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Revista Revista Revista Revista Revista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 10 de fevereiro 2015 1

revista febase 50 - Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas · Federação do Setor Financeiro NIF 508618029 Correio eletrónico: [email protected] ... cada um nós abdicar

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 10 de fevereiro 2015 ––––– 1

2 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 10 de fevereiro 2015

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Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSITeixeira Guimarães – SBNTomáz Braz – SISEP

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNJorge Cordeiro – SISEPPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 090/062Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 63.450 exemplares(sendo 5.450 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

ENTREVISTA l Paulo Alexandre"Temos conseguido inverter as pretensõespatronais a favor dos trabalhadores" 4Intensa luta pelo descanso ao sábado 7"Queremos salvaguardar os planos de reforma" 7Reforçar o SAMS 8

SINDICAL l AtualidadeTribunal condena BPN a cumprir ACTe a pagar dívida aos trabalhadores 9BPN Crédito despede 84 bancários 10Febase e CT juntas na defesa dos trabalhadoresda Parvalorem 10

SEGUROS l ContrataçãoDenúncia sindical da Allianz Portugal: Valeu a pena! 11

QUESTÕES l JurídicasEm 2015: Descongelamento das reformas antecipadas 12

SINDICAL l Fundo de PensõesGrupo BCP: Grau de cobertura melhorou 14

DOSSIÊ l Fundos de PensõesEvasão fiscal sob a mira sindical 15O que querem os sindicatos 16

TEMPOS LIVRES l NacionalCaminhadas chegam a Espanha 18

30BancáriosCentro

28SISEP Profissionaisde Seguros

25STAS ActividadeSeguradora

A revista Febase não pode dei-xar de expressar a sua solidarie-dade para com as vítimas do jor-nal francês "Charlie Hebdo", con-denando veementemente qual-quer tipo de violência, que nenhu-ma crença religiosa ou ideológicajustifica.

A liberdade de expressão é umpilar da democracia, símbolo dassociedades livres e respeitadoras davontade popular. A sua importânciaé de tal modo relevante que paísescomo Portugal consagraram-na naConstituição. Como órgão de infor-mação que somos, incluímos novoto de solidariedade o nosso em-penho na defesa da liberdade deexpressão.

Contra os lápis daqueles que tom-baram no massacre do "CharlieHebdo", muitos outros serão em-punhados. Essa será a melhor for-ma de honrar os cartoonistas mor-tos e a liberdade de expressão.

Em defesa da liberdadede expressão

22BancáriosSul e Ilhas

19BancáriosNorte

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l EDITORIAL

Omomento que vivemos é de incertezas, angústias,frustrações e outros tantos sentimentos que nosbloqueiam numa grande mentira.

Todos os dias somos bombardeados com notíciasperturbadoras para o cidadão comum, afetando o nossodia-a-dia: mais uma empresa que fecha mandando parao desemprego dezenas ou centenas de pessoas (multipli-cando o drama por cada família), mais uma morte nasurgências, mais um professor agredido, mais um políciamaltratado, mais um preso que se suicidou, mais umpolítico na malha da corrupção, mais uma morte porviolência doméstica, mais um banco que faliu, mais umasentença que não se entende… enfim, um sem número dedramas sempre sem resposta.

É nesta nuvem carregada que nos governam, castrandoa nossa opinião e manipulando a mensagem, trazendo-nosna ignorância e dependência.

Estas consequências têm origem nos baixos salários, nasbaixas qualificações e na deficiente distribuição da riqueza.

O dinheiro sobrepõe-se ao valor da pessoa, dando origema desigualdades, gerando clivagem e sentimentos de inveja,ódios e marginalização, criando por vezes os focos de ondeimanam os ditos terroristas que hoje nos aterrorizam.

Oano de 2015 tem tudo para ficar na história destePaís, se cada um de nós alterar e reformular os seusobjetivos, tornando-os coletivos e não individuais.

A sociedade sairá a ganhar.As estruturas que nos regem estão contaminadas pela

obsessão dos cifrões, em detrimento do ser humano. Maso contrário é que faz sentido: as pessoas em primeiro lugar,recuperando os valores perdidos da família, do trabalhocom dignidade, da justiça social, saúde, educação, segu-rança e habitação.

TEXTO: TOMÁS BRAZ

As estruturas que nos regemestão contaminadas

pela obsessão dos cifrões,em detrimento do ser humano.

Mas o contrário é quefaz sentido: as pessoas

em primeiro lugar

Urge parar, refletir e mudarTemos agora oportunidade de alterar este estado de

coisas, reforçando o nosso poder junto das organizaçõesatravés do voto, uma conquista da democracia que porvezes desprezamos.

Pare! Seja solidário, veja onde pode mudar, de forma aque essa mudança possa trazer benefícios para o coletivo.

Na nossa área, finanças e seguros, estamos peranteum novo paradigma. É necessário reformular erecuperar a credibilidade perdida junto da popula-

ção e dos nossos associados, fazendo sentir às organiza-ções que são o espelho de toda uma classe.

Numa concertação social, os valores da condição hu-mana devem presidir às decisões finais – como conse-quência, as diferenças serão esbatidas e os objetivosconseguidos.

No que concerne à nossa atividade, os Sindicatos têm deter mais força para defender com dignidade os seus asso-ciados, como classe onde cada um deve juntar-se aos seusrepresentantes, dando-lhes o seu apoio e valorizando-seno respeito e na defesa dos interesses da classe.

O respeito ganha-se quando estamos unidos na defesado trabalho, na valorização da pessoa com salários dig-nos; sendo proativos na criação de riqueza e produtivida-de, na consolidação de empresas com futuro.

Solução: cada um nós abdicar de um pouco do seuorgulho e do seu egocentrismo, pondo-os ao serviço dosoutros. Todos iremos beneficiar, sem qualquer reserva.

A nossa estrada tem uma meta: ter presente é ganharo futuro. Por último, e parafraseando o Papa Francisco,temos de chorar para lavar as partículas cinzentas queandam no ar e nos ofuscam. Construir um mundo melhorestá nas nossas atitudes e decisões, incluir e não excluir.

Bom ano 2015.

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SINDICAL l Atualidadeentrevista

4 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 10 de fevereiro 2015

"Temos conseguido inverter as pretensões P – As negociações para a revisão do

ACT decorrem há cerca de dois anos. Oque tem levado ao prolongamento?

R – O facto de a denúncia e consequen-te negociação ocorrer num período con-turbado da banca, com oscilações entrelucros e prejuízos – e quando tudo pare-cia estar a estabilizar, surgiram os pro-blemas no Grupo BES – tudo isto emnada tem contribuído para o desenvol-vimento das negociações. Por outrolado, e ao contrário do atual ACT, que foinegociado com a banca nacionalizada,desta vez estamos a negociar com ban-cos privados, cada qual com as suaspráticas internas. Além do mais, hádiferentes pontos de vista sobre váriascláusulas e daí a necessidade de prepa-rar com mais cuidado quer as propostas

quer as respostas, para tentarmos ul-trapassar o bloqueio criado pelo gruponegociador das instituições de crédito.

P – Mas esta não é a primeira vez quese faz a revisão do ACT e em nenhumadas anteriores as negociações foramtão longas.

R – Porque não estamos a fazer umarevisão, mas a negociar uma convençãototalmente nova. Convém referir que estaé a primeira vez que há uma denúncia, oque naturalmente leva ao prolongamentodas negociações. Ao longo da história,nomeadamente após o 25 de Abril, o quetem havido é a apresentação de propostasde revisão, por parte das entidades patro-nais ou dos sindicatos. Se houvesse acordomuito bem, caso contrário mantinha-se

em vigor o clausulado anterior. Desta vezisso não acontece, por força da denúnciado ACT e das consequências que atual-mente a lei prevê em caso de caducidade.

P – A proposta inicial das IC pretendia,na interpretação da Febase, desregula-mentar as relações de trabalho na ban-ca. Ao longo das negociações tem sidopossível inverter essa intenção?

TEXTO: ELSA ANDRADE

As negociações de revisão global do ACTdo setor bancário arrastam-se há dois anose não é possível prever o final, embora aFebase espere chegar ao término este ano.A dificuldade, explica o coordenadorda Contratação Coletiva da Federação,deve-se à desregulamentação laboralpretendida pela banca, obrigando os Sindicatosa uma luta intensa pela defesa das questõesessenciais para o futuro dos bancários,nomeadamente a manutençãoe reforço do SAMS. Já há algumas vitórias,mas não suficientes para subscreverum acordo. Um ajustamentosalarial para 2015 seráreivindicado brevemente

"Estamos a trabalhar para que,apesar de todos oscontratempos e dificuldades,cheguemos a um bom acordopara os bancários"

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Atualidade l SINDICALl Paulo Alexandre

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patronais a favor dos trabalhadores"

R – Hoje podemos admitir que a pre-tensão da banca está parcialmente ul-trapassada, graças à nossa insistênciaà mesa de negociações. Algumas dasmatérias que inicialmente afirmavamserem absolutamente inegociáveis jáestão em debate, com propostas quepoderão vir – ou não – a obter consenso.

P – Quais, por exemplo?R – Um conjunto significativo de maté-

rias regulamentadas pelo Código do Tra-balho. Entre elas, por exemplo, o cálculoda isenção do horário de trabalho, o tra-balho por turnos, a manutenção de algu-mas que já constam do atual ACT e outrasque estão ainda em discussão.

Defender promoçõese diuturnidades

P – Mas as matérias nucleares do ACTcontinuam sem acordo.

R – É verdade, continuamos a debaterum conjunto significativo de cláusulasfundamentais e determinantes nestanegociação. Podemos incluir aqui, no-meadamente, tudo o que tem a ver comos automatismos, Segurança Social, oSAMS e as retribuições em geral.

P – As IC pretendem excluir os chama-dos automatismos de uma futura con-venção. O que foi já negociado, nomea-damente sobre promoções?

R – De concreto ainda nada está nego-ciado. Na proposta inicial das IC, as

te já vencida referente ao próximo pré-mio. O que se debate neste momento éa criação de um prémio de fim de car-reira, em contraponto à pretensão deacabar com o que existe agora.

P – As diuturnidades também estãoem causa na proposta das IC. Houvealguma evolução?

R – Apesar de a banca querer acabarcom todos os automatismos, incluindo asdiuturnidades, está já definido que estacláusula é para manter nos exatos termosem que está convencionada, ainda quecom algumas nuances no que se refere àsfuturas diuturnidades de nível.

Alteração nas isenções

P – A manutenção de subsídios sociais,como o infantil ou de estudo, tambémfoi posta em causa. A Febase conseguiureverter essa pretensão?

R – Sim, foi revertida. Na propostainicial, o grupo negociador propunha-seacabar com esses subsídios, deixando aolivre-arbítrio de cada instituição a suaaplicação e respetivos valores. Mas estájá definido que se chegarmos a um acordofinal estes subsídios vão manter-se nosexatos termos do ACT em vigor.

P – Em que ponto está a negociaçãosobre o subsídio de almoço?

R – As IC pretendiam congelar o valoratual do subsídio de almoço até que oda Função Pública igualasse o do setorbancário. Graças à nossa persistência e

na base de duas horas, o valor manter-se--á fixo até que 37,5% da retribuição basemais diuturnidades seja superior a essevalor. Só nessa altura se procederá aajustamentos.

P – É uma alternativa pior do que aatual…

R – Face às alterações ocorridas nalei, a comparação não faz sentido, namedida em que há instituições que jáestão a aplicar esta regra do Código doTrabalho, que consideram da máximaimportância. Cerca de 70% dos traba-lhadores que têm a chamada isençãode 1 hora serão beneficiados com aaplicação desta norma e os restantesmantêm a situação atual.

P – Há muito que os Sindicatos daFebase reclamam uma atualização dascategorias profissionais. A proposta dasIC vai ao encontro dessa pretensão?

R – Essa matéria ainda não foi discuti-da profundamente na Febase, mas pen-samos que será possível criar um con-senso à volta da proposta das IC. Basica-mente, prevê uma diminuição das cate-gorias profissionais, o que já acordámosnoutras convenções do setor.

depois de muita discussão consegui-mos manter o subsídio de almoço nostermos atuais e sujeitos a atualizaçãoanual, sempre que houver atualizaçõessalariais.

