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CENÁRIO PÓS-ELEICÃO Expectativas sobre a Lei dos Portos COURO BRASILEIRO Exportações devem aumentar 50% USUPORT | SANTA CATARINA Meta de 100 associados até o fim de 2014 Edição 09 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 OPORTUNIDADE PARA EMPRESAS BRASILEIRAS HONG KONG

Revista Inport - Setembro e Outubro de 2014

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9ª edição - Revista Inport

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  • CENRIO PS-ELEICOExpectativas sobre a Lei dos Portos

    COURO BRASILEIROExportaes devem aumentar 50%

    USUPORT | SANTA CATARINAMeta de 100 associados at o fim de 2014

    Edio 09 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014

    OPORTUNIDADE PARA EMPRESAS BRASILEIRASHONG KONG

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  • NDICE Edio 09 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014

    IMPORTAO10

    PORTO DE RIO GRANDE12

    TESC08Investimentona cabotagem

    ITAPO18Terminal nmero 1 do Brasil

    Aumento de 400% SUPRG implantasistemas de acesso no pasem produtos

    IOB16

    PORTO DE IMBITUBA20

    Simpsio discutecomrcio exterior

    Conta com novoservio de cabotagem ps-eleio

    NEPOM26

    INTERNACIONAL28

    Ncleo faz entrega Brasil perde espaono mercado argentino na Baa de Babitongade medalhas

    JURDICO31As novas outorgas Regio sul pronta

    do CFTV no Porto de Imbituba o valor necessrioat o fim de 2014

    POLCIA FRANCESA14Atuao nutica

    LEI DOS PORTOS22Insegurana jurdica

    JURDICO30Monitoramento

    AEROPORTO32

    TECNOLOGIA36Ponto Sistemasoferece solues no setorno setor porturio para receber voos

    USUPORT/SC SEGURANAINFRAESTRUTURA40 4442Espera 100 associados Coringa far instalao Investimento de 1 trilho

    Distribuio:Gratuita e dirigida

    Diretora de Criao: Lvia [email protected]

    Gerente Comercial: Lucas [email protected] 9831 0031

    Diretora de Redao: Aline Arajo (DRT/SC 4048) [email protected]

    EXPEDIENTE

    Revista INPORT

    Rua Augusto Severo, 541 - Centro Tubaro/SC - | 48 3052 2190

    EXPORTAO38Aumentona venda do couro

    A gesto ambiental porturia

    Pirataria em portos do Brasil

    Santa Catarina uma potncia a ser descoberta

    COLUNA

    46

    48

    49

    HONG KONG34Oportunidade para empresas brasileiras

    PORTONAVE11Est entre as maiorescompanhias de Santa Catarina

    PORTO DE PARANAGU29Recorde na exportaode gros

    Colaboraram com esta edio:Assessorias dos terminais TESC, Itapo e Portonave, dos portos de Paranagu e Rio Grande. Alm das assessorias da Santos Brasil, FIESC, CICB e CNT.

  • Edio 09 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014

    6 | REVISTA INPORT

    EDITORIAL

    2014 ano de eleies. O cenrio poltico interfere,

    e muito, no cenrio porturio. As mudanas na Nova

    Lei dos Portos e os pontos que ainda so discutidos

    frequentemente sero impactados diretamente pelo

    presidente que assumir o cargo em 2015. A

    Associao Brasileira dos Terminais Porturios

    reuniu, por exemplo, sugestes nas reas de

    segurana jurdica, governana, relao capital-

    trabalho e Infraestrutura para apresentar aos

    presidenciveis. E, assim como a Associao,

    outros rgos esto se movimentado e na

    expectativa do Brasil ps-eleio.

    Alm desse tema, a Revista Inport traz uma

    reportagem sobre a USUPORT/SC. A Associao,

    que ainda nova, prope melhorias em

    infraestruturas pblicas e privadas, defesa e

    aperfeioamento dos Marcos Regulatrios

    existentes e a representatividade dos donos de

    cargas perante as autoridades e os agentes

    econmicos da cadeia de logstica nacional e

    internacional.

    Vamos falar tambm sobre a exportao do couro.

    O Centro das Indstrias de Curtumes do Brasil

    (CICB) e a Agncia Brasileira de Promoo de

    Exportaes e Investimentos (Apex-Brasil) assinam

    no fim do ms de agosto um novo convnio do

    Projeto Setorial Brazilian Leather para a promoo

    das exportaes do couro brasileiro. Mercado que

    para a ndia aumentar em 50%.

    Homenagens sempre so bem-vindas na Inport. No

    ms de setembro foi a vez do NEPOM em

    Florianpolis entregar medalhas para os parceiros

    do Ncleo. Desde 2011, quando houve a

    inaugurao da sede Nutica da Delegacia

    Especial De Polcia Martima, o reconhecimento da

    ajuda de vrias pessoas ficou explcito. E a cada

    ano, no aniversrio da Sede, o Ncleo realiza a

    entrega de Medalhas, que homenageiam os

    'Amigos do NEPOM'.

    Essas e outras matrias podem ser conferidas

    nessa edio. Ns da Inport esperamos deixar o

    leitor bem informado tendo acesso a um contedo

    de qualidade e uma diagramao leve e colorida

    que faz da Inport uma referncia em relao s

    revistas ligadas ao setor.

    DAS ELEIES

    O ANO

    Boa Leitura!

  • 8 | REVISTA INPORT

    PORTOS E TERMINAIS

    TESC

    Dentro da proposta de diversificar suas operaes, o TESC

    Terminal Porturio Santa Catarina aposta na cabotagem como

    uma alternativa vantajosa em diferentes aspectos: o gerente

    comercial do Terminal, Cludio Flores, aponta que o modal tem

    no s baixo custo, segurana e ndice mnimo de avarias, mas

    garante melhor planejamento quando se considera

    agendamento de entrega.

    Atualmente, nas cargas conteinerizadas o TESC movimenta

    60% em longo curso e 40% em cabotagem, e 80% do

    siderrgico em cabotagem. At o momento este ano, a

    movimentao de cabotagem cresceu em mdia 30% na

    carga conteinerizada e 18% no siderrgico em comparao

    com o ano passado. Para Flores, o resultado se deve

    principalmente reduo do custo logstico que o modal

    oferece, e tambm conscientizao quanto reduo de

    CO2. A Lei do Motorista, que entrou em vigor em junho de

    2012, tambm teve influncia neste crescimento. A lei dispe

    sobre o exerccio da profisso de motorista profissional de

    veculos automotores, regulamentando a remunerao e a

    jornada de trabalho.

    No TESC, houve migrao de cargas para a cabotagem em

    todos os setores, desde matria prima at produto acabado.

    Hoje, as principais cargas movimentadas so produtos

    siderrgicos, alimentos e bebidas, eletro eletrnicos, materiais

    de construo civil e madeira (MDF). O Terminal possui

    condies extremamente competitivas na cabotagem, que

    permitem uma significativa economia em toda a logstica:

    janelas de atracao e equipamentos especializados para a

    movimentao de cargas, que proporcionam produtividade

    competitiva, e excelente profundidade, o que resulta em

    maiores calados.

    Mesmo com nmeros j to positivos, Flores acredita que a

    cabotagem possa crescer ainda mais. As caractersticas

    naturais do Brasil so um fator que pesa bastante. O pas

    possui mais de 8 mil Km de costa navegvel, e o

    aproveitamento desse recurso com a cabotagem garante um

    transporte de carga que consome menos combustvel por

    tonelada til transportada, em comparao com outros

    modais, afirma. Consequentemente, a cabotagem interfere

    menos no meio ambiente a partir da reduo da emisso de

    CO2 e NOX na atmosfera, uso de vias naturais e do baixo

    impacto ambiental em sua implantao.

    Para que o crescimento continue a ocorrer, necessrio que

    alguns desafios sejam vencidos. Ainda existe muito

    desconhecimento a respeito do modal e de suas vantagens, e

    alguns clientes seguem relutantes. essencial, ainda,

    proporcionar condies equivalentes de trabalho, custo e

    incentivos, principalmente em relao ao combustvel.

    INVESTE NA CABOTAGEM

    Modal vem crescendo no Terminal Porturio Santa Catarina

  • - Sistema de CFTV (Circuito Fechado de Tv)

    - Sistema de Alarme Perimetral (Cabo Sensor)

    - Sistema de Controle de Acesso

    - Sistema de Leituras de Placas, Contineres e

    Vages de Trens, com ndices acima de 95%

    (caracteres vlidos)

    - Integrao entre os Sistemas

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    setembro de 2011

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  • 10 | REVISTA INPORT

    ECONOMIA

    As compras pela internet, principalmente em sites da China,

    tm crescido nos ltimos tempos, sendo o baixo preo o

    principal fator contribuinte para a importao. De acordo com

    o consultor financeiro, Cristiano Brasil, o motivo dos preos

    extremamente baixos o custo de produo pequeno. "Os

    impostos acabam deixando nossos produtos muito mais

    caros que os chineses. No Brasil temos uma vasta legislao

    sobre direitos e benefcios dos funcionrios. Isso no vemos

    na China. Isso impacta diretamente nos preos finais dos

    produtos, entre outros fatores", declarou Brasil.

    O consultor ainda pontua que a China tem um potencial

    enorme. "A China possui uma demanda reprimida de

    produtos e servios por uma populao que ainda no tem ou

    no tinha acesso economicamente, sendo que as coisas

    esto mudando. Uma parcela maior da populao j

    consegue acesso a esses produtos, fazendo da China um

    comprador/importador voraz de outros pases", relatou.

    Segundo o assessor de comunicao dos Correios, Gensio

    Silva, existem dois procedimentos para tentar amenizar a

    demanda de produtos, tendo em vista que de dois anos para

    Por Marili Salvador portal satc.com

    Em dois anos a busca pelo mercado estrangeiro aumentou consideravelmente

    c a movimentao de cargas importadas nos Correios

    aumentou cerca de 400%. "Este nmero refere-se s

    mercadorias de todos os pases do mundo, mas o principal a

    China", relatou Silva.

    As alternativas que tentam amenizar a demanda partem da

    Receita Federal e Correios. "Por parte da Receita Federal,

    existe a lei que permite a taxao de 60% do valor em cima dos

    produtos importados. J os Correios podem cobrar R$ 12,00

    para as mercadorias retidas, isto para cobrir os trabalhos de

    armazenamento, aviso e outros", frisou.

    Com os baixos custos de produo chins, algumas

    empresas brasileiras j esto montando fbricas no pas,

    dispondo assim de mo de obra e matria-prima mais baratas.

    A estudante Karini Rodrigues faz este tipo de compra por

    possuir uma economia considervel em relao ao comrcio

    brasileiro, e pontua que apesar da taxa cobrada, os produtos

    continuam mais em conta. "Faz seis meses que fiz a primeira

    compra e continuo at ento. Os juros cobrados aqui nos

    fazem buscar outras alternativas e a importao se torna um

    bom negcio", afirmou Karini.

    TEVE AUMENTO DE 400%IMPORTAO DE PRODUTOS

  • 11

    >>

    A Portonave a 2 maior empresa do sul do pas no setor

    de transporte e logstica, considerando a receita bruta,

    de acordo com o ranking realizado pela Revista Amanh,

    em parceria com a PwC PricewaterhouseCoopers. A

    empresa o porto mais bem colocado na lista. O

    resultado foi anunciado no ms de agosto.

