Revista InterBuss - Edição 107 - 12/08/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 3 • Nº 107 12 de Agosto de 2012

COLUNA DELUCIANORONCOLATOCOMENTA O HOBBY

Leia também:

ANTT DETERMINAACESSIBILIDADE NOSÔNIBUS RODOVIÁRIOS

Ônibus de turismo, a partir de 2014, já deverão ser acessíveis assim que saírem das fábricas. Portaria foi publicada na semana passada

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O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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| As Fotos da Semana

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Três ônibus do sistema chileno Transantiago são queimadosProtesto de estudantes ocorrido nas ruas da capital chilena acabou com três ônibus do transportepúblico queimados 12 E em breve tem atualização do Portal InterBuss! Participe

enviando a sua foto de ônibus para [email protected]

| A Semana Revista

Tribunal de Contaslibera licitação para mais de 3 mil ônibus no DFProcesso estava parado há meses e com a liberação, a frota poderáser renovada em boa parte 09

Confiram as melhores da semana!

A LEI DOADAPTADO

Empresas de ônibus rodoviários e de turismo terão que adaptar seus veículos para torná-los

acessíveis a portadores de mobilidade reduzida. A portaria da ANTT já foi publicada.

Página 07

24

ANO 3 • Nº 107 • DOMINGO, 12 DE AGOSTO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 22h12

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraBRT em São Paulo 19

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALOs atropelamentos no Transoeste 6

SEU MURALA seção especial do leitor 22

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzViação Âmbar 23

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Hobby & Diversão

Coluna de Luciano Roncolato volta a ser publicada na Revista InterBussÚltimos acontecimentos no hobby motivaram a volta da publicação da coluna, que esta semana falasobre ameaças 20

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

COLUNISTAS Luciano RoncolatoUm hobby maculado 20

Obs: O Diário de Bordo, excepcionalmente, não é publicado nesta edição.

| Deu na Imprensa

Mercedes-Benz tem mais de 50% do mercado de ônibus Euro VMaior parte das vendas é do chassiOF-1721, que também é olíder do mercado nacional 17

COLUNISTAS Adamo BazaniAs vendas do DD da Comil 26

Atenção leitor: a 15ª atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss será feita no dia 7 de julho. Envie sua foto [email protected] e participe!

Empresas de ônibus rodoviários e de turismo terão que adaptar seus veículos para torná-los

acessíveis a portadores de mobilidade reduzida. A portaria da ANTT já foi publicada.

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 14

William Bispo

Página 07

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos ao colecionador William Bispo pelo envio do pôster e à Ortobrás e à Sunflower pelas fotos dos ônibus adaptados

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A cidade do Rio de Janeiro implantou neste ano a sua primeira linha de BRT. O Tran-sOeste é um grande sucesso e prova disso é a forma como os candidatos que pleiteam a cadeira ocupada pelo prefeito Eduardo Paes se dirigem à obra. As formas de desqualificação do corredor exclusivo são no mínimo curiosas, e mostram que não há o que ser criticado em larga escala, ainda mais quando 90% dos usuários aprovam o novo serviço, que deu um enorme ganho de tempo, além de mais conforto no deslocamento entre a Barra da Tijuca e Santa Cruz, passando nas proximidades de Campo Grande. Apesar de tudo isso, o que mais se vê no noticiário local são as notícias de colisões e atropelamentos nas faixas exclusivas, sobretudo nos trechos já próximos à Barra da Tijuca. Por que isso? Será que alguém está tentando des-qualificar o benefício enorme que esse corredor trouxe à população que estava à mercê de um serviço de transporte coletivo prestado de forma péssima? Talvez sim, porém não podemos deixar de analisar a conduta dos pedestres e dos demais motoristas que transitam por fora da faixa. Na Avenida das Américas, o corredor

transpõe diversas ruas menores e há uma enorme sinalização indicando que não é permitida a en-trada de qualquer outro veículo que não seja o prestador do serviço do BRT na faixa exclusiva, além da proibição da presença de bicicletas e pe-destres transitando sobre a via, porém o que mais se vê é exatamente isso: bicicletas e pedestres. Mesmo com o grande número de semáforos que há em alguns trechos do corre-dor, os mesmos estão programados para abri-rem quando se aproxima um ônibus do serviço expresso, garantindo agilidade nas viagens. Essa programação ocorre no Centro de Controle local-izado próximo ao Terminal Alvorada, e o tempo pode variar de acordo com a aproximação dos ônibus articulados. Apesar disso, muita gente tenta transpor a via com seus carros mesmo com o semáforo fechado ou tentando passar no final do tempo. Para quem não sabe ou não conhece, um sistema BRT é concebido justamente para dar trânsito rápido aos ônibus dentro de um corredor exclusivo, ou seja, ele é a prioridade dentro de um complexo viário, mas como sempre o povo brasileiro, individualista que lota as ruas do país com seus carros mostrando soberba e superiori-

Os atropelamentos e colisões no BRT do RJ são culpa do povo

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial dade, acha que tem mais direitos que o usuário

do transporte público, e por isso acha que tem o direito de fazer conversões erradas, e isso acaba fazendo com que ocorram colisões entre esses veículos e os ônibus. O corredor é segregado em sua maior parte, ou seja, não há como carros ou qualquer outro veículo passarem para a faixa exclusiva, mas por conta dos cruzamentos, que não são poucos, os acidentes acabam sendo inevitáveis. O mesmo acontece com os pedestres e ciclistas, que acabam incrementando as estatísticas pois transitam nas faixas onde não há a permissão de passagem. Cada estação já tem suas faixas para pedestres cruzarem a via com segurança, mas há quem ainda teime em fazer caminhada na faixa exclusiva, mesmo tendo calçamento nos extre-mos da avenida. No Brasil infelizmente ainda não há a cultura do transporte coletivo, principalmente por conta do governo federal que não dá incenti-vos para as empresas, não estimula o uso por par-te dos moradores das cidades, cria uma cultura do transporte individual, entupindo de carros as vias e as transformando em grandes módulos po-luidores, além de acabar com a qualidade de vida da população. É necessária uma instrução maior sobre BRT, ainda mais onde diversos corredores estão sendo construídos. A população deve con-hecer os benefícios do corredor, como funciona o sistema para poder respeitá-lo e participar da otimização do mesmo.

REVISTAINTERBUSS Expediente

• [email protected] A partir de fevereiro do ano que vem, os ônibus de transportes de passage-iros interestaduais e internacionais vão ter que estar totalmente adaptados para trans-portar pessoas com deficiência. O prazo foi estabelecido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que poderá multar ou até cancelar a autorização de fun-cionamento da empresa se algum veículo não assegurar as condições de acessibili-dade exigidas. Os veículos deverão estar adap-tados para embarque e desembarque de passageiros, com cadeira de transbordo, plataforma elevatória ou rampa móvel. Os ônibus que fazem linhas de longa distância deverão disponibilizar dois assentos para pessoas com deficiência e, nos semi-urba-nos 10% dos assentos devem ser reserva-dos. A comprovação das adaptações deverá constar da documentação dos veículos, após vistoria do departamento de trânsito (Detran) de cada estado. A ANTT também estabeleceu prazo de 30 dias para as empresas fazerem adaptações menores, como a possibilidade de transportar equipamentos (cadeiras de rodas, muletas), independente do tamanho ou peso, sem pagar a mais por isso. As em-presas deverão permitir para deficientes visuais o embarque de cão-guia, adaptar o balcão de vendas de bilhetes e disponibili-zar funcionários treinados para auxiliar no embarque e desembarque de pessoas com deficiência. A superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, Sonia Haddad, disse que não deverá haver au-mento das tarifas por causa das adaptações exigidas, mas as empresas que comprova-

Ortobrás

Cadeirantes

rem um desequilíbrio financeiro poderão solicitar a revisão dos preços na agência. “A preocupação agora não é com a tarifa, e sim fazer com que as empresas adaptem todos os seus veículos e cumpram as normas para que possamos implantar uma política de acessibilidade no trans-porte”. As regras de acessibilidade no transporte de passageiros foram estab-elecidas por um decreto de 2004, que es-tabelece critérios básicos para garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência e dá um prazo de dez anos para adaptação às normas. Também já existem normas vi-gentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Instituto Nacional

de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (In-metro) que tratam do assunto. A Associação Brasileira de Empre-sas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) dizsse que as regras estabelecidas pela resolução da ANTT não são novas, por-tanto, já estão sendo cumpridas pelas empre-sas. “Não há nenhuma dificuldade, isso já é praticado. Tudo que está lá [na resolução da ANTT] é repetição do que consta nas ex-igências do Inmetro e da ABNT”, diz o su-perintendente da Abrati, José Luiz Santolin. Segundo ele, a indústria já está produzindo ônibus adaptados desde 2008 e os mais antigos atendem às regras de aces-sibilidade com dispositivos como rampas móveis e cadeiras de transbordo.

