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Fazer a coisa certa — Confira o editorial de Paul Frields

Revista Fedora Brasil 003

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A Revista Fedora Brasil é uma iniciativa do Projeto Fedora Brasil para trazer à comunidade uma publicação bimestral com artigos escritos por especialistas da Comunidade e do Projeto.

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Fazer a coisa certa — Confira o editorial de Paul Frields

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Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante.

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A reprodução do material contido nesta revista eletrônica é permitido desde que se incluam os créditos aos autores e a frase: “Reproduzido da Revista Fedora Brasil — Edição nº 03

— www.projetofedora.org” em local visível.

O Projeto Fedora Brasil declara não ter interesse de propriedade nas imagens, os direitos sobre as mesmas pertencem a seus respectivos autores/proprietários. Esta licença não se

aplica a nenhuma imagem exibida na revista, para utilização da mesma obtenha autorização junto ao autor.

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LComo líder do Projeto Fedora, é uma grande honra ser convidado a falar sobre o projeto para a Revista Fedora Brasil. Em inglês, a palavra “honra” tem inúmeros significados. Um dos significados foi o que usei acima, uma consideração dada em virtude de respeito. Mas “honra” pode também significar virtude, ou alto caráter moral. Em outras palavras, fazer a coisa certa. E isso é pra mim o significado essencial e o propósito do software livre e open source. É dar às pessoas em todo lugar a habilidade de fazer a coisa certa, de criar e ser criativo, e ser uma pessoa de sucesso.

Por instância, programas livres e open source removem a necessidade das pessoas baixarem cópias ilegais de materiais proprietários para tornar seus computadores úteis no dia-a-dia. Existem alternativas livres e open source para quase todas as necessidades possíveis. Minha família e eu temos vivido sem software proprietário por muitos anos e não sentimos falta deles graças ao Fedora. Navegar na internet, escrever um e-mail e documentos, manusear fotos da família, desfrutar de vídeos e músicas é simples e fácil. E ao contrário de ser isolado dos outros usuários, meus softwares me permitem fazer parte de uma comunidade, com vizinhos que compartilham os meus interesses, e como em qualquer outra boa vizinhança, ajudam-se uns aos outros. Fazer a coisa certa é fácil com software livre e open source.

Por anos, em empresas, escolas e órgãos governamentais em todo o mundo, milhões de pessoas copiam softwares sem os devidos

direitos. Eles construíram soluções proprietárias e caras em padrões fechados que os impedem de modificar ou reutilizar a informação eficientemente. E eles têm feito isso enquanto sentem-se presos e isolados de outros na mesma situação. Os custos impostos pelos softwares proprietários têm se tornado um enorme dreno na economia global, encorajado pela ganância e ignorância. Mas o software livre e open source oferece uma solução: tornar todo o cenário de informação global livre e open source. Agora, pessoas em qualquer lugar podem estar totalmente equipadas com software que tem padrões abertos, economizando bilhões de dólares em todo o mundo, tornando-se assim totalmente envolvido no aperfeiçoamento do software.

O Projeto Fedora é dedicado a difundir softwares livres e open source. Um dos métodos que utilizamos é fazer uma plataforma computacional completa aproximadamente a cada seis meses. O que diferencia o Fedora das outras soluções é que tudo o que nós oferecemos e tudo que usamos para construí-lo é grátis e legalmente autorizado a ser copiado, reutilizado, modificado e redistribuído. Agora e sempre. Fazer a coisa certa significa ter certeza de que quando nós lhe damos um software, você está livre para passá-lo adiante para qualquer pessoa. E porque fazemos possível para as pessoas combinarem os nossos softwares de maneiras únicas, qualquer uma dessas combinações irá ter a mesma liberdade para quem quer que use. E nós usamos os mesmo princípios, não somente em nossos softwares, mas em tudo, de websites a artworks, assim como em nossas ferramentas e documentações.

Todo este trabalho é produzido por uma comunidade que faz do compartilhamento uma paixão, para trazer igualdade e padrões abertos para casas, empresas e órgãos governamentais. Nossa comunidade tambem torna o Fedora especial, e você pode se tornar parte dela. Visite http://join.fedoraproject.org e veja como você pode envolver-se na maior revitalização global do Século 21 — Ajudem-nos a acabar com o medo, a incerteza, a ignorância e a desigualdade da tecnologia da informação ao redor do mundo!

Paul FrieldsFedora Project Leader

Fazer a coisa certaPrezados leitores e leitoras da Revista Fedora Brasil,

EXPEDIENTEDiretor Geral Henrique Junior

Editor-chefe Davidson Paulo

Editores Rodrigo Menezes e Túlio Macedo

Editoria de Notícias Eunir Augusto Reis Gonzaga

Arte Erick Henrique e Guilherme Gonçalves

Diagramação Hélio Ferreira e Ana Paula Camelo

Marketing David Barzilay

Revisão Jefferson Paradello, Felipe Martins, Alan

Porto, Túlio Miranda e Eunir Reis

Ouvidora Ana Carolina

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LAs the Fedora Project leader, it's a great honor to be asked to talk about the project for Fedora Brazil Magazine. In English, the word "honor" has several meanings. One meaning is the one I just used above — a consideration given out of respect or esteem. But "honor" can also mean virtue or high moral character: in other words, doing the right thing. And that, to me, is the essential meaning and purpose of free/libre and open source software. It's about giving people everywhere the ability to do the right thing, to be creative, and to be successful.

For instance, free/libre and open source software removes the need for people to illegally download copies of proprietary material just to make their computers useful. There are free/libre and open alternatives for almost every possible need. My family and I have been living life without proprietary software for several years and not missing it at all, thanks to Fedora. Browsing the Web, writing email and documents, managing family photos, and enjoying videos and music are simple and easy. And rather than being isolated from other users, my software makes me part of a community, with neighbors that share my interests, and like any good neighbors we help each other. Doing the right thing is easy with free/libre and open source software.

For years, in businesses, schools, and governments around the world, millions of people have copied software without entitlements. They have built costly proprietary solutions built on

closed standards that prevent them from moving and re-using information efficiently. And they have done all this while feeling stranded and isolated from others in the same situation. The costs inflicted by proprietary software have become an enormous drain on the global economy, enforced by greed and ignorance. But free/libre and open source software offer the solution — freeing the entire global information landscape. Now, people everywhere can be fully equipped with software that meets open standards, saving billions of dollars worldwide, and becoming full and equal participants in making that software better.

The Fedora Project is dedicated to spreading free/libre and open source software. One of the ways we do that is by producing a complete computing platform approximately every six months. What sets Fedora apart is that all the software we provide, and everything we use to build it, is free of cost and legal for anyone to copy, reuse, modify, and redistribute -- now and always. Doing the right thing means making sure that when we give you software, you are also free to pass it on to anyone else. And because we make it possible for people to combine our software in unique ways, any of those combinations will guarantee the same freedoms to everyone who uses them or gives them to others. And we use those same principles not just in our software, but in everything from our websites and artwork to our tools and documentation.

All of this work is produced by a community that shares a passion for bringing equality and open standards to homes, businesses, and governments everywhere. Our community also makes Fedora special, and you can become a part of it too. Visit http://join.fedoraproject.org/ and see how you can be involved in the biggest global revitalization of the 21st Century — help us remove fear, uncertainty, ignorance, and inequality from information technology worldwide!

Paul FrieldsFedora Project Leader

Doing the right thingDear readers of the Fedora Brazil Magazine,

EXPEDIENTEDiretor Geral Henrique Junior

Editor-chefe Davidson Paulo

Editores Rodrigo Menezes e Túlio Macedo

Editoria de Notícias Eunir Augusto Reis Gonzaga

Arte Erick Henrique e Guilherme Gonçalves

Diagramação Hélio Ferreira e Ana Paula Camelo

Marketing David Barzilay

Revisão Jefferson Paradello, Felipe Martins, Alan

Porto, Túlio Miranda e Eunir Reis

Ouvidora Ana Carolina

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OPINIÃO

Igor Soares — O codec Buddy é seu amigo?

SÉRIES

Introdução ao Shell Script — Parte 3 60

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NOTÍCIAS

Fedora News 8

CORREIO

E-mails para a redação

ARTIGOS

Amarok, desvende seus segredos 12

6

Ogg Vorbis, use e abuse 17

Bom e barato, MPE-TO migra para Fedora

21

Pidgin, mensageiro instantâneo livre 25

COMUNIDADE

Iniciativas do Projeto Fedora Brasil 63

MPlayer, versátil player de vídeo 32

Participe da Revista Fedora Brasil 64

Aliste-se já! 65

PERGUNTAS & RESPOSTAS

O Duli responde as dúvidas dos leitores 58

JOGOS

FreeDoom, um clássico 54

Crie e edite áudio digital com o Audacity

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Tutorial GIMP 40

Ferramentas de configuração do Fedora - Parte 2

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Port knocking — Final 47

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E-mails para a redaçãoSe você tem dúvidas sobre o Fedora, críticas ou sugestões para melhorar a nossa revista mande um e-mail. Este espaço é seu!

[email protected]

Leiaute ou “layout”?Bom dia pessoal, acabo de ler a 2° edição de vossa revista, gostaria de parabenizá-los pela iniciativa e trabalho.Uma crítica minha, achei estranho a palavra leiaute em algumas matérias, confesso que na primeira vez que a li, li duas vezes para entender.Uma sugestão minha: por que não usar “layout” (em inglês mesmo)? Gosto de ler e se vocês estiverem precisando de gente para revisar os artigos coloco-me à disposição.Herminio E. Piram

RespostaOlá Herminio! A equipe da Revista Fedora Brasil agradece os elogios! Ficamos muito satisfeitos em saber a opinião dos nossos leitores em relação a nossa revista. Quanto à grafia da palavra “ leiaute“, ficou decidido entre os colaboradores da revista que as formas em português das palavras estrangeiras serão utilizadas de acordo com as normas gramaticais. Herminio, a sua ajuda é bem vinda, inscreva-se no grupo Revista Fedora Brasil Comunidade (http://groups.google.com/group/rvst-fedora-br-com) e quando encontrar algum erro na revista, por favor, relate ao grupo para que o erro possa ser colocado na seção de “erratas” da revista.

Fedora como servidorMuito bom dia amigos, a revista está 1000, gostei do conteúdo, diagramação, linguagem e tudo mais... o trabalho está tudo de bom!Uma pergunta de leigo: Hoje o Fedora está mais voltado para desktop ou para servidor ? A proposta da revista é atingir todos os usuários, certo ? Gostaria de sugerir matérias que abordassem configuração do servidor, do zero, se for possível. Abraços!Fábio Aragão

RespostaOi Fábio! A equipe da Revista Fedora Brasil agradece a sugestão e os elogios! Bom, a partir da quarta edição da revista estaremos contando com o apoio da comunidade CentOS. Isso significa que teremos excelentes artigos sobre servidores, pois teremos agora especialistas nesse ramo trabalhando na redação de matérias. Agradecimentos da Equipe Revista Fedora Brasil.

OpenVPN e segurançaOlá!Parabéns pelo trabalho da revista!!! Show de bola mesmo.Como sugestão para nova matérias, creio que a abordagem sobre o OpenVPN e também sobre a questão da segurança no Fedora seria de muita ajuda para comunidade.Bom trabalho a vocês!!!Moreno Charles de Morais

RespostaOlá Moreno! Agradecemos pelas sugestões e elogios! É sempre bom ouvir a opinião de nossos leitores! Já estamos publicando uma série em duas partes sobre segurança: o Port Knocking, escrito pelo Sandro Melo da 4Nix e vem mais por aí.

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Quero ajudarQuero colaborar, posso revisar e redigir, o que devo fazer?Victor Pepy

Olá pessoal da Revista do Fedora, quero parabenizá-los pelos 2 volumes, estão show de bola. Tenho vários artigos técnicos sobre o Linux e tenho alguns que, acho, seriam de grande ajuda para a comunidade Linux, principalmente para a Revista Fedora Linux...Por favor me digam qual é o procedimento pra eu mandar o(s) artigo(s) para a revista. Adilson Bonan

Saudações senhores do Fedora.Meu nome é Augusto Schwartz, trabalho com comunicação em uma ONG somente em software livre e tenho experiência em formatação e desenho com o Scribus e o Inkscape.Se puder ser útil em algum momento sentirei-me lisonjeado.Augusto Schwartz

Olá.Eu acompanho a revista desde sua primeira edição. Sou estudante de jornalismo e apaixonado por tecnologia e Linux. No entanto, estou procurando unir minha futura profissão com essa paixão.Gostaria de participar da revista inicialmente como revisor e posteriormente como redator.Não sei como vocês classificam, se ainda precisam de colaboradores. Estou à disposição.Jefferson Paradello

Resposta Olá pessoal! A equipe da Revista Fedora Brasil agradece aos leitores e aos colaboradores da revista. Temos recebido vários e-mails de pessoas que querem contribuir com a nossa equipe. Queremos agradecer, também, às pessoas que desejam colaborar. E para as pessoas que querem participar das próximas edições da revista, realizem a inscrição no grupo Revista Fedora Brasil Comunidade (http://groups.google.com/group/rvst-fedora-br-com) e apresentem as suas idéias aos participantes do grupo. A ajuda de vocês é muito importante para oferecermos aos nossos leitores uma revista de qualidade. E continuem enviando as suas sugestões, críticas e elogios, pois a nossa equipe quer saber a opinião dos leitores.

Obrigada.

Equipe Revista Fedora Ana Carolina

1ª Semana de MaioArquiteto da Oracle diz que deve existir apenas uma distribuição Linux: Red Hat

Edward Screven, arquiteto corporativo chefe da Oracle, afirma que somente uma distribuição Linux deveria existir - Red Hat - e clama que não deveria haver fragmentação da base de código. Em entrevista recente à Linux Foundation, Screven informou que o Oracle Unbreakable Linux não é um produto, mas um programa de suporte para o Red Hat Enterprise Linux (RHEL), e acredita que essa distribuição deveria ser a única existente.

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=732

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2ª Semana de MaioO Fedora 9, codinome Sulphur foi oficialmente lançado!

Algumas novidades incorporadas ao Fedora 9:

– Xorg 1.5;– FreeIPA;– Anaconda encryption of the root filesystem;– Melhorias no NetworkManager;– KDE4;– Gnome 2.22;– Live persistence;– Novo GDM;– Preupgrade;– Redimencionamento de partições via anaconda;– Upstart;– Firefox 3.

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=735

Fedora News

3ª Semana de MaioFAQ do Fedora 9 no arJá está no ar o FAQ do Fedora 9 na Wiki não oficial e, http://wiki.linux-fedora.org , com as dicas de como deixar o recém lançado Fedora 9 funcionando com os recursos mais solicitados pelos usuários.

Qualquer um pode corrigir e/ou adicionar novas entradas no FAQ já que ele se baseia em conteúdo colaborativo.

Acesse em : http://linux-fedora.org/wiki/index.php?title=FAQ_do_Fedora_9

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=740

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4ª Semana de MaioProjeto Fedora Brasil lança segunda edição da revista online

Publicação é voltada para a comunidade Fedora, que vem crescendo exponencialmente no Brasil. O Projeto Fedora Brasil lança hoje (27/05) a segunda edição de sua revista online voltada para a comunidade Fedora. No Brasil o Fedora é uma das mais populares distribuições Linux, contando com uma comunidade crescente e ativa. Disponível no endereço http://www.projetofedora.org/Revista, a publicação é voltada a principal vertente do Fedora, a Inovação. Os artigos dessa nova versão são focados sobre o novo lançamento do Projeto, o Fedora 9 e suas novidades.

A equipe editorial da Revista Fedora Brasil é composta por Embaixadores do Fedora no Brasil e membros da comunidade Linux que cuidam do conteúdo, diagramação, arte e revisão.

Link para a revista: http://projetofedora.org/Revista

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=744

Fedora News

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2ª Semana de JunhoLivro grátis sobre Rails 2.1

Carlos Brando e Marcos Tapajós anunciaram esta semana o seu livro sobre Rails 2.1, e o mais interessante é que é o primeiro livro sobre Rails 2.1 publicado no mundo, e sem contar que ele está sendo disponibilizado sem custo algum, isto mesmo, o livro é inteiramente grátis e pode ser baixado agora mesmo em PDF. Então não perca tempo, e baixe agora mesmo a sua cópia, pelo sítio eletrônico abaixo:

Livro: http://www.nomedojogo.com/livro/carlosbrando-rubyonrails21.pdf

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=754

1ª Semana de JunhoLinux é a chave para servidores de jogos online

Enquanto você lê esse texto, pelo menos 100 mil pessoas estão jogando nos mundos virtuais da Sony. E é o sistema operacional Linux que possibilita que toda essa gente fique conectada 24/7. Uma análise completa foi escrita no endereço:

http://www.sysmannews.com/content/article.aspx?ArticleID=32072

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=750

Fedora News

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4ª Semana de JunhoDesenvolvedores do Linux kernel dizem não a módulos fechadosMais de 135 desenvolvedores do Linux kernel assinaram um documento em protesto a fabricantes que criam módulos para o kernel com código-fonte fechado, chamando a prática de "prejudicial e não desejável".Uma análise completa foi escrita no endereço:

https://www.linuxfoundation.org/en/Kernel_Driver_Statement

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=764

3ª Semana de JunhoFirefox 3 - Download Day foi um sucesso!

Firefox Day se passando e os downloads continuando. O novo browser da Mozilla foi baixado mais de 8 milhões de vezes em 24 horas. Em menos de um dia 8 milhões de downloads é um tanto que um número interessante. O Brasil baixou o software cerca de 202 mil vezes.

Como divulgado em notícias o início do download previsto para 14 horas desta terça-feira 17 de junho de 2008, foi um tanto tumultuado. Antes mesmo das 14 horas o site do Download Day do Firefox havia “caído”, com grandes chances de ter sido devido ao fato dos inúmeros acessos que o site obteve na data. O que mais me constrange é saber que a empresa havia mensurado que tamanha quantidade de acessos seria realizada no dia do download e não se preparou para tal feito.

Eu tive oportunidade de download por volta de 16 horas. O visual básico do browser não mudou e há poucos recursos novos.

Entre outras coisas, a Mozilla incorporou novas arquiteturas de renderização de gráficos e texto em seu mecanismo de layout web Gecko 1.9 para aprimorar a renderização em CSS e SVG; vários recursos de segurança, como proteção contra malware e verificação de versão de seus add-ons; e suporte offline a aplicações web adequadamente codificadas.

O Firefox é o navegador da Mozilla Foundation, e agora está mais rápido, seguro e totalmente personalizável (são diversos add-ons para aproveitar ao máximo o navegador). O navegador traz uma bela atualização de tema e interface, proteção contra phishing e melhorias tanto na capacidade de busca quanto na navegação por abas (tabs).