    A pesquisa aponta as 500 maiores empresas do Rio

    Grande do Sul, Santa Catarina e Paran. Na classificao

    geral, o Terminal Porturio ocupa o 19 lugar entra as 100

    maiores empresas do estado e a 92 posio entre as 500

    maiores do sul.

    Todas as informaes trazidas pelo ranking so

    extradas de uma nica fonte: as demonstraes

    financeiras das empresas listadas. So examinadas

    tanto demonstraes contbeis de grupos quanto de

    empresas individuais.

    Para o diretor-superintendente administrativo da

    Portonave, Osmari de Castilho Ribas, Ser uma das

    grandes companhias traz uma responsabilidade muito

    grande para ns e ao mesmo tempo nos estimula a

    crescer mais e ajudar a desenvolver Navegantes e

    regio.

    Em setembro sero realizadas trs cerimnias de

    premiao no Paran, Santa Catarina e Rio Grande do

    Sul. Nestes eventos, sero homenageadas as cem

    maiores companhias de cada estado e as empresas

    lderes em mais de 30 setores econmicos.

    COMPANHIAS DE SANTA CATARINA PORTONAVE EST ENTRE AS MAIORES

  • 12 | REVISTA INPORT

    DE ACESSO NO PORTOSUPRG IMPLANTA SISTEMAS

    A modernizao tecnolgica conta com sistemas de monitoramento e de controle

    A Superintendncia do Porto do Rio Grande (SUPRG) iniciou a

    implantao de um projeto de modernizao tecnolgica.

    Trata-se de um novo sistema de monitoramento e controle de

    acesso para o Porto Novo, administrao da SUPRG e outras

    reas estratgicas do porto.

    H um ms esto em pleno funcionamento, 86 cmeras HD de

    alta resoluo. Nos prximos dias, mais duas cmeras de uso

    exclusivo e diferenciado, com sistema de infravermelho e

    termossensveis sero instaladas. Estes equipamentos

    possibilitam a captao de imagens noite e operam com

    qualquer tipo de visibilidade. Todas as cmeras tm alcance

    de 15 km e esto estrategicamente distribudas em reas do

    Porto Novo, prdio administrativo da SUPRG e outros locais.

    O monitoramento destes equipamentos feito em uma central

    instalada na sala de controle da Guarda Porturia.

    De acordo com o gestor do projeto, Marcelo Cordeiro Couto, o

    investimento da SUPRG de R$ 5 milhes. Esta iniciativa

    atende ao Cdigo Internacional para Segurana de Navios e

    Instalaes Porturias (ISPS Code). Estamos criando

    ferramentas de gesto jamais atingidas. Este um incremento

    na qualidade da segurana para os usurios, clientes e

    funcionrios do porto. Este sistema representa uma garantia

    para as pessoas e para as cargas que circulam no ambiente

    porturio, avaliou.

    Conforme Couto, todos os funcionrios da Guarda Porturia

    foram treinados para trabalhar com o sistema. Alm disso,

    todos os acessos do porto so controlados por identificao

    biomtrica. Este projeto ainda est integrado com o Sistema

    Porto.

    PORTOS E TERMINAIS

    12 | REVISTA INPORT

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    Portos, Navios, Indstrias,

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    Universidades, etc.

  • 14 | REVISTA INPORT

    SEGURANA

    ATUAO NUTICA

    DA POLCIA NACIONAL FRANCESA

    O modelo policial francs, matriz para os sistemas policiais

    do mundo ocidental que adotam o chamado civil law,

    consiste na bipartio de atribuies entre a Polcia

    Nacional Francesa e a Gendarmeria, tomando como base

    critrios populacionais.

    Ambas realizam o denominado ciclo completo, ou seja,

    exercem atividades de polcia administrativa e judiciria,

    atuando a Polcia Nacional nas cidades francesas que

    possuem mais de 20.000 habitantes e a Gendarmeria nas

    cidades com menos de 20.000 habitantes.

    Alm desse critrio preliminar existem outros cujo presente

    artigo no pretende esmiuar. Mas nessa partio, a

    Gendarmeria ficou encarregada das atividades de polcia

    martima, como uma Guarda Costeira, o que no retirou da

    Polcia Nacional o papel de gerir unidades martimo/fluviais

    para assegurar o seu mister legal.

    A BRIGADA FLUVIAL DE PARIS

    PROCESSO DE SELEO PARA INTEGRAR A FLUV

    Antes de 1900, a Inspeo-geral de Navegao no dispunha de efetivos de vigilncia e interveno permanentes. A criao de unidades especializadas para atender s necessidades especficas uma prtica que nasce no final do sculo XIX, e com este esprito que foi formalmente criada a Brigada Fluvial por um Decreto do Prefeito de Polcia em 30 de junho de 1900.

    Sua competncia se estende aos Departamentos da regio de le-de-France, com 3 400 km de vias navegveis (Decreto de 24 de Julho de 2009), estando sediada na cidade de Paris, onde encontramos o Rio Sena, que merece um acompanhamento dedicado, dado ao desen-volvimento do trfego fluvial sobre este que um importante eixo econmico. A regio de le-de-France possui caractersticas complexas: a trao de navios em dificuldade, extino de fogo, estabilizao de embarcaes que ameaam afundar, manuteno da ordem, entre outras.

    A Polcia Nacional Francesa est dividida em quatro grades de funcionrios. Os adjuntos de segurana, os guardies da paz, os oficiais de polcia e os comissrio de polcia. O primeiro critrio de ingresso na Fluv pertencer grade de guardio da paz pelo perodo mnimo de um ano, estando por tanto excludos os adjuntos de segurana. Os candidatos devem ter no mximo 37 anos de idade e possurem atestado mdico que os declare aptos pratica do mergulho. A seguir, h uma bateria de provas. Os candidatos que lograrem aprovao para atuar na Brigada Fluvial em funo de sua classificao recebero uma formao inicial de trs meses de durao com estgios.

    Por Marcelo Pasqualetti

  • 15

    OUTRAS UNIDADES

    DE POLCIA MARTIMA/FLUVIAL

    DA POLCIA NACIONAL FRANCESA

    Alm da Brigada que est sediada em Paris, a Polcia

    Nacional est presente em outras regies. Em Marseille,

    situada no litoral do Mediterrneo, possui uma importante

    unidade: a Unidade de Prevenao e Segurana no Litoral

    (UPSL).

    Marseille um importante polo econmico, alm de ter

    acentuado incremento de turistas na poca do vero. Por

    esta razo, a unidade recebe um reforo de policiais,

    fazendo-se presente em 15 praias e estaes de ajuda, alm

    do patrulhamento rotineiro no mar.

    O auxlio aos policiais embarcado feito tambm por

    policiais que realizam patrulhas em bicicletas, o que

    assegura uma mobilidade e maior eficincia operacional.

    Na regio do Rhne h tambm uma Unidade Fluvial. Se h

    10 anos a regio no merecia especial ateno, o aumento

    do fluxo de embarcaes e o crescimento de cidades que

    margeiam os rios, onde observamos o fenmeno da

    conurbao, fez com que a Polcia Nacional optasse pela

    criao desta Unidade.

    Apenas no ltimo ano foram encontrados pelos policiais

    desta unidade 22 cadveres, o que gerou o mesmo nmero

    de investigaes para apurar as causas. Mas a rotina da

    Unidade se concentra em operaes nuticas cotidianas,

    represso a banhos em locais proibidos, abuso de bebida

    alcolica, entre outros, o que previne sobremaneira

    ocorrncias de desdobramentos policiais.

    H que se ressaltar a complementaridade entre a Polcia

    Municipal de Lyon e a FLUV - Esta interatividade

    especialmente utilizada durante o vero e durante as frias

    escolares em geral, onde a frequncia s margens do

    Rhone e do Saone experimentaram um aumento

    significativo.

    Marcelo de Almeida Pasqualetti agente de polcia federal. Foi Adido Policial Adjunto em Paris (2012-2014) e especialista em Anlise de Ameaas Criminais Contemporneas pela Universidade Pantheon-Assas Paris II. [email protected]

    >>

  • EVENTO

    16 | REVISTA INPORT

    O I Simpsio de Direito Aduaneiro, Martimo e Porturio da

    IOB, que acontece em So Paulo, na sede da Editora IOB,

    quer fomentar o intercmbio cultural entre os profissionais do comrcio exterior, comunidade martima e porturia, possibilitando a troca de experincias entre os profissionais e

    autoridades da rea. Alm disso, deseja reduzir a

    insegurana jurdica do comrcio internacional e da

    logstica, por meio da discusso de temas relevantes do

    Direito Aduaneiro, Porturio e Martimo.

    Segundo os organizadores do Evento, acredita-se que um

    dos grandes gargalos do setor Porturio Nacional est nos

    inmeros impostos pagos pelos Portos, Terminais e

    Empresas Porturias no Pas exigidos pelo Poder Pblico.

    Bem como, a insegurana jurdica para investidores e

    preos abusivos pagos pelos usurios que dependem

    dessa infraestrutura. Assim, esta uma oportunidade para

    SIMPSIODISCUTE COMRCIO EXTERIOR

    que as empresas, por meio dos diretores, contadores e

    representantes demonstrarem para o Poder Pblico e

    julgadores do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais-

    CARF, parte desta realidade. Os advogados do setor

    Tributrio Nacional apresentaro seus trabalhos de pesquisa

    para aprimoramento do tema.

    Entre as palestrantes esto o Advogado, Ps-doutor em

    Regulao dos Transportes e Portos, Osvaldo Agripino, que

    fala sobre a Reforma Porturia e Regulao do Transporte

    Martimo. J para falar sobre a Reforma do Cdigo Comercial

    e o Impacto no Transporte Martimo foi convidado o Juiz do

    Tribunal Martimo, Nelson Cavalcante e Silva Filho. A

    Advogada, Mestre em Direito Porturio e Doutoranda em

    Desenvolvimento Porturio, Milene Zerek, traz o tema

    Regularizaes Porturias e Retroporturias. Alm desses,

    mais outros 10 temas, alm de painis, faro parte do Evento.

    O evento acontece nos dias 16 e 17 de outubro e tem como objetivo promover debates de temas jurdicos e econmicos sobre o comrcio exterior, transporte martimo, portos e questes relacionadas logstica.

  • 18 | REVISTA INPORT

    PORTOS E TERMINAIS

    18 | REVISTA INPORT

    O destaque da pesquisa deste ano, 2014, ficou com um dos mais

    novos terminais do Pas. O Porto Itapo, localizado na Baia da

    Babitonga, em Santa Catarina, precisou de apenas trs anos de

    operao para conquistar a maior nota dos usurios: 8,9. O

    terminal administrado pelas empresas Aliana (da Hamburg

    Sd), Battistella e Log Z (formada por fundos de investimentos

    administrados pela BRZ) e especializado na movimentao de

    contineres.