P – O pagamento da isenção de horá-rio de trabalho tem provocado um de-bate aceso. Há já alguma solução nestamatéria?

R – O Código do Trabalho é muito clarona regulamentação desta matéria e as ICnão prescindem da aplicação das suasregras. Nesse sentido, está em análise amanutenção da isenção nos termos emque existe para aqueles que já a têm,sendo que no futuro o cálculo da isençãoserá 25% da retribuição base. Para aque-les que hoje auferem a isenção calculada

Do ACT para o Código

P – A proposta patronal pretende re-tirar da futura convenção uma série detemas e remetê-los para a lei geral.Qual a posição da Febase?

R – Se analisarmos em profundidade aspretensões das IC, concluímos que ape-nas transpõem do Código do Trabalhopara o ACT as matérias imperativas ou asque lhes são favoráveis. Em tudo o maisquerem remeter para a lei geral. Defen-demos o contrário, por isso há uma gran-de divergência entre as partes.

P – Que matérias a Febase não aceitaexcluir do ACT?

R – Há uma série significativa dematérias que consideramos deverem

promoções por antiguidade e méritoacabavam. No entanto, já aceitammanter e negociar as promoções pormérito, e neste momento discutimos oaumento da percentagem, bem como odireito à próxima promoção. Mas sabe-mos da sua irredutibilidade quanto amanter as promoções por antiguidade.

P – Isso quer dizer que a Febase dá porfindas as promoções por antiguidade?

R – Essa não é ainda uma matériafechada, continua em discussão no seioda Febase e voltará à mesa quando e sese entender oportuno.

P – E o prémio de antiguidade?R – A posição das IC é acabar com o

prémio de antiguidade, pagando a par-

"Está já definido que a cláusulasobre diuturnidades é paramanter nos exatos termos emque está convencionada"

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SINDICAL l Atualidadeentrevista

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constar da convenção. É o caso, porexemplo, dos direitos e deveres, modode prestação do trabalho, regime deférias, feriados e faltas, Segurança So-cial, SAMS, categorias profissionais,progressão na carreira, procedimentodisciplinar, atividade sindical, e o con-junto de subsídios decorrentes do ACT,bem como aquelas que resultam obri-gatoriamente da lei.

Garantias na caducidade

P – A Febase quer ir além do Código doTrabalho na salvaguarda de matériasem caso de caducidade. Há perspetivasde acordo?

R – Se hoje se verificasse a caducida-de da convenção perderíamos um con-junto de benefícios que decorrem doatual ACT, nomeadamente o SAMS. Istoporque nos termos do Código do Traba-lho as únicas garantias são a retribui-ção mensal efetiva, as categorias pro-fissionais e o primeiro pilar do regimeda Segurança Social, ou seja, o regimeem vigor na generalidade das institui-ções. Já outros benefícios e direitoscontratuais poderão vir a ser postos emcausa.

Temos tentado acautelar mais maté-rias, e há já consenso com as entidadespatronais para que, se no futuro severificar a caducidade da convenção,manter-se em vigor a atualização daspensões de reforma e sobrevivêncianos termos do ACT e o plano comple-mentar de reforma dos trabalhadoresadmitidos desde 1 de janeiro de 2008.Além, claro, do que decorre da lei.

P – E relativamente ao SAMS?R – Essa é uma das questões que em

caso de caducidade do ACT não aceitamde maneira nenhuma.

Negociações dinâmicas

P – Tudo o que foi alvo de entendi-mento poderá cair até à assinaturafinal. Já houve retrocesso em matériasacordadas?

R – Esse é um risco real, pode haverrecuos na negociação até à aprovaçãopelos órgãos de decisão dos sindicatose das entidades patronais e à sua publi-cação no BTE.

Por outro lado, como as negociaçõessão dinâmicas é permitido a qualquerdas partes alterar as suas propostas. Jánão é muito curial recuar em matériasjá consensuais e isso tem-se verificadoultimamente, ainda que pontualmen-te. Num ou noutro aspeto as IC estão aalterar a sua posição.

P – As negociações estão longe do fimou é previsível um acordo no curtoprazo?

R – É difícil prever o fim das negocia-ções, mas pensamos que durante esteano isso venha a acontecer. Todo oprocesso e o seu encerramento estãopendentes por um conjunto de matériascruciais, que quando ultrapassadaspoderão criar condições para um en-tendimento.

Mas convém referir que este acordonão está só dependente de nós, pois ogrupo negociador das IC está noutramesa negocial. Não poderemos encer-rar o nosso processo sem sabermos oque foi acordado na outra mesa, porquehá matérias transversais. Sem isso nãohaverá entendimento.

P – Mais um entrave na negociação…R – Sim, é um entrave a que somos

completamente alheios. No entanto, édo interesse de todos – trabalhadores,Sindicatos e IC – que haja uma únicaconvenção coletiva de trabalho.

Ajustamento salarial

P – Isto coloca outro problema: as ICjá deram a entender que não haveráaumentos salariais enquanto a revisãodo ACT não chegar ao fim, e os bancá-rios já estão sem aumentos salariais háquatro anos.

R – O último aumento foi em 2010.Apesar de a inflação estar em mínimos,há uma perda significativa do poderreal de compra dos bancários nos últi-mos anos. Por isso vamos reclamar,ainda nesta fase negocial, um ajusta-mento salarial em relação a 2015.

P – A Febase tem afirmado que estaé a pior proposta de convenção da his-tória do setor. Isso, aliado ao risco decaducidade, condiciona a posição dosSindicatos?

R – O ACT do setor bancário já foivárias vezes alterado desde o seu iní-cio, em 1978. Mas pela primeira vezestamos confrontados com a sua de-núncia, o que pode levar à caducidade.E se não houver acordo não há SAMS,pois como todos sabemos radica nacontratação coletiva. Além, claro, deoutras regalias e direitos, nomeada-mente os previstos no capítulo dosbenefícios sociais. Obviamente que issocondiciona as negociações e obriga-nosa um maior esforço de entendimentocom as IC. Esperamos que as institui-ções façam o mesmo esforço, pois aninguém interessa a caducidade, namedida em que a desregulamentaçãotambém não é boa para as IC.

P – O resultado final será um bomacordo para os bancários ou a conven-ção possível, em que a Febase tentouminimizar os "estragos" das preten-sões patronais?

R – É evidente que estamos a tentarminimizar os estragos das pretensõesda banca, mas também estamos atrabalhar para que, apesar de todos oscontratempos e dificuldades, chegue-mos a um bom acordo para os bancá-rios.

"Ao contrário do atual ACT, negociado com abanca nacionalizada, desta vez estamos a

negociar com bancos privados, cada qual com assuas práticas internas"

O grupo negociador da Febase durante a preparação da reunião com as IC

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Atualidade l SINDICALl Paulo Alexandre

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P – As poucas cláusulas sem alteraçãona proposta das IC foram as da duraçãoda jornada de trabalho e dos 25 dias deférias. Não houve mudança de posição?

R – Até agora não, portanto perspeti-va-se a manutenção do período de tra-balho diário e semanal de 7 e 35 horas,respetivamente. Também não estão emcausa os 25 dias úteis de férias daconvenção em vigor.

P – No entanto tem havido grandedesacordo relativamente aos dias dedescanso semanal. O sábado já estásalvaguardado?

R – As IC começaram por admitir umdia de descanso semanal e um dia dedescanso complementar, sem defini-rem exatamente quais. Depois de in-tensas negociações, o que ficará defi-nido é o domingo como dia de descan-so semanal obrigatório. Em caso detrabalho, e tal como hoje acontece,será compensado por um dia de des-canso nos três dias úteis imediatos.

Já o descanso complementar man-ter-se-á ao sábado, salvo em casosexcecionais previstos no contrato. Masnesse caso, o descanso complementarserá gozado na segunda-feira seguinte,salvo acordo com o trabalhador paraque o seja conjuntamente com as férias.O descanso dos trabalhadores será en-tão correspondente a 25% do trabalhoextraordinário efetuado ao sábado, oque significa que se trabalharem du-rante quatro sábados terão direito a umdia de descanso complementar. Con-vém referir que esta questão deve-se àprofunda alteração operada pelo Códi-go do Trabalho nesta matéria.

Novas regras na mobilidade

P – O mesmo não se passa quanto aoregime de mobilidade geográfica.

R – Ao longo das negociações houve jávárias propostas e contrapropostas paraultrapassar o desacordo nesta questão.Cremos que poderá vir a criar-se con-senso numa solução que tenha por limi-te para as transferências uma hora dedeslocação ou 50 quilómetros.

Intensa luta pelo descanso ao sábado

P – O regime de faltas tem gerado muita polémica. Como está essa discussão?R – Além da definição do tipo de faltas, as IC nada mais pretendem incluir no ACT,

remetendo tudo o mais para o Código do Trabalho. Não concordamos com esta posição,e temos um conjunto de propostas para manter o regime da atual convenção, aindaque com algumas nuances. Por isso esta matéria continua em discussão.

P – E relativamente às faltas por doença?R – A proposta patronal pretende uniformizá-las com as regras da Segurança Social

no que se refere aos primeiros três dias de baixa, que não seriam pagos. No entanto,admite algumas especificidades, pelo que pedimos aos nossos serviços para nosindicarem quais as doenças que não exigindo internamento carecem efetivamente debaixa. A inclusão desses casos no ACT está em discussão.

P – O capítulo referente à Segurança Social é nuclear, mas conta-se entre os de maiordesentendimento…

R – Para nós é determinante que no capítulo sobre Segurança Social da futuraconvenção sejam salvaguardados os direitos relativos ao plano de benefício definido– que se aplica a todos os trabalhadores admitidos até 2009 – e do plano complementarde reforma dos bancários admitidos posteriormente a essa data. Esta matéria deveconstar do ACT, na medida em que trata do futuro dos trabalhadores.

Não há uma divergência de fundo quanto a esta matéria, é mais de pormenor, edeverá voltar a ser analisada proximamente pelas partes.

P – As IC pretendem retirar do ACT aregulamentação do pagamento de aju-das de custos. A Febase aceita?

R – Não. Não podemos deixar aolivre-arbítrio das IC o pagamento doscustos com as deslocações dos traba-lhadores e temos mostrado a nossaoposição frontal. As IC admitem man-ter esta cláusula, mas os valores pro-postos não nos satisfazem. Esta é umamatéria que continua em aberto.

"Queremos salvaguardar os planos de reforma"

"Vão manter-se os feriadoshoje previstos na lei e naconvenção: o Carnavale a véspera do dia de Natal"

P – Alguma novidade quanto aos fe-riados contemplados no ACT?

R – Não há nenhuma proposta em sen-tido contrário, portanto vão manter-se osferiados hoje previstos na lei e na conven-ção. Ou seja, o Carnaval e a véspera do diade Natal, que não sendo feriado é um diaem que os trabalhadores estão dispensa-dos de se apresentarem ao serviço.

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SINDICAL l Atualidade l Paulo Alexandreentrevista

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P – O que pretende a Febase relativa-mente ao SAMS?

R – Uma das linhas orientadoras des-ta negociação é a defesa do SAMS, quese consolidou ao longo dos anos inde-pendentemente do desenvolvimento doSNS. Por isso a célebre frase "enquantonão existir o SNS" deixou de fazer sen-tido.

P – Se o SNS tem 40 anos e o SAMSnunca foi posto em causa, porquê essainsistência?

R – Para ficarmos tranquilos e de umavez por todas deixarmos de estar sobinjustificável ameaça constante de queo SAMS pode acabar. Esse é um argu-mento utilizado pelas entidades patro-nais diversas vezes ao longo da histó-ria, por isso queremos definitivamenteeliminar esta referência do ACT.

P – O que significa concretamentereforçar o SAMS?

