Revista InterBuss - Edição 108 - 19/08/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 3 • Nº 108 19 de Agosto de 2012

PROMOTOR PEDE PRISÃO DE EMPRESÁRIOS EM CUIABÁ

Empresas estariam descumprindo determinação judicial de acabar com a dupla função para motoristas

PROMOTOR PEDE PRISÃO DE EMPRESÁRIOS EM CUIABÁ

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O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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| As Fotos da Semana

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Motoristas nãorespeitam faixaexclusiva emFortaleza no 1º diaCarros de passeio e outros veículos acabaram invadindo a faixa para ônibus no seu primeiro dia deoperação na capital cearense 12 E em breve tem atualização do Portal InterBuss! Participe

enviando a sua foto de ônibus para [email protected]

| A Semana Revista

Ônibus da 1001 é fechado na Via Dutra e tomba; Um passageiro morreuAcidente aconteceu na altura de Arujá e deixou pelo menosoutros 17 feridos 08

Confiram as melhores da semana!

PROMOTOR PEDE PRISÃO DE EMPRESÁRIOS

Foi feito tambémo pedido do bloqueio dos bens dosdonos de empresas de ônibus urbanos de Cuiabá

Página 07

24

ANO 3 • Nº 108 • DOMINGO, 19 DE AGOSTO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 00h23

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraOs bondes de Santos 19

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALIgnorância do povo brasileiro 6

SEU MURALA seção especial do leitor 22

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiNotas 17

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzA série 800 na EMTU-SP 23

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Circulando

Colunista JoséEuvilásio comenta sobre os bondes de Santos/SPBondes turísticos circulam pela região central e zona portuária da cidade resgatando a históriada antiga cidade 19

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: O Diário de Bordo, excepcionalmente, não é publicado nesta edição.

| Deu na Imprensa

Azul e Trip pedem autorização à Anac para ter voos compartilhadosAs duas companhias aéreasanunciaram uma fusão há algumas semanas atrás 16

COLUNISTAS Adamo BazaniNovo híbrido da Eletra 26

PROMOTOR PEDE PRISÃO DE EMPRESÁRIOS

Atenção leitor: a 15ª atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss será feita no dia 7 de julho. Envie sua foto [email protected] e participe!

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 14

Artur Velter

Página 07

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos ao colecionador William Bispo pelo envio do pôster e à Ortobrás e à Sunflower pelas fotos dos ônibus adaptados

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Na semana passada o setor de trans-portes recebeu duas notícias que mostram a verdadeira falta de respeito do brasileiro com o transporte coletivo, causando danos a toda coletividade. A primeira foi a do início da operação do corredor BRS em Fortaleza, onde vários carros de passeio invadiram a faixa dedicada apenas ao transporte coletivo. A outra foi a paralisação do BRT do Rio de Janeiro em protesto à morte de um estudante de uma escola próxima ao corredor. Recente-mente comentamos justamente sobre isso, a falta de cultura do transporte coletivo no Bra-sil, que faz com que as pessoas achem que apenas os motoristas e todos ligados ao trans-porte, estejam sempre errados. No caso do atropelamento do es-tudante no Rio de Janeiro, está mais do que provado o erro do pedestre. Muitas vezes a preguiça impede que os pedestres andem alguns metros a mais para chegar a uma simples faixa de segurança, que dá toda a ga-rantia para a pessoa que o usa. Porém, muita gente prefere arriscar a vida e transitar por áreas perigosas e proibidas. O problema no

Brasil é que as pessoas têm uma visão muito pequena, fechada e individualista. Por isso que o trânsito nas grandes e médias cidades são um verdadeiro caos, com carros carregan-do apenas o motorista, enquanto o transporte coletivo é deixado de lado e renegado pelas mesmas pessoas que têm o poder para mudar a situação e melhorar. Por que? Simplesmente por status. Pesquisas já mostraram isso e o brasileiro gosta muito de ter status, de apa-recer para os outros. E nesse caso não é dife-rente. Joga-se a culpa em cima de um sistema de transporte consagrado mundialmente, escolhido para agilizar e melhorar o deslo-camento dos moradores da zona oeste, sem argumentos concretos. Pior são os pedidos de passarelas, novas faixas, etc, com a alega-ção que a faixa mais próxima fica à “longos” 300 metros da escola. Não é possível andar “tanto” assim para atravessar? É necessário atrapalhar o trânsito e correr o risco de morte? Imagine se um corredor de BRT tivesse uma faixa de pedestres com semáforo a cada 100 metros. Não seria possível manter a agilizade do sistema nunca! A prefeitura não pode ced-

O individualismo no trânsitobrasileiro e a falta de respeito

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial er às pressões de pessoas que estão erradas, e

sim deve educá-las a agir certo. Se não for as-sim, nada funciona na cidade e cada um faz o que quer, transfomando tudo em uma grande balbúrdia. Em Fortaleza a falta de educação é similar. A desculpa que alguns motoristas não sabiam da nova faixa e que não tinha como sair dela depois que entraram é muito esfarra-pada. A faixa exclusiva para ônibus não deve ser invadida por carros. No Rio de Janeiro, onde muita gente de fora apostou que essas faixas não dariam certo, é onde estão funcio-nando melhor. Com uma fiscalização efici-ente e multas pesadas, a população aprendeu a respeitar o que é espaço próprio e o que é espaço para o transporte coletivo, mesmo com a faixa de deslocamento tendo sido re-duzida praticamente pela metade. No Brasil, infelizmente, nada é feito por bem, tudo tem que se criar punições para que a população passe a respeitar. Se você faz algo por livre espontânea vontade para que todos respei-tam, ninguém vai respeitar, pode ter certeza disso. Agora, se tiver uma lei por trás disso, punições, multa, etc, ainda haverão algumas pessoas quer vão achar ser superiores às out-ras e que têm condições de pagar a multa ou que têm pessoas influentes na polícia, etc, e vão continuar errando. Já os menos favoreci-dos passam a respeitar. Esse é o nosso Brasil, de um povo mal educado.

REVISTAINTERBUSS Expediente

• Hiper Notícias / Jornal [email protected] O promotor de justiça Ezequiel Borges de Campos,do núcleo de Defesa da Cidadania e do Consumidor,pediu o bloqueio de bens das empresas de transporte coletivo da Capital,aprisão dos proprietários e do presidente da Associação Mato-grossense do Transporte Urbano (MTU),Antônio Gabriel das Neves Muller e também o seu afastamento da entidade patronal.As empresas Pantanal trans-porte Urbano Ltda,Expresso NS Transporte UrbanosLtda,e Integração Transportes Ltda vêm descumprindo determinação judicial. A decisão do promotor foi tomada depois de inumeras tentativas de fazer com que as empresas de ônibus cumpra a determi-nação da Justiça de não manter os motoristas dos coletivos com dupla função de dirigir o ônibus e também se o cobrador,tudo ao mes-mo tempo. O pedido do promotor,que agora segue para decisão do juiz da Vara Espe-cializada de Ação Civil Pública e de Ação Popular,Luis Aparecido Bortollussi Júnior. No despacho encaminhado ao juiz,Eziquiel Borges destacou que “na verdade,o que está ocorrendo é que as empresas,todas ela, com a condescendêcia imoral do poder público municipal,decideram simplesmente não cumprir aliminar e contin-uarão a agir dessa forma até que esse juiz faça valer a autoridade de sua decisão”frisou. Ainda segundo o promotor “as em-presas continuam mantendo os motoristas exercendo dupla função,isto é,efetuando co-brança e conduzindo os ônibus,a MTU nada fez para cumprir com sua obrigação prevista na decisão liminar,uma delas de dar publi-cidade á decisão desse juiz,e,por último,o Municipio de Cuiabá mantém,na gerência de transportes,um diretor omisso e comprometi-

Luciano Roncolato

Transporte Urbano

do com a ilegalidade combatida na ação civil pública”pontou. Ezequiel criticou o diretor por um lado empresa que desdenham da ordem liminar,um gestor omisso e compromissado em ignorar as irregularidades citadas na ação civil pública e,do outro ,uma ordem judi-cial obseenamente afrontada.Na realidade,a alegação surge uma simulação grosseira na busca de se eximir da própria omisão,pois bem sabe que as empresas que lhe compete fiscalizar estão vilipendiando a ordem judi-cial e ele,gestor,é conivente com essa afronta ao Poder Judiciário”sentenciou Segundo ressaltou o promotor Eze-quiel Borges o bloqueio de bens se deve ao acúmulo de multas diárias,por descum-primento da liminar,feita pelas empresas.Ain-da relatou Ezquiel que as empresas há 36 dias não atendem as determinações da Justica. Da empresa Pantanal Transporte Ur-bano Ltda,será pedido o bloqueio de mais de 2 milhões e 205 mil;da Expresso NS 421 mil e 500 reais;da Integração Transportes Ltda R$ 824 mil reais. Os valores referem-se a multa diária de R$ 1 mil por dia de descumprimento de liminar,incidido no número de ônibus que trafegam irregularmente.

