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1 Setembro I Extra Classe -

Revista Extra Classe - Setembro de 2013

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Publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Educação Pública do RN.

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Page 1: Revista Extra Classe - Setembro de 2013

1Setembro I Extra Classe -

Page 2: Revista Extra Classe - Setembro de 2013

2 - Extra Classe I Setembro

Coordenação GeralJosé Teixeira da Silva , José Rômulo Arnaud Amâncio

e Maria de Fátima Oliveira Cardoso

Diretoria de OrganizaçãoMaria Vicência A. dos Santos e Francisco de Assis Silva

Diretoria de Administração e FinançasMaria Luzinete Leite de O. Pinto e Cristiane Medeiros Dantas

Diretoria de Assuntos JurídicosVera Lúcia Alves Messias e Milton Urbano Aires

Diretoria de ComunicaçãoIonaldo Tomaz da Silva e Francisco Leopoldo Nunes

Diretoria de Relações SindicaisMarcondes Alexandre da Silva eFrancisco Alves Fernandes Filho

Diretoria de Formação Sindical e EducacionalEliane Bandeira e Silva e Alcivan Medeiros da Silva

Diretoria de Cultura e LazerMaria Beatriz de Lima e Joildo Lobato Bezerra

Diretoria de Organização da CapitalEnoque Gonçalves Vieira e Sérgio Ricardo de C. de Oliveira

Diretoria de Relações de GêneroMaria Inês de Almeida Morais e Maria Gorete dos Santos

Diretoria de AposentadosMarlene Sousa de Moura e José Arimateia França Lima

Diretoria de Org. dos Funcionários da EducaçãoRaimunda Nadja de V. Costa

João Willams da Silva

Diretoria de Admi. da Casa do Trabalhador em EducaçãoSimonete Carvalho de Almeida

Diretoria de Org. da Educação InfantilSandra Regina de Moura e Gidália Ferreira de Andrade

Suplentes do Conselho DiretorJosé Emerson E. da Silva Francelino, Marilanes França de

Souza, Maria de Fátima Costa, Inalda Teixeira de Lira, EdvarNunes Duarte, Jucyana Myrna Teixeira da Silva

Jornalistas responsáveis:Leilton Lima DRT/RN 579Gisélia Galvão DRT/RN 672Gilberto Oliveira DRT/RN 1641

Av. Rio Branco, 790 - Centro - Natal/RN - Fones:(84)3211-4434ou (84)3211-4432 I E-mail: [email protected]

www.sintern.org.br

Av. Cel. Estevam, 1139 - Cond. CECOM - Sala 09 - AlecrimNatal/RN - Fone/fax: (84)3212-2388

E-mail: [email protected]

Editorial

Diagramação: Marknilson BarbosaRevisão: Silvaneide DantasFotos: Lenilton Lima e arquivosdo SINTE/RN

O slogan “reinventando a luta”, escolhido pela chapasituacionista do Sinte-RN há coisa de 15 anos, já pode ser vistona prática. Nesta revista, você vai poder ver exemplos de comoisso já está em prática. Você vai poder entender como umagreve que parecia perdida, já no seu início, acabou arrancandocompromissos e dobrou a arrogância do Governo.

Trata-se de uma reflexão de como, mesmo com adesãoinferior às greves anteriores, nosso sindicato saiu fortalecido eainda mais reconhecido socialmente. Isso no mesmo momentoem que sindicatos de categorias tão importantes quanto a doseducadores esbarraram no descaso e na intransigência de umgoverno que não tem mais o que perder e nada conquistaram.

Mas em que o sindicato da educação “reinventou a luta?”Através do diálogo e da parceria com a sociedade. A direçãodo Sinte-RN mantém a forma tradicional de ação sindical comgreves, manifestações, mobilizações e protestos, mas está cadadia mais harmonizada aos novos tempos.

Um dos pontos-chaves é que as reivindicações fazem ecocom a sociedade, já que os interesses da categoria fazem parteda luta geral em defesa da educação pública. O Sinte-RNmantém esse diálogo constante com a sociedade através do seusistema integrado de comunicação, que foi intensificado durantea greve.

O Sindicato investe na defesa no campo jurídico, ampliandoo alcance da luta e criando mais um fator de pressão social.Contudo, um dos diferenciais mais importantes está no campoda política. O Sinte-RN é o único do Estado que tem umadeputada federal e um deputado estadual oriundos do própriosindicato e que assumem a defesa dos ideais da categoria nosparlamentos estadual e federal. É poder político auxiliando ereforçando a pressão em favor da educação e de seustrabalhadores.

