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Revista_Imprensa_17_Julho_2020
Revista de Imprensa
1. Restaurantes abertos até às 01h00 devido a lapso do Governo, Correio da Manhã, 17/07/2020 1
2. Injeção estatal na TAP eleva défice até 9,8%, Correio da Manhã, 17/07/2020 2
3. Centeno vai comandar regulador dos bancos, Correio da Manhã, 17/07/2020 3
4. Pedro Nuno Santos afasta sucessão no PS, i, 17/07/2020 4
5. Atividades letivas podem retomar mas centros de dia continuam suspensos, i, 17/07/2020 5
6. Segurança Social fecha lar ilegal, i, 17/07/2020 8
7. Conselho Europeu corre contra o tempo para chegar a acordo, Jornal de Notícias, 17/07/2020 9
8. Alunos em risco de não voltarem às universidades, Jornal de Notícias, 17/07/2020 10
9. É hora de deitar a mão aos CTT, Jornal de Notícias, 17/07/2020 11
10. Governo pede que não se viaje para longe, Jornal de Notícias, 17/07/2020 12
11. Governo aprova reforço da posição do Estado na TAP, Jornal Económico (O), 17/07/2020 13
12. Centeno assume Banco de Portugal nesta segunda-feira mas equipa terá de esperar, Jornal Económico(O), 17/07/2020
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13. A tribuna social, Jornal Económico (O), 17/07/2020 16
14. Portugal 2020 já aprovou cerca de 20 mil milhões de euros, Jornal Económico (O) - Fundos, 17/07/2020 17
15. TAP pública autoriza a pagar salários privados, Negócios, 17/07/2020 20
16. ADSE pagou 500 mil euros por tratamento enganador para a covid-19, Público, 17/07/2020 22
17. Financiamento à TAP aguarda que o conselho de administração se reúna, Público, 17/07/2020 23
18. Partidos mais pequenos temem ser atropelados pelo bloco central, Público, 17/07/2020 24
19. PSD e PS dizem estar os dois “sem peste” mas não dão as mãos, Público, 17/07/2020 25
20. Três regiões fora do indicador para viajar sem limites, Público, 17/07/2020 26
21. Guardas prisonais alertam para salário 800 euros inferior à PSP, Correio da Manhã, 17/07/2020 30
22. Catarina Martins - Manter empregos, Correio da Manhã, 17/07/2020 31
23. Sobe e desce, Correio da Manhã, 17/07/2020 32
24. Ferido em pedreira, Correio da Manhã, 17/07/2020 33
25. Governo aposta no trabalho no interior, i, 17/07/2020 34
26. Fenprof quer reunir com DGS, i, 17/07/2020 35
27. Lay-off - Empresas que suspendam contratos perdem apoios, Jornal de Notícias, 17/07/2020 36
28. Guardas prisionais em vigília contra falta de diálogo da tutela, Jornal de Notícias, 17/07/2020 38
29. Eudaimonia - Bancários criam valor, Jornal Económico (O), 17/07/2020 39
30. Editorial - A política fiscal e a capitalização das empresas, Jornal Económico (O) - Fundos, 17/07/2020 41
31. Concertação Social - Ferro e Assis pedem convergência na crise, Público, 17/07/2020 42
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 21
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Área: 20,94 x 7,80 cm²
Corte: 1 de 1ID: 87606799 17-07-2020
ALGARVE
Restaurantes abertos até às 01h00 devido a lapso do Governo G Um "lapso" do Governo fez com que diversos restaurantes, no concelho de Albufeira, per-manecessem abertos noite dentro na quarta-feira. Alguns terão mesmo chegado a encer-rar às 01h00 de quinta-feira. Em causa está uma resolução do Conselho de Ministros, publi-cada na terça-feira que estabe-lece, para a restauração e simi-lares, o encerramento dos esta-belecimentos às 01h00. No dia
seguinte foi publicada a retifi-cação da resolução: afinal, os estabelecimentos têm de en-cerrar às 23h00, à semelhança do que já acontecia. Acontece que, a "boa nova" já tinha sido partilhada pela Associação da Hotelaria, Restauração e Simi-lares de Portugal (AHRESP) aos seus associados. "É uma situa-ção a lamentar. Chegámos a ter forças de segurança a pedirem--nos esciarecimentos por causa Região sem regime de exceção
da fiscalização e nós referimos aquilo que dizia no despacho", conta ao CM Ana Jacinto, secre-tária-geral da AHRESP. Tam-bém o secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, revelou ontem, numa entrevista, que os restaurantes do Algarve iriam estar abertos até à uma da ma-nhã, de forma a evitar aglome-rados. Ao CM, fonte oficial do Governo, confirmou que houve "um lapso de redação, entre-tanto já retificado" . Acrescenta que não existe "qualquer exce-ção" quanto ao alargamento do horário no Algarve. • F.G.
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 27
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Área: 20,71 x 27,60 cm²
Corte: 1 de 1ID: 87606644 17-07-2020
INCLUSÃO NA 550 MILHÕES POR COBRAR
S CONTAS DE DE IMPOSTOS BAIXA DÉFICE
a
ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS
Os ministros das Finanças, João Leão, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, são os responsáveis pelo dossiê do auxílio financeiro à companhia aérea
Injeção estatal na TAP eleva défice até 9,8% ALERTA 0 Impacto orçamental do auxílio à transportadora poderá ser maior do que inicialmente previsto pelo Governo VALORES O Contas públicas com saldo negativo de 571 milhões até março
JOÃO MALTEZ
Ainjeção de até 1,2 mil mi-lhões de euros na TAP po-derá, num cenário menos
otimista traçado pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP), fazer disparar o défice público para 9,8% da riqueza que o País vai gerar este ano. A projeção, di-vulgada on-tem, não con-templa ainda os novos gas-tos inscritos no Orçamento Suplementar, desti-nados a fazer face à crise desen-cadeada pela Covid-19, que le-varam o Governo ajustar a pre-visão do défice para 7% do Pro - duto Interno Bruto (PIB).
Na análise à evolução orça-mental das administrações pú-blicas até março de 2020, os téc-
nicos do CFP sublinham que, nos primeiros três meses deste ano, as contas do Estado apresenta-ram um saldo negativo de 571 milhões de euros (1,1% do PIB).
O valor seria ainda pior se do lado da receita não fosse incluído o montante de cerca de 550 mi-lhões de euros relativos a impos-
tos e contri-buições que as empresas fo-ram autoriza-das a adiar de-
vido à crise. A não inclusão deste montante elevaria o défice para 2,2% do PIB trimestral.
O organismo liderado por Na-zaré Costa Cabral adianta ainda que "os desenvolvimentos orça-mentais no 1') trimestre de 2020 evidenciam . ainda um impacto diminuto da crise pandémica",
Estado descarta gastar acima dos 1,2 mil milhões 113 "Não estamos a equacio-nar, neste momento, qual-quer tipo de reforço" no apoio à TAP, além dos 1,2 mil milhões de euros pre-vistos, garantiu o secretário de Estado do Tesouro. Mi-guel Cruz admitiu "muitos graus de incerteza" no se-tor, que podem mudar a po-sição. Ontem, foi aprovado em Conselho de Ministros o reforço do controlo estatal da TAP com a compra, por 55 milhões de euros, de 22,5% do capital. e W.L.
pelo que, não será de excluir, "neste contexto de incerteza, desenvolvimentos ulteriores ainda mais negativos".
A juntar aos riscos de incerteza sobre a evolução da economia causados pela situação pandé-mica, o CFP junta o auxílio fi-nanceiro à TAP, que irá pressio-nar ainda mais as contas públicas devido ao acréscimo das neces-sidades de financiamento.
Num cenário base, a entrada do Estado no capital da companhia aérea, ontem aprovada em con-selho de ministros, e a injeção de até1,2 mil milhões de euros leva-rão, segundo o CFP, a que o défi-ce este ano se situe em 6,9% do PIB. Contudo, numa situação em que a economia se degrade ainda mais, esse valor poderá chegar aos 9,8%.
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 87606886 17-07-2020
Enquanto ministro de Costa, Mário Centeno alcançou o primeiro saldo positivo das contas públicas em democracia
/„.
BANCO DE PORTUGAL
Centeno vai comandar regulador dos bancos NOMEAÇÃO Ex-ministro das Finanças vai assumir as novas funções já na próxima segunda-feira EQUIPA Férias parlamentares atiraram a escolha de novos administradores para depois do verão WILSON LEDO
i() Centeno é, oficial-mente, o novo gover-nador do Banco de Por -
tugal. O ex-ministro das Finan-ças assume a liderança do regu-lador bancário já na próxima segunda-feira. A nomeação foi formalizada ontem em Conse-
lho de Ministros. Na prática, a ida de Centeno
para o Banco de Portugal é um regresso a casa, já que o ex-mi-nistro entrou na instituição em 2000, enquanto economista. Além de um novo vice-gover-nador, Centeno terá de indicar ao Governo os nomes dos admi-
REGRESSO À INSTITUIÇÃO ONDE ENTROU COMO ECONOMISTA EM 2000
nistradores que vão ocupar as cadeiras na cúpula do regula dor. Com as férias a aproxima-rem-se no Parlamento, essa in-dicação só deverá acontecer depois do verão.
Tal como o processo de indi-cação, também a entrada em funções será feita com rapidez, para evitar choques como di-ploma do PAN que está em dis-
cussão no Parlamento. A aguar-dar um parecer do Banco Cen-tral Europeu, a proposta altera as regras para a nomeação e de-fine um período de nojo para a transição entre o Governo e o supervisor do setor bancário.
Centeno substitui Carlos Cos-ta, cujo mandato terminou a 8 de julho. Em10 anos no cargo, o atual governador lidou com te-mas quentes como as resolu-ções do BES e do Banif.
A escolha de Centeno esteve
envolta em polémica, receben-do apenas o apoio do PS. Já o re-latório da audição parlamentar, obrigatório no processo, limi-tou-se a uma transcrição do en-contro, sem qualquer avaliação sobre a adequação às funções. •
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 5
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Corte: 1 de 1ID: 87606455 17-07-2020
Pedro Nuno Santos afasta sucessão no PS
PORTUGAL O ministro das Infraes-truturas, Pedro Nuno Santos, assegurou ontem, numa entre-vista à Visão, que a sucessão no PS não se coloca neste momen-to. "A questão, neste momento, não se coloca", assegurou, insis-tindo que a sua relação com o primeiro-ministro, António Cos-ta, "funciona muito bem", ain-da que possam discordar em algumas matérias.
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Meio: Imprensa
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 2
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Corte: 1 de 3ID: 87606420 17-07-2020
Já está na lei: máscara a partir do 2.° ciclo no próximo ano letivo
O Governo alterou um conjunto de
diplomas. Já está na lei que só crianças a
partir do 2.° ciclo, independentemente
da idade, terão de usar máscaras na escola.
Operadoras de transportes vão ter de
documentar perdas de receitas para apoios.
MARTA F. REIS [email protected]
As escolas deixaram de estar ofi-cialmente impedidas de exer-cer atividade letivas presenciais além das que têm tido lugar, nomeadamente os exames. Em termos de proibição do funcio-namento, apenas atividades de apoio social em centros de dia, que também ainda não reabri-ram, continuam a estar suspen-sas. A indicação surge num decre-to publicado esta quinta-feira em Diário da República, com alterações às medidas para fazer face à pandemia que foram apro-vadas no Conselho de Ministros extraordinário da última ter-ça-feira, que prolongou o esta-do de calamidade em 19 fregue-sias de Lisboa.
Depois de terem sido conhe-cidas as orientações para o pró-ximo ano letivo e dos esclareci-mentos feitos ontem no final de um Conselho de Ministros des-ta vez não focado na covid-19, esse ponto surge já no decre-to-lei: as máscaras, que se man-têm obrigatórias em espaços públicos fechados e lojas, são obrigatórias também nas esco-las, e as crianças, que só têm de
usar máscara a partir dos dez anos, só terão mesmo de fazê-lo nas aulas a partir do 2.° ciclo, independentemente da idade. Em maio, a DGS chegou a admi-tir o uso de máscara a partir dos seis anos e em Espanha foi, por exemplo, essa a idade definida pelo Governo, mas por cá, ape-sar de alguns especialistas defen-derem o uso mais precoce, é esta a idade fixada. O Governo já tinha afastado por agora o uso de máscaras ao ar livre e o diplo-ma não avança, assim, com nenhuma novidade nesse sen-tido. Esta quinta-feira, a banca-da do PSD da Assembleia Muni-cipal de Lisboa defendeu, no entanto, um mandato munici-pal para poder avançar com a medida, noticiou o Público. Os sociais-democratas defendem o uso de máscara em qualquer espaço público, interior ou exte-rior. É um tema sobre o qual também existem diferentes lei-turas. Ao SOL, o epidemiologis-ta Manuel Carmo Gomes defen-deu que poderiam fazer senti-do em alguns locais, como esplanadas, em que as pessoas falam em maior proximidade, mas não tanto, por exemplo, na praia, onde defende que o risco
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Corte: 2 de 3ID: 87606420 17-07-2020
COVID-19
não está tanto em usar o areal ou a água, mas quando se fre-quenta um bar de apoio ou a casa de banho — e aí, sendo espa-ços fechados, a máscara já é de uso obrigatório.
TRABALHADORES DE LARES E CENTROS DE DIA PODEM SER MOBILIZADOS O diploma passa a incluir na lista de trabalhado-res que podem ser mobilizados pela entidade empregadora ou pela autoridade pública os fun-cionários de "instituições ou equipamentos sociais de apoio aos idosos como lares, centros de dia e outros similares, de ges-tão" e de manutenção de infraes-truturas essenciais.
