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200 EDIÇÕES

Revista FH - Ed. 200

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR - Ano 20 • Edição • 200 • Junho de 2012

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ÍNDICEW W W . S A U D E W E B . C O M . B R

Junho de 2012 • FH 200

08 – CONEXÃO SAÚDE WEBConfi ra conteúdos multimídia, destaques do Saúde Web e a interação dos leitores

ENTREVISTA22 – MÉDICO DE “CARTEIRINHA”Em entrevista para a FH, o presidente da AMB, Florentino Cardoso, defende a necessidade de uma carreira de estado para médicos e melhoria do ensino nas universidades

SAÚDE BUSINESS SCHOOL47 – TERCEIRIZAÇÃO DE TI NOS HOSPITAIS

HOSPITAL56 – QUESTÃO CULTURALEstudo mostra os desafi os das instituições quando o assunto é acreditação

PERFIL82 – OBRA DO ACASOTharcillo Toledo Filho, da Benefi cência Portuguesa de SP conta como foi conhecer a artista modernista Tarsila do Amaral

TECNOLOGIA84 – HOSPITAL INTELIGENTE:TECNOLOGIAS MUITO ALÉM DA TI

88 – LIVROS

ARTIGOS 28 – ECONOMIAO problema é mão de obra

40 – GESTÃOA gestão da comunicação

46 – RHComo está o mercado?

ESPECIAL FEIRA HOSPITALAR 2012

INDÚSTRIA58 – A LOCOMOTIVA DAPRODUÇÃO NACIONALPara não perder o bonde do cresci-mento, Brasil precisa investir em bio-tecnologia e na produção local de in-sumos e equipamentos

60 – CONFIRA OS GRANDES ANÚNCIOS DURANTE O EVENTO

POLÍTICA E REGULAMENTAÇÃO62 – ASSOCIAÇÕES BUSCAMREFORÇAR PROTAGONISMO

MEDICINA DIAGNÓSTICA64 – DIAGNÓSTICO DO SETORBrasil tem potencial para crescer no mercado de diagnóstico, mas para isso acontecer é necessário profi ssionalizar a gestão e não ter medo de ser criativo

SAÚDE PÚBLICA66 - PARADOXO MODERNOEnvelhecimento populacional Vs Incor-poração tecnológica

CARREIRAS68 – PROCURADOS E DISPUTADOSInstituições de saúde enfrentam difi -culdades para encontrar, desenvolver e reter profi ssionais

TECNOLOGIA70 – E-HEALTH PROMETE REVOLUCIONAR

VITRINE74 – VEJA OS LANÇAMENTOS DA INDÚS-TRIA MÉDICA NA HOSPITALAR 2012

30 – 200 EDIÇÕES DE HISTÓRIARELEMBRE OS PRINCIPAIS FATOS DA SAÚDE AO

LONGO DAS 200 EDIÇÕES DA FH

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ERRATAO valor correto da aquisição da Puras pela Sodexo foi de R$ 1.2 bilhão e não de R$ 1 milhão como publicado na matéria “Parceria de qualidade”, FH 198, abril de 2012. Após a aquisição, a Sodexo passou a se chamar Sodexo|Puras.

Guilherme Batimarchi • [email protected]

Neste mês de junho, a Revista FH chega a 200 edições. Veja nas próximas páginas, alguns dos fatos mais marcantes na história da saúde brasileira e internacional

200 EDIÇÕES DE

HISTÓRIA

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revista fh

A revista FH é uma publicação mensal dirigida ao setor médico-hospitalar.Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídiaou quaisquer outros envolvidos nessa publicação.As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente.

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gEREntE dE maRkEting E COmUniCaçãOGabriela vicari - [email protected]

gEREntE dE intEligênCia dE mERCadOGaby loayza – [email protected]

gEREntE dE maRkEting EVEntOSemerson Moraes – [email protected]

gEREntE dE COmUniCaçãO CORpORatiVacristiane Gomes – [email protected]

MARKETING

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Editorial

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maria carolina buriti

EditoraIT Mídia S.A

esta edição, a FH chega a marca histórica de 200 edições. Para comemorar, convidamos você a relembrar os fatos relevantes da saúde. Aqui na redação nos empenhamos em levá-lo para um passeio pelo túnel do tempo, em sinte-tizar o que ocorreu nesses últimos 20 anos em apenas uma edição.

Há 20 anos, pouco tempo do ponto de vista histórico, muito se pensarmos em transformações sociais, políticas e econômicas, as coisas eram diferentes. A novidade era o celular, o mapeamento do genoma era coisa de filme e nós brasileiros convivíamos com a temida inflação. Os órgãos reguladores da saúde, Anvisa e ANS, ainda não existiam e o setor ainda não se mostrava tão potente.

Hoje, assistimos a velocidade da mudança da comunicação e o aquecimento da econo-mia transformando o setor. Todos os dias, um batalhão de notícias sobre fusões aquisições e tecnologia nos mostram tal mudança. A prova está nas outras reportagens que esta revista traz: hospitais atuando como consultorias, profissionais de saúde disputados, entidades de classe em discussão e hospitais inteligentes.

Apesar das transformações e de um futuro de grandes possibilidades, como já escrevi por aqui, ainda tropeçamos em alguns problemas do passado, como a gestão das empresas de saúde, por exemplo. E para ajudar a desenvolver o setor com esse e outros assuntos escreveremos muitas páginas. Boa leitura!

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Rede São Camilo em constante evolução. Uma nova marca,um novo certificado de qualidade.

A JCI – Joint Commission International é uma organização não governamentalque desde 1953 dedica-se à acreditaçãode qualidade em serviços de saúde. E o Hospital São Camilo Pompeia conquistou sua terceira acreditação, sendo a segunda internacional.Uma mostra de que, com 90 anosno Brasil, a Rede São Camilo continuaa busca constante pela qualidadedos seus serviços e pela segurançados seus pacientes.Acesse www.saocamilo.com e saiba mais.

Nossa missão é cuidar da vida.

Dr. Jair Rodrigues Cremonin Jr.Diretor Técnico Médico

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CONEXÃO SAÚDE WEB

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CANAL DOLEITOR

TWITTERRicardo G Ferri •@rgferri“@Saude_Web: Governo quer aumentar número de médicos formados no País http://bit.ly/Jpb4fi ”

Roberta Rodrigues •@Robertinha_RoSe nao é, será o país dos ge-néricos... “@Saude_Web: Laboratórios devem forne-cer amostras para fabrica-ção de genéricos http://bit.ly/JeOPxt”

Sandro Reis •@SandrofReisSE CUIDEM SUPERVISO-RES ENFERMEIROS! RT @Saude_Web: Estudantes acham pertinente misturar medicina com administração

E-MAILThank you! The article looked really nice by the way!Jennifer RobertsFlorida HospitalMedia RelationsManager

O exemplar da UNIMED chegou hoje; parabéns pela cobertura. Deu uma execelente visão do que foi o debate sobre acredi-tação hospitalar.Monica Castro,da Unimed BH

@saude_web

[email protected]

facebook/saudeweb

TI EM SAÚDE

PROFISSIONAIS DE TI LANÇAM ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA CIO SAÚDE

A Associação Brasileira CIO Saúde (ABCIS) foi ofi ciali-zada. A entidade tem a fi nalidade de trazer questões do dia a dia dos profi ssionais de tecnologia da informação na saúde para serem debatidas, além de facilitar a troca de informações entre eles. De acordo com o presidente, David Oliveira, a instituição é decorrente de um grupo de “CIOs da saúde” que, há quatro anos, costumavam se reunir a cada dois meses em São Paulo.Grandes hospitais, principalmente do estado de São Paulo, já integram a ABCIS, que pretende criar centrais regionais para fomentar a participação de profi ssionais de TI de todo o Brasil. Atualmente, o grupo possui 200 profi ssionais registrados.Para unir a categoria, a entidade vai realizar, em outubro, o I Forum Anual Setorial de TI, trazendo como keynote speaker Renata Bushko, do MIT e presidente da FHTI Future Health Technology Institute, dedicada a defi nição da agenda de tecnologias em saúde para o século 21.

ESTRATÉGIA

BIOFAST LEVA UNIDADES MÓVEIS PARA FEIRAS LIVRE E PRESÍDIOS

Levar acesso, desafogar Unidades Básicas de Saúde, aumentar capilaridade, são alguns dos benefícios pre-vistos pelo laboratório Biofast com a implantação de postos móveis de coleta de exames pelo Brasil. Feiras livres e presídios foram lugares estrategicamente escolhidos para a realização do projeto.“A atuação em presídios evita o deslocamento dos presos para a realização de exames, reduzindo custos”, comenta o presidente do Grupo Biofast, Rogério Saladino (foto), que adianta a preparação de um “menu” de exames preventivos para os presidiários. A iniciativa está sendo realizada no Estado de Tocantins.A escolha por feiras deve-se ao fato de ser um lugar com grande fl uxo de pessoas, além de acontecer sempre em um determinado dia. Saladino conta que o primeiro piloto deve ser inaugurado no Rio de Janeiro nos próximos dois meses.

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Nossa história de 153 anos de dedicação e bons serviços é reconhecida. E acreditada.

Da união de pessoas, que buscavam melhores condições de vida, surgiu uma Casa de Saúde. Da Casa de Saúde e seu sucesso ao longo do tempo, foi criado o maior complexo hospitalar privado da América Latina.Construímos uma instituição sólida e que nunca fugiu dos seus valores: atender com excelência todas as camadas sociais da população.São 153 anos de bons serviços prestados, inovação e um corpo clínico composto pelos melhores médicos do país. Uma instituição que investe em sua competitividade para aumentar ainda mais o seu campo de atuação.Hoje, temos o reconhecimento dos nossos 1,5 milhão de pacientes anuais e a Acreditação Plena da ONA – Organização Nacional de Acreditação, que atesta a qualidade assistencial e a segurança do paciente.

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Conexão Saúde web

Dickson Tangerinoé nomeaDo ceo Da DasaDickson Tangerino é o novo CEO da Dasa. O executivo passou por empresas do grupo Amil como hospitais, medicina diagnóstica e operadora de saúde .Também atuou em outros segmentos como empresas financeiras e de recursos huma-nos. A companhia também anunciou cYnTHia HoBBs para o cargo de CFO.

grupo saúDe BanDeiranTes Temnovo DireTor execuTivoO Grupo Saúde Bandeirantes contratou roDrigo FernanDes Teixeira Lopes para o cargo de diretor executivo. Anteriormente, este posto era ocupado por Marcelo Medeiros, que assume a re-cém- criada área de relacionamento institucional.Lopes traz a experiência adquirida em organizações como Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital São Francisco, Grupo Montreal e Rhesus Laboratórios.O profissional terá como foco principal o crescimento de duas unidades do grupo: Hospital Bandeirantes e Hospital Leforte.

everis anuncia novo sócioA Everis, empresa que atua no segmento de consul-toria de negócios, tecnologia e outsourcing, anun-cia que Marco gaLaz foi promovido a sócio, responsável pela unidade de BPO da companhia. Anteriormente, o executivo atuava como diretor desta área e, com a nova função terá o desafio de expandir a operação de BPO para outros setores--chave, como finanças e indústria.

Um estudo setorial desenvolvido pela Associação Brasi-leira da Indústria de Artigos e equipamentos Médicos, Odontológicos e de Laboratórios (ABIMO) apontou que, em 2011, 61% das vendas feitas no Brasil no segmento de saúde foram destinadas ao setor privado, enquanto o setor público teve apenas 25% de participação.

IndústrIa de saúde cresceu

17,7% em 2011, segundo aBImo

BrasIl gasta

r$ 21 BIlhõespara tratar doenças relacIonadas ao taBaco

A constatação é do estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), divulgado na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.

números

O conselho de administração da Cremer aprovou o exercício de opção de compra da Embramed Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares, da Paraisoplex Indústria e Comércio e da Ktorres Beneficiamento de Plásticos, por R$ 32,1 milhões.

cremer compra três empresas por

r$ 32,1 mIlhões

A SulAmérica firmou contrato com a Saspar Participações para adquirir sua participação na Sul América Capita-lização (Sulacap), representativa de 83,27% do capital, pelo preço base de R$ 214 milhões.De acordo com o comunicado da empresa, o montante pode ser incrementado em até R$ 71 milhões desde que satisfeitas determinadas condições previstas no contrato. A Saspar é controlada pela Sulasa Participações, sociedade controladora da Sul América.

sulamérIca compra fatIa na sulacap por

r$ 214 mIlhões

vaI e vem

regina Helena velloso assume presiDência Da aacDVoluntária há mais de 10 anos na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Regina inicia a gestão com a missão de consolidar o crescimento da AACD.Outro objetivo será o de aprimoramento do atendimento ao usuário em ade-quação à Política Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde.

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Sonhar é preciso. Acreditar também. Re

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O Hospital São José sempre trabalhou para realizar um sonho:

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Nosso sonho está cada vez mais presente. Somos acreditados pela

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Paulo, o maior complexo hospitalar privado da América Latina,

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clínico de reconhecimento internacional para cuidar de você.

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Conexão Saúde web

Você é a favor da Medida Provisória 568/12, que visa equiparar os salários dos servidores federais?

63,64 % - Sim. O fortalecimento dos profissionais atuando nas áreas exclusivas de Estado é um requisito para garantir a qua-lidade e a continuidade da prestação de serviços e o alcance do interesse público com a descentralização da prestação de atividades de Estado.

36,36 % - Não. O problema é muito mais abrangente. Finan-ciamento e problemas de gestão estão no cerne da questão. A solução depende de ações específicas, a serem implan-tadas a partir do quadro de carências, levando em conta o mercado e a regulação.

36,36 %

63,64 %

Carreira de Estado para médicos solucionaria problema de distribuição desigual?

blogs

multimídia

Leia e discuta com nossos colaboradores os assuntos mais quentes do mês:www.saudeweb.com.br/blogs

Acompanhe entrevistas, galerias de imagens e todo o conteúdo multi-mídia: www.saudeweb.com.br

LogístiCa HosPitaLarMayuLi LurbE FonsECaRastrear é precisoDiretora de Novos Negócios da empresa UniHealth Logística Hos-pitalar escreve sobre o conceito de rastreabilidade, que está prestes a se tornar obrigação legal para os fabricantes de medicamentos, e não mero indicador de qualidade de serviços

JurisPrudênCia na saúdErEnata ViLHEna siLVa Regras para manutenção de planos de saúde para aposentados e demitidos entram em vigorPara a advogada, especializada em Direito à Saúde, o problema da Re-solução 279 é que ela dá a opção da empresa manter os aposentados e demitidos no mesmo plano dos ativos, ou então, fazer uma con-tratação exclusiva para estes que não figuram mais no quadro de funcionários

artE da ConViVênCiaiLdo MEyEr Será que vale a pena trabalhar?Meyer provoca: “Definir idade em anos de existência não exprime a realidade. A medida da idade mais fidedigna é a qualidade e não a quantidade de vida. Envelhecer não é preocupante, sentir-se e ser visto como um velho é que é o problema”

gEstão do CorPo CLíniCosandro sCárduaGestores Clínicos e processosde qualidade Scárdua aconselha quem vai assumir a função de gestor clínico: “não deixe de caminhar pelos diversos setores de sua organização. Faça disso um hábito”

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EnquEtE

REsultadoConfira o resultado da última enquete

Participe da nossa enquete! Vote em: www.saudeweb.com.br/enquete

HosPital ContemPorâneo: Veja tendênCias Parainfraestrutura Foram apresentadas as novidades em todos os segmentos, desde sistemas que reduzem o consumo de água e energia elétrica até novos softwares de gestão Veja na Saúde TV: hTTp://biT.ly/l7piT5

ConHeça as unidades móVeis do samu/sPO Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU,) da cidade de São Paulo, recebeu o certificado da International Academies of Emergency Dispatch de acreditação como centro de emergências médicas de excelência. Veja na Galeria do Saúde Web: hTTp://biT.ly/KoeTxn

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CERTIFICADO QSP DE CONFORMIDADE COM A NORMA ISO 27.001CONFORMIDADE COM A NORMA ISO 27.001CONFORMIDADE COM A NORMA ISO 27.001

RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO

CERTIFICAÇÃO ISO 9.002CERTIFICAÇÃO ISO 9.002PRÊMIO BANAS QUALIDADEPRÊMIO BANAS QUALIDADE

PRÊMIO BANAS QUALIDADE

INTERNACIONALINTERNACIONALQUALITY SERVICE GRUPO CIEFAS

INTERNACIONALQUALITY SERVICE GRUPO CIEFAS

PRÉMIO DE QUALIDADE UNIMED-BHMINISTÉRIO DA SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDEPRÊMIO UNIDAS

CERTIFICAÇÃO ISO9001/2000

PRÊMIO GESTÃO BANAS

ACREDITAÇÃO ONA - NIVÉL 3

PRÊMIO GESTÃO BANAS PRÊMIO MINEIRO DA QUALIDADE

PRÊMIO MINEIRO DA QUALIDADEFAIXA OURO E TROFÉU OURO

ISO 9.001 E ISO 14.001 - OHSAS 18.001PRÊMIO NACIONAL DE GESTÃO SAÚDE PRÊMIO NACIONAL DE GESTÃO SAÚDE

FAIXA OUROFAIXA OURO

HOMENAGEM DAS CÂMARAS DE DEPUTADOS HOMENAGEM DAS CÂMARAS DE DEPUTADOS EM BRASÍLIA E MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE E EM BRASÍLIA E MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE E

NOVA LIMA AOS 25 ANOS DO BIOCOR.NOVA LIMA AOS 25 ANOS DO BIOCOR.CERTIFICADO DE CONFORMIDADE LEGALCERTIFICADO DE CONFORMIDADE LEGAL

CERTIFICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO QSP 31.000CERTIFICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO QSP 31.000

RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO

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RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO

O Sistema Integrado de Gestão do Biocor Instituto é certificado pela ISO 9001, desde 1997, ao qual foram agregadas a ONA Nível III, a ISO 14001, a OHSAS 18001, o PMQ, o PNGS, a norte-americana NIAHOSM – National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations, certificação de conformidade legal, a QSP 31000:2010 (baseada na ISO 31000:2009) e, mais recentemente, a certificação de conformidade com a ISO 27001, todas mantidas de forma contínua até hoje.

O Biocor Instituto é um hospital jovem e pioneiro que se destaca na restrita área da alta complexidade, sendo reconhecido por sua produção científica, educação continuada, atualização tecnológica, inovação, pesquisa, gestão moderna e competente, assistência humanizada e, sobretudo, compromisso com a nossa sociedade. Todo esse esforço integrado gera os bons resultados que fazem do Biocor uma referência no Brasil e no exterior.

Em 2011, atento à crescente demanda da sociedade que confia no Biocor Instituto e procura cada vez mais os bons serviços da Instituição, teve início uma nova fase de seu projeto de expansão com a ampliação da sua capacidade operacional agregando mais 120 novos e modernos apartamentos, além da constante modernização tecnológica como, por exemplo, a nova tomografia 3D e os dois novos aparelhos de hemodinâmica digital de alta resolução.

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CERTIFICADO QSP DE CONFORMIDADE COM A NORMA ISO 27.001CONFORMIDADE COM A NORMA ISO 27.001CONFORMIDADE COM A NORMA ISO 27.001

RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO

CERTIFICAÇÃO ISO 9.002CERTIFICAÇÃO ISO 9.002PRÊMIO BANAS QUALIDADEPRÊMIO BANAS QUALIDADE

PRÊMIO BANAS QUALIDADE

INTERNACIONALINTERNACIONALQUALITY SERVICE GRUPO CIEFAS

INTERNACIONALQUALITY SERVICE GRUPO CIEFAS

PRÉMIO DE QUALIDADE UNIMED-BHMINISTÉRIO DA SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDEPRÊMIO UNIDAS

CERTIFICAÇÃO ISO9001/2000

PRÊMIO GESTÃO BANAS

ACREDITAÇÃO ONA - NIVÉL 3

PRÊMIO GESTÃO BANAS PRÊMIO MINEIRO DA QUALIDADE

PRÊMIO MINEIRO DA QUALIDADEFAIXA OURO E TROFÉU OURO

ISO 9.001 E ISO 14.001 - OHSAS 18.001PRÊMIO NACIONAL DE GESTÃO SAÚDE PRÊMIO NACIONAL DE GESTÃO SAÚDE

FAIXA OUROFAIXA OURO

HOMENAGEM DAS CÂMARAS DE DEPUTADOS HOMENAGEM DAS CÂMARAS DE DEPUTADOS EM BRASÍLIA E MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE E EM BRASÍLIA E MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE E

NOVA LIMA AOS 25 ANOS DO BIOCOR.NOVA LIMA AOS 25 ANOS DO BIOCOR.CERTIFICADO DE CONFORMIDADE LEGALCERTIFICADO DE CONFORMIDADE LEGAL

CERTIFICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO QSP 31.000CERTIFICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO QSP 31.000

RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, RECERTIFICAÇÕES: ISO 9.001, ISO 14.001, OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO OHSAS 18.001, ISO 31000, ONA E NIAHO

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CERTIFICADO QSP DE CONFORMIDADE COM A NORMA ISO 27.001

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O Biocor Instituto é um hospital jovem e pioneiro que se destaca na restrita área da alta complexidade, sendo reconhecido por sua produção científica, educação continuada, atualização tecnológica, inovação, pesquisa, gestão moderna e competente, assistência humanizada e, sobretudo, compromisso com a nossa sociedade. Todo esse esforço integrado gera os bons resultados que fazem do Biocor uma referência no Brasil e no exterior.