Fonte: http://linux-fedora.org/portal/modules/news/article.php?storyid=757

Fedora News

REVISTA FEDORA BRASIL | AGOSTO 2008 | www.projetofedora.org12

Conhecendo a interfaceA disposição dos recursos do Amarok estão divididos basicamente em dois lugares. Observe a Figura 01 abaixo:

Barra de Menus (item 1) – Como a maioria dos programas, todas as funções estão neste menu;

Barra de Navegação (item 2) – Agrupa por características comuns os recursos oferecidos pelo Amarok.

Conhecendo a Barra de MenusAcionarNesta primeira opção do menu, temos os seguintes recursos (Figura 02):

– Reproduzir Arquivo: Podemos escolher um arquivo de áudio para ser executado pelo Amarok. Neste item do menu, indicamos o local onde está nosso arquivo;

– Reproduzir Stream do last.fm: O site http://www.last.fm tem muitas rádios on-line para os mais diferentes gostos e preferências musicais. O Amarok faz um link direto com o site, exibindo todas as rádios agrupadas por estilos musicais;

– Reproduzir CD de Áudio: Como todo bom player, este recurso não poderia faltar. Ele

Integração totalA

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S Por Hermes Nunes Pereira Júnior

Para que ter vários programas de áudio, cada um fazendo uma parte? Para tocar umas músicas mp3, para ouvir um CD, ou quem sabe ouvir uma rádio online? Ao invés de abrir um software para cada tipo de necessidade, como era necessário fazer alguns anos atrás, houve uma natural convergência das tecnologias usadas, criando um programa que, numa mesma interface, desse ao usuário um leque de opções para executar áudios de várias origens.

O Amarok é um destes programas, fácil, cheio de recursos e o melhor, presente em todas as distribuições que tenham o KDE em seu mirror.

Figura 01

Amarok, uma solução integrada de player, podcast e streaming.

Figura 02

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tocará o CD que estiver na bandeja, mostrando o título da faixa, nome do CD, do autor. Estas informações são buscadas em freedb.freedb.org:8880 (Podemos configurar esta opção em CONFIGURAÇÕES > CONFIGURAR AMAROK > MECANISMO)

– Faixa Anterior, Pausar, Parar, Próxima Faixa: Recurso presente em todo player. O usuário não precisa esperar a faixa terminar para ouvir a próxima, basta usar as opções deste item de menu ou usar as teclas de atalho;

– Sair: O nome já diz tudo :)

Lista de MúsicasNeste item de menu temos as seguintes opções (Figura 03):

– Adicionar Arquivos: Semelhante ao item ACIONAR > REPRODUZIR ARQUIVO, este item abre uma janela para que se escolha um ou mais arquivos para serem adicionados à lista de execução, mas diferentemente do primeiro, este não só executa a música/arquivo como também coloca-o na lista;

– Adicionar Stream: Adiciona uma fonte de stream à sua lista. Pode ser uma rádio de um amigo. O grande problema destes streams são os codecs proprietários usados. Eles são uma fonte de dor de cabeça;

– Adicionar Stream do last.fm: Semelhante ao item ACIONAR > REPRODUZIR STREAM DO LAST.FM, mas difere por colocar na sua lista preferencial;

– Salvar Lista de Músicas Como: Pode-se

criar várias listas diferentes, algo parecido com o playlist do xmms;

– Queimar CD: Com uma lista de músicas pronta, pode-se fazer um cd para tocar no player do carro ou de um som comum ou um cd (de dados) para ser tocado por um player mp3. Se escolher a primeira opção, o Amarok fará a conversão dos arquivos mp3 para o formato nativo dos CDs, o formato Red Book Audio. Se optar pelo CD de dados, o Amarok pegará as músicas da lista e gravará no CD;

– Desfazer e Refazer: Como em todo bom programa, o Ctrl+Z está presente para salvar caso alguma coisa for feita inadvertidamente;

– Limpar: Limpa a lista de músicas criada;

– Aleatória: Toca as músicas da lista de maneira aleatória, não seqüencial;

– Colocar Faixas Selecionadas na Fila: Caso tenha uma seleção de músicas, coloca-as na lista de músicas a serem executadas, no final da lista;

– Remover Duplicadas & Entradas Faltando: Se dois arquivos iguais estiverem na lista, exclui um deles da lista e, se uma música tiver sido apagada ou movida do diretório de origem, exclui também da lista de execução;

– Selecionar Tudo: Seleciona todas as músicas da lista; aí pode-se, por exemplo, apagar todas as músicas simultaneamente.

ModoEste item do menu trabalha exclusivamente com a forma de execução das músicas (Figura 04).

– Repetir: Este item do menu é interessante, pois podemos escolher como será a execução das músicas. Podemos configurá-lo para repetir todas as músicas, algum álbum específico ou até mesmo apenas uma música;

– Aleatório: Podemos escolher que o Amarok toque as músicas de forma aleatória independente de álbum ou aleatória dentro de um álbum específico.

Artigos

Figura 04

Figura 03

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FerramentasNeste item de menu temos as seguintes opções (Figura 05):

– Gerenciador de Capas: Pode-se escolher a capa de um álbum/CD para ser exibido quando uma das músicas do álbum/CD estiver sendo tocada. A capa é buscada no site Amazon.com;

– Gerenciador de Fila: Caso tenha mais de uma fila criada, pode-se alterar a posição das playlists para execução;

– Visualizações: Ativa vários plugins de vídeos que pulsarão e brilharão conforme o ritmo da música;

– Equalizador: Pode-se escolher entre vários presets pré-definidos ou criar uma equalização personalizada. Este recurso é interessante para que a música seja tocada com a equalização compatível com o seu estilo. Uma música do estilo blues jamais terá os baixos graves do punk, por exemplo;

– Gerenciador de Scripts: O Amarok tem inúmeros scripts para dar mais recursos ao player. Para instalar pode-se baixar diretamente do site do Amarok ou indicar o diretório local onde estão os scripts. Estes scripts adicionam recursos de áudio, lista de músicas, novas rádios. Realmente muito útil;

– Estatísticas: Mostra várias estatísticas de utilização do Amarok. Tem-se, por exemplo, quais músicas foram mais tocadas, quais foram menos tocadas ou mesmo quais gêneros são mais ouvidos;

– Atualizar Coleção e Re-escanear Coleção: Ele repassará todos os diretórios onde estão as músicas para ver se tem alguma modificação na estrutura das listas de músicas.

ConfiguraçõesUm dos itens mais importantes do Amarok. Neste item tem-se todas as possibilidades de configuração do Amarok (Figura 06).

– Geral: Configurações gerais do Amarok, tais como o tamanho das capas dos álbuns, o Amarok abrirá a tela de apresentação quando for executado;

– Aparência: O Amarok é muito flexível. Neste item é possível alterar a aparência através de novos skins baixados do site do projeto;

– Reprodução: Aqui podemos definir se entre a transição de músicas haverá ou não uma diminuição do volume, se haverá um intervalo entre as músicas;

– Mensagem na Tela: Neste ponto podemos escolher o tipo e o tamanho da fonte que aparecerá na hora que o Amarok emitir algum aviso;

– Mecanismo: Este é o item mais delicado. É aqui que escolheremos o sistema de áudio usado, se o sistema de alto falantes é stereo, double, soundround. É neste item também que indicamos de onde o Amarok buscará as informações a serem exibidas sobre os CDs executados/tocados. Por default ele busca estas informações em freedb.freedb.org. Muito cuidado nesta hora;

– Coleção: Podemos indicar aí 2 coisas importantes: Primeiro em quais diretórios o Amarok buscará os arquivos para montar nossa coleção. Segundo, qual banco de dados será usado para guardar as informações coletadas. Por default ele usa o SQLite, mas podemos escolher entre o SQLite, o Mysql e o Postgresql.

– last.fm: Interessante este recurso. Cadastrando-se no http://www.last.fm, quando uma música for executada, o Amarok enviará as informações para o site e este, por

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Figura 06

Figura 05

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sua vez, retornará ao Amarok informações de outras pessoas que gostem do mesmo estilo de música que você;

– Dispositivos de Mídia: Pode-se indicar outros dispositivos de mídia além do disco rígido. Se tiver um iPod, é só escolher este tipo de player que o Amarok fará a conexão.

Conhecendo a barra de navegação

ContextoA primeira aba mostrará ao usuário as informações da música que está tocando. Veja a Figura 07.

Se o computador estiver conectado à Internet, o Amarok mostrará algumas informações sobre a faixa. Neste caso específico, ele buscou na “Wikipédia” informações sobre a música “Radio Ga Ga”, do Queen.

ColeçãoEsta aba mostra todos os arquivos que você tem em um diretório ou pasta. Para adicionar novos arquivos nesta coleção clique em CONFIGURAR PASTA e indique qual ou quais diretórios devem ser escaneados à procura de novas músicas.Veja a Figura 08.

Na próxima janela (Figura 09) basta indicar quais diretórios devem ser escaneados à procura de arquivos.

ListasEsta guia é a responsável pela criação de listas de músicas, semelhantes às playlists do xmms. É possível, por exemplo, criar listas com músicas específicas conforme o gênero musical ou algum outro critério. Esta aba também contém as opções de rádios online e podcasts. É possível usar o Amarok para ouvir webradios ou rádios que tenham sua programação em algum servidor de streaming. Observe a Figura 10 na próxima página.

Nos "Streams de Rádio" há uma quantidade muito boa de webradios para todos os gostos. Além destas rádios, é possível adicionar novas rádios clicando com o botão

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Figura 07

Figura 08

Figura 09

direito do mouse em “Streams de Rádio” e escolher a opção “Adicionar Stream de Rádio”. Um problema são os codecs, muitas rádios usam formatos proprietários para suas transmissões e muitos destes codecs não têm seus correlatos no Linux.

Clicando na pasta "Podcasts" com o botão direito do mouse é possível inserir a url de algum site que tenha podcast ou indicar o diretório ou mídia que contenha arquivos de podcast.

A pasta “Listas”, a primeira desta guia, é a responsável pela organização de suas listas personalizadas. Clicando com o botão direito do mouse em cima da pasta, selecione “Criar Lista de Músicas” e dê um nome a ela. Para adicionar músicas a esta lista recém-criada basta arrastar a música para ela.

ArquivosAtravés desta guia nós temos acesso à árvore de diretórios. É possível localizar cada arquivo e adicioná-lo à lista de execução (Figura 11). Usando recursos do shell podemos buscar o arquivo pelo nome completo ou por parte dele. Na linha de comando digitamos: $ find / -iname *.mp3

MagnatuneO Amarok trabalha em conjunto com o site http://www.magnatune.com. Nesta aba é possível ter acesso ao acervo digital do site e tocar suas músicas. Na primeira vez que for usar o Magnatune, é necessário fazer uma sincronia com o site (Figura 12).

Depois da sincronia, estará disponível uma lista de artistas. Para ouvir, é só arrastar a música para o lado direito do painel.

Como é um sistema online, as informações do álbum são mostradas na parte de baixo da janela. É possível também comprar o álbum (Figura 13).

Considerações FinaisHoje o Amarok está num estágio estável, com recursos que satisfarão a grande maioria dos usuários. Imagino que seus desenvolvedores devam inserir recursos de vídeo num futuro próximo.

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Figura 12

Figura 13

Figura 11

Sobre o autorO autor deste artigo é Hermes Nunes Pereira Júnior.Veja mais trabalhos do autor em: www.gnu-lia.org.

Figura 10

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O que é Ogg Vorbis?A Xiph.org é responsável pela criação do formato de áudio e vídeo Ogg. É largamente utilizado em grandes empresas. Na Red Hat® é amplamente utilizado para divulgação de podcast e vídeos, EA Games, Crystal Dynamics (criadora do jogo Soul Reaver) e muitas outras desenvolvedoras de jogos utilizam o formato ogg na trilha sonora de seus produtos.

Este artigo trata do Ogg Vorbis[2], que é o formato Ogg voltado para áudio, pois utiliza o codec Vorbis, que, ao contrário do MP3, utiliza uma codificação em bit variável (VBR). Com isso permite arquivos menores e com qualidade equivalente ao MP3. Pode exceder em qualidade o MP3 e ter equivalência em tamanho. Tudo depende da configuração feita no momento da conversão.

Por que eu deveria usar Ogg e não MP3?Resposta rápida: Porque é livre de patentes, da mesma forma que estamos fugindo das patentes em sistemas operacionais para

desktop. O Vorbis tem suas bibliotecas licenciadas em BSD e suas ferramentas em GPL.

Devemos buscar alternativas para os nossos dados que estão sob licenças proprietárias, no caso das músicas em MP3. E mais, temos um formato de arquivo que consome menos espaço em disco e tem qualidade equivalente.

Como eu posso usar o Ogg agora? Utiliza Linux? A maioria das distribuições trazem por padrão o Codec Vorbis para execução de arquivos Ogg. Xmms[3] e Amarok[4] são ótimas ferramentas para escutar suas músicas.

Utiliza Windows®? Winamp[5] poderia ser utilizado para execução de arquivos Ogg para áudio. Esse player é freeware. Pode ser baixado sem problemas.

Utiliza Mac®? O Ogg Drop foi muito indicado na internet para esse fim, porém não pude fazer testes. Deixo esta tarefa para algum interessado.

Ogg Vorbis, use e abuse

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Por Rafael Brito Gomes

Música em formato digital já se tornou comum no nosso dia-a-dia. Quem não tem, ao menos, dois CDs convertidos em seu computador, que atire a primeira pedra. A música no formato MP3 entrou mesmo na nossa vida. Hoje é difícil viver sem nossos players de mão e nossos CDs para escutarmos em uma viagem.

O que poucos sabem é que o software que estamos utilizando para converter e/ou executar a música, em formato MP3, pode estar infringindo um direito de patente. Em 1998, o Instituto Fraunhofer exigiu royalties por utilização do MP3 para empresas que utilizam esse formato em seus produtos, pois pertence ao instituto o direito dessa patente. Christopher Montgomery aparece como “salvador da pátria”, pois o projeto Xiph.org[1] que foi criado por ele, tem como objetivo evitar esse tipo de problema: Proteger a comunidade do controle de patentes para interesses privados.

O formato livre de áudio não fica devendo nada aos formatos proprietários.

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Utilizando Ogg nos nossos dispositivos.Infelizmente o suporte ao Ogg nesses equipamentos ainda é deficiente no Brasil. Existem poucos produtos no mercado e quando existem geralmente são caros.

O aumento da demanda gera uma melhor oferta, ou seja, devemos demandar nossos próximos equipamentos com suporte a Ogg para, então, tentar reverter esse quadro.

Eu tenho um Player de Mão “genérico” que me foi presenteado no inicio do ano. Ele é parecido com o MP3 player Foston FS-100. Somente dias atrás descobri que ele suporta Ogg e, por isso, foi um dos motivadores para criação desse artigo.

Infelizmente o suporte a Ogg nesses equipamentos ainda é deficiente e em alguns casos inexistentes. Atualmente tenho um MP3 player da marca Foston® que tem total suporte a esse tipo de arquivo.

Iremos abordar a seguir alguns produtos que tem o suporte.

Players de Mão

Foston FS-58AHá artigos publicados na

internet [6] atestando que esse player seria uma

ótima alternativa ao Ipod Nano da Apple®. Um

das diferenças entre os dois players é

que o Foston FS-58A suporta Ogg e o Ipod não.

Não encontrei esse produto no site [7] da Foston®.

O que achei foram apenas baterias e acessórios. Acredito que o player possa ser encontrado em lojas especializadas sem problemas.

Existem outros modelos da Foston® com suporte a Ogg, porém, no site da empresa [8] não há registro sobre isso. Acredito não haver interesse da empresa quanto a esse suporte.

iAUDIO X5Para quem está disposto a pagar um pouco mais, segue essa solução que é novamente uma alternativa ao Ipod, só que dessa vez, com maior capacidade.

O iAUDIO X5 é um produto da empresa COWON [9], e tem como especificação básica:- Visor com 260.000 Cores TFT-LCD;- Resolução de 160X128;- Duração de bateria: 35 horas;- OTG (USB Host): o iAUDIO é capaz de receber fotos direto da câmera digital;- Leitor de textos e ainda é possível ler os arquivos sem precisar parar a música;- Suporte à execução de MP3, OGG, WMA, ASF, FLAC e WAV;- Anti-choque de até 12 minutos. Esse produto não é vendido no Brasil. Acessando o link [10], você obterá informações de onde comprá-lo nos EUA.

SamsungEssa empresa tem inúmeros modelos com suporte a Ogg que podem ser encontrados nos sites de compras online. O produto a seguir é um deles.

YP-U1XModelo com designer moderno que reúne as seguintes características:- Espaço Disponível: 512 MB;- Peso: 39g;- Dimensões: 23.8 x 87.8 x 13.5 mm;- Interface: USB 2.0;- Formatos Suportados: OGG, MP3, WMA, ASF e WAV.

Veja outros exemplos de Players de Mão nesse site [13]

Artigos

iAUDIO X5

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Foston FS-58A

YP-U1X

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Aparelhos de som automotivoVisteon – Radio Head UnitsPelo que vi no site do fabricante [11], ele seria um controlador central para seu sistema de áudio do seu carro. O pacote pode abranger todo equipamento de som automotivo.

O que inviabiliza essa solução para alguns clientes é o preço, pois pelo que vi em alguns sites, ultrapassa a quantia de R$ 600,00. Em contrapartida, existem muitas soluções de porte médio por aproximadamente R$ 250,00 com suporte apenas a MP3.

Lembrando que é uma ótima solução para quem deseja ouvir suas músicas em um formato livre de patentes no carro. Não é uma alternativa financeiramente viável para troca.

Temos mais exemplos nesse site [14].

Telefone CelularPara os usuários de celular que tenham como sistema operacional o Symbian, existe uma enorme possibilidade de seu aparelho obter suporte a músicas em formato Ogg Vorbis. Como?

O projeto Symbian OggPlay disponibiliza o software OggPlay que pode transformar seu celular em um player Ogg de mão. Veja a lista dos modelos suportados o site do projeto [15].

Características do software:- Músicas em formato Ogg poderão ser inseridas como toques telefônicos;- Suporte às listas de execução do Winamp em formato .m3u;- Suporte à execução de MP3, AAC, MP4, M4A e OGG;- Funções de execução aleatória e repetição de músicas;- Skins personalizáveis. Podem ser encontrados alguns prontos na internet;- Suporte a várias línguas. O Português de Portugal é incluso.

Deseja migrar suas músicas de MP3 para Ogg?Inicialmente eu desaconselharia tal ato, já que, como explico abaixo, a utilização dessas músicas em formato digital apenas deve ser feita com a compra do CDs originais. Assim, é aconselhável converter “direto da fonte”. Poderíamos obter maior qualidade nas músicas, pois o método de conversão do MP3 e Ogg são distintos e uma conversão de um para outro poderia ter perdas irreparáveis na música como resultado do processo.

