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Revista Estilo Damha - Abr/Mai 2013

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Revista Estilo Damha - Ano 1 - Edição 4 - Abr/Mai 2013

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EspecialMarília (SP)

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Capa:Gal, a mutante voltou

Damha News:Novidades e notícias da Damha

Economia:Por que o planejamento financeiro falha?

Gastronomia:Cozinhando para tocar a alma

Moda:O importante é manter o tom

Dia das Mães:O nascimento de uma mãe

Música:Uma joia dos sentidos

Bairro Sustentável:Ações do programa nas comunidades

Damha Golf News:É hora de jogar golfe

Faça o Bem:O resgate da autoestima

PET:Sol, água e muita segurança

Varal Cultural:Dicas e novidades

AconteceuEventos que marcaram os residenciais

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Índice

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Arquitetura:Unindo o útil ao agradável

Perfil Morador:Paulo Coli62

Condomínio:A arte nobre de viver em condomínio61

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ocê, que tem lido as edições anterio-res da nossa revista ESTILO DAMH A, deve ter percebido as trans for maçõesconstantes que temos realizado na

sua qualidade editorial. Essas transforma-ções são resultado do trabalho obstinado da nossa equipe de marketing para colocar, ao seu alcance, uma revista mais gostosa de ler, com mais conteúdo e com belas reportagens sobre as cidades que, em breve, contarão com empreendimentos DAMHA. Esse esfor-ço não é isolado. Ao contrário, ele é parte de um plano de comunicação de qualidade, de longo prazo, e com etapas importantes a ser cumpridas pela nossa equipe.Agora, chegou o momento do anúncio oficial de mais uma dessas iniciativas, o início do programa “DAMHA PARA VOCÊ”, um pro-grama previsto para durar um ano, período no qual clientes, corretores, proprietários de imobiliárias, parceiros e outros interessados poderão participar de várias atividades que, além de oferecer a oportunidade de conhe-cer melhor a DAMHA URBANIZADORA e as ações que ela realiza, possibilita também que os participantes concorram a bons prêmios.No portal exclusivo, o www.damhaparavoce.com.br, será possível entender o regulamen-to do programa, fazer a inscrição, acompa-nhar os pontos conquistados e, é claro, saber quais prêmios o programa estará distribuindo.Outra boa notícia é o lançamento do website voltado à sustentabilidade. Desde o início de abril, ao acessar o site www.bairrosustentavel.com.br, você poderá conhecer, em detalhes, os trabalhos da ASSOCIAÇÃO BAIRRO SUS-TENTÁVEL, criada pela DAMHA URBANIZA-DORA em 2011 com o principal objetivo de levar às comunidades da região de abrangên-

V cia dos nossos empreendimentos projetos de cunho sócio ambiental. Vários trabalhos de grande relevância já foram realizados desde então, com excelentes resultados para essas comunidades e para todos nós que atuamos transformando o futuro dos nossos clientes e das regiões onde existem os empreendimentos DAMHA. Quem visitar o site poderá, também, enviar comentários e sugestões diretamente para a DAMHA URBANIZADORA.Nesta edição da ESTILO DAMHA, entrevista-mos a cantora Gal Costa e o talentoso pianis-ta e compositor Breno Ruiz. A passagem do Dia das Mães inspirou uma matéria com mães que contam as suas inse-guranças e conquistas. A moderna cidade de Marília, que muito em breve contará com um empreendimento DAMH A, ganha destaque em nossas pági-nas por sua excelência educacional, seus te-souros arqueológicos e por sua reconhecida qualidade de vida.Também é novidade desta edição uma nova seção, a DAMHA GOLF NEWS, na qual Hen-rique Fruet traz um pouco da história do Damh a Golf Club e todas as notícias que cer-cam esse esporte. Além disso, estão presen-tes alguns colunistas que tratam de temas do seu interesse. Estreamos, na coluna de Economia, do consultor financeiro Eduardo Amuri, que aborda de maneira clara e obje-tiva as razões pelas quais não conseguimos, por muitas vezes, levar com êxito o planeja-mento financeiro familiar adiante, e do advo-gado e especialista em condomínios Marcio Rachkorsky, que descreve os benefícios e desafios de viver em um condomínio.

Boa leitura e até a próxima edição!

JOSÉ PARANHOSDiretor Superintendente

Damha Urbanizadora

ediTORiAL damha Para Você

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expediente

José ParanhosDiretor Superintendente

DiretoresAkira WakaiAmauri Barbosa JuniorCarlos Eduardo Meyer FreireFernanda ToledoJuliana LiberatiLuiz LissnerNélio GalvãoPaulo Montini

Revista Estilo Damha

Daniele GloboEditora

Dirlene Ribeiro MartinsRevisão

Fotos: Associação Nikkey Marília, Catherine Ashmore (Disney),Décio Junior, Diretriz Educacional, Dirlene Ribeiro Martins, Elcio Correa, Filippe Araújo, Henrique Santos, Luiz Pires, Ligia Ferreira, Mauro Abreu, Portal G1, Sergio Ferreira, Tati Zanichelli, Victor Grigas, Virna Santolia e Wilson Morticelli.

Foto Capa: Sesc São Carlos

Textos: Editora 10 (Décio Junior, Dirlene Ribeiro Martins e Marília Dominicci) e Henrique Fruet.

Tiragem: 15 mil unidades

A revista Estilo Damha é uma publicação bimestral da Damha Urbanizadora e distribuída a todos os clientes e moradores dos empreendimentos

da Damha Urbanizadora.

São Carlos (SP) - Fone (16) 3413 4637

SELO FSC

Quem somos?

A Damha Urbanizadora é uma empresa parte do Grupo En-calso Damha, conglomerado empresarial fundado em 1964, que atua nos seguintes segmentos: Engenharia Civil, Agronegócios, Shopping Center, Concessão de Rodovias, Energia e Empreen-dimentos Imobiliários.

Presente no cenário nacional desde 1979, a Damha desen-volve e executa loteamentos fechados e condomínios residen-ciais, reconhecidos pela alta qualidade urbanística e construtiva. Em seus projetos, aplica o que há de melhor em conceito de urbanismo no País e infraestrutura qualificada, em perfeita har-monia com o meio ambiente. Ao projetar empreendimentos que integram padrão diferenciado de moradia, lazer e segurança, a Damha transforma o cotidiano dos moradores e das cidades em que se insere.

A Damha Urbanizadora conta atualmente com 47 empreendi-mentos e mais de 17 mil unidades comercializadas e está pre-sente em 14 Estados brasileiros, sendo que em seis deles – São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Goiás – com empreendimentos já implantados. Em 2012, obte-ve crescimento de 67%, alcançando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 585 milhões. O land bank total é de aproximada-mente 100 milhões de m².

eXPedienTe

Auditado pela

Fale conosco:

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cOLABORAdOReS

Marcio RachkorskyAdvogado especializado em condomí-nios há mais de 20 anos, comentaris ta e apresentador da TV Globo / SP, e comentarista da Rádio CBN, programa Condomínio Legal. Escreve também no caderno de Imóveis da Folha de S. Paulo, aos domingos. Atual presidente da Assosindicos (Associação dos Síndicos do Estado de São Paulo). Du-rante alguns anos, atuou no Fantástico da TV Globo, nos quadros Chame o Síndico e Reunião de Condomínio.

OPINIÃO DOS LEITORES “Gostei muito da revista. O conteúdo é diversificado e muito bem organizado. A qualidade das imagense da impressão também está perfeita.”Gabriel Zuanon – Arquiteto, Araraquara (SP)

“Parabéns pela matéria ‘O Silêncio dos Inocentes’. Muito conscientizadora. O futuro é esse.”Nelma Favilla Lobo – Protetora da causaanimal, São Paulo (SP)

“Vi a revista e gostei. Tem editoriais beminteressantes. Gostaria de ter um exemplaraqui comigo sempre.”Édila Lopez – 2m Gastronomia, Rio de Janeiro (RJ)

“ Nunca vi uma revista com tanta qualidadegráfica e conteúdo.”Zé Coió – Jornalista, Feira de Santana (BA)

Aquiles Nícolas KílarisTem 23 anos de experiência na área

de arquitetura e urbanismo. Seu trabalho inspira-se nas curvas, formas sinuosas e integração com a natureza,

dando origem a um estilo próprio de criação, o chamado “estilo Kílaris”. Participou das mostras Casa Cor,

Campinas Decor e Casa Office,e é autor do livro Curvas na

Arquitetura Brasileira.

Tati Zanichelli Formada em publicidade e propa-ganda, além de fotografia. Em seu currículo estão eventos conhecidos como o festival João Rock 2011 e shows de grandes nomes da música, como Erasmo Carlos, Paula Fernan-des, Lenine, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Ana Carolina, Lulu Santos, Zélia Duncan entre outros. Seu traba-lho já foi publicado, entre outros, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Eduardo Amuri Formado em psicologia econômica, atua como consultor financeiro com

foco em planejamento, organização e investimentos. Escreve sobre finanças

e comportamento no PapodeHomem (www.papodehomem.com.br) e no

Dinheirama (www.dinheirama.com). Mais detalhes sobre o trabalho podem

ser encontrados em seu site(www.amuri.com.br).

Mônica ZaherFormada em Consultoria de Imagem por Ilana Berenholc, pioneira da profis-são no Brasil, fez também História da Moda; Técnicas de Joalheria; Grandes Nomes da Moda (todos na FAAP); entre outros cursos nas áreas de marketing, moda, etiqueta e comportamento. Ex- presidente da Fundação de Arte e Cultura do Município de Araraquara – FUNDART. Associada à AICI – Associa-tion of Image Consultants Internacional (chapter San Francisco, California).

Fabiano Hayasaki Trabalha como arquiteto na cidadede São José do Rio Preto. Entre os

diversos eventos de que participou estão o Salão Internacional de Design

em Milão e mostras Casa Cor. Seu trabalho, reconhecido internacional-mente, inclui os prêmios Top of Mind 2008, 2009, 2010 e 2011, Destaque

Casa Cor Hotel WTC, Prêmio Creade Arquitetura, Destaque Chicago

e Top Quality 2009 e 2010.

Henrique FruetPaulistano, é um dos principais jorna-

listas de golfe do país. Ele já escreveu sobre o esporte para publicações

como IstoÉ, Veja, Trip, Wish Report, Estadão e Viagem e Turismo. Atual-

mente, edita o Blogolfe(blogolfe.com.br), primeiro blog de

golfe do Brasil, e adora jogar noDamha Golf Club nas horas vagas.

Frederico MattosSe autodefine como um psicólogo provocador. Também é blogueiro(www.sobreavida.com.br) e autor do livro Mães Que Amam Demais.

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Marília, municípioque desperta para o futuroe redescobre seu passado

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A cidade cujo nome é inspirado em obra de Tomás Antônio Gonzagase destaca pela excelência educacional, guarda tesouros milenares eé considerada uma das melhores cidades para se viver em todo o país

Vista panorâmica da cidade

Texto: Décio Junior

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ão faz muito tempo. Não faz nem 100 anos. A história se deu na década de 1920, quando Bento de Abreu Sam-paio Vidal, um importante produtor de café da região centro-oeste de São Paulo, resolveu lotear suas terras.

Homem com grande influência junto à direção da Compa-nhia Paulista de Estrada de Ferro, solicitou a construção de uma estação cuja inicial do nome seria a letra “M”, obedecen-do à ordem alfabética das estações que avançavam desde Pi-ratininga. Dr. Adolfo Pinto, chefe do escritório central da Com-panhia Paulista, ofereceu as seguintes opções: Marathona, Macau e Mogúncio, que foram rejeitadas pelo então deputado Sampaio Vidal.

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Em uma viagem à Europa, o Senhor Vidal escolhe um livro na biblioteca: Marilia de Dirceo – assim mesmo, em bom português arcaico –, de Tomás Antônio Gonzaga. No mesmo momento lem-brou que seria Marília o nome da estação e da nova cidade. Se-gundo os registros no Arquivo Público do município, Sampaio Vidal teria dito: “Pois nenhum outro começado por ‘M’ seria tão sonante e tão nosso”. Nascia, em 4 de abril de 1929, Marília, uma cidade que guarda os registros de sua história no Arquivo Público da cidade e que oferece a oportunidade de pesquisa por meio de cópias de documentos oficiais expedidos pelos poderes da épo-ca e de jornais que ao longo dos anos foram noticiando o desen-volvimento de um dos municípios mais ricos do interior paulista.

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Vista noturna da cidade

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café foi o grande responsável pelo desen-volvimento de boa parte do interior de São Paulo. Preocupadas em oferecer a seus fi-lhos uma educação de qualidade, as cida-

des investiram na implantação de importantes centros educacionais. Investimentos que fizeram com que al-gumas delas fossem chamadas de Athenas Paulista, entre elas, Marília.

A rede de ensino público é composta por 51 esco-las municipais e 37 escolas estaduais. As Instituições de Ensino Superior somam seis unidades, com des-taque para a UNIMAR, a UNESP e a Faculdade de Medicina de Marília (FANEMA).

Instituição pública apontada como uma das me-lhores escolas médicas do país, a FANEMA utiliza o Hospital das Clínicas para a formação de seus alu-nos e oferta de estágio para profissionais de outras áreas da saúde, seja de nível superior ou técnico. O prestígio acadêmico e profissional do HC de Marília

Uma cidade educadorafaz com que o hospital seja referência para outros 62 municípios da região, o que coloca a cidade como importante receptor de recursos para a área de saú-de, distribuídos pelos governos federal e estadual.

A UNIMAR é a instituição mais antiga de Marília. Começou suas atividades em 1938 com o curso de Ciências Econômicas, que visava preparar os profis-sionais para atuarem no desenvolvimento comercial, industrial e agrícola. Hoje, a instituição oferece cursos de graduação, pós-graduação e de ensino a distân-cia nas áreas de Tecnologias, Humanas, Exatas, Saú-de e Agrária.

A educação em Marília recebeu, do Ministério da Educação, uma pontuação média de 6.9 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Nota que ajudou o município a ser classificado como o 7º melhor para se viver em todo o país, de acordo com levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).

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Reitoria da Unimar

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O POTENCIAL DO ESTUDO AGRÁRIO EM MARÍLIA

Não é só o comércio e a indústria que fa-zem a riqueza da região. As diferentes ati-vidades agrárias desenvolvidas em Marília tornam a cidade uma referência para quem trabalha no ramo. A UNIMAR mantém em três fazendas (Água Limpa, Jatobá e Ma-rília) importantes laboratórios. Além disso, a instituição tem intensificado os estudos agropecuários, como inseminação artificial e transferência de embriões de gado Nelore e Holandês. Há sete anos a UNIMAR man-tém o rebanho leiteiro na Fazenda Experi-mental Marcello Mesquita, anexa ao cam-pus universitário. Um prestígio para Marília.

CAPITAL NACIONALDO ALIMENTO

A tradição na produção de alimentos faz com que Marília seja referência em todo o país. Dezenas de importantes empresas instaladas desde o início do desenvolvi-mento do município geram uma estatística que impressiona. Marília produz cerca de 384 mil toneladas de alimento por ano. Isso significa mais de 900 milhões de reais em receita bruta, 7 mil empregos diretos na in-dústria alimentícia e 15 mil indiretos. Marília exporta hoje seus produtos para os Estados Unidos, Mercosul, Europa, Ásia e África.