OPERADORAS DE TRANSPORTES TÊM DE PROVAR PERDAS Ainda no ãmbito da resposta à covid-19, oGoverno prolongou até ao final do ano a atribuição do financia-mento e compensações aos ope-radores de transportes públi-cos de passageiros, "promoven-do a sustentabilidade daquelas empresas, cuja atividade e recei-tas foram fortemente afetadas pelas medidas de limitação de circulação de meios de trans-porte coletivos adotadas no ãrnbi-
to da situação de pandemia". O diploma assinala que as com-pensações são devidas por per-das de receitas e supressão rela-cionadas com a pandemia e incumbe as operadoras de o provar. Até 15 de setembro, os operadores devem remeter à AMT "informação que permita avaliar se as verbas atribuídas a cada operador, no âmbito de apoios concedidos ao abrigo do presente decreto-lei, não repre-sentam uma sobrecompensa-ção ou duplicação de apoios para o mesmo fim e são ade-quadas à oferta de serviços de transportes disponibilizados".
Grande Lisboa mantém-se o principal foco, mas diagnósticos parecem abrandar
Casos ativos baixaram desde terça-feira e internamentos mantêm-se estáveis
Competirá à AMT "validar os montantes objeto de devolução ou acerto, com base na infor-mação remetida pelos opera-dores e entidades públicas com-petentes até 15 de maio de 2021".
LISBOA MANTÉM-SE O FOCO MAS HÁ SINAIS ANIMADORES Ontem foram confirmados 339 casos de covid-19 no país, 274 na região de Lisboa. Lisboa mantém-se o principal foco de novas infeções, mas parece haver esta semana algum abrandamento. A ARS fez um balanço da intervenção das equipas multidisciplinares, que nos últimos 15 dias passa-ram a visitar famílias nos con-celhos mais afetados para per-ceber se tinham condições para cumprir o isolamento e dificul-dades financeiras, e revelou que neste período foram contacta-das 4121 pessoas, o que o i pôde constatar junto das equipas que têm permitido melhorar a moni-torização dos infetados.
De quinta-feira da semana pas-sada até ontem, uma análise de sete dias que permite perceber melhor tendências dada a habi-tual flutuação de casos consoan-te o dia da semana, a região de Lisboa registou 2114 novos casos,
Aficaras continuam a só ser obrioatórias
0111 espaços fechados W e acima doa 10 anos
M.11.111 , 0 ft 0.11,..
o que compara com 2332 na semana anterior. Não foram for-necidos dados por concelho, que permitiriam seguir as tendên-cias, mas parece haver uma ten-dência de descida. A DGS infor-mou que a informação será dis-ponibilizada à segunda-feira.
No Norte, que vinha registan-do uma subida de casos, ainda que muito menos que em Lis-boa, há também um sinal de estabilização. Na semana pas-sada tinha havido neste perío-do 372 casos e nos últimos sete dias foram 352. Desde terça-fei-ra também têm estado a dimi-nuir ligeiramente os casos ati-vos no país, que desde maio têm tido uma tendência de aumento ligeiro com alguns momentos de quebra e estabi-lização. Ontem havia 13 610 casos ativos no país, depois de um pico de 14 091 no dia 13, mas só os próximos dias per-mitirão perceber se existirá uma inversão mais duradoura. A contenção e o risco mantêm-se, com novos focos detetados, por exemplo, num hipermercado em Torres Vedras, mas, pelo menos até ontem, a semana parece ter sido de melhoria, e não de agravamento.
App de rastreios de contactos já está em testes na rua
Direção-Geral da Saúde será a gestora do sistema.
A aplicação que vai poder aler-tar os utilizadores caso tenham contactado com outros utiliza-dores posteriormente diagnosti-cados com covid-19 já está a ser testada por voluntários e, ontem, oGoverno aprovou o enquadra-mento legal para avançar. Depois das recomendações feitas pela Comissão Nacional de Proteção de Dados, a ministra da Presi-dência, Mariana Vieira da Silva, anunciou que o Governo apro-vou um decreto-lei que estabele-ce que a Direção-Geral da Saúde será a autoridade responsável pelo tratamento dos dados. O mesmo diploma vai regular a intervenção dos profissionais de saúde na app STAYAWAY COVID.
O sistema foi desenvolvido pelo Instituto de Engenharia de Sis-temas de Computadores, Ciên-cia e Tecnologia (INESC TEC), em parceria com o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e as empresas Keyrup-tive e Ubirider, no âmbito da Ini-ciativa Nacional em Competên-cias Digitais e.2030. Vieira da Silva sublinhou que os dados recolhidos "não vão ser usados para mais nada" que não a veri-ficação de situações de risco e apontou o lançamento para o início de agosto. Até lá, a app, um sistema que já é usado em países como Alemanha, Suíça ou Itália, não estará ainda dis-ponível ao público. Quando esti-ver recolherá informações sobre os telemóveis que estejam a menos de dois metros durante 30 minutos do utilizador. Em caso de teste positivo, o utiliza-dor poderá inserir um código na app que gerará um alerta para outros utilizadores que tenham estado perto e com maior risco de exposição, um sistema que assenta em Bluetooth e dados anonimizados. Ou seja, o utili-zador não receberá informação sobre quem testou positivo, ape-nas um alerta de que teve con-tacto com alguém infetado. Página 6
Meio: Imprensa
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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Corte: 3 de 3ID: 87606420 17-07-2020
Edição fim de semana 1/ Sexta-feira, 17 julho AMO// Ano 11 // Diário /1 Número 3254 Diretor. Mário Ramires // Dir. executivo: Vítor Rainho // Dir. exec. adjunto: José Cabrita Saraiva
Subdir. exec.: Marta F. Reis // Dir. de arte: Francisco Alves
•
Entrevista a Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses
"A floresta não arde do vidro da garrafa
nem da beata do cigarro, isso é tudo
conversa fiada"
"Hoje, a nossa floresta está na mesma ou pior do que estava em 2017"
"Há pessoas que estão sentadas na sua casa a ver televisão e de repente
lembram-se, 'vamos deitar um fogo', só para terem o prazer de ver arder"
"Ninguém quer o meu ordenado da Liga porque trabalho pro bono"
PÁGS, 18-25
e
TURISTAS BRITÂMCOS FINTAM QUARENTENA ENTRANDO POR SEVILHA
Muitos estrangeiros com residência no Algarve já estão há quatro meses em Portugal 1/ PÁGS. 12-17
Atividades letivas podem retomar mas centros de dia continuam suspensos Diploma fixa uso de máscaras em crianças a partir do 2.° ciclo Semana com sinais animadores em Lisboa e diminuição de casos ativos // P—GS. 2-3
Cascais esteve cercada por um incêndio e o fogo atingiu os telhados de dois prédios // PÁG. 6
Rio dá a mão a Costa e diz que não é altura de avaliar nível da democracia // PÁG. 4
Morreu António Franco, um "embaixador distinto" e de "primeiríssima água" // PÁG 5
O 29.° campeonato do FC Porto e o segundo de Sérgio Conceição // PÁGS. 34-35
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
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Corte: 1 de 1ID: 87606733 17-07-2020
Segurança Social fecha lar ilegal
TORRES VEDRAS Um lar ilegal com 23 utentes, em Torres Vedras, foi encerrado pela Segu-rança Social. O fecho das portas aconteceu depois de terem sido feitos testes à covid-19 aos uten-tes e funcionários. Ninguém tes-tou positivo, mas a Segurança Social decidiu que não existiam condições de habitabilidade. Os utentes foram encaminhados para os familiares ou para outras instituições.
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 14
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Corte: 1 de 1ID: 87605982 17-07-2020
Conselho Europeu corre contra o tempo para chegar a acordo
Reunião extraordinária arranca hoje, com a urgência na aprovação do pacote de recuperação na União Europeia
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r.
António Costa sublinha a necessidade de rapidez de um acordo entre os 27
Cátia Rocha [email protected]
EUROPA Naquela que é a pri-meira reunião presencial desde que a pandemia che-gou à Europa, o acordo sobre o pacote de recuperação da crise que atingiu a União Europeia (UE) está na cabe-ça de todos, mas o caminho até ao acordo não estará li-vre de turbulência.
A reunião extraordinária do Conselho Europeu ar-ranca hoje em Bruxelas com o tema da discussão da pro-posta do presidente Charles Michel para o Quadro Fi-nanceiro Plurianual 2021--2027 (QFP) e o pacote de recuperação de uma crise económica sem preceden-tes na agenda. Consideran-do que "um acordo é essen-cial" e que "é momento de agir", conforme afirmou no convite aos membros do Conselho, também reco-nhece que "chegar a acordo exige trabalho árduo e von-tade política", mas que o "superior interesse dos ci-dadãos" deve estar no topo das prioridades.
A proposta em cima da
mesa assenta em seis pila-res, contemplando um montante de 1074 mil mi-lhões de euros para os obje-tivos a longo prazo da UE e um fundo de recuperação de 750 mil milhões.
Há ainda o equilíbrio entre empréstimos, garantias e subvenções, com o objetivo de evitar sobrecargas dos Es-tados-membros mais endi-vidados. A proposta inclui fundos para países e setores mais afetados: 70% do Me-canismo de Recuperação e Resiliência a autorizar nos dois próximos anos e 30% autorizado em 2023, tendo em conta a queda do PIB em 2020 e 2021. A dotação total vai ser concedida até 2026.
A confirmar-se este cená-rio, Portugal poderá encai-
FUNDOS
/// 3 mil milhões é quanto Por-tugal pode encaixar do Fundo de Recuperação: 15,5 milhões a fundo per-dido e 10,8 mil milhões em empréstimos.
xar um total de 26,3 mil mi-lhões de euros do Fundo de Recuperação: 15,5 milhões a fundo perdido e 10,8 mil milhões em empréstimos com condições favoráveis.
"FRUGAIS" RESISTEM
Se a necessidade de um acordo rápido é um consen-so entre os 27 países, há quem discuta os moldes, ex-tremando posições. Holan-da, Áustria, Suécia e Dina-marca, os chamados países "frugais", põem o pé no tra-vão. Dizem que a recupera-ção não pode estar assente em financiamentos a fundo perdido e dívida comum.
Mark Rutte, com quem António Costa já se reuniu, é a voz da contestação dos frugais, avisando que está "bastante pessimista" quanto a acordo, não escon-dendo também que reserva-rá o direito de veto contra acordos que permitam aos países receberem subven-ções sem reformas. Itália, Espanha e Portugal rejei-tam tal exigência.
O último Conselho Euro-peu decorreu em junho, por videoconferência. • Página 9
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 9,75 x 30,00 cm²
Corte: 1 de 1ID: 87605925 17-07-2020
Alunos em risco de não voltarem às universidades Aumento de pedidos de ação social e de não pagamento de propinas são sinais de alarme
Zulay Costa [email protected]
CRISE "Houve um acrésci-mo de pedidos de auxilio de estudantes aos serviços de ação social das universida-des e um aumento do in-cumprimento de pagamen-to das propinas" devido à pandemia, reflexos de que "existe um problema so-cioeconómico que está a surgir no Ensino Superior", alertou, ontem, António Al-ves, presidente da Associa-ção Académica da Universi-dade de Aveiro (UA), no fi-nal do primeiro encontro do movimento Académicas.
Ainda é, porém, demasia-do cedo para se perceber a "escala e dimensão" do pro-blema, já que os alunos fo-ram para casa ter aulas à dis-tância e, entretanto, entra-ram de férias. No arranque do próximo ano letivo, re-ceia o líder dos estudantes aveirenses, é possível que "haja alunos que não te-nham condições" para con-tinuar no Ensino Superior. Mesmo com menos custos a nível de alojamento e transportes, se se mantive-rem as aulas à distância, é possível que muitas famí-lias não consigam sequer pagar as propinas.
Este foi um dos principais tópicos em cima da mesa no primeiro encontro que jun-tou reitores e associações académicas. Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, lem-
brou que é preciso encon-trar mecanismos para aju-dar quem já está no Ensino Superior e não afastar ou-tros que ainda não ingressa-ram. É importante, subli-nhou, "providenciar para que a qualificação no país possa continuar".
Reitores e estudantes ain-da estão a estudar propostas concretas para presentar ao Governo, mas querem ter medidas a tempo do próxi-mo ano letivo. •
AVEIRO
Reitores e associações unidos
O encontro, ontem, na Universidade de Aveiro (UA), reuniu os reitores e presidentes das asso-ciações académicas da UA, Algarve, Beira Inte-rior, Coimbra, Évora, Minho e Trás-os-Mon-tes e Alto Douro, mem-bros do movimento "Académicas". Serviu de "rampa de lança-mento" de um trabalho conjunto, mas ainda há "muito a fazer", diz An-tónio Alves. Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, mostrou-se satisfeito porque "os problemas do Superior se devem discutir com todos" os envolvidos.
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Movimento Académicas reuniu-se em Aveiro Página 10
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Meio: Imprensa
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 87606384 17-07-2020
Como todos sabem, os servi-ços pioraram imenso e, mais grave do que isso, não se vis-lumbra vontade de alterar este estado de coisas. É tempo de o Governo portu-guês deitar a mão aos CTT e de reparar o mal que fez, quando privatizou uma em-presa perfeitamente viável. A não ser que o objetivo te-nha sido mesmo oferecer um bom negócio ao setor priva-do. FRANCISCO PINTO franciscoco_pinto@hotmaiLcom
É hora de deitar a mão aos CTT Em 2011, transformou-se os CTT, uma empresa pública que apresentava, regra geral, lucros e prestava bons servi-ços, numa empresa bem di-ferente, para pior. Hoje, quanto aos lucros, não posso dizer grande coisa; mas, em relação aos serviços presta-dos, tenho sido vítima da sua decadência.
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 87605905 17-07-2020
Governo pede que não se viaje para longe VIAGENS O Governo avisou os portugueses que pla-neiem férias em "destinos exóticos ou com ligações fra-cas a Portugal" que não de-vem contar com operações de repatriamento como as realizadas no início da pan-demia de covid-19.
"Estamos a pedir aos por-tugueses que façam férias cá dentro, estamos a sugerir que evitem viagens não es-senciais ao estrangeiro e es-tamos a avisar que, se forem agora para destinos exóticos ou com ligações fracas a Por-tugal, não contem com uma operação de repatriamento com a dimensão e a rapidez com que foram organizadas
em março e em abril", disse o ministro dos Negócios Es-trangeiros.