O promotor pede a prisão dos pro-prietários das empresas rés e do presidente da MTU pelo descumprimento da ordem liminar,isto porque,isoladamente,a multa aplicada não está sendo adequada para efetiv-idade do direito coletivo tutelado nesta açãoPara concretização dessa medida,oficiais de justiça do juizo,com auxilio policial devem conduzir os proprietários dessas empresas até a Delegacia de Policia para ser lavrado termo de circustanciado pela prática do crime de desobediência,aplicando-se a lavratra de auto de flagrante em havendo reiteração das condutas Eziquel Borges pede ainda o afas-tamento de cargo do Diretor de transportes do Municipío,Antônio Gabriel das Neves Muller,já que o gestor tem sido omisso em fiscalizar as empresas e fazer cumprir a or-dem liminar,cujo comportamento,revela semelhante desfaçatez a seguir cumplicidade plena com os atos atentatórios á justiça prati-cados pelas empresas que exploram a ativi-dade de transporte coletivo convencional em Cuiabá O diretor da MTU,Antônio Gabriel das Neves Muller,informou por meio de as-sessoria que ainda não foi informado sobre o pedido do Ministério Público.

PRISÃO • Empresários têm pedido de prisão feitos e bloqueio de bens solicitados

A S E M A N A R E V I S T ADE 12 A 18 DE AGOSTO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 19/08/12 07

Além da prisão, foi pedido o bloqueio dos bens de todos os empresários do transporte urbano dacapital matogrossense

Promotor pede prisão de empresários de Cuiabá

19/08/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

Caminhão fecha ônibus, que tomba na Via Dutra e mata um

Acidente

• [email protected]

Um ônibus da Auto Viação 1001 tombou às 5h30 de quinta-feira no km 196 da Rodovia Presidente Dutra, em Arujá (SP) e causou a morte de uma pessoa e ferimen-tos em 17. O acidente provocou bloqueio da faixa da direita da pista sentido São Paulo. Por volta de 11h, o congestionamento na rodovia era de cinco quilômetros, do km 191 ao km 196. Equipes dos bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão no local e realizam o atendimento às vítimas. O helicóptero Águia, da PM, também esteve na região para auxiliar nos resgates. A Auto Viação 1001 informou, com base nos relatos de testemunhas e do motor-ista, que o acidente ocorreu porque o ônibus foi fechado por um caminhão, o que levou o motorista a perder o controle. A empresa afir-mou que está fazendo o acompanhamento das pessoas internadas em seis hospitais. A 1001 disse que o motorista Rose-mildo Gonçalves de Melo, 50 anos, está há cinco anos na viação e tem mais de 15 anos de experiência. Antes da viagem, ele estava

Divulgação

de folga de havia 43 horas. O motorista que quer chegar à capi-tal paulista sem passar pelo trecho do aci-

dente pode sair da Rodovia Presidente Dutra em Guararema e seguir viagem pela Rodovia Ayrton Senna.

INCIDENTE • Ônibus tombou e deixou dezessete feridos na Rodovia Presidente Dutra

Pradópolis reclama de transporte• A Cidade [email protected] Pelo menos 200 pessoas fizeram uma manifestação na manhã de quarta-feira (16) na rodoviária de Pradópolis, para reivindicar mel-horias nos ônibus que fazem o transporte inter-municipal. Quatro veículos foram impedidos de sair do local pelos manifestantes por três horas. Os moradores de Pradópolis rec-lamam da superlotação dos ônibus e da estru-tura dos veículos da empresa Petitto. Segundo os manifestantes, os pneus dos carros estão carecas, quando chove a água cai dentro dos veículos e, em alguns ônibus, os passageiros percebem que o óleo do freio está vazando. Além disso, os usuários do transporte coletivo reclamam do preço da passagem para Ribeirão Preto, que hoje custa R$ 4,30. “Não tem ônibus suficiente e, por isso, todos vão lotados. O preço é um absurdo”, reclama a operadora de telemarketing, Camila Cristina Batalioni, de 23 anos. O auxiliar de

Interior Paulista

produção industrial, Emerson Leão Felício, de 37 anos, também utiliza os ônibus intermunici-pais com frequência e está insatisfeito com o serviço oferecido. “Vai gente sentada nos de-graus, do lado do motorista, não tem banco nem pra aposentado e gestante”.

De acordo com a Polícia Militar (PM), 15 homens da corporação estiveram na rodoviária para evitar confusão durante o pro-testo dos passageiros. Segundo a PM, o movi-mento foi pacífico. A reportagem não conseguiu localizar os dirigentes da empresa.

PROTESTO • Usuários reclamam dos serviços prestados pela empresa Petitto


Morre estudante atropelado noTransoeste e escola protesta

O D

ia

PROTESTO • Alunos e funcionários de escola protestam contra insegurança; Estudante errou

DEPOIMENTO • Motorista que causou o acidente prestou depoimento: em estado de choque

Rio de Janeiro

• O [email protected] O estudante Felipe Carneiro Frei-tas, de 17 anos, morreu na quinta-feira, em consequência dos graves ferimentos sofridos após ser atropelado no dia 3 de julho por um ônibus BRT/ Transoeste. Felipe, que comple-taria 18 anos na próxima segunda-feira, ficou internado no CTI do Hospital Municipal Lou-renço Jorge, na Barra da Tijuca, por 43 dias e morreu em consequência de uma infecção generalizada. O Sepe já entrou em contato com a família e com a Secretaria de Estado de Educação para que o órgão custeie o sepul-tamento do aluno, já que a família não tem condições financeiras. O aluno foi a primeira das 4 vítimas fatais desde a inauguração do novo serviço de ônibus, há menos de dois meses, já que a via exclusiva que passa em frente ao colégio não conta com passarelas para a travessia dos pe-destres. Todos os atropelamentos ocorreram no mesmo trecho onde ocorreu o atropela-mento de Felipe, mas somente no dia 10 de agosto as empresas Rio Ônibus – Ligeirão/Transoeste e a Secretaria Municipal de Trans-portes resolveram se mobilizar para minorar os riscos de atropelamentos naquele local, com a colocação de tonéis unidos por fitas plásticas para impedir a travessia fora das faixas de pedestres. O problema é que a faixa fica distante mais de 300 metros da área do colégio.

Protesto O tráfego na pista central nos dois sentidos da Avenida das Américas, na altura

da instituição, na Barra da Tijuca, foi libera-do por volta das 12h30 de sexta-feira. O blo-queio, realizado por estudantes e funcionários do Colégio Vicente Januzzi, próximo da Es-tação Bosque da Barra, impediu a circulação dos ônibus do BRT. A manifestação é realizada por ami-gos de Felipe Carneiro Freitas, de 17 anos, que morreu na quinta-feira no Hospital Mu-nicipal Lourenço Jorge em consequência dos graves ferimentos sofridos após ser atrope-lado no dia 3 de julho por um ônibus BRT/ Transoeste. Ele foi a primeira pessoa atrope-lada no corredor e a quarta vítima fatal.

