patriotismo? AA-B, definitivamente, é um caso desses, e possivel-mente há outros.

Trazendo a discussão para embalagens, como se deve proceder se, por exemplo, os consumidores começarem a imaginar alte-rações numa marca adquirida? Num cenário desses, uma campanha de comunicação pode ser necessária; porém aquisições geralmente são acompanhadas por cortes para eliminar custos. Portanto, se propaganda, relações-públicas e outros componentes do mix de comunicação ficarem espremidos, a obriga-ção de comunicar percepções equivocadas

pode recair desproporcionalmente sobre a embalagem.

É um mundo pequeno, afinalAquisições, grandes ou pequenas, envolvendo partes internacionais, são manifestações da globalização: compras, produção, marketing e distribuição de produtos feitos com base nas vantagens comparativas de vários países. Nenhuma companhia de capital aberto pode se blindar a isso, seja como parte compradora ou comprada. Há uma ironia intrínseca no fato de que, quanto mais bem-sucedida for uma marca, mais atraente ela será para aquisições, e mais bem-posicionada estará para adquirir outras marcas. E, como mencionado no início, marca, produto e embalagem estão intima-mente ligados.

Profissionais de embalagem precisam ter conhecimento – pelo menos conceitual – sobre mercados globais e globalização. Por isso, visitar feiras internacionais, tais como a Interpack (Düsseldorf, Alemanha) e a Pack Expo (Chicago e Las Vegas, Estados Unidos), é um investimento proveitoso.

A análise final é que uma aquisição é como um casamento, com o sucesso estan-do ligado ao tipo correto de pensamento e julgamento durante o namoro, e, depois, à combinação de personalidades individuais e à fuga daquelas assustadoras diferenças irreconciliáveis. Podem, então, duas gigantes do mercado de cerveja encontrarem o amor verdadeiro? Teremos de esperar para ver o que está por vir.

* O americano Sterling Anthony é consultor em embalagem, tendo trabalhado em grandes empresas de alimentos, saúde e do mercado automobilístico. Também lecionou packaging em universidades nos Estados Unidos. Seu e-mail é [email protected], e seu site é o www.pkgconsultant.com.

COPyrIGHT 2008 SuMMIT PuBLISHING COMPANy. TOdOS OS dIrEITOS rESEr-vAdOS. ESSE ArTIGO, PuBLICAdO OrIGINALMENTE EM 25 dE JuLHO dE 2008 NA NEWSLETTEr PACKAGING INSIGHTS, dA PACKAGING WORLD (WWW.PACKWOrLd.COM), é rEPrOduZIdO COM AuTOrIZAçãO dA SuMMIT PuBLISHING COMPANy. PA-CKAGING WORLD é uMA MArCA rEGISTrAdA dA SuMMIT PuBLISHING COMPANy.

“Há uma ironia

no fato de que,

quanto mais

bem-sucedida for

uma marca, mais

atraente ela será

para aquisições,

e mais bem-

posicionada

estará para

adquirir outras

marcas”

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}}} reportAGem de CApA

Proteger para não remediarA indústria da pirataria encontra cada vez mais facilidade para copiar produtos. Para as marcas fortes, a boa notícia é que existem avançadas tecnologias para combatê-la

globalização expandiu admiravel-mente as oportunidades de negó-cios para as indústrias. Mas, numa de suas facetas mais amargas, tam-bém fortaleceu a pirataria. O con-

trabando e a contrafação são atividades cada vez mais poderosas na economia mundial. “Produtos falsificados já chegam a gerar um prejuízo anual da ordem de 630 bilhões de dólares às mar-cas genuínas”, calcula o jornalista venezuelano Moisés Naím em seu livro Ilícito – o Ataque da Pirataria, da Lavagem de Dinheiro e do Tráfico à Economia Global. Com essa cifra, a indústria da falsificação ocuparia um destacado 61º lugar no ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI) que avalia os PIBs de 180 nações.

Réplicas de baixa qualidade, caricatas, facil-mente identificáveis, são definitivamente coi-sas do passado. Dinâmico e emancipado do controle dos Estados como nunca, o comércio internacional garante fácil acesso a sofisticadas tecnologias de falsificação, dedicadas em amplo grau à reprodução de embalagens – o que não surpreende, na medida em que elas são as perso-nificações dos produtos (para não dizer que elas são os produtos). Persuadido por embalagens falsas, o consumidor pode adquirir bens de con-sumo cuja qualidade fatalmente deixa a desejar. Mas, no caso de alimentos e, principalmente, de medicamentos, os embustes podem ocasionar problemas de saúde pública, ameaça intitulada nos Estados Unidos de “terrorismo de varejo”.

APor Guilherme Kamio

Resultado: perdas que extrapolam a sangria ime-diata dos caixas, já que colocam em risco as reputações das marcas.

“Se a noção de que as marcas são bens valiosíssimos já está largamente assimilada pelas empresas, nem tanto está a de que, como qualquer patrimônio, elas devem ser protegidas”, diz Jack Walsh, gerente de marketing da divisão de Soluções de Proteção de Marcas (Brand Protection Solutions) da americana Videojet, fabricante de equipamen-tos para codificação e marcação de embalagens. De acordo com Walsh, a codificação pode ser uma aliada no combate à pirataria, pois, ao con-trário do que ocorria até a década de 90, quando somente permitia identificar lotes, hoje permite o controle unitário de produtos. Para legitimar produtos, uma das propostas da Videojet é a aplicação de códigos invisíveis nas embalagens, gravados por codificadoras inkjet com tinta ultra-violeta (UV), identificável somente por leitores especiais.

Há diversas opções de dispositivos anticópia ocultos para embalagens, apenas detectáveis por filtros, leitores ou análises laboratoriais. A Inno-vapack, por exemplo, começa a disponibilizar no Brasil papéis cartão para a produção de invólu-cros dotados de “impressões digitais”. A tecnolo-gia, chamada Authentica, permite a autenticação do material com o uso de scanners. “Um dos leitores tem forma de caneta, para facilitar as inspeções de campo, como as feitas em ambiente

Tecnologia Authentica esconde marcas de originalidade em cartuchos

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Proteger para não remediar

de varejo”, comenta Helio Kikuchi, da área de marketing e vendas da Innovapack.

Outra solução, recém-lançada pela alemã Microglyph, propõe códigos “camuflados”, inte-grados a elementos do design gráfico das emba-lagens. A solução já é utilizada nas embalagens

plásticas flexíveis do chocolate Milka, da Kraft Foods, na Europa.

Nas mãos do consumidorAlém das tecnologias furtivas, outra grande cate-goria de sistemas de segurança para embalagens é aquela dos mecanismos de segurança visíveis, como hologramas e tintas reativas. Os mais populares artefatos desse gênero são os selos de segurança conhecidos como OVDs – ou disposi-tivos ópticos variáveis, vertendo-se do inglês os componentes da sigla. Referência mundial nessa área, a alemã Kurz lançou recentemente uma nova coleção de sofisticados efeitos para seus selos Trustseal, a fim de evitar replicações por falsários. “As principais novidades são selos com imagens de finíssima resolução, somente percep-tíveis com lupas especiais, e efeitos de figuras superpostas sobre hologramas que aparecem em movimento sob determinado ângulo”, detalha

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Fernando Mota, gerente da divisão de segurança da Kurz para a América Latina.

Dispositivos de segurança visíveis geralmente são fru-tos de tecnologias comple-xas, guardadas a sete chaves, e certamente podem formar uma barreira à falsificação. No entanto, eles se baseiam na autenticação pelos consu-midores, que muitas vezes não sabem distinguir se os hologramas ou tintas nas embalagens são legítimos. Isso acaba facilitando o trânsito dos produtos piratas. “Infelizmente, muitos clientes que investem em dispositivos de segurança não fazem campanhas de informação ao público”, admite Mota.

Os sistemas de proteção ocultos, por sua vez, dependem de programas de confidencialidade e muitas vezes são desconsiderados por aquilo que,

Microglyph propõe códigos “camuflados” nos designs

de embalagem. As áreas contendo códigos são

destacadas na foto ao lado

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em teoria, seria uma blindagem contra os piratas: o custo de adoção. A Suzano Papel e Celulo-se, por exemplo, desenvolveu recentemente um papel cartão antipirataria com fibras especiais e outros elementos escamoteados formadores de uma espécie de DNA, mas o projeto, pelo o que se sabe extra-oficialmente, foi engavetado por baixo interesse do mercado.

O fato é que, como não poderia deixar de ser, cada sistema antipirataria tem seus pontos fortes e fracos. Por isso, a cada dia ganha força a reco-mendação de colocar nas embalagens sistemas antipirataria complementares e até redundantes, isto é, múltiplas camadas de proteção. Na Drupa, feira do setor gráfico realizada na Alemanha entre o fim de maio e o início de junho deste ano, uma aliança entre empresas de diferentes competências (a provedora austríaca de sistemas de autenticação Jura JSP, a fabricante de vernizes Weilburger Graphics, a Kurz, a fabricante de impressoras offset MAN Roland e as produto-ras de tintas gráficas Merck e Sun Chemical)

apresentou o conceito de um cartucho de papel cartão para medicamentos com seis (!) elementos de segurança integrados (veja a reprodução na próxima página). “Esse approach está se conso-lidando na Europa, mas no Brasil as empresas ainda costumam empregar uma tecnologia em detrimento de outra, sob alegadas questões de inviabilidade de custo”, comenta Mota, da Kurz.

RFID é uma promessaUma outra classe de elementos de segurança para embalagens compreende os sistemas de seriali-zação, como os códigos de barras. Nesse ramo, a grande aposta é a tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID), na forma de eti-quetas inteligentes, dotadas de chips capazes de armazenar dados. “A grande finalidade do RFID é auxiliar a logística da cadeia de suprimentos, mas suas possibilidades se desdobram e incluem a segurança contra a pirataria, já que a velocida-de na captura de informações permite verificar a autenticidade de um produto sem nem sequer

Tecnologia da Kurz permite a superposição de imagens em selos de segurança: barreira contra cópias

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abrir sua caixa”, explica Roberto Matsubayashi, gerente de soluções da GS1 Brasil (Associação Brasileira de Automação).

Mais que atestar a originalidade de produtos, funcionando como um pedigree eletrônico (ou e-pedigree, como já se convencionou chamar lá fora), o RFID também pode, quando operado com homologações ao longo de todos os está-gios antecessores ao ponto-de-venda, denunciar culpados por eventuais desvios de produtos de suas malhas oficiais de distribuição. Uma solu-ção com essas virtudes, alicerçada em etiquetas RFID não só capazes de serem validadas in-loco, por leitores, mas também através da conferência de códigos na internet, acaba de ser propos-ta pela empresa franco-americana eProvenance para proteger vinhos de primeira linha das ame-aças das falsificações e do mercado negro (veja EmbalagEmmarca nº 106, junho de 2008).

Mas, não obstante seja promissora, essa moda-lidade avançada de codificação ainda não deslan-chou. Motivo: o alto custo de implantação e de monitoração em grau unitário. “Cabe registrar, porém, que o preço vem caindo bastante”, assinala Wagner Bernardes, diretor de marketing e vendas da Seal Sistemas, especializada em processos de automação com código de barras, redes sem fio e RFID. “Uma etiqueta que em 2005 custava 1,50 real hoje chega a custar 50 centavos.”

Na vanguarda dessa tendência de rastreamen-to unitário de produtos com RFID está a Pfizer, que aplica etiquetas inteligentes em cada um dos cartuchos de seu medicamento contra disfunção erétil Viagra – “mas, por enquanto, só nos Estados

Unidos”, informa João Fittipaldi, diretor médico do braço nacional do laboratório. No Brasil, ele detalha, a segurança das embalagens das famosas pílulas azuis do produto fica a cargo de um dispo-sitivo de autenticação friccional com tinta reativa (vulgarmente conhecido como “raspadinha”) e de um selo holográfico trocado periodicamente (o atual foi adotado no fim de 2007).

Validação por quem compraParalelamente ao RFID e aos sistemas híbridos, também são promissoras na luta contra a pira-taria as ferramentas que buscam transformar o consumidor em parte crucial da validação de produtos. A Bosch, por exemplo, vem utilizando nas caixas de suas ferramentas comercializadas na Europa um sistema desenvolvido pela alemã Schreiner que, através de códigos impressos em selos de segurança, permite rápida aferição da Sistema eProvenance utiliza etiquetas RFID para proteção e possibilidade de rastreamento

Aliança de empresas de diferentes competências apresentou, na Drupa, embalagem conceito com seis de segurança integrados

Detalhe em cold foil holográfico aplicado em linha

Selo OVD (dispositivo

óptico variável)

Tinta com pigmento reativo

Marcador invisível de segurança

Tinta com elemento oculto

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legitimidade dos itens num espaço dedicado de seu portal na internet. As consultas são gravadas num banco de dados de modo a impedir valida-ções duplicadas.

Já a fabricante americana de cartuchos de papel cartão Chesapeake Corporation lançou há cerca de dois meses uma tecnologia chamada Pro-tex que permite verificar a autenticidade de suas embalagens através do serviço de mensagens de texto dos telefones celulares. Ao enviar um “torpedo” com o código alfanumérico estampado na embalagem, o consumidor recebe, como texto de resposta, um endosso, caso a embalagem seja original e conste do banco de dados da empresa, ou um alerta, caso o código seja inverídico.

Ainda incomuns, mas engenhosas para se coibir a pirataria e os desvios para o mercado negro, são as embalagens já projetadas com dis-positivos de segurança. No Brasil, um exemplo é o do frasco criado pela 3D Modeling para uma vacina veterinária da Fort Dodge. O molde da embalagem foi criado de modo a incorporar um elemento intercambiável: uma cara estilizada de boi, postiça, que pode ser trocada a qualquer momento para evitar um fácil padrão de cópia. “Esse tipo de trabalho ainda é raro”, diz Reginal-

Selo das ferramentas da Bosch: validação pela internet

Caixa do Viagra tem RFID nos

EUA. Aqui, selo holográfico e “raspadinha”

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do Miranda, gerente de projetos da 3D Modeling. “Pelo custo envolvido, é mais fácil de ser ado-tado por indústrias verticalizadas, que fabricam suas próprias embalagens”.

