32
VOLVO É MELHOR AUTOMOTIVA PARA SE TRABALHAR NO BRASIL Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 162 15 de Setembro de 2013 Leiloeiro já foi escolhido pela justiça local e será responsável pela elaboração do edital. Outros itens serão leiloados em oportunidade futura, inclusive sede MAQUINÁRIO DA BUSSCAR VAI À LEILÃO EM OUTUBRO MAQUINÁRIO DA BUSSCAR VAI À LEILÃO EM OUTUBRO

Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

VOLVO É MELHORAUTOMOTIVA PARA SE TRABALHARNO BRASIL

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 162 15 de Setembro de 2013

Leiloeiro já foi escolhido pela justiça local e seráresponsável pela elaboração do edital. Outros itensserão leiloados em oportunidade futura, inclusive sede

MAQUINÁRIO DABUSSCAR VAI ÀLEILÃO EM OUTUBRO

MAQUINÁRIO DABUSSCAR VAI ÀLEILÃO EM OUTUBRO

Page 2: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

AINDA NÃO CHEGAMOS LÁ! CURTA E CONCORRA!CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. QUANDO CHEGARMOSA 1500 FÃS, SORTEAREMOS ESTA RÉPLICA DO MARCOPOLOPARADISO G7. E COM 2000 FÃS, SAIRÁ MAIS UMA RÉPLICA!

ACESSEM www.facebook.com/portalinterbuss E CURTA!E FIQUEM LIGADOS! MAIS

PROMOÇÕES VIRÃO NOS PRÓXIMOS DIAS!ACOMPANHEM NOSSO FACEBOOK!

Page 3: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

AINDA NÃO CHEGAMOS LÁ! CURTA E CONCORRA!CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. QUANDO CHEGARMOSA 1500 FÃS, SORTEAREMOS ESTA RÉPLICA DO MARCOPOLOPARADISO G7. E COM 2000 FÃS, SAIRÁ MAIS UMA RÉPLICA!

ACESSEM www.facebook.com/portalinterbuss E CURTA!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

E FIQUEM LIGADOS! MAISPROMOÇÕES VIRÃO NOS PRÓXIMOS DIAS!

ACOMPANHEM NOSSO FACEBOOK!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

Página 07

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Hong Kong coloca em operaçãoprimeiro ônibusmovido a bateriaObjetivo da cidade é tentarreduzir de todas as formas aemissão de poluentes naatmosfera 13

MAQUINÁRIO DA BUSSCARVAI À LEILÃO EM OUTUBRO

Poucos materiais sobraram na Busscar, em Joinville. Pátio de chassis estava vazio

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

28

| A Semana em Revista

Incêndio destroicerca de 100ônibus em garagem no Rio de JaneiroÔnibus da Viação Oeste Ocidentalestavam parados há maisde quatro anos 10

MAQUINÁRIO DA BUSSCARVAI À LEILÃO EM OUTUBRO

Page 5: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 24

MECÂNICA DE PESADOSSistemas de arrefecimento 22

Página 07

ANO 4 • Nº 162 • DOMINGO, 15 DE SETEMBRO DE 2013 • 1ª EDIÇÃO - 22h19 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraEmbu turística e sobre a Itaquera Brasil 14

EDITORIALMetrô ou Ônibus? 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 18

PÔSTERCMA Flecha Azul 16

Maicon Igor Barbosa

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Adamo BazaniO melhor para a mobilidade urbana 26

| BRT Guatemala

Marcopolofornece 28carrocerias para oTransMetroCarroceria Viale BRT encarroçadasobre Volvo B340M foi exportadaem lote de 28 unidades parao BRT da Guatemala 25

| Deu na ImprensaCascavel teráreconhecimentofacial no bilhetedo transporteEsse é mais um passo para tentarreduzir as fraudes nopagamento de passagem 20