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O elo perdido paulista

Réplica em tamanho natural do pequeno crocodilo Mariliasuchus

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uem poderia imaginar que uma cidade com apenas 83 anos, moderna, referência econômica no Estado de São Paulo graças às grandes indústrias dos setores alimen-

tícios, construção civil e agropecuária, pudesse es-conder, entre suas rochas, tesouros milenares. Lo-calizada no alto de um espigão, Marília oferece uma visão privilegiada da natureza que a cerca. Quem chega pela estrada de Bauru (SP-294 – Rodovia Co-mandante João Ribeiro de Barros), pode fazer uma parada no posto do mirante e desfrutar da bela vista que a serra dos Agudos começa a oferecer. A paisa-gem permite-nos refletir. Eu, por exemplo, me ques-tionei se aquele vale teria sido inundado por águas em um passado longínquo na história do nosso pla-neta. Ao chegar à cidade, me surpreendi ainda mais com a resposta que encontrei.

Há milhões de anos, a região de Marília foi habita-da por dinossauros. Não se sabe ao certo quantos e quais espécies viveram de fato por ali. Inserida numa região conhecida como Bacia de Bauru, formada por rochas vulcânicas, arenitos e basalto, é fácil avistar os paredões de rocha nos vales que se formam na periferia da cidade. Rochas que guardam tesouros pré-históricos do período Cretáceo Superior, que, se-gundo os geólogos, correspondem a algo entre 65 e 70 milhões de anos, final da era dos dinossauros.

No início da década de 1990, o município entrou definitivamente na rota de estudos e descobertas. Em 1993, o pesquisador Willian Nava descobriu os primei-ros fósseis de uma espécie de crocodilo primitivo. Pes-quisadores da UNESP, da UFRJ, da UFRG, da UNB e da USP passaram a se interessar pela região e a cidade entrou na rota dos paleontólogos do Brasil e do mundo.

QPrimeiro fóssil encontrado na região

Fíbula de um Titanossauro

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Uma das maiores descobertas da paleontologia brasileira aconteceu em Marília. Numa manhã de outono, em 2009, o pesquisador Willian Nava, ao observar rochas em um barranco às margens da ro-dovia Comandante João Ribeiro de Barros, encon-trou um marisco fóssil. Um pequeno sinal de que ali poderiam acontecer novas descobertas. Sozinho, ele começou uma pequena escavação e logo en-controu o que poderia ser uma vértebra de um di-

O Titã de Marília

nossauro. A descoberta fez com que esse “caçador de dinossauros” passasse três meses escavando o barranco em busca de novos fósseis que, aos pou-cos, foram literalmente se projetando da rocha. Tra-balho recompensado, Nava descobriu um dos mais completos dinossauros do Brasil, um Titanossauro, animal herbívoro, com um longo pescoço e medidas que podem chegar a 15 m de comprimento e 5 m de altura.

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Do Titã de Marília, como ficou conhecido, foram descobertas mais de 60 partes ósseas. Para isso, uma equipe formada por pesquisadores de importan-tes universidades brasileiras trabalharam durante três anos. Parte dos estudos foi custeada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológi-co (CNPq). Foi utilizado maquinário pesado para a remoção de mais de duas mil toneladas de rocha.

Em 2013, a equipe deve elaborar novos projetos para obtenção de recursos e para prosseguir com

as escavações. Os pesquisadores querem agora encontrar o crânio do animal, que seria o segun-do no Brasil (o primeiro foi descoberto em Minas Gerais). A motivação vem das peças já encontra-das, como o quadril, ossos das patas e vértebras dorsais. Para a continuidade dos trabalhos, essas partes entram num processo de restauro que pode durar anos. Mas a expectativa é que se consiga re-constituir o esqueleto e entender como era realmen-te o Titã de Marília.

Um dos vales de Marília: lugar de tesouros milenares

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De bancário a caçador de dinossauros. Assim po-demos resumir a vida do jornalista e historiador Willian Nava. Foi ele quem descobriu os primeiros vestígios do período Cretáceo no início da década de 1990. Diretor do Museu de Paleontologia de Marília, foi dele também a descoberta de um dos mais completos di-nossauros do Brasil, o Titã de Marília.

Como num verdadeiro roteiro de Spielberg, por aqui um dinossauro pode estar em qualquer lugar sob os

O caçador de dinossaurosnossos pés. Para encontrá-los, o professor Nava dá dicas de como observar as rochas e os paredões dos Itambés que se formam no Vale do Barbosa, locali-zado há pouco mais de 2 km do centro da cidade. Na serra de Avenca, cerca de 20 minutos do centro, as rochas soltas pelo chão podem guardar vestígios jurássicos. O fascínio por esses tesouros pode nos prender nesses locais por horas. Quem sabe, num tropeço, um dinossauro. Para Nava, isso é possível.

Willian Nava e suas descobertas

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ÚTIL:

Museu de Paleontologia de MaríliaAv. Sampaio Vidal, 245Agendamento: (14) 3402-6603Segunda a sexta-feira: 8 h às 17h30Sábado: 14 h às 18 hGratuito

Força para o turismoO business das grandes indústrias somado aos vales e às cachoeiras, que oferecem descanso e aventura a quem vem para Marília, sempre foram as fontes turísticas do município. Mas desde 2009, com a desco-berta dos fósseis do Titanossauro, turistas apaixonados pela paleonto-logia passaram a incluir a cidade como roteiro obrigatório. Até mesmo o escritor Walcyr Carrasco, que gravou por aqui cenas da novela Morde e Assopra (TV Globo), que trazia a paleontologia em seu enredo.

Fachada do Museu de Paleontologia de Marília

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Evelyn Sayuri Bonassi, miss Nikkey

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Texto: Décio Junior

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“O Maru cruzou o mar lançado à sorte.O braço forte na lavoura trabalhou.”

ssim cantava o refrão do samba-enredo da Porto da Pedra, escola de samba de São Gonçalo (RJ), que em 2008 homenageou os 100 anos da imigração japonesa no Bra-

sil. Os braços fortes dos japoneses trabalharam na lavoura de café em Marília e contribuíram para o de-senvolvimento do município.

A comunidade nipônica na cidade é representa-da pela Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Marília, que, por meio da Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA), oferece uma escola modelo de língua japonesa e conta com apoio para o desenvolvimento da prática do judô, do softbol e do beisebol, esporte que, aliás, tem dado orgulho a Marília. A cidade cedeu à seleção brasileira cinco jo-gadores para a disputa do mundial que aconteceu em março, no Japão. A expectativa era que o Brasil passasse para a segunda fase enfrentando os donos da casa, China e Cuba.

E não é a primeira vez que a comunidade japonesa mariliense se destaca no esporte. O passado tam-bém é glorioso. Em 1952, nos jogos olímpicos de Hel-sinque, na Finlândia, o nadador Tetsuo Okamoto, que nasceu em Marília, em 1932, conquistou a primeira medalha olímpica brasileira de natação, ao terminar em terceiro lugar na prova dos 1.500 metros livre. O feito era esperado, pois um ano antes, durante a pri-meira edição dos jogos Pan-Americanos, realizados em Buenos Aires, Okamoto havia conquistado o ouro nos 400 e nos 1.500 metros livres.

Além da força e do destaque no esporte, a comu-nidade japonesa em Marília se mostra unida também na adoração religiosa, e os templos budistas da cida-de acabaram se tornando referência para comunida-des dos municípios vizinhos.

No ano passado, o templo Honpa Hongwanji com-pletou 50 anos. Um dos mais suntuosos da cidade, a escadaria do templo nos leva ao salão de ofício, ou de adoração. A música ambiente é um convite a per-manecer diante do belo altar, que traz a imagem de Buda cercada por velas, incensos e flores.

O templo de Honpa Hongwanji

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Há 11 anos Marília organiza uma das maiores fes-tas da colônia japonesa do interior do Estado de São Paulo, a Japan Fest, festival que oferece uma ver-dadeira oportunidade de mergulhar e viver a cultura japonesa. A música e a magia do taikô soam como um convite para uma grande celebração. Danças tí-picas como Kabuki Buyou e Sarugaku recebem os convidados num ambiente harmônico e ao mesmo tempo festivo. As exposições de roupas, obras de arte e objetos da cultura japonesa atraem o olhar de quem passa pelos stands. Mas como essa festa é no Brasil, nada melhor do que reunir pessoas de todas as origens em um espaço privilegiado da casa, para saborear as delícias da culinária japonesa.

Um dos momentos mais aguardados da Japan Fest é a escolha da miss Nikkey. No ano passado, quan-do o evento completou 10 anos, todas as vencedo-ras das edições anteriores foram homenageadas. Na passarela, uma seleção de 15 candidatas entre mais

ÚTIL:

Japan Fest 2013De 4 a 7 de abrilLocal: Nikkey Clube de Maríliawww.nikkeymarilia.com.br

A festa doSol nascente

de 90 moças inscritas. E, para os jurados, a respon-sabilidade de avaliar a elegância, a desenvoltura, a simpatia, o carisma e, claro, a beleza de cada uma delas. Entre as mais belas, a escolhida foi a estudan-te Evelyn Sayuri Bonassi, que não deixa dúvidas de que, ao visitar Marília, a beleza da cidade pode ser estonteante.

Centenas de pessoas prestigiam a Japan Fest

Evelyn Bonassi na escolha da Miss Nikkey

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Um roteiro por MaríliaTexto: Décio Junior

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iorAzul, ligando Marília à região metropolitana da capital

Pedalinhos no lago do Bosque Municipal

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Caminhada pela Rua das Esmeraldase o bosque são grandes atrações da cidade

ÚTIL:

Aeroporto Frank Miloye MilenkovichAv. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n Fone: (14) 3433-4120

Esmeralda ShoppingAv. das Esmeraldas, 701Fone: (14) 3453-1333www.esmeralda.com.br

Marília ShoppingRua Tucunarés, 500Fone: (14) 3402-9500www.mariliashopping.com.br

Bosque Municipal“Rangel Pietraróia”Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n

Biblioteca Municipal“João Mesquita Valença”Av. Sampaio Vidal, s/nFone: (14) 3454-7434

Bar do PortuguêsRua Sete de Setembro, 387www.bardoportugues.com.br

Chaplin Gastronomiae EntretenimentoAv. República, 129www.chaplinmarilia.com.br

Água Doce CachaçariaAv. Sampaio Vidal, 115-Awww.aguadoce.com.br

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cidade de Marília guarda algumas curiosi-dades ligadas ao pioneirismo. Foi aqui que, em 1943, surgiu a Casa Bancária Almeida, que mais tarde passaria a se chamar Ban-

co Brasileiro de Descontos, hoje conhecido como Banco Bradesco.

A maior empresa aérea do Brasil também nasceu aqui, com o nome de Táxi Aéreo Marília. E, para aten-der às mais de 70 jardineiras que partiam diariamente para os municípios vizinhos, em 1938 a cidade criou a primeira estação rodoviária do país.

Mas hoje se pode chegar a Marília de avião. A empresa Azul/Trip mantém voos diários partindo e chegando de Campinas ao simpático aeroporto Frank Miloye Milenkovich, pioneiro da aviação lo-cal. Ao desembarcar na cidade, sugiro uma parada no Bosque Municipal. Ao lado do aeroporto, a ape-nas 7 minutos do centro, encontra-se uma reserva de Mata Atlântica do interior, animais, pássaros e um lago com peixes, tartarugas e os tradicionais pedalinhos. Duas pistas (uma com 1.200 e outra

com 1.700 metros de extensão) podem ser utiliza-das para caminhada e corrida.

No centro da cidade, o comércio celebra o bom mo-mento econômico. Além disso, Marília conta com dois shopping centers que oferecem opções de compra, lazer e entretenimento.

No fim do dia, o convite é para uma caminhada pela Rua das Esmeraldas, lugar de gente bonita e cheia de disposição e saúde. À noite, a cidade se mostra agitada. São dezenas de restaurantes e bares que reúnem um público pra lá de animado.

Marília é realmente encantadora. E, depois dessa visita, peço licença para terminar esta reportagem com uma despedida clássica, a de Tomás Antônio Gonzaga em Marília de Dirceu:

“(...) Desses teus olhos divinos,que, terno e sossegados,enchem de flores os pradosenchem de luzes os céus?Ah! não posso, não, não possodizer-te, meu bem, adeus! (...).”

Noite agitada em Marília

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A MUTAnTe VOLTOUTexto: Dirlene Ribeiro Martins

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década de 2000 caracterizou-se por uma mudança radical nos parâmetros de difusão da música, com a derrocada da indústria fo-nográfica. Além disso, o rádio cedeu para a

internet o posto de principal divulgador da boa músi-ca. Mas os anos 2000 também foram marcados por um vácuo, pois pela primeira vez, desde o final dos anos 1960, Gal Gosta deu um tempo em sua carreira e lançou um único e pouco divulgado disco de estú-dio, Hoje, em 2005.

Nos anos 2010, as mudanças continuam evidentes, mas pelo menos uma delas nos garante que a ten-

dência é boa. Em 2011, Gal Costa voltou a gravar, retomou os shows, e seu parceiro nessa empreitada é um amigo de longuíssima data.

Idealizado e dirigido por Caetano Veloso, o álbum Recanto já coleciona prêmios, boas críticas e mostra o lado mutante e ousado da cantora. O disco também serviu de base para o DVD, gravado no final do ano passado no Theatro Net Rio, na capital fluminense, e para o show de mesmo nome. Em ambos, além das músicas compostas por Caetano especialmente para Gal, foram incluídos alguns outros sucessos de sua bem-sucedida carreira.

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Gal durante show no SESC São Carlos

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Recanto é o trigésimo álbum de Gal Costa e, nele, a cantora se afasta um pouco de suas canções tradi-cionais de bossa e samba para experimentar o rock e a música eletrônica. Ainda assim, Gal e Caetano acreditam que a grande paixão que ambos nutrem pelo estilo ‘joãogilbertiano’ continua presente na obra. A carga de agressividade temática e estética do disco e as canções nem um pouco recatadas são contrabalançadas pela tonalidade doce da baiana.

Também os tons sombrios dão um toque tanto ao show quanto às músicas novas, e um bom exemplo é a faixa “Tudo dói”, em que a vida é retratada quase como um fardo. “Viver é um desastre que sucede a al-guns, nada temos sobre os não nenhuns”, ela canta.

No final de março, Gal Costa esteve em São Car-los para uma apresentação no SESC e, por meio de sua assessoria, concedeu entrevista à revista Estilo Damha.

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“Ainda quero fazer muito mais”

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Estilo Damha – Se havia ainda alguma dúvida, Re-canto é a comprovação definitiva da afinidade que existe entre você e Caetano Veloso. De onde vem essa conexão tão forte?

Gal Costa – Somos amigos há mais anos do que consigo lembrar. Caetano é um dos músicos mais ma-ravilhosos deste mundo, um de meus compositores preferidos. Trabalhar com ele é sempre uma honra, um prazer, um bom desafio...