O caso da Fort Dodge evidencia um recado que pode ser estendido a qualquer empresa preo-cupada com a pirataria de seus produtos: quanto mais utilizado é um atributo de segurança, mais atraente ele se torna para o falsário tentar burlá-lo. “Não existe panacéia, uma solução mágica, para o problema da contrafação”, alerta Moisés Naím em seu livro sobre pirataria. “Às empresas, resta nunca deixar a guarda baixa.” (Colaborou Adilson Augusto)

3D Modeling(11) 5031-4500www.3dmodeling.com.br

GS1 Brasil(11) 3068-6229www.gs1brasil.org.br

Innovapack(11) 4646-4466www.innovapack.com.br

Jura JSCwww.jura.at

Kurz(11) 3871-7340www.kurz.com.br

MAN Roland(11) 5522-5999www.manroland.com

Merck0800 727 7292www.merck.com.br

Microglyphwww.microglyphs.com

Weilburgerwww.weilburger-graphics.de

Seal (11) 2134-3829www.seal.com.br

Sun Chemical(11) 6462-2500www.sunchemical.com

Videojet(11) 4869-8800www.videojet.com

Os principais dispositivos antipirataria para embalagensSistemas aparentesDispositivos visíveis a olho nu que comprovam a originalidade das embalagens. Os mais comuns são os selos

holográficos e os chamados dispositivos ópticos variáveis (OVD, na sigla em inglês). São baseados em tecnologias

de custo acessível e com variada oferta, mas alguns selos são fáceis de replicar e muitas vezes o consumidor não

sabe distinguir os autênticos dos falsos.

Sistemas ocultosDispositivos escondidos nas embalagens, que dependem de filtros, leitores eletrônicos ou análises laboratoriais

para serem detectados. Os mais comuns são gerados com tintas invisíveis (reativas), desenhos com padrões

microscópicos (“impressões digitais” ou DNA) e marcadores químicos. É virtualmente impossível replicá-los – a não

ser quando a cadeia de fornecimento possui “vazamentos”. Não garantem autenticação pelo consumidor final.

Codificação inteligenteDesignação de identidades únicas para cada embalagem unitária, de modo a poder rastreá-las com precisão ao

longo da cadeia de abastecimento. O sistema mais conhecido nessa área é o de códigos de barras, mas suas

possibilidades são limitadas. Uma promessa é a identificação por radiofreqüência (RFID), segura, porém ainda cara

para a implantação em nível unitário.

Frasco da Fort Dodge:

elemento cambiável

Sistema da Chesapeake: autenticação pelo celular

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}}} prÊmio emBAlAGemmArCA

O sucesso explicadoCredibilidade, visibilidade e diferenciação estimulam inscrições

aris vale uma inscrição – mas outros bons motivos além das atra-ções da Cidade-Luz contribuíram para que o número de concorren-tes ao PrÊmIO EmbalagEmmarca –

graNDES caSES DE EmbalagEm ultrapassasse, em sua segunda edição, o expressivo número de 170. Consultados informalmente, responsáveis pelas inscrições nas empresas responderam ter sido fortemente motivados pelas seguintes razões:

• a maneira diferenciada, abrangente, com que os cases são analisados pelo júri; ou seja, consi-derando os resultados que o conjunto dos atribu-tos da embalagem propiciam ao bom desempe-nho dos produtos, dos pontos de vista industrial, ambiental, logístico, mercadológico, do design, da inovação etc.

• a visibilidade oferecida na forma de ampla cobertura – sem custos – dada por EmbalagEm-marca, pelo site e pela newsletter eletrônica da revista, e ainda pela exposição dos cases vence-dores no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (e, a partir desta edição, em eventos relacio-nados com a cadeia produtiva de embalagem)

• A credibilidade da premiação

POutro estímulo citado para as inscrições foi

o sorteio de uma passagem de ida e volta a Paris entre os ganhadores, mais hospedagem por qua-tro noites e ingressos para o Emballage, uma das mais importantes feiras mundiais de embalagem, a realizar-se entre 17 e 21 de novembro na capital francesa.

Esse pacote, um brinde oferecido pelo Emballage através de seu escritório de represen-tação no Brasil, o Promosalons, tem um atrativo adicional: o sorteio do case dá direito à empresa usuária ou à que fez a inscrição, em decisão por comum acordo, de apresentá-lo no Pack.Vision. Este evento é um simpósio internacional de ten-dências e novidades em embalagem organizado pelos responsáveis pela feira e ao qual compare-cem profissionais, scholars e empresários ligados ao campo da embalagem no mundo inteiro.

O brinde, na verdade, compreende o sorteio de dois pacotes. Como o salão Emballage ocorre a cada dois anos, e o PrÊmIO EmbalagEmmarca, anualmente, o patrocinador decidiu sortear um a cada edição. Na primeira, a empresa escolhida foi a Amazon Comércio Importação e Exporta-ção, com o case da tampa Massucap para pote

patrocínio especial

patrocínio masterpatrocínio premium

organização Apoio operacional

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31EmbalagemMarcaagosto 2008www.embalagemmarca.com.br

“Aproximar a cadeia é o nosso objetivo”Nós trabalhamos no início da cadeia pro-

dutiva, mas entendemos que temos de

cuidar não apenas dos nossos clientes

diretos. Se não nos preocuparmos com

o que a indústria usuária de embalagens

precisa, entendendo as suas reais neces-

sidades, não conseguiremos atender

adequadamente os convertedores, que

são nossos clientes diretos.

Como a revista EmbalagemMarca

tem boa penetração entre usuários e

fabricantes de embalagens, vimos no

patrocínio ao Prêmio EmbalagemMarca

- Grandes Cases de Embalagem uma

ótima oportunidade para estreitarmos

relações com toda a cadeia.

Nesse sentido, acreditamos que os obje-

tivos do Prêmio estão bastante alinhados

com os nossos.

Sérgio QuemelDiretor – Tupahue Tintas

de vidro, do Palmito Equador. A apresentação no Pack.Vision será feita por representantes do fabricante da tampa, a Massucato (veja esse e os demais cases vencedores em EmbalagEmmarca nº 98, outubro de 2007).

Razões semelhantes, reforçadas pela ampla visibilidade que é oferecida aos parceiros apoia-dores do Prêmio, igualmente contribuíram para estimular os patrocínios à iniciativa. Assim, em agosto adquiriram cotas a P. E. Latina Labelers (Patrocínio Máster), a Rotatek e a Suzano Papel e Celulose (Patrocínios Especiais). No entendi-mento dos organizadores do Prêmio, esse suporte adensa a confiabilidade que já vinha sendo pro-piciada ao Prêmio pelos patrocínios da Quat-tor (Premium), do Programa Embala, do Salão Emballage (Máster), da Brasilcote e da Tupahue (Especiais), além do apoio operacional do Centro Universitário Belas Artes. A coroação de tudo isso ocorrerá na cerimônia de premiação, dia 1º de outubro próximo, no Centro Fecomercio de Eventos, em São Paulo.

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a década de 80, a indús-tria brasileira de bens de capital ocupava o quinto posto no ranking mun-dial. Hoje está em 14o

lugar. Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), atribui esse desabamento a três fato-res. O primeiro é a estagnação do PIB brasileiro por mais de vinte anos, resul-tando na baixa demanda de bens de capital. O segundo é a queda acentuada de formação bruta de capital fixo: caiu de 24% em 1980 para cerca de 17% em 2007, com investimentos do governo federal reduzidos a menos de 1% do

Ou investe ou fica para trásLuiz Aubert Neto,

presidente da

Associação Brasileira da

Indústria de Máquinas e

Equipamentos (Abimaq),

diz que a desoneração

total de investimentos e

a inovação tecnológica

são fundamentais para

a sobrevivência da

indústria nacional de

bens de capital

N

ENtREVIsta }}} luiZ AuBert Neto

PIB. Por último, mas não menos grave, Aubert cita o processo de desindustria-lização ocorrido em vários segmentos da indústria na década de 1990, sobre-tudo no período de valorização do real a partir de 1995. Esse fato, segundo ele, levou a uma queda expressiva da participação da indústria de transfor-mação no PIB, de quase 36% em 1985 para cerca de 18% em 2006. A cadeia produtiva de embalagem está incluída nesse imbróglio.

Tal quadro pouco animador é agravado pelo expressivo aumento da importação de máquinas e insumos, a maioria dos quais apenas substitui a produção nacional, enfraquecendo a

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cadeia produtiva do setor no país. Luiz Aubert Neto se alinha com aqueles que não se encantam com as perspec-tivas das vastas jazidas de petróleo em solo brasileiro. Ao contrário, ele res-salta que todos os países que baseiam suas exportações em commodities, com destaque para o petróleo, “são países pobres e onde a distribuição de renda é péssima”. A exceção é a Noruega, que aplicou os ganhos com petróleo em educação e na indústria. Vale dizer que o recado é claro: se o Brasil não investir em educação e tec-nologia, para poder exportar produtos com valor agregado, vai ficar cada vez mais para trás.

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Em recente artigo o senhor disse que “somente o Brasil pratica o absurdo tributário que é one-rar bens de capital” com impostos. Ao anun-ciar a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), o governo acenou com a compreensão de que isso precisaria ser corrigido. De lá para cá houve algum passo concreto nesse sentido?Em qualquer país do mundo, fora o Brasil, quem produz bens de capital não tem tributa-ção, muito pelo contrário. Os países incentivam a indústria a comprar máquina, porque assim há geração de empregos e de competitividade, a rentabilidade das empresas aumenta, o fatura-mento cresce e o governo arrecada mais. Então, tornar um investimento caro é uma política que podemos chamar, no mínimo, de não inteligen-te. Voltemos um pouco no tempo. Na década de 80 éramos o quinto maior fabricante de bens de capital do mundo, hoje somos o 14°. Por isso nós – e quando digo “nós” me refiro tanto ao setor industrial quanto ao governo – lançamos o projeto Abimaq 2022. Esse projeto indica o que devemos fazer para que até lá possamos estar novamente na primeira divisão do setor de fabricação de bens de capital.

Na quinta posição novamente?Na quinta não chegaremos mais. Achamos pos-sível chegar talvez até a sétima. Para a quinta a distância está grande.

Além disso entraram em cena players que não estavam presentes, como a China...Não só a China, mas todos os países asiáticos. Tem a Coréia e o Vietnã, que não existiam. É lógico que a China é de maior peso, mas há outros países que estão nos passando, como a Índia e a Rússia. Nós estamos patinando. Agora, o que o governo fez de lá para cá? Soltou algumas medidas pontuais que acenam para a desoneração do setor, mas só em parte. Houve o lançamento da PDP, houve a depreciação acelerada de bens de capital. Antes se fazia a depreciação de máquinas em cinco anos, hoje é possível fazer isso em até dois. É um grande benefício para quem trabalha no lucro real, porque se abate do Imposto de Renda a pagar e sobra mais para investir. Mas isso não beneficia

“Na década

de 80

éramos o

quinto maior

fabricante

de bens

de capital

do mundo.

Hoje, somos

o 14º”

em nada quem trabalha no lucro presumido, que é a grande parte – quase 80% – da pequena e média empresa. Outro benefício pontual que veio foi a compensação do PIS e da COFINS, que incidiam sobre a compra de bens de capital em 24 meses e agora se pode fazer em doze. De todas as mudanças, a principal não está tanto na parte tributária, mas na linha de financiamento via Finame (Financiamento de Máquinas e Empresas) em dez anos – dois de carência e oito para pagar. Antes eram no máximo cinco anos, ou seja, dobrou o prazo. Só que há um grande entrave, que é a necessidade da Certidão Nega-tiva de Débitos (CND): 70% das empresas têm problema com isso. São débitos de impostos, tanto municipais quanto estaduais ou federais.

A nova política industrial do governo promete incentivos à inovação tecnológica. Isso suscita uma dúvida: na indústria existe uma queixa quanto à baixa qualificação da mão-de-obra. Na área gráfica esse problema seria uma bar-reira ao avanço da tecnologia de impressão. Isso se aplica aos bens de capital em geral?As barreiras tecnológicas e educacionais são os maiores entraves que temos. Peguemos a Ale-manha como exemplo: em máquinas gráficas, ela dispensa comentários. É a maior fabricante de bens de capital do mundo – e em máquinas gráficas é a melhor. A mágica do alemão para se manter nesse negócio é inovação tecnológica. Veja-se o que se investe em inovação tecnológi-ca, em pesquisa, em desenvolvimento. Na Ale-manha, 80% dos pesquisadores estão dentro das indústrias, 20% estão no meio acadêmico. No Brasil é o contrário, 20% estão nas empresas. Em que nó estamos! Precisamos inverter isso.

Especificamente na preparação da mão-de-obra, qual a dimensão do problema?Qualquer pessoa hoje precisa ter, no mínimo, conhecimento de informática, ter cursado até a oitava série. Quando se faz uma análise para uma contratação, a primeira coisa que se obser-va é o conhecimento básico que a pessoa tem. Quem não sabe usar computador, não sabe o que é Word, Excel, nem é contratado. Números apresentados em Davos mostram que, de 134

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36 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

países pesquisados, o Brasil ficou na última posição em investimento do PIB na educação. É de doer na alma. Os números da indús-tria de máquinas evidenciam um crescimento forte e constante. Hoje o grande problema no nosso setor não é capacidade instalada, pois as empresas estão comprando máquinas. O grande gargalo é a mão-de-obra qualificada para operar essas máquinas. A grande dificuldade é encon-trar esse pessoal. Isso é reflexo do baixíssimo investimento na educação.

