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Cursos de pós-graduação são diferenciais competitivos Trabalho em casa com profissionalismo ENTREVISTA • Marcus Buaiz, um entusiasta da noite O sócio ideal Será que ele existe? JUNHO DE 2014 • Nº 2 • ANO I

Revista Empreenda Jovem

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Segunda edição da Revista Empreenda Jovem, uma publicação da Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje)

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Page 1: Revista Empreenda Jovem

• Cursos de pós-graduação são diferenciais competitivos

• Trabalho em casa com profissionalismo

entrevista • Marcus Buaiz, um entusiasta da noite

O sócio idealSerá que ele existe?

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JUN

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DE

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14

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NO

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J U N H O D E 2 0 1 4 • N º 2 • A N O I

Page 2: Revista Empreenda Jovem

CARIACICA FAZ 124 ANOS COM QUASE

350 MIL MOTIVOS PARA COMEMORAR.

Porque nada nos enche mais de orgulho do que ver a dedicação,

a amizade, a solidariedade decada um dos nossos moradores,que acreditam na nossa cidade. E é por eles que o trabalho da

Prefeitura não para.

vamos comemorar juntos

A N O SA N O S

O M A I S I M P O R T A N T E D A C I D A D E É A N O S S A G E N T E .

Manuelle, Kaiann, Jaquelaine e Caio

- Valorização do servidor e benefícios como auxílio alimentação;

- Criação do IPTU+Social: isenção para imóveis com valor venal inferior a R$ 20 mil;

- Aplicação de mais de 31 quilômetros de Revsol em 24 bairros;

- Redução de 90% dos casos de dengue com inovação, economia e tecnologia por meio da moto fumacê;

- O PA do Trevo, o maior do Estado, já realizou mais de 25 mil atendimentos.

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CAR_003_14_42x28.pdf 1 23/06/14 11:40

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P.M. Cariacica

CARIACICA FAZ 124 ANOS COM QUASE

350 MIL MOTIVOS PARA COMEMORAR.

Porque nada nos enche mais de orgulho do que ver a dedicação,

a amizade, a solidariedade decada um dos nossos moradores,que acreditam na nossa cidade. E é por eles que o trabalho da

Prefeitura não para.

vamos comemorar juntos

A N O SA N O S

O M A I S I M P O R T A N T E D A C I D A D E É A N O S S A G E N T E .

Manuelle, Kaiann, Jaquelaine e Caio

- Valorização do servidor e benefícios como auxílio alimentação;

- Criação do IPTU+Social: isenção para imóveis com valor venal inferior a R$ 20 mil;

- Aplicação de mais de 31 quilômetros de Revsol em 24 bairros;

- Redução de 90% dos casos de dengue com inovação, economia e tecnologia por meio da moto fumacê;

- O PA do Trevo, o maior do Estado, já realizou mais de 25 mil atendimentos.

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Page 4: Revista Empreenda Jovem

Incentivo, formalização e capacitação. Se você quer crescer, empreender é com a gente.

Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais

Artesanato Capixaba

Inclusão Produtiva

Cooperativismo

Agroindústria Familiar

Bancos Comunitários

Economia Solidária

O Governo do Espírito Santo promove o crescimento do Estado investindo no desenvolvimento humano e profissional dos capixabas. Por meio da Aderes, capacita e qualifica o cidadão, bem como incentiva

e fortalece o empreendedorismo entre os micro e pequenos negócios. Assim, gera oportunidades, ajuda a ampliar a inclusão produtiva e social e contribui para dinamizar e diversificar a economia capixaba.

Para participar dos cursos e obter mais informações, procure a Aderes: Av. Nossa Senhora da Penha, 714 - 5º Andar - Ed. RS Trade Tower - Praia do Canto - Vitória/ES -

CEP: 29055-130 - Tel: (27) 3636-8552 | www.aderes.es.gov.br

Conheça as áreas de atuação da Aderes:

Page 5: Revista Empreenda Jovem

Incentivo, formalização e capacitação. Se você quer crescer, empreender é com a gente.

Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais

Artesanato Capixaba

Inclusão Produtiva

Cooperativismo

Agroindústria Familiar

Bancos Comunitários

Economia Solidária

O Governo do Espírito Santo promove o crescimento do Estado investindo no desenvolvimento humano e profissional dos capixabas. Por meio da Aderes, capacita e qualifica o cidadão, bem como incentiva

e fortalece o empreendedorismo entre os micro e pequenos negócios. Assim, gera oportunidades, ajuda a ampliar a inclusão produtiva e social e contribui para dinamizar e diversificar a economia capixaba.

Para participar dos cursos e obter mais informações, procure a Aderes: Av. Nossa Senhora da Penha, 714 - 5º Andar - Ed. RS Trade Tower - Praia do Canto - Vitória/ES -

CEP: 29055-130 - Tel: (27) 3636-8552 | www.aderes.es.gov.br

Conheça as áreas de atuação da Aderes:

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editorial

Precisamos ser EU S/A ma pesquisa feita pela Endeavor re-vela que 3 em cada 4 brasileiros pre-feririam ter um negócio próprio a ser

funcionário de uma grande empresa. Em contrapartida, temos números que

mostram que praticamente a metade das em-presas que são abertas no Brasil não chega até o terceiro ano de vida, o que mostra que, mui-tas vezes, apenas boa vontade não basta para enveredar pelos caminhos do próprio negócio.

Ser um funcionário exemplar é um dos pri-meiros indícios de um empresário de sucesso; e ser um empresário de sucesso requer trabalhar como um funcionário exemplar. Essa máxima nos faz debater o que seria um empregado exem-plar. Segundo Jeff Haden, em muitos casos, os melhores funcionários são motivados por algo mais profundo e mais pessoal do que apenas o desejo de fazer um bom trabalho. Trabalhar em uma empresa e entregar o que se pede passa a ser como montar uma empresa e apenas entre-gar o que o cliente está pedindo. Entretanto, a competitividade está fazendo com que as em-presas procurem sempre entregar algo a mais, fazendo com que o cliente perceba que está li-dando com uma empresa diferenciada e passe a virar um cliente assíduo.

Muitos jovens não percebem que desde que iniciam o primeiro contato com a área profissio-nal, eles estão abrindo uma empresa chamada EU S/A. Não é preciso ter funcionários para sa-ber lidar com pessoas e gerenciar conflitos; não devemos esperar pagar tributos no final do mês para ver a importância de aumentar a lucrativi-dade da empresa em que estamos trabalhando; se temos o ideal de construir a própria empresa

U

Julio Cesar Vasconcelos, presidente da Fecaje

é preciso saber que ela será o reflexo das nossas atitudes. Não podemos esperar ter um CNPJ para começar a empreender.

O Brasil precisa, e muito, de políticos em-preendedores, gestores empreendedores, médi-cos empreendedores, empregados e patrões em-preendedores. Encaixar-se em um bom perfil de empregado já é o primeiro passo para conquistar objetivos pessoais e empresariais. A revista “Em-preenda Jovem” busca ser uma ponte entre jovens que estão empreendendo com aqueles que bus-cam empreender. Lições contidas nesta segunda edição podem encurtar caminhos e diminuir fa-lhas, mas a principal lição que estamos tentando transmitir é a de que não existe uma linha que vai separar o antes e depois. Empreender é uma construção, e, a cada dia, se aprende uma nova li-ção, por isso, o quanto antes começarmos a prati-car, mais cedo vamos descobrir que a empresa EU S/A vai estar valorizada e bem vista no mercado.

Boa leitura.

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46

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Como Trabalhar em qualquer lugar Com

profiSSionaliSmo

a eSColha do SóCio e aS definiçõeS de papéiS denTro da empreSa

eSpeCializaçõeS Conferem

diferenCial no merCado de

Trabalho

Como empreender Com a alTa Carga TribuTária

Coragem e deTerminação

no CompeTiTivo merCado da moda

planTando e pedalando em prol da SuSTenTabilidade

marCuS buaiz e Sua hiSTória Com

o enTreTenimenTo

funCional: um Treino CompleTo e efiCienTe

08121620

Sum

ári

o

expediente

PresidenteJulio Cesar Vasconcelos

Vice-presidenteFernando Mendes

Diretor de ProjetosThiago Sudré

Diretor de Relações com as EntidadesBruno Silva

Av. Nossa Senhora da Penha, 2.053, 6º andar, Santa Lúcia, CEP: 29.045-403, Vitória/ES

Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje)

Produção e comercializaçãoPreview Editora(27) 3225.6119

Jornalista ResponsávelBetty Feliz

TextosAriani Caetano

Projeto Gráfico / DiagramaçãoLink Editoração(27) 3337.7249

ImpressãoGráfica e Editora GSA

Page 8: Revista Empreenda Jovem

8

Com o serviço de escritórios

virtuais, jovens empreendedores

podem contar com estrutura

empresarial completa e pagar

só pelo que usar

ocê sabe o que é um Cen-tro de Negócios? Talvez

você até já frequentou um e nem se deu conta. Também chama-do Business Center, Escritório Inte-ligente, Centro de Apoio, Escritório Terceirizado ou de Conveniência, trata-se, na verdade, de um espaço para cessão de salas completamen-te mobiliadas e decoradas para uso temporário ou permanente com uma estrutura completa para aten-der os diversos tipos de demanda de quem precisa utilizá-lo.

Sua origem deu-se na Bélgica, em 1989, quando um empresário percebeu a quantidade de pessoas que trabalham em casa, hotéis, ca-fés ou qualquer outro ambiente

que não fosse empresarial. A de-manda por um espaço que pu-dessem usar por algumas horas ou em alguns dias da semana deu origem à tendência mundial de utilização dos chamados escritó-rios virtuais, o principal produto de um Centro de Negócios.

A utilização desse serviço pos-sibilita ao cliente que necessita de instalações físicas usufruir de es-paços e serviços essenciais a sua atividade, mas sem ter que des-pender tempo e dinheiro para ge-renciar essa estrutura, reduzin-do custos fixos, afinal, o cliente só paga pelo que usar e pelos serviços de que quer dispor sempre, como encaminhamento de chamadas e

V Ariani Caetano

empresa

Home office profissional

O advogado Bruno Viana tem a sua

disposição um endereço comercial privilegiado

e estrutura completa

Page 9: Revista Empreenda Jovem

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 9

Os escritórios virtuais

ajudam os jovens empreendedores a

se estabelecerem no mercado a baixo

custo e risco”Dante Righetto

correspondências ou apenas utilização do ende-reço para constituir uma empresa, se for o caso.

De toda forma, a possibilidade de utilização de um escritório virtual confere ao profissional ou à empresa uma série de benefícios importantes diante do mercado. O primeiro deles é ter uma imagem profissional de prestígio, mesmo trabalhando em um home office. Isso porque não importa de onde você

trabalha, mas ter um endereço comercial em um ponto de qualidade, um número de telefone fixo e uma secretária que atende as chamadas de forma personalizada e encaminha os recados a você é um diferencial e impressiona bem mais do que receber um cliente em casa.

Outro benefício desse tipo de serviço se dá no caso de abertura de empresas. Mesmo que você trabalhe exclusivamente no seu home office

Conheça as modalidades de serviços que a Regus oferece1) Escritórios prontos, equipados e mo-biliados: escritórios privativos com layouts personalizados, equipados e mobiliados para início imediato. Contratos com prazos flexí-veis de locação de acordo com as necessida-des de cada empresa.

2) Escritório virtual: ideal para profissio-nais que buscam imagem corporativa e aten-dimento telefônico personalizado como su-porte para o home office ou para abertura de empresas. Inclui endereço comercial e fiscal.

3) Salas de reunião e videoconferência: mais de 4.500 salas de reunião no mundo. To-das as ferramentas para conduzir uma reunião produtiva estão inclusas, além de suporte ad-ministrativo disponível no local.

4) Businessworld: acesso ilimitado aos mais de 1.500 business lounges da Regus no mun-do. É ideal para profissionais que viajam fre-quentemente ou que não necessitam de um lo-cal fixo para trabalhar diariamente.

5) Coworking: espaço compartilhado para trabalhar pelo tempo necessário.

Page 10: Revista Empreenda Jovem

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empresa

ou nas empresas para as quais oferece consulto-ria, por exemplo, o domi-cílio fiscal é condição para a formalização do negócio. E como não é possível consti-tuir empresas em casa, apostar em um escritório virtual para isso é uma boa solução.

As perspectivas dessa nova modalidade de es-critórios são ótimas. Segundo o diretor de Área da Regus, empresa líder e pioneira desse tipo de negócio no mundo, Dante Righetto, a procura na Regus de janeiro até o final de maio aumentou 40% em relação ao mesmo período do ano an-terior. “Alguns anos atrás esse conceito era um pouco desconhecido, mas o amadurecimento do mercado possibilitou que o escritório vir-tual virasse uma tendência. Esse tipo de servi-ço atende a um público muito variado, que vai desde profissionais autônomos, como advoga-dos, arquitetos e consultores, até grandes em-presas que precisam de um endereço comercial em determinada cidade, mas sem precisar in-vestir em estrutura física”, ressalta.