    Patrcio Junior, Presidente do Porto Itapo garante que o resultado

    alcanado pelo Terminal um reflexo de uma soma de

    investimentos que vo desde a infraestrutura at o esforo

    constante que a empresa agrega na motivao, qualificao e

    engajamento das pessoas. Toda empresa s consegue atingir

    nveis de excelncia, como aponta o resultado dessa pesquisa,

    quando consegue identificar que seu maior patrimnio so as

    pessoas. Investimento em infraestrutura, equipamentos e

    relaes comerciais so fruto do trabalho de nossos Colabo-

    radores, que trabalham com a certeza de que tudo que fazem so

    para eles mesmos, e no apenas pela empresa. O Porto Itapo

    uma empresa onde as pessoas fazem a diferena!, exalta.

    O desempenho porturio brasileiro, destacado pelo Instituto Ilos,

    o resultado de uma pesquisa de opinio que mostra a avaliao

    feita por 169 companhias, de 18 setores da economia brasileira.

    Este ano, contudo, a avaliao apresentou uma queda

    significativa em relao s outras sries da pesquisa. Quando o

    trabalho foi iniciado, em 2007, a nota mdia dada pelos usurios

    dos portos era de 6,3; subiu para 6,9, em 2009; 7,3, em 2012; e

    agora caiu para 6,8.

    A matria do jornal Estado de S. Paulo descreve que os projetos de

    expanso dos portos pblicos esto travados no Tribunal de Contas

    da Unio (TCU), e o governo s tem conseguido liberar, de forma

    ainda morosa e aqum das necessidades, a construo de alguns

    terminais privativos (para movimentao de carga prpria e de

    terceiros). "Por enquanto, a nova lei tem tido um efeito contrrio. Em

    vez de ampliar os investimentos, o setor parou. Isso cria um clima

    negativo e a percepo dos usurios piora em relao aos servios

    prestados", afirma o presidente do Ilos, Paulo Fleury.

    Ele explica que os profissionais de logstica das empresas deram

    nota de 0 a 10 para os trs principais portos que usam. As piores

    avaliaes vieram dos setores de minerao, qumico, petroqumico,

    higiene e limpeza, cosmtico e farmcia.

    Na mdia, os terminais privativos tiveram as melhores notas e os

    pblicos, as piores. "Essa posio reflete dificuldades de acesso

    (terrestre e martimo), burocracia, mo de obra, etc. Os terminais que

    esto dentro do porto so bons, mas a parte coletiva no ", avalia

    Fleury.

    O resultado do Porto Itapo, nesse contexto, e com apenas trs anos

    de operao, revela a necessidade de investimentos privados no

    Pas. Mesmo cercado de bons concorrentes, o terminal j apresenta

    resultados empolgantes num curto espao de tempo. "Nossa entrada

    no setor foi desafiante. Itapo era uma cidade turstica, de veraneio,

    sem nenhuma tradio na atividade porturia. Alm disso, nossos

    concorrentes (Paranagu, Navegantes e So Francisco do Sul) j

    estavam consolidados", afirma o diretor do porto, Mrcio Guiot. A

    sada, diz ele, foi adotar prticas diferenciadas, sejam de operao

    ou tarifria.

    PORTO ITAPO O N 1 DO BRASIL

    DE ACORDO COM PESQUISA

    Matria divulgada pelo jornal O Estado de So Paulo, aponta o Terminal Porto Itapo como o terminal porturio com melhor desempenho em pesquisa realizada pelo Instituto Ilos (Instituto de Logstica e Supply Chain.)

  • 19

    >>

    Com mais tempo de atividade no setor, o Porto do Pecm, ficou

    com o segundo lugar no ranking do Ilos. O terminal privativo,

    controlado pelo governo do Estado do Cear, obteve nota 7,9.

    Inaugurado em 2002, movimenta granis slidos e lquidos, alm

    de contineres. O terceiro melhor avaliado, com 7,44 pontos, foi o

    Porto de Navegantes, vizinho de Itapo. O terminal administrado

    pela Triunfo Participaes (TPI).

    Na outra ponta ficaram os portos pblicos: Santos (6,36), Salvador

    (6,33) e Paranagu (6,33). So trs complexos porturios

    formados por grandes terminais que movimentam uma srie de

    cargas, como contineres, veculos, combustveis, soja e acar.

    A administrao feita por estatais federais (Santos e Salvador) ou

    estaduais (Paranagu).

    Embora seja uma pesquisa de opinio, os trs portos no aceitam a

    posio dada a eles. Alm disso, questionam terem sido colocados

    no mesmo ranking que os terminais privativos, que, na maioria das

    vezes, operam apenas um tipo de carga. Em nota, a Companhia

    Docas do Estado de So Paulo (Codesp), que administra o Porto de

    Santos, diz que inconcebvel comparar portos de naturezas

    distintas.

    Segundo a estatal, o porto tem a melhor oferta de infraestrutura, o

    maior parque de armazenagem do Pas e a melhor condio de

    acessibilidade do sistema porturio. "Alm disso, conta com a maior

    quantidade de rotas martimas regulares. Por ano, passam por

    Santos, 5.300 navios." Por isso, no entende a baixa avaliao dos

    entrevistados.

    No caso de Salvador, o diretor executivo da Associao de Usurios

    dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, afirma que o resultado da

    pesquisa no surpreende. "H dez anos, pedimos que o porto seja

    ampliado, mas tem ocorrido o contrrio. O porto se apequenou." Ele

    afirma que o preo para movimentao de continer subiu 1.067%

    desde 2000. "Isso retirou a competitividade das empresas, que

    tiveram de buscar rotas alternativas."

    Villa afirma que, por ter apenas um terminal de continer, as linhas

    regulares das empresas de navegao foram minguando. Qualquer

    operao com a China tem sido feita por Santos, por exemplo.

    Numa importao, a mercadoria desembarcada em So Paulo, e

    levada para a Bahia por caminhes. As frutas so embarcadas por

    Pecm.

    Na avaliao do professor da Fundao Dom Cabral, Paulo

    Resende, os esforos aplicados no sistema porturio nos ltimos

    anos no foram suficientes para reduzir os problemas. "Para piorar,

    os projetos e programas esto andando a passos de tartaruga."

    RANKING DOS PORTOS BRASILEIROS

    Elaborado pelo Instituo ILOS, divulgado pelo Jornal O Estado de S. Paulo, em 10/8/2014

    POSIO PORTO NOTA

    1 23456789

    10111213

    8,907,907,447,307,297,226,896,866,806,726,366,336,33

    ItapoPecm

    NavegantesRio Grande

    VitriaItaja

    SuapeSo Francisco do Sul

    Itagua Rio de Janeiro

    SantosSalvador

    Paranagu

  • 20 | REVISTA INPORT

    PORTOS E TERMINAIS

    A Santos Brasil dispe de um novo servio regular da Hamburg

    Sd/Aliana no Tecon Imbituba, terminal de contineres administrado

    pela Companhia em Santa Catarina. Trata-se de mais uma escala

    semanal de cabotagem, que far o transporte de contineres da regio

    Sul para alguns dos principais portos do Norte e Nordeste do Pas. Com

    a novidade, trs escalas semanais regulares passam a ser oferecidas a

    importadores e exportadores em Imbituba, ampliando a movimentao

    e participao deste terminal no mercado.

    At ento, as cargas da regio eram transportadas aos portos de

    Salvador (BA), Suape (PE), Pecm (CE), Manaus (AM) e So Lus (MA),

    apenas aps o transbordo no Porto de Santos - ou seja, precisava

    aguardar a troca de navios para seguir seu destino. Alm da linha que

    liga Imbituba aos portos do Norte e Nordeste, a unidade conta com

    outros dois servios regulares da Hamburg Sd - o primeiro proveniente

    da regio do Golfo do Mxico e Caribe; e o segundo com destino ao

    Uruguai e Argentina (River Plate).

    Para o gerente comercial da Santos Brasil em Imbituba, Paulo Pegas, o

    Tecon hoje uma alternativa vivel para o transporte de cargas

    conteinerizadas de empresas dos estados da regio Sul. "Com a

    ampliao do nmero de linhas de navegao, nosso terminal se torna

    uma opo altamente competitiva aos produtores e indstrias

    catarinenses e rio-grandenses, que contam com um terminal com

    tecnologia de ponta e de fcil acesso", refora.

    Ainda segundo ele, a cabotagem oferece hoje grande potencial de

    crescimento no Pas, devido abundncia de capacidade instalada

    dos portos e aumento da frota de navios para este tipo de transporte.

    Por outro lado, temos um transporte rodovirio sucateado e em estado

    ruim de conservao. De uma maneira geral, podemos dizer que o

    custo final para transporte das cargas tende a ser menor via

    cabotagem, em relao ao transporte rodovirio, precificando o servio

    de forma mais competitiva, sobretudo nos corredores de longa

    distncia Norte-Sul do pas, diz Pegas.

    No entanto, o uso do transporte rodovirio, segundo Pegas, ainda se faz

    necessrio e complementar cabotagem. A conexo intermodal

    fundamental. preciso utilizar todo o potencial da cabotagem no Brasil,

    que tem mais de oito mil quilmetros de costa litornea. Mas as

    hidrovias necessitam encontrar ferrovias e rodovias, fala.

    No segundo trimestre deste ano, o complexo movimentou 12.396

    contineres, j superando a marca registrada durante todo o ano de

    2013. No primeiro semestre de 2014, o Tecon Imbituba movimentou

    17.466 contineres aumento de 274% em relao ao mesmo perodo

    do ano passado, quando foram registrados um movimento de 6.386

    unidades. Com isso, esperamos fechar o ano com um aumento

    expressivo nas operaes do Tecon Imbituba. Principalmente devido

    abertura de novas rotas de cabotagem, conclui Pegas.

    IMBITUBA COM NOVO SERVIO DE CABOTAGEM

    Tecon Imbituba apresenta o novo servio de cabotagem da Hamburg Sd/Aliana

  • Desenvolvimento de solues que complementam a gesto

    porturia e regulamentao aduaneira. Nossos sistemas

    promovem agilidade e confiana aos clientes e fornecedores,

    trazendo informaes detalhadas e seguras integradas ao

    sistema de gesto de recintos e terminais.

    S O L U E S P A R A R E A P O R T U R I A

    Portal da Receita Federal

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  • JURDICO

    22 | REVISTA INPORT

    A INSEGURANA JURDICA

    PS-ELEIOEspecialistas falam sobre a preocupao em relao s cargas tributrias e o desafio da Nova Lei dos Portos

    No dia 05 de outubro os eleitores vo s urnas em todo Brasil

    escolher quem estar frente do comando do Pas pelos prximos

    quatro anos. Porm, questes antigas ainda vm sendo discutidas

    cada dia mais entre especialistas que esto apreensivos em

    relao s reas que envolvem segurana jurdica, tributaes,

    governana, entre outras. A exemplo disso, a ABTP Associao

    Brasileira dos Terminais Porturios lanou um documento aos

    presidenciveis com propostas para a evoluo da legislao do

    setor porturio.

    O objetivo do documento consolidar os avanos e promover a

    evoluo da legislao e regulamentao do Sistema Porturio

    Brasileiro, contribuir para o desenvolvimento do setor por meio do

    destrancamento de investimentos j planejados e da atrao de

    novos, bem como minimizar a burocracia com a consequente

    reduo do tempo improdutivo e dos custos logsticos, de modo a

    aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados

    externos. A ABTP acredita que tais providncias devem ser tomadas

    com urgncia pelo prximo presidente da Repblica e demais

    governantes. O documento ser apresentado aos principais

    candidatos por meio de suas coordenaes de campanha. Haver

    continuidade aps as eleies, com debates com o presidente

    eleito.