ADAPTAÇÃO • Alguns ônibus rodoviários contam com elevadores para cadeirantes

A S E M A N A R E V I S T ADE 5 A 11 DE AGOSTO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 12/08/12 07

Ônibus que fazem linhasinterestaduais einternacionais precisarãoser adaptados para pessoascom dificuldade de locomoção

Interestaduais terão que ser adaptados

12/08/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

Novas linhas de ônibus urbano de Rio Claro começam no dia 19

Novidade

• Jornal [email protected]

Uma boa notícia para os moradores de Rio Claro que utilizam o transporte coleti-vo. As novas linhas de ônibus prometidas pela prefeitura vão entrar em operação no próximo dia 19. A informação foi divulgada na quinta-feira (9) pelo secretário de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, José Maria Chiossi. Vários bairros serão beneficia-dos com as mudanças. Uma das linhas mais aguardadas é a Jardim Novo-Centro com tra-jeto direto. Hoje, os ônibus que circulam pelo bairro também atendem o Jardim das Palmei-ras, Jardim Esmeralda e Jardim Guanabara, o que torna a viagem mais longa para quem mora no Jardim Novo. Além disso, como o veículo atende vários bairros, além dos estu-dantes, a lotação é inevitável. O secretário explica que, além do Jardim Novo, as novas linhas vão atender também os moradores da região do Jardim Progresso, Estrada do Sobrado (para atender os moradores dos conjuntos residenciais Quirino e dona Regina Picelli), região do Sest/Senat e Residencial dos Bosques. Chiossi esclarece que as novas linhas estão sendo acrescentadas com o obje-tivo de atender às reivindicações dos usuários.

Divulgação

Segundo ele, “não haverá retirada de linhas, apenas acréscimo de novos itinerários”. O secretário informou ainda que “está sendo fi-nalizada uma cartilha com informações e ori-entações aos passageiros sobre as mudanças das linhas e o novo trajeto dos ônibus”. A cartilha e folhetos informativos

com os novos itinerários serão distribuídos à população, inclusive dentro dos ônibus que fazem o trajeto onde haverá mudanças. Sobre as melhorias na estrutura dos abrigos e pontos de ônibus, Chiossi disse que o serviço será realizado de forma gradativa ao longo dos próximos meses.

ANIVERSÁRIO • Novo ônibus, um Irizar PB, será apresentado no aniversário do clube

GPS traz precisão a horários de ônibus• Plenário [email protected] O serviço de monitoramento dos ônibus por GPS (Geo-posicionamento por Satélite),que permite a observação pre-cisa dos veículos pelo trânsito da grande Aracaju,conquistou um avanço este ano. Com um recente investimento das empresas de transporte coletivo de passageiros, essa tecno-logia, que possibilita a previsão dos horários de chegadas dos ônibus, está disponível aos usuários do coletivo 24 horas. Com um sistema de fácil acesso, o cidadão pode acompanhar o itinerário de cada linha de ônibus em um mapa que, além de ser disponibilizado nos sites das empresas de ôni-bus, estará, em breve, conforme os planos do Sindicato das Empresas de Transporte de Pas-sageiros do Município de Aracaju - Setransp -, em telas de informação que estarão nos termi-nais de integração.

Aracaju

A consultaon-line é bem simples. Da sua própria residência, o usuário do transporte coletivo pode ter acesso às informações, atual-mente disponíveis no site da Viação Progresso. É preciso apenas colocar o cursor do mouse sobre o ponto desejado e dar um clique so-bre o mesmo. Será exibida a previsão dos três próximos veículos que irão passar pelo referido ponto. Caso o usuário queira saber aonde de-terminado veiculo da lista está, basta dar um clique na lupa que logo ele aparecerá no campo ‘ações’. Tudo isto é possível porque as empre-sas de transporte de passageiros, há 3 anos, vem equipando os seus ônibus com GPS. A tecnolo-gia, além de oferecer comodidade aos clientes da empresa, possibilita uma eficiente gestão da frota. “O controle por GPS, porsi só, já contri-bui para com a assistência imediata dos veícu-los que possam apresentar problemas durante as viagens, bem como acompanha o cumprimento

das rotas e as paradas, explica o gerente de logística urbana da Progresso,Antônio Luiz Sil-va. O superintendente do Setransp, José Carlos Amâncio, ressalta ainda que essesinvestimentos visam propiciar um atendimento cada vez mel-hor à população.Com o controle do itinerário pelo usuário, nossos clientes podem sesentir mais confortáveis ao se deslocarem ao ponto de parada somente minutos antes da passagem do seu ônibus. Isso possibilita um melhor planeja-mento do tempo, diz ele. A ideia é que, em breve, sejam coloca-dos, em pontos estratégicos da cidade, painéis de previsão como os utilizados em aeroportos. Assim, essas informações serão levadas às ruas. Posteriormente,será disponibilizada também a consulta via telefone celular, completou osu-perintendente, lembrando que muitas cidades do país que já contam com essesistema con-seguiram aumentar o nível de satisfação dos usuários de ônibus significativamente.


Tribunal de Contas libera e DF fará licitação para 3 mil ônibus

Luciano Roncolato

ANTIGA • Frota da capital federal ainda é bastante antiga, apesar das renovações

DEPOIMENTO • Motorista que causou o acidente prestou depoimento: em estado de choque

90% da Frota

• [email protected] O governo do Distrito Federal remar-cou para o próximo dia 14 o lançamento do edital para a renovação da frota de ônibus do DF. A nova data foi publicada na sexta-feira (10) no Diário Oficial do DF. A licitação estava suspensa desde maio, por determinação do Tribunal de Contas do Distrito Federal, que apontou uma série de falhas na concorrência. Nesta quinta, porém, o tribunal liberou a para troca de 90% da frota. Entre as falhas apontadas pelo tribu-nal estavam a não discriminação da origem de parte das receitas do projeto básico e a falta de informações sobre as normas que vão reger os reajustes das tarifas. Além disso, o documento não traria especificações sobre a acessibilidade dos veículos nem as características dos carros que serão utilizados na Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG), que necessita de ônibus com portas do lado esquerdo ou em ambos os lados. Originalmente. o GDF previa que as empresas e consórcios interessados em dis-putar a concorrência teriam que apresentar propostas até o dia 10 de abril, e os vencedores seriam anunciados no dia 10 de julho. Com o atraso na liberação do edital, as novas datas ainda serão definidas. Após a assinatura do contrato, as empresas vão ter um prazo de seis meses para colocar os novos ôni-bus em circulação, informou a Secretaria de Transportes.

A nova frota O GDF informou que sistema será licitado por regiões. O governo dividiu o sistema em cinco grandes áreas – veja mapa

abaixo. Cada uma será explorada por uma empresa ou consórcio de empresas. As vence-doras poderão explorar as linhas por dez anos, renováveis pelo mesmo período. De acordo com o edital, cada empresa terá entre 18 e 23% da frota. O edital estabelece como critério para a escolha das empresas vencedoras a menor tarifa proposta. Além disso, o documento des-vincula o salário dos rodoviários do preço da passagem. De acordo com a Secretaria de Trans-portes, as tarifas serão mantidas, pelo menos, até janeiro, quando as novas concessionarias

vão começar a atuar no sistema de transporte público. No início de fevereiro, a autar-quia Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) entregou para a Polícia Civil um relatório sobre as irregularidades no atual sistema de transporte público. “Hoje temos frota de quase 50% acima dos sete anos permitido para operar no sistema de transporte coletivo e irregularidade, ilegalidade em quase 75%, ou seja, apenas 27% da frota hoje está licitada”, afirmou o o diretor do DFTrans, Marco Antonio Campan-ella, na época.

Linha atrasa e usuários protestam• Paraná Online [email protected] Aproximadamente 500 pessoas iniciaram um protesto que quase virou tu-multo no início da noite de quinta-feira (9) no terminal de ônibus do Pinheirinho, um dos maiores de Curitiba. O protesto teve iní-cio depois do atraso em uma das linhas que passa pelo terminal, que chegou a uma hora de espera em horário de pico. De acordo com testemunhas o

Curitiba

ônibus da linha Rio Bonito atrasou aproxi-madamente uma hora e meia, dando início as reclamações. Os manifestantes não per-mitiam que outros ônibus de outras linhas deixassem o terminal, atitude que revoltava os outros passageiros. A polícia foi acionada e se deslocou até o terminal para conter a manifestação. Segundo Joaquim Américo, vigi-lante do terminal, o atraso aconteceu devido a um acidente na, que interditou a BR 116,

atrasando a chegada do coletivo. “Ficou uma hora e meia sem ônibus aí. A maioria parte do povo envolvido ficou protestando, segurando o ônibus. Só tinha um ônibus aqui pra sair, aí foi chegando gente e deu o maior transtorno”, conta Joa-quim. Depois da presença da polícia a situação foi normalizada. O Pinheirinho é um dos principais terminais da Linha Verde, corredor da cidade.

