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9ª edição - Revista Inport
Citation preview
CENRIO PS-ELEICOExpectativas sobre a Lei dos Portos
COURO BRASILEIROExportaes devem aumentar 50%
USUPORT | SANTA CATARINAMeta de 100 associados at o fim de 2014
Edio 09 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014
OPORTUNIDADE PARA EMPRESAS BRASILEIRASHONG KONG
A REVISTA INPORT UMPRODUTO DA CRIE EDITORA
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NDICE Edio 09 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014
IMPORTAO10
PORTO DE RIO GRANDE12
TESC08Investimentona cabotagem
ITAPO18Terminal nmero 1 do Brasil
Aumento de 400% SUPRG implantasistemas de acesso no pasem produtos
IOB16
PORTO DE IMBITUBA20
Simpsio discutecomrcio exterior
Conta com novoservio de cabotagem ps-eleio
NEPOM26
INTERNACIONAL28
Ncleo faz entrega Brasil perde espaono mercado argentino na Baa de Babitongade medalhas
JURDICO31As novas outorgas Regio sul pronta
do CFTV no Porto de Imbituba o valor necessrioat o fim de 2014
POLCIA FRANCESA14Atuao nutica
LEI DOS PORTOS22Insegurana jurdica
JURDICO30Monitoramento
AEROPORTO32
TECNOLOGIA36Ponto Sistemasoferece solues no setorno setor porturio para receber voos
USUPORT/SC SEGURANAINFRAESTRUTURA40 4442Espera 100 associados Coringa far instalao Investimento de 1 trilho
Distribuio:Gratuita e dirigida
Diretora de Criao: Lvia [email protected]
Gerente Comercial: Lucas [email protected] 9831 0031
Diretora de Redao: Aline Arajo (DRT/SC 4048) [email protected]
EXPEDIENTE
Revista INPORT
Rua Augusto Severo, 541 - Centro Tubaro/SC - | 48 3052 2190
EXPORTAO38Aumentona venda do couro
A gesto ambiental porturia
Pirataria em portos do Brasil
Santa Catarina uma potncia a ser descoberta
COLUNA
46
48
49
HONG KONG34Oportunidade para empresas brasileiras
PORTONAVE11Est entre as maiorescompanhias de Santa Catarina
PORTO DE PARANAGU29Recorde na exportaode gros
Colaboraram com esta edio:Assessorias dos terminais TESC, Itapo e Portonave, dos portos de Paranagu e Rio Grande. Alm das assessorias da Santos Brasil, FIESC, CICB e CNT.
Edio 09 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014
6 | REVISTA INPORT
EDITORIAL
2014 ano de eleies. O cenrio poltico interfere,
e muito, no cenrio porturio. As mudanas na Nova
Lei dos Portos e os pontos que ainda so discutidos
frequentemente sero impactados diretamente pelo
presidente que assumir o cargo em 2015. A
Associao Brasileira dos Terminais Porturios
reuniu, por exemplo, sugestes nas reas de
segurana jurdica, governana, relao capital-
trabalho e Infraestrutura para apresentar aos
presidenciveis. E, assim como a Associao,
outros rgos esto se movimentado e na
expectativa do Brasil ps-eleio.
Alm desse tema, a Revista Inport traz uma
reportagem sobre a USUPORT/SC. A Associao,
que ainda nova, prope melhorias em
infraestruturas pblicas e privadas, defesa e
aperfeioamento dos Marcos Regulatrios
existentes e a representatividade dos donos de
cargas perante as autoridades e os agentes
econmicos da cadeia de logstica nacional e
internacional.
Vamos falar tambm sobre a exportao do couro.
O Centro das Indstrias de Curtumes do Brasil
(CICB) e a Agncia Brasileira de Promoo de
Exportaes e Investimentos (Apex-Brasil) assinam
no fim do ms de agosto um novo convnio do
Projeto Setorial Brazilian Leather para a promoo
das exportaes do couro brasileiro. Mercado que
para a ndia aumentar em 50%.
Homenagens sempre so bem-vindas na Inport. No
ms de setembro foi a vez do NEPOM em
Florianpolis entregar medalhas para os parceiros
do Ncleo. Desde 2011, quando houve a
inaugurao da sede Nutica da Delegacia
Especial De Polcia Martima, o reconhecimento da
ajuda de vrias pessoas ficou explcito. E a cada
ano, no aniversrio da Sede, o Ncleo realiza a
entrega de Medalhas, que homenageiam os
'Amigos do NEPOM'.
Essas e outras matrias podem ser conferidas
nessa edio. Ns da Inport esperamos deixar o
leitor bem informado tendo acesso a um contedo
de qualidade e uma diagramao leve e colorida
que faz da Inport uma referncia em relao s
revistas ligadas ao setor.
DAS ELEIES
O ANO
Boa Leitura!
8 | REVISTA INPORT
PORTOS E TERMINAIS
TESC
Dentro da proposta de diversificar suas operaes, o TESC
Terminal Porturio Santa Catarina aposta na cabotagem como
uma alternativa vantajosa em diferentes aspectos: o gerente
comercial do Terminal, Cludio Flores, aponta que o modal tem
no s baixo custo, segurana e ndice mnimo de avarias, mas
garante melhor planejamento quando se considera
agendamento de entrega.
Atualmente, nas cargas conteinerizadas o TESC movimenta
60% em longo curso e 40% em cabotagem, e 80% do
siderrgico em cabotagem. At o momento este ano, a
movimentao de cabotagem cresceu em mdia 30% na
carga conteinerizada e 18% no siderrgico em comparao
com o ano passado. Para Flores, o resultado se deve
principalmente reduo do custo logstico que o modal
oferece, e tambm conscientizao quanto reduo de
CO2. A Lei do Motorista, que entrou em vigor em junho de
2012, tambm teve influncia neste crescimento. A lei dispe
sobre o exerccio da profisso de motorista profissional de
veculos automotores, regulamentando a remunerao e a
jornada de trabalho.
No TESC, houve migrao de cargas para a cabotagem em
todos os setores, desde matria prima at produto acabado.
Hoje, as principais cargas movimentadas so produtos
siderrgicos, alimentos e bebidas, eletro eletrnicos, materiais
de construo civil e madeira (MDF). O Terminal possui
condies extremamente competitivas na cabotagem, que
permitem uma significativa economia em toda a logstica:
janelas de atracao e equipamentos especializados para a
movimentao de cargas, que proporcionam produtividade
competitiva, e excelente profundidade, o que resulta em
maiores calados.
Mesmo com nmeros j to positivos, Flores acredita que a
cabotagem possa crescer ainda mais. As caractersticas
naturais do Brasil so um fator que pesa bastante. O pas
possui mais de 8 mil Km de costa navegvel, e o
aproveitamento desse recurso com a cabotagem garante um
transporte de carga que consome menos combustvel por
tonelada til transportada, em comparao com outros
modais, afirma. Consequentemente, a cabotagem interfere
menos no meio ambiente a partir da reduo da emisso de
CO2 e NOX na atmosfera, uso de vias naturais e do baixo
impacto ambiental em sua implantao.
Para que o crescimento continue a ocorrer, necessrio que
alguns desafios sejam vencidos. Ainda existe muito
desconhecimento a respeito do modal e de suas vantagens, e
alguns clientes seguem relutantes. essencial, ainda,
proporcionar condies equivalentes de trabalho, custo e
incentivos, principalmente em relao ao combustvel.
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Modal vem crescendo no Terminal Porturio Santa Catarina
- Sistema de CFTV (Circuito Fechado de Tv)
- Sistema de Alarme Perimetral (Cabo Sensor)
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Vages de Trens, com ndices acima de 95%
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setembro de 2011
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10 | REVISTA INPORT
ECONOMIA
As compras pela internet, principalmente em sites da China,
tm crescido nos ltimos tempos, sendo o baixo preo o
principal fator contribuinte para a importao. De acordo com
o consultor financeiro, Cristiano Brasil, o motivo dos preos
extremamente baixos o custo de produo pequeno. "Os
impostos acabam deixando nossos produtos muito mais
caros que os chineses. No Brasil temos uma vasta legislao
sobre direitos e benefcios dos funcionrios. Isso no vemos
na China. Isso impacta diretamente nos preos finais dos
produtos, entre outros fatores", declarou Brasil.
O consultor ainda pontua que a China tem um potencial
enorme. "A China possui uma demanda reprimida de
produtos e servios por uma populao que ainda no tem ou
no tinha acesso economicamente, sendo que as coisas
esto mudando. Uma parcela maior da populao j
consegue acesso a esses produtos, fazendo da China um
comprador/importador voraz de outros pases", relatou.
Segundo o assessor de comunicao dos Correios, Gensio
Silva, existem dois procedimentos para tentar amenizar a
demanda de produtos, tendo em vista que de dois anos para
Por Marili Salvador portal satc.com
Em dois anos a busca pelo mercado estrangeiro aumentou consideravelmente
c a movimentao de cargas importadas nos Correios
aumentou cerca de 400%. "Este nmero refere-se s
mercadorias de todos os pases do mundo, mas o principal a
China", relatou Silva.
As alternativas que tentam amenizar a demanda partem da
Receita Federal e Correios. "Por parte da Receita Federal,
existe a lei que permite a taxao de 60% do valor em cima dos
produtos importados. J os Correios podem cobrar R$ 12,00
para as mercadorias retidas, isto para cobrir os trabalhos de
armazenamento, aviso e outros", frisou.
Com os baixos custos de produo chins, algumas
empresas brasileiras j esto montando fbricas no pas,
dispondo assim de mo de obra e matria-prima mais baratas.
A estudante Karini Rodrigues faz este tipo de compra por
possuir uma economia considervel em relao ao comrcio
brasileiro, e pontua que apesar da taxa cobrada, os produtos
continuam mais em conta. "Faz seis meses que fiz a primeira
compra e continuo at ento. Os juros cobrados aqui nos
fazem buscar outras alternativas e a importao se torna um
bom negcio", afirmou Karini.
TEVE AUMENTO DE 400%IMPORTAO DE PRODUTOS
11
>>
A Portonave a 2 maior empresa do sul do pas no setor
de transporte e logstica, considerando a receita bruta,
de acordo com o ranking realizado pela Revista Amanh,
em parceria com a PwC PricewaterhouseCoopers. A
empresa o porto mais bem colocado na lista. O
resultado foi anunciado no ms de agosto.
A pesquisa aponta as 500 maiores empresas do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paran. Na classificao
geral, o Terminal Porturio ocupa o 19 lugar entra as 100
maiores empresas do estado e a 92 posio entre as 500
maiores do sul.