Foi assim, unindo militância, estratégia, técnica, aliados emobilização que os trabalhadores em educação, atendendo aochamado da diretoria do Sinte-RN, fizeram uma luta que já entroupara a história.

Boa leitura.

Colocamos na prática oconceito de reinventar

a luta

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3Setembro I Extra Classe -

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4 - Extra Classe I Setembro

17 dias lutando sobfogo cerrado

recém-findada greveda educação foi

marcada pelaviolência da rea-

ção do Governo Rosalba.Antes mesmo de ser defla-grada, a porta-voz da gover-nadora, Secretária BetâniaRamalho já anunciava o cortede ponto. No terceiro dia degreve, já foi pedida ailegalidade da greve eoficializadas as medidas paraque o corte de ponto fosseefetivado.

A velocidade e vora-cidade das medidas teriamdado triunfo imediato ao

governo se não fosse adecisão política da direção doSINTE na condução doprocesso e nas ações reali-zadas. O Sindicato rebateuà altura através da suaassessoria jurídica e decomunicação, e a direção semultiplicou em visitas àsescolas e ações políticasjunto à sociedade civilorganizada.

Acuado, o governoreagiu questionando alegitimidade do SINTE. Umdocumento burocrático queserve tão somente para

impedir a duplicidade desindicatos de uma

mesmacate-

goria foi alardeado comocondição para a legalidade doSindicato. A farsa não duroumuito tempo.

PERSEGUIÇÃOO ataque do governo

se voltou contra o próprioSindicato. O governo aca-bou com a disponibilidade de19 dirigentes do SINTE ecortou seus salários. Pracompletar, a Secretária juroude pés juntos que eram 46 di-rigentes em disponibilidade.Nada disso foi suficiente.

A greve chamou aatenção de todo o Estado efoi parar em rede nacional.As ações do Sindicato a cadadia minavam mais a já quasefinada popularidade daGovernadora Rosalba Ciar-lini. Mesmo assim, ela estre-buchava: na imprensa diziaque apenas 10% da catego-ria estavam em greve. Noportal do governo, o númerode grevistas foi de exatos430 trabalhadores da educa-ção!

A coordenadora geral,Fátima Cardoso, passou aser tratada como “apo-sentada”. A ideia era dizerque uma das principaislíderes da greve não sofreria

com o corte de salários queafinal nunca aconteceu. Naépoca Fátima reagiu: “Tenhoorgulho da minha história desolidariedade a essa luta. Nogoverno de Geraldo Melo,cheguei a ser exonerada juntocom outros companheiros.Tive meu salário suspenso ecortado. Nunca recebi salá-rio sem que primeiro acategoria recebesse, não vaiser agora que vou trair meusprincípios”.

Por fim, um um pontocomum de Rosalba comoutros governos. A velhalenga-lenga de que a grevetinha motivação política e eraoportunismo dos dirigentes.Mais uma vez não colou.Tudo isso em 17 dias!

FORÇANossa força dobrou o

governo, que foi obrigado areconhecer a greve, negociarcom a direção, ceder direitose esquecer a balela de cortede ponto. Agora vale refle-tirmos: O que você diz dessesataques? Qual foi sua posturadiante deles: passiva? Ativa?Indiferente? Saímos comconquistas depois de uma lutaque para muitos era impossível.Você já parou para analisar opoder que temos se estivermostodos unidos?

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“Nossa força dobrou o Governo, quefoi obrigado a reconhecer a greve,

negociar com a direção, cederdireitos e esquecer a balela de corte

de ponto.”

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5Setembro I Extra Classe -

ela primeira vez,desde que a greve da

educação começou a serlevada a julgamento em

nosso Estado, um Tribunal deJustiça nega ao governanteo pedido de ilegalidade deuma greve. Além de negar aabusividade, o desembar-gador Saraiva Sobrinhonegou também o pedido demulta diária em caso dedescumprimento da decisãona educação.

O magistrado enten-deu que as alegações feitaspelo Estado não eramcorretas: “Não se constata,

P

Governo perde na Justiça e éimpedido de punir grevistas

JUST

IÇA

a priori, falta de razoabilidadenas demais reivindicações,pois aparentemente seapresentam como anseiosvoltados à própria melhoriado ensino, com posturaeminentemente social”, diz afundamentação da sentença.

