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Publicação bimestral da MozMédia Nº 01 Ano 0 Abril-Maio 2011 Preço: 150,00 Mt BOLSA IMOBILIÁRIA DECORAÇÃO JAIME COMICHE “A arquitectura moçambicana está longe de ter identidade própria” Preços de venda e aluguer em Maputo Cor e Classe com Ash Ismael SOLARIS Um paraíso ecológico habitar Arquitectura I Decoração de Interiores I Imobiliária

Revista habitar 1

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Primeira edicao da revista Habitar

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BOLSAIMOBILIÁRIA

DECORAÇÃO

JAIME COMICHE“A arquitectura moçambicana

está longe de ter identidade própria”Preços de venda e aluguer em Maputo

Cor e Classe com Ash Ismael

SOLARISUm paraíso ecológico

habitarArquitectura I Decoração de Interiores I Imobiliária

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habitarA sua revista de imobiliária, arquitectura e decoração

assinea revista

24 exemplares / 2 anos• nas bancas 150Mt x 24 = 3600Mt• valor assinante - 2880Mt poupe 720Mt com desconto exclusivo de 20%

12 exemplares / 1 ano• nas bancas 150Mt x 12 = 1800Mt• valor assinante - 1440Mt poupe 360Mt com desconto exclusivo de 20%

Renovação 1 ano• valor: 1530Mt desconto especial de 15%

Formas de pagamento:O pagamento deve ser efectuado em dinheiro ou cheque nos escritórios da revista habitar na Av. MaoTse Tung, Nr. 1245.

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Propriedade/EdiçãoMozmédia

Director Geral Ilídio Bila

Directora Editorial Marta Curto

EditoraWacelia Zacarias

ColaboradoresArsénia Sithoye (Jornalista)

Márcia Cruz (Administração)Nito Machaiana (Distribuição)

Kátia Ferreira (Comercial)

CapaAsh Ismael

ColunistasDover Mavila

Dirce Pinto

TraduçãoPedro Amaral

Design & GrafismoMozmédia

PaginaçãoBenjamim Mapande

FotografiaMoira WelschAmirah Adam

Ricardo FrancoTalumba Katwala

Departamento ComercialWacelia Zacarias

cel. (+258)826050300cel. (+258)843986761

email:[email protected]

ImpressãoKrest Publications

DistribuiçãoMozmédia

Tiragem 5000 exemplares

Publicação mensal Mozmédia

Av. Mao Tse tung 1245tel: (+258) 21329337fax: (+258) 21329337

06PEQUENAS DICASDecoraçãoFornecedoresPassos de Construção

TRANSFORMAR O SEU ESPAÇONuma nova era,com um antes e depois surpreendente

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PAISAGISMO“Jardim dos Professores”

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ficha

técn

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11PERFIL DO ARQUITECTOJaime Comiche

20SOLARISUm paraiso ecológico

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índi

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15ARQUITECTURA ALTERNATIVATransformar objectoscom material reciclado

26MÃOS A OBRAAprenda os prós e contrasda sua futura construçãocom Dover Mavila

32VOLTA AO QUARTEIRÃOEspeculação do Mercado

24LAZER - RESTAURANTEUm oásis no meio do deserto

22LAZER - HOTELSaiba onde ficar

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30DECORAÇÃO DE INTERIORESCor e classe com Ash Ismael

35TENDÊNCIAS REGIONAISTelhado de ColmoCasas de pipi pili

42NOVO TALENTOMarco Leão expõeo seu talento como novoarquitecto da praça

37TENDÊNCIAS DO MUNDOCasas de banho modernas,Casas Pré-Fabricadas,Casas Modulares

40BOLSA IMOBILIÁRIAPreços de venda e aluguerem Maputo

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U m terreno vazio é como uma página branca, pronto para receber os nossos sonhos. Todas as nossas obras começam de apenas um sonho.

Assim como os sonhos, as casas dependem de bases sólidas para resistirem ao tempo. A fórmula dada para tornar a casa numa realidade, está na busca de um bom parceiro, o arquitecto. Para quem não tem como conseguir um arquitecto, tem à sua disposição, um mestre-de-obras, um engenheiro, e agora, a Revista HABITAR, que aborda temas do ramo imobiliário, arquitectónico, acabamentos, decoração de interiores e outros temas afins.Sendo assim, é para você, apreciador, comprador e vendedor de imóveis, investidor, arquitecto, engenheiro, consultor, académico e todos aqueles que de alguma forma habitam, que fazemos esta revista.Nesta primeira edição da nossa revista, trazemos-lhe, dicas para fazer um puff, estufar uma prateleira para mudar o ‘look’ de seu espaço; Uma conversa com o ar-quitecto Jaime Comiche, onde ele nos fala de identida-de da arquitectura moçambicana; Passeamos pelo jar-dim das “Acacias”, em busca de inspiração da natureza; a rúbrica Mãos à Obra, que nos dá dicas na escolhas de terreno para construção de uma casa.Receba então nas suas mãos, o nosso Sonho de HA-BITAR no seu mundo, que tem como missão ser líder e fonte de informação credível no que diz respeito ao mercado imobiliário especialmente em Moçambique e tornar-se o parceiro incontestável de todo e qualquer investidor na área, a nível nacional.

Um sonhode Habitar

A dreamof Inhabiting

Wacelia Zacarias

An empty plot of land is like a blank

page, ready to absorb our dreams. All

our work begins with just a dream.

Just like the dreams, houses depend on solid

bases to endure time.

The given formula to make a house real, is in

the search for a good partner, the architect. For

those unable to get an architect, they have a

master builder, an engineer, and now, HABI-

TAR magazine, at their disposal, which ad-

dresses real estate, architecture, finishes, inte-

rior decoration and other related themes.

Therefore, this magazine for you, the connoi-

seur, real estate buyer and salesman, investor,

architect, engineer, consultant, academic and

all of those that somehow inhabit.

In this first edition of our magazine we bring

you tips to make a beanbag, stuff a shelve to

change the look of your space; a conversation

with the architect Jaime Comiche, where he

talks about the identify of mozambican arqui-

tecture; we take a walk through the “Acacias”

garden in search of inspiration from nature;

the rubric Set to Work, which provides hints

on choosing land to build a house.

Take into your hands, our dream of INHABI

TING in your world, which has the mission of

being a leader and source of realiable informa-

tion regarding the real estate market, especially

in Mozambique, and becoming an indisputable

partner of every investor in the area, at national

level.

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05editorial

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Atreva-se a dar outra vida às suas prateleiras, criando simples forros em tecido. Basta medir as pratelei-ras e coser uma espécie de capa para colocar sobre elas. Conjugue diferentes padrões criando “dégra-dés” divertidos nas paredes de sua casa.

Cada vez mais a funcionalidade está associada à estética, daí a nossa procura por objectos que se enquadram nos nossos padrões de conforto, criando o ambiente a que chamamos “lar”.Para quem procura ideias práticas, fazendo uso de matérias acessíveis,aqui vão sugestões simples de como criar objetos decorativos e funcionaisadaptáveis a qualquer casa. Reciclando, ou simplesmente readaptando.

1. Pegue no MDF e corte seis formas geometri-camente idênticas, de preferência formas simples como um quadrado ou rectângulo. O tamanho fica-rá ao seu gosto, mas se quiser algo mais ergonó-mico e confortável, opte por quadrados com cerca de 40 x 40 cm.

2.. Pregue as tábulas previamente cortadas forman-do um bloco.

3. De seguida, cole a espuma sobre cinco faces do bloco, deixando uma face descoberta, que servirá de base. A espuma deve ser colada directamente às faces do bloco (tábuas de MDF) com uma espé-cie de cola spray, própria para espuma.

Meça cuidadosamente o cubo já com a espuma colocada , tendo em atenção que esta medida servirá para fazer um forro em tecido que será ajustada para cobrir o ottoman. O forro só terá cinco lados, para coincidir com o bloco. Aprovei-te a base do bloco para prender o forro com um agrafador próprio para madeira.

5. Pode sempre arranjar 4 pés para a base do ottoman.

Prateleirasforradasa tecido

O mesmo sistema pode ser utilizado para fazer cabeceiras para a sua cama.

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pequenas dicas06

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Shelves linedwith clothDare to give new life to your shelves, creating simple lining with cloth. Measure the shelves and stich a kind of cover to put over them. Combine different patterns creatig fun “dégra-dés” (gradients) on the walls at your house.

Functionality is being more and more associated to aesthetics, therefore our search for objects that fit into our standards of comfort, creating the en-vironment we call “home”. Fo those looking for practical ideas, making use

of accessible materials, here are a few simple suggestions of how to create decorative and functional objects adaptable to any home. Recy-cling or simply readapting.

Take the MDF and cut out six geometri-cally identical shapes, preferably simple shapes like a square or rectangle. The size will be at your criteria but if you would like something more ergonomic and com-fortable opt for 40 x 40 cm squares.

Take the previously cut boards and form a block.

Then glue the foam over the five sides of the block, leaving an uncovered side that will serve as the base. The foam must be glued directly to the sides of the block (MDF boards) with a spray glue that is suitable for foam.

Carefully measure the cube with the foam already glued on to it, taking into account that this measure will be used to make a cloth lining that will cover the ottoman. The lining will only have five sides, to co-incide with the block. Make use of the base of the block to pin the lining with a stapler that is suitable for wood.

You may always find 4 feet for the ottoman´s base.

The same method may be used to make two side tables for your bed.

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Ottoman

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07pequenas dicas

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Está cansado de olhar para as paredes brancas da sua casa? Precisa de um escritório novo? Chegou um novo membro à família? Seja qual for a razão para querer fazer uma reforma em sua casa, a revista Habitar está aqui para o ajudar, inspirar e encontrar soluções adequadas para a modificação do seu espaço! Em colaboração com MediaLab, criámos um espaço onde todas as suas preguntas encontrarão

uma resposta. Envie-nos as fotos do espaço que deseja modificar, e, em seguida, a MediaLab fará uma ilustração 3D como su-gestão. Encorajamos o leitor a enviar as fotos e uma pequena explicação do que deseja transformar para o email [email protected]. Vamos redesenhar o seu espaço!