Os problemas, de fato, são muitos. Recentemente, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) informou que cerca de 65% das receitas das exportações brasileiras hoje são provenien-tes de commodities. Pela primeira vez desde 1980 a fatia dos produtos manufaturados na balança comercial é inferior a 50%. O vice-presidente da entidade, José Augusto de Castro, disse na ocasião que “estamos voltando ao pas-sado”. O senhor concorda com essa opinião?Não só concordo como acho que ele foi até otimista. Se pegarmos os países que têm petró-leo, têm minério, todas as suas exportações são baseadas nessas commodities. São países pobres onde a distribuição de renda é péssima. A única exceção é a Noruega. O que fez a Noruega? Toda a receita do petróleo foi investi-da em educação e na indústria. A Noruega não quer exportar minério de ferro ou petróleo, quer exportar produtos com valor agregado. O Brasil está se concentrando somente em commodities. Tivemos uma bolha, porque os preços das commodities subiram muito, mas agora estão caindo. Peguemos o setor de máquinas: o déficit este ano vai bater a casa dos 10, 12 bilhões de dólares; ano passado foi de 4,5 bilhões e em 2006 foi quase zero. Todos os setores que têm inovação tecnológica e mão-de-obra agregada estão passando por isso. Se não corrermos nos próximos três ou quatro anos, não haverá saldo comercial que consiga pagar isso.

Mas há uma corrente de pensamento segundo a qual o crescimento das importações, por com-preenderem significativamente bens de capital, contribui para aumentar a competitividade da

indústria brasileira. O argumento básico é de se está importando tecnologia de ponta embu-tida nas máquinas. Como a Abimaq vê essa corrente de pensamento?A Abimaq não é contra a importação de máqui-nas. Quando se importa uma máquina que vem da Alemanha, dos Estados Unidos, do Japão e ela traz aumento de produtividade, competitivi-dade, rentabilidade e, principalmente, se tiver isonomia, caso haja fabricante nacional, não somos contra. O que somos contra, e que está provocando estrago para nós, são as importa-ções da China a preços de 7, 8, 9, 10 dólares o quilo de uma máquina. Hoje o imposto médio de importação do nosso setor está inferior a 8%. Com o dólar do jeito que está, o risco que cor-remos de se substituir fabricantes nacionais por produtos importados é enorme. Temos vários exemplos aqui na Abimaq de empresas que há dez anos tinham 100% da fabricação feita no Brasil e que hoje importam da China. Elas man-têm somente o nome e revendem no Brasil.

Como combater essa concorrência, que pode-mos chamar de desleal? Sabemos que a causa não pode ser imputada somente ao concorrente. Há outros fatores que contribuem para isso, como a tributação elevada, que o senhor citou. Como combater ou reverter essa situação?Isso está dentro do Plano Abimaq 2022, que tem quatro alicerces: um é a inovação tec-nológica, de que acabamos de falar e que é fundamental. Não é possível falar no resto sem inovação tecnológica. O segundo ponto é a desoneração total do investimento. O Brasil é o único país do mundo que comete a insanidade de tributar máquinas. O terceiro pilar desse projeto são linhas de financiamento. O setor de bens de capital perde competitividade se não existirem linhas de financiamentos de longo prazo. Uma máquina tem de se pagar. O Brasil não tem linhas de longo prazo, e as taxas de juros são piores do que as de agiotas russos. As únicas linhas salvadoras são as do BNDES, e mesmo assim são linhas com juros reais. Aqui, pelo BNDES, os juros podem variar de 12% a 16% ao ano. O que queremos são armas iguais, isonomia. Como podemos competir

“Com o dólar

do jeito que

está, o risco

que corremos

de substituir

fabricantes

nacionais

por produtos

importados

é enorme”

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38 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

com alemão, japonês, americano, quando eles vêm com linhas de financiamento de até dez anos, com juros que chegam no máximo a 5% ao ano, e com o dólar do jeito que está? É briga de Rambo contra Mazzaropi. A desigualdade de ferramentas é brutal. O último ponto do Abimaq 2022 é exportação. Aí volto a falar dos países do Primeiro Mundo. As exportações deles estão em produtos com valor agregado. A Alemanha não produz um grão de café e é o maior exportador de café industrializado. O Brasil e a Colômbia exportam o café para depois importá-lo torrado e moído. Não há conta que feche.

Qual a importância das exportações para o setor de máquinas?Historicamente o nosso setor tem 33%, 35% do faturamento na exportação. Somos o setor que mais exporta em valor agregado. Este ano o valor foi de 22% do faturamento. Pode-se cal-cular o estrago que isso representa para o país. Estamos perdendo mercado lá fora em produtos de valor agregado. Dentro desses valores, 50%, 60% das exportações de máquinas vão para países de Primeiro Mundo, o que mostra que o nosso setor é competitivo e tem tecnologia.

A Abimaq reconhece que, em muitos setores, há um número excessivo de empresas. São empresas que talvez sejam familiares, talvez não estejam atualizadas tecnologicamente, e isso dificulta as condições competitivas dessas empresas. O projeto Abimaq 2022 prevê medi-das para incentivar a reestruturação do setor?O que precisamos fazer para as pequenas e médias empresas, para de alguma forma aumen-tar a competitividade delas, é melhorar a gestão. A idade média das máquinas instaladas no Bra-sil é de dezenove anos. As máquinas mais anti-gas estão na pequena e média empresa, porque as grandes sempre se atualizam. Se a média é dezenove, na pequena e média temos máquinas com 25, 30 anos. O que precisamos é dar condi-ções para que essas empresas possam trocar as máquinas e os equipamentos. Outra coisa que estamos fazendo na Abimaq é facilitar o acesso da pequena e média empresa a softwares de

gestão. Temos parceria com uma empresa que fornece software para engenharia, para projetos, que pode ser pago em até doze vezes, com 25% de redução. Criamos também o FIDC Abimaq (Fundo de Investimentos de Recebíveis), que é um fundo de direitos creditórios. Esse fundo está começando com 200 milhões de reais e o BNDES está entrando com 25% das cotas subordinadas, ou seja, avalizando. As vantagens são que não há IOF, a taxa média de juros está em 1,35% ao mês e não impacta o crédito junto ao sistema financeiro, porque é uma operação feita em bolsa. Outra coisa: não há necessidade de reciprocidade. Hoje, quando é descontado um título no banco, no dia seguinte o gerente liga e vende um seguro, ou seja, o custo finan-ceiro sobe. Precisa ter o que eles chamam de reciprocidade. Aqui não, a única reciprocidade é ser sócio da Abimaq.

O senhor já qualificou como “importações do mal” a compra de máquinas a preço baixo, mas sem tecnologia para a produção de bens com-petitivos. Seriam máquinas que resolvem um problema, mas a médio e longo prazo podem agravá-lo, pela baixa qualidade. No entanto, parte delas tem desempenho de alta qualidade. Como conseguem concorrer a preços favorá-veis com os equipamentos brasileiros?O básico é o câmbio. No Brasil o câmbio está baixo, na China está alto. Isso já dá uma diferença de 70% ou 80% de competitividade, fora os custos que uma empresa na China tem. Eles não têm 13° salário, FGTS, o custo do aço é baixo. Isso tem data para acabar, mas a verdade é que a China está desenvolvendo alta tecnologia. Podemos lembrar do Japão. Há trinta anos os carros da Toyota e da Honda eram lixo. Hoje dominam e já estão passando até a GM. Acredito que em relação à China, neste primeiro momento, podemos falar de qualidade, de assistência técnica. Mas daqui a dez anos a história vai começar a mudar. O problema é muito maior do que imaginamos hoje. Hoje o problema é de qualidade e assis-tência técnica e ainda podemos cutucar isso. Mas se não mudar de atitude com agilidade o Brasil vai perder a corrida.

“No Brasil o

câmbio está

baixo, na

China está

alto. Isso

já dá uma

diferença de

70% ou 80%

de competiti-

vidade, fora

os custos

que uma

empresa na

China tem”

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}}} CerVejAs

Para a família e para os amigosCom garrafa de 1 litro retornável, Skol mira no consumo doméstico

e olho no crescimento do consu-mo de cerveja em casa apresen-tado em algumas regiões do país, a Skol colocou no mercado, no começo de agosto, a Skol Litrão,

cerveja em garrafa de vidro de 1 litro retornável produzida pela Saint-Gobain e pela Owens-Illi-nois. “Nada melhor do que uma cerveja grande para ocasiões como churrascos e festas. Por isso decidimos atender à essa demanda oferecendo aos consumidores uma embalagem mais eco-nômica de 1 litro retornável”, diz a gerente de inovações da Skol, Carolina Faria.

Fruto de quase um ano de pesquisas pela cervejaria, a Skol Litrão chega para atender à demanda de um mercado promissor. De acor-do com a gerente da AmBev, observa-se uma forte tendência de crescimento do consumo de cervejas em embalagem de 1 litro na América Latina. Segundo estudo da Nielsen, na Repúbli-ca Dominicana, por exemplo, as garrafas de 1 litro retornáveis representam 33% do mercado de cerveja, e na Guatemala esse número chega 36%. Em países do Cone Sul, como Argenti-na e Uruguai, é comum o envase de cerveja

D

Diferença vetadaCade restringe circulação de garrafas de 630 mililitros da AmBevA AmBev está proibida pelo Conselho

Administrativo de Defesa Econômica

(Cade) de estender para o restante do

país o uso de suas garrafas personali-

zadas retornáveis de 630 mililitros uti-

lizadas nos Estados do Rio de Janeiro,

com a Skol, e do Rio Grande do Sul,

com a Bohemia. A decisão impede

que a garrafa seja usada por outras

marcas da AmBev. Além disso, o Cade

determinou que a cervejaria adote um

sistema de troca de vasilhames com

seus concorrentes. Os concorrentes

da AmBev alegam que a nova garrafa

quebra o sistema de compartilhamento

de vasilhames. O descumprimento da

decisão implica multa diária de 50 mil

reais.

O Cade impôs as condições ao jul-

gar medida preventiva adotada pela

Secretaria de Direito Econômico (SDE)

em maio deste ano, que suspendia o

uso das novas garrafas e determinava

o recolhimento dos vasilhames em

circulação. A AmBev não comentou a

decisão.

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www.embalagemmarca.com.br

Owens-Illinois(11) 2542-8000www.oidobrasil.com.br

Propack(11) 4785-3700www.propack.com.br

Saint-Gobain(11) 2246-7214www.sgembalagens.com.br

Wassmann+49 (0)2303 – 962 042www.wassmann.com

Cerveja de 1 litro não é novidade no BrasilPequenas cervejarias já utilizam a embalagem

chopp belco, da

cervejaria Belco,

de São Manuel

(SP). Embalagem

de PET

com rótulo

termoencolhível

da Propack

em garrafas de 960 mililitros retornáveis. A AmBev já vem testando desde o início de 2007 essas embalagens no mercado, com as marcas uruguaias Patrícia, Norteña e Pielsen. “Temos bastante confiança no imenso potencial do pro-duto”, afirma Carolina Faria.

Economia na trocaO principal atrativo da Skol Litrão é a economia feita pelo consumidor: o preço sugerido para a garrafa é de 3,99 reais para a compra sem o vasilhame. Na recompra, com a devolução da garrafa, o consumidor pagará 2,99 reais, o que representa um custo por litro bem inferior às outras embalagens das outras marcas e até da própria Skol.

A garrafa de 1 litro chega ao varejo dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do interior de São Paulo e do sul de Minas Gerais. (FP)

coruja, da

Cervejaria

Coruja,

Teutônia (RS).

Empresa não

informou quem

fornece a

embalagem

schmitt big ale,

da Cervejaria

gaúcha Schmitt.

Garrafas da

Saint-Gobain são

retornáveis

abadessa

e slava, da

Cervejaria

Abadessa, de

Porto Alegre.

Garrafas de 1

e 2 litros são

produzidas

pela empresa

Wassmann da

Alemanha

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44 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

panoraMa }}} MOVIMENTAçãO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

O mercado conta com dois novos forne-cedores de stand-up pouches (SUPs), as bolsas plásticas capazes de ficar em pé: a Arco Convert e a Grand Pack. Após a aquisição de uma máquina for-madora SUP 750, da Hudson Sharp, a Arco Convert (www.arco.ind.br) passa a produzir pouches para as mais diferentes aplicações – inclusive aqueles do tipo retortable, que possibilitam a esterilização de alimentos por autoclave, dispensando a distribuição refrigerada.A aposta é numa curva acentuada de crescimento dos SUPs pela economia de matéria-prima que eles proporcionam (e conseqüentes reduções de custo, peso e volume de descarte) e por sua ampla superfície impressa, que lhe dá visibilida-de na gôndola e facilita a leitura de infor-mações. “É preciso virar toda a lata de atum, por exemplo, para lê-la”, compara

Eduardo Slikta, supervisor de vendas e serviços da Arco. “O stand-up pouch não deforma, o que facilita o manuseio e evita perdas, dá segurança ao consumi-dor, pois não é do tipo que possa machucar, e permite a aplicação de tampas e sistemas de abertura fácil, como zíperes.”Por sua vez, a GrandPack (www.grandpack.com.br), mais conhecida pela atuação com sachês, strips (cartelas flexíveis) e flow packs, investiu 500 000 reais em equipa-mentos para trabalhar com SUPs. Andréia Emília, responsável pelo pla-nejamento da empresa, informa que já estão sendo desenvolvidas bolsas para vários clientes – entre eles O Boticário, Natura e Laboratório Aclimação. As expedições deverão começar em setembro. (Adilson Augusto)

FLEXÍVEIS

Duas novas fontes de stand-up pouchesArco Convert e Grand Pack passam a oferecer flexíveis que ficam em pé

1,13milhão de toneladas

O NÚMERO

Foi o volume coletado na Europa, em 2007, de garrafas de pET pós-consumo para reci-clagem. o índice é 20% maior que o regis-trado em 2006, quatro vezes maior que o do Brasil em 2007 e representa cerca de 40% de todas as embalagens de pET comerciali-zadas no ano passado no mercado europeu.