R – A reintrodução de uma verdadeirasolidariedade. Estamos a falar de a con-tribuição das IC deixar de ser 6,5%sobre a retribuição mensal efetiva dostrabalhadores e dependente do nível decada um, como hoje acontece, e passara ser um valor fixo, igual para todos ostrabalhadores. Por sua vez, os traba-lhadores continuarão a pagar 1,5% dasua retribuição mensal efetiva.

P – As IC estão disponíveis para essaalteração?

R - Sim, há da sua parte disponibilida-de para aceitar esta alteração, na me-dida em que não aumenta os encargos,só uniformiza o pagamento. Indepen-dentemente do nível do trabalhador oudo sindicato em que estiver filiado, asIC passam a pagar um valor igual porcada um.

Contribuições iguais

P – Se os sindicatos não vão recebermais contribuições, qual é a vantagem?

R – A situação atual não faz sentido.A assimetria que se verifica na distri-buição das contribuições obrigatóriasretira alguma justiça ao sistema, umavez que há outros SAMS que têm a suabase social de apoio concentrada emdeterminados escalões remunerató-rios.

A nossa proposta uniformiza o valora pagar pelas IC, independentementeda filiação sindical.

P – A Febase propôs mais algumaalteração nesta matéria?

R – Sim, também propusemos alteraro mecanismo respeitante aos dessindi-calizados. Atualmente, os SAMS dosSindicatos da Febase prestam assistên-cia aos seus associados e aos não sin-

Reforçar o SAMS

"Independentemente do nível dotrabalhador ou do sindicato em que estiver

filiado, as IC passam a pagar para o SAMSum valor igual por cada um"

dicalizados. Existe uma grande diferen-ça entre não sindicalizado e dessindica-lizado. No caso concreto dos SAMS, adesssindicalização pode levar a quealguém enquanto saudável descontepara um SAMS e apenas quando doentepara outro, transferindo para este últi-mo toda a despesa.

P – Como pretendem resolver o pro-blema?

R – O nosso objetivo é criar umanorma na cláusula explicitando que ostrabalhadores que se dessindicalizamcontinuam como beneficiários do SAMSdesse sindicato até se filiarem noutrosindicato. Estas são as três grandesalterações sobre o SAMS que defende-mos à mesa das negociações.

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Atualidade l SINDICAL

Tribunal condena BPN a cumprir ACTe a pagar dívida aos trabalhadores

TEXTOS: INÊS F. NETO

Por sentença proferida pela Instân-cia Central – 1.ª Secção do Traba-lho do Tribunal da Comarca do

Porto foi recusada a aplicação do artigo19.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31.12 (Lei doOrçamento do Estado para 2011, queinstituiu os cortes salariais no setor públi-co) relativamente ao Banco Português deNegócios, S.A. (BPN), por considerar in-constitucional a referida norma por vio-lação do núcleo essencial do direito fun-damental à contratação coletiva.

Nesta conformidade, julgou-se a açãointentada pelo SBN, SBC e SBSI totalmen-te procedente e, em consequência, con-denou o BPN:

– A reconhecer a plena aplicabilidadeda totalidade das cláusulas do ACT,incluindo as de expressão pecuniária,que deixou de aplicar desde 1 de janei-ro de 2011 aos seus trabalhadores re-presentados pelos Sindicatos autores;

– A dar cumprimento imediato, com efeitosa 1 de janeiro de 2011, a todas essascláusulas, tabelas ou anexos do ACT quedeixou de aplicar total ou parcialmente;

– E, em consequência, efetuar as promo-ções obrigatórias e por mérito previs-tas no ACT e a pagar a cada um dos seustrabalhadores filiados nos Sindicatosautores os valores que se vierem aapurar em sede de liquidação de sen-tença e que se consubstanciam no se-guinte:

1. as diferenças salariais que, desde01.01.2011, deixou e deixar de pagaraté à decisão final, por efeito dadiminuição das retribuições que fez;

2. as diuturnidades que, desde01.01.2011, deixou e deixar de atri-buir, nas datas dos respetivos venci-mentos, até à decisão final;

3. os prémios de antiguidade que, desde01.01.2011, não liquidou e não vier aliquidar nas datas dos respetivosvencimentos, até à decisão final;

4. as diferenças salariais que resulta-rem das promoções na carreira, comefeitos a 01.01.2011;

5. as diferenças dos reembolsos dasdespesas de deslocações.

Sobre estes valores acrescem os jurosmoratórios à taxa legal (4%) sobre cadaprestação em dívida e contados desde orespetivo vencimento até ao respetivopagamento.

O Banco foi ainda condenado ao paga-mento das custas do processo.

Apesar de esta decisão ser ainda recor-rível, constitui uma importante vitóriados trabalhadores bancários do BPN, numprocesso que se iniciou em 2011 na se-quência da entrada em vigor da referidaLei do Orçamento do Estado para 2011 eque foi mantida nos anos seguintes.

Os Sindicatos da Febase vão continuara acompanhar o processo, e do seu de-senvolvimento darão conhecimento aosassociados.

O Tribunal da Comarcado Porto deu por procedente

a ação do SBC, SBN e SBSIe obrigou o BPN a repor

os valores em dívidaaos trabalhadores desde

2011, dando assimcumprimento ao ACT

10 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 10 de fevereiro 2015

SINDICAL l AtualidadeTEXTOS: INÊS F. NETO

BPN Crédito despede 84 bancáriosA administração do banco

recusou encontrar soluçõesalternativas para evitar

o despedimento coletivo.Os Sindicatos apoiamos trabalhadores que

queiram avançar coma impugnação

Menos de um mês depois de assu-mir a propriedade do BPN Crédi-to, a nova administração iniciou

um processo de despedimento coletivoabrangendo 84 trabalhadores, justifican-do a decisão por "motivos e circunstânciasde natureza económica, de mercado eestruturais".

Recorde-se que o BPN Crédito foi deti-do até 12 de dezembro de 2014 peloEstado português através da Parpartici-padas SGPS SA, sendo então adquiridopela Firmus Investimento SGPS SA, cujocapital social é indiretamente detido pelasociedade britânica CS Capital Partners IVLP e pela sociedade portuguesa EurofanLda. A 7 de janeiro a nova administração

iniciou o processo de despedimento cole-tivo.

Nos termos legais, o processo foiacompanhado pela Comissão de Traba-lhadores, que nas negociações com aempresa se fez acompanhar por peritosdo SBN, que representaram também oSBC e o SBSI.

O processo negocial decorreu de for-ma célere, sem nenhuma abertura porparte da administração para encontrarsoluções alternativas ao despedimen-to coletivo, conforme previsto na Lei, esempre com pressões e tomadas deposição patronais visando intimidar ostrabalhadores abrangidos por esta me-dida.

A administração chegou mesmo aproibir a realização de uma reuniãosindical com os trabalhadores, alegan-do não ter sido convocada com 48 horasde antecedência. No entanto o encon-tro efetuou-se, não nas instalações daempresa mas à frente da sua sede, ondeo SBN juntou a grande maioria dosbancários visados pelo despedimento.

Impugnação

Os Sindicatos acusam as anterioresadministrações de ao longo de anosterem delapidado os bens da empresa etomado decisões que não contribuírampara a saúde financeira do BPN Crédito,como a de diminuição da atividade co-mercial, conforme se pode ler no Relató-rio e Contas de 2013. Agora, são ostrabalhadores que pagam a fatura coma perda do seu posto de trabalho.

Os Sindicatos alertam os trabalhado-res para a possibilidade de impugnaremo respetivo despedimento, apoiando ju-dicialmente todos os que pretendamfazê-lo, bastando para tal dirigirem-seaos serviços jurídicos do respetivo Sin-dicato.

Febase e CT juntas na defesados trabalhadores da Parvalorem

Sindicatos e Comissão de Trabalhadoresrepudiam o despedimento coletivo

e pedem o enquadramentodos trabalhadores em empresas da esfera

do Estado. UGT apoia as organizações

Os Sindicatos da Febase, a Comissãode Trabalhadores (CT) da Parvalo-rem e a UGT uniram-se em defesa

dos trabalhadores da empresa e contra odespedimento coletivo.

Após uma reunião com a UGT, as orga-nizações emitiram um comunicado con-junto, no qual afirmam: "Os Sindicatos daFebase e a Comissão de Trabalhadores daParvalorem, reconhecendo os muitos es-forços e diligências já desenvolvidos porambas as partes, entendem ser mutua-mente benéfico e importante um estreita-mento da cooperação entre si, com vista

a uma mais efetiva defesa dos trabalhado-res daquela entidade, nomeadamente da-queles que se encontram a ser objeto deprocessos de despedimento, que repudia-mos e repudiaremos, que colocam emcausa os seus postos de trabalho".

Lembrando que os trabalhadores daempresa "são profissionais com sólida for-mação e experiência bancária, enfrentandocom elevado profissionalismo mais de seisanos de instabilidade e indefinição", comoatesta "a recuperação de 540M€", as orga-nizações exigem "uma solução que não sejaapenas a do recurso a processos judiciaisque se arrastam anos nos tribunais".

Diálogo político

Nesse sentido, defendem a necessida-de de um diálogo político, já que a situaçãoresultou, "em grande parte, de uma deci-são política".

O comunicado conjunto é assumidocomo "um primeiro passo" na tentativa dediálogo político, "tendo em vista soluçõesmais justas e que garantam condições devida e de trabalho dignas para todos estestrabalhadores, entre as quais se deverácontar o enquadramento destes trabalha-dores em empresas da esfera do Estado".

A UGT esclarece ainda que "apoia eapoiará as posições e ações assumidasconjuntamente pelos seus Sindicatos epela Comissão de Trabalhadores". Sindica-tos da Febase, CT e UGT garantem aostrabalhadores da Parvalorem que a "uniãode esforços" se traduzirá "numa firme de-fesa dos seus interesses e direitos".

A Parvalorem foi criada para aresolução dos ativos tóxicos do BPN

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 10 de fevereiro 2015 ––––– 11

Seguros l CONTRATAÇÃO

Denúncia sindicalda Allianz Portugal

Valeua pena!

A seguradora iniciou o anoa cumprir o estipulado no CCT

e na lei sobre informaçãoaos trabalhadores no que dizrespeito ao Plano Individual

de Reforma. Valeua denúncia dos Sindicatos

ao IPS e à ACT

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS*

Vale sempre a pena lutar por cau-sas justas e por objetivos concre-tos e corretos.

Foi o que se fez na defesa dos direitose na salvaguarda dos legítimos interes-ses dos trabalhadores da Allianz Portu-gal.

Os Sindicatos têm como objetivoimediato o combate ao incumprimentoe/ou violações contratuais e legais,tentando resolvê-los, preferencialmen-te através de correspondência e reuniõescom administrações ou outras entida-des ligadas à matéria em causa.

No caso vertente, a Allianz Portugalprocedeu negativa e desnecessaria-mente, o que motivou a denúncia dosSindicatos à entidade que supervisionaa atividade seguradora, assim como àAutoridade para as Condições de Traba-lho – ACT.

Não se pode, contudo, deixar de la-mentar a intransigência daquela segu-radora durante três anos, ao não cum-prir o estipulado no CCT de 2012 e nalegislação aplicável, concretamente noque respeita à informação aos beneficiá-rios (trabalhadores da empresa no ati-vo) do Plano Individual de Reforma –PIR, que por imperativo do novo Contra-to Coletivo de Trabalho substituiu oanterior sistema de pensões comple-mentares de reforma. Esse fator levou,inclusive, a uma ampla divulgação des-te incumprimento no número anteriordesta revista.

Legalidade reposta

Finalmente, no início do mês de ja-neiro – terá sido também motivadorpara a seguradora o facto de se estar ainiciar um ano novo? – os trabalhadoresforam informados sobre o "Plano dePensões de Contribuição Definida" emque a seguradora contribuirá, mensal-mente, com uma percentagem do orde-nado base do colaborador, para umaconta em nome deste. O valor capitali-zado (contribuições + juros) será seu depleno direito na data da passagem àreforma.

Os Sindicatos expressam o seu rego-zijo por a Allianz Portugal, ter decididocumprir um dever que estava "no es-quecimento". Os Sindicatos estão con-vencidos que a sua determinação aca-

bou por abrir a porta ao cumprimentoem falta.