O ministro, que falava na vídeoconferência "Liberda-de e confinamento", organi-zada pela Comissão Nacio-nal de Direitos Humanos, evocou o alerta no contexto das limitações atuais às via-gens. Santos Silva voltou a criticar a descoordenação en-tre os estados-membros da União Europeia (UE), que es-tão a aplicar "medidas de res-trição organizadas nacional-mente", mas frisou que não tem "nenhum problema com avisos aos viajantes", de que são exemplos os apelos que referiu. •
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 1ID: 87605756 17-07-2020
O Governo aprovou esta quinta-fei-ra, em Conselho de Ministros, o de-creto-lei que autoriza o Estado a fa-zer a aquisição das participações, di-reitos económicos e prestações aces-sórias da TAP. Segundo o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, o decreto-lei “concretiza, na prática, o que já anteriormente tinha sido di-vulgado com os termos da negocia-ção com os acionistas privados”.
O Executivo anunciou a 2 de julho que chegou a acordo com os acionis-
tas privados, ficando com 72,5% da TAP, por 55 milhões de euros, ad-quirindo a participação (de 22,5%) até agora detida por David Neele-man. O empresário português Hum-berto Pedrosa mantém 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.
O dono da companhia aérea Azul, David Neeleman, sai da estrutura acionista da TAP depois de ultrapas-sada a divergência com o Governo devido ao direito de converter em capital o empréstimo obrigacionista da Azul à TAP. Superado este ponto, que precisava do aval dos acionistas da Azul, a TAP mantém o compro-misso de pagar de volta o emprésti-mo de 90 milhões de euros realizado
em 2016, com uma taxa de juro de 7,5% e que termina em 2026.
Contudo, o acordo entre Neele-man e o Governo ainda será votado a 10 de agosto em assembleia-geral para receber a aprovação dos acio-nistas da Azul, ficando sujeito à veri-ficação da condição da Azul de apro-var no prazo de 30 dias a renúncia à conversão em capital do empréstimo obrigacionista. Confirmando-se, Neeleman recebe 55 milhões de eu-ros para sair da TAP, dos quais 10,6 milhões irão para a Azul.
Advogados de Neeleman e do Es-tado estão a analisar todo o clausula-do do acordo que deverá será assina-do até esta sexta-feira, 17 de julho,
segundo fonte próxima do processo, dando conta que, depois do acordo de princípio alcançado no início de julho, “está tudo certo e afinado para ser assinado”. Isso dará luz verde ao empréstimo de até 1.200 milhões de euros por parte do Estado e à entrada na companhia aérea da primeira tranche de 250 milhões para fazer face à complicada situação de tesou-raria, o que vai permitir pagar salá-rios aos trabalhadores e realizar pa-gamentos aos fornecedores.
O acordo surgiu após a Comissão Europeia ter aprovado, a 10 de ju-nho, um “auxílio de emergência” à TAP de até 1.200 milhões de euros para responder às “necessidades ime-
diatas de liquidez” com condições predeterminadas para o seu reem-bolso.
Esse auxílio financeiro já levou o Conselho das Finanças Públicas a al-terar as estimativas para o défice e dí-vida pública para 2020. A entidade presidida por Nazaré da Costa Ca-bral vê agora o défice a aumentar para 6,9% do PIB este ano, no cená-rio base, e num cenário adverso para 9,8% do PIB, face aos 6,5% e aos 9,3% previstos em junho. O CFP projeta ainda que o impacto do apoio finan-ceiro à TAP levará o rácio da dívida face ao PIB a subir para 133,5% no cenário base e para 142,3% do PIB no cenário severo. ●
Decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros autoriza o Estado a adquirir participações e direitos económicos de David Neeleman.
LÍGIA SIMÕES, ÂNIA ATAÍDE E JOANA ALMEIDA lsimõ[email protected]
INTERVENÇÃO
Governo aprova reforço da posição do Estado na TAP
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 2ID: 87605753 17-07-2020
Mário Centeno assume Banco de Portugal na segunda-feira
Mário Centeno vai assumir o car-go de governador do Banco de Portugal na segunda-feira, 20 de julho. A nomeação do ex-ministro das Finanças como o sucessor de Carlos Costa à frente do regulador foi aprovada nesta quinta-feira, depois de proposto formalmente em Conselho de Ministros.
“O Conselho de Ministros apro-vou a resolução que designa, sob proposta do membro do Governo responsável pela área das finanças, Mário José Gomes de Freitas Cen-teno para o cargo de governador do Banco de Portugal”, formalizou o Governo.
Mais lenta será a escolha dos ad-ministradores do regulador bancá-rio cujos lugares ficam vagos ou já estavam por preencher, na medida em que dificilmente a Assembleia da República terá agenda para marcar audições na comissão da especialidade antes das férias in-terromperem os trabalhos parla-mentares.
A nomeação teve lugar após a
Comissão de Orçamento e Finan-ças (COF) ter aprovado o relatório de audição de Mário Centeno, apesar dos votos contra do BE, CDS, PAN, Iniciativa Liberal e do deputado social-democrata Álvaro Almeida. O documento, entregue na segunda-feira pelo deputado socialista João Paulo Correia, teve ainda a abstenção do PSD e do PCP e o voto favorável do PS, sen-do que o deputado André Ventura, do Chega, não votou por estar fora de Portugal.
O relatório, de caráter descriti-vo, representava uma formalidade no processo de nomeação do go-vernador, uma vez que não tinha qualquer carácter vinculativo, mas era obrigatória por lei. Segundo a Lei Orgânica do Banco de Portu-gal, “a designação do governador é feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do minis-tro das Finanças e após audição por parte da comissão competente da Assembleia da República, que deve elaborar o respetivo relatório descritivo”.
Na audição, o ex-ministro das Finanças disse aos deputados da COF que se sentia “qualificado,
motivado e apoiado”, mesmo que todos os grupos, à exceção do PS, se tivessem manifestado contra a sua indigitação. Um dos possíveis obstáculos, e que marcou a audi-ção, também caiu por terra esta se-mana, após o Supremo Tribunal Administrativo se declarar incom-petente na providência cautelar contra a nomeação até ser feita a votação na especialidade no proje-to-lei do PAN- Pessoas, Animais, Natureza que impõe cinco anos de incompatibilidade a quem tenha sido ministro das Finanças, apre-sentada pelo deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo.
Já esta semana, também no Par-lamento, o novo ministro das Fi-nanças, João Leão, defendeu o an-tecessor, gabando-lhe o “rigor” e a “objetividade”. “Ninguém tem dú-vidas de que o professor Mário Centeno, no exercício das suas funções, vai ser uma pessoa inde-pendente, objetiva, séria, como sempre foi”, disse, realçando que “Portugal deve ficar, pelo menos o Governo fica muito contente, que o professor Mário Centeno tenha aceitado ser indicado para gover-nador do Banco de Portugal”.
Conselho de Ministros oficializou a nomeação do ex-ministro das Finanças como governador após a aprovação do relatório da sua audição. Já a escolha de novos administradores poderá demorar devido às férias dos deputados.
ÂNIA ATAÍDE* [email protected]
NOMEAÇÃO
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Parlamento recebe parecer
do BCE na próxima semana
Enquanto isso, a COF irá receber na próxima semana o parecer do Banco Central Europeu sobre o projeto-lei do PAN que impediria a nomeação do ex-ministro das Fi-nanças se estivesse em vigor, apu-rou o JE. A discussão sobre o di-ploma foi suspensa após Frankfurt
ter pedido quatro semanas suple-mentares para emitir o parecer, o que representou uma janela de oportunidade para a nomeação de Mário Centeno. Esse parecer, sem carácter vincula-tivo, deve chegar à Assembleia da República no dia em que Mário Centeno assume funções, ou então na terça-feira. ● *MTA
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 2 de 2ID: 87605753 17-07-2020
“Regras para os bancos com sede em Portugal são mais gravosas” Ao JE, Faria de OIiveira e Miguel Maya (na foto) elogiam o plano de Costa e Silva, por admitir que o setor precisa de ter lucros. Mas criticam o que dizem ser a “atuação inconsistente” do poder legislativo, que põe em causa o reforço da rentabilidade do setor. ● P8 e 9
CONFERÊNCIA JE/HUAWEI
Tecnologia vai revolucionar a forma como cuidamos da nossa saúde ● P12
ENTREVISTA
FARMACÊUTICA
MSD Portugal diz que vacina da Covid-19 pode custar dois mil milhões de euros ● P18
COMUNICAÇÃO SOCIAL
Mário Ferreira inicia mudanças na liderança da Media Capital e da TVI ● P3
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Advogados esperam aumento do M&A após o verão, devido à crise em vários setores ● P25
Centeno assume Banco de Portugal nesta segunda-feira mas equipa terá de esperarGoverno nomeou ex-ministro das Finanças para suceder ao governador Carlos Costa. Mais difícil será o agendamento das audições de novos administradores pela Comissão de Orçamento e Finanças antes das férias parlamentares. ● P10
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ey.com
BARÓMETRO EY
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Nº 2050 | 17 julho 2020
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Apagão do Fisco ocultou empresa que levou à queda do BES Zyrcan, sociedade que é apontada pelo Ministério Público como a “caixa negra” do GES, por onde se distribuiam pagamentos e passaram três mil milhões de euros do BES, está referen-ciada nas transferências para ‘offshores’ ocultadas pelo “apagão” fiscal de 2011/2014. ● P4 e 5
Isabel Vaz CEO da Luz Saúde
UNIVERSIDADES
Católica acolhe em Lisboa sede mundial de rede de faculdades de Direito ● P24
Gonçalo Matias Diretor da Católica Global School of Law
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 1ID: 87605800 17-07-2020
O país acordou, por estes dias, com a informação de que o Estado ti-nha comprado a participação de Isabel dos Santos na Efacec, nacio-nalizando a empresa. Os supostos motivos para a decisão tinham a ver com o facto de se encontrar em situação de grande impasse acio-nista e de se tratar de uma empresa centenária e de grande relevância para o tecido empresarial portu-guês, mas, na verdade, do que fala-mos é de nacionalizar uma partici-pação de empresa estrangeira no capital de uma empresa nacional. Pouco tempo depois, chegou-nos a informação de que, além de ir fi-nanciar a TAP com cerca de 1,2
EDUARDO TEIXEIRA Economista e Deputado
mil milhões de euros do Orçamen-to Suplementar, o Estado também adquiriu a posição de David Neele-man na transportadora.
E se esta moda pega? O Estado vai entrar no capital de todas as empresas estratégicas para Portu-gal que, à boleia da pandemia, pas-sam por dificuldades? Infelizmen-te, não faltam empresas que asse-guram largas centenas de milhares de postos de trabalho a viver mo-mentos dramáticos, do turismo aos serviços, do mar à agricultura, da indústria à cultura. E para além destas situações decorrentes da crise sanitária, é preciso não es-quecer mais outros casos delicados como os Correios e o Novo Banco.
Tomando como exemplo este último, e caso se esgote o plafond do Fundo de Resolução de quase 4 mil milhões sem que os problemas se resolvam e se os donos estran-geiros da Lone Star não estiverem disponíveis para recapitalizar, o Novo Banco pode voltar às mãos do Estado, com mais uma naciona-lização. E se considerarmos um es-tudo recente da Roland Berger
Lusa
para a Banca em 2020, onde se re-fere que já este ano se antevê que o setor será um dos mais castigada pela crise, a par da aviação, turis-mo e comércio, antevê-se o re-gresso a avultados prejuízos.
Já no dossiê Correios, volta e meia, surge a debate parlamentar, por interpelação do Bloco ou do PCP ao Governo, o modelo de pri-vatização dos CTT, efetuado em 2014. A poucos meses do término da concessão, no final do ano, nada se sabe das intenções do Governo
quanto à continuidade desta con-cessão, apenas que os partidos à es-querda falam de uma crise postal e nova nacionalização. A gestão des-te dossiê já deveria estar aberta, uma vez que as condições da pres-tação do serviço universal previs-tas na lei “devem ser reavaliadas a cada cinco anos pelo Governo (e termina a 31/12/2020)”, depois de ouvida a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) e as organizações representativas dos consumidores.
E agora, Portugal? É ou não ape-nas ideológico, o debate político generalizado acerca das nacionali-zações e das empresas privatiza-das? Com o final do ano à porta, as dúvidas são legítimas, mas por agora o que interessa é tomar deci-sões governativas. Estarão na ca-lha mais nacionalizações? Quantas estaremos em condições de asse-gurar sem colocar mais dinheiro dos contribuintes em risco? É bom que a moda não pegue. Para bem de todos. ●
Nacionalizar, se a moda pega
A TRIBUNA SOCIAL
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Corte: 1 de 3ID: 87606883 17-07-2020 | Fundos
CAPITALIZAÇÃO DAS EMPRESAS
Portugal 2020 já aprovou cerca de 20 mil milhões de euros Portugal 2020 já esgotou perto de 80% da sua dotação total. Para a CIP, o programa é "fundamental" para a economia, mas a associação empresarial pede mais apoios para as empresas portuguesas durante a pandemia.
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ANTONIO VASCONCELOS MOREIRA [email protected]
A descapitalização das empresas é um problema estrutural da eco-nomia portuguesa que foi agora exacerbado pela pandemia da Co-vid-19. Apesar do aumento do le-que de apoios públicos ao tecido empresarial, o país tem à sua dis-posição, desde 2014, o Portugal 2020. Com uma dotação global de 25 mil milhões de euros inicial-mente prevista até 2020 — o pra-zo para o investimento executado foi alargado até 2023 —, tem sido um instrumento crucial na pro-moção de quatro grandes eixos estratégicos para a economia por-tuguesa: a competitividade e a in-ternacionalização das nossas em-presas, a inclusão social e o em-prego, o capital humano e ainda a sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos.
"A sua importância para esti-mular a economia é fundamen-tal", diz António Saraiva, presi-dente da Confederação Empresa-rial de Portugal (CIP), que repre-senta mais de150 mil empresas nacionais.
Segundo os dados mais recen-tes, de março de 2020, o Portugal 2020 aprovou, no total, 19.919 milhões de euros em 46.152 pro-jetos desde 2015, com uma taxa média de cofinanciamento de 78%. Isto é, o programa já esgo-tou cerca de 80% da sua dotação total.
