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SomosRevista nº06 Escola Secundária do Castêlo da Maia julho 2012

Revista ESCM - nº6 - Julho de 2012

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SomosRevista, Revista da Escola Secundária do Castêlo da Maia

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editorial

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aconteceu

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palavras à solta

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fora de portas...

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pontos de vista

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somosRevista investigou... 106

sabias que...

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galeria

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Caríssimos leitores,O nosso obrigada a todos os que colaboraram na concretização desta edição do “Somos Revista”, desejamos sinceramente que o resultado final revele o empenho e o cuidado que todos imprimimos nesta segunda edição de 2012. Face à “cessação” de funções e considerando que se trata de um “projeto” da ainda atual direção desta escola, entende a equipa que compõem a “SomosRevista”, por forma a “dar” liberdade à Comissão Administrativa Provisória (CAP) que vier a tomar posse, comunicar a decisão de colocar à disposição os lugares ocupados neste projeto. Na oportunidade, esta equipa agradece à direção cessante o privilégio que foi colaborar e dar forma ao “sonho”, bem como a todos os que com ela colaboraram. A equpa SomosRevista

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editorial

Educar para os valores e para as atitudes foi o mote dos objetivos operacionais da nossa escola no presente ano letivo. O mesmo deu origem a seis “Brigadas de Intervenção”, que iriam ser implementadas no próximo ano, numa iniciativa conjunta, da direção da escola, dos alunos, dos representantes de todas as turmas e ainda da Associação de Pais.Ao levarmos a cabo esta iniciativa, pretendíamos focar-nos naquilo que todos juntos consideramos ser imprescindível em qualquer local de trabalho mas muito mais ainda num lugar como as escolas, onde todas as nossas atitudes e valores deviam ser totalmente irrepreensíveis e essencialmente construtivas.Efetivamente, o nosso dia-a-dia (professores, assistentes, alunos e pais) deveria pautar-se pela seriedade de atitudes, ancorada em valores inegociáveis, na expectativa de ser possível, com o exemplo da nossa integridade, contagiarmos quem teima em continuar a atropelar os

Educar para os valores e para as atitudes

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direitos mais elementares do ser humano, entendido como Pessoa.As escolas devem ser lugares de referência, espaços de transmissão de valores, zonas francas de integridade ética, moral e profissional, sendo os adultos os que mais se devem esforçar para que isso seja uma realidade e não uma utopia.Sempre que reuni com os alunos fui invadida pela agradável sensação de estar perante interlocutores cheios de ideias, repletos de boas intenções, munidos de uma estrutura pessoal bem-intencionada, vertida em convicções firmes e ideais …sem dúvida o testemunho perene de uma lufada de ar fresco e “vivo”!A juventude tem esta coisa fantástica de ser capaz de dar-nos lições de civismo, pautadas por alguma irreverência saudável, e isso ficou bem patente no livro recentemente editado pela nossa escola, “Palavras com Cor”.No encerramento do ano letivo, destaco a postura muito profissional dos assistentes (operacionais e técnicos) e dos professores, pilares indispensáveis a uma Escola de qualidade. Por seu lado, uma palavra de apreço aos nossos alunos, a quem devemos o bom clima de escola, dado que, por vezes, mesmo não se empenhando tanto quanto gostaríamos, revelaram genericamente boa educação e boa índole. Também os pais da nossa escola merecem uma nota muito positiva.O cargo de diretora para o qual tinha sido eleita por quatro anos foi agora interrompido por uma decisão administrativa da tutela, num processo discricionário onde pilares como: formação específica em administração escolar, anos de experiência, obra feita, liderança, identidade, etc., foram totalmente ignorados. No entanto, queridos amigos, continuo a acreditar que na vida há valores inegociáveis, atitudes que têm um preço e expectativas que nos permitem continuar a sonhar.Bem hajam por tudo o que me deram que foi, seguramente, muito mais e melhor do que aquilo que eu vos dei!

Diretora da ESCM,Professora Paula Romão

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No passado dia 13 de Abril, realizou-se a VI Caminhada/Btt da nossa escola. A organização desta atividade esteve a cargo do Departamento de Expressões com a colaboração dos alunos do 11ºI (Curso Tecnológico de Desporto). Ao organizarmos este evento temos sempre como grande intuito proporcionarmos, aos seus participantes, um dia pleno de atividade física de braço dado com o convívio.Este ano, o S. Pedro bem queria pregar-nos uma partida, mas, mesmo sob a ameaça de “Abril águas mil”, nós resolvemos colocar pés e bicicletas a caminho. A saída da escola deu-se por volta das 9h45m em dois grupos distintos: o da Caminhada e o do Btt. Embora os percursos fossem diferentes, o ponto de encontro era o mesmo, isto é, o Parque de Avioso. Chegados ao local por volta das 11h30m, no parque estavam previstas algumas atividades, igualmente organizadas pelo Departamento

de Expressões, mas que rapidamente foram inviabilizadas pelos chuviscos que caíram.Ainda assim, o convívio e a alegria estiveram sempre presentes em todos os participantes fossem eles alunos, funcionários, professores ou encarregados de educação.À semelhança das edições anteriores, este evento, no qual participaram cerca de 750 elementos da comunidade escolar, foi um sucesso, afirmando-se cada vez mais como uma referência no Plano Anual de Atividades da nossa escola. Mas este êxito só é possível com a colaboração de outras entidades que muito contribuíram para o sucesso do mesmo. Assim, ficam registados os nossos agradecimentos à Associação de Pais da Escola Secundária do Castêlo da Maia, à Câmara Municipal da Maia, à Câmara Municipal da Trofa, à Guarda Nacional Republicana - Maia, aos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, à Unicer, à Moto L e à Quinta do

VI Caminhada/Btt

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Paiço. Cerca das 14h30m, partimos do parque e nesse momento fomos confrontados com uma situação nada agradável e nunca verificada nas edições anteriores: o parque tinha ficado com lixo espalhado pelo chão. Perante esta atitude, os professores de Educação Física fizeram uma forte sensibilização junto dos respetivos alunos com o intuito de tal não voltar a suceder. Chegaram à escola, cerca das 15h e das 16h30m, os grupos do Btt e da Caminhada, respetivamente.O Departamento de Expressões ficou muito satisfeito com a adesão a esta iniciativa e agradece a todos os participantes e colaboradores por terem contribuído para um dia diferente e nunca se esqueçam … “mexam-se pela vossa saúde”!

A Coordenadora do Departamento de ExpressõesSilvina Pais

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No passado dia 13 de abril, aceitei mais um desafio da minha filha Catarina (9ºB): participar na prova de BTT organizada pela ESCM. Foi necessário tirar um dia de férias, mas valeu a pena.A minha forma física foi posta à prova assim como a da minha bicicleta, que não é das XPTO. Felizmente, foi a bicicleta a ceder primeiro, partindo a corrente. Assim, como há males que vêm por bem, tive a oportunidade de saber como funciona a assistência técnica da prova (e de descansar!). Travei conhecimento com o Sr. Lopes da MotoL que, extremamente simpático, reparou a minha bicicleta e ainda me deu boleia na sua carrinha até ao ponto de encontro seguinte, permitindo que me mantivesse na prova. O percurso não foi muito fácil para um “cota” com pouca preparação física, mas compensou a belíssima paisagem que apreciamos durante o passeio e o saudável convívio com a

natureza que este nos proporcionou. A parte mais agradável do dia foi o piquenique com as minhas filhas, pois a Sofia (7ºB) também participou na caminhada. Decorreu no Parque de São Pedro de Avioso, o local ideal para um almoço ao ar livre. O tempo cinzento não nos impediu de recuperar as energias com o nosso farnel. A viagem de regresso à escola foi mais rápida (e sempre a descer!). Ainda bem, pois o cansaço no final da prova era muito. Dou os parabéns à equipa organizadora que prestou um excelente apoio a todos os participantes. É uma atividade a continuar, pois promove o convívio entre toda a comunidade escolar. Até ao próximo ano!

Almiro Ferreira, EE das alunas Catarina 9B e Sofia 7ºB

Uma experiência Todo Terreno

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Comenius |visita à Eslovénia

A turma G do 8º ano da ESCM, acompanhada por seis professores e uma encarregada de educação, viveu uma aventura extraordinária entre os dias 14 e 25 de março: uma viagem a Koper, na Eslovénia, no âmbito do Projeto Comenius “Beyond the Obvious”. O relato desses dias, na primeira pessoa, foi feito por escrito, seguindo a sugestão da Professora de Língua Portuguesa, Margarida Portela. Segue-se assim a compilação de alguns excertos desses diários de viagem, que ilustram bem a diversidade de atividades que ficarão para sempre na memória destes companheiros de viagem, jovens e adultos.Obrigada a todos que possibilitaram esta experiência inesquecível, os que nos acompanharam e os que ficaram cheios de saudades à nossa espera.

Rita Gonçalves(Diretora de Turma do 8ºG)

14 de março – A chegada a KoperPassadas 7 horas de viagem, finalmente chegámos! Estávamos todos muito nervosos e ansiosos porque, naquele momento, começou um grande desafio. A chegada à escola foi mesmo animada e a minha família de acolhimento é mesmo muito fixe.Quando nós aparecemos, os alunos eslovenos começaram a gritar e a cantar “Ai, nossa, assim você me mata, ai se eu te pego.”Sinto-me contente por ter vindo!15 de março – Visita a Piran, cidade portuária perto de KoperQuando acordei, senti uma sensação estranha pois acordei numa cama diferente, numa casa diferente e num país diferente!À tarde fomos para Piran, uma cidade antiga e muito bonita… acompanhados pelo professor de Geografia aqui da escola. Piran é uma cidade lindíssima e o que mais me espantou foi ver o mar

Adriático. Fui para a escola a pé com a minha amiga eslovena. Foi um pouco constrangedor devido àqueles silêncios horríveis em que não sabíamos o que dizer uma à outra. A escola é antiga mas agradável e grande; tem uma vista linda para o mar azul como o céu!Neste dia, tudo era diferente para nós…16 de março – Visita à fábrica Hidria, em KoperDepois da aula, dirigimo-nos para uma fábrica chamada Hídria, onde se fabricam peças para automóveis. Na cidade, não há pobreza, nem vandalismo. É um sítio muito calmo.Fomos de autocarro até ao centro de Koper e demos uma volta pela praia e pelo shopping.E aqui estou eu a escrever o meu dia de hoje. Penso que amanhã vai ser um dia divertido porque vamos a um parque.17 de março – Visita ao Parque Natural Škocjanski

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zatok, em KoperFomos ao Parque Natural… cheio de lagos, e plantado de trigo. Destes lagos vimos cisnes e patos diferentes… Também encontrámos cavalos brancos, típicos da Eslovénia.Neste momento sinto-me contente, mas também um pouco triste; só falta uma semana para ir embora.18 de março – Dia passado com a família eslovenaHoje foi um dia bom. Pude dormir até mais tarde, pois é domingo!Mais um dia, menos cansativo e mais sociável, para conhecer melhor a cultura e tradição de cada família. 19 de março – RobopartyDia do pai. Começou com uma ida para a escola onde tivemos uma roboparty. Esta atividade consistiu em montar e decorar um robot juntamente com o amigo esloveno que nos acolheu.

20 de março – Dia de aulas / GastronomiaDe manhã assistimos a aulas dadas em esloveno. Então, parecia que estávamos numa missão onde tínhamos que decifrar as frases e as palavras… Hoje preparámos alguns pratos típicos portugueses e eslovenos. Demorámos uma manhã inteira a preparar todos os elementos da ementa. Mas valeu a pena!Pesquisámos e preparámos receitas de comida tradicional portuguesa e eslovena. Confesso que já tinha saudades da comida portuguesa.21 de março – Visita à cidade de KoperEm Koper, visitámos um museu onde observámos como se vestiam, comiam e agiam as gerações mais antigas da cidade.Eu gostei muito deste dia. Pois foi uma grande experiência que vai ficar na memória!… o dia acabou mesmo bem porque fomos ao

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Centro Comercial!22 de março – Viagem a Liubliana, capital da Eslovénia e a BledFomos à capital – Liubliana. Visitámos um castelo enorme e esplendoroso… Senti-me uma pequena e insignificante formiga pois o castelo era enorme.Depois fomos a Bled, uma ilha muito bonita com uma igreja no meio. De Bled trouxemos um presente magnífico que vamos saborear no resto da viagem.Descrevo este dia como emocionante e construtivo.23 de março – Dia cultural e desportivo na escolaHoje foi um dia para toda a gente se divertir, cheio de desporto, de adrenalina e muito divertido.Aprendemos e ensaiámos as danças típicas de cada país, Portugal e Eslovénia. Aprendemos uma dança eslovena e ensinámos-lhes a dançar o malhão. Que cansaço!!!

24 de março – Visita às grutas de ŠkocjanFomos visitar as famosas grutas de Škocjan. Eram profundas e existiam lindas paisagens no seu interior.Uauh! Aquilo era um espetáculo mesmo giro! Foi pena não podermos tirar fotografias.25 de março – Dia da PartidaAgora que vou para casa parece que vou para um país novo!Acabou! Foi uma experiência inesquecível! Nunca me vou esquecer do que vivi nestes doze dias.É certo que levo para Portugal grandes recordações que ficarão sempre comigo. Agora, é continuar com a vida escolar e ser melhor do que era.Durante esta viagem, os nossos laços de amizade e ternura foram reforçados!Mas… as saudades já apertavam!!!Quando chegámos ao Porto, fomos recebidos com muita alegria, pelos nossos pais.A minha aventura na Eslovénia acabou aqui.

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Fica também o registo dos que ficaram… Que aproveitaram para ir à escola e passear com a família (e a professora de Língua Portuguesa)

Dia 15 - Hoje passei o dia com os meus avós… Foi um dia divertido a refrescar a memória e a descontrair na cidade do Porto.Dia 16 – As aulas são estranhas sem a turma… Lá fomos trabalhando as matérias Dia 19 - Hoje foi um dia espetacular… Fomos ao Zoo com a professora de Português… e mal posso esperar que as obras do Zoo terminem para ir lá outra vez. À noite comemorei o dia do Pai.Dia 22- Hoje fiz uma visita de estudo com os meus pais. Fui à Câmara do PortoDia 23- Hoje fui à escola; estou contente. Recebi o teste de Português e tive boa nota. Os restantes dias… foram calmos e tranquilos, aguardando a chegada dos colegas!

Excertos de diários de bordo/viagem dos 28 alunos do 8ºG

Viajar! Perder Países!Ser outro constantemente,Por a alma não ter raízesDe viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!Ir em frente, ir a seguirA ausência de ter um fim,E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.Mas faço-o sem ter de meuMais que o sonho da passagem.O resto é só terra e céu.