Para ouvidos poucos sensíveis a esses níveis de qualidade, existem muitas formas para conversão.

Uma delas é o software mp32ogg. Como o próprio nome já diz, ele tem como função transformar músicas MP3 para Ogg. Infelizmente não conheço nenhuma interface gráfica para essa ferramenta. Porém, na linha de comando é bastante simples.

mp32ogg --delete --quality=10 /pasta com as músicas

O parâmetro “--delete” irá remover as MP3s utilizadas como origem. E “--quality” irá especificar o nível de qualidade da música convertida.

Lembrando que "--quality=4" é o equivalente a CD. Com esse nível já temos um arquivo menor que a MP3 de origem.

Esse comando age de forma recursiva, ou seja, se colocar a sua pasta “Minhas músicas” todas as músicas que estão nas subpastas inferiores serão convertidas sem problemas.Esse tutorial foi retirado desse site[15].

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Visteon - Radio Head Units

Problemas com PiratariaÉ importante atentar que a utilização de músicas sob o formato Ogg não torna a cópia da música legal. Na maioria dos casos é necessário ser dono do CD para então efetuar a cópia e ainda assim o uso deve ser exclusivo do dono da mídia. Claro que existem autores que liberaram suas músicas na internet sem nenhuma cobrança, mas é interessante que essa informação esteja explícita no site do autor ou a música esteja sob alguma licença permissiva, tal como Creative Commons [12] ou afins

Será que o MP3 não vai ser liberado?Ao que parece essa “briga” está longe do fim. A Alcatel-Lucent, que se uniu ao Instituto Fraunhofer, exige que a Microsoft pague uma multa de US$ 1,5 bilhão. A Microsoft já pagou US$ 16 milhões ao Instituto Fraunhofer. Mas a Alcatel-Lucent alega que a Microsoft utiliza duas outras patentes de sua propriedade desde antes da união com o Instituto. A Microsoft nega a informação.

Não há notícia sobre o desfecho dessa discussão. Se for favorável à Alcatel-Lucent, acredito que irá se iniciar novos processos contra outras grandes empresas, tal como Apple e Yahoo!.

ConclusãoA oferta de dispositivos com suporte a Ogg ainda é pequena, porém, esse quadro será revertido apenas com o aumento da demanda. Com os benefícios técnicos explicados aqui, com a utilização desse formato de música e os anseios com a libertação dos padrões proprietários, acredito que teremos razões o bastante para efetuar a migração.

Referências[01] - http://www.xiph.org/[02] - http://www.vorbis.com/[03] - http://www.xmms.org/[04] - http://amarok.kde.org/ [05] - http://www.winamp.com/[06] - http://www.nouturn.com/oggdrop/[07] - http://mp4.tudosobre.info/mp4-player- foston-fs-58a-1gb/[08] - http://www.foston.com.br/loja/[09] - http://www.cowonamerica.com/products/ iaudio/x5/[10] - http://www.cowonamerica.com/buy/ us.html[11] - http://www.visteon.com/products/ automotive/radiohead_units.shtml[12] - http://creativecommons.org/[13] - http://wiki.xiph.org/index.php/ PortablePlayers[14] - http://wiki.xiph.org/index.php/ StaticPlayers[15] - http://nq6.blogspot.com/2007/01/ converta-suas-MP3-para-ogg.html

Sobre o autorRafael Brito Gomes é integrante do PSL-BA (Projeto Software Livre Bahia) e Embaixador do Projeto Fedora. Certificado LPIC-1. Administrador de redes da CPMBraxis e estudante da UNIFACS.

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Nesta época a maioria dos S.O. das estações eram Windows® 98 e 95. Em 2004 começamos a estudar a possibilidade de utilizar o LINUX para prover nossos serviços, sendo assim, não demorou muito para migrarmos o Controlador de Domínio. Então, no final do primeiro semestre de 2004, com a ajuda do Centro de Apoio ao Meio Ambiente que captou recursos para aquisição de novos servidores de rede, instalamos nosso primeiro servidor Samba Red Hat 9 e um servidor para firewall e proxy. Também foram substituídas algumas estações e, com melhores configurações, começamos a utilizar o Windows® XP. Ainda não havia nada sobre LINUX em estações de trabalho, era realmente um monopólio do software proprietário nesta área.No segundo semestre de 2004, trabalhamos na melhoria dos serviços configurados nos servidores, bem como: segurança, confiabilidade e estabilidade no acesso.

Em 2005, começamos os estudos para migrar outras aplicações e ferramentas, e precisávamos definir por onde começar, o que mudar primeiro, o que mudar por último, considerar tecnologias e pessoas. Utilizar todas as informações levantadas e sugeridas para sabermos como ocorreria a mudança e o tempo que levaria todo o processo, era necessário estabelecer prazos e metas, porque tínhamos que planejar cuidadosamente e de forma gradual a

migração dos sistemas legados para as soluções livres. Durante o processo de migração é preciso observar a integridade dos dados e informações armazenadas, para não haver perdas e/ou complicações. É importante o comprometimento de toda equipe, pois o horário normal de trabalho não é suficiente e exige disponibilidade em horários diferenciados.

Na época, para começar, optamos pelo Fedora 4, por ser uma distribuição baseada no Red Hat e ser livre de licenciamento para updates e suporte; sempre foi uma preocupação a questão orçamentária, não tínhamos recursos para investimento em tecnologia, a informática era vista como um departamento que "COMPRA e CONSERTA" computadores. Acreditávamos no crescimento e na qualidade da comunidade por se tratar de uma distribuição robusta, e o fato de ser patrocinada pela Red Hat nos trazia a confiança que a marca representa.

Seguindo o projeto implantamos e migramos mais alguns serviços e a estrutura de servidores que utilizavam o Fedora ficou assim:• Servidor WEB;• Servidor Samba;• Servidor de e-mail;• Servidor MySQL;• Firewall/Proxy.

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O Ministério Público do Tocantins começou a utilizar o LINUX no final de 2002, quando instalamos nosso primeiro servidor de e-mail. Na época, utilizamos o Red Hat 9, por ser a distribuição mais utilizada em servidores de rede devido à sua robustez, confiabilidade e estabilidade. O restante de nossa rede era precária e apenas alguns pontos estavam conectados com uso de internet e outros recursos, bem como um PDC com Windows® NT, que fazia apenas a autenticação sem maiores controles, e os sistemas utilizados eram desenvolvidos para atender determinado departamento de forma isolada; e existiam ainda sistemas de terceiros que não seguiam uma padronização da linguagem utilizada para seu desenvolvimento, uma verdadeira "Torre de Babel" tecnológica.

Bom é barato

Por Anderson Menezes

Melhor custo / benefício leva o Ministério Público do Tocantis a escolher o Fedora na hora da migração.

Parte 1

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oNo segundo semestre de 2005, voltamos a atenção para a legalização das estações, a melhor solução foi utilizar o BrOffice.org, mas ao contrário dos servidores, precisávamos de um apoio do Gestor, porque iria influenciar diretamente nas atividades de todos os funcionários da instituição. Então demonstramos a utilidade, integração e compatibilidade do BrOffice.org com o pacote de escritório proprietário, e um gráfico comparativo entre os dois pacotes de escritório com o seu custo/beneficio, pontuando as melhores características de cada um e seu valor financeiro, é claro.

Após obter a aprovação e apoio do Gestor, começamos a migração de todos os pacotes de escritório, a qual foi concluída no final de 2006. Neste meio tempo, mudamos para a sede definitiva do Ministério Público do Tocantins que já contava com a rede física toda estruturada. Mas não podíamos descansar ainda, outros sistemas ainda precisavam ser migrados e outros criados para, assim, desfazermos de uma vez a tal "Torre de Babel".

Em Janeiro de 2007, a instituição se preparava para uma verdadeira transformação tecnológica, criando sistemas de controle, sistemas de intranet, proteções antispam e antivírus, adquirindo novos servidores, estações de trabalho e equipamentos de rede. Mas para essa transformação dar certo, precisávamos de mais informações.

Então, foi feito um novo levantamento dos seguintes pontos:• Tipos de equipamentos com suas características (computadores, impressoras, servidores etc.);• Estrutura de redes (camadas, switches, firewall, autenticação, etc.);• Tipo de usuário que utilizará os sistemas;• Sistemas operacionais utilizados;• Todos os sistemas utilizados;• Conhecimento da equipe técnica.

Foram também avaliados os pontos positivos e negativos de uma migração deste porte:

1. Pontos Positivos• Economia de custos com softwares proprietários, possibilitando o investimento em infra-estrutura;• Grande comunidade para suporte e resolução de problemas;• Maior segurança proporcionada pelo software livre;• Independência tecnológica;• Desenvolvimento de conhecimento local;• Independência de um único fornecedor;• Detenção dos códigos-fonte na maioria dos softwares, possibilitando adequações às necessidades da instituição ou empresa.

2. Pontos Negativos• Cultura do usuário;• Impacto direto nas atividades diárias;• Falta de conhecimento da equipe de help desk;• Falta de profissionais qualificados para desenvolvimento de algumas aplicações.

Depois de tudo isso avaliado o Diretor de TI, Huan Carlos, apresentou o projeto e tivemos total apoio da Gestora doutora Leila da Costa Vilela Magalhães, a atual Procuradora-Geral de Justiça, que através de um Ato Administrativo autorizou a migração de toda estrutura do MPE-TO para Software Livre.Com esse ato nas mãos, migramos o restante dos pacotes de escritório de alguns computadores que ainda utilizavam suítes proprietárias. Foram contratados: Desenvolvedor em Java, Administrador de Banco de Dados Oracle, mudamos os aplicativos cliente/servidor para aplicativos em PHP, adquirimos novos servidores de rede, switches, racks e provemos novos serviços.

Contávamos agora com os seguintes servidores rodando Fedora 7:• Servidor WEB (PHP conectando em MySQL, Oracle, SQL e Postgres);• Servidor de Banco de Dados (Oracle, Postgres e MySQL);• Servidor de E-MAIL (Postfix, Amavis, Clamav e SpamAssassin);• Servidor de autenticação e arquivos Samba com LDAP;• Servidor de Aplicação Java;• Servidor de Aplicação para Moodle;• Servidor para rotear pacotes entre as redes;• Servidor de Firewall/Proxy.

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Agora era necessário migrar o sistema operacional das estações. Começamos então escolhendo departamentos aleatóriamente e instalamos um computador com Fedora em cada um deles para sentir a reação do usuário. Precisávamos saber o nível de rejeição. Para nosso espanto 60% dos usuários que usaram estes computadores de teste disseram não sentir dificuldades em utilizar o sistema operacional (com Gnome), pois o que eles precisavam para trabalhar estava instalado: BrOffice.org e Firefox. O que aconteceu - e ainda acontece - é a confusão que o usuário faz entre o BrOffice.org no Windows® e o BrOffice.org no LINUX. Conceitos como o uso do "C:\", serão mudados com o tempo, através de suporte, tutoriais e treinamento.

Depois destes testes de "campo" precisávamos escolher uma distribuição que atendesse às nossas necessidades corporativas. Então essa distribuição precisava de:• Autenticar no LDAP/Samba;• Executar scripts de logon para mapeamento automático da pasta /home do usuário no servidor;• Rodar em máquinas mais antigas, com 256 MB de memória e baixo processamento;• Ter interface gráfica “enxuta” para diminuir o impacto cultural do usuário.

No início de 2008, começaram os testes de várias distribuições: Gentoo, Ubuntu, Satux, Famelix, Mandriva, entre outras pouco conhecidas, e a distribuição escolhida foi o Fedora.

Aí você me pergunta: Fedora, por que o Fedora?• Porque foi a distribuição que melhor integrou-se à nossa realidade e necessidade;• Porque sua versão desktop tem as mesmas qualidades da versão para servidores; • Porque é a mesma distribuição adotada nos servidores do MPE-TO, proporcionando uma melhor integração com os pacotes utilizados entre estação/servidor. Isso também facilitou na criação de um único repositório interno para atualizações. A equipe técnica se especializou em apenas uma distribuição e pode dar suporte tanto nos servidores como nas estações;• Comunidade atuante e em desenvolvimento constante;• Suporte técnico até dos engenheiros da Red Hat, entre outras qualidades.

Não queremos dizer que as outras distribuições são ruins, muito pelo contrário, acreditamos que cada uma atenda às necessidades de cada usuário e/ou corporação.

No dia 10 de março de 2008 migramos nossa primeira estação de trabalho. Na sua instalação, na Diretoria Geral, fomos todos da equipe de migração e ficamos ao redor do computador, como se admirássemos um bebê recém-nascido. Tínhamos que ter a certeza que o computador iria logar no LDAP e mapear o diretório do usuário no servidor Samba.

Agora em Junho de 2008, estamos bem adiantados na migração das estações, sendo concluída nos próximos meses, e espero postar na comunidade a simples frase "MIGRAÇÃO CONCLUÍDA COM SUCESSO!" e saber que todos os computadores do Ministério Público do Tocantins falam a mesma língua.

Se notaram aqui, não falamos em números, quanto foi a economia gerada com esta migração ou quanto a instituição deixou ou vai deixar de gastar com licenças de softwares proprietários, porque isso vai da estrutura de cada um e do estudo de viabilidade que os Gerentes de TI irão fazer. Mas podemos dizer que, tratando-se de um Órgão Público, a economia gerada foi no bolso do cidadão e podemos afirmar que utilizando Software Livre estamos utilizando verbas públicas de forma responsável.

Na próxima edição mostraremos como configuramos as estações Fedora para que fizessem a autenticação LDAP/Samba.

Não percam!

Até a próxima!

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Sobre o autorAnderson Menezes é Coordenador de Redes e Conectividade. Consultor em Software Livre, é um dos integrantes da equipe de migração do MPE-TO.

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"A utilização do Fedora contribuiu para a transparência e economia do dinheiro público, sem perder a qualidade e segurança."

"A Instituição precisava de uma grande mudança em sua área de TI, e quando foi apresentada pela equipe uma solução com utilização de Software Livre, tivemos receio do impacto que isso causaria nas atividades diárias, mas não foi isso que aconteceu, a migração fluiu de forma tranqüila. Hoje acreditamos e vemos os benefícios que a migração trouxe para a Instituição."

Doutora Leila da Costa Vilela MagalhãesProcuradora-Geral de Justiça — Tocantins

Quem pegou no pesado

- Huan Carlos- Altair Júnior- Arnaldo Neto- Maksuel Silva- Manoel Moura- Anderson Menezes

- Alex Souza- Agnel Póvoa- Ana Carolina- Guilherme Silva- Aderson Siqueira- Leonardo da Mata

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Aos que ainda estão presos à outra plataforma, é possível usar este software compilando o código fonte ou usando os binários para Windows®. É uma excelente forma de, antes da migração de sistema, acostumar-se ao programa e reduzir o “choque cultural”.

O ser humano tem necessidade de comunicar-se e não se dispõe ao risco de perder sua lista de contatos. A função principal do Pidgin é exatamente essa: no mundo do software livre, conectá-lo a todas as suas redes de contatos e interagir, simultaneamente, através dos diversos protocolos de mensagens instantâneas (protocolos de IM, para encurtar).

SobreAntes de defini-lo, é bastante oportuno ler a definição dos próprios desenvolvedores do software: “O Pidgin é um cliente de mensagens modular capaz de usar o AIM, MSN, Yahoo!, XMPP, ICQ, IRC, SILC, SIP/SIMPLE, Novell GroupWise, Lotus Sametime, Bonjour, Zephyr, MySpace, Gadu-Gadu e QQ de uma vez só. Ele é escrito usando o GTK+.”

No cenário de redes de IM e seus clientes, vale fazer uma distinção aqui. Para um usuário conectar-se a uma rede, ele deverá usar um cliente que pode ser oficial ou

desenvolvido por terceiros e estes últimos podem (ou não) ser clones ou multi-protocolos, como o Pidgin. Essa distinção é útil para entender sobre qual problema o Pidgin se funda e como tem evoluído nessa perspectiva.

As redes de IM e seus clientes oficiais muito mais “criam” problemas do que resolvem. Elas “criam” problemas no sentido de que, na verdade, centram-se no desenvolvimento de características próprias, de atrativos para chamar novos usuários. Já os clientes não-oficiais, havendo ou não documentação sobre o serviço de IM, buscam desvendar os motivos pelos quais seu cliente não está “conversando” com a rede como deveria; e, costumeiramente, incluir algum diferencial que facilite seu uso. Ser um clone agrega uma preocupação a mais, a de cuidar para que o seu software seja tão parecido quanto possível em relação ao cliente oficial. Por fim, os multi-protocolos, cujo alvo prioritário é conectar-se às mais diversas redes e, por isso, a possibilidade de fazer dele um clone reduz consideravelmente à medida que sua capacidade de conexão com redes de IM distintas cresce.

Visto isso, é fácil perceber porque certo botão ou menu não existe num multi-protocolo ou porque não houve a implementação de determinada habilidade ou recurso da mesma forma que é no cliente de uma ou de outra rede. A situação ideal seria ter funcionalidade plena de todos os recursos

Pombo correioO Pidgin dá um show nas mensagens instantâneas.

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Por Túlio Miranda Barros

Outrora conhecido como Gaim, este programa é certamente um dos projetos mais antigos e ativos no ramo de mensagens instantâneas para o Linux.Implementações de novos recursos, correções de bugs e vulnerabilidades, a lista (crescente) de tarefas feitas e a fazer mostram o perfil de um programa maduro, em constante aprimoramento. O ritmo acelerado da equipe de desenvolvimento do Pidgin faz com que se tenha uma nova versão, geralmente, em menos de 30 dias. Para verificar o que se consegue fazer em intervalos tão curtos, é recomendável visitar o endereço http://developer.pidgin.im/wiki/ChangeLog. A partir desse endereço, há um link para onde é possível examinar toda a lista de “tickets” fechados da versão. Já no endereço http://developer.pidgin.im/query, é possível vislumbrar que, ao tempo que este texto seja lido, muito possivelmente a atual versão 2.4.2 já represente o passado, pois já há trabalho concluído para as versões 2.4.3, 2.5.0 e 3.0.0.

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propostos de cada rede à qual se conecta. Porém, ante as crescentes demandas de novas características em cada rede, uma ou outra acaba por ganhar uma importância maior ou menor na escala de prioridades da equipe de desenvolvimento.

É eminentemente subjetiva a questão de que um recurso seja classificado como blocker, critical, major, minor ou trivial (termos usados pelos desenvolvedores do Pidgin e listados do mais ao menos relevante). Conferências de áudio e vídeo estão na lista de desenvolvimento há bastante tempo como minor e pouco avanço ocorreu, mesmo com a criação de um fork específico, o gaim-vv, atualmente reintegrado ao Pidgin.