ED – Como foi a experiência de ficar você, Caetano

e Moreno (filho de Caetano e afilhado de Gal), só os três, gravando no estúdio Ilha dos Sapos, no Candeal?

GC – Foram belos dias. Gravar Recanto foi uma experiência única e engrandecedora. Era justamente disso que eu precisava para minha vida e para minha carreira. Sem Caetano e Moreno nada seria possível.

ED – Caetano diz que, num primeiro momento,

quando compôs a música “O menino”, pensou em seu filho Gabriel. E você, o que lhe veio à mente quan-do ouviu a canção pela primeira vez?

GC – É uma canção linda. Fiquei muito comovida quando a ouvi pela primeira vez. O fato de Caetano ter se inspirado nele me deixa muito feliz, foi lindo.

ED – Já “Tudo dói” é uma canção particularmente

instigante, é difícil passar ileso por ela. Como ela soou e soa para você?

GC – Gosto muito dessa canção, talvez uma das que mais gosto desse registro. Ela representa um uni-verso um tanto quanto João Gilberto, é completa. É sobre aprendermos a entender o tempo em que as coisas acontecem.

ED – Você parece ser uma pessoa destemida, que

não tem medo de correr riscos, de mudar. Em algum momento, nesses seus mais de 40 anos de carreira, você se sentiu vacilar ou se sentiu insegura?

GC – É bom ter uma carreira cheia de nuances. São tantos anos... Altos e baixos... Não tenho nenhum mo-mento específico de arrependimento ou vacilo. Tenho sorte em relação a isso.

ED – Em uma entrevista, você definiu o repertório

desse novo show como uma revisão de sua vida. A que conclusão chegou?

GC – Que ainda quero fazer muito mais.

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dAMHA LeVA O GOLFePARA denTRO dAS eScOLAS de SÃO cARLOS (SP)

riado em 2012, o projeto, que faz parte da Academia de Golfe Dr. Anwar Damha e con-ta com o apoio da Federação Paulista de Golfe, tem por objetivo ensinar as primeiras

noções da prática do golfe a crianças e adolescen-tes, levando o esporte até instituições de ensino de São Carlos, onde o clube está localizado.

O instrutor Ricardo Salinas, um dos poucos brasileiros certificados pelo Programa de Qualificação da Associa-ção Brasileira dos Profissionais de Golfe, segue à frente do projeto e, juntamente com sua equipe, guia os alunos através de um traçado de minigolfe e um driving range (área de treino), montados dentro da própria escola.

Depois do primeiro contato com o esporte, o Damha agenda uma visita dos alunos ao campo de golfe, onde recebem aulas práticas e teóricas numa das me-lhores áreas de treinamento de golfe do país.

“Nessa idade, é muito importante mostrar às crian-ças que o golfe é um esporte muito divertido”, afirma

Salinas. “Nossa intenção é visitar de uma a duas es-colas por mês este ano”, completa o instrutor, cuja academia é responsável pela premiada equipe juve-nil do Damha, que tem dominado os rankings brasilei-ros e estaduais da categoria.

Por trás do projeto “Golfe nas Escolas” e da Aca-demia está toda a estrutura profissional do Damha, eleito pela revista americana Golf Digest o 4º melhor campo para a prática do esporte no Brasil.

“O desenvolvimento do golfe entre os jovens é a bandeira principal do Damha Golf Club. Não medi-mos esforços para divulgar esse esporte maravilho-so entre crianças e adolescentes, que têm muito a aprender. O golfe proporciona noções de respeito e etiqueta e aumenta a concentração, além de ensinar a lidar com as próprias frustrações e limites e a res-peitar a natureza e os adversários, além de muitos outros benefícios”, diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club.

Programa “Golfe nas Escolas” visa difundir a prática do golfe entre crianças e jovens do interior

Crianças de São Carlos aprendem a jogar com o Projeto “Golfe nas Escolas”

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ViTOR SAnTOS ÉcOnVidAdO PARA

PARTiciPAR decLÍnicA PARA ASOLiMPÍAdAS 2016

atrocinado pela Damha, Vitor tem se desta-cado cada vez mais em sua categoria, con-quistando seis medalhas – quatro de ouro e duas de prata – e um troféu de melhor per-

formance no Campeonato Paulista de Natação, em dezembro 2012. Também obteve índice para partici-par do Campeonato Mundial de Natação Júnior e foi convocado para integrar a Seleção Brasileira de Na-tação, que participou do Festival Olímpico da Juven-tude, na Austrália, e do Campeonato Sul-Americano de Natação, no Chile.

Desde seus primeiros campeonatos, o nadador de Presidente Prudente sempre mostrou a que veio, der-

rubando recordes e nadando abaixo dos melhores tempos alcançados por nadadores renomados, como Cesar Cielo, enquanto competiam na sua categoria. Aos 16 anos, Vitor, que é da equipe do Pinheiros, se prepara para disputar uma vaga nas olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, tendo sido convidado para participar da primeira clínica preparatória para os jogos olímpicos, sob os cuidados da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. “Apenas os me-lhores nadadores brasileiros foram convocados para a clínica”, diz ele. “Além disso, ter a oportunidade de conviver com atletas como Cesar Cielo, Thiago Perei-ra e Gustavo Borges é inigualável.”

ReinALdO cOLUcci BRiLHAnO TRiATLO inTeRnAciOnAL

einaldo já conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e na Copa do Mundo de Triatlo e foi o 1º coloca-do no Iron Man de Cingapura. Sua lista de

vitórias, medalhas e participações de destaque em campeonatos é longa e impressiona. Apenas nos três primeiros meses de 2013, o triatleta faturou o penta-campeonato no Triatlo Internacional de Santos, o 1º lugar no Iron Man de Pucón (Chile) e o 3º lugar na Mezatlan ITU Pan American Cup, no México.

Sobre sua carreira, o atleta nascido em Descalvado (SP) afirma: “Hoje eu posso ter o prazer de dizer que sou um atleta realizado profissionalmente. Ao longo desses anos tenho obtido vários resultados expressi-vos em provas de alto nível ao redor do mundo, além, é claro, de ter representado o Brasil em duas olimpía-

das e conquistado a medalha de ouro nos últimos Jo-gos Pan-Americanos. Apesar desse sentimento de re-alização, ainda estou longe de estar satisfeito, todos os dias quando acordo sou movido pelo desejo de continuar melhorando e crescendo dentro do esporte. Meu maior objetivo agora é estar presente em mais uma olimpíada, desta vez em 2016, no Rio de Janei-ro, sem dúvida estarei brigando pelas medalhas. A Damha Urbanizadora tem me apoiado praticamente desde os meus primeiros passos dentro do esporte. Hoje tenho o prazer de viver dentro de um dos con-domínios da Damha Urbanizadora (São Carlos/SP), e toda a minha família pode desfrutar dos privilégios e confortos que somente um empreendimento com o nome Damha pode oferecer. Mesmo sem saber, a Damha me ajudou a realizar mais um sonho!”

Atleta coleciona prêmios e é promessa de vitória nas Olimpíadas 2016

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dAMHA URBAniZAdORA enTReOS VencedOReS dO TROFÉUPROFeSSOR J. BARBOSA ROdRiGUeS

Damha Urbanizadora, em conjunto com a Soma Comunicação Integrada, venceu a categoria “Datas Comemorativas”, do Troféu Professor J. Barbosa Rodrigues, com anún-

cio criado para parabenizar a cidade em seu aniversá-rio de 113 anos. Além disso, a peça recebeu o prêmio “Master”, o principal do evento.

Simples e, ao mesmo tempo inovador, o anúncio precisa ser levado à frente do espelho para ser lido. Muito mais que parabenizar a cidade, seu objetivo é fazer com que cada campo-grandense perceba--se parte da história e da celebração da data.

“Agradecemos à organização do prêmio pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Damha Urbanizadora no sentido de valorizar a importância de Campo Grande na expansão de seus negócios. Além da preocupação em oferecer empreendimentos do mais alto padrão, queremos também fazer parte do dia a dia dos moradores locais e dessa forma poder comemorar juntos as conquistas e também as datas mais significativas para a cidade”, analisa Paulo Montini, gerente de marketing da Damha.

Parceria da Damha com a Soma Comunicação Integrada, em comemoração ao 113º aniversário de Campo Grande, leva troféus nas categorias “Data Comemorativa” e “Master”.

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Anúncio vencedor: mensagem refletida no espelho

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esde o início de abril é possível acessar o site www.bairrosustentavel.com.br. No por-tal estão disponíveis informações e deta-lhes sobre o Programa Associação Bairro

Sustentável, criado pela Damha Urbanizadora em 2011, com o objetivo de promover o desenvolvimento conjunto, por meio do apoio às iniciativas sociais, a requalificação urbana e a valorização social do indiví-duo, melhorando a autoestima e a qualidade de vida de todos os cidadãos envolvidos em suas ações.

O trabalho realizado com as comunidades procura compreender suas principais carências e potenciais. Uma vez descobertas as necessidades de cada local, parte-se para um estudo a fim de definir de que for-ma a empresa pode, no papel de parceira, atuar para transformar o futuro daquela região. As ações já estão presentes em cidades como Campo Grande (MS), Ara-

raquara (SP), São Carlos (SP), Cidade Ocidental (GO), Barra dos Coqueiros (SE), São Luís (MA) e Feira de San-tana (BA) e devem ser levadas para outras localidades onde há empreendimentos Damha.

Além de conhecer as primeiras ações do projeto em cada cidade, o visitante do site pode acompanhar a evolução das comunidades beneficiadas e enviar seus comentários, sugestões e críticas diretamente para a Damha, por intermédio do formulário na pági-na principal.

Junte-se a nós nesta iniciativa. Participe! Conheça melhor o projeto que está mudando a vida de pesso-as em todo o Brasil.

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Damha Urbanizadora inova mais uma veze lança website voltado à sustentabilidade

Página inicial do site

Programa Associação Bairro Sustentável em São Luís (MA) proporcionando mais qualidade de vida

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POR QUe OPLAneJAMenTOFinAnceiRO FALHA?

nalisamos com atenção nossas contas, separamos todos os gastos: os fixos e os variáveis. Descobrimos nosso custo base mensal e realmente nos comprometemos

com ele, a ponto de sermos capazes de jurar que nos próximos meses não teremos problemas financeiros. Não faltará dinheiro, dizemos.

Passam-se algumas semanas (meses, se tiver-mos sorte) e nos encontramos na mesma condição. Novamente ficamos sem entender. Já que o plane-jamento estava tão bem feito, o que falhou? Para onde foi o dinheiro?

O planejamento financeiro é matematicamente sim-ples, são sucessivas contas de adição e subtração. Apesar da simplicidade, planejar carece de alguns cuidados vitais para que não nos frustremos logo nos primeiros dias. Somos humanos, suscetíveis a falhas. Nossa motivação oscila e é realmente complexo lidar com nossos turbilhões emocionais. Aceitemos.

Podemos, entretanto, aprimorar nosso olhar, pla-nejar com mais inteligência, enxergar além do óbvio. Planejamento depende da previsibilidade, e é aqui que vacilamos. Grande parte dos erros ocorre porque consideramos apenas os gastos fixos e os variáveis. Desprezamos uma categoria capciosa de gastos que todos temos: os gastos sazonais. São gastos que não ocorrem todos os meses, porém, com um pouco de bom senso, são previsíveis. Exemplos típicos: IPVA, re-visão do carro, compras de Natal, presentes de aniver-sário do(a) parceiro(a), e por aí vai. A lista é extensa.

Ignorá-los é fatal. Certamente virão, trazendo consi-go uma bagunça financeira que minará nosso ânimo e fará com que deixemos a organização de lado, trazen-do frustração e certa descrença em todo o processo.

Uma excelente maneira de contornar esse deslize é antever e agir de maneira proativa, tomando as réde-as da situação antes que os boletos ou parcelas che-guem. Vamos supor, por exemplo, que seu parceiro(a) faz aniversário daqui a 6 meses e que você deseja presenteá-lo(a) com passagens aéreas que custam 600 reais. É uma ilusão pensar que o gasto de 600 reais surgirá magicamente em 6 meses. Esse gasto está acontecendo agora.

Podemos assumir duas posturas: ou ignoramos esse gasto e esperamos até que chegue a data da compra das passagens, ou nos posicionamos acima disso e incluímos esse gasto em nosso pla-nejamento atual, sem cobranças formais, parcelas no cartão de crédito ou dor de cabeça. Podemos, por exemplo, separar 100 reais por mês em um en-velope ou em uma conta-poupança, criada exclu-sivamente para isso. Envelopes são especialmente bons, porque envolvem o simbolismo e a ação fí-sica, fundamentais para que o planejamento saia do papel.

Desta forma, o mês do aniversário deixa de ser um mês pesado. Estaremos preparados para ele. Pode-mos considerar também que, com os 600 reais em mãos, à vista, nosso poder de negociação cresce. É outra vantagem.

A mesma estratégia é facilmente aplicável para pe-ríodos tradicionalmente turbulentos, como, por exem-plo, o Natal. Já começamos o ano sabendo que no-vembro e dezembro são meses críticos. Por que não nos prepararmos para ele? Por que não investirmos em um planejamento mais inteligente, para que pos-samos dedicar nosso foco e nosso potencial financei-ro ao que realmente importa?

Apor Eduardo Amuri

Planejamento depende deprevisibilidade, e é aqui que vacilamos

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Eduardo Amuri - Formado em psicologia econômica, escreve sobre finanças e comportamento também no PapodeHomem (www.papodehomem.com.br) e no Dinheirama (www.dinheirama.com).

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cOZinHAndO PARA TOcAR A ALMATexto: Marília Dominicci

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árcio Moreira nasceu no Rio de Janeiro. Quinto filho numa geração de seis, sempre soube o que é ter de batalhar para conse-guir o que queria. “Meus pais sempre nos

ensinaram o valor do trabalho. Comecei a trabalhar aos 12 anos e, ao mesmo tempo, tinha que me virar em casa. Posso dizer que aprendi a cozinhar olhando minha mãe e minhas irmãs no fogão”, conta ele, lem-brando a irmã Marluce que, apesar de maravilhosa cozinheira, não chegou a seguir a profissão.

Seu primeiro emprego foi em uma marcenaria e, até os 18 anos, quando se voluntariou para servir a Marinha do Brasil, nunca havia pensado em se tornar um chef. “Sempre gostei de ver o sorriso das pesso-as quando apresentava os pratos no quartel. Também gostava de fugir daquelas formaturas escaldantes no sol do Rio de Janeiro. Pensava que, se era para pas-sar calor, que fosse bem acompanhado por um peda-ço de picanha”, afirma, rindo. “Decidi realmente bus-car meu objetivo aos 26 anos, quando me casei com uma paulista e me mudei para São Paulo. Já me con-siderava velho, então tinha que correr atrás. Naquela época – até parece que sou tão velho assim – falava--se muito em Emanuel Bassolei, Claude Troigros... é claro que procurava me espelhar no trabalho deles, mas quem realmente me abriu as portas da gastro-nomia foi Bene Ricardo, a primeira chef de cozinha

reconhecida e negra do Brasil. Ela foi uma mãe e uma professora pra mim.” Foi com ela que o, na época, as-pirante a cozinheiro começou a participar de eventos, feiras e congressos, aprimorando conhecimentos e enfrentando constantemente as próprias críticas. “Sou inquieto. Nunca estou satisfeito com o que faço. Ainda não sei se é um defeito, mas me sinto bem assim.”