O desembargadorressaltou que o direito degreve é garantido pela Cons-tituição Federal e que oSupremo Tribunal Federalentende que sua aplica-bilidade deve ser estendida àAdministração Pública.

Ele destacou aindacomo incontestável “a inércia

do Executivo no concernenteà perfectibilização de di-versos mandamentos legaisfavoráveis à aludida cate-goria, notadamente a LCE465/12 (reajusta os venci-mentos básicos dos cargospúblicos de provimentoefetivo de Professor e deEspecialista de Educação)”.

FUNDAMENTAÇÃOO assessor jurídico do

Sinte-RN, Carlos Heitor,comentou a decisão: "Foiespetacular. Não só peloindeferimento, mas pelafundamentação." A deter-

minação foi alardeada emtoda a imprensa. O go-verno sentiu a pancada, masmanteve a postura de tru-culência e as ameaças decorte do ponto.

A direção do Sin-dicato usou todos os canaispara explicar que as amea-ças do governo eram vazias,já que não tinham funda-mentação legal. No final, fi-cou provado que o Sindicato,mais uma vez, estava certo:o governo não pôde punirnenhum grevista .

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6 - Extra Classe I Setembro

ntes mesmo deiniciar a greve, o

Sinte-RN já haviase tornado a

pedra no sapato do GovernoRosalba também no Ju-diciário. Depois de se negara cumprir a sentença doSupremo Tribunal Federal,que obrigava o governo a

Vitórias na Justiça ajudarama ampliar a ira do Governo

contra o SINTE-RNpagar o terço de hora/atividade, o setor jurídico doSindicato ingressou com umaação no Supremo TribunalFederal, pedindo a inter-venção federal para ogoverno Rosalba.

Aqui no estado doRN, o Sindicato pediu que oJuiz Dr. Luiz Alberto blo-

JUR

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A queasse R$ 17 milhões, quedeveriam ser usados parapagar as horas atividadestrabalhadas pelos pro-fessores. Muitas visitasforam feitas ao Juiz pelaassessoria jurídica do Sinte-RN, mas o juiz protelou enão foi capaz de responderao direito líquido e certo dos

profissionais do ensino. OSindicato não deu trégua: pelaprimeira vez na história,ingressou com uma açãodenunciando o governo àOrganização Internacional doTrabalho (OIT). A ação foiprotocolada no ConsuladoSueco, em Brasília, e está emtramitação em Genebra .

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nfrentar um governoinimigo dos trabalha-dores em educaçãocusta caro. Na ação

encaminhada ao STF, foinecessária a contratação deum escritório de advocaciaem Brasília. A estratégia foivitoriosa, mas para isso oSindicato teve que desem-bolsar R$ 60 mil reais divi-didos em seis parcelas iguais.Esse escritório é o mesmoque o SINAI contratou paradefender a ação dos fun-

Dinheirodo Sindicatoé usado para

defender ofiliado

cionários da Fundação JoséAugusto.

Para a ação deIntervenção Federal aogoverno do RN e a ação dedenúncia do governo doestado Rosalba Ciarlini, juntoà Organização Internacionaldo Trabalho foi contratadoum especialista na área quese somou à AssessoriaJurídica do Sindicato paraconduzir essas ações. Custo:R$ 40 mil reais, divididos emquatro parcelas.

Vale uma explicação àcategoria: o escritório quepresta assessoria jurídica aoSinte-RN não tem espe-cialistas nessas áreas. Cadaárea do Direito demandaespecialização; como setratou de uma necessidadeespecífica, foi necessário

O assessor jurídico do SINTE/RN, Carlos Gondim, recebeu apoio formalde representantes da CNTE e também da deputada Fátima Bezerra, aoprotocolar Ação Judicial na sede da OIT em Brasília.

E

10 informações importantes sobre aquestão dos honorários advocatícios

1 – A ação do terço dehora/atividade foi delibe-rada obedecendo a todasas regras estatutárias efundamentada na con-sulta, concordância e de-liberação da categoria emassembleia.

2 – Os honoráriosadvocatícios na ordem deaté 20% do valor dacausa são determinadospela OAB e valem paraqualquer advogado.

3 – No caso da ação doterço de hora/atividade, oSINTE-RN investiu R$100 mil reais extras emcontratação de escritó-rios de advogados espe-cializados.

4 – O pagamento dosadvogados especialistas nessetipo de causa, bem como amanutenção da assessoriajurídica, só é possível graças àcontribuição dos filiados aoSINTE-RN, portanto é justo queos associados paguem metadedo valor estabelecido para oshonorários, enquanto os nãofiliados paguem os 20%integrais.