• G1-ES [email protected]


A S E M A N A R E V I S T AGrande Vitória

Sistema Transcol testa catraca mais alta para evitar evasão Depois de um período de 20 dias de testes com uso de uma nova roleta, mais alta, em três ônibus do Sistema Transcol, a redução dos casos de “pulos” de passageiros que não querem pagar passagem chegou a 34%, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus). A análise do equipamento, no en-tanto, indicou a necessidade de algumas mu-danças na nova roleta. As adaptações foram feitas e um desses ônibus passou a circular nesta terça-feira (7), saindo do Terminal de Campo Grande, em Cariacica, na Região metropolitana do Espírito Santo. Segundo o diretor executivo do GV-Bus, Elias Baltazar, a expectativa agora é de chegar à redução de 70% dos casos de pes-soas que se recusam a pagar a passagem. “Os pulos de roleta prejudicam o sistema como um todo. E representam um custo extra de R$20 ao ano para o usuário que paga a passagem”, avaliou Elias Baltazar. Segundo ele, a conta pode ser feita levando em conta a média estimada em cerca de cinco pulos de roleta por dia em cada um dos 1.450 ônibus do Sistema Transcol, o que significa 7.250 pessoas que acabam utilizan-do o serviço sem pagar passagem. No mês, são 217.500 pessoas, que representam 1,36% do total de usuários que fazem uso do sistema mensalmente. O diretor ainda explicou que as ima-gens registradas pelas câmeras dos ônibus

G1

• Vermelho [email protected] De acordo com a Secretaria de Transportes do DF (Setrans), com o dinhei-ro em caixa, é possível que todas as obras estejam concluídas até o primeiro semestre do ano que vem. Terminais muito antigos, cheios de problemas, podem ter sobrevida para melhor atender a população. No Setor O, o primeiro deles deve ficar pronto até o final deste ano. Quem sofre diariamente

Distrito Federal tem R$ 51 milhões para reformar todos seus terminais

Brasília e Região

com os problemas destes espaços pede ao governo melhorias urgentes. A Setrans anunciou a confirmação de empréstimos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES), para a realização de reformas e construções dos terminais rodoviários. Do BID, serão R$ 28 milhões, usados para erguer oito novos terminais, recursos já garantidos para esse fim. E há

VIOLÊNCIA • Roubos e assaltos também têm sido constantes nos ônibus do sistematestados revelaram pontos de melhoria, ca-pazes de coibir a ação dos que insistem em pular a roleta. Agora, será realizado mais um período de testes para avaliar se os objetivos serão atingidos. “O problema atinge todo o sistema, mas é maior em algumas linhas, em alguns dias de semana. Nas sextas-feiras, por exem-plo, o aumento no número de casos de pulo de roleta chega a ser de 100%”, disse.

Roubos e assaltos

Através de imagens das câmeras dos coletivos, foi constatado que aproxima-damente 90% das ocorrências de assaltos, furtos e roubos dentro dos ônibus do Sistema Transcol são feitos por pessoas que pularam a roleta. “Além disso, constatamos que a maior parte dos que insistem em cometer o delito de fazer uso dos coletivos sem pagar a passagem são jovens e homens, apesar de ainda haver registros de mulheres”, afirmou Baltazar.

ainda mais R$ 12 milhões para as reformas de nove espaços adequados para ônibus e passageiros. Dos recursos provenientes do BNDES, está prevista a construção de dois terminais em Santa Maria, que po-dem chegar a atender a população daquela região por meio da integração do Veículo Leve sobre Pneus (VLP). O custo dos ter-minais já licitados de Santa Maria chega a R$ 4,5 milhões.

• Yahoo/Agência O [email protected]


Candidato do PT

Fernando Haddad promete Bilhete Único mensal para SP O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, propôs na terça-feira a criação de um bilhete que, após pagar uma tarifa mensal única, o cidadão poderá utilizar os meios de transporte públi-cos ilimitadamente na cidade. Atualmente, o Bilhete Único dá direito ao uso por até três horas em ônibus na cidade, com o pagamento de uma tarifa individual de R$ 3. Segundo o petista, a ideia é criar uma alternativa para os cidadãos que, ao pagarem pela tarifa mensal, poderiam usar o serviço de transporte público em qualquer hora do dia e em qualquer dia da semana, quantas vezes quiserem. Haddad não disse, no entanto, o valor que a tarifa mensal teria. - Hoje todo trabalhador tem um dis-pêndio mensal (com transporte). Nossa ideia é que, com esse dispêndio mensal, ao invés de ele ficar amarrado às três horas, tenha liber-dade para usar o transporte público ao longo do dia e da semana, quantas vezes quiser, durante todo o mês de validade da tarifa mensal - disse. - Conheço pessoas que não têm condições de visitar um parente no fim de semana ou de ir ao cinema com a família porque não podem pagar a mais pelo trans-porte - completou. O candidato afirmou que a proposta é inspirada na realidade de países desenvolvi-dos, como França, Inglaterra e Canadá. - Vai funcionar (em São Paulo) como funciona no exterior, no mundo desen-

Luciano Roncolato

• G1 [email protected]

Ouro Verde

Usuários reclamam da linha 637 em Sumaré Usuários do transporte público de Sumaré (SP) denunciam que ficam até uma hora esperando no ponto de ônibus nas primeiras horas da manhã na região do prin-cipal acesso do município, no Jardim Picerno. Os passageiros também denunciam que pre-cisam ficar em pé nos carros porque não con-seguem sentar. “Eu fico até uma hora e dez minutos no ponto. O intervalo entre um ônibus e outro é grande e as vans que passam são muito lota-das”, disse a doméstica Conceição das Graças Ruiz.

“É muito difícil, muito cheio. Va-mos apertados. Um em cima do outro”, relata a também doméstica Isabel Cristina de Lima, que vai de Sumaré para Campinas (SP) em vans. Isso depois das 7h, quando ônibus não passam no Jardim Picerno, segundo os mora-dores. “Não tem ônibus, só van”, disse a auxiliar de serviços gerais Vanilde da Silva, que também usa a linha 637, entre o bairro Picerno e Campinas. A Empresa Metropolitana de Trans-porte Urbano (EMTU) informou que a linha do Jardim Picerno é feita por ônibus e vans. Alguns dos ônibus são velhos e acabam

causando atrasos e superlotação nos carros menores. A EMTU disse ainda que depen-dendo do carro, varia de 12 a 18 o número de passageiros que podem permanecer em pé. O engenheiro mecânico da Unicamp Celso Arruda lembra que passageiros em vans sendo transportados em pé correm mais risco, já que ônibus são mais seguros para quem viaja em pé. A Viação Ouro Verde, que explora o transporte, está renovando a frota, mas já foi autuada por não cumprir o prazo combi-nado. A empresa não se manifestou sobre o caso dos atrasos e lotação denunciados pelos passageiros.

volvido - afirmou. De acordo com Haddad, seria ne-cessário subsidiar as empresas de transporte. Segundo ele, a medida custaria cerca de R$ 400 milhões por ano aos cofres públicos. Os recursos viriam do orçamento da prefeitura. Na terça-feira, Fernando Haddad pediu votos a comerciantes na Rua José Pau-lino, no Bom Retiro, região central da cidade que concentra lojas de roupas. Num dos esta-belecimentos, uma lojista tentou vender um

terno para Haddad usar na posse, caso ele seja eleito. O candidato pegou um cartão da vend-edora. Na quarta-feira, o petista devia gra-var com o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva participações dele no programa do horário eleitoral gratuito, em estúdio. Ainda não se sabe quando o ex-pres-idente participará de atos de rua na campanha em São Paulo, mas é possível que isso ocorra na próxima semana.

NECROBUS • Ônibus de dois andares é todo preto e leva passageiro a um tour macabro


A S E M A N A R E V I S T A

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Estudantes

Três ônibus do Transantiago são queimados durante protesto A capital do Chile viveu na quarta-feira um violento protesto estudantil e três ônibus públicos foram incendiados em meio aos confrontos entre a polícia e manifestantes que exigiam mudanças no sistema de ensino. Os veículos queimaram no transcurso de uma hora nos arredores do Parque Bustamante, no centro da capital chilena, onde a polícia de-teve 75 pessoas e 49 agentes ficaram feridos, segundo a Intendência de Santiago. De acordo com o Ministério dos Transportes, manifestantes encapuzados in-terromperam a passagem dos ônibus e obri-garam os motoristas e passageiros a deixar o veículo para, em seguida, incendiá-los. A tele-visão local mostrou imagens dos três veícu-los ardendo em chamas ao longo do Parque Bustamante, vizinho à Praça Itália, onde mais cedo mais de mil estudantes se reuniram para tentar marchar até a Praça Alameda. Um forte contingente policial dis-persou a manifestação não autorizada. Se-gundo os manifestantes, as reivindicações por uma profunda reforma educacional não são atendidas pelo governo. Depois de três advertências para dispersar pacificamente a manifestação, agentes das forças especiais da polícia começaram a atirar bombas de gás lacrimogêneo e a usar jatos de água contra os estudantes. Os estudantes jogaram pedras e paus contra a polícia, que desde cedo patrul-hava em grande número o local para evitar o protesto, o quinto do ano convocado por associações de estudantes do ensino médio e universitários. A Intendência de Santiago