De fato, o escritório virtual proporciona a esses profissionais flexibilidade, endereço de prestígio, atendimento telefônico personaliza-do, gerenciamento das correspondências, en-tre outros benefícios, por um custo muito baixo comparado ao aluguel de um espaço conven-cional. “O escritório virtual é bem diferente de um espaço convencional. Ele não caracteriza um espaço físico, mas sim um serviço. Num es-paço convencional, a pessoa vai precisar mo-biliar, contratar internet, telefone e secretária, tudo o que o escritório virtual já proporciona. Muitas vezes, os escritórios virtuais ajudam os

jovens empreendedores a se estabelecerem no mer-cado a baixo custo e ris-

co. À medida que o negó-cio cresce, o cliente cresce

junto e demanda novos pro-dutos, como um escritório priva-

tivo, por exemplo. Essa é a tendência. Afinal, não é vantagem investir pesado em uma estrutura própria”, explica Dante.

Foi justamente esse pacote de facilidades e também a economia que atraíram o advo-gado Bruno Rodrigues Viana a um escritório virtual. Cliente há dois anos desse serviço na Regus, Bruno conseguiu ter uma contenção de 70% em relação aos custos com um espa-ço convencional. “Quando começamos a em-preender, montar uma estrutura com secre-tária, sala e endereço comercial é muito caro. Hoje tenho duas secretárias treinadas e bilín-gues, acesso à sala de reuniões com preços di-ferenciados e um endereço comercial na En-seada do Suá. Os custos são reduzidos e dá para empreender com muita facilidade. Eu traba-lho de qualquer lugar, e quando preciso uso a estrutura física. O cliente acha que o espaço é meu, e não me vê com amadorismo. Passo a maior parte do tempo num home office e em audiências e vou ao escritório virtual só para atender os clientes”, conta.

Em Vitória, a Regus opera há dois anos e só com o serviço de escritório virtual atende mais de 120 clientes. Há ainda os que têm escritórios privativos, que são mais de 15 empresas. A Re-gus está presente em mais de 2 mil localidades no mundo, em 100 países e 750 cidades. No Bra-sil são 46 centros de negócios em 10 estados, in-cluindo o Espírito Santo.

O cliente acha que o espaço é meu, e não me vê com amadorismo”

Bruno Rodrigues Viana

Page 11: Revista Empreenda Jovem

Foco em MPEs

Projetos com qualidade e excelência, 70% abaixo do preço de mercado e NÃO É PROMOÇÃO!

Desenvolvimento - Qualidade Foco em Resultados - Diferenciação!

Pesquisa de satisfação

Cliente oculto

Pesquisa de mercado

Pesquisa de clima organizacional

Abertura de novos negócios

Jovens capacitados para levar à sua empresa o que ela precisa para alavancar o seu negócio. Entre em contato, faça já seu orçamento e escolha o que mais encaixa na sua necessidade!

Av. Fernando Ferrari, SN - Goiabeiras, Vitória/ESCCJE, Departamento Economia, sala 112

/CJAonline(27) 4009-2619

consultores juniores associados - UFES

Page 12: Revista Empreenda Jovem

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mportante diferencial de competitivi-dade no mercado, a formação pode ser

aprimorada de diferentes formas. A prin-cipal delas é com a realização de cursos poste-riores à graduação, de modo a agregar novos conhecimentos e práticas à atividade profissio-nal. É justamente em cursos de especialização, como os MBAs, que têm apostado profissionais que querem conferir um plus à formação tradi-cional da faculdade e sair na frente na hora de ocupar uma vaga no mercado de trabalho ou empreender num negócio próprio.

i Ariani Caetano

Especializar-se tem sido tão importante quanto graduar-se. Somente ensino superior não basta mais ao mercado; especialização tem sido fundamental e requerida

Carreira

estudarnunca é demais

“O mercado está cada vez mais exigente, e as empresas demandam profissionais capacita-dos. Cursar um MBA representa um diferencial e um posicionamento à frente da concorrência. O número de profissionais com especialização ainda é baixo no Brasil, mas esse grupo tem preferência nos processos seletivos das empre-sas”, reforça o diretor da M.Murad/FGV, Eduar-do Ferreira Ferraz.

De acordo com ele, o profissional que passa por um curso de MBA tem as suas habilidades potencializadas e eleva a sua empregabilidade,

Page 13: Revista Empreenda Jovem

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 1 3

além de estabelecer importantes contatos com outros profissionais de mercado e, com eles, tro-car experiências. “Além disso, como o MBA é uma especialização voltada para o mercado, possui foco no desenvolvimento do perfil gerencial do aluno, preparando-o para ocupar cargos de li-derança em sua área de atuação”, acrescenta.

O diretor da Pós Faesa, Erthelvio Monteiro Nunes Júnior, corrobora com essa opinião. “Na graduação, o aluno passa por um processo de formação e recebe as condições básicas para se tornar profissional de determinada área. No en-tanto, isso não quer dizer que ele esteja totalmen-te preparado para atuar no mercado de traba-lho. Para isso, ele precisa aprimorar o seu perfil

profissional e acadê-mico por meio de um programa de pós-gra-duação, especializan-do-se em uma área de conhecimento onde se aprofunda-rá em determinado tema. Exis-tem estatísticas que com-provam que esse aluno volta, em média, três ve-zes à universidade para esse desenvolvimento de seu perfil. É o que cha-mamos de educação con-tinuada”, diz.

Já para a doutora em Economia, professora e coorde-nadora de graduação e de MBAs da Fucape, Arilda Teixeira, entretanto, uma pós-graduação agregará valor à carreira somen-te se o aluno sair dela melhor do que entrou. “Para isso esse aluno precisa escolher um curso de qualidade e, adicionalmente, estudar, dedi-car-se a aprender. Porque apenas matricular-se em um curso de pós-graduação e assistir às au-las sem estudar, achando que pelo fato de já es-tar trabalhando conhece tudo, é uma estratégia suicida por três razões. Primeiro pelo fato de que estar trabalhando não significa que se conhece tudo, e se não conhece, precisa aprender. Segun-do porque se não estudar, não melhorará seu de-sempenho profissional, continuará com nível de conhecimento superficial e, portanto, incapaz de ter atuação proativa, que é aquela que leva

O MBA prepara

o aluno para ocupar cargos de liderança em sua área de atuação”

Eduardo Ferreira Ferraz

O aluno

volta, em média, três vezes à

universidade para o desenvolvimento

de seu perfil” Erthelvio Monteiro

Nunes Júnior

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Carreira

um profissional ascender em sua carreira. Por último, vai ficar frustrado, achando que o cur-so não presta e que ele perdeu tempo”, ressalta.

Por isso, antes de decidir fazer um curso de pós-graduação, o aluno “deve analisar onde quer chegar, o que quer ser, escolher um assunto de que goste e avaliar as tendências de mercado, bem como optar por uma instituição confiável e de qualidade”, ensina o diretor de Pós-Gradua-ção Lato Sensu da UVV, Giulianno Bresciani.

O analista contábil Heliarly Rios, por exem-plo, apostou num curso de MBA por achar que a graduação não lhe ofereceu tudo o que ele pre-cisava saber. “Quis continuar estudando porque o MBA foca mais, trabalha com a informação do dia a dia. Além disso, o perfil dos alunos colabora

para trazer uma bagagem maior e mais oxigênio ao curso. Enquanto a gra-

duação é muito teórica, o MBA é mais prático”, define.

Diferenças e indicações• Pós-graduação Lato sensu: curso de especialização

que se concentra em áreas específicas e tem

como objetivo ampliar os conhecimentos dos

alunos quanto à aplicabilidade de sua formação

profissional. Usualmente, referem-se a esses cursos

como MBAs. Entretanto, há uma pequena diferença

na metodologia entre MBA e especialização, já que

o primeiro tem mais casos práticos, e o trabalho de

conclusão geralmente se dá em uma organização.

• Pós-graduação strictu sensu: são cursos para

desenvolver conhecimento, mais indicados

para quem quer seguir carreira acadêmica, e

estabelecem-se em dois níveis. O primeiro é

o mestrado, que aprofunda estudos sobre os

conceitos/parâmetros analíticos de determinada

área de conhecimento para que se possa ampliar

a capacidade de interpretação das evidências

empíricas desses elementos. O segundo é o

doutorado, que é uma continuação do mestrado.

Matricule-se!FaesaTem 26 cursos de pós-graduação, divididos em sete

áreas do conhecimento: Administração e Negócios,

Computação e Engenharia, Educação, Ciências

Médicas e de Saúde, Comunicação, Direito e Meio

Ambiente. Mais informações no site www.faesa. br.

FucapeOferece graduação em Administração, Ciências

Contábeis e Economia e 13 cursos de MBA em Vitória,

um em Colatina e um de Cachoeiro de Itapemirim,

além de três opções de mestrado e um doutorado. Mais

informações no site www.fucape. br.

M.Murad / FGvHá 15 anos como conveniado exclusivo da Fundação

Getulio Vargas no Espírito Santo, conta com 13 cursos.

A novidade para 2014 foi o lançamento em Vitória

do MBA em Negócios de Incorporação e Construção

Imobiliária, destinado aos profissionais envolvidos

com a área de construção civil. Além de MBA, oferece

cursos de curta duração Cademp e de PÓS-MBA. Mais

informações no site www.mmurad.com.br.

UvvOferece três especializações e oito cursos de MBA. Mais

informações no site www.uvv. br.

Apenas

matricular-se em um curso de pós-

graduação e assistir às aulas é uma

estratégia suicida” Arilda Teixeira

O aluno deve

escolher um assunto de que goste e avaliar

as tendências de mercado”

Giulianno Bresciani

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GSA

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1 6

Case

Rafael Gama tem uma característica que o destacou, desde cedo, entre os jovens de sua geração: autoconfiança. “Sempre tive muito talento para a produção artística”, dispara ele no início de nossa conversa. Durante o papo, o empresário falou de sua trajetória bem sucedida à frente da marca Landspride, da qual é diretor de Estilo e Criação, além de responsável pela gestão de Marketing e pela área comercial. Ao longo desta matéria, fica evidente que o sucesso de Rafael no competitivo mercado da moda tem origem, também, no empreendedor corajoso e determinado no qual ele se transformou.

Foco e

na trilha daLandspride

determinação

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Foco e

na trilha daLandspride

determinação

Betty Feliz

empre tive muito talento para a produ-ção artística, mas não sabia como cana-

lizar esse talento para os negócios”, diz Ra-fael, remontando ao passado. Há três anos, ele uniu-se a um grupo de investidores que atual-mente cuida da gestão e da produção da em-presa. “Essa união de esforços proporcionou a expansão da marca no atacado e, principal-mente, no varejo”, revela.

A marca nasceu em 2004, da inquie-tação e observação de Rafael, que via algumas marcas cariocas fazerem sucesso em Vitória. A partir daí ele começou a pensar em “criar algo com uma pegada urbana e tro-pical”, que representasse seu estilo de vida. “Desde muito cedo, por influência do meu pai, prati-quei esportes radicais. Por isso, tinha uma ideia muito clara de qual seria a pegada e o diferen-cial da minha marca.”

Mas antes de iniciar o negó-cio, Rafael resolveu apostar no co-nhecimento. Entrou na faculdade de Marketing, curso que conciliava com o de Artes e, assim, for-matou seu negócio. “Desde então, sempre man-tive o foco no mercado premium e na expansão através do varejo, e não no atacado, como é co-mum acontecer com marcas novas”, explica o jovem empresário.

Rafael acha que pode ser considerado um vi-sionário, uma vez que, com apenas 21 anos de idade, acreditou em um negócio inovador. “Criei uma empresa sozinho enquanto meus amigos estavam em estágios ou apenas estudando.”

Ele se orgulha de levantar a bandeira de va-lorização da cultura capixaba por meio da moda, algo que também considera novo. “Não tinha amigos nem familiares que atuavam no ramo de moda. Com exceção da minha mãe, ninguém en-tendia muito o que eu queria fazer ou que rumo queria tomar. Mas sempre confiei no meu talen-

to e na minha força de vontade”, reforça Ra-fael. Não por acaso, suas palavras de ordem

são “trabalho duro, coragem e fé”.Apesar de o cenário nem sem-

pre ter sido otimista, não faltou quem não o apoiasse. “Desde

o início, minha mãe me en-tendeu e me deu força nas decisões e, profissional-

mente, posso dizer que dois amigos, Thiago e Guilherme, fo-ram meus primeiros parceiros. Eles acreditaram no meu talento e no meu sonho, mesmo quando ainda não tínhamos muita base em que nos apoiar.”

Fazendo um balanço do ce-nário inicial e no quadro enfren-

tado pelo setor hoje, Rafael mostra-se realista. “Quando comecei, era muito mais romântico. Como não havia marcas novas no mercado e as pessoas vestiam quase sempre as mesmas, eu acreditava que seria fácil expandir uma marca que fabricasse roupas de muita qualidade, com preços mais justos e estampas exclusivas. Mas, logo nos primeiros anos, entendi o peso que os impostos e a burocracia tinham sobre a empresa e o crescimento foi mais lento do que eu imagi-nava. Tive inúmeras barreiras de todos os lados, logo surgiram muitas marcas novas do Rio que

“s

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 1 7

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1 81 8

Case

tinham o chamado ‘apelo carioca’ e que fazem ainda muito sucesso por aqui. Em seguida, veio a China, que inflacionou os preços de matéria--prima, dificultando a produção. Sem falar nas marcas internacionais, que invadiram o merca-do, chegando até mesmo ao interior do Brasil. Desde então, a indústria da moda no país tem sofrido bastante com esse cenário.”