5 – O pagamento dos extras doterço de hora/atividade foiconquistado através de liminar,por isso não estão esta-belecidos os chamados “hono-rários de sucumbência”. É quetecnicamente o Estado nãoperdeu a causa ainda, já que omérito não foi julgado.

6 – Mesmo sabendo que oprocesso não foi concluído para

execução, o fato de o Estado teradmitido oficialmente a dívidanos dá a tranquilidade de quenossa vitória é líquida e certa.

7 – Sabemos que essaconquista se deu pelacapacidade técnica da nossaAssessoria e pela força políticada nossa união e organização,no entanto quem não concordarcom os honorários estabe-lecidos pela OAB e acordadosentre o SINTE-RN e suaassessoria jurídica tem o direitode solicitar a retirada do seunome da lista da Ação.

8 – A direção do SINTE/RNnão pretende constrangernenhum filiado. Cada um tem alivre escolha, mas é importanteressaltar que, ao sair da ação, oprofissional deverá contratar

outro advogado para fazer comque o Estado pague essedireito, e a retirada será de todoo período, ou seja, de 2008 atéhoje.

9 – Todas as categoriasprofissionais têm direitosadquiridos, não seria coerenteque o Sinte-RN, que tem suaexistência fundamentada nosdireitos dos profissionais daeducação, burlasse esseprincípio para outros trabalha-dores.

10 – Independente das de-cisões individuais, a direção doSINTE/RN coloca-se à dis-posição de toda a categoria noque for necessário.

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RA

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IDA

DE

7Setembro I Extra Classe -

recorrer a serviços espe-cializados.

Não conhecemos ne-nhum outro estado que tenhafeito esse tipo de ação. Atéque se registrem outrassituações em outros estados,o pioneirismo do Sinte-RN semanterá inédito .

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MID

IA

enhum Governocede conquistas sea greve for fraca.Se a greve não

teve a adesão esperada, porque conseguiu arrancar 15compromissos de um go-verno que agoniza em praçapública? Simples, a greve foiforte naquilo que é maisimportante: a repercussãosocial.

Isso não significa queseja possível garantir grandesconquistas sem uma grevemassiva. Certamente tería-mos conquistado muito maiscom uma adesão maior aomovimento. Infelizmente,nunca saberemos o quantodeixamos de ganhar nestemomento.

Mas uma coisa jásabemos: a greve hoje não éfeita apenas com a paralisa-ção das atividades. Seusucesso reúne uma série defatores que lhe dão corpo,

força e movimento. Um delessão as redes sociais.

O Sinte-RN fez usodessa nova ferramenta de luta.Através da página noFacebook, chegou a atingirmais 110 mil pessoas noperíodo de 12 a 18 de agosto.O vídeo e o post sobre alegalidade da greve, porexemplo, foram vistos pormais de 30 mil pessoas.

COMPARTILHAMENTOSA postagem no Face-

book sobre a legalidade dagreve foi compartilhada por957 pessoas, imagine se omesmo acontece com umcartaz ou um “pirulito” numapasseata!

As matérias do siteganharam posts para chamara atenção, a categoria pôde verfotos das ações diárias dadireção do sindicato e osresultados das assembleias.

As redes sociais foram a novaferramenta de luta nesta greve

NA greve hoje não é feita apenas com a paralisação das atividades.

A página foi usadatambém para denunciar ogoverno Rosalba, às vezes deforma bem humorada, atra-vés de fotos-charges quesempre recebiam dezenas decompartilhamentos e eramvisualizadas pormilhares de pes-soas.

Três mil pes-soas já curtiram apágina do SINTE/RN e ficaram pordentro das infor-mações de formainstantânea, masesse número podeaumentar junto coma reper-c u s s ã oda lutada ca-tegoria.Indiquep a r aq u e m

ainda não conhece essemecanismo de comunicaçãodos trabalhadores em edu-cação e ajude a propagar essarede compartilhada de in-formações .

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Disputa também foiacirrada na comunicação

Sinte-RN sabeque os governoscostumam usar

falsas informa-ções como instrumento dedesmobilização. Dessa veznão foi diferente. A imprensae o site oficial foram usadospara fazer ameaças de cortede ponto, afirmar que a grevenão existia e posteriormenteque existia, mas era “política”etc.