Em 2011, atento à crescente demanda da sociedade que confia no Biocor Instituto e procura cada vez mais os bons serviços da Instituição, teve início uma nova fase de seu projeto de expansão com a ampliação da sua capacidade operacional agregando mais 120 novos e modernos apartamentos, além da constante modernização tecnológica como, por exemplo, a nova tomografia 3D e os dois novos aparelhos de hemodinâmica digital de alta resolução.

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m médico com carreira de estado semelhante a de juízes e promo-tores. Um estudante de medicina com o conhecimento atestado no segundo, quarto e sexto ano de graduação. A aprovação de um projeto de lei para angariar mais recursos ao SUS e a gestão como

habilidade futura do novo profissional. Essas são as principais propostas do presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, no cargo desde outubro de 2011. Nascido em Crateús, Sertão do Ceará, o cirurgião oncológico formou-se em medicina e nunca voltou a sua cidade natal para exercer a profissão. “A mi-nha cidade não tem condição de me absorver como médico, sou cirurgião oncológico”, afirma. E é jus-tamente para levar médicos aos rincões do Brasil como Crateús, que a AMB propõe que os médicos tenham um planejamento com garantias trabalhistas, possibilidade de atualização e bons salários.

Durante a semana em que o Ministério da Educa-ção anunciou a abertura de 2,5 vagas em medicina e os protestos em oposição a Medida Provisória 568/2012, que propõe a redução em 50% nos salários dos profissionais servidores públicos, se intensi-ficaram, Cardoso conversou, por telefone, com a FH. Veja os principais trechos a seguir:

entrevista

Para o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, médicos devem passar por processo equivalente ao da OAB e ter carreira de estado semelhante a do judiciário. Entidade enfatiza a necessidade de mudança de salários e garantias trabalhistas, mas ainda enxerga o médico como profissional aquém da gestão

Médico de

U

“carteirinha”Maria Carolina Buriti • [email protected]

FH- A AMB é a favor de uma carreira de estado para os médicos. Dessa forma, in-centivaria os profissionais trabalharem em regiões do interior do País. Como seria essa carreira de estado na opinião da AMB? Florentino Cardoso: Temos grande concentração de médicos nas grandes cidades e capitais. Mas alguns municípios não conseguem médicos, mesmo com salários atra-tivos. Então, podemos concluir que o médico não está preocupado somente com o salário, mas, também, com as condições de trabalho, garantias trabalhistas e como ele pode se atualizar e se reciclar. Cito a carreira de estado do judiciário para comparar: os promotores e juízes têm um salário bom, eles vão para cidades pequenas sabendo que, depois de determinado tempo, podem migrar para uma cidade maior e têm a possibilidade de se atualizar e reciclar. Não é só salário, pois não há garantias traba-lhistas, pois, às vezes, combinam uma quantia e se paga menos. Carreira de estado é uma boa opção para colocar, de imediato, médicos em municípios que não os têm.

FH - Mas investir nas próprias regiões para que o médico não precise sair de sua região e estudar em grandes metrópoles é um ponto que vocês analisam?Cardoso: É uma opção. Não temos a fórmula mágica, mas sim várias alternativas. Nesse momento é preciso levar a medicina para vários municípios. Não achamos que é quantidade, pois o governo diz o tempo inteiro precisar de mais médicos, mas isso não é verdade. Brasília, por exemplo, tem 4, 2 médicos por mil habitantes e como é a saúde pública de lá? É caótica. O Rio de Janeiro tem 4 para mil e sabe-se como é a situação de saúde pública no Rio. Então, não é quantidade, isso, verdadeiramente, não é política de estado. Precisamos incentivar o médico para ir a esses lugares com um bom salário, com garantias trabalhistas e onde possam se atualizar e reciclar para, anos depois, migrarem para os grandes municípios, como os promotores e juízes.

FH- O mercado reclama da falta de mão de obra qualificada e também que os médicos ainda são poucos gestores. Qual é a posição da AMB sobre o assunto? Cardoso: Os médicos formados hoje não têm visão de gestão porque não faz parte do currículo deles. Qualidade adequada é o graduado ter uma visão bastante geral dos problemas de saúde, que ele possa, certamente, resolvê-los, de maneira bem geral, não com o foco em especialização, pois essa vem depois. Outra coisa interessante é

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Quem é: Florentino Cardoso

• Presidente da AMB - gestão 2011 - 2014

• Médico especializado em Cirurgia Geral e Oncológica

• Presidente da Associação Médica Cearense em três gestões, de 1999 a 2002, de 2002 a 2005 e 2008 a 2011

• Diretor de Saúde Pública da AMB, representante da instituição na Comissão Nacional Pró-SUS (2008 - 2011)

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quando se diz que há falta de médicos. São Paulo é onde se tem mais médicos no País e existem vários lugares da cidade que não se consegue colocar o profissional, pois quando ele chega lá, o risco de morrer e de ser assaltado é grande. São várias coisas que interferem. Mas não é só quantidade e formação do médico que defendemos, cada vez mais, um exame para avaliar o estudante de medicina até a formatura. Assim, só se ele fosse aprovado na avaliação é que teria como exercer a medicina. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) faz isso ao final do curso de Direito. Acreditamos que isso tenha que ocorrer no 2º, 4º e 6º ano, pois o curso de Medicina é integral e longo. Hoje o médico se forma e pode exercer a medicina em qualquer lugar e do jeito que quiser.

FH- Hoje o médico formado pode atuar como clínico–geral e como médico da família. Não seria necessária residência para essas áreas? Cardoso: A Clínica Médica e a Medicina de Família e Comunidade pertencem as 54 especialidades no País. O que nós re-comendamos é se faça residência após a graduação. Se o desejo da especialização é a medicina da família, então que ele curse Medicina da Família e Comuni-dade, se for Pediatria, então que a resi-dência seja nessa área, pois na graduação não formamos o médico para exercer a profissão na plenitude.

FH- Mas a residência obrigatória é uma proposta da AMB?Cardoso: Não. Não queremos que ela seja obrigatória porque não temos nem vaga para isso. Nós incentivamos que quem puder fazer, que faça. Pois, assim, a população será atendida melhor, e isso é o nosso foco. Defendemos vagas para todos os médicos formados. Se são 18 mil médicos formados por ano, então que exista vaga na residência médica para todos esses.

FH: Qual sua opinião sobre o currículo do médico atual? Você entende que tópicos de administração são funda-mentais para o profissional de hoje?Cardoso: Não há necessidade de gestão na graduação. Na gradua-ção, não. O que queremos é que o profissional se forme médico e, caso queira trabalhar em gestão, depois

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entrevista

sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

foque o conhecimento na gestão. Durante a formação do médico são dados alguns enfoques, mas o curso não prepara para que ele seja um gestor. A graduação é para formar o médico com visão geral das coisas, se ele quiser ser gestor depois, ele faz uma pós -graduação com este foco.

FH- Considerando o perfil demográfico da população brasileira com perspec-tivas de vida mais longa. Hoje temos apenas 922 médicos especializados em geriatria e, além de poucos, o número ainda enfrenta a desigualdade demo-gráfica. Como reverter esses números? Cardoso: Nós precisamos de mais mé-dicos e que os graduados em medicina percebam que isso é uma boa opção de especialização porque está mudando o perfil demográfico brasileiro.

FH- Mas diante das especialidades de alta complexidade e aquelas que pa-gam mais quando comparadas a ge-riatria não é atraente para os médicos?Cardoso: Sim, isso também existe, mas

são as leis do mercado. Se pagar bem, vai atrair mais pessoas. Se não pagar tão bem, atrairá menos.

FH- A AMB tem alguma proposta sobre esse assunto?Cardoso: A proposta é que o governo veja a forma de remu-nerar melhor o trabalho médico.

FH- Mas comparando o salário de um médico do Pro-grama de Saúde da Família (PSF) com o do médico que atende em consultório, por exemplo, o governo oferece um salário mais atrativo. Mas segundo os últimos dados do Conselho Federal de Medicina, os médicos estão mais na área privada ? Cardoso: Não, o salário do governo não é atrativo. A maio-ria dos governos (municipal, estadual e federal) paga ao médico por cerca de 20 horas de trabalho, algo em torno de R$ 3 mil. Por 40 horas, o pagamento está em torno de R$ 6 mil, essa é a média e não consideramos que seja um ótimo salário. A iniciativa privada paga melhor.

FH: Como colocar uma carreira de estado considerando a iniciativa privada?Cardoso: O estado precisa mais, pois ele precisa atender ex-clusivamente 150 milhões de habitantes pelo SUS, pois na área privada são 46 milhões de pessoas com plano ou seguro saúde. Precisamos sim, de muito mais médicos no sistema público do que no privado.

“AchAmos que o ideAl é R$ 9 mil poR 20 hoRAs de tRAbAlho e R$ 18 mil poR 40 hoRAs. esse é o piso sAlARiAl que defendemos”

FH: O MEC anunciou a abertura de 2,5 mil vagas para o curso de medicina. A intenção é chegar a 2,5 médicos por mil habitantes até 2030, hoje temos 1,9. Vocês apoiam essa abertura de vagas? Cardoso: Somos contra. Não queremos número e, sim, qualidade. Quando o governo diz precisar de 2, 5 mé-dicos por mil habitantes, nós damos o exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília que tem 4 médicos por mil pessoas. E como é a saúde pública nesses lu-gares? Os profissionais correm riscos, são mal pagos e ocorrem atrasos no salário. Como é que o governo vai abrir mais escolas em São Paulo e Minas Gerais, se já têm tantas? Eu pergunto para o governo: por que abrir escolas públicas, se ele não dá jeito em escola pública ruim? Cito o exemplo da escola de Macaé. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tem um campus em Macaé onde os estudantes fizeram greve (paralisação ocorreu em abril de 2012), pois não tiveram condições de ter aula lá. Você tem 10 escolas e não funcionam direito e vai abrir mais escolas? Coloca para funcionar direito as que já têm.

FH: Mas você mesmo disse que precisa mais médicos, não?Cardoso: Eu não disse isso. Disse que precisamos de mais médicos no sistema público. Mas nós temos mé-dicos no País. A primeira coisa que tínhamos de fazer é distribuí-los de maneira adequada. Pode ser que precise de mais médicos, mais quantos? E em que áreas? Em quanto tempo vamos formá-los? É importante não fazer as coisas atabalhoadas, eleitoreiras. Estamos em véspera de eleição, não é? FH: Esse é seu primeiro ano à frente da AMB. Quais são as principais propostas e desafios da entidade? Cardoso: Temos um projeto de lei, de iniciativa popular, e estamos colhendo assinaturas para que a União e o Governo Federal coloquem pelo menos 10% da receita corrente bruta na saúde pública. Os estados já são 12% e os municípios são 15%. Estamos ampliando nosso portal de informação técnico-cientifico de qualidade para possibilitar que os médicos se atualizem de onde estiverem. Defendemos a formação de qualidade; e somos contra revalidar automaticamente o diploma do médico formado fora do Brasil. Se quiserem estudar fora, tudo bem, mas têm que fazer a prova. Esse é o país sério e não pode ocorrer uma coisa dessas.

FH: Qual é o honorário reivindicado pela AMB, que vocês consideram justo até comparando com outros países?Cardoso: Achamos que o ideal é R$ 9 mil por 20 horas de trabalho e R$ 18 mil por 40 horas. Esse é o piso sa-larial que defendemos. Isso é um estudo do DIEESE feito pela Fenam. Há países que pagam mais, outros menos, mas achamos que isso é o ideal.

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Page 25: Revista FH - Ed. 200

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economia

O prOblema émão de obra...

m recente reunião, o chefe da UTI foi cate-górico: “não é o custo do equipamento que encarece, é o da mão de obra. Se não pagar R$

1.000 por plantão de 12 horas, não aparece médico para trabalhar”.

Uma conta rápida mostra que a remuneração por hora sairia por R$ 83,33.

Então, se você estiver na UTI e sofrer uma parada cardíaca, procedimento que leva aí de 30 a 40 minu-tos em média para ser resolvido — para um lado ou para outro — o médico de plantão irá receber entre R$ 41,66 e R$ 55,55 para tentar salvar sua vida.

Parafraseando aquele apresentador de TV, “tá bom pra você?”

Mas não para por aí. O autor da medida provi-sória 568/2012 acha que os médicos dos serviços públicos federais ganham demais. Para aqueles do chão de fábrica, que atendem nos ambulatórios e hospitais do SUS, a partir de 1º de julho de 2012, o piso de remuneração mensal será reduzido à metade — não, você não leu errado — para R$ 1.242,41 por 40 horas semanais, e para R$ 621,21 para 20 horas semanais.

Por esse valor, nem mesmo os médicos que se pre-tende “importar” aceitarão trabalhar, quanto mais nos rincões distantes dos grandes centros.

A população tem direito ao atendimento de saúde de qualidade, mas é importante que saiba quan-to recebem os profissionais responsáveis por esse atendimento. No serviço público, muitos vivem atualmente em situação de pré-indigência, que tende a piorar, isso sem falar nas precaríssimas condições de trabalho.

Só noS ServiçoS públicoS?A cultura secular de casa grande e senzala ainda

impera no ambiente da saúde, transformando-a em

indústria de segunda classe. Em sua cadeia produtiva, dá-se maior importância a instalações e equipamen-tos, pondo de lado a importância do capital humano. Sim, capital humano, fator de produção e gerador de valor econômico, de riqueza.

Lemos na mídia que vultosos investimentos serão feitos por hospitais privados em ampliação de ins-talações e modernização de equipamentos, que os planos de saúde conseguiram expressivo aumento de faturamento sobre o exercício anterior, que o go-verno planeja gastos elevados na melhoria do acesso e do atendimento, mas não se mencionam gastos com pessoas.

São as pessoas que fazem a diferença — e só salários não bastam, como mostram os estudos de Abraham Maslow sobre a hierarquia das necessidades humanas. Vejam também como os formandos dos melhores cursos

de economia, engenharia de produ-ção e administração não procuram colocação na indústria da saúde, buscam outras áreas que oferecem melhores perspectivas de carreiras, de realização pessoal, satisfação profissional e remuneração.

Mas a indústria da saúde ainda não se deu conta disso. Pesquisa realizada para revelar as melhores empresas para se trabalhar no Brasil tem apenas um nome relacionado à cadeia produtiva da saúde, na área de diagnósticos.

Se o Brasil alçou à condição de 6ª maior economia mundial, também foi pela contribuição do complexo industrial da saúde, de mais de 8% do PIB. Mas é preciso partilhar essa riqueza criada entre os seus protagonistas, aqueles que, de fato, contribuíram para a sua expansão. E isso envolve a iniciativa privada e também o governo, que tem no enorme crescimento de sua arrecadação tributária, razão mais do que suficiente para partilhar essa riqueza com seus ser-vidores da área da saúde, tão esquecidos.

A culturA seculAr de cAsA grAnde e senzAlA AindA imperA no Ambiente

dA sAúde, trAnsformAndo-A em indústriA de segundA clAsse

E

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Maria Cristina aMoriMeconomista, professoratitular da puc-sp

Eduardo PErillomédico, mestre em administração, doutorem história econômica

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Page 27: Revista FH - Ed. 200

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Page 28: Revista FH - Ed. 200

panorama

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Guilherme Batimarchi • [email protected]

Neste mês de junho, a Revista FH chega a 200 edições. Veja nas próximas páginas alguns dos principais fatos que marcaram a história da saúde brasileira e internacional

200 edições de

históriara 1992. O Brasil passava por transformações políticas e eco-nômicas. Nas ruas, além dos “caras pintadas” que ecoavam o “Fora Collor”, as transações

eram feitas em cruzeiros. No Rio de Ja-neiro acontecia a Rio 92 e, em Barcelona, na Espanha, os Jogos Olímpicos.

Depois de eleger Fernando Collor de Mello, primeiro Presidente da Repúbli-

ca eleito por voto direto após o Regime Militar, o País vivia a decepção de assistir o seu impeachment depois de uma série de escândalos políticos e fracassos econô-micos. Neste cenário, a Revista FH dava seus primeiros sinais de vida, aparecen-do como um encarte da revista Guia de Fornecedores Municipais, que circulava na extinta Expo Saúde.

Mais tarde, o Brasil dizia adeus à in-

flação com a adoção do Real. Fernando Henrique Cardoso era o novo Presidente da República e o futebol brasileiro con-quistava o tetracampeonato. Era 1994, surgia a primeira edição da revista FH, originalmente com o título Guia de For-necedores Hospitalares.

De lá para cá, duas décadas de acon-tecimentos: o 11 de setembro e a guerra declarada ao terror, o mapeamento do

genoma humano e a crise econômica mundial iniciada em 2008 – cujos abalos ainda persistem. Por aqui, ocorreram a criação da ANS e da Anvisa, chegaram os genéricos, a política de combate ao cigarro, a eleição da primeira mulher à presidência

do País. Muitas foram as mudanças no Brasil e no mundo - inclusive na saúde -, testemunhadas pela FH - ávida por per-seguir informações relevantes para o líder do setor e, dessa forma, contribuir para o desenvolvimento do sistema. Neste mês

de junho, a revista chega a 200 edições. Veja nas próximas páginas alguns dos fa-tos mais marcantes da história da saúde brasileira e internacional.

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O Poder Legislativo aprova a Lei 8489/92, que regulamenta a reti-rada e transplante de ór-gãos, tecidos e partes do corpo humano com fins terapêuticos e científicos.

Na América Latina é realizada a Conferência Internacional de Pro-moção da Saúde, trazendo formal-mente o tema para o contexto sub--regional. Na ocasião foi elaborada a Declaração de Santafé de Bogotá, com 11 compromissos, dos quais os principais eram: impulsionar o conceito de saúde, convocar as for-ças sociais para aplicar a estratégia de promoção da saúde e incentivar políticas públicas.

É aprovada a Lei 8.689 que extingui o Instituto Nacional de Assistência Médica da Pre-vidência Social (Inamps).

Brasil consegue erradicar a po-liomielite e recebe o certificado da Organização Mundial da saúde (OMS) pelo mérito.

Nasce a Revista Guia de Fornecedores Hospitalares, publicação pioneira no seg-mento de saúde brasileiro.

É criado, pelo Governo Federal, o Programa Saúde da Família (PSF), como estratégia do Ministério da Saúde para a reorientação dos ser-viços de atenção básica à saúde. No início do programa, apenas 55 municípios eram contemplados por 328 equipes compostas por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro agentes comunitários.

Sob a gestão do ministro Jatene é criada a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que entraria em vigor em 1997. O objetivo inicial do novo imposto era suprir a falta de recursos da pasta da saúde após a extinção do Inamps.

É assinado o Tratado de Maastricht que estabeleceu a cria-ção da União Euro-peia, composta por 27 países. No texto assinado pelos paí-ses membros está o estabelecimento de normas comuns de segurança para a saúde pública.

Pesquisadores da Duke University provam que cirurgias entre espéci-mes é possível, após transplantar corações de porcos alterados geneti-camente para babuínos. O estudo possibilitou que, anos depois, a me-dula de um símio fosse transplantada para um paciente com Aids

Explode a epidemia de Ebola no Zaire, matando 90% das pessoas infectadas pelo vírus.

Edward Lewis, Eric Francis Wies-chaus e Christiane Nüsslein-Vo-lhard receberam o Nobel de Fisio-logia/Medicina por demonstrarem que todas as faculdades das células são formadas em última instân-cia por seu fator hereditário. Isso possibilitou que outros cientistas entendessem o segredo do desen-volvimento embrionário.