Rafael vai além: “Desde o começo da minha história, já vi muitas marcas e empresas surgin-do e quebrando, passando por dificuldades. O apoio governamental é mínimo e a dificuldade de se investir em novos negócios, no Brasil, está cada vez maior.”

Mesmo assim, ele não desanima. “Nosso foco hoje é exclusivo na expansão da nossa rede de

lojas próprias e temos intenção de expandir tam-bém através de franquias. Nosso planejamento prevê a implantação de mais 15 lojas nos próxi-mos cinco anos, sendo cinco no Rio de Janeiro, cinco na região Sudeste e mais cinco em capi-tais estratégicas. Além disso, pensamos em mon-tar, ainda neste ano, um escritório comercial na zona sul do Rio de Janeiro, principal vitrine de moda premium no Brasil atualmente.”

Se lhe pedem conselhos, Rafael não econo-miza. “Mantenha sempre seu foco e sonhe alto. Se você quer ter um negócio medíocre ou pe-queno e não alcançar o sucesso, não terá quase nada. Se você quer ter algo grandioso e não al-cançar o topo, pelo menos estará em algum lu-gar de destaque, terá conquistado seu espaço.

Page 19: Revista Empreenda Jovem

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 1 9

Nosso foco hoje é exclusivo na expansão da nossa rede de

lojas próprias”Apenas isso já terá feito va-ler a pena. Não tenha pre-guiça: corra atrás do seu so-nho. Tenha desejo de vencer, de aprender, de realizar não im-porta o quê.”

Rafael diz que, se pudesse voltar no tem-po, teria levado sua marca mais cedo para os grandes centros de moda. “A expertise de nos-sa equipe no varejo sempre foi muito grande, o que faz com que nossos empreendimentos nesse setor tenham sempre alto índice de su-cesso e retorno”, assegura ele, que credita o su-cesso de sua marca, entre outras coisas, ao fato de ter mantido o foco no público-alvo desde o início. Aliás, visão, foco, persistência, ambição, coragem e, principalmente, “gostar de traba-lhar muito” estão entre as características de um

empreededor bem sucedi-do defendidas por Rafael.

“Quando montamos nos-sa loja na Orla Bardot, em Bú-

zios, muitas pessoas duvidaram que o projeto teria êxito. Mas eu sem-

pre soube que meu público estava lá e lança-mos uma pop up store de verão em 2012. A loja foi um sucesso, mantivemos o negócio e, hoje, esta-mos localizados ao lado de marcas como Animale, Salinas, Cavalera e Osklen. Neste ano, montamos mais uma loja no mesmo balneário, mas voltada para um público ainda mais exclusivo”, comemo-ra o jovem empresário que acreditou no sonho.

Atualmente a Landspride está presente em Aracaju, Goiânia, Armação de Búzios (onde tem duas lojas), Praia do Rosa, em Santa Ca-tarina, e Vitória.

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2 0

entreVista

O dononoite

Marcus Buaiz renunciou à vida de herdeiro para traçar seu próprio caminho no mercado do entretenimento

os 34 anos, Marcus Buaiz já pode se or-gulhar de ter profissionalizado um dos

mercados onde o erro é imperdoável: o da noite. À frente da agência 9nine, junto com o ex-jogador Ronaldo e o grupo WPP, e da Jay40, sua holding de entretenimento, ele foi muito cedo desbravar o mercado de São Paulo. Com uma vontade muito grande de construir sua própria história, ele deixou a família e também inúme-ras possibilidades no Grupo Buaiz para dedicar-se ao segmento de entretenimento, que hoje ele domina como a palma de sua mão. A seis anos de chegar a seu objetivo máximo – ser mais em-presário do que empreendedor –, Marcus reve-la sua trajetória, fala de desafios e sucessos e de seus projetos audaciosos.

a Ariani Caetano

da

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R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 2 1

Desde o primeiro contato com o

entretenimento, me entusiasmei e me encantei por esse

mercado”

Você renunciou a uma vida de herdeiro de um grande grupo empresarial e foi em busca de seus próprios negócios. Por quê? O que te motivou a empreender em áreas diferentes daquelas em que o Grupo Buaiz atua?Eu sempre me motivei muito por uma frase que ouvi na minha juventude: “Feliz quem faz o que ama”. E tinha outra que também me fas-cinava, esta do Walt Disney: “No impossível a concorrência é menor”. Sou neto de um ho-mem que revolucionou e ajudou a construir o Estado e filho de um homem que também co-laborou para isso. E isso é motivo de muito or-gulho para mim, de modo que seria imprová-vel que eu fizesse uma história desprovida de comparação. Desde o primeiro contato com o entretenimento, me entusiasmei e me encan-tei por esse mercado.

Eu cheguei a estagiar no Grupo Buaiz, mas, naquela época, existiam pensamentos distintos entre mim e o grupo. Eu acreditava muito na teoria com a prática, em estudar e trabalhar, e consegui convencer meu pai e meu avô a me deixarem estagiar no grupo, passando por to-das as áreas, sem me prender executivamente a nenhuma delas. Comecei pela holding, onde pude ver todo o grupo, e no segundo momen-to fui para a comunicação. Percebi, então, que o foco era a TV, e a rádio era quase um pati-nho feio. Vi que não tinha ninguém dirigindo a rádio e pedi para dirigi-la, já descumprindo o acordo de não me apegar a nenhuma área. Quando assumi sua gestão, fiz mudanças que foram bastante importantes para o negócio. Criei como slogan “A rádio que todo mundo vê” e montei um estúdio panorâmico no Shopping Vitória. Chamei um profissional da concorrên-cia para darmos a ela um caráter mais regional e, em seis meses, passamos a ser a rádio núme-ro um do público jovem.

Para aumentar o faturamento, acabei me tornando sócio de eventos. Assim, além de ser a número um, triplicamos o faturamento da

rádio. Ali começou meu en-

cantamento pelo entre-

tenimento, que permi-

te transformar sonho

em realidade, e come-

cei a olhar para esse

negócio com mais foco.

Continuei meu estágio e

fui para a Buaiz Alimentos,

mas, paralelamente, criei um

evento chamado Vitória Pop Rock.

Já tinha o lugar, as bandas, mas não o dinheiro.

A Rede Vitória não teve interesse, mas a Rede

Gazeta quis ser sócia do evento. Foi um sucesso,

com 25 mil pagantes. De cima do palco, olhei

aquela multidão e pensei: esse é o meu negó-

cio. Ali eu pude ver que podia transformar so-

nho em realidade.

Fui para o Rio de Janeiro, me pós-graduei e

constitui uma empresa para levar eventos para

o Espírito Santo, como peças de teatro. Mas as

empresas grandes mesmo estão em São Paulo.

Apesar de São Paulo me dar fobia, vim morar

aqui sem nada concreto. Percebi algo que é vi-

tal para o negócio do entretenimento: patrocí-

nio. E vivendo em São Paulo o acesso a patroci-

nadores era mais possível.

Com o Pedro Paulo Diniz, criei a Host Entre-

tenimento, que passava a ser proprietária dos

projetos que eu já tinha. Ficamos sócios tam-

bém do Expresso 2222, e as coisas começaram

a tomar forma. A empresa começou a ter uma

projeção nacional e internacional, até que fo-

mos procurados pelos maiores empresários de

entretenimento dos Estados Unidos, que que-

riam abrir no Brasil a boate Lotus. Fechamos o

negócio com o grupo, abrimos a casa e ela foi

uma das principais boates da história de São

Paulo. Dois anos depois, a empresa acabou e

eu continuei investindo no negócio e no mer-

cado de entretenimento.

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2 2

A noite é um ensinamento, um

MBA que te permite trabalhar em qualquer

outro ramo com excelência”

entreVista

Você se considera um empreendedor?

Empreendedorismo é algo natural ou técnica que

pode ser aprendida?Eu sou muito mais em-preendedor do que em-presário. Sempre acre-ditei que a partir dos 40 anos, eu deveria ser me-

nos empreendedor e mais empresário. O meu tesão é

fazer as coisas darem certo, não o dinheiro no bolso. Quando

eu ganho dinheiro, quero fazer ainda mais coisas. Isso é algo natural meu. Isso não é técnica, é da pessoa. Eu sou assim, sempre fui as-sim. Mas acredito também que todo mundo tem um pouco de empreendedor dentro de si, uns mais, outros menos. Honestamente, não acre-dito no ensinamento do empreendedorismo. Cada um é que tem que saber o que é bom e se está predisposto a se entregar ao que acredita. Para mim, nada foi fácil. Sempre trabalhei muito.

Você era muito novo quando se mudou para São Paulo para atuar no mercado da noite. O ímpeto da juventude ajuda ou atrapalha na hora de empreender?Me ajudou muito, porque eu olho para trás e vejo um menino chegando em São Paulo, mo-rando em hotel. Chorei várias madrugadas, perguntando por que estava ali. A vontade de dar certo e a crença naquilo como meta de vida me faziam acordar com mais energia. Nunca misturei diversão com trabalho, por exemplo. A minha vontade era tão grande de construir aquilo em que acreditava que eu nunca com-prometi o meu sonho.

No começo, quais foram seus maiores desafios?Primeiro, mudar. Sair de onde nasci e ir para um lugar onde somos considerados nordesti-nos. Me estabelecer em São Paulo foi um dos

grandes desafios. Depois, fazer as pessoas acre-ditarem que entretenimento podia ser um ne-gócio, não só diversão. E também transformá--lo em algo profissional e sério.

Qual foi seu maior acerto? E seu maior erro, que lhe deixou alguma lição?O empreendedor tem que saber lidar com o su-cesso e o fracasso e tem que ter a capacidade de interpretar que o erro é um estímulo para que você não o cometa mais. O meu maior apren-dizado foi quando ficamos sócios do Expresso 2222. Tudo parecia perfeito, porque tínhamos a Host, associada a uma marca respeitada. O desenho do business era perfeito. O formato do camarote Expresso 2222 é a não venda de ingressos, assim, você depende 100% do pa-trocinador. Como o Gilberto Gil tinha virado ministro, a imprensa começou a falar mal do camarote. Foi muita calúnia, diziam que a em-presa entrava para ser testa de ferro do minis-tro. O projeto era fenomenal, mas as empresas ficaram assustadas com as declarações da im-prensa e não aderiram. Captamos 50%, ficamos os cinco dias de Carnaval com prejuízo, mas fi-zemos o camarote. E ainda ganhamos o prêmio de melhor camarote do Brasil. Essa cabeça não é qualquer um que tem. Transformamos uma derrota em uma vitória.

Quando você percebeu que a noite poderia ser um bom negócio? Ainda é?Quando eu comecei a ver que, se você trabalhar de forma séria e competente, você faz qualquer coisa com excelência. Na noite, o erro é imper-doável; é um mercado cheio de detalhes. A noite é um ensinamento, um MBA que te permite tra-balhar em qualquer outro ramo com excelência. Eu foquei muito na profissionalização e gosto de trabalhar com os melhores. A noite é rentável, e a partir do momento em que comecei a ter re-torno financeiro, tive vontade de fazer mais. Eu sempre fui abusado, quis fazer diferente.

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R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 2 3

O empreendedor tem que saber lidar com o sucesso e o fracasso”

Qual é o modelo de negócio da noite? Como trabalhar nesse segmento?As pessoas no Brasil buscam entretenimento com qua-lidade. E tem mercado. A partir do momento em que você consolida uma mar-ca num mercado como São Paulo, é possível dar certo. Tem que ter foco na cida-de em que você está. Depois de sete anos de Royal no centro paulista, fomos para outro ponto fí-sico. O Royal mudou de lugar no seu auge, e mesmo assim eu dobrei o meu faturamento. Expandi a marca do Royal para Goiânia, Vitó-ria e Belo Horizonte, em casas estáticas. Cons-truí um evento chamado Baile do Royal, que eu itinero em algumas outras casas, o que já é tradição em casas grandiosas nos Estados Uni-dos e Europa. O mercado brasileiro de entrete-nimento hoje é absurdo.

Seu expediente é na 9ine. Fale um pouco sobre essa empresa.Hoje sou CEO da 9ine e também dono da Jay40, uma holding com participação e investimento em entretenimento. A 9ine é uma agência de pu-blicidade com foco em entretenimento e esporte. Não quero competir com agências tradicionais nem de gerenciamento de carreira. Eu vendo a imagem dos agenciados. A gente cuida de Mar-keting, redes sociais e imagem, complementan-do o trabalho do empresário. Isso é muito usa-do nos Estados Unidos. O Brasil que ainda tem a cultura de os empresários quererem fazer tudo. Trabalhamos com o pressuposto de que tudo é uma marca. Olhando de forma muito românti-ca para o negócio, sem fazer conta ou interpre-tar aquilo como uma marca, você pode trope-çar no caminho, porque você pode errar. Tenho que defender valores da marca, para que a gente possa fazer um trabalho mais voltado para isso.

E marca tem que ser de verdade, a menti-ra não tem sustentação. Temos que

construir marcas sustentáveis. As marcas querem se associar

aos melhores. A 9ine tem três anos, é muito nova, mas já estamos fazendo um tra-balho com excelentes re-sultados. Queremos cres-

cer passo a passo, apesar de sermos sócios da WPP, a maior

do mundo.