Tudo somado, "o seu impacto no PIB foi estimado em 1,57 pon-tos percentuais, em média anual, com um efeito de longo prazo muito apreciável ao nível do pro-
duto potencial", afirma o presi-dente da CIP.
A maior parte dos apoios dire-tos às empresas encontram-se no domínio da competitividade e in-ternacionalização, explica Antó-nio Saraiva. "Até ao final de mar-ço de 2020, aos 17,9 mil milhões de euros de investimento apoiado no domínio da competitividade e internacionalização, correspon-diam 8,8 mil milhões de euros de fundos europeus (49%)", sendo que este montante inclui incenti-vos a fundo perdido, incentivos reembolsáveis e ainda incentivos parcialmente convertíveis em subsídios não reembolsáveis.
António Saraiva considera que o aumento das taxas de cofinan-ciamento seria "bem-vindo", mas trata-se de uma pretensão que o ministro do Planeamento, Nel-son de Souza, que tutela os fun-dos comunitários, já disse ser "impossível" porque as regras ge-rais de auxílios de Estado não o permitem.
O Portugal 2020 não está, con-tudo, isento de críticas que os empresários fazem chegar à CIP. A principal reside na burocracia dos processos que afeta os pedi-dos de apoio das empresas de me-nor dimensão.
"Ouvimos críticas relativamente ao acesso demasiado burocrático, principalmente para as microem-presas e PME, e aos problemas do funcionamento das plataformas e dos procedimentos que as empre-sas não entendem e que compli-cam a execução. A burocracia aliou-se um verdadeiro labirinto informático, com plataformas pouco flexíveis, que acabam por dificultar a vida aos promotores de projetos", vinca António Saraiva.
Os empresários alegam ainda que, na generalidade dos concur-sos, são-lhes exigidos "indicado-res de resultados de difícil objeti-vação e concretização", enquanto noutros concursos, as micro e pe-quenas empresas são penalizadas pela forma de cálculo da criação de emprego de qualificado, que é "aferido em termos do número de postos de trabalho líquidos cria-dos e não da sua percentagem".
Os empresários alertam ainda para o "exagerado" formalismo das equipas de análise do Portu-gal 2020, que os "desmotiva". "Há também que referir problemas que surgem de empresas de con-sultoria menos escrupulosas, que direcionam as candidaturas das empresas para objetivos irreais, que levantam depois dificuldades no cumprimento das metas con-tratualizadas", avança António Saraiva.
Mais instrumentos para capitalizar as empresas O regime do lay-off simplificado e as linhas de crédito protocola-das lançadas foram algumas das medidas lançadas pelo Governo para mitigar o impacto da pande-mia. O economista Vítor Bento antevê dificuldades para estimu-lar as empresas por via da capita-lização: "quando há necessidades financeiras, estas só podem ser supridas com capital ou com dívi-da. Portugal é depauperado em capital e poupa pouco", alerta.
No entanto, os líderes de asso-ciações setoriais e outros econo-mistas ouvidos pelo JE defendem que é tempo de criar instrumen-tos para a capitalização das em-presas.
Francisco Calheiros, presiden-
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Corte: 2 de 3ID: 87606883 17-07-2020 | Fundos
4 FRANCISCO CALHEIROS Presidente da Confederação do Turismo de Portugal
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ANTÓNIO SARAIVA Presidente da Confederação Empresarial de Portugal
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ANTÓNIO NOGUEIRA LEITE Economista e professor da Nova SBE
JOÃO DUQUE Economista e professor do ISEG
VÍTOR BENTO Economista
te da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) salienta que "o ano turístico de 2020 será para esquecer", apesar de um conjunto de medidas destinadas a aliviar o setor, que, de resto, considerou não serem suficientes. À exceção do lay-off, "temos falado sempre em medidas de empréstimos e a partir de agora temos de passar em linhas de capital e, se necessá-rio, subvenções a fundo perdido. Só assim será possível garantir que a oferta se mantenha", alerta o presidente da CTP.
Francisco Calheiros argumenta que a natureza e a elegibilidade dos apoios terão de ser "redefini-dos" por causa da pandemia e, além disso, têm "de atender a ca-pacidade que os projetos de inves-timento demonstrarem para ge-rarem exportações", sendo que o turismo "é a principal fonte de fi-nanciamento da nossa balança ex-terna e com níveis de consumos de produção interna elevados".
Neste sentido, a CTP defende que os projetos de investimento no setor devem ter em conside-ração o longo período de payback associado. E, além do reforço das linhas de crédito, que se encon-tram suspensas ou esgotadas, a associação preconiza "a criação de novos instrumentos financei-ros de apoio ao turismo, como por exemplo um Fundo de Re-construção do Turismo 20-22 para capitalização das empresas, e um Fundo Turismo Internacio-nalização".
António Saraiva realça a im-portância do reforço para 6.800 milhões de euros das linhas de crédito já anunciados pelo Go-verno, quando apresentou o Pro-grama de Estabilização Económi-ca e Social e, apesar de considerar tratar-se de uma medida justifi-cada à luz das necessidades de te-souraria, a verdade é que "impli-ca o aumento do endividamento das empresas, que as colocará numa posição ainda mais fragili-zada", frisa.
A CIP apresentou duas propos-tas no Plano Extraordinário de Suporte à Economia Portuguesa para contornar "o problema do endividamento". Por um lado, de-fende, até 2024, a conversão par-cial das garantias associadas a estas linhas em incentivo não reembol-sável para as empresas que mante-nham a atividade e o emprego e, por outro lado, um conjunto de medidas para reforçar o capital das empresas, como o "Fundo dos Fundos" de três mil milhões de eu-ros através de capital de risco.
António Nogueira Leite, eco-nomista e professor da Nova SBE, defende o reforço das estru-turas de capital das empresas através de operações de mercado, explicando que estas não têm de traduzir-se em operações abertas em bolsa.
Lembra que na crise das dívidas soberanas, propôs que a Caixa Geral de Depósitos (CGD), em conjunto com o Fundo Europeu de Investimento e operadores privados, criasse um 'fundo de fundos' destinado a "reforçar a capacidade dos veículos privados existentes". "O projeto ficou na gaveta, mas poderá ser retomado. No contexto atual, devemos dei-xar a CGD fora deste esforço, mas há outros organismos públi-cos, como o Banco de Fomento, que poderão assumir esse papel", diz.
O economista e professor do ISEG, João Duque, refere que os empréstimos protocolados pode-rão ser uma medida apropriada nalguns casos, mas alerta que de-vem ser criados "fundos que apoiassem as empresas com em-préstimos titulados de muito lon-go prazo, sem participação no ca-pital das empresas e com condi-ções de reembolso e juros muito especiais" se o Estado pretender recuperar o apoio dado.
A oportunidade europeia para a economia nacional A proposta da Comissão Euro-peia atribuiu a Portugal um apoio total de 26,36 mil milhões de eu-ros no âmbito do Fundo de Recu-peração, repartido entre 15,53 mil milhões de euros a fundo per-dido e 10,84 mil milhões de euros em empréstimos, a partir de 2021.
João Duque explica que o apoio corresponde a 12% do PIB portu-guês e, se for distribuído em qua-tro anos, significa um apoio de 2,9% ao ano. "Claro que vai ter um efeito multiplicador. E, sem dúvida, pode representar uma ex-celente oportunidade para poder-mos reestruturar a economia portuguesa", vinca.
Por seu turno, Nogueira Leite defende que o apoio europeu será "crucial" para Portugal 'recons-truir' a economia, mas alerta que "o impulso produzido dependerá da forma como empreguemos os fundos". "Será crucial que se con-siga, dada a escassez interna de capital, atrair IDE de qualidade que impacte, não apenas pelos projetos em si, mas pelos efeitos de demonstração e impactos nas cadeias de valor que estes proje-tos podem trazer".
Vítor Bento deixa um alerta: apesar do volume do apoio, avisa que "nenhum montante será ade-quado se dele não for feita uma utilização muito criteriosa". "Para isso, e acima de tudo, importa, mais uma vez, — e esta é uma ma-téria a que os órgãos políticos de controlo da ação governativa de-verão estar atentos —, assegurar apropriados mecanismos de go-vernance para a aplicação desse di-nheiro (...) para evitar más expe-riências do passado", conclui. •
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Miguel Baltazar
A TAP está em vias de receber 250 milhões.
AVIAÇÃO
TAP pública autorizada a pagar salários privados A gestão da companhia aérea, que passará a empresa pública com o reforço do Estado, não fica sujeita às condições definidas para os gestores públicos, nem em termos de remuneração nem de seleção.
Os administradores da TAP, que passará a ser empresa pública com a concretização do negócio que elevará a posição do Estado a 72,5%, não vão ficar sujeitos às condicionantes previstas para os gestores públicos, designada-mente em termos de remunera-ção.
O Governo assegurou no de-creto-lei aprovado esta quinta--feira - e logo promulgado pelo Presidente da República -, que autoriza o Estado a adquirir as participações sociais, os direitos económicos e asprestações aces-sórias da TAP SGPS, que as em-presas do grupo ficam fora de al-gumas condições aplicadas a empresas públicas, nomeada-mente no que toca à seleção e à remuneração dos gestores.
Tendo em conta o ambiente concorrencial que existe na avia-ção comercial, e a intenção do Governo de contratar uma equi-pade gestão profissional comco-nhecimento do setor, o Executi-vo aprovou regras para que não fique sujeita aos valores tabela-dos dos gestores públicos.
Diferentes serão também as regras de seleção dos adminis-tradores. No caso dos gestores públicos, é a Comissão de Recru-tamento e Seleção para a Admi-nistração Pública (CReSAP) que assegura a seleção e avalia o mérito dos candidatos. No caso da TAP, o ministro das Infraes-truturas tinha já anunciado a contratação de um "head hun-ter" para procurar gestores qua-lificados no mercado internacio-nal.
Com a promulgação do de-creto-lei, o Estado tem o cami-nho livre para a compra das par-ticipações sociais, direitos eco-nómicos e prestações acessórias de David Neeleman e da Azul, pagando 55 milhões de euros
pela sua saída. Humberto Pedro-sa mantém-se na companhia, com 22,5%. Subjacente à aqui-sição está a renúncia a direitos de saída e de litigância, bem como de conversão do empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros por parte da Azul.
A urgência em concretizar o negócio, para que o dinheiro en-tre na TAP o mais depressa pos-sível, ficou patente esta quinta--feira. Poucas horas depois de o Conselho de Ministros ter apro-vado o decreto-lei, já o diploma estava a ser promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa. Na nota divulgada no site da presi-dência, lê-se que o Presidente da República "desde logo, afastou a hipótese de uma nacionalização"
TAP "ou apropriação por ins-trumentos de Direito Público". A promulgação avançou "aten-dendo a que importava habilitar oGoverno a proceder à aquisi-ção, por acordo, de posições so-ciais do universo TAP, depois de uma negociação regida pelo Di-reito Privado, e que importava clarificar que é o mesmo Direito Privado o aplicável à menciona-
da aquisição". Ainda esta quinta-feira o
conselho de administração da TAP reuniu-se para aprovar os contratos de financiamento. Este era o último passo necessário concretizar para o Estado poder injetar 250 milhões de euros, respeitantes à primeira tranche do empréstimo de1.200 milhões de euros.
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, o secretário de Esta-do do Tesouro, Miguel Cruz, es-clareceu que o efetivo controlo do Estado das ações da TAP só acontecerá depois da assem-bleia-geral daAzul de 10 de agos-to, mas, até lá, o parassocial é sus-penso. E garantiu que a efetiva-ção do reforço do Estado na transportadora é "irreversível". Sobre a possibilidade de o Esta-do terdevir a injetar mais dinhei-ro na TAP do que os 1.200 mi-lhões previstos, Miguel Cruz ga-rantiu que "neste momento" essa hipótese está afastada. Mas foi cauteloso quanto ao futuro. ■
MARIA JOÃO BABO
ANA SANLEZ
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egOCIOS --'^ DE SEMANA
negocios.pt
Sexta-feira, 17 de julho de 2020 Diário Ano 001 N.° 4287 € 2.90 Diretor André Veríssimo Diretor adjunto celso Filipe
k . Entrevista a
Sofia de Almeida
A covid-19 silenciou o tema dos refugiados
António Champalimaud,
o fazedor de impérios
Hong Kong: o gigante mostra a sua força
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Dividendo da EDP paga dois terços do aumento de capital Chineses da CTG e os outros acionistas receberam há dois meses 68% do valor que terão de investir na operação que servirá para comprar a Viesgo. EMPRESAS 14 a 17, EDITORIAL
Saco azul do GES movimentou três mil milhões EMPRESAS 18 e 19
Aviação
TAP pública autorizada a pagar salários privados ECONOMIA
b
UE tem cimeira decisiva
para acabar com divisões Os 10 grãos na engrenagem
da bazuca europeia.
Bruxelas em contrarrelógio para injetar dinheiro na economia.
PRIMEIRA LINHA 4 a 7
App anticovid avança hoje em teste-piloto ECONOMIA 10 e i.
Moody's pode cortar "outlook" de Portugal MERCADOS 22 e
ifthenpay Referências Multibanco para a sua Impi
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Operação TerapiaInês Chaíça e Pedro Rios
PJ deteve três médicos e dois enfermeiros de clínicas de Lisboa e do Funchal e desmantelou “esquema fraudulento”
[email protected] [email protected]
A Polícia Judiciária (PJ) deteve ontem
cinco pro ssionais de clínicas de Lis-
boa e do Funchal, que terão engana-
do clientes com supostos tratamentos
de ozonoterapia para a covid-19 e
lesado a ADSE em pelo menos 500
mil euros, disse o coordenador de
investigação, Afonso Sales.
Os detidos são suspeitos dos crimes
de corrupção activa e passiva, burla
quali cada, falsi cação de documen-
to e propagação de doença. A Opera-
ção Terapia, que envolveu buscas e
apreensões em clínicas médicas
(todas do mesmo grupo, não revela-
do), casas e sedes de empresas, foi
realizada por 50 agentes da Judiciária,
com a colaboração da Ordem dos
Médicos e do Ministério da Saúde.