Os passageiros foram informados da suspensão da circulação do BRT nas es-tações terminais. O trânsito esteve compli-cado na região. Quem seguia em direção ao Recreio encontrou retenção com reflexos na altura do Barra Shopping. Equipes da CET-Rio, Polícia Militar e Guarda Municipal es-tiveram no local. Os manifestantes também exigem a sinalização e uma passarela no local, de acor-do com o Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (Sepe). Apenas para constar, o aluno estava errado pois transitava sobre a faixa exclusiva para ônibus

José Serra promete ampliar frota acessível para 100% em até 3 anos• R7 São Paulo [email protected] Depois de causar polêmica ao dizer que o trânsito na cidade de São Paulo não aumentou desde 2005, o candidato do PSDB à prefeitura voltou a falar sobre transporte. Dessa vez, ele prometeu aumentar para 100% o número de ônibus adaptados para

Eleições em São Paulo

pessoas com necessidades especiais. De acordo com Serra, “as pessoas com deficiência têm de ser integradas na vida da cidade”. — Hoje, 57% da frota dos ônibus são acessíveis. Nossa meta é levar esse ín-dice para 100% nos próximos anos. Dá para fazer em dois ou três anos.

A maioria dos ônibus de São Pau-lo são dotados de piso baixo, facilitando o embarque e o desembarque de todos os pas-sageiros. Outra parte da frota tem elevadores adaptados para cadeirantes. Os veículos ai-nda não dotados de tal tecnologia são mais antigos, e que naturalmente deverão ser sub-stituídos nos próximos anos.

• G1 [email protected]


A S E M A N A R E V I S T AParque Nacional do Iguaçu

Motoristas de ônibus de turismo protestam contra restrição em Foz Taxistas e motoristas de vans e ôni-bus de turismo de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, voltaram a fazer manifestação na entrada do Parque Nacional do Iguaçu, na BR-469, na manhã de sexta-feira (17). Eles protestam contra uma medida da Justiça Federal que proíbe que estes veículos circu-lem dentro do parque, o transporte de visi-tantes agora é feito apenas pelos ônibus da administração. Na quinta-feira (16), o Parque Na-cional, que abriga as Cataratas do Iguaçu, ficou fechado, já que o bloqueio dos mo-toristas impediu a entrada de funcionários e turistas. Contudo, nesta sexta, o parque fun-ciona normalmente. De acordo com o presidente do Sin-dicato dos Guias de Turismo de Foz do Igua-çu, Sidnei dos Reis, os protestos vão con-tinuar até a categoria ser ouvida. “Estamos preparando um abaixo-assinado com 20 mil assinaturas para levar à ministra do Meio-Ambiente para ela organizar a bagunça aqui no parque”, disse ao site G1. Eles pedem uma regulamentação do transporte particular dentro do Parque Nacional e afirmam que a proibição afeta cerca de três mil profissionais da área. “É um prejuízo na vida do município, diminui a qualidade de atendimento ao turista que prefere um atendimento personalizado.

TNN

• Jornal Floripa / Da Redação [email protected] Os 429 km que separam São Paulo e Rio agora podem ser percorridos enquan-to se navega pela internet. Três empresas de ônibus que trafegam pelo trecho passaram a oferecer rede Wi-Fi para os viajantes. Equipados com antenas que cap-tam internet via satélite, os ônibus pos-suem, além de cadeiras reclináveis e outras mordomias, um “miniescritório”. O espaço tem quatro poltronas --voltadas frente a fr-ente--, mesa para apoiar os laptops e toma-

Empresas que fazem Rio-S. Paulo estão oferecendo internet grátis

Serviços

das. As passagens têm preços que variam entre R$ 91 e R$ 119. A Viação 1001 diz ter investido R$ 16 milhões na inovação. Atualmente, 16 ônibus têm o serviço, cada um com 46 lugares. A ideia é, com o tempo, disponibi-lizar internet também nos ônibus antigos. Outra empresa que oferece o ser-viço de internet, a Expresso Brasileiro põe à disposição de cada passageiro um sistema de vídeo e áudio individual, em que é pos-sível escolher a atração dentre opções. Ao todo, são 29 veículos equipados que custa-

PROIBIDOS • Riscos de atropelamentos de animais teria sido a causa da proibição dos veículosPerde o turista, perde o turismo, perde o des-tino”, comentou. Diariamente, o Parque Nacional do Iguaçu recebe cerca de três mil visitantes. Uma família de Santa Catarina tentou, nesta sexta, pela segunda vez visitar as Cataratas. “Vamos esperar o parque abrir, para gente tentar entrar e não frustar a viagem”, disse a turista Célia Franzon.

Proibição

A ação que gerou a decisão da Justiça Federal partiu da ONG Instituto Justiça Ambiental, de Porto Alegre (RS). A liminar do desembargador Jorge Antônio Maurique, do Tribunal Regional Federal, considerou o risco de atropelamento de animais de espécies ameaçadas, dentro do Parque Nacional do Iguaçu. De acordo com a administração, só em 2012 foram resgis-trados 37 atropelamentos com morte de ani-mais dentro do Parque Nacional.

ram, segundo a empresa, R$ 18,9 milhões de investimento. Na Expresso do Sul, cada um dos ônibus especiais --chamados GTV (Gran Turismo Veículo)-- tem apenas 33 poltro-nas, das quais nove deitam completamente. A internet também está no pacote. Outra empresa que faz o trecho é a Viação Itapemirim, porém ela não dis-ponibiliza o serviço de internet em nen-huma de suas classes, porém tem veículos modernos a partir da classe executiva. No convencional, são carros simples.



São Paulo

Justiça libera processo deconcessão de abrigos de ônibus A SPObras informou na quinta-feira (16) que o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu, na última quarta (15), a liminar que impedia a continuidade do pro-cesso de licitação da concessão dos abrigos de ônibus. O processo estava interrompido há quase dois meses. Segundo a SPObras, com a decisão, será possível realizar, a partir desta sexta-feira (17) a abertura dos enve-lopes com os documentos de habilitação das empresas interessadas na concessão. A concessão dos pontos de ônibus e de relógios de rua já estava prevista na lei Cidade Limpa, em vigor desde 2007. Os contratos de publicidade nos pontos de ôni-bus estão vencidos desde o mesmo ano e os de relógios venceram no início de 2010. As duas concorrências correm paralelamente e receberam aprovação do Tribunal de Con-tas do Município (TCM-SP). A licitação dos relógios de rua continua em andamento. A SPObras informou que prevê encerrar as concorrências para a colocação dos abrigos e de 1 mil relógios com informações de hora e temperatura e mensagens institucionais até o final deste ano. Segundo a SPObras, os novos abri-gos de ônibus irão melhorar a proteção aos usuários nos pontos de parada do transporte público. A futura concessionária deverá as-sumir, de imediato, a conservação dos atuais 6,5 mil abrigos e, em seguida, substituí-los. Além disso, deverá instalar 12,5 mil novos totens (pontos de ônibus), que fornecerão informações e indicações sobre o sistema de transporte à população. Conforme esta-belecido em lei, apenas os abrigos poderão veicular mensagens publicitárias. A estatal espera que em 2013, a

Luciano Roncolato

cidade comece a ganhar os novos equipa-mentos do mobiliário urbano para reordenar o uso do espaço público e dar novo visual à paisagem urbana. Serão investidos R$ 550 milhões na instalação dos abrigos e R$ 150 milhões na colocação dos relógios. A con-cessão terá duração de 25 anos. A Prefeitura de São Paulo expli-cou o imbróglio jurídico provocado pela disputa em torno do assunto. No começo de junho, um advogado entrou com duas ações populares contra a concorrência: uma na 11ª Vara, em relação aos relógios, e outra na 8ª Vara, sobre os pontos. No final de junho, o advogado desistiu das ações. A desistência foi aceita pelo juiz da 11ª Vara, Alexandre Jorge Carneiro da Cunha. O juiz da 8ª Vara, Adriano Marcos Laroca, porém, não aceitou a desistência.

A SPObras encaminhou ao juiz da 8ª Vara um pedido de reconsideração, esclarecendo todas as questões levantadas na ação. O juiz não aceitou. A SPObras en-caminhou ao Tribunal de Justiça um pedido de agravo. O mesmo foi feito pela Procu-radoria Geral do Município e pelo chefe de gabinete de Secretaria de Infraestrutura Urbana (Siurb), Jorge da Fonseca Osório, presidente da comissão de licitação. Ainda de acordo com a Prefeitura, quando o advogado tentou desistir do caso dos pontos de ônibus, um empregado de uma empresa licitante de Curitiba tentou encam-par a ação e o juiz manteve a licitação sus-pensa. O mesmo homem também ingressou com ação popular na 11ª Vara para sustar a licitação dos relógios e sua iniciativa foi re-jeitada.