    A to propalada e sempre adiada reforma tributria, desde que

    implicasse em reduo dos impostos, certamente contribuiria para a

    reduo dos custos porturios e para o decorrente aumento da

    competitividade do produto brasileiro no mercado externo. Mas,

    para que o setor cresa, alm da reforma tributria, tambm ser

    indispensvel que se eliminem os entraves que afetam o mesmo, o

    que pode ser alcanado com a adoo das propostas da ABTP, diz

    Wilen Manteli, Diretor Presidente da ABTP.

    A ABTP REPRESENTA MAIS DE 80 TERMINAIS PORTURIOS RESPONSVEIS POR 70% DA CARGA QUE CIRCULA NO COMRCIO EXTERIORBRASILEIRO.

  • >>

    23

    AS PROPOSTAS FORAM AGRUPADAS EM QUATRO REAS: SEGURANA JURDICA, GOVERNANA, RELAO CAPITAL-TRABALHO E INFRAESTRUTURA. ENTRE AS PRINCIPAIS SUGESTES ESTO:

    SEGURANA JURDICAAdotar polticas que assegurem o respeito aos direitos adquiridos nos contratos de arrendamento (portos pblicos) e de adeso (terminais privados);Cumprir o propsito da Lei no 12.815/13 de atrair novos investimentos e destravar os j planejados em prol das instalaes porturias arrendadas mediante: (a) utilizao das reas contguas aos terminais; (b) antecipao do prazo de prorrogao dos contratos; (c) adaptao dos contratos pr-1993; (d) reviso da Taxa Interna de Retorno (TIR) de forma a torn-la atrativa e conforme a realidade do setor porturio; (e) adaptao dos editais de licitao, priorizando-se as reas livres; e (f) financiamentos na modalidade Project Finance;

    RELAO CAPITAL-TRABALHOEstimular a multifuncionalidade dos trabalhadores porturios e sua qualificao profissional;Estabelecer a liberdade de contratao de trabalhadores em todos os terminais e instalaes porturias pblicas;

    INFRAESTRUTURA

    Dar continuidade aos projetos de dragagem de aprofun-damento/manuteno, considerando as particularidades dos navios escalados; Agilizar os processos de licenciamento para expanso e continuidade dos negcios porturios, sem eliminar etapas que assegurem a preservao do meio-ambiente e a sustentabilidade do negcio.

    GOVERNANAImplementar um modelo de administrao porturia funda-mentado na meritocracia, autonomia, agilidade, com foco no mercado, e capaz de reduzir os custos porturios, colaborando com a competitividade dos produtos nacionais;Restabelecer o papel deliberativo e autnomo dos Conselhos de Autoridade Porturia (CAP), seguindo modelos internacionais;

  • PORTOS E TERMINAISJURDICO

    24 | REVISTA INPORT

    REALIDADE TRIBUTRIA COMPETITIVIDADE NOS PORTOS BRASILEIROS

    LEI DOS PORTOS

    Para Wilen Manteli, Diretor Presidente da ABTP, o setor porturio afetado pela alta carga de impostos do pas, cerca de 36% do PIB - uma das maiores do mundo de forma semelhante aos demais setores da economia. Entretanto, podemos mencionar dois incentivos fiscais para o setor: o Reporto, institudo em 1 de dezembro de 2004, e o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura REIDI, que prev a suspenso da contribuio para o PIS/PASEP e COFINS, na aquisio de mquinas e equipamentos para incorporao em obras de infraestrutura ligadas aos portos e terminais, revela. J para Demes Britto, Advogado e Conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o que atrapalha o crescimento do setor no Brasil, especialmente no mbito da segurana jurdica das empresas de navegao nacional a concorrncia desleal dos armadores estrangeiros. Isso porque, a frota mercante est registrada sob o domnio de bandeiras de convenincia, as quais obtm o registro das embarcaes em parasos fiscais, em total detrimento das empresas brasileiras que operam com alto custo previdencirio e tributrio, diz Britto.

    Demes Britto afirma que ao contrrio de pases como Frana, Alemanha, Holanda, Estados Unidos, Japo, que possuem frota mercante registrada em bandeira prpria ou em outras bandeiras - de convenincia - como Alemanha na Libria, Estados Unidos na Libria, Japo no Panam, Holanda no Segundo Registro/ ou Registro Internacional, a inexistncia de uma poltica tributria adequada para o desenvolvimento do transporte martimo contribui para que as empresas brasileiras de navegao no se desenvolvam, em razo das vantagens oferecidas pelos territrios de Regime Fiscal privilegiado e o prprio desconhecimento das autoridades fiscais no Brasil. Tal efeito, nefasto para a sustentabilidade da matriz de transportes e projeo de poder dos interesses nacionais na sua logstica do comrcio exterior, que dependente quase 100 % dos transportadores martimos registrados nesses pases, decorre da concorrncia desleal dos transportadores estrangeiros em razo de sua frota mercante estar registrada sob o domnio de bandeiras de convenincia. Essa estratgia - planejamento tributrio - permite que as empresas articulem preos de frete, bem como obtenham registro das embarcaes em pases com tributao favorecida sem o pagamento de qualquer imposto ou sujeito apenas ao pagamento de tributao simblica, em total detrimento das empresas de navegao brasileiras, diz Demes. Nesse cenrio, apesar da existncia do Registro Especial Brasileiro, criado pelo Decreto n 2256, de 17 de junho de 1997, com o objetivo de reduzir a carga tributria do setor, o mesmo no foi capaz de aumentar a frota mercante brasileira. Por fim, em minha opinio, o modelo tributrio utilizado pelas empresas internacionais em detrimento das empresas nacionais deveriam ser analisados e obstados para o crescimento do setor nacional, conclui.

    O Advogado e Coordenador Acadmico do Curso de Direito Martimo da Escola Superior de Advocacia -ESA/OAB/RJ, Wellington Beckman, diz que no havia necessidade de uma nova Lei dos portos, que a anterior, a 8.630 era suficiente. Backman diz ainda que bastava apenas coloc-la em prtica na ntegra. Resolveram fazer uma nova lei s pressas, com mais de seiscentas emendas modificativas, e por pessoas que mal tinham colocado os ps num porto, qui conhecer um navio de transporte e toda sua complexidade, diz. Para ele, criar uma nova lei dos portos no resolve os problemas existentes. A infraestrutura porturia pssima, fazer a carga chegar ao navio ou do navio at o seu destino

    continua complicado. Falta logstica adequada, as estradas so pssimas, a mo de obra despreparada, existe muita burocracia, muitas autoridades administrativas que muitas vezes exigem o mesmo tipo de documentao para cada uma delas - h tambm demora na liberao e da entrega da carga e os preos cobrados aos usurios dos portos so abusivos. Ou seja, continuamos no caos, diz Beckman. Para Wilen Manteli alguns pontos ainda precisam ser revistos na Lei dos Portos como, por exemplo, os retrocessos na relao capital-trabalho no setor porturio, a centralizao das decises em Braslia, as competncias e composio dos Conselhos de Autoridade Porturia (CAPs), a subordinao da ANTAQ SEP, o modelo de administrao e autoridade porturia, as restries s possibilidades de expanso dos terminais, dentre outros. De acordo com Manteli, os novos desafios para o presidente eleito em 2015 so muitos. Promover a evoluo do marco regulatrio como necessrio para alcanar os objetivos iniciais do governo quando enviou a MP 595/2013 ao Legislativo, a saber, gerar segurana jurdica aos investidores de longo prazo, descentralizar a gesto porturia, investir nos acessos terrestres e aquavirios, modernizar as relaes trabalhistas, desburocratizar, fomentar a competitividade, reduzir custos e aumentar a eficincia do setor como um todo, revela.

  • 26 | REVISTA INPORT

    NEPOM

    A sede nutica do NEPOM, em Florianpolis, nova. Foi

    inaugurada h trs anos para facilitar as atividades de

    policiamento martimo e porturio. Antes dela existir as

    dificuldades eram maiores. Precisvamos de um local com

    sada para o mar, um local onde pudssemos guardar os

    equipamentos, realizar reunies e que pudssemos trabalhar

    otimizando o tempo, conta Reinaldo Garcia Duarte, Chefe do

    NEPOM em Florianpolis e o idealizador da Unidade no local.

    Em 2011, quando houve a inaugurao da sede Nutica da

    Delegacia Especial De Polcia Martima, o reconhecimento da

    ajuda de vrias pessoas ficou explcito. E a cada ano, no

    aniversrio da Sede, o NEPOM - denominao atual - realiza a

    entrega de Medalhas, que homenageiam os Amigos do

    NEPOM. Jamais teramos conseguido xito na misso de

    construir a sede desta Unidade Polcia Martima e de

    implementar a a t iv idade na c i rcunscr io da

    Superintendncia da Polcia Federal em Santa Catarina, sem

    o apoio de diversas instituies e personalidades ligadas s

    atividades nuticas, martimas e porturias, revela Reinaldo.

    Nos anos anteriores j foram concedidas Medalhas para

    representantes da prpria Polcia Federal, da Marinha do

    Brasil, da Receita Federal, do IBAMA, do ICMBio, do Exrcito

    Brasileiro, do Governo de Santa Catarina (Secretaria de

    Segurana Pblica), Ministrio Publico Federal e outros

    parceiros. As Medalhas so destinadas s personalidades

    que se destacaram no apoio incondicional s nossas

    atividades e tambm na divulgao da nossa atuao no

    policiamento martimo e porturio., diz Reinaldo.

    Nesse ano as homenagens foram feitas para quatro parceiros

    do NEPOM.

    Adauton Montagna Junior, Superintendente da ABIN em

    Santa Catarina, recebeu a medalha pela considerao e

    apoio s atividades de Policiamento Martimo e Porturio no

    Estado de Santa Catarina, desde a posse no cargo de

    Superintendente, participou e integrou as atividades de

    inteligncia martima e porturia em Santa Catarina,

    contribuindo e acompanhando as questes ligadas aos

    riscos inerentes s atividades de policiamento da costa

    catarinense e dos portos do Estado. Tambm promoveu uma

    integrao entre as Unidades de Inteligncia Martima e

    Porturia da Polcia Federal e a comunidade de inteligncia

    brasileira.

    NEPOM

    A homenagem para os Amigos do Ncleo Especial de Polcia Martima

    Fbio Feubak, recebe a medalha Amigo do NEPOM

  • >>

    27

    Francisco Carlos Ribeiro recebeu a medalha pelo respeito e

    apoio incondicional s atividades de Policiamento Martimo

    no Estado de Santa Catarina, desde a criao do NEPOM, o

    Chiquinho como conhecido na comunidade Inteligncia,

    na condio de Gerente Regional da Segurana Empresarial

    da Petrobras, participou e colaborou com as atividades de

    inteligncia martima e porturia em Santa Catarina

    contribuindo com a segurana e proteo da costa brasileira.