Todas as informaes trazidas pelo ranking so
extradas de uma nica fonte: as demonstraes
financeiras das empresas listadas. So examinadas
tanto demonstraes contbeis de grupos quanto de
empresas individuais.
Para o diretor-superintendente administrativo da
Portonave, Osmari de Castilho Ribas, Ser uma das
grandes companhias traz uma responsabilidade muito
grande para ns e ao mesmo tempo nos estimula a
crescer mais e ajudar a desenvolver Navegantes e
regio.
Em setembro sero realizadas trs cerimnias de
premiao no Paran, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Nestes eventos, sero homenageadas as cem
maiores companhias de cada estado e as empresas
lderes em mais de 30 setores econmicos.
COMPANHIAS DE SANTA CATARINA PORTONAVE EST ENTRE AS MAIORES
12 | REVISTA INPORT
DE ACESSO NO PORTOSUPRG IMPLANTA SISTEMAS
A modernizao tecnolgica conta com sistemas de monitoramento e de controle
A Superintendncia do Porto do Rio Grande (SUPRG) iniciou a
implantao de um projeto de modernizao tecnolgica.
Trata-se de um novo sistema de monitoramento e controle de
acesso para o Porto Novo, administrao da SUPRG e outras
reas estratgicas do porto.
H um ms esto em pleno funcionamento, 86 cmeras HD de
alta resoluo. Nos prximos dias, mais duas cmeras de uso
exclusivo e diferenciado, com sistema de infravermelho e
termossensveis sero instaladas. Estes equipamentos
possibilitam a captao de imagens noite e operam com
qualquer tipo de visibilidade. Todas as cmeras tm alcance
de 15 km e esto estrategicamente distribudas em reas do
Porto Novo, prdio administrativo da SUPRG e outros locais.
O monitoramento destes equipamentos feito em uma central
instalada na sala de controle da Guarda Porturia.
De acordo com o gestor do projeto, Marcelo Cordeiro Couto, o
investimento da SUPRG de R$ 5 milhes. Esta iniciativa
atende ao Cdigo Internacional para Segurana de Navios e
Instalaes Porturias (ISPS Code). Estamos criando
ferramentas de gesto jamais atingidas. Este um incremento
na qualidade da segurana para os usurios, clientes e
funcionrios do porto. Este sistema representa uma garantia
para as pessoas e para as cargas que circulam no ambiente
porturio, avaliou.
Conforme Couto, todos os funcionrios da Guarda Porturia
foram treinados para trabalhar com o sistema. Alm disso,
todos os acessos do porto so controlados por identificao
biomtrica. Este projeto ainda est integrado com o Sistema
Porto.
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12 | REVISTA INPORT
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14 | REVISTA INPORT
SEGURANA
ATUAO NUTICA
DA POLCIA NACIONAL FRANCESA
O modelo policial francs, matriz para os sistemas policiais
do mundo ocidental que adotam o chamado civil law,
consiste na bipartio de atribuies entre a Polcia
Nacional Francesa e a Gendarmeria, tomando como base
critrios populacionais.
Ambas realizam o denominado ciclo completo, ou seja,
exercem atividades de polcia administrativa e judiciria,
atuando a Polcia Nacional nas cidades francesas que
possuem mais de 20.000 habitantes e a Gendarmeria nas
cidades com menos de 20.000 habitantes.
Alm desse critrio preliminar existem outros cujo presente
artigo no pretende esmiuar. Mas nessa partio, a
Gendarmeria ficou encarregada das atividades de polcia
martima, como uma Guarda Costeira, o que no retirou da
Polcia Nacional o papel de gerir unidades martimo/fluviais
para assegurar o seu mister legal.
A BRIGADA FLUVIAL DE PARIS
PROCESSO DE SELEO PARA INTEGRAR A FLUV
Antes de 1900, a Inspeo-geral de Navegao no dispunha de efetivos de vigilncia e interveno permanentes. A criao de unidades especializadas para atender s necessidades especficas uma prtica que nasce no final do sculo XIX, e com este esprito que foi formalmente criada a Brigada Fluvial por um Decreto do Prefeito de Polcia em 30 de junho de 1900.
Sua competncia se estende aos Departamentos da regio de le-de-France, com 3 400 km de vias navegveis (Decreto de 24 de Julho de 2009), estando sediada na cidade de Paris, onde encontramos o Rio Sena, que merece um acompanhamento dedicado, dado ao desen-volvimento do trfego fluvial sobre este que um importante eixo econmico. A regio de le-de-France possui caractersticas complexas: a trao de navios em dificuldade, extino de fogo, estabilizao de embarcaes que ameaam afundar, manuteno da ordem, entre outras.
A Polcia Nacional Francesa est dividida em quatro grades de funcionrios. Os adjuntos de segurana, os guardies da paz, os oficiais de polcia e os comissrio de polcia. O primeiro critrio de ingresso na Fluv pertencer grade de guardio da paz pelo perodo mnimo de um ano, estando por tanto excludos os adjuntos de segurana. Os candidatos devem ter no mximo 37 anos de idade e possurem atestado mdico que os declare aptos pratica do mergulho. A seguir, h uma bateria de provas. Os candidatos que lograrem aprovao para atuar na Brigada Fluvial em funo de sua classificao recebero uma formao inicial de trs meses de durao com estgios.
Por Marcelo Pasqualetti
15
OUTRAS UNIDADES
DE POLCIA MARTIMA/FLUVIAL
DA POLCIA NACIONAL FRANCESA
Alm da Brigada que est sediada em Paris, a Polcia
Nacional est presente em outras regies. Em Marseille,
situada no litoral do Mediterrneo, possui uma importante
unidade: a Unidade de Prevenao e Segurana no Litoral
(UPSL).
Marseille um importante polo econmico, alm de ter
acentuado incremento de turistas na poca do vero. Por
esta razo, a unidade recebe um reforo de policiais,
fazendo-se presente em 15 praias e estaes de ajuda, alm
do patrulhamento rotineiro no mar.
O auxlio aos policiais embarcado feito tambm por
policiais que realizam patrulhas em bicicletas, o que
assegura uma mobilidade e maior eficincia operacional.
Na regio do Rhne h tambm uma Unidade Fluvial. Se h
10 anos a regio no merecia especial ateno, o aumento
do fluxo de embarcaes e o crescimento de cidades que
margeiam os rios, onde observamos o fenmeno da
conurbao, fez com que a Polcia Nacional optasse pela
criao desta Unidade.
Apenas no ltimo ano foram encontrados pelos policiais
desta unidade 22 cadveres, o que gerou o mesmo nmero
de investigaes para apurar as causas. Mas a rotina da
Unidade se concentra em operaes nuticas cotidianas,
represso a banhos em locais proibidos, abuso de bebida
alcolica, entre outros, o que previne sobremaneira
ocorrncias de desdobramentos policiais.
H que se ressaltar a complementaridade entre a Polcia
Municipal de Lyon e a FLUV - Esta interatividade
especialmente utilizada durante o vero e durante as frias
escolares em geral, onde a frequncia s margens do
Rhone e do Saone experimentaram um aumento
significativo.
Marcelo de Almeida Pasqualetti agente de polcia federal. Foi Adido Policial Adjunto em Paris (2012-2014) e especialista em Anlise de Ameaas Criminais Contemporneas pela Universidade Pantheon-Assas Paris II. [email protected]
>>
EVENTO
16 | REVISTA INPORT
O I Simpsio de Direito Aduaneiro, Martimo e Porturio da
IOB, que acontece em So Paulo, na sede da Editora IOB,
quer fomentar o intercmbio cultural entre os profissionais do comrcio exterior, comunidade martima e porturia, possibilitando a troca de experincias entre os profissionais e
autoridades da rea. Alm disso, deseja reduzir a
insegurana jurdica do comrcio internacional e da
logstica, por meio da discusso de temas relevantes do
Direito Aduaneiro, Porturio e Martimo.
Segundo os organizadores do Evento, acredita-se que um
dos grandes gargalos do setor Porturio Nacional est nos
inmeros impostos pagos pelos Portos, Terminais e
Empresas Porturias no Pas exigidos pelo Poder Pblico.
Bem como, a insegurana jurdica para investidores e
preos abusivos pagos pelos usurios que dependem
dessa infraestrutura. Assim, esta uma oportunidade para
SIMPSIODISCUTE COMRCIO EXTERIOR
que as empresas, por meio dos diretores, contadores e
representantes demonstrarem para o Poder Pblico e
julgadores do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais-
CARF, parte desta realidade. Os advogados do setor
Tributrio Nacional apresentaro seus trabalhos de pesquisa
para aprimoramento do tema.
Entre as palestrantes esto o Advogado, Ps-doutor em
Regulao dos Transportes e Portos, Osvaldo Agripino, que
fala sobre a Reforma Porturia e Regulao do Transporte
Martimo. J para falar sobre a Reforma do Cdigo Comercial
e o Impacto no Transporte Martimo foi convidado o Juiz do
Tribunal Martimo, Nelson Cavalcante e Silva Filho. A
Advogada, Mestre em Direito Porturio e Doutoranda em
Desenvolvimento Porturio, Milene Zerek, traz o tema
Regularizaes Porturias e Retroporturias. Alm desses,
mais outros 10 temas, alm de painis, faro parte do Evento.
O evento acontece nos dias 16 e 17 de outubro e tem como objetivo promover debates de temas jurdicos e econmicos sobre o comrcio exterior, transporte martimo, portos e questes relacionadas logstica.
18 | REVISTA INPORT
PORTOS E TERMINAIS
18 | REVISTA INPORT
O destaque da pesquisa deste ano, 2014, ficou com um dos mais
novos terminais do Pas. O Porto Itapo, localizado na Baia da
Babitonga, em Santa Catarina, precisou de apenas trs anos de
operao para conquistar a maior nota dos usurios: 8,9. O
terminal administrado pelas empresas Aliana (da Hamburg
Sd), Battistella e Log Z (formada por fundos de investimentos
administrados pela BRZ) e especializado na movimentao de
contineres.
Patrcio Junior, Presidente do Porto Itapo garante que o resultado
alcanado pelo Terminal um reflexo de uma soma de
investimentos que vo desde a infraestrutura at o esforo
constante que a empresa agrega na motivao, qualificao e
engajamento das pessoas. Toda empresa s consegue atingir
nveis de excelncia, como aponta o resultado dessa pesquisa,
quando consegue identificar que seu maior patrimnio so as
pessoas. Investimento em infraestrutura, equipamentos e
relaes comerciais so fruto do trabalho de nossos Colabo-
radores, que trabalham com a certeza de que tudo que fazem so
para eles mesmos, e no apenas pela empresa. O Porto Itapo
uma empresa onde as pessoas fazem a diferena!, exalta.