O Sindicato rebateutodas as acusações e semanteve na ofensiva, obri-gando o governo a darrespostas à sociedade da suainércia política. A Greve teverepercussão em rede na-cional. A Assessoria de

Imprensa municiou os veí-culos de comunicação cominformações diárias, o pro-grama Extraclasse TVlevou informações da grevepara seus mais de 200 miltelespectadores semanais,o site aprofundou os temase teve recordes de acesso,ultrapassando a casa dos20.000 semanais.

Foi uma batalhaacirrada, na qual todas asnotícias e críticas rece-beram suas devidas análisese a resposta adequada deacordo com a mídia. Amaioria da comunicação doSindicato ocorreu de formaespontânea e, portanto,

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O Sindicato rebateu as ameaças e falsas informações veiculadas na mídia pelo Governo

Protestos de rua chamaram aatenção da sociedade

o todo, realizamos17 assembleias

antes do dia 12de agosto. Mo-

mentos depois da defla-gração da greve, járealizamos um ato deprotesto nas ruas de Natal.Formamos o Fórum deLutas com outras categoriasem greve, que geraramencaminhamentos conjuntoscom o Sindsaúde. Realiza-mos concentrações emfrente ao Hospital WalfredoGurgel, seguidas por ca-minhadas até a gover-nadoria e à casa oficial daGovernadora. O Sinte-RNparticipou do acampamentopor 4 dias .

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gratuita via assessoria decomunicação. No entanto oSinte-RN também pagou porespaços importantes nas redes

sociais e na TV. Só empropaganda de TV, o Sinteinvestiu cerca de R$ 90 milreais .

Propagandana TV foi umdos recursosusados noplano de midiada campanha.

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10 - Extra Classe I Setembro

APO

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RLA

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Parlamentares ex-dirigentes doSINTE-RN reforçam pressão por

negociação com Governos deputados ori-undos da luta dostrabalhadores em

educação mais umavez marcaram presença naluta. A deputada FátimaBezerra falou, defendendo aabertura de negociação emtrês encontros com a gover-nadora. Mas demorou até quea primeira audiência fosseconseguida.

O O Mandato da depu-tada chegou a acionar o ex-reitor da UFRN, IvonildoRego, para que ele mediasseo encontro com a SecretáriaBetânia Ramalho, que naquelemomento teimava em negaraté mesmo a existência dagreve.

Também foi por ini-ciativa da deputada queComissão de Educação da

Câmara Federal, através doseu presidente deputadoMiguel Chalita, publicoumoção de apoio à greve daeducação do RN, levando apressão da luta para o nívelfederal.

No parlamento esta-dual, o deputado FernandoMineiro foi a voz da greve.Além dos pronunciamentosem defesa da categoria e de

denúncias, o deputado buscouenvolver os(as) deputados(as)na perspectiva de encontraruma forma de comprometero governo para negociar como SINTE-RN. Foi tambémpor iniciativa do deputado arealização de uma audiênciapública que contou com apresença do Presidente daOAB/RN, Sergio Freire .

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11Setembro I Extra Classe -

A luta recebeu asolidariedade dediversos setores

da sociedade civilorganizada

ntidades de lutaregistram apoio for-mal à luta da educa-ção. Entre elas, a

ADURN, SINDIPETRO,SINAI, ADUEERN, CNTE,CUT, ESTUDANTES SE-CUNDARISTAS E GRÊ-MIOS ESTUDANTIS. Osdocumentos registraram arepulsa diante do auto-ritarismo e conservadorismodo governo Rosalba aoatacar a categoria e os diri-gentes sindicais.

Em Nota, o Departa-mento de Práticas Educa-cionais e Currículo do Centrode Educação da UFRNafirmou o apoio político àgreve, inclusive determi-nando que não seriamenviados estagiários para

substituir professores gre-vistas. Já a Ordem dosAdvogados do Brasil-RNtambém manifestou seuapoio e, em audiência pública,conceituou como “rele-vantes” os serviços que oSINTE presta à população eà categoria.

Esses apoios signi-ficaram que a greve extra-polou os limites do Estado eda luta corporativa, am-pliando sua relevânciapolítica e social. Prova doacerto político do nossoSindicato em manter oprincípio da coerência nadefesa dos interesses dapopulação e da categoria.Nossos agradecimentos aesses parceiros que sempreapoiaram a luta da classetrabalhadora .