Espaços Redesenhados

espaços redesenhados08

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• antes da transformação

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• depois da transformação• antes da transformação • depois da transformação

• antes da transformação • depois da transformação

• antes da transformação • depois da transformação

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09espaços redesenhados

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Re-Designed Spaces

T ired of looking at your house´s white walls? Do you need a new office? A new family member has arrived? Whatever the reason to make a renovation to your house, Habitar magazine is here to help and inspire you to find adequate solutions to modify your space! In colaboration with MediaLab, we have created a space where all your questions will be answered.

Send us a picture of the space which you would like to change and MediaLab will make a 3D ilustration as a sugges-tion for the modification of that space. We encourage the reader to send pictures and a short explanation of what you would like to transform to the following address [email protected]. We will redesign your space!

Primeiro o lazer,

Depois o prazer de partilhar o seu espaço...

espaços redesenhados10

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«A área formal da Cidade de Maputo, agoradesignada de Kampfumo, foi planeada comouma cidade - jardim com um ordenaamento bemdefinido. No entanto, im-porta realçar que esteplaneamento foi concebi-do para uma populaçãoinferior a um terço da actual»

Jaime Comiche, arquitecto

“A arquitectura moçambicanaestá longe de ter uma identidade própria”

Na primeira edição da Revista Ha-bitar, destacamos o arquitecto Jai-me Comicheque, que diz lamentar a arquitectura “plastic fantastic” que se instalou no país. Membro fundador do Conselho Interna-cional dos Arquitectos de Língua Portuguesa, da Associação de Ar-quitectos de Moçambique, da As-sociação de Empresas Moçambica-nas de Consultoria e da Associação Moçambicana de Desenvolvimen-to Urbano, este moçambicano exerceu a profissão durante 14 anos e já exibiu os seus projectos no Brasil, Estados Unidos, Macau, Portugal e África do Sul. Nascido na Cidade do Porto (Por-tugal), Jaime Comiche licenciou-se em arquitectura e planeamento físico em 1991 pela Universidade Eduardo Mondlane – UEM, e possui qualificações adicionais em gestão de projectos, gestão ambiental, economia urbana, encontrando-se presentemente a concluir um Master Business Admnistration Executivo à distância.Antes de fundar a JC Arquitectos, em 1996, foi pupilo e colaborador de arquitectos que desenvolveram obras importantes em Moçam-bique nomeadamente Fernando Mesquita e José Dias (Atelier 121), Georgui Petrov (Projecta), José Freire e José Forjaz. Trabalhou du-rante cinco anos no UN Habitat e hoje continua a servir as Nações Unidas através da UNIDO.

Que tipo de arquitectura é, actualmente, feita?Se está a referir-se a Moçambique, penso que a generalidade da arquitectura é paradoxal-mente rica em orçamento e opulência, mas in-cipiente esteticamente. Não estarei a exagerar se disser que a arquitectura formal Moçambi-cana ainda esta longe de ter uma identidade própria, ao contrário da arquitectura popular que talvez, devido as escassas opções em ter-mos de espaço, recursos e materiais, começa a demonstrar alguma identidade. Actualmente existem mais recursos financeiros do que há seis anos atrás, há mais tecnologia e quadros qualificados. No entanto, em vez de termos mais arquitectura de qualidade, temos cada vez mais “plastic fantastic”. Este cenário torna-se mais dramático se considerarmos que, ao nosso redor, há muitos exemplos de boa ar-quitectura.

O que acha do planeamentofísico da cidade de Maputo? A área formal da Cidade de Maputo, agora designada de Kampfumo, foi planeada como uma cidade - jardim com um ordenamento bem definido. No entanto, importa realçar que este planeamento foi concebido para uma popula-ção inferior a um terço da actual e com carac-terísticas socioeconómicas diferentes, com uma migração pendular quase inexistente, e com um parque automóvel marginal, mesmo assim suplementado por um sistema de transportes públicos adequado e eficiente. Entretanto, os dados da equação mudaram: a população de Maputo está a crescer mais rápido do que as acções de planeamento. Devia melhorar-se a circulação rodoviária, de modo a assegurar uma maior fluidez do trá-fego, reduzindo os custos ambientais e econó-micos do combustível queimado, reduzindo os custos económicos de uma cada vez menor eficiência dos negócios e da cada vez mais reduzida presença das pessoas nos seus pos-tos de trabalho. Deve também ser melhorado o planeamento urbano, demarcando e atribuin-do às famílias parcelas de terra com serviços básicos como arruamentos, ponto de água, de energia, e quiçá, pontos de telefone em cada talhão, paragens de transporte público, esco-las e postos policiais em distâncias acessíveis a pé e todas as medidas que permitam elevar a qualidade de vida dos citadinos na vizinhança da sua área de residência.

Disse que os arquitectos nacionais têm enfren-tado constrangimentos de nível legal, regula-mentar e económico. O que deve ser feito para colmatar essa situação?Os arquitectos, talvez por serem essencial-mente profissionais liberais com uma tendência muito grande para o individualismo, têm de-monstrado grande dificuldade em assegurar

o funcionamento adequado e produtivo da asso-ciação de arquitectos de Moçambique - ARQUI-TRAVE. Sem uma acção concertada, os arquitectos nunca conseguirão ultrapassar as adversidades que a legislação obsoleta, e as distorções do mer-cado, impõem.Com a rapidez das transformações que se veri-ficam a nível municipal, nacional e nas forças do mercado, uma simples associação já não chega para responder aos novos desafios. Urge que os arquitectos nacionais constituam uma Ordem. Para mim a questão já não é, se, mas quando teremos uma Ordem de Arquitectos que nos ponha no pa-tamar adequado para dialogar com as forças do mercado, com o Governo e com os Municípios.

O paisagismo está ligado à arquitectura?De que forma? O paisagismo é um complemento indispensável da boa arquitectura e, numa escala maior, do pla-neamento urbano. A arquitectura e o paisagismo devem ser encarados como duas faces da mesma moeda.Não é por acaso que as vivendas mais abastadas têm sempre um jardim bem cuidado. E isto não de-veria ser uma excepção, mas uma regra elementar. É assim que deveriam ser as todas casas e todas as nossas cidades: circundadas por áreas verdes harmoniosas e bem tratadas, como resultado de um processo de decisão e concepção, e não fruto do acaso. Para além disso, nas tradições Bantu, o espaço exterior é parte da arquitectura, e tão im-portante quanto o espaço interior.A qualidade do ambiente exterior que envolve a arquitectura pode ajudar a defini-la ou a realçá-la melhor..Tem feito trabalhos de paisagismo?Não sou paisagista e nunca pratiquei paisagismo dissociado de um projecto de arquitectura. Fiz o meu primeiro trabalho de paisagismo no espaço que vai da Av. 10 de Novembro até à Feira Popu-

10 11perfil do arquitecto

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«Obviamente projectar de raiz é o sonho de quase todos os arquitec-tos mas não deixa de ser um exercício extrema-mente difícil, particularmente se oprograma solicitado pelo cliente é complexo e de grande dimensão»

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lar, quando trabalhei no projecto do Gabinete do Primeiro Ministro entre 1989 e 1990, com o arquitecto Fernando Mesquita. Mais tarde, fiz uma grande intervenção de paisagismo fun-cional no Centro de Formação de Quadros da PRM em Michafutene, que hoje é a Academia de Ciências Policiais, e outra intervenção menor no Centro de Formação Jurídica e Judiciária. Também fiz uma obra mista de paisagismo fun-cional e estético, que, aliás, me deu muito gozo, no Centro Cultural do Banco de Moçambique.

Tem alguma experienciade decoração de interiores? Eu sempre fiz um esforço para oferecer um servi-ço completo, do planeamento exterior, definição do espaço e volumes edificados, e, finalmente, a decoração. A minha empresa, JC Arquitectos, mesmo sem a minha participação activa nos pro-jectos que tem estado a desenvolver nos últimos anos, continua a seguir os mesmos passos. Os meus arquitectos colaboradores têm-me pres-sionado no sentido de sermos mais actuantes na área do design de interiores, mas, até ago-ra, tenho sido firmemente contra. Infelizmente o

gosto dominante ainda não está preparado para aceitar combinações de cores ousadas e formas bastante simples que caracterizam a minha deco-ração. Ainda domina o gosto pelos candelabros de cristais, mobílias rendilhadas e aveludadas, e quadros de parede com motivos monótonos de naturezas mortas com molduras, muito bordadas e luzidias. O ditado popular diz que “o gosto não se discute” e eu tenho estado a tentar respeitar isso mesmo.

É mais fácil arquitectaruma reabilitação ou uma obra de raiz?A resposta a essa questão não é tão simples como pode parecer. A minha carreira activa de arquitecto teve início nos últimos anos da guerra civil e foi até meados da década passada, coincidindo com circuns-tâncias socioeconómicas muito difíceis. Em tais circunstâncias, a arquitectura mais solicitada tinha a ver com renovação ou adaptação funcional, vulgarmente designadas de reabilitação. Muitos dos edifícios que tive o prazer de renovar eram tão antigos que as intervenções neles efectua-das acabavam sendo verdadeiras operações

de restauro arquitectónico. Dadas as circunstâncias de então, eu criei um grande vício pela renovação e restauro que, apesar de tudo, restringem o arqui-tecto a uma espécie de colete-de-forças. Obviamente projectar de raiz é o sonho de qua-se todos os arquitectos mas não deixa de ser um exercício extremamente difícil, particularmente se o programa solicitado pelo cliente é complexo e de grande dimensão. Neste caso o arquitecto tem de apresentar um produto final que seja funcional, sustentável e que caia nas boas graças da maioria dos potenciais utilizadores. É muito difícil!.