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ETECNOLOGIA

Tequila que brilhaGarrafas de Hornitos adotam dispositivos luminosos Abordada na edição anterior de EmbalagEmmarca por uma ação pioneira com a cerveja romena Ursus, a tecno-logia LightPad de iluminação de emba-lagens acaba de fazer sua estréia em bebidas alcoólicas destiladas. A Beam

Global Spirits & Wine colocou nos mer-cados americano e mexicano garrafas de 750 mililitros e de 1 litro de sua tequila Hornitos que piscam com iluminação verde. Acoplados às bases das embala-gens de vidro transparente, os LightPads,

dispositivos com um LED integrado, acen-dem somente quando manuseadas. A idéia da Beam é destacar a marca quando barten-ders retiram as garra-fas das prateleiras dos bares. Se a iniciativa for bem-sucedida, a tecnologia, criada pela Cognifex (www.cogni-fex.com), poderá ser estendida à principal marca de tequila da Beam, a Sauza.FO

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SUPs produzidos pela Arco Convert: novo player

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45EmbalagemMarcajulho 2008www.embalagemmarca.com.br

Edição: GUilhErME KaMio ||| [email protected]

VAREJO

Em vez do banimento, melhor usoPrograma de consumo responsável de sacolas obtém bons resultados

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Lançado em meio à onda de aver-são às sacolas descartáveis para transportar compras, o Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas conseguiu diminuir o uso desses invólucros em 12% no seu primeiro mês em vigor na capital paulista. O índice representa quase 1,5 milhão de unidades “salvas” nas 16 lojas par-ticipantes da fase inicial da campa-nha (14 das redes Pão de Açúcar e Carrefour e duas das bandeiras VIP e Alvorada). Capitaneado pela Plastivida e apoiado pelo Instituto Nacional do Plástico (INP), pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) e pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Programa distribui sacolas mais resistentes, fabricadas de acor-do com a norma ABNT 14.937 e identificadas com um selo de qualidade. O objetivo é diminuir a subutilização e o uso duplicado das embalagens.Na operação-piloto em São Paulo, 1 328 pessoas, entre promotores e operadores de caixa, distribuíram material explicativo e orientaram os consumidores sobre o uso adequado das sacolas qualificadas. Os resul-tados foram significativos (veja o quadro). Além de continuar em São Paulo, o programa será ampliado. Santa Catarina, Bahia e Pernambuco já fecharam acordos com asso-ciações supermercadistas de seus Estados. O Rio Grande do Sul faria o mesmo em agosto. “Em doze meses pretendemos reduzir o uso anual das sacolas no Brasil em 30%, o equivalente a 5,5 bilhões de uni-dades”, informa Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida.

Sacola com o logotipo da

campanha: uso racional é a meta

Utilização de sacolas com menos da metade de suas capacidades nominais

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coM UM MÊs De prograMa

61% 28,1%Utilização de sacolas em duplicidade

anTes Do prograMa

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13% 6,7%Clientes que deixavam os

supermercados com as sacolas cheiasanTes Do

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26% 60,8%

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46 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

Resultado da fusão con-solidada no fim do ano passado entre duas po-tências em codificação de embalagens, a americana Markem e a francesa Imaje, a Markem-Imaje confirmou Marcio Caillaux, execu-tivo originário da Imaje, como seu diretor de operações para o mercado brasileiro.

Antes somente responsá-vel pela América do Sul, Marcos Tadeu de Lorenzi agora é também o gerente de marketing da fabrican-

te francesa de equipamentos de embala-gem Sidel para a América Central. “Nas Américas, só não atuo nos Estados Uni-dos e no Canadá”, explica o executivo.

Referência em tecnologias de potência e automação, a sueco-suíça ABB escolheu seu novo CEO. Joseph Hogan, ex-presi-dente da GE Healthcare, assumirá o posto de principal executivo da empresa em 1º de setembro.

Gian Piero Bortone deixou a gerência de vendas da produtora de embalagens plásticas Premiumplastic e é o novo dire-

panoraMa }}} MOVIMENTAçãO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

GENTEde design de produto, embalagens e am-bientes Prodesign, de São José dos Cam-pos (SP). Pereira já coordenou o Comitê de Usuários de Embalagem da Associa-ção Brasileira de Embalagem (Abre).

Mudanças na matriz da química america-na Eastman. Damon C. Warmack foi no-meado vice-presidente e gerente-geral de Químicos de Performance e Inter-mediários (PCI). Em seu lugar, na vice-presidência e gerência da divisão Reves-timentos, Adesivos, Polímeros Especiais e Tintas (CASPI), entra Brad Lich, que até então ocupava o cargo de vice-presidente de marketing global da companhia.

A partir de 1º de outu-bro, Fernando Lewis (fo-to) assumirá o cargo de vice-presidente do grupo de imagem e impressão da HP no Brasil. Ele substitui Edson Shiwa, que passará a responder pela unidade de negócios de inkjet e web solutions para a América Latina. Há 21 anos na HP, Lewis já exerceu várias funções no Brasil e na América Latina nas áreas de finanças, distribuição e manufatura.

tor de vendas da fabricante de embalagens de vidro Vidroporto. A área de vendas da Premiumplastic passa a ser gerenciada por Ricardo Tovar.

Mudanças na Suzano Papel e Celulose. André Dorf (foto) assumiu a diretoria executi-va de Estratégia e Novos Ne-gócios e, a partir de setem-bro de 2008, acumulará a responsabilidade pela área de Relações com Investidores da empresa. A diretoria executiva da Unidade de Negócio Papel, posto ocupado por Dorf desde 2006, passou para Carlos Aníbal Fer-nandes de Almeida Jr., que vinha atuando na Suzano como gerente executivo da Unidade de Negócio Celulose.

A americana Owens-Illinois, forte atuante do mercado nacional de embalagens de vi-dro, nomeou Jay Scripter seu vice-presidente global de sustentabilidade.

Depois de trabalhar 26 anos no desenvol-vimento e no gerenciamento de projetos de embalagem na Johnson & Johnson brasi-leira, Paulo E. Pereira passa a integrar a direção da agência

bro de 2008, acumulará a responsabilidade

Depois de trabalhar 26 anos no desenvol-

Depois de estrear no Brasil em cartu-chos de cosméticos e em caixas de papelão ondulado, o selo do FSC – Forest Stewardship Council, entidade que atesta o manejo responsável de florestas em todo o mundo – chega a um novo segmento. O sabão em pó Tixan Ypê, da Química Amparo, é o primeiro produto de limpeza nacional a estampar a insígnia em suas embala-gens. As caixas do produto, fornecidas pelas gráficas Rigesa, Romiti e Nilpel, são confeccionadas com papel cartão

CELULÓSICAS

Estréia na área de limpezaSelo do FSC agora estampa caixa de sabão em pó

Tixan Ypê: o primeiro sabão em pó nacional

com o selo do FSC

certificado da Suzano Papel e Celulose. “Com o selo, o consumidor poderá ter a certeza de que a embalagem do lava rou-pas foi produzida de maneira responsá-vel, não contribui para o desmatamento

da Amazônia, reduz a emissão de CO2 causador do efeito estufa e assegura os direitos dos trabalhadores e das populações que vivem nas florestas”, diz a Química Amparo, em comunicado.

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48 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} HiGieNe pessoAl e BeleZA

De bem com a NaturezaNa nova linha de produtos infantis da Natura, embalagensse transformam em brinquedos “ecologicamente corretos”

ostrar, por meio de brincadeiras e histórias a respeito da água, as primeiras noções de consciência ambiental de forma lúdica, poéti-ca e divertida. Este é o conceito

da nova linha infantil da Natura, a Naturé, que substitui a linha Natura Criança e cujos dezesse-te produtos (doze regulares e cinco refis), desti-nados a crianças de 3 a 7 anos de idade, foram desenvolvidos ao longo de quatro anos com o apoio de pedagogos, pediatras, psicólogos, médicos e enfermeiros. A colaboração desses profissionais ajudou não só na formulação dos xampus, condicionadores, sabonetes, colônias,

Por Flávio Palhares

loções hidratantes e cremes para pentear que integram a nova família, mas também na cria-ção de embalagens especiais, sobre as quais recai a função didática descrita linhas atrás.

Escolhida como elemento-chave para disse-minar entre as crianças o cuidado com a natu-reza pela sua ligação com o banho, momento com o qual os produtos de Natura Naturé têm relação, a água protagoniza histórias diagrama-das nas embalagens dos produtos. A iniciativa inspirou a edição do livro infantil Tchibum no Mundo! A Grande História da Água, escrito para a Natura por Simone Fonseca. A enge-nhosidade da apresentação dos novos produtos,

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50 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br

Dezign com Z (11) 2184-8137www.dezigncomz.com.br

Engratech(11) 3079-3947www.grupoengra.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Impacta(11) 4447-7300www.impacta-brazil.com.br

Rexam Beauty Packaging do Brasil(11) 2152-9800www.rexam.com.br

Seaquist Closures(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

entretanto, vai além. Os cartuchos de papel cartão utilizados

como embalagens secundárias dos produtos se transformam em brincadeiras, como jogos da memória, colagens, bonecos, fantoches de dedo (“dedoches”) e teatrinhos tridimensionais para montar. Todos os produtos trazem uma cartela de figurinhas auto-adesivas com personagens criados especialmente para a nova franquia (substitutos dos personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que apoiavam a linha Natura Criança), estimulando crianças a personalizar seus produtos e ampliar as brincadeiras depois do banho.

Elementos lúdicosAo dar novo uso às embalagens, que seriam descartadas, Naturé fala do cuidado com a natureza. “Tudo foi pensado para estar coe-rente com a linguagem infantil e atender às necessidades dessa fase”, conta Almir Simões, gerente de Desenvolvimento de Embalagem da Natura.

Os frascos de PET, inquebráveis, têm for-mas arredondadas e são de fácil manuseio, o que incentiva a independência da crian-ça no banho. Também trazem elementos lúdicos como as tampas em formato de torneira para lembrar do cuidado com a água. As embalagens foram criadas pela Natura em parceria com a agência Dezign com Z e com os fornecedores (veja quadro ao lado).

As brincadeiras continuam com as onomatopéias utilizadas nos nomes dos produtos. A loção hidratante é Lero-lero;

o xampu dois em um, Vapt-vupt; o sabonete em barra é Bolôlô; as colônias são Fiu fiu e Bem bom; o xampu para cabelos encaracolados é

Tóin óin óin; o creme para pentear é o Bafa-fá; o condicionador, Tcha, tcha, tchá; o sabo-nete líquido, Splesh; e o xampu para cabelos

normais, Blá, blá, blá.“O compromisso do produto é ser um incen-

tivo para descoberta do mundo, por meio de suas embalagens, formas, nomes e cartuchos,

com histórias e brincadeiras. Crianças que brincam são mais criativas, conseguem desenvolver melhor suas habilidades”, diz Tatiana Pignatari, gerente de Marke-ting e Inovação da Natura. Em tempo: ré, em tupi, significa “amigo”. Naturé, portanto, busca remeter a “amigo da natureza” – coisa que a Natura, por sua conhecida preocupação com sustentabili-dade, consolidada como equity de marca

e transmitida através de suas embalagens, tem conseguido ser.

Natura Naturé: embalagens e fornecedoresLoção hidratante 125 mililitros: bisnaga de polietileno (PE) da Impacta e tampa flip-top de polipropileno (PP) da Seaquist Closures

Colônia Bem-Bom meninos/meninas 100 mililitros: frasco de PET da Igaratiba; ombro e tampa de PP da Seaquist Closures

Colônia Fiu Fiu mocinhos/mocinhas 100 mililitros: frasco de PET da Igaratiba; ombro e tampa de PP da Seaquist Closures

Xampu 250 mililitros: frasco de PET da Engratech e tampa twist de PP da Seaquist Closures

Condicionador, creme de pentear e xampu dois em um 250 mililitros: frasco de PP da Engratech e tampa twist de PP da Seaquist Closures

Sabonete líquido 200 mililitros: frasco de PET da Igaratiba e válvula Lotion, da Rexam Beauty Packaging do Brasil

Todos os produtos da linha: cartuchos de papel cartão e figurinhas auto-adesivas da Baumgarten

Cartuchos que acondicionam os frascos viram brinquedos

Tampa em forma de torneira visa à interação

das crianças com as embalagens

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}}} plástiCAs

Algo a mais que retidãoSelagens personalizadas, diferentes da convencional “barra reta”, podem dar mais carisma aos produtos acondicionados em bisnagas

mpulsionadas pela economia aque-cida e pela maior oferta, com a entrada em cena de novos fornece-dores, as bisnagas (ou tubos, como alguns preferem) multiplicaram-se

no varejo brasileiro nos últimos anos. Bisnagas são leves, inquebráveis, portáteis e, por sua capa-cidade de compressão (squeezability), facilitam a dosagem de cremes, géis e produtos pastosos

IPor Guilherme Kamio

em geral. Mas, não obstante essas importantes virtudes, as bisnagas nacionais padecem daquilo que especialistas em marketing e em branding definiriam como uma limitação: quase todas pos-suem o mesmo formato, numa uniformidade que cerceia as tacadas mais ousadas em construção de imagem de marca por meio da embalagem.

Por princípio, não há como projetar bisnagas com perfis que fujam radicalmente da estrutura

Diversos produtos internacionais já utilizam selagens personalizadas oferecidas pela Norden:

mais destaque às marcas

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tubular. Contudo, um artifício simples, cada vez mais explorado em outros países e ainda subes-timado por aqui, pode ajudar na criação de tubos mais carismáticos: a selagem personalizada, com cortes desenhados, diferentes da tradicio-nal “barra reta”, na extremidade de enchimento (convém lembrar que as bisnagas são envasadas pré-formadas, pelos fundos abertos, que em seguida são selados e aparados.).