E

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12 - Extra Classe I Setembro

disponibilidade dosdirigentes do Sinte-

RN foi tratadacomo ponto de

pauta secundário, diante daimportância emergencial dosanteriores. Em hipótesealguma este Sindicato acei-taria a disponibilidade dos 19

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Disponibilidade dedirigentes foi usada para

tentar enfraquecera greve

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dirigentes em substituição dequalquer outro item da pauta.

A cautela no tra-tamento dessa reivindicaçãose deu para impedir que seuuso fosse desqualificar agreve. Aliás, bem que ogoverno tentou. Chegou atéa dizer que esse seria o ponto

principal e único da greve.Não colou. O Sinte-RN éconstituído por militantes quenão têm sábado, domingo,feriado e até família quandoo assunto é cumprir com asobrigações de representar elutar pela categoria. Direçãode Sindicato não é status. A

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Direção de um sindicato deluta é, acima de tudo, respon-sabilidade e compromisso comtodos(as). Independente dedisponibilidade ou não.

ADAPTAÇÃONo entanto, com-

preendemos que o SINTE sóchegará a sua Regional,Núcleo e às escolas, se osdiretores eleitos tiveremdisponibilidade para executaresse trabalho. A partir deentão, a categoria precisaentender que vai ficar muitodifícil fazermos o trabalho quevinha sendo feito até agora.

Com três diretores emdisponibilidade a direção doSINTE não terá as mesmascondições para visitar oInterior e assistir a Capitale a Grande Natal. Ascampanhas salariaisdevem suscitar outraforma de participação dabase com envolvimentogeral sem esperar porapenas três dirigentesem disponibilidade. Sehoje não chegamos em

todos os turnos, a partirde então, é a sua vez de

chegar até a sede do SINTEpara contribuir com a vidaativa deste sindicato e com aluta.

Além disso, o ConselhoMunicipal de Educação,Fórum Estadual de Edu-cação, Comissões e Grupos deTrabalhos poderão não termais a presença do SINTE portotal impossibilidade de tempo.É mais um legado de agressãoà educação do GovernoRosalba.

DESAFIOSó para exemplificar o

tamanho do desafio, em Nataltemos 121 escolas da redeestadual e 140 escolas da redemunicipal. Somadas, teremos268 escolas que, divididas portrês pessoas, representa 86,6escolas para cada dirigenteem disponibilidade. Se multi-plicarmos por dois turnos as

86,6 escolas por pessoa,corresponderá a 173turnos de mobilizaçãopara uma pessoa. Paraatingirmos esses doisturnos de trabalhos, 1pessoa leva 5 meses e 8dias.

Esta demonstra-ção é para pensarmossobre as disponibilidadesnão como fuga do tra-balho na escola, DIREDou SEEC, mas ver aimportância da mili-tância política de umacategoria que é van-guarda do movimentosindical neste estado. Épara lembrar que, em2012, perdemos “Canindé Silva”, quevinha de uma ativi-dade cultural dosProfissionais daE d u c a ç ã ona Regionalde Pau dosFerros. Nãopriorizamos,mas não es-condemos osmuitos proble-mas que teremosa partir desta novarealidade.

AJUSTAMENTOSob o jugo do

Ministério Público,deixa o governo umamargem de nego-ciação em que devaser firmado um termode ajuste em vista a umnovo processo eleitoral.Existe a possibilidade dese chegar a um meiotermo, ou seja, a 10 pro-fissionais para concluir estemandato. Veja na íntegra odocumento assinado peloGoverno e o Sinte-RN .

13Setembro I Extra Classe -

Relação com o número exato de dirigentes cedidos sempre foi deconhecimento da Secretária de Educação

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14 - Extra Classe I Setembro14 - Extra Classe I Setembro

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15Setembro I Extra Classe - 15Setembro I Extra Classe -

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16 - Extra Classe I Setembro

Projeto de lei para manter aletra quando ocorrer a

promoção verticalfato de não le-varmos a letra donível quando das

promoções ver-ticais tem nos causadoprejuízos de até 50% nosalário. Em 17 dias de greve,alcançamos essa conquistade uma reivindicaçãohistórica do Sindicato. Apartir da aprovação da lei,ninguém terá mais esseprejuízo. Certamente, nin-guém em sã consciênciaacredita que o GovernoRosalba nos daria essedireito de “mão beijada”.Trata-se do fruto de uma lutahistórica, reforçada peladireção do Sindicato napenúltima assembleia e que

saiu graças à força políticada greve.

O Sinte-RN temlutado contra esse parasitalegal desde 1989, quando foiinstitucionalizado peloGoverno José Agripino/RadirPereira. A Lei Complementar049/1989, que garantia obenefício à categoria, foivetada pelo Governo do PFL(Hoje DEM).