Márcio enfatiza a necessidade constante de estudo e dedicação para sobreviver em qualquer carreira. “A gente não escolhe ser chef. Esse é o posto que te dão. Acredito que cozinhar é uma dádiva, e aqueles que fazem isso apenas para ganhar dinheiro não ficam, muito menos aqueles que acham que ser cozinheiro é sair em capa de revista. Nesta profissão, como em qualquer outra, é preciso muita dedicação e, princi-palmente, muito amor. Quando não estou bem, evito ir para a cozinha. É energia o que passamos para o ali-mento. Estamos falando de vida.” Por meio do projeto “Nossa Panela Brasil”, ele e sua equipe tentam plantar sementes que poderão mudar o rumo da gastronomia no país e atrair pes soas que realmente amem cozi-nhar, já que considera que o maior desafio de traba-lhar nessa área é ter de conviver com pessoas que não têm capacitação ou que acreditam que gastrono-mia é uma forma de ganhar dinheiro fácil. A cozinha itinerante criada por ele é um incentivo ao reconheci-mento do valor da arte culinária e de sua profissão.

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“Trabalhar com a Ana Maria me ajudou a pensar mais rápido, a ser mais criativo e a me preparar para a vida”

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Apesar de ter decidido se tornar um chef muito tempo depois, o carioca serviu sua primeira refeição “profissionalmente” aos 16 anos, durante uma festa na vizinhança. “A rua onde morávamos era de moradores antigos e todos pareciam uma família. Eram poucas as vezes em que, aos finais de semana, não acon-tecia uma festa. Em uma dessas ocasiões, uma vizi-nha queria comer um cozido – aquele famoso cozido português – e eu me prontifiquei. Já tinha visto minha mãe fazer e tentei reproduzir. Todos comeram e gosta-ram, e ainda ganhei uma gorjetinha. Esse, aliás, é meu prato favorito.” Depois do cozido vieram as culinárias italiana, francesa e contemporânea, mas, atualmente, afirma, sua especialidade é a Cozinha da Alma. “Gos-to de cozinhar e tocar a alma das pessoas, fazê-las lembrar sentimentos guardados no fundo do cora-ção”, diz, e se declara apaixo-nado pela culinária brasileira. “Depois de anos viajando pelo Brasil é impossível não dizer que minha preferência é pela nossa culinária. Acontece que a culinária brasileira é resultado de todas as outras, então, isso é o mesmo que dizer que sou da culinária do mundo.”

Em sete anos como Coordenador e Chef de Cozinha no programa Mais Você, Márcio diz que a experiência de trabalhar com a apresentadora Ana Maria Braga foi um divisor de águas em sua carreira, já que, até então, pensava em gastronomia como muitos pensam: foie gras, caviar, magret de pato, ou seja, um apanhado de pratos e ingredientes caros e difíceis de trabalhar. Coi-sas que impressionam qualquer pessoa. Foi dentro da cozinha da Ana Maria que ele aprendeu a ver a beleza das receitas do dia a dia. “Lembro a primeira vez em que tive que preparar coxinha de galinha no progra-ma. Me arrepiei todo e ficava me perguntando por que tinha estudado tanto se era para preparar aquilo. Puro engano. Toda receita vem acompanhada de uma his-tória, e todas as histórias são carregadas de emoção. Hoje, gastronomia pra mim é muito mais que aquilo que vai no prato, é toda a emoção e o sentimento de preparar o alimento. Foi ali que aprendi a valorizar o ser humano e os chefs de cozinha - mães, irmãs, etc. -,

que, apesar de não conhecerem os termos técnicos, sabem bem o que fazem, administram suas cozinhas como ninguém e merecem o título. Trabalhar com a Ana Maria me ajudou a pensar mais rápido, ser mais criativo, ter algumas respostas – além de perguntas – para oferecer. Me ajudou a me preparar para a vida.” E continua: “O programa sempre teve uma preocupação muito grande em passar a verdade para o seu público e, confesso, não era fácil apresentar cinco receitas por semana, cada uma mais diferente que a outra. Haja criatividade! Foi essa dificuldade que me fez o chef que sou hoje”.

Márcio Moreira recebeu com carinho o convite para escrever a coluna Gastronomia & Vinhos da revista Estilo Damha. “Nossa, é uma proposta e tanto! Melhor eu pensar... pensei! E aceito. Pretendo escrever sobre

tudo. Sobre comer na carroci-nha de cachorro-quente, o dia a dia dentro de uma cozinha profissional, as dificuldades e belezas de ser um cozinheiro. Sobre o mundo dos vinhos e – por que não? – das cervejas, cachaças, cafés, drinks. Vou falar, principalmente, sobre as minhas peripécias gastronômi-

cas, que são tantas que um dia poderiam virar livro. Enfim, quero escrever sobre tudo o que está relacio-nado ao maravilhoso mundo da gastronomia.”

Carismático e bem-humorado, o chef – que afirma sempre que não é nenhum baú para guardar segre-dos – decide nos presentear com uma receita. “Quan-do planejo um prato, penso na versatilidade. Minha inspiração para esta receita surgiu do pudim de pão da minha mãe. Não tem ninguém que faça melhor que ela. Mãe é mãe, né! O que vou mostrar é um delicio-so pudim de pão, só que numa roupagem mais chi-que. Não tem quem resista a esta receita facílima de preparar.” E aproveita para fazer um convite: “Vejam bem, estou no Rio de Janeiro, aqui pertinho. Venham me fazer uma visita no Restaurante Empório Gourmet Show, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ou na nossa filial, no Cadeg. Será um prazer enorme recebê-los. E tem um desconto especial para quem ler esta matéria. Vale ou não me fazer uma visita?”.

GASTROnOMiA

Toda e qualquer receitavem acompanhada de uma história. Toda história vem

carregada de emoção.

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INGREDIENTES

Para o ganache de chocolate branco:• ½ xícara de creme de leite fresco• ½ xícara de leite integral• Raspas da fava de ½ baunilha• 100 g de chocolate belga branco picado

Para a massa:• 1 croissant amanhecido picado• 1 colher de sopa de conhaque• 1 ovo

PUdiM de cROiSSAnTe cHOcOLATe BRAncO cOM SORVeTe de PiSTAcHe

MODO DE PREPARO

Ganache:Numa panela, aqueça o creme de leite, o leite e a baunilha até levantar fervura. Desli-gue o fogo e junte o chocolate branco, me-xendo até dissolver.

Pudim:Pré-aqueça o forno a 180 graus. Numa ti-gela, adicione o ovo, 100 ml de ganache e o conhaque. Bata ligeiramente. Coloque o croissant num ramequim e regue com a mistura de ovo, ganache e conhaque. Dei-xe descansar por cerca de 10 minutos para que o pão absorva o creme. Leve ao forno por aproximadamente 20 minutos ou até dourar. Sirva com sorvete de pistache.

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Mariana Ohata à espera de Luana

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O nASciMenTOde UMA MÃeA chegada de um filho é sempre cercada de expectativas e inseguranças, e, apesar de dizerem que “mãe é tudo igual”, cada uma tem um jeito particular de lidar com esse momento.

“Quando nasce um bebê, nasce uma mãe.” Embora inspirado-ra, será que essa expressão é verdadeira? Será que a materni-dade é apenas uma questão hormonal e que a inspiração surge naturalmente? Ou, talvez, fosse mais correto parodiar Thomas Edison e dizer que “é 99% transpiração”?

Para esta edição, que coincide com maio, mês em que se co-memora o Dia das Mães, a revista Estilo Damha conversou com três mulheres que vivenciaram a maternidade em momentos e de formas diferentes, mas que são a comprovação de que, embora a estreia no universo materno seja marcante, ser mãe é um contí-nuo errar e acertar, aprender e reaprender, desconstruir crenças e preconceitos para dar lugar a um novo olhar.

Texto: Dirlene Ribeiro Martins

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Ao preencher o cadastro para adoção, a dona de casa Elisabeth Oliveira Ferrão e o marido, Elias, manifestaram preferência por uma criança de até 2 anos. Assim, quando a assistente social ligou e disse-lhes que havia uma menina de 5 anos na fila para ser adotada, o primeiro impulso do casal foi recusar, mas logo mudaram de ideia e decidiram conhecê-la. Nesse momento, conta Beth, ela já se sentia um pouco mãe, mas não imaginava o que estava por vir. O impacto que Amanda lhes causou foi tão grande que eles chegaram ao meio-dia ao abrigo e às 16 horas já voltavam para São Carlos (SP), com a menina. “Assim que olhei já sabia que era ela”, relembra Beth. Porém, a alegria de voltar com a menina nos braços foi seguida de muita in-segurança, pois sabia que a partir daquele instante a vida dela e do marido não seria mais a mesma. “Pensei: o que vou fazer agora? Será que saberei cuidar?”, relembra. E a adaptação não foi fácil, por-que Amanda, embora pequena, já tinha uma his-tória, alguns hábitos e uma mãe biológica que a influenciara a não querer ser adotada.

O medo também acompanhou o nascimento de Luana, filha da ex-atleta olímpica e educadora física Mariana Ohata. A gravidez aconteceu num momen-to bom, em 2010, quando Mariana havia deixado o esporte e estava construindo com o marido, o tria-tleta olímpico Reinaldo Colucci, a casa onde mo-ram atualmente, no Village Damha II, em São Car-los. Ainda assim, para alguém acostumada a viajar constantemente, a estar sempre de malas prontas

nO inÍciO AinSeGURAnÇA

e a ser dona da própria vida, ter um bebê sob sua responsabilidade foi, como ela mesmo diz, “um cho-que”. “Eu me vi presa a uma criança e me dei conta de que a minha vida nunca mais seria a mesma”, relembra. Embora descreva a filha como um bebê “excelente”, Mariana teve depressão pós-parto, não dormia, chorava diariamente e buscou a ajuda de um psicólogo.

A experiência da terapeuta ocupacional Juliana Co-rullón foi mais tranquila. Acredita que nasceu como mãe assim que aninhou o filho Lucano, hoje com qua-se 2 anos, nos braços pela primeira vez. “A força da maternidade veio ali, ao perceber que ele parou de chorar ao ouvir minha voz e sentir meu cheiro”, con-ta. Mas Juliana, que é mestre em pediatria, especia-lista em desenvolvimento infantil e também blogueira (ela escreve no www.mammysico.blogsopt.com.br), reconhece que o processo durou cerca de um ano, período necessário para que ela lidasse melhor com o incômodo causado por uma cesariana desnecessá-ria, entendesse sua nova rotina e para que mãe e filho se reconhecessem e aprendessem a se comunicar. “Durante o primeiro ano do Lucano, como ainda não decodificava todos os sinais dele, somado às muitas opiniões externas sobre como devia agir com o bebê e a enxurrada de hormônios que sofria pela amamen-tação, fiquei insegura se o estava entendendo direito e se estava fazendo o que ele precisava, ou como de-veria fazer para acolhê-lo. Nesses momentos, lembro que, quanto mais eu titubeava, mais inseguro o Lucano ficava, eu tinha vontade de chorar, e ele chorava mais!”

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Beth e os filhos Amanda, Paulo, Felipe (de verde) e Eric (no colo): “Se eu fosse mais nova, adotaria mais”

Apesar das dificuldades iniciais, Amanda, hoje com 14 anos, abriu caminho para que, depois dela, o ca-sal Beth e Elias adotasse mais três crianças: Paulo, 9 anos, Felipe, 6 anos, e o recém-chegado Eric, de 9 meses. Beth tinha uma empresa de comunicação visual e, quando Amanda chegou, começou a traba-lhar meio período, com Paulo diminuiu um pouco mais o ritmo, até a chegada de Felipe, quando deixou a empresa. “Ele tinha paralisia cerebral, precisava fazer fisioterapia e tinha de ser carregado. Parei de traba-lhar, na época foi duro, mas faria tudo de novo”, conta.

A insegurança inicial transformou-se em certeza de que a maternidade a tornou uma pessoa mais cen-trada: “Eu era uma pessoa rabugenta, impaciente, exigente com organização e horários, mas os quatro

nAdA dO QUe Se ARRePendeR

filhos me deixaram mais tranquila”. Porém, Beth reco-nhece uma preocupação, a de que os filhos sofram qualquer tipo de discriminação, e lembra-se da ex-periência com o terceiro filho. “O Felipe, além de não andar, era pequeno demais para a idade dele. Ele so-nhava em ir para escola, porque acreditava que teria muitos amigos, mas ele encontrou bastante dificulda-de. Ele falava ‘eu sou pequeno perto dos meus ami-gos, eu sou preto’, era difícil para ele entender”, relata.

Beth confessa um único arrependimento, o de não ter começado a adotar mais cedo: “As pessoas dizem ‘vocês fizeram uma coisa muito boa pra essas crian-ças’, mas é o contrário, eles é que oferecem muito pra gente, muito carinho, a gente aprende muito com eles. Se eu fosse mais nova, adotaria mais”.

Foto dirlene Ribeiro Martins

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Embora tenha sido difícil se adaptar à maternidade, agora Mariana gosta de seu papel de mãe. “Tem mulher que nasce para ser mãe, tem mulher que aprende a ser mãe, e eu estou nesse processo de aprendizado. Eu e Luana estamos em uma fase ótima, em que ela conversa, tem suas opiniões, agora é que estou curtindo o fato de ser mãe.”

Ela se lembra de que leu muitos livros sobre maternidade e que eles não a aju-daram, pois não se identificava com as mães retratadas nas obras. “A psicóloga

Com 10 anos, Mariana já participava do triatlo, já viajava e sonhava em morar sozinha. Mudar-se para São Carlos (SP), para ela, foi uma realização. “Te-nho em minha cabeça que filho é para o mundo, até porque eu fui assim. Você tem que educar, tem que acompanhar os passos do filho, mas uma hora ele vai dizer ‘tchau, mãe’. Quero que ela seja independente, e isso não quer dizer que a amo menos, é uma prova de amor permitir que o filho siga o próprio caminho.”

UM JeiTOPRÓPRiOde SeR MÃe

Quando um filho nasce, também nasce uma mãe, ou seja, uma mulher dá nascimento a um novo papel no mundo. Uma boa mãe precisa das habilidades que aquela mulher já havia desenvolvido em sua vida pré-maternidade.

As capacidades necessárias são a de se colocar no lugar do outro, a responsabilidade por si mesma, o autocuidado, a generosidade, o espírito de sacrifício e, acima de tudo, uma personalidade consistente o suficiente para não tentar se fundir nos filhos.

É essencial que aquela mulher tenha um conjunto de valores razoavelmente sólidos para transmitir al-guma coerência aos filhos. Nem todas as mulheres

são suficientemente seguras de si para assumir esse papel. Se ela é do tipo que está sempre esperando a opinião do marido antes de tomar uma decisão de emergência, provavelmente terá mais dificuldade de assumir a liderança que a maternidade exige. Diante desse desafio são muitas as mulheres que recuam, mesmo que não admitam, pois levam a maternidade ainda como se fosse uma brincadeira de bonecas.