O desempenho porturio brasileiro, destacado pelo Instituto Ilos,
o resultado de uma pesquisa de opinio que mostra a avaliao
feita por 169 companhias, de 18 setores da economia brasileira.
Este ano, contudo, a avaliao apresentou uma queda
significativa em relao s outras sries da pesquisa. Quando o
trabalho foi iniciado, em 2007, a nota mdia dada pelos usurios
dos portos era de 6,3; subiu para 6,9, em 2009; 7,3, em 2012; e
agora caiu para 6,8.
A matria do jornal Estado de S. Paulo descreve que os projetos de
expanso dos portos pblicos esto travados no Tribunal de Contas
da Unio (TCU), e o governo s tem conseguido liberar, de forma
ainda morosa e aqum das necessidades, a construo de alguns
terminais privativos (para movimentao de carga prpria e de
terceiros). "Por enquanto, a nova lei tem tido um efeito contrrio. Em
vez de ampliar os investimentos, o setor parou. Isso cria um clima
negativo e a percepo dos usurios piora em relao aos servios
prestados", afirma o presidente do Ilos, Paulo Fleury.
Ele explica que os profissionais de logstica das empresas deram
nota de 0 a 10 para os trs principais portos que usam. As piores
avaliaes vieram dos setores de minerao, qumico, petroqumico,
higiene e limpeza, cosmtico e farmcia.
Na mdia, os terminais privativos tiveram as melhores notas e os
pblicos, as piores. "Essa posio reflete dificuldades de acesso
(terrestre e martimo), burocracia, mo de obra, etc. Os terminais que
esto dentro do porto so bons, mas a parte coletiva no ", avalia
Fleury.
O resultado do Porto Itapo, nesse contexto, e com apenas trs anos
de operao, revela a necessidade de investimentos privados no
Pas. Mesmo cercado de bons concorrentes, o terminal j apresenta
resultados empolgantes num curto espao de tempo. "Nossa entrada
no setor foi desafiante. Itapo era uma cidade turstica, de veraneio,
sem nenhuma tradio na atividade porturia. Alm disso, nossos
concorrentes (Paranagu, Navegantes e So Francisco do Sul) j
estavam consolidados", afirma o diretor do porto, Mrcio Guiot. A
sada, diz ele, foi adotar prticas diferenciadas, sejam de operao
ou tarifria.
PORTO ITAPO O N 1 DO BRASIL
DE ACORDO COM PESQUISA
Matria divulgada pelo jornal O Estado de So Paulo, aponta o Terminal Porto Itapo como o terminal porturio com melhor desempenho em pesquisa realizada pelo Instituto Ilos (Instituto de Logstica e Supply Chain.)
19
>>
Com mais tempo de atividade no setor, o Porto do Pecm, ficou
com o segundo lugar no ranking do Ilos. O terminal privativo,
controlado pelo governo do Estado do Cear, obteve nota 7,9.
Inaugurado em 2002, movimenta granis slidos e lquidos, alm
de contineres. O terceiro melhor avaliado, com 7,44 pontos, foi o
Porto de Navegantes, vizinho de Itapo. O terminal administrado
pela Triunfo Participaes (TPI).
Na outra ponta ficaram os portos pblicos: Santos (6,36), Salvador
(6,33) e Paranagu (6,33). So trs complexos porturios
formados por grandes terminais que movimentam uma srie de
cargas, como contineres, veculos, combustveis, soja e acar.
A administrao feita por estatais federais (Santos e Salvador) ou
estaduais (Paranagu).
Embora seja uma pesquisa de opinio, os trs portos no aceitam a
posio dada a eles. Alm disso, questionam terem sido colocados
no mesmo ranking que os terminais privativos, que, na maioria das
vezes, operam apenas um tipo de carga. Em nota, a Companhia
Docas do Estado de So Paulo (Codesp), que administra o Porto de
Santos, diz que inconcebvel comparar portos de naturezas
distintas.
Segundo a estatal, o porto tem a melhor oferta de infraestrutura, o
maior parque de armazenagem do Pas e a melhor condio de
acessibilidade do sistema porturio. "Alm disso, conta com a maior
quantidade de rotas martimas regulares. Por ano, passam por
Santos, 5.300 navios." Por isso, no entende a baixa avaliao dos
entrevistados.
No caso de Salvador, o diretor executivo da Associao de Usurios
dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, afirma que o resultado da
pesquisa no surpreende. "H dez anos, pedimos que o porto seja
ampliado, mas tem ocorrido o contrrio. O porto se apequenou." Ele
afirma que o preo para movimentao de continer subiu 1.067%
desde 2000. "Isso retirou a competitividade das empresas, que
tiveram de buscar rotas alternativas."
Villa afirma que, por ter apenas um terminal de continer, as linhas
regulares das empresas de navegao foram minguando. Qualquer
operao com a China tem sido feita por Santos, por exemplo.
Numa importao, a mercadoria desembarcada em So Paulo, e
levada para a Bahia por caminhes. As frutas so embarcadas por
Pecm.
Na avaliao do professor da Fundao Dom Cabral, Paulo
Resende, os esforos aplicados no sistema porturio nos ltimos
anos no foram suficientes para reduzir os problemas. "Para piorar,
os projetos e programas esto andando a passos de tartaruga."
RANKING DOS PORTOS BRASILEIROS
Elaborado pelo Instituo ILOS, divulgado pelo Jornal O Estado de S. Paulo, em 10/8/2014
POSIO PORTO NOTA
1 23456789
10111213
8,907,907,447,307,297,226,896,866,806,726,366,336,33
ItapoPecm
NavegantesRio Grande
VitriaItaja
SuapeSo Francisco do Sul
Itagua Rio de Janeiro
SantosSalvador
Paranagu
20 | REVISTA INPORT
PORTOS E TERMINAIS
A Santos Brasil dispe de um novo servio regular da Hamburg
Sd/Aliana no Tecon Imbituba, terminal de contineres administrado
pela Companhia em Santa Catarina. Trata-se de mais uma escala
semanal de cabotagem, que far o transporte de contineres da regio
Sul para alguns dos principais portos do Norte e Nordeste do Pas. Com
a novidade, trs escalas semanais regulares passam a ser oferecidas a
importadores e exportadores em Imbituba, ampliando a movimentao
e participao deste terminal no mercado.
At ento, as cargas da regio eram transportadas aos portos de
Salvador (BA), Suape (PE), Pecm (CE), Manaus (AM) e So Lus (MA),
apenas aps o transbordo no Porto de Santos - ou seja, precisava
aguardar a troca de navios para seguir seu destino. Alm da linha que
liga Imbituba aos portos do Norte e Nordeste, a unidade conta com
outros dois servios regulares da Hamburg Sd - o primeiro proveniente
da regio do Golfo do Mxico e Caribe; e o segundo com destino ao
Uruguai e Argentina (River Plate).
Para o gerente comercial da Santos Brasil em Imbituba, Paulo Pegas, o
Tecon hoje uma alternativa vivel para o transporte de cargas
conteinerizadas de empresas dos estados da regio Sul. "Com a
ampliao do nmero de linhas de navegao, nosso terminal se torna
uma opo altamente competitiva aos produtores e indstrias
catarinenses e rio-grandenses, que contam com um terminal com
tecnologia de ponta e de fcil acesso", refora.
Ainda segundo ele, a cabotagem oferece hoje grande potencial de
crescimento no Pas, devido abundncia de capacidade instalada
dos portos e aumento da frota de navios para este tipo de transporte.
Por outro lado, temos um transporte rodovirio sucateado e em estado
ruim de conservao. De uma maneira geral, podemos dizer que o
custo final para transporte das cargas tende a ser menor via
cabotagem, em relao ao transporte rodovirio, precificando o servio
de forma mais competitiva, sobretudo nos corredores de longa
distncia Norte-Sul do pas, diz Pegas.
No entanto, o uso do transporte rodovirio, segundo Pegas, ainda se faz
necessrio e complementar cabotagem. A conexo intermodal
fundamental. preciso utilizar todo o potencial da cabotagem no Brasil,
que tem mais de oito mil quilmetros de costa litornea. Mas as
hidrovias necessitam encontrar ferrovias e rodovias, fala.
No segundo trimestre deste ano, o complexo movimentou 12.396
contineres, j superando a marca registrada durante todo o ano de
2013. No primeiro semestre de 2014, o Tecon Imbituba movimentou
17.466 contineres aumento de 274% em relao ao mesmo perodo
do ano passado, quando foram registrados um movimento de 6.386
unidades. Com isso, esperamos fechar o ano com um aumento
expressivo nas operaes do Tecon Imbituba. Principalmente devido
abertura de novas rotas de cabotagem, conclui Pegas.
IMBITUBA COM NOVO SERVIO DE CABOTAGEM
Tecon Imbituba apresenta o novo servio de cabotagem da Hamburg Sd/Aliana
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porturia e regulamentao aduaneira. Nossos sistemas
promovem agilidade e confiana aos clientes e fornecedores,
trazendo informaes detalhadas e seguras integradas ao
sistema de gesto de recintos e terminais.
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JURDICO
22 | REVISTA INPORT
A INSEGURANA JURDICA
PS-ELEIOEspecialistas falam sobre a preocupao em relao s cargas tributrias e o desafio da Nova Lei dos Portos
No dia 05 de outubro os eleitores vo s urnas em todo Brasil
escolher quem estar frente do comando do Pas pelos prximos
quatro anos. Porm, questes antigas ainda vm sendo discutidas
cada dia mais entre especialistas que esto apreensivos em
relao s reas que envolvem segurana jurdica, tributaes,
governana, entre outras. A exemplo disso, a ABTP Associao
Brasileira dos Terminais Porturios lanou um documento aos
presidenciveis com propostas para a evoluo da legislao do
setor porturio.
O objetivo do documento consolidar os avanos e promover a
evoluo da legislao e regulamentao do Sistema Porturio
Brasileiro, contribuir para o desenvolvimento do setor por meio do
destrancamento de investimentos j planejados e da atrao de
novos, bem como minimizar a burocracia com a consequente
reduo do tempo improdutivo e dos custos logsticos, de modo a
aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados
externos. A ABTP acredita que tais providncias devem ser tomadas
com urgncia pelo prximo presidente da Repblica e demais
governantes. O documento ser apresentado aos principais
candidatos por meio de suas coordenaes de campanha. Haver
continuidade aps as eleies, com debates com o presidente
eleito.
A to propalada e sempre adiada reforma tributria, desde que
implicasse em reduo dos impostos, certamente contribuiria para a
reduo dos custos porturios e para o decorrente aumento da
competitividade do produto brasileiro no mercado externo. Mas,
para que o setor cresa, alm da reforma tributria, tambm ser
indispensvel que se eliminem os entraves que afetam o mesmo, o
que pode ser alcanado com a adoo das propostas da ABTP, diz
Wilen Manteli, Diretor Presidente da ABTP.