Em causa “está um esquema frau-
dulento de prestação de tratamentos
não comparticipados por qualquer
subsistema de saúde”, explicou a PJ
em comunicado. “Porém, pelo facto
de serem facturados actos diferentes
daqueles que são realizados, os sub-
sistemas procedem aos pedidos de
reembolsos apresentados pelos seus
bene ciários.” Ainda não se conhe-
cem os valores totais da burla, que
envolve não só a ADSE, mas também
ADSE pagou 500 mil euros por tratamento enganador para a covid-19
a Assistência na Doença aos Militares
(ADM) e ainda alguns seguros. Só a
ADSE terá sido lesada em pelo menos
500 mil euros, revelou ao PÚBLICO
Afonso Sales.
Os actos em investigação relacio-
nam-se com a realização de ozonote-
rapias, que, lembra a PJ, “não são
comparticipadas pelos subsistemas
de saúde”, incluindo a ADSE. “As mes-
mas são realizadas por pro ssionais
que não estão devidamente habilita-
dos”, acrescenta a nota da polícia.
“Existem indícios de que os suspei-
tos recorrem ainda a práticas pouco
esclarecedoras, convencendo os
utentes de que a ozonoterapia se
mostra e caz no tratamento da covid-
-19 ou que permite ganhar imunidade,
explorando a fragilidade e vulnerabi-
lidade de pessoas receosas do vírus
ou mesmo infectadas, sabendo os
suspeitos que com a prática destes
actos podem contribuir para a propa-
gação de doença contagiosa, criando
deste modo perigo para a vida ou
perigo grave para a integridade física
das vítimas e de terceiros”, refere a
nota da PJ.
Nas clínicas alvo de buscas reali-
zam-se análises clínicas, designada-
mente para detecção de infecção por
SARS-CoV-2, sem para tal estarem
licenciadas ou reunirem as condições
necessárias, designadamente de
direcção clínica.
A ozonoterapia consiste num trata-
mento feito com recurso ao ozono,
gás normalmente utilizado para a
desinfecção de água (substituindo o
cloro) ou superfícies. É tóxico quando
inalado e surge normalmente associa-
do à asma, bronquite e ataque cardía-
co. Apesar disso, há quem a rme que
tem benefícios para a saúde quando
introduzido no corpo recorrendo a
outros métodos que não o da inalação
— algo que ainda não é sustentado por
bases cientí cas sólidas. De acordo
com a evidência cientí ca citada pelo
site Scimed, o ozono só foi bem suce-
dido no tratamento da hérnia discal
associada à dor lombar.
Os detidos, com idades entre os 32
e os 62 anos, vão ser presentes às
autoridades judiciais para primeiro
interrogatório e aplicação de medidas
de coacção. As diligências foram
acompanhadas por um procurador da
República do DCIAP e um juiz do Tri-
bunal Central de Instrução Criminal.
Os tratamentos não são comparticipados Página 22
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Corte: 1 de 1ID: 87606032 17-07-2020
Financiamento à TAP aguarda que o conselho de administração se reúna
Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que permite a compra de 22,5% do capital da TAP. Marcelo já promulgou diploma
AviaçãoLuísa Pinto
TAP vai receber primeira parte do auxílio em breve
A transferência para a TAP da primei-
ra tranche dos 1200 milhões de euros
de apoio público autorizado por Bru-
xelas já está em condições de ser
efectuada, “faltando apenas que o
conselho de administração da TAP se
reúna para aprovar os contratos de
nanciamento”, disse ao PÚBLICO
fonte do gabinete do ministro das
Infra-estruturas.
A mesma fonte não se comprome-
teu com datas, apenas referiu que
essa reunião deverá “ocorrer nos pró-
ximos dias”.
Na passada terça-feira, o Negócios
dizia que a primeira tranche de 250
milhões iria chegar na próxima segun-
da-feira, de maneira a viabilizar o
pagamento de salários e fornecedo-
res. Fonte o cial da TAP escusa-se a
fazer comentários ou a prestar escla-
recimentos sobre as questões.
Esta transferência vai, por isso,
ocorrer ainda antes de ser formaliza-
do o acordo accionista que foi anun-
ciado há já duas semanas, mas que
ainda não está assinado. Tal formali-
zação só pode acontecer depois de
David Neeleman ter a aprovação dos
obrigacionistas (do empréstimo de
90 milhões de euros feitos pela com-
panhia brasileira Azul à TAP em 2016)
de que aceitam prescindir do direito
de transformar os títulos de dívida em
participações de capital, como é exi-
gência do Governo. A assembleia
geral extraordinária está marcada
para 10 de Agosto, pelo que antes dis-
so não pode haver a assinatura do
acordo nal.
Entretanto, a TAP continua em ges-
tão corrente, sem se conhecer, tam-
bém, quem será a equipa que vai
assumir o futuro da companhia
aérea.
Marcelo promulga reforço O decreto-lei que autoriza o Estado a
adquirir, através da Direcção-Geral do
Tesouro e Finanças, uma parte das
participações sociais, os direitos eco-
nómicos e as prestações acessórias da
TAP que estão nas mãos da actual
accionista, a Atlantic Gateway, onde
estão David Neeleman e Humberto
Pedrosa, foi ontem aprovado em Con-
selho de Ministros e promulgado pelo
Presidente da República.
Segundo o site o cial da Presidên-
cia da República, Marcelo Rebelo de
Sousa “promulgou hoje [ontem] o
diploma do Governo que autoriza o
Governo a adquirir participações
sociais, direitos económicos e presta-
ções acessórias relativas à TAP —
Transportes Aéreos Portugueses,
SGPS, SA”.
O Presidente faz, contudo, saber
que, “desde logo, afastou a hipótese
de uma nacionalização ou apropria-
ção por instrumentos de Direito
Público” do capital da TAP pelo Esta-
do. E justi ca a decisão: “Atendendo
a que importava habilitar o Governo
a proceder à aquisição, por acordo,
RUI GAUDÊNCIO
de posições sociais do universo TAP,
depois de uma negociação regida
pelo Direito Privado, e que importava
clari car que é o mesmo Direito Pri-
vado o aplicável à mencionada aqui-
sição” de 22,5% do capital da TAP.
Antes, o Conselho de Ministros
tinha aprovado já o decreto-lei que
autoriza o Estado a adquirir, através
da Direcção-Geral do Tesouro e
Finanças, uma parte das participa-
ções sociais, os direitos económicos
e as prestações acessórias da TAP que
estão nas mãos da actual accionista,
a Atlantic Gateway, de David Neele-
man e Humberto Pedrosa.
Em causa está a parte da Atlantic
Gateway que era controlada por
David Neeleman, e que representa
cerca de 22,5% do capital social e dos
direitos de voto na TAP SGPS. Com
esta transmissão, o Estado ca a deter
uma participação social total de
72,5%, e os correspondentes direitos
económicos, pelo montante de 55
milhões de euros.
Actualmente, o Estado é dono de
50% do capital social mas apenas 5%
dos direitos económicos da compa-
nhia, que estão maioritariamente nas
mãos da Atlantic Gateway, dona de
45% do capital. Os trabalhadores têm
os restantes 5% da TAP.
Além de dar 10,6 milhões de euros
aos accionistas da Azul em troca de
abdicarem dos direitos de conversão
de obrigações, o acordo com o Gover-
no para a saída da TAP garante 44,4
milhões a Neeleman, fundador da
companhia aérea brasileira, seu pre-
sidente e accionista.
O Presidente da República, desde logo, afastou a hipótese de uma nacionalização ou apropriação por instrumentos de Direito Público Comunicado da Presidência da República
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Partidos mais pequenos temem ser atropelados pelo bloco central
NUNO FERREIRA SANTOS
A revisão do regimento da Assembleia da República deve ficar fechada nos próximos dias
É manifesto o desconforto dos parti-
dos mais pequenos — Iniciativa Libe-
ral, PAN, CDS, PCP e BE — perante o
entendimento entre os dois maiores,
PSD e PS, em torno da redução do
número de debates com o primeiro-
ministro, dos tempos de intervenção
nos plenários e dos direitos de inicia-
tiva dos deputados. A revisão do
regimento da Assembleia da Repú-
blica deve car fechada nos próxi-
mos dias, mas há quem a veja como
um “retrocesso gigantesco”, ao con-
trário do que aconteceu há 13 anos.
O PS e o PSD aproximam-se em
alterações como as da redução do
número de debates em plenário com
o primeiro-ministro: os socialistas
propõem uma sessão mensal com o
“Governo” e o PSD quer limitá-las a
quatro por ano (Setembro, Janeiro,
Março e Maio). Há ainda a proposta
do PSD de retirar um dos três plená-
rios semanais dos trabalhos parla-
mentares (o de quinta-feira), a subs-
tituir por trabalho em comissão, mas
os socialistas ainda não deram aval.
Nestes pontos, os restantes partidos
têm mostrado muita resistência, dei-
xando PSD e PS isolados.
“Menos plenários, menos debates.
É um retrocesso gigantesco”, diz ao
PÚBLICO Telmo Correia, líder da
bancada do CDS, que só vê uma razão
de fundo para o desfecho de uma
aprovação pelo bloco central: “É o
menor gosto do actual líder do PSD
pela actividade parlamentar”. O diri-
gente centrista considera que as alte-
rações vão no sentido de afastar os
cidadãos da política: “Quais são os
debates que as pessoas acompa-
nham? São os debates em plenário”.
A líder da bancada do PAN, Inês
Sousa Real, também alinha na ideia
de que a revisão do regimento é um
“retrocesso em termos democráti-
cos”, que considera inaceitável
“numa Assembleia da República
mais plural”. Como exemplo, a depu-
tada aponta a ideia de se pretender
limitar o número de caracteres que
um voto escrito (de condenação, de
saudação) pode ter. “Parece o ‘lápis
azul’”, indigna-se, referindo que
aceita que o tamanho do texto possa
ser um critério para o voto ser lido
em plenário, mas não para limitar a
sua intervenção.
A questão foi a orada na reunião
de ontem do grupo de trabalho, ten-
do sido consensualizado que a maté-
ria não teria dignidade para car
escrita no regimento e que seria alvo
de um posterior despacho do Presi-
dente da Assembleia da República.
Já mais sensível é a questão dos tem-
pos dos debates de urgência que o
PSD quer dividir em três partes: cin-
co minutos para os dois maiores par-
tidos (actualmente PS e PSD), quatro
minutos para a terceira e quarta ban-
cadas (que actualmente são o BE e
PCP), e três minutos para os restan-
tes (CDS, PAN e PEV).
António Filipe, do PCP, insurgiu-se
não só contra a redução de um ple-
nário por semana como também
contra esta proposta dos tempos de
intervenção, considerando que se
está a criar “uma espécie de I, II e III
divisão” dos partidos. Para o bloquis-
ta José Manuel Pureza, a “diferencia-
ção é nociva para o debate político”
que iria “premiar os dois principais
partidos”, ao mesmo tempo que Inês
de Sousa Real defendeu que esta é
“uma limitação de participação dos
pequenos partidos”.
Em declarações ao PÚBLICO, o
deputado da Iniciativa Liberal, João
Cotrim Figueiredo, assume estar
“preocupado com a qualidade do
resultado nal” da revisão do regi-
mento. E teme que se estejam a con-
sagrar regras que não serão cumpri-
das.
Revisão do regimento da Assembleia preconizada por PS e PSD passa pela redução dos debates com o primeiro-ministro. PS ainda não se decidiu quanto à redução do número de debates em plenário
ParlamentoSofia Rodrigues
Revisão de 2007 foi “marca reformista” do PS de Sócrates
Aúltima revisão profunda do regimento da AR — e que foi precisamente aquela que passou os debates com
o primeiro-ministro de mensais para quinzenais — aconteceu em 2007 durante a maioria absoluta do PS liderado por José Sócrates. E essa circunstância política permitiu ao coordenador do grupo de trabalho que assumiu na altura a revisão do regimento, o deputado socialista António José Seguro (na foto), reclamar o reconhecimento, para a solução adoptada, da “marca reformista” do partido e invocar até a propósito os valores de Abril de luta pela liberdade.
Então, a revisão do regimento foi aprovada com o voto a favor de todos os partidos parlamentares à excepção do
PSD, que votou contra, alegando um motivo cirúrgico: num dos modelos de debates quinzenais com o primeiro-ministro, a sessão pode arrancar com a intervenção de qualquer partido, independentemente da sua representatividade. O PSD sentiu-se “apoucado” pelo PS nas palavras de José Matos Correia (PSD). Mas, de resto, no debate final sobre as alterações ao regimento prevaleceu um clima de consenso em torno de um ganho no reforço dos direitos das oposições independente -mente das maiorias, na fiscalização do Governo e da colocação da Assembleia como o “centro” do debate político, em alternativa, disse-se então, a uma “democracia de
comentadores”. Como deputado do partido
que impulsionou a frequência quinzenal dos debates com o primeiro-ministro, Pedro Mota Soares (CDS) questionava a eficácia do modelo que vigorava na altura: “Um debate que acontece uma vez por mês, ao longo de mais de três horas, com cerca de 12 rondas de intervenção, um debate em que o Governo, numa exposição inicial de mais de 12 minutos, diz sobre o que quer falar e sobre o
que quer ser fiscalizado. É isso que queremos?” Na altura, esquerda e direita revogaram essa solução. Agora, PS e PSD parecem querer voltar ao modelo
antigo, em nome da credibilização da AR.
ente, narno e
“centro”m
que quer sque queesquerrevogaAgA ora,quere
anc
O PCP está contra o escalonamento de tempos de intervenção e receia que se esteja a criar “uma espécie de I, II e III divisão” dos partidos
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Corte: 1 de 1ID: 87605942 17-07-2020
Terminou ontem a primeira ronda de
reuniões entre o Governo e os partidos
à esquerda, e para já não se sabe de
negociações agendadas com os restan-
tes partidos. Esta semana, o primeiro-
ministro afastou a ideia de um “roman-
ce” com o PSD, mas os últimos dias
pautaram-se pela alternância de apro-
ximações e distanciamentos.