    Fbio Feubak, tambm recebeu a medalha Amigo do

    NEPOM por, juntamente com sua Equipe, ter sempre

    apoiado as atividades de Policiamento Martimo no Estado de

    Santa Catarina, deixando a Marina Pier 33 disposio para

    a atracao das embarcaes nos momentos de

    necessidade e emergncia decorrentes do mal tempo.

    O Empresrio, Jornalista Diretor do Programa Mundo Mar e

    Presidente da ACATMAR, Leandro Man Ferrari, recebeu a

    medalha pelo apoio incondicional s atividades de

    Policiamento Martimo no Estado de Santa Catarina e pela

    divulgao do trabalho do NEPOM, tendo, inclusive, sido o

    primeiro Jornalista a divulgar o trabalho do NEPOM (na poca

    ainda GEPOM), em 2009 no seu programa Nutica & Cia,

    exibido na TVCOM.

    Uma das misses da Unidade de Policiamento Martimo da Capital do Estado de Santa Catarina a de realizar patrulhamento nas ilhas e na extensa costa catarinense, atuando, desta forma, na preveno e represso aos crimes contra bens, servio e interesses da Unio. H tambm o patrulhamento da Reserva Biolgica Marinha do Arvoredo, composta pelas Ilhas do Arvoredo, Deserta, Gal e Calhau de So Pedro; da rea de Proteo Ambiental da Ilha do Anhatomirim, da Estao Ecolgica dos Carijs, e tambm da Unidade de Conservao Federal APA da Baleia Franca, que vai do sul da Ilha de Santa Catarina at o Balnerio Arroio do Silva.

  • 28 | REVISTA INPORT

    ECONOMIA

    Os produtos brasileiros tm perdido espao para os chineses no

    mercado argentino. O pas asitico tem financiado as importaes

    do pas vizinho, o que reduz a sada de divisas da Argentina, que

    passa por uma crise econmica e se encontra numa situao de

    calote tcnico. "O Brasil chegou a ter um supervit de US$ 6

    bilhes h trs anos. Continuamos a ter supervit, mas de pouco

    mais de US$ 2 bilhes. Muito desse espao perdido est sendo

    ocupado pelos chineses. Isso se deve s condies oferecidas",

    afirmou o ex-embaixador Rgis Arslanian, que ministrou uma

    palestra em reunio promovida pela Federao das Indstrias de

    Santa Catarina (FIESC), em Florianpolis (SC).

    "H trs anos houve a tentativa de financiamento aos argentinos

    para que o Brasil pudesse equiparar as condies que a China

    oferece. Na poca o governo chegou concluso que no teria

    condies", afirmou o especialista, lembrando que antes de o

    presidente da China, Xi Jinping, participar do encontro dos BRICs

    em julho, no Brasil, esteve na Argentina negociando com a

    presidente Cristina Kirchner um financiamento bilionrio.

    O presidente da FIESC, Glauco Jos Crte, destaca que a

    Argentina necessita de dlares. O pagamento das importaes

    representa a sada de divisas e por isso o sistema de

    financiamento da China favorece aquele pas. "Os exportadores

    tm que considerar que a crise pode trazer oportunidades. O fato

    que no podemos sair desse mercado, mas precisamos estar

    atentos s garantias. J exportamos mais. Hoje Santa Catarina

    tem um dficit comercial, mas a nossa importao basicamente

    de matrias-primas. A Argentina ainda um parceiro importante

    para o Estado", disse.

    PELO BRASIL NO MERCADO ARGENTINOCHINA OCUPA ESPAO PERDIDO

    EST NA HORA DE O BRASIL MUDAR DE ATITUDE COM RELAO AOS VIZINHOS E AO MERCOSUL SE

    IMPONDO MAIS. FALTA PRAGMATISMO E FIRMEZA NA DEFESA DOS INTERESSES DO PAS.

    RGIS ARSLANIAN | Ex-Embaixador do Brasil no Mercosul

    Os embarques de janeiro a junho somaram US$ 216,6 milhes, valor 19% menor que o registrado no mesmo perodo no ano passado. Os principais produtos em-barcados foram papel carto, laminados de ferro e ao, motocompressores, motores eltricos e carne suna. No mesmo perodo, as importaes totalizaram US$ 588,8 milhes. Os principais produtos comprados pelo Estado foram polietilenos, polmeros e ligas de alumnio.

    ARGENTINA O QUINTO PRINCIPAL PARCEIRO COMERCIAL DE SANTA CATARINA

    J Arslanian disse que o Mercosul um mecanismo de integrao

    que serve para auxiliar o desenvolvimento econmico e social dos

    scios do bloco. "Se o Mercosul no anda, a culpa dos scios.

    Quem tem maior responsabilidade para se desenvolver como

    bloco o Brasil, que tem 80% do produto interno bruto total do

    Mercosul", disse. Na opinio do ex-embaixador, inclusive as

    reunies de cpula deveriam ser mais produtivas e focadas nos

    interesses da regio. Segundo ele, muitas vezes, h um longo

    debate sobre temas nos quais o bloco tem pouca influncia, como

    o caso dos conflitos da faixa de Gaza. "Temos a obrigao de

    fazer valer os interesses. Talvez devesse ser discutida a questo

    das barreiras e restries. Se no so os presidentes que vo

    debater isso, no ser mais ningum", ressaltou. Apesar dos

    desafios conjunturais, Arslanian revela que preciso acreditar

    nos vizinhos e manter uma boa relao com eles, sempre olhando

    para o longo prazo.

  • >>

    29

    PORTO DE PARANAGUBATE RECORDE HISTRICO DE EXPORTAO DE GROS

    Em agosto, o Porto de Paranagu bateu o recorde histrico de exportao de gros pelo Corredor de Exportao.

    Foram embarcadas 112,9 mil toneladas de gros em um

    nico dia - intervalo de 24 horas - mesmo com paralisao -

    por 2,5 horas - por conta das chuvas. O recorde anterior de

    embarque foi registrado em 8 de abril de 2003, quando o

    Corredor embarcou 108,5 mil toneladas de gros. A

    diferena que, naquela poca, ocorria emprstimo de

    embarques entre os terminais, o que facilitava muito a

    produo. Ontem, quando o recorde foi batido, estavam

    sendo carregados dois navios de milho e um de soja.

    Atingimos este importante recorde e a cidade no sente os

    impactos disso. No h filas, a chegada dos caminhes

    ordenada e, com a nova configurao do Corredor, os

    terminais tm atingido cada vez maiores ndices de

    produtividade, explica o diretor-presidente da

    Administrao dos Portos de Paranagu e Antonina, Luiz

    Henrique Dividino.

    NMEROS

    De janeiro a julho, o Corredor de Exportao do Porto de Paranagu embarcou 9,7 milhes de toneladas de produtos. O volume 2% superior ao registrado no mesmo perodo do ano passado. De acordo com dados do MDIC, no ms de junho o Porto de Paranagu foi o Porto que mais exportou milho no Brasil. Foram 1,4 milho de toneladas do produto exportadas no perodo contra 1,3 milho de toneladas exportadas pelo Porto de Santos.

    FECHAMENTO

    Este ano, de janeiro a julho, os Portos do Paran j movimentaram quase 28 milhes de toneladas. Esse volume representa um aumento de 6% em relao ao mesmo perodo, no ano passado. O segmento de carga geral foi o que registrou maior percentual de acrscimo. Com quase 5,3 milhes de toneladas, o total movimentado em 2014 10% maior que o volume registrado em 2013 neste segmento. Entre outras, as cargas denominadas gerais so produtos movimentados em contineres ou outras embalagens (sacos, pallets, fardos, em blocos, etc.), os carros, maquinrios, peas, projetos, chapas de madeira, ferro ou ao. Em relao aos contineres, em unidades (TEUs), este ano, j foram movimentados 427.723, 2% a mais que no ano passado. De exportao, foram 211.061 unidades, 5% a mais que o exportado em 2013. Nos ltimos setes meses, de granis slidos, foram mais de 19,7 milhes de toneladas movimentadas 5% a mais que o volume registrado no ano passado. Entre os produtos que se destacam, no segmento, na exportao esto a soja quase 6,8 milhes de toneladas, 27% a mais que o exportado em 2013 e o farelo mais de 3,4 milhes de toneladas, o que representa aumento de 12 %; e, na importao, o trigo (que registrou aumento de 54%, com 153,6 mil toneladas) e os fertilizantes, mais de 5,8 milhes de toneladas, 5% a mais que o registrado no perodo do ano passado.

  • JURDICO

    30 | REVISTA INPORT

    NA BAA DA BABITONGAMONITORAMENTO

    A Baa da Babitonga, que banha diversos municpios do

    norte do Estado, um dos mais importantes

    ecossistemas do pas, pois alm de abrigar mais da

    metade dos manguezais de Santa Catarina, ampara

    aves, toninhas, tartarugas e tantos outros exemplares da

    fauna caracterstica da regio. Por outro lado, a Baa

    serve pesca artesanal, maricultura, aos esportes

    nuticos, comunidade indgena, indstria, ao turismo

    e atividade porturia.

    Isso tudo mostra, de forma sinttica, a complexidade em

    torno da Baa da Babitonga e, consequentemente,

    justifica a ateno e preocupao

    daqueles que dela necessitam dela para

    qualquer dessas finalidades. Assim,

    numa iniciativa praticamente indita no

    mbito de licenciamento de competncia

    do IBAMA, este deu publicidade em 2014

    ao Plano de Monitoramento Ambiental

    Conjunto para as instalaes porturias

    localizadas na Baa da Babitonga.

    O primeiro passo externo dado nesse

    sentido foi convidar o Porto de So

    Francisco do Sul, o TESC, o Porto de Itapo e o TGSC

    para uma reunio no 1 semestre em Braslia, na qual foi

    apresentado o Plano pelos tcnicos responsveis. Estes

    partiram do princpio de que as instalaes porturias

    tem gerado uma gama enorme de dados, os quais nem

    sempre esto harmonizados, tornando a anlise rdua,

    at porque muitos deles se repetem, ficando de fora, por

    vezes, informaes essenciais.

    Como tarefa de casa, os empreendedores ficaram de

    apresentar nmeros sobre movimentao de carga, de

    resduos, efluentes, bem como proposta de instrumentos

    legais para viabilizar o projeto. Na sequncia, o IBAMA

    publicou o Parecer n 2243/2014, sugerindo os moni-

    toramentos ambientais que devem ser feitos em conjunto e

    aqueles que continuaro por conta de cada um - alguns j

    eram realizados e outros so inditos. Feita a difuso da

    ideia, h que se concordar sobre a sua magnitude. Primeiro

    porque permitir a organizao de tudo que levantado nos

    monitoramentos ambientais s o Porto de So Francisco do

    Sul coleta dados desde antes de sua licena de operao

    expedida pelo IBAMA em 2006. Segundo por

    serem feitos em conjunto, a tendncia ser a

    uniformidade de metodologia aplicada,

    conferindo maior inteligncia ao estudo.