Contudo, o fato de ser um cliente multi-protocolo é, nisso, uma enorme vantagem. O Pidgin agrega em si redes e contatos. Ele é o bastante para conectar o usuário a cada rede de IM que se queira. Também é capaz de organizar contatos que representem a mesma pessoa (que igualmente se utiliza de diversas redes) num único nome e uma única janela de conversação. Em momento oportuno será exposto algumas das principais características do Pidgin, mas, antecipadamente, já se pode afirmar que ele faz muito mais do que enviar e receber caracteres em texto puro.

NomeEm 1999, Mark Spencer criou o GTK+ AOL Instant Messenter, o GAIM. Com o sucesso, vieram também as batalhas judiciais. Através de acordos, GAIM passou a ser Gaim e, por fim, Pidgin. A libgaim, a biblioteca do programa,

também foi renomeada para libpurple (purple originou-se de “prpl”, protocol plugin).

Pidgin é foneticamente muito parecido com Pigeon (pombo). Naturalmente, com a

mudança do nome, o ícone humanóide (Figura 01) também mudou, passando

a ser um pombo púrpura (purple pigeon), (Figura 02).

Porém, Pidgin é uma palavra real. O verbete do dicionário WordNet 2.0 trás o enunciado: “uma língua

artificial usada para negócios entre pessoas de idiomas diferentes” (tradução livre).

Pidgin é um fenômeno lingüístico muitíssimo curioso. Supondo que pessoas que não possuem um idioma em comum necessitem interagir, palavras e gramáticas de ambos serão utilizadas na formação de um meio simples e eficaz de comunicação. Dessa necessidade de comunicar-se, por qual motivo seja: trabalho; negócios; ou, simplesmente, uma convivência momentânea, o pidgin surge como uma ferramenta natural do ser humano. Um pidgin pode ser, portanto, o passo inicial para a desconstrução e simplificação das línguas, para, posteriormente formar uma língua crioula que se desenvolva numa nova língua.

Há vários casos de pidgins na história: entre Russos e Noruegueses (1800s); em economias do tipo plantations (desde 1400s) nas Filipinas, Havaí, Cabo Verde, Sri Lanka, Suriname, etc.

Se é verdade que o nome carrega em si um significado, a essência do Pidgin é desenvolver-se como um software que consegue comunicar-se com vários idiomas (protocolos) de modo simples e prático e, oxalá, ser um veículo para a mudança da própria forma de comunicação.

InstalaçãoComo mencionado anteriormente, na seção de downloads do site do programa (http://www.pidgin.im/download), há o fonte (source) para compilar para as diversas plataformas, assim como binários para Windows®; e pacotes para CentOS/RHEL (Red Hat Enterprise Linux) e para as versões do Fedora 4, 5 e 6.

Caso o sistema adotado seja uma das versões supracitadas do Fedora, deve-se copiar o arquivo http://rpm.pidgin.im/fedora/pidgin.repo para dentro de /etc/yum.repos.d. A partir da versão 7 e superiores, é altamente recomendável que se espere a atualização do pacote através dos mantenedores dos repositórios do sistema. No entanto, se ao ler o ChangeLog da nova versão tornou-se imprescindível a atualização e não se pode esperar, é perfeitamente possível compilar o fonte da mesma forma que se faria se estivesse com uma outra distro.

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Figura 01

Figura 02

Logo do Pidgin

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O Fedora instala o Pidgin por padrão. Contudo, se por algum motivo não estiver instalado, basta digitar:

yum install pidgin

Para ter uma experiência mais intensa do programa, além do pacote mínimo é aconselhável instalar pacotes de plugins e notificações conforme o comando abaixo:

yum install pidgin purple-plugin_pack-pidgin\ pidgin-guifications

Após a instalação, o ícone do programa será encontrado no menu Internet dentro do menu principal como “Mensageiro da Internet Pidgin”.

Configuração de contasNa primeira vez que o Pidgin for executado, duas telas serão abertas: Lista de amigos (Figura 03) e o assistente para a criação de contas (Figura 04). Completamente traduzido, o assistente guiará de forma bastante intuitiva o cadastramento de uma conta de IM até o fim.

Cada rede tem suas requisições próprias para a conexão. Para umas, basta informar o nome do usuário; para outras é necessário informar rede, servidor, domínio e/ou recurso. Por isso, é interessante apenas fazer algumas observações:

- Nome do usuário é o login, usuário@domínio.com como na rede de MSN; ou usuário usado na rede do Gtalk; ou ainda um número, típico do ICQ.

- Domínio (ou Rede) algumas redes com protocolo XMPP, deve informar onde está registrado o usuário. A depender da rede será gmail.com (Gtalk), jabber.org, etc.

- Recurso é uma informação a mais que não vai interferir no cadastramento. A depender da rede usa-se Home, Gaim, Pidgin, etc.

- Senha pode ser salva ao marcar a opção “Lembrar senha”, mas é bom saber que ela é gravada em texto simples no arquivo ~/.purple/accounts.xml com a sintaxe <password>senha</password>. Se preferir deixar o espaço vazio, sempre que conectar será pedida a senha. Há um projeto aprovado para o Google Summer Code 2008 que planeja fazer o libpurple ler senhas armazenadas em programas externos como Gnome Keyring, Kwallet e Apple keychain. No estado atual, qualquer um que possa adquirir poderes de root ou usar o seu usuário no sistema poderá obter a sua senha.

- Apelido local não se trata do nick, para a mudança de apelido há um lugar adequado. Este espaço é usado apenas para o usuário do Pidgin. Na tela de conversação, quando o usuário do Pidgin escrever, é este apelido local que será exibido, mas para todos da rede será mostrado seu nick atual.

Nesta janela de cadastramento e edição de contas é possível escolher um avatar somente para essa conta, mas não estará protegido de futuras modificações globais feitas através da janela principal do programa.

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Figura 04

Figura 03

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Terminada a primeira conta, tantas outras quanto se queira poderão ser criadas, modificadas ou excluídas (Figura 05). Uma outra ação desta janela é determinar que contas deverão ficar "ativas" (conectadas).

A configuração padrão do Pidgin é de manter o status quo ante. Em outras palavras, se uma conta não estava conectada (leia-se, "inativa"), é assim que retornará; se, em uma conta ativa, o usuário estava "Disponível", igualmente retornará a esse estado na próxima vez que o programa for aberto. Nessa janela, a caixa de marcação "Ativado" indica se a conta está conectada ou tentando conectar à rede. Assim que conectar, o ícone do protocolo ficará colorido. A mesma tarefa pode ser feita no menu Contas da janela principal. Em relação ao status, o mesmo respeito ao estado anterior é preservado, todavia, esse comportamento pode ser modificado através do caminho Ferramentas > Preferências > Status / Inativo > Status na inicialização. Aqui, ao desmarcar a opção "Usar o status da última saída ao iniciar", o usuário poderá escolher à gosto o status que será aplicado a todas as contas ativas na próxima inicialização.

UsandoNo menu principal (Amigos, Contas e Ferramentas), os itens são bastante auto-explicativos. Os menus de contexto (os que abrem com o botão direito do mouse) são intuitivos. Sem querer ensinar o óbvio sobre uso, pode-se afirmar com segurança que não haverá muita dificuldade para fazer as ações mais comuns.

Conectando-se nas redesCada conta cadastrada na janela Contas, será também um item no menu Contas. É através desses sub-menus que é possível

mudar de nick, desativar (desconectar), ativar e fazer outras alterações individualmente.

Na parte inferior dessa mesma janela, existem os indicadores do status do usuário e do avatar. Os ajustes aqui feitos são globais. Isto é, até certo ponto são.

Ao escolher “ausente” ou “disponível”, todas as contas assim ficarão. Porém, se for escolhido um status que não existe correspondente ou não foi implementado pelo Pidgin, o anterior será mantido. Supondo que um usuário esteja “disponível”, conectado às redes Gtalk, MSN e IRC. Depois, mude para “ocupado” e, posteriormente, para “invisível”. No primeiro momento, apenas as contas do Gtalk e MSN ficarão com status “ocupado”, já que não existe este status no IRC; no segundo instante, somente a conta do MSN ficará “invisível, apesar de existir essa possibilidade na rede do Gtalk, ainda não foi implementado para o Pidgin.

Ainda aqui, o usuário pode também criar novos status e personalizá-los, inclusive determinando status diferentes para cada conta. Usando o exemplo descrito acima, pode-se criar um status “ocupadíssimo” que deixe a conta do IRC em “away” e outro, que a critério do usuário, pode inclusive desconectar apenas a conta escolhida. Vale salientar que só é possível editar status criados pelo usuário.

Quanto ao avatar, como foi apresentado anteriormente, pode ser configurado individualmente para cada rede de IM na janela de contas; ou pode ser modificado globalmente no ícone da janela principal. A mudança feita através da janela principal tem o mesmo comportamento das mudanças de status, no sentido de que apenas as contas com suporte implementado a esse recurso substituirão a imagem anterior tão logo seja escolhida uma nova.

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Contatos das redesAssim como o usuário do Pidgin, é possível que uma mesma pessoa comunique-se com ele através de diversas redes de IM - ver Figura 06. Caso queira, pode-se concentrar todas essas “representações” num único nome. Para isso, no menu interativo do contato (ao clicar com o botão direito nele) existe a opção “Expandir”. Feito isso, basta arrastar para dentro daquela conta as demais da mesma pessoa. Desse modo, na janela de conversação desse contato, através do menu “Enviar para”, pode-se escolher para qual rede se pretende enviar. Uma outra conseqüência desse agrupamento é a agregação dos históricos.

Na janela de conversação, muito antes do Firefox trazer abas, o Pidgin já trazia as suas. Com Ctrl+Tab é possível pular para a próxima aba ou para a mais velha conversa não respondida. As abas também podem ser arrastadas de um lado para outro ou mesmo para fora da janela, neste caso, outra janela de conversação será criada.

Para os que gostam de teclas de atalho, há muitas, mas entre as mais usadas:

Na janela principal:Enviar nova mensagem Ctrl+M Entrar num chat Ctrl+CVer as informações do usuário Ctrl+I Ver o log do usuário Ctrl+L Adicionar amigo Ctrl+BFechar o programa Ctrl+QJanela de gerenciar contas Ctrl+AJanela de plugins Ctrl+UJanela de preferências Ctrl+PJanela de transf. de arquivos Ctrl+TNão tocar sons Ctrl+SAjuda online F1Renomear amigo F2

Na janela de conversação:Enviar nova mensagem Ctrl+MProcurar Ctrl+FLimpar janela de conversação Ctrl+LVer as informações do usuário Ctrl+O

Fechar janela Ctrl+WNegrito Ctrl+BItálico Ctrl+ISublinhado Ctrl+UMostrar marcações de tempo F2Alternar as abas Ctrl+Tab ouShift+Ctrl+Tab

PluginsUm dos maiores diferenciais do Pidgin são os plugins. Oficiais ou de terceiros, são capazes de facilitar em muito a vida do usuário. Há jogos (dice), automação de ações, auto-reply, substituição automática de texto, execução de comandos de shell (/exec), janelas de pop-ups (guificações)(Figura 07), etc. Tratar sobre cada um seria um trabalho hercúleo.

A janela de plugins (Figura 08) é acessada dentro do menu de ferramentas. Ao selecionar um plugin, dois itens podem ser ativados: “detalhes do plugin” e “Configurar plugin”. O melhor meio de aprender sobre eles é experimentando-os e ajustando-os de acordo com a necessidade do usuário.

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Figura 06

Figura 07

Figura 08

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Parâmetros de lançamentoO Pidgin aceita parâmetros de lançamento que podem ser inseridos ao executá-lo via shell. Através da linha de comando, é possível abrir instâncias múltiplas (-m), não entrar automaticamente (-n), exibir informações para depuração (-d), etc. Para acessar a lista completa de parâmetros:

pidgin -h

Para evitar que o programa entre usando o determinado status, seja a configuração padrão (o da saída anterior) ou outro status configurado, não é necessário presteza nos gestos do mouse. Se o usuário não quiser confiar na rapidez para mudar status antes de concluída a conexão, pode valer-se dos parâmetros -n ou -l. Desse modo, o programa abrirá com todas as contas ativas desconectadas ou entrará apenas com as contas especificadas no comando.

pidgin -npidgin -l=123456789,[email protected],\ [email protected]

As informações obtidas por -d podem também ser acessadas através dos sub-menus “Janela de depuração” e “Log do sistema” nos menus “Ajuda” e “Ferramentas”, respectivamente.

Pidgin no shell, FinchTudo que se pode usar é o modo texto, um terminal, um console, ou coisa que o valha. Nessas condições, que para muitos configuram um ambiente inóspito, é possível usar o Pidgin com todos os contatos agrupados e com os usuários semelhantemente ajustados? Perfeitamente.O executável não é pidgin, mas sim finch. Todos os ajustes feitos no ambiente gráfico serão utilizados no terminal, o finch lerá todos os arquivos em ~/.purple, gravará históricos e conectará da mesma forma como se no Pidgin o usuário estivesse. Só um arquivo a mais será gravado, o ~/.gntrc ou ~/.gntpositions com as informações sobre a disposição das janelas.

Para instalar: yum install finch

Nesse ambiente, não há suporte a mouse como existe em alguns programas de modo texto como o links. Na realidade há, contudo, o nível do trabalho feito ainda está bastante

experimental. A despeito da falta de mouse, não é complicado movimentar-se pelas janelas.

Nesse ambiente (Figura 09), o uso de teclas de atalho é inevitável. Porém é muito menor o número dessas. Vale aqui uma nota: ao usar um console, uma combinação como Alt+A, ao invés de abrir a janela de ações disponíveis, pode ativar o menu Arquivo do seu console. Para evitar isso, a tecla de acento agudo pode fazer as vezes de Alt. Assim, aquilo que geraria um “á” na verdade

irá ativar a janela de ações disponíveis. Da mesma forma, uma combinação que geraria um “ã” acaba por fechar a janela ativa. Por padrão, o programa não permite o usuário escrever com acentos ou cedilha, mas poderá lê-los perfeitamente em suas conversas.

Segue a lista das mais usadas.Janela de ações disponíveis Alt+A á Alterna para a próxima janela Alt+N Alterna para a janela anterior Alt+P Mostra a lista de janelas Alt+W óFecha a janela atual Alt+C ã Fecha sem avisar Alt+Q Fecha com aviso Ctrl+C Início do movimento da janela (e movimenta com as setas) Alt+M Fim do movimento da janela Esc Enter Abre o menu (interativo) da respectiva janela Ctrl+O Ctrl+XMostra as teclas de atalho da janela ativa Alt+/ Alterna entre as janelas Alt+> Alt+<

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Figura 09

Outras opçõesO Pidgin não é o único multi-protocolo no Linux. Assim, como praticamente tudo nesse universo livre, cabe a cada um escolher o que lhe convier. Sem pretender eleger o melhor cliente de IM, abaixo estão destacados clientes e algumas características ainda ausentes no Pidgin:

- Kopete: um multi-protocolo feito pelos mesmos desenvolvedores do KDE. Nele já existe algum suporte para vídeo e as senhas são salvas criptografadas através do aplicativo KWallet.

- Mercury: conecta-se apenas ao MSN e ao Jabber, é feito em java e há suporte para receber e enviar vídeo. Se o usuário possuir uma webcam que use o driver V4L2, não poderá enviar vídeo. Essa limitação do driver é uma limitação do java, não do programa.

- aMSN: não é multi-protocolo, mas é um dos que suporta o maior número de características do MSN, inclusive mensagens offline.

- Meebo: não é um programa a ser instalado no computador, é um site através do qual se pode conectar a Gtalk, Yahoo!, AIM, MSN, ICQ e Jabber. Se não for possível instalar o Pidgin...

Referênciashttp://en.wikipedia.org/wiki/Pidgin_(software)http://www.pidgin.imhttp://developer.pidgin.im/wikihttp://www.mercury.imhttp://www.amsn-project.nethttp://www.meebo.comhttp://kopete.kde.orgMcWHORTER, John. The Power of Babel – A Natural History of Language. Perennial. Nova York, NY, 2003.

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Sobre o autorO advogado Túlio Miranda Barros é formado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba. Usuário Linux desde 1996 (Red Hat Linux 4.0) contribui com vários fóruns e listas da comunidade.

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O MPlayer é um dos players de vídeo que oferece mais suporte a formatos de arquivos no mundo Linux, oferecendo suporte para codecs:

Vídeo- MPEG-1 (VCD) e MPEG-2 (SVCD/DVD/DVB)- MPEG-4 ASP OpenDivX (DivX4), DivX5(Pro), Xvid- MPEG-4 AVC aka H.264 - Windows Media Video 7/8 (WMV1/2)- Windows Media Video 9 (WMV3) - RealVideo 1.0, 2.0 (G2)- RealVideo 3.0 (RP8), 4.0 (RP9) - Sorenson v1/v3 (SVQ1/SVQ3), Cinepak, RPZA e outros codecs QuickTime - DV video - 3ivx - Intel Indeo3 (3.1, 3.2) - Intel Indeo 4.1 e 5.0 - VIVO 1.0, 2.0, I263 e outro H.263(+) - MJPEG, AVID, VCR2, ASV2 - FLI/FLC - HuffYUV

Áudio- MPEG 1, 2, e 3 (MP3) - AC3/A52 (Dolby Digital) - AAC (MPEG-4 áudio) - WMA (DivX Áudio) v1, v2 - WMA 9 (WMAv3), Voxware áudio, ACELP.net etc - RealAudio: COOK, SIPRO, ATRAC3 - QuickTime: Qclp, Q-Design QDMC/QDM2, MACE 3/6, ALAC - Ogg Vorbis audio - VIVO audio (g723, Vivo Siren)

Embora seja um player muito utilizado, ele não é incluído por padrão na maioria das distribuições (uma das principais justificativas para a existência deste artigo). A partir deste ponto iremos começar a demonstrar a instalação e utilização do MPlayer.

CodecsAntes de instalarmos o MPlayer precisamos realizar a instalação dos codecs necessários. Codec é um programa cuja principal função é codificar uma faixa de áudio ou vídeo para que a mesma passe a ter um formato digital.

Codec é o acrônimo de Codificador/Decodificador e podemos encontrar dois tipos de codecs: sem perda e com perda. O primeiro realiza a codificação do som ou imagem a fim de comprimir o arquivo sem no entanto alterar a qualidade do som ou imagem originais. Caso o arquivo sofra a operação inversa (descompressão) o novo arquivo será exatamente idêntico ao original. Em geral este codec será capaz de gerar arquivos codificados entre 2 ou 3 vezes menores do que o arquivo original. Alguns exemplos: flac, shorten e wavpack (áudio); FFMpeg vídeo 1 e MJPEG (vídeo); PNG e TIFF (imagem).