1992

1992

1995

1994

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1993 1994 1995

Adib Jatene (foto) é nomeado ministro da Saúde no governo de Fernando Collor de Melo. Após um momento conturbado na política, o ano termina com o impeachment do presidente Collor e o então vice-presidente Itamar Franco assume a pre-sidência. Para a pasta de Saúde é nomeado Jamil Haddad, que tem como principais objetivos: a fabricação de remédios mais baratos nos laboratórios oficiais e uma nova proposta de am-pliação do orçamento para a Central de Medicamentos (Ceme). Em seu legado destacam-se a criação de farmácias populares para a venda de medicamentos produzidos pelas faculdades de farmácia e a implantação do SUS em 400 municípios.

Vai e vem na pasta da Saúde. Após a saída de Jamil Haddad, em agosto, passaram pelo ministério Saulo Pinto Moreira, que assume interinamente por 10 dias até a posse de Hen-rique Antônio Santillo.

É aprovada a Norma Ope-racional Básica 01/93, que regulamenta o processo de descentralização da gestão dos serviços e ações na es-fera do Sistema Único de Saúde (SUS).

Adib Jatene, que já havia co-mandado a pasta de fevereiro a outubro de 1992, assume no-vamente o Ministério da Saú-de, desta vez, nomeado pelo novo presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

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19971996 1998

1996

1998

1997

Governo brasileiro aprova Lei Fede-ral 9.313 que garante a distribuição gratuita e universal de medicamen-tos para o tratamento de HIV /Aids

Jatene deixa o ministério da Saúde e quem assume é José Carlos Seixas. Ele já tinha ocupado os cargos de secretário-executivo e secre-tário-geral do ministério da Saúde. No final do ano Sei-xas é substituído por Carlos César de Albuquerque.

Por meio da portaria 2.268, o ministério da Saúde determina que a doação de órgãos é compulsória. O cidadão que não estivesse de acordo com a medida deveria solicitar um carimbo no documento de identidade informando que não seria doador.

A Lei 9.431 determina a manutenção de programas de controle de infecção hos-pitalar em todos os hospitais brasileiros. A criação deste projeto foi motivada pela morte do Presidente da República, Tan-credo Neves, em 1985, em decorrência de uma infecção hospitalar, adquirida durante uma cirurgia de hérnia.

Começa o Movimento Nacional por uma Sociedade sem Manicômios, que marcou o início da luta antimanicomial no País.

Fernando Henrique Car-doso (foto) é reeleito e nomeia José Serra como ministro da Saúde.

É criada a primeira Organização Social de Saúde (OSS) no Estado de São Paulo. Na capital paulis-ta, o Hospital Santa Marcelina assume a gestão do Hospital Itaim Paulista.

É criada a lei dos planos de saúde. A Lei 9.656 é responsável por reger as relações jurídicas entre se-guradora e beneficiário, ação que antes era regulada pelo Código de Defesa do Consumidor.

O SUS completa uma década e avança nas políticas públicas de atenção e acesso à saúde.

A medicina avança no campo da genética e é clo-nado o primeiro animal da história, a ovelha Dolly.

É realizada na Bél-gica a primeira ci-rurgia robótica no mundo com o robô cirurgião da Vinci.

Nos EUA, o FDA aprova o Viagra para ser utilizado no tratamento de impotência mas-culina, tornando-se o primeiro medicamen-to aprovado para tratar esta doença no país.

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20001999

1999

2000É aprovada a Lei 9787-99,

que define a criação dos medicamentos genéricos sob a fiscalização da Vigi-lância Sanitária. Ela foi cria-da a partir do projeto 2.020, apresentado à Câmara dos Deputados em 1991.

É criada a Organização Nacional de Acreditação (ONA), que já certificou mais de 150 hospitais.

A Lei nº 9.782 define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvi-sa). A agência regulatória trouxe para a vigilância sanitária a vinculação ao Sistema Nacional de Saúde.

É promulgada pelo Congresso Nacional a Emenda Constitucio-nal 29 (PEC-29), que vincula verbas Federais, Estaduais e Municipais para o setor da saúde e estabelece metas para o aumento dos repasses a serem atingidas até 2004.

É apresentado pela Unicamp, o primeiro coração 100% artificial do País.

Dois anos após a criação da Lei 9.656 dos planos de saúde surge a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável por monitorar e regular o setor privado de serviços de atenção à saúde.

No campo da genética, o Instituto Ludwig e a Fa-pesp atingem a marca de 1 milhão de sequências de genes de câncer.

Desenvolvimento da As-pirina completa cem anos. O medicamento é o mais consumido no mundo e usado como analgésico, anti inflamatório, anti pirético e anti plaquetar.

Cientistas da Grã-Bretanha e Es-tados Unidos apresentam os pri-meiros esboços do mapeamento completo do genoma humano.

Entre as oito metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), batizados de Objetivos do Mi-lênio, três são relacionadas à saúde: reduzir a mortalidade infantil, me-lhorar a saúde materna e combater o HIV/AIDS, malária e outras doenças.

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20022001

2002

2003

Grupo financeiro holandês ING assume 49% das ações da Sul-América Saúde e Previdência ao adquirir a seguradora norte americana Aetna, acionista da operadora brasileira.

A IT Mídia adquire, da Editora Guia, o título Guia de Fornecedores Hospi-talares, que mais tarde passaria por sua primei-ra reformulação editorial, levando mais conteúdo ao setor de saúde.

Após assumir a Presidên-cia da República, Luiz Inácio Lula da Silva (foto) nomeia Humberto Costa como ministro da Saúde. Sob sua gestão é criado o Serviço de Atendimen-to Médico de Urgência (SAMU), que possui co-bertura nacional.

Governo Federal e Ministé-rio da Saúde lançam o Ser-viço de Atendimento Mó-vel de Urgência (SAMU).

Ministério da Saúde assina acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) para a produção nacional da vacina tríplice.

Durante a Assembleia Mundial de Saúde, promovida pela OMS, os países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), representados por seus ministros da Saúde, destacaram a impor-tância da transferência de tecnologia entre países em desenvolvimento e o papel dos medicamentos genéricos para garantir o direito universal à saúde.

É feito o primeiro rascunho do genoma humano, que possui cerca de 27 mil genes.

2001

É criada a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável por promover saneamento básico e cuidar da assistência à saúde das populações indígenas.

A Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) é criada durante o 1º Fórum Top Hospital, realizado em Brasília. Formada inicialmente por 23 hospitais, seu primeiro presidente foi Reynaldo Brandt, também presidente do conselho deliberativo da Sociedade Be-neficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

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20042003

2004

É promovida a pri-meira edição do Saúde Business Forum pela IT Mídia.

A Dix, operadora de saúde carioca, fundada em 1997, adquire a Amico e leva uma carteira de benefi ciários de 400 mil vidas. A aquisição teve um impacto tão grande na empresa que ela passou a se chamar Dix Amico.

É lançado o portal Saúde Business Web, concentrando notícias de todos os elos do setor sob um único portal.

Brasil, China, Rússia, Ni-géria, Ucrânia e Tailândia criam uma rede para a produção de medicamen-tos genéricos para a Aids. O projeto também prevê a troca de tecnologia para a produção de preservati-vos e exames para detec-ção do vírus HIV.

Ministério da Saúde lança política nacional de hu-manização do SUS, que defi ne que todo paciente tem direito de saber quem são os profi ssionais de saúde que o atendem, redução das fi las com acolhi-mento e avaliação de riscos e direito a acompanhante durante internação e consultas.

Dasa se torna a primeira empresa de saúde bra-sileira a abrir capital na bolsa de valores.

Governo Federal cria o Programa Farmá-cia Popular do Brasil que visa ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre a população. O pro-jeto possui rede própria de Farmácias e parcerias com drogarias da rede privada.

O Projeto Genoma Humano é fi na-lizado com 99% do DNA sequen-ciado. A partir das informações obtidas com a decodifi cação será possível desenvolver novos medi-camentos e prevenir doenças pre-dispostas como câncer e Alzheimer.

Brasil assume o comando da missão de paz da Organização das Nações Unidas (Minustah/ONU), no Haiti, para manutenção da paz na região e ajuda humanitária após o terremoto que matou mais de 300 mil pessoas. Em conjunto com Cuba o País tam-bém trabalha para a reconstrução do sistema de saúde haitiano.

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2005 2006

Relatório da OMS sobre a situação da saúde no mundo revela que défi -cit de médicos chega a 4,3 milhões de profi ssionais.

É aprovada a primeira vacina contra o HPV

É realizado, na França, o primeiro transplante facial do mundo.

A gripe aviária surge na Ásia. No primeiro ano de epidemia, foram registrados cerca de 177 casos de H5N1 em países asiá-ticos e africanos com aproximadamente 98 mortes.

2006 Por meio da portaria

1721/05 é instituída a Política de Estrutu-ração e Contratuali-zação dos Hospitais Filantrópicos.

Governo Federal decreta estado de calamida-de nos hospitais públicos do Rio de Janeiro e inicia intervenção nas instituições.

ONA certifi ca a primeira Santa Casa do País. Após um pro-cesso que se iniciou em 2002, com a reforma física e a criação de novas instalações, a Santa Casa de São José dos Campos tornou-se a primeira Santa Casa do Brasil a receber a acre-ditação nível 1 da ONA. O valor total dos investimentos foi de R$5 milhões, concedidos pelo BNDES.

Oito meses após assumir a pasta, ministro Saraiva Felipe deixa o cargo na substituído por Agenor Álvares (foto), que antes era secretário-executivo do ministério da Saúde.

É estabelecido o Pacto de Gestão, documento que estipula responsabili-dades sanitárias para União, Estados e Municípios, e defi ne as diretrizes de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), entre elas a descentralização, regionalização e fi nanciamento e regulação.

2005 É instaurada a CPI dos

Sanguessugas após o Mi-nistério Público denun-ciar o envolvimento do então ministro da saú-de Humberto Costa. O executivo deixa a pasta em julho do mesmo ano. Durante as investigações também foram citados os nomes dos ex-ministros da Saúde: José Serra, Jarbas Negri e Saraiva Felipe. A comissão foi encerrada após concluir que não havia provas su-fi cientes contra nenhum dos investigados. Mesmo com o suposto envol-

vimento na máfi a dos sangues-sugas, Saraiva Felipe (foto) assume o Ministério da Saúde.

Por meio da portaria 1721/05 é instituída a Política de Estruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos.

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20082007

2007

2008

Amilpar inicia operações na bolsa de valores. Com oferta de ações, operadora captou R$1,2 bilhão.

Após reeleição, Lula nomeia José Gomes Temporão como ministro da Saúde.

É enviado ao Congresso o Projeto de Lei Com-plementar que propõe a criação das Fundações Estatais de Saúde.

É extinta a CPMF.

Amil compra Hospital San-ta Lúcia por R$60 milhões e inicia operações na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Emenda 29 é aprovada no Se-nado. Projeto é encaminhado para Câmara dos Deputados.

O Sistema Único de Saúde (SUS) completa 20 anos, e o problema do subfinanciamento continua.

O Rio de Janeiro sofre com a maior epi-demia de dengue, que causou a morte de 54 pessoas contaminou cerca de 43 mil. Para auxiliar no atendimento às vítimas, o exército brasileiro montou hospitais de campanha em toda a cidade.

Samcil compra Hospital e Maternidade Assunção, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.

Surto de febre amarela causa caos nos postos de vacinação em todo o País.

Brasil aprova o uso de células tron-co embrionárias em pesquisas.

Por meio da MP 446 é criado o conjunto de sete hospitais de ex-celência pelo Ministério da Saúde, formado por: Albert Einstein, H--Cor, Samaritano, Sírio Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Moinhos de Vento.

Ministérios da Saúde, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior lançam as bases do Complexo Industrial de Saúde.

Grupo Fleury anuncia a com-pra do Centro de Medicina Diagnóstica Campana.

A candidata chinesa Mar-garet Chan é designada diretora-geral da Organi-zação Mundial de Saúde (OMS). A escolha da nova diretora ocorreu em decor-rência da morte do ex-di-retor-geral Lee Jong-wook em maio do mesmo ano.

O candidato democrata à Casa Branca, Barack Oba-ma, vence as eleições nos EUA. Um dos principais programas de sua campa-nha é fazer a reforma no sistema americano de saú-de, que contemplaria mais 50 milhões de pessoas que não têm direito à assistência médica no país.

Lançado em janeiro o Google Health, registro de saúde on line.

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20102009

Países membros do G8 destinarão US$ 7,3 bilhões para países pobres. Medida pretende auxiliar estas na-ções a atingirem as Metas do Milê-nio, da OMS. Batizada de Iniciativa Moskoka, G8 contará com auxílio financeiro também da Holanda, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Fundação Gates e Fundação das Nações Unidas. A Casa Branca anunciou um aporte à iniciativa de US$ 1,3 bilhão.

Edson Bueno (foto) passa a ser o maior acio-nista individual da Dasa. Nesse mesmo ano, o laboratório emite R$ 1,83 bilhão em ações para imcorporar MD1, empresa de diagnóstico por imagem. Títulos foram utilizados para substituir os papéis da MD1 como parte da incorporação.

Grupo Fleury com-pra Labs D´Or por R$1 bilhão e passa de 29 para 85 la-boratórios no Rio de janeiro. Esta é a maior aquisição do grupo em 84 anos.

2010

Brasil dá um passo à frente na gestão das unidades públicas de saúde. O governador da Bahia, Jaques Wagner (dir.), e o secretário de saúde, Jorge Solla (esq.), estabeleceram a primei-ra Parceria Público-Privada (PPP) do setor. O Hospital do Subúrbio recebeu investimentos de R$ 100 milhões e é inaugurado em agosto do mesmo ano.

Eurofarma anuncia a compra de 100% do capital da Segmen-ta, fabricante de produtos hospitalares e líder na categoria de soros, e cria a Eurofarma Segmenta. O valor da operação não foi revelado. Operação reforça atuação da empresa no segmento hospitalar na área pública e privada.

2009

Brasil começa a produzir me-dicamentos contra a Aids. Farmanguinhos, da FioCruz, e Lafape foram os laboratórios responsáveis pela produção do genérico do Efavirenz, usado no tratamento da doença.

Fleury inicia operações na bolsa de valores. O grupo fe-chasse 2009 com um valor de mercado de aproximadamente R$2,5 bilhões.

Amil assume controle acionário da Medial. Operadora comprou 51,9% das ações por R$ 612,5 milhões. Após aquisição, participação da operadora no mercado de saúde suplementar brasi-leiro passa de 7,9% para 15,1%.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2009, foram registrados 70.893 casos confirmados de influenza A (H1N1), ou gripe suína, em 116 países. Ao todo, 311 pessoas morreram vítimas da doença.

OMS declara que o surto de gripe A, en-contra-se em estado de pandemia, sendo a 1º do século XXI e do 3º milênio

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20122011

2012 Após muitas especulações

no mercado, Rede D´Or São Luiz assina memoran-do de compra do Hospital Nossa Senhora de Lour-des, em São Paulo. Valor da aquisição estimado em R$300 milhões.

Alert e Benner anunciam joint venture. Empresa nasce com um faturamento de R$115 milhões e pretende atingir R$300 milhões em três anos.

Rede D´Or São Luiz, de Jorge Moll, compra os Hos-pital Santa Luzia e o Hospital do Coração do Brasil, em Brasília, e inicia operações também na região Centro-Oeste do País.

MSD forma joint venture com Cristália e Eurofarma. A Supera RX com o objetivo de incorporar 60 medica-mentos em cinco anos. Nasce a Bionovis, associação da Aché Laboratórios Farmacêuticos, EMS Participações e União Química Farmacêutica Nacional com o principal foco nos produtos biotecnológicos

Rio + 20 coloca em pauta a saúde. Temas como a cober-tura universal, já abordado na Rio 92, resíduos sólidos e a produção da economia verde são discutidos.

OMS alerta sobre o perigo das su-perbactérias. Segundo a entidade, os micro-organismos resistentes não são um problema novo, porém estão se tornando perigosos e ameaçam vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer e o transplante de órgãos.

2011 Após a morte de seu

fundador Luiz Roberto Silveira Pinto, a Samcil é comprada pela Gre-enline. A operadora paulista devia R$700 milhões, sendo R$200 milhões para credores e fornecedores e R$500 milhões em impostos.

Com a expectativa de fortalecer sua atuação no segmen-to de luxo, Amil compra Lincx por R$170 milhões.

Em junho de 2011, a revista Fornecedo-res Hospitalares engloba o conteúdo da publicação Saúde Business para formar a revista FH. A publicação nasce com o propósito de levar conteúdo relevante de todos os elos da cadeia de saúde.

Em 29 de junho de 2011, a Quali-corp faz a oferta pública de ações (IPO). O valor da captação (pri-mária) foi de R$337 milhões, líqui-do do valor da comissão e outros gastos correspondentes

Dilma Rousseff é eleita e no-meia Alexandre Padilha (foto) para assumir a pasta da Saúde durante seu mandato.

É aprovada na Câmara dos Deputados, em Bra-sília, a Lei Complementar que regulamenta os gastos públicos para o setor de saúde, a Emenda 29.

Rede D´Or surpreende o mercado de saúde e compra o Hospital São Luiz por R$1 bilhão, sendo 72% do valor à vista e 28% pagos em cinco anos. Operação consolidou a entrada do grupo em São Paulo, que no mesmo ano já tinha adquirido os Hospitais Brasil e Assunção na região metropolitana de São Paulo

Pfizer anuncia a compra de 40% das ações da brasileira Teuto. Investimento da multinacional americana chegou a R$400 milhões e pretensão é assumir o controle acionário da farmacêutica a partir de 2014.

Rede D´Or fecha parceria com o grupo BTG Pactual, de André Esteves (foto), para investimentos em novas aquisições. O for-mato da associação foi a subscrição de debêntures conversíveis em ações da Rede D´Or pelo grupo de investimentos por intermédio de sua área de merchant banking, voltada para investi-mentos produtivos.

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GESTÃO

A GESTÃO DACOMUNICAÇÃO

título deste artigo tem tudo a ver com este nú-mero especial da Revista Fornecedores Hospita-lares. São 200 edições e isso merece uma grande

comemoração. Em mais de 18 anos de circulação no País, certamente, a FH já alcançou a maioridade em comunicação como instrumento de difusão de notícias, descobertas e informações na área da saúde. Quantas novas tecnologias foram anunciadas? Casos de gestão difundidos? Experiências bem sucedidas divulgadas? Parabéns à FH e a todos que fazem desta publicação indispensável para os players do mercado de saúde.

E já que estamos falando sobre comunicação, pareceu--me oportuno abordar neste artigo a comunicação em-presarial e de que forma esta ferramenta gerencial tem sido utilizada nos serviços de saúde.

Comunicação é a palavra que está na moda. Comunicação é o grande apelo, que convivemos diariamente na leitura dos jornais, na escuta do rádio e no acompa-nhamento da televisão, afora sites, e-mails e outros tantos canais. Esta é a nossa realidade. E os serviços de saúde também estão aproveitando este apelo. Alguns estão, inclusive, usando diferentes mídias para anunciar seus produtos e serviços, mas isso é apenas uma das funções da comunica-ção. Será que seus dirigentes sabem o verdadeiro sentido e valor da comunicação?

Quantos sabem que muitos clientes são conquistados a partir da satisfação de seus funcionários? Que uma das melhores mídias ainda é a divulgação praticada pelos stakeholders envolvidos direta e indiretamente com o serviço e ou produto? Este, sem dúvida, é um excelente tema para refl etirmos e, assim, homenagearmos a FH pela edição comemorativa de seu número 200.

A comunicação é uma ferramenta para ajudar a empresa a construir e fortifi car sua identidade como corporação sólida, que inspire e transmita confi ança, que seja séria e transparente. Aliás, um dos princípios da Governança Corporativa do Código das Melhores Práticas de Governança, editado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é a transparência. Traduzindo: “Mais relevante ainda do que a obrigação

de informar é o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis e regulamentos”.

A pergunta que não quer calar: quantas instituições de serviços de saúde adotam de verdade este princípio? Quem tem, de fato, a noção clara de que um grande par-ceiro da comunicação de sua empresa é justamente seu funcionário e que quanto mais informações ele tiver de sua empresa, mais ele a propagará. Logo, a comunicação interna é tão importante e necessária quanta a externa.

A organização que não é efi ciente e efi caz na sua comunicação interna, que esconde e/ ou omite infor-mações de seus funcionários, jamais terá neles aliados na divulgação positiva da empresa. Funcionários des-contentes e mal informados geram prejuízos enormes

para às organizações.Normalmente quando o diagnós-

tico levantado é a má comunicação interna, algumas empresas contra-tam profi ssionais de comunicação sem que o corpo diretivo tenha cla-ro em que consiste um sistema de comunicação cujas funções são de

relevância estratégica no campo econômico-fi nanceiro, social, ambiental e político e que necessariamente pre-cisam estar absorvidos pelos dirigentes.