Terra

• TV Jornal [email protected] Com o trânsito sempre engarra-fado nos horários de pico, é comum ver carros e motos transitando em uma das seis faixas exclusivas para ônibus existentes no Recife. Na Avenida Caxangá e Avenida Conde da Boa Vista, o problema é ainda mais intenso e prejudica a fluidez do trans-porte público. Cansado dessa situação, o telespectador e internauta José Paulo en-viou um vídeo para denunciar a invasão de motoristas e motociclistas na Avenida Cax-

Carros invadem faixas exclusivasRecife

angá. Somente no ano passado, foram reg-istradas 3.844 multas por causa desse tipo

VIOLÊNCIA • Roubos e assaltos também têm sido constantes nos ônibus do sistema(governo) negou aos estudantes a permissão para marchar pela Alameda e sugeriu outros dois percursos para que realizassem sua man-ifestação, que não foram aceitos. No Chile é preciso pedir permissão para fazer passeatas pelas vias públicas. Os estudantes, que no ano passado protagonizaram mais de 40 marchas por San-tiago exigindo uma educação pública gratuita e de qualidade, consideram que o governo do direitista Sebastián Piñera não acolheu nen-huma de suas demandas. “Neste minuto não vimos nenhuma resposta das autoridades”,

comentou à imprensa o presidente da Federa-ção de Estudantes da Universidade Católica, Noam Titelman. Produto das reformas impostas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que diminuiu para menos da metade os gas-tos públicos com a educação, o Chile conta hoje com um dos sistemas educacionais mais caros e desiguais do planeta. Piñera propôs uma série de medidas para reduzir o custo dos créditos destinados a pagar as altas taxas universitárias, mas não conseguiu mudar os pilares do sistema educacional chileno.

de infração. No primeiro semestre deste ano, esse número já passa de mil.


• Jangadeiro [email protected]

Corredor de Ônibus

Fortaleza inicia operação de BRS Começa a funcionar, a partir das 5h desta segunda-feira (12), o corredor exclusivo para ônibus da avenida Bezerra de Menezes, na Capital cearense. Intitulado de BRS-FOR, Serviço Rápido de Ônibus de Fortaleza, ele terá, nos dois sentidos da via, duas faixas de circulação preferencial para coletivos, vans urbanas e metropolitanas, além de táxis com passageiros. “Estamos cumprindo a Lei Federal da Mobilidade Urbana , que prevê prioridade do transporte coletivo sobre o individual e do público sobre o privado. Aproveitamos a estrutura da Bezerra de Meneses, que foi re-formada, e racionalizamos o trânsito na via”, afirma o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gon-dim. Ele explica que as linhas serão di-vididas em três grupos e serão identificadas por meio de um adesivo afixado no vidro da frente. “Cada linha só vai poder parar na parada que corresponde ao seu grupo. Dessa forma, aumentamos a velocidade no desloca-mento”. Ademar informa que a distância en-tre as paradas de cada grupo será, em média, de 500 metros.

Horário de funcionamento De acordo com a Etufor, as faixas preferenciais vão funcionar entre 5h e 21h, nos dias úteis, e aos sábados, de 5h às 16h. Aos domingos e feriados, todas as faixas serão de livre circulação, mas os pontos de paradas permanecem os mesmos. “A ideia

• Diário de S. [email protected]

São Paulo

Corredores reduzem tempo de viagem em 50% O paisagista Edvaldo de Souza faz, há 20 anos, o trajeto de Parelheiros, onde mora, até Santo Amaro, onde trabalha, na Zona Sul de São Paulo. Ele leva 50 minutos para per-correr de ônibus o maior corredor exclusivo da cidade, com 24,3 quilômetros de extensão. Antes, não era assim. Até 2004, quando não existia o Corredor Parelheiros/Rio Bonito/Santo Amaro, Souza levava 1h30 para fazer o mesmo trajeto. “Com o corredor eu ganhei 1h20 do meu dia que agora eu gasto com a família ou descansando”, diz. Atendendo a 376 mil pessoas diari-amente, nas 39 linhas que trafegam por ele, o trajeto liga a região de Santo Amaro aos bair-ros de Socorro, Cidade Dutra, Grajaú, Parel-heiros e Engenheiro Marsilac. Ele segue pelas

avenidas Atlantica, Senador Teotônio Vilela e Sadamu Inoue e conecta-se aos terminais Varginha, Parelheiros e Grajaú, este último in-tegrado com a estação da Linha 9-Esmeralda da CPTM. Como não tem trânsito de carros, os ônibus alcançam velocidade média de 30 quilô-metros por hora – no Corredor M’Boi Mirim, por exemplo, os ônibus andam, no horário de pico, a 7 quilômetros por hora. Para melhorar o desempenho, a SP-Trans retirou do corredor as linhas que faziam itinerário semelhantes aos micro-ônibus, deix-ando somente os “veículos” com maior capa-cidade que seguem para os grandes centros de interesse dos usuários. “Só ficaram os grandes que deslan-cham no corredor”, disse o motorista Adair Silva. “Se toda a cidade fosse assim seria uma

beleza.” A mesma opinião tem a manicure Ed-jane Silva, que pega o corredor para ir ao salão onde trabalha, em Santo Amaro. “Não dá tempo nem de sentar e ler alguma coisa”, afirmou. Antônio Araújo, cobrador, disse que a disputa para trabalhar nas linhas que operam nesse corredor é grande. “Todo mundo quer porque aqui não tem estresse. Ninguém fica parado no trânsito.” São Paulo conta com 120 quilômet-ros em dez corredores. A promessa do prefeito Gilberto Kassab (PSD) era entregar outros 66 quilômetros até dezembro, mas a licitação para fazer 68,5 quilômetros de novos trechos ex-clusivos para ônibus só saiu do papel em abril passado. O gasto previsto é de R$ 2 bilhões. O projeto prevê corredores em regiões impor-tantes como a Radial Leste, Itaquera, Campo Limpo e Santo Amaro.

piloto vai começar com uma campanha edu-cativa até o fim de agosto. Nossa expectativa é que dê tudo certo”, diz Ademar. O presidente da Etufor explica ainda que os veículos particulares só poderão en-trar nas faixas preferenciais para fazer con-versões. “Eles vão ter até 100 metros para en-trar e dobrar à direita”. Ele afirma que alguns problemas, como a parada de carros nas esco-las, ainda serão solucionados. “Somente após a campanha educativa é que vamos começar a fiscalização”, acrescenta.

Ampliação A implantação do BRS-FOR é fruto de uma consulta popular feita no começo de

2012, em que a avenida Bezerra de Meneses foi a mais votada pelos fortalezenses para a instalação do corredor preferencial para ôni-bus. “Temos ainda o projeto de ampliar para as avenidas Leste-Oeste, Perimetral, Antônio Sales, José Bastos, dentre outras”, antecipa Gondim.

ServiçoBRS-FOR da avenida Bezerra de MenezesInício: A partir das 5h de segunda-feira (12)Funcionamento:- Segunda a sexta: 5h às 21h- Sábado: 5h às 16h- Domingos e feriados: livre circulaçãoInformações: 3452-9205

BRS • Serviço de ônibus rápido vai operar na Avenida Bezerra de Menezes

REVISTAINTERBUSSW I L L I A M B I S P OS Ã O P A U L O / S P • P R A T A


• Do Site da Transpo [email protected]

Foz do Iguaçu quer VLT para ligar Parque Nacional à Unila De acordo com informações da Itaipu Binacional, a prefeitura de Foz do Iguaçu com o apoio da usina, irá propor ao governo federal a instalação de um sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilho) na cidade com o objetivo de ligar o Parque Nacional do Iguaçu com a futura sede da Universi-dade Federal da Integração Latino-Ameri-cano (Unila). O sistema teria 40 quilômetros de trilhos, partindo do Hotel das Catara-tas, com estações para o embarque e de-sembarque de passageiros instaladas no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, centro da cidade, Avenida Juscelino Ku-bitscheck, Avenida Tancredo Neves, até chegar à Unila. Para a efetivação do projeto, cada quilômetro foi orçado em R$ 5 milhões, re-sultando num investimento total de R$ 200 milhões. A proposta será apresentada até o final deste mês ao Ministério das Cidades para que seja incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Médias Cidades, lançado pela presidente Dilma Rousseff em 19 de julho, em For-taleza (CE). “É importante destacar que faz

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parte da missão de Itaipu apoiar o desen-volvimento econômico, ambiental e social da região. Por isso, estamos abertos para prestar suporte e apoio a todos os mu-nicípios da região, inclusive na área de mobilidade”, afirmou engenheiro Celso Novais, coordenador brasileiro do Projeto Veículo Elétrico (VE). O programa federal deverá liberar

R$ 7 bilhões, via financiamento público, para os municípios interessados com popu-lação superior a 250 mil e inferior a 700 mil habitantes. “Hoje, a versão de VLT da empresa (Bom Sinal) é a diesel e biodiesel. Quere-mos desenvolver um VLT puramente elétri-co, o que seria uma evolução tecnológica e ambientalmente correta”, explicou Novais.