    Por ltimo, possvel que os empreen-

    dedores experimentem leve queda nos

    valores dispendidos para custeio dos

    monitoramentos. De outro norte, a dvida do

    momento para as instalaes porturias

    como ser a distribuio das respon-

    sabilidades, a forma de entrega dos dados, a

    chegada de novos empreendedores, a distribuio das

    despesas - j que o Porto de So Francisco do Sul uma

    autarquia estadual - e como sero as novas obras de

    ampliao e dragagem. Trata-se de preocupaes

    pertinentes e que devem servir para uma maior reflexo em

    torno do tema, de sorte que a boa ideia se transforme em

    excelente prtica.

    (...) possvel que os empreendedores

    experimentem leve queda nos valores

    dispendidos para custeio dos monitoramentos.

    TATIANA OLIVEIRAAdvogada e Gerente de Meio Ambiente, Segurana

    Porturia, Segurana do Trabalho e Qualidade

  • NO SETOR PORTURIOAS NOVAS OUTORGAS

    31

    >>

    MILENE ZEREK CAPRAROAdvogada e Membro da Comisso de Direito Martimo, Porturio e Aduaneiro da OAB/PR

    Nos processos de novas negociaes e contrataes no

    Setor Porturio atual, as empresas devem analisar com

    cautela vrias questes jurdicas e procedimentais, em

    funo da necessidade de se obter a devida segurana

    jurdica que a rea necessita.

    A realizao de Audincia Pblica, prevista no artigo 39, da

    Lei n 8.666/1993, e nas Resolues ANTAQ 55/2002 e

    2.240/2011, de extrema importncia, pois trata-se de

    exigncia instituda em lei e regulamentada tambm em

    Resolues da agncia reguladora do setor, alm de ser

    um importante instrumento de garantia

    democrtica e de publicidade necessria.

    Todos os dados referentes aos estudos de

    aspectos concorrenciais e de risco de

    concentrao decorrentes do arren-

    damento devem estar presentes.

    Nos editais e contratos apresentados pela

    Administrao Pblica devem estar

    devidamente detalhados e visveis os

    critrios, indicadores, as frmulas e

    parmetros definidores da qualidade do

    servio, que ser prestado pelo proponente no contrato de

    arrendamento.

    So de extrema relevncia tambm, a fundamentao dos

    valores previstos de carga, preo por tonelada

    movimentada e forma do arrendamento e a coerncia nos

    dados apresentados na movimentao mnima de carga

    prevista no edital. Nesse caso, se, posteriormente, houver

    diferenas de dados adotadas no fluxo de caixa, este fato

    (...) as empresas devemanalisar com cautela vrias

    questes jurdicas e procedimentais,em funo da necessidade de se obter a devida seguranajurdica que a rea necessita.

    poder gerar problemas ao arrendatrio junto aos rgos

    fiscalizatrios. Os estudos de viabilidade devero estar de

    acordo com o PDZ. A licena ambiental prvia deve estar

    presente, a fundamentao das premissas utilizadas nos

    estudos deve ser tambm coerente. Os Clculos devem

    estar com valores atualizados.

    Deve-se observar se no contrato de arrendamento que h a

    insero da clusula contratual que obriga o arrendatrio a

    publicar preos praticados dos servios inerentes,

    acessrios e complementares. As ocupaes de reas e

    instalaes porturias, bem como de

    prorrogao de contratos devero estar de

    acordo com a legislao. Os Aditivos aos

    contratos devem apresentar-se de forma

    regular. As concesso das reas devem ter

    sido objeto de prvia licitao.

    Acerca do equilbrio econmico-financeiro do

    contrato, este deve estar efetivado. Nas reas

    fora do Porto Organizado, a forma de

    uti l izao para f ins porturios a

    autorizao, e estar presente para as

    seguintes modalidades determinais: terminal de uso

    privado; estao de transbordo de carga; instalao

    porturia de pequeno porte e instalao porturia de

    turismo.

    Nos contratos de adeso, o prazo ser de 25 anos,

    prorrogveis desde que a atividade porturia seja mantida

    e sejam feitos investimentos necessrios expanso e

    modernizao das instalaes.

  • INFRAESTRUTURA

    32 | REVISTA INPORT

    O Aeroporto uma aposta para a Regio Sul de Santa Catarina.

    Juntamente com a duplicao da BR 101 e o Porto de Imbituba,

    a estrutura considerada fundamental para que a Regio

    consiga ganhar ainda mais fora no desenvolvimento

    industrial. Com uma pista de 2.500 metros de comprimento e

    30 metros de largura, hoje, figura como uma das maiores pistas

    dos aeroportos brasileiros. O Aeroporto foi projetado para

    receber aeronaves de grande porte - como o Boeing 737 e o

    Airbus 320 - e visa atender os mais 900 mil habitantes de 48

    municpios das regies de Tubaro, Ararangu e Cricima.

    Quem administra o Aeroporto uma empresa privada

    catarinense: a RDL. H um pouco mais de um ano o Governo

    de Santa Catarina informou que ela foi a vencedora da

    licitao. Homologado efetivamente para operaes visuais no

    dia 02 de Abril de 2014, o aeroporto processa diariamente de

    dois a trs voos dirios provenientes da aviao executiva, taxi

    areo, voos de instruo, manobras militares e voos privados.

    A inteno da empresa trazer voos comerciais o mais breve

    possvel.

    Hoje, o aeroporto j conta com toda a estrutura necessria,

    como esteiras, escada rolante, equipamentos de segurana,

    sistema de gerenciamento de voos e de informtica de todo o

    terminal de passageiros e prdio dos bombeiros aeronuticos,

    instalao de CFTV, moblia, raio-x, iluminao das reas

    externas e o sistema de sinalizao vertical noturna e horizontal

    no ptio e pista, alm de estacionamento para 400 vagas.

    O acesso ao aeroporto tambm foi pensado. Foram liberados

    pelo Governo Federal R$ 8 milhes para a concluso da

    rodovia que liga a BR-101 ao aeroporto: so 4,8km de

    extenso, a partir do trevo da BR-101 no municpio de Sango,

    que j est pronto. De acordo com a Assessoria de Imprensa

    da Prefeitura de Jaguaruna tambm j h recursos liberados

    para fazer o projeto de asfalto da estrada geral olho d'agua,

    que vai do centro da Cidade at o Aeroporto, so 7 km e uma

    estimativa de R$ 7 milhes em investimentos.

    Sabemos da importncia do Aeroporto para Jaguaruna e para

    a Regio Sul, ento no podemos deixar de investir. Essa

    ligao com o centro do Municpio vai incrementar a economia

    e facilitar a chegada e sada dos passageiros para nosso

    comrcio e balnerios. vamos fazer um asfalto com ciclovias e

    toda segurana necessria, afirma o Prefeito de Jaguaruna,

    Luiz Napoli.

    MAIS PERTO DE RECEBER VOOS COMERCIAISAEROPORTO DE JAGUARUNA

    O debate sobre o Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi feito desde o ano 2000. 14 anos depois, ele se prepara para receber os primeiros voos comerciais e fazer alavancar a Regio Sul de Santa Catarina.

    OS PROJETOS DO TERMINAL DE PASSAGEIROS, COM TRS PAVIMENTOS, O DA TORRE DE CONTROLE, COM SEIS ANDARES E O DO TERMINAL DE CARGAS FORAM DESENVOLVIDOS PELO ARQUITETO JORGE BALSINI, DE TUBARO (SC). O TERMINAL TEM 2 MIL METROS QUADRADOS DE REA CONSTRUDA E DEVER ATENDER CERCA DE 7 MIL PESSOAS POR MS

  • 33

    >>

    A rea operacional de voo do aerdromo de Jaguaruna

    classificada como sendo categoria 3C. Este cdigo foi

    formulado pela ICAO (International Civil Aviation Organization),

    e trata, por exemplo, da distncia entre eixos de pistas de

    pouso, sobre a largura da pista, bem como, da relao entre os

    cdigos de pista e classificao das aeronaves. Outros

    aeroportos classificados como 3C no Brasil so, por exemplo, o

    Santos Dumont no Rio de Janeiro e o de Congonhas na cidade

    de So Paulo. Tal fato significa que estamos prontos para

    receber aeronaves padro Boeing 737-700. O campo tambm

    est apto a receber todas as aeronaves fabricadas pela

    Embraer, Bombardier ou da extinta fabricante holandesa

    Fokker. Dispomos da maior pista dentre todos os aeroportos do

    Sul do Brasil, aliado a esta questo, estamos localizados ao

    nvel do mar, fator este que incrementa a operao das

    aeronaves com propulso a jato, diz o Gerente de Operaes

    da RDL Aeroportos, Fernando Castro.

    So trs pistas de taxi com largura de 23 metros e um ptio para

    quatro posies de aeronaves de mdio porte ou 10 posies

    para aeronaves de pequeno porte. O Aeroporto Humberto

    Ghizzo Bortoluzzi no possui obstrues naturais ou artificiais

    em seu entorno, no existem morros, prdios altos,

    construes, reas habitadas, torres, chamins, postes de alta

    tenso e etc, revela o Gerente de Navegao Area da RDL

    Aeroportos, Pedro Lus Machado.

    A empresa area TAM est entre as interessadas em operar em

    Jaguaruna. De acordo com o Gerente de Segurana da RDL,

    Walmir dos Santos Silva Junior, em uma visita realizada pelos

    representantes da TAM foi verificada toda a parte de

    credenciamento de pessoal, planos de emergncia e

    contingncia aeroporturios e outros fatores de segurana no

    aeroporto. Percebemos que o representante ficou bem

    entusiasmado, porque todos os procedimentos de segurana

    e operacionais que vigoram e so exigidos nos maiores

    aeroportos do pas, ns j estamos realizando, mesmo sem ter

    aviao regular de linha area em Jaguaruna. A segurana do

    ptio, pista e da seo contra incndio so fundamentais, e

    neste sentido, o Regional Sul est bem encaminhado,

    ressalta.

    Eles conheceram toda a estrutura e o feedback da equipe nos

    deixa muito satisfeitos. Todos comentaram que o aeroporto tem

    uma estrutura maior do que imaginavam, afirma o Gerente de

    operaes da RDL, Fernando Castro.

    Como a inspeo foi tcnica, nenhum representante da

    empresa area falou sobre os resultados da visita e tambm

    no definiram datas de possveis operaes em Jaguaruna.

    O INVESTIMENTO TOTAL NO AEROPORTO DE R$ 60 MILHES, COM RECURSOS DOS GOVERNOS MUNICIPAIS DAS REGIES METROPOLITANAS PARTICIPANTES, DO ESTADO E DA UNIO

  • EXPORTAO

    34 | REVISTA INPORT

    O crescimento da populao e do nmero de turistas em Hong

    Kong nos ltimos anos aumentou as oportunidades para

    empresas do setor de alimentos e bebidas que queiram se

    instalar ou fazer negcios na regio. O assunto foi tratado durante

    seminrio Invest Hong Kong o lugar certo, a hora certa,

    promovido pela Federao das Indstrias do Paran (Fiep), por

    meio do Centro Internacional de Negcios, e Invest Hong Kong.

    Nosso mercado est crescendo e os prximos anos so ainda

    mais promissores para os negcios na rea de alimentos e

    bebidas, destacou Jimmy Chiang, da InvestHK. Hong Kong

    importa diversos produtos do setor, entre eles, frutos do mar,

    carnes, vegetais, frutas e derivados do leite, sendo que os trs

    ltimos esto tendo preferncia. Existe uma maior preocupao

    por parte da populao em manter hbitos alimentares mais

    saudveis, relatou.