Perspectivas? Apesar de estar presentemente a desenvolver tarefas burocráticas incompatíveis com o exercício da profissão de arquitecto, estou certo que, um dia, voltarei a fazer arquitectura de forma activa.Enquanto isso não acontece, espero que a compe-tição, a legislação e os investimentos na área da construção continuem a evoluir positivamente, e segundo valores éticos e profissionais muito sólidos. Todos ganharemos com isso!

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perfil do arquitecto12

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«The formal area of Maputo City, now called Kampfumo was planned as a town - a garden with good planningdefined. However, it is noted that this plan was designed for a popula-tion of less than one-third of current.»

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“Mozambican architectureis far from having a proper identity”Architecture has been highly sought by individuals and enti-ties that wish to build or remo-del their buildings. HABITAR magazine talked to the architect Jaime Comiche Director of JC Ar-chitects, who told us about his experience in this area. Mozam-bican, born in the city of Por-to (Portugal), Jaime Comiche graduated in Architecture and Physical Planning in 1991 at Eduardo Mondlane University - UEM and has additional qualifi-cations in project management, environmental management, urban economy, and he is cur-rently doing a distance Masters in Business Administration.Prior to founding JC Architects in 1996, he was a pupil and collaborator of architects who developed major works in Mo-zambique, in particular Fer-nando Mesquita and José Dias (Atelier 121), Georgui Petrov (Projecta), José Freire and José Forjaz. He is a founding mem-ber of the International Council of Portuguese Speaking Archi-tects, Mozambique Architects Association, the Association of Mozambican Consulting Com-panies and the Mozambican Association for Urban Develop-ment. He has worked for UN Ha-bitat for 5 years and nowadays still serves the United Nations through UNIDO. He actively pursued the profes-sion of architect for nearly 14 ye-ars, in that time he has designed dozens of works constructed in all provinces of Mozambique, given lectures and exhibited his projects in Brazil, the USA, Ma-cau, Portugal and RSA.

What is the current architectural line? If you are referring to Mozambique, in my opinion, in general the architectural works done today are paradoxically high in bud-get and opulence but aesthetically incipient. It’s not an exaggeration to say that Mozam-bican formal architecture is still far from having a proper identity, contrary to the popular architecture that perhaps, due to scarce options in terms of space, resources and materials, is beginning to demonstrate some form of identity.Currently there are more financial re-sources than six years ago, nowadays there is more technology and qualified people. However, instead of having higher quality architecture, we have more “plastic fantas-tic”. This scenario becomes more dramatic if we consider that we are surrounded by many examples of good architecture.

What do you think of the physical planning of Maputo city? How must it be improved?The formal area of Maputo City, now des-ignated by Kampfumo, was planned to be a garden city with a well-defined land use. However, it is important to highlight that such planning was conceived for less than a third of the current population and with different socio-economic characteris-tics, with an almost inexistent commuting migration and with a marginal automobile park, and supplemented by a system of public transport that is appropriate and ef-ficient. However, the data for the equation has changed: the population of Maputo is growing faster than the planning actions. The road circulation has to be improved in order to assure better traffic fluidity, reduc-

ing the environmental and economic costs of the burnt fuel, reducing the economic costs of a lesser efficiency of businesses and reduced presence of people at their jobs. The urban planning must also be improved, lining off and assigning land quotas to the families, quotas with basic services such as streets, water and electricity sources, and who knows, telephone booths in each plot, bus stops for public transport, schools and police stations at accessible distances by foot and all the measures that will allow the improvement of the quality of life of the townspeople in their neighborhood.

You have mentioned that national archi-tects have been facing legal, regulatory and economic constraints. What must be done to overcome this situation?The architects, perhaps because they are es-sentially liberal professionals with a strong

13arquitect profile

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«Obviously designing from scratch is a dream for almost all architects, but it remains an extre-mely difficult exercise, particularly if requested by the client program is complex andlarge scale.»

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tendency for individualism, have been demonstrating great difficulty in assuring the appropriate and productive function-ing of the Mozambican Association of Ar-chitects - ARQUITRAVE. Without mended action the architects never overcome the adversities imposed by the obsolete legisla-tion and market distortions.With the rapidity of the transformations seen at municipal and national levels, and in the strength of the market, a simple as-sociation will no longer suffice to address new challenges. It urges that the national architects establish an Order. For me the is no longer if but when will we have an Order of Architects that puts us on an ap-propriate level to dialog with the strengths of the market, Government and Municipali-ties.

Is landscaping linked to architecture? How?Landscaping is an indispensable comple-ment of good architecture and, in a larger scale, urban planning. Architecture and landscaping must be seen as two sides of the same coin. It is not by chance that the wealthier villas always have a well-treated garden. This should not be an exception but a fundamental rule. That is how all our homes and cities should be: surrounded by harmonious, well-treated and green ar-eas, as a result of a process of decision and design, and not by chance. In addition, in Bantu traditions, the outer space is also part of architecture, and it is as important as the interior spaces. The quality of the exterior environment that involves the architecture can help to define it or even enhance it.

Have you done any landscaping work?I am not landscapist and I have never done landscaping dissociated from an archi-tecture project. I did my first landscaping work in the space that goes from Av. 10 de Novembro up to Feira Popular, when I worked in the Prime Minister Office´s proj-ect in 1989/90 with the architect Fernando Mesquita. Later I made a great interven-tion of functional landscaping at the PRM Personnel Training Center in Michafutene, ACIPOL today, and another smaller inter-vention at the Legal and Judicial Training Center. I also did a mixed work of func-tional and aesthetic landscaping that gave me much joy, at the Bank of Mozambique’s Cultural Center.

Have you got any experience in interior decoration?I always made an effort to offer a complete service, from exterior planning, definition of space and volumes built, and finally, the decoration. JC Architects, my company, even without my active participation in the projects that it has been developing in recent years, continues to follow the same steps. My associate architects have been pressur-izing me to be more active in interior design but, so far, I have been firmly against. Un-fortunately the dominant preferences are not yet ready to accept combinations of dar-ing colors and simple shapes, which char-acterize my decoration. The taste for crystal chandeliers, lacy and velvety furniture and wall paintings with bleak and monotonous themes with shiny and embroidered frames still prevails. There is a popular saying “dif-ferent strokes for different folks”/”to each his own” and I have been trying to respect exactly that.

It is easier to architect a rehabilitationor a root development?The answer to the question is not as simple as it may seem. My active career as an architect began dur-ing the last years of the civil war and went up to the mid of the past decade, coinciding with very difficult socio-economic circum-stances. In such circumstances the most requested architecture was related with the renewal or functional adaptation, vul-garly designated by rehabilitation. Many of the buildings, that I had the pleasure to renew, were so old that the interventions made ended up being complete operations of architectonic restoration. Given the cir-cumstances then, I developed a great ad-diction for renewal and restoration that, after all, restricts the architect to a kind of straitjacket. Obviously, developing from root is the dream of almost every architect but it is, nevertheless, an extremely difficult exer-cise, particularly if the program requested by the customer is complex and of great dimension. In this in case, the architect has to present a final solution that is function-al, sustainable and that it falls in the good graces of the majority of the potential users. It is very difficult!

Perspectives? Although I am presently performing bu-reaucratic tasks that are incompatible with the practice of architecture, I am certain that one day I will actively practice architecture.In the meantime, I hope that the competi-tion, legislation and investments in con-struction continue to develop positively, and according to solid ethical and profes-sional values. Everyone will gain from this!

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arquitect profile14

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N ão sabe o que fazer com aquelas latas de cerveja e refresco que tem em casa?

Experimente fazer um telhado!A ideia básica é juntar metades de latas vazias para fabricar o equivalente às vul-gares chapas de zinco.• Vamos por passosRecorte primeiro as duas extremidades das latas. As bordas das latas cortadas serão irregulares, por isso, é preciso batê-las ligei-ramente em cima de um tronco de árvore para endireitá-las e torná-las cilíndricas.Em seguida, corte-as em duas metades com

uma tesoura forte.Agora, junte estas latas cortadas usando rebites. Os pregos devem ter 2,5 cm para um comprimento de 0,5 cm. Se quiser pou-par o dinheiro dos pregos use rebites de alumínio, são mais baratos e simples de tra-balhar. Até pode tentar pedir alguns restos de cabos de alumínio à Electricidade de Moçambique.Com o rebite (prego ou alumínio) faça um furo em duas metades da lata. Introduza depois um rebite no furo. Martele o rebite (com a extremidade que não tem cabeça) em cima de um bloco pesado de

metal, para criar daquele lado uma segun-da cabeça. O martelo próprio é um mar-telo bola. Como tem a cabeça redonda, espalha melhor o rebite.Faça mais 2 furos e repita o processo. A seguir, vá ligando mais latas, até ter uma fileira, com a largura que deseja. Agora, faça mais fileiras e junte-as com o mesmo processo, até ter o comprimento que dese-ja.Tenha a atenção de colocar as latas num sentido que não permita a chuva entrar. Finalmente, as chapas devem ser pintadas para evitar ferrugem.

D on’t know what to do with those empty beer and cool drink cans you have at

home? Try making a roof! The basic idea is to join the halves of empty cans and make the equivalent to common zinc plates. Step by step. First cut out the can extremities. The edges of the cut cans will not be even therefore it will be necessary to beat them on a tree’s trunk to straigthen them until they become cylindrical. Next, cut them in two halves with a strong pair of scissors. Now join these cut out cans using rivets. The nails must be 2,5cm long for a 0,5 cm length. If you would like to save money on the nails, use alu-minium rivets, they are cheaper and easier to work with. You may even try to ask Electricidade de Moçam-bique (Mozambican electricity com-pany) for left overs of aluminium cables. Make a hole on the two halves of the can using the rivets (nail or alumini-um). Insert the rivets in the hole and hammer the rivets (using the head-less extremity) on top of a heavy metal block to create a secong head on that side. The adequate hammer is a ball hammer (round hammer). Since it has a round head, it spreads the rivet. Make two other holes and repeat the process. After that, join more cans until you make a row with the desired width. Now, make more rows and join them using the same process until you have the desired length. Make sure you put the cans in such a way that rain water does not pour in. Finally, the metal plates must be painted to avoid rusting.