“As indústrias nacionais vêm crescentemente demandando materiais, tampas e decorações especiais para bisnagas, e isso é notável. Mas as selagens especiais amplificam o poder dessas embalagens como ferramenta de identidade de marca”, entende Guilherme Presa Arcuri, diretor comercial da Simbios-Pack, representante para o Brasil da sueca Norden. Referência em equi-pamentos para o acondicionamento de produtos em bisnagas, sendo considerada a inventora da selagem hot air (por ar quente), hoje um padrão tecnológico nessa seara, a Norden desenvolve há quase quinze anos desenhos diferenciados para

fundos de tubos – e as ferramentas próprias para suas selagens e refiles.

Os formatos variam dos arredon-dados, poligonais e ondulados, simétri-cos ou não, até a alguns extrovertidos, como aquele que simula dedos dos pés, já utilizado por loções estrangeiras. (A foto que abre esta reportagem dá um aperitivo dessas invenções). Só que, perdoado o trocadilho, contam-se nos dedos as bisnagas nacionais com esse tipo de acabamento. Entre elas estão as que acon-dicionam a linha de máscaras para hidratação de cabelos da marca Garnier Fructis, recentemente lançadas pela L’Oréal brasileira, com selagem arredondada.

Comunicação de inovaçãoOutro desbravador dessa tendência no país é o sabonete íntimo feminino Carefree Natural Fresh, lançado em meados de 2007 pela Johnson & Johnson local, também com selagem arre-

Bisnagas dos hidratantes capilares de Garnier Fructis, com selagem arredondada: novidade nas gôndolas

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C-Pack(11) 5547-1299www.c-pack.com.br

Oystar-Fabrima(11) 2465-2500 www.oystar.fabrima.com

Simbios-Pack(11) 5687-1781www.simbios-pack.com.br

Unità Tecnologia(11) 2109-4021www.unitatecnologia.com.br

Ao alcance das laminadasBisnagas típicas de cremes dentais também podem inovar em formato de selagemÉ possível aplicar selagens especiais também em

bisnagas laminadas, aquelas híbridas de plástico e

alumínio e fortemente identificadas com os cremes

e géis dentais. Com bisnagas estampadas por per-

sonagens como Bob Esponja e Shrek, a Colgate-

Palmolive continua a apostar nas selagens perso-

nalizadas para bisnagas de cremes dentais para

o público infantil (na foto ao lado). Procurada por

EmbalagEmmarca, a fabricante preferiu não comentar

a estratégia.

Em que pese o silêncio da usuária, tradicionais

fornecedores de equipamentos para esse setor

mostram-se dispostos a apoiar projetos dos clientes.

“Como formam um mercado forte, os cremes den-

tais têm potencial enorme para explorar tubos per-

sonalizados”, comenta Renato Bertoni, coordenador

de vendas da fabricante de máquinas de embalagem

Oystar-Fabrima, encarregada da representação no

Brasil da alemã IWK (pronuncia-se “ivecá”), impor-

tante nome em envasadoras de bisnagas laminadas.

dondada, “para potencializar a comu-nicação de um produto inovador”, nas palavras de Renato Wakimoto, diretor de Desenvolvimento de Embalagens da companhia. “O formato nos garantiu a criação de um ícone de mercado, que tem sido um sucesso de vendas com ótimo feedback dos consumidores”, afir-ma Wakimoto. A J&J prefere não identi-ficar a parafernália envolvida na produção da embalagem.

Para as empresas do mercado de bis-nagas, as selagens personalizadas ainda sofrem no Brasil com o estigma do alto custo de adoção e lento ROI (retorno de investimento) freqüentemente associado aos incrementos tec-nológicos. “O ferramental especial é acessível”, sustenta Arcuri. “Ademais, experiên-cias em diversos países mostram que o impacto no ponto-de-venda e as con-seqüentes elevações das vendas garan-tem rápido retorno do investimento.” A situação também não implica em dores de cabeça com as próprias embalagens. “Cortes especiais exigem bisnagas um pouco mais compridas, mas o aumento de custo é desprezível”, assegura Fábio Yassuda, diretor comercial da fornecedo-ra de tubos C-Pack.

“Aquilo que também temos busca-do mostrar à clientela é que as sela-gens especiais podem significar mais que upgrades estéticos”, diz Edman de Alcân-tara Costa, diretor comercial da Unità Tecnologia, representante para o Brasil

da fabricante italiana de envasadoras de bisnagas Comadis.

A fabricante de materiais para pintura artística Acrilex investiu num ferramen-tal especial da Comadis e implantou fura-ções (euro slots) nos tubos de sua linha de texturas artísticas Textura Criativa. Resultado: a possibilidade de colocar os produtos numa nova plataforma de exposi-ção nas lojas, a gancheira. “Com bisnagas organizadas em gancheiras ganhamos mais visibilidade no varejo de auto-serviço em relação à concorrência, que em sua maioria

utiliza frascos”, comenta Osni F. Júnior, da área de marketing da Acrilex.

Nessa linha, Arcuri realça com entusiasmo o caso da farmacêutica Mantecorp, que cerca

de dois anos atrás, com sua família de protetores solares Episol, se tornou pioneira mundial no uso daquilo que a Norden denominou scoop seal, ou “selagem pá”, numa tradução livre do inglês. “É um desenho côncavo, que, além do visual atraente, reduz a diagonal da selagem da bisnaga”, descreve o dire-tor da Simbios-Pack. “A diagonal menor permite reduzir as dimensões das embala-gens secundárias e terciárias para esse tipo de bisnaga, ou seja, dos cartuchos de papel

cartão e das caixas de despacho, o que resulta em significativa

economia.”

Selagem abaulada

tornou Carefree “um ícone”

Selagem com furação permitiu à Acrilex levar textura às gancheiras

Ao reduzir diagonais, scoop seal, já utilizado pela Mantecorp, pode

gerar economia no encartuchamento

(veja abaixo)

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Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme KamiopaInel gráfIco }}} MERCADO DE CONVERSãO E IMPRESSãO DE RóTULOS E EMBALAGENS

Congraf certificadaGráfica recebe autorização para utilizar selo FSC

A Congraf é mais uma gráfica certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council), uma espécie de selo de garantia no trato de questões ambien-tais, sociais e econômicas. A empresa foi auditada pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), licenciadora do FSC.

Até 19 de setembro, empresas gráficas brasileiras de diversos segmentos poderão inscrever seus trabalhos no 18º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. O prê-mio, criado pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) em 1991, tem como objetivo estimular a produtividade e a qualida-de do impresso nacional. Em comemoração aos 200 anos da Indústria Gráfica Brasileira, o concurso vai contemplar peças artesanais realizadas artisti-camente. Neste ano, o concurso tem como tema o Esquadrão Pini, uma alusão aos tempos dos super-heróis das histórias em quadrinhos. A festa de encerramento acontecerá em 25 de novembro, no Expo Barra Funda, em São Paulo.O regulamento e as instruções para inscrição estão disponíveis no site da ABTG – www.abtg.org.br – e pelo telefone (11) 2797-6700.

Abertas as inscrições para o Prêmio Fernando PiniPrazo acaba em 19 de setembro

Até 19 de setembro, empresas gráficas brasileiras de diversos segmentos poderão inscrever seus trabalhos no 18º Prêmio

Gráfica Fernando Pini. O prê-

anos da Indústria Gráfica Brasileira, o concurso

Beleza na miraPantone traz impressora Gallus para atender mercados sofisticados

Em agosto, a Pantone Etiquetas Adesivas, de Diadema (SP), anunciou a compra de uma impressora letterpress rotativa UV de 10 cores, fabricada pela suíça Gallus.O equipamento imprime bobinas com até 250mm de largura, em velocidade nominal de 100 metros por minuto. A máquina pode incorporar, em linha, tratamento corona, seri-grafia rotativa UV, hot stamping, cold foil e acabamento com verniz UV.Em comunicado feito à imprensa, a Pantone afirma que, com esta aquisição, mira merca-dos high-end em que há maior nível de sofisticação e exigência estética.

ABPO lança anuário estatísticoPublicação é editada em três idiomas

A Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) disponibiliza o Anuário Estatístico referente a 2007 em português, inglês e espanhol. Na publicação, que reúne dados coletados do setor composto de 86 empre-sas, representadas por 107 unidades indus-triais, constam indicadores socioeconômicos, informações setoriais, capacidade instalada, consumo de papel, produção e expedição, distribuição geográfica da expedição, capa-cidade nominal instalada das onduladeiras e de produtos acabados, entre outros.

A Suzano Papel e Celulose apresen-tou o TP Pharma, papel cartão triplex de alta performance desenvolvido especialmente para embalagens da indústria farmacêutica. O TP Pharma possui espessura e rigidez superio-res aos produtos disponíveis para esse segmento de mercado, propor-

cionando maior produtividade, per-mitindo a utilização de gramaturas mais baixas e tendo como resultado embalagens mais leves. Disponível nas gramaturas 225, 250 e 275 g/m², o TP Pharma é certifica-do pelo FSC – Forest Stewardship Council.

Suzano lança papel para farmacêuticasTriplex foi desenvolvido para embalagens de remédios

IP compra ativos da WeyerhaeuserNegócio gira na casa dos 6 bilhões de dólares

A International Paper concluiu a compra dos ativos do setor de papelão corrugado, embalagem e reciclagem da Weyerhaeuser por aproximadamente 6 bilhões de dólares. Segundo a International Paper, foi identificada a oportu-nidade de melhoria de lucro de

cerca de 400 milhões de dólares anualmente com a aquisição, como resultado da redução da duplica-ção de custos gerais indiretos, inte-gração de operações de produção, otimização do mix de produtos e melhoria da eficiência da cadeia operacional e de suprimentos.

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Edição: FláVio palharEs ||| [email protected]

Atualizada e bilíngüePágina na Internet da Bahia Pulp é reformulada

A Bahia Pulp, produtora de celulose líquida, utilizada na fabri-cação de tintas, vernizes e esmaltes, estréia seu novo endereço eletrônico: www.bahiapulp.com. O site foi reformulado e passa a contar com informações e imagens atualizadas sobre a empresa, produtos e operações, com versões em português e inglês.

Heidelberg premiada Reconhecimento é por tecnologia inovadora

O Prinect Inpress Control, sistema de controle de medição de cor em linha da fabricante alemã de impres-soras Heidelberg, ganhou o InterTech Award, entregue pela Federação Técnica de Artes Gráficas (GATF), asso-ciação da indústria gráfica que congrega cerca de 13 000 empresas na América do Norte e 500 empresas em outros continentes.O InterTech acontece anu-almente desde 1978 e visa premiar tecnologias inova-doras que trazem benefícios para a indústria gráfica. O rápido tempo de acerto

do Prinect Inpress Control impressionou os juízes. Com este sistema, a máqui-na não precisa mais parar para que as medições sejam feitas na folha impressa. Isso significa, além do menor tempo de acerto, a diminuição do desperdício de papel. O registro e quan-tidade de tinta também são mais rápidos. O sistema está disponível em quatro modelos das impressoras Speedmaster – XL 75, XL 105, XL 145 e XL 162.

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58 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

Mais uma opção para rótulos auto-adesivos Finlandesa UPM Raflatac monta centro de corte e distribuição no interior de São Paulo

Um dos líderes mundiais do mercado auto-adesivo e RFID em etiquetas e tags inlays, a finlandesa UPM Raflatac finca o pé no Brasil. A empresa construiu um centro de corte e distribuição na cidade de Jaguariúna, no interior do Estado de São Paulo. O gerente geral da UPM Raflatac no Brasil, Maurício Médici, falou à reportagem de EmbalagEmmarca sobre os planos da companhia no país.

Como será a atuação da UPM Raflatac no Brasil? Teremos um centro de distribuição, armazenaremos os produtos em estoque local, cortaremos os produ-tos nas medidas e comprimentos solicitados pelos clientes e entregaremos com prazos de 24/48/72 horas, dependendo do produto e do tipo de pedido. Inicialmente, vamos oferecer uma seleção de produtos do nosso portfólio, e ampliaremos o mesmo de acordo com os pedidos e necessidades dos nossos clientes. Acreditamos muito no mercado brasileiro, nós temos um grande interesse em ampliar nossa participação localmente, tentando ser aliados dos nossos clien-tes na viabilização de seus projetos em decoração e identificação de embalagens, e assim ajudá-los na expansão desse mercado no Brasil. Sabemos que isso só é possível com produtos e serviços de alta qualidade, assim como custos competitivos, e é isso que queremos oferecer ao mercado brasileiro. Além de produto auto-adesivo, disponibilizamos auxílio aos nossos clientes no desenvolvimento de projetos de RFID. Estamos convencidos de que surgirão muitas oportunidades nesse segmento de mercado nos pró-ximos anos.

A UPM Raflatac tem fábricas na Europa, Estados Unidos e China. De onde virão os produtos? Atualmente, devido à taxa de câmbio e de compatibili-dade das estruturas, os produtos virão principalmente dos Estados Unidos.

Os clientes terão acesso a todos os itens do portfólio da empresa? O portfólio de produtos da UPM Raflatac é muito extenso, com produtos fabricados nos Estados Unidos e na Europa, de acordo a especificações e necessi-dade de cada região. Se houver interesse dos nossos clientes, não haverá problema em comercializar produ-tos de várias plantas. Nós podemos fazer negociações localizadas ou, se for um processo de compra perene, incluir o produto no portfólio do Brasil.

A UPM Raflatac em números

• 2700 funcionários em todo o mundo • Vendas anuais de cerca de 1 bilhão de euros • Fábricas e escritórios de

vendas nos cinco continentes

Há planos para a construção de uma fábrica aqui?O plano da UPM Raflatac é aumentar a participação de mercado no Brasil e o novo centro de corte e distri-buição da empresa nos permitirá oferecer uma marca global muito conhecida e de alta qualidade, com serviços e prazo de entrega que o mercado brasileiro espera. A UPM Raflatac é uma empresa com presença mundial. Na América Latina, com exceção do México (abastecido pela fábrica Estados Unidos), no entanto, ainda dá os primeiros passos.