Fernando Pessoa 1933

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A minha viagem à Eslovénia foi uma experiência fenomenal. Na verdade não começou no dia da partida, mas nas semanas de preparativos que a antecederam: as aulas para aprender uma língua totalmente desconhecida, as consultas na net para obter informações precisas sobre o país, população, temperatura, e, claro, a alimentação dos eslovenos. Depois, à medida que o dia da partida se ia aproximando, à noite, minutos antes de adormecer, imaginava o que iria encontrar naquele país, e, assim, já quase sentia as emoções do reencontro com os meus colegas de turma e com os eslovenos. Destes pensamentos até ao dia da partida foi um segundo. Muito cedo, ainda madrugada, reuniu-se o grupo no aeroporto para dar início aquela que seria uma aventura para mais tarde recordar - a viagem de avião, sempre animada e divertida, a viagem de camioneta, desta vez já na Eslovénia, e, ao fim do dia, a tão esperada e ansiada chegada. A aventura de quase duas semanas iria começar…Agora que já regressei, posso afirmar que correu tudo melhor do que alguma vez imaginei. É caso para dizer que viajar ultrapassa sempre quaisquer expectativas que possamos ter. Foi uma viagem inesquecível.

João Ferreira Nº15 8ºG

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Atividades desenvolvidas pelo grupo de Educação Física

A nossa escola participou no torneio de Basquetebol 3x3 realizado na Póvoa de

Varzim. Apesar de não terem sido apuradas para a fase Nacional, as Iniciadas Femininas tiveram uma participação meritória pautada pelo esforço e fair play.

No torneio de Tag Rugby promovido pelo Nestum, uma equipa de Infantis composta por alunos e alunas do 7º ano representou a Escola Secundária do Castêlo da Maia. O encontro realizou-se no Campo de Cartes e saldou-se por 2 vitórias e 1 derrota.

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No passado dia 14 de maio realizou-se a “Maior aula de Judo” promovida pela escola do judoca medalhado nos Jogos Olímpicos, Nuno Delgado. As turmas 9º B, 9º E e 11º C participaram nessa aula de judo e, em conjunto com os mais de 5500 participantes ajudaram este evento a entrar para o “Guiness Book of records”.

Ao longo do mês de maio, decorreu no campo exterior da nossa escola o torneio de andebol de 5 destinado a alunos do ensino secundário. Participaram as turmas 10º

D, 10º G, 11º A, 11º E e 11º I. O 12º ano foi representado pelas turmas B, C e pela turma D que conquistou o 1º lugar ao vencer o 11ºI na final por 16-12

Professor Manuel Monteiro

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25 de maio de 2012. São Pedro, depois de uns dias de indecisão, decidiu agraciar o dia com um sol escaldante e uns chuviscos para refrescar os 17 000 alunos, 1200 professores inscritos e 118 escolas, contando ainda com a presença do Sr. D. Manuel Clemente e com a atuação de Edmundo Vieira, que participaram no X encontro dos alunos de EMRC, no Parque da cidade do Porto, com o tema “Obrigado, Família!”. Do programa constava, igualmente, a atuação de uma Tuna Académica, ginástica acrobática, espetáculos de dança, a presença de dois atores dos “Morangos com Açúcar”, com sessão de autógrafos (João Pedro Bernardes & Missy M.); atividades lúdicas, workshops de danças com coreografias, desfile de moda juvenil com representação de marcas de roupa e o “Champimóvel” da Fundação de Champalimaud. Este ano, a organização decidiu tornar este encontro de alunos num encontro solidário, ou seja, com a partilha de bens essenciais, um gesto de gratuidade, que valorizou a importância da Família, da sua vivência e sobrevivência. Os bens partilhados foram distribuídos a famílias carenciadas, através do Fundo Social Diocesano da Diocese do Porto. A variedade de atividades foi grande e demonstrou-se uma grande dinâmica comum vivida pelos alunos e professores de várias disciplinas. O resultado final foi um dia pleno de convívio e festa, fortalecendo ainda mais a escolha da opção da disciplina de EMRC como uma opção com futuro e uma marca para a vida. Dito isto, vamos lá a ver se São Pedro se lembra de nós para o ano!!! Professor Delfim Ramos

X Encontro EMRC

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No dia 21 de Março, a turma 10º B, no âmbito do projeto “jardins com Futuro” e do grupo Eco-Escolas, participou na atividade "30 Sementes de Freixo" inserida nas comemorações do Dia da árvore. Com as sementes da espécie Fraxinus excelsior, cedidas pelo Complexo de Educação Ambiental da Quinta da Gruta, os alunos realizaram uma sementeira desta árvore da nossa floresta autóctone. Professor Nuno Gomes

"30 Sementes de Freixo

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Temos um novo logótipo!

Na edição anterior da somosrevista adiantámos que a atividade “A falar também se aprende” surgiu do desafio lançado pelas professoras de Educação Visual aos alunos do 8º ano da ESCM para a criação de um novo logótipo e que teve a preciosa colaboração do designer Álvaro Montanha. Hoje vamos dar o seguimento dessa história.Depois da oportunidade de “falar” e “aprender” com o designer, seguiu-se o trabalho em sala de aula, com as respetivas professoras. Como havíamos previsto, estiveram motivados e empenhados. E, sem esquecer a máxima «+=-», cada um realizou a sua proposta. E assim chegamos a uma nova fase, a mais difícil, escolher a proposta…Estava definido que a escolha do logótipo iria recair no seguinte grupo: o designer, as professoras de Educação Visual, a Direção da escola e representantes dos Pais e Alunos, e assim foi. Mas as propostas eram tantas que inviabilizavam a possibilidade de serem todas analisadas numa só reunião. Decidiu-se então que uma primeira seleção seria da responsabilidade das professoras de Educação Visual.Estas reuniões de trabalho correram muito bem, com grande serenidade e todos puderam dar as suas opiniões, mas em nenhum destes momentos houve consenso… o que se conseguiu foi escolher um grupo de seis propostas, que continuariam a

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ser elaboradas! E os seus autores foram: Carlos Almeida, 8º B; Catarina Ribeiro, 8º G; Inês Cruz, 8º D; Inês Reis, 8º C; Inês Soares, 8º G e Mara Costa, 8º E.Estes seis alunos participaram em dois workshops, orientados por Álvaro Montanha, para desenvolver os projetos… foram duas manhãs inteiras! Começaram por defender as suas propostas e explicar a mensagem que pretendiam transmitir e, a partir daí, foi trabalhar… na escola e em casa. Ficamos muito orgulhosas de todos!Entregues as propostas, o designer escolheu duas e levou-as à Direção. Nós, professoras, estivemos presentes mas apenas como observadoras, o que em abono da verdade, foi um alívio!Escolhida a proposta vencedora, foi finalizada e apresentada à comunidade escolar no dia 06 de junho, na comemoração dos 20 anos de escola e inauguração do novo edifício.Queremos agradecer ao Álvaro Montanha… e é difícil encontrar as palavras certas para o fazer! O seu contributo foi enorme, a sua disponibilidade constante… Obrigada!Estes seis alunos, e em particular a aluna Inês Reis que é a autora do nosso novo logótipo, estão de parabéns! Aqui fica o logótipo, esperamos que gostem! Professora Júlia Santos

Parabéns Inês Reis,

o teu logótipo é agora de todos nós... comunidade escolar!

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No passado dia 20 de Maio, pela segunda vez, a escola marcou a sua presença na Corrida da Mulher por uma causa tão nobre como a de apoiar a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte. Entre alunas, auxiliares, professoras, encarregadas de educação e familiares o nosso grupo totalizou as 19 pessoas.O nosso ponto de encontro foi a estação do metro do Parque Maia, às 9h, e, passados 15 minutos, lá entrámos no metro rumo à Casa da Música. No trajeto até ao nosso destino era bem visível que estávamos perante um dia diferente. As estações repletas de mulheres de todos os escalões etários, desde as avós/bisavós até às netas/bisnetas, passando pelas filhas e mães. Muitas das mais pequeninas, devido à sua tenra idade, não deixaram de marcar a sua presença. Embora não pudessem deslocar-se pelos seus próprios meios o carrinho de bebé dava o seu contributo. Os rostos sorridentes e as camisolas brancas alusivas ao evento (estampagem cor de rosa como não poderia deixar de ser!) proporcionaram um cenário muito interessante e a alegria que pairava no ar era contagiante, eu diria mesmo, muito contagiante. Chegadas à casa da Música esperava-nos uma ativação geral orientada por elementos da organização. Depois de bem “aquecidinhas” toca a ir para o corredor da partida e, às 10h 30m, lá estávamos nós a fazer parte do grupo de 17 500 mulheres que puseram pés a caminho até à Avenida dos Aliados, como já disse, por uma causa muito nobre. Este percurso, embora não seja muito extenso, é muito rico no que nos oferece. No meu caso, os 5km, a par da atividade física, servem para eu conversar com as minhas companheiras, conviver e, quando olho para o lado, entro muitas vezes nos pensamentos um pouco mais profundos e penso o quanto nós temos de valorizar o que possuímos e saber relativizar os nossos problemas comparando com os demais…Terminada a caminhada voltámos à nossa cidade da Maia e, embora falte um ano, já há um compromisso entre todas para voltarmos a repetir a dose em 2013 e o desejo de que o grupo aumente. Assim sendo, aqui fica o repto a todos os elementos femininos da nossa comunidade escolar. Esperamos por vocês! Professora Silvina Pais

Corrida da Mulher

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O grupo equipa de Ténis feminino da escola Secundária do Castêlo da Maia participou no quadro regional do desporto escolar, proporcionando aos alunos do Grupo/Equipa, um desafio competitivo, demonstrando as suas competências adquiridas durante os treinos. As jornadas realizaram-se nas instalações das respetivas escolas, que tão bem souberam receber os alunos e professores. Os objectivos específicos do Desporto Escolar foram atingidos no decorrer do presente ano lectivo. Desenvolveu-se fundamentalmente o gosto pela prática regular da atividade física e instruiu-se a todos os participantes um clima de boas relações interpessoais e espírito de equipa. Professor João Ferreira

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Ténis feminino da escola Secundária do Castêlo da Maia

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aconteceu"Uma causa para as nossas crianças"O último domingo de abril acordou ameno. Por volta das 10h30 um grupo de professores, encarregados de educação e alunos, em representação das turmas C e G do 8ºano, encontrou-se à porta da nossa escola e rumou até à “Causa da Criança”.Chegados lá, tivemos o privilégio de passar esse final de manhã com um grupo de crianças que nesse momento lá residiam e que nos receberam muito afetuosamente. Começamos por lhes entregar alguns bens de primeira necessidade (fraldas, leite em pó e óleo alimentar) comprados com a verba resultante da venda dos marcadores, alusivos ao “Red Nose Day” que haviam sido realizados pelas turmas do 8ºano em articulação das disciplinas de Educação Artística e Inglês.Seguiu-se a “hora do conto” e dois belíssimos textos

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foram magnificamente lidos e dramatizados pelas nossas alunas, muito bem preparadas pela professora de Língua Portuguesa, Margarida Portela. Um deles, escrito pela aluna Ana Sampaio, até já havia sido publicado no número anterior da SomosRevista. As crianças gostaram muito e ficaram com as histórias para serem relidas sempre que quisessem!...E foi então que surgiu a oportunidade mais esperada, os nossos alunos e as crianças da instituição foram para o magnifico jardim brincar em conjunto, trocar muitos mimos, e viver um momento muito especial.Na hora de vir embora fica a certeza de lá querermos voltar e podermos sentir de novo o turbilhão de emoções que todas vivemos.Até breve, “Causa da Criança”. Júlia Santos, Professora de E.V e E.A

Participar no projecto da “Causa da Criança” foi para nós um enorme prazer. Tivemos a oportunidade de ler um pequeno conto às crianças da casa e durante a leitura sentimos que eramos especiais, sentimos que para aquelas crianças o que estávamos a fazer era importante, pois tudo aquilo era inteiramente para elas! Tivemos também algum tempo para interagir um pouco com elas e mais do que nunca, dar-lhes atenção, perguntar-lhes como lhes corria a escola, perguntar-lhes sobre o que gostam e não gostam, pois de certa forma, tornamo-nos amigas de cada uma delas, e isso é sempre algo muito bom! Esperamos ter tornado o dia delas especial, tal como elas tornaram o nosso! Catarina e Inês|8C

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Viagem a Sintra

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Viagem de finalistas? ... que fixe…Para onde vamos stora?... Quantos dias?... Tudo pensado no início de Março e realizado em Abril…. E por que não visitar uma das cidades mais emblemáticas de Portugal? Dos contos de reis e rainhas …. Visitar um povo tão rico pelos seus costumes que perpetuou a sua beleza …a cidade dos castelos e palácios e até das famosas queijadinhas …. Sim, é mesmo de Sintra que se fala! E para descontrair uma paragem na praia das maçãs…sim, porque não vivemos só de cultura…. O lazer também conta! Depois de entrar em acordo sobre o número de dias (infelizmente apenas dois) e o alojamento, lá se confirmou a viagem para as férias da Páscoa. Sim, porque seria a viagenzinha de finalistas do nono ano… A viagem correu muito bem com exceção do tempo muito ventoso na tão desejada praia que apenas nos deixou almoçar, sem que pouco mais pudéssemos fazer…. Sim, porque seria uma tarde fantástica, repleta de banhos de sol, jogos e muita conversa… E claro está…. o plano de atividades alterou-se para o resto da viagem… Mas, é bom que se diga, nada disto impediu que a juventude e os mais crescidos dessem azo á sua boa disposição e mantivessem o bom astral lá por cima….Todos chegaram a casa bem dispostos… e com muito sono à mistura… porque a noite anterior foi passada à conversa no átrio do hotel, em trajes impróprios (pijamas e afins) relembrando animadamente o dia bem passado em vez do sono merecido….

Professora Amélia Moreira

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No dia 27 de abril de 2012 pelas 7:15 h da manhã (para os nossos alunos seria madrugada!) iniciamos a viagem de ida da nossa visita de estudo. Tudo começou aqui, passamos a ser um aglomerado de gente com o mesmo destino - o Exploratório em Coimbra e as grutas de Mira d`Aire.No autocarro pairava o entusiasmo e a euforia. Mas não só, também a curiosidade e o espírito de descoberta. É evidente que pelo caminho, alguns de nós foram descobrindo mais do que estava programado. Descobrimos alguns dos labirintos escondidos nas ruas de Coimbra na ânsia de encontrarmos o caminho correto, testamos os limites da nossa perseverança por um percurso que se revelou por vezes agitado e finalmente conhecemos a honra de sermos escoltados pela PSP até ao primeiro ponto de paragem. O Exploratório deu-nos a possibilidade de compreender melhor o funcionamento do nosso corpo, do nosso planeta e mesmo do Universo, pelo menos do “lote” onde nos incluímos, através da realização de pequenas atividades que nos enriqueceram porque nos permitiram perceber de forma mais significativa alguns dos fenómenos que nos rodeiam.