Beer can roof

Telhado com latas de cerveja

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15arquitetura alternativa

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Um vaso que se torna candeeiro

Já reparou como os vasos de barro tipica-mente africanos são bonitos? Já pensou em usá-los como candeeiros?A revista Habitar experimentou reciclar um vaso e transformá-lo num candeeiro de chão. O resultado foi original e criou um ambiente acolhedor.

Siga os passos e faça você mesmo

• Escolha primeiro o vaso. Nós optámos por um alto, estreito e com buracos, para ter uma iluminação com efeito de vidral na parede.

• Escolha o local onde quer fazer o buraco, para colocar o fio do candeeiro. Não opte pela parte de baixo, pois depois não conseguirá pousar o vaso no chão. Não escolha também um local demasia-do à superfície, senão ver-se-á o fio.

• Antes de pegar na broca, veja se o vaso é de barro vidrado, ou seja, se tem uma superfície brilhante. Nesse caso, use uma broca de corte de vidro. Se o barro for baço, use uma broca simples de alvena-ria. Para amaciar o barro pode deixar essa parte de molho durante uma hora. Quando for a fazer o buraco, tenha cuidado com a pressão que coloca para não partir o vaso.

• Com o buraco feito, passe o fio. Depois, enfiando o braço pelo vaso, coloque o caixilho e depois a lâmpada.

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Have you noticed how the typically african clay pots are beautifull? Have you though abot us-ing them as lamps?Habitar magazine tried recycling a pot and transforming it in a floor lamp. The outcome was original and created a cozy atmosphere.

Do it yourself by following the steps.

• First chose the pot, we have chosen a tall, narrow, and with holes, to provide a (vi-dral) light effect on the wall

• Chose a place to make the hole to put wire through. Do not make the hole under the pot/vase otherwise you won´t be able to put it down on the floor. Also, do not chose a place too close to the surface, otherwise the wire will be visible.

• Before using the drill, verify if the pot/vase is glazed, i.e. if it has a shiny surface. If it does, then you will have to use a drill to cut glass. If the pot/vase is dull, use a simple mansonry drill. Submerge the clay for an hour to soften it. When making the hole in the pot/vase, be aware of the pressure you apply to avoid breaking the pot/vase.

• After making the hole, pass the wire through. And then put the mouthpiece and the light bulb.

A POT/VASE that becomes a lamp

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Jardim dos Professores,quem te viu quem te vê O Jardim dos Professores foi, em tempos, sinónimo de perigo. Estava degradado e abandonado, e nas suas silvas, escondiam-se pessoas sem abrigo e marginais. Actualmente, depois das obras de reabilitação, o cenário mudou e já há quem não dispense uma tarde naquele jardim renovado

O projecto de reabilitação do jardim dos professores foi resultado de um concurso do Conselho Municipal,

que tinha como objectivo reabilitar vários jar-dins da cidade de Maputo. Para o caso espe-cífico do jardim das Acácias, a Sketch foi con-tactada pelo Hotel Cardoso para participar no concurso, que acabou por vencer. Segundo Maria Meneses, da Sketch Ar-quitectos, o município acreditou que o Hotel Cardoso pudesse levar a cabo o projecto da reabilitação daquele jardim com qualidade. O concurso foi curricular e Maria Meneses confessa que o facto de o Hotel Cardoso ter estado por detrás do projecto foi crucial para a vitória da empresa. «Acredito que isso tenha contribuído para que fossemos os vencedores do concurso».Foi num estado bastante degradado que os arquitectos encontraram o jardim dos profes-sores. As casas de banho estavam em péssi-mas condições e o acesso à baixa era perigo-so, com vários assaltos a terem ocorrido pelo caminho. Em suma, ninguém visitava aquele jardim. «A Escola Secundária Josina Machel chegou a fechar as portas que estavam viradas para aquela avenida e virou as costas ao jardim, por considerá-lo perigoso. O próprio Hotel

Cardoso achou que aquele era o ponto fraco daquela zona, retraindo visitantes e turistas, por isso tinha interesse na reabilitação do jar-dim», disse a arquitecta.Devido ao avançado estado de degradação, as obras de reabilitação do jardim requeriam muito trabalho. Daí a Sketch Arquitectos ter pedido ajuda à empresa Estúdio 4 Arquitec-tos, de Sérgio Henriques. Em Dezembro de 2007 foi feita a proposta final do projecto. Os trabalhos iniciaram em 2008 tendo durado cerca de um ano e, em Maio de 2009, o jardim foi inaugurado. As obras foram feitas em varias fases usan-do a reabilitação do jardim como pontapé de partida. «O objectivo primário era permitir o uso do jardim. Só depois pensámos na pas-telaria e no restaurante» frisou Sérgio Hen-riques.Com a reabilitação e controle do jardim, o acesso à baixa da cidade foi facilitado e as barreiras limpas. Assim, a marginalidade desa-pareceu do jardim dos professores.«O facto de o jardim ter um concessionário, uma empresa que está lá a gerir o espaço e guardas a fazerem vigilância, faz com que as pessoas tenham mais confiança em usar o jar-dim».O projecto foi orçado em cerca de 1,27 mi-

lhão, mas nem todos os trabalhos foram efec-tuados. Ficaram para trás uma feira de arte-sanato e uma pérgola sobre o parque infantil, que ficaram por construir por, entre outras razões, falta de fundos por parte do cliente.Na reabilitação do jardim foram aproveitados alguns elementos já existentes como peque-nos muros e passeios, aos quais foi acrescen-tada a pedra de Namahacha. Sérgio admite que infelizmente Moçambique produz poucos materiais de construção, resumidos a cimento, pedras e areia. «Para além desses materiais de base, tudo que é aço e coberturas metálicas foram impor-tados da África do Sul. Isso faz com que qual-quer projecto de construção neste país tenha um preço elevado. Tentamos sempre usar ma-terial local, e, neste projecto, as madeiras de caixilharia e portas são de materiais locais» afirmou Sérgio Henriques.Relativamente aos espaços desenhados, foi uma recuperação do que já existia. As com-ponentes do projecto foram estipuladas pelo Município que pretendia uma zona de parque infantil, uma zona de jogos, um restaurante, uma zona para eventos, casas de banho pú-blicas, uma zona de artesanato e um anfitea-tro para aulas ao ar livre, por estar próximo de duas escolas.

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Teacher´s Garden has been a synonymous of danger. It was degraded and abandoned with homeless people and mar-ginals (delinquents) dwelling in its shadows. Nowadays, after rehabilitation work, the scenery has changed and there are people who do not do without an afternoon in the renewed garden.

Teacher´s Garden, look at you now

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T he rehabilitation project for Jardim dos Professores (the Teacher´s Garden) was

a result of a tender from the City Counsil, that had as an objective to renew the various gardens in Ma-puto city. For this specific case of the Acacias garden, Cardoso hotel contacted Sketch to participate in the tender, and Sketch won. According to Maria Meneses, from Sketch Architects, the City Counsil believed that Cardoso Hotel could carry out the garden´s rehabilita-

tion project in good fashion. The tender was based on the curricula and Maria Meneses confesses that the fact that Cardoso Hotel was be-hind the project was crucial for the company´s victory. «I believe that this fact contributed to our victory on this tender».The architects found the Teacher´s Garden in a significantly degraded state. The toilets were in terrible conditions and the downtown ac-cess was very dangerous, with many robberies happening on the

way. In short, no one visited the garden at all. «Josina Machel Secondary School even closed the gates facing that avenue. Car-doso Hotel considered the garden to be a weak spot in the area, restraining the visi-tants and tourists, therefore the interest in rehabilitating the garden», said the archi-tect.Due to its advanced degradation state, the rehabilitation work to the garden required hard work. Hence, Sketch Arquitectos asked for help to Estúdio 4 Arquitectos, owned by Sérgio Henriques. The final proposal for the project was made in December, 2007. The work initi-ated in 2008 and in May 2009 the garden was inaugurated. The rehabilitation work was performed in various phases, with the rehabilitation of the garden as a kickstart. «The primary objective was to allow the use of the garden. We only thought of the pastry and restaurant afterwards» stressed Sérgio Henriques.With the rehabilitation and control of the garden, the downtown access was facili-tated by the cleaned up slopes. And thus, the delinquents disappeared from the teacher´s garden.«The fact that the garden has a grantee, a company that is managing the space and has guards maintaining vigilance, makes people confident enough to use the space».The project was budgeted around 1,27 million but not all the work has been per-formed. An art fair and a pergola over the infants garden were left behind due to, amongst other reasons, the lack of funds by the client.Some existing elements were utilized in the rehabilitation of the garden, such as small walls and sidewalks, to which the Nama-hacha stone was added. Sérgio admits that, unfortunately, Mozambique produces few construction materials, summarized to ce-ment, stone and sand. «Besides these base materials, all the steel and metalic structures were imported from South Africa. That makes any construction project, in this country, very expensive. We always try to use local materials and in this project, the wood frames for the doors are from local materials» said Sérgio Hen-riques.Regarding the designed spaces, it was a re-covery of what already existed. The project components were stipulated by the City Counsil who wanted an area for the infant park, a gaming area, a restaurant, a area for events, public toilets, an art and craft area, and an amphitheater for open air lectures, due to its proximity to two schools.

