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Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo CENTRO CIRÚRGICO Reforma e novos equipamentos garantem mais conforto e segurança INFECÇÃO URINÁRIA Conheça as causas mais comuns e as dicas para prevenir o problema EXAMES OFTALMOLÓGICOS Eles podem revelar doenças em diversas partes do corpo Ano 3 • Número 11 • Set/Out 2013 Revista do Hospital São Vicente de Paulo ARTRODESE Cirurgia de coluna ajuda a recuperar a qualidade de vida Péricles Romero, coordenador médico do Centro Cirúrgico

Revista HSVP - Edição 11

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Edição 10/2013, da revista do Hospital São Vicente de Paulo.

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Page 1: Revista HSVP - Edição 11

Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo

CENTRO CIRÚRGICO Reforma e novos equipamentos garantem mais conforto e segurança

INFECÇÃO URINÁRIAConheça as causas mais comuns e as dicas para prevenir o problema

EXAMES OFTALMOLÓGICOSEles podem revelar doenças em diversas partes do corpo

Ano 3 • Número 11 • Set/Out 2013

Revista do HospitalSão Vicente de Paulo

ARTRODESECirurgia de coluna ajuda a recuperar a qualidade de vida

Péricles Romero, coordenador médico do Centro Cirúrgico

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EM DIA COM A TECNOLOGIA E O CUIDADO AO PACIENTE

Bichos fazem bem à saúde 16,17Aconteceu: em outubro, o HSVP é rosa 18

É preciso ver bem de perto 4,5

SUMÁRIO EXPEDIENTEHOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO - Rua Dr. Satamini, 333 - Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121.

FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.

DIRETORIA MÉDICA: Eliane Castelo Branco (CRM: 52 28752-5).

CONSELHO ADMINISTRATIVO: Ir. Marinete Tiberio, Ir. Custódia Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus Bendine.

CONSELHO EDITORIAL: Irmã Custódia Gomes de Queiroz - Diretora de Enfermagem; Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora da Qualidade; Eliane Castelo Branco - Diretora Médica; Irmã Marinete Tibério - CEO do HSVP; Martha Lima - Gerente de Hospitalidade; Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos; Vanderlei Timbó - Coordenador de Qualidade.

EDIÇÃO: Simone Beja.

TEXTOS: Cristiane Crelier.

DIAGRAMAÇÃO: Jairo Alt e Maurício Santos.

APOIO EDITORIAL: Wilson Agostinho e Ana Paula Gama.

IMPRESSÃO: Arte CriaçãoQualidade: nocaute na contaminação hospitalar

Infecção urinária merece cuidados

Hospital recebe simbolos e relíquias da JMJ

Capa: Centro Cirúrgico reformado e atualizado

Esperança para as dores de coluna

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8,9

Entrevista: uma bela imagem de vida profissional 14,1512,1310,11

Personalidade - Márcia Rosa, presidente do Cremerj 3

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“Crescer é ficar maior; evoluir é ficar melhor”: a frase de um autor desconhecido resume com simplicidade a filosofia do Hospital São Vicente de Paulo. É inegável que crescemos muito desde a fundação, em 1930. Mas a melhor cons-tatação é que evoluímos na mesma medida. Seguindo nossa vocação religiosa, o mais importante pilar dessa evolu-ção sempre foi o cuidado humanizado ao paciente, exercitado por meio do treinamento e da valorização constante de nossas equipes profissionais. Quem trabalha no HSVP sabe que o atendimento fraterno está em primeiro lugar.

Da mesma forma, no mundo de hoje, com avanços tecnológicos surgindo a cada dia, a assistência médica não pode parar no tempo. Até porque, nessa área, estão em jogo a vida e a qualidade de vida das pessoas. É também sob essa ótica que o HSVP sustenta seu processo evolutivo: investindo cada vez mais na aquisição de tecnologia moderna e na capacitação dos profissionais para seu manuseio. A matéria de capa desta edição mostra clara-mente essa preocupação. Nosso Centro Cirúrgico acaba de passar por mais uma reforma estrutural, contando com equipamentos médicos de última geração, que contribuem para uma prática de excelência e mais segura para nossos pacientes.

Nas próximas páginas, você vai conhecer um pouco da história do nosso mais antigo radiologista, o médico Luiz Alberto Moreira Souza, que acompanhou, ao longo de sua carreira, boa parte da evolução da radiologia no Brasil. A revista traz, ainda, matérias sobre os problemas de saúde que podem ser identificados por meio de exames de vista; dicas para reconhecer e tratar a infecção urinária; e os detalhes da artrodese, uma cirurgia de coluna que, se bem indicada, pode trazer de volta a qualidade de vida às pessoas que sofrem com dores e perda de movi-mentos. Além disso, você vai descobrir que, além de meigos e, muitas vezes, fofinhos, os bichos de estimação podem ajudar a melhorar a saúde de seus donos, conforme apontam recentes estudos científicos.

Desejo a todos uma boa leitura!Ir. Marinete Tibério – CEO do HSVP

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A Medida Provisória 621, do Programa Mais Médicos, lançada recentemente pelo Governo Federal, provocou grande

divergência e até separação entre as entidades representativas da classe médica e as instâncias governamentais. A presidente do Conselho Re-gional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Márcia Rosa Araujo, explica que a preocupação não é apenas com o futuro profissional dos mé-dicos brasileiros, mas com a assistência para os cidadãos brasileiros como um todo. Em entre-vista à Revista do Hospital São Vicente de Paulo, ela conta que a formação dos médicos no país, mesmo em instituições privadas, vem passando por graves problemas e que, antes de mexer no currículo, a educação médica precisa ser reavaliada em muitos outros aspectos.

Revista do HSVP: Por que o Cremerj e ou-tras entidades de classe são contra a MP 621, que obriga os médicos a prestarem serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) antes de se formarem?

Márcia Rosa: Existem muitos motivos, mas o prin-cipal deles é que o cidadão brasileiro não deve ser tratado como cobaia. Você não pode colocar um estudante de medicina para atender pacientes no interior, por exemplo, sem ter a orientação de um preceptor, de um médico experiente que o auxi-lie no atendimento. O estudante não pode aten-der sozinho a um paciente. Outro problema é a contratação de médicos estrangeiros sem que seus diplomas sejam revalidados no país. Quem é que garante que esse diploma no exterior é válido? O cidadão brasileiro é de segunda classe para ser atendido por estudantes e estrangeiros que nem sabemos se são médicos de verdade? Não pode-mos deixar que a população vire cobaia. Saímos de todas as comissões governamentais às quais as entidades tinham acesso não por represália, mas

para não correr o risco de referendar essa medida a respeito da qual ninguém foi consultado e com a qual não concordamos.

Revista do HSVP: O ensino da Medicina no Brasil tem qualidade?

Márcia Rosa: O ensino, no sentido curricular, é bom, mas as faculdades de Medicina vêm pas-sando por um processo de degradação muito preocupante que pode comprometer o futuro da Medicina no país. Uma das principais universida-des privadas do Rio, por exemplo, recebe pelo curso de Medicina R$ 4 mil de cada aluno por mês e, mesmo assim, não paga os professores, deixando os estudantes sem aula por longos pe-ríodos. O governo quer criar faculdades, mas primeiro precisa resolver o problema das gradua-ções que já existem. O estudo é caro e a profissão nem sempre é rentável. Algumas especialidades médicas já estão começando a desaparecer do mercado e a tendência é piorar.