O almoço permitiu, além do restabelecimento das nossas energias, o convívio entre os alunos ou até mesmo entre alunos e professores, possibilitando o contacto com características e personalidades que nem sempre são percetíveis com trabalho a realizar. Finalmente a nossa visita às grutas mostrou-nos um mundo alternativo e conduziu os nossos alunos a uma viagem, não ao centro da Terra, mas pelo menos a profundidades e a fenómenos que usualmente não conseguem vislumbrar. Agora ficam-nos as recordações, as que capturamos em máquinas fotográficas ou telemóveis e aquelas que ficaram gravadas na nossa mente. Ficam os momentos em que os locais que visitamos e as experiências que vivemos deixam de ser projeções digitais ou assuntos abordados entre quatro paredes numa sala de aula e passam a ser realidade, tornando-se palpáveis. Que os nossos alunos possam mais tarde dizer: Quando estava no 7º ano fiz uma viagem a Coimbra e a Mira d`Aire e adorei!”

Professora Fátima Silva

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Visita de estudo ao Exploratório em Coimbra e às grutas de Mira d`Aire

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Dando continuidade ao envolvimento da nossa escola e da sua Biblioteca Escolar no projeto “LS2- Leituras, Sentidos e Saberes”, promovido pela Câmara Municipal da Maia, um grupo de alunos das turmas C, D e E do 8º ano e B do 11º ano de escolaridade participou, no passado dia 16 de maio, na atividade “Leituras, Sentidos e Saberes: à descoberta do escritor Valter Hugo Mãe”.Os alunos do oitavo ano apresentaram, no Grande Auditório do Fórum da Maia, os resultados do trabalho desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa e de oficina de escrita acerca da obra do escritor Valter Hugo Mãe, sob a orientação das docentes de Português e com a colaboração das Diretoras de Turma do 8ºC, D e E. Os alunos do 11º B apresentaram uma página criada por eles no Facebook, na qual expuseram os trabalhos escritos produzidos a partir do conhecimento da obra do

autor.Este dia representou uma oportunidade única de contactar pessoalmente, e de uma forma muito descontraída, com um escritor de reconhecido mérito, e que assistiu atentamente a todas as apresentações dos alunos de diversas escolas do nosso concelho. A participação neste projecto é, sem dúvida, uma das estratégias que melhor promove nos nossos alunos a sensibilização para o ato de ler e, simultaneamente, de criar, seja através das palavras, das imagens, dos gestos ou, simplesmente, da voz.Parabéns a todos os envolvidos!

Professora Alice Sousa

Fomos à descoberta do escritor Valter Hugo Mãe…

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‘’Leituras, sentidos e saberes’’

No dia 16 de maio, as turma do 8º C , D e E da Escola Secundária do Castêlo da Maia foram ao Fórum da Maia, participar na atividade ‘’Leituras, sentidos e saberes’’, sobre o escritor Valter Hugo Mãe. Os alunos produziram textos e apresentaram um trabalho de turma, sobre a obra do escritor com quem todos puderam partilhar alguns momentos. Para começar estava um dia ótimo; estava calor, o sol era radiante. Uma sala repleta de pessoas, desde crianças a adultos, completava aquele dia de primavera, sem dúvida, maravilhoso.Entrar naquele palco foi, realmente, uma grande experiência. Sentir a pele dos grandes atores, deixarmos de ser nós e apenas mostrarmos aquilo que fomos capaz de fazer, diante de todas aquelas pessoas e conseguir captar a sua atenção, foi, realmente uma experiência única! A atividade correu muito bem, apesar de estarmos todos um bocado nervosos, até porque a presença do escritor aumentou a nossa responsabilidade. Enfim, foi um dia diferente e interessante, que terminou num momento único: os autógrafos que o escritor Valter Hugo Mãe (que ficámos a conhecer muito melhor), distribuiu com enorme simpatia…Uma experiência a repetir..

Mara Costa, Soraia Santos |8ºEVânia Figueiredo |8C

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Na semana de 14 a 19 de maio de 2012, na escola Secundária do Castêlo da Maia, um grupo composto por elementos da turma do 12ªA (André Silva, Ricardo França, Sandra Dias, Sara Teixeira) orientado pelos professores Esmeralda Pinto e Nuno Gomes, deu início a uma iniciativa que visa sensibilizar toda a comunidade escolar para a necessidade da constante preservação de um recurso, para aquele que é, talvez, o mais explorado no nosso planeta, a água.A água é essencial à vida sob todas as formas assumindo portanto, particular importância a sua utilização de modo sustentável. Numa exposição “O Planeta cor de água” composta por oito posters, um filme e um roteiro pedagógico da empresa Cassefaz Lda, e alindada com trabalhos manuais

feitos pelos aluna(o)s que compõem este grupo, com o intuito de sensibilizar o espectador, provocar sentimentos de responsabilidade e contribuir para uma maior tomada de consciência por parte da comunidade educativa acerca da importância da água como recurso básico do séc. XXI. Esta exposição fornece várias informações-base sobre a água, a importância da água enquanto património, fonte de vida: os seus fenómenos e percursos, os ecossistemas, os ciclos hidrológicos, as energias renováveis. Os painéis contêm informações tais como: “o nosso planeta chama-se Terra mas mais de 70% da sua superfície encontra-se coberta por oceanos” e “é graças à água que existe vida no nosso planeta, ela marca os ritmos do clima, cria e recria paisagens e dita a vida e a

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O Planeta cor de água

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morte de todos os seres vivos”. O grupo organizador foi o guia da visita para os restantes colegas da turma à exposição, no passado dia 17 de maio de 2012 (quinta-feira) (ver fotos abaixo), de modo a que estes, depois de conhecerem melhor o projecto, o pudessem divulgar, tendo em vista, ainda, a apresentação do mesmo a um número limitado de turmas compostas por alunos mais novos, de modo a que estes comecem também a ser alertados para um problema que é de todos: a escassez de água potável.

André Silva, Ricardo França, Sandra Dias, Sara Teixeira e Esmeralda Pinto

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Por lapso, na página 07 da SomosRevista 05, a autoria do texto

"Projeto jardins com futuro” está erradamente atribuída, pelo que

pedimos desculpa. Os autores do artigo são os Professores Célia

Fernandes e Nuno Gomes

equipa SomosRevista

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No passado dia 21 de abril realizou-se, no Parque de Avioso, o primeiro Troféu de Orientação da Maia onde a nossa escola marcou a sua presença com uma equipa constituída pela professora Judite Osório e dois alunos do 8ºG classificando-se em 7º lugar no escalão “Promoção Difícil”.Nesta prova poderiam participar todas as pessoas/equipas não federadas. No âmbito do Desporto Escolar era uma competição que servia para o apuramento para o Campeonato Nacional.Segundo a professora Judite, para além do exercício físico efetuado e do convívio vivido entre os participantes, tratou-se de uma atividade

muito rica no que respeita à transmissão de conhecimentos inerentes a esta área, já que a Orientação é uma das modalidades contempladas na planificação de alguns anos escolares, como por exemplo, o 8ºano. Para esta docente a fraca adesão deveu-se ao facto de a mesma só ter tido conhecimento deste evento na véspera da sua realização, às más condições climatéricas que se faziam sentir no dia da prova e, segundo o que apurou junto de alguns alunos, à falta de transporte para o local.Tendo em conta o testemunho dos participantes, tratou-se de uma participação muito positiva e que dever-se-á repetir no próximo ano escolar, caso se realize o segundo Troféu de Orientação.

A coordenadora do departamento de Expressões Professora Silvina Pais

a fraca adesão a este evento deveu-se por um lado ao tempo muito chuvoso que se fazia sentir nessa manhã

Troféu de Orientação da Maia

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Na sexta-feira, dia 1 de junho, celebrou-se o Dia da Criança! Assim, alunos do 11º ano (turmas B, E, H e I) da Escola Secundária do Castêlo da Maia resolveram levar à cena o “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, especialmente dirigido aos alunos um pouco mais novos, a frequentarem o 9º ano.Após meses de preparação, os vários alunos envolvidos puderam, finalmente, ver o produto do seu esforço em duas sessões que decorreram no Fórum Jovem da Maia. Assistiram às representações pais, professores e até a diretora da escola, cujos comentários foram bastante positivos! Apesar de toda a preparação, trabalho e “complicações”, os jovens atores confessaram que esta foi uma boa experiência, que conferiu a todos um enriquecimento pessoal.Entretanto, não podemos deixar de referir que, para além dos “atores” em palco, outros alunos prestaram uma excelente colaboração no que diz respeito à música, aos cenários, ao guarda-roupa, à coordenação do trabalho em palco, à realização de desdobráveis e cartazes de divulgação do evento, à tesouraria, à venda de bilhetes, etc., etc., etc…De facto, estamos todos de parabéns, pois conseguir conciliar o teatro com as aulas a decorrerem e tantas outras atividades inerentes ao trabalho da escola não é nada fácil, acreditem! André Sousa Lago – 11ºB

(texto adaptado pela profª Margarida Miranda)

“Auto da Barca do Inferno”

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Desporto Escolar Ténis de Mesa

Parabéns a todos pela “época” magnifica que realizaram, pela evolução que vêm apresentando, pela paixão que demonstram por esta modalidade e pela boa imagem que transmitem da Escola Secundária do Castelo da Maia.

Professor Manuel Almeida

A nossa escola teve um comportamento excelente na Competição por Equipas de Ténis de Mesa – Iniciados Masculinos. Completamos a nossa série só com vitórias. Individualmente quatro dos nossos alunos classificaram-se nos nove primeiros lugares.

Na fase final apenas saímos derrotados no jogo final da zona norte. De destacar que a escola vencedora contava com três jogadores federados. Só por curiosidade nenhum dos nossos alunos pratica esta modalidade a nível federado, tendo-se iniciado no ténis de mesa há dois anos no grupo-equipa de desporto escolar da nossa escola.

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O Clube de Saúde da nossa Escola e a Unidade de Cuidados à Comunidade do Castêlo da Maia desenvolveram o Projeto Pequeno-Almoço com a finalidade de promover nos alunos dos 7ºs anos a toma do pequeno-almoço antes de sair de casa.Concomitantemente, serviu também para alertar os alunos da necessidade de:• Fazer sempre um bom pequeno-almoço, contendo leite ou derivados, pão ou cereais e fruta.• Fazer 5 a 6 refeições por dia.• Consumir vegetais, frutas e legumes, em quantidade adequada todos os dias.Durante as atividades pedagógicas desenvolvidas em sala de aula verificou-se que os nossos jovens não gostam e não consomem vegetais e fruta com a frequência recomendada Professora Teresa Ribeiro

Unidade de Cuidados àComunidade Castelo da Maia

Projeto Pequeno-Almoço

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No dia 09 de Junho pelas 12:00h, sábado, a equipa formativa do curso de Educação e Formação de Adultos deslocou-se à escola para, em conjunto, professores e alunos deste curso e, no âmbito da atividade integradora do núcleo gerador Equipamentos e Sistemas Técnicos, iniciar a atividade de produção artesanal da cerveja. Esta atividade é desenvolvida de forma faseada, pelo que, no sábado, dia 09 junho, em ambiente apropriado, demos início à produção

de, aproximadamente, vinte litros de cerveja, sob a orientação do professor de Economia, Domingos Veloso e com participação de todos os professores e formandos do curso EFA.Assim, para se produzir uma cerveja” Grão Pilsner clássica”, começou-se pela moagem de todos os maltes, a saber: o malte Pilsner; o malte Crystal e o malte Munich. Finda esta tarefa, iniciou-se o processo de brassagem (mistura dos maltes) que demorou cerca de 90 minutos, a uma temperatura

Beer activity

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variável de 50 a 77 graus Celsius. Após esta primeira fase dos 90 minutos mais 30 de filtragem, iniciou-se o processo de fervura ou pasteurização. Quando a fervura estabilizou, por volta dos 100 graus Celsius, adicionou-se o primeiro lúpulo designado de “amargor”. Passados 75 minutos de fervura adicionou-se o segundo lúpulo designado de “sabor”. O terceiro lúpulo “aroma” foi adicionado a 3 minutos antes de terminar esta fase, portanto, aos 87 minutos.A fase seguinte, também designada por arrefecimento do mosto, consistiu em fazer descer a temperatura dos 100 para os 20 graus Celsius por um processo refrigeração, em cerca de 20 minutos. Seguiu-se o arejamento ou oxigenação do mosto que demorou mais 20 minutos.Quando o mosto atingiu os 20 graus Celsius, tirou-se a primeira amostra para se observar a sua densidade e fazer a contagem dada pela escala do densímetro. Essa contagem ficou registada para ser comparada com a amostragem final.Seguidamente, verteu-se o mosto para a cuba de

filtração e desta para a cuba de fermentação.Durante o processo de passagem do mosto entre cubas foi-lhe adicionado a levedura, tapada a respetiva cuba e colocado um borbulhador na parte superior da tampa com líquido apropriado. Esta cuba vai permanecer fechada cerca de 10 dias que é o tempo necessário e suficiente para acontecer a 1ª fermentação. A 2ª fermentação carece de cerca de uma semana.A água, como o principal elemento da cerveja, deve ser pouco mineralizada, de baixa alcalinidade e com PH compreendido entre 6,5-8,0.A última fase, o engarrafamento, acontecerá nos próximos 15 a 20 dias. Todo este processo foi acompanhado pela equipa de “Marketing”, rotulagem, slogans, criação de cartazes e divulgação do produto. Esta fase da atividade correu muito bem e contou com a participação ativa de todos os professores da equipa EFA e alunos.

Professora Paula Vinhais, sob supervisão de Domingos Veloso

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Durante este ano letivo, nas aulas de Educação Visual, os nossos alunos arregaçaram as mangas e produziram imensos trabalhos criativos (e não só!), que abordavam diversos conteúdos e exploravam diferentes técnicas e materiais. Como tem sido habitual, as professoras de artes aproveitaram a SomosRevista para dar a conhecer algum desse trabalho, e fecharam o ano com uma exposição mais abrangente.Aproveitamos o evento da comemoração dos 20 anos de escola, onde foi apresentado o livro “Palavras com Cor” que contém muitas ilustrações realizadas nas nossas aulas, e a inauguração do novo edifício, com espaços amplos, mesmo a pedirem para serem preenchidos com cor e com arte.Selecionados os trabalhos a inserir na exposição foram colocados em 14 faixas de plástico, cada

uma delas com 3,20mX1m, que foram suspensas aproveitando o máximo do “pé direito” do espaço escolhido. Outros tantos trabalhos, de similar qualidade, ficaram por expor. S. Pedro não foi nosso amigo e inviabilizou a colocação das criações dos nossos artistas no espaço exterior como estava previsto. Mas conseguimos mostrar uma “cidade”, cujos “arquitetos” foram os alunos do 7ºano de escolaridade e que recuperava a tradição do uso da azulejaria no revestimento das fachadas Findo o evento, as “faixas” de trabalhos e a “cidade” foram colocadas no pavilhão A, colorindo e embelezando este local. Parabéns aos alunos pelo trabalho realizado! Professora Júlia Santos

Exposição de Educação Visual

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lançamento do livro Palavras com Cor

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No dia 6 de junho deu-se o epílogo de um projeto que a nós, equipa SomosRevista, muito nos entusiasmou. A criação de um livro, que nasce da convergência da criatividade dos nossos alunos e resulta

numa obra publicada! Um livro que pode viajar na mão, nos olhos e na sensibilidade de quem o lê e desfruta. Registámos o momento em que foi dado a conhecer aos orgulhosos autores, aos seus encarregados de educação e a toda a comunidade educativa, em dois belos momentos comemorativos dos 20 anos de escola.Parabéns a todos os autores e um caloroso agradecimento a todos quantos colaboraram e se envolveram connosco neste projeto.