Perante certas imagens de perfeição à moda anti-ga, não é raro as mulheres se frustrarem, já que seu jeito de ser mãe teve de acompanhar o ritmo dos anos 2000. A mulher de hoje, goste ou não, ainda chama para si toda a responsabilidade pela educaçã o dos

NOVO PAPEL NO MUNDO Texto: Frederico Mattos

falou para eu jogar tudo fora, porque cada um é de um jeito, e eu é que tenho de saber qual é a melhor maneira de cuidar da minha filha.” Pelo tipo de vida que levava, Mariana demorou para se imaginar como mãe e, quando decidiu ter um filho, o que lhe vinha à mente era aquela família tradicional, “toda bonitinha”. Mas, segundo ela, “foi tudo diferente, acho que sou uma mãe legal, que anda de bicicleta, brincalhona, e quero que a Luana me veja assim”.

Mariana e a filha Luana: “É uma prova de amorpermitir que o filho siga o próprio caminho”

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Juliana e o filho Lucano: “Preciso estar atenta e presente, para que meu filho tenha um exemplo coerente no qual se espelhar”

Já Juliana acredita que a maternidade apenas acentuou uma transformação pessoal que já se pro-cessava desde que passou a estudar e a praticar o budismo. Hoje, ela, o marido, Antonio Alberto, e o filho moram no Centro Budista de Viamão, próximo a Por-to Alegre (RS), onde a terapeuta também é diretora da Escola Caminho do Meio. Lucano funcionou com um espelho em que Juliana conseguia enxergar seus próprios limites. “Fui percebendo o funcionamento do meu filho e minhas respostas a ele, aprendendo com meu marido a me harmonizar como família e me apoderando da capacidade de ser mãe, segura com minhas escolhas como educadora. Então, percebi que houve um momento em que me senti plena como mãe, e não mais insegura e emocionalmente frágil.”

Quando mais nova, Juliana se imaginava como uma daquelas “mães italianas”, que fazem da casa um ninho reconfortante, que sempre têm um bolinho na mesa, que estão sempre alegres e prontas para acolher. Essas expectativas geraram nela algumas frustrações iniciais, pois era uma imagem de “per-

feição” a que não podia corresponder. “Nós não es-tamos sempre alegres, não dá pra ter bolo na mesa, nem a casa organizada todos os dias. Então, a di-ferença é que estou aprendendo a relaxar e fazer o que precisa ser feito dentro do tempo que tenho. Se não consegui arrumar a casa, elegi prioridades, e a primeira delas é brincar com meu filho e estar com meu marido”, declara.

O filho também foi responsável por mudar a visão que Juliana tem do mundo e como ela se relaciona com ele e com as pessoas. A educadora acredita que as crian-ças aprendem através dos exemplos que damos sem perceber. “Meu mestre, Lama Padma Samten, explica que elas aprendem ‘pelas costas’, ou seja, não é pelo que dizemos a elas, mas pelo que fazemos o tempo todo (mesmo que elas não estejam vendo), pelos nos-sos hábitos, nossos trejeitos, nossos automatismos. Elas são nossos espelhos, então ter me tornado mãe deixou esse ensinamento vivo em mim, de que preciso estar atenta e presente, para que meu filho tenha um exemplo coerente no qual se espelhar!”

APRendiZAdO “PeLAS cOSTAS”

filhos e, com isso, se sobrecarrega e deixa várias ta-refas incompletas. Já não consegue suprir as expec-tativas que tinha de si em reproduzir modelos mais tradicionais de uma mãe exclusivamente voltada para o lar.

Para algumas, a maternidade pode virar um pesa-delo, pois evidenciará o quão caoticamente conduzia sua vida ou o quão inconsequentes eram suas es-colhas. Esse chamado pode despertar uma matriar-ca escondida debaixo da rebeldia de uma garota contestadora e revelar uma mulher mais dona de si. Porém, nem sempre a transição é indolor e imediata, pois a natureza não dá saltos.

Os embates entre o que acontece dentro de casa e o que se passa no mundo é sempre uma prova de fogo para sinalizar as negligências ou exageros. A ida para a escola remete a esse desafio e é uma fase em que muitas mães exercitam o desapego saudável. Esse filho que até então era seu começa a ganhar asas próprias e voar. Dali para frente o voo é lindo e imprevisível, e cabe a cada mulher deixar que seus filhos façam seus testes, assim como ela fez.

A melhor mãe, a meu ver, é aquela que entendeu que precisaria ser uma pessoa melhor antes de tudo.

Frederico Mattos é psicologo e autor do livro Mães Que Amam Demais.

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Laranja na estampa proposta para o outono, comprovando o mix de estações. É hora de acrescentar detalhes em tons escuros e transformar o guarda-roupa.

om a entrada do outono, que traz uma cli-ma mais ameno e possibilidades de novos ares, a temperatura começa a cair e permi-tir uma mudança nas produções. Apesar

da vontade de mudar cores, acessórios, tramas e padronagens, nosso guarda-roupa ainda mantém a luz do verão.

Aí é que mora o segredo para não deixar a tal meia-estação acabar com a criatividade. Roupas com mais tecido e composições com mais peças podem manter as cores das altas temperaturas e antecipar a cartela

O iMPORTAnTe ÉMAnTeR O TOM!

de inverno. Interessante é mixar o que é com o que será, transformando um período supostamente mor-no em verdadeiro laboratório: mantenha a cartela de verão unida a uma base neutra. Laranjas e amarelos unidos aos tons de preto, marrom e nude transformam qualquer closet.

Assim como o amarelo foi o novo rosa do verão – e se mantém!, o verde abre caminhos para compor as propostas a partir de agora.

Acrescente calçados mais pesados às produções e você está pronta para antecipar o que vem por aí!

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Animal print se mantém no inverno, com look

total quebrado pela cor no maxicolar.

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Body em veludo e saia em renda, usada no verão. Scarpin para “pesar” na produção.

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O brilho dourado casa bem com estampas em tons escuros

e bota aberta na frente.

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Confortavelmente vestida para o dia a dia, com camisa em seda, jaqueta em linhão estilo Chanel e body inteiriço. Nada em lã, mas nada vaporoso. Note os detalhes em couro.

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Estampa PIED-DE-POULE, usada com brilho e ankle boot

em crochê: uma maneira de modernizar o clássico!

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Apesar do decote generoso, o bordado em paetês e a bota transformam o vestido em produção para dias de temperatura mais baixa. Ouro em alta!

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Transparência, mangas longas e brilho no preto de

todas as baladas...

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Estampa do animal na seda leve do vestido de mangas longas. Jovem, descontraído e usável no dia a dia com oxford. A renda aparece nos calçados da próxima estação.

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Shorts, casaqueto, oxford e maxicolar no novo tom das

passarelas: verde!

Modelo: NAIARA MIRANDAFotos: HENRIQUE SANTOSProdução e texto: MÔNICA ZAHER CONSULTORIA DE IMAGEMColaboração: Helô BoutiqueAraraquara; Equilibrio Bento de Abreu e acervo Mônica Zaher.

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MÚSicA

Uma joiada músicabrasileiraParceiro de grandes nomes da MPB, Breno Ruiz já compôs mais de 70 músicas ao lado de Paulo César Pinheiro

le tem apenas 30 anos, mas histórias de quem já viveu 100. Sensível e amável, Bre-no Ruiz é a essência musical em forma de gente. É a composição perfeita entre o ho-

mem e o instrumento. Um talento raro. Monstro sagra-do da música brasileira e, se ainda não consagrado, é por causa do produto vil que nos é imposto diaria-mente pelo mercado.

“Eu toco desde os 10 anos”, disse ele logo no início de nossa conversa, para ‘desformalizar’ a entrevis-ta, que aconteceu na sala do apartamento de uma amiga que temos em comum, no bairro Pacaem bu, em São Paulo.

Filho único, trouxe para si a responsabilidade de cuidar da casa depois da separação dos pais, quan-do tinha 14 anos. E com um teclado, o que era pra ser apenas um complemento, acabou sendo a principal fonte de renda da casa. “Mas eu não tinha paciência para o teclado. Meu sonho era tocar piano. E nosso primeiro encontro se deu no colégio lá em Itapetinga. Eu matava aula para ficar tocando no salão nobre.”

Mas, antes disso, já compunha suas próprias mú-sicas. Um dia, ao reger o coral de um centro espírita, conheceu Rafael Altério, padrinho de casamento e parceiro de Ivan Lins. Pensou: “Vou atrás desse cara e vender uma música minha para o Ivan”. Com o tem-po descobriu que os atalhos não eram tão curtos.

Mas os caminhos trilhados por Breno Ruiz fizeram com que ele se tornasse parceiro de grandes nomes da música brasileira, como Tetê Espíndola, Renato Braz, o próprio Ivan Lins e, talvez o principal deles, Paulo César Pinheiro.

Sobreviver da música não é fácil. Aos 27 anos, já com grandes composições, Breno entrou em crise pro-fissional e foi para Marília estudar medicina. Ou tentar. “Eu não quero morrer de fome. Não quero ter a mesma sina de Nelson Cavaquinho, de Van Gogh e de tan-tos outros gênios incompreendidos, até porque eu não sou gênio. Eu faço uma música bonita, eu me emocio-no com a minha música, mas estou muito aquém da genialidade. Por isso tentei fazer uma faculdade.”

A medicina ficou no interior, assim como o interior ficou para trás na vida de Breno Ruiz. Hoje, morando em São Paulo, ele divide a dedicação ao trabalho mu-sical com os estudos de psicologia. “Aprendi que não dá para deixar a música.”

A canção de Breno Ruiz é algo fora do nosso tempo. Talvez a mistura da música brasileira do início do sé-culo passado com a espiritualidade contemporânea desse jovem, seja o segredo dessa receita. Quando compõe, a música chega a ele. “Tudo o que se faz com verdade, não tem como dar errado. É um Sacro Ofício. O momento de criar é sagrado, não tem outra possibilidade.”

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Texto: Décio Junior

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MÚSicA

Parceria com Paulo César PinheiroUm dia, Breno descobriu que um dos sócios do te-

atro Elis Regina, em São Bernardo do Campo (SP), era Paulo César Pinheiro, um dos maiores letristas da MPB, parceiro de Baden Powell, Lenine, Carlos Lyra, Clara Nunes e outros músicos brasileiros. Determina-do, conseguiu fazer com que sua música chegasse ao ídolo. “Descobri que 90% do que eu gostava de ouvir tinha o dedo de Paulo César Pinheiro. Então, como não deu certo com o Ivan Lins, quando eu tinha 14 anos, tentei arriscar com o Paulinho.”

Paulinho. A forma íntima com que Breno se refere ao “poeta” foi construída ao longo de uma parceria recente, mas que já rendeu mais de 70 canções. Na biografia do compositor, intitulada A letra brasileira de Paulo César Pinheiro – uma jornada musical, escrita por Conceição Campos e publicada pela Casa da Palavra, Breno é citado ao lado de Tom Jobim, Dory Caymmi e Gal Costa. “Que medo”, brinca, surpreso.

Breno inaugura a quinta geração de parceria de P. C. Pinheiro e retoma, de forma contemporânea, o trabalho que era feito com Pixinguinha e Tom Jobim.

Breno Ruiz não é apenas um nome. É um talento. Sua música toca a alma. Faz arrepiar a pele e, con-fesso, me fez deixar cair algumas lágrimas durante esta entrevista. E, se me permitem, usarei palavras de Vinícius para descrever esse talento:

(Ruiz) “Um bicho igual a mim, simples e humanoSabendo se mover e comoverE a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explicaQue só se vai ao ver outro nascerE o espelho de minha alma multiplica.” (Trecho de Soneto do Amigo – Vinícius de Moraes)

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os dias 9 e 10 de março, a Damha Urbani-zadora promoveu o projeto de revitalização urbana a Comunidade Vila São Francisco, em Feira de Santana (BA). A ação, dividida

em etapas, incluiu a restauração do piso da praça da comunidade, seguida pela estruturação e pintura da escola local e construção de um muro para separar a Comunidade e a via de acesso ao empreendimento.

O objetivo deste projeto é, além de garantir maior segurança aos moradores, atender a uma deman-da levantada pela população do bairro durante as reuniõe s com a Associação Bairro Sustentável, que começaram em janeiro de 2013, bem antes da che-gada do empreendimento à cidade. No diagnóstico realizado com a comunidade, observou-se grande

necessidade de revitalização urbana. Então, chegou--se ao formato da ação, apoiada pela Damha.

Esta é mais uma iniciativa da Associação Bairro Sustentável e contou com a participação da equipe da ABS, Oficina da Sustentabilidade e moradores da Comunidade São Francisco, que está localizada a aproximadamente 200 metros do residencial que será implantado na cidade.

“Essa ação representa apenas o primeiro passo na direção do atendimento às prioridades da área de influência direta do empreendimento, que inclui a Comunidade São Francisco, além de proporcionar o diálogo com a vizinhança e trazer benefícios ao dia a dia dos moradores e alunos”, comenta Fernanda To-ledo, presidente da Associação.

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cOMUnidAde SÃO FRAnciScOReceBe AÇÃO dO PROJeTOCiente da importância de seu papel no crescimento e desenvolvimento dosbairros próximos aos seus projetos, a Damha Urbanizadora criou o Programa“Associação Bairro Sustentável”, que tem por objetivo desenvolver oempreendimento e o entorno no qual ele foi inserido conjuntamente e de forma sustentável, contribuindo com a qualidade de vida de toda a população.A atuação principal do programa é a requalificação e a valorização urbana.

Participantes do mutirão

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BAiRRO SUSTenTÁVeL

eScOLA GAnHA HORTAe PROJeTO de deScARTede ReSÍdUOS RecicLÁVeiS

m 18 de março, a Damha Urbanizadora, por meio da Associação Bairro Sustentável, realizou mais um projeto para beneficiar comunidades no entorno de seus empreen-

dimentos: a instalação de uma horta e a criação de um espaço adequado para descarte de resíduos re-cicláveis e orgânicos na EMEF Luiz Roberto Salinas Fortes, no Jardim Paraíso. O objetivo foi promover a integração entre alunos, escola e comunidade, além de incentivar o cultivo de alimentos orgânicos.

A ação reuniu cerca de 800 alunos, pais e funcio-nários da escola. Os participantes foram auxiliados por especialistas e aprenderam a criar e cuidar da horta e também a cultivar hortaliças. Isto porque o cultivo de alimentos frescos e saudáveis reflete-se diretamente na melhoria da nutrição dos alunos. Eles terão a chance de aprender, na prática, algumas li-ções de sustentabilidade e informações sobre o cul-tivo de alimentos orgânicos. Além disso, criou-se um espaço para descarte de resíduos recicláveis, otimi-

zando e organizando a coleta seletiva, além de uma composteira que produzirá insumos de adubo para a horta escolar.

O projeto é mais uma iniciativa da Associação Bair-ro Sustentável, visando melhorar e promover o bem estar dos frequentadores da escola e promover a in-tegração da comunidade. Envolveram-se na ação a equipe da ABS, alunos, pais, funcionários da escola e profissionais da Oficina da Sustentabilidade, empresa parceira da Damha Urbanizadora nas ações, que se iniciaram no dia 1 de março, com a visita ao local para a avaliação do espaço disponível.