Revista do HSVP: Como levar os médicos a se interessarem por trabalhar no interior?

Márcia Rosa: Com um plano de carreira do Es-tado, com concurso público, e condições de tra-balho. Os juízes, por exemplo, são estimulados a trabalhar no interior, pois isso, oferece a pos-sibilidade de ascender na carreira. Já o médico que trabalha para o Estado nem sequer é con-tratado com direitos trabalhistas, não tem esta-bilidade, carteira assinada, nada. Isso sem falar no salário, que o inicial para um juiz é de cerca de R$ 10 mil, enquanto que o de um médico re-sidente, que tem em suas mãos vidas humanas, em geral, não chega a 30% desse valor. Também não dá para atender um paciente sem as condi-ções básicas, como uma equipe de saúde, um auxiliar de enfermagem, um aparelho de raios X e um laboratório para exames de sangue, pelo menos o hemograma.

Presidente do Cremerj critica programa que obriga estudantes a trabalharem no SUS e qualidade do ensino de medicina no país

“NÃO PODEMOS DEIXAR QUE A POPULAÇÃO VIRE COBAIA”

“NÃO PODEMOS DEIXAR QUE A “NÃO PODEMOS DEIXAR QUE A

Márcia Rosa, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj)

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É PRECISO VER BEM DE PERTO!

Exames oftalmológicos regulares podem pre-venir problemas de visão, evitando lesões, por vezes irreversíveis, se não forem tratadas

logo no início. Mais do que isso, esses exames podem auxiliar também o diagnóstico de uma sé-rie de outras doenças de causas diversas. Mesmo assim, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), 36% dos brasileiros adultos nunca procuraram um oftalmologista e 18% só se consultaram apenas uma vez na vida.

“Não raro, atendo pacientes que chegam ao consultório reclamando de alguma dificuldade de visão e, ao examiná-los, verifico que estão com diabetes. É até curioso porque, quando falo sobre a doença, em geral, esses pacientes se sur-preendem com o diag-nóstico, dizendo que fui o primeiro médico a informá-los”, conta Flá-vio Rezende, oftalmolo-gista do HSVP.

O médico explica que muitas doenças, in-clusive as neurológicas,

podem ser identificadas por meio do exame de vista de rotina, que mede não só a acuidade visu-al como também a pressão ocular, além de detec-tar eventuais alterações das pálpebras da conjunti-va e da córnea. Esse procedimento permite avaliar as condições dos vasos e das artérias oculares, que sofrem alterações características de determinadas doenças não necessariamente oftalmológicas.

“Vale ressaltar que, com relação aos vasos sanguíneos , por exemplo, o único lugar do corpo onde é possível vê-los de fato é no olho. Então, qualquer problema de saúde que a pessoa tenha e que afete os vasos sanguíneos poderá ser ob-servado por meio do exame de fundo de olho.

Cada doença afeta os vasos de maneira dife-rente. Por esse motivo, em geral, é possível saber de que doença se trata, o que facilita o encaminhamento do paciente à especialida-de devida para o tra-tamento adequado”, explica Flávio Rezende.

Entre as doenças não oculares mais comumente identificadas no consultório do oftalmologista estão hiperten-são, diabetes, tumores, processos inflamató-rios, problemas do sistema nervoso e algumas doenças autoimunes.

PELO MENOS, UMA CONSULTA POR ANO

De acordo com o Dr. Flávio Rezende, as pes-soas devem procurar o oftalmologista, pelo me-nos, uma vez por ano, principalmente as que têm mais de 40 anos. Conforme a idade avança, au-

Exames oftalmológicos previnem problemas de visão e podem identificar outros tipos de doença

“O ÚNICO LUGAR DO CORPO ONDE É POSSÍVEL VER OS VASOS

SANGUÍNEOS DE PERTO É O OLHO. HIPERTENSÃO E DIABETES SÃO ALGUMAS DAS DOENÇAS QUE PODEM SER IDENTIFICADAS NO

EXAME DE VISTA”

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mentam os riscos de problemas oculares que podem comprometer a visão permanentemente.

“O olho tem um músculo interno que relaxa para a visão à distância e contrai para a visão de perto. Com a idade, esse músculo vai perdendo sua capacidade de contração, motivo pelo qual, a partir dos 40 anos, mesmo quem nunca teve problemas de visão começa a apresentar o que chamamos de ‘vista cansada”. Assim, a maioria das pessoas, com algumas exceções, precisa de óculos para ler de perto a partir dessa faixa etária. O grau costuma aumentar a cada dois anos. Con-tudo, o envelhecimento do olho pode acarretar problemas mais sérios”, comenta o oftalmologista.

Um desses problemas é o glaucoma, que atinge 5% da população mundial e, na África, ultrapassa os 10%. Quando o diagnóstico é feito no início, o tratamento pode ser eficaz, mas, se nada for feito, a pessoa vai perdendo a visão e, depois de certo tempo, o quadro torna-se irreversível.

“O problema é que o glaucoma fica assinto-mático por muito tempo. Como a pessoa come-ça a perder a visão da periferia para o centro,

ela demora a identificar que há algo errado e só descobre quan-do se percebe enxergando como se tivesse olhando por dentro de um tubo. Ao atingir esse estágio, é provável que não se consiga mais reverter, apenas estacionar a evolução do quadro. Por isso, a necessidade de exames regula-res”, alerta o oftalmologista, res-saltando que o fator de risco é maior quando a pessoa já tem casos de glaucoma na família.

70% MAIS CASOS DE LESÃO DE MÁCULA

A longevidade é uma bên-ção, mas o envelhecimento da população faz crescer a incidên-cia de alguns problemas de saú-de que costumam aparecer com a idade. A lesão da mácula é um

desses problemas. De acordo com o oftalmolo-gista Flávio Rezende, nos últimos 30 anos, os casos de degeneração macular (DMRI) aumen-taram em 70%.

“As pessoas passaram a viver mais, o que é ótimo. No entanto, a idade avançada pode acarretar problemas de saúde próprios do pro-cesso de envelhecimento. A mácula é o ponto nobre do olho, responsável pela visão de deta-lhes. Nesse local, qualquer lesão, por menor que seja, já compromete a visão de forma críti-ca”, relata o médico.

A boa notícia é que existe tratamento para conter a degeneração macular, porém sua eficá-cia depende de quão precoce é o diagnóstico. “Não é um tratamento cirúrgico. O que se faz é injetar medicamentos dentro do olho e comple-xos vitamínicos por via oral para estacionar o crescimento da degeneração, evitando que a pessoa fique completamente cega. É importante que o tratamento seja iniciado nos primeiros es-tágios da doença, evitando sua progressão”, conclui Flávio Rezende.