NECROBUS • Ônibus de dois andares é todo preto e leva passageiro a um tour macabro

• Correio Braziliense [email protected] Um ônibus em alta velocidade passou por um quebra-molas na QNO 3/5 no Setor O, em Ceilândia, na manhã de

Ônibus passa em quebra-molas e fere passageiros em Ceilândia

Incidente

sexta-feira (17/8) e feriu algumas pes-soas. O incidente aconteceu por volta das 10h15. O Corpo de Bombeiros foi até o local para atender as vítimas e transpor-

tar os feridos para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) já que o Hospital Re-gional da Ceilândia (HRC) estava lotado, segundo informado pela Central Integra-da de Atendimento e Despacho (Ciade).


A S E M A N A R E V I S T A

• Diário do Nordeste [email protected]

BRS-FOR

Motoristas desrespeitam primeiro dia de faixa exclusiva para ônibus em Fortaleza O primeiro dia da implantação do Serviço Rápido de Ônibus de Fortaleza (BRS-FOR), ou faixas preferenciais para ônibus e vans, na Avenida Bezerra de Menezes, foi de muito desrespeito por parte dos veículos par-ticulares, incluindo carros, motos e caminhões; desinformação dos usuários do transporte públi-co e reclamação dos comerciantes da área. No período da manhã, pelo menos dois acidentes ocorreram na via causados pela invasão da faixa preferencial. Um deles, em frente do Detran e o outro quase na esquina da Rua José Sombra, complicando o tráfego. Apesar do trabalho dos agentes da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), car-ros particulares continuavam utilizando as duas faixas da direita da avenida, separadas com uma linha de cor azul. A maioria se disse confusa e reclamou das duas faixas prioritárias. “Deveria ser só uma, porque o fluxo de veículos é muito grande”, argumentou o taxista José Pedro da Costa Ferreira. Agentes da Etufor reforçam as orien-tações sobre as faixas tanto no que diz respeito a os ônibus e às paradas seletivas quanto aos motoristas de carros particulares. Munidos de apitos, eles indicavam aos que estavam nas vias preferenciais a saírem delas. De acordo com o órgão, é permitido o tráfego de táxis com passageiros nas faixas preferenciais, mas o embarque e o desembarque de passageiros deve ser realizado nas vias trans-versais. Os carros particulares só podem utilizar as vias do transporte coletivo quando precisa-rem acessar um estabelecimento com estacio-namento localizado no lado direito da via ou tiverem de fazer conversões à direita. Nesse último caso, eles devem per-correr no máximo 100 metros. “Ainda é muito complicado, mas acredito que vai melhorar de-pois que todos forem se acostumando”, avalia a contabilista Adelia Dias. As mudanças também afetaram os usuários de coletivos. As linhas serão divididas nos grupos 1, 2 e 3 e, ao trafegarem na Avenida Bezerra de Menezes, vão parar somente nos pontos de parada que tiverem a sinalização cor-respondente a elas. De acordo com o presidente da Etu-for e AMC, Ademar Gondim, multas não serão aplicadas neste primeiro momento. “Não esta-

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ordeste

DESRESPEITO • Veículos comuns invadindo a faixa exclusiva para ônibus em Fortalezamos preocupados com isso agora. Nosso intuito é, primeiro, explicar as mudanças e educar o cidadão. Queremos melhorar, e não prejudicar a vida das pessoas”, garante. Tanto que pede para que a população telefone para a Ouvidoria da Etufor e deixe sua sugestão sobre as faixas. O período de orientação e educação deverá durar mais um mês, podendo a via sofrer novas mudanças. “É um projeto-piloto e, como tal, pode ser alterado para dar mais fluidez ao trânsito e mais comodidade ao usuário”, frisa o presidente da Etufor.

Adaptação No período da tarde, quando muitos cidadãos retornavam para casa e o fluxo de veí-culo na Avenida Bezerra de Menezes aumenta bastante, apesar dos inúmeros flagrantes de motoristas que ignoravam a nova orientação, observava-se que as faixas prioritárias estavam um pouco mais desafogadas e os ônibus circu-lavam mais livremente. O motorista de ônibus Antônio Auré-lio da Silva acredita que a medida irá melhorar bastante a situação do tráfego de veículos na via e que a viagem deverá ficar mais tranquila. Acrescenta que como está restrito a ônibus e topiques, o risco de acidentes diminui. Defende ainda que as faixas prioritárias sejam implan-tadas em outras avenidas, como a Domingos

Olímpio, José Bastos e Washington Soares.

Acesso 100 metros é o máximo que pode per-correr um carro particular nas vias preferenci-ais quando precisarem acessar o lado direito da avenida

BRS segue a lei nacional de mobilidade ur-bana Priorizar o transporte coletivo em det-rimento do individual e o transporte público em detrimento do privado. É o que diz a Lei 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. É tendo como base esta legislação que a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) im-plantou, na Capital, o Serviço Rápido de Ôni-bus de Fortaleza (BRS-FOR), inicialmente, na Avenida Bezerra de Menezes. A via foi escolhida por causa do pesa-do tráfego que recebe. Segundo dados da Autar-quia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), diariamente circulam pela via 48.750 veículos, sendo 21 mil no senti-do Centro/Antônio Bezerra e 27.750 no sentido oposto. Com a implantação das faixas priori-tárias, a expectativa da Etufor é que o tempo de viagem caia pela metade. “Se a velocidade



Motoristas desrespeitam primeiro dia de faixa exclusiva para ônibus em Fortaleza

Manaus

Queda no movimento faz proprietários pôr veículos à vendamédia passar de 20 Km, já estamos satisfeitos,

é sinal de que a operação foi um sucesso”, co-menta o presidente da Etufor, Ademar Gondim.

Questionamentos No primeiro dia de implantação das faixas prioritárias, alguns setores questionaram a nova medida, a exemplo de um colégio partic-ular próximo à Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), que reclamou do embarque e desembarque dos estudantes, e do Mercado São Sebastião, que se queixou da chegada dos veículos no sentido Oeste/Leste. A Etufor afir-ma que os casos estão sendo avaliados. Diferente de outras capitais, em For-taleza, as faixas prioritárias não poderão ser ex-clusivas, por causa dos veículos que precisam dobrar à direita. Apesar de não precisar datas, o presidente da Etufor afirma que, até o fim da gestão, mais vias, como Leste-Oeste, Perim-etral, Antônio Sales e Washington Soares, de-verão contar com o BRS-FOR. Para orientar os motoristas e viabili-zar o tráfego de veículos, uma operação envol-vendo 236 funcionários da Etufor e 30 agentes de trânsito da AMC estiveram, durante todo o dia de ontem, na Avenida Bezerra de Menezes. Conforme Ademar Gondim, a operação segue por tempo indeterminado, até que a população absorva as mudanças. Por enquanto, os agentes não estão multando, apenas prestando orientações. So-mente depois que a população estiver acos-tumada com as mudanças é que a AMC passará para medidas mais enérgicas, com aplicação de multas. Ainda assim, Gondim garante que, quando a fiscalização for ativada, não terá aval-iação subjetiva por parte dos agentes de trânsito, pois ela será feita de forma eletrônica. “Temos câmeras em toda Bezerra de Menezes, onde po-deremos confirmar a infração. O importante é que as pessoas entendam que é um benefício e colaborem”, destaca. Apesar de concordar com a implanta-ção das faixas prioritárias, que “organizam os carros”, o pedreiro Miguel Matias se queixa da alteração das paradas de ônibus e disse que, por conta da mudança, teve de andar três quar-teirões a mais ontem. O presidente da Etufor disse que o ci-dadão tem que descobrir qual a melhor parada para embarcar e que ele só deverá andar dois quarteirões, pois a distância máxima entre as paradas do mesmo tipo é de 500 metros.