“Estamos atuando como facilitadores, viabilizan-do a criação da horta escolar, propondo soluções, fornecendo todas as ferramentas e orientações ne-cessárias para que seja implantado o projeto”, diz Fernanda Toledo, presidente da Associação Bairro Sustentável. “A ação também é uma boa oportunida-de de promover a colaboração entre alunos e escola com a comunidade.”

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Ação da Associação Bairro Sustentável, da Damha Urbanizadora, movimenta escola em Araraquara (SP) para promover maiorintegração entre alunos e comunidade.

Sementes e mãozinhas para cultivar a horta da escola

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BAiRRO SUSTenTÁVeL

“SUA cASA de cARA nOVA”

os dias 6 e 7 de março, a Damha Urbaniza-dora promoveu na Vila dos Pescadores, em São Luís (MA), mais uma etapa do processo de revitalização das casas da comunidade

localizada na Praia de Araçagy, Paço do Lumiar, vizi-nha ao empreendimento da empresa.

A ação aconteceu em duas etapas: na noite do dia 6, foi apresentado aos moradores da Vila o vídeo do mutirão de pintura das casas realizado no mês de outubro de 2012, além da exibição de um desenho longa metragem que levou mais entretenimento às fa-mílias do vilarejo. Já durante todo o dia 7, foi lançado o projeto “Sua Casa de Cara Nova”, na residência de um dos moradores.

O “Sua Casa de Cara Nova” apresentou uma oficina ministrada por especialistas em decoração e arqui-tetura, que ensinaram os moradores a organizarem suas casas a partir de materiais reutilizados, como caixotes de madeira e pneus, entre outros, criando um ambiente mais agradável e com melhor qualida-de de vida. A partir de poucos recursos, mas muita criatividade, o objetivo é que as pessoas sejam ca-pazes de transformar seus lares em ambientes mais agradáveis e que otimizem a organização do espaço.

Foi mais uma ação da Associação Bairro Susten-tável, criada pela Damha para melhoria das comu-nidades do entorno. As arquitetas Fernanda Toledo (presidente da Associação) e Amanda Damha, além

da consultora em sustentabilidade Monica Picavêa, estiveram na capital maranhense para participar do projeto e fornecer dicas aos participantes.

“Essa ação representa a continuidade do nosso pro-jeto de revitalização da Vila, uma vez que, após tra-balharmos na parte externa das casas, participamos da reforma do interior também”, comenta Fernanda Toledo. “A apresentação do vídeo é importante, pois procuramos contar um pouco da história da comuni-dade, resgatando seus valores e contribuindo para o aumento da autoestima. A iniciativa, além de promover o aspecto socioambiental e a revitalização do bairro, apresenta um aspecto muito importante para a comu-nidade, que é o de ser o ponto de partida para a trans-formação. Agora, com novas ações, queremos cada vez mais integrar o empreendimento ao entorno”.

Desde 2012, a instituição já realizou ações que en-volveram um mutirão para revitalização das casas, com assentamento das madeiras e pintura e sessão de cinema na praia. As duas atividades contaram com aproximadamente 50 pessoas.

“Estamos gostando muito dessa ação que a Damha está fazendo com a gente aqui na Vila dos Pescado-res. Espero que realmente sirva para melhorar cada vez mais a nossa condição de vida. Vamos continuar trabalhando juntos para conseguir ainda mais bene-fícios”, comenta o Sr. José Reis, conhecido como Zé Reis, morador da comunidade.

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Damha Urbanizadora dá continuidade a trabalho iniciado em outubro de 2012 e incentiva qualidade de vida por meio da sustentabilidade

Reutilização de materiais na decoração de ambientes

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cOndOMÍniO

epois de muito sacrifício para comprar, construir ou alugar uma casa ou aparta-mento, prepare-se para exercer uma nova função em sua vida: a de condômino.

O primeiro desafio é aprender a compartilhar es-paços e decisões com dezenas, centenas ou até mi-lhares de outras famílias, que têm hábitos, conceitos, manias e princípios extremamente diferentes.

Morar em condomínio representa uma opção mo-derna, prática, segura e economicamente viável, so-bretudo nos grandes centros urbanos, o que por si só explica o atual boom imobiliário.

Os condomínios são notáveis exemplos de socieda-des organizadas. Para neles viver, é preciso bom sen-so, espírito de grupo e respeito ao próximo, além de disciplina e pleno atendimento às normas e regras de convivência. Sem falar na responsabilidade de pagar a quota condominial em dia, para não onerar o vizinho.

Entretanto, o morador de condomínio deve se pre-parar para lidar com conflitos e debater questões complexas, como previsão orçamentária, contas, ba-rulho, vazamentos, festas, cachorros, vagas de gara-gem, inadimplência, segurança.

Antes de efetivamente se mudar para um condomí-nio, é essencial preparar o espírito para a vida em co-munidade, assim como conversar muito com os filhos sobre regras e respeito ao próximo.

Ler atentamente a Convenção de Condomínio e o regulamento interno é um ótimo exercício para o condômino conhecer todos seus direitos, deve-res e obrigações, especialmente a forma de usar e conservar as áreas e equipamentos comuns, a forma de administração do condomínio, as pena-lidades aos infratores, as proibições, as funções dos membros do corpo diretivo, os prazos para convocação de assembleias, o quorum necessário para deliberação e votação dos assuntos, as limi-tações de horário para festas, reformas e mudan-ças, as normas para manter animais domésticos, a forma de usar as garagens, entre outros assuntos relevantes.

Acima de tudo, quem opta por morar em condomí-nio precisa estar preparado para participar da vida coletiva, fazendo críticas construtivas e colaborando para o convívio harmonioso, equilibrado e pacífico entre as famílias.

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A nobre artede viver emcondomínio

por Marcio Rachkorsky

Para viver em condomínio,é preciso bom senso, espíritode grupo e respeito ao próximo.

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Marcio Rachkorsky - advogado especializado em condomínios há mais de 20 anos, comentarista eapresentador da TV Globo/SP e comentarista na Rádio CBN. Escreve também no caderno de Imóveisda Folha de São Paulo, aos domingos.

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PeRFiL MORAdOR

UM FiLHO, UMA ÁRVORe e UM LiVRO SÃO APenAS O cOMeÇO

Paulo Coli é um dos mais bem-sucedidos empreendedores do país. Pai, marido e apaixonado pelo golfe, o empresário nos presenteia com uma história de vida que se misturacom a história da cidade que escolheu adotar como sua.

aulo é apaixonado por esportes, um lado aventureiro que ele afirma ter desde crian-ça. “Quando eu tinha 8 anos de idade havia uma brincadeira que se chamava ‘arqui-

nho’. Você pegava um pneu e tinha que equilibrar esse pneu e empurrar pela maior distância possível. Cheguei a empurrar o arquinho, por exemplo, de São João da Boa Vista a Águas da Prata”, conta o empre-sário que também já foi ciclista, participou do Rally dos Sertões, praticou trekking e fez uma viagem ao acampamento base do Everest.

Filho de professores, nascido em São João da Boa Vista (SP), viveu parte da infância em Araras

(SP). Na adolescência, mudou-se com os pais para São Paulo, onde morou em vários lugares, frequen-tou colégio de padres – ao que atribui seu lado “rebelde” – e iniciou seus estudos técnicos na ETI Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo (SP). Foi nessa época que conheceu Fátima, sua esposa, quando ela tinha ainda 14 anos. “Conheci a Fátima num ‘evento’ em que fui ser juiz de pista de corrida de carrinhos de rolimã. A escola ficava no alto de um morro e, na entrada, tinha uma pista enorme. Era algo importante na região, a escola era muito grande. Foi como nos conhecemos, no meio daque-la baderna.”

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alEntevista à Marília Dominicci

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PeRFiL MORAdOR

Fátima: “Nós temos um companheirismode 34 anos. Ficamos juntos tanto quanto possível”

Depois disso vieram o curso de engenheiro tecnólogo e, finalmente, a faculdade de Enge-nharia Industrial, a mudança para São Bernardo do Campo – onde começou a trabalhar para a Brastemp – e o casamento, que já dura 34 anos.

Foram 14 anos na empresa e, ainda assim, Coli nunca deixou de lado o objetivo de cons-truir seu próprio negócio, chegando a investir em diversos segmentos – incluindo uma loja de discos –, até que, em 1986, foi convidado a tra-balhar para a Clímax, empresa de São Carlos (SP) que, na época, buscava montar uma estru-tura de engenharia. A planta em que trabalhava foi vendida para a Electrolux, e sua decisão de não acompanhar a empresa foi o que chamou a atenção do grupo Engemasa e deu início ao pro-jeto que veio, em 1994, a se tornar a Latina. Com dois anos de vida, sua curva de crescimento pe-dia maiores investimentos, e foi firmado contrato com o BNDES. “Um trabalho da nossa área de marketing mostra que a Latina, de 2002 a 2012, cresceu 300%, ou seja, tem tido um crescimento muito legal.”

Dizem que um homem tem que plantar uma árvore, ter um filho e

escrever um livro. Já fiz tudo isso e ainda estou

longe de parar

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PeRFiL MORAdOR

Estilo Damha – Considerando o impacto desses eventos sobre empresas, população e cofres públi-cos, qual a sua opinião a respeito da realização da Copa do Mundo (2014) no Brasil?

Paulo Coli – Eu acho a Copa uma coisa muito le-gal, mas acredito que o país não esteja preparado pra isso. Não tem muito sentido, pra mim, investir bi-lhões em estádios de futebol que, um mês depois da Copa, não terão nenhuma finalidade a não ser rece-ber jogos de futebol aos quais irão, no máximo, um décimo da capacidade do público do estádio. Por exemplo: o Brasil vai começar jogando em São Paulo, e vai jogar em um terço dos campos que estão sen-do construídos. É óbvio que o brasileiro, se puder, vai acompanhar a seleção jogando nesses campos, mas, e os outros times? Quer dizer, será que um espanhol, um japonês, um italiano virá pro Brasil acompanhar a Copa do Mundo como se está imaginando?

ED – Seguindo esse raciocínio, a Copa no Brasil se-ria algo como a Copa da África do Sul?

PC – Conheço a África do Sul e, na minha opinião, a Copa aqui vai ser pior. Por quê? Lá os estádios são

próximos. Imagine aqui: se um time tiver que jogar em Porto Alegre e em Recife e depois em Brasília, vai ser complicado pro time e pra quem for acompanhar. Você vai chegar a São Paulo pra ver um jogo, descer em Congonhas e pegar a Marginal pra ir pro estádio em Itaquera? Tem também a questão da segurança. Enfim, é uma coisa bacana, o Brasil é o país do fute-bol, mas me parece que isso não é uma prioridade.

ED – Sua opinião a respeito das Olimpíadas (2016) é a mesma?

PC – Quanto à Olimpíada, eu já penso diferente. São muitos esportes, e isso inspira qualquer garo-to. Se ele não quer nadar, vai correr, se não quer correr, vai fazer outro esporte. É um evento locali-zado em uma única cidade, que é o Rio de Janeiro. Como o investimento é localizado, é um negócio lo-gisticamente mais adequado, um projeto que pode ser muito mais organizado. Depois vem a Paraolim-píada, que é outro evento muito importante. São ou-tros muitos brasileiros que vão se projetar. Eu acho a Olimpíada, no geral, uma coisa bacana. Já quanto ao futebol, eu tenho minhas dúvidas.

Fátima, Coli e a filha Mayla com seu marido Guilherme

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ED – Sustentabilidade, hoje, é uma questão para ser encarada a partir de qual ponto de vista? Qual é seu ali-nhamento e o alinhamento da Latina sobre o assunto?

PC – Essa é uma questão estrutural. Na minha opi-nião, não faz mais sentido você não estar engajado em projetos de sustentabilidade. Temos problemas climáticos, de poluição e de infraestrutura. Isso é fato. Estivemos em Shangai algum tempo atrás e há uma névoa constante lá que é pura fumaça. É poluição.

Se você parte da premissa de que fazer sua par-te, cuidar do seu ambiente, do seu lixo, é estar li-gado à sustentabilidade, vê que não é nada difícil. Sustentabilidade é um jeito de viver. As pessoas di-zem que no Brasil não se tem educação, mas é um processo lento.

Quando eu era garoto, matar passarinho era diversão e era algo incentivado. Hoje, as pessoas sabem que não é assim, que é natureza e que você tem que cui-dar, proteger. As coisas estão evoluindo de uma forma legal. Não na velocidade que a gente quer, mas estão.

A Latina tem políticas ligadas a cerca de 80 institui-ções da região. Estamos ajudando pequenas e gran-des ações, e 100% do que é produzido na empresa, de alguma forma, é reciclável. Se você produz algo que, quando descartado, poderá ser completamente reutilizado, então, está agindo dentro da cadeia de sustentabilidade.

PeRFiL MORAdOR

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ED – Foi essa preocupação com a sustentabili-dade – além do campo de golfe – que trouxe sua família para o Residencial Damha São Carlos?

PC – O projeto Damha de urbanização é muito mo-derno, muito relacionado com o que as coisas deve-riam ser, ou serão, daqui a algum tempo. Você tem espaço, tem segurança, tem lazer, tem atividades, e percebe as pessoas preocupadas com a poluição, com o paisagismo e a preservação.

No campo de golfe, dá pra perceber uma preocu-pação muito grande com os animais que frequentam o campo, com a vegetação, com a manutenção do cinturão verde. Eu acho que isso é ótimo, ainda mais estando ao lado de uma cidade que não nasceu com essa visão, com essa preocupação com a infraestru-tura. Você consegue melhorar aqui e, com isso, me-lhorar outros lugares também.

Em 2005, fomos convidados por um amigo para conhecer um empreendimento em que estavam construindo um campo de golfe. Eu, que já gos-tava um pouco, me encantei pela brincadeira. O golfe é um esporte curioso porque não tem idade. Um garoto de 10 anos pode jogar com um senhor de 80, eu já vi essa cena. Além do que, você não joga contra alguém, você joga contra o campo. Pode-se jogar sozinho, por exemplo, e ter a mes-ma qualidade.

“É muito bom acordar de manhã, vir pra cá, encontrar os amigos. Cada partida dura mais oumenos 4 horas e meia. São 4 horas e meia de conversas, piadas, apostas, relacionamento”

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É HORA deJOGAR GOLFe

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Damha Golf Club se firma como referêncianacional e abre suas portas para iniciantesterem um primeiro contato com o esporteque volta às Olimpíadas em 2016

Texto: Henrique Fruet

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silêncio só é quebrado pelo estridente can-to dos quero-queros. Há verde por todo o lado. Árvores e flores de diversas espécies ajudam a compor o cenário bucólico, junto

com um ou outro tucano ou gavião que parece obser-var a cena de longe. De vez em quando, ouve-se um forte estampido, fruto do contato de um taco a 150 km/h com uma bola branca de 42,67 mm de diâmetro.

Ela voa por mais de 200 metros, em direção a um ponto ao longe, onde se avista uma bandeira vermelha tremulando, indicando a localização de um buraco. É lá que a bola irá repousar, depois de mais algumas taca-das, e assim sucessivamente por um total de 18 trajetos diferentes que compõem um campo de golfe oficial – ou 18 buracos, como se diz no jargão do esporte.