Equipa SomosRevista

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Foi com enorme gosto que abracei a participação neste projeto. Logo que a professora Júlia Santos nos comunicou que poderíamos ser co-autores de um livro da escola, elaborado por alunos e para alunos da ESCM, que me quis incluir.Tenho imenso gosto em escrever pequenas histórias. Adoro escrever e, uma vez que me apresentaram esta oportunidade, não a poderia deixar passar sem a minha colaboração, o meu contributo. Sinto-me lisonjeada por andar numa escola onde fazem atividades como esta, que incentivam os alunos, e também por terem incluído os meus trabalhos, tanto texto como ilustrações, neste livro.Queria agradecer à minha diretora de turma, a professora Carla Madureira e à professora Júlia Santos de EV, bem como à diretora da escola, a Dra. Paula Romão e a todos os que fizeram parte deste projeto.O meu muito obrigada. Beatriz Vieira|9E

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Quando pensámos o Projeto Educação, não imaginávamos a dificuldade que iria existir, em promovê-lo junto das instituições de ensino.

Tendo em conta o cariz do mesmo, sempre pensámos que fossem os responsáveis das instituições os primeiros a defenderem e a tudo fazerem para levar a cabo este projeto. Neste sentido, desenvolvemos uma série de mecanismos e de ações que lhes permitissem a promoção e divulgação dentro da sua organização, de forma a tornar todo o processo mais apelativo e aliciante para os alunos. Contra as nossas expetativas, tal não só não se verifica, como se tem revelado extremamente difícil a interação com todos, vendo-nos forçados mesmo a re-orientar esses mecanismos para o corpo docente.

Mas porque falo nisto? Porque para todas as situações há as exceções. As exceções, que nos permitem continuar a ter confiança e esperança que no futuro tudo poderá correr melhor. E no caso concreto, a exceção foi mesmo a Escola Secundária do Castêlo da Maia e a sua fantástica equipa da “SomosRevista”.

Tendo o contacto sido por iniciativa dos elementos da equipa, fomos surpreendidos por um dinamismo, competência e dedicação, quase únicos e até

mesmo raros. Temos a colaborar com a editora profissionais competentes e altamente qualificados, mas sem a contrapartida do lado da instituição, praticamente de nada servem esses atributos, pois sem a matéria prima necessária, os conteúdos, são de pouca utilidade.

Após a primeira reunião com todos os elementos, foi também fácil aferir que este espírito se estende, e vem até mesmo de exemplo e por contágio, dos elementos do corpo diretivo.

Assim, foi com prazer que acedi ao convite para escrever um artigo que relatasse a experiência por parte da editora relativa à edição da obra “Palavras com Cor”, pois vi neste, a oportunidade de manifestar os meus votos de sinceros parabéns a toda a equipa “SomosRevista” e aproveitar, para deixar o desejo de que continuem, com a marca do dinamismo, que, no curto espaço de tempo de relação, foi-me fácil aferir, provar e comprovar.

Despeço-me deixando no ar o desejo de que nos voltemos a juntar, noutros projetos, noutros momentos, ou simplesmente, porque não, num café.

Carlos Lopes (Executive Editor)

SomosRevista - um oásis de competência e dedicação

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A nossa escola comemora este ano 20 anos de funcionamento. A efeméride tinha de ser assinalada com o destaque que merece. Foram 20 anos a fazer parte de muitas vidas – muitos alunos que passaram uma parte muito importante das suas vidas nesta instituição, muitos deles agora já profissionais de valor; muitos profissionais que aqui ensinaram, aprenderam e fizeram tudo para que o Castêlo da Maia pudesse orgulhar-se da escola pública que tem. Realizou-se no dia 6 de junho a festa devida. O evento decorreu nas novas instalações da ESCM que, todos o esperamos serão a “nossa” casa durante muitos mais anos ainda – uma nova geração está aí a chegar – a geração dos netos de alguns nossos ex-professores e ex-funcionários e dos filhos de muitos dos nossos ex-alunos… é já a partir de setembro próximo que as aulas ali acontecerão. Se em termos demográficos estatísticos 20 anos representam uma geração, quase podemos metaforizar que vamos mudar-nos para a “filha” da escola de 1994. Redunda isto, parece, numa ideia de família que todos abraçamos e que queremos manter…Na festa, que foi bonita, a sequência dos eventos incluiu a apresentação aos alunos do livro "Palavras

com Cor", que consta de textos e ilustrações dos alunos da escola e que pretende também ele assinalar esta vintena de anos. Teve grande sucesso, muitos compradores interessados e naturalmente o orgulho dos alunos que contribuíram com muitos e bons textos e ilustrações, dos professores que puseram tanta energia na iniciativa, da editora que propôs a ideia e a transformou no magnífico exemplar que fica como um marco do trabalho desenvolvido na nossa escola. Foi “dos alunos para os alunos” e alguns deles leram os seus textos e falaram do seu prazer de ler e escrever, o que é sempre um prazer para todos os que se esforçam nesta nobilíssima tarefa de ensinar. Parece que adivinhávamos o que também o exame nacional de português do nono ano viria a pedir a todos – que dessem a sua opinião sobre como motivar outros para a leitura.De seguida, apreciamos "Os Jograis", alunos do 7º ano que muito bem combinaram música, canto e arte dramática numa agradável performance. Os momentos musicais que se intercalaram deram a alegria que a música sempre dá a uma festa – foi bom ver aquele espaço cheio de alunos e professores a trautear as músicas. A Diretora da

20 anos de ESCM

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ESCM, Paula Romão, “descerrou” o novo logótipo da escola, resultado de um concurso levado a cabo pelas professoras de Educação Visual da escola. Colaborou grandemente na seleção e na edição final o designer Álvaro Montanha, pai de duas ex-alunas da escola. Foi ainda muito generoso ao presentear as duas primeiras classificadas do concurso (Inês Reis, a vencedora e Mara Costa, a segunda classificada) com um estágio de duas semanas no seu atelier. Foi com referências aos primeiros 20 anos da construção de uma identidade de escola e à transição para estes segundos vinte que se procedeu à simbólica substituição do antigo pelo novo logótipo. O conceito por trás deste trabalho é a diversidade na unidade. Somos todos diferentes, todos esperamos coisas diferentes das nossas vidas e crescemos como pessoas em contextos diferentes – é tarefa difícil responder às solicitações que daqui advêm, mas é este o principal desafio da escola do séc. XXI.Mais tarde, o Sr. Presidente da Câmara da Maia, Eng. Bragança Fernandes, dirigiu umas palavras de encorajamento às pessoas que tornaram possível esta aventura de tantos meses e de congratulações aos munícipes das freguesias da Maia servidas pela Escola.Depois, houve ainda um programa cultural e social, que consistiu de atuações da banda "575", e (com

a "prata da casa") do coro (coordenado como já vai sendo hábito pela ex-aluna da escola Catarina Ferreira, “maestrina” do grupo coral da igreja de Gondim), do grupo de teatro e do grupo de dança da ESCM. Participaram alunos, professores, funcionários, ex-alunos e todos muito bem dirigidos, encenados, coreografados…Para terminar, foi oferecido aos presentes um pequeno buffet confecionado e servido pelos nossos alunos e pelos nossos professores e formadores do Curso Profissional de Técnico de Restauração (Variante de Cozinha e Pastelaria). Parabéns a todos, com um especial agradecimento à Regina Silva, que tão bem conseguiu proporcionar aos alunos a oportunidade de, tão cedo na sua formação, sentirem o que é o reconhecimento profissional de um bom trabalho.Especificamente neste dia, temos de destacar os nossos interlocutores da Parque Escolar, inexcedíveis no apoio às solicitações da escola. Estamos-lhes gratos por isso. Estamos também gratos aos nossos companheiros de viagem ao longo de tanto tempo, que foram são e hão de continuar a ser muitos. Foi um dia especial para todos nós que vivemos a escola como nossa há 20 ANOS!

Professor Mário Lopes

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O Sarau da ESCM

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Ponto(s) de Vista

No dia 8 de junho a Escola deu mais uma prova do que significa partilhar, repartir entregas e potencialidades, vivenciar diferentes formas de aprender a Ser, a estar, a agir.A clássica forma de celebrar o ano letivo findo apresentou-se multicolor e multiforme, carregada de sentido, aberta ao diferente, autêntica e fundamentalmente VERDADEIRA.A simplicidade das mensagens ia tomando corpo nos gestos, nas vozes e nos semblantes de cada interveniente. Expunham-se, num misto de harmonia e improviso, os lados criativos e estruturados de cada encenação. Em uníssono, por detrás da desordem fluida, uma organização perfeita, de profissionais empenhados para que tudo corresse bem. Professores em essência, que nada deixaram ao acaso, sem imposição, naturalmente.Tivemos encenadores, apresentadores, cantores, poetas, dramaturgos, comediantes, tantas e tantas formas de repartir saberes e vontades. Tantas e tantas formas de presentificar um trabalho construído que foi ganhando forma e se fez presente, numa cadeia de cumplicidades, redes comunicacionais que se descrevem numa só mensagem, COMUNIDADE DE

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PRÁTICAS.Diante de mim, o exemplo vivo da Escola que queremos, da Escola que somos. Porque repartir saberes é também repartir vivências, assumir potencialidades e limites e sobretudo ACREDITAR, COMUNICAR, esvaziar a mente de estereótipos e registos obsoletos, ARRISCAR. Sentindo-nos limitados vislumbramos o ilimitado, no empenho que foi posto por todos aqueles que contribuíram para o espetáculo que nos foi proporcionado.Um especial louvor a todos aqueles que arquitetaram o convívio de que fizemos parte integrante, sem se exporem.Um muito obrigada a todos os que se expuseram e nos transmitiram a prova acabada de que, quando nos envolvemos, numa entrega assumida e autêntica, somos para além de nós mesmos, melhor dizendo, SOMOS.

Professora Marinela Santos Guimarães13-06-2012

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palavras à solta

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O tempo passa, mesmo quando tal parece não acontecer. Mesmo quando apenas queremos dormir e nunca mais acordar. Era assim

que eu pensava. Sim, eu realmente acreditava que o melhor era fugir de tudo e de todos, principalmente da pessoa que eu era. Até que a

conheci a ela. Uma rapariga aparentemente vulgar, simpática e bonita. Não pensei sequer em aproximar-me dela quando a conheci. Queria

distância de toda a gente e ela não seria exceção. Estranhamente, estava enganada. Ela começou a sentar-se a meu lado na aula de Biologia. Chamava-se Ângela. Penso que deve ter pensado logo que eu era uma anormal e estranha rapariga. Penso que toda a gente é da mesma opinião... Bem, não importa. A Ângela começou a reparar que o meu estado habitual não era propriamente normal, e tentou ajudar. Não prestei a mínima atenção às suas tentativas de aproximação. Mas, ao contrário de todos os outros, ela não desistiu. E eu acabei

por ceder. Começámos a ter pequenas conversas, nada de muito importante. Por vezes ajudava-a nos estudos, e ela ajudava-me a sorrir. E por mais estranho que pareça, eu

sorria sem esforço. Verdadeiramente. Diria até que era tão fácil como respirar. Ângela era, sem dúvida, alguém especial. Mas ela não conseguia afastar tudo o que me atormentava

quando não estava presente. Era sexta feira, um dia normal. Triste. E eu não aguentei. Vi que ninguém estava por perto, sentei-

me no chão frio e duro, e comecei a chorar. Uns minutos depois, percebi que alguém se colocou em frente a mim. Ajoelhou-se, e simplesmente ficou lá a meu lado, esperando que eu acabasse

de chorar. E quando as lágrimas cessaram, Ângela deu-me a mão e disse-me que não me podia garantir um caminho sem obstáculos, mas jurou-me que a partir daquele dia me iria ajudar a passar

por cima de tudo aquilo que fosse pedra no meu caminho. Sorrindo, levantei-me e caminhei junto a ela, agradecida por alguém me ter dado forças para encarar o que ainda me esperava.

Bárbara Silva | 9ºD

O tempo passa

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Minto

Minto em cada diaMinto em cada segundo.Minto para mimDizendo ser quem não souMinto-te a tiMostrando ser quem não sou.Minto, minto, mintoA mim, a ti a todos.Irei um dia ser capaz de ser quem souSem medo de julgamentos?

Mundo de amar

Um mundo de vida ,Com toque de gente.Um cheiro de amor,Com algo de dor.Um mundo que gira,Que de vida e amor cintila.Vida sem amorNão é vida.Amor sem vidaNão é amor.Vida com amor que o mundo cria.

Joana Carvalho |11C, in Um oceano de emoções numa gota da minha paixão

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palavras à solta

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Tempo

E se por cada folha caídaVemos por nós o tempo a passarE se por cada minuto de vidaNão sentimos a morte a chegar.Que por cada ruga intrometidaMe lembre eu da infância passada,Mas por cada vela arrependidaTente eu esquecer a idade acumulada.Se por cada ano neste corpo privado de alegriaGasto eu minha vontade exageradaA partir de um certo diaIrei eu viver a todo o momento apaixonada. Carlota Santos | 9B

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Atlântida,Bué, bué, longe.

Casterwill,Dantes, a nossa casa,

E, agora, nem aparecemos lá para dizer “Olá”.Fadas e

Gnomos Havia tantos e, agora, não os conseguimos encontrar

Ihh… agora é que me lembro dosJantares com os príncipes e princesas, e dasLutas com os dragões.

Meninos de madeira… eles eram muito felizes…Não acreditas em mim?

Olha, não conhecias oPinóquio e o Gepeto??

Que estranho… Mas também eraRaro aparecerem… Eu gostava era das

Sereias, mas só de algumas. As outras Tratavam mal quem gostasse do Peter Pan. O que voa… Não te lembras?

Unicórnios! Alguns diziam queVomitavam arco-íris.

Xadrez! Não… quem jogava eram asZebras… É, tens razão, tenho de voltar lá!!!

Maria João |8B

Um alfabeto de ilusões

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Où j’aime passer mon temps libre à l’école ?! Au Club de Langues, évidemment !!!

Pour moi, le Club de Langues est un lieu très agréable et silencieux, pour que nous y puissions étudier. Il est également l’endroit où j’ai de l’appui en Français et où j’ai eu les entraînements pour la soirée de la fin de l’année scolaire »Sarau ».ou pour mes présentations orales au cours de français.