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Ribeirão Preto compra MB Euro V• Do site da Transpo [email protected] Os operadores do transporte público urbano de Ribeirão Preto investiram na com-pra de 386 ônibus, sendo 249 deles montados sobre chassis Mercedes-Benz BlueTec 5. “Desse expressivo volume adquiri-do por nossos clientes, 202 unidades são do OF 1721, o novo campeão de vendas do País, que dá continuidade à trajetória de sucesso de seu modelo antecessor, OF 1722, o preferido do segmento urbano”, conta Gilson Mansur, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. As empresas Transcorp, Turb, Rápido D’Oeste, Sertran e Viação São Bento adquiriram os seguintes chassis com a motorização Euro V: OF 1418, OF 1519, LO 916, O 500 M e O 500 RS.



RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Mercedes-Benz lidera venda de ônibus Euro V no Brasil De 01 de janeiro a 31 de julho, a Mercedes-Benz emplacou 7.950 unidades de chassis de ônibus no Brasil. O volume assegura uma participação de 50% de mer-cado no segmento acima de oito toneladas. No nicho de urbanos, a montadora obtém 62% de Market share e de 49% no nicho dos rodoviários. Conforme observado nos dados de vendas, os programas de renovação de frota dos ônibus urbanos estão comandan-do as vendas do setor. “Além de grandes mercados, como São Paulo e Rio de Ja-neiro, diversas cidades de outras regiões estão seguindo essa tendência, como é o caso de Ribeirão Preto. As empresas visam atender às exigências de novas licitações do transporte coletivo e também oferecer melhor prestação de serviços aos usuári-os, considerando que mais pessoas estão utilizando ônibus no dia a dia, devido ao crescimento econômico do País”, justifica Gilson Mansur, diretor de Vendas e Mar-keting de Ônibus da Mercedes-Benz do

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Volks importa pelo Porto de Suape Os modelos importados da Volk-swagen, da Argentina e do México, estão chegando ao Brasil através do Porto de Suape (PE). Do país vizinho chegam os modelos Amarok, Space Cross e SpaceFox, enquanto o Jetta e o Jetta Variant são provenientes do país norte-americano. Os veículos argentinos estão desem-barcando em Suape desde o dia 26 de julho, enquanto os mexicanos passarão a ser im-portados via o litoral de Pernambuco ainda neste mês de agosto. “Este é um projeto da Volkswagen que levou alguns meses de estudo para ser implementado. Suape está em uma localiza-ção privilegiada do País e reúne condições para contribuir com a estratégia de distri-buição dos veículos da marca. Com essa nova opção logística, a Volkswagen do Brasil vai trazer ainda mais agilidade para o atendimen-

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to dos clientes da região”, explica Orlando Moral Jr., diretor de Logística da Volkswagen do Brasil. O primeiro lote oriundo da Argen-tina continha 200 veículos. De acordo com

a montadora, a operação logística demanda cerca de 30 pessoas entre estivadores, amar-radores, motoristas, coordenadores e agentes de navio e de solo.

Brasil.

Participação da Mercedes-Benznas vendas dos ônibus Euro 5 O mercado nacional absorveu 2.002

ônibus equipados com a nova motorização Euro V neste período no segmento acima de 8 toneladas. Deste total, 52% são ônibus MB, que correspondem a pouco mais de 1.000 chassis com a tecnologia BlueTec5.


O COMEÇO • Carrocerias Nicola, o início de tudo

D E U N A I M P R E N S A


Setra lança o ComfortClass 500 A fabricante de ônibus Setra, da Daimler, apresentou ao mercado europeu o modelo ComfortClass 500. O veículo estab-elece um novo padrão de qualidade entre os produtos da marca, com itens mais avançados de conforto e segurança. O projeto do ComfortClass 500 é completamente novo e seu design inclui linhas suaves e contemporâneas. A carroceria é mol-dada em alumínio, possibilitando uma melho-ra de 20% na eficiência aerodinâmica e, tendo como consequência a redução do consumo de combustível e das emissões. Os espelhos rece-beram atenção especial durante o desenvolvi-mento do veículo, recebendo novo design. Suas linhas fluem para um para-bri-sas que foi arredondado. Ainda na dianteira, uma das inovações mais visíveis está no con-junto óptico, em luzes LED, além de novo design (setas inclusive). Como item opcional, a carroceria ComfortClass 500 pode ser equi-pada com faróis bi-xenon. Internamente, a ergonomia do cock-pit foi aperfeiçoada através de melhor distri-buição dos comandos no painel de controles, banco e demais itens que integram o ambiente do motorista. O novo design do cockpit inclui novas cores também. A carroceria ComfortClass 500 é 95

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mm mais extenso em relação à geração ante-rior. O novo S 515 HD, por exemplo, mede 12.295 mm de comprimento, 2550 mm de lar-gura e 3,770 mm de altura. As versões S 516 HD e S 517 HD possuem 13.115 mm e 13.935 mm de comprimento, respectivamente. O ân-gulo de saída traseira é de 6,9 graus em todas as variantes HD. O piso do interior subiu em 40 mm, ampliando a capacidade do bagageiro de 8,4 para 8,5 m³. O Setra ComfortClass 500 é equipado com motorização Euro VI com seis cilindros em linha para os propulsores OM 470, com

425 cavalos de potência a 1.800 rpm, torque de 2100 Nm a 1100 rpm. O motor utiliza o exclu-sivo sistema de injeção X PULSE com com-mon-rail com pressurização, permitindo uma injeção de combustível extremamente precisa com o cilindro seletivo timing. O ônibus conta com a nova transmissão automatizada Power-Shift Go 250-8 de oito velocidades. Entre os itens de segurança, destaque para o sistema Active Brake Assist (ABA2) com um sensor de radar que desacelera o ôni-bus após a detecção de objetos parados na pista.

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LSL compra semirreboques duplos• Do site da Transpo [email protected] A empresa LSL Transportes – da montadora Honda – investiu aproximada-mente R$ 1,8 milhão na compra de 10 semir-reboques do modelo Evolution da Labor Equi-pamentos Rodoviários. Os implementos serão empregados no transporte das motocicletas da Honda. “Os implementos serão utilizados no transporte de motocicletas da Honda no trans-porte primário, mas já operamos com este cliente há dois anos na distribuição de motos com caminhões e carretas Evolution. Atual-mente a montadora já possui na frota cerca de 60 modelos da Labor Equipamentos”, explica Heberson Cosso, diretor Comercial da Labor. O semirreboque em questão possui três eixos e mede 15.100 mm de comprimento, 2.520 mm de largura interna e 3.030 mm de altura interna. A altura permitiu a instalação de um Double Decker (dois pisos), dividindo o implemento em uma área inferior de 1.750

mm de altura e o piso superior detém 1.230 mm de altura. “O equipamento transporta no total 70 motos, sendo 35 em cada piso. E depois de finalizado a operação no andar superior, é só acionar um botão, que o teto volta para a posição inicial”, enfatiza Cosso. A implementadora comercializa o

Evolution com plataforma ou porta tradicio-nal, escolhida pela montadora. “Temos no nosso portfólio carretas com a porta traseira tipo plataforma, que se move do chão até o segundo andar no momento de carregar. Con-tudo, a Honda já desenvolveu em suas docas um sistema próprio de acordo com as medidas da nossa carreta”, finaliza.


O BRT de São Paulo Aos poucos, a empresa com maior número de veículos bi-articulados da ci-dade de São Paulo, a Viação Campo Belo, vai colocando nas ruas sua frota de Caio Millennium BRT Top Bus, montados sobre o chassi Volvo B360S, o único fabricado no Brasil para este tipo de ônibus. Até o momento, já circulam cerca de 36 unidades deste novo ônibus bi-articulados da Caio, com seus 27 metros de cumprimento e im-ponência. O total de veículos adquiridos pela empresa pode chegar a 50 unidades. Há alguns dias andei em um desses Millennium BRT , que estava escalado na linha 6451/10 Terminal Capelinha-Termi-nal Bandeira. O trajeto dessa linha é bas-tante interessante por dois fatores: 1º ele roda a maior parte de seu trajeto em cor-redores com faixa única a esquerda; 2º no trecho em que não roda em corredores, a via é ampla e expressa – a Marginal Pin-heiros, uma das principais vias expressas da cidade. Para quem gosta de sentir o bom desempenho, vale a pena andar nessa linha. Mas vale a dica: o faça no entre-picos – en-tre as 10h e às 16h. No horário de pico, o que poderia ser um bom passeio de entusia-sta vira uma chatice, por conta dos conges-tionamentos. Internamente, o Millennium BRT remete ao seu antecessor, o Top Bus PB. Os bancos lembram o dos bi-articulados Mega BRT de Curitiba: são tipo Urban 90, mas com uma parte “almofadada” bem mais ex-tensa. Cobre praticamente todo o assento. Dá a impressão de que banco de BRT tem de ser tipo os Urban 90. E, pra finalizar a parte interna, a porta que separa o “cock-pit” do motorista do salão tem cara de porta mesmo, dife-rente daquela separação dos Top Bus PB, que mais parecia uma simples divisória. Com esta porta, o motorista fica comple-tamente isolado do salão. É o veículo dos sonhos dos motoristas. Mas o isolamento até se justifica: em um veículo de 27m de cumprimento e onde o motorista fica no centro do carro, a atenção tem de ser re-dobrada. E, infelizmente, os passageiros paulistanos não se contentam em falar o mínimo necessário. Externamente, o visual, a meu ver, não foi tão impactante quanto a dos outros BRTs. Ele é bonito mas ficou com um visu-al bem mais comum. O pai dos Millennium, o I, é bem mais chamativo que a versão de hoje. O primeiro carro que chegou à Campo Belo, o 7 2075, veio com a frente pintada de preto. Os seguintes já vieram com a “cara” toda na cor vinho, como o 7 2096.