A ABTP REPRESENTA MAIS DE 80 TERMINAIS PORTURIOS RESPONSVEIS POR 70% DA CARGA QUE CIRCULA NO COMRCIO EXTERIORBRASILEIRO.
>>
23
AS PROPOSTAS FORAM AGRUPADAS EM QUATRO REAS: SEGURANA JURDICA, GOVERNANA, RELAO CAPITAL-TRABALHO E INFRAESTRUTURA. ENTRE AS PRINCIPAIS SUGESTES ESTO:
SEGURANA JURDICAAdotar polticas que assegurem o respeito aos direitos adquiridos nos contratos de arrendamento (portos pblicos) e de adeso (terminais privados);Cumprir o propsito da Lei no 12.815/13 de atrair novos investimentos e destravar os j planejados em prol das instalaes porturias arrendadas mediante: (a) utilizao das reas contguas aos terminais; (b) antecipao do prazo de prorrogao dos contratos; (c) adaptao dos contratos pr-1993; (d) reviso da Taxa Interna de Retorno (TIR) de forma a torn-la atrativa e conforme a realidade do setor porturio; (e) adaptao dos editais de licitao, priorizando-se as reas livres; e (f) financiamentos na modalidade Project Finance;
RELAO CAPITAL-TRABALHOEstimular a multifuncionalidade dos trabalhadores porturios e sua qualificao profissional;Estabelecer a liberdade de contratao de trabalhadores em todos os terminais e instalaes porturias pblicas;
INFRAESTRUTURA
Dar continuidade aos projetos de dragagem de aprofun-damento/manuteno, considerando as particularidades dos navios escalados; Agilizar os processos de licenciamento para expanso e continuidade dos negcios porturios, sem eliminar etapas que assegurem a preservao do meio-ambiente e a sustentabilidade do negcio.
GOVERNANAImplementar um modelo de administrao porturia funda-mentado na meritocracia, autonomia, agilidade, com foco no mercado, e capaz de reduzir os custos porturios, colaborando com a competitividade dos produtos nacionais;Restabelecer o papel deliberativo e autnomo dos Conselhos de Autoridade Porturia (CAP), seguindo modelos internacionais;
PORTOS E TERMINAISJURDICO
24 | REVISTA INPORT
REALIDADE TRIBUTRIA COMPETITIVIDADE NOS PORTOS BRASILEIROS
LEI DOS PORTOS
Para Wilen Manteli, Diretor Presidente da ABTP, o setor porturio afetado pela alta carga de impostos do pas, cerca de 36% do PIB - uma das maiores do mundo de forma semelhante aos demais setores da economia. Entretanto, podemos mencionar dois incentivos fiscais para o setor: o Reporto, institudo em 1 de dezembro de 2004, e o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura REIDI, que prev a suspenso da contribuio para o PIS/PASEP e COFINS, na aquisio de mquinas e equipamentos para incorporao em obras de infraestrutura ligadas aos portos e terminais, revela. J para Demes Britto, Advogado e Conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o que atrapalha o crescimento do setor no Brasil, especialmente no mbito da segurana jurdica das empresas de navegao nacional a concorrncia desleal dos armadores estrangeiros. Isso porque, a frota mercante est registrada sob o domnio de bandeiras de convenincia, as quais obtm o registro das embarcaes em parasos fiscais, em total detrimento das empresas brasileiras que operam com alto custo previdencirio e tributrio, diz Britto.
Demes Britto afirma que ao contrrio de pases como Frana, Alemanha, Holanda, Estados Unidos, Japo, que possuem frota mercante registrada em bandeira prpria ou em outras bandeiras - de convenincia - como Alemanha na Libria, Estados Unidos na Libria, Japo no Panam, Holanda no Segundo Registro/ ou Registro Internacional, a inexistncia de uma poltica tributria adequada para o desenvolvimento do transporte martimo contribui para que as empresas brasileiras de navegao no se desenvolvam, em razo das vantagens oferecidas pelos territrios de Regime Fiscal privilegiado e o prprio desconhecimento das autoridades fiscais no Brasil. Tal efeito, nefasto para a sustentabilidade da matriz de transportes e projeo de poder dos interesses nacionais na sua logstica do comrcio exterior, que dependente quase 100 % dos transportadores martimos registrados nesses pases, decorre da concorrncia desleal dos transportadores estrangeiros em razo de sua frota mercante estar registrada sob o domnio de bandeiras de convenincia. Essa estratgia - planejamento tributrio - permite que as empresas articulem preos de frete, bem como obtenham registro das embarcaes em pases com tributao favorecida sem o pagamento de qualquer imposto ou sujeito apenas ao pagamento de tributao simblica, em total detrimento das empresas de navegao brasileiras, diz Demes. Nesse cenrio, apesar da existncia do Registro Especial Brasileiro, criado pelo Decreto n 2256, de 17 de junho de 1997, com o objetivo de reduzir a carga tributria do setor, o mesmo no foi capaz de aumentar a frota mercante brasileira. Por fim, em minha opinio, o modelo tributrio utilizado pelas empresas internacionais em detrimento das empresas nacionais deveriam ser analisados e obstados para o crescimento do setor nacional, conclui.
O Advogado e Coordenador Acadmico do Curso de Direito Martimo da Escola Superior de Advocacia -ESA/OAB/RJ, Wellington Beckman, diz que no havia necessidade de uma nova Lei dos portos, que a anterior, a 8.630 era suficiente. Backman diz ainda que bastava apenas coloc-la em prtica na ntegra. Resolveram fazer uma nova lei s pressas, com mais de seiscentas emendas modificativas, e por pessoas que mal tinham colocado os ps num porto, qui conhecer um navio de transporte e toda sua complexidade, diz. Para ele, criar uma nova lei dos portos no resolve os problemas existentes. A infraestrutura porturia pssima, fazer a carga chegar ao navio ou do navio at o seu destino
continua complicado. Falta logstica adequada, as estradas so pssimas, a mo de obra despreparada, existe muita burocracia, muitas autoridades administrativas que muitas vezes exigem o mesmo tipo de documentao para cada uma delas - h tambm demora na liberao e da entrega da carga e os preos cobrados aos usurios dos portos so abusivos. Ou seja, continuamos no caos, diz Beckman. Para Wilen Manteli alguns pontos ainda precisam ser revistos na Lei dos Portos como, por exemplo, os retrocessos na relao capital-trabalho no setor porturio, a centralizao das decises em Braslia, as competncias e composio dos Conselhos de Autoridade Porturia (CAPs), a subordinao da ANTAQ SEP, o modelo de administrao e autoridade porturia, as restries s possibilidades de expanso dos terminais, dentre outros. De acordo com Manteli, os novos desafios para o presidente eleito em 2015 so muitos. Promover a evoluo do marco regulatrio como necessrio para alcanar os objetivos iniciais do governo quando enviou a MP 595/2013 ao Legislativo, a saber, gerar segurana jurdica aos investidores de longo prazo, descentralizar a gesto porturia, investir nos acessos terrestres e aquavirios, modernizar as relaes trabalhistas, desburocratizar, fomentar a competitividade, reduzir custos e aumentar a eficincia do setor como um todo, revela.
26 | REVISTA INPORT
NEPOM
A sede nutica do NEPOM, em Florianpolis, nova. Foi
inaugurada h trs anos para facilitar as atividades de
policiamento martimo e porturio. Antes dela existir as
dificuldades eram maiores. Precisvamos de um local com
sada para o mar, um local onde pudssemos guardar os
equipamentos, realizar reunies e que pudssemos trabalhar
otimizando o tempo, conta Reinaldo Garcia Duarte, Chefe do
NEPOM em Florianpolis e o idealizador da Unidade no local.
Em 2011, quando houve a inaugurao da sede Nutica da
Delegacia Especial De Polcia Martima, o reconhecimento da
ajuda de vrias pessoas ficou explcito. E a cada ano, no
aniversrio da Sede, o NEPOM - denominao atual - realiza a
entrega de Medalhas, que homenageiam os Amigos do
NEPOM. Jamais teramos conseguido xito na misso de
construir a sede desta Unidade Polcia Martima e de
implementar a a t iv idade na c i rcunscr io da
Superintendncia da Polcia Federal em Santa Catarina, sem
o apoio de diversas instituies e personalidades ligadas s
atividades nuticas, martimas e porturias, revela Reinaldo.
Nos anos anteriores j foram concedidas Medalhas para
representantes da prpria Polcia Federal, da Marinha do
Brasil, da Receita Federal, do IBAMA, do ICMBio, do Exrcito
Brasileiro, do Governo de Santa Catarina (Secretaria de
Segurana Pblica), Ministrio Publico Federal e outros
parceiros. As Medalhas so destinadas s personalidades
que se destacaram no apoio incondicional s nossas
atividades e tambm na divulgao da nossa atuao no
policiamento martimo e porturio., diz Reinaldo.
Nesse ano as homenagens foram feitas para quatro parceiros
do NEPOM.
Adauton Montagna Junior, Superintendente da ABIN em
Santa Catarina, recebeu a medalha pela considerao e
apoio s atividades de Policiamento Martimo e Porturio no
Estado de Santa Catarina, desde a posse no cargo de
Superintendente, participou e integrou as atividades de
inteligncia martima e porturia em Santa Catarina,
contribuindo e acompanhando as questes ligadas aos
riscos inerentes s atividades de policiamento da costa
catarinense e dos portos do Estado. Tambm promoveu uma
integrao entre as Unidades de Inteligncia Martima e
Porturia da Polcia Federal e a comunidade de inteligncia
brasileira.
NEPOM
A homenagem para os Amigos do Ncleo Especial de Polcia Martima
Fbio Feubak, recebe a medalha Amigo do NEPOM
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27
Francisco Carlos Ribeiro recebeu a medalha pelo respeito e
apoio incondicional s atividades de Policiamento Martimo
no Estado de Santa Catarina, desde a criao do NEPOM, o
Chiquinho como conhecido na comunidade Inteligncia,
na condio de Gerente Regional da Segurana Empresarial
da Petrobras, participou e colaborou com as atividades de
inteligncia martima e porturia em Santa Catarina
contribuindo com a segurana e proteo da costa brasileira.
Fbio Feubak, tambm recebeu a medalha Amigo do
NEPOM por, juntamente com sua Equipe, ter sempre
apoiado as atividades de Policiamento Martimo no Estado de
Santa Catarina, deixando a Marina Pier 33 disposio para
a atracao das embarcaes nos momentos de
necessidade e emergncia decorrentes do mal tempo.