Flávio Rezende, oftalmologista do HSVP

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“Sempre fui uma pessoa muito ativa, adoro praticar exercícios. Mesmo com uma hérnia de disco, nunca deixei de frequentar a aca-

demia. Entretanto, há cerca de dois anos, levei um tombo e o acidente criou mais dificuldades para conviver com os meus problemas de colu-na. Comecei a sentir dormência nos braços e nas pernas. Fiquei pesada, com dificuldades de lo-comoção, andava devagar e tinha dificuldades para manter minha rotina. Muitas vezes, pro-curei atendimento em emergências, onde era medicada e mandada para casa. O remédio melhorava a dor, mas não resolvia o proble-ma.” O relato é da dona de casa Maria de Lourdes da Silva, de 57 anos, moradora da Baixada Fluminense, que só interrompeu seu ciclo de dor e de restrições quan-do passou por uma artrodese cervi-cal, realizada pelo ortopedista Flávio Cavallari, do HSVP.

“Retomei minha vida ativa muito rapidamente. No dia seguinte ao da cirurgia, eu já estava andando e me sentindo uma nova pessoa. Fiz primei-ro a cirurgia da cervical e a minha qualidade de vida melho-rou tanto que eu quis ter o mesmo benefício com a minha lombar, que me incomo-dava havia tem-pos”, conta Maria de Lourdes.

A recuperação pós-operatória de uma ar-trodese vertebral, segundo Flávio Cavallari, em geral é bem rápida. “Existem várias etapas de recuperação que devem ser rigorosamente obe-

decidas conforme a instrução do cirurgião. Por exemplo, nosso período de internação hospitalar varia de dois a quatro dias. Normalmente, o pa-ciente leva de 15 a 30 dias para voltar a levar uma vida ativa normal”, esclarece.

O médico ressalta que é comum, como no caso da Maria de Lourdes, que os pacientes que

sofrem de problemas na coluna passem muito tempo sem um diagnóstico que

permita o tratamento correto da do-ença. “Mas as indicações cirúrgicas dependem de várias condições. Não podemos generalizar, são individu-alizadas, estudadas caso a caso”, explica Flávio Cavallari, reforçando

que “as indicações cirúrgicas são individualizadas e dependem de várias condições, estu-dadas caso a caso”.

A cirurgia de artrodese vertebral pode ser feita por

uma via anterior ou poste-rior à coluna, podendo utilizar

implantes de próteses ortopé-dicas com enxerto ósseo obtido da própria coluna ou da bacia. Trata-se de uma técnica cirúrgica bem difundida entre os ortope-

distas e os índices de avaliação de qualidade de vida mostram

melhora de 84% na qualidade de vida dos pacientes operados.

Flávio Cavallari explica que as indicações para esse tipo de cirur-gia são muitas. “A artrodese é um recurso cirúrgico para tratamento de

diversas patologias, como instabilida-

ESPERANÇA PARA AS DORES DE COLUNAESPERANÇA PARA AS DORES DE COLUNAEstudos mostram melhora de 84% na qualidade de vida dos pacientes submetidos à artrodese

Flávio Cavallari, ortopedista

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em literatura científica especializada e apresentou trabalhos em congressos brasileiros e internacio-nais, mostrando nossa experiência e a eficácia do sistema Cosmic”, observa.

Por se tratar de uma técnica menos agressi-va, o Cosmic requer menor tempo de cirurgia, sem necessidade de enxerto ósseo, o que ajuda a preservar os micromovimentos intervertebrais. “Conseguimos menor desgaste dos discos inter-vertebrais adjacentes, diferentemente de quando usamos a artrodese, outra técnica de fixação de vértebras. Com o Cosmic, o paciente precisa de menos analgésicos e anti-inflamatórios; inicia a fisioterapia precocemente, recupera-se mais rapi-damente e fica menos tempo internado. E volta a praticar exercícios físicos em seis semanas. Com a artrodese; ele só retorna em seis meses. É uma vantagem inquestionável”, afirma o especialista. As principais contraindicações ao uso do Cosmic são osteoporose, tumores, fraturas, deformidades e mais de três níveis de instabilidade na coluna. Nesses casos, indica-se a artrodese.

SISTEMA COSMIC: nova técnica corrige e fi xa vértebras

As cirurgias de coluna vertebral estão entre os procedimentos mais delicados em Medicina e que exigem equipes altamente qualificadas e treinadas. Para o melhor atendimento de seus pacientes, os médicos do HSVP têm à dispo-sição um sistema menos agressivo para opera-ções ortopédicas, que oferece maior segurança e permite rápida recuperação no pós-operatório. Utilizado desde 2004, o sistema Cosmic, um conjunto de próteses de fixação e estabilização da coluna vertebral, é indicado, principalmente, no tratamento de doenças dos discos interverte-brais, assim como das artroses das articulações interfacetárias. O sistema, desenvolvido na Áus-tria, é composto de parafusos, hastes, ganchos e bloqueadores de parafusos, explica o ortopedista Flávio Cavallari. “Os resultados são satisfatórios a curto e longo prazos. Tanto que nossa equipe de cirurgia de coluna vertebral publicou artigos

de de segmentos da coluna, fraturas e hérnia de disco cervical. São poucas as contraindicações e, em geral, apenas devido à etiologia, às cau-sas da doença”, explica o ortopedista. “As prin-cipais indicações cirúrgicas das artrodeses são confirmadas pelo fato de ser um procedimento mais tradicional, realizado há 80 anos, e ser considerado padrão ouro para muitas patolo-

gias, com resultado satisfatório e permetindo solução definitiva para o problema, desde que bem indicado”, prossegue.

Apesar de seguras, as artrodeses só devem ser feitas em hospitais equipados para cirurgias de alta complexidade, com centro cirúrgico, UTI, ra-diologia e suporte multidisciplinar, com equipe de enfermagem qualificada.

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INFECÇÃO URINÁRIA MERECE CUIDADOS

A infecção urinária gera grande desconforto. Por isso, ao primeiro sintoma, as pessoas costumam ir a uma Emergência, onde são

imediatamente tratadas com antibiótico. Mas, se-gundo especialistas, dependendo da causa, essa solução pode não ser pertinente, principalmente nos casos em que a infecção é recorrente, em curto espaço de tempo.

“Muitas infecções ou invasões bacterianas são combatidas pelo próprio organismo, sem que a pessoa chegue a apresentar sintomas. Nesse caso, não é preciso tratar. Mas quando os sinto-mas aparecem, a única forma de resolver é com antibióticos. O médico vai decidir o melhor tratamento, que eventualmente poderá ser feito por comprimidos ministrados em dose única, por três ou por sete dias”, ressalta Renato Faria, urologista do HSVP.

Teresa Matuck, nefrologista do HSVP, explica ainda que, muitas vezes, uma baixa na imunidade também favorece o desenvolvimento da infecção de forma sintomática. Mas as razões que geram contaminação podem ser muito variadas.

“A bactéria pode entrar pelo canal da uretra ou vir do sangue da própria pessoa. Além dis-so, problemas como pedras nos rins facilitam as infecções urinárias, assim como as infecções fa-cilitam o surgimento dos cálculos renais. Nos ho-mens, a contaminação direta é mais difícil, então sempre é preciso investigá-la. Nos idosos do sexo

masculino, o problema é frequente por con-ta do aumento da próstata. Nas mulheres

com mais idade, a flacidez da bexiga e a queda do períneo também

fazem aumentar as chances de desenvolver infecções”, ex-plica Tereza Matuck.

o melhor tratamento, que eventualmente poderá ser feito por comprimidos ministrados em dose única, por três ou por sete dias”, ressalta Renato Faria,

ta do aumento da próstata. Nas mulheres com mais idade, a flacidez da bexiga

e a queda do períneo também fazem aumentar as chances de

desenvolver infecções”, ex-plica Tereza Matuck.