    EM HONG KONG

    O TAMBM TEM SIDO UM VINHO DOS PRODUTOS QUE HONG KONG MAIS IMPORTA

    OPORTUNIDADE

    A cidade que se divide em duas partes: a da metrpole e a da cultura local e belezas naturais revela para o mercado brasileiro oportunidades no setor de alimentos e bebidas

  • 35

    >>

    No ano passado o consumo chegou a 15 milhes de litros de

    vinho e a mdia de 40 litros por pessoa a cada ano, disse

    Chiang. Segundo ele, bebidas alcolicas com menos de 40% de

    teor de lcool no pagam impostos de importao. A indstria de

    restaurantes tambm forte em Hong Kong. As pessoas esto

    sempre muito ocupadas e por isso preferem fazer as refeies

    fora de casa, complementou Chiang.

    Alm dessas oportunidades, o diretor geral da InvestHK, Andrew

    Davis, mostrou que existem algumas vantagens para quem

    deseja investir no Estado. Hong Kong possui um sistema

    jurdico independente, o que bom para os negcios. Abrir uma

    empresa leva em torno de uma a duas horas apenas, disse.

    Davis acrescentou que 92% da economia baseada em servios

    e que existem grandes oportunidades de atrair clientes por meio

    da telefonia mvel. A mdia de smartphones por pessoa em

    Hong Kong chega a 2,5 aparelhos e cerca de 96% deles esto

    online diariamente.

    Ainda, segundo Davis, Hong Kong tem sido uma porta de

    entrada para empresas chinesas que querem conquistar

    mercados em outros lugares do mundo. Cerca de 80% das

    empresas chinesas que vo para fora do pas seguem para Hong

    Kong primeiro, disse Davis, destacando que o Estado possui um

    sistema de impostos simples, sem tributos federais e globais.

    HONG KONG

    Conhecida pelos seus arranha-cus e por seu profundo porto natural, a identidade de Hong Kong como um centro cosmopolita se reflete na gastronomia, cinema, musica e tradio. A populao da cidade 95% chinesa e 5% de outros grupos tnicos. Com uma populao de sete milhes de habitantes e uma rea de 1.054 km, Hong Kong uma das reas mais povoadas do mundo

    Seminrio Invest Hong Kong

  • SEGURANA

    36 | REVISTA INPORT36 | REVISTA INPORT

    TECNOLOGIA

    EMPRESA CATARINENSE

    Sediada em Joinville (SC), a Ponto Sistemas desenvolve produtos que promovem maior eficincia nos processos de gesto

    A Ponto Sistemas uma desenvolvedora de sistemas

    especialistas que, utilizando tecnologias inovadoras, promovem

    maior eficincia nos processos de gesto dos clientes. A

    empresa catarinense desenvolve produtos com o intuito de gerar

    resultados e executar controles apurados. Baseado em solues

    corporativas, os produtos so totalmente integrveis com os

    ERP's de mercado, e buscam aplicar as especialidades de cada

    rea de negcio.

    Nossa empresa conta com profissionais certificados nas mais

    diversas reas de tecnologias e negcios voltadas ao

    desenvolvimento de software's. Temos mais de dez anos de

    experincia nas solues de gesto empresarial, e isso faz a

    diferena, diz o Diretor da Ponto Sistemas, Joubert Vieira.

    Os projetos customizados de sistemas em aplicaes para a

    Internet se integram s diferentes tecnologias de servidor

    oferecendo maior faturamento, maior entendimento, custo

    reduzido de suporte e desenvolvimento.

    Entre os produtos que merece destaque est o Portal Receita

    Federal. Nele se permite a auditoria em relao s

    movimentaes nos recintos alfandegados at o processo de

    despacho final. O Programa atende s exigncias da Receita

    Federal e baseado na Normativa 1510 e no ADE Coana/Cotec.

    Oferece consulta de registro de avarias e furtos, registro e

    histrico de entrada e sada de pessoas, registro e histrico de

    entrada e sada de cargas, transferncia de local de

    armazenagem, consulta de taxa de ocupao do recinto,

    mudana de situao aduaneira, relao de notas fiscais e login

    com certificao digital.

    Em todos os nossos projetos so levantadas as necessidades e

    os processos do cliente, de modo que o software desenvolvido

    pela Ponto Sistemas atenda com perfeio s necessidades.

    Nesse caso, todo o gerenciamento do projeto feito inter-

    namente na nossa empresa, diz Joubert.

    OFERECE SOLUES TECNOLGICAS

    PORTAIS CORPORATIVOS

    SERVIOS

    FBRICA DE SOFTWARE

    Portal Financeiro - emisso de segunda via de boletos a clientesPortal RH - workflow de admisso, demisso, alterao salarial, programao de friasPortal de Currculos - gesto de recebimento de currculos e divulgao de vagasPortal Receita Federal - consulta e controle em recintos alfandegados

    Outsourcing alocao de recursos de desen-volvimentoSites e aplicativos mveis projetos customizados de site institucional e aplicativos mveisE-mail marketing servio agregado de disparos de e-mail marketing para divulgao

    PontoCob - sistema de gerenciamento de cobrana e inadimplnciaPontoTravel - controle e lanamento de gastos e despesas de viagem dos funcionrios

    AS ESPECIALIDADES DE NEGCIO DOS PRODUTOS DA PONTO SISTEMAS ESTO DIVIDIDAS EM:

  • Organizao de Segurana Credenciada no

    Ministrio da Justia | CONPORTOS

    Consultoria e assessoria especializada na

    legislao do ISPS Code

    Desenvolvemos:

    [email protected] www.hnsport.com.br

    Estudo de Avaliao de Risco

    Diagnstico Corporativo de Segurana

    PSPP (Plano de Segurana)

    Centro de Treinamento e AperfeioamentoCentro deTreinamento e

    Aperfeioamento

    HNS Port

    cta cta

    Imagem

    da inte

    rnet

  • 38 | REVISTA INPORT

    EXPORTAO

    O Centro das Indstrias de Curtumes do Brasil (CICB) e a

    Agncia Brasileira de Promoo de Exportaes e

    Investimentos (Apex-Brasil) assinam no fim do ms de agosto,

    em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, o novo convnio do

    Projeto Setorial Brazilian Leather para a promoo das

    exportaes do couro brasileiro.

    O novo convnio, que se estende at 2016, prev uma srie de

    aes para a expanso, o reconhecimento e a qualificao

    ainda maior do couro do Brasil frente ao mercado internacional.

    As aes a serem desenvolvidas no binio contemplam

    projetos de design, sustentabilidade, inovao, inteligncia e

    promoo comercial, como o Design na Pele e a Certificao

    de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB). De acordo

    com o Presidente Executivo do CICB, Jos Fernando Bello, so

    esses projetos que do o impulso para os nmeros positivos

    que o setor de couros do Brasil vem conquistando nos ltimos

    anos e que tem beneficiado toda a cadeia produtiva e a

    economia do pas.

    O Presidente da Apex-Brasil, Maurcio Borges, destaca as

    perspectivas positivas para os prximos anos, em especial

    com o crescimento de mercados para os couros com maior

    valor agregado. O Projeto Setorial Brazilian Leather apresenta

    excelentes resultados tanto em exportao de couros para o

    mercado internacional, quanto na consolidao da imagem do

    pas como um produtor qualificado e competitivo. O momento

    do projeto neste cenrio otimista trabalhar de forma mais

    efetiva o valor agregado do produto dentro da pauta

    exportadora do setor. Dessa maneira, a Apex-Brasil entende

    como essencial o trabalho conjunto realizado com o CICB para

    que o couro brasileiro esteja aliado aos conceitos de design,

    qualidade e sustentabilidade, alcanando, assim, ainda mais

    sucesso no exterior, afirma Mauricio Borges.

    DO COURO BRASILEIROCONVNIO PROMOVE EXPORTACES

  • 39

    >>

    EXPORTAES

    DE COURO DO BRASIL

    PARA A NDIA

    DEVEM AUMENTAR 50%

    A ndia vive um momento promissor na produo

    de calados e artefatos, com o mercado local e

    as exportaes em franco crescimento. Como

    consequncia, a demanda de couros do pas

    cresce tambm e a busca por artigos de

    qualidade foi o que motivou uma comitiva de

    empresrios indianos a visitar o Brasil

    recentemente. Cumprindo uma extensa agenda

    de visitas e rodadas de negcios, o grupo de seis

    pessoas conheceu curtumes brasileiros e fechou

    acordos que devem incrementar em 50% as

    exportaes de couros do Brasil para a ndia,

    com um aporte de US$ 7 milhes anuais.

    O grupo foi recepcionado pelo Centro das

    Indstrias de Curtumes do Brasil (CICB),

    contando com o apoio do Projeto Setorial

    Brazilian Leather iniciativa do Centro das

    Indstrias Curtumes do Brasil (CICB) e da

    Agncia Brasileira de Promoo de Exportaes

    e Investimentos (Apex-Brasil) para o incentivo s

    exportaes de couros. A agenda da misso

    priorizou mostrar aos empresrios a tecnologia,

    a formao e o trabalho do setor de curtumes do

    Brasil, tendo, inclusive, um dia inteiro para

    rodadas de negcios, com saldo muito positivo

    para os dois pases.

    O Presidente executivo do CICB, Jos Fernando

    Bello, avalia que as relaes comerciais de Brasil

    e ndia no que diz respeito ao couro devem ser

    aprofundadas, com benefcios para as duas

    naes. Queremos abrir um bom caminho

    comercial com a ndia. As indstrias de

    calados, artefatos e selaria de l esto em forte

    crescimento e pretendemos fornecer para este

    mercado, destaca o gestor.

    Projeto Setorial Brazilian Leather O convnio entre o CICB e a Apex-Brasil para a realizao do Projeto Setorial Brazilian Leather existe desde 2000, ininterruptamente. De l para c, houve aumento de 230% nas exportaes de couro, passando de US$ 760 milhes em 2000 para US$ 2,51 bilhes em 2013. S nos sete primeiros meses deste ano, foram exportados US$ 1.714.206.659 bilho em couros o que representa um aumento de 23,5% em relao ao mesmo perodo de 2013. Atualmente, 123 empresas participam do projeto, exportando couros para mais de 70 pases.

  • USUPORT

    A expectativa que at o fim de 2014 mais de 100 empresas faam parte da Associao

    USUPORT

    GANHA FORA EM SC

    A entidade nova. E mesmo assim a

    segunda criada no Pas. Apadrinhada pela

    USUPORT/BA, pioneira, e que possui dez

    anos de experincia, a Associao

    Catarinense segue o modelo das melhores

    prticas na defesa dos usurios por meio

    das shippers associations, existentes h

    mais de 100 anos nos Estados Unidos,

    Unio Europeia e Japo. A USUPORT/SC

    prope melhorias em infraestruturas

    pblicas e privadas, defesa e aper-

    feioamento dos Marcos Regulatrios

    existentes e a representatividade dos donos

    de cargas perante as autoridades e os

    agentes econmicos da cadeia de logstica

    nacional e internacional. De acordo com o

    Ps-Doutor em Regulao dos Transportes

    e Portos, o Advogado e Consultor fundador

    da USUPORT/SC, Osvaldo Agripino, a

    Associao se diferencia das demais

    entidades por articular, defender e

    representar 100% os interesses dos

    exportadores e importadores legtimos,

    donos de cargas, que utilizam os portos

    martimos de Imbituba, Itaja, Navegantes,

    So Francisco do Sul e Itapo, os aeroportos

    in ternac iona is de F lor ianpol is e

    Navegantes e a Aduana Integrada de

    Cargas Brasil/Argentina em Dionsio

    Cerqueira.