C’est une salle où l’on peut apprendre beaucoup de langues, en particulier le français, car c’est la langue que je suis en train d’apprendre. J’aime cet espace pédagogique où l’on étudie, mais où l’on peut aussi se reposer, se distraire, bavarder avec des professeurs très gentils qui sont toujours disponibles pour les élèves.Malheureusement, à cause de la crise économique, ce club n’organise plus les voyages en France ce qui complétait très bien l’apprentissage de cette langue de plus en plus importante dans le monde du travail et de la culture. Donc, celui-ci c’est mon lieu de prédilection dans toute l’école. Vive le Club de Langues ! Venez profiter de ce merveilleux coin de formation et de bien-être ! Selma Silva (ex-aluna)|11 D (2010/2011)

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o lugar

...veio o dia de todas as esperas...saber exatamente onde te encontrar dentro de mim...perguntar-me se seria bom colocar-te ali no ponto onde convergem os destinos e os desejos...depois recolocar-te outra vez mas agora noutro espaço, sempre dentro de mim, onde te conheço sem palavras...onde os tempos são iguais, onde ainda me machuca que não consigas fazer-me uma simples carícia quando eu te peço com as mãos, com os olhos, esses abraços infindos que é o sentir o toque da tua pele na minha pele......colocar-te no lugar certo, exatamente naquele lugar onde te posso ter e onde te vou buscar quando me perco......dentro de mim há tantos espaços...constato agora que só te quero num espaço apenas...mas quero-te, exatamente no ponto onde um dia achei que te podia tirar para sempre e viver sem ti!..

Professora Maria Clara do Vale10 de Maio de 2012

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Já não olho para o mundo da mesma maneira como olhava... O mundo de repente tornou-se num mundo assustador. Não sei o que se passou, mas aquele lugar onde eu me sentia feliz e, que supostamente era reconfortante, deixou de o ser. Tudo muda, mas porque é que tem de mudar para pior?Pessoas tornam-se falsas e egoístas. Aprendemos o significado de "hipocrisia" (acção ou efeito de fingir, inventar ou dissimular.) Não sei o que deu ao mundo mas parece que ele simplesmente me virou as costas... Agora nas redes sociais cada vez se vêem mais frases feitas, e sem originalidade... E eu continuo-me a perguntar para onde foram: as fadas dos dentes, o pai natal, os pesadelos e os sonhos. Tenho saudade de ser criança. Quando o era, não me julgavam por aquilo que eu vestia, dizia ou fazia. Não me discriminavam por ainda ter pesadelos, ou acreditar no pai natal. Quando era criança, o meu herói não era um rapaz loiro e de olhos azuis que acabava sempre por me desiludir. O meu herói era o meu pai que me lia uma história antes de adormecer e que não me julgava por querer cantar músicas queridas quando ia no carro com ele... Quando era criança não me chamavam maluca por cantar na rua, por correr na rua, por brincar... Mas tudo muda e eu cresci, cresci e parece que já não posso acreditar no pai natal, não posso cantar no meio da rua, não posso ter como herói o meu pai...O meu mundo deu uma volta enorme, virou-se contra mim. Não posso ser criança... Mas gostava de o ser... Ana Cardoso | 9E

O meu mundo

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Como chamar uma coisa pelo nome? Uma coisa de infinitos rostos e carácter? Algo tão indefinível como definível?Poderia cunhá-las de Algo. Algo é vago, como Elas; abrangente, como Elas; misterioso, tal como Elas sabem ser; mas não possui espírito, coisa única Nelas.Talvez Hipócritas? Estas menoridades são a coisa mais hipócrita que existe à face da terra. Tão velozmente nos amam loucamente como nos esbofeteiam com a traição na cara. Dão-nos a vida tão depressa como a tiram com um único ato sem misericórdia. Fazem-nos rir para depois nos deixarem a chorar. Alimentam-nos de esperança vã e mantêm-se indiferentes enquanto sofremos de perda. Não podemos dizer que não têm espírito! Um espírito deveres perturbador, até.Mas não. Não se podem chamar Hipócritas porque a hipocrisia é tão brusca e cheia de más energias para algo tão delicado. Estaria a dar um significado errado a todos os seus elementos.Então…Amor? Não, é insuficiente. Tem que mostrar ambas as caras.Esperança? E quando for algo negro? Registamos “Esperança”?Sentimentos? São mais do que meros sentimentos.Música? Não.Escrita? Não.Oralidade? Não.Definição? Não.Coração? Não.O Mundo? Não.…O Vazio?... Mas Elas são tudo. A ausência é que é o vazio.…Então… O quê? O que são Elas?Elas são Palavras. Apenas podem ser chamadas de Palavras porque são o que definem. Isso por si só diz tudo. Andreia Sofia Lopes Pimenta |10F

Pois que outro nome Lhes poderia dar que não o Delas próprias?

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Vivemos tempos muito difíceis nas escolas portuguesas. São as políticas educativas que mudam conforme os governos, com sucessivas reformas educativas que não “reformam” aquilo que verdadeiramente interessa. São os curricula e programas desajustados, extensíssimos, impossíveis de concretizar com qualidade. É a pressão dos Testes Intermédios, dos Exames Nacionais, dos rankings, etc, etc.Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho retrai mais e mais a cada dia que passa. O desemprego aumenta entre os jovens e um curso superior já há algum tempo deixou de ser garantia de um emprego futuro.

Neste ambiente, é gratificante saber que muitas Escolas (com E maiúsculo) ainda fazem a diferença e que os alunos do ensino secundário mantêm níveis de motivação altos e força para enfrentar o desafio do futuro.As opiniões que se seguem foram retiradas de textos escritos na disciplina de Inglês do 11º B, no âmbito do tema “The world of Work”. São testemunhos inspiradores e, ao mesmo tempo, pistas de reflexão sobre o que a Escola é e sobre aquilo que ela (ainda) não é.

Luísa Pinho, docente de Inglês

texts about school

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SoraiaI think school has an important role in our lives. On the one hand, it lays the foundations that we need to understand complex things; on the other hand, it develops us personally.

DanielSchool doesn't teach us everything directly. We have to grab what we learn in our subjects and apply this knowledge in our everyday lives. I think that school should be more practical and less theoretical.

RicardoIt's usual to say that school is boring, but, in fact, school prepares us for the future.School has prepared us for the future by helping us develop our skills. I think our parents give us an education, but it's at school that we develop skills like responsibility, team work, autonomy and creativity."

SeleneMaybe that’s where schools should focus on - to be more active and maybe not “going easy” on us. We need to learn on our own how to live our lives- maybe we are a little sharp around the edges.

Leonardo Although school offers us a huge amount of characteristics, it doesn’t teach us everything. We are always learning new things and school doesn’t have the resources to let us experience other environments and feelings. I am very thankful to what school has given to me and I hope I can use those abilities to conquer my dreams.

Mª JoãoAlthough school is preparing me to face the future, I don't think I'm totally prepared. At least, I don't feel as confident as I think I should be to face next year and college. In school, I’ve developed critical thinking and grew as a person. I'm independent and responsible and those are, in my opinion, two important characteristics that will be useful during my whole life. I also see myself as a very flexible person and I don't give up easily. With all my student years, I became a relaxed person, even when I have a test or some oral presentation.

Cláudia Rute"In general, our school has been preparing us to face the future since we got in. Specially during the 9th grade, teachers go with students to careers shows where a great variety of jobs are presented to us .We can easily choose the most interesting area and it helps the students in their choices at high school. In the 10th and 11th grade, school offers students a big list of colleges to visit in their area, which gives us an idea of what we want to do in our future and how it's going to be.

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InêsIn my school I learnt specially how to develop flexibility (how to adapt yourself to others or places/time), team work (through group work), responsibility (because work deadlines and expectations), autonomy (because we have to understand that we are becoming young adults and we have to learn how to work with independence) and because of all those things we gain personal growth.

MarisaSchool can't give you all the experience and knowledge you need. It just gives you some (in)formation and then opens the door to a new adventure that is the "adults’ world" where you are free to make discoveries on your own feet.Some people say they don't need school for anything, but I disagree with them. Nowadays, school offers many options that are going to help you, from thinky jobs to hands-on jobs and creative jobs. You just have to make the right choice for you and that will bring you the knowledge you will need in your career!

MariaIn school we have space to take some initiative, learn how to be flexible and sensitive, etc... But I think the big lack is that school doesn't teach us to be adventurous; instead, we are "programmed" to be careful, maybe too much. We start to almost live only for school and we don' enjoy our age the way we should do.

Sara I think that I’m prepared to face my future because this school has good teachers who are demanding and want the students to have good marks, learn all of the subjects…

AndreiaNowadays, people are forced to study really hard to get a really good job. Going to college isn’t new for high-school students. Why does that happen? Well, because school prepares us to face our future and find a fulfilling job.When we are at school, we don’t learn only intellectual skills, but also physical and social skills.

Ana CláudiaIn my opinion school, has prepared me very well, but I think I'm not completely prepared for the future because that is almost impossible. We are never completely prepared for the future.

AndréTo succeed in our educational progress, we need to work hard and have a good education establishment, and ESCM allows all of this to happen.

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Da janela do meu quarto vejo…

Numa cidade, o que vemos parece sempre tudo igual, mas da janela do meu quarto eu consigo ver no meio de um campo lavrado uma casa pequena e antiga, como um pedaço de história perdido na sociedade moderna! Sempre que me levanto de manhã e olho pela janela, vejo aquela casa e tenho a estranha sensação que andei para trás no tempo. O cheiro das tartes que todos os dias a senhora de cabelo branco coloca na janela a arrefecer, paira no ar e chega, por fim, à minha janela! Aquela senhora desperta em mim uma enorme curiosidade. Eu raramente vejo movimento dentro daquelas quatro paredes. É tudo muito sossegado e parece até uma casa abandonada como as dos filmes. Acho que aquela senhora não tem família, o que me deixa bastante triste porque sempre que a vejo na mercearia da esquina ela parece tão solitária que, quando dou por mim, estou a olhar fixamente para o seu rosto…

Catarina Correia | 8C

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Ser poeta é …aproximar as pessoas com as palavrase brincar com elas.É ter asas, é não ter grades,é ser livre e voar.É ver as palavras com outros olhose senti-las com o coração,despertando sentimentos ocultos.É viajar para além das estrelas,tentar e conseguir…É voar sem cair.É ter imaginação como mais ninguémpara fazer da poesia uma canção.É ser o impossível!

Ser poeta é… libertar a chama para o papel.É ter um turbilhão de ideiase exprimi-las com a imaginação.É dar sentido às coisase saber captar sentimentos.É ser um furacão de sonhos, encantar o mundo com poucas palavrase tornar o sonho realidade.É falar com o coração!Ser poetaÉ servir o mundo!

Ser poeta é …

Poema coletivo – turma 8E (2011-2012)

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Este ano, não comecei bem…Embora estudasse e trabalhasse(Se calhar, estudava mal)E tudo passou, sem que eu me apercebesse.

Continuei a estudar E assim fui melhorandoA conversa a moderarE o meu objetivo alcançando.

No terceiro períodoConsegui a nota manter,Ser menos conversadorE menos distraído ser .

Pedro R.|8C

Poemas de auto avaliação

Ora aí está uma maneira diferente (e criativa) dos alunos se auto avaliarem...

Foi o que aconteceu no 8º C, aproveitando uma aula de oficina de escrita. Digam lá se não são criativos, estes meninos?É que realmente, a poesia pode estar em todo o lado e faz-se a partir das coisas mais simples...

Professora Margarida Portela

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Último dia de aulasO último toque soouE rapidamenteOutro ano letivo passou

Sei que comecei malNa corda bamba andeiTive de refletir e pensar“Em breve estudarei”.

A esforçar-me comeceiE as notas a melhorar.O 2º período passeiComo ajuda…estudar!

Chegámos ao 3º períodoDescuidei-me um bocadoNão estudei o suficienteE sei bem que o estudo não mente…

Quanto à professoraSó tenho a agradecer.Com ela é sempre a trabalharAjudou-me a melhor aluno ser.

Sei que o nível cincoAinda não é merecidoMais trabalho tenho de terPara este nível obter.

O nível quatro parece-me bemAdequa-se ao meu empenhoPara o ano tenho de trabalhar maisPara, assim, surpreender os meus pais. Vitor Ribeiro |8C

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O ano está a acabar E tenho de fazer uma reflexãoDepois de muito pensarCheguei finalmente a uma conclusão

Foi um ano cansativo, com muito estudoFins de semana perdidos,Conteúdos absorvidosMas estou satisfeita com tudo

Foi um ano de preparaçãoPara o difícil que aí vemMelhorei a atençãoO que muito me convém!

Vou continuar empenhadaComo fui até agoraTenho uma longa caminhadaPor este mundo fora!

As dificuldades vão aumentarE estou preparada para as enfrentarPortuguês é a minha línguaPorque não a devo honrar?

Vou finalizarE o nível 5 sugerirQuero compensarE acabar o ano a sorrir!!! Catarina Correia |8C

Muitas vezes sem nos darmos contaO tempo vai passandoE quando abrimos os olhosJá estamos no final do ano.

A hora de me sentar chegouE sobre o meu trabalho pensarUm ano acabouE outro já está a chegar.

Depois de muito pensarCheguei a uma conclusãoPara o meu trabalho compensarUm cinco é a melhor opção.

Os próximos anos vão ser trabalhososE disso tenho de me mentalizarTenho de pensar no meu futuroPrometo não me desleixar.

Espero que goste do meu poemaE que concorde com a minha opiniãoQuero terminar o ano em belezaPara poder aproveitar o Verão!

Inês Reis|8C

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SR- É do nosso conhecimento que realiza a decoração das festas da sua família e amigos chegados. - Existiu algum momento a partir do qual tenha adquirido este “hobby”/atividade? Não existiu um momento em que possa dizer que comecei a praticar. Gosto de organizar festas, de pensar nos detalhes, de fazer crescer a festa ou acontecimento. Já desde muito nova que organizava as pequenas festas de catequese com as crianças, em que tudo era pensado ao pormenor. A partir do meu casamento comecei também a organizar as festas de aniversários temáticos, casamento da minha cunhada, batizados dos filhos e afilhada.

SR- Qual foi a primeira e a última festa na qual foi a decoradora?A decoradora na íntegra não diria, uma vez que sinto que me falta alguma formação e tempo para trabalhar neste hobby, mas a primeira vez que o fiz em proveito próprio foi no meu casamento. Idealizei e construí o meu convite de casamento. Encomendei/mandei fazer os materiais, e construí os convites, marcadores de mesa, placard com as marcações das mesas e os pequenos enfeites para colocar nos carros. Sim, penso tudo com muito pormenor, as cores, as velas, o timing certo para cada acontecimento. Digamos que o meu casamento foi o “desabrochar” para este, cada vez maior, gosto pela organização de festas.

SR- Para si, o que representa esta atividade: é mais um hobby, uma vocação, uma atividade complementar à

à conversa com a professora Teresa Vilaça

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sua formação académica?Bem, as pessoas, e não só familiares, dizem que tenho “jeito”, vocação, talento para fazer de cada momento um momento especial. Uma simples prenda de aniversário torna-se muito mais especial se tiver algo de nós. Para mim trata-se de algo natural. Raramente ofereço alguma prenda que não seja embrulhada/decorada por mim. Posso dizer que é uma vocação, mas trabalhada como hobby.