Com o término deste processo, im-põe-se que a partir de agora seja dadaa respetiva informação aos trabalhado-res de acordo com o que está conven-cionado no CCT, e de forma a mantê-losadequadamente esclarecidos.

Para o efeito relembra-se o ponto 1)do Anexo V do CCT (Plano Individual deReforma) em vigor: "Tendo em conta odisposto na cláusula 49.ª, o emprega-dor efetuará anualmente contribuiçõespara o Plano Individual de Reforma (PIR),de valor correspondente à percenta-gem indicada, aplicada sobre o ordena-do base anual do trabalhador. Ano civilde 2015 e seguintes: 3,25%".

*Vice-Presidente do STAS

12 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 10 de fevereiro 2015

QUESTÕES l Jurídicas

Em 2015

Descongelamento das reformas antecipadasAs denominadas "reformas

antecipadas" foramdescongeladas, mas em

condições muito diferentesdas que existiam anteriormente.

Para evitar "surpresas", antesde concretizar o pedido

os trabalhadores devem solicitarà Segurança Social o cálculo

provisório da sua pensão

TEXTO: CARLA MIRRA*

Com a publicação do Decreto-Lein.º 8/2015, de 14 de janeiro, foiparcialmente desbloqueado o

acesso às reformas antecipadas, pro-duzindo este diploma os seus efeitosreportados a 1 de janeiro de 2015.

Na verdade, através do Decreto-Lein.º 85-A/2012, de 5 de abril, o Governoprocedeu à suspensão genérica dasnormas que regulavam a matéria rela-tiva à antecipação da idade de acesso

à pensão de velhice no âmbito da flexi-bilização, como medida temporáriadestinada a promover a sustentabilida-de do regime de pensões do sistemaprevidencial de Segurança Social. Naocasião mantiveram-se apenas, emdeterminadas condições, as reformasantecipadas na sequência de situaçãode desemprego de longa duração edeterminados regimes especiais espe-cificamente previstos.

Posteriormente, através do Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro,foi introduzido um conjunto de altera-ções ao regime de pensões de invalideze velhice do sistema de Segurança So-cial, com vista ao reforço da sustenta-bilidade do regime das pensões. Umadessas alterações foi o aumento daidade de acesso à pensão de velhice,em função da evolução da esperançamédia de vida aos 65 anos. A idade dereforma aumentou, assim, para os 66anos em 2014, mantendo-se neste pa-tamar em 2015.

Condições mais restritivas

Com o Decreto-Lei n.º 8/2015, foramdescongeladas as denominadas "reformas

antecipadas", mas em condições muitodiferentes das que existiam anteriormen-te, por já não se justificar manter a suspen-são do acesso às mesmas, embora a fase de"recuperação económica" aconselhe a umregime transitório.

Depois deste regime, a aplicar tran-sitoriamente durante o ano de 2015, nopróximo ano voltará a vigorar, ao quetudo indica, o modelo anterior.

Ao abrigo do regime anterior, sus-penso em abril de 2012, um trabalhador

Só contará para a redução dapenalização o tempo de descontosalém dos 40 anos de contribuição

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 10 de fevereiro 2015 ––––– 13

Questões l JURÍDICAS

podia pedir a reforma antecipada setivesse pelo menos 55 anos de idade e30 anos de descontos para a SegurançaSocial. Atualmente, o trabalhador sópode pedir a reforma antecipada desdeque, cumulativamente, tenha pelomenos 60 anos de idade e 40 de contri-buições para a Segurança Social (Art.º4.º do DL n.º 8/2015).

Por outro lado, anteriormente, desdeque o trabalhador, no dia em que fizes-se 55 anos de idade, tivesse mais de 30anos de contribuições para a SegurançaSocial, por cada conjunto completo detrês anos que, naquela data tivessepara além dos 30 de descontos, reduziaum ano de penalização. Exemplificati-vamente: Se o trabalhador X tivesseaos 55 anos de idade, 36 anos de des-contos, poderia antecipar dois anos ereformar-se sem penalização aos 63anos, ao invés dos 65 anos (idade míni-ma legal em vigor).

Neste momento, como decorre do DLn.º 8/2015, só contará para a redução dapenalização, o tempo de descontos paraalém dos 40 anos de contribuição, que otrabalhador tiver na data em que pedir areforma antecipada. Por cada ano quetiver a mais para além dos 40 anos decontribuições, desconta quatro meses naidade legal de acesso à reforma, queneste momento é de 66 anos de idade.

Penalizações

Por outro lado, o trabalhador quepeça a reforma antecipada, ao abrigodo DL n.º 8/2015, seja qual for a suaidade e os anos de descontos (desdeque cumpridos os requisitos mínimosestabelecidos), sofre ainda a penaliza-ção que resulta da aplicação do fator desustentabilidade que, em 2015, é de13,02 % (ver caixa).

Este regime, na prática, trará vanta-gens apenas a alguns trabalhadores,pelas limitações impostas e descritasatrás, e desde que detenham carreirascontributivas muito longas.

Desta forma, em jeito de conclusão,e para evitar "surpresas", os trabalha-dores que pretenderem pedir a reformaantecipada devem, antes de concreti-zar o pedido, solicitar à Segurança So-cial o cálculo provisório da sua pensão.

Por ser uma decisão que terá reflexospara o resto da vida, sendo irreversível,deverá ser muito ponderada e nuncatomada de forma irrefletida. Em casode dúvida, consulte também o seu Sin-dicato, que lhe dará os esclarecimentosnecessários, encaminhando-o devida-mente se necessário.

*Advogada do STAS

Para melhor explicar as consequências das penalizações em caso dereforma antecipada, exemplifica-se com dois casos.

Um exemplo:Um trabalhador com 60 anos de idade e 41 de descontos pede a

reforma antecipada ao abrigo do DL n.º 8/2015. Como tem um ano dedescontos para além dos 40, reduz a idade de acesso legal à reforma (66anos em 2015) em quatro meses. Logo, aos 65 anos de idade e oito mesesé que não terá penalização.

No exemplo indicado, como o trabalhador em causa tem 60 anos deidade e a penalização é de 0,5% por cada mês que antecipe, sofrerá umapenalização de 34% (68 meses x 0,5%). O valor da pensão, além destapenalização, sofre ainda o corte adicional, resultante da aplicação dofator de sustentabilidade, que em 2015, como já se referiu, é de 13,02%.O corte global será, assim, 47,02%, resultando da soma da penalização de34% com a penalização resultante do fator de sustentabilidade de 13,02 %.É de realçar que esse corte, globalmente considerado, manter-se-á paratoda a vida.

Outro exemplo:Um trabalhador com 62 anos de idade e 43 de descontos poderá

reduzir quatro meses por cada ano de descontos acima dos 40 anos decontribuições. Terá, assim, uma "bonificação" de 12 meses. Potencial-mente faltavam-lhe quatro anos para a reforma, passando assim a faltarapenas três. Aplicando a penalização de 0,5% por cada mês de reformaantecipada, teremos 36 meses e consequentemente 18% (36 x 0,5%)de penalização se o trabalhador em causa pedir a sua reforma aos 62anos de idade, como indicado. Aos 18% deverão somar-se 13,02% dofator de sustentabilidade, como já referido, o que implica uma penali-zação total de 31,02%.

Dois exemplos

Por ser uma decisãoirreversível, deverá ser

muito ponderada

14 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 10 de fevereiro 2015

SINDICAL l Fundo de Pensões

Grupo BCP

Grau de cobertura melhorouO Fundo de Pensões do

Grupo BCP tinha no final doprimeiro semestre de 2014

um valor de 2.786.025milhares de euros para fazer

face a um total deresponsabilidades de

2.759.452 milhares de euros,pelo que apresentava uma

cobertura de 101%

Os Sindicatos da Febase fazemparte da Comissão de Acompa-nhamento do Fundo de Pensões

do Grupo BCP, cujo objetivo é analisara situação do fundo, com base na do-cumentação disponibilizada, nomea-damente o Relatório Atuarial elabora-

TEXTOS: INÊS F. NETO

do pelo atuário responsável. A assesso-ria técnica dos Sindicatos é asseguradapela Capsicalculus, liderada pelo Prof.Pereira da Silva.

A reunião da Comissão realizou-se noinício de dezembro, com o objetivo deanalisar o relatório atuarial relativo ao

primeiro semestre de 2014. Os Sindica-tos da Febase estiveram representadospor Rui Riso.

Recorde-se que os trabalhadores ereformados do banco foram integradosno regime geral da Segurança Social.No caso dos trabalhadores, o BCP man-tém a responsabilidade de proteçãonas eventualidades de doença, invali-dez e morte, bem como o SAMS, sendoo pagamento da pensão de reforma porvelhice repartido entre a instituição e oCentro Nacional de Pensões. No que serefere aos reformados, o banco man-tém as responsabilidades decorrentesde possíveis atualizações futuras dovalor das pensões de velhice e sobrevi-vência.

O nível de financiamento do fundo debenefício definido era, no final do pri-meiro semestre de 2014, de 101,0%,contra 100,6% em igual período de2013.

O grau de cobertura das responsabi-lidades pelo Fundo melhorou ligeira-mente, apesar de uma descida de 50pontos bases na taxa técnica de juro,que passou de 4% para 3,5%.

Os assessores da Febase consideramque a evolução do Fundo pode conside-rar-se positiva no semestre, apesar de umaumento do valor das responsabilidades.

Com efeito, a rendibilidade melhorougraças a um aumento nas componentesacionistas e obrigacionistas de taxa fixafinanciadas por uma diminuição da li-quidez e obrigações indexadas e doimobiliário.

Para um parecer definitivo sobre ocomportamento do fundo no ano passa-do, a Febase aguarda os dados relativosà evolução no segundo semestre.

Posição do Fundo Mil euros

2013 2014 VariaçãoValor do Fundo(excluindo F&C Portugal)

2.547.276 2.786.025 238.749

Responsabilidades totais 2.533.234 2.759.452 226.218Excedente 14.042 26.573 12.531Cobertura 100,6% 101,0%

2013 2014 Variação 2013 2014 VariaçãoReformados 1.192.677 1.288.838 96.161 296.449 302.715 6.266Ativos 1.044.108 1.167.899 123.791 2.533.234 2.759.452 226.218

Responsabilidades

Responsabilidadesa cargo do Fundo

Responsabilidadesa cargo do Banco

Mil euros

Composição da carteira de títulos

2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 Diferença (%)Ações 15 15 35 35 25 25 26,80 29,80 3,00Obrigações

5 5 25 25 15 15 15,00 18,20 3,20taxa fixaObrigações

17 17 37 37 27 27 30,40 26,10 -4,30e liquidezImobiliário 17,50 17,50 33 33 28 28 23,20 21,50 -1,70Inv.

0 0 10 10 5 5 4,60 4,40 -0,20alternativosTotal 100% 100% 100,00% 100% 0,00%

Limite mínimo(%)

Limitemáximo (%)

AlocaçãoCentral (%)

Fundo (%)

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 10 de fevereiro 2015 ––––– 15

SINDICAL l Atualidadedossiê Fundos de Pensões

As políticas de investimentodos fundos de pensões

podem pôr em riscoa segurança das reformas

de milhões detrabalhadores.

O movimento sindicalmundial exige

responsabilidadee transparência. Umadeclaração conjunta

de apoio a uma alteraçãonormativa está já em

marcha

TEXTO: ELSA ANDRADE

Afraude e a evasão fiscais sãopreocupações comuns à maioriados países, embora pequenos

sejam os passos para uma harmoniza-ção que permita combater eficazmen-te o problema.

Todos os anos muitos milhões esca-pam pelas malhas do sistema aos cofresdos estados, onde poderiam ser aplica-dos no financiamento de serviços públi-cos, em despesas sociais ou, até, paraaliviar a carga fiscal sobre o trabalho.

Grandes empresas e multinacionaisrefugiam-se em paraísos fiscais ou mu-dam a sede social para países commenor carga fiscal, aumentando osdividendos dos acionistas na mesmaproporção em que diminuem a suacontribuição para o bem-estar da co-munidade. A opinião pública manifes-ta-se cada vez mais intolerante com

este tipo de comportamento, pressio-nando os governos, sobretudo nospaíses com pesados impostos sobre osrendimentos do trabalho.