Já os codecs com perda são aqueles que irão codificar som ou imagem com uma maior compressão, porém apresentando uma perda na qualidade. Esta perda muitas vezes é

MPlayerA

RT

IGO

S Por Marcelo Massao Osava

Uma dúvida geral entre os usuários de computadores e, mais especificamente, entre os iniciantes em Linux, é quanto à existência de programas compatíveis com os que estão acostumados a utilizar em outros sistemas. “Tem MSN no Linux? Tem Word?...” Porém, quando começam a utilizar o Linux, percebem que a pergunta inicial que deveria ser feita não é “se existe programa compatível”, mas sim “quantos programas compatíveis existem” (“compatíveis” nem seria o melhor termo a ser utilizado, mas isto é tema, quem sabe, para um outro outro artigo). Uma categoria de programas muito requisitada e utilizada pelos usuários é a de players de vídeo. Vários programas se destacam nesta categoria, dentre eles podemos citar o Kaffeine, Xine, Totem e o MPlayer. Neste artigo iremos focar o MPlayer.

Versátil, esse player de vídeo oferece suporte a vários formatos de arquivo.

Anouk Aimée em "Um homem e uma mulher"

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LAY

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quase imperceptível. Estes codecs foram criados para comprimirem os arquivos em taxas muito altas como, por exemplo, o codec MP3, que consegue comprimir um arquivo de som em até 10 ou 12 vezes em relação ao arquivo original sem, no entanto, gerar uma perda muito grande de qualidade no resultado final. Alguns exemplos de codecs com perda são: Ogg Vorbis, MP3, WMA (áudio); Xdiv, DivX, RMVB, WMV (vídeo); JPEG e GIF (imagem).

Podemos fazer o download dos codecs utilizando o link abaixo (nosso grande amigo Jasson):www.jasonnfedora.eti.br/pacotes/win32.tar.gz

Depois do download terminado, devemos logar no terminal como root:

# tar -xvjf win32.tar.gz # cp -r win32 /usr/lib

Pronto! Logo depois de instalados os codecs, podemos realizar a instalação do MPlayer.

Instalando Podemos realizar a instalação do MPlayer baixando os binários no site oficial do programa: http://www.mplayerhq.hu/design7/dload.html ou, se preferirmos, podemos utilizar o yum. Neste caso, iremos utilizar a segunda opção.

# yum install mplayer

Utilizando somente esta opção não será instalada a “parte gráfica” do MPlayer, ou seja, a GUI (Interface Gráfica ao Usuário). Para instalação completa (algo em torno de 11 MB) digite:

# yum install mplayer mencoder mplayer-fonts\ mplayer-gui

A Figura 01 mostra o início da instalação e a Figura 02 um detalhe da conclusão.

IniciandoSe tudo deu certo, o Mplayer poderá ser encontrado em Aplicações > Som e Vídeo > MPlayer (considerando que você está utilizando o Gnome). Ao iniciar o MPlayer são apresentadas a janela principal e uma barra com os botões de controle (Figura 03):

Abrindo arquivosPara abrir um arquivo podemos clicar com o botão direito do mouse na janela principal e, no menu suspenso, clicar em Open ou, então, utilizamos a barra contendo os botões de controle. Através desta barra também é possível alterar o skin do MPlayer, inserir legendas (no caso de não aparecerem automaticamente), equalizar o som, avançar ou retroceder no filme, colocar em tela cheia...

Localizado o arquivo a ser aberto, selecione-o e clique no botão OK (Figura 04).

Artigos

Figura 01

Figura 03

Figura 02

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O arquivo é aberto de acordo com as configurações pré-definidas, porém, conforme demonstrado abaixo, é possível a realização de diversos ajustes como por exemplo a exibição do vídeo em tela cheia.

ConfiguraçõesO MPlayer permite que sejam feitas diversas configurações a fim de melhorar ainda mais a exibição do vídeo. Dentre elas podemos destacar:- Opção para visualizar os filmes nos modos: Normal[1:1], [16:9], [4:3] e [2.35];- Alteração do tamanho da janela de exibição para Half, Normal, Double ou Full Screen;- Modificar o brilho, contraste, gama e saturação da imagem;- Escolher o driver de som a ser utilizado, dentre eles: oss, alsa, pulse, sdl;- Alterar a posição, tamanho e fonte para as legendas.

Ouvindo músicaAtravés do MPlayer também é possível a execução de arquivos de áudio tais como mp3, wav, wma etc. Para isto basta selecionar a opção Open > Play File e na barra contento o tipo de arquivo, selecionar Audio Files.

ConclusãoO MPlayer tem se mostrado muito eficiente, sendo ao mesmo tempo simples de instalar e utilizar. Como citado no início deste artigo, existem outras opções de players disponíveis

para que o usuário possa conhecer e avaliar, cabendo a cada um adotar aquele que seja mais adequado às suas necessidades. Bom divertimento!

Referências:http://www.mplayerhq.huhttp://www.jasonnfedora.eti.brhttp://www.wikipedia.org

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PLA

YE

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Figura 05

Sobre o autorMarcelo Massao Osava é Bacharel em Sistemas de Informação pela UNIGRANRIO.Atualmente é instrutor Linux no Projeto de Inclusão Digital da Prefeitura Municipal de Silva Jardim- RJ destinado à população carente e nas horas vagas atua como divulgador do Software Livre em geral.

Figura 04

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Dentre as várias áreas de desenvolvimento, os softwares de tratamento de áudio tem um número grande de equipes de desenvolvimento. Players, codecs e conexões têm sido alvo de constantes melhorias.

Hoje é possível fazer um “home studio” ou mesmo um estúdio profissional usando apenas software livre, começando pelo sistema operacional, passando pela captura do áudio, processamento e seqüenciamento.

Um dos softwares usados no processo de captura e processamento do áudio é o Audacity, disponível para download no http://audacity.sourceforge.net/ e em praticamente todas as distribuições. O Audacity tem uma série de efeitos para tratamento de som, além de muitos plugins que podem ser instalados para aumentar o número de efeitos e recursos. Neste artigo teremos o primeiro contato com este software.

A interfaceEsta imagem (Figura 01) é como se porta por default a interface do Audacity.

1 - Barra de títulos - Mostra o nome do arquivo; 2 - Barra de menus - Apresenta as opções e funções disponíveis e está logo abaixo da barra de títulos;

3 - Barra de ferramentas - Traz uma série de ferramentas de acesso rápido, além de informações de fácil entendimento sobre o que está acontecendo com o arquivo;4 - Barra de informações de mono/estéreo - qualidade do arquivo, quantidade de bits do arquivo, volume e balanço;

Coloque os fonesCrie e edite áudio digital com o Audacity

AR

TIG

OS

Por Hermes Júnior

Não dá pra fechar os olhos – nesse caso, tapar os ouvidos – e achar que software livre é coisa de gente sentada numa sala escura, com uma tela preta e um monte de códigos subindo por ela, estilo Matrix.

Existe hoje um grande número de usuários esperando por aplicações que solucionem seus problemas pontuais como edição de imagens, áudio, vídeo ou um simples documento de texto.

Felizmente, estamos vivendo um momento de transição, em que o paradigma da qualidade x custo começa a ser questionado. Aquele conceito que dizia que software livre/gratuito não é de qualidade está cada dia mais fora da realidade, começando pela questão básica: livre é diferente de gratuito.

Figura 01 - Esta é a interface do Audacity depois da importação do Arquivo "Roupa Nova - Nascente (Com Luciana Mello).mp3"

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AU

DA

CIT

Y5 - Faixa do áudio - Mostra a faixa de áudio. Neste caso o áudio tem dois canais estéreo.

Conhecendo o menuO menu do Audacity, como em todos os softwares atuais, agrupa comandos com funções semelhantes. Todas as ações similares são colocadas num mesmo item do menu. Tomemos como início o menu Arquivo (Figura 02):

As ações deste item são sub-agrupados por categorias. No primeiro subgrupo – Novo, Abrir e Abrir recentes – pode-se criar um novo projeto, abrir um projeto existente ou abrir um projeto ou arquivo que já tenha sido aberto anteriormente.

O próximo subgrupo – Fechar, Salvar projeto, Salvar projeto como, Verificar Dependências – tem como funções associadas fechar o projeto aberto, salvar o projeto e continuar sua edição, salvar com um outro nome e verificar se o projeto tem dependências com outros arquivos.

O terceiro subgrupo – Abrir editor de Metadados – é responsável por editar as informações do arquivo como Nome do artista, álbum, ano.

O quarto subgrupo é interessante, pois é responsável pela importação de arquivos de áudio externo. O Audacity importa arquivos com extensões .mp3, .ogg, .aiff, .flac e .wav, além de arquivos midi.

O quinto subgrupo tem dois itens, Exportar e Exportar seleção. O Exportar é responsável por salvar a trilha inteira em um formato externo ao Audacity, como .mp3 ou .ogg. Exportar seleção como faz o mesmo que o item anterior, mas exporta apenas a parte da trilha que está selecionada.

O sexto subgrupo – Exportar títulos e Exportar múltiplos – é usado para dividir o áudio da trilha e salvar em múltiplos arquivos. A diferença entre o primeiro e o segundo é que o primeiro exporta os títulos da trilha (veremos este recurso posteriormente).

O sétimo subgrupo – Aplicar arquivo de lote e Editar arquivos de lote – é usado para a criação de arquivos com seqüências de comandos, algo semelhante a um arquivo de Shell script, só que executará uma série de comandos de áudio. É um subgrupo que requer um conhecimento profundo dos comandos de edição de áudio.

O oitavo e penúltimo subgrupo se refere à formatação da página para posterior impressão.

Por fim, o último subgrupo – Sair – é responsável por sair do programa. Caso o projeto de áudio não tenha sido salvo, uma janela abrirá para que isso seja feito antes de ser fechado.

A barra de ferramentasA barra de ferramentas é a forma mais rápida de interagir com o programa. Ela traz botões que, com apenas um clique, dão ao Audacity comandos para edição. Nela temos os principais comandos. Vejamos:

Barra de controle

Essa barra é semelhante ao do cd player. Suas funções são:

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Figura 02

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1) First - Vai para o início da música;2) Play - Inicia a execução da música;3) Rec - Inicia a gravação de um áudio; (veremos isso nas próximas aulas).4) Pause - Pára momentaneamente e reinicia a execução da música;5) Stop - Pára definitivamente a execução da música;6) Last - Vai para o fim da música.

Barra de medição

A função destas duas barras é mostrar o nível de som do arquivo. Nos antigos equipamentos três em um, sempre havia um medidor assim, às vezes mecânico, com dois ponteiros que se moviam exibindo as informações da música. Observe que as barras não seguem o mesmo padrão, pois o áudio é gravado em duas trilhas, no formato estéreo.

Barra de Ferramentas de edição

Esta barra contém funções para edição do áudio:1) Seleção – Seleciona parte da trilha de áudio;

2) Envelope – Cria um “túnel” na trilha. Pode-se então modificar por exemplo o volume da seleção;3) Desenho – Com esta ferramenta pode-se alterar os detalhes mínimos de uma trilha, podendo chegar ao nível de mudar a entonação ou afinação de uma voz;4) Zoom – Usando o zoom, pode-se chegar “mais perto” da trilha;5) Mover – Move uma trilha em relação às demais trilhas do arquivo;6) Multi-ferramentas – Disponibiliza vários recursos de edição simultaneamente.

Ferramenta de medição

Nesta barra podemos ver graficamente o volume, podendo controlar para que não haja peak/pico, que pode causar distorção do som, prejudicando a qualidade.

Mixer

Nela podemos controlar os volumes sonoros que chegam através dos vários dispositivos de som como MIC, AUX, CD, além do som que sai pelas caixas. É possível ver graficamente o volume, podendo controlar para que não haja peak/pico.

Barra de Edição

Esta barra é para o acesso rápido dos itens do menu Editar. Seus recursos são (da esquerda para a direita):

Cortar – É o famoso “CTRL + X”. Copiar e colar – Copia e cola parte da trilha selecionada em outra parte da trilha ou em outro arquivo.Silenciar fora da Seleção – Cria um “silêncio” fora da seleção feita. Somente a área da trilha que foi selecionada será ouvida;Silenciar a seleção – É o oposto do anterior. Cria um “silêncio” na área selecionada;Undo e Redo – Os famosos desfazer e refazer última ação de todo programa;Zoom in e Zoom out – Aproxima ou afasta a trilha. É útil na hora de usar recursos de edição em uma área mínima da trilha;Ajustar à seleção – Quando uma parte da trilha é selecionada, a ferramenta fica ativa e, quando selecionada, coloca a parte selecionada em toda a extensão visível do projeto;Ajustar ao projeto – Volta ao modo de visualização default, vendo todo o projeto na janela.

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Sobre o autorHermes Júnior é membro atuante da comunidade. Para ver exemplos práticos do uso do Audacity no dia-a-dia, acesse: http://www.gnu-lia.org.

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Os formatos de áudio e vídeo como o MP3, WMA, RMVB, são altamente encobertos por patentes em diversos lugares do mundo, incluindo os Estados Unidos. Infelizmente isso não é uma boa notícia para todos nós que usamos o Fedora. O ponto principal dessa questão é que o Projeto Fedora não pode incluir suporte a esses formatos por padrão dentro da distribuição devido às patentes. Se isso fosse feito nós não poderíamos distribuir nossos DVDs do Fedora gratuitamente nem disponibilizar a imagem na Internet, pois nós precisaríamos pagar o licenciamento de inclusão dos codecs ou cobraríamos de cada pessoa que baixasse ou recebesse um DVD. Nós não estaríamos cobrando pelo sistema operacional, nem pela mídia, mas sim para que os formatos fossem reproduzidos automaticamente.

É para contornar esse situação que o Codeina foi introduzido no Fedora. Através dele você pode decidir se paga ou não pelo direito de reproduzir seus arquivos baseados em formatos patenteados. Mas agora reflita se toda vez que você fosse ver uma imagem, um vídeo, abrir um documento ou ouvir uma música aparecesse uma janela perguntando se você deseja pagar a licença para fazê-los. É por essas e outras que o Projeto Fedora tem o compromisso público de suportar apenas formatos livres e não patenteados como o Vorbis e o Theora, que utilizam as extensões OGG e OGV.

Felizmente, através de uma parceria com uma empresa chamada Fluendo, o Fedora pode suportar a reprodução gratuita de MP3 usando o Codec Buddy. Entretanto, isso não está disponível para outros formatos. Agora você deve estar se perguntando porque usou

uma outra distribuição, ou pior, usou o Windows® e não pagou nada e nem foi questionado para tanto. A questão nesse ponto é muito simples. Nem todos tem os mesmos compromissos e objetivos do Projeto Fedora. Algumas distribuições pagam o licenciamento, outras simplesmente incluem os plugins sem licenciar e ainda há aquelas que vêm de lugares onde as leis de patentes não são tão rígidas ou os formatos não são tão fortemente patenteados. Esse último caso consiste, na minha opinião, em um erro gravíssimo de estratégia. Pensar dessa forma viola um regra básica da economia moderna: “pensar globalmente”. É comum vermos usuários que estão usando o Linux pela primeira vez reclamando dessa questão. Por desinformação muitos questionam se o Linux é mesmo gratuito e contestam a qualidade do sistema por não incluir suporte aos codecs proprietários. A maioria deles são usuários arraigados do Windows® e perguntam “... mas no Windows® eu uso esses formatos sem problemas e sem pagar mais por isso!”. “Mas é claro! Você pirateou a sua versão do Windows®!”, eu responderia. Os usuários que realmente compram sistemas proprietários muitas vezes não sabem que o preço do licenciamento dos codecs está embutido no preço total. E isso não é apenas para sistemas operacionais, serve também para reprodutores de formatos digitais e DVDs para Televisores. O preço dos royalties pode chegar até a um quarto do preço total do seu aparelho de DVD.

No Brasil nós não temos problemas com essas patentes, mas ainda assim nós sofremos diretamente com isso, porque muitas empresas seguem as regras das suas matrizes e repassam isso para os

Por Igor Pires Soares

Igor Pires Soares

O Codec Buddy é seu amigo?

Com o lançamento do Fedora 8 várias inovações vieram com a nova versão, entre elas o chamado Codec Buddy, também conhecido como Codeina. Para quem não sabe do que se trata, essa é uma aplicação na qual é possível instalar codecs de vídeo e áudio sob demanda. Isso quer dizer basicamente que ao executar um arquivo de mídia, um MP3 por exemplo, você será perguntado se deseja instalar o suporte a esse formato. A resposta que a maioria das pessoas daria a essa pergunta seria um sonoro "sim". Entretanto, por trás da pergunta e resposta, há questões bastante controversas e que muitas pessoas não conhecem.

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consumidores, sem falar na importação. Mesmo em um spin nacional do Fedora, nós não poderíamos colocar os codecs, pois isso vai contra os princípios do Projeto e das leis do país onde ele está baseado. Entretanto, para a nossa sorte, não é crime algum usar as implementações livres de reprodução e codificação dos codecs proprietários no nosso país, só não espere que nós incluamos eles por padrão na nossa distribuição. Alternativamente, você pode usar repositórios de terceiros, que são baseados em países onde também não há essas restrições. Melhor do que sempre usar os repositórios não oficiais é converter os seus arquivos para formatos livres. Durante muito tempo relutei em converter as minhas MP3s para OGG, devido à perda de qualidade que isso acarretaria. Não porque o OGG seja pior, muito pelo contrário, pois ele, na média, gera arquivos melhores e de menor tamanho, mas a questão é que ambos os formatos são baseados em algoritmos que têm perdas durante as conversões. Pois bem, eu resolvi fazer um teste com alguns arquivos e o resultado foi que as perdas não foram perceptíveis, mesmo usando um fone de ouvido. Sem dúvida há perda de qualidade, mas a menos que você seja um perito em áudio não perceberá a diferença entre o antes e o depois, sem falar que você ganhará

em liberdade e portabilidade. Claro que há os casos extremos onde a conversão simplesmente não funciona. De quatrocentos e cinqüenta arquivos em MP3, isso aconteceu em apenas quatro deles. Para finalizar deixo aqui a dica de um programa simples para realizar as conversões, o SoundConverter. Ele está disponível nos repositórios oficiais do Fedora e de outras distribuições também. Com ele você pode selecionar uma pasta e converter todos os seus arquivos para OGG e se livrar dos seus MP3 automaticamente, ou manter os arquivos originais se desejar. Se você não quiser perder qualidade e não se importa com o tamanho que os arquivos convertidos irão tomar, ainda poderá selecionar a conversão para o formato FLAC, que é livre e não possui perdas. Agora deixo a bola com vocês. Sem dúvida essas questões são polêmicas e suscitam muitas discussões. Não há consenso. Nem mesmo dentro do Projeto Fedora. Tirem suas próprias conclusões! Não há liberdade maior do que a democracia.