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S olaris é uma propriedade localizada na zona alta de Dunkirk Estate, na Costa Norte de Kwazulu Natal (KZN), na África do Sul. É a

primeira propriedade completamente ecológica da região. Um exemplo a seguir!Um conjunto de painéis foto-voltaicos dá energia a um aquecimento solar. O conjunto eléctrico filtra a água da chuva capturada do tecto através de uma bomba, transformando-a em água potável para sa-tisfazer as necessidades da casa. A água usada para o banho, é depois reaproveitada para uso geral fora de casa. Assim, os frequentes cortes de energia e de água são agora coisas do passado, sem falar dos custos que foram reduzidos, graças a este sistema. Fazer uma casa verde é um investimento único.Para complementar esta casa ecológica, a jardineira local e paisagista, Jane Bertram, criou um jardim de baixo uso de água, composto por plantas indígenas locais, que constitui um habitat natural para os pás-saros e borboletas. E não se esquecendo de nós os humanos, ela incluiu uma secção só com plantas de medicina tradicional, especialmente as que curam uma gripe normal, e uma selecção de plantas condi-mentares deliciosas. Uma série de caminhos atravessam os diferentes ha-bitats da propriedade, incluindo uma elevada passa-gem por uma das melhores e preservadas florestas pantanosas de Kwazulo Natal com plantas endémi-cas raras.

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S olaris is a property located in the high area of the Dunkirk Estate, in the North Coast of Kwazulu

Natal (KZN), in South Africa. It is the first completely ecological property of the region. An example to follow!A set of photo voltaic panels provides energy to solar heating. An electric set filters rainwater gathered from the roof, through a pump, transforming it in potable water to satisfy the house needs. The water used for the showers is reused for general purposes outside the house. Thus, the frequent electric-ity and water failures are now a thing of the past, not to mention the reduction of costs, thanks to this system. To make a green house is a unique investment. To complement this eco-house, the lo-cal gardener and landscaper, Jane ber-tram, created a garden which has a low consuption of water composed by local indigenous plants which provides a natural habitat for birds and butterflies. And not forgetting us humans, she in-cluded a section solely with traditional medicine plants, especially the ones that cure a normal flu, and a selection of delicious seasoning plants. A series of pathways cross the differ-ent habitats of the property, including a high passage through one of the best and well preserved swampy forests of Kwazulu Natal, with rare endemic plants.

SOLARIS

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A frin prestige hotel é um novo e mo-derno hotel, situado na baixa da cidade de Maputo, ao lado do

Maputo Shopping Center. A instância possui 99 quartos, sendo 14 deles executivos, qua-tro suites executivas e um quarto presidencial com três quartos, escritórios, sala de jantar e piscina. Estando na zona mais típica de Maputo, o Afrin conseguiu dar um toque de classe a este hotel, todo em tons de castanho. Lá dentro, o rebuliço da rua não chega, e só a música clássica acalma o visitante. O hotel está ni-tidamente virado para alojamentos de ne-

gócios, sendo prático e funcional. Esculturas em metal decoram os corredores, muitas com referências marítimas, sobretudo de pesca. A decoração é quase fria, muito clean e clássi-ca, não se tentando construir um lar, mas sim, responder a todas as necessidades de uma viagem de negócios. O restaurante Sal & Pimenta, do hotel, man-tém o tom clássico e impessoal, optando mis-turar os tons de terra, ou seja, castanhos e bejes. O Afrin Prestige Hotel oferece ainda serviços adicionais como, um centro de conferências com capacidade para 120 pessoas, área de

recepção com internet, café e bengaleiro, transporte grátis para o aeroporto de Ma-valane. Para os empresários que não querem perder a forma física, o Afrin também tem um centro de massagem, ginásio e sauna. Para relaxar ao final do dia, existe uma área de piscina, com bar de apoio, que, embora não seja grande, chega para ser confortável. Como não podia deixar de ser, e sendo que o hotel procura todos os públicos, o Afrin or-ganiza jogos de ténis e náuticos, excursões locais e de barco para as ilhas e baías de Maputo.

O melhor para a sua estadialazer22

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A frin Prestige Hotel is a new and modern hotel located downtown Maputo, next

to Maputo Shopping Center. The establishment has 99 rooms, 14 of which are executive rooms, 4 executive suites and a presidential suite with 3 rooms, offices, dinning room and swimming pool. Being in a typical area of Maputo, Afrin managed to give a touch of class to this hotel, all in shades of brown. The uproar of the streets does not reach inside of the hotel, only the classical music calms down the visitor. The hotel is clearly directed to for business accommodation, being practical and functional. The hallways are decorated with metal structures, many of them with sea references mostly fishing. The decoration is close to cold, very clean and classic; not attempting to recreate a home but to respond to

needs of a business trip. The restaurant Sal & Pimenta has a classic and impersonal tone, opting to mix earth tones such as brown and beige. Afrin Prestige Hotel also offers aditional services such as a conference center with 120 people capacity, reception area, coffee shop and cloakroom, free airport transfers to Mavalane airport. For those business men who want to stay in shape, Afrin also has a massage center, gym and sauna. There is also a pool area to relax at the end of the day, with a support bar and even though its not very big, it is comfortable enough. Because the hotel reaches out for every clientele, it organizes nautical and tennis games, local excursions and boat excursions to the islands and bays of Maputo.

The best for your stay

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M oreira’s, é um espaço colorido,de design absolutamente moderno e sofisticado, razão quase suficiente,

para ser um local de paragem obrigatória na baixa da cidade.Se está a procura de um lugar para almoçar ou jantar que seja fora de vulgar, Moreira é o ideal. Um verdadeiro Oásis no meio do deserto. O res-taurante apresenta uma sala de cores vibrantes, com uma mistura de azul, vermelho e amarelo que quase por ‘acidente’ se mesclaram nas pa-redes para nos transmitir este ambiente cheio de vida.O mais interessante é que os donos, Diego Furlan e Hugo Moreira é que decoraram o restaurante, sem ajuda de nenhum ‘expert’. As peças de arte que combinam perfeitamente com as cores da pa-rede, em tons de azul, vermelho, amarelo.Com uma ementa variada, Moreira sugere uma diversidade de bacalhaus, saladas e para quem quer um gostinho do Brasil, tem um bobo de ca-marão de comer rezando.

“Um oásis no meiodo deserto”

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M oreira’s is a colorful space with an absolutelly modern and so-fisticated design, enough reason

to be a almost place must visit downtown. If you are looking for a place out of the or-dinary to have lunch or dinner, Moreira´s is the ideal place. An authentic oasis in the desert. The restaurant is a room full of vi-brant colors with mixtures of blue, red and yellow that mix, almost by “accident”, in the walls to convey this environment that is full of life. What is really interesting is that the owners, Diego Furlan and Hugo Moreira, decorated the restaurant themselves, with-out any help from a professional designer. With a varied menu, Moreira suggests a variety of codfish and salads, and for those who want a little taste from Brazil there is a shrimp bobo that you can relish in.

“An oasis in the desert”

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Os terrenos

O primeiro passo é verificar as condi-ções do terreno. Os terrenos planos e rectangulares são considerados os me-lhores para construir e ideais para mora-dias económicas.Alguns tipos de terrenos não são favorá-veis, tais como:•Terrenoscomriscodeinundação:juntode encostas, terrenos com nível mais bai-xo do que a rua;•Terrenoscomafloramentodeáguasouáguas superficiais: basta fazer uma cova de mais ou menos um metro e ver se a

água;•Terrenospróximosdeencostascomris-co de movimentação de terras: junto de elevações ou barreiras com erosão;• Terrenosemconflitosoudisputas judi-ciais: fazer perguntas a vizinhos e mora-dores antigos pode ser um caminho para descobrir a existência de litígios, ou às autoridades.

Na escolha do terreno, devemos sempre estar atentos a estes itens, porque, mais tarde, podem transformar-se em gran-des problemas.

Documentos e legalização

Além de procurar informações junto a vizinhos, estruturas locais, nos municípios e administrações, antes de qualquer mo-vimento, é necessário analisar muito bem os documentos do terreno onde quere-mos construir a casa. Precisamos, no mí-nimo, de uma declaração do chefe do quarteirão ou secretário de bairro.

Preparação para obra

Para fazer a preparação da obra, preci-samentos de um projecto assinado pelo

Caro Leitor, Nesta coluna apresentamos um espaço informativo, com sugestões práticas e simples, relacionadas a obras de construção civil. Aqui vamos olhar de forma abrangente para construções de pequeno porte.Actualmente, observamos um crescimento na construção civil das zonas periféricas dos centros urbanos e das zonas de expan-são, acompanhadas de uma grande procura de materiais de construção convencionais. Desta forma, pretendemos falar sobre os aspectos relacionados com o desenvolvimento da obra, do início ao fim, desde a escolha do local, até à sua cobertura.O nosso principal objectivo é esclarecer pequenas dúvidas e oferecer sugestões, para que o leitor consiga erguer a sua habita-ção com segurança, qualidade e o menor custo possível.

Se for possível, devemos escolher um terreno já com infra-estrutura desenvolvida, ou seja, que tenha água, luz e acessos minima-mente Instalados. Isso é uma vantagem para o começo da obra. Seguem dicas de locais aconselháveis para construção, sendo que estas infra-estruturas devem estar o mais próximo possível dos parcelamentos:•Proximidadedefontesdeabastecimentodeágua;•Energiaeléctrica;•Iluminaçãopública;•Facilidadedeacesso;•Nivelamentodolocal.

Mãos a Obra

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técnico responsável, ou seja, arquitectos, engenheiros e técnicos da área em geral, que possam assumir esta responsabilida-de. É também necessária a aprovação do projecto pelos órgãos responsaváveis, ou seja, municípios e administrações. Veja também as direcções províncias de obras públicas.Por fim, precisará da emissão de uma licen-ça de construção em nome do dono da obra.

• A PlantaA planta é um dos passos mais importantes do planeamento, porque nos mostra o que queremos construir, em detalhe.

• O ProjectoProjectar significa pensar antes. Construir sem projecto pode implicar gastos desne-cessários com modificações ou reconstru-ções, para além de afectar a qualidade da obra.

• O OrçamentoPlanear os custos das diversas fases da construção significa ter dinheiro para cada uma delas, no tempo certo.

• Legalização da obraA falta de legalização pode resultar em constrangimentos como o embargo da obra (paralização), multas, etc.

• O CronogramaEstabelecer um tempo aproximado para cada fase da obra é importante, para um melhor controlo do orçamento.