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2 4

Não tenho nada definido para o

Espírito Santo, mas sempre o estou

defendendo para as marcas”

entreVista

Qual é sua opinião sobre as redes sociais? Você costuma usá-las profissionalmente?Eu as uso profissional e pessoalmente. Elas mu-daram o mundo. As pessoas veem televisão nave-gando nas redes sociais. O smartphone é hoje o maior concorrente da TV. Você fica o tempo todo ligado no Instagram, Facebook, Twitter. As redes sociais são primordiais para os meus clientes, e temos uma área na 9ine voltada para isso. Acre-dito também no crescimento dos programas no YouTube, como o Porta dos Fundos. A questão é mensurar a audiência da rede social, que, mui-tas vezes, é maior do que a da TV a cabo.

No caso da noite, a melhor mídia ainda é o boca a boca. A rede social complementa, traz uma mudança de cultura, soma. Temos que ti-rar proveito do que é bom em tudo. Quando você posta algo, sempre tem gente que vai fa-lar coisas que não agregam em nada. Por isso, se for dar valor a tudo o que se lê na rede so-cial, você fica deprimido.

Há lugar para o Espírito Santo nos seus negócios? Pensa em empreender aqui também?Sou defensor do Estado. O Espírito Santo é um dos melhores lugares em beleza natural do mun-do. O turismo tem um potencial imensurável, e o entretenimento fortalece o turismo. Sou de-fensor do Espírito Santo porque nasci aí, mas fiz coisas aí e me decepcionei. Neste momento, não tenho nada definido para o Estado, mas sempre o estou defendendo para as marcas. A cultura política do Estado, entretanto, tem que evoluir. O episódio do cancelamento do alvará do Royal me decepcionou muito e me fez pensar se a mi-nha paixão pelo Estado não estava comprome-tendo minha razão.

Atualmente, atuo no Comitê Empresarial e na Gestão Estratégica do Grupo Buaiz, discutin-do estratégias e investimentos. Durante algum tempo, conversava com meu pai e acreditava que pudesse estar junto com ele no mesmo ne-gócio. Hoje, temos culturas complementares, e não diferentes, como no passado. Eu tenho contribuído para o grupo, e o grupo tem con-tribuído para mim.

Quais são suas metas e objetivos mais ousados? O que quer para o futuro?Eu quero, de alguma forma, com humildade e sa-bedoria, contribuir para termos um país melhor. Eu sou pai e quero ver meu filho vivendo num país melhor. Eu pago impostos, trabalho muito, emprego pessoas, tenho vontade de fazer e pos-so contribuir com ideias e opiniões. Meu desafio é fazer cada vez melhor o que eu costumo fazer.

Também estou começando a investir na área de construção civil, com a Construmax, em sociedade com um grupo. Construção civil e entretenimento andam juntos, afinal, o entre-tenimento pode complementar e agregar va-lor a um espaço.

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2 6

Jovens reunidos

notíCias

por boas causasFazer parte de uma entidade jovem possibilita o intercâmbio de ideias, o desenvolvimento de habilidades e a construção de uma rede de contatos inimaginávelCapacidade de argumentação, oratória, gerencia-mento de tempo, relacionamento interpessoal, experiência em voluntariado e em trabalho em equipe. Essas são apenas algumas das habilida-des que um jovem pode adquirir numa entidade jovem. E, ao contrário do que muitos podem pen-sar, fazer parte de uma dessas instituições não é nada difícil. A maioria delas, principalmente às 13 associadas à Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje), exige como único pré--requisito idade inferior a 35 anos.

O processo de associação pode ocorrer por meio de convite, quando um associado convi-da outra pessoa, ou por candidatura própria,

Quer fazer parte de uma entidade jovem?1) Informe-se sobre qual entidade tem mais

a ver com sua atuação e perfil profissional.2) Preste atenção à idade máxima para se

associar. Geralmente, são aceitos apenas associados com menos de 35 anos.

3) Participe de reuniões mesmo sem ser membro, para se adaptar.

4) Manifeste sua vontade de participar. Pode ser formalmente, pelo site da entidade ou conversando com um dos membros.

5) Depois que se tornar membro, convide seus amigos para participarem.

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2 7

quando o interessado entra em contato com a entidade e começa a frequentar suas reuniões. Apesar de não ser pré-requisito, presiden-tes das entidades acham interes-sante que os novos membros rela-cionem-se profissionalmente com as atividades que fazem parte do es-copo da entidade. Por exemplo, se for comerciante, procurar a CDL Jo-vem; se industriário, o Cindes Jo-vem; se atuar na área de finanças, o Ibef Jovem, e aí por diante.

O presidente do Cindes Jovem, Duar Pignaton, ressalta que parti-cipar de uma entidade é um ensino empírico de empreendedorismo. “Comecei no Cindes Jovem com 19 anos, ainda na faculdade. Natural-mente, ao tocar projetos da entidade e participar de grupos de trabalho, você adquire capacitação, se desen-volve e gera networking. Assim, se o jovem quiser empreender, já vai ter uma rede de contatos. Além disso, sabemos que trabalho voluntário li-gado ao empreendedorismo é deci-sório no currículo e um diferencial que as empresas buscam. O objetivo das entidades, principalmente as jo-vens, é formar líderes para atuar na sociedade”, explica.

Já a presidente do Ibef Jo-vem, Lorena Zucatelli dos Santos,

destaca como maior benefício de participar da entidade a possibili-dade de o associado estar presen-te em grandes eventos e encon-tros técnicos e, assim, ampliar sua rede de contatos e desenvol-ver habilidades profissionais e so-ciais. Entretanto, ela ressalta que “fazer parte de uma associação de jovens empreendedores, cujo en-volvimento é totalmente voluntá-rio, requer um engajamento gran-de com o grupo e as ações que ele se propõe a desenvolver”. Dessa for-ma, do jovem participante de uma entidade também se exige com-prometimento com a causa.

O engenheiro de projetos e plane-jamento Felipe Rodrigues, de 31 anos, é recém-associado ao Ibef Jovem e sua motivação foi pela possibilidade de estar inserido num ambiente pro-pício ao empreendedorismo, além, claro, de promover networking. “In-dico a todos os meus amigos, a entida-de não tem foco político e te possibi-lita aprender sempre. Fazer parte de uma associação te exige sair da zona de conforto e participar e se envol-ver. Antes de entrar no mercado de trabalho, o jovem deveria participar de uma entidade, afinal, isso lhe da-ria um dinamismo diferente de tra-balho”, considera Felipe.

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Empreendedores contam com Centro de Apoio em Vitória

Vitória deu um importante passo ao incentivo ao empreendedorismo. Foi inaugurado na ca-pital, no dia 23 de abril, o Centro de Apoio ao Empreendedor, um espaço localizado na Casa do Cidadão, em Maruípe, onde são oferecidos serviços de orientação e formalização do mi-croempreendedor individual; atendimento e acesso a microcrédito; informações sobre cur-sos de capacitação para o empreendedor; Cen-tral de Serviço Autônomo; apoio ao Jovem Tra-balhador – Programa Adolescente Aprendiz, e consulta prévia de localização e atendimento à micro e pequena empresa.

De acordo com o secretário de Turismo, Traba-lho e Renda de Vitória, Leonardo Krohling, além da intenção de retirar pessoas da informalidade

EMpREEnDEDORisMO EM VitóRia• Vitória possui cerca de 17 mil

micro e pequenas empresas

• 8.869 é o número de microempreendedores individuais do município, sendo que 2.790 foram formalizados em 2013, 57% a mais do que em 2012

• R$ 3.365.350,96 foram concedidos de microcrédito no município em 2013, em 905 contratos

• 540 empreendedores foram capacitados no ano de 2013

Fazendo jus ao título de cidade empreendedora, a capital inaugura um importante espaço de fomento e apoio ao empreendedorismo

e incentivá-las a abrir negócios próprios, o Cen-tro de Apoio ao Empreendedor tem como obje-tivo centralizar vários serviços em um mesmo espaço. “Inúmeros serviços eram oferecidos de maneira pulverizada e, agora, estão centraliza-dos. As informações passam, assim, a fluir com maior velocidade e os técnicos agregam dados e sugerem alternativas. Moradores, empresários, pequenos comerciantes ou mesmo curiosos em busca de informações têm num único espaço um amplo e seguro atendimento”, destacou.

O secretário ressalta ainda que a abertura do Centro é só uma das ações de uma política públi-ca para apoiar o empreendedorismo no municí-pio de Vitória, que, aliás, é a melhor cidade para se abrir um negócio do Brasil, de acordo com pes-quisa realizada pela revista Exame.

Atualmente, de acordo com o gerente do Cen-tro de Apoio ao Empreendedor, Robson Brandão Neves, são realizados cerca de 20 atendimentos por dia. “A tendência é de que esse número cres-ça à medida que mais pessoas fiquem sabendo do serviço. Nossa perspectiva é agregar ainda mais serviços ao Centro, afinal, entendemos o empresário como gerador de renda e emprego.”

Além do trabalho realizado na Casa do Cida-dão, o Centro de Apoio ao Empreendedor man-tém sete agentes de microcrédito que trabalham nas ruas, oferecendo crédito de R$ 200 a R$ 15 mil. Também está prevista a atuação de forma itinerante do Centro, com a formalização de em-presas em diversos pontos da capital.

notíCias

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R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 2 9

Pelo bem

da culturaHá cinco anos, Instituto Sincades fomenta e apoia iniciativas em prol da produção e difusão cultural no Espírito SantoBraço social e cultural do segmento atacadista, o Instituto de Ação Social e Cultural Sincades – Instituto Sincades foi criado em agosto de 2008 pelo Sindicato do Comércio Atacadista e Distri-buidor do Espírito Santo (Sincades) e tem como objetivo fomentar a cultura e promover ações sociais e de inclusão social no Espírito Santo.

Em cinco anos de atividades, o Instituto Sin-cades comemora a marca de mais de um milhão de pessoas diretamente impactadas por seus projetos e ações, além de ter ajudado a realizar, só no ano passado, cinco exposições, bem como ter apoiado a publicação de 29 livros e revitali-zado e ampliado o projeto da Biblioteca Transcol.

Em parceria com o Governo do Estado do Espírito Santo, as atividades do Instituto Sin-cades alcançaram todos os municípios ca-pixabas, beneficiando não só o público com

iniciativas culturais, mas também músicos, dançarinos, artistas plásticos, artesãos, fotó-grafos, cineastas, produtores culturais, pro-fessores e toda a cadeia produtiva econômica relacionada à cultura capixaba.

Para se ter uma ideia da importância do Ins-tituto Sincades para o fomento e apoio da cul-tura no Espírito Santo, basta ressaltar que só em 2013 foram 26 gráficas e empresas de mí-dia ou comunicação contratadas; 23 institui-ções da sociedade civil beneficiadas; 22 pro-dutores culturais contratados; 42 grupos de teatro, dança, capoeira e corais contratatos e/ou beneficiados; seis cartilhas, catálogos e ca-dernos especiais publicados; cinco exposições realizadas; 17 instituições públicas parceiras; 29 livros publicados, e 468 empresas comer-ciais e de serviços contratadas.

Mais de um milhão de pessoas já foram

impactadas pelos projetos e ações do Instituto Sincades

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3 0

espeCial

?

3 0

Antes sódo que

malacompanhadoNada disso! Ter sócio é melhor do que caminhar sozinho, apesar de ser um grande risco quando, no início da caminhada, não são definidos os papéis de cada um

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R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 3 1R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 3 1

ocê já deve ter ouvido expressões como “amigos, amigos; negócios à parte” ou

“o combinado nunca sai caro”. Talvez não, mas elas parecem ter sido cunhadas por pessoas que entendiam muito bem sobre o tema desta matéria: sociedade. Caminhar sozinho ou acom-panhado é uma das primeiras dúvidas dos em-preendedores, que pode aparecer antes mesmo da definição do negócio. Afinal, ter ou não um sócio tem influência sobre o que a empresa será, quais serão seus investimentos iniciais e como vai ser sua gestão. Não é pouca coisa. Por isso, o sócio tem que ser eleito com muito critério.

Antes de qualquer coisa, cabe ao empreende-dor avaliar se ele precisa do apoio de alguém com conhecimento e experiência para tocar o negó-cio; ou se precisa de um sócio apenas para au-mentar os investimentos iniciais. Seja por qual motivo for, sua escolha deve se basear não em questões apenas de afinidade, como geralmente ocorre na prática. O ideal é que sócios tenham capacidades complementares, embora visão de futuro e princípios parecidos.

V Ariani Caetano

“Não existe um par ideal. Cada empresário terá de conhecer suas habilidades e também suas dificuldades para, assim, definir o perfil do candidato a sócio para identificar se ele será um bom parceiro ou não. Se a decisão for a de ter um sócio, o mais indicado é buscar a diversi-dade de competências. Independentemente de serem amigos ou parentes, os sócios precisam compartilhar os mesmos valores e, principal-mente, ter disposição para resolver os proble-mas – que vão aparecer – por meio do diálogo. É sempre bom buscar um sócio que possa comple-mentá-lo e que tenha maturidade profissional”, ensina a diretora de Relacionamento da Asso-ciação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH--ES), Alessandra Zanotti.