A chegada no Brasil pode ser considerada um marco de um novo contrato na região? A UPM Raflatac tornou-se uma empresa global, con-quistando seu espaço em cada região de forma sólida e estável, proporcionando bom atendimento aos clien-tes com bons produtos e serviços. Com essa filosofia ela chega ao Brasil e inicia o processo de entrada na América Latina, como tem feito ao redor do mundo. Certamente é um marco para a região. Em minha opi-nião, é o início de um futuro promissor.

Edição: Guilherme KamiopaInel gráfIco }}} MERCADO DE CONVERSãO E IMPRESSãO DE RóTULOS E EMBALAGENS

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Mais flexível aos setealvez poucas frases sintetizem melhor o ofício dos designers do que “a arte de equilibrar razão e emoção”. Não à toa, esse foi o mote escolhido pela Suzano Papel e Celulose para a sétima edi-ção do Prêmio Max Feffer de Design Gráfico,

destinado a estimular a criatividade desse grupo de profis-sionais – a ser materializada em produtos feitos em papéis da companhia, naturalmente.

A exemplo dos anos anteriores, serão quatro categorias (Embalagens, Promocional, Editorial e Miscelânea) com pre-miações em dinheiro para os três melhores trabalhos, e uma (Estudante) em que os primeiros colocados receberão “ferra-mentas de trabalho” (um computador Macintosh, uma tablet para desenho e uma câmera fotográfica digital, para o primeiro, o segundo e o terceiro colocados, respectivamente).

Para analisar os trabalhos foi montado um júri independen-te, com profissionais de design especializados em diferentes campos contemplados pela premiação. O curador do Prêmio Max Feffer em 2008 é Ronald Kapaz, sócio-fundador da Oz Design. “A liberdade que a Suzano dá para o trabalho dos jura-dos é louvável, pois as análises concentram-se em aspectos téc-nicos, e isso garante a seriedade do Prêmio”, afirma Kapaz.

A grande novidade introduzida no regulamento deste ano é que podem ser inscritos trabalhos feitos em qualquer item da linha da Suzano (antes, essa possibilidade se restringia a produtos impressos em papel Reciclato ou nos papéis cartão Supremo Duo Design e Supremo Alta Alvura). “Precisávamos dar maior flexibilidade aos designers, e por isso estendemos a premiação a todo o nosso portifólio”, explica Gustavo Couto, gerente de marketing da Suzano.

Se, por sua consagração como premiação séria, o Max Feffer já vinha, ano a ano, batendo recordes de inscrições (foram cerca de 1 000 em 2007, contra 830 em 2006 e 780 em 2005), espera-se que essa ampliação do leque de produtos pas-síveis de concorrer dê ainda mais relevância à iniciativa. “Mas, para nós, mais importante do que a quantidade das inscrições é a qualidade das peças”, pondera Couto, enaltecendo o bom nível registrado nos anos anteriores. “Premiações são impor-tantes, pois são réguas para o restante do mercado”, acrescenta Kapaz.

Em tempo: as inscrições vão até o dia 31 de outubro. Mais informações no site www.premiomaxfeffer.com.br, ou pelo telefone (11) 3848-1733 – R. 138.

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Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme KamiopaInel gráfIco }}} MERCADO DE CONVERSãO E IMPRESSãO DE RóTULOS E EMBALAGENS

Quem é quem no júriRonald Kapaz – Sócio-titular, fundador e head-designer da Oz Design. Kapaz é o curador da premiação, posto já ocupado por Gilberto Strunck (entre 2004 e 2006) e Helga Miethke (2007).

Marian Bantjes – Designer canadense que, desde 2003, tem focado seu trabalho na abolição das barreiras entre design, ilustração e tipografia.

Chico Homem de Melo – Diretor da Homem de Melo & Troia Design, com forte atuação em design editorial, corporativo e ambiental. Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e autor do livro “Os desafios do design”.

João de Souza Leite – Professor da ESDi e da PUC-RJ, foi consultor da Casa da Moeda, do Iphan e da Presidência da República. Foi curador das mostras “Design’20” e “O outro sen-tido no moderno: Aloísio Magalhães e o design brasileiro”.

Kiko Farkas – Fundador da ADG e dono da agência Máquina Estúdio, tem trabalhos nas áreas institucional, editorial e cultural. Foi curador e responsável pelo pavilhão brasileiro na Design Mai 2006, em Berlim (Alemanha).

Rico Lins – Diretor de design e comunicação da Integractive, é consultor artistico da IBBY/Unesco e representante brasileiro na Alliance Graphique Internationale. Leciona na School of Visual Arts, em Nova York (Estados Unidos).

Rafik Farah – Foi o representante brasileiro no evento “Graphistes autour du monde”, em 2001, na França, e teve um poster premiado no concurso Ekoplagat (Eslováquia), na cate-goria internacional.

Em nova edição, Prêmio Max Feffer amplia as possibilidades aos designers

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}}} mArCAs própriAs

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Zen também em belezaTaeq, marca própria premium do Pão de Açúcar, lança produtos de banhoe pós-banho com influência oriental nas fórmulas e embalagens exclusivas

ançada há dois anos pelo Pão de Açúcar para chancelar seus produ-tos exclusivos mais sofisticados e voltados ao bem-estar, a Taeq agora ingressa, sob grande expectativa e

investimento de 1,5 milhão de reais do grupo varejista, no cada vez mais concorrido filão dos produtos de higiene pessoal. Composta por trinta artigos de banho e pós-banho – entre sabonetes líquidos e em barra, xampus e condicionadores, óleos de banho e hidratantes, distribuídos em quatro categorias, definidas por certos objeti-vos ou “rituais” desejados (energia, refrescamento, relaxamento ou sedu-ção) –, a linha Beleza conserva a proposta de marca própria premium da Taeq. Além das fórmulas com ingredientes exóticos como ylang-ylang, canela-do-ceilão, verbena com hortelã-pimenta e lichia, os produtos da franquia querem se caracterizar como opção diferenciada também pelas embalagens pro-jetadas com exclusividade.

Conforme explica Iorley Lisboa, gerente de pesquisa e desenvolvimento de embalagens do Grupo Pão de Açú-car, a linha buscou “uma identidade visual marcante e harmônica”. Coube à agência Future Brand o trabalho de

Lcriação dessa identidade visual para as embala-gens, que se orientam para um aspecto despojado. A identidade fica bem marcada no design exclusi-vo que a agência criou para os frascos dos xampus e condicionadores que, vistos de cima, revelam o formato do logotipo Taeq. O projeto dos protóti-pos desses frascos é da 3D Modeling, o molde foi feito pela Formold e a produção ficou a cargo da Megaplast.

Outro destaque são as tampas. A cor de cada uma delas identifica o ritual correspondente, com uma variação de tonalidade conforme os

ingredientes dominantes. Assim, o verde pertence ao ritual de refrescar, azul e roxo ao de rela-xar, laranja e caramelo ao de energizar e vermelho e vinho

ao de seduzir. Essas cores também são exclusivas: foram desenvolvidas espe-cialmente pela produtora de masterbatches Korbety.

Linha “para relaxar”: uma das quatro famílias de

produtos que compõem a incursão de Taeq na área

de cosméticos

Por Adilson Augusto

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Para que o consumidor tenha contato visual com as cores do conteúdo dos produtos, muitas embalagens são translúcidas, como os frascos dos xampus e as bisnagas dos sabonetes líquidos e dos hidratantes para pés e pernas. As bisnagas têm tampas flip-top, de fácil fechamento. O hidratante para mãos vem numa bisnaga plástica branca, feita no tamanho de 50 gramas para boa portabi-lidade. Também há hidratantes em pote branco de PET, com tampa de rosca e selo de alumínio, e leite hidratante em frasco de PET branco equipado com válvula dosadora. O sabonete líquido para mãos tem frasco plástico transparente, também com válvula dosadora. E os óleos para banho são apresentados em frascos de PET transparentes que permitem ver a separação de fases do produto.

Preocupação ambientalO sabonete em barra também é especial. Primeiro, porque foi igualmente projetado no formato do logotipo Taeq. Além disso, sua embalagem foi desenvolvida para reduzir impactos ambientais: é

feita de papel cartão reciclado Vitacarta, da Papi-rus, com flow-pack plástico em BOPP.

A preocupação ambiental está presente ainda nos rótulos – transparentes, de acabamento fosco (tipo no-label look), contêm a indicação dos mate-riais empregados na embalagem, para orientar a eventual reciclagem.

No geral, o mix de embalagens foi orientado para “sustentar a imagem de produtos de alta qua-lidade”, salienta Iorley. Acentua a aspiração por

Formato dos frascos foi inspirado no contorno do logotipo da marca

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64 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

3D Modeling(11) 5031-4500www.3dmodeling.com.br

Antilhas(11) 4152-1100www.antilhas.com.br

Bral-Max(24) 2243-2911www.bral-max.com.br

Formold(11) 5511-3343www.formold.com.br

Future Brand(11) 3821-1166www.futurebrand.com.br

Globalpack(11) 5643-5333www.globalpack.com.br

IndexFlex(11) 3618-7100www.indexflex.com.br

Korbety(11) 3856-9055www.korbety.com.br

Mega Plast(11) 3623-2323www.megaplast.com.br

Nyx(11) 4787-5584www.nyx.ind.br

Papirus(11) 2125-3900www.papirus.com

Seaquist Closures(11) 4143-8925www.seaquistclosures.com

Vimacel(11) 6193-9691www.vimacelpumps.com.br

qualidade de vida, destacando as qualidades dos ingredientes naturais e “reforçando os pequenos rituais de bem-estar individual”. Como exemplo, veja-se o texto da embalagem do sabonete líqui-do energizante de extrato de bambu e ginseng: “Extrato de bambu é hidratante, equilibrante, um símbolo de harmonia e, por sua versatilidade, é conhecido como ouro verde do Oriente. Ginseng

é tonificante, revigorante, na Índia é conhecido como flor da vida e está associado a longevidade, proteção e energia”. Todas as embalagens da linha contêm informações desse tipo, que

enfatizam as qualidades dos ingre-dientes básicos.

Para a produção das embala-gens, o grupo buscou “um padrão de excelência”, recorrendo a empresas como Seaquist Closures e Bral-Max (para as tampas), Mega Plast e Nyx (frascos), Globalpack (bisnagas e tampas), Antilhas (car-tuchos), IndexFlex (rótulos), Vima-cel (válvulas) e Geraldiscos (selos de vedação). A nova linha teve a consultoria técnica da especialista em cosméticos Sonia Corazza, as fragrâncias foram desenvolvidas pela Firmenich e os óleos essen-ciais trabalhados por especialistas da Unicamp.

Princípio de equilíbrioCom foco no princípio da “vida em equilíbrio”, a marca Taeq busca inspiração na filosofia oriental, de

onde vem a palavra tao, que se refere a equilíbrio e faz parte da gênese da marca juntamente com eki, que designa a energia vital. É uma marca dirigida a

consumidores em geral que valorizem as formas de vida saudável. Pessoas que, por exemplo, sem serem esportistas, busquem a prática de exercí-cios físicos. Para esse público, a marca já lançou mais de quinhentos produtos nas linhas nutrição, orgânico, casa e esporte, agora acrescidas da linha de beleza. Com a criação dessa linha de apa-rência completa e homogênea, o que “contribui

para a construção e fortalecimento do conceito de marca”, segundo Iorley, a Taeq busca uma identificação maior do consumidor com a marca durante o processo de escolha.

Os novos produtos estão disponíveis em todas as bandeiras do grupo (Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e Sendas), onde sua chegada foi sinalizada com uma exposição diferenciada e uma ação promocional de experimentação. Para for-talecer a marca, a linha também conta com lojas exclusivas em dez supermercados Pão de Açúcar de São Paulo, Fortale-za e Brasília. E o objetivo é ampliar o número dessas lojas exclusivas, “não necessariamente nas casas do grupo”, informa Iorley. “A iden-tificação ou reconhecimento no ponto-de-venda misto resulta em uma identidade visual marcante e harmônica. No ponto-de-venda exclusivo, aumenta a qualidade percebida, gerando associações positivas”, acrescenta.

O grupo pretende otimizar os investimentos na marca ao longo do tempo: alguns produ-tos serão acrescentados à linha de beleza, segundo os mesmos “rituais”. Outra grande novidade está prevista para 2009: o lança-mento de uma linha Taeq mascu-lina, que deverá incluir xampu, condicionador, loção e bálsamo pós-barba.

Sabonetes em barra,

com formato também remissivo

ao logotipo, têm cartuchos de papel

cartão reciclado

Rótulos auto-adesivos, da IndexFlex, são transparentes: efeito no-label look

Todas as embalagens da

linha trazem descrições dos benefícios dos

ingredientes

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66 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} ArtiGo

que pode fazer de um produto relativamente simples, como um chiclete, um chocolate ou um suco de frutas, um símbolo de status? Embalagem.

A força transformadora da embalagem tem sido presenciada no mercado repetidas vezes. Nos últimos meses, aparentemente multipli-caram-se os exemplos de produtos que, com uma nova embalagem, passaram a atrair uma nova base de consumidores, ou tornaram-se modelos em suas categorias, objetos que pedem para ser exibidos aos outros.

Mostrarei apenas três exemplos que eu vi recentemente no mercado.

Nos Estados Unidos, a Wrigley lançou, no ano passado, sua linha de chicletes 5 Sugar Free Gum (ao lado). Na categoria de gomas de mascar observam-se com freqüência inovações em embalagem que mudam nossa maneira de carregar e consumir o produto. Este é mais um exemplo disso.

A linha chama-se 5 porque, diz a empre-sa, apela para os cinco sentidos – as varie-dades de sabor buscam criar sensações de formigamento, frescor ou calor. O chiclete é acondicionado num envelope inovador. Ele contém 15 tabletes com a mesma dimensão das gomas tradicionais, mas que, devido à embalagem, ficam menos volumosos para carregar nos bolsos. Outra característica que torna a embalagem interessante são as sali-ências nas abas, que proporcionam abertura fácil. A própria embalagem, com sua cor e textura, cria uma percepção de maciez e de qualidade superior: é muito tátil – possui acabamento fosco com detalhes brilhantes. As imagens são fortes e incomuns na catego-ria, contribuindo para dar visual de exclusi-vidade ao produto.