VENDA • Tarifa mais cara faz com que serviço tem queda de 60% no movimento

Com a queda de 60% no número de passageiros do transporte executivo após o aumento da tarifa para R$ 4,20 e mudança de rota no Centro de Manaus, muitos propri-etários de micro-ônibus estão colocando os veículos à venda. Para o motorista Francisco Bezerra, da Cooperativa dos Condutores Profissionais Autônomos de Manaus (Coocpam), que roda pela cidade anunciando a venda de um micro-ônibus, a situação é preocupante. Ele contou que dispensou o cobrador recentemente por não ter condições de pagá-lo. “Antes meu faturamento diário chegava a R$ 1 mil, hoje não consigo fazer nem R$ 300 para pagar o cobrador, custear as despesas do diesel e ali-mentação”, disse. Sobre a concessão do veículo junto à Coocpam, que permite que o cooperado possa circular pela cidade, Bezerra afirmou que fará uma espécie de transferência de documentos para o futuro comprador do veículo. “Se ele não quiser utilizar o micro-ônibus para fazer outros serviços posso, sim, disponibilizar a minha concessão para que ele continue atu-ando com o transporte coletivo”, garantiu. Segundo o presidente da Coop-erativa dos Permissionários dos Transportes

Alternativos e Executivos do Estado do Amazonas (Coopermo), Julio Mendes, a per-manência da proibição dos micro-ônibus no Centro por parte da Prefeitura está gerando desespero aos motoristas das 15 cooperativas que atuam na capital. “Muitos motoristas estão com prestações atrasadas junto ao banco e temem, por atos administrativos junto ao financia-mento, que podem levar até a tomada do veí-culo. “Estamos trabalhando em grupo para sobreviver porque, no momento, muitos estão sem condições de sustentar a própria famí-lia”, ressaltou. Atualmente, o sistema de trans-porte executivo possui 265 micro-ônibus, em 37 rotas que trafegam em todas as zonas de Manaus. De acordo com o superintendente do Sistema Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Wesley Aguiar, um levantamento feito com base em estudos encomendados pela Prefeitura de Manaus mostrou que, ap-enas, 5% do total da frota convencional deve-ria fazer rotas em Manaus, o que seria, hoje, em torno de 80 micro-ônibus executivos. A SMTU afirma que a queda de pas-sageiros está ligada ao ‘inchaço’ do sistema e à renovação da frota dos ônibus convencio-nais.

REVISTAINTERBUSSA R T U R V E L T E RF L O R I A N Ó P O L I S / S C • C A T A R I N E N S E


• Do Site da Transpo [email protected]

Azul e Trip pedem autorização à Anac para compartilhar voos A Azul Linhas Aéreas e a Trip Linhas Aéreas pediram autorização à Agên-cia Nacional de Aviação Civil (Anac) para realizarem acordo de code-share (compar-tilhamento de voos entre as duas compan-hias), segundo comunicado das compan-hias. Se aprovada a solicitação, o início desta ação deve acontecer até o fim do ano. Com o acordo, os clientes de ambas as empresas terão à disposição em média 800 voos diários para 99 destinos em todo Brasil. No code-share entre as compan-hias, a Azul ficará responsável pela comer-cialização dos trechos de ambas empresas. A Trip continuará a vender normalmente seus voos por meio de seus canais. Embora o acordo seja bilateral, as companhias de-cidiram concentrar as vendas desses voos em apenas uma empresa, já em preparação para a adoção de uma única plataforma de vendas no futuro.

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

Luciano Roncolato

Os clientes poderão fazer um úni-co check-in, despachar sua bagagem até o destino final e adquirir voos de ambas as empresas em uma única transação. A Azul e a Trip anunciaram um

acordo de associação em 28 de maio deste ano. Se aprovado pelo Conselho Adminis-trativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Anac, as empresas passarão a operar sob a holding Azul Trip S.A..

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Foton Aumark desmente notíciasobre fábrica de caminhões em MG• Do site da Transpo [email protected] A informação de que a Foton Au-mark do Brasil teria confirmado a instala-ção de sua fábrica de caminhões em Minas Gerais, noticiada pelo jornal Brasil Econômi-co, foi desmentida pela montadora. O anún-cio do local escolhido acontecerá, provavel-mente, somente em dezembro. “Estamos estudando vários locais no Brasil para instalação da nossa operação em CKD, que pela ordem lógica dos fatos, será também a sede da futura fábrica que a Foton Caminhões deverá instalar no País até 2018”, explica Orlando Merluzzi, vice-presi-dente da empresa. De acordo com o executivo, a afir-mação do senador Clésio Andrade (fonte ou-vida pelo jornal Brasil Econômico) de que o Estado mineiro já havia sido escolhido é mentirosa. “O Governo de Minas Gerais não

possui nenhum acordo com a Foton Camin-hões na China e a afirmação do político sur-preendeu a todos. O estado é, sem dúvida, um dos can-didatos, mas não é o único e nada, absoluta-mente nada, está definido e não estará até o final desse ano. O anúncio do local será feito conjuntamente entre a Foton Aumark Brasil e a Beiqi Foton, provavelmente em Dezembro próximo”, complementa Merluzzi. A fábrica, inicialmente operando em sistema CKD, terá seu investimento totalmente realizado pelos investidores brasileiros, e sua previsão de inauguração é para o segundo semestre de 2013. “Já no começo do trabalho, devemos apresentar en-tre 10% e 15% de nacionalização. O objetivo é de chegar aos 65% em 14 meses”, confirma Merluzzi.

Formação da rede de

concessionárias da Foton Aumark A primeira concessionária da Foton no Brasil será inaugurada durante o mês de setembro, no Estado de São Paulo, que con-centrará os primeiros investimentos de sua operação. A montadora opera, atualmente, em escritório montado em Várzea Paulista (SP). “Vamos cobrir o território nacional de forma adequada. Em cinco anos, teremos 80 conces-sionárias no Brasil e, com isso, chegar a 3,5% de participação no mercado nacional”, finali-za Orlando Merluzzi. A Foton Aumark está no Brasil pron-ta para pegar uma fatia do mercado de camin-hões que está cada vez mais diversificado. Recentemente também chegou a Sinotruk e outras marcas estão estudando o mercado para também chegarem em terras brasileiras e pegarem um pouco de um setor dominado por algumas montadoras há décadas.



RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Scania apresenta a sua nova linha de caminhões off-road Aproveitando sua participação em uma feira dedicada ao setor e mineração, a Equipo Minig, realizada em Belo Horizonte, a Scania apresentou sua nova linha de mod-elos off-road, cujos veículos receberam uma série de detalhes para ampliar o desempen-ho no trabalho em regiões de difícil acesso. Baseado no conceito do veículo completo, a montadora vai além de simplesmente vender o produto ao cliente final e passa a oferecer um serviço mais amplo que inclui até uma espécie de consultoria. Antes de concluir a venda, a Scania visita o cliente do cliente para conhecer detalhes da aplicação e, assim, configurar um produto mais adequado ao tipo de operação. Um dos destaques da linha off-road 2012, de geração Euro V, dos veículos para aplicação no fora de estrada são as novas opões de modelos equipados com a cabine P, a menor da marca, que chegam para integrar a linha e atender os clientes em operações complementares no canteiro de obras. No to-tal são três modelos, com duas motorizações diferentes. O P 250 e o P 310 usam o mes-mo motor de nove litros com duas faixas de potências – 250 cv e 310 cv e torque (1.150 Nm e 1.500 Nm), e podem receber tração 6x4 ou 8x4. Já o modelo P 360 está equipado com motor de 12,7 litros, 360 cv de potência (torque de 1.850 Nm) e só é oferecido com tração 6x4. Com a ampliação da oferta, a Sca-nia tem a expectativa de ampliar suas vendas da linha Off Road e com isso crescer no mix da empresa. Hoje, os modelos off road repre-sentam 15% do total de vendas da Scania. A nova linha 2012 passa a incorporar uma série de aperfeiçoamentos para atender de maneira

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YPF emitirá dívida de US$ 760 mi A petrolífera argentina YPF vai emitir dívida de 3,5 bilhões de pesos (cerca de US$ 760 milhões) no mercado doméstico, de acordo com comunicado da companhia envia-do à Bolsa de Buenos Aires na segunda-feira. “A diretoria da YPF S.A., em sua re-

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união do dia 10 de agosto de 2012, aprovou a emissão e colocação de bônus corporativos no valor de até 3,5 bilhões de pesos em uma ou mais classes e/ou séries”, disse o comunicado. A decisão ocorre pouco mais de três meses após a estatização de 51% das ações da empresa, que estavam em mãos da espanhola Repsol. O governo argentino busca recursos

financeiros para aumentar a produção de com-bustíveis e explorar as reservas de óleo e gás de xisto. Em recente apresentação do plano de negócios da YPF, o executivo-chefe Miguel Galuccio afirmou que o objetivo é aumentar a produção de petróleo e gás em 26% nos próxi-mos cinco anos. Para tanto, a YPF vai precisar de US$ 35 bilhões.