Além disso, a comunicação deve atuar de forma inte-grada: institucional, comercial e interna. Muitos exemplos existem onde empresas investiram massivos recursos em campanhas de atendimento diferenciado e qualidade de seus serviços e produtos, mas se esqueceram de preparar seus funcionários e amargaram enorme fracasso. É como se a organização investisse milhões em uma ferramenta de Costumer Relationship Management (CRM) sem, antes, incutir em seu corpo de colaboradores a impor-tância do bom relacionamento entre pessoas.

A comunicação é uma poderosa ferramenta à disposi-ção do gestor. No entanto, para que atinja os resultados desejados, não pode ser usada de forma amadora. Co-municar bem é muito mais do que informar. É participar. É envolver. É comprometer. Você já adotou esta cultura em seu serviço de saúde?

COMUNICAR BEM É MUITO MAIS DO QUE INFORMAR. É PARTICIPAR. É ENVOLVER.

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sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

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RECURSOS HUMANOS

COMO ESTÁ

O MERCADO?atisfeitos ou insatisfeitos. Engajados ou simples-mente fazendo parte de um time. Estimulados ou preocupados. Desafi ados e com projetos novos

ou mantenedores. Em momento de economia aqueci-da, mercado demandante, investimentos sustentáveis e perspectivas de crescimento acelerado, dez em cada dez executivos questionam: como está o mercado?

O interessante deste questionamento é a forma unilateral como o interlocutor o faz. Na maioria dos casos, o interesse está em escutar o ponto de vista sobre o mercado de uma perspectiva mais ampla, quais as tendências, as oportunidades mais quentes, as possíveis armadilhas. Até aqui, nada de anormal. Entretanto, nota-se uma despreocupação em desafiar os insigths e buscar traduzi-los em reais aprendiza-dos ou, ao menos, em questionamentos que poderão ajudar no seu desenvolvimento.

Em conversas recentes com algu-mas das lideranças mais seniores do mercado, muitos questionaram o real interesse dos executivos em considerar as oportunidades que o mercado oferece. A preocupação, na visão destes líderes, estava direta-mente associada à capacidade de os executivos compre-enderem que as demandas futuras trazem implicações que, invariavelmente, impõem uma nova dinâmica na relação profi ssional e no perfi l deste executivo. Além disto, para alguns, a percepção é de que os profi ssionais estavam pouco preocupados em entender e alavancar suas virtudes e, principalmente, incorporar e desenvol-ver novas atribuições e características de liderança no complexo ambiente de negócios. O foco, muita vezes, se resume no papel que será exercido e no valor da remuneração e incentivos a longo prazo.

O desafi o, portanto, é que as corporações usem o es-paço que existe para se engajarem em conversa genuína sobre os desafi os, as oportunidades e as expectativas. E, acima de tudo, explorar e revelar com clareza a sua proposição de valor, o conjunto de atributos e estímu-los - elementos de cultura, ambiente da organização,

características das lideranças existentes, isso sem falar no the dark side. Tudo isso fará a diferença, tornando-se vantagens competitivas imbatíveis que somente este ambiente (e organização) pode oferecer.

Por outro lado, sobre a perspectiva do executivo, o profi ssional deve explorar com mais intensidade quão alinhados estes estímulos e características da organização estão às suas perspectivas e motivadores profi ssionais. Deparamos continuamente com muitos executivos que se aventuram em projetos aparentemente estimulantes, com propostas comerciais atraentes, mas que se mostram volúveis e, muitas vezes, desconectados do propósito inicial. Um dado curioso é que quando perguntamos aos que sucederam nesta empreitada, o fator remuneração não foi citado entre os três principais elementos para a tomada de decisão.

O “auto-conhecimento” de ambos os lados pode ser uma chave im-portante neste processo. Atualmente existem mecanismos e instrumentos de elevada sofi sticação que permi-tem tanto as organizações quanto as pessoas a obterem um diagnóstico muito preciso destas dimensões. E,

invariavelmente, auxiliam uma tomada de decisão me-nos arriscada, que maximize a probabilidade de sucesso no longo prazo.

A mensagem fi nal para as empresas e para os execu-tivos é que a chave está em estarmos continuamente abertos a entender e a incorporar as mudanças contínuas e o novo. Entender que estruturas matriciais, complexi-dade dos negócios, marcos regulatórios e o impacto dos contextos macroeconômicos, questões de compliance, imprevisibilidade e ambigüidade e gerenciamento de confl itos fazem parte da agenda de qualquer organiza-ção e líder. Ao buscar lideranças com alta agilidade de aprendizagem, é preciso questionar se as organizações também são ágeis o sufi ciente para aprender e, princi-palmente, a se reinventar.

Em tempo, a minha resposta para o executivo sobre a pergunta é: como você está para o mercado?

A MENSAGEM FINAL PARA AS EMPRESAS E PARA OS EXECUTIVOS É QUE A CHAVE ESTÁ EM ESTARMOS CONTINUAMENTE

ABERTOS A ENTENDER E A INCORPORAR AS MUDANÇAS CONTÍNUAS E O NOVO

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sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

RODRIGO ARAÚJOSócio-Diretor Sênior responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde da Korn/Ferry

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S a ú d e B u S i n e S S S c h o o lO s m e l h O r e s c O n c e i t O s e p r á t i c a s d e g e s t ã O , a p l i c a d O s a O s e u h O s p i t a l

m ó d u l O 0 6

Terceirizaçãode Ti em HospiTais

patrocínio:

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saúde business school

i n t r o d u ç ã odepoiS do SuceSSo doS primeiroS Saúde BuSineSS School, continuamoS com o projeto. eSte ano, falaremoS SoBre tecnoloGia da informação em Saúde

na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro ano do projeto saúde Business school o tema tecnologia da informação em saúde. ainda que exista literatura sobre o tema, a nossa função aqui é construir um manual prático para a geração de um ambiente de tecnologia hospitalar mais seguro, que auxilie e oriente às equipes

o projeto envolve oS SeGuinteS temaS:

módulo 1 - infraestrutura de ti nos hospitais

módulo 2 - O papel do ciO

módulo 3 - governança de ti nos hospitais

módulo 4 - erps

módulo 5 - segurança dos dados

módulo 6 - terceirização de ti em hospitais

módulo7 - prontuário eletrônico

módulo 8 - a integração entre engenharia clínica e ti

módulo 9 - ris/ pacs

módulo 10 - gestão dos indicadores

módulo 11 - mobilidade nos hospitais

módulo 12 - cloud computing

na organização de seus departamentos de ti e na interação da área com os stakeholders.em cada edição da revista Fh, traremos um capítulo sobre o tema, escrito em parceria com médicos, professores, consultores e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo para você. Os capítulos, também estarão disponíveis para serem baixados em nosso site: www.saudeweb.com.br

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enrico de vettori

terceirização de ti em hoSpitaiS

a Tecnologia da informação (Ti) se tornou essencial para as operações de qualquer organização, seja ela do setor privado ou público, com ou sem fins lucrativos, independente de seu porte. as estratégias de negócios es-tão cada vez mais dependentes da Ti, de modo que as preocupações com a responsabilização pelo uso dos recursos, gestão de níveis, custos e riscos relacionados aos seus serviços e o valor agregado ao negócio tornaram-se foco de atenção do mercado.identifica-se atualmente o momento mais propício à utilização de Ti como agente facilitador de gestão de processos. o avanço de ferramentas para esse intuito ocorrido nos últimos anos aponta cada vez mais para a necessidade de integração entre recursos, com o objetivo de gerir resulta-dos mais rápidos, específicos e eficazes.Questiona-se a relevância do assunto a partir da primeira premissa, um sistema adequado e funcional para a instituição contratante. alguns pon-tos devem ser considerados nessa avaliação como, ferramentas disponi-bilizadas, recursos capacitados no manuseio do sistema, gestão por indi-cadores, controle financeiro, etc. os dados obtidos através da utilização do software devem ser esclarecidos para verificar a compatibilidade dos resultados requeridos.antes da compra ou implantação de um sistema, a empresa deve enxergar com clareza a estratégia e os processos de negócio. o nível de maturidade do hospital deve ser analisado levando em consideração diversas áreas, de maneira integrada, tais como: finanças; operações; produtividade de funcionários e colaboração; e infraestrutura de Ti. a partir da identifica-ção do estágio atual ou a evolução de um processo em relação a uma me-dição anterior, apura-se quais são as oportunidades de melhoria e conse-cutivamente, qual sistema melhor se adequa as necessidades encontradas. caso esta análise não seja realizada de maneira eficaz, não será difícil que a empresa gaste uma quantia significativa de dinheiro em tecnologia com pouquíssima melhoria em sua capacidade funcional.o próximo ponto, de igual importância, apresenta as pessoas como foco do processo para utilização do sistema. a implantação pode ser dividida

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em módulos (Faturamento, atendimento, rH, etc.) para facili-tar a parametrização e diminuir as chances de erro. Faz parte do planejamento estruturar uma grade de treinamento para os funcionários da instituição, tendo como base a capacitação dos recursos. desse grupo serão formados os multiplicadores, res-ponsáveis pelo conhecimento sobre a utilização das ferramen-tas disponibilizadas.a terceira premissa é avaliada pela gestão de indicadores geren-ciais de cada área da instituição. essa medida é o controle esti-pulado com o objetivo de mapear principais pontos de atenção por meio dos dados obtidos. deve ser traçado um acompanha-mento do “input” de informações, para não tornar o gerencia-mento ineficaz por indicadores não fidedignos. para tal, o treina-mento das equipes envolvidas torna-se essencial para a gestão de processos, pois a etapa de inserção dos dados no sistema é fator fundamental para obter as informações desejadas.em contrapartida, é possível visualizar que a especialização do serviço de Ti na área de saúde requer aprimoramento contínuo, seja por parte do investimento da instituição em capacitação de pessoas e em tecnologia ou por meio de terceirização desses ser-viços. Uma tendência que vem ganhando força no mercado de saúde é a realização do Business process outsourcing (Bpo), que busca uma abrangência mais estratégica do que a simples transferência de atividades para uma empresa terceirizada.o Bpo engloba contratos que envolvem processos de negócios completos fazendo com que o contratante do serviço possa di-recionar seus esforços para o negócio, e não mais os processos daquela determinada área. este modelo já é uma realidade nas instituições de saúde. pesquisas apontam que o mercado mun-dial de terceirização de processos cresceu cerca de 35% nos últi-mos cinco anos, o Brasil segue a mesma tendência que o resto do mundo, avançando em torno de 36% entre 2008 e 2011.No mercado brasileiro segrega-se o Bpo como prática em vários segmentos, principalmente no industrial e financeiro. Na saúde, com a complexidade da tecnologia empregada no cotidiano das instituições, que não estão inseridas no negócio do hospital, ele acaba se tornando oneroso para o gestor. devido à falta de estru-

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tura, os hospitais de pequeno e médio porte acabam tratando a área de Ti simplesmente como custo e não como um agregador de valor nos processos da unidade.o Bpo pode abranger toda a gover-nança de Ti do hospital, atuando como service desk de primeiro e se-gundo nível e com serviços estratégi-cos, que também ajuda a instituição a organizar e planejar aonde se quer chegar com a tecnologia empregada na Ti do hospital.os hospitais que tem um avançado sistema de Ti em saúde e elevada qua-lidade dos cuidados, em certo alcan-çam um crescimento maior da receita, atendem mais pacientes, desfrutam de uma reputação superior e são mais ca-pazes de conter os custos.essa governança em Ti só será al-cançada após hospital e parceiro planejarem todo o processo de de-senvolvimento da Ti, iniciando pela modernização do parque tecnológico, passando pela reestruturação da rede de dados da unidade até a melhoria e padronização de processos e adoção de melhores práticas em Ti.por meio dessa abordagem, a Ti de um hospital tende a atuar como um departamento estratégico e não mais operacional com foco somente no de-senvolvimento de informação. Uma estratégia fundamental para o sucesso dessa abordagem pode ser a criação de grupos ou comitês de tecnologia, formado por funcionários do setor financeiro, da superintendência, área assistencial (médica e enfermagem), além de acionistas da instituição. o objetivo do comitê é manter a empre-sa alinhada com os resultados dos in-vestimentos e dar credibilidade à área de Ti.para que o Bpo seja adotado sem riscos por uma instituição de saúde alguns pontos devem ser levados em consideração. a empresa deve saber exatamente qual área e quais compe-tências de sua organização ela quer terceirizar. além disso, é preciso identificar um prestador de serviço qualificado para executar as tarefas, alinhar o contrato de prestação de ser-viço e gerenciá-lo de forma que todos os direitos e obrigações sejam com-

pridos por ambas as partes. os hospitais, independente de seu porte, devem a todo o momento questionar a viabili-dade de realizar a terceirização de seus processos em Ti e qual será a relação custo benefício.recomenda-se a estruturação de um bom plano de comu-nicação, envolvendo seus usuários e o gestor de cada área de impacto direto e indireto, descrevendo claramente a mudança que ocorrerá, quais os riscos e mitigações, como acessar as equipes de apoio, serviços que estarão indis-poníveis e, o mais importante, o que seus usuários perce-berão de benefícios com o processo. À medida que eles forem envolvidos os riscos serão previstos e mitigados.Uma prática que pode ser adotada para avaliar a capaci-dade de entrega do fornecedor é o benchmarking, obtendo referências de fornecedores potenciais que podem ser en-contradas em sites de relacionamento profissional, e em contato com essas referências, inclusive pessoalmente. deve-se considerar a similaridade do serviço e o porte do negócio, além de se ater ao atendimento às normas regula-tórias e as estratégias da organização.outro fator importante é a avaliação do cronograma de entrega, relacionando o número de recursos disponíveis. É importante questionar a frequência de atrasos ou demora na solução de imprevistos em função de mão de obra insu-ficiente ou ineficaz, sendo necessário definir linhas claras de comando interno e externo e nível de serviço esperado para cada situação.o Bpo é favorável não apenas em relação ao custo be-nefício, como também a qualidade superior do serviço. identificam-se alguns pontos positivos, por exemplo, a substituição de computadores, a redução na depreciação dos equipamentos, o aumento do padrão tecnológico dos

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dispositivos usado pelo hospital, mapeamento de toda sua rede e computadores em operação, além da melhora na segurança de dados.além disso, com a infraestrutura de Ti organizada e uma nova rede capaz de suportar um alto tráfego de dados, o hospital pode implementar novos proces-sos em sua área de Ti, como adoção de erps para a geração de dados estratégicos e maior controle de seus processos, implantação de softwares de gestão administrativa e clínica.Quanto ao retorno de investimento (roi) em rela-ção à adoção do Bpo, existem fatores, não tão con-cretos, que podem fazer a diferença na escolha de um projeto como a melhoria da qualidade, a maior velocidade e a confiabilidade dos serviços obtidos com um investimento em Ti. porém como são de di-fíceis mensurações eles quase nunca entram na for-mulação do roi.isto explica como o Balanced scorecard (Bsc) ga-nha espaço nas métricas de avaliação de projetos de Ti, pois a ferramenta analisa com mais abrangência os ganhos não mensuráveis. Um componente impor-tante na equação é a relação do tempo despendido no projeto, com a ideia do cumprimento de prazos e do número de meses que justificam o investimento. em Ti o roi é sempre medido em meses e deve ser cada vez mais rápido, recomenda-se que se chegue aos seis meses de implementação do projeto.para o mercado de saúde, estima-se que o tempo mé-dio de retorno financeiro com os serviços terceiriza-dos de Ti, é de três anos. portanto, é imprescindível o acompanhamento e monitoramento dos resultados dentro deste prazo, a fim de constatar se a instituição está obtendo os benefícios previstos na contratação.a adoção do Bpo em TiT no segmento de saúde está diretamente ligada à capacidade competitiva da or-ganização, uma vez que, depois de adotado, a insti-tuição passa a destinar sua atenção ao foco do negó-cio, neste caso a saúde. cada instituição deve olhar para dentro da organização e investir em tecnologias integradas como alicerce para apoio à gestão e ao corpo assistencial.

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S o B r e o a u t o rautorenrico de vettori, sócio da área de life science & healthcare deloitte – administrador de empresas formado pela puc-sp com mBa em gestão estratégica de negócios – Fundação getúlio Vargas (eaesp/FgV) e especialização em gestão organizacional – prOdep.também colaborou a equipe de consultores da deloitte

empreSadeloitte: empresa especializada serviços nas áreas de auditoria, consultoria tributária, corporate finance, consultoria, outsourcing, consultoria em capital humano e consultoria atuarial para clientes dos mais diversos setores. com uma rede global de firmas-membro em 140 países.

c a S o d e S u c e S S oum paSSo para tornar-Se eStratéGicopara tOrnar a ti de um hOspital estratégica é necessáriO que ela nãO perca tempO atendendO demandas de supOrte e manutençãO. para issO, existem duas saídas, ter um time de prOFissiOnais de ti enOrme Ou Optar pela terceirizaçãO de cOmputadOres e pessOasGuilherme Batimarchi – [email protected]

quando o assunto é melhorar os processos assistenciais e administrativos de uma instituição de saúde, a área de ti está diretamente envolvida, uma vez que, grande parte das operações realizadas hoje no hospital passam de uma maneira ou outra por sistemas de gestão.com base nessa premissa e o objetivo de aumentar o desempenho de seu departamento de tecnologia da informação, o hospital são lucas, na capital mineira, deu o primeiro passo e decidiu terceirizar todo seu parque tecnológico, ou seja, suas estações de trabalho.no entanto, o outsourcing começa antes que a empresa especializada no assunto entre na instituição para realizar o trabalho. O gerente de ti do hospital são lucas, christiano Barbosa, conta que para este processo ter o sucesso é necessário, antes de qualquer coisa, identificar um fornecedor capaz de atender as demandas da instituição para, depois disso, implementar as mudanças.com o apoio da aec, empresa especializada em outsourcing, o hospital mineiro de 148 leitos está substituindo todas as 75 estações de trabalho. para isso foi necessário realizar um estudo de maturidade da ti do hospital e identificar suas necessidades e para onde ela desejava caminhar.O primeiro passo dessa implementação foi a realização de um core i O (Otimização da plataforma Básica) – processo que auxilia a organização a entender e avançar em direção a uma infraestrutura de ti mais segura, melhor gerenciada e dinâmica, reduzindo o custo total de ti – utilizada pela microsoft.segundo a avaliação, o são lucas estava em uma faze primária em relação à segurança da informação, padronização de computadores, de softwares, senhas e outros sistemas. “nosso objetivo com esse outsourcing é melhorar os serviços de ti do hospital, e melhorar a qualidade do serviço prestado ao usuário”, conta Barbosa.depois de mapeadas as necessidades da entidade, a aec iniciou o processo de outsourcing, substituindo os primeiros 15 computadores por equipamentos da dell. Outra medida foi padronizar o uso de softwares e disponibilizar suas respectivas licenças que, como em toda terceirização são locadas pela empresa, o que reduz o custo operacional, uma vez que não é necessário pagar o preço total da permissão e evita o possível uso de programas piratas.além dos computadores, o serviço de help desk também foi terceirizado, desonerando a equipe de ti do hospital e deixando todo o suporte ao usuário, manutenção e substituição de máquinas a cargo da empresa terceirizada.“agora, eu posso ter o parque tecnológico do jeito que eu quero. em relação à manuten-ção, antes desse processo, eu era obrigado a consertar cada máquina, ou seja, ter peças

sobressalentes para cada uma delas, que nem sempre eram do mesmo modelo, o que gera um custo maior”, explica Barbosa. O executivo conta que a equipe de ti do são lucas estava praticamente direcionada a realizar o serviço de manutenção e suporte desses com-putadores, deixando pouco tempo para representar o papel estratégico que a ti deve ter dentro de uma unidade de saúde.“O principal motivo de terceirizar os serviços era fazer com que a ti do são lucas deixas-se de ser um vagão e passasse a ser uma locomotiva. precisávamos mudar de área opera-cional para estratégica, pensar em projetos de mobilidade, acompanhar a implementação de novos sistemas de gestão e outras tecnologias.”no entanto, como em toda mudança organizacional, esta também gerou um choque cultural dentro do hospital. Foi necessário mostrar aos colaboradores os benefícios do pro-cesso de BpO e que nenhuma informação contida nos antigos computadores seria perdida. Outro ponto foi o de convencer os profissionais do hospital a aceitarem a padronização dos equipamentos e instalação de novos softwares. para isso, foi necessário o envolvimento de todas as camadas hierárquicas da entidade.com o projeto praticamente finalizado, o próximo passo da ti no hospital é finalizar o processo de instalação do erp clínico e administrativo da entidade, trabalhar os projetos de implantação do prontuário eletrônico e back-office, integrando toda a ins-tituição ao prontuário eletrônico.Outro passo que o hospital mineiro pretende dar em direção à evolução tecnológica é iniciar o projeto de mobilidade, permitindo o acesso às informações do paciente e adminis-trativas via tablets, smartphones e outras dispositivos móveis.

relação cuSto Benefícioa equipe de ti colocou na ponta do lápis ações como: compra de computadores e peças, equipe especializada em manutenção, relacionamento com fornecedores, ocio-sidade de equipes assistenciais e administrativas, período de espera da manutenção ou substituição do equipamento, depreciação tecnológica das máquinas e custo com licen-ça de softwares. na opinião de Barbosa, mesmo considerando alguns fatores intangí-veis, o ganho com a terceirização é muito superior ao de manter o serviço internamente, não só no ponto de vista financeiro, mas também no ganho de eficiência das equipes assistenciais. “hoje, se colocarmos um computador em uma estação de trabalho, mesmo que contenha as mesmas configurações, se estiver fora dos padrões do BpO, as equipes reclamam conosco”, brinca Barbosa.