• A escolha dos materiaisNão devemos levar em conta apenas o preço. Materiais adequados e de qualida-de asseguram bons acabamentos. Lembre-mo-nos da famosa frase: o barato sai caro!

• Início da obraSignifica que o passo a seguir é, Mãos à obra.

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Land

The first step is to verify the conditions of the land. The plain and rectangular spaces are con-sidered to be the best to build and ideal for eco-nomic housing.

Some types of land are not favourable, such as: • Land with flooding risks: next to slopes, land with a lower level than the road• Land with water outbursts or superficial wa-ters: make a hole, around one meter deep, and see if there is water (basta fazer uma cova de mais ou menos um metro e ver se a água)??? • Land close to slopes with risk of land move-ment: close to elevations or slopes with erosion • Land in judicial conflict or dispute: asking questions to neighbors, former residents and authorities might be a way to discover the exis-tence of disputes.

One must be always aware to these items when chosing land, for they might turn into major problems in time.

Documentation and Legalization/Legitimation

Further than looking for information with neighbors, municipalities and administrations, prior to any movement, it is necessary to thor-oughly analize the documentation of the land on which one wants to build. One needs, at least, a declaration from the chief of the block or neighborhood secretary.

Preparation forthe construction

To prepare for construction one needs a project signed by the responsible technician, i.e. archi-tects, engineers, and general technicians, that may assume this responsibility. It is also neces-

sary to have the project aproved by the respon-sible bodies i.e. municipalities and administra-tions. See also the provincial directorates for public works.At last, it is necessary to have a construction li-cense on behalf of the developer.

• The DesignThe design is one of the most important steps in planning, because it displays what one wants to build, in detail.

• The ProjectTo project means to think ahead. To build with-out a project might implicate unnecessary ex-penditure on modifications and re-construction, besides afecting the quality of the construction.

• The BudgetTo plan the costs for the various phases of the construction means to have a budget for each one of them, at the right time.

• Legalization ofthe construction

The lack of legalization may result in con-straints such as the seizure of the construction (a standstill), fines, etc.

• The TimelineIt is important to establish an aproximate time for each phase of the construction, for better control of the budget.

• Selecting materialsOne must take only price into account. Ade-quate and quality materials ensure good finish-es. Remember the frase: Cheap can cost dear!

• Beggining constructionSimply means that the next step is: Get to work.

Dear Reader, We present, in this column, an informative space with simple and practical suggestions related to construction. We will take a comprehensive look at small scale construction.

Nowadays we observe a growth in construction in the outskirts of the urban centers and expansion areas, followed by a great demand for conventional construction materials. Therefore, we would like to talk about aspects related to the development of the work, from beggining to end, since the choice of site until its coverage.

Our main objective is to clarify doubts and offer suggestions, so that the reader may erect his house safely, with qual-ity and the lowest cost possible.

Hands on work

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If possible, chose land that al-ready has developed infrastructure, i.e. with running water, electricity and minimally installed access. That is an advantage for the beggining of works.

Here are a few hints of advisable sites for construction, taking into account that these infra-structures must be as close as possible to the site:• Proximity of water supply sources;• Electricity; • Public ilumination; • Easy access;• Flatness of the site;

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«O problema do mercado de arrendamento em Maputo é o facto de estar a crescer tanto. Isso pro-voca uma falta de alojamento decente e acessível. Há muitas pessoas a chegarem ao pais, e os senho-rios aproveitam para aumentar muito os preços», Gratia é gerente da imobiliária Pamgolding e admi-te que, desde que chegou a Moçambique, há cinco anos, os preços quase que duplicaram. De facto, neste momento qualquer casita de dois ou três quartos, sem obras feitas, ronda os mil dóla-res. No bairro do Polana Cimento, já não se encon-tra nada a menos de 1200 dólares, e nas zonas nobres, como o bairro da Somershield, o preço base é de 2.500 dólares. «O mercado imobiliário em Maputo poderia cres-cer mais, se os preços fossem um pouco mais razo-áveis, mas não podemos ser nós a fazer isso, os proprietários também têm de ser mais tolerantes na negociação. Isso tem acontecido nos últimos dois meses, porque a procura baixou. A nossa esperan-ça é que isso tenha efeitos prolongados, e que se crie um mercado onde os proprietários prefiram ter um cliente muito bom que vai cuidar de sua casa do que alguém que paga bem», acrescenta Gratia. O grande problema do mercado imobiliário em Maputo é que os proprietários definem o preço em relação às informações que passam boca a boca. Se o vizinho conseguiu alugar por mil dólares, ele vai tentar os 1200. O do lado sabe que disso, e tenta alugar por 1500. É um ciclo vicioso. O avalia-dor de imóveis, João Jorge, explicou-nos que, para definir o preço de venda ou aluguer de um imóvel, é preciso ter em atenção o comparativo do mer-cado, critério de custos, critério de método de cash flow e o critério de rendimento. São estes critérios que ditam os preços de imóveis em função da zona, da antiguidade, do tipo de imóvel, da vista, entre outros aspectos.João Jorge admite que a prospecção de mercado é uma das fases importantes da avaliação do imó-vel. Consiste em fazer um levantamento de preços na zona onde se localiza o imóvel/objecto de estu-do e nas proximidades, para confrontar com aquilo que será considerado o valor daquele produto.«Se, por exemplo, estamos na zona da Polana e precisamos fazer uma avaliação de um imóvel que se encontra nesse bairro, vamos fazer o levanta-mento à volta, à procura de imóveis que foram vendidos ou que estão a venda naquela zona, pro-curamos saber qual é o valor proposto de venda ou valor pelo qual foi vendido, apuráramos a área, nem que seja uma área aproximada e tentamos ve-rificar o estado desse imóvel. Com base nestes três elementos temos aquilo que é o valor por metro quadrado para aquele imóvel».Associa-se o valor por metro quadrado desse imó-vel a tantos outros quanto for possível levantar e acha-se uma média. Essa média é ponderada para servir de base para método comparativo que é um dos critérios de avaliação imóvel. «Naturalmente há situações em que a ponderação é para mais, noutras é para menos, depende daquilo que con-seguimos encontrar naquele mercado».

Especulação demercado O método comparativo de mercado – o

valor do apuramento do imóvel tem que, ne-cessariamente, ser baseado na prospecção, que nos vai dar o valor final ponderado. Pon-derado porque o preço também depende das condições do imóvelO método de custos - Tem-se em consid-eração a idade do imóvel e o que custaria a sua construção com os materiais e custos actuais. Aí estima-se a vida útil estimada do imóvel desde a sua construção.O método de rendimento é normalmente

pouco usado em Moçambique, havendo outro exemplo, basicamente para aquelas situações de consignação de rendimentos. Se existe um determinado imóvel e há necessi-dade de se realizar uma aplicação financeira, os frutos daquele imóvel vão cobrir aquilo que é a disponibilização de valores por parte de determinada instituição de crédito ou fi-nanceira. Isto é, as rendas geradas pelo imóv-el amortizam aquilo que é o financiamento durante um período de tempo.O método de discount and cash flow é

Avaliação a um flat em aluguer

Tomemos como exemplo um flat na Av. Tomas Ndu-da, bairroda Somershield. O preços de arrenda-mento está nos 1200. Segundo João Jorge, o imóvel tem bons compar-timentos, tem uma área espaçosa, tem indicativos que justifiquem os valores que estão a ser pratica-dos. Mas também tem elementos que pecam. Existe uma série de fracos acabamentos a nível dos equi-

pamentos montados, nomeadamente os de elec-tricidade, as portas, em alguns compartimentos o chão, e a ausência de uma cozinha modular. Pelo facto se a casa estar em obras pressupõe-se que serão sanadas todas as complicações que a casa tem. «Mas pela zona em que está inserido o imóvel e por aquilo que sei desta zona, creio para que os 1200 dólares justificam. Isso se efectivamen-te forem removidos todos os elementos que abo-nam negativamente o imóvel».

MÉTODOS E CRITÉRIOSDE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

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REAL ESTATE EVALUATIONMETHODS AND CRITERIA

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33uma volta ao quarteirão

“The problem with the reantal market in Maputo is the fact that it is growing a lot. Which causes a lack of decent and acces-sible accommodation. There are many peo-ple arriving at the country and the land-lords take the chance to increase the prices significantly”, Gratia is Pam Golding´s manager and admints that since she came to Mozambique, five years ago, the prices almost doubled. In fact, at this moment any house with two or three rooms, with-out any work done, costs around a thou-sand U.S. dollars. In the Polana Cimento neighborhood, it is impossible to find any-thing for less than 1200 U.S. dollars, and in the noble areas like the Sommerschield neighborhood, the base price is 2.500 U.S. dollars. “The real estate market in Maputo may grow even more if the prices were a little bit more reasonable, but we cannot do that, the owners have to be more reason-able when negotiating. This has been hap-pening in the last two months, because the demand has gone down. Our hope is that this will have an extended effect and that a new market is created, a market in which the owners rather have a good client that will take care of the house instead of some-one who will pay well”, Gratia adds. The major problem with the real estate market in Maputo is that the owners define the price according to the information that goes through word of mouth. If someone

rents their house for a thousand U.S. dol-lars, then the neighbor will try to rent for 1200 U.S. dollars. When the third neighbor finds out about this, he then tries to rent his house for 1500 U.S. dollars. It´s a vicious cicle. João Jorge, a real estate evaluator, ex-plained this to us: to define selling or rental price of real estate, you have to take into account the market´s comparative, costs criteria, cash flow method criteria and the revenue criteria. This are the criteria that define the real estate price according to the area, antiquity, type of real estate, the view and other aspects. João Jorge admits that market prospecting is one of the most important fases of real estate evaluation. It consists of making a survey on the prices of the area in which the real estate/subject of study is locatedand the surroundings, to face up to what will be considered the value of that prod-uct. «If, for example, we are in the Polana area and we need to make a real estate evalu-ation, we will make the survey around it, looking for real estate that was sold or is for sale in that area, we try to find out what is the proposed amount for sale or the amount for which it was sold, thus investi-gating the area, even if it is an aproximate area and we try to examine the state of the house. Based on these three elements, we have the

value per square meter for that real estate».The value per square meter of the real estate is associated to as many others as possible to survey and an average is calcu-lated. This average is weighted to serve as basis to the comparative method, which is one of the evaluation criteria to the real es-tate. «Naturally, there are situations where the weighting is more or less, depending on what is found in that market».