mais eficiente as exigências do off-road. En-tre elas está o novo posicionamento das cuí-cas de freio que tiveram sua altura elevada. As lanternas traseiras passaram a ser produzi-das em materiais mais resistentes e com luzes de leds. A suspensão também foi aperfeiçoa-da e ficaram mais resistentes. A caixa de câmbio automatizada (item opcional) ganhou um sistema de gerenciamento mais eficiente que reduziu os tempos de engates de marcha e a altura livre do solo também está mais el-evado, o que melhorou os ângulos de ataque e de saída do caminhão, fator importante na aplicação fora de estrada. Segundo executivo da área de vendas de veículos off road da empresa, Silvio Renan Souza, a Scania está se preparando para assumir a liderança deste segmento a partir do próximo ano. Dentro desse novo conceito, Souza

adiantou que esta nos planos da empresa o oferecimento de um modelo de ônibus espe-cífico para transportar pessoal dentro do can-teiro de obras. Na década de oitenta, a mon-tadora desenvolveu um ônibus off road (FH 112) para atender as regiões mais afastadas, com vistas a fazer a rota Cuiabá a Santarém, que na época tinha uma das piores estradas do País. Na área do pós venda, a Scania tam-bém esta investindo em soluções para reduzir o tempo de manutenção do veículo e pensa em oferecer uma oficina montada em um container. Segundo a empresa, as operações confinadas exigem uma atenção diferenciada pois o cliente não tem como levar o veículo para manutenção no concessionário. Além de tempo, o custo também acaba ficando maior. A intenção é oferecer kits específicos que po-dem ser substituídos em oficinas delivery.


D E U N A I M P R E N S A


Gol quase dobra prejuízo no 2º tri A Gol informou na terça-feira ter registrado um prejuízo líquido de R$ 715,073 milhões no segundo trimestre de 2012, valor 99,3% superior ao prejuízo de R$ 358,703 milhões apurado no mesmo período de 2011. No primeiro semestre, o prejuízo somou R$ 756,477 milhões, alta de 161,5%. Os resultados no segundo trimestre foram impactados por uma combinação de fatores, como os custos com demissões, dis-seram, nesta terça-feira, executivos da com-panhia aérea durante teleconferência com jornalistas. Segundo o diretor de Relações com Investidores, Edmar Lopes, os gastos com demissões tiveram um impacto varian-do de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões no se-gundo trimestre, período em que a empresa desligou 1.500 funcionários de seu quadro.

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Luciano Roncolato

O primeiro semestre foi afetado pela maior variação cambial, alta do querosene de aviação e pelo aumento de tarifas aeropor-tuárias no período, disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff. Como resultado dos ajustes feitos pela empresa, ele disse esperar um se-gundo semestre “significativamente” melhor. No entanto, as medidas não serão suficientes

para voltar a ter resultado positivo, mas ap-enas para atingir as metas (guidance). “Desejamos voltar a ter uma opera-ção com números positivos, mas não vemos isso para este ano”, disse o executivo. A Gol pretende fechar o ano com uma redução da oferta (assento-quilômetro oferecido) de 2% até 4,5% ante previsão anterior de 0 a -2%.

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Alstom quer projetos• Do site da Transpo [email protected] A unidade brasileira da multinacio-nal Alstom está sob nova direção. Depois de três anos no comando da empresa, Philippe Delleur deixa a presidência executiva no Bra-sil e assume o conselho estratégico da Alstom Brasil, além de acumular a vice-presidência da área internacional da holding e a vice-presidência para América Latina. Em seu lugar, assume Marcos Cardoso Costa, até então vice-presidente da área de geração de energia, que terá o desafio de ampliar os negócios em outra divisão: a de transportes. Com o novo pacote de concessões que foi anunciado na última quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff e os eventos es-portivos (Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016), o setor de transportes e logística se tornou estratégico para o cresci-mento da empresa no Brasil, que faturou no último ano fiscal (terminado em março) R$ 2,6 bilhões. Hoje a Alstom tem apenas uma unidade no País voltada para a área de trans-portes, localizada no bairro da Lapa, em São Paulo. Na fábrica, além de carros de passage-iros, faz toda a parte de sinalização para fer-rovias de carga.Segundo Costa, dependendo do tamanho da demanda futura, a empresa poderá ampliar a capacidade da unidade em São Paulo ou até mesmo investir numa nova. Vários projetos chamam a atenção da com-panhia.

A lista inclui os Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), que devem ser imple-mentados em várias capitais do País que vão receber os jogos da Copa do Mundo. Delleur destaca como exemplo o Porto Maravilha, no Rio. Há dois anos a empresa estuda o projeto para entrar na disputa. “Também estamos oti-mistas com os avanços do governo estadual em relação aos trens regionais de São Paulo para Jundiaí, São José dos Campos e Soro-caba.” Mas o filé mignon no setor fer-roviário será mesmo o Trem de Alta Velo-cidade (TAV), um dos principais projetos do pacote de concessão da presidente Dilma. “As medidas estão evoluindo para o bem”, afirma Delleur, referindo-se às mudanças promovidas pelo governo federal no processo de concessão do trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Apesar do foco no setor de trans-portes, a Alstom não pretende descuidar da área de geração - responsável por 60% do crescimento dos últimos três anos da uni-dade brasileira. A fábrica de montagem de aerogeradores de Camaçari, na Bahia, poderá dobrar a capacidade, para 600 megawatts (MW). Além disso, vai inaugurar em mea-dos do ano que vem o novo Centro Global de Tecnologia da América Latina, em Taubaté, no interior de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Latam temlucro no 2º trimestre• Do site da Transpo [email protected] A holding Latam Airlines Group anunciou na sexta-feira que obteve um lu-cro líquido de US$ 49,7 milhões no segun-do trimestre do ano, comparável a um lucro de US$ 15,9 milhões no mesmo período de 2011. A empresa, formada com a fusão entre a LAN Chile e a brasileira TAM, é a maior companhia aérea da América latina e a maior do mundo em capitalização de mercado. Em seu primeiro informe de resul-tados de trimestre, a Latam, criada em 22 de junho, consolida os resultados da LAN e da TAM apenas para os últimos oito dias de junho. A receita alcançou US$ 1,6 bilhão no segundo trimestre, de US$ 1,3 bilhão no mesmo período de 2011. O lucro antes de impostos, juros, depreciações, amortizações e custos com aluguel (Ebitdar) ficou em US$ 188,3 milhões no segundo trimestre, com queda de 6% em comparação com o mesmo período de 2011. Analistas consultados pela Dow Jones previam para o segundo trimestre deste ano um lucro líquido de US$ 11,7 milhões. As informações são da Dow Jones.


Os bondes de Santos Há algumas semanas, estive em Santos. Foi um dia que tirei para fazer tur-ismo pela cidade. Nesse dia, logo que cheguei à ci-dade, fui à Praça Visconde de Mauá. Nessa Praça partem os bondes que fazem o passeio turístico da cidade. Já havia visto bondes mas seria a primeira vez que andaria em um. O bonde turístico faz um trajeto den-tro do centro histórico da cidade de Santos. Aliás, não é um bonde só. São pelo menos dois, que partem alternadamente a cada meia hora. Aquele que eu peguei estava pintado nas cores do Santos F. C. Dentro havia várias referências às conquistas do clube. Ele tinha ainda um reboque com mais lugares para pas-sageiros. O interior do bonde é muito bonito, todo ele em madeira. O outro bonde era menor e não tinha reboque. E havia ainda um terceiro, maior e mais bonito. Este era italiano e era usado pelo passageiro do passeio que descesse do bonde na Rua São Bento e fosse almoçar em um restaurante, que fica próximo à Secretaria de Turismo (onde também fica o estacionamen-to dos Bondes). Pelo convênio, este terceiro bonde completaria o passeio de quem foi al-moçar no restaurante, levando-o de volta até Praça Visconde de Mauá. Logo que o bonde chega à Praça Visconde de Mauá, as pessoas são autoriza-das a se acomodar dentro dele ou nos bancos do reboque. Depois de todos acomodados, os fiscais passam cobrando a passagem – que custa R$ 5,00, com desconto para estudantes. Passada a cobrança, um ex-condutor aposen-tado de bondes presta um depoimento de boas vindas aos passageiros e conta um pouco de sua história na condução de bondes. Passada a apresentação, é que o passeio realmente começa. Andar em um bonde é quase que viver um pedaço do passado. O costume de andar em ônibus e trólebus, que são mais ágeis, passa a impressão de que o Bonde é lento. Mas é a velocidade compatível com a realidade da época em que era usados. Pra quem ainda for andar, é bom ter isso em men-te. Mas, por outro lado, é até interessante que seja assim, pois facilita a explicação da moni-tora. O ponto ruim do passeio é o excesso de interferências de outros veículos no tra-jeto dos bondes. Um exemplo são as obras de restauração de alguns imóveis da Rua do Co-mércio. Os caminhões que levam materiais para a restauração ficam estacionados muito em cima dos trilhos do bonde. Isso faz com que o passeio pare até que o motorista dos veículos estacionados os manobre-os para