Mas a situação configura um escân-dalo maior quando os fundos de pen-sões – que movimentam o dinheiro dostrabalhadores – utilizam uma planifi-cação fiscal inadequada à sustentabi-lidade da economia e à salvaguardadas reformas.

Alteração de procedimento

Organizações sindicais nacionais einternacionais estão preocupadas comas práticas fiscais dos fundos de pen-sões. A crise financeira demonstrouclaramente o problema de certos in-vestimentos, pondo em risco a refor-ma de milhões de trabalhadores.

Evasão fiscal sob a mira sindical

A evasão fiscalafeta toda

a comunidade

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16 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 10 de fevereiro 2015

dossiê

Além do mais, a evasão fiscal pra-ticada por multinacionais e fundos cau-sa enormes entraves à economia mun-dial, deixando muitos Estados em difi-culdade para sustentar políticas sociais

e serviços públicos para as populações.A falta de recursos tem sido justificaçãopermanente para privatizações e cor-tes no estado social. "A capacidade dosfundos de pensões para gerar, a nível

O que querem os sindicatosAs organizações sindicais subscritoras da declaração exigem aos grandes fundos de

pensões dos trabalhadores:– Avaliação interna das práticas fiscais dos investimentos existentes com dois objetivos:

determinar a extensão das práticas fiscais inadequadas (utilização de jurisdições queaplicam o segredo fiscal ou paraísos fiscais, preços de transferência, financiamentointragrupo, etc.) e analisar os riscos jurídicos e de imagem, o impacto sobre a basetributável e as repercussões destas práticas fiscais nos rendimentos durante o ciclo de vidado investimento para, em caso necessário, modificar as práticas fiscais;

– Integrar considerações fiscais responsáveis nos processos de diligência e avaliação emtodos os novos planos de investimento e exigir aos administradores internos e externosdos fundos que apresentem informação sobre as práticas fiscais;

– Colaborar com as empresas e os acionistas para fomentar a divulgação voluntária dopagamento de impostos – incluindo a discriminação de rendimentos e dos impostos país a país–, bem como a divulgação da existência de filiais em jurisdições onde se aplica o segredo fiscal;

– Divulgar as políticas fiscais responsáveis e apresentar um relatório anual sobre as medidasadotadas para solucionar ou mitigar práticas fiscais inadequadas;

– Promover alterações nas normativas mundiais com o objetivo de garantir a divulgaçãopública do pagamento de impostos corporativos e comprometendo-se com os investido-res a adotar uma abordagem fiscal responsável, em conformidade com o espírito da leie com os códigos tributários, como prevê o Plano de Ação BEPS da OCDE e do G20.

mundial, rendimentos a longo prazodepende de uma economia sã baseadanum sistema fiscal justo. O pagamentode imposto financia serviços essenciaisque permitem que comunidades, empre-sas e investimentos prosperem", lê-sena declaração conjunta lançada pororganizações sindicais mundiais, entreas quais a Confederação Sindical Inter-nacional (CSI), bem como a UNI e a UGT,estruturas em que os Sindicatos da Fe-base estão filiados.

Com esta iniciativa, as organizaçõessindicais signatárias pretendem apoiara realização das reformas normativasdestinadas a estabelecer práticas fis-cais justas e responsáveis como previs-to pelo G20, de acordo com o Plano deAção da OCDE contra a erosão da basetributável e a transferência de benefí-cios (BEPS, na sigla inglesa).

A iniciativa estabelece as expectati-vas sindicais quanto à forma como osfundos de pensões devem abordar osriscos fiscais, incluindo os processos deavaliação dos investimentos existen-tes, a realização de um procedimentodiferente para qualquer novo investi-mento, o fomento da declaração fiscaldas empresas em cada país e a colabo-ração com os gestores externos dosfundos.

Os sindicatos acusamos fundos de pensõesde planificação fiscal

agressiva para aumentara rentabilidade

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 10 de fevereiro 2015 ––––– 17

Fundos de Pensões l DOSSIÊ

Organizações apoiantesConfederações sindicais nacionais e organizações internacionais estão

unidas em defesa de uma fiscalidade sustentável dos fundos de pensões.A petição sindical foi já assinada por 45 estruturas sindicais de 19 países,

entre as quais se destacam a Confederação Sindical Internacional (CSI), UNIGlobal Union, Comissão Sindical Consultiva junto da OCDE (TUAC) e Interna-cional de Serviços Públicos (ISP).

Entre confederações nacionais contam-se centrais sindicais de países comoPortugal (UGT), Alemanha, África do Sul, Austrália, Bélgica, Canadá, Brasil,República Checa, EUA, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Indonésia, Japão,Irlanda, Noruega, Suécia e Nova Zelândia.

"As tentativas para aumentar a ren-tabilidade a curto prazo mediante umaplanificação fiscal agressiva minam asustentabilidade das nossas econo-mias", afirmou Sharan Burrow, secre-tária-geral da CSI, acrescentando: "Nasua qualidade de administradores docapital dos trabalhadores, os fundosde pensões devem tomar medidas ra-zoáveis nas suas carteiras de investi-mento, face ao risco fiscal".

Proteger pensões

Na declaração, as organizações sin-dicais alertam para o facto de a plani-ficação fiscal agressiva dos fundos com-prometerem a economia, bem como oclima e o ambiente do investimento emgeral, "pondo em risco os benefícios alongo prazo e fazendo perigar os rendi-mentos dos trabalhadores e a seguran-ça das suas reformas".

Por outro lado, sublinham, "a redução deimpostos concedida a empresas e investi-dores põe em risco os rendimentos públicose a capacidade dos governos de financia-rem adequadamente as pensões públicas".

"Em última instância, são os cidadãoscomuns, incluindo os beneficiários dosfundos de pensões, quem paga a fatu-ra", sublinham os sindicatos.

As organizações sindicais signatáriasmanifestam a sua preocupação com aatual situação, frisando que ao nãoincluírem os riscos fiscais nos planosde investimento, os fundos de pensõesexpõem-se a perigos desnecessáriosde ordem normativa, financeira e deimagem. "A agressiva evasão fiscal

corporativa pode reduzir os futurosfluxos como consequência de cargasfiscais inesperadas, prejudicar a ren-tabilidade a longo prazo e exercer umimpacto significativo na confiança dosinvestidores".

Para os sindicatos, se os administra-dores dos fundos não tomarem medi-das para evitar a evasão fiscal podemser considerados responsáveis, casose prove que tais práticas põem emrisco a saúde do fundo ou impõemcustos desnecessários ao fundo e aosseus beneficiários.

"Os fundos de pensões, enquanto ad-ministradores do capital dos trabalha-dores, têm de responder a esta questãoe incorporar os riscos fiscais como partefundamental da sua política de investi-mento responsável", exigem.

Impossível escapar

Embora a responsabilidade princi-pal da luta contra a evasão fiscal caibaaos governos, a escala e influênciamundial dos fundos de pensões ofere-ce uma oportunidade de fazer avançarpolíticas e práticas fiscais responsá-veis, lê-se na declaração.

Sharan Burrow denuncia os poderososinteresses financeiros e empresariaisque estão a dificultar a cooperação in-ternacional para pôr fim "ao interminá-vel escândalo dos acordos fiscais deíndole duvidosa, especialmente de al-gumas importantes multinacionais".

"Estas artimanhas fiscais são pro-fundamente prejudiciais para a situa-ção fiscal dos governos e para as em-presas que cumprem as suas obriga-ções", afirmou a secretária-geral daCSI, acrescentando: "Os governos têmde estabelecer regulações para garan-tir que as empresas não podem fugir àssuas obrigações tributárias. Nessesentido, estamos a concentrar a nossaatenção nos fundos de pensões".

A redução de impostos a empresas e investidores põe em risco a capacidade socialdos estados, como a educação

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 10 de fevereiro 2015 ––––– 17

18 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 10 de fevereiro 2015

TEMPOS LIVRES l Nacional

Caminhadas chegam a Espanha

Além das habituaiscaminhadas, a organizaçãoquer elevar o projeto a umoutro patamar. Iniciativascom mais de um dia estão

na calha

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Depois de mais um ano repleto demuitos e bons passeios, as Cami-nhadas Febase estão de regres-

so, desta feita com algumas novidades.O primeiro percurso será feito na

margem Sul do Tejo, no dia 21 destemês. Os participantes terão oportuni-dade de perscrutar a capital a partir devários pontos em Almada.

Precisamente um mês depois haverá acaminhada "Olhos D´Água", em Alcanena,onde será possível observar a nascente doAlviela, na chamada Gruta do Alviela.

E no dia da Liberdade nada melhor doque comemorar a data no local ondeaconteceu a mais importante revoluçãoportuguesa. Na capital, o passeio pela"Lisboa das Revoluções" será noturno.

Marque na agenda!Estas são as caminhadas já agendadas para 2015.Vamos fazer o pleno?

Data Caminhada

21 de fevereiro Almada: Olhares sobre Lisboa

21 de março Olhos D'Água: A nascente do Alviela (Alcanena)

25 de abril Passeio noturno pela Lisboa das Revoluções

30 de maio Da Comporta à Carrasqueira: à descoberta do Cais Palafítico

20 de junho Pedipaper: Caminhando por Lisboa

26 de setembro Quintas Românticas – Sintra

31 de outubro Castelo de Sesimbra/Cabo Espichel

21 de novembro Rota das Linhas Torres (Forte São Vicente)

Para os apaixonados e não só, emsetembro realizar-se-á uma caminha-da na vila de Sintra, onde os participan-tes visitarão as quintas mais românti-cas da zona.

Ao longo do ano haverá caminhadasdiversificadas para satisfazer o maior nú-mero possível de sócios e seus familiares.Consulte o quadro e marque já na agenda.

Atravessar a fronteira

Além do calendário já definido, existea possibilidade de organizar outras ini-ciativas, que estarão disponíveis emqualquer data e sujeitas a um númeromínimo e máximo de participantes.

O Passeio Ciclotur será feito em Lis-boa, com a duração de um dia, e exigeum mínimo de dez participantes e ummáximo de 20. As bicicletas serão for-necidas pela organização.

"Sou contrabandista de amor e sau-dade…", assim cantava Paco Bandeira.A "Rota dos Contrabandistas" não co-meça em Elvas nem tem Badajoz àvista, mas passará por Penamacor,Monsanto, Penha Garcia, Monfortinho eEspanha. Terá a duração de três dias eduas noites, com um limite mínimo de20 pessoas e um máximo de 40.

A Serra da Estrela também está con-templada nestas novas iniciativas. Entre15 e 30 pessoas terão oportunidade devisitar Loriga e a Torre, durante três dias.

Finalmente, em terra de 'nuestroshermanos' os participantes podem vi-sitar a Serra de Gredos, durante trêsdias e duas noites. Este passeio tem umlimite mínimo de 15 pessoas e ummáximo de 20.

Para mais informações consulte o blo-gue das Caminhadas Febase, em http://febase-caminhadas.blogspot.pt/

Celebrar a primavera na nascentedo Alviela

A visita à Serra de Gredos, em Espanha, está nos planos À descoberta do cais palafítico da Carrasqueira

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Conselho Geral aprovaPrograma de Ação e Orçamento

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Realizou-se dia 30 de dezembro oConselho Geral do SBN, que tinhacomo finalidade apreciar e votar

a proposta da Direção referente aoOrçamento para 2015 e as Bases Ge-rais e o Programa de Ação – documen-tos da maior importância para a vidado Sindicato.

No período de Antes da Ordem deTrabalhos foi analisada a situação quea banca portuguesa atualmente atra-vessa, nomeadamente a redução doquadro de pessoal que se verifica noMillennium BCP, no Barclays e no Ban-co Bilbao Vizcaya Argentaria.

Por parte da Direção foi prestadainformação sobre a forma como setêm vindo a desenvolver as negocia-ções para a revisão do acordo coletivode trabalho do setor bancário que,recorde-se, foi denunciado pelas ins-tituições de crédito em junho de 2012.