O Empresrio, Jornalista Diretor do Programa Mundo Mar e
Presidente da ACATMAR, Leandro Man Ferrari, recebeu a
medalha pelo apoio incondicional s atividades de
Policiamento Martimo no Estado de Santa Catarina e pela
divulgao do trabalho do NEPOM, tendo, inclusive, sido o
primeiro Jornalista a divulgar o trabalho do NEPOM (na poca
ainda GEPOM), em 2009 no seu programa Nutica & Cia,
exibido na TVCOM.
Uma das misses da Unidade de Policiamento Martimo da Capital do Estado de Santa Catarina a de realizar patrulhamento nas ilhas e na extensa costa catarinense, atuando, desta forma, na preveno e represso aos crimes contra bens, servio e interesses da Unio. H tambm o patrulhamento da Reserva Biolgica Marinha do Arvoredo, composta pelas Ilhas do Arvoredo, Deserta, Gal e Calhau de So Pedro; da rea de Proteo Ambiental da Ilha do Anhatomirim, da Estao Ecolgica dos Carijs, e tambm da Unidade de Conservao Federal APA da Baleia Franca, que vai do sul da Ilha de Santa Catarina at o Balnerio Arroio do Silva.
28 | REVISTA INPORT
ECONOMIA
Os produtos brasileiros tm perdido espao para os chineses no
mercado argentino. O pas asitico tem financiado as importaes
do pas vizinho, o que reduz a sada de divisas da Argentina, que
passa por uma crise econmica e se encontra numa situao de
calote tcnico. "O Brasil chegou a ter um supervit de US$ 6
bilhes h trs anos. Continuamos a ter supervit, mas de pouco
mais de US$ 2 bilhes. Muito desse espao perdido est sendo
ocupado pelos chineses. Isso se deve s condies oferecidas",
afirmou o ex-embaixador Rgis Arslanian, que ministrou uma
palestra em reunio promovida pela Federao das Indstrias de
Santa Catarina (FIESC), em Florianpolis (SC).
"H trs anos houve a tentativa de financiamento aos argentinos
para que o Brasil pudesse equiparar as condies que a China
oferece. Na poca o governo chegou concluso que no teria
condies", afirmou o especialista, lembrando que antes de o
presidente da China, Xi Jinping, participar do encontro dos BRICs
em julho, no Brasil, esteve na Argentina negociando com a
presidente Cristina Kirchner um financiamento bilionrio.
O presidente da FIESC, Glauco Jos Crte, destaca que a
Argentina necessita de dlares. O pagamento das importaes
representa a sada de divisas e por isso o sistema de
financiamento da China favorece aquele pas. "Os exportadores
tm que considerar que a crise pode trazer oportunidades. O fato
que no podemos sair desse mercado, mas precisamos estar
atentos s garantias. J exportamos mais. Hoje Santa Catarina
tem um dficit comercial, mas a nossa importao basicamente
de matrias-primas. A Argentina ainda um parceiro importante
para o Estado", disse.
PELO BRASIL NO MERCADO ARGENTINOCHINA OCUPA ESPAO PERDIDO
EST NA HORA DE O BRASIL MUDAR DE ATITUDE COM RELAO AOS VIZINHOS E AO MERCOSUL SE
IMPONDO MAIS. FALTA PRAGMATISMO E FIRMEZA NA DEFESA DOS INTERESSES DO PAS.
RGIS ARSLANIAN | Ex-Embaixador do Brasil no Mercosul
Os embarques de janeiro a junho somaram US$ 216,6 milhes, valor 19% menor que o registrado no mesmo perodo no ano passado. Os principais produtos em-barcados foram papel carto, laminados de ferro e ao, motocompressores, motores eltricos e carne suna. No mesmo perodo, as importaes totalizaram US$ 588,8 milhes. Os principais produtos comprados pelo Estado foram polietilenos, polmeros e ligas de alumnio.
ARGENTINA O QUINTO PRINCIPAL PARCEIRO COMERCIAL DE SANTA CATARINA
J Arslanian disse que o Mercosul um mecanismo de integrao
que serve para auxiliar o desenvolvimento econmico e social dos
scios do bloco. "Se o Mercosul no anda, a culpa dos scios.
Quem tem maior responsabilidade para se desenvolver como
bloco o Brasil, que tem 80% do produto interno bruto total do
Mercosul", disse. Na opinio do ex-embaixador, inclusive as
reunies de cpula deveriam ser mais produtivas e focadas nos
interesses da regio. Segundo ele, muitas vezes, h um longo
debate sobre temas nos quais o bloco tem pouca influncia, como
o caso dos conflitos da faixa de Gaza. "Temos a obrigao de
fazer valer os interesses. Talvez devesse ser discutida a questo
das barreiras e restries. Se no so os presidentes que vo
debater isso, no ser mais ningum", ressaltou. Apesar dos
desafios conjunturais, Arslanian revela que preciso acreditar
nos vizinhos e manter uma boa relao com eles, sempre olhando
para o longo prazo.
>>
29
PORTO DE PARANAGUBATE RECORDE HISTRICO DE EXPORTAO DE GROS
Em agosto, o Porto de Paranagu bateu o recorde histrico de exportao de gros pelo Corredor de Exportao.
Foram embarcadas 112,9 mil toneladas de gros em um
nico dia - intervalo de 24 horas - mesmo com paralisao -
por 2,5 horas - por conta das chuvas. O recorde anterior de
embarque foi registrado em 8 de abril de 2003, quando o
Corredor embarcou 108,5 mil toneladas de gros. A
diferena que, naquela poca, ocorria emprstimo de
embarques entre os terminais, o que facilitava muito a
produo. Ontem, quando o recorde foi batido, estavam
sendo carregados dois navios de milho e um de soja.
Atingimos este importante recorde e a cidade no sente os
impactos disso. No h filas, a chegada dos caminhes
ordenada e, com a nova configurao do Corredor, os
terminais tm atingido cada vez maiores ndices de
produtividade, explica o diretor-presidente da
Administrao dos Portos de Paranagu e Antonina, Luiz
Henrique Dividino.
NMEROS
De janeiro a julho, o Corredor de Exportao do Porto de Paranagu embarcou 9,7 milhes de toneladas de produtos. O volume 2% superior ao registrado no mesmo perodo do ano passado. De acordo com dados do MDIC, no ms de junho o Porto de Paranagu foi o Porto que mais exportou milho no Brasil. Foram 1,4 milho de toneladas do produto exportadas no perodo contra 1,3 milho de toneladas exportadas pelo Porto de Santos.
FECHAMENTO
Este ano, de janeiro a julho, os Portos do Paran j movimentaram quase 28 milhes de toneladas. Esse volume representa um aumento de 6% em relao ao mesmo perodo, no ano passado. O segmento de carga geral foi o que registrou maior percentual de acrscimo. Com quase 5,3 milhes de toneladas, o total movimentado em 2014 10% maior que o volume registrado em 2013 neste segmento. Entre outras, as cargas denominadas gerais so produtos movimentados em contineres ou outras embalagens (sacos, pallets, fardos, em blocos, etc.), os carros, maquinrios, peas, projetos, chapas de madeira, ferro ou ao. Em relao aos contineres, em unidades (TEUs), este ano, j foram movimentados 427.723, 2% a mais que no ano passado. De exportao, foram 211.061 unidades, 5% a mais que o exportado em 2013. Nos ltimos setes meses, de granis slidos, foram mais de 19,7 milhes de toneladas movimentadas 5% a mais que o volume registrado no ano passado. Entre os produtos que se destacam, no segmento, na exportao esto a soja quase 6,8 milhes de toneladas, 27% a mais que o exportado em 2013 e o farelo mais de 3,4 milhes de toneladas, o que representa aumento de 12 %; e, na importao, o trigo (que registrou aumento de 54%, com 153,6 mil toneladas) e os fertilizantes, mais de 5,8 milhes de toneladas, 5% a mais que o registrado no perodo do ano passado.
JURDICO
30 | REVISTA INPORT
NA BAA DA BABITONGAMONITORAMENTO
A Baa da Babitonga, que banha diversos municpios do
norte do Estado, um dos mais importantes
ecossistemas do pas, pois alm de abrigar mais da
metade dos manguezais de Santa Catarina, ampara
aves, toninhas, tartarugas e tantos outros exemplares da
fauna caracterstica da regio. Por outro lado, a Baa
serve pesca artesanal, maricultura, aos esportes
nuticos, comunidade indgena, indstria, ao turismo
e atividade porturia.
Isso tudo mostra, de forma sinttica, a complexidade em
torno da Baa da Babitonga e, consequentemente,
justifica a ateno e preocupao
daqueles que dela necessitam dela para
qualquer dessas finalidades. Assim,
numa iniciativa praticamente indita no
mbito de licenciamento de competncia
do IBAMA, este deu publicidade em 2014
ao Plano de Monitoramento Ambiental
Conjunto para as instalaes porturias
localizadas na Baa da Babitonga.
O primeiro passo externo dado nesse
sentido foi convidar o Porto de So
Francisco do Sul, o TESC, o Porto de Itapo e o TGSC
para uma reunio no 1 semestre em Braslia, na qual foi
apresentado o Plano pelos tcnicos responsveis. Estes
partiram do princpio de que as instalaes porturias
tem gerado uma gama enorme de dados, os quais nem
sempre esto harmonizados, tornando a anlise rdua,
at porque muitos deles se repetem, ficando de fora, por
vezes, informaes essenciais.
Como tarefa de casa, os empreendedores ficaram de
apresentar nmeros sobre movimentao de carga, de
resduos, efluentes, bem como proposta de instrumentos
legais para viabilizar o projeto. Na sequncia, o IBAMA
publicou o Parecer n 2243/2014, sugerindo os moni-
toramentos ambientais que devem ser feitos em conjunto e
aqueles que continuaro por conta de cada um - alguns j
eram realizados e outros so inditos. Feita a difuso da
ideia, h que se concordar sobre a sua magnitude. Primeiro
porque permitir a organizao de tudo que levantado nos
monitoramentos ambientais s o Porto de So Francisco do
Sul coleta dados desde antes de sua licena de operao
expedida pelo IBAMA em 2006. Segundo por
serem feitos em conjunto, a tendncia ser a
uniformidade de metodologia aplicada,
conferindo maior inteligncia ao estudo.
Por ltimo, possvel que os empreen-
dedores experimentem leve queda nos
valores dispendidos para custeio dos
monitoramentos. De outro norte, a dvida do
momento para as instalaes porturias
como ser a distribuio das respon-
sabilidades, a forma de entrega dos dados, a
chegada de novos empreendedores, a distribuio das
despesas - j que o Porto de So Francisco do Sul uma
autarquia estadual - e como sero as novas obras de
ampliao e dragagem. Trata-se de preocupaes
pertinentes e que devem servir para uma maior reflexo em
torno do tema, de sorte que a boa ideia se transforme em
excelente prtica.