PSD e PS dizem estar os dois “sem peste” mas não dão as mãos
Depois de António Costa ter dito
que “o PSD não tem peste”, Rui Rio
devolveu o “elogio”, dizendo que “o
PS [também] não tem peste”. Mas
vincou que “ou o Governo é liderado
pelo PS ou pelo PSD”. “É bom que
haja estas duas opções alternativas.
Se assim for, nós estamos na oposição
àquilo que de certeza vai ser o Orça-
mento para 2021, desenhado pela
denominada ‘geringonça’”.
E foi justamente aos antigos parcei-
ros que Costa regressou, meses
depois de ter dito que caria “desilu-
dido se concluísse que só podia con-
tar com Bloco e PCP em tempo de
“vacas gordas” . Anteontem, foi a vez
de serem ouvidos o PEV e o PAN, mas
ao contrário do que aconteceu na
reunião com o BE e o PCP, o primeiro-
go dos vários anos”, acrescentou a
deputada, depois de destacar alguns
dos sectores mais frágeis e mais atin-
gidos por esta crise. O PAN espera por
isso que o Orçamento do Estado para
o próximo ano traga mais investimen-
to, bem como “uma mudança estru-
tural na sociedade”, que se traduza
em mais “justiça económica e social”.
O partido de André Silva, que tam-
bém esteve presente no encontro,
não esqueceu também a sua principal
bandeira: o combate à crise ambien-
tal e que, para o PAN, “não pode car
de fora deste orçamento”.
Inês Sousa Real reiterou a disponi-
bilidade do partido para negociar
com este Governo ou com qualquer
outro e acusou Rio de, ao falar de “fol-
clore parlamentar”, estar “a tentar
restringir a participação dos partidos,
procurando levar para os bastidores
a negociação com o Governo”. A
deputada considera fundamental que
o debate aconteça à semelhança das
decisões tomadas durante o estado
de emergência: com a participação
de todos os partidos.
Inês Sousa Real considerou que, no
Orçamento do Estado para 2020, a
preocupação com o excedente orça-
mental afastou algum investimento.
Um erro que não deve ser repetido,
acrescentou.
O PEV preferiu não fazer comentá-
rios “numa fase tão preliminar das
negociações” do próximo Orçamento
do Estado.
Orçamento 2021Liliana Borges
Rui Rio respondeu à frase do primeiro-ministro que dizia que o PSD “não tinha peste” e retribuiu a consideração
ministro não esteve presente, uma
vez que viajou para Bruxelas.
Ainda antes de entrar para o encon-
tro, Inês Sousa Real, líder parlamen-
tar do PAN, a rmou que o seu partido
iria procurar obter do Governo “res-
postas concretas para as várias cri-
ses”. “Tendo em conta que tivemos
um Orçamento recti cativo e que não
sabemos se teremos outro orçamen-
to ainda para este ano, esta antecipa-
ção é ponderada e fundamental,
porque permite olhar de forma estru-
turada para as alterações que têm de
ser feitas e onde é que temos de ir
buscar dinheiro”, disse.
“Esperamos que o Governo esteja
disposto a estender as mãos às pes-
soas e não aos interesses instalados,
que têm conseguido isenções ao lon-
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Corte: 1 de 4ID: 87605963 17-07-2020
Há três regiões de Portugal em que a
taxa de incidência da covid-19, ou
seja, o número de novos casos noti-
cados por 100 mil habitantes entre
1 e 14 de Julho xou-se acima de 20.
São elas Lisboa e Vale do Tejo, com
104,9 novos casos por 100 mil habi-
tantes (um valor bastante acima dos
restantes), o Algarve, com 26,9, e o
Alentejo, que registou 22,5 novos
casos por 100 mil habitantes no
período já mencionado.
Em resposta ao PÚBLICO, a
Direcção-geral da Saúde revelou ain-
da que a região Norte registou 17,6
novos casos por 100 mil habitantes,
o Centro tem uma taxa de incidência
de 12, os Açores 0,8 e a Madeira 2,8.
Ricardo Mexia, médico de Saúde
Pública do Departamento de Epide-
miologia do Instituto Ricardo Jorge,
explica que “mesmo naquela fase
ainda durante o estado de emergên-
cia em que havia à volta de 150 e 200
casos por dia em Lisboa e Vale do
Tejo”, este indicador estava também
acima dos 20 novos casos por 100
mil habitantes e que “o que acabou
por acontecer é que agora aumentou
essa incidência”.
“Aquilo que se passou no Alentejo
e no Algarve tem a ver com dois sur-
tos, um deles na festa em Lagos e o
outro que se prende com a situação
do lar de Reguengos de Monsaraz —
não só os casos que ocorreram no lar,
mas também aqueles que depois aca-
baram por acontecer num contexto
comunitário”, destaca, salientando
que nestas duas regiões “a não ser
que aconteça alguma outra situação
análoga [como um outro surto loca-
lizado], é provável que a análise que
vai ser feita, por exemplo, na próxi-
ma semana já mostre valores mais
baixos”. Já em Lisboa e Vale do Tejo,
“a situação está mais complicada” e
é necessário “perceber o que não
está a correr tão bem como deveria
e identi car essa vulnerabilidade”.
Quanto às regiões autónomas,
“tipicamente sofrem com o isola-
mento precisamente por serem ilha”.
“No caso de uma pandemia, têm aqui
um efeito protector e, portanto, é
normal que a incidência seja menor”,
salienta o especialista.
Um critério arbitrário? A taxa de incidência de contágios por
100 mil habitantes nos últimos 14
dias é um indicador utilizado por
vários governos para a tomada de
decisões, nomeadamente no que diz
respeito à imposição de restrições
nas viagens entre os países de acor-
do com o risco de contágio da covid-
-19. O critério é considerado arbitrá-
rio pelo próprio Centro Europeu de
Prevenção e Controlo das Doenças
(ECDC, na sigla em inglês), que com-
pila e disponibiliza os dados.
“Não há nenhuma regra para ins-
tituir o valor, será sempre um valor
arbitrário, que é um valor que se
entendeu como abaixo do qual se
considera que a situação não está,
de facto, com uma disseminação
comunitária importante. E, portan-
to, é um bocadinho um valor discri-
cionário, mas que, na prática, é igual
para todos”, explica Ricardo Mexia.
A nível nacional, segundo dados do
ECDC disponibilizados ontem, Por-
tugal registou 48,4 casos acumula-
dos por 100 mil habitantes ao longo
dos últimos 14 dias.
Este critério foi utilizado para jus-
ti car a decisão do Reino Unido de
impor uma quarentena de 14 dias a
todas as pessoas que viajem de Por-
tugal. O indicador foi também utili-
zado por vários países europeus
para proibir ou restringir a entrada
de viajantes residentes em Portugal,
como a Dinamarca, que decidiu
abrir as fronteiras a todos os países
do espaço europeu, no nal de
Junho, à excepção de Portugal e da
Suécia com base na taxa de incidên-
cia de contágios por 100 mil habitan-
tes nos últimos sete dias. A decisão
motivou, na altura, um protesto da
embaixada de Portugal em Cope-
Três regiões fora do critério para viagens sem restrições na EuropaLisboa registou 104,9 novos casos por 100 mil habitantes entre 1 e 14 de Julho. Alentejo e Algarve com incidência também acima do valor utilizado por países europeus para limitar entradas
Covid-19Filipa Almeida Mendes
e Bélgica (apenas a quem chega de
Lisboa) — “não re ecte a realidade,
visto que não toma em consideração
a política de testagem e a situação
sanitária na sua globalidade”.
Uma equipa de investigadores da
Escola Nacional de Saúde Pública
(ENSP) chegou à conclusão de que a
medida adoptada pelo Reino Unido
“carece de rigor cientí co”, tendo
apenas em consideração um critério
epidemiológico. No mês passado,
também o presidente do Conselho
Nacional de Saúde, o especialista em
Epidemiologia e Saúde Pública Hen-
rique Barros, tinha já questionado a
utilização deste denominador, con-
siderando que tal “é tecnicamente
errado”.
A 27 de Julho, daqui a 11 dias, o Rei-
no Unido vai reavaliar as restrições
aos corredores aéreos. Ontem, à rádio
TSF, a secretária de Estado do Turis-
mo, Rita Marques, explicou que os
dados regionais que dão conta de
taxas de infecção por covid-19 no
Algarve e Alentejo correspondem a
apenas 1% do total nacional. “Temos
percentagens muito reduzidas em
determinadas regiões. Se o critério se
mantiver, provavelmente, Portugal
enquanto nação una e coesa continua-
rá fora do corredor aéreo do Reino
Unido. Ainda assim, temos esperança
de que a situação possa evoluir favo-
ravelmente, que o critério possa ser
mudado, ou que o Governo britânico
possa equacionar tratamento diferen-
ciado de região para região.”
TOBY MELVILLE/REUTERS
As restrições são impostas aos países ou regiões com mais de 20 casos novos por 100 mil habitantes
nhaga, que alegou que o critério —
que esteve igualmente na base das
medidas de restrição à entrada de
viajantes de Portugal decretadas por
países como a Áustria, Chipre, Bul-
gária, Letónia, Lituânia, Estónia,
Roménia, Grécia, República Checa
Mapa com incidência de covid-19 por 100 mil habitantesa 16 de Julho (últimos 14 dias)
Fonte: European Centre for Diseases Prevention and Control (ECDC) PÚBLICO
>5121 - 5011 - 202,6 - 10<2,5
Açores 0,8 Madeira 2,8
Portugal48,4
Centro12
Norte17,6
LVT104,9
Alentejo22,5Algarve26,9
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Lisboa é o único dos cinco concelhos
sob vigilância especial na Área Metro-
politana de Lisboa em que os novos
casos de covid-19 não estão a descer
desde o princípio de Julho. No nal de
Maio e até à primeira semana deste
mês, era em Sintra que se registavam
mais novos casos por dia, mas este
concelho está em quebra contínua há
duas semanas e deixou Lisboa no
topo da lista, com valores que rondam
os 300 novos casos a cada sete dias.
Os dados a que o PÚBLICO teve
acesso foram apresentados ontem
numa reunião privada entre as diver-
sas forças políticas representadas na
Câmara de Lisboa e o coordenador
do Gabinete de Intervenção para a
Supressão da Covid-19 em Lisboa e
Vale do Tejo, Rui Portugal. De acordo
com os dados, veri cava-se até 12 de
Julho uma tendência decrescente no
número de novos casos por semana
nos concelhos da Amadora, Odivelas,
Loures e Sintra, enquanto na capital
se registava uma estagnação.
É nestes cinco concelhos que se
localizam as 19 freguesias que ainda
se mantêm em estado de calamidade,
ao passo que o resto do país já evoluiu
para o estado de alerta e a restante
área metropolitana permanece em
estado de contingência. Na segunda-
-feira, depois de uma reunião com os
autarcas dos cinco municípios, o
Governo decidiu manter estas regras
pelo menos por mais quinze dias.
Em todos os cinco municípios, hou-
ve um aumento do número de novos
casos a partir de meio de Junho, mas
com intensidade e velocidades dife-
rentes. Em Sintra, os novos casos a
cada sete dias subiram de 300 para
400, na Amadora, o aumento foi
ténue e não ultrapassou os 250,
enquanto em Odivelas se veri cou
uma subida de menos de 100 para
perto de 150. Em Lisboa, o valor subiu
de 200 para 350, tendo depois desci-
do para os 300 e aí estagnado.
Ontem, na Assembleia Municipal
de Lisboa, Fernando Medina reco-
nheceu que “os dados mais recentes
Lisboa é o único dos cinco concelhos onde os novos casos não estão a descer
não apontam ainda para uma melho-
ria geral da situação” e que, apesar de
a região não chegar aos valores veri-
cados no princípio da pandemia no
Norte, o número de novos casos “não
sobe, mas também não desce”.
“Podemos dizer que não temos ainda
tempo su ciente, a consistência su
ciente dos dados e da sua evolução
para dizer que estamos de novo no
regresso a uma curva descendente”,
assumiu o autarca e presidente da
área metropolitana.
Casos por freguesia Segundo os dados da plataforma Tra-
ce Covid, que a Direcção-Geral da
Saúde utiliza para monitorizar a situa-
ção pandémica, até esta terça-feira,
15 de Julho, era nas freguesias de San-
ta Clara, Marvila e Arroios que se
registavam mais casos activos: 110, 99
e 81, respectivamente. Ao todo, havia
em Lisboa 1192 casos activos.
No entanto, Fernando Medina a r-
mou na assembleia municipal que “o
número de casos activos é signi cati-
vamente inferior ao número que vem
sendo relatado” porque “há um hiato
de tempo” entre uma pessoa infecta-
da ter um teste negativo e o médico
lhe dar alta. Assim, segundo o autar-
ca, havia 877 casos activos em Lisboa
a 15 de Julho. Desses, 110 pessoas
João Pedro Pincha
Os dados mais recentes não apontam para uma melhoria geral Fernando Medina Presidente da Câmara de Lisboa
encontravam-se em lares, 87 interna-
das em hospitais e mais de 650 nas
suas casas.
Entre 8 e 15 de Julho, ainda de acor-
do com os dados da Trace Covid, as
freguesias de Santa Clara, Marvila e
Penha de França tiveram cada uma
23 novos casos, seguidas de São
Domingos de Ben ca com 18 e Lumiar
com 14. As freguesias com menor
número de novos casos eram Miseri-
córdia e Estrela (três cada uma) e o
Areeiro tinha o menor número de
casos activos (20).
No sábado passado, 10 de Julho, era
a freguesia de Queluz e Belas, em Sin-
tra, que liderava a lista das que tinham
mais casos activos, 294, seguida de
Águas Livres, na Amadora, com 260,
e Agualva e Mira Sintra, novamente
em Sintra, com 252 casos.
17 furaram a quarentena Relativamente a Lisboa, Fernando
Medina disse que “nas freguesias com
maior número de casos e maior
número de novos casos” já foram visi-
tados “todos os casos activos”. O
autarca a rmou que as equipas mul-
tidisciplinares do município têm hoje
“a capacidade de visitar no prazo de
24 horas todos os novos casos que
estão a surgir”.