Evaluating a flat thatis available for rental

For example, a flat at Tomas Nduda Av-enue, Sommerschield neighborhood. The rental prices is around 1200 U.S. dollars. According to João Jorge, the house has good compartments, it is spacious, it has indicatives that justify the prices being charged. But it also has elements that fail. There is a series of bad finishes concerning the equipment installed, namely: electric-ity, doors and, in some compartments, the floor and the absence of a modular kitchen. If work is done to the house, it is assumed that all complications will be healed. «Con-sidering the area in which the house is lo-cated, based on my knowledge of this area, the 1200 U.S. dollars are justifiable. If the elements that undermine the real estate are effectively removed».

Market Speculation

The market comparative method – the real estate investigation value must, necessarily, be based on prospecting, which will give us the final value weighted. The valeu is weighted because it also de-pends on the conditions of this real estate The cost method – The age of the real estate must be taken into ac-count and how much it would cost to build it with actual materials and costs. Then the estimated life of the real estate is estimated since its construction.The revenue method is usually less used in Mozambique, with another example, basically for situations of revenue consignment. If there is a certain real estate and the need exists for developing a financial investment, the profits of that real estate will cover the availability of sums by the credit or investment institution. In other words, the rent generated by the real estate redeems the investment for a period of time. The discount and cash flow method is the most complex and clari-fies us on what is the investment´s projection when building a ven-ture/enterprise to sell or rent. The method is based on making an initial evaluation where the reantable, useful areas are evaluated, based on these areas, each of those spaces is made available. Nor-mally, this is useful for projects that are sold on paper. By applying this method, the proponent or the venture owner, will have a projec-tion for a certain period of time that usually goes from semester zero to semester six, which is between one to three years, period in whic the projects are lauched in the market and sold. This method makes a projection from the beggining of the construction until it is finished and what it will generate to the contractor as profit over investment. In these projects, the direct or indirect costs to the development of the project are also estimated.

o mais complexo e dá-nos a luz daquilo que é a projecção do investi-mento quando estamos a construir um empreendimento e queremos vender ou arrendar. O método consiste em fazer uma avaliação inicial onde se apuram aquelas que são as áreas arrendáveis, úteis, e com base nessas zonas, cada um daqueles espaços é cedido. Normalmente, isto serve para aqueles projectos em que são vendidos no papel.Aplicando este método, o proponente, ou o dono do empreendimento irá ter uma projecção durante um tempo, que normalmente vai do semestre zero ao semestre seis que é o intervalo de um a três anos, período em que os projectos são postos no mercado e conseguem vender. Este método já faz uma projecção desde o dia do lançamento da 1ª pedra até ao final, e o que é que vai gerar para o empreendedor como lucro sobre o investimento. Nesses projectos se também estima aquilo que vão ser os custos directos ou indirectos para a realização de todo o projecto.

Page 34: Revista habitar 1

habitar

carta do leitor34

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Letters from the Reader

D ear reader, welcome to the first edition of Habitar Magazine! Habitar was created to inform you about the real estate market, urbanization, construction, architecture and interior decoration.

We have reserved this space especially for you, to clarify your doubts and answer your questions. This page is also open to receive pictures and let-ters with suggestions on renovations to your housea. We await you!

C aro leitor, bem vindo à primeira edição da Revista Habitar! A Habitar foi criada para o informar a respeito do

mercado imobiliario, urbanização, construção, arquitectura e decoração de interiores. Reservamos este espaço especialmente para si, para sanar as suas dúvidas e responder às suas questões. Esta página também está aberta ao envio de fotografias e cartas para sugestões de reformas na sua casa. Ficamos à sua espera!

Carta do leitor

Page 35: Revista habitar 1

À primeira vista, a cobertura natural é associada à arquitectura de tendên-cias rústicas!

Este método antigo é primordialmente usado em climas tropicais, servindo como resposta al-ternativa para orçamentos curtos.Mas a verdade é que cada vez mais este método natural e rústico tem sido a primeira opção quando se trata do revestimento de vários tipos de construção, quer de empreendimentos turíticos ou hatitações privadas.Optar por um revestimento natural para o telhado é a fórmula per-feita para a integração da construção na natureza. Em Moçambique este tipo de construção tem marcado presença tanto em espaços ruais como urbanos, cobrindo desde pequenas a grandes áreas, tanto para espaços internos como para áreas externas e de lazer.Facto é, este tipo de revestimento, de baixo custo e de grande beleza arquitectónica, traz também vantagens no isolamento térmico e de som. Uma dica a não esquecer: O telhado deverá ter uma inclina-ção mínima de 30º e a palha deverá ainda levar um tratamen-to contra incêncio e para insectos. Se procura para sua nova casa uma solução inteligente e de grande beleza arquitectónica, fica aqui uma sugestão para si.

Telhado de Colmo

Thatched Roof

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A t first sight, the natural roof-ing/coverage is associated to the rustic tendency archi-

tecture!This ancient method is primarily used in tropical climates, serving as an alternative solution for small bud-gets.The truth is that natural and rustic method has increasingly been the first option when it comes to coro-ing various types of constructions

of either turistic ventures or private housing. Choosing a natural coatiny for the roof is the perfect formula for the in-tegration of construction into nature. In Mozambique, this type of con-struction has been making a notice-able presence, both in rural and ur-ban spaces, covering small and big areas, and in internal spaces as well as external and leisure spaces. The fact is, this type of coating, of

low cost and great architectural beauty, also brings advantages for thermal and sound isolation. A hint not to be forgotten: the roof must have a minimal inclination of 30º and the haulm must be treated for fire and insects. If you are looking for a solution that is intelligent and of great architectur-al beauty for your new house, here is the suggestion.

habitar

35tendências regionais

Page 36: Revista habitar 1

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tendências regionais36

H á um ano, Fatuma, uma queniana que cresceu entre Hong Kong, Reino Unido e a Somá-lia, e a moçambicana Nelsa formaram a Pili Pili Designs. A capulana é o material usado. E com estes panos tradionais, elas fazem peças muito originais. Fronhas de almofadas,

individuais, guardanapos e capas de sofá, todos com as cores fortes de África e um pouco de piri piri. A empresa já exporta para a África do Sul, Espanha e prepara-se para atacar Nova Iorque. Em Maputo, os produtos da Pili Pili Designs estão à venda na loja do restaurante Spazio. No futuro, as duas africanas querem formar um departamento de design de interiores, de jóias e até mobiliário, tudo em capulana.

Houses with pili pili

A year ago, Fatuma, a Ke-nyan lady that grew be-tween Hong Kong, United Kingdom and Somalia,

and Nelsa (mozambican) founded Pili Pili Designs. The material used is the “capulana”. With this traditional cloth they make very original pieces such as pillow cases, individual, nap-kins and couch covers, all with the strong colors of Africa and little bit of piri piri (chili). The company already exports its products to South Africa, Spain and it is preparing to enter New York. In Maputo, Pili Pili Designs are avail-able at the Spazio Restaurant´s shop. In the future, these two african ladies want to create a interior design de-partment, from jewelry to furniture, all made of capulana.

Casas com pili pili

Page 37: Revista habitar 1

Casas Pré-FabricadasVivemos num mundo fast food, em que tudo já vem pronto, então por-que não ter uma casa já pronta a habitar? Uma espécie de serviço de entregas de casa? Pois isso já é possível com as casas pré fabricadas. Com certeza que quando se fala em casas pré-fabricadas o primeiro pensamento reverte para as casas americanas, mas ficaria espantado com a quantidade de casas já existentes em, Brasil, Portugal, Angola e pelo mundo todo."Casas Pré-Fabricadas" é um termo que engloba tanto casas manufacturadas como casas modulares.As casas Manufacturadas (também conhecidas como casas pré-molda-das) são construídas numa moldura de aço amovível, conhecidas como chassis. As chassis são usadas no transporte bem como na fixação per-manente das casas. Podem também ser colocadas sobre fundações permanentes. São tipicamente consideradas como alternativa de baixo custo devido à sua construção em linha de montagem.

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Casas de Banho

Quando vamos ver uma casa nova a nossa ten-

dência e olhar sempre para o banheiro. Um lar

confortavel, tem de ter um banheiro cómodo. No

planejamento do banheiro um dos pontos que mais

chama a atenção para quem entra no banheiro é

a pia, com a cuba que se depara. Hoje em dia po-

demos encontrar diversas cubas, em diversos for-

matos e tamanhos que encantam e fornecem todo

aquele charme desejado.Deichamos aqui algumas

sugestões em fotos.

Bathrooms/Toilets

When we see a new house, one of the rooms

that draws more attention is the bathroom/

toilet. A comfortable home must have a

cozy bathroom.

Have a look at this bathroom ware, where

the shapes and materials are completely

original. These days, we may find various

cubas in many different shapes and sizes

that enchant and provide all the charm and

class desired. Here are a few suggestions.