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Veia cava inferior

Suprarrenal

Rim

Artéria renal

Veia renal

Aorta

Ureter

Bexiga

Uretra

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Mito ou verdade?Quando se trata de problemas comuns

como infecções urinárias, existe muita “sa-bedoria popular” dando conselhos por aí, mas será que esses mitos têm fundamen-to? O urologista Renato Faria e as nefro-logistas Tereza Matuck e Deise De Boni Monteiro de Carvalho, do Hospital São Vicente de Paulo, esclarecem algumas dessas crenças populares:

Calça apertada e roupa de banho – “As vestimentas apertadas ou roupa de banho úmidas não são causas diretas de infeção urinária. Porém, elas facilitam a candidíase, que é um problema ginecoló-gico que, de fato, pode facilitar a infecção urinária”, explica Tereza Matuck.

Absorventes e papel higiênico – “O absorvente interno pode gerar uma con-taminação por carreamento, da mesma forma que a relação sexual. Já os absor-ventes perfumados são um problema por-que eles alteram o PH da vagina, e isso pode abrir caminho para as infecções. Papel higiênico perfumado também não é recomendado”, alerta Deise De Boni.

Assento sanitário – “Sentar-se em as-sento sanitário contaminado não provoca esse tipo de contaminação e infecção”, assinala Tereza Matuck.

Vitamina C – “A vitamina C pode ser um fator benéfico para a prevenção. Ela deixa a urina um pouco mais ácida, o que ajuda a combater as bactérias”, es-clarece Renato Faria.

Beber muita água – “Beber água em quantidades suficientes ajuda no sentido de estar sempre bem hidratado e ter um bom volume de urina. Essa é uma das melhores formas de prevenção, mas não é preciso beber água em excesso. Dois litros por dia é o recomendado para a maioria das pessoas”, diz Renato Faria.

Ducha higiênica e banho de assento – “Nenhum banho de assento tem eficácia comprovada para problemas de infecção urinária. Já a higienização no banheiro com a duchinha higiênica, em vez de be-néfica, pode ser mais um fator de contami-nação, já que a água poderá transportar as bactérias”, ressalta Renato Faria.

RELAÇÃO SEXUAL É FATOR DE RISCO

A chefe do departamento de Nefrologia do HSVP, Deise De Boni Monteiro de Carvalho, lembra que as relações sexuais também são um importante fator de risco para as infecções urinárias, mesmo quando se usa proteção. “A camisinha evita o contágio direto. Mas o fato é que as mulheres normalmente se conta-minam por carreamento, ou seja, são bactérias que já estão no canal vaginal são empurradas e vão pa-rar dentro da uretra. Por isso, é im-portante urinar após uma relação sexual, pois é uma forma de limpar a uretra”, aconselha a médica.

O urologista Renato Faria acres-centa que às mulheres que tenham frequentes problemas de infecção urinária pós-relação sexual o mé-dico pode prescrever doses profi-láticas de antibióticos para serem administradas de forma preventiva.

Já quando as infecções come-çam ainda na infância, a causa pode ser uma malformação do tra-to geniturinário. As mal-formações do trato gêniturinário podem ser relacionadas a problemas embrio-lógicos e, muitas vezes, dificultam a drenagem da urina e, como con-sequência, favorecem o surgimento de infecção urinária. Esse tipo de problema pode ser diagnosticado por ultrassonografia e tomografia computadorizada, somadas a ava-liações funcionais.

Pessoas com histórico familiar de litíase, de infecções urinária na infância ou homens acima de 45 devem fazer visitas periódicas ao urologista. As infecções urinárias podem esconder ou sinalizar outras doenças e, apesar de normalmente terem resolução benigna, podem, em alguns casos, evoluir para com-plicações renais.

Renato Faria, urologista

Tereza Matuck, nefrologista

Deise De Boni, chefe da Nefrologia

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O Centro Cirúrgico do HSVP acaba de passar por mais uma reforma e atua-lização de equipamentos médicos em

três de suas oito salas. Foram feitos investimentos de quase R$ 1 milhão para dar mais segurança e conforto a médicos e pacientes. A atualização tecnológica sempre foi valorizada pela Direção do hospital. Por isso, as salas de cirurgia vem

recebendo novos focos cirúrgicos com LED, que permitem melhor visibilidade; um ventilador pul-monar mais moderno; nova climatização; e endoscópios mais avançados, com novos recursos, entre outros. Além

disso, o Centro de Oftalmolo-gia receberá nos próximos

meses três novos mi-croscópios de últi-ma geração.

“Temos exce-lentes médicos e nos preocupamos com que eles encontrem no

hospital os recursos tecnológicos modernos, ne-cessários para uma prática médica qualificada e segura. Com isso, o maior beneficiado é sempre o paciente”, afirma a diretora do HSVP, Irmã Ma-rinete Tibério.

O Centro Cirúrgico do HSVP realiza cerca de 400 procedimentos por mês, entre as cirurgias eletivas e as encaminhadas pelo setor de Emer-gência. Algumas das mais importantes aquisições recentes foram as mesas cirúrgicas radiotranspa-rentes. De acordo com o cirurgião Péricles Ro-mero, coordenador médico do Centro Cirúrgico do HSVP, com a chegada desses equipamentos, o Cen-tro Avançado de Ortopedia fica ainda mais amplo, já que eles melhoram a capacidade para atender às atuais cirurgias ortopédicas mais complexas.

“Esses modelos de mesas e acessórios dão maior mobilidade para realizar os procedimentos em qualquer especialidade, mas principalmente os ortopédicos, que às vezes demandam posi-ções mais complicadas de re-alizar nas mesas tradicionais”, afirma o médico.

CENTRO CIRÚRGICO REFORMADO E ATUALIZADO Novos equipamentos médicos permitem fazer cirurgias de

alta complexidade com mais conforto e segurança

CENTRO CIRÚRGICO CENTRO CIRÚRGICO

já que eles melhoram a capacidade para atender às atuais cirurgias ortopédicas mais complexas.

“Esses modelos de mesas e acessórios

ções mais complicadas de re-alizar nas mesas tradicionais”,

Péricles Romero, coordenador médico do Centro Cirúrgico

do hospital. Por isso, as salas de cirurgia vem recebendo novos focos cirúrgicos

com LED, que permitem melhor visibilidade; um ventilador pul-monar mais moderno; nova climatização; e endoscópios mais avançados, com novos recursos, entre outros. Além

disso, o Centro de Oftalmolo-gia receberá nos próximos

meses três novos mi-croscópios de últi-ma geração.