(...) possvel que os empreendedores
experimentem leve queda nos valores
dispendidos para custeio dos monitoramentos.
TATIANA OLIVEIRAAdvogada e Gerente de Meio Ambiente, Segurana
Porturia, Segurana do Trabalho e Qualidade
NO SETOR PORTURIOAS NOVAS OUTORGAS
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>>
MILENE ZEREK CAPRAROAdvogada e Membro da Comisso de Direito Martimo, Porturio e Aduaneiro da OAB/PR
Nos processos de novas negociaes e contrataes no
Setor Porturio atual, as empresas devem analisar com
cautela vrias questes jurdicas e procedimentais, em
funo da necessidade de se obter a devida segurana
jurdica que a rea necessita.
A realizao de Audincia Pblica, prevista no artigo 39, da
Lei n 8.666/1993, e nas Resolues ANTAQ 55/2002 e
2.240/2011, de extrema importncia, pois trata-se de
exigncia instituda em lei e regulamentada tambm em
Resolues da agncia reguladora do setor, alm de ser
um importante instrumento de garantia
democrtica e de publicidade necessria.
Todos os dados referentes aos estudos de
aspectos concorrenciais e de risco de
concentrao decorrentes do arren-
damento devem estar presentes.
Nos editais e contratos apresentados pela
Administrao Pblica devem estar
devidamente detalhados e visveis os
critrios, indicadores, as frmulas e
parmetros definidores da qualidade do
servio, que ser prestado pelo proponente no contrato de
arrendamento.
So de extrema relevncia tambm, a fundamentao dos
valores previstos de carga, preo por tonelada
movimentada e forma do arrendamento e a coerncia nos
dados apresentados na movimentao mnima de carga
prevista no edital. Nesse caso, se, posteriormente, houver
diferenas de dados adotadas no fluxo de caixa, este fato
(...) as empresas devemanalisar com cautela vrias
questes jurdicas e procedimentais,em funo da necessidade de se obter a devida seguranajurdica que a rea necessita.
poder gerar problemas ao arrendatrio junto aos rgos
fiscalizatrios. Os estudos de viabilidade devero estar de
acordo com o PDZ. A licena ambiental prvia deve estar
presente, a fundamentao das premissas utilizadas nos
estudos deve ser tambm coerente. Os Clculos devem
estar com valores atualizados.
Deve-se observar se no contrato de arrendamento que h a
insero da clusula contratual que obriga o arrendatrio a
publicar preos praticados dos servios inerentes,
acessrios e complementares. As ocupaes de reas e
instalaes porturias, bem como de
prorrogao de contratos devero estar de
acordo com a legislao. Os Aditivos aos
contratos devem apresentar-se de forma
regular. As concesso das reas devem ter
sido objeto de prvia licitao.
Acerca do equilbrio econmico-financeiro do
contrato, este deve estar efetivado. Nas reas
fora do Porto Organizado, a forma de
uti l izao para f ins porturios a
autorizao, e estar presente para as
seguintes modalidades determinais: terminal de uso
privado; estao de transbordo de carga; instalao
porturia de pequeno porte e instalao porturia de
turismo.
Nos contratos de adeso, o prazo ser de 25 anos,
prorrogveis desde que a atividade porturia seja mantida
e sejam feitos investimentos necessrios expanso e
modernizao das instalaes.
INFRAESTRUTURA
32 | REVISTA INPORT
O Aeroporto uma aposta para a Regio Sul de Santa Catarina.
Juntamente com a duplicao da BR 101 e o Porto de Imbituba,
a estrutura considerada fundamental para que a Regio
consiga ganhar ainda mais fora no desenvolvimento
industrial. Com uma pista de 2.500 metros de comprimento e
30 metros de largura, hoje, figura como uma das maiores pistas
dos aeroportos brasileiros. O Aeroporto foi projetado para
receber aeronaves de grande porte - como o Boeing 737 e o
Airbus 320 - e visa atender os mais 900 mil habitantes de 48
municpios das regies de Tubaro, Ararangu e Cricima.
Quem administra o Aeroporto uma empresa privada
catarinense: a RDL. H um pouco mais de um ano o Governo
de Santa Catarina informou que ela foi a vencedora da
licitao. Homologado efetivamente para operaes visuais no
dia 02 de Abril de 2014, o aeroporto processa diariamente de
dois a trs voos dirios provenientes da aviao executiva, taxi
areo, voos de instruo, manobras militares e voos privados.
A inteno da empresa trazer voos comerciais o mais breve
possvel.
Hoje, o aeroporto j conta com toda a estrutura necessria,
como esteiras, escada rolante, equipamentos de segurana,
sistema de gerenciamento de voos e de informtica de todo o
terminal de passageiros e prdio dos bombeiros aeronuticos,
instalao de CFTV, moblia, raio-x, iluminao das reas
externas e o sistema de sinalizao vertical noturna e horizontal
no ptio e pista, alm de estacionamento para 400 vagas.
O acesso ao aeroporto tambm foi pensado. Foram liberados
pelo Governo Federal R$ 8 milhes para a concluso da
rodovia que liga a BR-101 ao aeroporto: so 4,8km de
extenso, a partir do trevo da BR-101 no municpio de Sango,
que j est pronto. De acordo com a Assessoria de Imprensa
da Prefeitura de Jaguaruna tambm j h recursos liberados
para fazer o projeto de asfalto da estrada geral olho d'agua,
que vai do centro da Cidade at o Aeroporto, so 7 km e uma
estimativa de R$ 7 milhes em investimentos.
Sabemos da importncia do Aeroporto para Jaguaruna e para
a Regio Sul, ento no podemos deixar de investir. Essa
ligao com o centro do Municpio vai incrementar a economia
e facilitar a chegada e sada dos passageiros para nosso
comrcio e balnerios. vamos fazer um asfalto com ciclovias e
toda segurana necessria, afirma o Prefeito de Jaguaruna,
Luiz Napoli.
MAIS PERTO DE RECEBER VOOS COMERCIAISAEROPORTO DE JAGUARUNA
O debate sobre o Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi feito desde o ano 2000. 14 anos depois, ele se prepara para receber os primeiros voos comerciais e fazer alavancar a Regio Sul de Santa Catarina.
OS PROJETOS DO TERMINAL DE PASSAGEIROS, COM TRS PAVIMENTOS, O DA TORRE DE CONTROLE, COM SEIS ANDARES E O DO TERMINAL DE CARGAS FORAM DESENVOLVIDOS PELO ARQUITETO JORGE BALSINI, DE TUBARO (SC). O TERMINAL TEM 2 MIL METROS QUADRADOS DE REA CONSTRUDA E DEVER ATENDER CERCA DE 7 MIL PESSOAS POR MS
33
>>
A rea operacional de voo do aerdromo de Jaguaruna
classificada como sendo categoria 3C. Este cdigo foi
formulado pela ICAO (International Civil Aviation Organization),
e trata, por exemplo, da distncia entre eixos de pistas de
pouso, sobre a largura da pista, bem como, da relao entre os
cdigos de pista e classificao das aeronaves. Outros
aeroportos classificados como 3C no Brasil so, por exemplo, o
Santos Dumont no Rio de Janeiro e o de Congonhas na cidade
de So Paulo. Tal fato significa que estamos prontos para
receber aeronaves padro Boeing 737-700. O campo tambm
est apto a receber todas as aeronaves fabricadas pela
Embraer, Bombardier ou da extinta fabricante holandesa
Fokker. Dispomos da maior pista dentre todos os aeroportos do
Sul do Brasil, aliado a esta questo, estamos localizados ao
nvel do mar, fator este que incrementa a operao das
aeronaves com propulso a jato, diz o Gerente de Operaes
da RDL Aeroportos, Fernando Castro.
So trs pistas de taxi com largura de 23 metros e um ptio para
quatro posies de aeronaves de mdio porte ou 10 posies
para aeronaves de pequeno porte. O Aeroporto Humberto
Ghizzo Bortoluzzi no possui obstrues naturais ou artificiais
em seu entorno, no existem morros, prdios altos,
construes, reas habitadas, torres, chamins, postes de alta
tenso e etc, revela o Gerente de Navegao Area da RDL
Aeroportos, Pedro Lus Machado.
A empresa area TAM est entre as interessadas em operar em
Jaguaruna. De acordo com o Gerente de Segurana da RDL,
Walmir dos Santos Silva Junior, em uma visita realizada pelos
representantes da TAM foi verificada toda a parte de
credenciamento de pessoal, planos de emergncia e
contingncia aeroporturios e outros fatores de segurana no
aeroporto. Percebemos que o representante ficou bem
entusiasmado, porque todos os procedimentos de segurana
e operacionais que vigoram e so exigidos nos maiores
aeroportos do pas, ns j estamos realizando, mesmo sem ter
aviao regular de linha area em Jaguaruna. A segurana do
ptio, pista e da seo contra incndio so fundamentais, e
neste sentido, o Regional Sul est bem encaminhado,
ressalta.
Eles conheceram toda a estrutura e o feedback da equipe nos
deixa muito satisfeitos. Todos comentaram que o aeroporto tem
uma estrutura maior do que imaginavam, afirma o Gerente de
operaes da RDL, Fernando Castro.
Como a inspeo foi tcnica, nenhum representante da
empresa area falou sobre os resultados da visita e tambm
no definiram datas de possveis operaes em Jaguaruna.
O INVESTIMENTO TOTAL NO AEROPORTO DE R$ 60 MILHES, COM RECURSOS DOS GOVERNOS MUNICIPAIS DAS REGIES METROPOLITANAS PARTICIPANTES, DO ESTADO E DA UNIO
EXPORTAO
34 | REVISTA INPORT
O crescimento da populao e do nmero de turistas em Hong
Kong nos ltimos anos aumentou as oportunidades para
empresas do setor de alimentos e bebidas que queiram se
instalar ou fazer negcios na regio. O assunto foi tratado durante
seminrio Invest Hong Kong o lugar certo, a hora certa,
promovido pela Federao das Indstrias do Paran (Fiep), por
meio do Centro Internacional de Negcios, e Invest Hong Kong.
Nosso mercado est crescendo e os prximos anos so ainda
mais promissores para os negcios na rea de alimentos e
bebidas, destacou Jimmy Chiang, da InvestHK. Hong Kong
importa diversos produtos do setor, entre eles, frutos do mar,
carnes, vegetais, frutas e derivados do leite, sendo que os trs
ltimos esto tendo preferncia. Existe uma maior preocupao
por parte da populao em manter hbitos alimentares mais
saudveis, relatou.