Mesmo que você torça o nariz para o golfe e nunca tenha tido a curiosidade de conhecer a prática mais

a fundo, não há como negar: esse é um dos esportes que mais propicia contato com a natureza. Propicia também a descoberta de qualidades que o golfista aos poucos vai percebendo dentro de si, como poder de concentração e de superação, respeito a regras e aos parceiros de jogo e capacidade de se harmonizar com a natureza, entre muitas outras vantagens (há estudos que chegam a afirmar que o golfe aumenta em cinco anos a expectativa de vida, entre outros be-nefícios à saúde).

Natureza, por sinal, é o que não falta no Damha Golf Club, campo inaugurado na cidade paulista de São Carlos em 2006 pelo Grupo Encalso Damha. Ele é uma das principais atrações do Parque Eco Esportivo Da-mha, que reúne também represas, trilhas ecológicas, centro hípico, centro de treinamento de esportes diver-sos, como triatlo, e o Parque Eco Tecnológico.

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Foto aérea do Damha Golf Club

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Dr. Anwar, como é carinhosamente chamado pe-los funcionários e colaboradores, convidou Rossi para desenhar o campo em 2003, e fez questão de acompanhar de perto todos os detalhes, des-de o projeto do campo até o da suntuosa sede, erguida com madeira de tulhas de café adquiridas de fazendas centenárias da região. Rossi se es-forçou para sintetizar décadas de experiência em golfe num só projeto. Nascido na Argentina, ele se considera brasileiro de coração. Começou a jogar golfe aos 5 anos. Aos 17, já era golfista profissional e, um ano depois, venceu seu primeiro torneio, o Aberto do Uruguai – na época foi um dos profissio-nais mais jovens do mundo a vencer um torneio. “O Damha Golf Club é minha obra-prima. Coloquei lá toda a experiência de uma vida toda jogando golfe pelo mundo inteiro”, diz.

O jovem Damha Golf Club se tornou em pouco tempo referência nacional e um dos principais do país. Para ser mais exato, o 4º melhor do Brasil, segundo a revista americana Golf Digest, a bíblia do esporte. Nada mal, ainda mais se levarmos em conta que o Brasil, em seus mais de 110 anos de golfe, possui mais de 115 campos.

É impossível falar no Damha Golf Club sem citar dois nomes: Anwar Damha e Ricardo Rossi. O campo de golfe de São Carlos é fruto do sonho de ambos, que colocaram boa parte de sua alma e de seus corações no empreendimento. O Damha Golf Club é resultado de mais de um século de experiência e excelência, se le-varmos em conta o tempo de atuação de cada um deles em suas respectivas áreas. Fundador do grupo Encalso, Anwar Damha é o idealizador do Damha Golf Club e do Parque Eco Esportivo; já Rossi é um dos maiores golfis-tas que o Brasil já teve e foi o designer do campo.

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O Club House é uma atração à parte

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A boa notícia é que essa maravilha de 70 hectares projetada por Rossi está disponível para quem quiser conhecê-la. O Damha Golf Club é um campo público, ou seja, é aberto a visitantes, diferentemente de clubes de golfe fechados, cujo acesso só é permitido a só-cios. Um almoço e jantar no refinado restaurante Tulha, que funciona na sede do clube, é um bom primeiro contato com a beleza do lugar. Mas não fique só nisso.

Uma vez no Damha Golf Club, não deixe de falar com os responsáveis pelo golfe para conhecer me-lhor a infraestrutura do local. Aproveite também para agendar uma aula com o Antonio Araújo, o Peba, ou com o Ricardo Salinas, os dois profissionais do clube. Informe-se na secretaria, pois volta e meia o campo organiza clínicas (aulas coletivas) gratuitas. E leve seus filhos, pois as crianças podem participar da Aca-demia de Golfe Dr. Anwar Damha, iniciativa inédita do clube para desenvolver o golfe entre jovens, que não

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pagam nada para aprender tudo sobre o esporte.“Uma das características principais do Damha é ser

um clube aberto e receptivo. Queremos mostrar que o golfe é acessível e incentivar a sua prática. Poucos esportes permitem uma integração tão grande entre as pessoas e podem ser praticados pela família toda. Estamos de portas abertas para receber os iniciantes, ainda mais os moradores de condomínios Damha”, diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club.

Essa é uma boa hora para ter um contato mais pró-ximo com o golfe, pois em 2016, no Rio de Janeiro, o esporte voltará a ser um esporte olímpico, após 112 anos de ausência. Por conta disso, o golfe brasileiro tem passado por enormes avanços, com a realização de grandes torneios – muitos deles, aliás, realizados no próprio Damha, que já recebeu eventos como o Aberto do Brasil (principal competição profissional do país), Aberto de São Paulo, Brasileiro Juvenil,

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Carlos Gonzalez, Barrichello e Álvaro Almeida

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ÚTIL:

Damha Golf ClubParque Eco-Esportivo DamhaRod. SP 318 – km 234São Carlos, SP Tel.: (16) 2106-6053 [email protected]

Brasileiro Sênior, a final sul-americana da Faldo Se-ries (circuito mundial juvenil) e etapas do CBG Pro Tour, o Circuito Brasileiro de Golfe.

E por falar em torneio, a grande marca do clube é o Aberto Damha Golf Club, torneio de maior importân-cia organizado pelo próprio campo e que chega em 2013 à sua sétima edição. O campeonato, que é con-siderado o evento de golfe mais divertido e animado do País, reúne golfistas de todo o Brasil, além de em-presários e celebridades, como o piloto Rubens Bar-richello e o ator Humberto Martins.

Além de uma competição de excelente nível técnico, o Aberto Damha Golf Club realiza festas memoráveis, com apresentações musicais de diversos ritmos e es-tilos, que já incluíram orquestras sinfônicas, escolas de samba e um bom rock. Nessas horas, o canto dos quero-queros e o estampido das tacadas dão lugar a notas musicais que embalam muita diversão.

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Carnaval completo com bateria e porta-bandeira já foi atração no Aberto

Agora que você já conhece nossa

história e trajetória nas próximas

edições esta seção terá muitas no-

vidades do golfe e de nosso clube.

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FAÇA O BeM

O ReSGATe dA AUTOeSTiMAPeruca confeccionada pormeio da campanha “Arrecadar cabelo” busca recuperara autoestima de mulheresem tratamento de câncer

Cliente da Regis Beauty Center (Salão de São Carlos/SP) corta cabelo para campanhao caminho que muitos pacientes têm de tri-

lhar para se recuperar de um câncer, a per-da de cabelos é especialmente dolorosa, principalmente para mulheres e crianças. A

alopecia, termo técnico para a queda dos cabelos, é um dos efeitos da quimioterapia e fator que mexe diretamente com a autoestima das mulheres. Para muitas delas, poder usar uma peruca é tão importan-te quanto o tratamento quimioterápico, pois enquanto este último cuida do aspecto físico, a peruca lida com o lado emocional num momento em que elas estão especialmente vulneráveis.

Em São Carlos (SP), Márcia Abondancia teve sua atenção voltada para esse problema quando viu o ir-mão, Luiz, durante a formatura da faculdade, cortar as longas madeixas para doá-las ao Hospital Amaral Carvalho, de Jaú (SP). Márcia passava por um mo-mento delicado, pois, por conta de uma depressão aguda, estava afastada do trabalho e tomando me-dicação contínua. Mesmo assim, o gesto do irmão a impressionou e decidiu montar uma campanha, com a ajuda da imprensa, de amigos e familiares, para co-letar mais cabelo e mandar para o mesmo hospital.

Essa decisão mudaria o rumo de sua vida, pois, como não conseguiu enviar todo o cabelo arrecada-do para Jaú, foi aconselhada a fazer um curso para

começar a confeccionar perucas e doá-las direta-mente às mulheres que delas precisam e não podem comprar – o preço de uma peruca confeccionada com cabelos naturais pode variar entre R$ 600 e R$ 9.000. “Naquela época não sabia sequer pregar um botão em uma camisa, e as pessoas já começaram a chegar a minha porta em busca das perucas”, relem-bra Márcia. “Não sei nem dizer direito de onde veio a inspiração, mas foram tentativas, erros e muitas lágri-mas até que a primeira peruca ficasse pronta.”

Com a ajuda de profissionais cabeleireiros, a peru-ca é ajustada e cortada de acordo com a preferência da pessoa que recebeu a peça. Recentemente, uma senhora evangélica de Araraquara (SP), foi agracia-da. Para essa mulher em especial, a queda do cabelo foi dramática, pois, segundo Márcia, “o cabelo, para ela, era como um véu”. A peruqueira se emociona ao contar a reação da mulher: “Ela começou a chorar quando a peruca foi colocada, pois ela já havia dei-xado de ir aos cultos de sua igreja por vergonha da calvície. Não se morre apenas de câncer; a depres-são também mata”.

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Texto: Dirlene Ribeiro Martins

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Márcia diz que às vezes se sente despreparada emocionalmente para enfrentar algumas situações, e é o apoio de amigos, dos cabeleireiros e da imprensa que lhe dá forças para manter a campanha que leva o nome de “Arrecadar Cabelos”. Entre aqueles com os quais pode contar estão os profissionais da Re-gis Beauty Center, de São Carlos, que sempre doam caixas de cabelo. Michelle Santana, cabeleireira da Regis, diz que colocaram a campanha na página do Facebook do salão e que a causa é tão bem aceita que muitas clientes, quando chegam, já dizem que querem doar os cabelos. “E quando aparece uma cliente que quer fazer uma mudança radical, que vai cortar bastante, eu explico a campanha e ela também acaba doando”, conta.

Para que possa ser usado em uma peruca, o corte de cabelo deve ter 12 cm, no mínimo. Qualquer ca-belo pode ser aproveitado, mesmo que tenha quími-ca, tão comum hoje em dia. E são necessárias cer-ca de três “cabeças” para fazer uma peruca. Para atender a todas as pessoas que a procuram, Márcia já chegou a entregar seis perucas em uma semana, e em épocas de festas a demanda aumenta.

Sua maior dificuldade, hoje, é um espaço para po-der trabalhar. Atualmente, Márcia usa um canto da cozinha da casa onde moram o ex-marido e as filhas. Tem procurado ajuda em vários lugares, conversou inclusive com autoridades municipais para pedir-lhes uma sala em alguma creche próxima de sua casa, já que muitas vezes ela passa a noite trabalhando. Materiais também são necessários (ver box). “Uma agulha, uma linha, já são de grande ajuda”, diz.

Outro problema é a mão de obra, escassa, e Már-cia se propõe a ensinar quem estiver interessado em ajudar. “Se quiser vir aprender a fazer e de-pois ganhar dinheiro com isso, não tem problema, mas espero que também dedique um tempo para confeccionar para essas pessoas que não podem pagar.” Já foi convidada a fazer perucas profissio-nalmente, mas teme que com isso saia do foco prin-cipal, que é o trabalho voluntário. “Não tem dinheiro que pague ver a felicidade no rosto das mulheres quando estão com a peruca nas mãos. Se eu tenho um pagamento, é esse.”

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Momento de experimentar e ajustar a peruca

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DOAÇÕES:

Em dinheiro podemser feitas no Itaú, na conta:0484-37476-4/500Mais informações: (16) 9961-7636, com Márcia

FAÇA O BeM

MATERIAIS PARA CONFECCIONAR PERUCA

Envoltórios de celofaneFitas de filamentoLápisPedaços de papel azulPoliésterRendas de algodãoTelas em forma de cabeçaou de madeira (bloco de peruca)

Márcia costura peruca para doação

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Laços finosAlfinetesPentes gigantes comlinhas de aço afiadasHacklesAgulhasLinhas de cordone pretasTesoura

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SOL, ÁGUA eMUiTA SeGURAnÇA

urante uma brincadeira, ao perseguir um pássaro ou inseto, ao tentar beber ou recupe-rar um brinquedo, crianças e animais podem se desequilibrar e acabar dentro da piscina.

Muitas pessoas acreditam que, porque sabem nadar, cães e gatos não terão problemas se isso acontecer, mas a realidade é bastante diferente. Grande parte dos animais não está preparada anatomicamente para

superar a distância que existe entre a linha d’agua e a margem da piscina sem algum tipo de ajuda.

Piscinas construídas com degraus em plataforma, desde o fundo até a borda, são as mais seguras, uma vez que fornecem apoio e facilitam a saída em caso de acidente. Já aquelas que contam apenas com es-cadas verticais instaladas nas laterais exigem aten-ção redobrada.

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Foto divulgação

Num país como o Brasil, em que o calor está presente em todasas estações, nada mais gostoso do que ter uma piscina esperando depois de um dia de trabalho, para as crianças se divertiremou para reunir os amigos no final de semana, mas...

Texto: Marília Dominicci

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A border collie Sauza demonstra como utilizar a plataforma

Uma solução indispensável para quem utiliza esca-das verticais em piscinas, com ou sem cerceamento, são as plataformas e rampas de salvamento.

São equipamentos projetados para serem instala-dos nos degraus verticais – plataforma Save Dog – ou presos a parafusos na margem – rampa “scraper” – quando não houver usuários na água. As estruturas, submersas poucos centímetros, permitem que os ani-mais se agarrem, subam e saiam da piscina sem sofrer danos. Já as crianças podem se segurar e utilizá-las como flutuadores até que o socorro chegue.

“A plataforma Save Dog é um produto único, criado e desenvolvido por veterinário, com o intuito de redu-zir o risco de afogamento de cães, gatos e outras es-pécies de animais em piscinas residenciais. Mesmo que o dono não queira ou não deixe o animal entrar na piscina, ele pode cair acidentalmente. O mesmo se aplica a animais silvestres que vivam próximos à residência”, afirma Eduarto Teixeira, de Descalvado (SP), desenvolvedor da plataforma.

Foto divulgação

Cães e gatos que gostam de nadar,assim como a shih tzu Mel, podemaproveitar a plataforma para brincar

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ÚTIL:

Save Dog(19) 3583-6053www.savedog.com.br

Para evitar desidratação, leve sempre água potável e um recipiente onde seu pet possa beber.

Se o chão está quente demais para você, provavel-mente também está para seu cão ou gato. Leve seu animal de estimação para passear preferencialmente antes das 10 horas ou após as 16 horas.

Sapatos para cães e gatos podem ser encontrados facilmente à venda, mas não devem ser utilizados o tempo todo para evitar doenças na pele. São uma ótima opção para evitar queimaduras de asfalto nas patas, mas apenas se seu bichinho de estimação não ficar incomodado demais em estar na moda.

Existem no mercado os chamados “anjos d’agua”, para serem utilizados como proteção complementar, mas não garantem a segurança do usuário caso não haja alguém pronto para realizar o resgate. São com-postos por um chip sensor, a ser utilizado pelo animal ou criança, e um receptor, que soará um alarme caso o sensor entre em contato com a água.

Tomadas as devidas precauções para evitar afoga-mentos, outra preocupação constante devem ser as queimaduras solares.