“Temos exce-lentes médicos e nos preocupamos com que eles encontrem no

Péricles Romero, coordenador médico do Centro Cirúrgico

recebendo novos focos cirúrgicos com LED, que permitem melhor visibilidade; um ventilador pul-monar mais moderno; nova climatização; e endoscópios mais avançados, com novos recursos, entre outros. Além

disso, o Centro de Oftalmolo-gia receberá nos próximos

meses três novos mi-croscópios de últi-ma geração.

lentes médicos e nos preocupamos com que eles encontrem no

Péricles Romero, coordenador médico do Centro Cirúrgico Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10

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A compra e a troca de equipamentos é uma medida contínua no Centro Cirúrgico, “o qual o HSVP faz questão de manter sempre atualizado, com os melhores recursos disponíveis no merca-do”, segundo o médico. Para Romero, no entan-to, nem tudo que chega ao mercado é, de fato, melhor ou necessário. “As sugestões de aquisição são sempre avaliadas com muito critério. Nosso foco é adotar equipamentos que permitem, por exemplo, cirurgias menos invasivas e procedimen-tos com maior precisão”, explica, reforçando que os médicos do HSVP participam de congressos, cursos e conferências da área médica no Brasil e exterior a fim de se manterem sempre atualizados sobre novos procedimentos e recursos tecnológi-cos para cirurgias em suas áreas.

A recente reformulação do Centro Cirúrgico teve também a consultoria da Deloitte, empresa

SUÍTE DE LUXOSeguindo a tendência dos melhores hospitais

do mundo, o HSVP passa a oferecer também acomodação e serviços diferenciados para quem gosta de luxo. A nova suíte de 44 metros qua-drados oferece a possibilidade de abertura para quarto extra, com sala de estar para visitantes, TV LCD de 32” com canais de TV por assinatura, notebook, internet wi-fi, cafeteira de expresso, frigobar, jogo de cama e de banho diferenciado e travesseiros especiais com espuma da Nasa, além de jornais e revistas.

“A suíte é conversível. Pode ser tanto uma enorme suíte de luxo quanto pode ser dividida em dois quartos de padrão elevado. A ideia é que os clientes se sintam hospedados, e não internados. E a expectativa é que os clientes que buscam esse tipo de conforto tenham uma opção no Rio de Janeiro e não precisem ir até outro estado para buscar um serviço diferenciado”, comenta Martha Lima, chefe da Hotelaria.

A suíte de luxo está sendo inaugurada este mês. Ela será disponibilizada para o público par-ticular e também para alguns convênios de ope-radoras de saúde.

especializada em auditoria, consultoria, con-sultoria tributária, Corporate Finance e Out-sourcing, que atua com o HSVP desde 2009 com o objetivo de maximizar o desempenho e aprimorar a gestão do hospital. Por meio de um estudo detalhado, foi verificada a neces-sidade de reforma estrutural e atualização de equipamentos como forma de atender ao pla-nejamento estratégico do hospital.

“Faz parte da estratégia do hospital man-ter sempre uma tecnologia de ponta e investir em equipamentos que aumentem a seguran-ça. Quanto menos tempo o paciente passa no Centro Cirúrgico e quanto menos invasivo é o procedimento, menores são os riscos. O paciente fica menos tempo sob anestesia e se recupera mais facilmente”, ressalta Romeu Frei-tas, consultor da Deloitte.

Seguindo a tendência dos melhores hospitais do mundo, o HSVP passa a oferecer também acomodação e serviços diferenciados para quem gosta de luxo. A nova suíte de 44 metros qua-drados oferece a possibilidade de abertura para quarto extra, com sala de estar para visitantes, TV LCD de 32” com canais de TV por assinatura,

, internet wi-fi, cafeteira de expresso, frigobar, jogo de cama e de banho diferenciado

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HOSPITAL RECEBE SÍMBOLOS E RELÍQUIAS DA JMJ

O Santuário da Medalha Milagrosa rece-beu, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a visita da relíquia

de João Paulo II, Papa falecido e agora be-ato. A pequena igreja da Tijuca foi o único lugar na cidade onde o objeto ficou ex-posto para os fiéis. Passaram também pelo Santuário e pelo Hospital São Francisco de Paulo (HSVP) a Cruz Peregrina e o ícone de Maria, que foram recebi-dos em um grande evento aberto ao público com uma missa ce-lebrada pelo arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, e pelo cardeal do Vaticano Stanislaw Rylko, nomeado pelo atual Papa Francisco e presidente do Pontifício Conselho para Leigos (PCL). Cerca de 3 mil pessoas

Irmã Marinete se une aos peregrinos Relíquia do Papa João Paulo II

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A CRUZ E A IMAGEM

A Cruz Peregrina é uma estrutura de madeira de 3,8 metros que foi confiada aos jovens pelo Papa João Paulo II em abril de 1984 para que a carregassem “pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade” – o que vem sendo feito desde então, já tendo a cruz passado por todos os continentes do planeta. Entusiasmado, o Papa João Paulo II deu aos jovens, em 2003, mais um símbolo de fé, um sinal da presença materna de Maria, a Mãe de Deus, para acompanhar a peregrinação: uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica em homenagem a Maria, a San-ta Maria Maior, que fica no Ocidente. Desde a primeira edição da jornada, os símbolos sagrados percorrem locais pontuais nas cidades-sede da JMJ, sen-do transportados pelos próprios jovens.

participaram das cerimônias no dia 7 de julho. Alguns pacientes, familiares e funcionários do HSVP cantaram junto com o Coral da Pastoral do Hospital e oraram junto aos símbolos expostos em uma sala.

Após a celebração, os fiéis puderam tocar nos sím-bolos da JMJ e na relíquia do Papa, que, em seguida, foram levados em procissão colina acima até o hospital. O trajeto contou com a presença da banda de música do Corpo dos Fuzileiros Navais, que foi acompanhada por fiéis e irmãs da Associação São Vicente de Paulo.

“É muito emocionante estar em uma igreja de Nossa Senhora das Graças e poder tocar a imagem de Nossa Senhora, que é tudo para mim, que é para quem eu entreguei minha filha quando ela estava para morrer. Minha fé é muito grande e participar desse caloroso momento, conseguir colocar a mão na relí-quia do Santo Papa João Paulo, é uma bênção para a alma”, comentou a fiel Aracoeli Viana Barbosa, que participou de todas as cerimônias.

A presidente do Hospital São Vicente de Paulo e coordenadora da Pastoral do Santuário irmã Marinete Tibério, explica que um dos motivos para a igreja ter sido o local escolhido no Rio para a exposição da relí-quia para os fiéis é porque, em vida, João Paulo II foi muito devoto de Nossa Senhora das Graças.

“A presença de todos esses símbolos abençoados e de todas essas pessoas de fé em nosso hospital é, para nós, uma grande fonte de graças e de energia divina”, ressaltou irmã Marinete.

A relíquia do beatificado Papa João Paulo II esteve pela primeira vez no Brasil e só circula com a presença de um cardeal do Vaticano. É livro com um recipiente de prata que preserva lembranças sagradas do faleci-do pontífice: gotas de seu sangue e uma esfinge que pertencia a ele.