EM HONG KONG
O TAMBM TEM SIDO UM VINHO DOS PRODUTOS QUE HONG KONG MAIS IMPORTA
OPORTUNIDADE
A cidade que se divide em duas partes: a da metrpole e a da cultura local e belezas naturais revela para o mercado brasileiro oportunidades no setor de alimentos e bebidas
35
>>
No ano passado o consumo chegou a 15 milhes de litros de
vinho e a mdia de 40 litros por pessoa a cada ano, disse
Chiang. Segundo ele, bebidas alcolicas com menos de 40% de
teor de lcool no pagam impostos de importao. A indstria de
restaurantes tambm forte em Hong Kong. As pessoas esto
sempre muito ocupadas e por isso preferem fazer as refeies
fora de casa, complementou Chiang.
Alm dessas oportunidades, o diretor geral da InvestHK, Andrew
Davis, mostrou que existem algumas vantagens para quem
deseja investir no Estado. Hong Kong possui um sistema
jurdico independente, o que bom para os negcios. Abrir uma
empresa leva em torno de uma a duas horas apenas, disse.
Davis acrescentou que 92% da economia baseada em servios
e que existem grandes oportunidades de atrair clientes por meio
da telefonia mvel. A mdia de smartphones por pessoa em
Hong Kong chega a 2,5 aparelhos e cerca de 96% deles esto
online diariamente.
Ainda, segundo Davis, Hong Kong tem sido uma porta de
entrada para empresas chinesas que querem conquistar
mercados em outros lugares do mundo. Cerca de 80% das
empresas chinesas que vo para fora do pas seguem para Hong
Kong primeiro, disse Davis, destacando que o Estado possui um
sistema de impostos simples, sem tributos federais e globais.
HONG KONG
Conhecida pelos seus arranha-cus e por seu profundo porto natural, a identidade de Hong Kong como um centro cosmopolita se reflete na gastronomia, cinema, musica e tradio. A populao da cidade 95% chinesa e 5% de outros grupos tnicos. Com uma populao de sete milhes de habitantes e uma rea de 1.054 km, Hong Kong uma das reas mais povoadas do mundo
Seminrio Invest Hong Kong
SEGURANA
36 | REVISTA INPORT36 | REVISTA INPORT
TECNOLOGIA
EMPRESA CATARINENSE
Sediada em Joinville (SC), a Ponto Sistemas desenvolve produtos que promovem maior eficincia nos processos de gesto
A Ponto Sistemas uma desenvolvedora de sistemas
especialistas que, utilizando tecnologias inovadoras, promovem
maior eficincia nos processos de gesto dos clientes. A
empresa catarinense desenvolve produtos com o intuito de gerar
resultados e executar controles apurados. Baseado em solues
corporativas, os produtos so totalmente integrveis com os
ERP's de mercado, e buscam aplicar as especialidades de cada
rea de negcio.
Nossa empresa conta com profissionais certificados nas mais
diversas reas de tecnologias e negcios voltadas ao
desenvolvimento de software's. Temos mais de dez anos de
experincia nas solues de gesto empresarial, e isso faz a
diferena, diz o Diretor da Ponto Sistemas, Joubert Vieira.
Os projetos customizados de sistemas em aplicaes para a
Internet se integram s diferentes tecnologias de servidor
oferecendo maior faturamento, maior entendimento, custo
reduzido de suporte e desenvolvimento.
Entre os produtos que merece destaque est o Portal Receita
Federal. Nele se permite a auditoria em relao s
movimentaes nos recintos alfandegados at o processo de
despacho final. O Programa atende s exigncias da Receita
Federal e baseado na Normativa 1510 e no ADE Coana/Cotec.
Oferece consulta de registro de avarias e furtos, registro e
histrico de entrada e sada de pessoas, registro e histrico de
entrada e sada de cargas, transferncia de local de
armazenagem, consulta de taxa de ocupao do recinto,
mudana de situao aduaneira, relao de notas fiscais e login
com certificao digital.
Em todos os nossos projetos so levantadas as necessidades e
os processos do cliente, de modo que o software desenvolvido
pela Ponto Sistemas atenda com perfeio s necessidades.
Nesse caso, todo o gerenciamento do projeto feito inter-
namente na nossa empresa, diz Joubert.
OFERECE SOLUES TECNOLGICAS
PORTAIS CORPORATIVOS
SERVIOS
FBRICA DE SOFTWARE
Portal Financeiro - emisso de segunda via de boletos a clientesPortal RH - workflow de admisso, demisso, alterao salarial, programao de friasPortal de Currculos - gesto de recebimento de currculos e divulgao de vagasPortal Receita Federal - consulta e controle em recintos alfandegados
Outsourcing alocao de recursos de desen-volvimentoSites e aplicativos mveis projetos customizados de site institucional e aplicativos mveisE-mail marketing servio agregado de disparos de e-mail marketing para divulgao
PontoCob - sistema de gerenciamento de cobrana e inadimplnciaPontoTravel - controle e lanamento de gastos e despesas de viagem dos funcionrios
AS ESPECIALIDADES DE NEGCIO DOS PRODUTOS DA PONTO SISTEMAS ESTO DIVIDIDAS EM:
Organizao de Segurana Credenciada no
Ministrio da Justia | CONPORTOS
Consultoria e assessoria especializada na
legislao do ISPS Code
Desenvolvemos:
[email protected] www.hnsport.com.br
Estudo de Avaliao de Risco
Diagnstico Corporativo de Segurana
PSPP (Plano de Segurana)
Centro de Treinamento e AperfeioamentoCentro deTreinamento e
Aperfeioamento
HNS Port
cta cta
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38 | REVISTA INPORT
EXPORTAO
O Centro das Indstrias de Curtumes do Brasil (CICB) e a
Agncia Brasileira de Promoo de Exportaes e
Investimentos (Apex-Brasil) assinam no fim do ms de agosto,
em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, o novo convnio do
Projeto Setorial Brazilian Leather para a promoo das
exportaes do couro brasileiro.
O novo convnio, que se estende at 2016, prev uma srie de
aes para a expanso, o reconhecimento e a qualificao
ainda maior do couro do Brasil frente ao mercado internacional.
As aes a serem desenvolvidas no binio contemplam
projetos de design, sustentabilidade, inovao, inteligncia e
promoo comercial, como o Design na Pele e a Certificao
de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB). De acordo
com o Presidente Executivo do CICB, Jos Fernando Bello, so
esses projetos que do o impulso para os nmeros positivos
que o setor de couros do Brasil vem conquistando nos ltimos
anos e que tem beneficiado toda a cadeia produtiva e a
economia do pas.
O Presidente da Apex-Brasil, Maurcio Borges, destaca as
perspectivas positivas para os prximos anos, em especial
com o crescimento de mercados para os couros com maior
valor agregado. O Projeto Setorial Brazilian Leather apresenta
excelentes resultados tanto em exportao de couros para o
mercado internacional, quanto na consolidao da imagem do
pas como um produtor qualificado e competitivo. O momento
do projeto neste cenrio otimista trabalhar de forma mais
efetiva o valor agregado do produto dentro da pauta
exportadora do setor. Dessa maneira, a Apex-Brasil entende
como essencial o trabalho conjunto realizado com o CICB para
que o couro brasileiro esteja aliado aos conceitos de design,
qualidade e sustentabilidade, alcanando, assim, ainda mais
sucesso no exterior, afirma Mauricio Borges.
DO COURO BRASILEIROCONVNIO PROMOVE EXPORTACES
39
>>
EXPORTAES
DE COURO DO BRASIL
PARA A NDIA
DEVEM AUMENTAR 50%
A ndia vive um momento promissor na produo
de calados e artefatos, com o mercado local e
as exportaes em franco crescimento. Como
consequncia, a demanda de couros do pas
cresce tambm e a busca por artigos de
qualidade foi o que motivou uma comitiva de
empresrios indianos a visitar o Brasil
recentemente. Cumprindo uma extensa agenda
de visitas e rodadas de negcios, o grupo de seis
pessoas conheceu curtumes brasileiros e fechou
acordos que devem incrementar em 50% as
exportaes de couros do Brasil para a ndia,
com um aporte de US$ 7 milhes anuais.
O grupo foi recepcionado pelo Centro das
Indstrias de Curtumes do Brasil (CICB),
contando com o apoio do Projeto Setorial
Brazilian Leather iniciativa do Centro das
Indstrias Curtumes do Brasil (CICB) e da
Agncia Brasileira de Promoo de Exportaes
e Investimentos (Apex-Brasil) para o incentivo s
exportaes de couros. A agenda da misso
priorizou mostrar aos empresrios a tecnologia,
a formao e o trabalho do setor de curtumes do
Brasil, tendo, inclusive, um dia inteiro para
rodadas de negcios, com saldo muito positivo
para os dois pases.
O Presidente executivo do CICB, Jos Fernando
Bello, avalia que as relaes comerciais de Brasil
e ndia no que diz respeito ao couro devem ser
aprofundadas, com benefcios para as duas
naes. Queremos abrir um bom caminho
comercial com a ndia. As indstrias de
calados, artefatos e selaria de l esto em forte
crescimento e pretendemos fornecer para este
mercado, destaca o gestor.
Projeto Setorial Brazilian Leather O convnio entre o CICB e a Apex-Brasil para a realizao do Projeto Setorial Brazilian Leather existe desde 2000, ininterruptamente. De l para c, houve aumento de 230% nas exportaes de couro, passando de US$ 760 milhes em 2000 para US$ 2,51 bilhes em 2013. S nos sete primeiros meses deste ano, foram exportados US$ 1.714.206.659 bilho em couros o que representa um aumento de 23,5% em relao ao mesmo perodo de 2013. Atualmente, 123 empresas participam do projeto, exportando couros para mais de 70 pases.
USUPORT
A expectativa que at o fim de 2014 mais de 100 empresas faam parte da Associao
USUPORT
GANHA FORA EM SC
A entidade nova. E mesmo assim a
segunda criada no Pas. Apadrinhada pela
USUPORT/BA, pioneira, e que possui dez
anos de experincia, a Associao
Catarinense segue o modelo das melhores
prticas na defesa dos usurios por meio
das shippers associations, existentes h
mais de 100 anos nos Estados Unidos,
Unio Europeia e Japo. A USUPORT/SC
prope melhorias em infraestruturas
pblicas e privadas, defesa e aper-
feioamento dos Marcos Regulatrios
existentes e a representatividade dos donos
de cargas perante as autoridades e os
agentes econmicos da cadeia de logstica
nacional e internacional. De acordo com o
Ps-Doutor em Regulao dos Transportes
e Portos, o Advogado e Consultor fundador
da USUPORT/SC, Osvaldo Agripino, a
Associao se diferencia das demais
entidades por articular, defender e
representar 100% os interesses dos
exportadores e importadores legtimos,
donos de cargas, que utilizam os portos
martimos de Imbituba, Itaja, Navegantes,
So Francisco do Sul e Itapo, os aeroportos
in ternac iona is de F lor ianpol is e
Navegantes e a Aduana Integrada de
Cargas Brasil/Argentina em Dionsio
Cerqueira.