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Saúde BuSineSS Schoolsaúde Business school é uma iniciativa da it mídia.

todos os direitos reservados.

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hospital

Da Redação

Estudo realizado pelo Centro de Estudo de Gestão e Serviços em Saúde (CESS), em parceria com a Cátedra da Amil, mostra os desafios das instituições quando o assunto é acreditação

questão cultural é uma das principais dificuldades dos hospitais acreditados ou em processo de acredi-tação. A informação é do “Panorama da Acreditação Hospitalar do Brasil”, estudo realizado pelo Centro de Estudos de Gestão e Serviços em Saúde (CESS), em parceria com a Cátedra da Amil. A pesquisa foi realizada com 101 hospitais respondentes que são certificados ou passavam pela avaliação das seguintes certificadoras: Organização Nacional de Acreditação (ONA), Joint Comission International (JCI) ou Canadense.

Após pesquisa em literatura e com gestores da área foram estabelecidos dois grupos de dificuldades quando o assunto é acreditação: “natureza cultural” e “natureza técnica”. No primeiro, são classificados tópicos como, por exemplo, a resistência da gerên-cia, corpo-clínico, liderança, convencimento da área administrativa, criação e desenvolvimento de uma cultura da gestão de qualidade, cultura para mensu-rar resultados, registro e formalização de processos. Enquanto no segundo estão presentes os fatores: escassez de recursos financeiros e tempo, aumento de custos do hospital, contratação de pessoas, enten-dimento do manual de entendimento, comunicação interna, adequação do hospital às especificações, adequação da certificação à cultura brasileira e pouco apoio das empresas certificadoras. Após a avaliação dos gestores, o resultado mostra que as principais dificuldades são de natureza cultural. Além de serem 7 das 10 principais, elas são as cinco mais importantes.

Questão

Cultural

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sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

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Fonte: CESS/Amil

Desenvolvimento da cultura da gestão da qualidade

Criação de uma cultura de registro, de formalização dos processos

Criação de uma cultura de qualidade no hospital

Criação de uma cultura da mensuração

Desenvolvimento do trabalho em equipe e a multidisciplinaridade

Adequação do hospital, em termos de estrutura, às especificações

Resistência do corpo clínico aberto

Comunicação interna da importância do processo de acreditação

Resistência do corpo clínico interno

Adequar às especificações da certificação à cultura brasileira

Criação de uma cultura de registro, de formalização dos processos

Desenvolvimento da cultura da gestão da qualidade

Criação de uma cultura de qualidade no hospital

Criação de uma cultura da mensuração

Desenvolvimento do trabalho em equipe e a multidisciplinaridade

Desenvolvimento da cultura da gestão da qualidade

Criação de uma cultura de qualidade no hospital

Criação de uma cultura da mensuração

Criação de uma cultura de registro, de formalização dos processos

Desenvolvimento do trabalho em equipe e a multidisciplinaridade

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10 PrinciPais DificulDaDes no Processo De acreDitação

5 PrinciPais DificulDaDes no Processo De acreDitação - HosPitais Públicos

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INDÚSTRIA / ESPECIAL HOSPITALAR 2012

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PRODUÇÃO NACIONALA  LOCOMOTIVA DA

Domínio da biotecnologia para o fortalecimento da indústria farmacêutica brasileira e  produção local de equipamentos médicos e insumos hospitalares são cruciais para o Brasil não perder o bonde do crescimento do setor 

unto à abertura da economia na década de 90 vieram opor-tunidades para o setor indus-trial brasileiro. Os segmentos farmacêutico e de equipamen-

tos médicos, por exemplo, não soube-ram aproveitar a brecha em favor do desenvolvimento. E, agora, colhem os frutos da falta de visão com a au-sência de cultura de inovação e de Pesquisa & Desenvolvimento. É o que conta o superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês, Gonzalo Vecina Neto.

“Poucos ministros encararam a saúde como provedor de valor e de geração de empregos. O Temporão (José Gomes Temporão, ministro da Saúde de 2007 a 2010) foi o que mais priorizou a indústria, e o Padilha tem continuado, mas isso é muito recente”, disse o executivo durante debate sobre modelos de desenvolvimento para a área da Saúde, promovido pela Asso-ciação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produ-tos e Suprimentos Médico-Hospita-lares (Abimed), na Feira Hospitalar.

Diante da estabilidade econômica conquistada pelo País nos últimos anos, do aumento nas taxas de empre-go, dos juros controlados e envelheci-mento da população, outro momento decisivo escancara suas oportunida-des, e a biotecnologia está entre elas.

Atualmente, os produtos biotecno-lógicos consomem 35% do orçamento do Ministério da Saúde para a com-pra de medicamentos, entretanto, representam apenas 5% do uso. “Os medicamentos biotecnológicos são a nova fronteira dos medicamentos e tratamentos mais modernos, tanto na parte de prevenção, com vacinas,

JVerena Souza • [email protected]

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Alexandre Padilha, ministro da Saúde: biotecnológicos são a nova fronteira dos medicamentos e tratamentos mais modernos

quanto em tratamentos de cânce-res e doenças crônicas. Eles são um desafi o para o Brasil em termos tec-nológicos, de inovação, pesquisa e abrangência”, enfatiza o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A criação das duas “superfar-macêuticas” nacionais (BioNovis: Aché, EMS, Hypermarcas e União Química; e Superlaboratório: Eu-rofarma, Cristália, Biolab e Libbs) contempla as ações do governo em apoiar o desenvolvimento do com-plexo industrial da saúde por meio do programa Profarma, do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico Social (BNDES). O banco disponibilizará R$ 5 bilhões até 2016 para fi nanciar projetos de inovação e expansão das farmacêuticas ins-taladas no País.

“Queremos trazer também parcei-ros internacionais para produzirem aqui”, afi rma Padilha. De acordo

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com o ministro, a Fiocruz será o terceiro elo no desen-volvimento da biotecnologia no Brasil, por meio da produção de insulinas. Para Vecina, o estímulo da pro-dução nacional está diretamente relacionada ao acesso à assistência médica e geração de emprego, “aspecto vital para a sociedade”.

“Os genéricos são um bom exemplo de políticas que deram certo. Hoje está entre as dez maiores indústrias na área de medicamentos, e representam 60% do merca-do brasileiro”, diz o superintendente do Sírio-Libanês.

EQUIPAMENTOSNão apenas as farmacêuticas, mas as empresas de

equipamentos e insumos hospitalares também se pre-param para a inovação nacional. Philips, Siemens, Toshiba e GE Healthcare, por exemplo, investem em suas fábricas para a produção local de aparelhos de imagens. No entanto, grande parte dos produtos ainda é montado no País, mas não fabricado.

“Uma das áreas mais atrasadas na assistência à saúde refere-se ao tratamento do câncer com radio-terapia. Temos máquinas antigas que utilizam co-balto-60. Temos que substituí-las por aceleradores lineares”, ressalta Vecina.

Com investimentos de R$ 500 milhões, o governo promete instalar 80 novos centros de radioterapia, com aceleradores lineares, no Norte, Nordeste e interior do Centro-Oeste, Sul e Sudeste, até 2014. “A única forma de fazer isso é atrair, com o poder de compra do ministério da Saúde, a indústria de equipamentos lineares para o Brasil”, diz Padilha.

A concessão de margem de preferência para a compra de produtos nacionais, em que o governo pode colocar até 35% a mais no preço, é uma das estratégias da pre-sidente Dilma Roussef no fomento da produção local. Segundo o ministro, outra estratégia fi ca a cargo das parcerias público privadas (PPPs).

De acordo com o ministro, a regulamentação da margem de preferência para equipamentos deve ser concluída no segundo semestre deste ano.

O estreitamento da relação da indústria com as uni-versidades é outro movimento que contribui para que o Brasil não perca a “locomotiva” mais uma vez. “As universidades precisam escapar da burocracia”, alerta Vecina, que defende a radicalização da democracia como único instrumento capaz de derrotar os entraves que impedem o Brasil de tornar-se referência em inovação e Pesquisa & Desenvolvimento.

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indústria / especial hospitalar 2012

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PhiliPs migra Plataforma tasy Para JavaPara realizar a mudança, a multinacional holandesa deslocará uma equipe técnica até o hospital para iniciar o processo

A ideia de migrar a linguagem de programação do Tasy de Delphi para Java, da Oracle, começou em 2006, bem antes da antiga Wheb Sistemas ser adquirida pela multinacional holandesa Philips, em setembro de 2010. “Naquela época já estáva-mos planejando a melhor forma de realizar esta migração, de forma eficiente e transparente para todos os nossos clientes”, diz a gerente de vendas

da Philips Healthcare Informatics, Laís Cristina Zonta. Segundo ela, a principal preocupação da multinacional era migrar o sistema para que ele continuasse evoluindo tecnologicamente sem as limitações que a linguagem Delphi proporcionava.

Para realizar essa migração, a Philips produziu um estudo avaliando as melhores formas de realizar esta operação. Após definido como seria esse processo,

em 2006, a multinacional deu início à substituição do Delphi pelo Java. “Buscamos realizar as migrações sem que o cliente tivesse a necessidade de reimplan-tar o software, pois as duas linguagens são muito parecidas, mudando apenas alguns parâmetros e campos a serem preenchidos na nova versão. Ao todo, o Tasy programado em Java é 99% igual à antiga versão”, afirma Laís.

mv adquire gruPo microdataCom a aquisição, a companhia pre-tende ampliar sua área comercial ofe-recendo os aplicativos de PACS e RIS

Após recente aquisição do Grupo Hospidata, a MV, empresa de sistemas de gestão de saúde, anunciou a com-pra de três empresas de TI: Microdata, Centercall e Micropacs, que compõem o Grupo Microdata, especializado em softwares de gestão de imagens mé-dicas. O anúncio foi feito durante a Hospitalar 2012, em São Paulo, pouco tempo depois do mercado receber a notícia – antecipada pela revista FH – de que a brasileira Benner formou uma Joint Venture com a portuguesa Alert.

Entre os clientes da empresa de Paulo Magnus estão Grupo Amil, hospitais Mãe de Deus e Moinhos de Vento, Biocor Instituto, Unimed Belo Horizonte, AC Camargo, Santa Joana, etc. Com a aquisição, a com-panhia pretende ampliar sua área comercial oferecendo os aplicativos de PACS e RIS, tanto para hospitais, como para clínicas de imagem de todo País. Em entrevista coletiva, Magnus afirmou que a MV já vinha acompanhando há um determinado tempo as operações do Grupo Micro-data, no Rio de Janeiro, que atua de forma importante no segmento de TI em saúde dentro do mercado da MV. “Entendemos que precisávamos ter uma solução mais robusta e qualifi-cada, que atendesse toda a demanda de nossos clientes”, afirmou.

sociedade Beneficente israelita alBert einstein aBre consultoriaNova empresa atuará nas áreas de ensino, administração hospitalar e consultoria e gestão de hospitais públicos e beneficentes

A Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein abre mais um negócio: a Consultoria e Gestão Eins-tein. O lançamento da empresa ocorreu oficialmente a Hospitalar 2012, realizado de 22 a 25 de maio, em São Paulo (SP). A nova área atua em três frentes: ensino, gestão hospitalar e consultoria e gestão de hospitais públicos e beneficentes.

Em razão de seu reconhecimento de mercado, o hospi-tal já funcionava como uma consultoria “informal” para os hospitais. Com o lançamento, o suporte e o know- how passam a ser uma nova linha de negócios da associação. Por ora, a nova empresa não tem funcionários e contará

com os profissionais que atuam no próprio Hospital Israelita Albert Einstein para a prestação de serviço.

No segmento de consultoria e gestão hospitalar já existem alguns cases: Hospital Mater Dei (MG), Insti-tuto Cardiopulmonar de Salvador (BA), seis hospitais públicos em Luanda (Angola) e a Clínica Girassol também na capital angolana.

O programa de consultoria e gestão de hospitais públicos e beneficentes já tem como cliente o Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro, e o Hos-pital Urgência de Goiânia (HUGO), em Goiás. O novo negócio será comandado por José Henrique German

José Henrique Germann comandará novo negócio da Sociedade Beneficente Israelita Albert Eintein

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política e regulamentação / especial hospitalar 2012

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ma das definições de asso-ciativismo diz que o conceito trata de uma forma de orga-nização social usada como instrumento à satisfação das necessidades. Parece simples,

mas em muitos casos - no da saúde, por exemplo - a dificuldade dos agentes em estabelecer pautas de apelo coletivo e as diferentes realidades de um país que convive com gigantescas disparidades sociais fazem com que as entidades re-presentativas fiquem numa constante luta por consolidação, a fim de liderar, de forma protagonista e coesa, as de-mandas do segmento.

Um dos problemas crônicos do modelo de associação é a falta de participação efetiva. "Vivemos num país que tem ao mesmo tempo a seca do Nordeste e as cheias da Amazônia. São várias situa-ções diferentes. Então precisamos ter as diretorias em peso, precisamos levar as discussões para a base, precisamos fazer isso chegar ao interior", sugere o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Luiz Aramicy Bezer-ra Pinto, que clama por entidades mais sólidas. "Hoje no Brasil você tem várias entidades associativas, mas você precisa de um núcleo de pessoas para ajudar, não uma diretoria de dez que é sempre representada por dois", completa.

O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospi-tais e Entidades Filantrópicas (CMB), José Reinaldo de Oliveira Jr., concorda. "Hoje só se justifica a criação de novas

UNa visão de seus líderes, há muitas entidades representativas, mas pouca participação efetiva dos membros

AssociAções buscAmreforçar protagonismo

Paulo da Silva Jr. • [email protected]

sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

entidades estaduais se for para serem ativas. Ter mais uma que não desenvolva trabalhos e que os associados não dão valor, não faz sentido. Pró-atividade nos torna mais fortes", considera, antes de narrar um exemplo clássico do poder das negociações em comum.

"A gente semanalmente discutia um ponto com o governo que interessava a um associado, mas a outros também. No debate, o representante do governo olhou e viu que aquela demanda era para a respectiva entidade e disse: 'eles já tiveram aqui e não vamos atender'. Ou seja, eles foram individualmente buscar uma solução e acabaram nos prejudicando, porque ficou taxado como intenção específica deles".

Oliveira acrescenta ainda que vê no país uma falta de engajamento que em outros locais é menos crônica. Segundo o gestor, "isso precisa fazer parte do nosso DNA", para que não se repitam situações onde instituições maiores, com caminho livre no contato com ministros, governos e secretários, acabam enfraquecendo a coletividade ao marchar sozinho por uma causa “e não necessariamente alcançam os objetivos", completa.

Apesar disso, o representante das filantrópicas

celebra a boa participação das associações em algumas discussões relevantes: na Constituição de 1988, por exemplo, quando foi reconhecida a isenção e a preferência pelas entidades filantrópi-cas na contratação de serviços do Sistema Único de Saúde; no processo de contratualização, onde hoje há um incentivo financeiro para quem se adequa à questão; e na arrecadação de recursos da Timemania para ações de santas casas, hospitais sem fins lucrativos e entidades de reabilitação física para que seja possível instalar uma rede nacional de videoconferências para capacitação e treinamento, interligando as instituições.

Por fim, ambos acusam uma grave deficiência na comunicação entre as partes, na busca por conceitos coletivos e no compartilhamento de ideias e problemas, num cenário em que diversas entidades são associadas a vários núcleos e têm questões mais do que semelhantes. Tanto para Aramicy quanto para Oliveira, as lideranças es-tão despidas de vaidades e têm intensificado os encontros regulares. Falta muito para tornar o modelo mais efetivo, admitem, na mesma medida que têm na sinergia entre as partes envolvidas o trunfo para uma melhor gestão da saúde.

"Hoje só se jUstifica a criação de novas entidades estadUais se for para serem ativas. ter mais Uma qUe não desenvolva trabalHos e qUe os associados não dão valor, não faz sentido. pró-atividade nos torna mais fortes"

josé reinaldo de oliveira jr., da cmb

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Hoje, a Dal Ben é considerada por médicos, pacientes e familiares, uma das empresas de Home Care mais respeitadas do País.

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Cínthya Dávila • [email protected]

O futuro mostra que o Brasil tem potencial para crescer no mercado de diagnóstico. Para isso acontecer é preciso profissionalizar a gestão e não ter medo de ser criativo. Veja quem está fazendo as previsões virarem realidade

uando o assunto é medi-cina diagnóstica, a análise dos números não se res-tringe apenas aos marca-dores quantitativos dos

exames. O Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos, realizado em 24 de maio, durante a feira Hospitalar 2012, em São Paulo, mostra que essa numerologia pode ser aplicada também de forma qua-litativa, refletindo o atual momento do mercado brasileiro.

Com um faturamento de aproxi-madamente R$ 6 bilhões, o mercado de medicina diagnóstica possui um crescimento que varia entre 7,3% a 9% ao ano, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. Os índices mostram também que atual-mente existem 15 mil laboratórios e 45 mil postos de coleta no Brasil. A atuação ainda é pulverizada, mas de acordo com as previsões, a tendência é que se ocorrer a concentração, o País alcance potencial para aumentar a competitividade em âmbito nacio-nal e internacional.

No início desta década, havia pou-cos laboratórios com mais de dez unidades. No entanto, as tendências mostram que há uma disposição para a expansão de novos players fortes, resultando em um interesse maior de investidores, que podem trazer me-lhorias para dentro das companhias.

Diagnóstico

do setorEm contrapartida, a verticalização das operadoras

também é um assunto que deve estar no radar dos gestores de empresas de medicina diagnóstica. Pois com o encarecimento da saúde, as empresas de plano de saúde precisam encontrar maneiras de reduzir os gastos e, uma rede própria para a realização de exames pode ser uma alternativa.

Diante destas intenções, as empresas de medicina diag-nóstica podem obter uma diferenciação financeira por meio de IPO´s, mercados internacionais ou aquisição por players estratégicos que tenham interesse em ingressar no País.

Na opinião do diretor da World Invest, Ivo Tolesano Júnior, para que isso ocorra é necessário melhoria na qua-lidade técnica e operacional e que isso reflita também na capacitação da mão de obra, pois esses são alguns dos principais gargalos do setor.

Por mais que os problemas sejam recorrentes e de conhecimento dos gestores é importante considerar que não só de tendências se constrói um futuro. É preciso que os líderes de saúde olhem para dentro de suas em-presas, reflitam sobre o modelo de negócio, satisfação com o trabalho realizado e sobre os serviços oferecidos aos seus clientes.

“É preciso fugir da inércia e quebrar paradigmas. O mer-cado exige criatividade e aprendizado contínuo com os players que erram. Ou você faz, ou alguém fará por você”, diz Tolesano Junior.

ExEmplo quE vEm dE foraA busca pela diminuição de percalços deve ser uma ca-

racterística presente entre os players do setor. No entanto, nem sempre é possível evitar que dificuldades aconte-çam no meio do caminho, mas nesta trilha também são encontradas soluções.

O Laboratório Municipal de Patologia Clínica de Cam-pinas apresentava entre os seus principais problemas a falta de processos. Essa carência resultava em um fluxo de trabalho desorganizado, estatísticas manuais, agenda-mento superior a 60 dias e até setores da empresa que não possuíam o mínimo de contato com a informática.