Relíquia do Papa João Paulo II Dom Orani e o cardeal Stanislaw Rylko Símbolo da JMJ percorre instalação do HSVP

Ir. Maria Cristina D’AbruzzoHospital São Vicente de Paulo - pág. 13

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Em 1969, ele chegou ao então pequeno Hospital São Vicente de Paulo para fazer sua residência médica. Estava no 6º ano da Fa-

culdade Nacional de Medicina, a atual Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou no final de 1970. Na época, a Radiologia ainda era uma especialidade recente no mundo e contava com poucos recursos. Mas Luís Alberto Moreira Souza se encantou pela magia dos diag-nósticos por imagem, executando as radiografias de tórax nos pacientes que eram internados no hospital. Seu primeiro diagnóstico radiológico marcante foi um pneumoperitônio em uma Irmã idosa que a levou à cirurgia de urgência e recu-peração completa em poucos dias. Seu maior or-gulho é ter colaborado, em mais de 40 anos de profissão, para a formação de dezenas de profis-sionais, muitos dos quais ainda trabalham em sua equipe. Dedicado à neurorradiologia, o médico, que já foi chefe da radiologia do Hospital São Vicente de Paulo e atualmente optou pela função de consultor do setor, teve a oportunidade de acompanhar toda a evolução da área de radiolo-gia e crescer junto com a sua especialidade.

Revista HSVP: Por que você escolheu essa profi ssão?

Luiz Alberto Moreira – Eu nunca pensei em ser outra coisa além de médico. Apesar de meu pai ser advogado, ele tinha muitos amigos médicos que acabaram por me inspirar. A profissão de médico me encantava. Já a Radiologia foi um acaso, uma questão de oportunidade. Como o Hospital São Vicente, na época, era um hospital muito pequeno, fazíamos um pouco de tudo no período de residência. E o médico responsável pela Radiologia naquele tempo, o Dr. Ubirajara Martins, achou que eu levava jeito e que gostava de fazer os diagnósticos de raios-X. Ele me convi-dou a estagiar com ele na maior clínica de radio-logia do Rio de Janeiro, onde me ensinou o ofí-cio, começando minha especialização.

Revista HSVP: Desde o início da sua carreira, muita coisa mudou na Radiologia. Como você acompanhou essas mudanças e como decidiu se dedicar à neurorradiologia?

LAM – No início da década de 70, não havia os

LUIZ ALBERTO MOREIRA SOUZALUIZ ALBERTO MOREIRA SOUZA ----

UMA BELA IMAGEM DE VIDA PROFISSIONAL

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exames de imagem que existem hoje. Trabalháva-mos, basicamente, com os raio X. O equipamen-to do HSVP era bem básico e nos limitava muito. Em 1971, eu vi um anúncio de venda de um aparelho do governo que tinha um seriógrafo e que nos permitiria fazer exames mais elabora-dos. Pedi às irmãs o aparelho e elas compraram. Comecei a ajudar o neurocirurgião, Dr. Joel Guelman, a realizar arteriografias cerebrais e isso foi despertando meu interesse pela neurorradio-logia. Toda a minha formação em neurorradiolo-gia foi feita com o Dr. Felício Jahara, pioneiro nessa especialidade no Rio de Janeiro. Em 1974, recebi uma bolsa (fellowship) para estudar na Baylor University, em Houston, nos Estados Uni-dos, o que foi muito importante na minha vida profissional, pois foi onde realmente me especia-lizei em neurorradiologia. Voltei dos EUA com uma nova técnica, a da arteriografia por cateter – antes a arteriografia cerebral era feita por pun-ção no pescoço –, e fomos pioneiros na utilização dessa técnica. Quando o novo Hospital São Vi-cente de Paulo foi inaugurado, com novos apare-lhos, em 1980, éramos o hospital mais bem equi-pado e com melhores condições para a realização de arteriografia cerebral, cardíaca e periférica. Os exames se tornaram mais acurados e feitos por punção da artéria femoral, não sendo neces-sário anestesia geral.

Revista HSVP: Que momentos mais marca-ram a sua carreira?

LAM – A inauguração do novo hospital, em 1980, sem dúvida, foi o fato mais marcante. Eu era um médico com poucos anos de formado e, mesmo assim, as irmãs confiaram em mim e na minha dedicação para chefiar o setor de Radiolo-gia. E isso foi importante não só pela promoção na carreira, mas também porque eu pude partici-par de todas as decisões para a construção do meu setor, desde as plantas até os equipamentos que seriam comprados. Além disso, tive a chance de formar muitos médicos nessa área, muitos de-les ainda trabalham comigo. Outros momentos importantes foram o surgimento da tomografia computadorizada e da ressonância magnética que revolucionaram a radiologia e o estudo do cérebro e da medula.

---- RADIOLOGISTA

importantes foram o surgimento da tomografia computadorizada e da ressonância magnética

Revista HSVP: Como foi a chegada dessas no-vas tecnologias? Houve difi culdades de adaptação?

LAM – É normal que haja dificuldades com mé-todos novos. Quando a ressonância magnética surgiu, foi uma grande revolução e todo mundo queria, mas não se dominava muito conheci-mento a respeito do exame e ocorriam alguns erros desconcertantes. Certa vez, trouxeram de avião de Goiás uma criança de uns 7 anos, em uma grande operação de transferência de emer-gência, com um diagnóstico, que havia sido feito no local onde ela foi atendida e submetida à res-sonância, de malformação na medula. Quando olhei o exame, vi que havia sido feita uma leitura equivocada, que a criança não tinha nada de grave: eram apenas artefatos gerados pelo fluxo do líquor. Esses erros fazem parte da chamada curva de aprendizagem e, quanto mais domina-mos o método, menos erramos, mas sabemos que temos que conviver com esses fantasmas que, volta e meia, nos pegam desprevenidos.

Revista HSVP: Existem diagnósticos mais difí-ceis de serem feitos?

LAM – Não existe diagnóstico difícil. O que ocor-re é que, apesar do que muita gente pensa, a imagem do exame nem sempre aponta para um diagnóstico apenas. Há muitas doenças que se apresentam da mesma forma na imagem de uma ressonância ou CT. É preciso ter conhecimento de todo o quadro clínico para fazer um diagnóstico mais assertivo. Essa é uma das coisas que fazem do Hospital São Vicente de Paulo um dos melho-res lugares do Rio para trabalhar com diagnósti-cos por imagem. Pelo fato de ser um hospital de corpo clínico fechado, o contato mais próximo e frequente, com mais troca de informação, entre os radiologistas e os médicos do Corpo Clínico leva a um número de acertos maior. E aqui há um grande entrosamento entre os radiologistas e os médicos da casa, além de o hospital estar muito bem equipado.

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BICHOS FAZEM BEM À SAÚDE

Estudos apontam que ter um animal de estimação pode reduzir fatores de risco para

doenças cardíacas, entre outros benefícios

Especialistas da American Heart Association, em artigo publicado em maio na revista Circulation, avaliaram uma série de estu-

dos relevantes e concluíram que ter um bicho de estimação pode reduzir os fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão, níveis ele-vados de colesterol no sangue e obesidade. Para os estudiosos, os cães são os que trazem maior benefício, porque as pessoas precisam levar o ca-chorro para passear. Um dos estudos analisados, que observou mais de 5 mil adultos, comprovou que os donos de cães fizeram mais exercícios do que aqueles que não possuem o animal. Além disso, pessoas que tinham cachorros se mostra-ram 54% mais propensas a atingir o nível reco-mendado de atividade física - pelo menos, 90 minutos de caminhada por semana. Animais tam-bém melhoram a qualidade de vida de pessoas que já possuem doenças do coração e podem ter um efeito positivo sobre as reações do organismo ao estresse, de acordo com o artigo científico.