SR- Dedica-se à decoração apenas quando há uma festa ou há outros momentos em que o faz?Dedico-me a decorar e criar especialmente para as festas de aniversários dos meus filhos, em que nada é deixado ao acaso, desde a transformação da minha sala para o “evento” até à culinária da festa feita por mim. No aniversário do meu pai, que coincide com um dos Santos Populares, trabalho o arraial minhoto, que é extremamente rico em acessórios, tochas pelo jardim, música, etc. O batizado dos meus filhotes e o mais recente, da minha afilhada, foram as “festas” maiores organizadas por mim, mas, para cada momento especial, basta um toque diferente, um pormenor, e tudo se torna muito mais acolhedor, muito mais “nosso”.

SR- Como explica esta dicotomia que está em si: as ciências (formação académica) e as artes?As ciências, nomeadamente a Física e a Química, surgem muito naturalmente na minha vida como “é este o caminho que quero seguir”. Não tive dúvidas. O meu crescente interesse por artes (se assim se pode dizer)

à conversa com a professora Teresa Vilaça

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também surge de forma muito espontânea, naqueles momentos em que precisamos de descontrair e de focar a nossa atenção em algo diferente do nosso trabalho habitual. Organizar estas pequenas festas/surpresas durante o período letivo não me cansa, mas sim relaxa-me e torna-me menos ansiosa.SR- Confidenciou-nos que tem um cantinho, em sua casa, apenas dedicado à decoração e que só a Teresa tem autorização para lá mexer. Pode descrever-nos esse local?Na minha casa, como não podia deixar de ser, também pensei em pormenores que hoje em dia me dão imenso jeito. Tenho sim esse tal cantinho onde crio alguns objetos, fatos de carnaval para os filhos, surpresas para os avós, caixinhas de guardar bijuteria para mim, enfim dá-me muito jeito ter tudo num só local. Esse local não é muito grande, tem uma mesa ao centro onde coloco os materiais que mais utilizo, e dois armários onde guardo desde tecidos, papel, cartolinas, fitas diversas, enfim, muito material que compro ou porque é giro, ou porque acho que talvez um dia precise, ou simplesmente porque quero. Nesse local, salvo muito raras exceções, só entro eu, pois não gosto que mexam nas minhas coisas e as coloquem em locais não escolhidos por mim.

SR- À luz da nova conjuntura económica, pondera a hipótese de largar o ensino e de se dedicar exclusivamente a esta atividade?Não, largar o ensino não está nos meus planos. Desenvolver de forma mais organizada este meu hobby, talvez. Existem proprietárias de quintas, que promovem eventos, que ficaram com alguns dos meus trabalhos. Poderá ser uma realidade num futuro próximo, quem sabe…

equipa SomosRevista

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Ana Maria Silva é professora de Língua Portuguesa, integra a equipa que dinamiza o Clube de Teatro da escola, é ainda presidente do Conselho Geral e, nos seus tempos livres, pratica Biodanza, atividade inicialmente desenvolvida nos anos 60 pelo psicólogo, psiquiatra, antropólogo, poeta e pintor chileno Rolando Toro com o objetivo de humanizar a psiquiatria. E é este o tema que suscitou a nossa entrevista.SR: Biodanza ou dança da vida. Quer explicar-nos um pouco melhor o que caracteriza esta prática?A Biodanza é um sistema de integração humana,

renovação orgânica, reeducação afetiva e reaprendizagem das funções originárias da vida. A sua metodologia consiste em induzir vivências integradoras através da música, do canto, do movimento e de situações de encontro em grupo.Tendo nascido de uma pura e inspirada meditação sobre a vida, a Biodanza é uma proposta metodológica que se propõe restaurar no ser humano o vínculo original com a espécie como totalidade biológica, e com o universo como totalidade cósmica.

SR: Sabemos que pratica Biodanza há cerca de nove anos. Como surgiu o

conhecimento desta modalidade?Por um mero acaso da vida. Tal como Rolando Toro dizia imensas vezes sempre se chega à Biodanza «no momento certo»! Procurava algo para descomprimir de um período muito complexo da minha vida e depois de ter tido um acidente de carro brutal. Cruzei-me com a informação na internet: o workshop ia decorrer numa Escola Secundária aqui no Porto e quis saber sobre a metodologia. Apaixonei-me no primeiro instante!

SR: O que a motivou a iniciar esta prática e a mantê-la ao longo de todo este tempo? No início o que me motivou foi ter encontrado uma

à conversa com a professora Ana Maria Silva

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metodologia que reunia três aspetos que eu adoro: pessoas, música e dança. Para além disso, percebi, desde o início que me ensinaria a viver melhor! Logo a seguir encontrei muitos pontos fundamentais da educação biocêntrica que me fascinaram enquanto professora e educadora. Quis estudar mais. Frequentei o curso de facilitadora durante 3 anos na Escola de Biodanza de Portugal e abri um grupo regular de BIodanza.

SR: Para quem tem uma vida profissional tão preenchida, de que forma a ajuda a Biodanza na sua vida quotidiana?A Biodanza é a minha balança neurovegetativa, é o meu ponto de equilíbrio. É esta metodologia que me permite viver o dia a dia cada vez com mais tranquilidade mesmo quando os desafios são, por vezes, muito grandes e nem sempre confortáveis. Posso afirmar que a Biodanza me salvou a vida várias vezes! Para além disso permitiu-me conhecer pessoas fantásticas em todo o mundo e alargar os meus conhecimentos de uma forma global.Hoje em dia sinto-me muito motivada em desenvolver o conceito da educação biocêntrica e poder levá-lo até às escolas portuguesas!SR: A quem aconselhava esta prática? Na sua opinião, o que a diferencia positivamente face a outro tipo de atividades físicas ou mais lúdicas? Aconselhava esta prática a todas as pessoas…

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aliás na minha família já todos experimentaram a modalidade. Um familiar meu que é doente de Alzheimer tem beneficiado imenso com os efeitos positivos da Biodanza. Hoje em dia podemos consultar os estudos feitos e já publicados sobre os efeitos benéficos da prática regular da Biodanza… e são verdadeiramente espantosos!A Biodanza pode ser aplicada a grupos variados ou específicos como crianças, adolescentes, adultos, terceira idade, mulheres grávidas, famílias, pessoas normais com dificuldade de estabelecer vínculos profundos ou ainda, grupos especiais de reabilitação existencial, doentes mentais, hipertensos, com fibromialgia, etc. Esta diversidade é possível em virtude dos resultados da Biodanza quanto à possibilidade da expressão da identidade, da comunicação afetiva e das funções integrativas do organismo.O que diferencia esta prática de todas as outras é, em primeiro lugar, o facto de se centrar no ser humano e em todos os seus potenciais em desenvolvimento. Ou seja, o que mais interessa à Biodanza é o que há em qualquer ser humano de saudável e que pode ser cada vez mais desenvolvido no sentido de uma vida mais plena! Para além disso, está sustentada numa série de ciências que estudam o ser humano e baseia-se num modelo teórico onde, posso afirmar, tudo está pensado no sentido de cada ser humano poder, ao seu ritmo e de acordo com as suas possibilidades, desenvolver-se.De facto, Rolando Toro apelou ao nosso sentir humano, existencial, profundo, como seres grupais, propondo a reeducação afetiva enquanto modo essencial, um «modus vivendi» para resgatar o nosso viver quotidiano perturbado, num século de profundas transformações, em que, apesar dos avanços tecnológicos terem permitido uma

melhoria da qualidade de vida do ser humano, este se tem revelado ausente da esfera afetiva e longe da aprendizagem biológica que conduz a uma vida saudável. O convite à dança é, na sessão de Biodanza, um convite à partilha humana, à participação na dança cósmica, a partir dos gestos naturais e da comunicação entre os seres humanos. E isto, sem dúvida, diferencia-se de qualquer outra modalidade.

SR: Para terminar, consegue descrever-nos uma aula ou uma sessão de Biodanza? Como se processa e durante quanto tempo?É muito difícil e até complexo descrever uma sessão de Biodanza porque a experiência de cada um é individual e vivida. Por isso sempre convidamos a pessoa a experimentar uma sessão para saber o que é a Biodanza. Rolando Toro afirmava: primeiro dance, depois pense! Um grupo semanal tem um compromisso com a modalidade que decorre num determinado espaço, escolhido de acordo com critérios prévios, durante mais ou menos uma hora e trinta. Em termos simples, as sessões de iniciação são estruturadas predominando os exercícios de integração motora, afetivo-motora, comunicação afetiva e partilha que estimulam de modo suave e progressivo a vitalidade e a afetividade. Compete ao facilitador a estruturação da aula, a escolha das músicas (de entre uma seleção aprovada pela International Biocentric Foundation) de acordo com os critérios do modelo teórico e do grupo a que se destina. equipa SomosRevista

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Vou aproveitar este espaço que me dão para vos falar de uma modalidade desportiva ainda pouco conhecida, que no entanto pode ser do interesse de todos, principalmente por ter uma caraterística única – todos jogamos (pois, eu pratico esta

modalidade… ) de olhos vendados.Partindo do princípio que pode já estar aguçada a curiosidade dos leitores da Somos Revista, começo por falar um pouco das origens do goalball.O goalball foi criado na ressaca da II Grande Guerra por Hanz Lorenzen (austríaco) e Sepp Reindle (alemão), com o objetivo de auxiliar na reabilitação das muitas pessoas que nessa triste ocasião perderam parcialmente ou na totalidade a sua visão. Sabendo da importância do desporto na integração social das pessoas com deficiência, criaram um “jogo de bola” que acabou por tornar-se um grande sucesso, atingindo o estatuto de modalidade paraolímpica em 1980 (homens) e

1984 (mulheres). Refira-se que a expressão “desporto adaptado” não se aplica ao goalball, uma vez que esta é uma modalidade criada de raiz com

Goalball

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um objetivo específico. A propósito, o regulamento do campeonato nacional permite que um dos três elementos em cada equipa seja “normovisual”, isto é, nem cego nem amblíope. Quer isto dizer que, fazendo aos outros o que gostamos que nos façam a nós, a modalidade é “inclusiva” (um paradoxo curioso, concordarão…).Em Portugal, após alguns esforços mais ou menos incipientes para implantar a modalidade, acabou por realizar-se o primeiro campeonato nacional em 1995. Pouco tempo depois, em 1996 realizou-se a Oporto Goalball Cup no Pavilhão Rosa Mota, reunindo várias seleções nacionais. Em 2010, Portugal organizou o Europeu C, em Albufeira. Este ano realizou-se pela primeira vez o campeonato nacional de sub-18. Agora, e voltando à pista inicial, na indisponibilidade da visão, pensou-se na exploração dos outros sentidos para a orientação dos atletas “no terreno” – assim, as linhas que demarcam o campo consistem numa corda fina fixada ao solo com fita-cola – para sabermos a nossa posição relativa no campo, chama-se à colação o tato. As linhas exteriores são habitualmente fáceis de marcar sem recurso à fita métrica – o campo cobre uma área de 18x9m, ou seja, o equivalente aos campos de voleibol habitualmente marcados na grande maioria dos pavilhões desportivos. Sabemos onde

estamos no campo, também pela comunicação permanente com os colegas.Naturalmente neste momento quem não conhece a modalidade questionar-se-á como se lida com a questão da bola. Pois, os senhores foram criativos e, não indo Maomé à montanha…, modifica-se a bola! Ela continua a ser esférica (para alguns às vezes parece quadrada, mas, aqui, nada de original no goalball…), mas tem guizos lá dentro. Depois, é mais ou menos do mesmo tamanho da bola de basquetebol, mas mais pesada (1,25 kg), oca e feita de borracha rígida. Isto implica a necessidade de, durante os jogos, o silêncio das bancadas apenas poder ser interrompido no momento da marcação de um golo. Ora, pois claro!As balizas têm 1,20m de altura e ocupam a totalidade dos 9m da linha final. Como já se disse, cada equipa tem três elementos – todos são simultaneamente defesas e atacantes, colocando-se habitualmente o central numa posição avançada em relação aos laterais. Não há contacto entre adversários, uma vez que não é permitido que os atletas ultrapassem a linha de meio-campo. O campo está dividido em duas zonas de defesa e numa zona neutra e, num remate, a bola tem obrigatoriamente de tocar em cada uma das zonas, o que, em fase de iniciação, significa na prática que a bola deve ser lançada (a rolar) e não atirada. O ritmo do jogo depende

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Sabias que...

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grandemente da qualidade dos intervenientes, mas um jogo entre duas boas equipas é bastante emocionante para quem assiste e muito mais ainda para quem joga.O equipamento dos atletas inclui vendas e, por baixo, pensos oftálmicos. Usam-se também cotoveleiras, joelheiras e coquilhas (a bola é muito pesada e há jogadores que impelem a bola com muita velocidade…). Também não é boa ideia jogar de calções e t-shirt, uma vez que a maioria dos gestos técnicos de defesa é feita a partir de uma posição baixa (habitualmente com mãos e pés apoiados no chão) e envolve frequentes deslizamentos ou “estiradas” (como se diz no caso dos guarda-redes de futebol).A modalidade implica o desenvolvimento de capacidades motoras como a força, a velocidade de reação e de execução, a resistência, a flexibilidade, a coordenação, a concentração, o equilíbrio e o sentido de orientação. O espírito de equipa e a qualidade da execução dos gestos técnicos são igualmente fundamentais na qualidade do jogo.Agora, a minha opinião pessoal: por experiência própria, sei que todos os jovens (com ou sem deficiência visual) gostam de participar nesta modalidade – ela é muito apelativa e emocionante, pela suas caraterísticas únicas. Além disso, a modalidade corresponde em pleno aos objetivos do desenvolvimento desportivo dos jovens. Quem sabe se daqui a uns tempos não podemos ver o goalball a surgir com vigor em contexto escolar? A Associação Nacional do Desporto para Deficientes Visuais (ANDDVIS http://www.anddvis.org.pt/ ) está sempre disponível para dinamizar ações de divulgação em escolas e outras entidades, pelo que fica o desafio…Uma curiosidade: no início do mês de Maio, o futebolista Paulo Futre juntou-se simpaticamente à

“cruzada” da divulgação do goalball e a RTP fez uma cobertura bastante interessante do evento. Para quem está interessado em dar uma vista de olhos, pode encontrar mais informação em http://www.anddvis.org.pt/2012/paulo-futre-o-novo-socio-do-goalball-nacional/.Brevemente, em www.goalballvillage.com vão poder encontrar toda a informação sobre os campeonatos nacionais mais importantes (incluindo o Português) e as competições internacionais oficiais, além de muitos outros conteúdos.Para acabar, desculpem puxar descaradamente a brasa à minha sardinha. Espero que possam torcer, mesmo à distância, pelo centenário Académico Futebol Clube (Porto), que este ano pode sagrar-se campeão nacional pela primeira vez (é a minha equipa…)! Obrigado! Professor Mário Lopes

ÍRIS, a mascote do goalball em Portugal

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No dia 23 de Maio de 2012, entre as 9h e as 12h e 30m, realizou-se uma colheita de sangue organizada pelo Clube de Saúde, Ambiente e Segurança

da Escola Secundária do Castêlo da Maia, em parceria com o Instituto Português do Sangue do Porto. Esta dádiva de sangue, pretendeu contribuir para a angariação de dadores regulares de sangue e, assim, colaborar na manutenção dos níveis necessários para que haja um suprimento constante de sangue para todos os doentes que dele necessitam.