Até a próxima!

Igor Pires Soares

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Aprendizes, neste artigo, vamos reconstruir um conceito humanóide com água, ossos e estática de forma inversa. Prontos?Vamos começar escolhendo uma imagem de rosto dentro do nosso acervo. Para o exemplo, escolhi este aqui:

Em seguida, duplique a camada base da imagem e selecione a nova camada criada resultante. Feito isso, vamos inverter a estrutura de cores do objeto dentro da camada. Para executar esta tarefa, vamos utilizar a ferramenta denominada "Inverter" no menu de opções denominado "Cores" na interface de controle da imagem do Gimp. A imagem abaixo, ilustra o caminho até a ferramenta proposta:

Feito isso, clique sobre a ferramenta e aguarde. Neste momento, nós podemos ajustar a distribuição da luminosidade por toda a extensão da camada.Este é o resultado da ação da ferramenta sobre a camada na qual a mesma foi aplicada:

Vamos fazer uma fusão entre as duas camadas do nosso trabalho. Para tal, aplique o efeito de camada denominado "Esconder" sobre a camada que sofreu a inversão estrutural de cores. O resultado deste processo pode ser visto abaixo:

Alterações estruturais através das cores

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TIG

OS

Por Guilherme Gonçalves

REVISTA FEDORA BRASIL | AGOSTO 2008 | www.projetofedora.org41

Tut

oria

l GIM

PIPC: Para obter maior difusão do tom azulado claro, basta duplicar a camada que sofreu a ação do efeito de camada "Esconder". No exemplo a seguir, foram utilizadas 6 camadas com esta alteração.

Como se pode notar, cada uma das camadas assumiu um determinado trecho da figura de acordo com a sua estrutura, ou seja, as partes claras da camada mais nova cobriram as partes escuras (sem cor) da camada base e vice e versa, porém a imagem ficou com brilho em demasia. Vamos descobrir como corrigir esse problema?

– Primeiro combine todas as camadas visíveis do trabalho. Para isso, basta acessar a interface de controle de camadas e clicar sobre qualquer uma das presentes no trabalho com o botão direito do mouse, depois clique no item denominado "Combinar Camadas Visíveis...". Feito isso, seremos apresentados a uma pequena interface para a escolha do tipo de fusão desejada :

Nesta mesma interface e nos demais editores de imagens bitmap - sejam livres ou proprietários - existe uma pequena "pegadinha", vamos a ela :– A primeira opção estica todas as camadas de modo que elas fiquem do tamanho do arquivo como um todo, fazendo as camadas se distorcerem caso sejam menores que o tamanho total da imagem;

– A segunda opção mantém todas as camadas em seus tamanhos originais, assim preservando o tamanho real de todos os objetos do trabalho;

– A terceira opção redimensiona todas as camadas para o tamanho da camada base,

podendo distorcer alguns ou mesmo todos os objetos do trabalho que não estejam dentro da camada base.

Assim, para evitar aborrecimentos desnecessários, marque sempre a opção do meio.

Neste momento, duplique a camada resultante do processo acima e, sobre esta nova camada, aplique o efeito de camada denominado "Multiplicar” . Por fim, duplique esta camada até que o nível de brilho fique aceitável para os seus padrões dentro do seu exemplo:

Completada essa tarefa, abaixo temos a mesma imagem, mas com apenas uma camada de distribuição primária do tom azulado claro (vide "IPC").

Artigos

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A partir de agora, podemos adicionar novos elementos à estrutura básica do nosso objeto.

Comece escolhendo uma imagem dentro do seu acervo que seja compatível com o conceito portado pelo nosso objeto base criado por você.

Abaixo, temos o que achei interessante:

A melhor maneira de incorporar um objeto a uma imagem é uniformizar a distribuição tonal e luminosa do objeto a ser transplantado para a imagem alvo. Isso se faz através da aplicação de um efeito de camada atenuante no qual a imagem original ditará as regras da distribuição sem grandes distorções. É óbvio que nem sempre a regra é aplicada mas, neste caso específico, onde a distribuição luminosa é invertida, é o mais prático e racional a ser feito. Vamos ver na prática:Copie e cole o novo objeto que escolheu em

forma de nova camada e aplique o efeito de camada denominado "Sobrepor”. Isto fará com que a imagem transplantada fique com a sua opacidade reduzida a ponto de assumir os tons da imagem base, uniformizando assim a distribuição luminosa. A imagem a seguir mostra a ferramenta "Borracha" em ação apagando todos os trechos desnecessários da imagem transplantada além desse processo.Para finalizarmos, vamos pegar um

pouquinho mais pesado neste mesmo conceito através da equalização luminosa da imagem.Como se pode notar, certos trechos do cabelo da nossa querida modelo ficaram claros demais, então vamos corrigir este problema preenchendo tais áreas com trechos mais densos e escuros oriundos de outras áreas da imagem. Abaixo, ilustra-se o processo:Com a Ferramenta de Seleção Livre, presente na interface principal do Gimp, selecionamos o setor que mais se aproxima do que precisamos preencher.

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utor

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IMP

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Depois, basta copiar o trecho e colar em forma de nova camada, em seguida, aplicar o efeito de camada denominado "Multiplicar". Feito isso, mova tal camada para o local necessário e corrija as eventuais falhas utilizando a ferramenta "Borracha".

Repita o processo quantas vezes forem necessárias e pronto. Veja o resultado abaixo.

Para finalizarmos, tenho uma pequena surpresa bem psicodélica para vocês. Reabram a imagem do acervo que vocês usaram para acompanhar o exercício. Invertam novamente as cores da mesma, exatamente como fizemos no início do exercício. Em seguida, dupliquem a camada base da mesma e apliquem sobre a nova camada que surgiu um leve toque de deformação iluminativa. Isso se faz, decolando os valores de freqüência e fase de iluminação do filtro "Mapeamento Alien" em seu modo de operação HSL.

A seguir temos o caminho até o referido filtro:

Note que você pode descartar os demais canais do filtro para fazer isso:

Agora, basta aplicar o efeito de camada "Sobrepor" sobre esta camada.

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utor

ial G

IMP

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System-config-printerEsta é uma das ferramentas mais interessantes e importantes para todas as distribuições Linux. Muitos usuários têm problemas para fazer a instalação de suas impressoras. Uma das vantagens do Fedora é que ele automaticamente identifica e instala muitas impressoras, no caso de se precisar fazer a instalação da sua, utilize essa ferramenta. A primeira tela irá mostrar somente as impressoras já instaladas e funcionando (Figura 01).

Para demostração, iremos mostrar como fazer a instalação de uma impressora LTP1 da HP. Selecione a opção de nova impressora e terá a tela da Figura 02 para selecionar a porta da impressora, no nosso caso é LTP1 mesmo:

Pressione no fabricante e a tela abaixo (Figuras 03) irá aparecer. Escolhe-se o modelo da impressora. Terminado a opção, a impressora está instalada e pronta para sua utilização.

Ferramentas de configuração do Fedora Parte 2

AR

TIG

OS Por Rodrigo Menezes

Continuando o nosso trabalho de divulgação das ferramentas de configuração automática do Fedora falaremos, nesta segunda parte da matéria, sobre as novas ferramentas e suas funcionalidades. Para quem não teve a oportunidade de ler a primeira matéria, as ferramentas que estamos abordando nesse artigo são as denominadas system-config, que são ferramentas automatizadas de configuração, disponíveis nos sistemas Fedora/Red Hat Enterprise Linux e CentOS.

Estas ferramentas fazem do Fedora uma das melhores distribuições para usuários iniciantes e experientes. Então vamos a elas.

Figura 01

Figura 02

Figura 03

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Fer

ram

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edor

aCom essa ferramenta, também temos a opção de instalar impressoras que utilizam um JetDirect (trabalham via rede) ou impressoras compartilhadas por máquinas Windows®. Pode-se ver essas opções na tela da Figura 02.

Pode ser chamado através do menu Sistema – Administração – Impressão ou através do terminal pelo comando system-config-printer &.

System-config-selinuxEssa é uma das ferramentas mais complexas e que poucos usuários irão utilizar. Ela faz a configuração do SELinux, ferramenta de gerenciamento de políticas de segurança de distribuições Linux. Através dessa ferramentas podemos configurar todas as alternativas do SELinux. A ferramenta garante uma grande melhoria na segurança, mas muitos usuários desabilitam o SELinux devido a restrições que ele impõe à forma do sistema trabalhar (Figura 04).

Pode ser chamado através do menu Sistema – Administração – SELinux Management ou através do terminal pelo comando system-config-selinux &.

System-config-servicesEstá aqui uma ferramenta de muito uso, o System Config Services (Figura 05) é a ferramenta gráfica pra configuração de serviços de softwares instalados na máquina. As opções que estão aqui são programas executados como serviços pelo usuário para administrar alguma parte do sistema.

Exemplos do que se encontra aqui é o serviço de rede, o serviço do Samba (compartilhamento de arquivos no protocolo SMB). Se instalou um novo serviço como o Apache e ele não está inicializando ao ligar a máquina, nessa ferramenta você pode encontrá-lo com o nome de httpd e pode marcar para que se inicialize junto com a máquina.

A ferramenta é bem simples, pois não configura profundamente os serviços, só marca o que está em execução, permite reiniciar, parar ou iniciar serviços e marca o que deve ser inicializado com o sistema.

A opção Personalizar (Figura 06) lhe permite definir em quais níveis o serviço deve inicializar sozinho. Os níveis mais utilizados pelos usuários são 3 em máquinas sem modo gráfico e 5 com o modo gráfico habilitado. Se não entende o que estou dizendo, deixe as configurações padrão que não tem erro.

Pode ser chamado através do menu Sistema – Administração – Serviços ou via terminal pelo comando system-config-services &.

System-config-networkOutra ferramenta que ajuda muito os usuários, o configurador de dados das placas

Artigos

Figura 04

Figura 06

Figura 05

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de rede. Nessa ferramenta, podemos fazer todas as configurações com relação às placas de rede como endereçamento IP, configuração de gateway, DNS, etc. A primeira tela (Figura 07) mostra todas as placas de rede instaladas e reconhecidas pelo sistema. Na aba Hardware você conseguirá ver o hardware de suas placas de rede. DNS é a aba responsável só pelo cadastramento de servidores DNS (resolução de nomes) e a aba de Hosts serve para você mapear as outras máquinas da rede manualmente, colocando o nome delas e seus respectivos endereços.

Quer configurar os endereçamentos de uma placa específica, vá na aba principal (Dispositivos), selecione a placa que deseja editar e pressione o botão Editar (Figura 08). Configurações normais que usuários podem utilizar é o endereçamento manual da placa de rede ou pegar o endereço por um servidor DHCP, a configuração de rota ou a clonagem de MAC Address em casos especiais.

Feitas as configurações, não se esqueça de desativar as placas de rede e ativá-las, o programa irá pedir que salve as configurações e os dados terão efeito no sistema.

Pode ser chamado através do menu Sistema – Administração – Rede ou via terminal pelo comando system-config-network &.

System-config-usersA próxima ferramenta é o programa de configurar usuários do Linux. Nessa ferramenta os usuários e administradores podem realizar manutenções em contas de usuário, trocar senhas, cadastrar dados pessoais (Figura 09). A ferramenta permite controle sobre expiração da conta e da senha, entre outros.

A ferramenta também gerencia grupos, com a criação dos mesmos, adição e remoção de membros.

Pode ser chamado através do menu Sistema – Administração – Usuários e Grupos ou com o comando system-config-users &.

ConclusãoNesse artigo junto com a primeira parte abordamos as principais ferramentas de administração de usuários e do sistema como de máquina única. A partir da terceira parte iremos apresentar ferramentas para administração de serviços e servidores, entre elas as configurações de Samba e Apache. Fiquem ligados!

Abraço!!!

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erra

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Sobre o autorRodrigo Menezes é Formado em Ciência da Computação e especialista em Telecomunicações no Paraná. É consultor de implantações em estruturas de automação comercial em Cuiabá.

Figura 07

Figura 08

Figura 09

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OS

Parte 3: Portknocking em Perímetro de Redes Cada vez mais, os administradores de redes estão criando projetos mais elaborados pensando em segurança de perímetro. Neste cenário, também é recomendado o uso do Port knocking. Esta segunda parte possui como objetivo exemplificar a implementação de Port knocking em um cenário de uma topologia Screenet de três camadas de Firewall.

Uma proposta de estudo de caso A proposta é usar Port knocking dentro de um contexto de segurança de perímetro em uma topologia Subnet Screenet, objetivando compreender a importância do uso de firewalls para construir segurança de perímetro e inserir nesse contexto o uso do Knockd.

O cenário proposto seria uma Subnet Screenet de três camadas. A primeira camada seria o roteador, que teria ACL's não relevantes para a proposta de um Port knocking.

A segunda camada seria o servidor Aslam que, através de regras de NAT, permite acesso de conexões de cliente com origem em portas altas 1024:65535, as respectivas portas dos servidores da rede periférica definida na Tabela 1 (clique aqui).

Diante deste cenário, a configuração do Knockd no Servidor Aslam deverá ativar regras de NAT, tanto para que seja possível enviar os pacotes para o Port knocking do respectivo servidor na rede periférica, como também para os serviços que posteriormente serão liberados pelo firewall home, uma vez que o respectivo servidor recebe a seqüência conhecida no seu Port knocking.

Um administrador, diante em uma topologia tão complexa (ou em outras, ainda mais complexas) deve visualizar cada camada de tratamento e como o Port knocking deve ser configurado para que seja possível passar por cada firewall. Neste caso, tendo um servidor na rede periférica como alvo final, temos três camadas, considerando um roteador também realizando trabalho de filtragem, o Firewall de Fronteira e as regras de firewall do próprio servidor em questão. O trabalho de filtragem do roteador é simples e não interfere na comunicação.

A lógica para ativar o Port knocking do servidor alvo, considerando que o roteador não estará interferindo, seria primeiro informar ao Port knocking do Servidor de Fronteira e, em um segundo momento, o Port knocking do servidor. Você pode ver como tudo isso funciona observando a Figura 01 na página seguinte.

Por Sandro Melo

Port KnockingFinal

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Por

t Kno

ckin

g

Por outro lado, uma vez que tenha terminado as atividades de gerenciamento, é necessário notificar primeiro ao Port knocking do servidor da rede periférica para fechar acesso ao serviço e, posteriormente, notificar ao Port knocking do Firewall de Fronteira para apagar as regras de NAT, seguindo a lógica ilustrada na Figura 02.

Para que as regras de NAT sejam criadas corretamente, deve-se identificar as portas alvos para ativação e desativação de regras via Port knocking de cada servidor da rede periférica.

A Tabela 1 tem essa informação (clique aqui).

Reunindo todas as informações, percebemos que um cenário de Screenet Subnet demanda uma configuração mais específica, uma vez que o cenário proposto é elaborado pensando em segurança de perímetro.

Assumindo que haverá um Port knocking no Servidor Aslam, Firewall de Fronteira, o qual deverá ser acionado primeiro para que se possa ativar o Port knocking ou mesmo do Firewall Barbavore, que se encontra na rede periférica, considera-se que as regras para os serviços públicos estão definidas.

Exemplo de um arquivo de configuração /etc/knockd.conf que possibilite ativar acesso tanto às portas de Port knocking dos servidores da rede periférica, como também aos serviços de seu respectivo Port knocking. Para possibilitar acesso, é preciso criar uma configuração para cada servidor: [options] logfile = /var/log/knockd.log [balboaUP] sequence = 17000,28000,39000 seq_timeout = 10 command = /usr/local/portknocking.sw balboaUP %IP% tcpflags = syn [balboaDOWN] sequence = 39000,28000,17000 seq_timeout = 10 command = /usr/local/portknocking.sw balboaDOWN %IP% tcpflags = fin

[apolloUP] sequence = 17001,28001,39001 seq_timeout = 10 command = /usr/local/portknocking.sw balboaUP %IP% tcpflags = syn [apolloDOWN] sequence = 39001,28001,17001 seq_timeout = 10 command = /usr/local/portknocking.sw balboaDOWN %IP% tcpflags = fin

[rockyUP] sequence = 17002,28002,39002 seq_timeout = 5 command = /usr/local/portknocking.sw balboaUP %IP% tcpflags = syn [rockyDOWN] sequence = 39002,28002,17002 seq_timeout = 5 command = /usr/local/portknocking.sw balboaDOWN %IP% tcpflags = fin

[mickeyUP] sequence = 17003,28003,39003 seq_timeout = 10 command = /usr/local/portknocking.sw balboaUP %IP% tcpflags = syn [mickeyDOWN] sequence = 39003,28000,17003 seq_timeout = 10 command = /usr/local/portknocking.sw balboaDOWN %IP% tcpflags = fin

[barbavoreUP] sequence = 17004,28004,39004

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Figura 01 - Seqüência de ativação

Figura 02 - Seqüência de desativação

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t Kno

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gseq_timeout = 10 command = /usr/local/portknocking.sw balboaUP\ %IP% tcpflags = syn [barbavoreDOWN] sequence = 39004,28000,17004 seq_timeout = 5 command = /usr/local/portknocking.sw\ balboaDOWN %IP% tcpflags = fin

O comando que se refere às políticas definidas no arquivo de configuração do Knockd é um script denominado portknocking.sw que irá habilitar as regras de NAT necessárias para acesso ao Port knocking dos servidores da rede periférica e também aos serviços SSH e WEBMIN que serão posteriormente liberados.