A psicóloga Luiza Ruggeri Ramalho, que faz o acom-

panhamento de pacientes no Hospital São Vi-cente de Paulo, concorda que o animal pode gerar estímulos à mente e também levar a pessoa a se movimentar mais, já que demanda alguns cuidados. “Os idosos, por exemplo, podem se beneficiar de muitas formas. A primeira delas é o fator emocional, pois as pessoas que chegam a uma idade avançada já perderam muitos amigos e parentes queridos e o bicho pode oferecer uma complementação de afeto. Além disso, brincar com o animal ativa as funções cerebrais e gera hormônios que estimulam o prazer, o que traz uma série de benefícios ao corpo e à saúde men-tal”, ressalta a psicóloga.

A jornalista e produtora de eventos Valéria Andrade, de 50 anos, moradora da Zona Sul do Rio, adotou um cachorro, há sete anos, para ajudar seu filho a lidar com a perda da avó. Ela

conta que a família toda acabou se beneficiando da companhia do cão. “Maddox

Luiza Ruggeri Ramalho, psicóloga

BICHOS FAZEM BEM À SAÚDE

Estudos apontam que ter um animal de estimação pode reduzir fatores de risco para

doenças cardíacas, entre outros benefícios

que observou mais de 5 mil adultos, comprovou que os donos de cães fizeram mais exercícios do que aqueles que não possuem o animal. Além disso, pessoas que tinham cachorros se mostra-ram 54% mais propensas a atingir o nível reco-mendado de atividade física - pelo menos, 90 minutos de caminhada por semana. Animais tam-bém melhoram a qualidade de vida de pessoas que já possuem doenças do coração e podem ter um efeito positivo sobre as reações do organismo ao estresse, de acordo com o artigo científico.

A psicóloga Luiza Ruggeri Ramalho, que faz o acom-

com o animal ativa as funções cerebrais e gera hormônios que estimulam o prazer, o que traz uma série de benefícios ao corpo e à saúde men-tal”, ressalta a psicóloga.

A jornalista e produtora de eventos Valéria Andrade, de 50 anos, moradora da Zona Sul do Rio, adotou um cachorro, há sete anos, para ajudar seu filho a lidar com a perda da avó. Ela

conta que a família toda acabou se beneficiando da companhia do cão. “Maddox

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Valéria conta que seu cachorro, Maddox a ajudou a enfrentar problema de saúde

entrou em minha vida num momento de grande vazio para meu filho, que havia perdido a avó querida e sofria com isso. Companheiro de todas as horas, o seu olhar nos traz paz, a sua presença alegra o ambiente e o seu carinho nos fortalece nos desafios diários que a vida nos apresenta. Al-gum tempo depois, eu tive um problema de saúde que me deixou na cama por dois meses e o Ma-ddox não saía do meu lado. Sua cumplicidade era o bastante para me energizar e me fazer sorrir. Costumo dizer que ele foi 80% responsável pela minha recuperação. Em outra ocasião, o pai do meu filho precisou de uma cirurgia e ficou sema-nas no hospital. Quando saiu, só pensava em levar o cachorro para passear”, conta Valéria. Para ela, o cachorro também ajuda a sociabilidade, já que os donos de cachorro costumam trocar experiências.

Já o comerciante Mário Antônio de Almeida Carriço, de 65 anos, atribui aos seus gatos até sua vitória contra o tabagismo. “Em 2005, tive um infarto e precisei colocar dois stents. Eu levo uma vida muito agitada e fumava muito, não conseguia parar. No entanto, pouco depois do meu infarto, encontrei na rua um gato, que de-cidi adotar e chamei de Apolo. A experiência foi tão boa que hoje em dia já tenho mais dois: o Rocky e o Cat. Eles me trazem uma tranquilidade muito grande. Quando chego em casa depois de um grande estresse, parece que eles sentem e se aproximam mais. Essa tranquilidade me ajudou a reduzir os cigarros e até consegui parar”, conta.

Mas a psicóloga Luiza Ruggeri Ramalho lem-bra que não são só os cães e gatos que podem beneficiar seus donos. “O cão e o gato oferecem uma maior interação, levam a fazer mais exer-cícios, porém não é qualquer pessoa que vai se dar bem com esses bichos. O importante mesmo é que seja um animal que a pessoa tenha por gosto, por afeto. E um que ela possa cuidar. Pode ser uma tartaruga, um peixe, um passarinho. Es-ses animais, inclusive, podem ser muito bons para quem sofre de ansiedade”, destaca.

Segundo a especialista, não há contraindica-ções para um bicho de estimação, desde que se possa cuidar dele. Se a pessoa não gosta mesmo de animais e deseja ocupar um vazio ou se ocu-par de algo, a psicóloga recomenda qualquer ro-tina de atividade que seja prazerosa: pode ser até uma planta, “que pode trazer benefícios seme-lhantes se houver uma dedicação aos cuidados”.

Confi ra o que a ciência aponta

Redução das alergias em crianças – Um pesquisador da Universidade de Wisconsin--Madison verificou que as chances de uma criança desenvolver alergias são 33% meno-res quando se tem um bicho de estimação em casa. De acordo com o estudo, a convivência ajuda a fortalecer o sistema imunológico. Ou-tro estudo, realizado na Universidade de Vir-ginia, mostrou que crianças que são criadas em contato com bichos têm menos tendência a desenvolver asma.Redução do estresse – Estudo da Univer-sidade Estadual de Nova York, nos Estados Unidos, mostrou que os bichos de estimação ajudam o combate ao estresse. Após testar os níveis de tensão de pessoas em quatro situa-ções – sozinhas, com seu parceiro, com seu animal e com seu parceiro e o animal –, ve-rificaram que as pessoas que estavam só com seus animais eram mais tranquilas.Bom para o coração – Pesquisas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos Esta-dos Unidos, apontam que cuidar de um animal ajuda a reduzir a pressão sanguínea e os níveis de colesterol e triglicérides. Hipoglicemia – Pesquisadores da Universida-de Belfast do Queens, na Irlanda, e da Univer-sidade de Lincoln, na Inglaterra, descobriram que é possível treinar cachorros para ajudar seus donos a evitarem crises de hipoglicemia. De acordo com o estudo, os cães são capazes de detectar uma redução do índice glicêmico ao perceber sinais sutis do corpo, como a liberação de feromônios no suor.

enfrentar problema de saúde

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EM OUTUBRO, O HSVP É ROSA

II Simpósio de Câncer de MamaCom o tema Abordagem Multidisciplinar do Tratamento Conservador do Câncer de Mama Pós-qui-mioterapia, o Hospital São Vicente de Paulo realizou, em julho, seu II Simpósio de Câncer de Mama. Sob a coordenação das mastologistas Sandra Gioia e Joyce Ribeiro, o evento abordou temas importan-tes da oncologia da mama, incluindo tipos de incisão e preservação da fertilidade. Entre os palestran-tes estavam a radiologista Viviane Aguilera, do Instituto Nacional de Câncer (INCA); o patologista Sérgio Romano, também do INCA; o especialista em reprodução humana Luiz Fernando Dale, da Clínica Dale; e o cirurgião plástico Marcelo Moreira, do HSVP.