O uso de filtro solar é imprescindível para adultos,

crianças e também para animais. A exposição des-protegida ao sol pode causar queimaduras, eritema, lesões e câncer de pele no seu pet, principalmente nos casos de animais albinos, de pele clara e com pelagem rala ou tosada curta. Focinho e orelhas cos-tumam ser as regiões mais atingidas.

Bloqueadores solares para animais são encontra-dos, com fator de proteção UVA/UVB 30 ou superior, nos melhores pet shops.

Cuidados na hora do passeio também são fun-damentais.

Foto Victor Grigas

Cãozinho com sapatilhas para proteção nas patas

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ARQUiTeTURA

Tons neutros e iluminação bem localizada “ampliam” o espaço e compõe um ambiente agradável para trabalhar e passar o tempo. As curvas são marca registrada do arquiteto

UnindO O ÚTiL AO AGRAdÁVeL

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Texto: Marília Dominicci

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ARQUiTeTURA

ntre as vantagens encontradas nesta opção de trabalho estão: liberdade, um estilo de vida mais saudável, alimentação regrada e de melhor qualidade, otimização do tempo,

independência e economia. Ainda assim, trabalhar em casa exige disciplina. O desafio é o home office favorecer a convivência familiar e a produtividade sem ser afetado pela informalidade doméstica. Encontrar o equilíbrio entre o conforto da vida pessoal e as de-

mandas do trabalho é, além de possível, muito saudá-vel, mas é preciso definir um local adequado para os seus negócios. O ideal é selecionar o espaço para o escritório durante o planejamento do imóvel. No caso de residências já construídas, a preferência deverá ser um cômodo que não interfira no funcionamento da casa e não seja utilizado como quarto de dormir. Mui-tas vezes, um mezanino pode ser uma solução esteti-camente agradável e bastante interessante.

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O home office é uma tendência em crescimento entreprofissionais e empresas de diversos setores porqueaproxima o profissional e o pessoal, otimizando otrabalho e proporcionando qualidade de vida.

Toda a simplicidade do branco e do preto ganham vida com curvas e ângulos num espaço funcional e super clean

Foto divulgação – projeto de Aquiles nícolas Kílaris

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ARQUiTeTURA

O capricho na escolha da iluminação, um projeto que valorize a funcionalidade e o conforto, móveis selecionados não apenas para decorar, mas para enfatizar o fator ergonômico, e atenção extra com a ventilação devem ser prioridades ao planejar um home office, como sugere o arquiteto Aquiles Nicolas Kilaris: “É importante que ele seja funcional, arejado, claro e aconchegante. Não podemos deixar de lado o tripé: estética, funcionalidade e bem-estar”.

As cores neutras e claras são perfeitas para esse tipo de ambiente, principalmente quando o espaço é redu-zido. Além de não cansarem os olhos, dão impressão de amplitude; já cores escuras podem dar um aspecto de sobriedade ao ambiente. Detalhes coloridos e re-vestimentos em pedra e tons de madeira, por sua vez,

alegram o local e acrescentam uma sensação de acon-chego, enquanto o uso de espelhos e de peças em vi-dro e alumínio dá um toque de charme e modernidade.

Caso não seja possível manter o escritório em um local exclusivo para essa finalidade, é recomendável utilizar papéis de parede, revestimentos ou tintas de cor diferenciada para delimitar o espaço de trabalho e criar a ilusão de um ambiente à parte do restante do cômodo. Para esses casos, divisórias de vidro ou madeira e portas corrediças são ótimas opções.

Enquanto a escolha de determinados móveis de-pende da atividade profissional a ser desempenha-da, alguns itens são indispensáveis a qualquer área de trabalho, como bancadas, cadeiras, gaveteiros e armários. Os móveis podem variar entre madeira,

Foto divulgação – projeto de Aquiles nícolas Kílaris

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ARQUiTeTURA

metai s e sintéticos, adotando formas e cores que va-lorizam o ambiente. Se a opção for pelos tons neu-tros e pastéis, plantas, quadros e tapetes devem ser utilizados para levar cor ao ambiente. As bancadas devem ser, preferencialmente, de vidro ou madeira e montadas diante de janelas, se disponíveis. Opções em mármore ou granito, embora visualmente atraen-tes, são muito frias e podem causar desconforto.

Tapetes soltos são mais fáceis de limpar e permitem a troca sem muita movimentação e desperdício de tempo. Paredes e móveis em tons pastéis pedem es-tampas e cores mais vivas, para energizar o ambien-te. Quadros devem ser utilizados sempre que possí-vel, e murais de recados, além de decorativos, são um modo de organizar as tarefas diárias e manter a

ordem. Quando houver local disponível, um sofá bem localizado ou poltronas reservadas como espaço de leitura são sempre opções a se considerar.

A escolha das cadeiras deve receber atenção redo-brada, uma vez que quase todo o conforto do traba-lho depende da qualidade deste item. Costas e cabe-ça devem ficar completamente apoiados, mantendo a boa postura. A preferência deve sempre ser para cadeiras giratórias, reclináveis, com rodinhas, apoio para os braços e regulagem de altura.

Estantes e armários têm de aproveitar ao máximo o espaço das paredes sem comprometer a iluminação natural do ambiente. Compartimentos, nichos, prate-leiras e gavetas bem distribuídos são um diferencial para a qualidade de vida e rendimento do trabalho.

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Espelhos para ampliar e texturas para determinar o espaço destinado ao home office

Iluminação e ventilação são pontos críticos nos pro-jetos de home office, e sua seleção e aproveitamento devem ser criteriosos. A iluminação incandescente é a menos recomendável para esse tipo de ambiente por-que, além de gerar maior consumo de energia, as lâm-padas aquecem o espaço e cansam a visão. A melhor opção seria a luz fria fluorescente, de cor branca, e, para a leitura, luminárias de mesa com lâmpadas PL de tom levemente amarelado. Para favorecer e aproveitar a iluminação natural sugere-se o uso de persianas, mais práticas, fáceis de limpar e disponíveis em uma infini-

dade de cores e materiais, oferecendo ainda um mara-vilhoso resultado estético. Saídas e entradas de ar não devem ser obstruídas, favorecendo o conforto térmico do ambiente, que pode ser otimizado com a utilização de equipamentos de ar-condicionado, umidificadores e aquecedores, de acordo com a necessidade.

Independentemente dos materiais, revestimentos ou cores selecionadas para o seu home office, tenha em mente que o objetivo principal é o conforto. Afinal, em-bora esteja no trabalho, o objetivo é que você se sinta em casa e vivencie harmonia, em todos os sentidos.

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ÚTIL:

AQUILES NÍCOLAS KÍLARISArquitetoRua Comendador TorlogoDauntre, 133 - Campinas, SP(19) 3462-3674(19) 3406-7173www.arquitetoaquiles.com.br

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Charme e modernidade para decorar e aproveitar ao máximo pequenos ambientes

FABIANO HAYASAKIArquitetoRua Antônio de Godoy, 4496São José do Rio Preto, SP (17) 3233-1910www.fabianohayasaki.com.br

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VARAL cULTURAL

Rei Leão“Minha dica vai para os amantes de tea tro. Começo recomendando o es-petáculo Corteo, do Cirque du Soleil, com artistas que desafiam a gravidade e nos inspiram a superar nossos limites. A próxima sugestão é O Mágico de Oz, de Charles Möeller e Claudio Botelho, considerados os reis dos musicais no Brasil. Essa peça é um clássico a que todos devem assistir. Finalmente, O

Rei Leão, espetáculo já encenado em 15 paí-ses e vencedor de seis Prêmios Tony, é

garantia de diversão para plateias de todas as idades.”

Tais MazieroArquiteta e Urbanista

CHARLES DUHIGGO PODER DO HÁBITO“Este livro, baseado no estudo de di-versos artigos acadêmicos, entrevistas com cientistas e pesquisas, traz um argumento animador: a chave para abandonar velhos hábitos e tornar o leitor uma pessoa mais produtiva, ca-

paz de criar empresas revolucionárias, educar bem os filhos e ter sucesso em qualquer aspecto da vida.”

Andreia Barbon Gerente de Projetos

THEATRE OF TRAGEDYAEGIS “Minha dica de música é o CD Aegis, da banda norueguesa Theatre of Tra-gedy, que faz um mix de heavy metal com o lírico, com suas guitarras pesa-

das e acordes característicos. Além disso, a vocalista Liv Cristine é considerada uma das mais belas vozes da músi-ca. Com suas letras poéticas e som marcante, Aegis é o 3º, e melhor, álbum da banda. Recomendo, em especial, a faixa “Venus”, ideal para se ou-vir em qualquer lugar no volume máximo.”

Roberto MassuciAnalista de Projetos

LeR, VeR e OUViRDicas de quem faz parte do dia a dia da Damha.

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O terceiro filme da saga Homem de Ferro ganha uma abordagem diferente dos dois primeiros filmes da série. Na história, Tony Stark tem sua vida pes-soal destruída e embarca em uma an-gustiante busca para encontrar os res-ponsáveis. Sem saída, Stark é deixado para sobreviver por conta própria, con-fiando em seus instintos para proteger aqueles mais próximos a ele. Enquanto busca o caminho de volta, ele descobre a resposta para a pergunta que secre-tamente o atormentava: o homem faz a armadura ou a armadura faz o homem? Elenco: Robert Downey Jr., Ben Kings-ley, Don Cheadle, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Jon Favrea u, Guy Pe-arce e Rebecca Hall

HOMeM de FeRRO 3(ação)

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ROYAL OPeRA HOUSee THe MeTROPOLiTAn HOUSe AO ViVO nOS cineMAS

VARAL cULTURAL

Mais uma vez, o Cinemark e a UCI trazem a beleza da ópera para as salas de cinema de todo o país. Trata-se de espetáculos da Royal Opera House e da The Metropolitan Opera, legendados em português e apresentados na íntegra, ao vivo, para os amantes da arte. Durante a temporada 2012/2013, já foram exibidas obras magníficas como “Alice no País das Maravilhas”, “Carmen” e “Os Troianos”. Uma belíssi-ma iniciativa para aqueles que sonham em assistir a grandes produções. As atrações de abril e maio no Cinemark são, respectivamente, a ópera “Fausto”, de Charles-François Gounod, e o ballet “La Fille Mal Gar-dée”, com coreografia de Frederick Ashton. Em abril, o UCI exibe a ópera “Giulio Cesare”, de Handel.

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Foto catherine Ashmore

UM FinAL de SeMAnA eM HYde PARK

(comédia)

Chega às telas Um Final de Semana em Hyde Park. A história trata do relacionamento amoroso entre o presidente dos EUA, Franklin De-lano Roosevelt, e sua prima distante Margaret Stuckley, que acontece em um final de semana de 1939, justamente quando o rei e a rainha da Grã-Bretanha visitam o país pela primeira vez na história, em missão oficial para pedir apoio contra as forças nazistas na iminente Segunda Guerra Mundial. No elenco estão: Bill Murray (indicado ao Globo de Ouro pelo papel), Laura Linney e Olivia Williams, entre outros.

Zezé é um garoto de 8 anos que, apesar de levado, tem um bom coração. Sua vida é bem modesta, pelo fato de seu pai estar de-sempregado há bastante tempo, e ele tem o costume de engatar longas conversas com um pé de laranja lima que fica no quintal de sua casa. Até que, um dia, conhece Portuga, um senhor que passa a ajudá-lo e logo se torna seu melhor amigo. No elenco es-tão: João Guilherme Ávila, José de Abreu e Caco Ciocler.

MeU PÉ de LARAnJA LiMA(drama)

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VARAL cULTURAL

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A Espada na Pedra é o primeiro e mais famoso livro da saga do rei Arthur. Nesta obra, T. H. White apresenta a educação do menino Wart, que, ainda bebê, é entregue a Sir Ector, o tutor que o criará como um filho. Wart será guiado e ensinado pelo famoso mago Mer-lin, um dos personagens mais importantes e encantadores da obra, que o colocará em várias aventuras, transformando-o em animais e fazendo-o encontrar famosos personagens, como Robin Wood, o fora-da-lei, com quem enfrentará a rainha Morgana. A série deu origem a todas as séries de literatura fantástica. O autor é precursor do gênero no mundo. Muitos outros autores, como George Martin e J. K. Rowling, inspiraram-se em suas obras. Editora Hamelin.

A eSPAdA nA PedRA: O ÚnicO e eTeRnO Reivolume 1 – T. H. WHiTe

O eniGMA dABORBOLeTAKATe eLLiSOn

O livro de estreia de Kate Ellison é um suspense brilhante so-bre uma garota cujo transtorno obsessivo-compulsivo a conduz por um caminho perigoso de segredos, mistério e assassinato, em que cada pista descoberta pode ser a última. Lo estava no lugar errado, mas na hora certa. Sua mania de vagar pelos bairros afastados de Cleveland a colocou na cena de um crime. Ela ouviu disparos e os noticiários confirmaram: uma garota chamada Shappire foi assassi-nada em sua casa, a tiros, e não havia suspeitos. Mas Lo tinha um talismã, a borboleta de Shappire. Editora LeYa.

A AUTO-eSTRAdASTePHen KinG

A Auto-estrada é um suspense psicológico que alia a marca consagra-da de Stephen King ao ponto de vista muito particular de seu alter ego, Richard Bachman. Publicado originalmente em 1981, aborda a transito-riedade da existência humana como causa do grande fracasso de uma sociedade em amadurecimento. “O livro foi um esforço para dar sentido à dolorosa morte da minha mãe, que faleceu um ano antes da publica-ção, vítima de um prolongado câncer. A doença a levou, embora tirando dela cada pedaço, e eu fui deixado em aflição e sofrimento, balançado pela aparente falta de sentido em todas as coisas. A Auto-estrada é um livro que tenta profundamente parecer bom e encontrar algumas respos-tas para os mistérios que envolvem a dor nos seres humanos”, explica King. Editora Ponto de Leitura.

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AcOnTeceU

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AcOnTeceU

cOnFRATeRniZAÇÃOdOS PROPRieTÁRiOS dOReSidenciAL dAMHA SeRGiPe

m 16 e 17 de março, a Damha Urbanizadora re-cebeu os proprietários do Residencial Damha Sergipe para um evento de confraternização no estande dentro do empreendimento. Além de

proporcionar a interação entre os futuros moradores, foi possível acompanhar o andamento das obras no local.

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Futuros moradores observam a bela maquete do empreendimento

Residencial conta com mais de 1 km de praia exclusiva

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O evento contou com a presençade muitos proprietários

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inAUGURAdO O cenTROde cOnVÍViO SOciAL dOdAMHA iii PReSidenTe PRUdenTe

Centro de Convivência Social do Damha III Presidente Pru-dente conta com academia, piscina e sala de jantar, o que deixa claro a preocupação da Damha Urbanizadora com a qualidade de seus empreendimentos. Inteiramente mobilia-

do com móveis Saccaro, é um projeto tão agradável que a fabricante decidiu fotografá-lo para ilustrar a próxima edição de sua revista.

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Projeto mobiliado por uma das mais exclusivas fabricantes de móveis do Brasil

Conforto e requinte com vista para a piscinaAcademia completa

Fotos divulgação

AcOnTeceU

Que tal um almoço com a família?Design moderno e a mais alta qualidade na decoração

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