A coordenadora do laboratório, Regina Cássia Simões Sal-les, conta que para resolver esses problemas buscou exem-plos em outros laboratórios e realizou visitas técnicas em diferentes localidades. Foi na Espanha, onde ela encontrou as soluções tecnológicas e administrativas que precisava. “O laboratório espanhol possuía modo pré-analítico, leitores de código de barra, scanners, requisições digitalizadas e middlewares para fazer a gestão”.

A executiva seguiu o exemplo espanhol e implantou as mesmas tecnologias em Campinas. Com essa trans-formação, a empresa obteve melhoria no processo de trabalho, aumento de médicos utilizando os recursos e alta na produtividade dos funcionários maior que a média nacional de laboratórios públicos.

Com a implantação do middleware, eles redesenharam

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faturamento: 6 bilhões /ano

crescimento: 9% /ano

laboratórios: 15 mil

postos de coleta: 45 mil

medicina diagnóstica em números

Fonte: Sociedade BraSileira de Patologia clínica/Medicina laBoratorial

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sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

os fluxos de trabalho e os processos e conseguiram promover a integração entre todo o back-office da empresa com os sis-temas utilizados na gestão da instituição.

Além disso, com essa implantação, obteve melhoria no processo de trabalho, aumento de médicos utilizando os recursos, alta na produtividade dos funcionários maior que a média nacional de laboratórios públicos.

“Conseguimos alcançar um crescimento exponencial de 82,4% em seis anos, e pro-dutividade de 4200 exames realizados por funcionário/mês, além de acesso a mais de 1800 pacientes por dia”.

antEs do lucro, a atitudEQuando Luis Vitor de Lima Salomão,

aos 27 anos, montou o laboratório Salo-mãoZoppi com parceria de Paulo Zoppi, não tinha muita noção de onde estaria 31 anos após a fundação do centro de medicina diagnóstica, mas sabia qual era o caminho.

Para o executivo, o lucro não é objetivo primário e o que deve estar no topo quando o assunto é gestão são as atitudes. Ele conta que junto de seu parceiro implantou entre as práticas da empresa o conceito de time, aprendizado com os erros e compartilha-mento de informações financeiras. Entre as recomendações para a realização de uma boa gestão, Salomão ressalta a importância da simplicidade e do bom senso.

O presidente executivo do Instituto Her-mes Pardini, localizado em Minas Gerais, Roberto Santoro Meirelles acredita que o diferencial de uma boa gestão é eficiência de processos, relacionamento de longo prazo com os clientes e economia de escala.

sEm mEdo dE andar pra trás O diretor da Central Sorológica de Vitó-

ria, Silvio Roberto Foletto, acredita que até medidas que costumam ser vistas como um retrocesso podem ser bem vindas, se o intuito for a resolução de um problema interno. “Acredito que é melhor diminuir o número de exames realizados do que ter uma equipe desmotivada”.

Quem também não tem medo de andar para trás, desde que isso signifique impulso para ir mais longe, é o diretor presidente do Laboratório Pasteur, João Carlos Ma-luza Paes. Ele conta que primeiramente o

laboratório, localizado em Santos (SP), era focado 100% no atendimento ao Sistema Único de Saúde. “Todos queriam o SUS, eram filas imensas na porta. Atendíamos muita gente, mas sem qualidade”.

Decidido a superar as expectativas dos pacientes e também as suas, o executivo decidiu fechar o Pasteur e direcionar o aten-dimento para o setor privado. Começou atendendo dois pacientes por dia e passou a fazer melhorias. Implantou um sistema de gestão, passou a ter a humanização como meta e focou-se na terceira idade. “Essas iniciativas fizeram com que o laboratório mais antigo de Santos se tornasse o mais moderno da cidade”, conta.

O executivo acredita que um bom líder de saúde deve observar o cenário ao seu redor. Assim, Paes percebeu que havia uma concentração de idosos em Santos e pessoas com necessidades especiais que tinham dificuldade de se locomover den-tro da unidade. Diante disso, criou o Drive Coleta, que consiste em coletar o exame no carro do paciente.

Inicialmente, o laboratório santista atu-ava apenas na área de análises clínicas. Mas após um período de consolidação no mercado foi a hora de investir também em serviços de imagem. E é nessa área que o Pasteur foi além. Paes conta que Santos possui 19,3% de pacientes com incidência neoplasia e na cidade não existia equipa-mentos para diagnosticar o problema. Foi nesse momento que ele decidiu adquirir tecnologias que pudessem facilitar o diag-nóstico da doença e comprou o primeiro PET CT da região, com ressonância mag-nética e tomografia computadorizada.

“Se você planejar, pode ousar. O ideal é sempre mimar o paciente”, diz Paes. E o executivo do laboratório SalomãoZoppi completa: “Os diferenciais de atendimento devem ser carinho e competência. O que torna um laboratório competitivo é o pa-ciente querer fazer o exame com você.”

Atuando em áreas distintas da medici-na diagnóstica, as opiniões dos gestores convergem em um ponto: quem quiser estar presente no futuro deve realizar a gestão dos colaboradores de forma sus-tentável sempre pensando em inovação e diferentes maneiras de surpreender os pacientes.

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No cenário demográfico do

envelhecimento da população, Brasil

enfrenta  o desafio da  incorporação tecnológica para uma população

ainda carente de recursos básicos

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iante do aumento de expec-tativa de vida da popula-ção, as nações ainda em desenvolvimento enfren-tam o paradoxo da evo-

lução tecnológica do novo século: como suportar as novas demandas em meio aos gargalos de base que ainda assombram o setor de saúde de um país como o Brasil?

"Vamos ter o início de um colapso, com cirurgias da mais alta tecnologia robótica sendo realizadas e, ao lado, pessoas morrendo em decorrência da dengue", aponta, de forma realista, o diretor superintendente do Insti-tuto Israelita de Consultoria e Ges-tão Albert Einstein, José Henrique Germann, que à margem do debate sobre o investimento em novos equi-pamentos e métodos alerta para a maior demanda da saúde brasileira: "educação sanitária".

Fato é que enquanto os gestores de saúde assistem ao envelheci-mento dos brasileiros, convivem de forma simultânea com os perigos de uma estrutura não preparada para tal. Com a veloz mudança de perfil da população, é nítido que a me-lhoria da educação e dos recursos básicos como tratamento de água e esgoto não acompanham a mes-ma curva crescente, o que coloca em xeque o sucesso no suporte ao atendimento das novas gerações de doenças crônicas.

"Temos de um lado o fenômeno da evolução da medicina, desde as vacinas até os antibióticos, passando pela eletricidade, métodos de atenção médica personalizada, e chegando ao futuro da medicina genética. Por outro, um país onde só 44% da po-pulação tem acesso a esgoto e 77% à água tratada , onde está se vivendo mais e aumentando a demanda por serviços de saúde e previdência so-cial, mas que apesar da longevidade, ainda tem uma média de apenas sete anos de estudo por cidadão, avalia Germann, retratando a contradição entre corrida por tecnologia e falta de

estruturas mínimas para a melhoria da sociedade.

Nesse sentido, o presidente do Co-mitê de Medicina e Saúde da Asso-ciação Comercial do Rio de Janeiro, Josier Marques Vilar, caminha para um lado às vezes ofuscado do concei-to de tecnologia. Aquele que não trata da importação de equipamentos ou de técnicas ainda milionárias para a otimização de hospitais e centros de pesquisa, mas a tecnologia no sentido do conhecimento, do simples e puro conhecimento que precisa partir da base dos profissionais do setor.

Como exemplo, o especialista apre-senta o caso do combate à dengue na capital fluminense para ilustrar o quão básicas são algumas medi-das que podem se mostrar eficazes. "As coisas mais simples, às vezes, transformam mais que as complexas. Nós treinamos profissionais, monito-ramos os pacientes com serviços de SMS e call center e fizemos o geren-ciamento dos resultados: as mortes caíram de 148 em 2008 para 17 em 2012, sendo nenhum caso considera-do evitável. É óbvio que são vários fatores de uma ação integrada, mas a análise dos dados e cenários já pode mudar o jogo da realidade sanitária brasileira", coloca.

Mais do que pensar exatamente nos recursos para suportar uma popula-ção envelhecida, a evolução precisa, segundo gestores do mercado, vir das raízes. Para se ter uma ideia, o Brasil saltou de 7% para 14% de idosos em 25 anos, enquanto a França demorou 120 anos para atingir tal patamar.

Para que não seja "incrível", nas palavras de Germann, ter de discu-tir uma epidemia de dengue ou o aumento dos casos de AIDS numa cidade desenvolvida; ou então, como destaca Vilar, vislumbrar um desen-volvimento tecnológico sem nem mapear o número e as condições dos serviços disponíveis. "Desejos e necessidades dos recursos do século XXI com gestão do século XX", fina-liza Germann.

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CARREIRAS / ESPECIAL HOSPITALAR 2012

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PROCURADOS EDISPUTADOS

CARREIRAS / ESPECIAL HOSPITALAR 2012

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PROCURADOS EDISPUTADOS

eclamar da falta de mão de obra especializada virou lugar comum em qualquer setor da economia brasileira. Na saúde, não é dife-rente. E para piorar, as perspecti-

vas, segundo analistas de mercado, não são animadoras. O lado bom da história é que se você é um profi ssional realmente qualifi cado, o mercado vai querer te acolher, te mimar e, até mesmo, aceitar suas exigências para trazê-lo ou mantê-lo na corporação.

Os números da Relação Anual de Informa-ções Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Caged) indicam que o setor de saúde emprega atualmente 14 milhões de pessoas de forma direta e outras 5 milhões indiretamente. Em termos absolutos, isso corresponde a praticamente 10% da po-pulação brasileira. É muita gente, realmente. Mas a maioria dessa força laboral não atende às

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Por Milton Leal • [email protected]

Instituições de saúde enfrentam grandes difi culdades para encontrar, desenvolver e reter profi ssionais

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sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

exigências desse setor que se modifi ca muito rápido tecnologicamente.

“Antes, os avançados equipamentos de um centro médico é que eram os diferenciais, mas hoje com as condi-ções favoráveis de fi nanciamento, está mais fácil comprar. O problema é que os aparelhos fi cam encaixotados. Por quê? Porque não tem ninguém que saiba operar”, opina o vice-coordena-dor da Pesquisa em Regulamentação Econômica e Estratégias Empresariais da PUC/SP, Eduardo Perillo. O espe-cialista critica a mentalidade de inves-timento desta indústria. Segundo ele, o setor de saúde só sabe investir em tijolo e equipamento.

Investir em capital humano é o que pode fazer a diferença, na visão de Perillo. “As pessoas detêm o conheci-mento, a capacidade de inovar e em-preender em uma organização. Investir em gente pode dar retorno, e muito, desde que se tenha gente de qualida-de e, obviamente, isso pressupõe em primeiro lugar dar-lhes educação”, diz.

De acordo com o especialista, um estudo publicado em 2004, realizado junto a um hospital que ofereceu cerca de 300 treinamentos ao seu quadro de pessoal durante um ano, apontou que o investimento anual por funcionário verifi cado foi de R$ 27,41. “Se trouxer-mos a valores atuais, estamos falando de cerca de R$ 50,00 por cabeça. Não dá para esperarmos grandes resulta-dos com um investimento desses”, pondera Perillo.

A mudança de cultura e comporta-mento dos hospitais precisa começar dentro do departamento de recursos humanos. O chileno Patricio Baronti Correa conseguiu fazer isso quando as-sumiu a gerência de recursos humanos do Hospital Clínico da Universidade do Chile, a mais importante instituição de saúde do país sul-americano. Em 2004, o hospital que era público passou a ser

privado e começou a ter que andar com as próprias pernas. Os recursos fi nanceiros governamentais que eram queima-dos aos montes deixaram de existir e a entidade precisou encarar uma forte transformação organizacional.

“Uma das primeiras mudanças foi estabelecer a gerência de recursos humanos como uma das mais importantes da empresa”, conta Correa. O hospital passou a oferecer for-mação na área de informática para os colaboradores, que não tinham familiaridade com computadores. A relação entre as entidades formadoras e os prestadores de serviço foi fortalecida. Além disso, foram criados mecanismos de retribuição aos colaboradores que permitiram aumentar a adesão e identidade deles com a instituição. “A gente pre-cisava entender a cultura daquelas pessoas para oferecer melhorias na vida delas que, mais adiante, impactariam positivamente nosso negócio”, explica.

Correa lembra que o desafi o mais difícil que ainda persiste é criar incentivos para reter os novos talentos. Dinheiro não é mais o que segura os jovens dentro de uma organização. Para ele, é preciso identifi car o que os profi ssionais almejam como felicidade plena e tentar casar isso com a realidade do hospital. “Não posso selecionar médicos que queriam coisas diferentes do que oferecemos”, pontua.

A mesma difi culdade é enfrentada por um dos maiores hospitais brasileiros. A diretora de recursos humanos da Sociedade Benefi cente Israelita Brasileira Albert Einstein, Miriam Branco, diz que a entidade trabalha com o objetivo de criar uma perspectiva de desenvolvimento e crescimento profi ssional para jovens colaboradores no sentido de mantê--los dentro da organização. Outra estratégia é tentar apro-veitar ao máximo a mão de obra treinada pela escola de enfermagem do próprio hospital. “Cerca de 80% dos jovens que se formam vêm trabalhar conosco”, afi rma a executiva.

Somente em 2011, o Einstein contratou 3 mil funcionários, sendo que 17% deste montante foi oriundo de recrutamento interno. O processo de seleção para este contingente abrangeu 16 mil candidatos. A instituição que hoje conta com 9,5 mil funcionários projeta atingir a casa dos 12 mil colaboradores em 2014. “A minha grande difi culdade é atrair profi ssionais que não são da área da saúde”, revela a diretora.

A necessidade por pessoal que atue nas áreas gerenciais das organizações de saúde vem crescendo bastante, e ofere-cer atrativos para pessoas que podem trabalhar em outros segmentos da economia que, muitas vezes, pagam melhor, e proporcionar condições de trabalhos mais vantajosas é outro desafi o. Uma pesquisa da consultoria Deloitte, que aponta quais são as 100 melhores empresas para se trabalhar, listou apenas uma companhia da área de saúde que opera no Brasil

como um desejo de consumo dos profi ssionais. Nos Estados Unidos, a mesma pesquisa identifi cou 11 instituições de saúde como ótimos lugares para se trabalhar.

Por isso, o Einstein trabalha no mapeamento de possíveis substitutos de todas as posições de liderança de organização. “Temos 80% das posições-chave com sucessores mapeados”, diz Miriam, que somente no primeiro trimestre de 2012 preen-cheu 25 posições de alta gerência com recrutamento interno.

A CULPA É DA UNIVERSIDADE?À frente da coordenação geral de pós-graduação do Centro

Universitário São Camilo, Clóvis Castelo Junior não hesita em afi rmar que as faculdades da área de saúde não ensinam o que o mercado está buscando. “A formação não atende às necessidades das organizações com alto padrão de excelência. Existe um gap considerável do que estamos entregando para o mercado e do que o mercado busca”, opina.

Para ele, as “moscas brancas” do setor de saúde são profi s-sionais que trabalham com tecnologia, principalmente com robótica, além de engenheiros e técnicos clínicos. “Precisamos quebrar a dicotomia entre teoria e prática e aproximar as instituições de saúde das instituições educacionais”, sugere o professor. Perillo, da PUC/SP, provoca ao dizer que vê profi ssionais chegando ao mercado dizendo que estão forma-dos, mas que ele os considera, na realidade, “deformados”.

“DINHEIRO NÃO É MAIS O QUE SEGURA OS JOVENS DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO. É PRECISO IDENTIFICAR O QUE OS PROFISSIONAIS ALMEJAM COMO FELICIDADE PLENA E TENTAR CASAR ISSO COM A REALIDADE DO HOSPITAL”

PATRICIO BARONTI CORREA, GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DO HOSPITAL CLÍNICO DA UNIVERSIDADE DO CHILE

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O cOnceitO integra as tecnOlOgias de infOrmaçãO e Os prOcessOs de cOmunicaçãO, e garante ganhOs de gestãO e reduçãO de custOs

guilherme Batimarchi – [email protected] souza – [email protected] promete

adoção de tecnologias in-terativas no segmento de saúde aumenta, cada vez mais, as perspectivas de hospitais e outros serviços

de saúde em oferecer soluções novas e personalizadas para seus clientes. Tal evolução está atrelada a um conceito chamado eHealth, que utiliza de for-ma eficiente e efetiva as Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (TICSs).

E, dentro deste “guarda-chuva”, estão aplicações como Prontuário Ele-trônico do Paciente (PEP), sistemas de gestão hospitalar, sistemas de telemo-nitoramento remoto (TeleHealth), ou mesmo soluções como o registro nacio-nal de saúde são alvo de quase todas as nações que estão conseguindo ganhos de gestão e redução de custeio em seu “ecossistema assistencial”, segundo o consultor internacional em estraté-gias de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (eHealth) Guilherme S. Hummel.

Para se ter ideia do tamanho desse mercado, um estudo realizado pela consultoria Frost & Sullivan estima que

em 2015 a indústria de tecnologia em saúde movimentará US$ 121 bilhões na América Latina e, segundo a consultoria Scientia Advisors, o segmento de TI em saúde deve crescer 11% ao ano até 2013, em paralelo a um movimento de cerca de US$ 1 trilhão da saúde de modo geral.

TelehomecareNa opinião do presidente da empresa de medicina do-

miciliar Pronep, Josier Vilar, o monitoramento remoto (home care) é uma alternativa bem sucedida ao modelo hospitalocêntrico brasileiro. “ É um erro o hospital ser a porta de entrada do sistema. Não há recurso para dar su-porte a esta estrutura. A atenção em domicílio, utilizando os recursos possíveis e existentes, é o que deve ser feito”, afirmou Vilar em painel sobre e-health, realizado durante a 19ª edição da Feira Hospitalar.

Para um atendimento de telehomecare padrão é preciso profissionais especializados no modelo de atendimento – um dos maiores desafios do mercado, segundo gestores – boa conectividade entre o paciente e a equipe terapêutica via internet ou linhas telefônicas, além do auxílio de dispositivos móveis que medem as funções fisiológicas dos pacientes – bem como aparelhos que facilitam a troca de informações entre os profissionais como tablets e smartphones.

O telehomecare desempenha um papel importante no cuidado de doentes crônicos e deficientes físicos. Dentre os benefícios listados por líderes de empresas de home care estão: diminuição de visitas domiciliares pela equipe tera-pêutica, menor tempo para avaliar um paciente, evitar refazer

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Para Josier Vilar, Pronep: é um erro o hospital ser a porta de entrada do sistema. não há recurso para dar suporte a esta estrutura

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guilherme Batimarchi – [email protected] souza – [email protected]

saiBa mais sOBre as Vantagens dO e-health

sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

trabalhos, maior conforto ao paciente, redução de custos, entre outros.

De acordo com a presidente da Dal Ben Home Care, Luiza Dal Ben, a avaliação da família e do respectivo domicílio, levando em consideração aspectos como saneamento, ventila-ção, luz, telefone, acesso, entre outros, é fundamental para o início da assistên-cia. “Se os requisitos não atenderem os padrões básicos, nós não atendemos”, afirma de forma categórica Luiza.

A conscientização do paciente em relação ao serviço é de extrema rele-vância. “O paciente precisa entender a importância de passar as informações à equipe”. Por isso, tal necessidade exi-ge um preparo específico para que a equipe de home care, de característica multidisciplinar, consiga estabelecer essa relação de confiança. “Sofremos de um apagão profissional nesta área, pois a formação do Brasil é voltada para o hospital”, alerta.

Visão do hospiTalAlém de beneficiar pacientes e em-

presas de home care, as vantagens na adoção desse tipo de tecnologia avan-çam porta adentro nos hospitais. O presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg, defen-de o uso da tecnologia em prol do aumento da qualidade assistencial e desempenhos nos processos das orga-nizações de saúde. Para ele, alterna-tivas tecnológicas estão surgindo em paralelo às mudanças no perfil epide-miológico da população - com o cresci-mento dos crônicos e envelhecimento da população que -, automaticamente, elevam o custo da seguridade social- e a telehealth, “sem dúvida alguma”, é uma das possibilidades.

Os gestores de saúde apontam mu-danças nos processos de aquisição e destino da tecnologia, levando, dessa forma, o atendimento para ambientes domésticos ou outros locais com pos-sibilidade de integração tecnológica como, por exemplo, clínicas e casas de repouso.

Com base nessa análise, e já imaginando que este cenário iria mudar, o Hospital Albert Einstein

“Há dez Anos, o temPo médio de internAção erA de AProximAdAmente 5,7 diAs e, HoJe, cercA de 60% dos PAcientes com cArActerísticAs HosPitAlAres PermAnecem menos de cinco HorAs no einstein”

lOttenBerg, hOspital israelita alBert einstein

redução

de custos

redução

de VisitAs

menor temPo PArA

AVAliAção do PAcienteotimizAção

de Processos

AssistenciAis

mAis conforto

Ao PAciente

vem trabalhando com o modelo de assistência do-miciliar como uma ferramenta estratégica dentro do contexto da desospitalização. “Há dez anos, o tempo médio de internação era de aproximada-mente 5,7 dias e, hoje, cerca de 60% dos pacientes com características hospitalares permanecem menos de cinco horas no Einstein. Para isso, as equipes devem estar preparadas com as ferramentas ade-quadas para utilizar isso dentro dos princípios de segurança”, assinala Lottenberg.

TelemedicinaRecentes publicações mostraram que os quatro mais

importantes avanços que a sociedade contemplou, nos últimos anos, foram: a banda larga, telefonia celular, o

PC (computador pessoal) e o código genético. “Com o uso da telemedicina, vamos conseguir avançar e fazer algo contributivo para nossa sociedade. O único desses avanços que ainda não está integrado é o có-digo genético, uma vez que os outros já caminharam no sentido da convergência tecnológica”, acrescenta o presidente do Einstein.

A telemedicina teve seu ponto de partida nas primei-ras viagens e ações no espaço para o monitoramento médico de astronautas. Cinquenta anos depois, com o aprimoramento dos sistemas de telecomunicações de banda larga de baixo custo, essa tecnologia propicia a médicos e pacientes maior interação, facilitando o atendimento ao paciente crônico, por exemplo, que não precisará sair de sua casa.

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Nestes últimos anos a IT Mídia vem crescendo e se profissionalizando jun-to com o setor da Saúde. Sua maior contribuição é propiciar a discussão dos pontos relevantes, com coragem e conhecimento, com formação e informa-ção sempre com transpa-rência e ética no sentido de melhoria do setor.Hoje o setor está muito mais profissionalizado e a IT Mídia é responsável por uma parcela desta transformação.

Daurio SpenranziniVice-Presidente América Latina

GE HelthCare

Em nome da HP parabenizo a IT Mídia pelos 15 anos de mui-to sucesso. A IT Mídia e a HP compartilham de muitos va-lores. A IT Mídia, assim como a HP, motiva seu time (e seus leitores) a encarar desafios, criar e ultrapassar barrei-ras na busca do novo. Além de conectar pessoas, ter com-promisso com a qualidade da informação e foco nos resulta-dos e na satisfação dos clien-tes. E, acima de tudo, ter ver-dadeira paixão pelo que faz!Estamos muito felizes e or-gulhosos em participar desta trajetória ímpar. Desejamos que os próximos 15 anos se-jam ainda melhores e que nos-sa parceria se fortaleça e con-tinue próspera.

Oscar ClarkePresidente

HP

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Nestes últimos anos a IT Mídia vem crescendo e se profissionalizando jun-to com o setor da Saúde. Sua maior contribuição é propiciar a discussão dos pontos relevantes, com coragem e conhecimento, com formação e informa-ção sempre com transpa-rência e ética no sentido de melhoria do setor.Hoje o setor está muito mais profissionalizado e a IT Mídia é responsável por uma parcela desta transformação.

Daurio SpenranziniVice-Presidente América Latina

GE HelthCare

Em nome da HP parabenizo a IT Mídia pelos 15 anos de mui-to sucesso. A IT Mídia e a HP compartilham de muitos va-lores. A IT Mídia, assim como a HP, motiva seu time (e seus leitores) a encarar desafios, criar e ultrapassar barrei-ras na busca do novo. Além de conectar pessoas, ter com-promisso com a qualidade da informação e foco nos resulta-dos e na satisfação dos clien-tes. E, acima de tudo, ter ver-dadeira paixão pelo que faz!Estamos muito felizes e or-gulhosos em participar desta trajetória ímpar. Desejamos que os próximos 15 anos se-jam ainda melhores e que nos-sa parceria se fortaleça e con-tinue próspera.

Oscar ClarkePresidente

HP

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IDENTIFICAÇÃO IMEDIATAA impressora de mesa PC23d, da Intermec, possui interfa-ce intuitiva e amigável com o usuário. O equipamento é destinado para a impressão de pulseiras de identificação e etiquetas para o acompa-nhamento do paciente. Além de imprimir prescrições mé-dicas, identificação de fras-cos laboratoriais, amostras e rotulagem de cabeceira. O PC23d também possui um versão com HF RFID para o rastreamento de pacientes de ativos hospitalares.

EFICIÊNCIA E TECNOLOGIADestinado a instalações corporativas, o Multi V III, da LG, chega ao Brasil com a intenção de oferecer os melhores índices de eficiência energética existentes no mercado. Ele permite a otimização da área de piso para instalação das unidades condensadoras, simplifica a possível instalação de sistemas de automação desen-volvidos especificamente para a tecnologia VRF, além de propiciar baixos níveis de ruído.

REANIMAÇÃOO R-700 – Reanibex, Série 700, da espanhola OSATUé um desfibrilador que possui tecnologia bifásica, funções de monitorização e reanimação avançados. O aparelho dispõe de quatro modos de configuração: oxi-metria de pulso com tecnologia Masimo, desfibrilador manual, semi--automático e marcapasso externo transcutâneo.

MOBILIDADE CIRÚRGICA A 5085 SRT, da Steris, é uma mesa cirúrgica que desliza, gira e transporta pacientes por toda a área pré-operatória. A única roda de direção permite que um profissional trans-porte com segurança um paciente sem a inconveniência do uso de macas ou outras mesas sobre rodas. Não há transferências incômodas do doente sedado, perda de tempo em buscar macas e assistentes nem necessida-de da limpeza da mesa na sala de operação, pois o paciente permanece na mesma maca. A mesa cirúrgica é aprovada pela FDA para o transporte de pacientes.

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TRATANDO A DORA bomba de infusão GemStar, da Hospira, é indicada para o tratamento de dor, tanto em hos-pitais quanto em home care. O dispositivo permite sete tipos de terapia de infusão de medi-camentos e fluidos, sendo um deles o PCA, específico para o tratamento da dor. O GemStar pesa 530g e sua temperatura de operação vai de 5°C a 40°C.

AMBIENTE EQUILIBRADOO umidificador ultrassônico Supreme, produzido pela Soniclear, pode umidificar áreas de até 30 m2, sem alterar a temperatura do ambiente. A capacidade do reservatório de água do apare-lho é de 5,8 litros e tem autonomia para funcionar de 15 a 36 horas. O Supreme é indicado para ambientes hospitalares, por ajudar a repor a umidade relativa do ar para cerca de 45% a 65%, índices considerados adequados.

FEITO PARA VOARO HT70, ventilador pulmonar, fabricado pelo Grupo Equipamed, pode ser utilizado em trans-porte aéreo em voos comerciais e aeronaves abertas, além de home 8care, hospitais e clí-nicas. Equipado com uma tela touch screen colorida que permite uma navegação simples. O HT70 possui funções de ajuda na tela, ajuste automático dos alarmes e presets (pré- configu-ração) personalizáveis. As telas também podem ser adaptadas de acordo com as necessidades do usuário. Outro aspecto de destaque do ven-tilador é o gerador de ar interno associado a uma bateria de 10 horas, destacável, mais uma bateria interna de 30 minutos.

SEGURANÇA E CONFORTOA linha Warming System, da Geratherm, é voltada para o controle de hipo-termia durante a cirurgia ou procedimentos pós-operatórios. São mantas feitas de fibras de carbono, com material isolante térmico, separadas por peças para cada parte do corpo, com o objetivo de deixar livre à região que será submetida à operação. As mantas são aquecidas por sensores que trans-formam energia elétrica em calor e são comandadas por unidade eletrônica com sistema touch-screen, que permite que até cinco peças sejam controladas ao mesmo tempo com temperaturas diferentes.

PESO PESADODesenvolvida pela Marte Científica, a ba-lança LS200A pode suportar até 500 kg de carga e possui régua antropométrica espe-cífica para a área de saúde. O pouco espaço ocupado pelo equipamento também é uma das vantagens oferecidas pela empresa ao segmento de saúde. A balança serve tanto para a pesagem, quanto para a contagem de peças, e tem saída RS232 programável.

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VERSATILIDADE ASSISTENCIALA Bomba GW, distribuída no Brasil pela Equipamed, oferece um sistema de perfusão volumétrica, pequeno e leve, que administra perfusões em diferentes velocidades e está preparada para ser utilizada em diferentes locais do hospi-tal, tais como: enfermarias, UTIs, unidades neonatais, ambulatórios, centros cirúrgicos e emergências. A GW pode ser utilizada para administração de nutrição parenteral, antibióticos, sangue, derivados de sangues, analgésicos e quimioterápicos, entre outros.

SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGARA Unidade de Cuidado Intensivo DuettoTM 2386, desenvolvida pela Fanem, é uma incubadora com funções híbridas, que opera tanto como incubadora como uma unidade de cuidado intensivo irradiante (berço aquecido). Ela possui leito ajustável, que permite o seu posicionamento na mesma altura de uma pessoa sentada para facilitar o contato da mãe com o bebê. Além de um painel colorido touchscreen, com tecnologia MD-G4. Esse software sintetiza todas as opções de ajuste e monitoramento, contendo gráficos das funções vitais para tratamento e diagnóstico, por meio de um menu interativo que permite ampla visão dos parâmetros e alarmes de qualquer ângulo.

VERSATILIDADE ASSISTENCIALA Bomba GW, distribuída no Brasil pela Equipamed, oferece um sistema de perfusão volumétrica, pequeno e leve, que administra perfusões em diferentes velocidades e está preparada para ser utilizada em diferentes locais do hospi-tal, tais como: enfermarias, UTIs, unidades neonatais, ambulatórios, centros cirúrgicos e emergências. A GW pode ser utilizada para administração de

DANO REDUZIDOO Bisturi Digital Kairos M-X é um dispositivo leve e compacto com potência de 400 watts e atende todos os tipos de cirurgia. Montado na fábrica da Equipamed, em Juquitiba (SP), o Kairos M-X conta com sistemas digitais independentes da saída de potência, sem riscos de aquecimento. Ele também conta com o sistema CARE, que garante menor dano ao paciente por racionalizar a potência de acordo com a resistência do tecido.

OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOSA HC100, da Zebra Technologies, é uma impressora que gera pulseiras indi-vidualmente, e elimina o procedimento manual de confecção de pulseiras, ajudando a aprimorar os processos de automação hospitalar. A solução traz um cartão inteligente que reconhece automaticamente o tamanho da pulseira, produzindo códigos de barras, logotipos ou fotos em preto e branco dos pacientes e textos. A impressora HC100 aceita a linha completa de cartuchos Z-Band, disponíveis em tamanhos diversos, seja para bebês, crianças ou adultos, com fechamento adesivo ou por presilha.

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Conexão Saúde web

Regulação

usuáRios de planos não pRecisam se Responsabi-lizaR pelo caRtão sus

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), todo mun-do deve ter cartão SUS, mas quem tem convênio médico não precisa. A Agência diz que a responsabilidade deste cadastro é das operadoras, que devem informar os dados de cadastro do paciente para o governo.

aquisição

ge compRa fabRicante bRasileiRa de equipamentos médicos novidade

caRe plus lança plano paRa pequenas empResas

A Care Plus, operadora voltada para planos de saúde premium do segmen-to empresarial, percebeu uma carência de oferta de planos de alto padrão para micro e pequenas empresas e, vislumbrando tal oportunidade, lan-çou um novo produto, batizado de Care Plus SoHo, para companhias que possuem entre 2 e 29 vidas.A linha oferece benefícios como o processamento de solicitações em até 24 horas úteis, rede premium de médicos, ferramenta móvel para acompanhamentos dos processos, cobertura para eventos em viagens internacionais do mercado, check up anual para o titular do plano e aces-so ao Personal System - programa de prevenção e promoção de saúde presencial, dentre outros.

abRangência

Rede d´oR anuncia fusãocom gRupo santa lúcia

A rede D’Or São Luiz anunciou fusão com o grupo Santa Lúcia, de Brasília (DF), um mês após ter adquirido o Hospital Santa Luzia, também no Distrito Federal. De acordo com comunica-do divulgado ao mercado, a gestão do Hospital Santa Lucia, coordenada por José Leal, não sofrerá qualquer alteração, neste primeiro momento.A instituição, que no ano passado realizou 52 mil atendimen-tos nos pronto-socorros e 35 mil atendimentos ambulatoriais por mês, conta com cinco hospitais e duas clínicas médicas, todos localizados também na capital do País. O faturamento do grupo Santa Lúcia é de cerca de R$ 500 milhões por ano.

A GE Healthcare anuncia a sua primeira aquisição no Brasil. A XPRO, fabricante mineira de raios--x, passa a integrar o portfólio da companhia e, com isso, amplia a oferta de produtos GE para clí-nicas e hospitais de menor porte. Além de aumentar a abrangência pelo interior do País e regiões de menor acesso, a companhia norte--americana pretende fortalecer a exportação para países emergen-tes da América Latina, assim como Arábia Saudita, China, Índia, entre

outros. O valor da aquisição não foi divulgado. O equipamento Angix, da XPRO, permite as projeções necessárias para estudos cardíacos, cerebrais e periféricos, podendo ser configu-rado de forma analógica ou digital. A base instalada da XPRO – empre-sa que está há 15 anos no mercado – é de 120 equipamentos atualmen-te presentes, principalmente, em clínicas e hospitais privados. A estimativa de produção para este ano é de 28 equipamentos, de acor-do com Speranzini, a projeção da GE é dobrar essa quantidade nos próximos três anos.A marca da companhia será manti-da e a individualidade respeitada, segundo Rogério Patrus, CEO e Presidente da GE Healthcare para a América Latina. “Objetivo é fa-zer com que o cliente reconheça a XPRO como uma marca importan-te. Queremos levá-la para fora da América Latina”, ressalta Patrus, durante o anúncio da operação. A integração e o “aprendizado mútuo entre GE e XPRO”, nas palavras de Patrus, acontecerão nos próximos 12 meses de maneira gradual. A empresa brasileira fará parte da unidade de negócios da norte-americana chamada Detec-tion & Guidance Solutions (DGS) – departamento que vale US$ 2 bilhões -, e que contempla oito seg-

mentos da área de diagnóstico e procedimentos intervencionistas. A unidade de 1,7 mil funcioná-rios possui unidades fabris nos Estados Unidos, França, Índia, China e Hungria, e, agora, com a aquisição da XPRO, somará 132 novos colaboradores.

Fabricação e crescimen-to Ge HealtHcareHá dois anos com uma fábrica em Contagem (MG), a GE Healthcare produz localmente equipamentos de raios-x e, com recente aprova-ção dos órgãos regulatórios, já está apta a fabricar tomógrafos de 16 a 128 slices. Entretanto, a composição dos produtos ainda contempla peças importadas. No caso do raio-x, por exemplo, 42% do equipamento é proveniente de peças nacionais.Em recente entrevista com Speran-zini, durante a Jornada Paulista de Radiologia (JPR), o executivo enfati-zou seu esforço, desde 2005 – ainda na Philips – em transformar o Brasil em um pólo de fabricação e poste-riormente de exportação.A GE Healthcare é uma vertical glo-bal de US$ 20 bilhões, em que o Brasil representa cerca de 15% a 20% dessa fatia e, segundo Patrus, a tendência é de que o crescimento no faturamen-to de 20% continue se perpetuando como nos últimos três anos.

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VENTILAÇÃO DINÂMICA O Savina 300, novo Ventilador pulmonar da Dräger, oferece diversas configurações impor-tantes para uma terapia de ven-tilação, podendo ser invasiva ou não invasiva. O dispositivo oferece uma tela de toque, co-lorida e com 12 polegadas que pode exibir curvas de pressão, fluxo e volume corrente simulta-neamente. Seu display também oferece acesso direto a funções importantes com o toque de um dedo. Graças a um conceito de operação intuitiva, o ventilador intensivo é fácil de operar, fun-cionando de modo independente dos suprimentos centrais de gás e de energia elétrica.

SEGURANÇA NO TRABALHOA Lagrotta Azul, empresa nacional que atua no segmento de descartáveis, apresenta ao mercado de saúde a luva de látex para uso hospitalar. Produzidas em látex de borracha natural, para uso único, as luvas são ambidestras, talcadas e certificadas pela Anvisa e Inmetro. O material pode ser encontrado nos tamanhos P, M e G, em embalagens com 100 unidades.

VERSATILIDADE E PRECISÃOO Intellivue MX800 é um dos mo-nitores da linha Intellivue MX, da Philips, que foi projetada para atender as demandas em ambien-tes de alta precisão para todos os tipos de pacientes. O apare-lho possui um formato de tela Widescreen, sensível ao toque e com visibilidade lateral, sendo possível utilizá-lo no sistema iPC, que agrega ao monitor um proces-sador independente, com plata-forma Windows, trazendo infor-mações clinicamente relevantes a partir da Intranet do Hospital ou aplicações para mais informa-ções para a decisão no momento do atendimento. Além disso, ele apresenta telas flexíveis com múl-tiplas interfaces e configurações com as quais se torna possível visualizar até 12 formas de ondas em uma tela de até 19 polegadas.

INFUSÃO PORTÁTILA bomba de infusão volumétrica, LF Smart, da Lifemed, é portátil e possui uma interface amigável e de fácil interação para todos os usuários. O equipamento é indicado para uso em infusão parenteral e enteral, o que permite a utilização de diversos tipos de medicações e dietas, incluindo anestésicos. Com programa-ção simplificada a LF Smart provém mais segurança e precisão durante o uso, resultando em uma redução na ocorrência de erros de manuseio e otimização do tempo no preparo do equipamento.

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PERFIL

O ENCONTRO DO MÉDICO THARCILLO TOLEDO FILHO COM A ARTISTA TARSILA DO AMARAL ENTRA PARA A HISTÓRIA DA CENTENÁRIA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA

OBRA DO

as mãos de uma pessoa, qualquer instrumento pode signifi car vida. Nas de um pintor, pincel e tinta traçam formatos e cores que dão uma visão particular daquilo que

ainda é tão enigmático para o ser humano. Nas de um médico, o bisturi opera milagres e transforma aquilo que é considerado como existência. No fi m, todos fazem parte de uma trajetória que é movida por enigmas e coinci-dências que marcam histórias.

“Eu nunca ouvi falar de nenhum Tarsilo”, dis-se a artista Tarsila do Amaral, um dos maiores nomes do modernismo brasileiro, ao seu “xará” Tharcillo Toledo Filho, clínico geral e pintor de aquarelas nas horas vagas, numa tarde de 1970. Tarsila, aos 86 anos, era internada no Hospital Benefi cência Portuguesa, em São Paulo, por doenças ocasionadas por sua idade avançada. Ela nunca sairia de lá com vida. Seu corpo dei-xaria o hospital três anos depois, mas as histórias contadas pelos corredores do hospital fi caram na memória do médico e de todos os outros.

Aos 82 anos, Tharcillo soa como um garoto ao relembrar de sua história, que se funde à do hospital e ao desenvolvimento da capital pau-lista. Seu ingresso na profi ssão data de 1955, 15 anos antes do encontro com a artista. Mesmo com a preocupação de atender todo e qualquer paciente, alguns acabam marcando mais do que outros, e nenhum fi cou tão vívido na mente do

Marcelo Andrade • [email protected]

doutor Tharcillo quanto sua xará modernista. Muito mais do que ter o mesmo nome da pin-tora, o médico descobriu, nesse dia de 1970, que eles foram batizados, muito provavelmente, por causa da mesma pessoa.

O jovem médico fi cou em sobressalto quando as enfermeiras o disseram que a paciente o chamava. “Entrei no quarto preocupado, imaginando que fosse alguma emergência. Mas o motivo era outro: curiosidade”, lembra. Ícone feminino que ajudou a transformar os rumos da arte nacional, a pintora não teria medo e deixaria de lado a questão que a intrigava: a origem do nome de seu médico. “Expliquei que minha avó tinha uma amiga italiana, em Campinas, com esse nome”, conta Tharcillo. A explicação não poderia ser mais interessante e comprovava o elo entre os dois: a mãe da pintora tinha uma amiga italiana com este nome, que morava na mesma cidade. Seria coincidência demais, para aquela época, duas Tarsilas em uma mesma cidade, que nem de longe se parecia com a Campinas de mais de 1 milhão de habitantes dos dias de hoje. “Chegamos à conclusão de que deveria ser a mesma pessoa”, recorda. O amor pela pintura, o nome e uma história, conectada em vários trechos, em comum.

A artista, um tanto provocadora, comentou que o nome, derivado de “Tarso”, deveria ser com “s”. Mas não contava com o conhecimento do médico sobre suas obras: ele logo a questionou sobre o porquê de ela, no início da carreira, assinar alguns quadros sob o nome “Tharsila do Amaral”. “Ela me disse que, no auge do modernismo, queria modernizar tam-bém seu próprio nome. Ela era inteligentíssima, charmosa, imagino o impacto que ela deve ter causado naquela época.”

HOSPITAL E PROFISSÃOQuando Tharcillo chegou para trabalhar na Benefi cência, ela estava prestes a completar

100 anos (foi inaugurada em 1859) e ainda funcionava na rua Brigadeiro Tobias, no centro paulistano. Dois anos depois, mudou-se para a região da Bela Vista - uma alteração polêmica porque o local fi cava “longe de tudo”, à época. “Era ousado, porque ali era uma ribanceira. A avenida 23 de Maio não existia, então o pessoal precisava descer em uma escadinha rústica, passar por uma viela e depois seguir à avenida Liberdade para pegar ônibus”, conta.

O tempo passou e a escolha se provou bem adequada, já que o conjunto hoje está numa região nobre, próximo à avenida Paulista, ao metrô e a diversos paradas de ônibus. Mas Tharcillo mantém sua ideologia original. “A Benefi cência foi fundada para atender toda a

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Ilustração do Abapuru: óleo sobre tela (1928), da Tarsila do Amaral

sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

população, nunca foi algo comercial. A atuação é no sentido de solidariedade humana”, relata, relembrando que, em 1932, por exemplo, o hos-pital atuou ativamente para atender os feridos na Revolução Constitucionalista.

Com a experiência de ter passado por pra-ticamente todos os cargos da Beneficência, Tharcillo tem suas sugestões para evolução do atendimento médico no Brasil. “É preciso dar mais importância para o exame clínico, por exemplo. Os de laboratório são importantíssi-mos, mas como complementos. Não se pode atender e examinar uma pessoa em apenas dez minutos”, ensina. Para ele, o País também pre-cisa se preocupar com as regiões mais distantes e que têm condições inadequadas, deslocando jovens profissionais e supervisores para que ocorra uma boa estrutura também nessas cida-

des, “desde que a cultura e os costumes locais sejam respeitados”. Tudo isso para o País evo-luir na missão de salvar vidas, que é o grande estímulo do incansável Tharcillo. “Eu tinha colega que sempre dizia: ‘ser médico é uma paixão que não tem remédio’. Até nas férias nós queremos tratar e ajudar os outros.”

E ainda hoje, depois de tantas histórias, a coincidência daquela tarde de 1970 não sai de sua memória. Até a morte da pintora, em 1973, Tharcillo a encontrou por mais algumas vezes, ouvindo histórias e histórias da artista que, se-gundo ele, era muito vivaz. “Ela nunca queria me deixar ir embora, sempre tinha algo para contar.” Ficaram as lembranças e a admiração pela obra, que agrada até àquele que não conhece nada sobre arte.” E agrada, também, a quem conhece de vida.

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tecnologia

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HosPiTaL iNTeLiGeNTe:TECNOLOGIAS MUITO ALÉM DA TIum lugar onde vidas serão salvas e desperdícios serão eliminados porque não faltarão ferramentas e informações para que uma decisão seja tomada. esse é o caminho definido pelos Cios das instituições que sabem que o futuro vai muito além da ti

Gilberto Pavoni Junior • [email protected]

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magine um hospital no futuro. As filas no atendimento foram eli-minadas. Cada medicamento que sai da farmácia é rastreado e sua dosagem e validade são contro-

ladas a distância. Nos laboratórios os exames são feitos e encaminhados da forma mais rápida possível. O equipa-mento de diagnóstico mais complexo gera uma imagem que trafega quase instantaneamente para qualquer área. Na sala de cirurgia um paciente em es-tado crítico foi salvo porque o médico conseguiu tomar a decisão correta de forma rápida. Nada é desperdiçado e tudo é exemplo de boa administração e sustentabilidade.

Esse é o objetivo que as empresas do ramo estão buscando atualmente. O termo que define isso e ganha espaço no setor explica bem a situação – hos-pital inteligente. “Estamos trabalhan-do para isso, ter 100% de integração em qualquer informação que se possa imaginar e em qualquer área do hospi-tal”, aponta o presidente da Associação dos CIOs de Saúde e gerente de TI do Hospital e Maternidade Cristovão da Gama, David Oliveira.

A diferença entre seu cargo exposto no crachá e sua função explica muito da complexidade da transformação que as instituições estão passando em busca desse futuro inteligente. Apesar de ser o homem da TI, Oli-veira cuida, pelo menos de alguma forma, de tudo que possa ser enxer-gado como tecnologia. Os equipa-mentos de diagnóstico, por exemplo, são de sua responsabilidade a partir do momento que geram imagens que servem de subsídio para tomada de decisão por um médico.

Se uma máquina de suporte de vida de um paciente sofre interferência da rede wireless, é ele que se envolverá na solução desse problema. Se algo pode ser rastreado ou alguma infor-mação captada e transferida, tam-bém. “Os CIOs de saúde têm uma rotina complexa e precisam entender que a evolução para um ‘hospital inteligente’ não é só TI”, comenta.

ITome, por exemplo, o lançamento da sala de cirurgia híbrida da Maquet, empresa

do Grupo Getinge, na Hospitalar 2012. O conceito apresentado cria um ambiente no qual poderá ser realizado qualquer procedimento (neurológico, ortopédico, car-diovascular, etc) com diagnóstico por imagem, extrema esterilização, economia de energia e recursos e comunicação instantânea com qualquer profissional do lado de fora. Para isso, é preciso mexer na arquitetura, adotar novos processos, comprar má-quinas modernas e montar uma infraestrutura ideal para que todas as informações digitais geradas sejam mostradas, armazenadas e enviadas de forma rápida e segura.

“Evidentemente que há TI aí, mas ela é a base sobre a qual tudo funciona”, diz a Gerente de Marketing da empresa, Jennifer Herbst. Segundo ela, o conceito foi bem aceito durante a Hospitalar e em breve deve fazer parte da oferta de alguns hospitais brasileiros. “O interesse foi grande não só pela modernidade e tecnologia que a sala expõe, os hospitais sabem que isso significa economia e diferencial no mercado”, diz.

Modernização tardia, Mas proMissoraO hospital inteligente é isso. Não adianta ter tecnologia de ponta para agradar aos

olhos. É preciso ser uma instituição sem falhas, sem desperdícios e que dá as melho-res condições para o trabalho dos profissionais e o melhor atendimento para seus pacientes. É uma complexidade que existe também em empresas de outros setores, mas nos hospitais ganha contornos ainda mais urgentes.

“Os hospitais começaram a trabalhar a TI só recentemente e nosso orçamento não é tão grande quanto bancos, fábricas ou empresas de telecomunicações. E enquanto nos atualizamos nisso, somos obrigados a lidar com uma nova forma de tecnologia que é só nossa e vem avançando de uma forma extremamente rápida”, lembra Oliveira.

Ele explica a situação. Os hospitais são diferentes de outras indústrias. Entre um servidor e um tablet na mão de um médico existem dezenas de tecnologias específicas que nos últimos anos deixaram de ser isoladas e exigem uma integração imediata. A cada dia mais informação digital é gerada por cada vez mais equipamentos em laboratórios, salas de cirurgia, balcão de atendimento e áreas de diagnóstico.

Qualquer processo demanda tecnologia. A movimentação de medicamentos numa empresa de saúde, por exemplo, é muito mais complexa do que o estoque e envio de peças numa indústria. Isso deve fazer a RFID (etiqueta inteligente) ser adotada antes no setor de saúde do que no varejo, que se pensava ser o “early adopter” para isso. Tudo num hospital está pedindo para ser integrado hoje em dia e ajudar a transformar o hospital antigo em um hospital inteligente.

“Um hospItal IntelIgente não é assIm porqUe tem vídeo oU smartphone na mão de fUncIonárIos, é Uma sérIe de solUções de telemetrIa, telemedIcIna qUe permItIrão qUe pacIentes sejam acompanhados por médIcos oU parentes à dIstâncIa oU qUe qUalqUer dado qUe se possa ImagInar esteja dIsponível a qUalqUer hora e em qUalqUer lUgar”

Claudio Giulliano, SbiS

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tecnologia

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sua opinião é muito importante // [email protected] // @saude_web

“cIos de saúde têm Uma rotIna complexa e precIsam entender qUe a evolUção para Um ‘hospItal IntelIgente’ nãoé só tI”

david oliveira, aSSoCiação doS CioS de Saúde 

DesafiosSeGundo o preSidente da SoCiedade bra-Sileira de informátiCa em Saúde (SbiS), o futuro promiSSor do hoSpital inteliGen-te tem barreiraS a Serem SuperadaS.

• InvestImento – o Setor não poSSui um orçamento Gordo para teCnolo-Gia. iSSo pode mudar noS próximoS anoS, maS, por enquanto, o Cio pre-CiSa Se dediCar a enxuGar deSper-díCioS da ti tradiCional e Ganhar a Confiança da direção para inveStir no futuro.

• Cultura – hoSpitaiS Convivem Com médiCoS Com tabletS na mão e fun-CionárioS Com pouCo ConheCimen-to de um pC de meSa. Sem moStrar Como a interoperabilidade dá re-Sultado ou CompliCando aS Solu-çõeS CriadaS para oS uSuárioS, o Cio verá o uSo do papel e proCeS-SoS antiGoS prevaleCerem.

• Falta de padrões – o Setor Convive Com uma miríade de teCnoloGiaS que ainda não poSSuem padrõeS eStabe-leCidoS de merCado para interaGi-rem. há ainda falta de parCeiroS que Saibam trabalhar eSSa inteGração no merCado Com oS pouCoS padrõeS que exiStem.

• prIvaCIdade e ConFIabIlIdade – no braSil o movimento é pequeno, maS a medida na qual aS informaçõeS Se tornam diGitaiS, médiCoS e paCienteS Começam a demandar SeGurança e reStriçõeS para a Guarda e envio de dadoS. a falta de eStratéGia para iSSo pode breCar a evolução do hoSpital.

desafios e coMplexidadeOs desafios são grandes. “Quando falá-

vamos em modernização há alguns anos a meta era ter uma operação sem papel ou com o melhor da TI. Isso mudou”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Cláudio Giulliano. Para ele, a partir do momen-to que tudo que se possa imaginar como processo suportado por tecnologia em um hospital está interagindo, é quase impos-sível pensar num limite para os benefícios gerados e os novos serviços que surgirão.

“Um hospital inteligente não é assim porque tem vídeo ou smartphone na mão de funcionários, é uma série de soluções de telemetria, telemedicina que permiti-rão que pacientes sejam acompanhados por médicos ou parentes a distância ou que qualquer dado que se possa imaginar esteja disponível a qualquer hora e em qualquer lugar”, diz Giulliano. Para ele, um ‘hospital inteligente’ é o resultado de TI, tecnologia específica da área de saúde, cultura, transformação física das institui-ções, modernização de processos e gestão.

sala de cirurgia híbrida da maquet apresentada na hospitalar 2012: ti é base para funcionamento

Foto: Divulgação

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LIVROS

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Gestão de operações em saúdeNesta obra são abordados temas sobre gestão de operações em insti-

tuições de saúde, como logística de materiais, processos, administração de capacidade e de recursos, todos baseados em exemplos práticos. Como coordenar as equipes? Como evitar fi las? Como garantir que os insumos do hospital estarão à disposição dos profi ssionais, sem prejuízos para a organização, no lugar e horário certos. Responder a essas perguntas é um dos deveres do gestor de operações, e o livro é mais uma ferramenta de auxílio na boa gestão desse profi ssional.Autor: Libania Rangel de Alvarenga PaesEditora: AtheneuNúmero de páginas: 192Preço sugerido: R$59

Sistemas de gestão ambiental (ISO 14001) e saúde e segurança ocupacional (Ohsas 18001)

O objetivo dessa publicação é discutir os benefícios para a implantação integrada das normas OHSAS 18001 e da ISO 14001. Ele aborda, também, a sinergia existente nessa integração para o processo de gestão dos perigos relacio-nados ao processo produtivo, alinhando o desempenho da organização a um nível mais elevado de responsabilidade social, segundo a ótica do desenvolvimento sustentável. O conteúdo dos capítulos da obra pretende fornecer ele-mentos para que se possa perceber como o processo de implantação integrada dos dois instrumentos de gestão pode ser interessante tanto do ponto de vista econômico, estratégico e gerencial, como do operacional, otimizando sua gestão dentro de uma perspectiva holística.Autor: Mari Elizabete Bernardini SeiffertEditora: AtlasNúmero de páginas: 201Preço sugerido: R$51

Hospital – Acreditação e gestão em saúdeFundamentado na experiência de seus auto-

res e colaboradores, o livro “Hospital – acredi-tação e gestão em saúde” oferece ao leitor um entendimento global sobre o funcionamento de um hospital, as funções que devem estar presentes para sua sobrevivência, além de dis-ponibilizar as ferramentas necessárias para que o gestor possa estruturar um sistema ope-racional viável que atenda as necessidades da sociedade, prestando um serviço de qualidade e que satisfaça seus clientes.Autores: Renato Camargos Couto e Tânia M. Grillo PedrosaEditora: GuanabaraNúmero de Páginas: 390Preço sugerido: R$ 137

Gestão do serviço de enfermagemno mundo globalizado

Este livro tem como proposta abordar os vários aspectos do geren-ciamento do serviço de enfermagem em realidades distintas e sob diversos pontos de vista. A obra analisa a importância da gestão de projetos em curtos e longos prazos, abrangendo, entre outros temas, os aspectos éticos, as políticas públicas e institucionais, bem como a qualidade na relação equipe-cliente e, também, na implementação de novos recursos tecnológicos dentro das instituições de saúde.Organizadores: Karen Cardoso Caetano e William MalaguttiEditora: RubioNúmero de páginas: 340Preço Sugerido: R$55

Medicina intensiva - guia de consulta rápidaUtilizando uma abordagem fi siopatológica, o autor incluiu diagramas, fi guras

e tabelas que lhe parecem ser úteis ao entendimento das principais doenças e condições patológicas encontradas na UTI. Uma série de ilustrações práti-cas busca ajudar os médicos intensivistas a diagnosticar e tratar as doenças. O livro ainda oferece informações para facilitar a prática clinica cotidiana e cobre temas de A-Z, incluindo exames laboratoriais e outros procedimentos diagnósticos, sistemas de graduação, procedimentos invasivos, utilização de equipamentos e tratamento farmacológico relevante.Autor: Jean-Louis VincentTradutor: Carlos Henrique de Araujo CosendeyEditora: DILIVROSNúmero de páginas: 104Preço sugerido: R$68

Regulamentação econômica da saúdeO livro trás uma refl exão sobre o controle de preços de medicamentos e de planos de saúde

realizados no Brasil, respectivamente pela Câmara de Medicamentos e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em face da sistemática da ordem econômica brasileira, colocada pela Constituição Federal de 1988, bem como, pelos objetivos de ampliação de acesso a produtos e serviços de saúde também impostos pela Constituição. A análise de constitucionalidade dos controles de preços é realizada por meio do estudo do sistema jurídico nacional, da avaliação eco-nômica dos mercados em questão e da inter-relação entre esses dois aspectos do objeto estudado.Autor: Rodrigo Alberto Correia da SilvaEditora: LCTENúmero de páginas: 192Preço sugerido: R$46

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internacional

Geomedicina é nova fronteira para ti em saúdePor InformatIonWeek BrasIl Especialistas de TI em saúde, em breve, começarão os debates sobre uma tendência chamada geomedicina, que combina sistema de informação geográfica (GIS, as sigla em inglês) com bancos de dados clínicos para prover ideias de algo que possa melhorar o estado de saúde de uma população ou indivíduo. Embora boa parte da atividade ainda esteja concentrada na academia, empresas de GIS já começam a explorar o potencial comercial da ferramenta. De acordo com Esri, fabricante de GIS baseada na Califórnia (EUA), “um sistema de informação geográfica integra hardware, software e dados para captura, gestão, análise e apresentação de informações geograficamente referen-ciadas em todos os formatos”. Uma aplicação de GIS permite ao usuário inserir dados em mapas eletrônicos para encontrar onde estão determinadas coisas, mensurar quantidade ou densidade para certos comportamentos em áreas geográficas definidas ou encontrar o que está ocorrendo em uma área particular ou sua vizinhança.

tecnoloGia

rede amil inteGra sistemas ris e pacs em sÃo paUlo

novidade

formato clínicoestrUtUra Unidadesde neGócio

A Formato Clínico, empresa de consultoria em Medicina Diag-nóstica, estruturou-se em três unidades de negócios baseada em suas competências centrais (core competence): Consultoria de Processos e Qualidade, Con-sultoria em Negócios em Saúde e Educação Continuada. De acor-do com o sócio- diretor Gustavo Campana (foto), a primeira área atua na melhoria dos processos com base na ferramenta Lean, com a visão integrada aos requi-sitos dos sistemas de gestão da qualidade, assessorando seus clientes no gerenciamento dos processos de certificação ou acre-ditação. Já a área de Consulto-ria em Negócios em Saúde tem foco em projetos relacionados à estratégia e gestão, auxilian-do as empresas na elaboração e revisão de seu planejamento estratégico e na transferência de conhecimento por meio de Ad-visory Board. Com o intuito de oferecer às empresas de medicina diagnóstica soluções para a atu-alização de seus colaboradores, por meio de cursos customizados ou em sua central de treinamen-to, está a Unidade de Negócios Educação Continuada.

A GE Healthcare está implantan-do em toda a Rede Assistencial da Amil de São Paulo soluções de RIS, sistema de informação e radiologia, que trabalha para gerenciar o flu-xo de informações enviadas para setores de radiologia e medicina nuclear, e PACS, recurso que permi-te armazenar, visualizar, distribuir e imprimir imagens e exames em diferentes departamentos. O projeto tem o objetivo de integrar 12 hospitais, 23 unidades avança-das de centros médicos, 43 consul-tórios satélites, 2 unidades do Amil Resgate e 3 unidades do Total Care. Desta forma, será possível dispo-nibilizar aos médicos, enfermeiros e radiologistas tanto o acesso às informações como também às ima-gens e laudos realizados. Além disso, o sistema trabalha para

possibilitar que pacientes de regiões afastadas do Estado de São Paulo recebam atendimento. Isso acontece porque sua rede assistencial possui atualmente 23 pontos de conexão de telemedicina, que possibilitam que médicos que estejam em localidades distantes se comuniquem com pro-fissionais especializados. De acordo com o diretor técnico da Rede Assistencial da Amil em São Paulo, Fernando Leibel, com os siste-mas integrados, o médico consegue ver a tomografia, ressonância, discu-tir o caso online com o médico local e encontrar uma solução, possibilitan-do melhores resultados aos pacien-tes. “Trabalhamos com prontuário eletrônico acoplado ao sistema de imagem que é capaz de proporcionar a visualização da evolução de todas as tomografias realizadas”.

Leibel conta que o sistema integrado de saúde já implantado e, agora, a GE faz a conexão das imagens. Esta etapa será finalizada até o final do ano. Com a finalização do projeto, a instituição que realiza atualmen-te cerca de 800 mil exames por ano, realizará 1,6 milhão. O diretor técnico da GE para Health-care IT na América Latina, Francisco Sapori, adianta ao Saúde Web que existe uma solução para Ipad, mas que esta encontra-se em processo na Anvisa. “Quando essa ferramenta estiver pronta os médicos poderão se comunicar entre si e também com os pacientes”. A diminuição dos erros médicos também vem se tornado uma reali-dade, uma vez que as informações dos pacientes estão disponíveis em todos os momentos. O fato de não precisar expor os pacientes de forma desnecessária à radiação também é uma conquista. Isso porque muitos exames eram realizados mais de uma vez devido à ausência de informações. Para Leibel não existe nada mais caro do que uma medicina feita de for-ma errada. No entanto, vale lembrar que, antes da parceria, os hospitais da Amil não tinham contato com soluções integradas, pois cada hos-pital possuía sua própria solução e não havia integração com as demais áreas. “Não conseguíamos que um médico com Ipad em uma cidade afastada conseguisse visualizar uma imagem. Afinal os sistemas não con-versavam entre si”.

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