O script portknocking.sw poderia ser assim: #!/bin/bash IPASLAM1="202.1.2.2" IPASLAM2="202.1.2.3" PF="/sbin/iptables" SSH="22" WEBMIN="60201" SRC=$2 multi() { PORTAS_IN="-m multiport --dport $PORTA1,$PORTA2,$PORTA3,$SSH,$WEBMIN" PORTAS_OUT="-m multiport --sport $PORTA1,$PORTA2,$PORTA3,$SSH,$WEBMIN" } error() { MSG_ERROR="Script port knocking - parâmetro\ errado - avalie o knockd" logger -p daemon.notice "$MSG_ERROR" } natON() { multi $PF -t nat -A PREROUTING -p 6 $PORTAS_IN-s\ $SRC -d $FW -j DNAT --to $IP $PF -t nat -A PREROUTING -p 6 $PORTAS_IN -s\ $SRC -d $FW -j LOG --log-prefix “Knocking IN” $PF -t nat -A POSTROUTING -p 6\ $PORTAS_OUT -s $IP -j SNAT --to $FW $PF -t nat -A POSTROUTING -p 6\ $PORTAS_OUT -s $IP -j -j LOG --log-prefix “Knocking OUT” } natOFF() { multi $PF -t nat -D PREROUTING -p 6 $PORTAS_IN -s\ $SRC -d $FW -j DNAT --to-destination $IP $PF -t nat -D PREROUTING -p 6 $PORTAS_IN -s\

$SRC -d $FW -j LOG --log-prefix “Knocking IN” $PF -t nat -D POSTROUTING -p 6\ $PORTAS_OUT -s $IP -j SNAT --to $FW $PF -t nat -D POSTROUTING -p 6\ $PORTAS_OUT -s $IP -j -j LOG --log-prefix “Knocking OUT”

} portknocking_perimetro() { PORTA1="5550" PORTA2="6660" PORTA3="7770" }

case "$1" in

balboaUP) IP="192.168.20.1" FW=$IPASLAM1 portknocking_perimetro

natON ;;

balboaDOWN) IP="192.168.20.1" FW=$IPASLAM1 portknocking_perimetro

natOFF ;; apolloUP) IP="192.168.20.2" FW=$IPASLAM2 portknocking_perimetro

natON ;;

apolloDOWN) IP="192.168.20.2" FW=$IPASLAM2 portknocking_perimetro

natOFF ;;

rockyUP) IP="192.168.20.3" FW=$IPASLAM2 portknocking_perimetro

natON ;;

rockyDOWN) IP="192.168.20.3" FW=$IPASLAM2 portknocking_perimetro

natOFF ;;

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Por

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ckin

gmickeyUP) IP="192.168.20.4" FW=$IPASLAM2 portknocking_perimetro

natON ;;

mickeyDOWN) IP="192.168.20.4" FW=$IPASLAM2 portknocking_perimetro

natOFF ;;

barbavoreUP) IP="192.168.20.254" FW=$IPASLAM1 portknocking_perimetro

natON ;;

balboaDOWN) IP="192.168.20.254" FW=$IPASLAM1 portknocking_perimetro

natOFF ;; *) error ;; esac exit 0

Evidentemente, para acionar o Port knocking em duas camadas é necessário um script que facilite a vida do administrador. Considerando as configurações do Servidor Aslam e assumindo que todos os servidores da rede periférica estão com a mesma configuração, inclusive a mesma seqüência de portas para ativação (Pacote: TCP/SYN nas portas 5550, 6660 e 7770) e para desativação (Pacote: TCP/SYN nas portas 7770, 6660 e 5550). #!/bin/sh IP=$2 ativando() { for CAMADA1 in $PORTA1 $PORTA2 $PORTA3 do hping -p $CAMADA1 -c 1 --syn $IP done

sleep 3s

for CAMADA2 in 5550 6660 7770 do hping -p $CAMADA2 -c 1 --syn $IP

done } desativando() { for CAMADA2 in 7770 6660 5550 do hping -p CAMADA2 -c 1 --fin $IP done

sleep 3s

for $CAMADA1 in $PORTA1 $PORTA2 $PORTA3 do hping -p $CAMADA1 -c 1 --fin $IP done

} ajuda() { echo "Parâmetros:" echo " " echo "balboaUP -> Libera acesso administrativo\ ao servidor Balboa" echo "balboaDOWN -> Fecha acesso\ administrativo ao servidor Balboa" echo " " echo "apolloUP -> Libera acesso administrativo\ ao servidor Apollo" echo "apolloDOWN -> Fecha acesso\ administrativo ao servidor Apollo" echo " " echo "rockyUP -> Libera acesso administrativo ao\ servidor Rocky" echo "rockyDOWN -> Fecha acesso\ administrativo ao servidor Rocky" echo " " echo "mickeyUP -> Libera acesso administrativo\ ao servidor Mickey" echo "mickeyDOWN -> Fecha acesso administrativo ao servidor Mickey" echo " " echo "barbavoreUP -> Libera acesso\ administrativo ao servidor Barbavore" echo "barbavoreDOWN -> Fecha acesso\ administrativo ao servidor Barbavore" echo " " echo "Ativando portas via Portknocking\ (2 camadas)" echo "Use: $0 [PARAMENTRO] [IP do Firewall]" echo . echo "Ativando portas via Portknocking\(2 camadas)" echo "Use: $0 [PARAMENTRO] [IP do Firewall]" exit 1 }

case "$1" in balboaUP) PORTA1=17000 PORTA2=28000 PORTA3=39000 ativando

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t Kno

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g;; balboaDOWN) PORTA1=39000 PORTA2=28000 PORTA3=17000 desativando ;;

apolloUP) PORTA1=17001 PORTA2=28001 PORTA3=39001 ativando ;; apolloDOWN) PORTA1=39001 PORTA2=28001 PORTA3=17001 desativando ;;

rockyUP) PORTA1=17002 PORTA2=28002 PORTA3=39002 ativando ;; rockyDOWN) PORTA1=39002 PORTA2=28002 PORTA3=17002 desativando ;;

mickeyUP) PORTA1=17003 PORTA2=28003 PORTA3=39003 ativando ;; mickeyDOWN) PORTA1=39003 PORTA2=28003 PORTA3=17003 desativando ;; barbavoreUP) PORTA1=17004 PORTA2=28004 PORTA3=39004 ativando ;; barbavoreDOWN) PORTA1=39004 PORTA2=28004 PORTA3=17004 desativando ;;

*) ajuda ;; esac

exit 0

Utilizando o script, lembre-se que no cenário proposto, o Servidor Aslam tem dois IP's válidos.

Criando a regra no firewall para acesso:

# ./port2layer.sh balboaUP 202.1.2.2

A saída do log do Knockd informando que os três estágios, ou seja, as três seqüências de pacotes para ativar a regra foram recebidas com sucesso e os scripts portknocking.sw executando com sucesso registrado o IP da máquina que ativo o Port knocking:

[2007-03-23 12:26] starting up, listening on eth1 [2007-03-23 12:31] 92.68.1.121: balboaUP:\ Stage 1 [2007-03-23 12:31] 92.68.1.121: balboaUP:\ Stage 2 [2007-03-23 12:31] 92.68.1.121: balboaUP:\ Stage 3 [2007-03-23 12:31] 92.68.1.121: balboaUP:\ OPEN SESAME [2007-03-23 12:31] balboaUP: running command:\ /usr/local/portknocking.sw balboaUP 92.68.1.121

Apagando a regra no firewall para acesso:

# ./portknocking.sh balboaDOWN 202.1.2.2

Agora a saída do log do Knockd, informando que os três estágios, ou seja, as três seqüências de pacotes para desativar a regra foram recebidas com:

[2007-03-23 12:46] 92.68.1.121: balboaDOWN:\ Stage 1 [2007-03-23 12:46] 92.68.1.121: balboaDOWN:\ Stage 2 [2007-03-23 12:46] 92.68.1.121: balboaDOWN:\ Stage 3 [2007-03-23 12:46] 92.68.1.121: balboaDOWN:\ OPEN SESAME [2007-03-23 12:46] balboaDOWN: running\ command: /usr/local/portknocking.sw\ balboaDOWN 92.68.1.121

A configuração do Knockd dos servidores da rede periférica no estudo de caso é a mesma, como já foi mencionado, objetivando ativar ou desativar regras para acesso aos serviços SSH e WEBMIN.

Veja a seguir como ela ficaria:

[options] logfile = /var/log/knockd.log

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g[openSSH] sequence = 5550,6660,7770 seq_timeout = 10 command = /sbin/iptables -A INPUT -s %IP% -p\ tcp --dport 22 -j ACCEPT tcpflags = syn [closeSSH] sequence = 7770,6660,5550 seq_timeout = 10 command = /sbin/iptables -D INPUT -s %IP% -p\ tcp --dport 22 -j ACCEPT tcpflags = fin [WebminUP] sequence = 5550,6660,7770 seq_timeout = 10 command = /sbin/iptables -A INPUT -s %IP% -p\ tcp --dport 22 -j ACCEPT tcpflags = syn [WebminDOWN] sequence = 7770,6660,5550 seq_timeout = 10 command = /sbin/iptables -D INPUT -s %IP% -p\ tcp --dport 22 -j ACCEPT tcpflags = fin

Conclusão É sabido que Bruteforce, embora seja uma técnica bem antiga, ainda é muito utilizada pelos script kiddies, crackers e correlatos. Hora ou outra, um servidor é vitimado por uma intrusão através de alguma ferramenta de Bruteforce em SSH, WEBMIN e outros

serviços de cunho administrativo. Diante deste contexto, deixar estes serviços disponíveis para conexão remota é um risco grande, da mesma forma que é a possibilidade de acessar de, qualquer lugar, um servidor da empresa ou de um cliente. Todavia, diante deste cenário, o Port knocking é uma alternativa inteligente e deve ser utilizado para que os servidores configurados não sejam vitimados por técnicas de Bruteforce, pois só existe a possibilidade de exploração se houver disponibilidade de conexão ao serviço e, no caso de um servidor com Port knocking, em primeiro momento, a conexão já estaria negada pelas políticas do firewall.

É fato que o problema de uma intrusão não é eliminado, mas é minimizado. A forma como seu Port knocking vai funcionar é o fator de sucesso.

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Sobre o autorSandro Melo, Candidato a Jedi, atuante na comunidade Linux, mas também utiliza outros sistemas Unix como FreeBSD e OpenSolaris, apaixonado por Segurança de Sistemas, atualmente esta contribuíndo com o projeto Fedora como Embaixador Brasileiro Fedora. Site: http://www.4nix.com.br/curr/currsite.html.

TABELA 1

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[volta]

Poucos jogos são tão merecedores de serem chamados de clássicos quanto Doom. Ele inaugurou, em 1993, um novo estilo de jogar e de pensar em jogos, praticamente estreando o estilo chamado “tiro em primeira pessoa” onde você, na visão do jogador, caminha por fases repletas de monstros e obstáculos para conseguir permanecer vivo. Foi um dos primeiros a trabalhar com o conceito de imersão em ambientes 3D, jogos via rede e multiplayer, sendo baixado na versão shareware (em apenas 2 anos) por nada menos que 15 milhões de pessoas. Esse número, é claro, não impressiona muito hoje em dia, com o Firefox atingindo mais de 8 milhões de downloads em 24 horas, mas vamos nos lembrar de que era 1993, época de conexão discada, de pentium 66 Mhz e HDs de 100 MB.

O game, que impressionava pela qualidade e inteligência de construção, pertence à ID Software, que disponibilizou o motor do Doom 1 pela GPL em 1997.

FreeDoomO que a ID Software liberou em 1997 foi somente a engine (motor) do seu jogo sob GPL, mas esse motor é somente um componente que faz de Doom o que ele é. O motor precisa ler um arquivo chamado IWAD

que é onde ficam as características gerais do game, como sons, texturas, imagens e fases, tudo que define Doom como um game. Era preciso, então, que os fãs criassem seus próprios arquivos IWAD para serem executados junto com o motor disponibilizado pela ID Software.

Ao longo dos anos, a comunidade criou não somente um arquivo IWAD muito parecido com o original, mas também criou expansões e “hacks” para serem jogados, aumentando o potencial do game e prolongando imensamente o prazer em jogá-lo. O projeto FreeDoom é justamente isso: um agregado de entusiastas que desenvolvem seu próprio Doom baseado no motor do game original. O projeto FreeDoom faz seu jogo de modo que ele seja 100% compatível com tudo que foi produzido pelos fãs ao longo desses 12 anos de liberação do código. Basicamente, FreeDoom é o Doom 100% livre e desenvolvido pela comunidade.

A históriaNada mudou desde os tempos do clássico: você é um soldado enviado a Marte como punição pelo assassinato de um superior corrupto. Chegando lá, descobre que uma organização está realizando experiências de teletransporte entre as duas luas de Marte (Fobos e Deimos) mas, quando algo sai errado, os teletransportes abrem brechas que levam diretamente ao inferno e deixam que criaturas horrendas escapem, dizimando todos, exceto você (por enquanto, claro).

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O Doom originalJO

GO

S

Por Henrique Júnior

O título de clássico lhe cabe muito bem

O jogoMesmo nos dias de hoje, quando placas com aceleração 3D são capazes de gerar milhões de polígonos renderizados com cell-shading, o game ainda é capaz de empolgar. Basta alguns minutos jogando para que a sensação de estranheza e o risinho sarcástico sumam da face de qualquer jogador apaixonado. A sensação de imersão impressiona, pois em pouco tempo você deixa de reparar que os gráficos foram feitos para rodar em DOS e que o som monaural nem de longe se compara com a qualidade digital dos jogos atuais para ver-se encurralado em uma sala repleta de monstros e disparando tiros para todos os lados.

Na parte inferior da tela, uma barra mostra a “saúde” do seu personagem, a resistência do traje blindado e a munição. Muito interessante também é acompanhar o rosto do personagem ficando machucado de acordo com os ferimentos recebidos.

Tudo se passa numa instalação tecnológica sombria e labiríntica, completamente invadida por monstros de diversas espécies.

Há tanques de material tóxico, paredes que caem e portas trancadas que só se abrem com chaves específicas, mas não se desespere, além de seus punhos, você conta com armas que são conseguidas ao longo do jogo e diversos “power-ups” que fazem seu personagem mais forte para encarar os perigos.Cada uma das fases conta com locais secretos onde itens especiais encontram-se à sua espera (portanto, tem uma motivação a mais para explorar cada canto e detonar cada um dos demônios).

O temperoO tempero que o jogo apresenta não é somente andar por salas infestadas de monstros, dando socos e disparando armas; na verdade, este game inaugurou um estilo de jogar. Doom apresenta diversas armas, com as quais o jogador poderá enfrentar os obstáculos que aparecem durante o percurso: é possível utilizar desde pistolas fracas, que causam pouco dano aos monstros, até metralhadoras giratórias e armas que disparam bolas flamejantes, destruindo praticamente tudo o que se encontra na tela. Há também a interessante BFG 9000 (Big Fucking Gun) que é uma arma especial e super poderosa no estilo “arrasa quarteirão”. O grande segredo do jogo é conseguir economizar munição e chegar vivo ao final de cada fase, onde encontra-se o teletransportador, com a palavra exit escrita e isso encerra a fase. É claro, terminar uma fase não é apenas uma questão de matar uma grande quantidade de monstros, também é preciso passar pelo labirinto, enfrentar os perigos que as próprias salas apresentam, como tanques cheios de lixo tóxico ou monstros que disparam bolas flamejantes e lasers.

Para tornar o jogo mais interessante, há áreas secretas onde se encontram diversos

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O D

oom

orig

inal

Jogos

elementos que aprimoram seu personagem: armaduras com blindagem mais possante e até uma bola de fogo demoníaca azul que aumenta a sua energia para incríveis 200%.Os fãs criaram diversas expansões que podem, claro, ser reaproveitadas na nossa versão Freedoom. Expansões permitindo que o personagem pule, que ande pelo ar, ou novas fases construídas especialmente para quem é fã do jogo. Tudo isso dá ao game uma resistência enorme à deterioração com o tempo — aquela coisa normal de que o jogo fica chato quanto mais você joga. Os próprios fãs, desde 1997 até hoje, encarregaram-se de criar sempre alguma coisa que mantém a novidade no ato de jogar.

Além de participar de modo linear como todo personagem, Freedoom e o Doom também apresentam uma coisa que virou padrão, afinal, Doom estabeleceu vários padrões desde que foi criado: ele praticamente inventou o modo de se jogar tiro em primeira pessoa, ele inventou o estilo de armas usadas neste tipo de jogo, e também inventou as dicas, as trapaças que são empregadas para conseguir passar pelos níveis. Quem é que nunca ouviu falar no god mode, em que o personagem se transforma num ser indestrutível de olhos brilhantes e não sofre dano nenhum por nenhum dos inimigos? ou munição infinita? ou blindagem infinita? ou ter todas as armas? Todas essas dicas foram inventadas pelos criadores de Doom e viraram molde para diversos outros jogos do gênero.

Doom parecia ter uma tendência de inovar e definir para todas as pessoas, a partir de determinado ponto, qual era o jeito certo de se fazer um jogo que era garantia de sucesso. A diversão é garantida.

Como instalar?FreeDoom encontra-se nos repositórios oficiais do Fedora e a instalação é bem simples:Logado como root, digite

# yum install freedoom

DicaPara conseguir os “cheats” do jogo, pause e digite os códigos:

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JogosO

Doo

m o

rigin

al

Efeito Código

idbeholdl

Invisibilidade idbeholdi

Armadura radioativa idbeholdr

Invencibilidade

Cheats

idbeholdsBersek

Amplificador de Luz

BFG Big Fucking Gun

God Mode ativado

Mapas do computador idbeholda

idbeholdv

Referências:http://doom.wikia.com/wiki/Doom_cheat_codeshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doomhttp://freedoom.sourceforge.net/http://prboom.sourceforge.net/http://forums.maxconsole.net/archive/index.php/t-69847.html

Agradecimento a Fran Bach, que digitou o texto a partir de um mp3 que gravei enquanto a tendinite me mostrava um novo significado da palavra “dor”. =)

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JogosO

Doo

m o

rigin

al

Punho

Pistola

Escopeta

Metralhadora

Foguete

Plasma

BFG 9000

Motosserra

SSG

Melhor

Atirar

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0

Ctrl/MB1/JSB1

Salva

Carrega

Salva rápido

Fim

Carrega rápido

Desistir

F2

F3

F6

F7

F9

F10

Para frente

Para trás

Virar esq.

Virar dir.

Correr

Passo esq.

Passo dir.

Strafe

Correr ligado

180°

Usar

Seta p. cima

Seta p. baixo

Seta p. esq.

Seta p. dir.

Shift

<

>

Alt

Caps

/

Espaço

Jogo

Movimentos

Ajuda

Menu

Setup

Pausa

Auto Mapa

Volume

Hud

Mensagens

Ajuste de Gamma

Spy

Aumenta a visão

Diminui a visão

Screenshot

F10

ESC

KINK

PAUSE

TAB

F4

F5

F8

F11

F12

+

-

*

Armas Tela

Modo Seguir

Zoom in

Zoom out

Marcar Posição

Limpar Marcas

Zoom total

Grade

F

+

-

M

C

O

G

Auto Mapa

Sobre o autorHenrique Junior estuda Engenharia Química. Além de tocar o projeto da Revista Fedora Brasil, participa ativamente da comunidade como Embaixador Fedora.

Lista de comandos

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Diferenças entre o LiveCD e o DVD do Fedora

Olá galera. Desculpe-me a pergunta besta. Sou novo em Linux. Qual a diferença entre a versão em DVD de 3.3 GB para o LiveCD? O que há a mais no DVD que não tem no LiveCD e qual a diferença instalando pelo DVD e pelo LiveCD? Desculpe-me por tantas perguntas, obrigado!!!

Resposta: Meu caro, antes de mais nada, nenhuma pergunta é besta.

Na verdade, são duas grandes diferenças entre o LiveCD e o DVD.