“Cada um tem que ter conhecimento de suas capacidades. Com a autoavaliação, os só-cios vão saber o que precisam complementar no outro. Se um sócio é muito audacioso e co-rajoso, por exemplo, é necessário que o outro avalie os riscos. É importante que eles se co-nheçam bem, para enxergarem no outro seu

Os sócios precisam compartilhar os

mesmos valores e ter disposição para resolver

os problemas por meio do diálogo”

Alessandra Zanotti

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3 2

espeCial

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autocomplemento”, reforça a coordenadora de Atendimento Individual da agência do Sebrae de Vitória, Silvia Anchieta de Paula.

Mas identificar a necessidade de ter um só-cio não é a tarefa mais difícil do empreendedor. Este esbarra na questão sobre quem convocar para a missão de gerenciar o negócio com ele. E é aí que mora o perigo. Devido à praticidade, ge-ralmente são amigos ou familiares os escalados, mas essa combinação nem sempre é a melhor. Apesar de a favor contar o fato de já se conhe-cerem suas características e valores, bem como neles ter confiança, contra esse tipo de associa-ção pesa a carga emocional que se levará para a sociedade, com a possibilidade de os laços afe-tivos encobrirem as deficiências profissionais.

Por isso, principalmente nesse tipo de socie-dade com sócios muito próximos – mas não só nela –, o ditado que diz que “o combinado nun-ca sai caro” faz tanto sentido. Sendo a socieda-de composta por irmãos, amigos, outros tipos de familiares ou apenas conhecidos, é o contra-to firmado que vai estabelecer o papel de cada um, assim como suas responsabilidades, direi-tos e deveres na empresa.

“O melhor mecanismo é o contrato social. Se são 50% para cada um, os direitos e deveres referem-se a 50%. Definir diretrizes e procedi-mentos impede que haja problemas para um e para outro. Se isso não for estabelecido, bem como o patrimônio e a gestão, pode haver con-flitos sérios nessa relação”, ensina Silvia.

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“A relação de trabalho entre só-cios, independente de serem pró-ximos ou não, tem que ser baseada numa definição de responsabilida-des e tarefas visando ao resultado do negócio. É comum, na relação en-tre sócios que são parentes que haja menor exigência com relação ao de-sempenho, controle e prestação de contas, no entanto, isso está longe de ser o ideal”, completa Andressa.

Bem acompanhadosSócio de mais três advogados na Kuster & De Angeli Advogados As-sociados, Caio Kuster, de 33 anos,

acredita que o mais importante para uma sociedade de êxito são os valores. “As premissas têm que ser iguais, independente do com-portamento e das características das pessoas. Se não compartilhar-mos os mesmos valores, não fica-mos juntos na batalha e não che-gamos ao nosso objetivo. Costumo usar para a sociedade a metáfora de uma maratona de revezamento, em que todos têm que correr em sintonia para a equipe ser vence-dora no final”, diz.

Caio fundou o escritório so-zinho em 2009, mas logo foi se

Caio Kuster com seus sócios Ariane Christy Contarini do Carmo, Renan De Angeli Prata e Pedro Ivo Prucoli Fragoso Carvalho: valores alinhados pelo bem do negócio

É importante que os sócios se conheçam

bem, para enxergarem no outro seu

autocomplemento”Silvia Anchieta de Paula

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espeCial

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associando, primeiro a duas pessoas que conhe-ceu profissionalmente; depois a uma advogada que já fazia parte de seu círculo de amizade. “Den-tro do nosso modelo de negócios, nunca houve diferença entre os sócios. Até porque a amiga não veio por ser amiga, mas porque ela preen-chia uma série de requisitos. O que faz diferença é como a pessoa exerce as atividades dela. Ape-sar de termos habilidades e conhecimentos di-ferentes, somo alinhados nos valores. Isso é que torna a nossa sociedade uma sociedade de êxito, o que nos permitiu, em cinco anos, sermos, tal-vez, o maior escritório de Vila Velha”, completa.

O empresário Duar Pignaton tem dois só-cios em dois negócios diferentes. Num deles, uma franquia do Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), o sócio é um investidor, que participa das reuniões e colabora para a definição de me-tas e o alcance de resultados. Os sócios se comple-mentam, e a parceria tem dado certo, tanto que

as CaRaCtERÍstiCas DO sóCiO iDEaL• Tem boa convivência• Tem os mesmos objetivos• Tem capacidade de liderar• Não tem medo de você• Possui características complementares• Valoriza seus pontos fortes• Sabe ouvir feedbacks• É diferente de você• É pró-ativo• É honesto• Tem a sua confiança• Tem valores similares• Tem a mesma visão que você

Fonte: Exame.com

a dupla já vai partir para uma segunda unida-de da franquia em outubro e quer ter mais qua-tro até 2016. Já na outra empresa, uma franquia do Zé Coxinha no mercado há mais de um ano, as responsabilidades sobre a gestão do negócio são divididas. Enquanto o sócio cuida da gestão operacional, Duar ocupa-se da parte financeira, contábil e de controle.

“Primeiramente, os sócios têm que desenhar bem seus papéis. Se tudo estiver muito delimi-tado, é mais fácil. Isso de entrar no negócio de mãos dadas para ver o que dá pode pesar num lado e fazer ruir a corda. Também é preciso ter respeito, para poder cobrar as funções, visando sempre ao bem do negócio. Quando você quer ter um sócio, a empresa tem que ser bem con-trolada e fiscalizada. Mas, particularmente, opto sempre por continuar com sócio, porque é al-guém para dar uma opinião diferente, te moti-var quando você desanima e que preza pelo fu-turo do negócio. Na verdade, nem conheço uma empresa de uma pessoa só. O risco de uma em-presa é tremendo, e carregar esse fardo sozinho inibe muito o jovem. Caminhar sozinho é mui-to cansativo, e se você abre uma empresa e ela não é prazerosa, você perde o brilho de traba-lhar nisso”, avalia Duar.

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Para o Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), integração é um fator-chave para a mobilização de um grupo. Por isso, há 45 anos dedica-se a promover a integração do empresariado capixaba, congregando profissional e socialmente seus empreendedores e dirigentes. É responsável, ainda, por fomentar ações para o desenvolvimento de jovens lideranças, por meio do Cindes Jovem. Porque, para o Cindes, para transformar é preciso, primeiro, integrar.

CINDES. HÁ 45 ANOS NOS DEDICAMOS A INTEGRAR PARA TRANSFORMAR.

arte

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aula

www.cindes.org.br

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3 6

artigo

Estimular o empreendedorismo rende bons resultados

O tema empreendedorismo fica um pouco à margem do grande debate sobre desen-volvimento econômico. Há alguns anos,

o Sistema Sebrae resolveu apimentar essa dis-cussão. E o fez inserindo em sua missão o apoio ao futuro empreendedor. Agora, não buscamos somente contribuir para a perenidade dos mi-cro e pequenos negócios já estabelecidos, esta-mos também focados no estímulo – para um nú-mero cada vez maior de pessoas – daquilo que chamamos de características empreendedoras. Acreditamos que formar profissionais compe-tentes e cientes do seu papel enquanto gestores de negócios privados (e mesmo de empreendi-

mentos públicos) pode, sim, contribuir para reduzir nosso quadro crônico de de-

sigualdades e injustiças sociais.E entendemos que deve-

mos começar a estimular as pessoas desde bem cedo. Para tanto, o Sebrae ela-borou o programa Jovens Empreendedores Primei-

ros Passos (JEPP). O objetivo é o fomento da cultura em-

preendedora nas instituições formais de ensino, incentivando

o desenvolvimento das principais ca-racterísticas empreendedoras. Esse programa abrange as crianças matriculadas no ensino fundamental (do primeiro ao nono ano) e in-trospecta o empreendedorismo de forma lúdi-ca e sempre utilizando uma pedagogia e lingua-gem apropriadas a cada faixa etária.

No JEPP, todo o trabalho em sala de aula é feito pelos próprios professores das escolas que aderiram à iniciativa, a partir de orien-tações dadas por consultores treinados pelo

O estímulo ao empreendedorismo

pode e deve ser visto como política de

crescimento”

João Vicente é gerente da Unidade de Capacitação

Empresarial do Sebrae-ES

Sebrae. Seus principais eixos são característi-cas do comportamento empreendedor, cultura da cooperação e da inovação, eco sustentabili-dade, ética e cidadania e, por fim, a elaboração de planos de negócios.

Os resultados são bastante positivos. Muitos alunos acabam transformando ideias surgidas em sala em verdadeiras oportunidades de negó-cios. Não menos importante, acabam também envolvendo seus familiares e a própria comuni-dade do entorno das escolas, contribuindo efe-tivamente para redução de índices de crimina-lidade, uso de drogas e evasão escolar.

O JEPP está presente no Espírito Santo há sete anos. Em 2014, algo em torno de 35 mil alunos serão contemplados, todos eles matriculados em escolas públicas de mais de 20 municípios. Para 2015, estamos estimando dobrar esses números, incluindo também o setor educacional privado.

Assim, respondendo à pergunta feita no pri-meiro parágrafo deste artigo, é possível dizer, sem dúvidas, que o estímulo ao empreendedo-rismo pode e deve ser visto como política de cres-cimento e, principalmente, de desenvolvimento econômico e social de uma nação.

Page 37: Revista Empreenda Jovem

artigo

3 7R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m

Liderança: sistema e atitudes

Na literatura mundial, inclusive milenar, ninguém deixa de focar a questão ati-tudinal da liderança. De Lao Tzé a Zi-

zek, passando por Budha, universalmente fala-se da liderança inspiradora como fruto de uma profunda atitude interior, um processo de au-toconhecimento e desenvolvimento. Nenhuma sombra de dúvida.

Pouco se fala, no entanto, em sistemas, funda-mentais para o exercício da liderança. Tomemos um exemplo singelo e totalmente fora da ques-tão gerencial. Ao deixar sua herança aos apósto-los na última ceia, Cristo disse palavras decisivas: “Fazei isso em memória de mim”. Criou um ritual

que se perpetua por séculos e simboliza sua união com seus discípulos e se-

guidores de toda espécie. Comu-nhão, a palavra-chave, claro.

Note-se, porém, que te-mos aí não apenas uma ati-tude de fé, mas claramente a instituição de um sistema, um processo de evocação do

mestre desaparecido e subs-tituído por seus acólitos por

meio de um ritual que o eterni-za. Ou seja, sistema e atitudes.

Não é possível o pleno exercício da lideran-ça sem atitudes. Autoconhecimento, meditação, solidariedade, compaixão, empatia e tantas ou-tras atitudes que transformam, instituem a lide-rança. Também não é possível o exercício da lide-rança sem sistemas que a amparem e viabilizem. Sistemas de controles de resultados, comunica-ção, enfim, sistemas que possibilitem aos líderes e seus liderados a constante comunicação formal.

Só com atitudes, a liderança não tem con-tinuidade. Líderes e liderados cansam-se e

Não é possível o exercício da liderança sem sistemas que a

amparem e viabilizem”

Ronald Z. Carvalho é professor da Fundação Dom Cabral

arrefecem seu entusiasmo e motivação. Sem atitudes, sistemas não se sustentam. As pessoas não aderem aos sistemas quando a atitude fir-me não se implanta num grupo. Falta então ao processo de gestão um componente fundamen-tal: sustentabilidade.

Num mosteiro zen, a meditação sustenta o grupo como pilar fundamental de sua convivên-cia. A comunidade, porém, acorda às quatro ho-ras da manhã e segue um ritual processualísti-co milenar e constante. Trabalho e meditação em horários rigorosamente pontuais e com regras definidas. Essa visão do mosteiro como um lugar de relaxamento é falsa. No mosteiro, a disciplina é fundamental e essencial. Uma velha parábola zen diz que um discípulo pergunta ao mestre o segredo da iluminação. Ao que o mestre respon-de: “São três: disciplina, disciplina e disciplina”.

“Cansei de ser moderno, agora sou eter-no” escreveu nosso genial poeta Carlos Drum-mond de Andrade. Isso é a liderança contem-porânea. Aproveitando todas as conquistas sistêmicas e tecnológicas do século XXI, mas exercendo virtudes milenares que as antigas religiões nos legaram. Só assim teremos alta performance. Em vendas ou em qualquer área da gestão empresarial.

Page 38: Revista Empreenda Jovem

3 8

Artigo

Fórum de mulheres empreendedoras

Fui a primeira mulher presidente da Feca-je. Gostaria que outras mulheres tivessem vindo antes de mim para ter com quem

conversar e trocar impressões pela perspectiva feminina, mas confesso que trocar impressões com empreendedores também é interessante, porque o objetivo é o mesmo: queremos mobili-dade para empreender.

Interajo com os homens desde que cursei Metalurgia na Escola Técnica Federal (hoje Ifes). Abri a Bitável Tecnologia, empresa de Engenharia e Tecnologia da Informação, onde 90% dos meus clientes também são do sexo masculino. Para minha surpresa, essa habili-

dade de me manter inserida no meio de tantos homens chamou atenção

internacional.Dia desses, recebi liga-

ção da Revista Cláudia. Na abordagem, o contato me explicou que ao fazerem uma pesquisa encontra-ram o meu nome e que gos-

tariam de fazer uma entre-vista comigo para enviar à

direção da Revista Cláudia e para a Organizadora do Women’s

Forum Brazil sediada na Suíça. Como sou curiosa, fiz a entrevista. Uma semana de-pois, me disseram que gostariam de me ter num Painel do Women’s Forum Brazil 2014 e infor-maram que eu seria entrevistada pela editora chefe da Revista Claudia, Paula Mageste.