Estas equipas são compostas por
técnicos de saúde, polícias, técnicos
sociais e de protecção civil, entre
outros, e têm como missão veri car
se as pessoas infectadas têm condi-
ções para fazer o con namento.
Segundo a Administração Regional
de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo,
estas equipas contactaram com 4121
pessoas entre 30 de Junho e 15 de
Julho, com maior destaque para
Loures (1506 pessoas) e Sintra
(1281).
Em Lisboa, explicou Fernando
Medina, apenas cinco pessoas pedi-
ram uma solução habitacional alter-
nativa por não terem condições de
fazer o con namento em casa. Houve
17 doentes que não respeitaram o
dever obrigatório de quarentena e
foram denunciados à PSP.
Na capital, há mais de mil casos activos, segundo o Trace Covid
Fonte: Trace Covid PÚBLICO
Incidência nas freguesiasde Lisboa a 15 de Julho
400
300
200
100
0
Amadora
LisboaSintra
Loures
Odivelas
31 Maio 12 Jul.
Estrela
Misericórdia
Areeiro
Carnide
S. Vicente
Belém
P. Nações
Olivais
Sta M. Maior
Beato
C. Ourique
Sto. António
Campolide
Av. Novas
Alvalade
Alcântara
Arroios
Ajuda
Benfica
Lumiar
S. D. Benfica
P. França
Marvila
Sta. Clara
LISBOA 1192 252 133
Novos nos últimos 7 diasActivos
3
11
5
8
18
7
4
5
4
8
3
5
5
6
1
2
13
3
6
7
1
2
4
110
99
78
62
70
68
50
81
41
31
37
53
51
30
42
47
37
38
22
33
20
31
30
31
23
23
23
18
14
13
13
11
11
11
10
10
9
9
9
8
7
6
5
5
4
4
3
3 2
Novos nos últimos 7 diasActivos
Ranking decrescentedos concelhos a 10 de Julho
Águas Livres AMADORA
Massamá e Monte Abraão SINTRA
Santa Clara LISBOA
S. Domingos de Rana CASCAIS
Odivelas ODIVELAS
Mina de Água AMADORA
Queluz e Belas SINTRA
Algueirão Mem-Martins SINTRA
Venteira AMADORA
Rio de Mouro SINTRA
Agualva e Mira-Sintra SINTRA
Carnaxide e Queijas OEIRAS
Encosta do Sol AMADORA
Camarate, Unhos e Apelação LOURES
Oeiras e São Julião da Barra OEIRAS
Carcavelos e Parede CASCAIS
Cacém e São Marcos SINTRA
Marvila LISBOA
Algés, Linda-a-Velha eCruz Quebrada-Dafundo OEIRAS
Alcabideche CASCAIS
Cascais e Estoril CASCAIS
260
221
122
176
184
195
294
176
139
150
252
90
132
215
139
75
189
97
98
119
82
57
47
46
45
44
42
41
39
37
35
34
31
29
28
28
26
26
25
25
24
24
15
5
2
15
12
6
12
8
7
4
2
3
4
6
13
12
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11
9
11
20
Óbitos Óbitos
Novos casos nos últimos sete dias
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Corte: 3 de 4ID: 87605963 17-07-2020
DGS responsável pelos dados da app que será lançada este mês
O Governo aprovou ontem em Con-
selho de Ministros o decreto-lei que
de ne a Direcção-Geral da Saúde
como entidade responsável pelo tra-
tamento de dados da aplicação Stay
Away Covid. Esta ferramenta (dispo-
nível para iOS e Android), que deve
ser lançada ainda este mês, vai alertar
as pessoas interessadas de contactos
próximos com alguém infectado pelo
novo coronavírus. A Direcção-Geral
da Saúde será a autoridade responsá-
vel por gerir o sistema e garantir que
o tratamento de dados respeita a
legislação europeia e nacional.
O decreto-lei surge após a Comis-
são Nacional de Protecção de Dados
(CNPD) determinar, na avaliação de
impacto sobre a Stay Away, que a
aplicação precisava de enquadra-
mento legal. Assim, o novo decreto-
lei estabelece “a obrigatoriedade de
o [sistema] StayAway Covid respeitar
a legislação e a regulamentação
sobre protecção de dados e sobre
cibersegurança.”
A aplicação está a ser desenvolvida
desde Março pelo Instituto de Enge-
nharia de Sistemas de Computadores,
Ciência e Tecnologia (Inesc Tec), em
parceria com o Instituto de Saúde
Pública da Universidade do Porto e as
empresas Keyruptive e Ubirider, no
âmbito da Iniciativa Nacional em
Competências Digitais e.2030
No comunicado do Conselho de
Ministros, a app é apresentada como
“um instrumento complementar e
voluntário de resposta à situação epi-
demiológica pelo reforço da identi
cação de contactos”. Não precisa de
quaisquer dados pessoais para funcio-
nar, e não divulga a identidade dos
cidadãos infectados. “O piloto come-
ça amanhã [hoje] e, antes do mês aca-
bar, a aplicação deve ser lançada a
nível nacional”, informa ao PÚBLICO
José Manuel Mendonça, presidente do
Inesc Tec. “O decreto-lei é o que nós
esperávamos. Com um servidor a ser
da responsabilidade do Sistema Nacio-
nal de Saúde e outro a ir para a Casa
da Moeda, porque tem de ser de alta
segurança.” Os participantes no
inquérito online Diários de uma Pan-
demia, criado em Março para reunir
experiências sobre o dia-a-dia das pes-
soas em Portugal no decurso da covid-
-19, serão os primeiros a ter acesso.
No parecer inicial, a CNPD tinha
apontado a necessidade de a aplica-
ção ser compatível com apps de
outros países sem que isso ponha em
causa a privacidade e segurança dos
utilizadores portugueses, e garantir
a robustez e segurança do processo
de autenticação dos médicos no sis-
tema. A CNPD con rma que recebeu
uma avaliação de impacto “revista às
orientações dadas”.
Como funciona? Em traços largos, a ideia é que pes-
soas infectadas que tenham a Stay
Away Covid instalada no telemóvel
possam usar um código (fornecido
por um médico) para activar o envio
Karla Pequenino
PATRICIA MARTINS
Não será necessário introduzir dados pessoais na aplicação
de um alerta anónimo aos aparelhos
móveis com que este esteve em con-
tacto próximo (menos de dois metros
durante mais de 15 minutos) nas últi-
mas semanas e que também tenham
a aplicação instalada.
Numa versão de demonstração,
fornecida pelo Inesc Tec ao PÚBLICO,
é apenas preciso autorizar a aplicação
ao Bluetooth do telemóvel para come-
çar a utilizar. Não é preciso preencher
qualquer formulário ou introduzir
dados pessoais. Além de ser possível
barrar a aplicação de usar o Bluetooth
através das de nições do telemóvel,
há uma opção para desactivar o “ras-
treio” a qualquer altura na própria
aplicação. Quando activada, a aplicação envia
identi cadores anónimos aos telemó-
veis próximos, guardando, ao mesmo
tempo, os identi cadores que recebe.
A equipa que desenvolveu a aplicação
nega que será preciso que 60% da
população a instale para que possa
funcionar como medida de conten-
ção. Christophe Fraser, epidemiolo-
gista que lidera o estudo, acredita que
não precisará de uma percentagem
de adesão tão grande, mas não con-
segue indicar valores especí cos.
O Governo aprovou em Conselho de Ministros a aplicação que permitirá descobrir casos de contacto próximo com infectados
O coordenador do combate à covid
na região de Lisboa e Vale do Tejo
(LVT) avisa que o país tem de se pre-
parar para o Inverno através do
reforço e da capacitação do SNS,
com a contratação de mais pro ssio-
nais e a preparação de mais camas
nos cuidados intensivos — como pre-
via o Programa de Estabilização Eco-
nómica e Social apresentado em
Junho.
Porque o “reforço de equipamen-
to hospitalar” tem sido feito nestes
meses — muitos ventiladores do lote
de 500 comprados à China nem
foram usados — mas o de pro ssio-
nais não chega, seja para os hospi-
tais, seja para fazerem o trabalho de
rua, nomeadamente especialistas
em Saúde Pública. E até admite que
a organização dos cuidados de saúde
pública tenha que ser alterada.
Numa audição no Parlamento,
Duarte Cordeiro lembrou que estão
a ser trabalhados os vários cenários
para o próximo Outono e Inverno e
que a incógnita é a maior di culdade
dessa preparação. “Temos que tra-
balhar para ter uma capacidade para
a segunda onda maior do que [tive-
mos] para a primeira” e a resposta
“Temos de ter maior capacidade na segunda vaga”
tem que ser “homogénea, distribuí-
da pelo território”.
Mas o governante também salien-
ta que muitos dos problemas estru-
turais que hoje são enunciados já
existiam antes da pandemia — esta
só veio trazê-los à tona e expô-los. É
o caso da falta de condições de habi-
tabilidade de muitas casas, da falta
de oferta de transportes públicos, da
falta de condições em lares e escolas,
da falta de apoio dos trabalhadores
migrantes e de algumas comunida-
des. E para os problemas estruturais
a resposta é mais demorada, avisa, e
uns governantes não podem substi-
tuir-se a outros, dizendo claramente
que cada ministro tem a sua tutela.
Neste cenário, Duarte Cordeiro
garante que as equipas multidiscipli-
nares criadas nos municípios serão
para manter. É a este nível que será
preciso responder aos problemas
que causam a estigmatização de
alguns grupos de infectados (como
os migrantes ou diversos bairros
sociais), com respostas de saúde
pública e de natureza social. Porque,
lembrou, é hoje claro que “há uma
relação estreita entre problemas
socioeconómicos e a vulnerabilidade
à doença”.
O deputado do CDS João Gonçal-
ves Pereira criticou a “desarticulação
entre autoridades” e as “falhas nas
orientações em Lisboa”, que “é um
ponto negro em toda a Europa” e
coloca o país “nas listas negras”. O
deputado defendeu um controlo no
aeroporto que permita a entrada
apenas a quem traga uma “espécie
de visto sanitário” com um teste
negativo com menos de 72 horas.
Duarte Cordeiro vincou que já
foram tomadas medidas para quem
chega ao aeroporto de Lisboa que
incluem a monitorização da tempe-
ratura e o teste das 72 horas (mas não
para todos as proveniências).
Em resposta ao PSD, que se cen-
trou na falta de rastreios e de pes-
soal, Duarte Cordeiro preferiu dizer
que os inquéritos epidemiológicos
são respondidos em menos de 24
horas e que em LVT foram feitas mais
de 4000 visitas domiciliárias.
Maria Lopes
Duarte Cordeiro coordena o combate à covid na região LVT
47.765
1679 32.476
RecuperadosMortes
339Situação em PortugalEm 16 de Julho às 13h30
Fonte: DGS
Novos casos diários
Casosconfirmados
Novoscasos
0
500
1000
16Jul.Jun.Mai.Abr.2 Mar.
PSD quer máscaras na rua Os deputados municipais do PSD em Lisboa defendem o uso obrigatório de máscaras em qualquer espaço público, interior ou exterior, propondo que a autarquia avance com um mandato. “Recomendações e meias medidas não estão a funcionar”, alegam.
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Meio: Imprensa
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52468a16-6218-4d88-baf9-efc702714606
Covid-19 Londres acusa Rússia de roubar investigação de vacina Mundo, 26
Edição Lisboa • Ano XXXi • n.º 11.041 • 1,70€ • Sexta-feira, 17 de Julho de 2020 • Director: Manuel Carvalho Adjuntos: Amílcar Correia, Ana Sá Lopes, David Pontes, Tiago Luz Pedro Directora de Arte: Sónia Matos
CHARLES ICHAÏ
Três regiões fora do indicador para viajar sem limites Taxa é contestada, mas Lisboa, Alentejo e Algarve passam limites impostos por países europeus. Lisboa é o único dos cinco concelhos sob vigilância onde novos casos não descem Sociedade, 14 a 16
Amália Do outro lado do espelho
ISNN-0872-1548
Morte de rapariga de 16 anos motivou homenagens no país que é um dos piores da UE em mortes de peões no espaço urbano p19 a 21
Peões e ciclistas saíram à rua para exigir mais segurança
Instituições privadas de solidariedade social e religiosas foram lesadas Economia , 22
Águas de Portugal perdeu mais de cinco milhões no BES
Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas pede a protecção máxima para o arquivo do Diário de Notícias p32
Arquivo do DN pode vir a ser “tesouro nacional”
HOJE LIVRO Vírus Soberano? A Asfixia Capitalista As implicações e precedentes políticos e sociais da pandemia
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LISBOA
Guardas prisionais alertam para salário 800 euros inferior à PSP G A greve de dois dias decreta-da pelo Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP) termi-nou ontem, com uma vigília feita por 10 elementos da dire-ção do sindicato junto ao Minis-tério da Justiça, em Lisboa. Na origem da paralisação esteve, segundo o sindicato, "o facto de haver guardas a ganharem, em média, menos 800 euros limpos do que agentes cia PSP com o mesmo tempo de serviço".
"Falo de guardas que, com 18 anos de serviço, ainda estão no escalão 8, enquanto os polí-cias estão no 16", explicou Jor-ge Alves, presidente do SNGP. O dirigente aponta ainda para
Pfi, f4f rb,
"ftwillo E se00,01'
Profissionais fizeram ontem vigília
as promoções, pois "há 16 anos que não há curso de chefes na Guarda Prisional", e para a falta de segurança nas prisões. •M.G.
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CATARINA MARTINS MANTER EMPREGOS
13 A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu on-tem, em Castelo de Paiva, a necessidade de apoios "para garantir os 500 postos de trabalho" das empresas afe-tadas pelo incêndio indus-trial da última segunda-feira.
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SAUDADE NUNES DIRETOR:, lA UNCC PJ
Cinco profissio-nais de saúde foram detidos pela P.1 por corrupção e burla qualificada relacionada com ozonoterapia.
FRANCISCA VAN DUNEM MINISTRA DA JUSTIÇA
Guardas prisio-nais, em greve, quiseram ontem ser recebidos pela governante para expor pro-blemas, mas não conseguiram.