Agradecemos a todos os que participaram nesta atividade.

Dádiva de Sangue

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galeria7º ano

Lucia 7E

David 7F

Sofia Sá 7A

Mafalda 7F

Maria de Fátima 7D

Ana Caleste, Leonor, Tiago e Vitor 7G

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Lucia 7E

David 7F

Mafalda 7F

Miguel T. 7E

Jorge Martins 7D

Daniela Oliveira 7D

Renata 7D

Sofia Piedade 7C

Rui 7CAna Duarte 7B

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galeria

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7º ano

Luana 7E

Patrícia 7E Inês Cunha 7F Mariana 7F

Patícia 7EAndreia 7E

Diana 7EMariana Cardoso 7E

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Mariana 7F Marcelo 7F Inês Silva 7E Fábio 7G

André 7A

Alexandra 7BDiana 7E

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galeria

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8º ano

Inês Caetano 8DGonçalo Silva 8BGonçalo Silva 8B

Sofia Magalhães 8A

Tiago Pinheiro 8AInês Pinto 8GInês Pinto 8G

Iuliana 8F Catarina Correia 8C

Ana Sampaio 8G

Inês Fernandes 8G

Cartlos D. Cruz 8A

Sara Ramos 8F

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Inês Silva 8D Joana 8FIrina 8DJoana 8B

Inês Pinto 8G Inês Fernandes 8G

Patrícia Lima 8D Tatiana 8DJoão Costa 8D Mariana Pereira 8F

Cartlos D. Cruz 8A Gabriela 8B Gabriela 8BGabriel 8E

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galeria8º ano

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Joana Ramos 8FAna Moreira 8G

Miguel Neves 8G

Ana Moreira 8G

Ana Filipa 8B

Ana Rita Leite 8D Ana Inês 8AAna Raquel 8A Ana Sá 8G

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João Moreira 8E

Catarina Correia 8C

Ana Moreira 8G

Milene 8E

Hugo Ramalho 8E

Sara Ramos 8F

Carlos D. Cruz 8A

Mara Costa 8E

Ana Dias 8GAna Raquel 8A Ana Filipa 8B

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galeria

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9º ano

Márcia Raquel 9D

Mariana Pinheirinho 9C

Clara Araújo 9C

Inês Araújo 9A

Renan 9C

Inês Cosme 9C

Gabriela 9B

Miguel 9E

Mariana Pinheirinho 9C

Joana Moreira 9A

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Bruno Fernandes 9E

Clara Araújo 9C

Cristina Ribeiro 9C Eduardo Costa 9C

Inês Araújo 9A

Inês 9B

Rita 9CCIara Araújo 9C

Renan 9C

Beatriz Vieira 9E

Maria Inês 9C Sara 9D

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galeria9º ano

Ana Raquel 9CAna Elisabete 9AAna Catarina 9C Catarina Miranda 9C

Alexandre 9B

Rita Marques 9B

Verónica 9B

Eduardo Costa 9C

Beatriz Vieira 9E

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Rita Martins 9C

Sofia 9B

Ana Catarina 9C

Jéssica Freitas 9D

Eduardo Costa 9C

Fábio Rocha 9D

Catarina Miranda 9C Inês Araújo 9A

Cristiana 9A

Cristiano 9A

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pontos de vista

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Sim, é!Bullying, de sua definição, é um conjunto de maus-tratos, ameaças, coações ou outros atos de intimidação física ou psicológica exercida de forma continuada sobre uma pessoa considerada mais fraca ou mais vulnerável.O Bullying é algo que certos jovens/crianças utilizam para se sentirem poderosos e para sentirem o seu ego no auge; apesar de por vezes também ser praticado no meio adulto (entre colegas de trabalho, …), não sendo mesmo assim tão casual.Esta atitude comportamental faz com que a pessoa que o pratica se sinta bem,

poderoso (muitas vezes, principalmente nos mais jovens, estas situações fazem com que o abusador pense que os seus colegas o vêem como o “rei” da escola, ou da equipa de futebol, p.e.); por outro lado, a vítima sente-se inferiorizada, deprimida, no fundo, sente-se como “lixo”.Usualmente as vítimas deste ataque são crianças/jovens com algumas características que as tornam mais vulneráveis como: excesso de peso, dificuldades monetárias visíveis, solidão, forma diferente de vestir, orientação

sexual, raça, crença, entre muitos outros fatores.O Bullying não é nenhuma brincadeira e é necessário que os nossos jovens e crianças se apercebam das consequências graves que pode trazer. A sua prática pode levar as vítimas a depressões profundas e por vezes até mesmo ao suicídio. Estas situações são infelizes e o pior é que acontecem todos os dias nas nossas escolas e nós nem nos apercebemos.Apesar de esta ser uma realidade que todos temos presente, as soluções a aplicar são complicadas e muitas vezes não resultam, pois para resultarem, primeiro, nós temos de nos consciencializar e sensibilizar sobre a mesma. Assim, para que o Bullying comece a ser abolido temos de nos educar a nós e aos nossos, pois se pensarmos bem todos queremos ser respeitados, mas para isso temos que respeitar os outros. Cláudia Torres |11ºB

Será o Bullying uma situação real dos nossos dias?!

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Achas que és apenas feito de carne e osso?Desde que nascemos somos como pequenos barcos à deriva, que são encaminhados por diversos remos (família, escola, meios de comunicação…) e que, um dia, largarão esses remos e seguirão o seu caminho, sós mas nunca sozinhos. Nós somos o reflexo da educação que recebemos.Ao longo da nossa vida vamos construindo a nossa personalidade, polindo a nossa personalidade. Esta é uma máscara criada por nós, pela sociedade que é constituída por todos, que esconde o “ser” interior – a pessoalidade – que é a nossa forma única de existir enquanto pessoas.Também existem os valores que são orientados do nosso quotidiano para que nós nos estruturemos como pessoas.Nós não somos ilhas isoladas, no mínimo somos uma península, ou seja, qualquer pessoa socializa – até mesmo consigo própria -, desenvolvendo assim o seu pensamento, a sua pessoalidade e a sua personalidade (articulando a sua parte racional e emocional, tornando-se uma pessoa equilibrada). Nós nascemos todos iguais, depois as diferenças revelam-se. E, como disse o filósofo Kant, “O Homem morre, a pessoa não.” O Homem não é um produto acabado.O mais importante é viver. A maior parte dos homens sobrevive!

Reflexão elaborada na disciplina de Pensamento Crítico no Estudo pelas alunas do 8ºF: Débora Figueiredo, Mariana Sousa, Mariana Pinto, Mariana Pereira, Rita Coelho e Sara Gomes

Penínsulas da vida

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pontos de vista

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Uma das mudanças radicais da segunda metade do século XX foi, como todos sabemos, a massificação do ensino. A sociedade é hoje feita de uma variedade, de uma complexidade e de uma diversidade de situações de partida, que esbarram nesta instituição chamada escola, que, no essencial, funciona mais ou menos no mesmo formato que funcionava há trinta ou quarenta anos, apesar de todas as mudanças que se têm vindo a introduzir, mas que, na estrutura e na lógica organizativa, não mudou. Por outro lado, espera-se, como sempre se esperou, que se «criem» pessoas competentes. Porém quando o público da escola era uma classe mais ou menos selecionada, uma boa parte da formação que os alunos tinham em competências não vinha só da escola, sendo também fornecida pelo seu suporte cultural e social de base. Hoje, surgem obviamente novas exigências na forma de ensinar (esse é o maior problema) para que se criem alunos competentes que tenham aprendido os saberes curriculares (aqui tomados como todo o conjunto de aprendizagens que se consideram socialmente necessárias e que incluem as aprendizagens científicas, sociais e processuais, isto é, saberes no sentido de apetrechamentos intelectuais e pessoais que

permitem às pessoas funcionar e os quais se espera que a escola forneça). Esta «criação» de cidadãos competentes é hoje mais complicada, por um lado, por causa das «entradas», por outro lado, porque temos, atualmente um universo laboral muito mais complexo. As pessoas não saem da escola para desempenhar uma profissão para toda a vida, saem

para evoluir e mudar, saem para situações de conhecimento científico que está sempre a desatualizar-se e que tem de ser renovado. Mas, por outro lado, há uma exigência acrescida nesta saída; é que se, há 30 anos, para certos níveis do mundo profissional, a qualificação podia ser baixa, o d e s e n v o l v i m e n t o atual das sociedades vai exigindo níveis de qualificação cada vez maiores para todos os

níveis da vida social. A Gestão Flexível do Currículo que nós temos que fazer na escola traduz-se, efetivamente, em responder a duas perguntas: que situação é que nós temos e como é que vamos fazer para melhor responder a esta situação? Basicamente é isto que está em jogo quando se fala em Gestão Flexível do Currículo. A minha prática profissional centra-se exatamente aqui e na resposta às questões

Prática profissional

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anteriores.Se, atualmente, o que se quer fazer aprender é, por um lado, muito mais vasto, e, por outro lado, muito menos possível de conter num texto programático, o currículo já não pode certamente entender-se como a síntese programática dos saberes disponíveis e da sua estruturação didática. Se o “para quê” e o “para quem” se traduzem hoje no pleno acesso de todos a uma educação de qualidade e a bom nível cultural, é visivelmente inadequado continuar a pensar o currículo em termos da sua redução a um suposto cumprimento de programas – no sentido de textos programáticos e recorde-se que frequentemente concretizados apenas via manuais – idênticos para os utentes do sistema, mesmo quando excelentes, rigorosos e bem estruturados. À pergunta “o que ensinar” poderemos dizer que se encontram hoje respostas mais complexas que no passado, dadas as mudanças sociais e institucionais que se vivem. A escola, para cumprir a sua função no contexto da diversidade que caracteriza as sociedades atuais, tem de integrar hoje, no seu corpus curricular, um leque diferente de conteúdos de aprendizagem. Para que a escola possa ser uma unidade básica de inovação e formação é necessário que haja uma rede interna na escola que funcione como impulsionadora de mudanças e uma cultura de colaboração entre os professores. Ao mesmo tempo, é preciso que exista uma ligação entre o desenvolvimento profissional e o desenvolvimento organizacional onde os professores possam tomar decisões no desenvolvimento de projetos de aperfeiçoamento. “O objetivo de melhorar as escolas e estimular o desenvolvimento profissional consiste, nesta perspetiva, em aumentar as

capacidades das instituições e dos indivíduos para que possam contribuir para o processo de reestruturação social” (Logan e Sachs, 1988 in Day, 2001:209), ou seja, apoiar a implementação das políticas sociais através de uma melhoria da escola deve ser um propósito do desenvolvimento profissional. Por outro lado uma das funções da educação futura deve ser promover a competência dos alunos em gerir os seus processos de aprendizagem, adotar uma autonomia crescente no seu percurso académico e dispor de ferramentas intelectuais e sociais que lhe permitam uma aprendizagem contínua ao longo da vida. Numa sociedade cada vez mais aberta e complexa, existe uma insistência crescente para que a educação promova competências e não só conhecimentos fechados ou técnicas programadas.De uma maneira geral a escola tem-se limitado a ensinar e a praticar uma aprendizagem de adaptação e integração dos nossos alunos à realidade existente. No entanto sabe-se que existe uma distância enorme entre a complexidade do mundo exterior e o desenvolvimento das nossas competências para lidar com ela. Parece-me cada vez mais necessário detetar as necessidades humanas para programar a sua satisfação. Professora Maria Clara do Vale 10 de Maio de 2012

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pontos de vista

Pensamento Crítico no Estudo.

Porquê a exigência de um pensamento crítico no estudo?Bem. poderíamos dizer que foi o próprio pensamento que nos desafiou e nos fez tomar consciência de que a escola é o espaço privilegiado para pôr em prática este desafio. A escola quis... O projeto nasceu! Esta experiência evidenciou uma possibilidade diferente de me colocar e de colocar os alunos do 8º ano diante da realidade. Procuramos refletir num jogo dialético das experiências vividas à realidade pensada, das vivências humanas à relação com o universo.Acordar a consciência para uma renovada exigência e atitude, aprender a concetualizar e verbalizar o pensamento, expressá-lo de forma autónoma, criativa e crítica... foram alguns dos desafios a que tiveram de responder os alunos. Criar um espaço estimulante que os levasse mais longe nas suas ideias, que os ajudasse a pensar, que os libertasse do pseudo saber, foi o desafio a que tentei responder nesta disciplina.O repto continua lançado! Aos alunos digo: “Ousem Pensar”. Em mim reforço a exigência de lhes permitir pensar, de lhes libertar o pensamento.Não interessa o nome que a disciplina tem! Esta chamava-se Pensamento Crítico no Estudo! Tenha ela o nome que tiver... não deixem morrer o Pensamento!

Professora Eduarda Teixeira da Silva

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Um Projeto Comenius? Porquê?