Operação – Os novos Millennium BRT da Viação Campo Belo estão esp-alhados por várias linhas da empresa. A boa parte deles está nas linhas que fazem o trajeto eixo Terminal Capelinha ou Terminal João Dias-Terminal Bandeira mas outros podem ser vistos em outras linhas com grande demanda, como a 737A/10 Terminal Jardim Ângela-Terminal Santo Amaro e 677A/10 Termi-nal Jardim Ângela-Metrô Ana Rosa. Sobre a 677A, vale observar que uma parte do trajeto dela é feito em vias comuns – algumas bem

José Euvilásio Sales Bezerra

estreitas, inclusive – mesmo o veículo sendo bi-articulado. Como sempre na vanguarda das nov-idades em termos de aquisição de veículos de grande capacidade, a Viação Campo Belo está fazendo a sua parte no que tange à aquisição de veículos de maior capacidade. Agora falta a Prefeitura de São Paulo fazer a sua e investir em melhorias para que esses veículos possam ser usados de forma mais eficiente e que não pareçam trambolhos fechando as ruas conges-tionadas da cidade de São Paulo.

NOVIDADE NAS RUAS DE SP • Caio Millennium BRT Top Bus da Viação Campo Belo 7 2096, circulando em faixa exclusiva a esquerda, e o 7 2075 circulando em via de circulação mista: ótimos veículos mas nem sempre circulando em vias apropriadas

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]


Um hobby maculado Na semana passada o hobby, defini-tivamente, chegou ao fundo do poço. Chegou-se ao limiar de quem manda, e quem é man-dado. Uma escravidão nunca vista e a carência de centenas na vida pessoal são os comple-mentos que enriquecem essa história que só tende a piorar. Se chegamos ao fundo do poço, como que pode piorar? Cavocando um pouco mais e tentando chegar numa profundidade ai-nda maior. Há alguns meses foi criada uma co-munidade no Facebook com o objetivo de “tr-ollar” (ironizar, tirar um sarro) fotos mal fei-tas e preenchimento de dados errados no site Ônibus Brasil, hoje o principal site de fotos de ônibus. A comunidade, com o nome de “Trol-lando o OB”, absorveu todos os comentários maldosos que eram feitos no próprio site, mas passíveis de “punições” pela moderação que existia na época, que acabam bloqueando os participantes de confusões, etc. Com isso, criaram a comunidade para que esses comen-tários pudessem continuar a serem feitos livre-mente, já que trata-se de uma rede social, onde as pessoas têm a total liberdade (dentro dos termos de uso do site) para dizer o que pensam e da forma que acham melhor.Na quinta-feira uma verdadeira bomba atômica foi eclodida nessa comunidade. Al-guns membros disseram que receberam uma “notificação extrajudicial” informando que tais postagens no grupo estavam ofendendo membros do site, e que havia o uso indevido das imagens para esses insultos. Bom, va-mos analisar o caso de forma mais profunda pois houve um desespero generalizado que mostrou os realmente covardes dentro de um hobby mascarado, onde a maioria acha estar acima do bem e do mal. A palavra “extra” quer dizer “de fora”, ou “avulso”, algo assim. Se é uma no-tificação “EXTRA”judicial, significa que é um comunicado enviado FORA do âmbito judiciário, algo que a justiça sequer tem con-hecimento, ou seja, qualquer pessoa no mundo pode enviar notificações extrajudiciais. É um comunicado que você faz a alguém antes de procurar a justiça, na tentativa de uma rec-onciliação amigável. Porém, nesse caso do Ônibus Brasil, foi um baita de um blefe, pois não há embasamento algum para que haja um processo judicial nas circunstâncias descritas nessa tal notificação. Por exemplo: eu posso enviar uma notificação extrajudicial ao meu vizinho pedindo para que ele não ouça mais músicas em volume alto. Se ele não parar, posso entrar com uma ação judicial para que o poder judiciário intervenha nesse conflito, ou não. Posso ficar apenas na ameaça dessa “notificação”. Sem contar que a tal notificação

estava cheia de erros grotescos e contradições. Enfim, foi algo apenas para “assustar”. Mas por um lado isso foi bom, pois na supracitada comunidade todo mundo gostava de ser va-lente, batia boca com os demais participantes, “ameaçava processar por difamação”, muitas crianças que estavam lá adorava falar “difícil” para mostrar ser valente, porém quando o cinto apertou, todo mundo saiu correndo, e com muito pavor. Isso mostra o quanto um computador deixa as pessoas mais poderosas e corajosas. Na hora do “cara a cara”, a história é bem diferente. A comunidade acabou sendo extinta com muito desespero. Houve até um acom-panhamento da queda no número de partici-pantes antes da exclusão do grupo. Com as máscaras caindo, foi a hora de começar a ver o outro lado de toda essa confusão: quem está norteando o hobby. Nesse meio-tempo, com muitas acusações que foram feitas, etc, cheg-uei a uma conclusão: o que está mandando no hobby hoje é a PREGUIÇA. Mas porque a preguiça? Você vai entender agora. Um dos grandes problemas no hobby, e que nunca acabou, é o furto de fotos. Outro problema, paralelo a isso, é a petulância da maioria dos colecionadores. Para controlar es-sas duas coisas, há o crédito nas fotos: coloca-se seu nome na sua foto para evitar que outra pessoa a furte e coloque o nome dele em cima, e também coloca-se o nome para mostrar à toda comunidade que é o melhor coleciona-dor do planeta por ter ficado 12 horas na beira de uma rodovia ou na porta de uma fábrica para fotografar um ônibus primeiro que todo mundo. Porém, a colocação do crédito na foto é algo “muito trabalhoso” e muita gente deixa de publicar fotos na internet simplesmente por esse motivo: tem preguiça ou simplesmente não sabe colocar o próprio nome na foto. E foi aí que entrou o Ônibus Brasil com a facilidade que faltava para todos os sites que estavam no ar na época: você mesmo posta a sua foto, e

o crédito entra automaticamente, além de con-gregar as galerias de várias pessoas num único sistema de busca. Ou seja, além de você não ter que colocar crédito na sua foto, ela poderia ser vista por mais pessoas. Mesmo com toda essa facilidade, muitos colecionadores se negaram a abrir galerias por lá, e seguiram enviando suas fotos para outros sites, ou postando em seus própri-os fotologs ou sites particulares. Com o tempo, alguns até iniciaram postagens por lá, mas de-ixaram de fazer isso em pouco tempo. O acer-vo postado lá, sem dúvida, é enorme, porém há muito material de qualidade que não entra, jus-tamente pela recusa de muitos colecionadores sérios em participar do site. Por conta dessa atitude, foram chamados de ranzinza, arcaicos e até arrogantes. Talvez eles estavam (e estão) certos. A ganância dos colecionadores em querer publicar fotos de “novidades” para fi-carem “conhecidos” (nem vou entrar no méri-to dessa questão mais uma vez, pois já falei várias vezes sobre isso, que não existe fama no hobby. A falsa fama que é feita é justamente para preencher o ego de pessoas que são isola-das e têm graves problemas de relacionamento interpessoal na vida particular e tentam ficar conhecidos de alguma forma para tentar acabar o vazio de cada um, porém a falta de amigos e a falsidade prossegue) transformaram o hobby numa disputa insana, e obviamente o Ônibus Brasil entrou nessa, criando rankeamentos sem utilidade, estimulando a concorrência en-tre os usuários do site. Isso é errado? Claro que não. A administração do site achou um nicho que até então ninguém havia explorado, e ai-nda tira proveito disso, gerando dinheiro para si própria. Quem são os culpados? Os próprios colecionadores. No Brasil tudo gira em torno de concorrência, em motivações para um que-rer ser melhor que o outro, e no hobby isso não é diferente. Engana-se quem acha que só entre busólogos acontece esse tipo de coisa. É natu-