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ARTIGO }}} LYNN DORNBLASER

“Embalagens exclusivas, em geral, conseguem estabelecer ou reforçar um posicionamen-to de preço superior”

A forma segue — e às vezes transforma — a função

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No Canadá e nos Estados Unidos, uma pequena empresa, chamada Gloji, uniu os benefícios funcionais da bebida que fabrica à mensagem transmitida pelo formato da embalagem (na foto à direita). A Gloji é uma bebida que contém romã e açaí, duas frutas chamadas com freqüência de “superfrutas”, por causa de seu alto teor de antioxidantes.

O fabricante afirma que a Gloji foi desen-volvida para “fazer você brilhar”, tanto inter-na quanto externamente, por causa dos bene-fícios à saúde proporcionados pelas frutas. Não é à toa, portanto, que a embalagem assemelha-se a uma lâmpada. A tampa twist-off foi desenhada para parecer com a rosca da lâmpada, e a garrafa de PET tem uma forma única que remete a um bulbo incan-descente. A embalagem não apenas trans-mite a idéia de que fará você “brilhar” como também se diferencia, nas gôndolas, das demais garrafas de PET com formatos mais tradicionais.

Esses três produtos ilustram também um outro ponto relacionado com embalagens exclusivas: em geral, elas conseguem esta-belecer ou reforçar um posicionamento de preço superior. Os três produtos menciona-dos são comercializados por valores acima da média da categoria, e não há dúvidas de que a embalagem ajuda a vender o conceito aos consumidores.

Então, da próxima vez que você estiver pensando em uma nova embalagem para o seu produto, pense fora da caixa*, da garrafa ou de qualquer invólucro.

*(Nota do editor: jogo com a expressão ingle-sa think outside the box, que significa sair do convencional; pensar diferente, por uma nova perspectiva)

Na Turquia, um tipo de embalagem com-pletamente novo para chocolate transformou esse trivial bem de consumo numa guloseima única para ser consumida on-the-go, poden-do ser dividida com outros (na foto abaixo). O fabricante, a Funose Gida’s D’ose, dispo-nibiliza pedaços de chocolate para quem está muito apressado para consumir uma barra inteira, ou para quem não quer fazer conces-sões no que diz respeito a estilo.

Os nacos de chocolate vêm numa emba-lagem metálica compacta. O lado externo lembra a forma do yin-yang. Dois tipos de chocolate são acondicionados em comparti-mentos separados. Um lado contém chocolate amargo, e o outro traz uma versão mais doce. As duas opções de sabor, doce e amargo, tal-vez representem o equilíbrio entre yin e yang na vida das pessoas. A lata, com desenho do tipo concha, possui duas espécies de gemas, como jóias, engastadas no topo, e a parte interna tem uma divisão de material plástico para separar os produtos. Essa embalagem é uma que pode facilmente ser reutilizada após o consumo do chocolate.

Lynn Dornblaser é diretora da divisão CPG Trend Insight da consultoria Mintel International, com escritórios em Chicago e Londres. Com mais de vinte anos dedicados a análises de tendências glo-bais de consumo, ela pode ser contatada peloe-mail [email protected]

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}}} CiClo de CoNHeCimeNto

Sustentabilidade no DNA das empresasSeminário será pautado pelo ponto-de-vista da cadeia produtiva de embalagem

inda não se conhecem levantamentos, mas é bem provável que, a exemplo de “inovação” e de “sexo”, a palavra “sustentabilidade” seja hoje uma das mais empregadas, se não em todos os

contextos sem dúvida com grande ênfase no mundo produtivo. Pode ser um pouco enfadonho, mas é compreensível.

As pessoas têm se dado conta, de forma crescente e não totalmente tardia, de que a administração insen-sata dos recursos naturais vem colocando em sério risco sua sobrevivência e a de seus descendentes. Em suma, é preciso mudar, e já não cabe discutir quando, mas como. É a isso – apontar caminhos e identificar providências viáveis – que se propõe o SEmINÁrIO ESTraTÉgIcO DE SUSTENTabIlIDaDE Na ÁrEa DE Emba-lagEm, organizado pelo Bloco de Comunicação no âmbito do cIclO DE cONHEcImENTO.

Sim, o tema “virou moda”, e já se tem notícia de eventos abordando até “sono e sustentabilidade”. Mas por que a editora responsável pela publicação de EmbalagEmmarca, uma revista que se caracteriza pela abordagem diferenciada e sempre focalizada dos assuntos, iria “entrar na onda”? A resposta é, justa-mente, essa: foco.

O eixo do programa será a embalagem, esse ele-mento sem o qual não existiria a civilização como ela é hoje e que tem peso vital na questão da sustentabi-lidade do planeta. As discussões, no entanto, serão direcionadas não só à relação da embalagem com o ambiente, mas sim interrelacionada com aquilo que ela representa além de sua importância ambiental e social. Em poucas palavras, no Seminário a embala-gem deverá ser analisada sob a luz da sustentabilidade direcionada ao que ela também não deixa de ser e que, supõe-se, está movendo os profissionais e empresá-rios a irem ao evento: como negócio.

No Seminário Estratégico agendado para 14 de outubro próximo, na Câmara Americana de Comér-cio, em São Paulo, as palestras e os debates serão pautados pelo ponto-de-vista da cadeia produtiva de embalagem envolvendo desde fornecedores e presta-dores de serviços até o lado dos usuários e do varejo.

AApoio:

Ao planejar o evento, os organizadores levaram em conta que a visão e os interesses de cada elo da corrente são distintos, quando não conflitantes. No entanto, desconte-se a obviedade, são interdependen-tes, e seus interesses convergem. Por isso é que se procurou colocá-los juntos no que se pretende venha a ser uma análise que considere todos os diferentes interesses. Afinal, como observaram preliminarmente palestrantes que se apresentarão no Seminário, nenhu-ma cadeia produtiva é saudável e rentável se um ou mais de um de seus elos tem problemas.

Na atual economia globalizada, a concorrência se dá cada vez menos entre produtos e mesmo entre marcas. Cada vez mais ela ocorre entre cadeias produ-tivas. Assim, problemas que afetam agentes situados nas pontas ou no meio da corrente devem ser trata-dos de forma sistêmica, considerando-se a sanidade do organismo inteiro. Por tratar-se de negócios, por “sanidade” pode-se ler “competitividade”. Significa que, sem desconsiderar os benefícios que as práti-cas de sustentabilidade eventualmente propiciem à imagem das marcas e das empresas, elas não podem mais consistir em práticas isoladas e esporádicas. Em outras palavras, e usando outra expressão muito em voga, a sustentabilidade deve fazer parte do DNA das empresas. O Seminário Estratégico de Sustentabilida-de na Área de Embalagem propõe-se a estimular isso sem cair em dispersões. (WP)

Câmara Americana de Comércio

sediará o Seminário Estratégico de

Sustentabilidade

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}}} iNterNACioNAl

Vínculo aproveitadoGarrafa de PET para azeite busca imitar a de vidro

radicionalmente encon-trados em latas de aço e em garrafas de vidro, os azeites de oliva agora podem migrar, como

já fizeram outros tipos de óleo de cozinha, qualificados como “menos nobres”, para as embalagens de PET – sem no entanto perder os vínculos com a tradição. Isso acontece graças a um novo conceito de recipiente para azeites lançado pela indústria americana Novapak Corporation. Recentemente a empresa apresentou ao mercado garrafas de PET ultra-clarificado, com a promessa de que terão efeito superficial semelhante ao do vidro, ou seja, com alto brilho e grande transparência. Além disso, têm formato de paralelepípedo, como as embalagens de vidro de crescente número de azeites tradicionais.

As novas garrafas são apresentadas em duas medidas: 500 mili-litros e 1 litro, ambas dotadas de tampa flip-top de duas peças, da Bericap, para gargalo de 32 milímetros. São moldadas pelo proces-so de injeção, estira-mento e sopro (ISBM) a partir de pré-formas standard. O sistema, de

dois estágios, atua sobre a orienta-ção das moléculas, propiciando maior resistência ao produto final.

Ainda de acordo com o fabricante, além da alta clareza (transparência) e do brilho, as garrafas plásticas de sua produção “apresentam estreita seme-lhança com as feitas de vidro para acondicionar azeite, ao mesmo tempo que aceitam mais impactos, oferecem maior resistência mecânica e peso menor”. Para efeito de comparação, o produto da Novapak na medida de 500 ml pesa 32 gramas, enquanto uma garrafa de água mineral natural de igual capacidade pesa cerca de 17 gramas (no Brasil). A empresa tem previsão de lançar ainda este ano três novos tamanhos: 250 mililitros, 750 mililitros e 1,5 litro. (FP)

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Bericap(15) 3235-4500www.bericap.com

Novapak+ 01 732 800-975-2784www.novapak.com

Novapak sustenta que a garrafa

plástica é clara e trasparente como

o vidro, porém mais resistente

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Bag-in-bottlecom apelo ecológicoCombinando bolsa de bioplástico e corpo de polpa celulósica, inovação britânica prometeimagem “verde” a leites e outras bebidas

or fora, uma garrafa, de polpa mol-dada parecida com aquela empre-gada em caixas de ovos, originada da reciclagem de papel sulfite uti-lizado em escritórios. Por dentro,

uma bolsa biodegradável, confeccionada com PLA (ácido polilactídeo), plástico derivado do milho, fonte natural renovável. Tal combinação, intitulada GreenBottle, promete a bebidas e ali-mentos pastosos uma apresentação mais amigável ao ambiente – uma “garrafa verde”, como propõe pelo nome. Criada pelo inglês Martin Myers-cough, a inovação ganhou a simpatia da ASDA, importante rede varejista britânica controlada pelo Wal-Mart, que lhe acaba de abrir espaço em algu-mas lojas como embalagem de leite, produzido pelo laticínio Marybelle.

A GreenBottle é somente apropriada para leites de rápido consumo – até quatro dias – e depende de distribuição refrigerada. Para despejar o conteúdo, é preciso romper um prolongamento da bolsa plástica aparente no topo da garrafa, que faz as vezes de gargalo. O corpo de polpa dispõe de uma alça e, segundo Myerscough, tem formato conveniente para o armazenamento na geladeira. “A GreenBottle é adaptável às linhas convencio-nais de envasamento de garrafas plásticas”, diz o inventor.

Um contragolpeNo que diz respeito à destinação pós-consumo, o corpo de polpa celulósica moldada pode ser nova-mente reciclado ou compostado (transformado em adubo). A bolsa plástica de PLA, que fica em contato com o leite, se desintegra em seis semanas em ambiente de compostagem ou quando descar-tada na natureza.

PAlém de sustentável,

GreenBottle é conveniente: pode ser envasada em

linhas convencionais de engarrafamento e possui alça para fácil manuseio

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O apadrinhamento pela ASDA pode ser visto como um contragolpe às recentes iniciativas das rivais Sainsbury’s e Tesco, que lançaram lei-tes acondicionados em saquinhos de polietileno apontando-os como opção ecologicamente mais correta (veja reportagem na edição anterior de EmbalagEmmarca).

Sucede que o mercado britânico de leites é dominado pelas garrafas plásticas, o que a opinião pública local cada vez mais vê como um proble-ma. O descarte de garrafas de leite produz entre 130 000 e 150 000 toneladas anuais de resíduos. Menos de 25% desse volume é reciclado, segun-do o Waste and Resources Action Programme (WRAP), entidade do governo inglês criada para aprimorar a administração do passivo ambiental. “O leite é um dos produtos que mais vendemos, portanto temos a responsabilidade de desenvolver alternativas em embalagem que facilitem posturas ‘verdes’ dos nossos consumidores, ajudando-os a reciclar”, diz Chris Brown, chefe de Fontes Sus-tentáveis e Éticas da ASDA. (GK)

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GreenBottle01728 726577www.greenbottle.com

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}}} LANçAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDIsplay

Presente no mercado desde 1994, a linha Mais Vita, da Yoki Alimentos – composta por trigo integral, farinha de centeio, arroz-cateto, linhaça e fibra de soja – estréia o novo design de suas embalagens. As embalagens flexíveis –

confeccionadas em polipropileno biorien-tado (BOPP) mais polietileno (PE) pela Incoplast e pela Yoki – trazem no verso receitas, informações nutricionais e dicas de consumo. O design é assinado pela Zauberas e Associados.

Incoplast (48) 3657-3000www.incoplast.com.br

Zauberas e Associados(11) 3877-1132www.zauberas.com.br

Bolinhos em flow packsMoinho Paulista estréia em produtos prontos

Flow packs acondicionam o bolo Nita Cake de 250 gra-mas, do Moinho Paulista, que ingressa no segmento de produtos prontos. Os invólu-cros são produzidos em poli-

propileno biorientado (BOPP) pela Camargo Embalagens. O design é da Branding8 Publicidade e Marketing. O Nita Cake tem os sabores Chocolate, Laranja e Coco.

Branding8 Publicidade e Marketing (11) [email protected]

Camargo Embalagens (15) 3285-2009www.camargociaembalagens.com.br

Expansão de marca própriaLa Rioja investe em café

O grupo La Rioja coloca no mercado seu café em grãos de marca pró-pria. O produto é acondicionado em almofadas de PET e polietileno (PE) for-necidos pela Cordel Embalagens. A cria-ção é da Pontoesse Comunicação.