Contenção de gastos

Entrou-se de seguida na análise doOrçamento e do Plano de Ação para o anode 2015, que preveem um ainda maiorcuidado nos gastos, com contração dedespesas que se tornam possíveis, dadaa diminuição das receitas originadas,entre outras causas, pela não admissãode novos trabalhadores no setor e pelaredução do quadro de pessoal que temvindo a verificar-se em alguns bancos.

Assim, o Orçamento propõe uma maiorcontenção do nível de gastos na genera-lidade dos pelouros existentes, sem pre-juízo das áreas da negociação coletiva,do SAMS e da atividade sindical – maté-rias consideradas pilares na atividade doSBN –, verificando-se até um reforço naatividade sindical, no sentido de tornarpossível uma ainda maior aproximaçãodo Sindicato e de toda a estrutura sindicalaos associados.

Igualmente – e no âmbito do SAMS –o Orçamento aumenta dotações paraalargamento do quadro clínico internoem algumas especialidades e reforçaações em medicina preventiva, aomesmo tempo que procura um maiorcontrolo na faturação hospitalar e naassistência medicamentosa, camposonde é pretendida a implementação de

medidas de maior rigor e critério, sen-do procurado assim atingir uma maiorestabilidade financeira do SAMS.

Lembre-se ainda – e foi motivo deinformação detalhada – a dívida do Esta-do ao SAMS, que ronda os 47 milhões deeuros e que, na falta de acordo para opagamento, originou um processo judi-cial por parte do SBN. O não pagamentodificulta o dia-a-dia do funcionamento doSAMS, sem, contudo, atingir a qualidadedo serviço prestado aos beneficiários.

Rentabilizar património

Ainda no Orçamento, são de salientaras verbas destinadas aos cuidados a terpara com os ativos patrimoniais do SBN,procurando corrigir algumas debilidadesexistentes e, simultaneamente, rentabi-lizar o património, aprovando um planode investimento exequível e cuidadosopara a melhoria das condições atuais.

Depois de analisado e discutido e derecebida informação detalhada por par-te do responsável financeiro do Sindica-to dos Bancários do Norte, Pedro Vaz, odocumento foi votado pelos conselhei-ros presentes, tendo sido aprovado porlarga maioria, com um voto contra euma abstenção. O Programa de Ação foiaprovado com duas abstenções.

Os conselheirosaprovaram por largamaioria os documentosapresentadospela Direção

O ConselhoGeral debateutambém asituação laboralno setorbancário

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Notícias l Bancários NorteTEXTOS: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

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As questões dos associadosmerecem uma análise

conjunta, bem como a gestãode todas as matérias

relacionadas com a vidada estrutura

Serafim Silva (coordenador), Cândi-do Pinto e Carlos Rebelo (efetivos),além de Gaspar Lira e José Faria

(suplentes), são os membros da Comis-são Sindical de Delegação de Braga.

Em entrevista à Revista Febase subli-nharam as virtualidades de uma gestãocolegial, em que todas as questões comque os associados os confrontam mere-cem uma análise conjunta, o mesmoacontecendo com a própria gestão detodas as matérias relacionadas com avida daquela estrutura: "Embora à parti-da possam existir pontos de vista diver-gentes, conseguimos consensos que pos-sibilitam uma gestão unida e eficaz, o quetem dado os bons frutos à vista de todos".

P – No que diz respeito à área sindical,que balanço fazem do ano que agoraterminou?

R – O ano findo foi extremamentedifícil para os bancários, com muitosproblemas. Por isso decidimos logo deinício que reforçaríamos, até ao limitedas nossas forças, o acompanhamentoaos associados, a quem dedicámos todaa nossa atenção e atividade. A nossapresença fez-se sentir muito intensa-mente, em particular nos casos do BPN,do Banif, do Barclays e do BCP – esteainda em maior escala, dado ser o quedetém um maior número de balcões nodistrito e em que a conflitualidade sefez sentir de forma mais aguda.

P – Como desenvolveram essa ativi-dade de apoio?

R – De uma forma muito personaliza-da, quer nos balcões quer na delegação– neste caso, quando os colegas preten-diam ter uma conversa mais reservada.Mas, além da nossa presença, recorría-mos frequentemente ao apoio do Con-tencioso do SBN ou a opiniões dos cole-gas do Pelouro da Contratação Coletiva

do sindicato. E quando as situaçõeseram mais gravosas, tínhamos a preo-cupação de os acompanhar pessoal-mente ao Contencioso. É certo que tudoisso foi extremamente trabalhoso, mastambém muito gratificante, porque sen-tíamos que os colegas saíam informa-dos e com a possibilidade de formar emconsciência a decisão que melhor seadequasse ao seu caso.

Depois, lá mais para o final do ano, foio BCP que começou a pressionar muitostrabalhadores, indo ao ponto de lhesretirar subsídios que eram considera-dos permanentes e coagindo-os de talforma que lhes retirava a paz e o sosse-go necessários ao desempenho das fun-ções. Também nesses casos tivemos deacompanhar muitos colegas ao Con-tencioso. Por fim, surgiu o caso do BBVA,ao fechar um balcão, o que não deixoude suscitar o nosso apoio aos trabalha-dores afetados, até porque o que nosinteressa é a defesa da classe bancáriaem geral, que queremos ver unida e nãodividida, em prol dos princípios e dosvalores do movimento sindical.

Encerramento de balcões

P – Em que medida a questão do BESse repercutiu na vossa atividade?

R – Foi a partir do princípio de agostoque o problema se levantou. Tambémnesse caso fizemos um acompanha-mento exaustivo dos colegas nos bal-cões, o que chegou, em algumas cir-cunstâncias, a dar-lhes apoio em situa-ções em que eram insultados por clien-tes e de que resultava uma absolutacarência de apoio moral. Ninguém podeimaginar algumas situações por queesses colegas passaram. É indescrití-vel. Felizmente que essas situações jáestão desanuviadas, mas continuamosatentos às dificuldades dos colegas edas instituições.

P – Tem havido mais encerramentosde balcões?

R – Sim, fecharam balcões do BPI e,mais recentemente, do Santander, masa recolocação dos trabalhadores temsido pacífica e a contento de cada um,sem que, contudo, tenhamos deixadode estar atentos e de acompanhar as

situações. Mas também encerraramalguns do Banif, do BCP e o do BBVA.Claro que tudo isto se traduz numaredução da atividade bancária na áreada delegação, ainda que não tenhahavido redução do número de associa-dos no SBN.

P – O que mais vos preocupa esteano?

R – O agudizar da situação na banca,na sequência dos problemas de 2014.Por exemplo: o processo do BCP está emcurso e não sabemos ainda qual seránem a sua dimensão nem as respetivasrepercussões, ainda que temamos quenão esteja a seguir pelos melhores ca-minhos, até porque a coação que con-tinua a ser feita sobre os trabalhadorespode levá-los a tomar decisões poucoponderadas; estamos expectantes, assituações já se encontram identifica-das e relatadas ao Contencioso. Mastambém estamos atentos ao desenro-lar dos acontecimentos no Novo Banco.Isto só para citar dois exemplos, porquereceamos que 2015 não venha a sermelhor do que o ano anterior. Mas nãoantecipemos situações. Apenas quere-mos dar uma garantia aos colegas:podem contar connosco no acompa-nhamento muito firme dos problemascom que possam vir a ser confrontados.

Comissão Sindical de Delegação de Braga

Uma gestão colegial, unida e eficaz

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Encontro de reformados

P – Mudando de assunto: a Delega-ção fez uma festa de Natal que supe-rou as anteriores…

R – Foi mesmo. Esta festa, destinadaaos filhos dos associados, tem vindoem crescendo e em 2014 teve a bonitapresença de 247 crianças, sendo que asala do cinema Braga Shopping – amaior da cidade – registou a presençade 430 pessoas. Todas as crianças re-ceberam uma prenda e no final reali-zou-se um lanche para crianças e adul-tos, que contou com 470 presenças.Ora, isto também é fazer sindicalismo,juntando bancários e familiares emharmonia em torno do SBN, situaçãoque foi referenciada pela positiva portodos os presentes. Temos de confes-sar algum orgulho por esta organiza-ção, toda ela feita de forma dedicadae empenhada pelos colegas que com-põem a delegação.

P – No domínio do lazer, quais asvossas principais realizações?

R – Lamentamos que este ano nãotenha sido possível fazer um encontro dereformados, mas está na hora de se orga-nizar um convívio alargado, até porquesão importantes para o SBN e porque nosmerecem todo o respeito e carinho. Está

na hora! Por outro lado, em parceria comas delegações de Valença e de Viana doCastelo, vamos continuar a fazer doispasseios – um maior e outro mais peque-no –, abertos a todos os associados efamiliares; estamos neste momento aestudar os respetivos destinos. Tambémcontinuaremos a dar a nossa atenção aoGrupo de Cavaquinhos da Delegação, quejá existe há mais de 20 anos e está abertoa todos quantos nele queiram integrar-se;o grupo tem colaborado e animado al-guns eventos do SBN.

P – E quanto ao desporto…R – Nesse campo continuaremos a

apoiar todas as iniciativas de âmbitonacional que se realizem nesta áreasindical.

P – A vossa Delegação tem instala-ções que permitam ser frequentadaspelos associados?

R – Tem, pois. Por exemplo, recebe apresença de reformados que aqui vêmpassar algumas horas de convívio,além de tratarem de assuntos sindi-cais e de saúde. Aliás, dispomos de umespaço amplo para sócios e familiares,onde podem praticar alguns dos cha-mados desportos de salão – como jo-gos de cartas –, além de disporem deacesso livre à Internet.

Posto clínico mais visitado

P – Deixámos para último um dostemas mais importantes: o do postoclínico. Qual o balanço?

R – Podemos afirmar categoricamen-te que existe com a pujança que seimpõe numa área tão crítica para osbancários como esta. Nasceu numa al-tura em que os bancários eram umaclasse muito deficitária nesta matériae agora está demonstrado à evidênciaque lhes é cada vez mais querido e maisvisitado. Honra seja feita aos seus co-laboradores e ao seu corpo clínico, quesão de uma dedicação e de uma gene-rosidade difíceis de encontrar no siste-ma de saúde.

P – Serafim Silva travou uma lutaempenhada pela manutenção do pos-to…

R – É verdade. E demonstrei de formacabal que não poderia fechar. Anual-mente efetua, entre atos de estomato-logia e consultas de cardiologia, gine-cologia, medicina geral e familiar, orto-pedia, pediatria, psiquiatria e enferma-gem, 7.500 atos clínicos. Há, portanto,uma clara sustentabilidade e consoli-dação do posto. Por exemplo: em esto-matologia, com quatro clínicos e pres-tação de serviços de manhã e à tarde,a taxa de ocupação varia entre os 97%e os 103%; em clínica geral é de 90% eem todas as outras é de 70% – númeroconsiderado razoável em medicina.

Por seu turno, a enfermagem prestatodo o tipo de serviços, desde injeçõesa tratamentos e a medição da tensãoarterial e aos níveis da glicose, entretantos outros, com uma ocupação enor-me. Toda esta força e vontade devem-seà força e ao carinho que recebi dosbancários da área da Delegação, quecontinuam a considerar o posto umbem que não podem perder. E, comocomplemento destes serviços e dasespecialidades não existentes, Braga eos concelhos limítrofes primam por umconjunto de protocolos que vão ao en-contro das necessidades dos bancáriose seus familiares.

Da esquerda para a direita: CarlosRebelo, Serafim Silva (coordenador)e Cândido Pinto, da Comissão Sindicalde Braga, acompanhados por JoséAntónio Gonçalves, responsávelpelo pelouro da Estrutura Sindicale Sindicalização do SBN

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UNIMED

Alargar a área de intervençãoNa última reunião esteve

em debate a situação do setorfinanceiro na área

do Mediterrâneo e foramlançadas as bases para

estender o fórum a maispaíses

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Areunião anual da UNIMED, ór-gão da UNI que faz a ponte entreos países do Sul da Europa e do

Norte de África, teve lugar em novem-bro, na cidade turca de Istambul.