A mais importante é que o LiveCD permite que você ligue o computador e carregue o Fedora inteiramente sem precisar instalá-lo no seu disco rígido (HD). Basta você configurar o seu computador para iniciar pelo CD (procure pelas opções de boot na BIOS) e, então, o computador iniciará diretamente no Fedora, sendo que você poderá usar as aplicações, acessar a internet, entre outros, deixando seu HD local intacto. Enquanto estiver usando o sistema, não poderá retirar o LiveCD do drive. Caso queira instalar o Fedora no disco rígido (para que ele fique mais rápido e seja permanente), basta clicar no ícone "Install to Hard Disk" e seguir os passos da instalação.

Já o DVD não pode ser iniciado diretamente como o LiveCD. Você também deverá iniciar o computador com o DVD no drive, mas a diferença é que você irá diretamente para a tela de instalação e a sua única opção será instalar o Fedora diretamente no seu disco rígido. Você não poderá iniciar o sistema a não ser que antes o instale no seu disco rígido.

A segunda diferença é que a versão em DVD, por ser um DVD (4.7GB), traz muito mais programas que poderão ser instalados diretamente do DVD para o seu disco rígido, como por exemplo o conjunto de escritório OpenOffice.org (editor de texto, planilhas etc.). Já o LiveCD, para caber em uma mídia de CD (700MB), é bem mais enxuto e não vem com todos os pacotes contidos no DVD.

Isso não significa, todavia, que uma vez instalado o LiveCD você não poderá ter tudo que vem no DVD. Sim, você poderá. Basta usar o aplicativo "Adicionar e Remover Programas" assim que acabar a instalação. Será possível escolher quaisquer programas, os quais serão baixados via internet dos repositórios oficiais (e de outros que você eventualmente adicionar)

O Duli responde as dúvidas dos leitores

Por Luis Felipe Marzagão

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Érick Henrique

REVISTA FEDORA BRASIL | AGOSTO 2008 | www.projetofedora.org59

e serão instalados no seu Fedora. De qualquer forma, o LiveCD já vem com uma boa seleção de programas para todos os tipos de tarefas.

Se você quer experimentar o Fedora, a melhor opção é sem dúvida o LiveCD, não só porque levará menos tempo para baixá-lo, mas porque você poderá usá-lo sem realizar a instalação definitiva no disco rídigo. Mas atenção: para habilitar codecs de vídeos, driver proprietários para placas de vídeo (Nvidia e ATi) etc., você precisará ter o Fedora instalado no seu disco rídigo, para que assim possa tirar o máximo de proveito dele.

Linux para todos os gostos

O que, exatamente, diferencia uma distribuição da outra? Por que algumas distribuições possuem o nome Linux no meio e no outras não? Não são todas Linux?

Resposta:O problema com o nome Linux é que a parte foi tomada pelo todo. Na verdade, Linux é o nome de apenas um dos componentes das diversas distribuições existentes. Trata-se do programa nuclear ou central (o "kernel"), o qual, em linhas gerais, apenas desempenha a interação com o hardware do computador. Contudo, por ser bastante importante e também por razões históricas, as pessoas terminaram se referindo à distribuição como um todo pelo nome "Linux" (o nome da parte), mas tecnicamente não é adequado. Seria o mesmo que chamar uma pessoa de "cérebro" em vez de chamá-lo pelo verdadeiro nome (João ou Maria etc.). Por isso muitas pessoas preferem a expressão "Distribuição baseada em Linux" ou então usar o nome da distribuição, como "Fedora", e assim por diante. Deve-se lembrar que uma distribuição é feita do kernel e mais uma infinidade de programas e aplicações, sem os quais ela jamais chegaria a ser uma "distribuição".

Com relação às diferenças entre distribuições, basicamente são duas as mais importantes: A primeira é a "cara" da distribuição, ou seja, como os desenvolvedores dela a organizam, quais programas decidiram incluir, parte gráfica, menus, entre outros. A segunda é o gerenciador de pacotes e o(s) respectivo(s) repositório(s) de programas. Eu diria que o ponto mais marcante da distribuição, depois, óbvio, do nome e do trabalho de arte gráfica, é o gerenciador de pacotes que ela usa. Os mais conhecidos são o "yum" (usado por Fedora, CentOS e Red Hat) e o "apt" (usado pelo Debian e pelas Debian Likes – distros baseadas em Debian, por exemplo o Ubuntu). Conseqüentemente, uma diferença marcante serão os repositórios que cada gerenciador de pacotes poderá acessar para baixar e instalar programas. A partir daí, cabe a cada usuário testar e fuçar em cada repositório e brincar com o gerenciador de pacotes para ver qual mais o agrada.

Até a próxima!

Per

gunt

as &

Res

post

asO Duli responde as dúvidas dos leitores

Sobre o autorLuís Felipe B. Marzagão, mais conhecido como Duli, é fanático por Fedora. É autor do easyLife e passa boa parte do tempo respondendo às mensagens nos fóruns. Durante o dia, exerce advocacia nos Tribunais e Fóruns em São Paulo.

O comando echoProvavelmente vocês já perceberam pelas duas últimas partes da nossa série sobre shell script que o comando echo imprime na tela o resultado de variáveis ou strings executadas no sistema.

O echo é muito importante porque pode ajudar na obtenção de informações preciosas que podem ser lidas e interpretadas pelo usuário enquanto o script é executado ou, claro, o próprio script pode ser feito para pegar informações e mostrá-las na tela para que o usuário se informe sobre este ou aquele aspecto do sistema.

A sintaxe é bem simples:

Você pode usar o comando echo de três formas distintas: Com aspas simples (ou o velho apóstrofo, logo antes do número 1 no teclado). Usando apóstrofo numa string, ela deixa de ser interpretada ou entendida como variável e simplesmente é repetida na tela.

Repare que a variável global $USER não foi interpretada pelo shell.

Com aspas duplas (“ ”) ou sem nenhum tipo de aspas em lugar nenhum, a linha é lida com interpretação de variáveis:

Ou podemos obter o mesmo resultado:

E por fim, o comando echo pode interpretar comandos, mas, para tanto, os comandos devem ser colocados entre os acentos graves - ou crases - que ficam logo acima do acento agudo (ou, se tiver intimidade e estiver no jardim de infância, logo acima do “grampinho da vovó”):

Temos ainda as opções do comando echo que podem dar um tempero a mais para aquelas saídas de terminal que tanto gostamos. Vamos dar uma olhada:

Faz com que o echo não gere uma nova linha logo após executado:

A opção -e é particularmente interessante para quem deseja formatar melhor as suas saídas de tela. Com essa opção, ativamos a interpretação de contrabarras ( \ ), o que gera várias possibilidades interessantes:

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RIE

S

Por Henrique C. S. Junior

Introdução ao Shell Script Parte 3

$ echo “Olá, meu nome é $USER” Olá, meu nome é lonely

$ echo 'Olá, meu nome é $USER' Olá, meu nome é $USER

$ echo Olá, meu nome é $USER Olá, meu nome é lonely

$ echo `whoami` lonely

echo [OPÇÃO] [STRING]

echo -n

$ echo -e

$ echo -n Olá, meu nome é $USER Olá, meu nome é lonely[lonely@localhost ~]$

\a – Emite um “bip” ao término do comando. \t – Gera uma tabulação para a direita. \v – Gera uma tabulação para baixo (vertical).

$ echo -e “Olá \t\t\t, $USER. Seja \v bem-vindo! \a” Olá. lonely. Seja bem-vindo!

Esse echo deve inserir três tabulações horizontais antes da variável $USER, uma tabulação vertical (para baixo) antes de “bem-vindo” e emitir um “bip” ao final.

Aritmética no shell Se você não gosta de matemática, sinto muito informá-lo de que programar é, basicamente, uma tarefa matemática. O computador calcula valores e, em expressões, aceita resultados como verdadeiro (1) ou falso (0), além de aceitar resultados numéricos.

Nosso shell pode ser uma poderosa calculadora e, acreditem, muitos scripts vão precisar fazer “continhas” para funcionarem a contento.

O comando expr tem essa função: ele interpreta aritmeticamente os argumentos que lhe são passados e dá o resultado na tela. A sintaxe é simples:

Soma:

Subtração:

Divisão:

Resto da divisão:

As expressões mais complicadas ou lógicas precisam ter separadores, que são os apóstrofos (ou aspas simples).

Multiplicação:

Usando lógica nas contas: Em programação é comum usarmos os operadores lógicos para obter resultados de verdadeiro ou falso. Esses operadores analisam dois (ou mais) argumentos, comparam os valores e retornam verdadeiro ou falso para a comparação.

No caso de usar operadores lógicos no comando expr, a expressão deve ser digitada usando-se sempre o separador (').

Acima escrevemos: dez é menor que nove? A resposta foi 0, que significa “falso” ou “não, dez não é menor que nove.”

Agora vamos perguntar se dez é diferente de nove.

Sim, dez é diferente de nove, por isso retorna o valor 1, que significa “verdadeiro”. (Alguém vai querer um prêmio Nobel?)

Mas as coisas podem ficar mais interessantes:

Isso nos levará bem longe, não é? =)

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SH

ELL

SC

RIP

TSéries

$ expr 100 + 1 101

$ expr '10' '*' '5' 50

$ expr '10' '!=' '9' 1

$ expr 101 – 1 100

$ expr 55 / 5 11

$ expre 100 % 33 1

$ expr '10' '<' '9'

0

$ expr '10' '=' '(' '5' '*' '2' ')' 1

Alguns operadores são: < - Menor <= - Menor ou igual > - Maior >= - Maior ou igual != - Diferente = - Igual

$ expr [OPÇÕES] [ARGUMENTOS]

Outras coisas para fazer com seu shell

HistóricoO shell é bastante inteligente e tem recursos muito úteis para facilitar a vida de quem lida diretamente com ele. Passar o tempo digitando num terminal pode ser particularmente estressante e cansativo quando é preciso repetir muitas vezes os mesmos comandos. Para esses casos, o shell mantém um histórico com os últimos 500 comandos executados e que podem ser encontrados no arquivo ~/.bash_history (onde ficam armazenados) ou com o comando history, que os exibe no terminal. Para passar pelos comandos, basta simplesmente usar as setas do seu teclado.

Autocomplemento de nomesÚtil ao lidar com nomes muito extensos ou quando você vive esquecendo como é aquele comando importante que você só se lembra que começa com where... (por exemplo). Apertando a tecla TAB um par de vezes o shell pode completar o nome para você ou mostrar-lhe uma lista de todos os comandos/arquivos na pasta que começam com where...

Experimente: no seu terminal digite o começo do comando whereis e aperte TAB para ver o terminal auto completar o restante para você.

Essa mágica também funciona se você precisar abrir um arquivo de nome muito grande. Imagine que você precise abrir o arquivo “sou_um_arquivo_de_nome_muito_grande.txt” e tenha preguiça de digitar todo esse nome.

Escreva somente parte do nome do arquivo, por exemplo:

e veja o shell fazer todo o trabalho chato. =)

Bang-bang Antes que riam e balancem as cabeças pensando em “que termo ridículo”, vale esclarecer que o caractere ! em shell chama-se bang. No terminal, quando você digita determinado comando, ele fica armazenado no histórico, certo? Se você então digitar !! (bang-bang), o terminal automaticamente repete o último comando sem que você precise digitar novamente:

Mas o bang também serve para acessar outras coisas interessantes dos comandos que executamos. Por exemplo, acabamos de executar o comando echo 'Bang! Bang!' para fazer um teste. Olhando esse comando vemos que echo é o comando e 'Bang! Bang!' o argumento do comando, então:

Na próxima aula, tudo que os impacientes queriam: começam os scripts de verdade.

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SériesS

HE

LL S

CR

IPT

Sobre o autorHenrique Junior estuda Engenharia Química. Além de tocar o projeto da Revista Fedora Brasil, participa ativamente da comunidade como Embaixador Fedora. Toca guitarra e gosta de blues. Sim, ele também é escritor.

$ echo 'Bang! Bang!' Bang! Bang! $ !! echo 'Bang! Bang!' Bang! Bang!

$ vi sou_ <aperte TAB>

!$ - Chama o último argumento. !* - Chama todos os argumentos. !!:1 - Chama o primeiro argumento. !! - Repete o último comando e

argumento.

CO

MU

NID

AD

EIniciativas & Eventos do Projeto Fedora Brasil

O Projeto Fedora Brasil lançou o fórum do Projeto, criado e mantido por Rodrigo Padula (Embaixador do Projeto Fedora), Ayrton Araújo (Embaixador do Projeto Fedora) e Alessandro Sena (Membro do Grupo Regional Fedora Amazonas) com o intuito de movimentar mais o portal brasileiro, oferecendo suporte e informações aos participantes, além de brindes aos usuários mais ativos.

Com a Gerência atribuída ao Ayrton Araújo, o fórum vem criando uma interface entre embaixadores e usuários, possibilitando a descoberta de novos colaboradores em potencial, como também melhorando o suporte brasileiro do S.O.

São muitas as novidades.Desde junho o fórum já está com leiaute novo e o portal conta com várias novidades acompanhando os novos subprojetos brasileiros. Fique de olho!

Acesse o link para o fórum em: http://www.projetofedora.org/portal/forum/, e registre-se.

Abra bem os olhos para ver as

novidades!

A comunidade Fedora brasileira solta o verbo.

Participe. A comunidade Fedora é sua!

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PA

RT

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Escreva-nos, dê sua opinião sobre a revista, participe conosco!

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Redator: Se você gosta de escrever e produz textos de qualidade, porque não publicá-los na nossa revista? Entre em contato, mande-nos uma amostra do seu trabalho e quem sabe ele será publicado na próxima edição.

Revista Fedora [email protected]

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Alis

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e Já

!Junte-se ao Fedora

Por Diego Búrigo Zacarão

Descubra as 6 maneiras de colaborar com o projeto Fedora

Você é bom em português e/ou inglês? Consegue expressar bem suas idéias e pensamentos num papel? Então este é o projeto certo para você. Dependendo do seu conhecimento técnico, você poderá até escrever documentação para o projeto a nível internacional ou simplesmente revisar as documentações já existentes. Alguns dos documentos mais importantes do

Projeto Fedora estão hospedados em: http://docs.fedoraproject.org. Visite o seguinte link para mais informações: http://fedoraproject.org/wiki/pt_BR/Join#ContentWriter

Se você quiser colocar a mão na massa participando ativamente para tornar o Fedora ainda melhor, há muitas maneiras que você pode ajudar. Isso depende essencialmente das habilidades que você tem, que podem ser úteis ao projeto como um todo. Que papel você deseja preencher?

Caso você seja fera em inglês, ou talvez nem tão fera assim, considere dar uma ajuda ao projeto de tradução de documentação e de interfaces de programas do projeto. O projeto de tradução é uns dos mais importantes sub- projetos do Fedora e, com ele, você ganha visibilidade internacional, podendo

contribuir com vários projetos open source hospedados na infra-estrutura do Projeto Fedora. Além disso, traduzindo o Fedora para o português do Brasil, você está ajudando a facilitar a disseminação do Fedora em território nacional, sobretudo com suporte a nossa língua nativa. Saiba quais módulos e idiomas estão disponíveis para tradução no Fedora em: https://translate.fedoraproject.org. Visite o seguinte link para mais informações: http://fedoraproject.org/wiki/pt_BR/Join#Translator

Você manja de design? Tem idéias legais que poderiam tornar o Fedora mais bonito e elegante? O projeto de arte do Fedora pode ser o lugar certo pra você! Lá o pessoal é responsável por qualquer tipo de arte que envolva o projeto, que vai de banners, camisetas, web design ao tema e papel de parede da distribuição. Já imaginou aquela idéia de papel de parede que você tem, em

milhares de computadores no mundo em uma versão do Fedora? Não perca tempo. Comece a interagir e aprender como funciona o projeto de arte do Fedora visitando o seguinte link: http://fedoraproject.org/wiki/pt_BR/Join#Designer

Documentação: Escritor de Conteúdo

Tradução: Tradutor

Arte: Desenhista

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Alis

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e Já

! Relacionar-se com outras pessoas e fazer apresentações em público não é problema pra você? Você sabe o que é o Fedora e como o Projeto funciona? Talvez aqui esteja uma boa oportunidade para você colaborar. Os embaixadores têm a responsabilidade de fazer o marketing do Fedora, explanar

informações e esclarecer dúvidas de pessoas da comunidade em geral, sobre os subprojetos e diretrizes do projeto internacional. Um embaixador deve estar sempre bem informado sobre o mundo Fedora. Geralmente é um entusiasta da distribuição e sempre tenta abordar as questões mais polêmicas do Fedora em eventos e palestras, a fim que se possa ter um esclarecimento dos assuntos e/ou fatos abordados. Você se interessou por esse subprojeto? Então visite o seguinte link para mais informações:http://fedoraproject.org/wiki/pt_BR/Join#PeoplePerson

Você é desenvolvedor? Sabe empacotar programas em RPM? Sabe gerar patches e relatar bugs? Então talvez você possa ser mais um colaborador do Fedora na parte de desenvolvimento. Neste subprojeto você também poderá ajudar na triagem de bugs, para que os engenheiros do Fedora não percam

tempo com erros supérfluos e, quem sabe, até empacotar ou fixar erros em alguns dos pacotes disponíveis nos repositórios do Fedora. Você usa um programa open source que não está presente nos repositórios do Fedora? Empacote o programa e submeta-o para avaliação dos engenheiros através do bugzilla. Seu pacote tem tudo para ser aprovado! Saiba como ingressar no projeto de desenvolvedores em: http://fedoraproject.org/wiki/pt_BR/Join#OSDeveloper

O seu negócio é desenvolvimento sobre a Web? Sabe utilizar Python, PHP, MySQL e PostgresSQL? Você é um forte candidato a integrar o grupo de websites do Fedora. As pessoas que contribuem com esse projeto são responsáveis pelo desenvolvimento e administração de todos os websites oficiais do projeto internacional, que incluem a página principal do projeto, a

wiki, a página de estatísticas de traduções, o sistema de contas do Fedora, entre outros. Ficou interessado? Acesse o seguinte link para mais informações: http://fedoraproject.org/wiki/pt_BR/Join#WebDeveloperAdministrator

Existem várias possibilidades de se unir a comunidade Fedora. Junte-se a nós e venha conhecer e ajudar no desenvolvimento do que há de mais atual referente ao Software Livre.

Referência:http://fedoraproject.org/pt_BR/join-fedora

Resumindo...

Pessoa da comunidade: Embaixador

Desenvolvimento: Desenvolvedor do SO

Desenvolvimento Web: Desenvolvedor Web ou Administrador

Sobre o autorGraduado em Ciência da Computação pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Diego B. Zacarão é analista de suporte e Embaixador Fedora.

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