O associado poder contribuir para a
defesa dos seus interesses e construir uma
poltica pblica da infraestrutura do
comrcio exterior adequada numa entidade
com assessoria tcnica qualificada e sem
conflito de interesse com armadores e
terminais, que j participam de todos os
espaos possveis, alm de fazerem forte
lobby no governo e parlamento, diz
Agripino. Ainda segundo ele, o usurio
poder reduzir as grandes assimetrias de
representao e informao entre as
entidades de prestadores de servios de
transporte e porturios - mais de dez no
Brasil - de um lado, e usurios, de outro.
40 | REVISTA INPORT
A regulao feita pelas Agncias
Reguladoras exige essa participao do
usurio que, infelizmente, ainda no
participa como deveria. Por isso, paga o que
no deve. Costumo dizer que o usurio
paga o preo e tem a qualidade do servio
que merece. No h filantropia logstica,
revela Agripino. Ainda, para ele, a regulao
econmica - defesa da concorrncia e do
usurio - numa indstria de rede (logstica
internacional) um dos principais objetivos
da USUPORT/SC.
Agripino diz que somente atravs de aes
coletivas e impessoais, os exportadores e
importadores, numa entidade 100% DNA
Carga, que podero obter polticas
eficazes em longo prazo para reduzir
custos, aumentar a ef icincia da
infraestrutura e a competitividade dos
produtos.
O Japo, UE, EUA e a Bahia j descobriram
esse caminho h muito tempo. Em Santa
Catarina, somente aps a Reforma
Porturia, que os usurios comearam a
acordar, pois as prticas continuam as
mesmas. A continuidade dos abusos dos
armadores, cujos navios tocam os portos
catarinenses, bem como cobranas de mais
de vinte preos ilegais, assim THC e
demurrage abusiva, e dos terminais
porturios, que fizeram reajustes muito
acima da inflao, agilizaram esse
processo. Mesmo assim, h muito trabalho
pela frente. A regulao econmica exige
participao permanente. O associativismo
'puro sangue carga' um bom caminho, diz
Agripino.
Para o Presidente da USUPORT/SC, Jacob
Kunzler, os elevados custos com a logstica
interna e internacional reduzem o nmero de
empresas exportadoras, inviabiliza a
entrada de produtos estrangeiros como
matrias-primas, produtos intermedirios e
de consumo popular, e eleva os preos dos
produtos consumidos pela populao
brasileira. Segundo ele, os prprios
industriais catarinenses j denunciaram que
o custo do transporte interno, como por
exemplo, do Oeste Catarinense para os
portos martimos de Santa Catarina, maior
do que o custo com o transporte inter-
nacional, para vrios destinos.
Os usurios precisam entender melhor o
que acontece com a carga, onde ela para e
quanto custa a ineficincia do estado e a
utilizao de prestadores de servios que
no atendem s expectativas. Saliente-se
que cada tipo de carga tem sua logstica de
transporte, manuseio e armazenagem
prprias, e, por outro lado, cada prestador
d e s e r v i o t e m s u a e s t r u t u r a e
especialidade. Em resumo, preciso que o
usurio conhea as regras do jogo. E, isso
que a Associao orienta, diz Jacob. Ainda
de acordo com o Presidente da Associao,
os consumidores finais so os que pagam a
conta pela ineficincia do sistema logstico
em cada produto consumido. A inflao
brasileira poderia ser mitigada com maior
oferta de produtos oriundos do mercado
interno e internacional. sabido que muitos
produtos no so oferecidos no Brasil devido
ao custo do sistema logstico. Por outro lado,
estamos estagnados em relao ao nmero
de exportadores brasileiros, sendo as
exportaes altamente concentradas nas
grandes empresas. Presenciamos negcios
de exportao perdidos para outros pases
devido a limitao do sistema logstico,
lamenta Jacob.
Portanto, o surgimento da USUPORT/SC
tambm consequncia da insatisfao
generalizada, com os altos custos com toda
a cadeia logstica, e, principalmente do
moroso e oneroso sistema de procedimentos
aduaneiros para a exportao e importao
de mercadorias.
Como associar? O que ?
No site www.usuportsc.org.br as empresas que exportam, importam e os prestadores de servios podem obter informaes sobre a entidade. Podem analisar o benefcios e decidir pelo preenchimento da proposta de afiliao.
A Associao dos Usurios dos Portos de Santa Catarina USUPORT/SC uma entidade sem fins lucrativos, que atua com associativismo estadual, nacional e i nte r n a c i o n a l, e m b e n e f c i o d o s exportadores e importadores e est situada em Itaja, Santa Catarina.
42 | REVISTA INPORT42 | REVISTA INPORT
INFRAESTRUTURA
A CNT (Confederao Nacional do Transporte) divulgou o
Plano CNT de Transporte e Logstica 2014. O estudo, que
chega quinta edio, elenca 2.045 projetos prioritrios
de infraestrutura de transporte, abrangendo todos os
modais, tanto na rea de cargas como na de passageiros.
As propostas indicadas somam R$ 987 bilhes e tm o
objetivo de contribuir para alavancar o desenvolvimento
do pas, reduzir os custos logsticos, aumentar a
competitividade dos setores produtivos e permitir mais
segurana e desempenho aos transportadores e
populao. So intervenes condizentes com o
desenvolvimento econmico e social desejado ao Brasil,
abrangendo a modernizao e a ampliao de rodovias,
aeroportos, portos, hidrovias, ferrovias e tambm dos
terminais de cargas e de passageiros.
Uma significativa parcela da infraestrutura de transporte,
em todas as modalidades, encontra-se obsoleta,
inadequada ou ainda por construir. Algumas delas operam
no limite ou mesmo acima da sua capacidade, enquanto
outras carecem de manuteno, conclui o estudo.
Segundo anlise da CNT, essa situao representa um
entrave ao crescimento do pas e gera reflexos negativos,
como aumento do tempo de viagens, maior custo
operacional, aumento do nmero de acidentes e dos nveis
de emisso de poluentes.
Para os nove eixos estruturantes analisados, esto
previstas construo e duplicao de rodovias, expanso
de hidrovias, dragagem em portos, implantao de
ferrovias, construo e ampliao de aeroportos,
construo e adequaes de terminais de cargas, entre
vrias outras intervenes.
Nos projetos urbanos, esto includas 18 regies metropolitanas. As
propostas tm o objetivo de oferecer respostas s demandas de transporte da
populao nas diversas atividades cotidianas. H projetos voltados
implantao de corredores de BRT (Bus Rapid Transit); construo de
infraestrutura para VLTs (veculo leve sobre trilho), monotrilhos, metrs e trens
urbanos; construo e adequaes de terminais de passageiros, entre outras.
O Plano detalha, ainda, projetos e investimentos necessrios conforme cada
Estado e regio.
Os Recursos so para os 2.045 projetos prioritrios de infraestrutura no Brasil, segundo a CNT.
R$ 1 TRILHO O VALOR NECESSRIO PARA INVESTIMENTOS
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>>
INVESTIMENTO PRIVADO
De acordo com a CNT, a implementao dos
projetos pode receber um impulso a partir da
participao da iniciativa privada. Conforme a
concluso do Plano, a retomada dos
investimentos pblicos em infraestruturas de
transporte, em anos recentes, apesar de
assinalvel, no tem sido suficiente para
ajustar a oferta de transporte s demandas
existentes e previstas. E a execuo dos
investimentos tambm tem estado aqum dos
valores planejados e autorizados. Torna-se
assim mais importante a participao da
iniciativa privada nesses projetos de
infraestrutura de transporte.
O Plano CNT de Transporte e Logstica mais
uma contribuio da Confederao Nacional
do Transporte para auxiliar os governos e a
iniciativa privada na identificao das
prioridades de investimentos em relao a
projetos de infraestrutura de transporte. O
estudo tambm uma fonte de informao
para o meio acadmico e para a sociedade em
geral sobre as necessidades do setor. Com
ele, possvel identificar o caminho a seguir
para um sistema de transporte condizente
com o desenvolvimento desejado para o
Brasil.
AS PROPOSTAS TM O OBJETIVO DE OFERECERRESPOSTAS S DEMANDAS DE TRANSPORTE DA POPULAO NAS DIVERSAS ATIVIDADES COTIDIANAS
SEGURANA
44 | REVISTA INPORT
PORTO DE IMBITUBA RECEBER SISTEMA DE CFTV
A Coringa, empresa de Florianpolis (SC), foi a vencedora da licitao para o fornecimento de cmeras para proteo perimetral do Porto
Atravs do processo licitatrio aberto no dia 11 de agosto
de 2014, o Porto de Imbituba, que fica localizado no Sul do
Estado, fez a aquisio de equipamentos de tecnologia da
informao. O projeto contempla o fornecimento,
instalao, ativao, configurao, treinamento, suporte
assistido e manuteno em garantia com atendimento
vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, de um
sistema de segurana por CFTV. O Circuito Fechado de
Televiso Digital, em protocolo de internet (IP), serve para
a proteo do permetro contra invases rea
alfandegada do Porto de Imbituba.
As cmeras so digitais e de alta definio, com
transmisso das imagens em protocolo de internet (IP),
atravs de uma rede de dados dedicada, construda com
fibras pticas. O armazenamento destas imagens
realizado em um servidor com storage conectado a
mesma rede das cmeras, cujo acesso, alm dos
responsveis pela segurana, tambm disponibilizado
Receita Federal, diz o Diretor Tcnico da Coringa,
Fabrcio de Melo Carniel.
Em dois pontos de acesso o sistema de monitoramento
ser dotado de funcionalidade capaz de efetuar a leitura e
a identificao de placas de licenciamento veicular, o qual
ser integrado ao sistema de controle aduaneiro do Porto.
O gerenciamento e monitoramento destas imagens sero
realizados em uma central composta por computadores
dedicados, interligados a monitores de LED de alta
definio, complementa Fabrcio.
Todo o sistema atender ainda s exigncias das
normativas e portarias da Secretaria da Receita Federal,
da Comisso de Portos, Terminais e Vias Navegveis
CONPORTOS, e do ISPS Code. O prazo para a
implantao est previsto para at cento e vint