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]


ral num país onde o governo também só pensa em si próprio, e entre os colecionadores acon-tece o mesmo: cada um por si, ou cada peque-no grupo querendo ser melhor que o outro. Curiosamente, alguns dias antes da emissão da tal “notificação extrajudicial” houve um pequeno debate no Facebook jus-tamente sobre a qualidade das fotos postadas no site Ônibus Brasil e surgiram comentários sobre a comunidade Trollando o OB. Entre os comentários, foi dito que era preferível manter essas discussões fora do site, pois manteria alto o nível dos comentários por lá. Antes dessa co-munidade, tudo ficava no site e a moderação tinha que agir com mais rigor, dando mais tra-balho. Também foi revelado que a moderação do site não era mais nacional, ficando a cargo de pessoas de fora do país. Lembramos que na Venezuela há o site VeneBuses.com, que utili-za o mesmo layout do Ônibus Brasil. Segundo a administração do site venezuelano, há apenas isso entre os dois sites: o mesmo layout, e que as administrações são independentes. Porém, convido todos a darem uma olhada nos dois sites e entenderá o porque a moderação do site mal tem respondido os tickets que são abertos. O que também chamou a atenção em tudo o que aconteceu é que mais uma vez o Ônibus Brasil jogou a responsabilidade sobre comentários de fotos em cima dos colecio-nadores. Com isso, o site se isenta de tudo e qualquer coisa que seja relacionado ao hobby, mas dá todo o suporte para que fotos e mais fotos sejam publicadas, gerando renda para si. Na publicação da matéria acerca dos “trolla-dores” do hobby, o site se isenta de qualquer responsabilidade se alguém tiver a foto retira-da de lá e virar motivo de chacota em qualquer rede social, pois já informou que a retirada da foto sem autorização é ilegal e constitui crime, o que não é verdade. Há alguns anos consultei um advoga-do a respeito de direitos autorais pois diversas fotos estavam sendo retiradas do Portal Inter-Buss e sendo publicadas em outros locais com outros nomes. Segundo o advogado, a prova de direito autoral em fotos digitais é bastante complicada, pois você tem que provar de al-guma forma que a foto é sua, e no meio digital isso é quase impossível, e para evitar que al-guém tire uma foto da internet e publique em outro lugar com outro nome, você teria que criar mecanismos em seu site que impeça isso. O Ônibus Brasil já faz isso, impedindo de certa forma que você baixe a foto, porém há milhares com a opção de “download”, e também pode fazer o “print screen” da imagem, recortando depois em um editor. Ou seja, até esses me-canismos o site deveria impedir. Como ele não impede, não há nada que pode ser feito. Além do que, o próprio Ônibus Brasil criou diversos empecilhos para apagar fotos que são furta-das de outros lugares e postadas lá com out-

ros nomes. Antigamente bastava você enviar o link da imagem postada em outro lugar com a abertura de um ticket de correção, e logo de-pois era conferido e apagado, se comprovado o furto da mesma. Hoje você tem que enviar as fotos originais por um e-mail que nunca nin-guém responde, dando um chá de canseira no reclamante, que acaba desistindo da reclama-ção. Enfim, são dois pesos e duas medidas: o site dificulta a retirada de fotos “furtadas”, mas te ameaça se você “furtar” (mesmo sem impedimento legal) alguma foto de lá. É nada mais que um jogo de interesses. A desinfor-mação dos colecionadores gera lucro ao site: a moderação bate o pé, todo mundo baixa a cabeça, e tudo fica como está. Um pouco mais de instrução com certeza mudaria muita coisa. Na matéria que está no Ônibus Brasil e fala a respeito de tudo isso que aconteceu, além da má informação sobre o direito autoral, há outros fatos curiosos, como as instruções a respeito do uso de “perfis falsos”, mesmo com quase a totalidade dos membros da comuni-dade Trollando o OB não serem falsos. Outro fato que chamou a atenção foram os seguintes trechos da matéria: “...já existem casos em fase de rastreamento de autoria das publicações. Para o advogado do autor das fotos que foram usadas para ofendê-lo a ação é uma “causa ganha”. Todas as provas são documentais e in-questionáveis...” e “...O colecionador de longa data que não expõe seu nome por recomenda-ção do advogado acredita que tudo se deve à falta de educação...”. Deduz-se por isso que tudo começou com um suposto colecionador, de “longa data”, que se sentiu ofendido por al-guma postagem e que procurou um advogado para verificar o seu caso, ou foi um person-agem criado pelo próprio site para embasar uma matéria desse tipo, o que é muito comum no hobby. Se realmente tudo for verídico, é ne-cessário um embasamento melhor, pois dizer que é uma “causa ganha”, realmente pode até ser, pois quem poderia vir a ser suposta-mente processado numa causa dessas, com certeza não saberia nem por onde começar a sua própria defesa, ou seja, aproveitaria da ignorância alheia. Mas com uma pequena in-strução apenas de direitos autorais, já seria possível discutir o assunto. Não há a necessidade de transformar o hobby nessa praça de guerra. É necessário que cada um faça a sua parte para enriquecer o hobby cada vez mais e não se deve baixar a cabeça para meia dúzia de pessoas que acham que o hobby é um mercado gerador de din-heiro. Muitos comentários a respeito de fotos dizem que o Ônibus Brasil é o único site para se publicar fotos de ônibus ainda no ar, o que é mentira. A grande popularização do Flickr é uma grande prova disso. Há vários mecanis-mos para publicação de fotos na internet com qualidade e gratuidade, agora se o objetivo for

querer aparecer, chamar a atenção e inflar um ego vazio, aí só tem um site mesmo. A cultura das fotos ruins também está ganhando força. Agora publicar foto ruim é sinônimo de “desconhecimento” de fotografia. Isso é mais uma prova de que o hobby só tem a perder com isso. Você procurar melhorar as suas fotos e querer fazer bonito, enriquecendo seu acervo, é uma coisa. Agora, acreditar em comentários falsos com elogios infames à fo-tos ruins, é querer fechar os olhos e continuar se apequenando. Todo mundo evolui, agora querer continuar fazendo fotos ruins sempre, é ficar estagnado no tempo. Vai de cada um.

* * *

Outro fato que chamou a atenção do hobby na semana passada foi uma matéria exi-bida na TV Globo de Minas Gerais com alguns busólogos na Rodoviária de Belo Horizonte. A matéria começou muito bem, mostrando como é o hobby da busologia, o dia-a-dia de um busólogo, etc. Quando chegou na rodoviária, a coisa tomou outro rumo. Em um determinado momento viu-se um monte de gente correndo atrás de um ônibus da UTIL (Zebra, que foi chamada de ONÇA), etc. Enfim, essa matéria foi divulgada amplamente nas redes sociais e muito criticada por vários colecionadores de diversas partes do Brasil. Houve também quem elogiasse. Nesse caso, vai de cada um achar que a conduta estava certa ou errada. O que mais chamou a atenção foi um dos busólogos que aparecem na matéria e foi um dos mais criticados, fez um enorme comentário no Facebook, dizendo que foi criti-cado e que iria se afastar do hobby. Curiosa-mente, o que acontece poucas horas depois? Publicou no Ônibus Brasil a foto de um novo Busscar de uma empresa de turismo, dizendo que foi autorizado pela viação, etc. A foto foi retirada do perfil do Facebook da empresa e houve um pedido de autorização para publi-cação. Para que? Para “abafar” o assunto da matéria e inflar o próprio ego. E a “pausa” no hobby, onde ficou? Obviamente que a von-tade de chamar a atenção e aparecer para a comunidade, e receber um monte de comen-tários de busólogos que vivem apenas de fo-tos na internet, escondidos atrás de uma tela de computador e só vendo imagens, e achar que está “abafando”. Está mais que compro-vado que dá para contar nos dedos de uma mão o número de busólogos que honram o que dizem, além de quererm fazer o possível e o impossível para aparecer. Simplesmente, lamentável. A tendên-cia é muita gente continuar se isolando, abrin-do páginas particulares no Flickr e em outros lugares legais. Hobby unido? É uma utopia, isso nunca vai existir enquanto existirem busólogos parasitas para macular o hobby.


S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM CAMPINASPontos de ônibus na avenida John Boyd Dunlop são limpos e recuperados em plena hora de pico, coincidentemente semanas antes das eleições.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,4% • Volvo

41,98% • Scania

Em 2012

QUANDO APARECE...

É muito comum essa situação. Você está em algum terminal ou ponto esperando um ônibus para fazeruma foto dele, quando bem na mesma hora aparece alguém para atrapalhar. Parece que algumas pessoas fazem isso de propósito. Será que é difícil ver que há alguém com a câmera ligada e apontada?