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VILA VIÇOSA
FERIDO EM PEDREIRA Um homem de 39 anos ferido com gravidade, ontem, num acidente de trabalho numa pedreira de mármore em Pardais, Vila Viçosa.
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sc
Governo aposta no trabalho no interior
PORTUGAL O Governo tem con-cluída (e pronta a publicar) a portaria para atribuir os apoios anunciados no programa "Tra-balhar no Interior", que vai dar incentivos à mobilidade geográ-fica de trabalhadores. O anún-cio foi feito na cerimónia de lan-çamento do programa +CO3SO Emprego, pela ministra do Tra-balho e as candidaturas arran-cam em agosto.
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Fenprof quer reunir com DGS
PORTUGAL A Federação Nacio-nal de Professores (Fenprof) anun-ciou ontem que pretende reunir com a DGS para perceber como é que se pretende "que as turmas, no próximo ano letivo, mante-nham a dimensão habitual". O sindicato alertou para a possibi-lidade de professores pertencen-tes a grupos de risco começarem a dar aulas em setembro, referin-do que a maioria das escolas já esgotaram os equipamentos de proteção individual.
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r • ►
##` • • •
Ministra Mendes Godinho prepara mexidas no lay-off
Apoios só para empresas com reduções de horários A partir de agosto haverá novas regras para as sociedades com lay-off, uma matéria que ainda está a ser ultimada com os parceiros sociais
Ana Laranjeira [email protected]
TRABALHO Depois de quatro meses em que esteve em vi-gor o regime de "lay-offsim-plificado", que abrangia tan-to empresas que implemen-taram redução do horário de trabalho como suspensão do contrato de trabalho, agosto trará novidades. O chamado "lay-off simplificado" vai ser substituído pelo "apoio extraordinário à retoma progressiva", vigorando en-tre agosto e dezembro.
Uma das mudanças que este regime traz é que só vai estar acessível a firmas que apliquem redução de horá-rio e não suspensão de con-trato. Outra novidade é que os trabalhadores vão ganhar mais do que quando era apli-cada uma suspensão do con-trato. Significa que os encar-gos financeiros para as em-presas vão ser mais eleva-dos.
Por outro lado, e de acordo com o "Jornal de Negócios", que teve acesso ao docu-mento do Governo que ser-viu de base ao encontro de Concertação Social da últi-ma terça-feira, o novo regi-me é mais flexível no nú-mero de trabalhadores que podem ser abrangidos e nos períodos de adesão. As em-presas poderão colocar nes-ta modalidade a totalidade ou apenas alguns dos seus funcionários, sendo que é possível abandonarem o re-gime a qualquer momento.
Esta poderá ser uma res-posta à incerteza que envol-ve os próximos meses. O primeiro-ministro, Antó-nio Costa, já admitiu que o país não tem capacidade fi-nanceira para voltar a aguentar um confinamento da população. Contudo, não há ainda dados que permi-tam descartar a possibilida-de de Portugal enfrentar uma segunda vaga da pan-demia a partir do outono. O Executivo já indicou que pretende reforçar os siste-
mas de saúde para fazer face a essa possibilidade.
Este "apoio extraordinário à retoma progressiva" é para osetor privado (sendo que o setor social também poderá candidatar-se) e procura do-tar as organizações das fer-ramentas necessárias que lhes permitiam enfrentar o resto do ano.
O que está em cima da mesa da Concertação Social, ainda de acordo com o "Ne-gócios", é que as empresas possam recorrer a este me-canismo em meses "inter-polados", garantido que, du-rante a adesão à medida, a Segurança Social financia 50% do subsídio de Natal.
QUEM TEM ACESSO?
O "apoio extraordinário à retoma progressiva" vai fi-car disponível para empre-sas privadas e do setor social (IPSS). Para que possam ser
elegíveis, as organizações têm de ter uma quebra de faturação de 40% em ter-mos homólogos. Mas para poder aceder a este meca-nismo, o que importa é a fa-turação registada no mês anterior ao do pedido inicial ou de prorrogação. Ou seja, têm de ter faturado menos 40% do que no mesmo mês do ano passado.
DOIS MESES SEM DESPEDIR
Se recorrerem a este apoio extraordinário, tal como no caso do lay-off simplificado, as empresas ficam impossi-bilitadas de realizar despe-dimentos coletivos ou por extinção do posto de traba-lho, tanto enquanto estive-rem a beneficiar deste apoio, como nos 60 dias pos-teriores. A distribuição de dividendos aos seus acionis-tas não é permitida.
As empresas devem reali-
zar os pedidos por um perío-do de um mês. Contudo, no pedido que for feito através do Segurança Social Direta, o empregador deverá indi-car se pretende que a medi-da se aplique à totalidade do mês e a quantos trabalhado-res.
A redução do horário de trabalho que este apoio per-mite pode ser aplicada a to-dos os recursos humanos ou apenas a alguns. Por outro lado, os empregadores que ativarem este mecanismo têm de comunicá-lo por es-crito aos seus trabalhadores, indicando qual a redução do horário de trabalho e duran-te quanto tempo estimam que esta vai estar em vigor.
SALÁRIO
Até aqui, no regime simpli-ficado de lay-off, e no caso da suspensão dos contratos de trabalho, os funcioná-rios recebiam uma retribui-ção de 66%. E, nos casos de redução de horário, o salá-rio era proporcional às ho-ras de trabalho. A partir de agosto, na nova modalida-de, há novidades. As redu-ções de horário permitidas vão depender do mês em que forem aplicadas, va-riando entre 40% e 70%. E os trabalhadores terão di-reito a uma compensação que ajudará a minimizar os cortes salariais.
AINDA EM NEGOCIAÇÃO
Para já, estas normas ainda não estão aprovadas. O do-cumento a que o jornal teve acesso é o que serviu de base ao encontro com os parcei-ros sociais que teve lugar no início desta semana. Agora, sindicatos e patrões terão ainda de pronunciar-se so-bre o documento do Gover-no. Depois, falta o decreto--lei que apenas será publica-do quando entrar em vigor a lei do Orçamento Suple-mentar, já aprovada pelo Parlamento. Falta a promul-gação da Presidência da Re-pública. • Página 36
Meio: Imprensa
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Corte: 2 de 2ID: 87606001 17-07-2020
Jornal de Notícias
Ricardo Salgado usou Tranquilidade para esconder fraudes no BES
Seguradora não foi reembol de investimento de 135 milhões P. 16 e 17
TÍTULO PAGA
DA PRIVIMA TEMPORADA
Gi fet? ! 1-
C, A
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Risco de incêndio coloca dez distritos em alerta vermelho
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Fogo em Cascais provocou dois feridos e outro lavrou com intensidade no Minho P. 28 e 29
jn.pt Diário. Ano 133. N.° 46. Preço: 1,50C Sexta-feira 17 de julho de 2020 Diretor Domingos de Andrade / Diretores-adjuntos Ines Cardoso, Manuel Molinos e Pedro Ivo Carvalho / Diretor de Arte Pedro Pimentel
Calor e falhas nos cuidados de saúde causam pico de mortes
Mortalidade acima do esperado e com valores que não eram tão elevados desde 2013 Pa2111n
Na primeira quinzena de julho registaram-se mais 673 óbitos em relação ao ano passado
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Sérgio Conceição já só pensa em ganhar a Taça ao Benfica P. 4 a 7
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Lay-off Empresas que suspendam contratos perdem apoios P.15
HOJE Gaia Cidade inaugura admirável novo Mundo do Vinho
idellbetill111.1~1. EVASOES' AREAIS A PERDER DE VISTA
Aplicação móvel fica disponível no início de agosto P.9
Médicos e enfermeiros detidos por burla com
ra falsa para covid
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Quarteirão cultural junta museus e restaurantes P. 22
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Meio: Imprensa
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 20
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Área: 9,53 x 12,07 cm²
Corte: 1 de 1ID: 87606088 17-07-2020
Guardas prisionais em vigília contra falta de diálogo da tutela PROTESTO Dirigentes do Sindicato Nacional do Cor-po da Guarda Prisional reali-zaram ontem uma vigília diante do Ministério da Jus-tiça para protestar contra a falta de diálogo e vontade política para resolver os pro-blemas de carreira e aposen-tação.
Em declarações à agência Lusa, Jorge Alves, presiden-te do sindicato, referiu que esta vigília coincide com o segundo dia de greve dos guardas prisionais, que se queixam da "falta de diálo-go" da ministra e do diretor--geral dos Serviços Prisio-
nais para solucionar proble-mas relacionados com a pro-gressão na carreira, avalia-ção de desempenho e pré--aposentação, entre outros.
"Estamos a sentir muitos obstáculos da parte da mi-nistra da Justiça em discutir os problemas da guarda pri-sional", disse Jorge Alves, observando, por outro lado, que a greve tem tido uma "excelente adesão", apesar dos condicionalismos e li-mitações resultantes da pandemia de covid-19. No local da vigília foram coloca-dos cartazes, a maioria dos quais a apelar ao diálogo.•
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 26
Cores: Cor
Área: 14,45 x 10,92 cm²
Corte: 1 de 2ID: 87605935 17-07-2020
Não me tenho cansado de escrever sobre o papel histórico dos bancá-rios na afirmação de uma classe média instruída, competente e profissional, consciente dos seus deveres e direitos cívicos, a quem a democracia e o desenvolvimento económico e social tanto devem. Vem isto a propósito da recupera-ção de créditos bancários. Como é sabido, mas vale a pena relembrar,
EUDAIMONIA
PAULO GONÇALVES MARCOS Presidente da direção do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos
Bancários criam valora quase falência da República Por-tuguesa implicou a aceitação de so-luções draconianas de austeridade e de alienação de activos, de forma a satisfazer os credores estrangei-ros. Veio a representação física dos credores, sob a forma dos emprés-timos de emergência tutelados pela troika e com ela um violento sufoco sobre a capacidade credití-cia dos bancos a operar em Portu-gal. Novos critérios de liquidez, de provisões e de capitais próprios, forçaram os bancos a encolher os seus balanços, reduzindo crédito concedido às empresas, com isso agravando a política de austerida-de e a recessão que se seguiu.
E porque a memória tende a ser curta, importa recordar que foram os credores que impuseram as condições e fizeram de Portugal, do Chipre e da Grécia um labora-tório das suas experiências. Para
mal dos cidadãos destes três países, convém deixar claro.
Os bancos ficaram com uma montanha gigante de créditos in-cobráveis, e entre execuções de ga-rantias, dações em pagamento, en-tre outras, foram forçados a alie-nar, depressa, um imenso patri-mónio imobiliário e mobiliário. Este exercício depressa se perce-beu que seria elaborado com pre-ços deprimidos e que os fundos abutre aproveitariam a oportuni-dade. Abutres porque se limitaram a aproveitar da desgraça alheia, porque não trouxeram tecnologia, e porque procederam a uma gigan-tesca transferência de riqueza de agentes económicos portugueses para terceiros.
Contudo, fruto das decisões po-líticas e dos compromissos assu-midos pelo Estado português no desfecho dos bancos BPP, BPN e
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 27
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Área: 4,58 x 11,97 cm²
Corte: 2 de 2ID: 87605935 17-07-2020Banif, constituiu a República três entidades, a saber: BPP em Liqui-dação; Parvalorem e Oitante. Co-mum a todas estas empresas a pre-servação de valor, o tratamento profissional e a ausência de confli-tos de interesses. Tudo feito por bancários!
Quando se percepciona que a crise desencadeada pela Covid possa ter impactos severos sobre as carteiras de imparidades dos bancos, seria de elementar priori-dade e bom senso robustecer as três entidades supracitadas, com provas dadas.
A acontecer que o poder político queira liquidar estas empresas de recuperação de créditos, despedin-do pessoas e alienando carteiras, é um desfavor para os contribuintes, os cidadãos e os bancários. E cujo aproveitamento vai parar a fundos abutre, sitos em jurisdições opacas, que não pagam impostos ou criam emprego. Será que vamos cometer os mesmos erros, outra vez?
Tem a palavra o senhor minis-tro das Finanças. ● O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Ocasional
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 2
Cores: Cor
Área: 5,27 x 31,06 cm²
Corte: 1 de 1ID: 87606336 17-07-2020 | Fundos
O problema é antigo e há muito que foi diagnosticado. Portugal tem pouco capital para investir, criar emprego e riqueza. As empresas por-tugueses estão demasiado endividadas e isso constitui um dos principais obstáculos à nossa competitividade e ao nosso desenvolvimento. Isto porque, devido a um con-junto de razões, que se con-jugam no passado e no pre-sente, o país não tem capital suficiente.
Por outro lado, as empre-sas portuguesas têm mais in-centivos para depender mais do financiamento bancário do que de capitais próprios. Como recorda Miguel Belo de Carvalho na entrevista que publicamos neste Espe-cial, um exemplo disto é que, apesar dos passos que têm sido dados nos últimos anos, para muitos empresários continua a ser mais vantajo-so recorrer ao crédito, do ponto de vista fiscal, do que injetar capitais próprios na sua empresa.
E o cerne da questão está precisamente na fiscalidade. Portugal precisa não só de eliminar este viés a favor do financiamento bancário, com novas medidas que in-centivem a capitalização das empresas, mas também de atrair mais investimento es-trangeiro, sendo a fiscalida-de crucial nestes dois aspe-tos. Como defendia Rogério Carapuça, presidente da APDC, numa das conferên-cias online que o JE e a Hua-wei estão a promover du-rante este mês, Portugal pre-cisa de “políticas amigas” da atração de investimento, para que se possa inovar e criar emprego e riqueza. Es-peremos que a proposta de Orçamento do Estado para 2021 tenha isto em conta. ●
A política fiscal e a capitalização das empresas
EDITORIAL
FILIPE ALVES Diretor
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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 13
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Área: 4,79 x 7,13 cm²
Corte: 1 de 1ID: 87605952 17-07-2020
Concertação Social
Ferro e Assis pedem convergência na crise
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o novo presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, apelaram ontem à disponibilidade para convergências nos actuais tempos de crise e de incerteza. Os dois deixaram esta ideia na tomada de posse de Francisco Assis como novo presidente do CES.
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