Trata-se de um fórum de debate,informal e não vinculativo, que temcomo objetivo encontrar estratégiascomuns de defesa dos direitos dostrabalhadores dos países do Sul daEuropa e do Norte de África.

Este encontro procurou afirmar aregião sul da Europa no seio da UNIEuropa e transportá-la para a UNI glo-bal. A importância e sucesso destesfóruns ficou evidenciada no recenteCongresso Mundial da UNI na África doSul, onde as propostas apresentadaspela UNI Europa foram claramente in-fluenciadas pelas decisões tomadaspela UNIMED como, por exemplo, o

desenvolvimento de uma ação comumpara construir um pacto social quepromova um setor financeiro susten-tável e uma economia real próspera.

Fortalecer o movimento sindical

Rui Riso, atual presidente da UNIMED,definiu claramente o seu objetivo atéao final do mandato: "Conseguir trazerpara a UNIMED outros países mediterrâ-nicos que estão fora, nomeadamente aCroácia e os países da região da ex-Jugos-lávia".

É intenção do presidente do SBSIque a próxima reunião da UNIMEDseja feita num desses países, ou entre

o sul da Europa e o Norte de África."Seria interessante fazer o encontrona Croácia ou na Bósnia-Herzegovina,por exemplo, porque são zonas ondeas organizações sindicais têm poucavisibilidade. Uma realização desta na-tureza seria também importante parafazer ver à sociedade qual a impor-tância do movimento sindical na de-fesa dos direitos dos trabalhadores",explica.

O documento com as recomenda-ções à UNI Europa aprovado na reuniãode Istambul perspetiva precisamenteque a área de influência da UNIMEDatinja outros países.

Várias dificuldades

No entanto, Rui Riso alerta para asdificuldades de chegar a outros esta-dos, como a Roménia ou a Croácia. "Asorganizações sindicais destes paísesainda não têm a substância de outras.A nossa estrutura está devidamenteorganizada, é reconhecida pela socie-dade e pelo poder e consegue ir à mesade negociações com as entidades pa-tronais. Estes países começam agora adar os primeiros passos no sindicalis-mo democrático e ainda não estãosuficientemente consolidados", con-cluiu.

Peça sempre faturas com número de contribuinte

O Conselho de Gerência do SAMSalerta para a necessidade de incluir

o número de contribuinte nas faturas,para efeitos de IRS

Conforme comunicação da Autoridade Tributária e Aduaneira, a partir de 1de janeiro de 2015, com a aprovação da reforma do IRS, apenas as faturasque incluam número de contribuinte serão consideradas no IRS.

Assim, só poderão ser incluídas na declaração anual a emitir pelo SAMS,relativamente a 2015 e anos seguintes, as despesas comparticipadas pelo SAMSque contenham o NIF do beneficiário a que respeitam.

No seu próprio interesse, apresente, para comparticipação, faturas com onúmero de contribuinte.

As faturas a emitir por serviços prestados pelo SAMS-SBSI terão de conterigualmente a indicação do NIF, sendo fundamental disponibilizar esse dado,referente ao titular e a todos os elementos do agregado.

Poderá facilmente verificar/atualizar ou inserir o n.º de contribuinte, aceden-do à área reservada do portal do SBSI em Ligue-se@nós – Os meus Dados –Alteração de Dados Pessoais.

No mesmo local e de idêntica forma, poderá inserir/atualizar outros dados,como os contactos de telefone e correio eletrónico, de particular relevânciadesignadamente para o envio de Declarações de IRS.

Rui Riso é o atual presidenteda UNIMED

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Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e Ilhas

TEXTO: INÊS F. NETO

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Depois do enorme sucesso regista-do o ano passado, com pratica-mente todas as visitas esgotadas

e sócios em lista de espera, o Pelouro dosTempos Livres do SBSI decidiu dar conti-nuidade à iniciativa cultural e planearmais 12 meses de "Convívio com Arte".

O programa e respetivo calendário estájá disponível, de forma a que seja possí-vel aos interessados organizar atempa-damente as visitas e efetuar as respeti-vas inscrições.

"Convívio com Arte" nasceu com o ob-jetivo de proporcionar uma oportunidadede conhecer alguns dos tesouros artísti-cos nacionais, em visitas orientadas porespecialistas promovidas pelo SBSI, pro-porcionando, simultaneamente, umaocasião de os participantes conviveremsob o excelente pretexto de uma ativida-de cultural – e em vez da solidão de umavisita individual poderem trocar impres-sões entre si.

A iniciativa cultural continuae o programa para todo

o ano está já disponível.O primeiro evento foi uma

visita orientada ao Museu deArte Moderna, em Lisboa

A primeira visita decorreu em janei-ro e teve como destino o Museu de ArteModerna, ao Chiado, em Lisboa.

Albergando o mais importante acer-vo no que diz respeito à arte modernae contemporânea pertencente ao Es-tado, o Museu do Chiado merece sem-pre uma visita para (re)visitar a pro-dução artística em Portugal entre 1850e a atualidade.

Um grupo atento e entusiasta ouviuatentamente as explicações, enquan-to apreciava as cerca de 100 obrasexpostas, datadas entre 1850 e 1975,dispostas por cronologias e principaistendências artísticas de cada período.

Todos os meses

As visitas orientadas são mensais erealizam-se no último sábado de cadamês. As inscrições podem ser feitaslogo no início do ano para qualquer dasvisitas programadas, sendo o prazolimite para cada uma os 15 dias ante-riores à data de realização.

As visitas estão abertas aos sóciosdo Sindicato, que podem fazer-se acom-panhar por familiares e amigos. Cadapasseio exige um mínimo de 20 parti-cipantes, sendo o limite máximo as 30pessoas.

Convívio com Arte está de regresso

As despesas de inscrição e outros even-tuais custos relacionados com cada even-to são divulgadas com o programa espe-cífico de cada visita, oportunamente dis-ponível no sítio do SBSI (www.sbsi.pt),onde também se encontra a respetivaficha de inscrição.

Os muitos associados do Sindicato queacompanharam os passeios de 2014 sa-bem que vale a pena. Para quem nãoparticipou nas visitas do ano passado, aoportunidade está aí.

A visita à fragata, em Cacilhas

A paisagem nórdica, no Museu de Arte Antiga

Fevereiro Palácio de São Bento: "Um patrimóniocom história", em Lisboa;

Março Museu da Marinha, em Lisboa;Abril Museu Gulbenkian e Jardins, em Lisboa;Maio Jardim Botânico (Ajuda), em Lisboa;Junho Eça de Queirós em Lisboa;Julho Monserrate, em Sintra;Agosto Roteiro Cassiano Branco (Arquiteto),

em Lisboa;Setembro A Mata dos Medos em poesia - Metáfora,

na Costa de Caparica;Outubro A Torre de Belém, em Lisboa;Novembro Percurso cafés e tertúlias, em Lisboa;Dezembro Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

Plano anual

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TEXTO: PEDRO GABRIEL

O golo da vitória chegou a cinco minutos do final

da partida e garantiu o troféupara a equipa açoriana

Ofutsal é uma modalidade impre-visível, onde o rumo dos aconte-cimentos pode mudar em segun-

dos. A final do Sul e Ilhas do 15.º TorneioInterbancário de Futsal Veteranos, que

opôs a Team Foot Activobank (Millen-nium bcp, Lisboa) à Agriteam (PontaDelgada, Açores), realizou-se a 18 dejaneiro, em Vendas de Azeitão.

Com muita experiência, os dois con-juntos procuraram desde cedo explo-rar eventuais falhas de marcação quepermitissem desfazer o nulo. Apesarde um punhado de boas tentativas, averdade é que chegou-se ao intervalocom o marcador em branco. Na etapacomplementar, o registo manteve-se,

quer na busca pelo golo, quer no núme-ro de infrações. Ambas as equipas ti-veram o cuidado de não alcançarem aquinta falta em cada parte. Prova dissoé que esta final apenas teve um cartãoamarelo, mostrado a Pedro Mendes,guardião da Team Foot, aos 5´ da 2.ªparte.

Golo "quase" de ouro

À medida que o jogo se aproximava dofim, começava a adivinhar-se o prolon-gamento, onde a questão física teria umpeso grande no rendimento das equipas.

No entanto, Gualter Rodrigues contra-riou este pensamento, ao finalizar damelhor maneira em cima do minuto 15. On.º 4 açoriano colocava a Agriteam emvantagem e obrigava a Team Foot a correratrás do prejuízo. Cinco minutos frenéticosestavam destinados às duas equipas.

Apesar do forcing final, a Team FootActivobank não conseguiu chegar à igual-dade e quando o apito final chegou, a festafoi açoriana.

A final-four da competição realiza-se de6 a 8 de fevereiro, em Beja.

Pesca de Alto Mar

FinalistasconhecidosSão nove os já apuradospara a final do Sul e Ilhas,que terá lugar a 28de março, em Sesimbra

No dia 17 de janeiro, 14 concorrentes dividiram-se pelos barcos "Roaz"e "Behur" na tentativa de garantirem o passaporte para a provadecisiva do 38.º Campeonato de Pesca de Alto Mar.

Na 1.ª eliminatória, Luís Ferreira (GDST) foi o mais forte, com 1.305 pontos,seguido de João Canaverde (Millennium bcp), com 1.100, e Camilo Santos(MG), com 1.090 pontos.

Já na 2.ª eliminatória, Bruno Ferreira (SSRS) não deu hipóteses à concor-rência, alcançando 1.540 pontos. Carlos Antunes (Unicre) e Luís Patas (SSRS)completaram o pódio, com 970 e 880 pontos, respetivamente.

Na geral, Bruno Ferreira terminou no primeiro posto e vai marcar presençana final, juntamente com Carlos Antunes, Luís Ferreira, Camilo Santos, JoãoCanaverde, João Nunes (GDST) e Luís Patas. A estes juntam-se Mário Moniz(BPI, Ponta Delgada) e Rui Costa (CEM, Angra). O representante da Madeiraserá entretanto apurado.

De referir ainda que o GDST terminou em primeiro na classificação porequipas, com um total de 18 pontos.

King

António Ramos lideraUma das modalidades

mais concorridasdo SBSI está de volta

para uma novaedição. No final

das duas primeirasjornadas, o equilíbrio

é a nota dominante

Oapuramento de Lisboa do 9.º Campeonato Interbancá-rio de King já conheceu duas rondas, nos dias 3 e 17 dejaneiro, ambas realizadas na sede do Sindicato.

Na primeira, destaque para o triunfo de António Rafael(Santander Totta), que chegou ao fim com 21 pontos, apenasmais um que Abel Louro (Millennium bcp). João Grilo (AAEB-NU) foi terceiro, com 19 pontos.

Na 2.ª jornada, António Ramos (Millennium bcp) foi oconcorrente mais forte, ao terminar com 22 pontos. CaetanoMoço (Unicre) foi segundo classificado, com 20, ao passo queAntónio Vieira (BES) completou o pódio, com 18 pontos.

Na classificação geral, António Ramos lidera com 37 pon-tos, mais 3 que António Rafael. Seguem-se quatro concorren-tes com 33 pontos. São eles Caetano Moço, Pinto Pedro,Américo Pereira (Millennium bcp) e António Vieira.

Agriteam campeãFutsal

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Notícias l STAS - Actividade Seguradora

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CCT Seguros publicado no BTEAs cláusulas alteradas

no âmbito da negociaçãodo Contrato Coletivo

de Trabalho estão já em vigor

Com a publicação no BTE n.º 45 de8/12/2014, estão já em vigor asseguintes cláusulas, resultantes da

última negociação:Subsídio diário de refeição (cláus.

35.ª): 9,75€;Prémio de permanência (cláus. 41.ª):

a atribuir aos trabalhadores admitidosna empresa nos anos terminados em 0e 5 e com idade compreendida até aos50 anos.

A partir desta idade o prémio pecuniárioé substituído pela concessão de dias delicença com retribuição todos os anos eque poderão ser substituídos pelo paga-mento de um prémio correspondente aonúmero de dias de licença.