que os bondes possam passar. Depois de passar por boa parte do centro histórico de Santos, o passeio teve um final insólito: duas motocicletas estaciona-das em local proibido impediram o bonde de completar o trajeto até a Praça Visconde de Mauá – faltavam duas quadras. Como os don-os não se apresentaram no momento, o con-dutor acabou liberando os passageiros. Mas,

José Euvilásio Sales Bezerra

pra azar dos donos das motos, os condutores dos bondes são agentes da CET de Santos. Logo, eles sacaram os talões e aplicaram uma bela multa. Mas, para quem gosta de história e quer tentar viver um pedacinho dela, o pas-seio de bondes de Santos é algo imperdível. Observação: O passeio custa R$ 5,00 e ocorrem de terça a domingo (incluindo feria-dos e pontos facultativos) das 11h às 17h.

BONDES • Os três bondes: o adesivado com a “Baleia”, mascote do Santos, e o com o itinerário “Porto” são os dois que estavam a rodando. Um terceiro, maior, completava o passeio dos passageiros que almoçavam em um restaurante nas proximidades daSecretaria da Cultura, na Zona Portuária

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]


PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

Carros sem condutorjá completam quase 500 mil km

Para quem não sabia, a Google já usava nos Esta-dos Unidos doze veículos com sistema sem condutor desen-volvido pela própria empresa. Os veículos rodavam captu-rando imagens para o Street View e completaram 482 mil km, sempre com duas pessoas a bordo, assim como os veícu-los comuns usados para essa tarefa. Com essa marca de quilometragem sem nenhum registro de acidentes, a Google pretende avançar no projeto, e permitir que funcionários que já usavam esses veículos a tra-balho passem a usá-los também no dia-a-dia. Além disso, ap-enas uma pessoa ficará dentro do veículo durante a captura de imagens para o Street View. Agora o desafio é que os veículos circulem em situa-ções fora do comum, como em pistas em obras e consigam re-agir a situações de risco. Engenheiros da Google defendem os carros au-

Curtas

tomatizados como uma forma eficiente de reduzir aci-dentes, acabar com os congestionamentos e criar um trânsito muito mais inteligente, enquanto as pessoas poderão ser mais produtivas durante os deslocamen-tos. Fica a curiosidade: como seria um trânsito sem motoristas?

Google Maps passa a informar otrânsito em mais cinco cidades brasileiras

Brasília, Campinas, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador são as cidades que passam a ter informações em tempo real do trânsito através do Google Maps. Para acessar, basta abrir o Google Maps em seu navegador e selecionar “Trânsito” na lateral dire-ita. Com isso, nas cidades cobertas pelo serviço em tempo real de trânsito, algumas ruas e avenidas apare-cem em cores diferentes, que representam a condição de trânsito, conforme legenda no canto inferior es-querdo.

REVISTAINTERBUSS • 19/08/12 21CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA



S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM MARINGÁAntiga rodoviária da cidade é interditada depois do desabamento de parte da marquise. Tempos depois, a mesma foi toda derrubada. A cidade já contava com outro terminal.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,4% • Volvo

41,98% • Scania

Em 2007

EM EXTINÇÃO

Essa belíssima pintura da Pássaro Marron, criada pelo designer Paulo Gandolfo, está prestes a sumir dos ônibus suburbanos. É que a EMTU assumiu esse tipo de transporte na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e por isso impôs a colocação de sua pintura em toda a frota que opera na região. Uma pena.

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras


VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

EMTU-SP: Nova centena 800 e o crescimentode viações a partir da extinção de empresas

Os novos números de linhas met-ropolitanas (ou intermunicipais) da Região Metropolitana da Grande São Paulo final-mente terão prosseguimento! Meses atrás, eu pensava qual seria o número da linha depois de 599, e a resposta é 800. Nada de voltar a preencher números que já foram ocupados por linhas extintas, como a 005, 007, 013, 017 e 019. As linhas de centenas 600 e 700 são ocupadas pela rede metropolitana de Campinas, cujo último número encontrado é 746 Terminal Hortolândia – Unicamp. Já as linhas de centenas 800 eram inicialmente ocupadas por linhas operadas pelos sistemas alternativos ORCA e RTO, mas essas linhas nunca foram publicadas no site da EMTU e somente pouquíssimas linhas foram publica-das em alguns anos de “O Guia Mapograf”. A Mobibrasil, por exemplo, possui a linha 855 (SBC Pauliceia – SP Água Funda via Jabaquara), que também não é publicado na lista de linhas da EMTU. É a única linha que conheço que nunca foi publicada nem na EMTU nem em guia de ruas. E as linhas de centena 900 são as que servem a região metropolitana da Baixada Santista. Diversas linhas de derivação e bi-furcação passaram a ter status de linha co-mum, recebendo seu novo número. Um exemplo é a ‘nova’ linha 595 (Guarulhos-Jd. Sta. Lídia – SP Metrô Brás) via Ayrton Senna, que antes era chamada de 095DV1. A partir da linha 500, criada em 2008, nos últimos quatro anos maioria das linhas que têm centena 5 vieram de linhas alternativas já existentes, comportando como bifurcação ou derivação de outra. As linhas recentes numeradas aci-ma de 800 são: 801 (Cotia Atalaia – SP Itaim Bibi), 805 (Pirapora do Bom Jesus – SP Bu-tantã) e 806 (Itapecerica da Serra Jd. Olivei-ras – Itapecerica da Serra Jd. Montezano). Por duas semanas de maio chegou a existir a linha 803 (Estação Francisco Morato – Es-tação Caieiras) mas foi extinta. Mas o que observo é que nem 40% dos números de cen-tena 500 ainda não foram ocupados e daria muito bem para ocupá-los. Só depois que ocupar toda a centena 500, aí sim pularemos para a centena 800. Agora resta saber: Como será a nu-meração das linhas de ônibus que irão com-por a nova região do Vale do Paraíba e Lito-ral Norte? E falando em linhas de baixa de-manda, lembra da linha 018 (Santo André – Príncipe de Gales) que teve seu prolon-

Marisa V

anessa N. Cruz

gamento em 2010 até a Estação Tamandu-ateí? Infelizmente hoje esta linha só faz duas partidas em dias úteis, uma pelo período da manhã, outro à tarde. Provavelmente essa linha não irá aguentar até o final deste ano, mas se deixar de existir, pelo menos deveria voltar a tradição do número 018 até o Termi-nal Sacomã, substituindo a 493. Em 2011, na área 1 da região metro-politana de São Paulo, a Veneza Transportes deixou de operar linhas metropolitanas na região de Embu das Artes e Taboão da Serra, e suas linhas passaram para as empresas Mi-

racatiba e Pirajuçara. Em 2012 foi a vez da Cidade Verde deixar de operar, e suas linhas passaram para as empresas Miracatiba, Pira-juçara e Raposo Tavares. Peraí, não deveria algumas outras empresas de fora substituir aquelas duas que perderam a permissão? Como a EMTU ou o próprio con-sórcio não quis perder tempo, achou mel-hor outras empresas do consórcio ocupar aquelas linhas. Então daqui a pouco teremos duopólio, ou até monopólio, se continuar a mesma regra sem incluir alguma outra em-presa nova.