    O associado poder contribuir para a

    defesa dos seus interesses e construir uma

    poltica pblica da infraestrutura do

    comrcio exterior adequada numa entidade

    com assessoria tcnica qualificada e sem

    conflito de interesse com armadores e

    terminais, que j participam de todos os

    espaos possveis, alm de fazerem forte

    lobby no governo e parlamento, diz

    Agripino. Ainda segundo ele, o usurio

    poder reduzir as grandes assimetrias de

    representao e informao entre as

    entidades de prestadores de servios de

    transporte e porturios - mais de dez no

    Brasil - de um lado, e usurios, de outro.

    40 | REVISTA INPORT

  • A regulao feita pelas Agncias

    Reguladoras exige essa participao do

    usurio que, infelizmente, ainda no

    participa como deveria. Por isso, paga o que

    no deve. Costumo dizer que o usurio

    paga o preo e tem a qualidade do servio

    que merece. No h filantropia logstica,

    revela Agripino. Ainda, para ele, a regulao

    econmica - defesa da concorrncia e do

    usurio - numa indstria de rede (logstica

    internacional) um dos principais objetivos

    da USUPORT/SC.

    Agripino diz que somente atravs de aes

    coletivas e impessoais, os exportadores e

    importadores, numa entidade 100% DNA

    Carga, que podero obter polticas

    eficazes em longo prazo para reduzir

    custos, aumentar a ef icincia da

    infraestrutura e a competitividade dos

    produtos.

    O Japo, UE, EUA e a Bahia j descobriram

    esse caminho h muito tempo. Em Santa

    Catarina, somente aps a Reforma

    Porturia, que os usurios comearam a

    acordar, pois as prticas continuam as

    mesmas. A continuidade dos abusos dos

    armadores, cujos navios tocam os portos

    catarinenses, bem como cobranas de mais

    de vinte preos ilegais, assim THC e

    demurrage abusiva, e dos terminais

    porturios, que fizeram reajustes muito

    acima da inflao, agilizaram esse

    processo. Mesmo assim, h muito trabalho

    pela frente. A regulao econmica exige

    participao permanente. O associativismo

    'puro sangue carga' um bom caminho, diz

    Agripino.

    Para o Presidente da USUPORT/SC, Jacob

    Kunzler, os elevados custos com a logstica

    interna e internacional reduzem o nmero de

    empresas exportadoras, inviabiliza a

    entrada de produtos estrangeiros como

    matrias-primas, produtos intermedirios e

    de consumo popular, e eleva os preos dos

    produtos consumidos pela populao

    brasileira. Segundo ele, os prprios

    industriais catarinenses j denunciaram que

    o custo do transporte interno, como por

    exemplo, do Oeste Catarinense para os

    portos martimos de Santa Catarina, maior

    do que o custo com o transporte inter-

    nacional, para vrios destinos.

    Os usurios precisam entender melhor o

    que acontece com a carga, onde ela para e

    quanto custa a ineficincia do estado e a

    utilizao de prestadores de servios que

    no atendem s expectativas. Saliente-se

    que cada tipo de carga tem sua logstica de

    transporte, manuseio e armazenagem

    prprias, e, por outro lado, cada prestador

    d e s e r v i o t e m s u a e s t r u t u r a e

    especialidade. Em resumo, preciso que o

    usurio conhea as regras do jogo. E, isso

    que a Associao orienta, diz Jacob. Ainda

    de acordo com o Presidente da Associao,

    os consumidores finais so os que pagam a

    conta pela ineficincia do sistema logstico

    em cada produto consumido. A inflao

    brasileira poderia ser mitigada com maior

    oferta de produtos oriundos do mercado

    interno e internacional. sabido que muitos

    produtos no so oferecidos no Brasil devido

    ao custo do sistema logstico. Por outro lado,

    estamos estagnados em relao ao nmero

    de exportadores brasileiros, sendo as

    exportaes altamente concentradas nas

    grandes empresas. Presenciamos negcios

    de exportao perdidos para outros pases

    devido a limitao do sistema logstico,

    lamenta Jacob.

    Portanto, o surgimento da USUPORT/SC

    tambm consequncia da insatisfao

    generalizada, com os altos custos com toda

    a cadeia logstica, e, principalmente do

    moroso e oneroso sistema de procedimentos

    aduaneiros para a exportao e importao

    de mercadorias.

    Como associar? O que ?

    No site www.usuportsc.org.br as empresas que exportam, importam e os prestadores de servios podem obter informaes sobre a entidade. Podem analisar o benefcios e decidir pelo preenchimento da proposta de afiliao.

    A Associao dos Usurios dos Portos de Santa Catarina USUPORT/SC uma entidade sem fins lucrativos, que atua com associativismo estadual, nacional e i nte r n a c i o n a l, e m b e n e f c i o d o s exportadores e importadores e est situada em Itaja, Santa Catarina.

  • 42 | REVISTA INPORT42 | REVISTA INPORT

    INFRAESTRUTURA

    A CNT (Confederao Nacional do Transporte) divulgou o

    Plano CNT de Transporte e Logstica 2014. O estudo, que

    chega quinta edio, elenca 2.045 projetos prioritrios

    de infraestrutura de transporte, abrangendo todos os

    modais, tanto na rea de cargas como na de passageiros.

    As propostas indicadas somam R$ 987 bilhes e tm o

    objetivo de contribuir para alavancar o desenvolvimento

    do pas, reduzir os custos logsticos, aumentar a

    competitividade dos setores produtivos e permitir mais

    segurana e desempenho aos transportadores e

    populao. So intervenes condizentes com o

    desenvolvimento econmico e social desejado ao Brasil,

    abrangendo a modernizao e a ampliao de rodovias,

    aeroportos, portos, hidrovias, ferrovias e tambm dos

    terminais de cargas e de passageiros.

    Uma significativa parcela da infraestrutura de transporte,

    em todas as modalidades, encontra-se obsoleta,

    inadequada ou ainda por construir. Algumas delas operam

    no limite ou mesmo acima da sua capacidade, enquanto

    outras carecem de manuteno, conclui o estudo.

    Segundo anlise da CNT, essa situao representa um

    entrave ao crescimento do pas e gera reflexos negativos,

    como aumento do tempo de viagens, maior custo

    operacional, aumento do nmero de acidentes e dos nveis

    de emisso de poluentes.

    Para os nove eixos estruturantes analisados, esto

    previstas construo e duplicao de rodovias, expanso

    de hidrovias, dragagem em portos, implantao de

    ferrovias, construo e ampliao de aeroportos,

    construo e adequaes de terminais de cargas, entre

    vrias outras intervenes.

    Nos projetos urbanos, esto includas 18 regies metropolitanas. As

    propostas tm o objetivo de oferecer respostas s demandas de transporte da

    populao nas diversas atividades cotidianas. H projetos voltados

    implantao de corredores de BRT (Bus Rapid Transit); construo de

    infraestrutura para VLTs (veculo leve sobre trilho), monotrilhos, metrs e trens

    urbanos; construo e adequaes de terminais de passageiros, entre outras.

    O Plano detalha, ainda, projetos e investimentos necessrios conforme cada

    Estado e regio.

    Os Recursos so para os 2.045 projetos prioritrios de infraestrutura no Brasil, segundo a CNT.

    R$ 1 TRILHO O VALOR NECESSRIO PARA INVESTIMENTOS

  • 43

    >>

    INVESTIMENTO PRIVADO

    De acordo com a CNT, a implementao dos

    projetos pode receber um impulso a partir da

    participao da iniciativa privada. Conforme a

    concluso do Plano, a retomada dos

    investimentos pblicos em infraestruturas de

    transporte, em anos recentes, apesar de

    assinalvel, no tem sido suficiente para

    ajustar a oferta de transporte s demandas

    existentes e previstas. E a execuo dos

    investimentos tambm tem estado aqum dos

    valores planejados e autorizados. Torna-se

    assim mais importante a participao da

    iniciativa privada nesses projetos de

    infraestrutura de transporte.

    O Plano CNT de Transporte e Logstica mais

    uma contribuio da Confederao Nacional

    do Transporte para auxiliar os governos e a

    iniciativa privada na identificao das

    prioridades de investimentos em relao a

    projetos de infraestrutura de transporte. O

    estudo tambm uma fonte de informao

    para o meio acadmico e para a sociedade em

    geral sobre as necessidades do setor. Com

    ele, possvel identificar o caminho a seguir

    para um sistema de transporte condizente

    com o desenvolvimento desejado para o

    Brasil.

    AS PROPOSTAS TM O OBJETIVO DE OFERECERRESPOSTAS S DEMANDAS DE TRANSPORTE DA POPULAO NAS DIVERSAS ATIVIDADES COTIDIANAS

  • SEGURANA

    44 | REVISTA INPORT

    PORTO DE IMBITUBA RECEBER SISTEMA DE CFTV

    A Coringa, empresa de Florianpolis (SC), foi a vencedora da licitao para o fornecimento de cmeras para proteo perimetral do Porto

    Atravs do processo licitatrio aberto no dia 11 de agosto

    de 2014, o Porto de Imbituba, que fica localizado no Sul do

    Estado, fez a aquisio de equipamentos de tecnologia da

    informao. O projeto contempla o fornecimento,

    instalao, ativao, configurao, treinamento, suporte

    assistido e manuteno em garantia com atendimento

    vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, de um

    sistema de segurana por CFTV. O Circuito Fechado de

    Televiso Digital, em protocolo de internet (IP), serve para

    a proteo do permetro contra invases rea

    alfandegada do Porto de Imbituba.

    As cmeras so digitais e de alta definio, com

    transmisso das imagens em protocolo de internet (IP),

    atravs de uma rede de dados dedicada, construda com

    fibras pticas. O armazenamento destas imagens

    realizado em um servidor com storage conectado a

    mesma rede das cmeras, cujo acesso, alm dos

    responsveis pela segurana, tambm disponibilizado

    Receita Federal, diz o Diretor Tcnico da Coringa,

    Fabrcio de Melo Carniel.

    Em dois pontos de acesso o sistema de monitoramento

    ser dotado de funcionalidade capaz de efetuar a leitura e

    a identificao de placas de licenciamento veicular, o qual

    ser integrado ao sistema de controle aduaneiro do Porto.

    O gerenciamento e monitoramento destas imagens sero

    realizados em uma central composta por computadores

    dedicados, interligados a monitores de LED de alta

    definio, complementa Fabrcio.

    Todo o sistema atender ainda s exigncias das

    normativas e portarias da Secretaria da Receita Federal,

    da Comisso de Portos, Terminais e Vias Navegveis

    CONPORTOS, e do ISPS Code. O prazo para a

    implantao est previsto para at cento e vint