O Projeto “Beyond the Obvious” está a ser desenvolvido pela turma G do 8º ano da ESCM, em parceria com alunos da mesma faixa etária da escola Anton Ukmar, em Koper, na Eslovénia. Esta parceria bilateral constitui a consequência, de maior profundidade e dimensão internacional, de uma iniciativa de solidariedade, já em curso desde Setembro de 2010, quando a então turma do 7ºG começou a lançar os alicerces deste projeto.Sendo cidadãos envolvidos na sociedade em que se inserem, os nossos alunos cedo se envolveram em assuntos relativos a elementos da população mais afetados, quer pela sua condição social quer por contextos familiares desfavoráveis. O mote para esta intervenção que visa uma IPSS em cada uma das cidades (no caso da Maia, o CAT Prosela “A Causa da Criança”) é “Para além do óbvio” (“Beyond the Obvious”), uma oportunidade de abordar a influência da herança nas experiências do dia a dia da nossa comunidade, os traços vivos da história da sua terra-natal como explicação – e motivação – para a ligação emocional aos locais. Simultaneamente incorporámos a vertente tecnológica neste projeto através da parceria estabelecida com a Universidade do Minho, entidade organizadora do evento Roboparty.As famílias têm um papel preponderante na motivação destes alunos, na sensibilização para a tolerância e respeito pela diferença, ao participarem, direta ou indirectamente, em todas as fases do processo e ao acolherem no seu seio alunos oriundos do país parceiro. Também os professores que trabalham de perto neste tipo de projetos podem beneficiar da oportunidade de partilhar e contactar com diferentes abordagens e ferramentas.No que diz respeito às competências sociais, há uma forte aposta no espírito de equipa, incentivando os alunos a trabalharem com vista a um fim

comum. O facto de em 2011 se ter celebrado o Ano Europeu do Voluntariado veio trazer mais atualidade à iniciativa, que se quer capaz de moldar personalidades e formar alunos conscientes e interventivos na escola e na sociedade. De entre os vários objetivos deste projeto contam-se os seguintes: motivar os alunos para as experiências de robótica; sensibilizar os alunos e as suas famílias a valorizarem a sua terra-natal; fortalecer os laços entre a escola e a comunidade; tomar consciência das diferenças e semelhanças entre os dois países, regiões, cidades e escolas; promover o uso do Inglês como língua de trabalho comum; encorajar a aprendizagem de línguas minoritárias europeias (20

horas de formação em Esloveno com uma professora nativa).Os alunos que beneficiam de experiências resultantes de uma parceria com um outro país Europeu aumentam a sua confiança, melhoram as suas competências linguísticas e interculturais, trabalham em equipa e colaboram com as equipas do país parceiro, numa cooperação transnacional, usam TIC para comunicar, desenvolvem capacidades reflexivas e o espírito crítico. Todos os elementos envolvidos em

qualquer momento desta parceria beneficiam de um enriquecimento pessoal, através do contacto em contexto cultural ou de trabalho com outras pessoas, outras organizações, outros países.Por todas estas razões e por muitas outras, amplamente vivenciadas e talvez não tão facilmente explicáveis por palavras, projetos como este, que envolvem parcerias com outros países, devem ser abraçados e acarinhados. Dá muito trabalho? Sem dúvida! Mas quem os vive de perto sabe que vale bem a pena…

Professora Rita Gonçalves

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pontos de vista

A importância da Língua-Cultura Inglesa no contexto europeu atual

Na atualidade, o inglês é a Língua internacional, dos estudos, das viagens, dos negócios e, longe de ser condição única, é, no mínimo, essencial desde a realização de um Curriculum Vitae à procura de um emprego.Ora, no contexto europeu, converge-se, de certa maneira, para uma hegemonia à volta da Língua Inglesa, facto que poderá, de alguma forma,

afetar a diversidade linguística e cultural que tão bem caracteriza o velho continente europeu. Só a título de curiosidade e como prova do reforço económico dessa hegemonia, a Língua Inglesa gera ao Reino Unido um lucro líquido num valor mínimo de 10 mil milhões de euros por ano (Grin, 2005), devido à sua preponderância, pelo que, se lhe fosse concedida prioridade educativa entre todos os outros Estados membros europeus, tal valor

atingiria máximos estrondosos.No que ao sistema educativo português diz respeito, poder-nos-emos questionar acerca dos fatores pelos quais se deve investir no ensino da Língua-Cultura Inglesa, sendo certo que existe todo um conjunto de questões de índole social, cultural e até política subjacentes a tal opção. Para tal, coloca-se desde já a noção de “valor” da Língua,

pois quanto mais valiosa a língua é, mais motivos existem para inscrevê-la no currículo nacional. Por outro lado, a competência linguística do falante, enquanto instrumento polivalente, origina também benefícios diretos para o indivíduo e, consequentemente, para a sociedade em que está inserido.No tocante ao campo laboral, existem hoje muitas empresas que, apesar de não estarem localizadas nem serem oriundas de países de Língua Anglo-Saxónica, instituem o inglês como Língua

de comunicação interna, com base em fatores de ordem económica, pelo que nada impede que se seja oriundo de um determinado país, por exemplo, e se trabalhe noutro, numa empresa que exige o inglês como “Língua interna” e que não é necessariamente a Língua nem do país de origem nem do país onde a empresa está sediada. A título exemplificativo, a empresa Cimpor, cimentos de Portugal detém uma empresa do mesmo ramo

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no Egito, país de Língua-Cultura Árabe, na qual os seus funcionários nativos e não nativos usam obrigatoriamente a Língua Inglesa para comunicar. Desta maneira, se as entidades empregadoras, de uma forma tendencialmente acentuada, começarem a exigir a Língua Inglesa a um número crescente de indivíduos, é natural que estes ponderem o aumento do seu investimento no estudo e no conhecimento do inglês, o que reforçará a importância desta língua a nível sócio-económico. Para inverter esta tendência, seria necessário dar visibilidade a todas as Línguas-Culturas no mesmo pé de igualdade, o que, na minha opinião, não se avizinha possível, pois, se se atribuísse às dezenas de línguas faladas na Europa a importância que os seus falantes desejassem, tal acarretaria custos proibitivos, apesar de contrária ao espírito do projeto europeu de uma Europa plurilingue e multicultural.A título de conclusão, gostaria de salientar que, do ponto de vista profissional, não sendo o domínio da Língua Inglesa auto-suficiente para se exercer uma atividade, não esqueçamos que a mesma se constitui uma Língua transversal a todas as áreas (científica, empresarial, etc) e, enquanto tal, configura-se, no mínimo, prioritária em matéria de ensino e de aprendizagem das Línguas-Culturas Estrangeiras. Professora Paula Vinhais

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somosRevista investigou...

Descobertas (im)previstas

Normalmente o progresso científico está associado à pesquisa e à análise rigorosas, mas nem sempre é assim. De facto, um número surpreendente de descobertas científicas parece estar envolvido de casualidade. A descoberta da penicilina por Alexander Fleming é disso um exemplo.

Conta a história que, em 1928, Sir Alexander Fleming deixou no seu laboratório, por esquecimento, uma placa de petri com uma cultura de Staphylococcus. Quando regressou de férias, passadas algumas semanas, ao explicar a um seu colega alguns pormenores sobre as culturas de Staphylococcus, reparou que havia um halo livre de bactérias em redor do fungo. Percebeu que o fungo tinha a capacidade de matar as bactérias. Esse fungo era um Penicillium e o que matou as bactérias foi a substância por ele produzida e que é vulgarmente conhecida por penicilina.

Professora Manuela Vale

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Através dos séculos, muitas outras descobertas foram feitas acidentalmente, por sorte ou “feliz acaso” como por exemplo:- A vitamina B1 foi descoberta pelo médico holandês Christiaan Eijkman, quando notou que os frangos contraíam a doença chamada “béribéri”1 , tal como acontecia com as pessoas. Certo dia reparou que os frangos começaram a melhorar, aparentemente sem qualquer motivo. Procurando a razão para a cura, acabou por atribuí-la à substituição de arroz descascado por arroz com casca na alimentação dos frangos.Mais tarde, em 1901, um seu colega sugeriu que a casca do arroz teria uma substância química capaz de curar o beribéri. Ferveram arroz com casca em água e deram-na a beber a um frango doente que rapidamente se curou. A substância extraída da casca do arroz foi identificada como sendo “tiamina” mais vulgarmente conhecida por vitamina B1;

a descoberta do Teflon® iniciou-se com um grande estrondo. O químico americano Roy Plunkett estava a fazer experiências com o gás tetrafluoretileno2 , procurando um novo gás refrigerante, quando, de repente, houve uma enorme explosão!

Para sua surpresa restou um pó branco e ceroso, que após uma investigação mais profunda foi identificado como uma substância (polímero de tetrafluoretileno) com muitas e extraordinárias propriedades.O novo plástico, a que de imediato foi dado o nome de Teflon®, é único devido à sua impermeabilidade aos ácidos, frio e calor. Teflon® é atualmente mais conhecido pela sua baixa aderência – o que é muito

útil para revestimento de tachos e panelas, tornando mais fácil cozinhar e limpar;

as microondas foram descobertas por Percy Spencer quando, andando em frente a um radar, percebeu que a barra de chocolate que estava no seu bolso derreteu;

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somosRevista investigou...

- os raios X foram acidentalmente descobertos pelo físico alemão Wilhelm Roentgen, em 1895, quando percebeu que as emissões de tubos de raios catódicos atravessavam os materiais e o corpo humano deixando claramente visíveis os ossos, em contraste

com os tecidos moles circundantes. A primeira radiografia do mundo terá sido mesmo da mão da esposa de Roentgen em que se vê o seu anel opaco e os ossos da mão bem definidos;

- a sacarina, primeiro adoçante artificial, foi descoberto acidentalmente por um estudante americano que, trabalhando no laboratório na descoberta de novos corantes químicos, inadvertidamente e contra todas as regras de segurança no laboratório, levou a mão à boca, verificando que estava doce.

Luigi Galvani nasceu no dia 9 de setembro de 1737, em Bolonha, na Itália. Foi cientista e médico, estudou Letras e Filosofia na Universidade. Graduou-se em Filosofia e Medicina em 1759.Em 1786, Galvani observou acidentalmente o que mais tarde chamaria de "eletricidade animal". Ao descrever as suas observações Galvani afirmou "Tendo dissecado e preparado uma rã, coloquei-a sobre uma mesa onde se achava, a alguma distância, uma máquina eletrostática. Aconteceu, por acaso, que um de meus assistentes tocou a ponta de seu escalpelo no nervo interno da coxa da rã; imediatamente os músculos dos membros foram agitados por violentas convulsões".

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Todos estes cientistas tinham acumulado conhecimento e competências que lhes permitiu ver potencial nos resultados inesperados e nas observações casuais que, em vez de significarem um fracasso, puderam antes significar um avanço muito importante. Todavia, não podemos reduzir a importância ao acaso ou à sorte das suas descobertas, pois já Pasteur dizia “o acaso só favorece os espíritos preparados e não prescinde da observação”.

1 O beribéri é uma doença que se caracteriza por alterações nervosas, cerebrais e

cardíacas. A doença se instala como consequência da carência no organismo da

vitamina B1 (tiamina).

2 Tetrafluoroetileno é um gás incolor, inodoro e pertence à família dos fluorocarbonetos

insaturados.

Seria a sorte o segredo para as grandes descobertas científicas?

Defendeu a existência de um fluido elétrico que julgava ter origem no cérebro e que se transmitia pelos nervos, provocando os espasmos observados na rã. As suas ideias, inicialmente bem aceites pelos cientistas italianos, foram refutadas por Alessandro Volta que descobriu que a eletricidade observada era devida a causas inorgânicas. Após vários anos de discussão Volta acabou por rejeitar a teoria da “eletricidade animal”. Estudou as anotações de Galvani sobre as contrações da coxa da rã e iniciou uma pesquisa que culminou com a descoberta, em 1800, da primeira pilha elétrica. Demonstrou que a

manifestação elétrica resultava do contacto de metais diferentes alternadamente separados por uma solução salina, introduzindo a “teoria do contacto”. Volta empilhou discos de cobre e de zinco separados por discos de flanela embebidos em água salgada e ácido sulfúrico, produzindo corrente elétrica.

A este fenómeno Volta designou de galvanismo em homenagem a Luigi Galvani que, apesar das suas experiências não terem sido relevantes para a ciência, contribuíram para o desenvolvimento da eletricidade.

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SomosRevista - ficha técnica

Revista 06|Julho 2012 | Escola Secundária do Castêlo da Maia

Coordenadora: Délia Carvalho

Grafismo e Paginação: Júlia Santos

Redação / Revisão: Alice Sousa; Carla Madureira; Délia Carvalho; Júlia Santos; Rita Gonçalves

SomosRevista, Escola Secundária

Rua Professora Idalina Quelhas

4475-640 Stª Maria do Avioso

telefone 22 9820641 | 22 9825088

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Alexandra, 7B; Alexandre, 9B; Almiro Ferreira, EE; Alunos do 8E; Alunos do 8G; Ana Cardoso, 9E; Ana Catarina, 9C; Ana Celeste, 7G;

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Sampaio, 8G; André Lago, 11B; André Silva, 12A; André, 11B; André, 7A; Andreia Pimenta, 10F; Andreia, 11B; Andreia, 7E; Bárbara

Silva, 9D; Beatriz Vieira, 9E; Bruno Fernandes, 9E; Carlos D. Cruz, 8A; Carlos Lopes (Executive Editor) Edita-me; Carlota Santos, 9B;

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Cristina Ribeiro, 9C; Daniel, 11B; Daniela Oliveira, 7D; David, 7F; Débora Figueiredo, 8F; Diana, 7E; Eduardo Costa, 9C; Fábio Rocha,

9D;

Fábio, 7G; Gabriel, 8E; Gabriela, 8B; Gabriela, 9B; Gonçalo Silva, 8B; Hugo Ramalho, 8E; Inês Araújo, 9A; Inês Caetano, 8D; Inês

Cosme, 9C; Inês Cunha, 7F; Inês Fernandes, 8G; Inês Pinto, 8G; Inês Reis, 8C; Inês Silva, 7E; Inês Silva, 8D; Inês, 11B; Inês, 9B; Irina, 8D;

Iuliana, 8F; Jéssica Freitas, 9D; Joana Carvalho, 11C; Joana Moreira, 9A; Joana Ramos, 8F; Joana, 8B; Joana, 8F; João Costa, 8D; João

Ferreira, 8G; João Moreira, 8E; Jorge Martins, 7D; Leonardo, 11B; Leonor Rebelo, 7G; Luana, 7E; Lúcia, 7E; Mafalda, 7F; Mara Costa, 8E;

Marcelo, 7E; Márcia Raquel, 9D; Maria de Fátima, 7D; Maria Inês, 9C; Maria João, 11B; Maria João, 8B; Maria, 11B; Mariana Cardoso,

7E; Mariana Pereira, 8F; Mariana Pinheirinho, 9C; Mariana Sousa, 8F; Mariana, 7F;

Marisa, 11B; Miguel Neves, 8G; Miguel T., 7E; Miguel, 9E; Milene, 8E; Patrícia, 7E; Patrícia, 8D; Pedro R., 8C; Professor Delfim Ramos;

Professor João Ferreira; Professor Manuel Almeida; Professor Manuel Monteiro; Professor Mário Lopes; Professor Nuno Gomes;

Professora Alice Sousa; Professora Amélia Moreira; Professora Ana Maria Silva; Professora Eduarda Silva; Professora Esmeralda Pinto;

Professora Fátima Silva; Professora Júlia Santos; Professora Luísa Pinho; Professora Manuela Vale; Professora Maria Clara do Vale;

Professora Marinela Guimarães; Professora Paula Vinhais; Professora Rita Gonçalves; Professora Silvina Pais; Professora Teresa Ribeiro;

Professora Teresa Vilaça; Renan, 9C; Renata, 7D; Ricardo França, 12A; Ricardo, 11B; Rita Coelho, 8F; Rita Marques, 9B; Rita Martins,

9C; Rui, 7C; Sandra Dias, 12A;Sara Gomes, 8F;Sara Ramos, 8F;Sara Teixeira, 12A; Sara, 11B; Sara, 9D; Selene, 11B; Selma Silva (antiga

aluna); Sofia Magalhães, 8A; Sofia Piedade, 7C; Sofia Sá, 7A; Sofia, 9B; Soraia Santos, 8E; Soraia, 11B; Tatiana, 8D; Tiago Ferreira, 7G;

Tiago Pinheiro, 8A; Vânia Figueiredo, 8C; Verónica, 9B; Vitor Ribeiro, 8C; Vitor Silva, 7G;

Colaboraram nesta edição: