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PROGRAMA FORMAÇÃO CIDADÃ

Revista Formação Cidadã - FIRESO

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Uma das ações da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) no campo da responsabilidade social é o Programa Formação Cidadã. Trata-se de uma iniciativa pioneira que vem se consolidando como ferramenta de disseminação no meio acadêmico do conhecimento sobre a prática da cidadania empresarial.

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PROGRAMA

FORMAÇÃOCIDADÃ

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Sumário

Editorial 4 Compromisso com a sociedade

Palavras do Presidente 5 A era da modernidade e a formação cidadã

Entrevista 6Maria Leinad Vasconcelos Carbogim: Pertencimento, desejo de conhecer e cuidar.

FIRESO 10Desenvolvimento também passa pela Responsabilidade Social

Ensino Sustentável 13Jornalista Wânia Dummar

Balanço Social das Instituições de Ensino Superior 15Responsabilidade Social (Estácio | FIC) 16

Balanço Social 16 (UNICHRISTUS) 17

Abraçando a Ideia de Comprometimento Social (Faculdade Cearense) 18

Responsabilidade Social (Faculdade Darcy Ribeiro) 19

Ações de Responsabilidade Social (FAECE e FAFOR) 20

Programa de Responsabilidade Social (Faculdade Farias Brito) 22

Compromisso com Solidariedade (FGF e APEC) 23

FLATED e a Sustentabilidade (FLATED) 24

Compromisso com a Sociedade (Faculdade Luciano Feijão) 25

Indo Bem Fazendo o Bem (Fanor) 26

Responsabilidade Social e Consciência Cidadã: as Experiências Desenvolvidas (FAMETRO) 28

Responsabilidade Social: Na FA7 a Gente Faz! (FA7) 29

Sustentabilidade como aprendizado: Casos Notáveis (FATENE) 30

Fruto da Crença na Educação como Força Propulsora da Transformação (AESP/CE) 31

O desenvolvimento pela educação e inclusão (Instituto Dom José) 32

Artigo do EstudanteSaneamento Ecológico: A implantação das fossas verdes em uma comunidade da região metropolitana de Fortaleza 34

A inclusão da educação diferenciada para o turismo cultural na tribo Jenipapo Kanindé 36

Fique Sabendo 38

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Uma das ações da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) no campo da responsa-bilidade social é o Programa Formação Cidadã.

Trata-se de uma iniciativa pioneira que vem se consoli-dando como ferramenta de disseminação no meio acadêmico

do conhecimento sobre a prática da cidadania empresarial. Este programa funciona à base de alianças com Instituições de

Ensino Superior (IES) de Fortaleza, promovendo a inserção em seus currículos de atividades teóricas e práticas da responsabilidade social, vi-sando fornecer ao mercado de trabalho profissionais melhor preparados e mais comprometidos com a sociedade.

O Programa Formação Cidadã, criado em 2002, no âmbito do então Grupo de Ação de Responsabilidade Social da FIEC, que evoluiu para o Instituto FIEC de Responsabilidade Social (FIRESO), se anteci-pou à iniciativa do Ministério da Educação e Cultura (MEC) de regu-lamentar o novo Sistema de Avaliação Nacional da Educação Superior, por meio da Lei 10861/2004, determinando que as faculdades pas-sassem a desenvolver projetos de responsabilidade social passíveis de avaliação pelo Ministério.

Centenas de alunos já foram beneficiados pelo programa nas facul-dades parceiras, seja por meio de disciplinas obrigatórias ou pela partici-pação em atividades transversais, tais como seminários, projetos sociais em comunidades carentes e atividades no âmbito acadêmico.

Este programa, que plantou a semente do empreendedorismo so-cial nas IES do estado, é mais uma contribuição da FIEC à sociedade cearense. Com os resultados já alcançados, a experiência recebeu a in-dicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para ser aplicada em outras federações de indústrias do País.

O reconhecimento nacional do Formação Cidadã reforça a nossa crença sobre a importância de se trabalhar a responsabilidade social em-presarial e nos anima ainda mais a prosseguir com a sua disseminação em nosso meio.

EditorialCompromisso com a sociedade

Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC)

DIRETORIA Presidente Roberto Proença de Macêdo 1º Vice-Presidente Ivan Rodrigues Bezerra Vice-Presidente Carlos Prado, Jorge Alberto Vieira Studart Gomes e Rober-to Sérgio Oliveira Ferreira Diretor Administrativo Carlos Roberto Carvalho Fujita Diretor Administrativo Adjunto José Ricardo Montenegro Cavalcante Diretor Financeiro José Carlos Braide Nogueira da Gama Diretor Financeiro Adjunto Edgar Gadelha Pereira Filho Diretores Antônio Lúcio Carneiro, Fernando Antônio Ibiapina Cunha, Francisco José Lima Matos, Frederico Ricardo Costa Fernandes, Geraldo Bastos Osterno Júnior, Hélio Perdigão Vasconcelos, Hercílio Helton e Silva, Ivan José Bezerra de Menezes, José Agostinho Carneiro de Alcântara, José Alberto Costa Bessa Júnior, José Dias de Vasconcelos Filho, Lauro Martins de Oliveira Filho, Marcos Augusto Nogueira de Albuquerque, Marcus Venícius Rocha Silva, Ricard Pereira Silveira e Roseane Oliveira de Me-deiros CONSELHO FISCAL Titulares Francisco Hosanan Pinto de Castro, Marcos Silva Montenegro e Vanildo Lima Marcelo Suplentes Fernando Antônio de Assis Esteves, José Fernando Castelo Branco Ponte e Verônica Maria Rocha Per-digão Delegados da CNI Titulares Fernando Cirino Gurgel e Jorge Parente Frota Júnior Suplentes Roberto Proença de Macêdo e Carlos Roberto Carvalho Fujita Superintendente geral do Sistema FIEC Paulo Studart Filho.

Instituto FIEC de Responsabilidade Social (FIRESO)

Presidente Roberto Proença de Macêdo Vice-presidente Wânia Cysne de Medeiros Dummar Diretor Administra-tivo Carlos Roberto Carvalho Fujita Diretor Financeiro José Carlos Braide Nogueira da Gama Coordenação Beatriz Gurgel Consultora Loredana Sofia Analista Maria Iranilda Lourenço Agente Administrativo Ítalo Barreira.

Revista Formação Cidadã

Editor Luis Carlos C. de Morais - DRT/CE nº 53. Editoração Fernando Lucas Lisboa Landim - Sistema FIEC/CEDIP/Edito-ração Ilustração Guabiras Tiragem 2 mil unidades Revisão Beatriz Gurgel (MTB 1676) Periodicidade Anual ISSN ????

As opiniões nos artigos assinados não refletem necessariamen-te a opinião da revista do Programa Formação Cidadã. Não é permitida a reprodução de fotos e dos textos desta publicação sem autorização do editor, por escrito.

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A era da modernidade pela qual a humanidade está passando, simbolizada pelo imenso apa-

rato tecnológico que por vezes reduz as relações pessoais a meros contatos virtuais, onde a ética quase sempre é relativizada – e os conceitos do que é certo ou errado relegam a cidadania a segundo plano –, faz-se necessário um repensar constante sobre quais caminhos estamos trilhando quando buscamos o bem comum. Nesse senti-do, o papel da universidade, a partir do termo latim “universitas”, que se rela-ciona com “conjunto, universalidade, comunidade”, exige olhar profundo a respeito desse período complexo, mas também extremamente desafiador.

Nesse sentido, deve ser saudado com efusividade o  Programa Forma-

ção Cidadã, desenvolvido pelo Instituto FIEC de Responsabi-lidade Social (FIRESO). Criado em 2012 como elemento de articulação e fomento à respon-sabilidade social no ensino su-perior no Ceará, esse trabalho envolve verdadeiros abnegados nessas instituições, estimulan-do a comunidade acadêmica em relação às novas demandas da sociedade que ultrapassam as fronteiras do tecnicismo, for-mando pessoas criativas, inova-doras e que compreendam os desafios da sustentabilidade.

Como cultuador do co-nhecimento que alie a funcio-nalidade técnica aos preceitos éticos e à lógica voltada a aten-

der às necessidades de melhorias das condições de vida da sociedade, pen-so ser fundamental que instituições de ensino superior assumam de fato a missão de pensar e refletir sobre os objetivos sociais, econômicos e am-bientais, com foco na pessoa humana. Assim, na FIEC, temos defendido a aproximação constante com a acade-mia, sem excluir como baliza desse re-lacionamento a junção entre o saber e a cidadania, aspectos indissociáveis do desenvolvimento que tanto buscamos.

Prova essa assertiva o esforço em-preendido para disseminar o conceito de inovação em nossas empresas, que tem procurado destacar como prin-cípio fundamental a possibilidade da geração de oportunidades de renda e

emprego, como catalisadores dos anseios da grande maioria da popu-lação. O Programa Formação Cidadã, à medida que propugna que responsabilidade social é também inovar em ações de desenvolvimento sustentável, compreendendo os interesses e desafios inerentes a esse processo, coaduna-se perfeitamente com a visão de futuro que queremos para nossas indústrias.

Palavras do PresidenteA era da modernidade e a formação cidadã

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Na cadeira com encosto ortopé-dico para amenizar as dores da coluna, no escritório de

seu apartamento, no 12° andar de um prédio na Aldeota, Maria Leinad Vasconcelos Carbogim desfia eletri-camente sua história intercalando passagens boas e ruins. “Nordestina, sertaneja, talhada na aridez e na peleja do sertão de Crateús”, como se defi-ne, diz ter aprendido com o tempo a amar tudo o que faz, a resistir e a não

desistir da luta, recomeçar a cada der-rota. “Aprendi, sobretudo, a acreditar na força imanente que rege a comu-nidade humana como uma corrente luminosa de solidariedade universal.”

Personalidade no Ceará na área de inovação social, Leinad, formada socióloga, é daquelas pessoas capazes de esquecer das horas ao falar de seus projetos, sonhos e desafios. Tem sido assim desde que assumiu a direção executiva da Fundação Brasil Cida-

dão, responsável pelo programa Teia da Sustentabilidade, em Icapuí. Por meio do trabalho estão em andamen-to na cidade cerca de 30 ações que se entrelaçam sistematicamente, abrindo novas perspectivas para os moradores daquele município no litoral leste do Ceará, a 172 quilômetros de Fortale-za.

Para entender um pouco do significado desse trabalho, porém, é preciso conhecer a própria história de

Maria LeinadVasconcelos Carbogim

Pertencimento, desejo de conhecer e cuidar

Entrevista

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vida de Leinad. História que se inicia biologicamente em Canindé no dia 21 de julho de 1944. Da cidade que adotou São Francisco, Leinad não tem tantas referências, já que se mudou com a família para Crateús aos três anos. Ali, nos Inhamuns, aprendeu o verdadeiro sentido da religião com dom Antônio Batista Fragoso.

Primeiro bispo de Canindé, no-meado por Paulo VI em abril de 1964, dom Fragoso fez parte dos signatários do Pacto das Catacumbas, documen-to redigido por 40 padres participan-tes do Concílio Vaticano II, dentre eles muitos bispos latino-americanos e brasileiros, no dia 16 de novembro de 1965. Por meio do documento, comprometeram-se a levar uma vida de pobreza, renegar os símbolos e pri-vilégios do poder e colocar os pobres no centro de sua ação pastoral.

Foi essa relação de comprome-timento com o social, reforçada em 1968 com o que viu pela TV dos protestos sociais na França, que des-pertou Leinad para uma postura de cidadania. Com esse espírito, deixou Crateús e foi para São Paulo estudar Sociologia. Desde então, diz nunca ter se afastado das comunidades mais humildes. Fez mestrado na Pontifícia

Universidade Católica (PUC), o que a levou a manter contato com os me-lhores mestres. O passo seguinte a le-vou ao mestrado em Sociologia Rural.

A inquietude inerente aos que têm a missão de transformar as estru-turas e quebrar barreiras, levou-a em 1979 a avaliar que era o momento de deixar São Paulo. Com o marido publicitário, João Bosco Carbogim, partiram de carro para Belém (PA). O destino lhe reservou nesse trajeto

uma parada em Aracati. Foi o primei-ro contato com Icapuí, à época ainda distrito de Aracati. Em Belém, passou seis meses.

Depois vieram para FortalezaAqui, Leinad deu aulas em uma

escola no Conjunto Palmeiras, na periferia da cidade, utilizando o mé-todo Paulo Freire. O futuro a levou ao Unicef, em 1992, tendo assumido, em determinado momento, a direção-geral. Após a aposentadoria, foi fazer um trabalho justamente em Icapuí, agora emancipado, onde já havia mantido boas relações em vista de uma experiência nova no campo da administração pública, como o orça-mento participativo.

Por meio da Fundação Brasil Cidadão começou a desenvolver ação na área da educação de forma sistêmi-ca. Isso se deu em 2002. Por meio do projeto Este Mar é Meu, foi feita uma pesquisa com os jovens indicando, entre outros fatores, que o principal objetivo era entrar na universidade. Mas eles não conseguiam acesso à

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escola pública. Quando a pesquisa foi apresentada ao prefeito Dedé Teixeira, ele deu todo o apoio ao trabalho.

Foi então que os membros do projeto decidiram procurar o colégio Espaço Aberto, em Fortaleza, com a proposta de que professores fossem dar aulas em Icapuí em nível de cursi-nho. Essas aulas ocorriam às sextas-fei-ras e aos sábados. As pousadas deram hospedagem, os restaurantes a comida e a prefeitura a gasolina para os profes-sores irem de Fortaleza até lá. O re-sultado é que em três anos de projeto, dos cerca de 400 inscritos, em torno de 60 foram aprovados em universida-des públicas.

O Espaço Aberto também trou-xe, por meio da parceria, professores de Icapuí para Fortaleza para se reci-clarem. Hoje, diz Leinad, isso já faz parte de política pública no município. A ideia inicial com o projeto era formar capital social para, a partir daí, irem se engajando em outras iniciativas. O princípio era procurar fazer com que as pessoas se tornassem participativas. O conceito adotava três vertentes: o pertencimento, o desejo de conhecer o seu território e o cuidar. Surgia o que é hoje o Teia da Sustentabilidade.

Segundo Leinad, as ideias surgi-das como projetos para a rede eram,

na verdade, simples. O que era preciso era que as pessoas mudassem o olhar sobre determinada situação vivencia-da nas comunidades. Para ela, isso se enquadra verdadeiramente no que vem a ser tecnologia social, que é a forma de transformar a realidade em benefício de todos: “Temos de trans-formar a vida de todos, e não apenas de alguns. Esse é o princípio maior”.

A Teia de Sustentabilidade tem sido alvo de debates e premiações em vários fóruns. Isso, no entanto, como revela Leinad, não significa que haja uma fórmula a ser adotada para que o

programa dê certo em outros lugares. Tanto que, em tom de recado, ela pre-fere dizer que em cada comunidade onde a Teia possa vir a ser replicada, o importante é que a iniciativa conte essencialmente com a participação da população.

Ou seja, explica Leinad: “Apre-ende-se o saber popular, aplica-se a tecnologia e melhora a realidade da comunidade sem degradar. Não se pode é querer chegar lá aplicando téc-nicas como se as pessoas também não tivessem conhecimento sobre aquela realidade, menosprezando o saber po-pular”. Mais direta, impossível. F

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A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) tem no Instituto FIEC de Respon-

sabilidade Social (FIRESO) um aporte para potencializar ações socialmente responsáveis e promover boas práticas de responsabilidade social em parceria com a sociedade civil, estimulando a formação de redes de colaboração. São diversas ações encabeçadas pelo Insti-tuto estimulando redes de cooperação na esfera da Responsabilidade Social.

Dentre os projetos pioneiros que o FIRESO já desenvolve para a promo-ção da Responsabilidade Social, quatro programas prioritários têm demandado especial atenção do Instituto: “Difusão

da Cultura Indígena”, “Formação Ci-dadã”, “Segurança Pública” e “Volun-tariado”.

O programa “Difusão da Cultu-ra Indígena: Memória e Patrimônio Artístico” há 13 anos contribui para o desenvolvimento comunitário das etnias indígenas cearenses. Para além do reconhecimento, a ação promove a equidade social por meio do fortaleci-mento da identidade e da cultura das seguintes etnias atendidas: Tremembé em Itarema e Itapipoca, Jenipapo-Ka-nindé em Aquiraz, Kanindé de Ara-tuba na serra de Aratuba, Tapeba em Caucaia e Pitaguary em Maracanaú e Pacatuba.

Com oficinas nas próprias comu-nidades, o programa auxilia no aper-feiçoamento do artesanato feito pelos indígenas, sem deixar de lado a preo-cupação ambiental, com a utilização de materiais ecologicamente viáveis. As peças produzidas são, posteriormente, comercializadas em feiras, eventos e na loja Toré-Torém mantida pelo Ins-tituto em parceria com o Governo do Estado, na Central de Artesanato Luiza Távora (Ceart), em Fortaleza.

“É uma forma de escoamento dos produtos oriundos das aldeias, tudo isso agregando valor à economia local, potencializando sua comercialização e ampliando suas cadeias produtivas”,

FIRESODesenvolvimento também

passa pela Responsabilidade Social

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diz Wânia Dummar, vice-presidente do FIRESO. “O ganho maior é proporcio-nar ao artesão a oportunidade de uma profissão, uma vez que eles são cadas-trados oficialmente pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS)”, complementa.

Em 2014, o FIRESO, juntamente com a Secretaria de Turismo do Esta-do, articula a criação de um Centro de Referência da Cultura Indígena do Estado, destinado a preservar a memó-ria e o patrimônio artístico indígena cearense. O equipamento cultural ocu-pará um espaço no Centro de Turismo – Emcetur, no centro de Fortaleza, e contará com um acervo de peças tra-dicionais.

Outro programa que é desen-volvido com especial atenção pelo FIRESO é o “Segurança Pública”, que promove formação social dos policiais cearenses em ações sócio-educacio-nais, numa parceria com órgãos pú-blicos e privados. O objetivo é ampliar as competências cognitivas, sociais e emocionais para melhorar a prestação de serviços destes profissionais. No ano de 2012, foram 719 policiais aten-didos e 30 curso/palestras realizadas.

Quanto ao projeto de “Volun-tariado” desenvolvido pelo FIRESO,

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a finalidade é promover o estímulo a ações voluntárias, através de um pro-grama que mobiliza colaboradores do Sistema FIEC para o engajamento em projetos que atendam a segmentos sociais de vulnerabilidade. Os colabo-radores participam do programa em atividades lúdicas e culturais que acon-tecem mensalmente. Em 2013, as ins-tituições atendidas foram o “Abrigo da Tia Júlia” e o “Abrigo Casa de Nazaré”. Além disso, campanhas pontuais, abra-çando diversas causas, realizadas com outras instituições parceiras tiveram a colaboração do programa de Volunta-riado do FIRESO. F

Formação CidadãO programa Formação Cidadã tem objetivo de disse-minar o conhecimento e a cultura da responsabilidade social dentro das instituições de ensino superior e for-mar estudantes e educadores com a compreensão da realidade social. Com uma concepção inovadora de ar-ticulação e fomento da responsabilidade social entre o meio acadêmico e empresarial, integrando instituições privadas e públicas em projetos que envolvam ações co-letivas no campo da sustentabilidade social, o programa formação cidadão estimula assim a cultura de equidade social e de compromisso ético diante das necessidades coletivas.

Ao longo de mais de dez anos de atuação, o programa já formou uma rede de 25 instituições, dentre universi-dades e faculdades que o integram. Em 2012, recebeu o reconhecimento da Confederação Nacional das Indús-trias (CNI) como “Tecnologia Social” bem sucedida.

Destacamos em 2013 a realização do VI Encontro de Responsabilidade Social no Ensino Superior na FIEC com o tema Inovação e Desenvolvimento Sustentável, que ocorre no mês de outubro, ações de extensão acadê-mica no abrigo Tia Júlia ,na Casa de Nazaré, Casa do Estudante e na Polícia Militar; participação das institui-ções no Ação Global em Caucaia que contou com 126 pessoas entre alunos e professores dando atendimento a comunidade.

Instituições de Ensino SuperiorParceiras

Acadêmia Estadual de Segurança Pública - AESPCapacitado Centro EducacionalCentro Universitário UnichristusCentro Universitário Estacio - EstácioFaculdade Darcy Ribeiro - FDRFaculdade Cearense - FacFaculdade de Ensino e Cultura do Ceará - FAECEFaculdade Farias Brito - FFBFaculdade de Fortaleza - FaForFaculdade Integrada da Grande Fortaleza - FGFFaculdade Latino Americana de Educação - FLATEDFaculdade Nordeste Devry - FanorFaculdade Metropolitana da Grande Fortaleza - FametroFaculdade Sete de Setembro - Fa7Faculdade de Tecnologia Intensiva - FATECIFaculdade Terra Nordeste - FateneInstituto Dom José - IDJInstituto Federal do Ceará (Fortaleza)Ieducare Faculdades Inta Faculdade Luciano Feijão - FLFFaculdade Grande Fortaleza - FGFFaculdade Vale do Jaguaribe

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Questões relativas a responsa-bilidade social, desenvolvi-mento sustentável, sustenta-

bilidade, nunca foram desconectadas de matrizes e matizes econômicas de caráter amplo e universal, mas nos úl-timos anos elas vêm se consolidando por meio de regulamentações, a exem-plo da NBR 16001 e da ISO 26000. De modo que a pressão para que haja esse entendimento abrange todos os segmentos da sociedade, e como pa-râmetro competitivo, a indústria e o comércio.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) há muito com-preendeu a importância destas questões para fortalecer o país com uma economia competitiva e justa, na forma como está dito em seu mapa estratégico para os anos de 2013 a 2020. Este reitera esse ideário na apresentação de fatores-chave que visam garan-tir a competitividade da indústria brasileira, especialmente na próxi-ma década, já que países como a China vem crescendo vertiginosa-mente e ocupando valiosos nichos de mercado. Para manter-se nessa condição competitiva, com o fito de ampliar suas possibilidades, a CNI vislumbrou como fundamen-tação de seu mapa a EDUCAÇÃO, como base de suas ações e de sua política. Em 2004, a CNI partici-pou da reforma universitária, e muitas questões por ela coloca-das foram acatadas, tais como a

ampliação da oferta de graduação tecnológica.

Daí, a indústria alçou a sua es-tratégia à comunidade acadêmica ciente que um dos grandes papéis tradicionais do ensino superior é a educação dos futuros dirigentes da sociedade. A aliança empresa/academia vem provocando a reno-vação de instrumentos educativos essenciais por parte das Institui-ções de Ensino Superior, como a implantação de novos modelos de educação, antes determinados pelos estabelecimentos de ensino e no momento atual, voltando-se para atender a programas orienta-dos para tendências de mercados e situações profissionais baseadas no trabalho e nos resultados. Nes-tas condições, temos notado que o ensino superior vem antecipan-do-se, como pode, à espreita das mudanças das principais tendên-cias, para adaptar seus programas e sua organização dos estudos, oferecendo assim melhores opor-tunidades de empregos a seus diplomados, as quais implicam não somente que os universitários adquiram competências profissio-nais de ponta, mas que tenham ainda plena consciência das ques-tões culturais, ecológicas e sociais que lhes correspondam.

Com as novas mudanças no mundo contemporâneo os esta-belecimentos de ensino superior, tratam de reforçar os laços com

o mundo do trabalho e através de pesquisas de mercados, propõem serviços de orientação profissio-nal ao aluno, promovem o diálogo mais próximo com os futuros em-pregadores (comércio e indústria), incentivando a ligação mais estrei-ta entre os estudos e os contextos profissionais.

Em consonância com esse propósito, a FIEC vem priorizando o programa UNIEMPRE, visando estimular projetos de inovação na área industrial, tendo como refe-rência inclusive padrões interna-cionais de ensino. Para tanto, a in-dústria que necessita de recursos humanos qualificados, criativos e com capacidade empreendedora deverá contribuir para modelar os mercados de trabalho exer-cendo suas funções tradicionais e também revelando em escalas, as demandas e necessidades inova-doras, por tanto, as novas possibi-lidades de emprego para as gera-ções recém-diplomadas atentas as necessidades de mercado. F

Ensino SustentávelWânia Cysne Dummar Presidente do Conselho Temático de Responsabilidade Social da F iecVice-Presidente do Instituto Fiec de Responsabilidade Social

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Balanço Social das Instituições de Ensino SuperiorUm olhar ao passado projetando o futuro.

O Instituto FIEC de Responsabilidade Social (FIRESO) e as Instituições de Ensino Superior parceiras do programa Formação Cidadã apresentam as atividades sociais referentes ao ano de 2013. Diversas ações ocorrem mobilizando entidades e segmentos da nossa sociedade. As páginas que seguem retratam esses momentos e nos informam sobre

o que cada instituição de ensino superior realizou, cumprindo assim um compromisso com o meio social em que vivemos, ampliando o diálogo e reafirmando a responsabilidade social com a sociedade acadêmica. Boa leitura!

Parceiros:

FortalezaCentro Universitário Estácio - FICCentro Universitário ChristusFaculdade Cearense - FACFaculdade Darcy Ribeiro - FDRFaculdade de Ensino e Cultura do Ceará - FAECEFaculdade Farias Brito - FFBFaculdade de Fortaleza - FAFORFaculdade Grande Fortaleza - FGFFaculdade Latino Americana de Educação - FLATEDFaculdade Nordeste Devry - FANORFaculdade Metropolitana da Grande Fortaleza - FAMETROFaculdade Lourenço Filho - FLFFaculdade Sete de Setembro - FA7Faculdade Terra Nordeste - FATENE Faculdade de Tecnologia Intensiva - FATECICapacitado Centro EducacionalInstituto Federal do Ceará - (IFCE-Fortaleza)Acadêmia Estadual de Segurança Pública (AESP) Instituto Dom José de Educação e Cultura (IDJ)

SobralUniversidade do Vale do Acaraú Faculdades Inta Faculdade Luciano Feijão – FLF Instituto de Estudos e Desenvolvimento Humanos - IEDUCAREInstituto Federal do Ceará (IFCE-Sobral)

AracatiFaculdade Vale do Jaguaribe

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O Programa de Respon-sabilidade Social do Centro Universitário

Estácio do Ceará Estácio /FIC no que concerne às finali-

dades da Educação Superior, estimula a criação cultural, o desenvolvimento científico e o pensamento reflexivo, formando diplomados nas diferentes áreas de conhecimento.

Como Instituição Socialmente Responsável, reconhecida pela Asso-ciação Brasileira Mantenedora do En-sino Superior (ABMES), ao reafirmar o compromisso social como forma de inserção nas ações de promoção e ga-rantia dos valores democráticos, a ES-TÁCIO/FIC estimula a práxis entre o conhecimento científico de formação e a realidade comunitária. Estimula uma política de inclusão social permanente.

São mais de quarenta projetos sociais em seus mais diversos cursos, por meio da atuação conjunta entre professores, alunos, colaboradores e instituições parceiras, representados pelo Núcleo de Sustentabilidade Es-tácio/FIC, que trabalha a governança do Ensino Superior nas dimensões da Sustentabilidade: Social; Ambiental e Econômica. Promove uma ambiência favorável à interação da academia com a comunidade local.

Dentre os projetos que abordam conhecimentos comuns às diversas áreas, ressalta-se:

INSTITUTO SÊNIOR: com o ob-jetivo de assistir o público da terceira idade, proporcionar qualidade de vida, reintegração social e familiar, disponi-

bilizando espaço físico, recursos huma-nos, ações básicas de saúde, recreação, esporte e lazer, assim como, possibilitar uma convivência saudável dos idosos com jovens graduandos, inserindo nes-tes o cerne da cidadania e da responsa-bilidade social.

PROJETO ESCOLA AMBIEN-TAL: Visa desenvolver a prática da edu-cação ambiental capacitando jovens para serem multiplicadores na preser-vação e valorização de seu espaço de vivência. Com ações voltadas para prá-ticas de gentileza, cuidado com o meio ambiente e sustentabilidade.

BAZAR DO EMPREENDEDOR: visa expor produtos artesanais, bene-ficiando pelo menos 360 famílias. Os artesões são pessoas físicas que se ca-dastram diretamente na Estácio FIC, ou através de associações.

Quanto aos projetos dos cursos, cita-se alguns:

DIREITO: Núcleo de Práticas Jurídicas (atende a comunidade, possi-bilitando a prática jurídica dos alunos em parceria com a Defensoria Públi-ca); Oficina do Pão (capacitação quan-to à preparação do pão caseiro como resgate de autoestima e alternativa de renda). FISIOTERAPIA: Proamma (Prevenção do Câncer de Mama), Ure-dape (Distúrbios do assoalho pélvico), Reabilitação Pulmonar, Escola de Pos-tura e Terapia.

NUTRIÇÃO: NeuroNutri FIC (Nutrição e doenças neurológicas), FIC ATIVO (Incentivo à alimentação saudável entre colaboradores). EDU-CAÇÃO FÍSICA: Ginástica Rítmica,

Esporte e Lazer na Comunidade (ativi-dades de lazer a comunidades carentes utilizando-as como meio de promoção de saúde e cidadania). PSICOLOGIA: Projeto Segurança Pública (Combate à violência entre os policiais); Acolher e Integrar (Estímulo à inclusão social, em parceria com a STDS). JORNALISMO: Projeto Comunicação Comunitária

ENFERMAGEM: Despertando a alegria de crianças hospitalizadas (Contribui para a melhoria da qualida-de de vida das crianças em internação hospitalar, promovendo experiência de alegria e promoção da saúde). ANÁ-LISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS: Tecnologia Verde (uso consciente e estímulo à reciclagem de materiais tecnológicos). RECURSOS HUMANOS: FIC e Faça uma criança Feliz (Projeto de cuidado com lar e abrigos de crianças)

A Responsabilidade Social da Estácio/FIC, em sua atuação produz ações de extrema relevância para a co-munidade, além de formar um cidadão consciente e sensível às vulnerabilida-des cotidianas. F

Estácio | FICResponsabilidade Social

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A Unichristus tem como um dos seus princípios a articulação das atividades de ensino, pes-

quisa e extensão, visando à formação acadêmica de qualidade, cidadã e éti-ca. Além disso, há a orientação de res-peitar e conhecer a comunidade inter-na e externa desenvolvendo relações cooperativas e duradouras orientando todos os cursos para desempenharem atividades de responsabilidade social junto a comunidades carentes.

No campus Dom Luís existe o Serviço de Inclusão Social (SIS) que dispõe de um padre para atender alu-nos, professores e a comunidade de fortaleza. Mais de 1.000 atendimentos foram realizados em 2013 por meio de visitas a famílias, a enfermos de cinco hospitais e a uma creche, com a mo-tivação de levar conforto cristão para as pessoas.

Os cursos de Administração, de Ciências Contábeis e de Sistemas de

Informação realizaram campanhas para arrecadação de roupas, alimentos e de notas fiscais que foram doados ao Lar Amigos de Jesus e à Associação Crescer Juntos. Além disso, a Contá-beis promoveu cursos e palestras sobre formação de preços e sobre mercado para artesanatos à comunidade ligada à ONG Tear Comunitário.

O curso de Direito, por meio do Escritório de Direitos Humanos (EDH) desenvolveu um projeto sobre cida-dania na comunidade do bairro Bom Jardim com palestras e atendimentos jurídicos realizados por alunos super-visionados por professores. No final dessa jornada foram realizados enca-minhamentos práticos relacionados com os casos concretos em parceria com outras instituições como o Escri-tório Frei Tito de Alencar de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa, a

Fundação Habitacio-nal de Fortaleza-Ha-bitafor e a Defensoria Pública Estadual.

O curso de En-fermagem lançou o Programa Multidis-ciplinar de Atenção Integral à Saúde – PMAIS que promo-veu a socialização dos idosos no ambiente acadêmico, realizan-do avaliação odon-tológica; atualização vacinal; verificação

de peso, pressão arterial e glicemia; dança; hora da Informática; exercí-

cio de equilíbrio para prevenção de quedas; oficina de Memória; e a ação “Abraço Grátis” na praça dos estressa-dos. Ao todo, essa atividade envolveu 168 alunos voluntários e com as par-ticipações dos cursos de Enfermagem, Radiologia, Biomedicina, Fisioterapia e Medicina, além do apoio da Unidade Básica de Saúde de Fortaleza.

O curso de Medicina realizou mais uma edição do Plantão Alegre que é uma atividade desenvolvida por meio da palhaçoterapia que espalha ri-sos e alegrias por todo o corredor da Associação Peter Pan, unidade anexa ao Hospital Infantil Albert Sabin. A Associação Peter Pan é considerada o Centro Pediátrico do Câncer (CPC) do referido hospital e acolhe crianças das mais diversas idades. Essa atividade foi desenvolvida por 30 alunos volun-tários que realizaram visitas regulares aos domingos.

O curso de Fisioterapia implan-tou os Projetos Florescer, CardioVida, FisioDerma e Respirar que atendem crianças e adultos com necessidades especiais.

Outra atividade de grande im-portância da Unichristus foi a sua par-ticipação na Ação Global, em parceria com o FIRESO e o SESI, que promo-veu atendimentos na área saúde a co-munidades carentes de Caucaia.

Assim, a Unichristus entende que contribui, com grandes parcerias, para a formação de uma sociedade com me-lhores condições de vida. F

Centro Universitário ChristusBalanço Social 2013

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O conceito de Respon-sabilidade Social na Faculdade Cearense

é pensado a partir do nosso fim maior, qual seja a formação de

atores sociais aptos para mudar a rea-lidade em que estão inseridos. Nosso negócio é a produção do saber, nosso produto final, o estudante graduado, profissional capacitado para atuar de forma segura, crítica e responsável na sociedade. A missão da Faculdade Ce-arense reflete este paradigma: “contri-buir para o desenvolvimento do País, especialmente do Estado do Ceará, por meio da qualidade do ensino mi-nistrado, com base, principalmente, na qualificação de seu corpo docente, nas condições de trabalho e na infra-estru-tura física, material e econômica ofere-cidas à comunidade acadêmica”.

A Faculdade Cearense está cons-ciente de seu papel na comunidade, abraçando a ideia de comprometimen-

to não só na formação de seu corpo discente, que irá atuar na sociedade, mas também de sua própria atuação e responsabilidade social, começando, inclusive, nas parcerias e intervenções locais, ou seja, em seu entorno.

Dentre as atividades e projetos de responsabilidade social desenvol-vidos pela IES, destacam-se três: 1) parceria com o Centro de Hematolo-gia e Hemoterapia do Estado do Ceará (HEMOCE – imagem 1), em que re-alizamos semestralmente campanha de coleta de sangue e sensibilização para doação de medula. Esta ação já é rotina em nosso calendário e conta com a participação de pro-fissionais e equipamentos do referido centro, aten-dendo e coletando sangue de doadores voluntários nas instalações da IES; 2)

parceria com o Grupo de Apoio aos Pacientes Reumáticos do Ceará (GARCE – imagem 2), em que a FaC disponibiliza, semanalmente, sala adequada e lanche para os pacientes as-sistidos, pelo re-

ferido grupo, em atividades de Terapia Ocupacional, através da Oficina de Ar-tes “ Eu posso, eu faço”, a qual objetiva o resgate da autoestima e a reinserção laboral; 3) parceria com a Associação de Catadores do Jangurussu (ASCA-JAN – imagem 3), em que a FaC, atra-vés de coleta seletiva realizada nos dois campi, doa o material para reciclagem.

Em todas as atividades e os pro-jetos de responsabilidade social reali-zados pela IES, busca-se a participação

ativa dos estudantes, facilitando, ain-da, o desenvolvimento de atividades planejadas, executadas e avaliadas por eles, a exemplo de campanhas de arre-cadação de mantimentos ou referentes à questão ambiental.

O Núcleo de Responsabilidade Social da FaC coloca-se à disposição para diálogo com toda a comunidade, interna e externa, e possíveis parcerias. F

Faculdade CearenseAbraçando a ideia de

comprometimento social

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O ano de 2013 foi bastante pro-veitoso no que tange às ações sociais da Faculdade Darcy Ri-

beiro. Destaque para as ações direcio-nadas para a comunidade tais como: Campanha Sorriso Largo - Doe brin-quedos nesse Dia Das Crianças, Dia da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular, Seminário sobre Previdência Social Simplificada, Feira da Comunidade, Caminhada Ecológi-ca com coleta de lixo pelas praias de Fortaleza, Associação dos Catadores de Lixo do Jangurussu (Ascajan) com coletas seletivas semanais, Casa do Menino Jesus, com constantes doa-ções como papel, leite e brinquedos, Lar Torres de Melo com doações men-sais de tampinhas de plástico, Hemo-ce com evento anual de doação de sangue, Unimed com arrecadação de anéis de alumínio, Dia da Responsa-bilidade Social, um evento anual em parceria com ABMES.

Ainda no que é pertinente à atu-ação social junto à comunidade, im-porta destacar a realização de palestras gratuitas abertas à comunidade, no bojo do Programa “Saber para Todos”, onde se abordam relevantes temas, com foco na qualificação profissional e na formação cidadã.

No que se refere às ações ende-reçadas aos colaboradores (corpos do-cente e técnico administrativo), a Fa-culdade Darcy Ribeiro promove ações de incentivo ao aperfeiçoamento aca-dêmico e profissional através de bolsas de estudo.

Por fim, inspirada na avançada legislação europeia sobre responsabi-

lidade social organizacional, a Facul-dade Darcy Ribeiro estabelece como premissa básica o reconhecimento dos reflexos diretos e indiretos da atividade da Instituição no âmbito da sociedade em que se insere e da responsabilidade social daí advinda. F

Faculdade Darcy RibeiroResponsabilidade Social

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Durante o ano 2013 a FAECE e a FAFOR desenvolveram ações nas comunidades tais como:

Doação de mais de 3 toneladas de alimentos à ONG IAPS – Jardim das Oliveiras e à Casa de Nazaré – Ido-sos - Montese, provenientes das inscri-ções do vestibular e eventos internos da Faculdade.

Houve marcante participação dos alunos e professores de Enfermagem, Direito e Fisioterapia na Ação Glo-bal 2013 oferecendo à comunidade de Caucaia práticas como: orientação jurídica, orientações em saúde com aferição de pressão arterial; cálculo do IMC; orientações a diabéticos e hi-pertensos; atividades de Fisioterapia - alongamento com bolas entre outras.

No Bairro de Messejana, os alu-nos de Fisioterapia, com o Grupo da Terceira Idade, ensinam noções bási-cas de prevenção de quedas, educação em diabetes e hipertensão arterial, psicomotricidade, e promovem cami-nhadas em grupo, momentos de lazer como baile de carnaval, festa junina e confraternização de Natal. As ativida-des são desenvolvidas a cada 15 dias.

No Lago Jacareí, os alunos coor-denam atividades mensais, supervi-sionados pela Prof. Érika Lopes, com caminhadas e corridas ao longo do

Lago Jacareí, aferição da pressão ar-terial sistêmica e glicemia, cálculo do IMC, campanhas antitabagismo além de orientações sobre alongamentos an-tes e após exercícios físicos.

No Lar Amigos de Jesus - visitas às crianças em tratamento de câncer com atividades lúdicas (desenhos, pin-turas, colagens), psicomotricidade e contação de histórias .

No Centro de Referência em Oncologia – CRIO, realizou-se o “Outubro Rosa”- atividades com mulheres em tratamento de câncer: aula sobre fortale-cimento da musculatura facial para prevenção de rugas/linhas de expressão, orientações sobre incontinência urinária e autoe-xame das mamas. Foi distribuído folder educativo para praticar as orientações de forma segura, em casa.

O Curso de Enfermagem re-alizou ações com supervisão da Profa. Adman Câmara: caminhada no Conj. Hab. N. Sra de Fátima orientando a po-pulação sobre como identificar o AVC e fatores de risco, além da verificação de sinais vitais e glicemia.

Na Praça José de Alencar, orien-tações acerca do AVC, verificação de sinais vitais e glicemia; Educação em Saúde sobre DSTs para funcionários de uma empresa de ônibus. Ofereceram orientação sobre diabetes à moradores da Comunidade Lagamar. Na comuni-dade Dom Bosco houve ações sobre Diabetes com um grupo de idosos, e para homens idosos, sobre câncer de

Próstata. Também realizaram ação de Educação em Saúde sobre o Exame de prevenção do Câncer de colo de útero em idosas, além de aulas sobre alimentação saudável para um grupo de hipertensos e diabéticos. Na Co-munidade São Gabriel foi promovida atividade com o Grupo de mulheres, trabalhando a auto-estima e o corpo.

Foi feita campanha de vacinação contra Influenza - Unidade de Saúde Irmã Hercília.

Na comunidade Cidade de Deus foi empreendida, em Puericultura, avaliação do crescimento/desenvol-vimento de crianças, e Planejamento Familiar para adolescentes.

Os alunos de Farmácia apoiaram a comunidade Sapiranga - comunidade estudantil Instituto Melvim Edward Huber e no Joaquim Távora- Instituto Filippo Smaldone (crianças com neces-sidades especiais auditivas): trabalho promoção à saúde, detecção e trata-mentos das parasitoses. F

FAECE E FAFORAções de Responsabilidade Social

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O P r o g r a -ma de Respon-

sabilidade Social da Faculdade Fa-rias Brito – FFB,

foi implementado e m 2010 e é realizado através dos projetos de extensão dos diversos cursos de graduação, além de ações es-pecíficas voltadas para o atendimento de demandas de entidades parceiras e da comunidade. Desde 2007, porém, o curso de Direito da FFB, através do Núcleo de Prática Jurídica – NPJ, reali-za um projeto denominado Dia da Pa-cificação. As ações realizadas no âmbi-to do NPJ da FFB intentam concretizar os direitos humanos e fundamentais de cidadãos e cidadãs hipossuficientes de forma célere e eficaz. Destarte, os acadêmicos do curso de Direito são capacitados para utilizarem técnicas adequadas na solução extrajudicial dos conflitos, especialmente, a mediação e a conciliação. Assim é que, para evitar o acúmulo de processos nas diversas instâncias judiciais é que, são realiza-das, diuturnamente, audiências com a finalidade de solucionar as demandas de forma eficaz sem que haja a propo-situra de uma ação judicial. Partindo do pressuposto de que as ações de Res-ponsabilidade Social no ensino supe-rior são, fundamentalmente, realizadas através de projetos de extensão, a Co-ordenação de Responsabilidade Social realiza parcerias com diversos órgãos e entidades, a fim de que os acadêmi-cos dos diversos cursos de graduação possam aplicar, na comunidade, os

conhecimentos adquiridos em sala de aula. Desta forma é que os acadêmicos são encaminhados aos parceiros que atuam na defesa dos direitos de diver-sas populações vulnerabilizadas, tais como, crianças e adolescentes, idosos, mulheres, moradores de rua, deficien-tes, enfim, grupos que estejam viven-ciando situações de violência e viola-ções de direitos. Uma vez na entidade parceira, o acadêmico poderá realizar diversas atividades, tais como, assessoria jurídica popular. O eixo fundamental dos projetos e ações da Coor-denação de Responsabilidade Social, porém, é a educação para o exercício dos direitos humanos e fundamentais. Neste sentido, inicialmente os acadêmicos devem ser capaci-tados para lidar com o grupo vulnerabilizado a fim de que, em seguida, estejam mais

preparados para realizarem as diversas ações com êxito. Garantir uma forma-ção humanista dos diversos profissio-nais que serão encaminhados para o mercado de trabalho é um compromis-so institucional. Um outro projeto que tem apresentado resultados positivos

é o Cine Debate realizado, especial-mente, por acadêmicos concluintes em escolas públicas da comunidade ou mesmo no teatro que integra a estrutu-ra da Organização Educacional da qual a FFB é parte. Na última apresentação do projeto, os acadêmicos discutiram com os alunos da nona série de uma escola estadual, a partir da exibição de um filme, quais as causas que levam

um adolescente a incidir na prática de ato infracional. Semestralmente, a FFB realiza, em parceria com o Hemocen-tro do Ceará (HEMOCE) campanhas de doação de sangue e medula óssea, em nome da concretização do direito humano e fundamental à saúde e da dignidade da pessoa humana. O obje-tivo das campanhas é estimular a for-mação de uma cultura de doação de sangue e medula óssea. Enfim, a FFB é uma Instituição de Ensino Superior essencialmente comprometida com os princípios de Responsabilidade Social. F

Faculdade Farias BritoPrograma de Responsabilidade Social

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Na área de responsabilidade social, a Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF)

tem realizado serviços de natureza socioeducacional para pessoas que vi-vem em situação de vulnerabilidade. A instituição já beneficiou mais de 4.400 jovens e adultos, os quais foram capacitados por meio de cursos gratui-tos, ministrados por voluntários, como

Inglês Básico, In formát ica Básica, Mate-mática Básica, Cuidador de Crianças e Ido-sos, Neurolin-guística, além de outros que procuram tra-balhar a forma-ção cidadã dos participantes.

Desde 2009 a instituição dispo-nibiliza infraestrutura de laboratórios, salas de aula e lazer para a Associação de Estudos e Pesquisas Técnico-Cien-

tífica - APEC, que tem convênio com a Secretaria do Trabalho e Desenvol-vimento Social - STDS, do Governo Estadual do Ceará, para ofertar o curso de formação inicial de Agente Admi-nistrativo com Informática do Projeto Primeiro Passo, com carga horária de 200 h/a. Até 2013 foram realizadas cinco edições do programa, formando mais de 1.100 jovens para se inserir no mercado de trabalho através de parce-rias com empresas públicas e privadas.

Periodicamente, a faculdade tam-bém organiza ações, juntamente com os estudantes dos cursos de gradua-ção, visando recolher donativos para entidades filantrópicas. É o caso do Lar Amigos de Jesus, que somente este ano recebeu 1 tonelada de leite em pó no primeiro semestre e 800 quilos de sabão no último dia 30 de novembro, graças à mobilização organizada pelo coordenador adjunto do Curso de Di-

reito, Ivonaldo Porto, o que ajudou na manutenção da instituição e trouxe alimento à centenas de crianças. Outra entidade que recebeu apoio da FGF foi

o Abrigo Tia Júlia, que no dia 23 de novembro arrecadou R$ 1.100 para a compra de sapatos escolares, após cola-boração voluntária dos alunos.

Segundo Arifran Barbosa Vidal, coordenador de responsabilidade so-cial, o sucesso para desenvolver essas iniciativas com êxito é resultado de um grande esforço conjunto. “Se não tiver um ator que mobilize, nada acon-tece. Nós estimulamos a participação de professores, funcionários e alunos. Essa articulação faz com que a FGF, todo semestre, tenha participação ativa nesse processo e ao longo dos períodos são os próprios alunos que nos procu-ram para fazer suas contribuições”.

Arifran conta ainda que muitos beneficiados pelos projetos sociais de qualificação profissional acabam recebendo outras oportunidades de crescimento, citando o exemplo de uma aluna que apesar das dificuldades financeiras de sua mãe, que trabalha como empregada doméstica, hoje está cursando Direito, tendo ingressado no Ensino Superior através do PROUNI. “Ela concluiu o Ensino Médio e Fun-damental em escolas públicas, entrou no Projeto Primeiro Passo, fez o curso de Agente Administrativo pela APEC e hoje estuda Direito na FGF”. E finaliza: “Nos sentimos realizados ao acompa-nhar a história dessa estudante e temos visto vários outros casos como este, o que nos deixa muito felizes”.

Para obter maiores informações sobre os projetos apoiados pela FGF, acesse www.fgf.edu.br, link Apec. F

FGF e APECCompromisso com Solidariedade

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A Faculdade Latino Americana de Edu-cação - FLATED ao

longo dos seus 13 anos de atuação, tornou-se um impor-

tante mecanismo de desenvol-vimento e inclusão social. Rompendo paradigmas, ousou criar e incrementar instrumentos que contribuíram para a consolidação de um novo cenário para a educação no Estado do Ceará. Dispo-nibiliza para a comunidade cearense os cursos de Administração de Empresas, Pedagogia e Turismo, além de diversos Cursos de Especialização direcionados as três áreas de atuação da Faculdade.

Sua Mantenedora é institu-ída como organização social de iniciativa privada, cujo objetivo é o desenvolvimento da qualidade da educação superior, tem como princípios norteadores o conheci-mento e o desenvolvimento do ho-mem e do meio, em um processo de integração e participação per-manente. No vigor de sua juventu-de a Instituição busca a abertura às inovações no âmbito de suas funções no ensino, pesquisa e ex-tensão, com espírito democrático e fraterno na condução de seus objetivos e a liberdade de pensa-mento e de expressão para o efeti-vo exercício da cidadania.

Para fortalecer as suas ações sociais sempre procura estabele-cer parcerias com organizações relevantes, voltadas para a temá-tica social. Temos como principal elo o Instituto Fiec de Responsabi-

lidade Social – FIRESO, que integra organizacionais educacionais do Estado do Ceará em torno de uma causa sustentável e sistematizada.

Ao longo do tempo, alguns trabalhos de grande valor agre-gado para as comunidades e para o quadro de alunos da instituição foram desenvolvidos e, com pra-zer de uma etapa cumprida, faz parte do nosso inventário social.

A MANHÃ ATIVA é o principal evento inter-no de responsabilidade social. É destinado a co-munidades carentes, de cunho recreativo e edu-cacional, desenvolvido pelo público interno com oferta de atividades lúdi-cas, massoterapia, ofici-nas de teatro, esporte, etc.

Durante uma manhã de sábado, vários profissionais voluntários se integram para a realização de diversas atividades na sede da fa-culdade. Movimenta-se em média um público de 200 pessoas, entre crianças e adultos.

As AÇÕES SOCIAIS são ati-vidades externas realizadas por voluntários em parceiras com or-ganizações estruturadas nos prin-cípios de responsabilidade social. Podemos citar a ação social desen-volvida na comunidade dos índios Tapebas, onde um ônibus com 30 pessoas foi deslocado até a cida-de de Caucaia para atendimento

desta demanda. Foram oferecidas atividades como corte de cabelos, manicure, fotos, identidades, etc . Outra atividade externa de ação social é a Ação Global onde foram realizadas orientações vocacionais para jovens que estão concluindo o ensino médio, envolvendo um público de 1.000 pessoas.

Sabemos da longa caminhada que temos pela frente. Entretanto, fazemos este trabalho como pra-zer e ciente que a cada dia neces-sitamos de maior envolvimento para a formação de um mundo melhor e cidadão. F

FLATEDFlated e a sustentabilidade

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Na Faculdade Luciano Feijão te-mos a firme convicção de que as Instituições de Educação

Superior devem explicar e dar satisfa-ção de suas atividades à sociedade civil. O que nós somos e o que nós fazemos é por, para e com ela. Sem ela, sem seu apoio, as Faculdades não poderiam cumprir essa sua missão, que vai muito além da docência e atinge também à pesquisa, a transferência de conheci-mento, o retorno e a responsabilidade

social, seja interna seja externa.A Faculdade trabalha com a ideia

de que, mais do que o suporte finan-ceiro, as Instituições de Ensino Supe-rior precisam do reconhecimento e a confiança da sociedade civil, já que só através desses elementos consegue-se construir as redes de colaboração e so-

lidariedade que nos levam a trabalhar na criação de valor econômico, social e ambiental.

A educação superior há de ser a chave para resolver os desafios sociais, e os centros acadêmicos têm que ser capazes de gerar parcerias com as que potenciarem as nossas capacidades, aproveitando nosso maior ativo: o po-tencial humano. Sem pessoas não ha-veria docência, nem pesquisa de quali-

dade, nem a socieda-de teria como se desenvol-ver e evo-luir corre-

tamente. As Faculdades são um dos mais fortes instrumen-tos culturais capazes de transformar a sociedade.

Assim, considerando a necessida-de de contar com o apoio da sociedade, a Luciano Feijão sabe da importância de demonstrar o valor do que fazemos.

A transparência e a proatividade têm sido provas do nosso compromisso so-cial.

Sabemos que somos co-respon-sáveis pelo desenvolvimento da nossa sociedade. Nós incluímos os nossos stakeholders no nosso planejamento, conscientes de que sem eles, o traba-lho não estaria bem feito. As nossas ações partem do princípio de que se não criarmos um valor social positivo com aquilo que fazemos, nós não ga-nhamos, porque a sociedade não ga-nha. Acreditamos no desenvolvimento sustentável, na gestão responsável, na integração na sociedade, no respeito pelos direitos humanos, na igualdade de oportunidade e, fundamentalmen-te, na necessidade de devolver à so-

ciedade parte do que ela nos brinda, fortalecendo, assim, os nossos laços e construindo novas pontes na procura de soluções. F

FaculdadeLuciano Feijão

Compromisso com a Sociedade

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O grupo DeVry Brasil promoveu, no período de 16 a 21 de se-tembro de 2013, a IV Mos-

tra de Responsabilidade Social DeVry Brasil nas Faculdades ÁREA1, FACID, Fanor, FAVIP, FBV e Ruy Barbosa. O evento teve como objetivo desenvol-ver atividades de cunho social para toda comunidade interna e externa.

O objetivo maior do evento foi apresentar o que as Instituições de Ensino Superior (IES), que compõem o Grupo DeVry Brasil, realizam sobre

responsabilidade social, como também mobilizar os alunos a participarem dos projetos a fim de construírem uma conscientização mais humana e soli-dária.

Na Fanor, a faculdade apresentou

seus projetos sociais através de expo-sições de banners e oficinas voltadas para o público jovem.

Os projetos expostos foram: Ver Com Os Ouvidos: Produção de Audio-livro para Crianças Deficientes Visuais (coord. Comunicação social); Lar Ami-gos de Jesus: concepção e aplicação da identidade visual (coord. Design); Progra-ma de Extensão Univers i tár ia em atividades físicas esportivas em promoção da qualidade de vida (coord. Educação física);

Anjos da Enferma-gem: educação e saúde através do lúdico (coord. Enfermagem); Projeto de Iniciação Científica - Exa-mes Espirométricos (co-ord. Fisioterapia); Avalia-ção da Qualidade do Sono “O Que Acontece Quan-do Não Durmo Direito”? (coord. Fisioterapia); Ar-recadação de alimentos não perecíveis (coord.

Turismo); Oficinas para Além da Sala de Aula (coord. Psicologia); Programa de Extensão em Saúde Coletiva Bons Vizinhos (coord. Psicologia); Psicologia no Sertão: uma experiência de inter-venção comunitária em União, distrito

de Madalena, Ceará (coord. Psicolo-gia); Programa de extensão em ava-liação nutricional (coord. Nutrição); Atendimento jurídico (coord. Direito)

No campus Dunas, durante a semana do evento, foram realizadas palestras (Responsabilidade Social Uni-versitária: redes colaborativas de par-

ticipação social; Banco Palmas: relato de experiência; Cultura, Educação e Sustentabilidade; Palestra sobre pen-são alimentícia) e oficinas (primeiros socorros, como elaborar seu currículo, recreação, informática básica, eletri-cidade básica, reciclagem de jeans, orientação nutricional, aula de educa-ção patrimonial, flora cearense: poten-cial ecológico, econômico, medicinal e farmacêutico).

O evento contou com 286 par-ticipantes, 27 professores, 54 alunos e 10 técnicos. Nesta edição, tivemos como parceiros o TRE- CE (vinda de duas urnas eletrônicas ao Campus Dunas), SEJUS- CE (Atendimento Balcão do Cidadão na sexta-feira dia 20/09/2013). F

FanorIndo bem fazendo o bem

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HÁ 43 ANOS, O IEL-CE TRABALHA PARA A

INDÚSTRIA CEARENSE SER COMPETITIVA

E PROTAGONISTA DA INOVAÇÃO.

ESTÁGIO E NOVOS TALENTOS

DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL

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EDUCAÇÃO EMPRESARIAL

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A Faculdade Metropo-litana da

Grande Fortaleza - FAMETRO é uma instituição particu-

lar de ensino, surgida em junho de 2000, com o propósito de formar recursos humanos empreende-dores, competentes e éticos.

A FAMETRO desenvolve ações com o objetivo de promover a integra-ção entre os três pilares que compõem a educação superior: Ensino, Pesquisa e Extensão, possibilitando, dessa for-ma, que a comunidade acadêmica da FAMETRO esteja integrada em prol da produção científica e da consciên-cia cidadã. Cabe aqui destacar que as ações de Responsabilidade Social na FAMETRO estão integradas às ações de extensão e também às atividades curriculares. Nesse texto, apresenta-mos as ações de maior destaque de-senvolvidas ao longo do ano de 2013.

a) As ações de responsabilidade social no curso de Estética e Cosmé-tica da FAMETRO foram inclusas den-tro de uma disciplina da matriz curri-cular. A essência da nova abordagem é trabalhar com o tema Educação em Saúde na Estética, nosso campo de atuação são Escolas Profissionalizan-tes Estaduais. Com essa nova abor-dagem, estamos possibilitando outras oportunidades profissionais para as alunas do curso e não somente aten-dimentos em cabines de Estética. O maior diferencial dessa abordagem, entretanto, é que ela também promo-ve a atuação das alunas no âmbito da

responsabilidade social, tendo em vista que a maioria das alunas das escolas profissionalizantes são de extrema po-breza e oriundas de contextos sociais de exclusão, poucas informações so-bre o corpo, violência, entre outros. A ação das alunas do Curso de Estética e Cosmética vai, portanto, além da con-tribuição para a formação técnica das alunas das escolas profissionalizantes, insere-se também no campo de atua-ção da promoção de cidadania através de oficinas para informação sobre temas relevantes para os contextos sociais em que as jovens estão inse-ridas, buscando, assim, contribuir para a sua autoestima.

b) No curso de Farmácia, de-senvolvemos duas ações de respon-sabilidade social que se complemen-tam: Exposição de Farmácia e Ação FARMA. A Exposição da Farmácia é um evento de responsabilidade social semestral e trata de atender a comunidade acadêmica, entre alunos de outros cursos, professores e funcionários da instituição Fametro, com o objetivo de esclarecer sobre prevenção de doenças e oferecer ser-viços como aferição de pressão arterial, medição de glicemia, cálculo do IMC e da circunferência abdominal, através de pesagem e tomada de medidas, dis-tribuição de mudas de plantas medici-nais e degustação de chás e de sucos medicinais. Além desses serviços, as equipes esclarecem os visitantes sobre proteção solar, prevenção de câncer de pele, prevenção de doenças crônicas, como diabete e hipertensão e boa ali-mentação. A Ação Farma tem o mes-

mo objetivo da exposição, sendo que constitui um evento bem maior, de Extensão e de Responsabilidade Social, que objetiva atender a comunidade do bairro onde se encontra a Fametro. O Ação Farma abrange todos os serviços listados na Exposição de Farmácia e mais o serviço de IMUNIZAÇÃO. Esse evento atende a um público maior que 400 pessoas. O evento ocorre anual-mente, no mês de setembro, na Praça do Liceu, no Bairro Jacarecanga.

Além dessas ações, gostaríamos ainda de destacar as ações do curso de Enfermagem com a temática Saú-de nas Empresas, com atividades de promoção da saúde, como palestras, verificação de PA e teste de glicemia, orientações sobre qualidade de vida, práticas de alongamento, massagem relaxante e orientações sobre fitoterá-picos. E também as ações do curso de Serviço Social que se desenvolvem em articulação com o Centro Acadêmico, promovendo, assim, uma integração entre docentes e discentes na constru-ção de uma prática cidadã e socialmen-te responsável. F

FAMETROResponsabilidade Social e Consciência Cidadã:

as experiências desenvolvidas na FAMETRO

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As práticas de responsabilidade social nas instituições de ensi-no superior expressam a con-

vicção sobre a importância de se ter uma gestão socialmente responsável. A Faculdade 7 de Setembro assumiu em seu projeto pedagógico, o compro-misso de contribuir para uma maior equidade social, ética e de respeito com os seus alunos e com a sociedade cearense, ultrapassando o sentido utili-tarista e assistencialista de responsabili-dade social.

A Fa7 traz em seu projeto político pedagógico o compromisso e o desafio de se adequar aos novos patamares de inclusão e de acesso ao saber univer-sitário para segmentos da população historicamente ignorados e excluídos, comprometendo-se em desenvolver e aprofundar diretrizes próprias que apontem para esse horizonte. Um dos nossos ideários é a formação do cida-dão comprometido, solidário e capaz de responder pelo trabalho, os desafios postos pelo seu tempo, valorizando a ética, a responsabilidade social, o meio ambiente e, sobretudo, as pessoas. As-sim, a FA7 vem desenvolvendo, desde

o inicio da sua fundação, em 2001, projetos que apostam na inclusão e na responsabilidade social atendendo a demandas internas e externas.

Nesse sentido, destacamos três dos principais projetos desenvolvidos pela Faculdade, numa demonstração das ações de responsabilidade social desenvolvidas:

Projeto Cante lá que eu canto cá que tem como objetivo central promo-ver atividades integradoras da relação comunidade e faculdade, no sentido do estabelecimento de parcerias e tro-ca de saberes. O projeto promove a ar-ticulação entre os cursos de graduação e as Prefeituras do interior do Estado do Ceará tais como Nova Olinda, Assa-ré e Viçosa do Ceará, que foram alguns dos municípios parceiros nas experiên-cias do projeto. Dentre as atividades

desenvolvidas destacamos a reali-zação de oficinas de ensino com os mais diversos temas tais como: rádio, fotografia, alfabetização e letramento, educação inclusiva, fanzine, editoração de jornal, dentre outras.

Projeto Escola de Mestres consiste em uma série de pales-

tras voltadas para a área de educação e formação de professores e alunos dos cursos de pedagogia e demais licencia-turas. As palestras acontecem aos sá-bados, uma vez por mês beneficiando um público estimado de 200 pessoas por encontro. O projeto objetiva con-tribuir de forma significativa com a qualidade da educação no Estado do Ceará e de intervir na realidade esco-lar, investindo na formação continuada de professores e gestores da educação básica.

Projeto Audiolivro é um projeto sociocultural educativo que tem como propósito a socialização de saberes culturais  através da leitura dramática de textos literários e jornalísticos. O desenvolvimento do gosto pela leitu-ra bem como a ampliação do univer-so literário, são alguns dos resultados deste trabalho que tem como prota-gonistas os próprios alunos. O projeto é desenvolvido para crianças, jovens e adultos  deficientes visuais ou com baixa visão, bem como  para crianças de instituições educativas. São benefi-ciados pelos produtos do projeto (CDs laboratórios) mais de 400 crianças e adolescentes veiculados ao CEDECA, Associação Curumins, Instituto Hélio Góes (Sociedade dos Cegos) e Colégio 7 de Setembro.

Destacamos ainda como uma ação importante a nossa participação e parceria no programa de Formação Cidadã do Fireso, que sem dúvida vem contribuindo para o fortalecimento de nossas práticas de responsabilidade so-cial. F

FA7Responsabilidade Social:Na FA7 a gente faz!

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No Brasil muitas Ins-tituições de Ensino Superior usam a

sustentabilidade como foco multidisciplinar desde a sala de

aula ao campus como um todo, seja em eventos ou projetos de extensão multifocal, inclusive com participação de alunos. A FATENE dá os primeiros passos adotando a sustentabilidade na gestão estratégica e nos currículos dos cursos. A insti-tuição tem metas para implantar uma Política de Susten-tabilidade, com diretrizes que a oriente nas práticas sociais e ambien-tais. Quer incorpo-rar o desenvolvi-mento sustentável na grade curricular da graduação e pós-graduação Lato sensu. Também pretende transfor-mar em ecologica-mente correta toda

a sua estrutura interna, com a redução do consumo dos recursos naturais, a divulgação para o consumo conscien-te, a reciclagem, o reuso de água e a diminuição da produção de resíduos. Dentre os principais projetos desen-volvidos na FATENE com foco na sus-tentabilidade podemos citar a coleta seletiva, o consumo consciente, o uso de fontes de energia limpas e renová-veis (eólica, geotérmica e hidráulica).

O Projeto Horta Comunitária e Farmá-cia Viva desenvolvido na Comunidade Remanescente de Quilombolas Cerca-dão dos Dicetas, consiste em produzir hortaliças e plantas medicinais como forma de empoderar os moradores, haja vista que residem em uma área com 167,5 hectares, sem produção agrícola. Neste aspecto, selecionou-se as plantas medicinais na própria comu-

nidade. A produ-ção das hortaliças foi feita de acordo com as orientações técnicas, contidos em cartilha com informações sobre os tratos culturais de cada hortaliça. O Cercadão dos Dicetas, como é conhecido, locali-za-se no município de Caucaia, no Es-tado do Ceará. A comunidade possui 312 anos de exis-tência, segundo os

moradores mais antigos, tendo sido certificada pela Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura em 30 de Março de 2012. No Cercadão do Dicetas residem 156 famílias, com aproximadamente 550 pessoas. F

FATENESustentabilidade como aprendizado:

Casos Notáveis

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A ESP/CE, fruto da crença na educação como força propulso-ra da transformação.

A Academia Estadual de Segu-rança Pública do Ceará (AESP/CE), órgão vinculado à Secretaria da Segu-rança Pública e Defesa Social (SSPDS), com 2 anos e 6 meses de funciona-mento, inaugurada em 18 de maio de 2011, ainda no primeiro mandato do governador Cid Ferreira Gomes, é um modelo de integração e unificação do ensino em segurança pública, pioneiro no País e referência para os demais Es-tados da Federação.

A AESP tem como objetivo a formação de excelência, seja inicial ou continuada, para os profissionais de segurança pública, no preparo para atuarem com elevado conteúdo técni-co-científico, humanístico-jurídico e a valorização profissional, sem perderem a referência dos princípios de civismo, hierarquia e disciplina, elevando o res-peito à cidadania, ética, transparência, integração, compromisso organizacio-nal, pesquisa e inovação, bem como a responsabilidade social.

Com proposta acadêmica, ou-sada e inovadora, a AESP, Instituição de Ensino Superior, em menos de três anos de funcionamento, já está chan-celada, a partir do aval do Conselho Estadual de Educação do Estado do Ceará (CEE), para ofertar e credenciar cursos de pós-graduação lato sensu.

Em sua política de cultura, a Di-reção Geral da AESP vem permitindo que sejam desenvolvidos projetos que possibilitam interação com as mais va-riadas áreas de formação na seguran-ça pública, a partir de manifestações artístico-culturais, como a literatura,

música, artes visu-ais e cinema, que expressam direta ou indiretamente refle-xões profundas sobre a realidade social.

Dentre as ini-ciativas culturais ofe-recidas em benefício de discentes, colabo-radores e comunida-des externas, estão:

“Cineclube AESP”, que promove a exibição quinzenal de filmes com en-redos voltados para questões sociais di-versas, agregada a debates entre a pla-teia e especialistas na área abordada; “Curta Meio-Dia”, que exibe curtas-metragens de temas variados durante o horário de almoço no Refeitório da Academia; “Cardápio Cultural” que promove quinzenalmente palestras com temas variados; e a “Visita Guia-da” que permite aos diversos públicos, o conhecimento da estrutura física e

atividades desenvol-vidas na AESP.

A Academia, uma das 27 Insti-tuições do Ensino Superior que integra o Programa Formação Cidadã do Insti-tuto FIEC de Responsabilidade Social (FIRESO), desde 1º de novembro de 2013, a partir de termo de compromis-so firmado, tem a política de responsa-bilidade social como um processo per-manente de sensibilização para adoção de atitudes socialmente corretas, que são pensadas a partir das especificida-des da Instituição e de seu contexto, por meio de projetos sociais, ambien-tais, culturais e de gestão.

Para gerenciar todos seus proje-tos extensivos e culturais a AESP conta com um setor administrativo, a Asses-soria de Extensão e Cultura, que vem desenvolvendo atividades como: Cam-panhas de Arrecadação de Alimentos Não Perecíveis e de Brinquedos, be-neficiando pessoas da Comunidade do Parque Vitória, localizada no Grande Mondubim, e o Projeto “AESP Ale-gria” que comemora o dia das crian-ças.

A proposta de responsabilidade social da AESP, ampliada a cada ano, alimenta-se da crença na educação como força propulsora da transforma-ção sinônima do compromisso do Go-verno do Estado do Ceará com o bem estar social. F

AESP/CEFruto da crença na educação como forçapropulsora da transformação.

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O Instituto Dom José de Edu-cação e Cultura - IDJ tem por objetivo social contribuir

para o aprimoramento das atividades educacionais, culturais, científicas e tecnológicas.

Por acreditar que apenas a Edu-cação liberta o Homem, o instituto promove a democratização do ensino superior com cursos descentralizados, assegura amplo acesso a todos e con-tribui para a irradiação harmônica do conhecimento e do desenvolvimento integral da sociedade. Desenvolvendo a Educação como a base principal do crescimento local e da valorização das potencialidades da população, contri-bui com a transformação da localida-de onde atua e promove qualidade de vida por meio do processo de formação daquelas pessoas que estão longe dos centros urbanos. 

Atuante em 27 municípios, o IDJ oferece cursos de graduação, pós-graduação, extensão e preparatórios para concursos, gerando inúmeras oportunidades de formação.  Com o compromisso de formar profissionais engajados, o instituto consolida sua missão na construção de uma socie-dade mais justa por meio da inclusão pela educação, sendo assim um agente de transformação e integração social e desenvolvimento econômico.  

Hoje quem tem um conhecimen-to a mais tem maiores chances de se destacar, e o início desse diferencial é ter um curso de nível superior. Ao atu-ar em locais distantes e com pessoas que não teriam condições financeiras de sair de suas cidades para estudar,

o IDJ altera a realidade dessas localidades e con-segue transformar sonhos em algo palpável. 

A responsabilidade social não deve ser en-tendida como filantro-pia; mas, sim, como um processo de crescimento do ser em toda sua ple-nitude, como o resultado de ações em que todos estejam inseridos e envol-vidos; por isso o IDJ tem o intuito de formar cidadãos capazes de redimensionar seu olhar, vivenciar a ética e realizar seus sonhos por meio de um processo formativo humaniza-do. 

Em parceria com o Instituto FIEC no Programa Formação Cidadã, busca aprender e compartilhar práticas e vi-vências para o aprimoramento de suas

ações num ato contínuo de aprendi-zagem e acredita que tornar pessoas capazes de construir seu próprio cres-cimento é dar-lhes a oportunidade de um desenvolvimento sustentável nor-teador e condutor da responsabilidade que cada um deve gerir sobre suas vidas. 

Possibilitar novas realidades é o que a Educação faz com as pessoas. Ela não apenas ensina a ultrapassar os limites e modificar a percepção antes vivida por meio da ressignificação de conceitos como também reconhece que as mudanças só ocorrem verdadei-ramente se cada ator interpretar bem

o seu papel e, numa construção de sa-beres, produzir uma teia na qual cabe a cada um a responsabilidade do seu crescimento  e transformação. F

Instituto Dom Joséde Educação e Cultura

O desenvolvimento pela educação e inclusãoPaulo André Barbosa Moraes

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O saneamento básico é de extrema importân-cia para a sociedade. É conceituado como um conjunto de medidas adotadas em uma

região para melhorar a vida e a saúde dos habitantes (PHILLIP JR. e GALVÃO JR., 2012). A Comunidade

Indígena Tapeba, localizada na Região Metropolitana de Fortaleza, com uma população de 6.400 índios (FUNASA, 2010), é um exemplo de comunidade desprovida de servi-ços sanitários.

Diante dessa preocupação, foi implantada nessa co-munidade a tecnologia da “fossa verde,” técnica desenvol-vida pelo Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (IPEC), também identificado ECOCENTRO. A fossa verde já vem sendo aplicada no Estado do Ceará, onde tem apre-sentando considerável êxito.

Ciente que a construção da fossa verde gerou melho-rias em outras regiões já implantadas questiona-se, quais benefícios sua aplicação promoveu na qualidade de vida da Comunidade Tapeba? Quais as diferenças observadas com a substituição da fossa convencional pela nova fossa?

Portanto o objetivo do presente estudo é analisar a implantação das fossas verdes na referida comunidade. Al-meja-se, ainda, fazer uma análise comparativa da substitui-ção das fossas sépticas (convencional) pelas fossas verdes, avaliando os impactos na qualidade de vida dos indígenas e identificando os tipos de cultivo utilizados nas fossas verdes.

DESENVOLVIMENTOComo explicita Carbogim (2009), a fossa ecológica,

também denominada “fossa verde, fossa de bananeira ou canteiro bio-séptico” consiste na construção de uma vala de alvenaria impermeabilizada, medindo aproximadamente 1m de profundidade por 1,5m de largura de comprimento. Dentro desta vala constrói-se uma pirâmide com tijolos fu-

rados, de forma que um espaço seja criado para depositar o efluente. Na parte externa da pirâmide, coloca-se material poroso (restos de construção, substrato de coqueiro etc.) para encorajar o desenvolvimento de microorganismos que farão a digestão do efluente. Acima do material poro-so acrescenta-se uma camada de 20 cm de terra, na qual se recomenda cultivar espécies de plantas que consomem bastante água.

O diferencial desse trabalho está nas técnicas utiliza-das, métodos participativos e de fácil aprendizagem que contribuírem para a mobilização da comunidade. No desen-volvimento do projeto foi utilizada uma metodologia que une o conhecimento e a sabedoria Tapeba com os saberes técnicos e científicos, tudo em prol do engajamento da po-pulação local, afim de que adquiram mudanças positivas de hábitos, especialmente no que se refere aos cuidados com o a água e o ambiente (CASTRO 2013).

A implantação das fossas verdes na Comunidade Ta-peba foi realizada pela ADELCO através do programa Petro-bras Ambiental. Foram beneficiadas cerca 350 famílias indí-genas entre as quais abordamos por meio de questionários e conversas informais 35 famílias. Esta investigação apresenta uma abordagem qualitativa, mediante um estudo de caso.

Nesse sentido, foram realizados os seguintes procedi-mentos: pesquisa bibliográfica e aplicação de trinta e cinco questionários com perguntas abertas respondidas pelos mo-radores da Comunidade que receberam a implantação da fossa verde ou já tinham a fossa séptica e foi substituída pela fossa verde.

A percepção da comunidade em relação ao projeto é positiva. Em sua totalidade os entrevistados demonstram satisfação com as novas fossas. Dentre os benefícios mais pontuados pelos indígenas após a substituição das fossas convencionais pela fossa verde estão os fatos da fossa ecoló-gica não exalar odor, não precisar ser esgotada e também a diminuição dos mosquitos na região.

Saneamento EcológicoA implantação das fossas verdes em uma

comunidade da região metropolitana de FortalezaAutor: Danilo Pereira da Silva, Geny Marques da Silva, Gizélia Pereira Rodrigues

Co-autor/Orientadora: Thalita Natasha Ferreira DamascenoCurso: Gestão Tecnológica

Faculdade: Faculdade de Tecnologia Darcy Ribeiro - FTDR

Artigo do Estudante

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Plantas medicinais como o “capim santo” e as bana-neiras são os principais cultivos dos Tapeba sobre as fossas, a senhora Raimunda Cruz uma líder da comunidade, mostra entusiasmo com as bananeiras produtivas em pleno “ve-rão”.

CONCLUSÕESDiante do exposto, identifica-se a fossa verde como

uma alternativa de saneamento sustentável condizente com a realidade socioeconômica e cultural da comunidade Tape-ba. Esse sistema sanitário é uma técnica de fácil construção, e baixo custo, que reutiliza água do esgoto doméstico na irrigação de plantas sem danos a natureza.

A implantação das fossas verdes é uma ação que pro-move a convivência sustentável do povo Tapeba, fortalece a equidade social e garantindo o direito a cidadania. A au-sência de sistema de esgoto deixava os índios expostos a doenças e prejudicava o meio onde vivem.

Dessa forma, compreende-se que os resultados obti-dos revelam melhorias na qualidade de vida dos indígenas, concluindo-se que essa tecnologia é factível e benéfica nos aspectos hídricos, epidemiológicos, sociais e econômicos da comuni- dade.

Salienta-se ainda que estudos no sentido de ratificar a eficácia de projetos como esse é de grande valia, para a Co-munidade em si, que auto reconhecerá as melhorias, como também para construtoras, ONGs, Poder Público e demais órgãos que se interessam pela implantação de saneamento com baixo custo em comunidade carente.

BIBLIOGRAFIAASSOCIAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO LOCAL CO-PRODUZIDO. Publicações. Disponível em: <http://www.adelco.org.br/>. Acesso em: 05 mai. 2013, 17:40:32.

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Índios Tapeba no Ceará. Disponível em: <http://www.funasa.gov.br/site/noticias/ noticias-de-sua-regional/ce>. Acesso em: 02 abr. 2013, 16:30:30.

CARBOGIM, J. B. P. (Coord). Projeto de olho na água: es-tratégias para a sustentabilidade. 1. Ed. Fortaleza: Editora Fundação Brasil Cidadão, 2009.

CASTRO, G.(Org).Tribos das águas. Uma viagem aos pro-cessos vividos no projeto cuidando da água e dos ambien-tes aquáticos Tapeba. Fortaleza: Expressão gráfica e Editora Ltda. 2013. p. 104.

PHILIPPI JÚNIOR, A; GALVÃO JÚNIOR, A. C.( Coord.) Gestão de saneamento básico: abastecimento de água e es-gotamento sanitário. 1ª. ed. Barueri: Manole, 2012, p. 1153.

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O presente artigo é resultante de um trabalho final da disciplina História Aplicada ao Turismo, ministrada no segundo semestre de 2013. Após visita técnica à

tribo indígena Jenipapo-Kanindé do Ceará, a então professo-ra sugeriu a realização de um Projeto de Turismo, utilizando o potencial cultural e histórico da aldeia em questão. Pen-samos então na concepção de um Projeto de Turismo vol-tado para a valorização cultural da tribo Jenipapo Kanindé, e, em contra partida que pudesse promover aos visitantes, experiências de imersão cultural. Através das ponderações expostas ao longo do artigo, podemos confirmar a possibili-dade de um turismo sustentável e de responsabilidade so-cial, sem deixar de lado o interesse econômico responsável pela atividade.

O artigo 2° do Estatuto do Índio é muito claro quando determina os direitos indígenas:

V - garantir aos índios a permanência voluntária no seu habitat, proporcionando-lhes ali recursos para seu desen-volvimento e progresso; VI - respeitar, no processo de integração de índio à comu-nhão nacional, a coesão das comunidades indígenas, os seus valores culturais, tradições, usos e costumes.

Porém, para a Tribo Jenipapo Kanindé, localizada no Ceará, esses direitos nem sempre foram respeitados. Esse artigo busca adequar uma forma de turismo recente à rea-lidade dessa comunidade autóctone, descobrindo em que aspecto a Escola Diferenciada Jenipapo-Kanindé e o Museu indígena homônimo podem ser abordados na nossa propos-ta de Turismo Cultural e Sustentável. ANTUNES (2008) define a escola indígena como:

“Na teoria, a escola indígena é uma ferramenta da afir-mação identitária da diferença e locus de revitalização da cultura e pode ser caracterizada por sua vocação ideoló-gica, pois assume a função de formar novos quadros de lideranças e ensinar sobre as leis que asseguram os direitos indígenas.”

Analisando essa passagem, verificamos que as escolas indígenas têm a preocupação de revitalizar a sua cultura e desenvolver as habilidades da comunidade.

É preciso pensar as variadas formas de inserir as esco-las indígenas como elemento agregador do turismo cultural.

O Turismo no Brasil vem se expandindo e seguindo tendências mundiais de atividades mais personalizadas que permitam ao visitante não só conhecer o local, mas também interagir com as culturas vivenciadas pelo povo da região. O Ceará é um estado conhecido historicamente pela grande presença de indígenas, durante o período de colonização e até hoje o seu povo traduz em gestos e crenças muito da cultura dos seus antepassados.

Segundo o artigo 4° do Código Mundial de Ética do Turismo:

A atividade turística se organizará de modo que permi-ta a sobrevivência e o progresso da produção cultural e artesanal tradicional, assim como, do folclore e que não caminhe para sua normalização e empobrecimento.

Ou seja, acreditamos na importância de estimular um turismo que não vá de encontro e seja prejudicial às caracte-rísticas que qualificam a cultura tradicional do local visitado.

O turismo ainda não é uma atividade regularizada pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio), porém é muito praticado em algumas terras indígenas, daí a preocupação de planejar formas de trabalhar um perfil de experiências que minimizem os impactos espaciais, culturais, sociais e econômicos.

Os índios da tribo Jenipapo-Kanindé vivem nas várzeas do Apodi, Jaguaribe e Choró. Os mesmos são frequentemen-te visitados por estudiosos e pesquisadores que observam suas relações sociais e culturais. A tribo teve seus primeiros contatos com portugueses entre 1603 e 1608, período esse muito ardil, onde os mesmos tiveram suas terras reduzidas, inclusive sofrendo com essa falta de delimitação territorial até os dias atuais.

Em se tratando de Turismo nesta aldeia, a cacique Pequena, juntamente com seus filhos João Batista e Eraldo Alves praticam um turismo de base comunitária integrado à Rede TUCUM (Rede Cearense de Turismo Comunitário) que é um projeto cearense voltado para uma melhor relação entre o turismo e a comunidade receptora.

Jenipapo KanindéA inclusão da educação diferenciada para

o turismo cultural na Tribo Jenipapo KanindéAutor: Tiago Rodrigues Rocha

Co-autor/Orientadora: Ticiana de Oliveira AntunesCurso: Turismo

Faculdade: Fanor/Devry

Artigo do Estudante

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Então, para tornar a atividade turística uma realidade na Aldeia da Encantada, constituíram-se parcerias com os estudantes da UFC (Universidade Federal do Ceará), onde os índios receberam o auxílio necessário para transformar sua realidade local em um atrativo com potencial de valo-rizar sua cultura e gerar uma reflexão naquele que visita a aldeia. Reflexão esta que leva o turista a aprender sobre a identidade cearense, a cultura indígena e os costumes tra-dicionais, através do lazer. Junto aos jovens da tribo, eles prepararam mapas etnográficos e definiram as cinco trilhas ecológicas, além de trabalharem os aspectos culturais e o artesanato local.

Buscando mais uma forma de imersão do turista na cultura indígena acreditamos que a educação indígena pode ser tratada como atrativo turístico.

O resultado disso não será um produto de massa, onde o consumismo ignora o respeito e a valorização. Essa ação requer um cuidado ético que precisa ser respeitado. Numa atividade turística na aldeia é preciso que o guia sensibilize o visitante a respeito de algumas ponderações que deverão ser deferidas e sobre como é o modo de vida na aldeia, pois infelizmente a cultura indígena sofre as consequências do preconceito histórico. O turista deve procurar vivenciar a experiência e se desnudar dos seus valores morais, não os comparando ou compartilhando para evitar atitudes de pre-conceito e que reforçam estereótipos. A atividade do turis-mo além de ter importância econômica deve ser pensada também como meio de preservação de identidades singula-res presentes em nosso Estado.

A educação é de fundamental importância para conhe-cimento da história de vida e para manter um legado cultu-ral do povo indígena. Considerando que os índios Jenipapo Kanindé possuem grandes dificuldades em sua relação com a Secretaria de Educação, devido à falta de alunos em sala de aula, chegando a formar turmas com apenas quatro alunos presentes. A ideia exposta nesse artigo tenta proporcionar ao turista a possibilidade de ir além da visitação tradicional. O visitante irá aprender na própria escola indígena os hábi-tos, as técnicas, os dialetos e as vivências do índio moderno.

Na escola indígena, os alunos recebem aulas de Ge-ografia, Arte, História, Português, Cultura, etc. Através de uma nova estruturação, o turista poderá se enquadrar em módulos que estudarão os conhecimentos do espaço geo-gráfico da aldeia, conhecimentos específicos em caça, em pesca, por exemplo. Todas as matérias que já são vistas atu-almente pelos estudantes da Aldeia da Encantada. Há ainda o acréscimo das aulas de Tupi Moderno, que já fora interes-se da comunidade.

A ideia é atuar em duas diretrizes, são estas:

• PesquisasEducacionaisNessa área o intuito é direcionar a divulgação para pes-

quisadores e professores que queiram aproveitar as questões sociais e ambientais como recurso para as mais variadas pes-

quisas acadêmicas, como as relações sociais que ocorrem na tribo ou a variedade de espécies nativas da flora pertencente no entorno, assim como para alunos de escolas públicas e privadas, principalmente estudantes do Ensino Médio, para que possam conhecer e estudar um pouco mais da história e dos modos de viver do índio moderno. A utilização do Mu-seu Indígena Jenipapo-Kanindé pode ser aproveitado para aproximar os alunos das tradições vividas no passado.

• ConhecimentosIndígenasNessa área o objetivo é levar ao turista a possibilidade

de estar em contato direto com as mesmas aulas que são mi-nistradas na formação indígena, seja relacionada à geografia, à cultura, às técnicas dos saberes ou até mesmo ao estudo do Tupi Moderno.

Através desta análise, pode-se perceber o quão impor-tante é o planejamento do turismo sustentável e de base comunitária. Quando as ações são bem desenvolvidas é pos-sível desenvolver projetos que visem a melhoria da comu-nidade local. Como foi apresentado ao longo das reflexões, o turismo com base nas experiências educacionais da tribo, além de causar interesse no visitante, também auxilia em melhores investimentos públicos para manutenção da quali-dade da educação na aldeia.

Apesar de nosso projeto não ter sido efetivado, acredi-tamos na possibilidade de, juntamente com os índios Jeni-papo-Kanindé, encontrar meios, e alternativas que possam congregar experiências no Turismo e a valorização da cultu-ra e da realidade local.

BibliografiaANTUNES, T. O. Construção étnica e políticas públicas: mobilização, política e cultura dos índios Jenipapo-Kanindé do Ceará. 2008. 130 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Sociedade) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2008.

BRASIL. Lei n. 6001, de 19 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Disponível em: http://www.pla-nalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6001.htm Acesso em: 12 fev. 2014.

CÓDIGO mundial de ética do turismo. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/turismo-e-hotelaria/artigos/6329/codigo-mundial-de-etica-do-turismo. Acesso em: 12 fev. 2014.

REDE cearense de turismo comunitário. Disponível em: http://www.tucum.org/oktiva.net/2313/secao/18703. Acesso em: 27 nov. 2013.

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Fique Sabendo

LivroNosso Futuro Comum

Em 1983 foi criada pela Assembleia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvol-vimento – CMMAD, que foi presi-dida por Gro Harlem Brundtland à época primeira-ministra da Noruega e Mansour Khalid. Nosso Futuro Co-mum ou, como é bastante conheci-do, Relatório Brundtland, apresentou um novo olhar sobre o desenvolvi-mento, definindo-o como o processo

que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. É a partir daí que o conceito de desenvolvi-mento sustentável passa a ficar conhecido. Eis o início de tudo, por isso um livro clássico.

Documentário“Home - Nosso Planeta, Nossa Casa” É uma experiência original que

registra uma viagem única pelo planeta Terra. Filmado inteira-mente do ponto de vista de cima, pelo consagrado fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, HOME visa sensibilizar, educar e conscienti-zar as plateias de todo o mundo sobre a fragilidade de nosso lar, ao demonstrar que tudo que é vivo e belo sobre nosso planeta está in-

terligado

A Era da Estupidez [The Age of Stupid]O filme se passa em 2055 e conta uma história que mistura elementos de ficção, animações ilustrativas e realidade. Em um grande arquivo isolado no Ártico está guardado todo o conhecimento produzido pela hu-manidade. O arquivista que conduz a narrativa do filme, interpretado por

Pete Postlethwaite, questiona nossa capacidade de ação. Nos dias de hoje, a trama mostra histórias paralelas – e re-ais – sobre a indústria de combustíveis fósseis, desperdício, pobreza, crianças que convivem com as guerras no Oriente Médio e derretimento de geleiras.

SitesMundo Sustentávelhttp://www.mundosustentavel.com.br/

No blog Mundo Sustentável, do jornalista André Trigueiro, são postadas notícias veiculadas na mídia sobre as transfor-mações do mundo, sempre relacionadas à sustentabilidade.

Atitude Sustentávelhttp://atitudesustentavel.com.br/

O Portal Atitude Sustentável tem como objetivo divulgar práticas sustentáveis (mesmo as pequenas) que contribuem em muito com o planeta e a sociedade como um todo.No site são apresentados projetos, que podem ser realizados por pessoas comuns, ou exemplos de ações que foram desenvol-vidas para o bem-estar do planeta.

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