A distorção foi devas-tadora para os profissionais,bem como para a educação,já que deixou de ser atrativofazer especialização, mestra-do e doutorado. Até osgovernos Garibaldi Filho aperda foi geral. Mas a lutado Sinte-RN provou umavanço durante o segundogoverno Vilma Faria. A leicomplementar 322/2006determinava que a pessoa

promovida não voltaria maisà letra “A”. No entanto,ficou valendo a letra quemantiver o salário imedia-tamente maior que o saláriodo nível anterior. Um avançoincontestável, mas ainda umagambiarra legal.

Sem dúvida o com-promisso do Projeto de Lei éa mais importante conquistadesta greve. Cabe agorameditar sobre qual foi acontribuição de cada um denós para esta vitória. Paraquem aderiu ao movimentonossos cumprimentos. Paraque não o fez, fica o nossoconvite fraterno e solidáriopara que estejamos juntos naspróximas lutas. Com certezaconquistaremos bem mais .

O

LETR

A

“Conquista foi considerada amais importante dacampanha salarial.”

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17Setembro I Extra Classe -

Pagamento das horas extrasrelativas ao tempo de

planejamentoHO

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mbora tendo perdidoa ação judicial dashoras extras do terçode hora/atividade, o

governo pretendia empurraro caso com a barriga até ofinal do mandato. A grevegarantiu aos que estão emsala de aula o direito de

Se você estava em jornada de 24 horas em sala de aula e mesmo assim não tem o nome na relação dos beneficiados,deve solicitar da gestão da escola uma declaração de que tinha a jornada e anexar o horário, as turmas e o número deaulas por turma. Os documentos deverão ser enviados para a direção do SINTE-RN, que tomará as providências para oseu direito ser garantido .

PARA QUEM TEM O DIREITO

receber um dinheiro quepara muitos já estavaperdido. Além disso, forçouo governo a implantar corre-tamente o terço da jornadareservado ao planejamento.

O número de parcelaspoderia ter sido bem menor,e o alcance dos meses po-

E deria ter sido ampliado se aparalisação tivesse al-cançado os tradicionais 90%de adesão. De qualquerforma, a conquista tem suaimportância. Hoje as prefei-turas sequer tocam noassunto de pagar essashoras extras. Com a nego-

ciação em nível estadual issotende a mudar, já que foiaberto um precedente jurí-dico. Agora, o Sindicato vaiatrás dos prefeitos para quepaguem aos professores adívida gerada em seusmunicípios .

Page 18: Revista Extra Classe - Setembro de 2013

18 - Extra Classe I Setembro

a penúltima au-diência a Secre-tária de Edu-cação chegou a

dizer que a pauta dosfuncionários deveria serretirada, uma vez que oPlano de Carreira era dosFuncionários da Adminis-tração Direta. A poucaadesão dos funcionários àgreve foi motivo mais que

Greve abriu possibilidadede medida emergencial

para Funcionários(as) daEducação

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suficiente para que ogoverno virasse as costaspara a proposta do Plano deCarreira.

Mesmo assim, adireção do SINTE não seconformou. Na últimaaudiência levou a propostade “Aumentar a GME etransformá-la em umagratificação mensal”. Nes-ta linha de raciocínio será

discutida a gratificação dosfuncionários que atuam naSEEC e nas Direds.

PROPOSTAO governo aceitou

receber a proposta, e oSindicato vai trabalhardentro dos seguintes enten-dimentos: 1 - A Secretaria deEducação deverá sermediadora para discutir com

as Secretarias dePlanejamento e deAdministração, oPlano de Carreirados Funcionários daA d m i n i s t r a ç ã o ,levando em consi-deração os ajustes,direitos já adquiridose previstos no planode carreira; 2 –Usar os recursos daEducação dos 40%do FUNDEB paraampliar a GME.

Sabemos que aprioridade é o

s a l á r i obase, noentanto aluta possí-vel hoje está no campoemergencial da gratifi-cação.

MOTIVAÇÃOO Sinte-RN acredita

que essa conquista possa serarrancada a partir da forçanatural do Sindicato, hoje omaior do Estado e em plenasintonia com a opiniãopública. A ideia é que apartir dessa e de outras con-quistas menores seja possí-vel motivar o segmento dosfuncionários a participarativamente das lutas. Apartir daí, será mais fácilalcançarmos as vitórias tãomerecidas por este im-portante segmento da edu-cação pública .