Universidade Sénior Pedro Santarém

Aulas de informática já começaram

Plano Individual de Reforma – PIR(cláus. 58.ª A e anexo V): a contribui-ção do empregador relativa ao ano de2014 será de 3,75% para os trabalha-dores admitidos depois de 22 de ju-

nho de 1995 e até 31 de dezembro de2012. Os trabalhadores admitidos an-tes de 22 de junho de 1995 terãodireito a uma contribuição do empre-gador de 1,25%.

Já tiveram início as aulas de infor-mática na Universidade Sénior Pe-dro Santarém.Com a preciosa ajuda de José Al-

meida foi possível dar início ao cursode Informática, que tanta procuratem tido por parte dos alunos inscri-tos.

As aulas estão a decorrer às se-gundas-feiras, das 14h30 às 16h30,nas instalações da Universidade.

Até ao momento os alunos têmdemonstrado muita satisfação pelaabertura das aulas e pela forma comotêm decorrido.

Recorde-se que além desta disci-plina estão igualmente a funcionaras aulas de Oficinas de Lazer, Desen-volvimento Pessoal, Meditação –Saúde e Bem-estar e Redes Sociais.

Já sabe onde estamos, é só vir terconnosco.

A satisfação dosformandos com anova disciplina é

bem visível

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraST

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raTEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

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STAS reforça proximidade aos sóciosO Sindicato está

a desenvolver uma sériede deslocações a empresas

para contactar os associadose prestar informações sobre

o CCT e outros temas deâmbito sindical

OSindicato inicia 2015 com deslo-cações às empresas, uma inicia-tiva que pretende não só reforçar

os laços com os associados, mas tambémpromover o esclarecimento de questões,dúvidas, e informações sobre o contratocoletivo de trabalho, nomeadamente asalterações acordadas, que entraram emvigor este ano, e sobre outros assuntosrelacionados com a atividade sindicalpara os nossos associados.

O reforço da importância dos serviçosque o Sindicato pode prestar aos seusassociados e que, por vezes, são aindadesconhecidos, é outro dos objetivosdo STAS nestes encontros.

Além do acesso a uma equipa espe-cializada em Direito do Trabalho e acon-selhamento jurídico pessoal extralabo-ral, os associados também usufruem deapoio fiscal; protocolos com universi-dades; protocolos com entidades naárea da saúde, turismo e lazer, bem-estar, estética, oficinas, entre outras.

Missão para 2015

Campos de férias para os filhos; even-tos desportivos, lúdicos e de lazer; tor-neios desportivos; concursos fotográfi-cos; passeios de exploração da nature-za são outras iniciativas de que os só-cios podem beneficiar.

Na área da saúde, o STAS tambémnegociou para os seus associados con-dições especiais de acesso ao SAMS –Serviço de Assistência Médico-Socialdos Sindicatos dos Bancários da Feba-

se. Uma Bolsa de Emprego permanentee acesso à Universidade Sénior PedroSantarém são outros serviços que oSindicato disponibiliza aos sócios.

São variadas as razões para se juntara nós. São múltiplas as razões para sersindicalizado. Simplesmente porque fazsentido.

"Todos juntos somos mais fortes, so-mos flecha e somos arco…", lembraChico Buarque.

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Informação com nova imagemO Elo Informativo

apresenta-se visualmentemais atraente e mais

humanizado

O STAS apresenta-se aos sócios comuma nova imagem. "Ano Novo, vidanova" e por que não um novo Elo?

Está na altura de renovar a imagemcom que nos apresentamos aos nossosassociados. Uma imagem mais "humani-

zada" da mensagem que queremos pas-sar, onde se incluiu o fator "pessoas", afinala razão de existirmos. Uma imagem maisvincada e visualmente mais atraente,porque a imagem também conta. Aqui ficao primeiro número com o novo design.

001/2015

Combater e Prevenir a Insegurança dos TrabalhadoresCaras e caros Colegas,No STAS a importância de ser sindicalizado, encontra-se indelevelmente espelhada de modo expressivo nos números

de atendimentos, e respetivas consequências, tratados pelos Serviços Jurídicos ao longo de 2014.

Para quem, ainda, pensa que os problemas/conflitos emergentes da relação laboral só acontecem aos outros e quenão precisa de apoio jurídico gratuito e especializado, aqui ficam alguns dados objetivos relativos ao movimento anualoperado nesta matéria nevrálgica, tanto mais significativos quanto é certo que o número global de trabalhadoresna atividade seguradora e afins tem-se vindo a reduzir:

2235 Atendimentos/consultas (o maior número de sempre)

Estes atendimentos e consultas respeitam, de entre outros, a:• Procedimentos disciplinares com intenção de despedimento;• Processos de despedimento coletivo e/ou extinção do posto de trabalho;• Processos de despedimento por inadaptação;• Acordos de Rescisão por Mútuo Acordo;• Acordos de Pré-reforma, passagem à reforma por velhice e invalidez;• Transferências de local de trabalho;• Alteração de funções, entre muitos outros.

Fica, assim, bem expressa a importância de estar sindicalizada(o) no STAS e de os trabalhadores estarem, preventiva-mente, informados sobre os seus direitos e regalias contratuais, através de advogados especializados no foro laboral e noâmbito específico do setor segurador, como é o caso inequívoco e exemplar dos Serviços Jurídicos do STAS.

E não se esqueça, se ainda não é sindicalizada(o), que o CCT da Atividade Seguradora, e os CCT para o setor damediação/corretagem, subscritos pelo STAS, podem a qualquer momento não ser aplicáveis na sua esfera jurídicae, inclusive, não possui legitimidade jurídica para a sua invocação e aplicação em caso de conflito com a sua entidadepatronal (princípio da filiação sindical), aplicando-se, em tais situações, apenas a lei geral do trabalho, a qual éextremamente restritiva no cotejo com os sobreditos CCT.

PREVINA-SE SINDICALIZANDO-SE.NO STAS TERÁ O APOIO E INFORMAÇÃO QUE NECESSITA.

A Direção

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Formação

Jovens prontos para entrarno mercado de trabalho

Uma turma de cerca de duas deze-nas de jovens terminou recente-mente a sua formação profissio-

nal.Após quase três anos de curso, a

frequência de três estágios curricularesno setor bancário e de diversos contac-tos com a atividade empresarial, osformandos do Curso de Técnico Comer-cial Bancário promovido pelo SISEP en-contram-se prestes a entrar no merca-do de trabalho.

Estes jovens possuem agora um diplo-ma técnico nível IV, reconhecido a níveleuropeu, que lhes garante as competên-cias adequadas ao contexto atual.

Na formação destes jovens, o SISEPcontou com a colaboração, em práticade contexto de trabalho (estágio), deentidades como o Deutsche Bank, Caixa

O SISEP continua a suaaposta na formação.

Após a frequência do cursoe de três estágios emcontexto de trabalho,

os novos técnicos comerciaisbancários estão aptos

a enfrentar a realidadelaboral

de Crédito Agrícola, Barclays, Oney eVolkswagen Bank, entre outros.

Longa experiência

O SISEP é uma entidade formadoracom uma experiência de 25 anos naformação profissional.

Com sede em Lisboa, o Departamen-to de Formação do SISEP estende-se portodo o País, desde Porto, Amarante,Lisboa, Almada, Cascais, Beja, Faro ePortimão, desenvolvendo formação demediação de seguros (reconhecida peloInstituto de Seguros de Portugal), for-mação modular certificada, vida ativa,formação intraempresas/personaliza-da e sistema aprendizagem.

Nesta última tipologia, o SISEP tempresentemente a decorrer 29 cursos denorte a sul do País, resultado do proto-colo celebrado com o IEFP, preparandomais de 400 jovens até aos 25 anos paraa inserção no mercado de trabalho como 12.º ano e nível 4 de qualificaçãoprofissional.

O Sindicato é certificado pela DGERTem oito áreas, nomeadamente: Comér-cio, Marketing e publicidade, Finanças,banca e seguros, Contabilidade e fisca-

lidade, Gestão e administração, Secre-tariado e trabalho administrativo, En-quadramento na organização/empre-sa e Ciências informáticas.

Parceiros

O SISEP tem como missão colocar aoserviço do País os seus conhecimentose experiência, com vista a contribuirpara o desenvolvimento da sociedade,através da elevação dos níveis de qua-lificação da população portuguesa e,consequentemente, do aumento decompetências de cidadania, dentro dorespeito pelos direitos de igualdade degénero, igualdade de oportunidades einclusão social, acautelando a utiliza-ção racional do financiamento público eprivado.

Apoiado numa equipa pedagógicaexperiente, o SISEP aliou-se ainda adiversas empresas para a concretiza-ção da formação em posto de trabalho.Salientam-se, entre muitos outros, oDeutsche Bank, CA, Crédito Agrícola, oBarclays Bank, Oney e a VolkswagenBank, Tranquilidade, MAPFRE Seguros,AXA, Allianz, FNAC, El Corte Inglês, PCClinic, Portugal Telecom e INEM.

Os jovens têm a possibilidade de completar a sua formação em contexto de trabalho

O grupo de recém-formados

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SISEP-Profissionais de Seguros

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oTEXTOS: SEQUEIRA MENDES

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SBC comemora 80 anosO aniversário será

assinalado com um jantaraberto a todos os associados

OSindicato dos Bancários do Cen-tro vai comemorar no dia 25 defevereiro o seu 80.º aniversário.

Com um lugar de grande destaque nahistória do sindicalismo democráticoem Portugal, com uma vida cheia demomentos de partilha, de memórias eafetos e, sobretudo, de grandes lutasque pautaram a história de quantospassaram por esta casa, na defesa in-transigente dos valores coletivos, daigualdade, liberdade e solidariedade, aDireção não quis deixar passar estaefeméride sem lhe conferir a solenida-de e a honra que tal data merece.

Trabalhadores do Sindicato celebram Natal

Pode dizer-se que o SBC está já na idadeadulta, pois 80 anos não se fazem todos osdias, sendo que a sua comemoração temque resultar num acontecimento impor-tante que fique na memória e faça, elatambém, parte da história do Sindicato.

A sessão comemorativa terá lugar noHotel D.ª Inês e constará de um jantar

aberto a todos os associados e familia-res que nele queiram participar e con-tará com a presença de muitos convida-dos, nomeadamente do SBN, do SBSI,de sindicatos da área da UGT de Coim-bra, do Cefosap e do Presidente daCâmara de Coimbra, Manuel Machado,entre outras entidades.

Palhaços e presentesanimaram as crianças,

enquanto os adultosfestejaram a quadra à mesa,

em ameno convívio

Mais uma vez a Quinta dos Pati-nhos, em Carapinheira, Monte-mor-o-Velho, em plena rota do

Mondego, cujos principais protagonis-tas são e serão sempre o seu rio e o seu

edade que reina nestes dias festivos,onde as crianças, sempre elas, cati-vam com a sua alegria e espontanei-dade e com o frenesim da descobertada prenda que lhes vai calhar.

A maioria dos membros dos CorposGerentes do SBC estiveram presentesnesta jornada, que constituiu uma ex-celente oportunidade para agradeceraos seus colaboradores pelo trabalhodesenvolvido ao longo do ano, bemcomo às suas famílias, pelo apoio queestas lhes dão.

Ao final do dia, depois de uma tardebem passada e bem animada musi-calmente, foram servidas as despedi-das, qual "carregar de baterias" quehaveria de levar a todos de regressoa casa.

castelo, foi o local escolhido pelos tra-balhadores do SBC para realizarem asua tradicional festa de Natal.

Cerca de 150 pessoas, entre colabo-radores e familiares, marcaram pre-sença nesta simpática casa que muitopreza os seus frequentadores, presen-teando-os com o serviço de cozinhatradicional e regional, bem assim comoa simpatia e eficiência no serviço.

Por volta do meio-dia começam achegar os convivas e a pequenada foilogo ali recebida com uma lembrançae com os palhaços a provocarem assuas delícias. Aos adultos esperava-osuma mesa repleta de iguarias quehaveriam de partilhar até final do dia.O repasto que esta casa proporcionouajudou a selar a amizade e a solidari-

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