Perguntei o porquê de quererem me entre-vistar. A moça simpática me disse que eu faria parte da sessão Amazing Woman (Mulher Incrí-vel), porque sou uma mulher inspiradora pela

Outros homens e mulheres

precisam ter acesso a informações tão valiosas”

minha origem e trajetória e que saber das mi-nhas experiências poderia ser de grande ajuda para outras mulheres.

O Women’s Forum Brazil 2014 The Economy and Society é uma plataforma de networking global para mulheres que estão empreendendo esforços para transformar suas economias e so-ciedades. É considerado o principal fórum mun-dial a olhar para questões sociais e econômicas a partir da perspectiva das mulheres. Seus encon-tros já foram realizados na China, Bélgica, My-anmar, Brasil, além do Encontro Global Anual, que em 2014 está em sua 10ª edição em Deau-ville, na França.

Os encontros do Women’s Forum For The Eco-nomy and Society apresentam homens e mulhe-res, de diferentes nacionalidades, que estão en-volvidos na política, nos negócios, na sociedade civil e no mundo acadêmico. Por meio desses en-contros, são apresentadas novas ideias de nações emergentes em um formato que combina sessões plenárias e menores, além do Programa Disco-very, um rodízio exclusivo e dinâmico, com ses-sões interativas e workshops práticos.

Imaginem-se em uma reunião com 550 mu-lheres presidentes de grandes corporações, CEO’s e empreendedoras discutindo sobre eco-nomia e sociedade, e todas com a consciência do quão isso impacta os nossos empreendimentos e vice e versa. Foi incrível!

Nas sessões paralelas, tivemos a oportunidade de tratar de casamento e crescimento profissio-nal, nos preparamos para receber investimentos, construir marcas, incentivar talentos. Falamos sobre dinheiro, que nem sempre é o fator decisi-vo, e sobre tempo, negócios, direitos humanos e outros temas interessantíssimos.

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3 9R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m

De segunda a quinta-feira, no contraturno escolar. O público alvo do projeto são crianças e adolescentes de 06 a 17 anos residentes em Cariacica.

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PROJETO FLAUTAS NA RUA ACONTECE EM CAMPO GRANDE

Os almoços, jantares e cafés foram sempre com o intuito de provocar a interação e networ-king de forma eficaz entre as participantes. Além de todo aprendizado, saí de lá com novas amigas e três mentoras de carreira e de vida na bagagem.

Meu desejo é de multiplicar tudo o que rece-bi por lá da melhor forma possível. Outros ho-mens e mulheres precisam ter acesso a informa-ções tão valiosas. Agradeço o carinho e o cuidado que tiveram em analisar a minha história e, de certa forma, de representar tantas Anas e Ma-rias espalhadas pelo Brasil a fora, neste evento de renome mundial.

Ana Paula Tongo é diretora-executiva comercial da Bitável

Tecnologia, diretora de Planejamento da Conaje e diretora do Cindes para Assuntos do Cindes Jovem

Page 40: Revista Empreenda Jovem

4 0

ConHeCimento

inovar

Espírito Santo está prestes a ganhar um espaço que é tendência em todo

o mundo, inclusive no Brasil, em se falando de inovação. Trata-se do Parque

Tecnológico do Espírito Santo, uma grande área na região de Goiabeiras com lotes pertencentes à prefeitura de Vitória e a proprietários priva-dos e que abrigará a maior estrutura física pro-pícia ao ambiente da inovação. Lá, podem se ins-talar, na área privada, empresas e indústrias de valor agregado e instituições particulares de en-sino e pesquisa. Já a área pública do Parque está destinada à construção de um Centro de Gover-nança, que abrigará a sede da Secretaria da Ciên-cia, Tecnologia, Educação Profissional e Trabalho (Sectti); bem como fundações, a exemplo da Fun-dação de Amparo à Pesquisa (Fapes); institutos e instituições de ensino como Ufes e Ifes, e incuba-doras de empresas, além de agentes como Bandes e outros fomentadores de iniciativas inovadoras.

Com um projeto de 22 anos, o Parque Tec-nológico do Espírito Santo está orçado em R$ 90 milhões e será uma parceria entre Prefeitu-ra de Vitória e Governo do Estado. A venda e o aluguel dos terrenos terá início no começo do segundo semestre deste ano. A iniciativa fará com que o Espírito Santo deixe de amargar o fato de ser um dos únicos dois estados da fede-ração sem um parque tecnológico.

oParque tecnológico e polos são as apostas do Governo do Estado para estabelecer de vez sua política pública de inovação

necessidade de

“A cultura de parque tecnológico é mundial, fundamental para pesquisa e inovação. Qual-quer empresa pode estar no Parque Tecnológi-co do Espírito Santo, desde que compre ou alugue um espaço na área privada, seja voltada à pro-dução com maior tecnologia e agregue valor a seu produto. O parque é um ambiente de inova-ção que e é muito ligado à academia e, no nosso caso, fisicamente ligado à Ufes, já que os terre-nos são contíguos. Nosso Estado já perdeu mui-to por não termos um parque tecnológico e essa iniciativa vai ser um avanço muito grande para a política de inovação do Espírito Santo”, atesta o subsecretário de Estado da Ciência, Tecnolo-gia e Inovação, da Sectti, Lucio Fernando Spelta.

polos de inovaçãoParalelamente ao Parque Tecnológico do Espí-rito Santo, o Governo do Estado também tem posto em prática sua política de inovação por meio da implantação de polos de inovação. Estes são arranjos que viabilizam a instalação de empresas e empreendedores com projetos inovadores, aplicação de alta tecnologia e co-nhecimento de ponta. O polo tem o objetivo de reunir empresas que atuam no mesmo se-tor, criando uma ambiência propícia à inova-ção e uso de tecnologias avançadas, podendo ter serviços compartilhados.

A implantação do Parque Tecnológico do Espírito Santo é uma das iniciativas da política pública de inovação do Estado.

Page 41: Revista Empreenda Jovem

A partir do segundo semestre de 2014 serão instalados dois polos. O primeiro, na Serra, tem foco em tecnologia da informação e comunica-ção (TIC) e eletrônica. Ele concentrará empresas ligadas ao Sindicato de Empresas de Informáti-ca do Espírito Santo (Sindinfo) e da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação (As-sespro). A previsão é de que as instalações come-cem no segundo semestre de 2014.

O segundo polo faz parte do Plano Inova Em-presa do Governo Federal. Com investimento ini-cial de R$ 12 milhões apenas pelo setor público, estima-se que o investimento chegue a R$ 40 mi-lhões incluindo recursos privados.

O outro polo é destinado à área de biotec-nologia e química fina e fármacos e faz parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável

do Espírito Santo (Proedes). O polo tem previ-são para começar suas instalações em 2015. O protocolo de intenções já foi assinado e o pro-jeto está em fase de definição de escopo. Locali-zado próximo à Rodovia Darly Santos, o polo se instalará em uma área do Estado pertencente à Superintendência dos Projetos de Polarização In-dustrial (Suppin).

“Dependendo do porte da empresa, ela pode permanecer no polo ou se situar no parque. Cabe destacar que isso tudo faz parte de uma política de fomento à inovação do governo es-tadual, por meio da Sectti, que é uma secreta-ria com apenas dez anos de existência, mas que tem, em pouco tempo, conseguido formar e for-talecer uma cultura inovadora e tecnológica”, ressalta Lucio.

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Page 42: Revista Empreenda Jovem

4 2

na rede

s celulares estão por toda parte e já são um dos equipamentos preferi-

dos dos brasileiros. Hoje temos mais de uma linha habilitada por habitante do

território nacional. Uso de aplicativos mensa-gem instantânea, acesso à internet, redes so-ciais e e-mails são alguns dos motivos de toda essa popularidade.

Apesar de todas as vantagens e benefícios, alguns usuários de smartphones exageram no seu uso, dando origem a uma doença já classifi-cada e chamada Nomofobia, uma fobia ou sen-sação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar estan-do em algum lugar sem seu aparelho de celu-lar ou fora da área de cobertura.

A psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pes-quisa da Psicologia em Informática (NPPI), da PUC, cita que esse problema está cada vez mais comum e dá algumas dicas para que você identi-

fique se está se tornando um escravo do aparelho.

Segundo os pesqui-sadores, a dependên-

cia do smartphone geralmente está relacionada com

o uso da internet e a interação através das redes sociais. O

aparelho em si não passa de uma ferra-

menta que permite o acesso a esses recursos.

o Um dos primeiros sintomas da Nomofobia pode ser percebido quando a pessoa começa a ficar irritada se o aparelho perde sinal. O pas-so seguinte é quando o usuário começa a evitar lugares sem conexão, incluindo partes da casa e até viagens para lugares ermos e sem cobertura. Em casos mais graves, a pessoa começa a evitar sair de casa para não se encontrar pessoalmen-te com os conhecidos.

Os familiares e amigos próximos costumam perceber primeiro a aproximação da dependên-cia e frequentemente reclamam que a pessoa passa mais tempo em companhia do smartpho-ne do que interagindo com as pessoas. O assunto é tão comum que recentemente foi relatado em um filme. Sintomas como dormir com o smart-phone do lado o levar o carregador junto quan-do sai de casa para não ficar sem bateria também indicam a dependência do aparelho.

O vício está mais relacionado com o tipo de uso que se faz do que com a quantidade de tem-po que se passa com o aparelho. Por exemplo, um profissional pode passar o dia todo grudado no smartphone porque precisa dele para suas ativi-dades, mas, quando está em seu momento de la-zer, esquecer que pode acessar a internet por ali.

O remédio ideal contra o vício em smartpho-ne é se livrar dele de uma vez, mas em geral é uma ação que depende de muita força de vontade.

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Page 43: Revista Empreenda Jovem

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Page 44: Revista Empreenda Jovem

4 4

JUrídiCo

Brasil, impostos e conduta empresarial

O país vai mal: a carga tributária é alta, cres-cente, injusta e evidentemente incompatí-vel com os serviços públicos oferecidos. O

sistema fiscal, por sua vez, vem sendo acusado de ser o mais complexo do mundo. Segundo o Ban-co Interamericano de Desenvolvimento (BID), no Brasil uma empresa gasta, em média, 2.600 horas por ano apenas para calcular e recolher tributos, enquanto a média dos outros países americanos é de 503 horas. Somos, então, hoje, um verdadei-ro ponto fora da curva, um outlier, uma aberra-ção tributária. E isso traz diversas consequências, como alto custo de conformidade fiscal e de sur-gimento de passivos tributários inesperados, ten-

dência de redução da competitividade do produto nacional e de aumento

dos preços gerais e desincentivo ao empreendedorismo.

Para se ter uma ideia, está noticiado que nos úl-timos anos diversos gigan-tes como Vale, Petrobras, Itaú Unibanco, Santander,

Fibria e outras sofreram, cada uma delas, autuações bi-

lionárias. Tudo bem, muitas des-sas autuações podem não ter advindo

exatamente de erros, mas isso não muda o fato de que esse montante é absurdamente expressi-vo e está, inclusive, penitenciando severamente o mercado de capitais brasileiro. Os investimentos externos diminuem acompanhando o medo de tal insegurança, além de que, quando o risco au-menta, o lucro esperado tende a aumentar tam-bém, o que poderia inclusive explicar em parte o famigerado “lucro Brasil”, tão evidente em nosso mercado automotivo.

Planejar é o que se faz, atendendo a todos

os ditames de ordem legal, ética e empresarial, para

buscar neutralizar o problema dentro de

sua empresa”

Luiz Felipe de Almeida Coelho é advogado, mestre em Contabilidade, especialista

em Direito Corporativo e em Direito Financeiro,

professor convidado de Planejamento Tributário

na Fucape, diretor jurídico da CDL Jovem

Vitória e sócio em Farias Coelho Advogados

O que resta ao empreendedor fazer, então, diante de tal alarmante quadro? Lutar enquan-to cidadão pela melhoria desse cenário ruinoso, que tanto atrapalha o crescimento de nosso país. .

Por sua vez, planejar é o que se pode fazer, atendendo a todos os ditames de ordem legal, éti-ca e gerencial, para buscar reduzir os impactos dos tributos na atividade empresarial. Foi o que fez, por exemplo, a Xerox, que, ao deixar de ven-der suas máquinas e passar a fornecê-las em co-modato, evitou a incidência de IPI e ICMS em suas operações, o que a fez absurdamente mais com-petitiva que suas então concorrentes e auxiliou na construção de seu império.

O planejamento tributário, inaugurado – con-ta-se – já por Jesus Cristo (“dê a César o que é de César” – e nada mais!), é o campo de conhecimen-to que, alinhado às boas práticas de governan-ça corporativa, busca potencializar os recursos empregados na atividade empresarial por meio da exploração de questões tributárias, trazendo mais competitividade ao negócio e segurança a seus gestores. Inquiete-se, oriente-se, planeje. E não se esqueça de lutar.

Page 45: Revista Empreenda Jovem
Page 46: Revista Empreenda Jovem

4 6

responsabilidade soCioambiental

ais do que formar líde-res, a CDL Jovem Vitória

se preocupa que os futu-ros empresários tenham uma vi-são socioambiental dos negócios. Por isso, além dos cursos, pales-tras e minifóruns, desenvolve projetos socioambientais, como o Plantando Equilíbrio e o Peda-lar para Respirar, que neste ano serão realizados em agosto e se-tembro, respectivamente.