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Grãos em novas flexíveisYoki reformula embalagens da linha Mais Vita

Cordel Embalagens (11) 4582-6388www.cordel.ind.br

Pontoesse Comunicação (11) 3051-5177www.pontoesse.com.br

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Decoração de vidro com vidro

Edição: FláVio palharEs ||| [email protected]

A Vinícola Salton, de Bento Gonçalves, inova na embalagem de seu vinho frisante Lunae. A garrafa que acondi-cionaa a bebida apresenta um conceito diferenciado em relação às tradicio-nais da categoria: tem shape alto, linhas retas e é incolor. A Saint-Gobain Embalagens, que produz as embala-gens, trouxe outra inovação: Salton Lunae é o primeiro produto da vinícola a utilizar tampas de rosca (screw cap), fabricadas pela Alplast, na Itália. A decoração é feita diretamente na garra-fa, num processo em que o pó de vidro pigmentado adere ao vidro. Segundo empresário Ângelo Salton, diretor geral da vinícola, “a técnica de pintura pro-porciona um efeito visual que realça o caráter de exclusividade da bebida”. O layout é da Lab Mattar Design.

Salton Lunae adota tampa de rosca e decoração

Aposta no poteAchocolatado ganha nova apresentação

A Vilma Alimentos apresenta as novas embalagens do achocolatado em pó ChocoVilma. O produto, que já era comercializado em sachês de 400 gra-mas, passa a contar com potes de 400 gramas de polipropileno (PP), supridos pela Vibraço. As emba-lagens são decoradas por rótulos termoencolhíveis de PET transparente e PET metalizado impressos pela Fitatex. As tampas de PP também são forne-cidas pela Vibraço. O design das embalagens foi criado pela Vilma Alimentos.

Alplast+39 0141 66 88 00www.alplast.it

Lab Mattar Design(11) 3889-0529www.labmattar.com

Saint-Gobain Embalagens(11) 2246-7214www.sgembalagens.com.br

Fitatex (31) 3462-3911www.fitatex.com.br

Vibraço (21) 3219-1999www.vibracoembalagem.com.br

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76 EmbalagemMarca agosto 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} LANçAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDIsplay

A linha de cachaças com frutas Ypióca Sabores chega aos pontos-de-venda em novas embalagens: garrafas de vidro de 960 mililitros pro-duzidas pela CIV, e de PET de 500 mili-litros, supridas pela Yplastic, uma das empresas do Grupo Ypióca. As garrafas de vidro foram remo-deladas e são deco-radas com rótulos termoencolhíveis pro-

duzidos pela Sleever International. As tam-pas de alumínio reco-bertas por um lacre termoencolhível com o nome da cachaça são fornecidas pela Plastamp. As garra-fas PET têm rótulos de polipropileno bio-rientado (BOPP) lami-nado, impressos pela Grafigel, e tampas de alumínio importadas da Itália. O layout das embalagens é da agência Bolero.

De vidro e de PETLinha Sabores da Ypióca tem novas embalagens

Bolero (85) 3392-8915 www.bailacomigo.biz

CIV (81) 3272-4444www.civ.com.br

Grafigel (62) 3272-4000www.grafigel.com.br

Plastamp (11) 4584-2020www.plastamp.com.br

Sleever International(11) 2303-2337www.sleever.com

A Vetnil lança o Pet Milk, alimento em pó para filhotes de cães e gatos que apre-sentam intolerância à lactose. O produto é acondicionado em latas multifolhadas com tampas de alumínio Sealed Safe e sobre-tampas de polietile-no (PE), fornecidas pela Sonoco For-Plas. Os rótulos de papel são impressos pela Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas. O layout das embalagens foi criado pelo depar-tamento de marke-ting da Vetnil.

Leite para filhotes Cães e gatos com intolerância à lactose ganham aliado

Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas(11) 2146-1150www.grifetiquetas.com.br

Sonoco For-Plaswww.sonoco.com.br

A fabricante de produtos de higiene e limpeza Razzo investe no segmento de sabonetes, com o lançamento de novas fragrâncias. Para acompanhar os lançamentos foram criadas novas embalagens. Os invólucros de papel laminado e poliéster fornecidos pela Itap Bemis recebem tratamento fungicida. O design das embalagens é da Quarter Group.

Contra os fungosEmbalagem de sabonete recebe tratamento

Itap Bemis(11) 5516-2000 www.dixietoga.com.br

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Quarter Group (11) 3746-7115www.quartergroup.com.br

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77EmbalagemMarcaagosto 2008www.embalagemmarca.com.br

A Bozzano substitui os antigos potes de 230 gramas do Gel Fixador Regular por recipientes de 300 gramas. As novas emba-lagens de PET fazem alusão a antigos potes de graxa para automóveis, com boca larga, faci-litando o manuseio, e tampas de polipropileno (PP) semelhantes a

engrenagens. Pote e tampa são fornecidos pela Igaratiba. Os rótu-los auto-adesivos de polipropileno biorientado (BOPP), com aplica-ção de hot stamping, são produ-zidos pela Indexflex. A empresa garante que o preço final do pro-duto não será aumentado, mesmo com o incremento no conteúdo.

Mais pelo mesmoBozzano aumenta volume de potes de gel

Igaratiba (19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Indexflex(11) 3618-7100www.indexflex.com.br

A Fleischmann e a Mauri Fermentos, empresas da AB Brasil, apresentam ao mercado os preparados para sobremesas Mix Quindim e o Mix Fios de Ovos, que fazem parte de suas linhas de ovos

líquidos pasteurizados Fleischeggs e Inovo. Os lançamentos são acondi-cionados em embalagens cartonadas assépticas de 1 litro da SIG Combibloc, com design criado pela DBox Design.

Sobremesas na caixaAB Brasil lança produtos à base de ovos

DBox Design (11) 3721-4509www.dboxdesign.com.br

SIG Combibloc (11) 2107-6744www.sig.biz/brasil

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PRÊMIO EMBALAGEMMARCAGrandes cases de embalagemTECNOLOGIAPRODUTIVIDADEGIROCONVENIÊNCIAINOVAÇÃOREDUÇÃODECUSTOSIMPACTOAMBIENTALVIDADEPRATELEIRAAGREGAÇÃODEVALORLOGÍSTICAMATERIAISDESIGNCOMUNICAÇÃOSEGURANÇA

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Agradecemos a todas as empresas que se inscreveram no Prêmio EmbalagemMarca - Grandes Cases de Embalagem 2008.

Agradecemos também aos patrocinadores, que ajudaram a viabilizar o evento.Agora esperamos todos na cerimônia de entrega dos troféus.

Reserve já o seu convite e o de seus clientes.

cerimônia de entrega dos Troféus do prêmio

embalagemMarca - grandes cases de embalagem 2008Dia 1º de outubro, no Centro Fecomércio de Eventos

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo, SPInformações: [email protected]

os profi ssionais das empresas vencedoras presentes na cerimônia concorrerão a um pacote de viagens para visitar a feira Emballage 2008, em paris. o sorteado terá direito a apresentar o case no evento paralelo pack.Vision, fórum internacional de novidades e tendências em embalagem.

concorrerão a um pacote de

No dia da cerimônia serão sorteados, entre todos os presentes, 10 convites para o seminário Estratégico de sus-tentabilidade em Embalagens (mais informações sobre este evento na página 72, ou pelo e-mail [email protected]).

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PRÊMIO EMBALAGEMMARCAGrandes cases de embalagemTECNOLOGIAPRODUTIVIDADEGIROCONVENIÊNCIAINOVAÇÃOREDUÇÃODECUSTOSIMPACTOAMBIENTALVIDADEPRATELEIRAAGREGAÇÃODEVALORLOGÍSTICAMATERIAISDESIGNCOMUNICAÇÃOSEGURANÇA

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patrocínio especial

patrocínio masterpatrocínio premium

organização Apoio operacional realização

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}}} íNdiCe de ANuNCiANtes

Anunciante Página Telefone Site

Adegraf 73 (11) 2067-9999 www.adegraf.com.brAmazon Coding 53 (11) 3133-7666 www.amazoncoding.com.brArco Convert 39 (11) 2061-8099 www.arco.ind.brBauch Campos 27 (11) 4785-2500 www.bauchcampos.com.brBaumgarten 24 e 25 (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.brBericap 65 (15) 3235-4500 www.bericap.comBetim Química 63 (31) 3358-8500 www.betimquimica.com.brBiC label 31 0800 260434 www.biclabel.com.brBp Filmes 71 (11) 3616-3402 www.bpfilmes.com.brBraga 37 (19) 3897-9720 www.braga.com.brClariant 3ª capa (11) 5683-7834 www.clariant.comCobrirel 73 (11) 2081-6555 www.cobrirel.com.brComprint 33 (11) 3371-3371 www.comprint.com.brCongraf 61 (11) 3103-0300 www.congraf.com.brdow Brasil 42 e 43 (11) 5188-9000 www.dowplastics.comdu pont 47 0800 171715 www.dupont.com.bremCr 77 (11) 5934-3183 www.emcrinducao.com.bremibra 49 (11) 4748-2199 www.emibra.com.brequilibrio 73 (11) 5016-4939 www.equilibriocomunicacao.com.brFrasquim 77 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.brFsi 59 (11) 5505-2370 www.boxprint.ind.brGiroNews 81 (11) 3675-1311 www.gironews.com.brGrand pack 73 (11) 4053-2143 www.grandpack.com.brHenkel 49 (11) 3205-8892 www.henkel.com.brindemetal 57 (11) 4013-6644 www.indemetalgraficos.com.brindexflex 19 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.brinnova 2ª capa (51)3378-2300 www.innova.ind.brintermarketing Brasil 4ª capa (11) 4133-4188 www.intermarketingbrasil.com.brKromos 41 (19) 3879-9500 www.kromos.com.brloop 77 (19) 3404-6700 www.loop.ind.brm&G 51 (11) 2111-1300 www.gruppomg.com.brmarkem-imaje 17 (11) 3305-9455 www.markem-imaje.commetrolabel 27 (11) 3603-3888 www.metrolabel.com.brmintel 55 +1 (312) 450-6103 www.mintel.commoltec 73 (11) 5693-4600 www.moltec.com.brNovelprint 75 (11) 3760-1500 www.noveltech.com.brNovo promocionais 45 (11) 5686-8533 www.novopromocionais.com.brNZ philpolymer 5 (11) 4716-3141 www.gruponz.com.brpetroquímica triunfo 21 0800 015 4888 www.ptriunfo.com.brpoli paper 77 (11) 6412-3550 www.polipaper.com.brprakolar 9 (11) 2291-6033 www.prakolar.com.brpropack 75 (11) 4785-3700 www.propack.com.brQuattor 29 (11) 3583-5900 www.quattor.com.brrotatek 5 (11) 3215-9999 www.rotatek.com.brsiG Combibloc 35 (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasilsimbios-pack 77 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.brsonoco For-plas 75 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.brsuzano papel e Celulose 15 0800 722 7008 www.suzano.com.brtetra pak 7 (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.brtom-B 69 (11) 3255-7214 www.tom-b.eutrends of print 67 (11) 3074-9724 www.trendsofprint.com.br

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AlmanaqueAlmanaque

82 EmbalagemMarca agosto 2008www.embalagemmarca.com.br/almanaque

Excelente e quase inalterada

Caiu a ficha para a sucessora

A rica história do Requeijão Catupiry (“excelente” em tupi-gua-rani), produto de características essencialmente brasileiras, come-ça na cidade minei-ra de Lambari, no Circuito das Águas, em 1911. Naquele ano, o imigran-te italiano Mário Silvestrini, inventor do produto, iniciou a produ-ção industrial, transferida para a vizinha São Lourenço em 1922 e,

em 1949, para São Paulo. A céle-bre caixinha redonda de madeira, substituída em 1990 por uma de

polipropileno, é dessa época, com rótulo nas cores

vermelha, azul e branca. Este

mantém até hoje inaltera-da a essência gráfica, cujos

elementos deco-rativos, estilizados e

simétricos, são típicos do início do século XX.

As velhas fichas telefônicas da Telesp, a companhia telefônica de São Paulo, marcaram a história da Mecano Pack, de Taboão da Serra (SP). A empre-sa, fundada pelo imigrante austríaco Leopold von Appel em 1955, durante quase vinte anos foi a única fornecedo-ras dos sachês que acondicionavam as fichas. Sua queda por gravidade, acio-nando o mecanismo de funcionamento dos telefones públicos (“cair a ficha”), virou sinônimo de “dar-se conta”. As máquinas de strips trazidas ao Brasil por von Appel entraram em ação para a Telesp a partir de 1970, fazendo o que se tornou o principal produto da empresa. No começo dos anos 1990, com o avanço das telecomunicações, os telefones públicos começaram a fun-cionar com cartões. Foi então que “caiu a ficha” de Inês, filha e sucessora de Appel: ela criou a marca própria Bom Sabor de produtos alimentícios fracio-nados. Os primeiros trabalhos foram sachês de açúcar, de sal e de palitos.

70 anos de digitalEste ano a impressão digital completa setenta anos. Em 22 de outubro de 1938 o físico americano Chester Carlson (1906-1968) fez a primeira cópia xero-gráfica da história (ver Almanaque em EMBALAGEMMARCA nº 79, 2006). Num barracão no bairro de Astoria, em Nova York, Carlson e o alemão Otto Kornei fizeram funcionar a máquina que inau-gurou o processo, patenteado (em abril de 1939) com o nome de “eletrofoto-grafia”. Foi assim: 1) cobriram uma placa de zinco com fina camada de enxofre e, numa lâmina de vidro, escreveram com tinta comum: “10-22-38 ASTORIA”; 2) esfregaram com um lenço de algodão a placa metálica, que ficou carregada de eletricidade está-tica; 3) colocaram sobre ela a lâmina de vidro; 4) expuseram o conjunto à luz de um refletor, e em conseqüência os raios drenaram a carga elétrica da chapa, deixando intocadas as regiões cobertas pela tinta, que serviu como “máscara”; 5) retiraram o vidro; 6) pul-verizaram a placa com um pó conhecido como licopódio, e os dizeres se torna-ram visíveis; 7) pressionaram uma folha de papel contra o metal, e a inscrição se transferiu para ela. Foi a semente do sis-tema de impressão digital, que hoje res-ponde por quase metade dos impressos e cresce em ritmo cinco vezes superior ao do método convencional.

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