Prefabricated HousesWe live in a fast food world, where everything is ready made. Then why not have a house that is ready to be inhabited? A kind of a house delivery service? Well, that is already possible with prefabricated houses. Surely that when mentioning prefabricated houses, the first thought tends to ameri-can houses but you will be surprised with the amount of houses already available around the world. “Prefabricated houses” is a term that encompasses manufactured houses and modular houses. Manufactured houses (also known as pre-molded houses) are built in a removable steel frame, known as chassis. Chassis are used in transporta-tion as well as in the permanent settlement of houses. They may also be placed on top of permanent foundations. They are considered to be a typical low cost alternative due to its assembly-line construction.

habitar

37tendências do mundo

Page 38: Revista habitar 1

As casas Modulares, por outro lado, são normalmente consideradas o parente de alta qualidade das casas pré-construídas. Consistem em unidades ou módulos construídos numa fábrica sendo posteriormente monta-dos no local; usam frequentemente materiais mais caros e maiores que as casas manufacturadas. Oferecem tam-bém muito mais alternativas de personalização, incluíndo

“upgrades” como bancas em mármore ou diferentes tipos de chão. De facto estas podem mesmo ser mais caras que a construção tradicional, dependendo dos “upgrades”. As casas modulares não usam molduras de ferro como a cons-trução tradicional, mas sim vigas de madeira com postes em metal para suporte. Este tipo de construção permite múltiplos andares bem como caves.

Modular houses, on the other hand, are normaly considered the high quality relative of prefabricated houses. Hey consist of units or modules built in a factory, that are later assembled at the location; they normally use bigger and more expensive materials than the manufactured haouses. These houses also of-fer many more customizing options, including upgrades such as marble kitchen sinks ou different types of floors. In fact, these houses may be more expensive than a regular construction, depending on the finishes. Modular houses do not use steel frames like in regular construction, they use wooden beams with metal poles for support. This type of construction allows multiple floors as well as basements.

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tendências do mundo38

Assim como a moda que segue variadas tendências com diversos tipos de influência, saiba que a arquitetura, o design de interiores, design de mobílias, de cozinhas, a construcao e etc. também vive de olho nas tendências do mercado que, embora não se alterem com tanta facilidade ou rapidez sofre mudanças sim e muitas vezes estas mudanças servem de estímulo para que as pessoas tenham aquele desejo incontrolável de fazer uma reforma em sua casa. Nos andamos de olho nas ten-dências do mundo por si, para trazer ao nosso leitor as novidades do mundo fora. Quem sabe a revista habitar não inspira a nova reforma da sua cozinha, ou a pintura da sua sala, ou ate mesmo a construção da sua nova casa.

Just like in fashion, that follows various trends, architec-ture and design keep their eyes open for market trends that, although do not change that easily or quickly like in fashion, also go through changes. Habitar keeps an eye open for world trends for you, to bring you the world news. Maybe that idea you needed to renovate your kitchen or change the paint in the living room or even build your new house, lies in these pages.

CoresSe vamos falar em tendências, e necessário fa-lar em cores. Afinal as cores e que dão brilho e trazem luz para as nossas casas. E a combinação correcta de cores muitas vezes funciona como um toque magico, ampliando os espaços e trazendo mais luz. As cores que dominam este ano de 2011 são varias, e como em tudo que e tendência, tem um bocado para todos os gostos. Nos vos dei-

chamos as sugestões da Pantone e da ICI Dulux, deliciem–se.A primeira e a cor rosa madressilva da Pantone, uma cor para todas as estaçoes. Segundo a Pan-tone, este cor-de-rosa (o “Honeysuckle” tem a re-ferência 18-2120) é otimista, dinâmico e bem-dis-posto, estimula o apetite e a conversa, podendo assim ser usado nas casas de banho/banheiros, cozinhas, salas de estar e de jantar. Para pintar paredes inteiras ou simplesmente utilizar em pe-quenos detalhes, é uma cor que vai certamente

dar nas vistas em 2011. Esta e uma cor do dia a dia que não tem nada de ‘comum’ nela. A ICI Dulux, famosa por fabricar as tintas Coral, e o amarelo cítrico. Este amarelo simboliza um es-pírito livre, diverçao, e enrgia positiva. Enche o ambiente de esperança e optimismo. Por tudo isto e uma cor óptima para uma parede de escritório, sala de estar, e mesmo o seu quarto. Se usada somente em detalhes, ou para mudar o visual completo de um espaço, este amarelo certamen-te ira trazer calor e alegria para sua casa.

ColorsIf we are talking about trends, we cannot leave colors behind. After all, colors bring light and provide the shine to our homes. And the right combination of colors often works as a magic touch, expanding the spaces and bringing more light. The dominating colors for 2011 are very diverse and just like in every trend, they exist for every taste. Here are the sugges-

tions from Pantone and ICI Dulux, (DEL-ICIEM-SE) regale yourselves.The first color is Honeysuckle pink from Pantone, a color for for every season. Ac-cording to Pantone, this pink (Honey-suckle’s reference is 18-2120) is optimistic, dinamic and cheerful, it also stimulates apetite and conversation. It may be used in bathrooms/toilets, kitchens and dining and living rooms. Painting either, whole walls or small details, this is a color that will certainly be seen in 2011.

ICI Dulux, famous for manufacturing Coral paint, elected citric yellow as the color for this year. This yellow simbolizes a spirit that is free, fun and full of positive energy. It fills the ambience with hope and optimism! For all these reasons it is the ideal color for an office wall, living room and even your room. Used only in details or to change the complete look of a cer-tain space, this yellow will certainly bring warmth and joy to your home.

World TrendsTendências do mundo

habitar

Page 39: Revista habitar 1

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Page 40: Revista habitar 1

tendências do mundo40

Nesta rubrica, a revista HABITAR e as imobiliárias de Maputo, fi-zeram uma parceria para informar ao leitor sobre os preços de venda e arrendamento no mercado local. Temos ainda uma par-ceria com avaliadores, para nos fornecerem indicativos de como avaliar o real custo de uma casa, não só pela zona, mas também pela condição física.

In this rubric, HABITAR magazine and real estate agencies partnered up to inform the reader about the sale and rental prices of houses in Maputo. We also made a partner-ship with the property appriasers to inform us how to properly appraise the real cost of a house, looking at such things as condition of building and age of contruction.

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Bolsa Imobiliáriabolsa imobiliáriabolsa imobiliária40

Page 41: Revista habitar 1

Tipo de Moradia Tamanho Zona Renda USD Venda USDFlat T2 Bairro Central A 1,200 100/150.000Flat T3 Bairro Central A 1,800 180/250.000Flat T4 Bairro Central A 2.200/2.500 350000Vivenda T2 Bairro Central A 1,800 250/300.000Vivenda T3 Bairro Central A 2,000 500,000Vivenda T4 Bairro Central A 2.500/3.000 750000Flat T2 Bairro Central B 1200 100/150.000Flat T3 Bairro Central B 1800 180/250.000Flat T4 Bairro Central B 2.200/2.500 350000Vivenda T2 Bairro Central B 1800 350000Vivenda T3 Bairro Central B 2000 500000Vivenda T4 Bairro Central B 2.500/3.000 750000Flat T2 Bairro Central C 1200 100/150.000Flat T3 Bairro Central C 1800 180/250.000Flat T4 Bairro Central C 2.200/2.500 350000Vivenda T2 Bairro Central C 1800 250,000Vivenda T3 Bairro Central C 2000 500000Vivenda T4 Bairro Central C 2.500/3.000 750000

Tipo de Moradia Tamanho Zona Renda USD Venda USDFlat T2 Malhangalene A 600 80/95.000Flat T3 Malhangalene A 1,000 150,000Flat T4 Malhangalene A 1,800 200,000Vivenda T2 Malhangalene A 1,000 150. 000 usdVivenda T3 Malhangalene A 1,800 180.000 usdVivenda T4 Malhangalene A 2.000/2.800 250/300.000Flat T2 Malhangalene B 500/600 80/95.000Flat T3 Malhangalene B 800/1.000 150,000Flat T4 Malhangalene B 1,800 200,000Vivenda T2 Malhangalene B 1,000 150. 000 usdVivenda T3 Malhangalene B 1,800 180.000 usdVivenda T4 Malhangalene B 2.000/2.800 250/300.000

Tipo de Moradia Tamanho Zona Renda USD Venda USDFlat T2 Polana Cimento A 1,200 150,000Flat T3 Polana Cimento A 1.500/1.800 180/250.000Flat T4 Polana Cimento A 2.200/2.500 350000Vivenda T2 Polana Cimento A 1,800 350,000Vivenda T3 Polana Cimento A 2,000 500,000Vivenda T4 Polana Cimento A 2.500/3.000 750000Flat T2 Polana Cimento B 1,200 150,000Flat T3 Polana Cimento B 1.500/1.800 180/250.000Flat T4 Polana Cimento B 2.200/2.500 350,000Vivenda T2 Polana Cimento B 1,800 350,000Vivenda T3 Polana Cimento B 2,000 500,000Vivenda T4 Polana Cimento B 2.500/3.000 750,000

Tipo de Moradia Tamanho Zona Renda USD Venda USDFlat T2 Sommerschield 1,500 200,000Flat T3 Sommerschield 1,800 350,000Flat T4 Sommerschield 2000/3000 500,000Vivenda T2 Sommerschield Vivenda T3 Sommerschield 3000 /3.500 600,000Vivenda T4 Sommerschield 4.000/4.500 800/1.000.000Flat T2 Coop 1,200 130,000Flat T3 Coop 1.500/1.800 300,000Flat T4 Coop 2.000/3.000 450/500.000Vivenda T2 Coop Vivenda T3 Coop 2,500 600,000Vivenda T4 Coop 3.500/4.000 800,000

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Marco Rocho Leão

Nome: Marco Jorge Roxo Leão Nascido em: 23/10/1978 Nacionalidade: Moçambicana Profissão: Arquitecto e Urbanista

[email protected] www.marcoroxoleao.carbonmade.com

Descrição das obras apresentadas:

CASA NA PRAIA DO XAI-XAI: 2008- Projecto Particular

• cozinha aberta para a sala;• um quarto suite com escritório;• sanitário de visitas;• varandas e deck com piscina;• dois quartos simples exteriores com sanitário exterior.

MODELO DE HABITAÇÃO EM PEMBA: 2009APART-HOTEL- Projecto Particular

• sala de estar;• cozinha com armários;• sala de jantar;• quarto suite;• quarto simples;• sanitário de visitas;• varanda frontal;• garagem para um carro.

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