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras


VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

O bairro paulistano da Moócae a perda acentuada do tráfego de ônibus

Em São Paulo, a Zona Leste foi e ainda é a região mais problemática em ter-mos de qualidade de linhas de ônibus. Vou mais a fundo, contando seus problemas de extinção de linhas que não vem de agora, e sim de tempos remotos. Em uma edição da Revista Inter-buss de 2011 contei sobre a história da Vi-ação Itaquera, e hoje falarei de três linhas, infelizmente extintas, que mereciam ser operadas por micro-ônibus e que cortam o bairro da Moóca: 3111 (V. Bertioga – Pq. D. Pedro II), 3151 (José Higino – Pq. D. Pedro II) e 3153 (V. Oratório – Pq. D. Pedro II). Desde os anos 1950, a região da Mooca tinha inúmeras linhas ligando os bairros vizinhos até o centro. Tínhamos as linhas da Vila Bertioga, José Higino e V. Oratório, que eram operadas pela Empresa de Ônibus Alto da Mooca. Em 1978, com a criação do Con-sórcio Sudoeste, primeiramente a Alto da Moóca iria se consorciar com a Cia. Auxil-iar, mas a primeira resolveu passar todos os seus ônibus para a Transleste. Em 1985 a Transleste foi comprada por Ronan Maria Pinto e Constantino de Oliveira, mantendo todas as linhas mencio-nadas. Já em 1992, todas as empresas do Ronan na região, inclusive a Empresa Pau-lista de Ônibus e a Vila Ema, resolveram se fundir para tornar uma empresa única, a Vila Ema. Todas as linhas citadas acima perman-eceram ativas. Em 1998, a empresa volta a se di-vidir, criando a Transvipa (Transportes Vila Prudente), Expresso Iguatemi e Expresso Vila Industrial. As três primeiras linhas per-tenciam à Transvipa. Dois anos depois, a Transvipa foi vendida à empresa Âmbar, continuação da Viação Itamarati que operava linhas na zona oeste de São Paulo. Com a Âmbar, observei essas três linhas no ano 2000 e vi que o in-tervalo médio dessas três linhas é entre 25 e 35 minutos, todos operados por ônibus con-vencionais, mas, pela demora nos intervalos era difícil conquistar passageiros, voltando aquela demanda de antes. E finalmente, em 2003, várias em-presas da Zona Leste, como a Cruz da Co-lina, Viação América do Sul, Viação Pérola, Vila Ema e inclusive a Âmbar, deixaram de existir, entrando em lugar a Via Sul, repre-sentado pela Viação Tânia. Aí entra o prob-lema: A Via Sul não iria absorver toda a frota deixada por empresas que já existiram, então, a empresa não entrou com 100% da

Marisa V

anessa N. Cruz

frota para suprir todas as linhas, e de quebra, as linhas 3111, 3151 e 3153 deixaram de ex-istir. Tenho uma opinião: por causa de 10 ônibus faltantes para cobrir aquelas três linhas, deixaram de existir aquelas três linhas? Não é uma coisa estranha? O prob-lema é que a empresa sentiu-se pressionada com a queda de qualidade de suas inúmeras linhas da empresa, então, aqueles 10 ônibus passaram a reforçar a frota de outras linhas que estão com problemas de superlotação. Só lembrando que a 3151 ressurgiu em 2007 como linha 5019 Alto da Moóca

– Estação de Transferência Ana Néri, com dois micro-ônibus. Dois anos depois, a linha foi subtraída em um veículo e, em 2011, o cancelamento foi definitivo. Uma pena que essas linhas, an-tes tradicionais e que ajudaram a contar a história do bairro da Moóca, deixaram de fazer sentido. Seria bom uma empresa séria para dar um jeito de ressurgir linhas tradi-cionais como essas, e também não cancelar outras, como a ultra-histórica 2101 contada na edição anterior, antes que todos os mo-radores comprem seus automóveis e deixem de usar seus ônibus da região.

ÂMBAR • Dois ônibus da Viação Âmbar que faziam linhas na Zona Leste de São Paulo


A S F O T O S D A S E M A N AOCD Holding • ocdholding.wordpress.com

THIAGO SIONECaio Apache Vip Volksbus 15.190 • São Silvestre

DIEGO ALMEIDAMarcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500RS • Três Amigos

DIEGO ALMEIDAComil Campione 3.65 Scania K360 • Novo Millennium

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Torino MBB OF-1721 • Redentor

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Torino MBB OF-1721 • Redentor

RODRIGO GOMESMarcopolo Torino MBB OF-1721 • Vega


SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

MATEUS C. BARBOSAMarcopolo Paradiso G6 1350 Volvo B12R • Penha

FELIPE PESSOA DE ALBUQUERQUEMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-400RSD • Águia Branca

DOUGLAS DE CÉZARENielson Diplomata 380 Scania K112 • Reunidas Paulista

LEONARDO DA SILVA DE OLIVEIRAFrente de um Comil • Senhor do Bonfim

Comunidade Mercedes-Benz no Facebook •www.facebook.com/groups/129417520494728/

Comunidade Volvo do Brasil no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

Comunidade Scania Bus L.A. no Facebook • www.facebook.com/groups/123769764390312

TIAGO DE GRANDEMarcopolo Paradiso G7 1050 Volvo B9R • 1001

MATEUS C. BARBOSAMarcopolo Paradiso G6 1800DD Scania K380 • Mutum Preto


Mais recente lançamento da encarroçadora, Campione DD é aposta da Comilpara aumentar participação no mercado externo

Comil já vendeu 238 ônibus de dois andares

Lançado no ano passado pela Comil, o Campione DD, carroceria de dois andares com alto padrão, tem conquistado espaço num mercado que não se destaca pela demanda de produção, mas pelo alto valor dos ônibus. Atualmente, o Comil Campione DD tem como principal concorrente o Para-diso 1800 DD, da geração sete da Marcopo-lo. O Panorâmico DD, da Busscar, também é outra opção do segmento de ônibus de luxo e de grande porte, mas pela situação finan-ceira da Busscar, que tenta escapar da de-cretação de falência pela Justiça, tem baixa participação neste mercado. De acordo com a Comil, o modelo, produzido na sede da empresa em Erechim, no Rio Grande do Sul, teve 238 unidades co-mercializadas desde o lançamento, um núme-ro nada desprezível para este segmento. Um ônibus de dois andares, de-pendendo da configuração, tem preços que variam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Se os veículos tiverem adaptações especiais, com salas, equipamentos eletroeletrônicos (DVD, TV LED, Blue Ray) e até pequenos estúdios (solução adotada por bandas), os valores podem ser superiores. Nestes casos, as encarroçadoras fornecem os itens básicos do veículo e as adaptações são realizadas por empresas es-pecializadas. A Comil diz que itens modernos de conforto e segurança e um design inovador e limpo são alguns dos principais atrativos do modelo. De acordo com a fabricante, para desenvolver o ônibus, foram realizados es-tudos biodinâmicos avançados no mercado, que permitem com que a carroceria ajude na redução do consumo de combustível e na diminuição do nível de desgaste dos pneus. Além de usar materiais mais leves, que aux-iliam o cumprimento da “lei da balança”, o desenho da carroceria permite uma melhor relação do veículo com o vento contra o ôni-bus em movimento. O espaço interno privilegia o con-forto e o bem estar visual dos passageiros. As poltronas são largas com boa distância entre elas na configuração executiva. No serviço leito, a distância é maior ainda. A iluminação interna é feita por luzes de LED, com destaque para as lâm-padas individuais de leitura. Elas iluminam mais sem provocarem desconforto para o passageiro que faz uso e sem atrapalharem a pessoa ao lado.

Os dutos de ar condicionado têm novo projeto, que permite melhor distri-buição do ar no salão de passageiros e per-mite que individualmente os usuários con-trole os defletores. Os conjuntos ópticos traseiro e di-anteiro também contam com lâmpadas de LED que aumentam a visibilidade do con-dutor do ônibus e dos outros motoristas e pedestres até nos locais mais escuros. Para facilitar e baratear a manuten-ção, muitas peças do Campione DD são compartilhadas com outros veículos da linha Campione.

MERCADO EXTERNO A Comil está otimista para o mer-cado interno, principalmente a partir do ano que vem, quando passarem os efeitos da re-tração neste ano do setor por conta da ante-cipação em 2011 da renovação da frota de veículos a diesel motivada pela mudança de tecnologia para a redução da poluição que deixou os ônibus mais caros. Os segmentos de turismo de luxo e de fretamento de longa distância devem registrar crescimento devido à ampliação da renda e por eventos mundiais, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que devem provocar impactos positivos so-bre o turismo.

Mas é também o mercado externo a grande aposta da Comil para os ônibus de dois andares, especialmente os vizinhos lati-nos. O mercado de ônibus de dois an-dares rodoviários sempre foi mais forte que o Brasil em países como Argentina, Peru e Chile. Cada uma destas nações possui segmentos que se destacam para a aplicação deste tipo de ônibus. Exemplo é a Argen-tina, onde os ônibus de dois andares são lar-gamente usados em linhas rodoviárias entre províncias, em viagens internacionais e para os deslocamentos de turismo. Buscando diferencial para atrair clientes e analisando a boa relação custo-benefício, empresas de ônibus rodoviários no Brasil têm se interessado cada vez mais pelos veículos de dois andares ou como os profissionais gostam de chamar DD – Dou-ble Decker. E a Comil não tem poupado esforço quando o assunto é divulgar o Campione DD. São feitas várias ações de divulgação para empresários e especialistas em trans-porte. A mais recente foi em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul. A apresentação do modelo foi feita numa concessionária da fabricante de chassi Scania na cidade e reu-niu profissionais do setor.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

CAMPIONE DD • Ônibus de dois andares da Comil. O Campione DD tem correspondido às perspectivas da fabricante de Erechim, no Rio Grande do Sul. Desde o lançamento, foram vendidas 238 unidades, um número considerável para um segmento que se destaca mais pelo valor agregado do que pelo volume de produção. Comil também vê no modelo a oportunidade de realizar mais negócios no exterior. Em países vizinhos, a utilização de ônibus de dois andares rodoviários chega a ser maior que no Brasil. Foto: Divulgação Comil.

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Revista InterBuss - Edição 107 - 12/08/2012