O tumor de mama é o mais comum entre as mulheres e é a segunda maior causa de morte por câncer em mulheres. Mas

a doença também tem um alto índice de cura, que pode chegar a 90% se descoberta no início. Por isso, o Hospital São Vicente de Paulo realiza uma série de ações em prol da campanha do Outubro Rosa, movimento popular celebrado em todo o mundo neste mês, que tem por objetivo a prevenção e a conscientização para o câncer de

mama. No dia 5 de outubro, será re-alizada uma palestra gratuita a respei-

to do câncer de mama pelo Serviço de Mastologia, destinada

ao público feminino em geral e aberta a quem quiser participar. Haverá também a distribuição

de folhetos informati-vos e laços cor-de--rosa, que são o sím-bolo da campanha.

Nos últimos me-ses, o hospital vem realizando, gratuita-mente, para 50 mu-lheres pré-cadastra-das que não possuem plano de saúde, exa-

mes de mamografia e outros serviços de assistên-cia médica para diagnóstico precoce de tumores mamários. E a expectativa é que o número de mulheres atendidas por essa iniciativa de respon-sabilidade social aumente a cada ano. O projeto tem a participação multidisciplinar dos Serviços de Radiologia, Patologia, Serviço Social, Fisiote-rapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem.

“Campanhas como o Outubro Rosa são muito importantes para a multiplicação de informações e redução das taxas de mortalidade por doenças que, como o câncer de mama, são altamente curáveis quando tratadas cedo. É importante lem-brar às mulheres fazer o auto-exame e consultas regulares ao ginecologista, além de prover outras informações que facilitem a detecção precoce, para que o tratamento possa ser iniciado cedo, aumentando as chances de ser bem-sucedido”, destaca a mastologista Joyce Ribeiro, que coor-dena a campanha no HSVP juntamente com a mastologista Sandra Gioia.

Quando a doença é descoberta em um está-gio avançado, os índices de mortalidade são al-tos e o tratamento é complexo e oneroso. Por ou-tro lado, quando o diagnóstico é feito cedo, em estágio em que o tumor ainda não ultrapassou dois centímetros de diâmetro, o tratamento pode ser feito com cirurgia conservadora, que possibili-ta, até, a preservação da mama.

todo o mundo neste mês, que tem por objetivo a prevenção e a conscientização para o câncer de

mama. No dia 5 de outubro, será re-alizada uma palestra gratuita a respei-

to do câncer de mama pelo Serviço de Mastologia, destinada

ao público feminino em geral e aberta a quem quiser participar. Haverá também a distribuição

de folhetos informati-vos e laços cor-de--rosa, que são o sím-bolo da campanha.

Nos últimos me-ses, o hospital vem realizando, gratuita-mente, para 50 mu-lheres pré-cadastra-das que não possuem plano de saúde, exa-

PALESTRA GRATUITA

Data: 5/10 | Horário: das 9h às 10h.Local: Centro de Convenções Irmã Mathilde, do HSVP.

EM OUTUBRO, O HSVP É ROSA

mes de mamografia e outros serviços de assistên-cia médica para diagnóstico precoce de tumores

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As mãos são a principal via de transmissão de fungos, bactérias e outros microrganis-mos. Um estudo realizado por pesquisado-

res americanos na Universidade do Colorado, em 2008, revelou que, em média, a mão de uma pessoa carrega cerca de 150 tipos diferentes de bactéria. A maior parte desses microrganismos não causa mal à saúde, mas há muitos que podem causar doenças, algumas resistentes a antibióticos.

Para evitar o risco de contaminação no am-biente hospitalar, o Hospital São Vicente de Pau-lo promove continuamente campanhas entre seus funcionários pela higienização constante e correta das mãos. Este ano, o tema da campanha foi O Desafio Está Lançado: HSVP x Infecção Hospitalar.

Participe Desta Luta!”, inspira-

da no UFC (Ul-timate Fighting Championship ) . O hospital ofere-ceu treinamento e promoveu uma divertida disputa entre as equipes a respeito de quem conseguia reduzir mais o índice de RLUs (“unidade de luz relativa”, medida usada para medir a contaminação micro-

biológica) após a lavagem e secagem das mãos.

NOCAUTE NA CONTAMINAÇÃO HOSPITALAR

“A higienização das mãos é prioridade na Or-ganização Mundial da Saúde e é meta do progra-ma de segurança do paciente da Anvisa. Mais do que um hábito, a prática tem que ser um reflexo – uma daquelas ações que você faz automaticamente sem nunca esquecer”, comenta a médica Isabella Albuquerque, coordenadora do Serviço de Higiene e Controle de Infecção Hospitalar (SHCIH).

Foram semanas de treinamentos e medições com aparelhos especiais doados por uma empre-sa privada e 11 equipes multidisciplinares se clas-sificaram para a final. A mobilização foi encerra-da com uma cerimônia de premiação que teve a participação do lutador e três vezes campeão mundial de jiu-jítsu Gilbert Burns, o Durinho, que entregou o Troféu Cinturão. A equipe do plan-tão diurno do CTI, representada pelo Orlando Domingos, foi a vencedora, seguida pela outra equipe do plantão diurno do CTI, representada pela Ana Carla Souza, e equipe da hemodiálise, representada pela Dneffer Mattos.

A higienização adequada das mãos remo-ve até 99% dos microorganismos presentes. A enfermeira Paula Bacco, uma das responsáveis pelo projeto, lembra que a técnica de higiene das mãos deve contemplar toda a superfície das mãos, e no enxágue e secagem os movimentos devem ser unilaterais, dos punhos para as pontas dos dedos. “Observamos durante a campanha que existe a necessidade de treinamento periódi-co, pois, mesmo em pessoas que têm o hábito de lavar as mãos com frequência, identificamos mui-tas situações de recontaminação durante a lava-gem e secagem das mãos”, ressalta Paula Bacco.

biente hospitalar, o Hospital São Vicente de Pau-lo promove continuamente campanhas entre seus funcionários pela higienização constante e correta das mãos. Este ano, o tema da campanha foi O Desafio Está Lançado: HSVP x Infecção Hospitalar.

Participe Desta Luta!”, inspira-

da no UFC (timate Fighting ChampionshipO hospital ofere-ceu treinamento e promoveu uma divertida disputa entre as equipes a respeito de quem conseguia reduzir mais o índice de RLUs (“unidade de luz relativa”, medida usada para medir a contaminação micro-

biológica) após a lavagem e secagem das mãos.

das mãos. Este ano, o tema da campanha foi O Desafio Está Lançado: HSVP x Infecção Hospitalar.

ChampionshipO hospital ofere-ceu treinamento e promoveu uma divertida disputa entre as equipes a respeito de quem conseguia reduzir mais o índice de RLUs (“unidade de luz relativa”, medida usada para medir a contaminação micro-

biológica) após a lavagem e secagem das mãos.

PALESTRA GRATUITA

Data: 5/10 | Horário: das 9h às 10h.Local: Centro de Convenções Irmã Mathilde, do HSVP.

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