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pesar de o governodizer que estác o n c e d e n d olicenças, a reali-

dade é que esse não é umdireito líquido e certo. Parapôr um fim a essa incerteza,já no primeiro semestredeste ano, o Sinte-RNreivindicou um instrumentolegal para assegurar odireito. Nesta greve con-seguimos dar agilidade aoprocesso e garantir apresença do Sindicato nacomissão encarregada datarefa.

Longas discussõesforam feitas para se alterara lei de nº 9353/2010, queprevia a contratação deprofessor(a) temporá-rios(a). Essa lei dava odireito de o governo con-

tratar temporariamente pro-fessor para ocupar vaga paracargo no magistério. Essaera uma ameaça aos concur-sados.

A nova lei de número9.737, de 26 de junho/2013,limita a contratação somentepara as licenças previstas emlei. Um dos destaques da novalegislação é que cada instituiçãode ensino deve ter um quadrode pedido para gozo daslicenças e não deve exceder20% do quadro da escola.

Nesse percentualestão inclusas todas asoutras licenças. Isso não foivisto na elaboração da Lei,por isso as direções dasescolas devem discutir eformatar os quadros para aslicenças-prêmios. A direçãodo SINTE tem orientado osgestores a fazer a relaçãodos profissionais com direitoàs licenças prêmios e aenviar para as DIREDs emdois períodos: até dezembro,

Concessão das licenças foiregulamentada em Lei

A “Ficou garantido que o profissionalsubstituto não será do quadro de

funcinários da escola.”

para quem vai gozar noprimeiro semestre subse-quente, e até abril, paraorganizar os profissionais queterão o gozo no segundosemestre.

A lei diz que osdiretores eleitos, Coor-denador Administrativo eCoordenação poderão voltarpara seu turno e sala de aula.O mais importante foi garantirque o profissional substitutonão será do quadro, ficando,portanto, resguardado essedireito. A direção do SINTE,para buscar a efetivação dalei, reivindicou um processoseletivo simplificado, paraatender as contratações apartir de um processoseletivo .

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Assessorias foram fundamentaispara superarmos as dificuldades e

contabilizarmos ganhos

m Sindicato é formado por trêsáreas básicas: a categoria, os di-rigentes e o apoio técnico. Nesta

greve precisamos chamar atençãopara o papel crucial dessa terceira força denossa entidade. A assessoria de co-municação estratégica da L4 Comunicação,a assessoria jurídica do escritórioAdvogados Associados e a assessoria deapoio do corpo de funcionários do Sinte-RN foram fundamentais para o sucessoalcançado.

As vitórias em nível estadual e federalconquistadas através do trabalho doescritório Advogados Associados expôspara a sociedade o caráter antidemocráticoe ilegítimo deste governo. A competênciade nossa assessoria possibilitou quelevássemos a defesa da categoria atémesmo ao nível internacional, como foi ocaso da ação junto à OrganizaçãoInternacional do Trabalho.

No campo da publicidade e dojornalismo, a ação vigilante, estratégica emultimídia da L4 Comunicação garantiu aconquista da opinião pública para nossacausa e possibilitou que a sociedade tomasseconhecimento da verdade sobre odesmantelo da educação no governoRosalba. Temos certeza de que parte do ódiodo governo contra o Sinte-RN se dá a partirdo sucesso da divulgação das denúncias e

críticas do Sindicato a estegoverno. Certamente, oconhecimento da verdadeacerca do desmantelo na edu-cação tem influência decisivanos 83% de rejeição ao atualgoverno.

Internamente tambémcontamos com um quadro defuncionários atuante e com-prometido. Trabalhadores quetranscenderam sua obrigaçãoprofissional e assumiram a tarefa deassessorar a direção do sindicato nasmais variadas tarefas. Muitas vezes,sacrificando seus momentos familiarese até mesmo prorrogando assistênciasmais imediatas em nome da nossacausa.

O conjunto da ação dessesprofissionais ampliou nossa forçajunto à sociedade e obrigou ogoverno a descer do pedestal dearrogância e negociar. A direção doSINTE agradece a todos e todas ese sente fortalecida pelacompreensão política do nossocorpo técnico. Podemos afirmarque nossos assessores técnicos ede apoio formam um quadromilitante e que, juntos, continua-remos a construir nossa história .

Funcionários, comunicação e jurídico ampliaram o alcance daforça do Sinte-RN na greve

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