EMTU • Dois ônibus que fazem linhas metropolitanas na Grande São Paulo


A S F O T O S D A S E M A N AFlickr Bus In Focus - Wesley Araujo • www.flickr.com/photos/businfocus

ADRIANO MINERVINOCaio Apache Vip Volksbus 17.230 • Tinguá

WESLEY ARAUJOMarcopolo Paradiso G6 1800DD MBB O-400RSD • Andorinha

WESLEY ARAUJOCaio Apache Vip II MBB OF-1722M • JTU

GUSTAVO BAYDEMarcopolo Viale BRT Volvo B12M • Itajaí

GUSTAVO BAYDEBusscar Urbanuss Pluss MBB OF-1722M • VB

DIEGO ALMEIDAMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K360 • 1001

Flickr Busologando - Gustavo Bayde • www.flickr.com/photos/busologando

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

WESLEY ARAUJOCaio Millennium BRT Volvo B360S • Campo Belo

MATEUS C. BARBOSABusscar Vissta Buss LO MBB O-500RS • Pássaro Marron

MATEUS C. BARBOSAMarcopolo Paradiso G7 1050 Scania K340 • Cidade do Aço

MARCO A. GOLDANI / DIVULGAÇÃO ELIAS JUNIORPedaços e chassis de ônibus • Pátio de encarroçadora sulista

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Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

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AILTON FLORÊNCIOBusscar Vissta Buss HI Volvo B10M • Transul

ADRIANO MINERVINONeobus Spectrum Road Scania K230 • Breda Rio


Novidade em transporte público foi anunciada no Salão Latino-Americano de Veículos Elétricose Componentes. Toyota vai comercializar a partir de outubro carro de passeio elétrico híbrido

Novo híbrido da Eletra vaiaproveitar melhor energia elétrica

Os veículos de tecnologia limpa, em especial os movidos totalmente ou par-cialmente a energia elétrica não são mais tendências, mas realidades que estão em ampla expansão. E o uso destes veículos que não agridem o meio ambiente e o bolso dos operadores poderia ser maior se hou-vesse mais estímulos públicos para desen-volvimento de pesquisa e para a criação de subsídios para produção, talvez subsídios semelhantes aos dados à gasolina, motos e veículos de passeio comuns cujo excesso deles é uma das causas da poluição nas ci-dades além do trânsito que beira o caos. Esse foi um sentimento fácil de ser notado entre os principais expositores no VE – 8º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos e Componentes, realizado na Capi-tal Paulista, e que reuniu diversas alternati-vas de tração elétrica desde para bicicletas como para ônibus de grande porte. Um dos destaques ficou para o ABC Paulista, com a empresa Eletra In-dustrial, com sede em São Bernardo do Campo, que produz sistemas para ônibus elétricos híbridos e para trólebus. A companhia expôs no evento um ônibus elétrico híbrido que é usado desde 2010 na Usina de Itaipu. Com carroceria Mascarello, motor elétrico WEG, motor a combustão Mitisubishi, chassi Tuttotra-sporti e sistema da Eletra, o veículo cham-ou a atenção dos visitantes da feira pelo seu porte, design e tecnologia embarcada. Mas o ônibus, conhecido por quem acompanha o setor, já tem sucessores pela própria empresa Eletra. A fabricante vai lançar em setem-bro, mas já adiantou a informação para a reportagem, o Híbrido BR, nome dado em razão à nacionalização total do veículo. O motor a combustão também será do ABC Paulista, fabricado pela Mercedes Benz do Brasil, e já obedece às novas nor-mas de redução de poluentes previstas pelo Proconve - Programa de Controle da Polu-ição do Ar por Veículos Automotores fase P 7, com base nas normas internacionais Euro V. Este motor pode funcionar com o diesel S 50 (com menos partículas de enxo-fre) ou com diesel de cana de açúcar, que é diferente do etanol. Este modelo de híbrido vai poluir ainda menos que os veículos deste tipo já existentes no mercado, não só pelo motor a combustão que obedece aos padrões Euro

V e que pode operar com o combustível de cana de açúcar, mas também por modern-izações na tração elétrica. O consumo de combustível também será menor. A gerente comercial da Eletra, Ieda Maria Aparecida Oliveira, conta que a energia elétrica será melhor aproveitada. “O sistema desse Híbrido BR possui baterias desenvolvidas pela Moura Brasil que não se diferem dos padrões at-uais do mercado, mas conseguem ter uma performance maior. Além disso, o sistema vai conseguir aproveitar melhor a energia gerada pelo motor a combustão e pelas fre-nagens. Na prática, o ônibus vai ter mais energia sem esforçar para isso o motor a diesel ou diesel de cana de açúcar” – disse a gerente. Um conjunto de baterias mais mod-ernas com um sistema que aproveita mais energia elétrica não significa mais peso e mais espaço ocupado dentro do ônibus. É o que garante o administrador de contratos da Eletra, José Antonio Nasci-mento. “Hoje conseguimos fazer equipa-mentos de inversão, de gerenciamento ele-trônico e todo o sistema de integração, em tamanhos inferiores e consequentemente com menor peso. Por exemplo, no ônibus apresentado aqui, todos os equipamentos eletrônicos que formam a ‘inteligência do veículo’, contando com os inversores, ocu-pam toda a parte traseira do ônibus, que é de 2010. Os ônibus novos já vão contar com espaços mais livres” – contou José An-tônio do Nascimento

TRÓLEBUS NOVO PARA O ABC Já está na garagem da Metra, em-presa que opera trólebus e ônibus no Corre-dor ABD, que liga a zona Leste de São Pau-lo à zona Sul, passando por municípios do ABC Paulista, um novo trólebus de 18 met-ros de comprimento que conta com avan-çados sistemas de tecnologias. O destaque fica por conta das baterias que dão autono-mia ao trólebus em caso de problemas na rede área e na alimentação elétrica. “Se houver queda de energia ou problema em alguma subestação no trajeto, o trolebus tem uma autonomia de 5 quilô-metros se estiver totalmente lotado ou de até 7 quilômetros se estiver com menos peso para chegar a uma subestação que não estiver com problema ou terminar a

viagem” – contou Ieda Aparecida Oliveira, gerente comercial da Eletra. O veículo, refrigerado a água, tem um peso menor se fosse comparado a um trólebus articulado de tecnologia anterior, ar condicionado e tomadas internas pelas quais os passageiros podem carregar celu-lares e notebooks. Já está em operação no corredor um veículo semelhante de 15 metros, com três eixos.

CARRO HÍBRIDO QUER CONQUISTAR MERCADO BRASILEIRO Se apesar de terem espaço para mais crescimento, os ônibus híbridos já são realidade no mercado brasileiro, o setor de carros de passeio deve começar a entrar na era híbrida no País. A Toyota exibiu no evento o mod-elo Prius, um carro elétrico híbrido que as-sim como boa parte dos ônibus já produ-zidos no Brasil, dispensa o carregamento de energia por fontes externas, ou seja, não precisam ser plugados para terem as bat-erias recarregadas. Mas o veículo da Toyota é im-portado. A montadora ainda não definiu os valores, porém acredita na relação custo/benefício do carro, que além de diminuir a emissão de poluentes vai reduzir o con-sumo de gasolina. O fato de o carro ser importado não significa que ele não terá a cara do Bra-sil, como garante o diretor de assuntos gov-ernamentais e relações públicas da Toyota, Ricardo Bastos. “Foram cerca de dois anos de es-tudo para adaptar o modelo mundial aos padrões do mercado brasileiro. Foram leva-dos em consideração pontos como caracter-ísticas das estradas brasileiras, condições climáticas e até o estilo de como gosta de dirigir o brasileiro e as características da gasolina nacional” – disse o executivo. A Toyota já comercializou 2,7 mil-hões de carros híbridos no mundo e agora tenta, mesmo que aos poucos, introduzir a tecnologia no Brasil. Hoje o Prius é feito no Japão, Chi-na e Indonésia. A produção no Brasil não está descartada, mas a decisão da empre-sa vai depender da demanda pelo carro e das condições de políticas governamentais quanto a incentivos de produção de veícu-los menos poluentes.

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Revista InterBuss - Edição 108 - 19/08/2012