O Plantando Equilíbrio visa a incentivar o plantio de árvores em parques municipais para compen-sar a emissão de gases poluentes na atmosfera, principalmente os derivados da queima de combus-tíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel. Para isso, a CDL Jovem Vitó-ria faz, todos os anos, o cálculo de quantas árvores devem ser plan-tadas para neutralizar a poluição causada por suas atividades.

m

CDL Jovem Vitória planta e pedala pela

sustentabilidade

O Pedalar para Respirar é um pedido de mais ciclovias interligadas e maior mobilidade urbana em benefício do meio ambiente e de uma melhor qualidade de vida

Page 47: Revista Empreenda Jovem

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 4 7

“Esta será a quinta edição do Plantando Equilíbrio. Com o projeto, plantamos cerca de 300 mudas de árvores nativas da Mata Atlânti-ca com o objetivo de equilibrar a quantidade de gás carbônico que emitimos no meio ambien-te”, explica o presidente da CDL Jovem Vitória, Adriano Ohnesorge, reforçando que também se espera, com a ação, conscientizar outras en-tidades e empresários locais para que adotem medidas sustentáveis em suas atividades.

Já o Pedalar para Respirar, que este ano acontece em setembro e já está em sua sexta edição, reúne centenas de ciclistas em prol do meio ambiente e da mobilidade urbana. O evento é uma verdadeira festa, mas, acima de tudo, uma forma de reivindicar por ciclo-vias interligadas, que permitam o uso de bi-cicletas como meio de transporte alternativo e seguro, desafogando o trânsito e poluindo menos o ar, assim como estimular o hábito da carona solidária. Os ciclistas participantes re-cebem o kit do bem, composto por camiseta, viseira e uma máscara cirúrgica, e tomam as ruas de Vitória chamando a atenção da popu-lação e das autoridades.

“A CDL Jovem Vitória conta com cerca de 40 membros que acreditam que a mudança depende de cada um de nós. Por isso, todos se empenham, anualmente, para tornar os even-tos bastante atrativos, mobilizando a socieda-de e os governantes. O Pedalar para Respirar é muito importante porque pede a constru-ção de ciclovias interligadas e estimula a ca-rona solidária para ajudar o meio ambiente e a mobilidade urbana. Queremos colocar o nosso Estado em destaque no cenário nacio-nal quanto à qualidade do ar e às facilidades de locomoção”, reforça Adriano.

Ainda segundo o presidente, vários avan-ços já foram conquistados em Vitória, como a faixa exclusiva para ciclistas nos fins de sema-na e feriados e o ônibus Bike GV, que transpor-ta bicicletas pela Terceira Ponte.

Com o Plantando Equilíbrio, CDL Jovem Vitória incentiva o plantio de árvores

Page 48: Revista Empreenda Jovem

4 8

sucesso do circuito deve-se à eficiência de seus exercícios, relacionados à boa

performance física e à qualidade de vida. Aqui ele chegou há dois anos pelas mãos do pro-fessor de Educação Física e personal trainer Glê-nio Luiz Ferreira.

“O circuito funcional trabalha o corpo usan-do estímulos diferentes, condicionando e au-mentando a potência, força, resistência, agilida-de, além da coordenação, em um mix de exercícios que atingem o corpo por inteiro”, diz Glênio, cria-dor do GL Circuito Funcional.

Vida saUdÁVel

o Betty Feliz

Ele surgiu nas areias da Califórnia por volta de 1980. Trata-se do treinamento físico batizado de circuito funcional, que virou febre nos Estados Unidos e ganhou muitos adeptos no Brasil e também em Vitória

um treinamento completo e eficiente

Gabriel adquiriu mais habilidades com o treino funcional, além de melhor qualidade de vida

Page 49: Revista Empreenda Jovem

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 4 9

Atualmente, o cir-cuito – uma verdadei-ra academia ao ar livre – mantém a essência de uma atividade física eficiente, so-mada a bons resultados na pre-venção de lesões, comuns à prática es-portiva mal orientada.

“É uma atividade que tem como caracterís-tica trabalhar as habilidades biomotoras fun-damentais do ser humano, produzindo mo-vimentos mais eficientes”, conta Glênio, que chega a reunir, semanalmente, cerca de 60 alu-nos em suas aulas diárias na praia de Camburi.

A vantagem desse método de treinamento é atender tanto ao indivíduo mais condicionado quanto ao menos condicionado, criando um am-biente dinâmico de treino, assegura o professor, que pode ser visto, durante a semana, pela ma-nhã e à noite, comandando seus alunos, vestidos com camisetas verde e amarelo fluo, cores do LG Funcional. Em clima de Copa do Mundo, atual-mente os alunos do GL Funcional estão usando um modelo de camisa especial, em homenagem ao grande evento futebolístico.

Há três meses praticando a modalidade, a universitária Maria Olímpia Abreu – “Marô, para os amigos” – optou pela prática porque, segun-do ela, além de ser ao ar livre, exige mais em ter-mos aeróbios. “Percebi que trabalho muito mais a musculatura, faço mais agachamentos e isso me dá mais prazer do que quando estava confi-nada a uma academia”, destaca.

Gabriel Sartorio, 23 anos, concorda com Maria Olímpia e vai além: “Adquiri habilidades e o circui-to funcional, além de motivador, nos oferece mais em qualidade de vida, quebrando a monotonia dos espaços fechados e dos exercícios repetitivos.”

Ambientes fechados e monotonia, aliás, fize-ram com que a empresária Joana Angélica Fon-tes, 35, sedentária convicta até seis meses atrás,

COnhEça Os EQuipaMEntOs usaDOs na séRiE DO tREinaMEntO FunCiOnaL

• Bola: o aluno dá chutes, passes e cabeçadas,

como num treinamento de jogador de fute-

bol. Melhora a força e a coordenação.

• Fit ball: a bola de borracha é indicada aos

alunos que pretendem aprimorar o alonga-

mento e melhorar a flexibilidade.

• Bosu: meia bola de borracha fixada numa

prancha. Multifuncional, auxilia em exercí-

cios abdominais e agachamentos.

• Cone e bambolê: o cone demarca o solo para

corridas em zigue-zague. O aro plástico tra-

balha principalmente equilíbrio e força.

• Faixa de naylon: na modalidade conhecida

como TRX, a fita utiliza o peso do corpo como

resistência. Usada em flexões de braços, per-

nas e abdômen.

• Paraquedas: pequeno modelo que é amar-

rado na cintura para aumentar a resistência

e o esforço feito na corrida.

optasse pelo circuito funcional. “Trabalho confi-nada em um escritório com ar refrigerado. Poder praticar uma atividade ao ar livre e com perspecti-vas de bons resultados foi o que me atraiu para essa prática, que considero livre e prazerosa”, resume.

Além de motivador, nos oferece mais em qualidade de

vida, quebrando a monotonia”

Maria Olímpia Abreu

Page 50: Revista Empreenda Jovem

5 05 0

eU indiCoagenda

MISSãO AO VALE DO SILíCIO

A Anjos do Brasil, com o apoio da FGV, apresenta sua primeira missão ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, de 14 a 20 de setembro de 2014. O

programa de imersão tem o objetivo de conectar academia, empresas e enti-dades públicas relacionadas ao ecossistema do empreendedorismo. Ao lon-go de uma semana, os participantes terão a oportunidade de interagirem ati-vamente com o ambiente de empresas de alto crescimento e benchmarking mundial. A missão destina-se principalmente a empresários, executivos, profissionais liberais interessados em conhecer o modelo de inovação e investimento do Silicon Valley, gestores de fundos e investidores anjos. Mais informações em www.anjosdobrasil.net/silicon-valley-mission.

Será realizada entre os dias 15 e 27 de julho o Encontro Mundial de Jovens Empresários dos Países do G20, em

Sidney, na Austrália. Promovida pela Aliança de Jovens Empresários, a viagem de conhecimento envolverá networking e oportunidades de negócios para os participan-tes. A programação contempla a participação no Summit 2014, de 18 a 22 de julho, e a realização de visitas técnicas, entre os dias 23 e 25. O investimento é de US$ 7.999. Mais in-formações no site www.barcelonamedia.org.br e pelo e-mail [email protected].

VIAGEM DE CONHECIMENTO À AUSTRáLIA

PRêMIO DE ESTíMULO À INOVAçãO

Estão abertas até o dia 7 de agosto as inscrições para o Prêmio Finep 2014, o mais importante instrumen-

to de estímulo e reconhecimento à inovação no país. Desde 1998, já foram premiadas centenas de empre-sas, instituições e pessoas físicas. As categorias que con-correm são Micro e Pequena Empresa, Média Empresa, Grande Empresa (apenas na etapa nacional), Instituição de Ciência e Tecnologia, Tecnologia Social, Inventor Inovador, Inovação Sustentável e Tecnologia Assistiva, também restrita à etapa nacional. Em 2014, serão dispo-nibilizados R$ 8 milhões para os primeiros colocados re-gionais e nacionais de cada categoria.

Para participar, basta preencher o formulário de ins-crição da respectiva categoria disponível no site da Finep

(www.finep.gov.br/premio). A Finep efetuará a pré-quali-ficação de todas as propostas inscritas, com exceção da categoria Inventor Inovador, que será realizada pelo INPI. As propostas pré-qualificadas serão avaliadas por comitês de jurados compostos por especialis-tas, representantes de instituições inovadoras, do setor em-presarial e da Finep. Esses comitês vão atuar de forma não--presencial no julgamento da Etapa Regional. Já na Etapa Nacional, haverá apresentação presencial dos concorrentes para as categorias Micro/Pequena Empresa, Média Empre-sa, Instituição de Ciência e Tecnologia, e Tecnologia Social. Mais informações pelos telefones (21) 2555-0510, (21) 2555-0455 e (21) 2555-0555 e pelo e-mail [email protected].

5 0

Page 51: Revista Empreenda Jovem

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 5 1

eU indiCo

R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 5 1

Entender o comportamento do con-sumidor sempre será crucial na ati-vidade de Marketing. As tecnologias

podem ser aperfeiçoadas, novas ferramentas criadas, mas o cer-ne da nossa atividade é sempre o comportamento humano. Por isso, recomendo a leitura de três livros que são muito interessan-tes nesse sentido: “O Poder do

Hábito”, de Charles Duhigg; “O Cére-bro Consumista”, de A. K. Pradeep, e “A Lógica do Consumo”, de Martin Lindstrom. São ótimas alternativas para compreender como agimos como consumidores e ajudar a determinar as estratégias das empresas.

Cintia Dias, gerente da Unidade de Marketing e Comunicação

do Sistema Findes

É o universo feminino que move “A Capitoa”, o mais novo romance da escritora Bernadette Lyra. Misto de realidade e ficção, a obra recupera, es-pecialmente, o percurso de dona Luiza Grinalda: de Évora, cidadezinha portu-guesa cercada por muralhas e tomada por igrejas, até o Espírito Santo, mais precisamente à região de Vila Velha, no século XVI. O convívio com a inospi-talidade do lugar, habitado por índios, homens rudes dispostos ao combate e figuras com relatos fantásticos, faz de Luiza a capitoa: uma desbravado-ra muito particular das novas terras

e a primeira mulher a governar um território no Brasil. Para o leitor, uma viagem às origens, tanto do ponto de vista histórico quanto do psicológico; um mergulho no passado e nos mean-dros da alma feminina e dos desafios enfrentados por elas no período co-lonial. Por trás da capitoa e de todas as mulheres que habitam a obra, está, pois, Bernadette Lyra, grande conhe-cedora do universo que busca desvelar – o feminino. Leitura deliciosamente provocante! Indispensável!

Marli Siqueira Leite, graduada em Letras, especialista em Educação e

mestre em Letras

Renato Grinberg é autor de duas obras maravilhosas sobre como ter e manter uma carreira de sucesso. No livro “A Estratégia do Olho do Ti-

gre: Atitudes Poderosas para o Sucesso na Carreira e nos Negócios”, ele fala sobre a competitividade no mundo empresarial e explica que, para se destacar nessa selva corporativa, é preciso ser um predador. É um ótimo livro de cabeceira, com dicas para o

melhor desempenho do profissional. Uma segunda sugestão é “O Instinto do Sucesso: Transforme seus impul-sos primitivos em poderosos aliados na sua carreira e nos negócios”, do mesmo autor. Nessa obra, Grinberg nos ensina a usar os instintos a nosso favor nos momentos críticos e agir de acordo com cada situação, para obtermos resultados satisfatórios no mundo corporativo.

Celso Siqueira, empresário e acionista da Lorenge

markeTing, liTeraTura e Carreira

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espaÇo da ConaJe

ovens empreendedores, empresários e represen-tantes de várias institui-

ções realizaram no dia 23 de maio, em mais de 20 esta-

dos brasileiros, ações e atividades coordenadas para conscientizar a população sobre a alta carga tri-butária que incide em produtos e serviços no país. A proposta foi cobrar uma efetiva e correta apli-cação dos impostos em benefício da sociedade e coletar assinaturas para o Movimento Brasil Eficiente (MBE), que propõe a simplificação fiscal por meio da redução do nú-mero de impostos, ponto de partida para a redução da carga tributária.

As ações integraram o Dia de Respeito ao Contribuinte e da Li-berdade de Impostos (DLI), coorde-nado pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) e desenvolvido junto com os mo-vimentos de jovens empreende-dores e empresários dos estados, o MBE e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep). Além de alertar a população e sensibi-lizar para a simplificação fiscal, o DLI teve como foco, em 2014, a educação. A proposta foi mostrar a carga tributária que incide nes-sa área no Brasil, impactando no preço de produtos e materiais es-colares e mensalidades.

J

Movimentos de jovens empreendedoresmobilizam a populaçãocontra alta carga tributária

Venda de combustíveis e refeições com e sem impostos, lançamento de impostômetro, exposição de produtos com valores mostrando a alta carga tributária, sorteio de bolsas de estudo e palestras marcaram o Dia da Liberdade de Impostos

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R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 5 3

Segundo informações levantadas pela Conaje, o Brasil é um dos poucos países do mundo que tributam a educação, com impostos ultrapassando os 37% nas mensalidades escolares. No caso de materiais, a carga tributária pode chegar a quase 50% do valor cobrado pelo produto. Por exemplo: canetas têm tributos que somam 47,49%; agendas, apontadores e borra-chas, 43,19%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Planeja-mento Tributário (IBPT).

ações No dia 23 de maio, os movimentos de jovens empreendedo-res e empresários nos estados desenvolveram, sob a coor-denação da Conaje, atividades como exposição de produtos com valores sem e com impostos, vendas de combustíveis e refeições sem a cobrança de tributos, lançamento do impos-tômetro, sorteio de bolsas de estudos, palestras, happy hou-rs sem impostos e pedalaços, entre outras ações. Em cada local foram montadas também estruturas para recolher as-sinaturas para o Movimento Assina Brasil.

Segundo o presidente da Conaje, Rodrigo Paolilo, a luta pela redução da carga tributária e a correta aplicação dos impostos é uma bandeira histórica da entidade. “Faz parte da pauta política institucional da Confederação para o de-senvolvimento do país e que cobra expressa transparência e justa aplicação da cobrança tributária sobre o empresa-riado nacional e a população”, afirma.

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)

Produto %Agenda escolar 43,19%

Apontador 43,19%

Borracha escolar 43,19%

Caderno universitário 34,99%

Caneta 47,49%

Cola 42,71%

Estojos para lápis 40,33%

Fichário 39,38%

Folhas para fichários 37,77%

Lancheiras 3 9,74%

Lápis 34,99%

Livro escolar 15,52%

Papel carbono 38,68%

Papel pardo 34,99%

Papel sulfite 37,77%

Pastas em geral 39,97%

Pastas plásticas 40,09%

Régua 44,65%

Tinta guache 36,13%

Tinta plástica 36,22%

tributos na educação

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entidades

Três mil litros de gasolina comercializados a R$ 1,80 (sem a incidência de impostos) e 145 veículos abastecidos com uma econo-mia de R$ 1,19 por litro. Esse foi o balanço da 6ª edição do Dia da Liberdade de Impos-tos, realizada pela CDL Jovem Vitória, no dia 22 de maio, no posto Enseada, em Vitória.

Para o evento, que tem como objetivo pro-testar contra a alta carga tributária do país, foram disponibilizados 25 litros de gasolina por carro e 5 por moto. “O brasileiro trabalha

até maio apenas para pagar impostos. Neste ano, o Espírito Santo já arrecadou mais de R$ 4 bilhões em tributos”, comentou o presiden-te da entidade, Adriano Ohnesorge.

O Dia da Liberdade de Impostos também incluiu a venda de 120 pacotes de fraldas, 54 pares de calçados e cinco bolsas de cou-ro. Tudo a preços livres de tributos. A novi-dade deste ano foi a criação da Loja Sem Im-posto, onde foram mostrados os preços de mercadorias com e sem imposto.

CDL Jovem

Adriano G. Ohnesorge

Presidente

[email protected]

(27) 3215-5597 / 99932-834

CDL Jovem Vitória na 6ª edição do Dia da Liberdade de Impostos

Durante todo o ano de 2013 a Adesjovem de-senvolveu o projeto “A Juventude Quer Mais”, no Colégio Olimpio Cunha em Cariacica. A iniciativa contou com o desenvolvimento de oficinas de vídeo e foi resultado da parceria entre o associado da entidade Anselmo Loyo-la e o professor de Artes Evaldo. O apoio fi-nanceiro para o projeto foi obtido com a Cese.

O projeto obteve tantos resultados satis-fatórios que no ano de 2014 integrará o pro-grama nacional “Mais Cultura nas Escolas”. Um dos intuitos da iniciativa é incentivar o jovem a desenvolver a sua ideia e registrá--la por meio de vídeos que demonstrem o caminho vivido pelo empreendedor até a realização de seus sonhos.

Adesjovem

Rodrigo Nascimento

Presidente

[email protected]

(27) 99842-3866

Ideias empreendedoras em vídeo

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R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 5 5

Foi com o objetivo de formar e desenvolver jovens líderes empresariais que em 2005 surgiu o Cindes Jovem, uma entidade sem fins lucrativos integrante do Centro da In-dústria do Espírito Santo (Cindes), perten-cente ao Sistema Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

A entidade tem como principal objetivo estimular o espírito de liderança em jovens de 16 a 35 anos, executando atividades que favorecem um importante intercâmbio de informações com empresários e diversas ou-tras lideranças capixabas.

MissãoFomentar o empreendedorismo nos jovens do Estado em todos os segmentos produtivos, inte-grando a classe empreendedora e estimulando a troca de experiências profissionais e sociais.

um pouco mais sobre o Cindes JovemSua formação contém jovens empresários dos diversos segmentos da economia. Pro-curamos contribuir para a modernida-de do país, com uma visão aberta, progres-sista e dinâmica. Para participar, acesse www.cindesjovem.org.br.

Cindes Jovem Duar Pignaton

Presidente Interino

[email protected]

(27) 99849-3890

Fomentando o empreendedorismo

Nos últimos meses, a Consultores Juniores As-sociados (CJA/Ufes), empresa júnior de con-sultoria empresarial do CCJE-Ufes, realizou o processo de seleção de seus novos consultores. Para alcançar o ápice do processo, cada equi-pe selecionada realiza um projeto do portifólio da empresa para alguma instituição externa.

Neste ano, as equipes estão trabalhando com as ONGs Vitória Down, Amaes e Institu-to Luiz Braille, desenvolvendo projetos de Pla-nejamento Estratégico e Cliente Oculto. Todo projeto realizado para essas organizações é de cunho social, sem interesse financeiro,

apenas com o foco em desenvolver e capaci-tar os membros e a organização externa, vi-sando sempre à formação de profissionais ca-pazes de transformar a sociedade.

Essa não é primeira vez que esse tipo de trabalho é realizado na CJA. A iniciativa co-meçou em meados de 2013 e, além de ter sido um grande sucesso com as ONGs, trouxe para empresa o prêmio de melhor prática externa no II Encontro Capixaba de Empresas Juniores.

Conheça mais sobre a CJA como organiza-ção de fomento do desenvolvimento dos mi-cro e pequenos empresários do Espírito Santo.

CJA

Hugo Balarini Mendes

Presidente

[email protected]

(27) 4009-2619 / 99516-1174

Seleção de novos consultores passa pelo trabalho social

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entidades

Um dos grandes objetivos da EJCAD para o ano de 2014 é realizar a reforma da sua sede, localizada na Ufes. A fim de oferecer um ambiente diferenciado e confortável para clientes e membros, foi desenvolvi-do um projeto de arquitetura completo, orçado em R$ 10 mil e que já começou a ser implementado.

A alta expectativa dos membros para a nova sala faz com que o projeto saia do papel e ganhe forma. O escritório moderno e cus-tomizado vai atender 13 efetivos e cerca de dez novos trainees que estão na fase final do Processo Seletivo 14/1, além de clientes e ou-tros agentes da rede capixaba. A previsão de término das obras é meados do mês de julho.

EJCAD

Julietty Quinupe Betzel

Presidente

[email protected]

EJCAD investe em infraestrutura

A programação do CRA-ES, que trata de as-suntos da profissão da administração, já tem datas confirmadas e conta com convidados locais e de outros Estados. Os encontros acon-tecerão no auditório do Conselho, em Vitó-ria e as inscrições são gratuitas. Fique atento ao site www.craes.org.br e nas mídias sociais do Conselho para saber quando as inscrições estarão abertas. Agende-se! • 26/06, 18h: “Seminário de Boas Práticas: Ges-

tão Familiar com o Case Realcafé”, com Sérgio

Giestas Tristão e Tatiana Walter Tristão

• 24/07, 8h: Café & Gestão: Gestão de Serviços

com Giulianno Bresciani

• 14/08, 18h: Evento: “Seminário de Boas Práticas:

Sustentabilidade”, Mirela Chiapani Souto (Mar-

ca Ambiental) e Tereza Romero (Instituto Ideias)

• 04/09, 18h: “Seminário de Boas Práticas: Go-

vernança com o Case Rede Gazeta”, com Letí-

cia Lindenberg

• 16/09, 18h: Palestra “Gerenciamento de Pro-

jetos Públicos – Subsecretária de Estado de Pla-

nejamento e Projetos”, com Joseane de Fatima

Geraldo Zoghbi

CRA-ES confirma eventos para o próximo semestre

CRA Jovem

Ricardo Mocelin

Presidente

[email protected]

(27) 3031-7570 / 99976-7892

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R e v i s t a E m p r e e n d a J o v e m 5 7

Uma oportunidade de aprender com as ex-periências dos maiores executivos e empre-sários do Espírito Santo. Esse é um dos atra-tivos que o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) oferece aos seus associa-dos através do projeto “Bate papo Executi-vo”, onde o networking entre ibefianos jo-vens e sêniors é facilitado.

Com uma pauta pré-estabelecida de perguntas, um pequeno grupo de associa-dos com maior afinidade na área de atua-ção do convidado compartilhará de um almoço onde a troca de informações e co-nhecimentos sobre o cenário empresarial é

transmitida aos participantes, sempre em um ambiente cordial e descontraído.

Os jovens ibefianos também repassam aos demais associados o conteúdo aprendi-do. De acordo com a coordenação do Ibef Jo-vem, o objetivo é manter uma relação próxi-ma com esses executivos, aprendendo com o seu know-how e, principalmente, apro-veitar essa oportunidade de networking que o Ibef-ES oferece.

Os interessados em se associar ao Ibef Jo-vem podem entrar em contato com a insti-tuição pelo endereço eletrônico [email protected] ou no telefone 3227-7825.

Ibef Jovem permite a troca de experiências com executivos de destaque

Jovem

Ibef-ES Jovem

Lorena Zucatelli

Coordenadora

[email protected]

(27) 3025-9305

No final do mês de maio a Federação Capi-xaba de Empresas Juniores (JuniorES) reali-zou a primeira edição do Painel Jr. do ano de 2014. O evento teve como tema “Os bastido-res – por trás das cortinas do MEJ” e durante toda a programação o foco foi a preparação do empresário júnior, ator principal do Mo-vimento Empresa Júnior, para atuar na sua empresa, faculdade ou sociedade em geral.

O Painel Jr. visa a desenvolver, alinhar e integrar os empresários juniores capi-xabas através de uma variada progra-mação cientifica. Normalmente, o even-to acontece anualmente, mas pensando nos empresários juniores que entram na entidade jovem no segundo semestre, a federação pensa em inovar, realizando--o duas vezes ao ano.

JuniorES

Philipe Alvarenga

Presidente

[email protected]

(27) 99291-4400

JuniorES realiza evento de capacitação empresarial

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entidades

A Transparência Capixaba Jovem, como é tra-dicional em ano eleitoral, já está preparan-do sua versão do projeto #Interage para as eleições de 2014. O evento tem como objeti-vo aproximar a juventude de políticos que vão disputar o pleito, conhecer suas trajetó-rias e questionar suas bandeiras e projetos, em um debate virtual e presencial.

Aproveitando-se do potencial interati-vo do Twitter e do Facebook, a ideia é es-timular os políticos que usam as redes so-ciais a debaterem com seus seguidores, uma

vez que muitos utilizam o microblog apenas para divulgar notícias do próprio mandato, da candidatura ou simplesmente entregam a ferramenta para atualização exclusiva dos assessores, atitudes que aumentam a distân-cia entre políticos e eleitores.

As regras e o formato da edição deste ano estão sendo preparados e serão divul-gados antes do início das campanhas eleito-rais, quando os partidos e coligações serão informados da data de realização do #Inte-rage, previsto para ocorrer no mês de agosto.

Transparência Capixaba

Fernando Mendes

Representante

[email protected]

(27) 3025-3208 / 98179-7777

Jovens vão sabatinar candidatos

Page 59: Revista Empreenda Jovem

Estratégias Empresariais

Estratégias Empresariais

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Estratégias Empresariais

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Encontros Empresariais

Palestra Técnica - Finanças

Gestão Financeira

Plano de Marketing Avançado

Soluções

Vitória

Vitória

Linhares

Nova Venécia

Cachoeiro

Guaçuí

São Mateus

Colatina

Anchieta

Local

27/08

12/08

16/09

JUL AGO SET

Plano de Marketing Avançado

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10/07

05/08

23/09

O sucesso da sua empresa pode estar mais perto

do que você imagina.

02/09Gestão Financeira

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