BRT GUATEMALAMarcopolo fornece 28 Viale BRT 25

MELHOR PARA TRABALHARVolvo é a melhor para trabalhar no Brasil 21

Page 6: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

para [email protected] e faremos o ca-dastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Na semana passada, uma pesquisa real-izada indicou que apesar da melhoria na veloci-dade com as novas faixas exclusivas para ônibus implantadas em todos os cantos da cidade de São Paulo, não houve um aumento no número de passageiros, ou seja, não houve migração dos carros para o transporte público, algo comum acontecer em cidades com graves problemas de congestionamentos, mas como sistemas inter-ligados e eficientes de ônibus. Isso significa que a população em geral ainda não notou melhorias suficientes no serviço para justificar a troca do carro particular pelo transporte público, que de certa forma chega a ser mais barato do que abas-tecer o veículo particular todos os dias, gastar com limpeza, manutenção, seguro, impostos e diversos outros custos que um carro demanda. Um dos grandes diferenciais entre um modal e outro é justamente o tratamento em cada um: no ônibus, além de correr o risco de chegar atrasado a um compromisso, o passageiro acaba sendo vítima de superlotação, chuva, frio ou sol exces-sivos durante a espera em um ponto geralmente precário e muitas vezes sequer sem uma simples cobertura. Já em seu carro o passageiro tem o conforto do seu assento, pode usar um ar condi-cionado e uma música ambiente, mesmo que de-more mais tempo para chegar, mas muita gente ainda prefere perder tempo no trânsito ao invés de tomar chuva e esperar o ônibus num ponto precário. A falta da migração de passageiros para

um modal mais ágil é um ponto de alerta que deve ser levado em consideração pelas autoridades municipais, pois mostra que um bom sistema de transporte é muito mais que uma renovação de frota, uma tarifa mais baixa e uma faixa que vai dar agilidade de deslocamento do veículo. Nos sistemas BRT (ônibus de trânsito rápido, ou bus rapid transit na sigla em inglês), os passageiros po-dem não ter o conforto que desejam dentro de um ônibus articulado de uma linha troncal, mas com certeza estarão devidamente protegidos da chuva e do sol nos pontos de espera, que são cobertos e protegidos dos fenômenos naturais. As portas dessas paradas abrem apenas após a chegada do ônibus. Não há catraca no ônibus, pois a cobrança da tarifa é feita ainda no ponto. Mesmo com esses grandes ganhos, a cidade de São Paulo reluta em fazer a implantação desse sistema, fazendo apenas uma versão extremamente empobrecida dele, que é a faixa exclusiva. Em uma outra oportunidade comenta-mos neste mesmo espaço que a soberba do povo brasileiro, pobre, acaba por prejudicar uma ex-pansão do transporte coletivo com qualidade. Aliado a inexperiência de poderes públicos e o comodismo de grande parte do empresariado do setor de ônibus, que preferem cada vez mais comprarem veículos mais simples e mais bara-tos, com manutenção menos onerosa e de fácil revenda, os sistemas de transportes públicos fi-cam prejudicados e evoluem muito aquém do que poderiam e deveriam. É necessário que as ci-

Metrô ou ônibus? O mais caro?

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial dades invistam em sistemas inteligentes. Na cap-

ital paulista o governo do Estado está investindo pesado na ampliação das linhas do Metrô, agora com a novidade do Monotrilho, tecnologia que ainda não havia sido usada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. Com obras muito mais ágeis e baratas, o monotrilho promete revolucionar o modo de transportar pessoas na cidade, com tecnologias limpas e sem grandes intervenções urbanas, como acontece no metrô tradicional, onde é necessária a desapropriação de terras, escavação de túneis e construção de estações subterrâneas, o que eleva o custo em muito. Ainda nesta edição há um artigo bas-tante interessante sobre o metrô de Fortaleza, que ficou muito caro e é pouco eficiente, enquanto poderia ser implantado um sistema de BRT com muito mais vias agregadas e atendendo um número muito maior de pessoas, porém falta vontade política para a implantação de sistemas mais baratos. A pressão de empresários do setor de transportes também faz a diferença numa ne-gociação sobre implantação de modais de deslo-camento de passageiros em massa, pois poucos se propôe a comprar veículos mais modernos e confortáveis. Alguns chegam ao absurdo de faz-erem adaptações bizarras em veículos de motor dianteiro apenas para economizar, mesmo que tais veículos sejam extremamente desconfor-táveis e têm uma vida útil muito pequena, com muitas quebras e reclamações. Com vontade política e agora com a pressão popular sobre os gastos públicos, é importante que a voz do pú-blico seja ouvida e que experientes no setor de transportes também acompanhem os trâmites para que o melhor possa ser escolhido, sempre.

REVISTAINTERBUSS Expediente

Page 7: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

• Diário Catarinense / Blog do Loetz [email protected] O primeiro leilão dos bens e equi-pamentos da Busscar vai ocorrer em outubro, anunciou o administrador da massa falida da empresa, Rainoldo Uessler. A preocupação é agilizar o leilão para evitar que os equipamentos, avaliados em R$ 23,48 milhões, se deteriorem com o tempo. Uessler alega que o mercado tem sen-tido a falta da comercialização destas peças e que, caso a venda seja concluída, serão econ-omizados R$ 200 mil por ano com despesas de vigilância e seguridade. O prazo de impugnação ao quadro de credores terminou na semana passada. Agora é preciso esperar pela publicação de-finitiva da lista para dar o passo seguinte. Junto ao processo de falência, um perito faz

Destaque da Semana

BUSSCAR • Parque industrial da encarroçadora continua fechado aguardando as decisões da justiça sobre o seu destino após falência

A S E M A N A R E V I S T ADE 8 A 14 DE SETEMBRO DE 2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 07

Leiloeiro que foi escolhido pela justiça local será oresponsável pelodesenvolvimento doedital dos bens da Busscar

Massa falida da Busscar vai a leilão em outubro

o levantamento de todos os bens do grupo. O relatório deve ser encaminhado à Justiça até o próximo dia 20. O leilão das empresas deve ocorrer somente em 2014. A decretação da falência da Buss-car completa um ano no dia 27. Na data, um grupo denominado União dos Trabalhadores da Busscar, liderado pelo ex-gerente de TI da companhia Esbaldini Testoni, fará uma mani-festação em frente ao Centreventos Cau Han-sen cobrando agilidade no processo.

LEILOEIRO O juiz Marco Antônio Ghisi Mach-ado, da 5ª Vara Cível de Joinville, nomeou o leiloeiro público oficial Lúcio Ubialli, da Central Sul de Leilões, de Criciúma, como leiloeiro responsável pela venda dos bens da Busscar. Segundo o documento, assinado na última quinta-feira, Ubialli receberá 5% de comissão sobre a venda, a ser paga por even-tual arremate. O juiz determinou ainda que o leiloeiro confeccione o edital, que deverá ser aprovado pelo administrador judicial da massa falida, Rainoldo Uessler, para iniciar o

processo de leilão dos bens, que deve ocorrer em outubro. Peças, equipamentos e componentes automotivos estão entre os primeiros bens da Busscar a serem vendidos desde seu decreto de falência, em 27 de setembro do ano pas-sado. Segundo levantamento entregue por Rainoldo à Justiça, o lote está avaliado em R$ 23,4 milhões. Segundo Rainoldo Uessler, a Cen-tral Sul de Leilões foi indicada pelo histórico de vendas na modalidade de pregão. O ad-ministrador salienta que a escolha de Ubialli não significa que ele será o responsável pelos demais leilões previstos para a Busscar. — Escolhemos este leiloeiro por acreditarmos que ele tem um perfil adequado para esta venda específica. Mas, para a venda de outros bens da Busscar, faremos o processo de escolha novamente — diz. Além da venda destes primeiros bens, o juiz responsável pelo caso e Rainoldo Uessler devem receber em, no máximo, dez dias a avaliação da Tecnofibras e de outros bens não operacionais do grupo – inclusive os bens da Busscar que estão localizados no exterior.

Diário Catarinense

Page 8: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

Com pouca escolta, ônibusatrasam até 2h em Piracicaba

A S E M A N A R E V I S T ASão Paulo

• G1 Piracicabaa@terra. com.br

Usuários do terminal de ônibus do bairro Pauliceia, em Piracicaba (SP), espe-raram até duas horas para embarcar em um veículo do transporte coletivo no final da tarde de quarta-feira (11). Alguns desisti-ram de esperar e foram embora a pé ou de carona. Desde segunda-feira (9), o sistema tem funcionado com menos ônibus em circulação e com veículos escoltados pela Guarda Municipal. O número insuficiente de viaturas teria causado a demora nesta quarta-feira, já que os ônibus só saem dos terminais acompanhados pelos carros ofi-ciais. A medida de segurança foi tomada depois que cinco ônibus foram incendia-dos na semana passada. A onda de ataques começou depois que um homem foi morto pela Polícia Militar durante confronto no Jardim Esplanada na última quarta-feira (4). Dois veículos foram queimados no mesmo dia e, no dia seguinte, outros dois foram incendiados nos bairros Chapadão e Sol Nascente. No último sábado (7), um ônibus foi queimado no Jardim Oriente. A chefe de cozinha Jurema Casa-rotto, de 37 anos, chegou ao terminal às 16h30 para tomar o transporte até o Jardim Itapuã, onde mora. Às 18h30, o veículo ai-nda não havia chegado. “Em geral a espera é de apenas 10 minutos”, relatou. A atendente Camila de Lima, de 19 anos, não teve a mesma paciência que Jurema. Assim que soube que o ônibus estava atrasado há mais de uma hora, ela

ligou para o noivo e pediu que fosse bus-cá-la. “Nestes três dias eu já fui a pé para casa, na Vila Cristina, duas vezes. Hoje pedi para o meu noivo vir me buscar”, disse.

Sem resposta Em busca de um posicionamento oficial, no início da noite o site G1 ten-

tou entrar em contato por telefone com o diretor do Centro de Comunicação Social da Prefeitura, Miromar Rosa, mas ele não atendeu nem retornou as ligações. Durante o dia, a assessoria do prefeito Gabriel Fer-rato (PSDB) havia informado que haveria mais viaturas fazendo a escolta de ônibus nos horários de pico e que 85% da frota já estavam circulando pelas ruas.

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS08

[email protected] A Justiça de São Paulo condenou a empresa de ônibus Viação Gato Preto a pagar R$ 15 mil de indenização a uma passageira cadeirante, portadora de paralisia cerebral, que sofreu uma queda dentro do veículo. A cadeira de rodas não estava presa cor-retamente e, em uma curva, a passageira

foi lançada para frente. Ela teve os óculos quebrados, o que provocou lesões no rosto e traumas psíquicos, que retardaram o trata-mento. A empresa alegou que o motorista não era culpado pelas consequências da queda, pois teria tomado todos os cuidados necessários. A companhia ainda afirmou que o acidente aconteceu por culpa da mãe

Justiça condena V. Gato Preto por queda de passageiro em ônibus

da cadeirante, que não teria prestado atenção para evitar a queda. Os magistrados condenaram a em-presa por considerarem que ela assume uma obrigação de resultado - de transportar o passageiro são e salvo ao seu destino. Caso isso não aconteça, significa o rompimento do contrato, sobre o qual a companhia deve ser responsabilizada.

LOTADO • Terminal da Paulicéia ficou lotado com o atraso dos ônibus no pico da tarde

G1

Page 9: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 09

S.J.Campos vai punir invasor de faixa exclusiva para ônibus

São Paulo

• G1 São José[email protected] A Prefeitura de São José dos Campos divulgou na quinta-feira (12) os critérios para a fiscalização nos corredores exclusivos de ôni-bus, que começa a autuar a partir da próxima segunda-feira (16). Segundo a prefeitura, o motorista que for flagrado usando a faixa dos ônibus para ultrapassar a fila na pista destinada aos veículos ou permanecer no corredor após o cruzamento será multado. Segundo a Secretaria de Transportes, o corredor exclusivo pode ser usado apenas para acessar comércios e residências, fazer con-versões à direita ou para passar às demais faix-as. A pasta não informou um limite de extensão e de tempo em que o motorista poderá ocupar a faixa exclusiva a ônibus sem sofrer punições. Os corredores foram implantados em 10 avenidas da região central e começaram a operar no dia 27 de julho. A fiscalização começará 50 dias após a implantação e durante o período foram feitas campanhas de orientação dos motoristas. A fiscalização será feita pelos agentes de trânsito e quem for pego trafegando pelo cor-redor pode ser multado. A infração é considera-da média, com multa de R$ 85,13 e quatro pon-tos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Antes da fiscalização ser iniciada, a prefeitura também fez ajustes nas faixas ex-clusivas para ônibus. Na avenida Ahemar de Barros, uma das vias em que a implantação do corredor gerou maior polêmica, a prefeitura re-duziu a extensão do corredor para evitar ‘con-flito com carros’. A alteração ocorreu no quarteirão

G1

MULTA • Carro que usar a faixa de ônibus para fazer ultrapassagem será multado

• Diário do Grande [email protected] Os três primeiros corredores de ôni-bus que serão construídos em São Bernardo deverão ter a licitação iniciada no mês que vem. As primeiras vias que terão espaço exclusivo para o transporte público serão as avenidas Se-nador Vergueiro, João Firmino e a Estrada dos Alvarenga. A previsão é de que as obras demo-rem 18 meses para serem concluídas. Quando o projeto foi anunciado, em abril de 2012, a previsão era de que o processo licitatório fosse realizado no mesmo ano, o que não ocorreu, devido a trâmites burocráticos. A

verba para todos os corredores será repassada por meio de financiamento de US$ 250 mil-hões (cerca de R$ 570 milhões) com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Para que o empréstimo seja viabilizado, a pro-posta tem de passar por aprovação do Senado e do governo federal, o que já foi feito. “Agora, o BID está analisando os projetos executivos e depois nos devolverão para que a licitação seja liberada”, explica o secretário de Transportes e Vias Públi-cas, Oscar Silveira Campos. Posteriormente, serão iniciadas as obras dos outros oito cor-redores: Faria Lima, Jurubatuba, Montanhão,

S.Bernardo terá três corredores

da rua Coronel João Cursino e avenida Heitor Villa Lobos - nesse trecho, a prefeitura retirou a palavra “ônibus” do solo e também as faixas na cor azul que delimitam a faixa exclusiva. Com isso, nesse trecho, os carros podem trafegar em qualquer faixa. A avenida Adhemar de Barros, foi um dos pontos mais polêmicos quanto à fiscaliza-ção. No local, a faixa exclusiva ocupa a parte central da pista, o que obriga os motoristas, du-rante conversões ou mudança de faixa, a cruza-rem o corredor de ônibus.

O objetivo da prefeitura com a implan-tação era que a velocidade média dos coletivos no horário de pico aumentasse de 9 km/h e 12 km/h para chegar a até 23 km/h, para diminuir o tempo de viagem e a espera dos usuários. De acordo com a prefeitura, um bal-anço mostrou que houve aumento da velocid-ade dos ônibus nestes corredores de pelo menos 34% nos corredores - a viagem foi reduzida en-tre 8 e 15 minutos em média. Cerca de 160 mil moradores usam o transporte público por dia na cidade, segundo estimativa da prefeitura.

Ferrazópolis, Rotary, Capitão Casa, Castelo Branco e Galvão Bueno, além dos terminais Alves Dias, Batistini, Vila São Pedro e Rudge Ramos. Silveira Campos participou de even-to na noite de ontem para apresentação de det-alhes do projeto da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará a Capital a São Bernardo por meio de monotrilho, passando também por São Caetano e Santo André. A previsão é de que o edital seja lançado no mês que vem e as obras comecem em abril. O investimento total será de R$ 3,5 bilhões, sendo a maior parte injetada pelo setor privado.

Page 10: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

A S E M A N A R E V I S T A

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS10

Incêndio destrói cerca de 100 ônibus na garagem da Oeste

Rio

• G1 [email protected] Um incêndio destruiu na quinta-fei-ra (12) cerca de 100 ônibus desativados que estavam na garagem da empresa da Viação Oeste Ocidental, localizada na Avenida Santa Cruz, no Caxangá, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. De acordo com os bombeiros, não houve feridos. O fogo começou por volta das 15h desta quinta-feira (12) e só foi controlado após uma hora e meia. No entanto, por volta das 17h, os bombeiros jogaram jatos de água para resfriar as sucatas. Atuaram no local, homens de quatro quartéis: Campo Grande, Irajá, Guaratiba e Santa Cruz. Ninguém ficou ferido.

Momentos de pânico O Corpo de bombeiros não infor-mou as causas do incêndio. Moradores que não quiseram se identificar contaram ao G1 que pouco antes do incêndio viram três ho-mens dentro da garagem. A garagem fica a cerca de 50 metros das casas da Rua Projetada. Moradores con-taram que viveram momentos de pânico. “Eu tinha saído e quando cheguei na esquina vi a fumaça. Voltei para ajudar minha filha que estava sozinha. Foi um desespero com todos os vizinhos correndo”, disse a dona de casa Patricia Alves. “Eu não estava em casa, mas minha filha que chegava da escola conseguiu salvar

os dois periquitos trancando eles dentro de casa e ligando o ventilador”, contou Vania Daudt. Os moradores disseram que o local está abandonado há pelo menos 4 anos. “Esse lugar é um cemitério de ônibus. A violência aumentou muito. Tem roubo de noite e prob-lemas com mosquito da dengue aqui”, contou o morador Marcelo Leandro.

Segundo a CET-Rio, uma faixa da Avenida Santa Cruz, na altura do número 1.110, foi interditada ao trânsito para o trab-alho dos bombeiros, por volta das 15h. Em nota, a Rio Ônibus informou que a empresa Oeste Ocidental não faz par-te dos consórcios que operam atualmente no município do Rio, porque ela não reunia condições legais para participar da licitação.

FOGO • Dezenas de ônibus foram destruídos na garagem da Oeste Ocidental, no Rio

G1

Distrito Federal recebe mais 50novos ônibus; 10% já é frota zero• [email protected] Pelo menos 50 ônibus foram entreg-ues na manhã de sexta-feira (13) para operar 13 linhas do Paranoá e Itapoã, regiões administrati-vas do DF. Com isso, o GDF alcançou a troca de 10% da frota de veículos que opera no Distrito Federal. De acordo com o DFTrans, os veículos entregues começam a operar segunda-feira (16), e a frota Itapoã/Paranoá deve ser completamente substituída nos próximos 30 dias, quando mais

21 ônibus chegarão às ruas. Para fazer a integração, é necessário adquirir o cartão emitido pelos postos de aten-dimento do SBA/DFTrans (Sistema de Bilheta-gem Automática). O passageiro pode fazer, em um período de até duas horas, três viagens ao custo de um bilhete. Os novos carros, operados pela Viação Pioneira, responsável pela Bacia 2, são amarelos, com vidros fumê para reduzir a incidência solar, piso tátil antiderrapante, portas com sistema antiesmagamento para evitar que pessoas sejam machucadas no embarque e de-

sembarque, e motores menos barulhentos. Outra característica dos novos ônibus é que eles emitem 180 vezes menos partículas poluentes do que os atuais. Além disso, possuem monitoramento por GPS, ligado ao Centro de Controle de Operações, que receberá imagens das câmeras de segurança instaladas futuramente nos veículos. O governo informou que até outu-bro os ônibus do Grupo Amaral serão totalmente desativados. Até lá, os 80 ônibus da empresa que estão circulando, em Planaltina, serão substituí-dos.

DF

Page 11: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 11

• Fábio Gomes / O Povo [email protected]

Nordeste

Artigo: Fortaleza gasta muito com metrô e evita ônibus Muito antes do termo “mobi-lidade urbana” virar moda, o tema já era corriqueiro na Coluna Política que eu as-sinava no jornal O Povo. No fim dos anos 90, escrevi seguidas vezes acerca da op-ção que o Governo do Ceará, então co-mandado por Tasso Jereissati, fazia pelo metrô. Apontava como um erro caríssimo em detrimento da opção muito mais barata e mais adequada ao nosso quadro urbano. No caso, o ônibus. Lembro-me bem do incômodo do Governo com os textos. Cheguei a conver-sar uma vez a respeito com o governador e muitas vezes com o então secretário Maia Júnior, que tinha as obras do metrô sob sua responsabilidade. Nunca deixei de explicar minhas razões. Mesmo com muitas idas e vindas, os governadores Lúcio Alcântara e Cid Gomes deram sequência ao projeto da linha sul iniciado por Tasso. Com Cid, o projeto foi finalizado e entrou em funcionamento experimental. Avalia-se que o valor da obra superou a casa dos dois bilhões de reais. Agora, outra linha do metrô está em fase final de licitação. Esta, totalmente subterrânea. O custo final deverá chegar aos três bilhões de reais. Ou seja, no âmbito governamental, a opção pelo metrô tem sido vitoriosa. No fim das contas, as duas linhas vão alcançar o incrível custo de aproxima-damente R$ 5 bilhões. Uma fortuna que, se corretamente aplicada, faria uma revolução na “mobilidade urbana” de Fortaleza. Mas, no Ceará velho de guerra, rico e gastador, re-solver o problema corretamente e de forma austera parece ser o que menos importa. A propósito, no portal da revista Exame, há uma nova entrevista com Enrique Peñalosa, o ex-prefeito de Bogotá que virou referência pela forma como tratou a questão do deslocamento dos moradores na Capital colombiana com quase três vezes o número de habitantes de Fortaleza. O título da entrevista resume tudo: “A solução para mobilidade urbana? Ôni-bus, diz Peñalosa”. O hoje consultor afirma que “os políticos adoram investir em trens e metrôs porque politicamente isso é muito fácil. Gasta muito dinheiro, mas não tem

discussão com ninguém. Os cidadãos que têm carros querem que façam mais linhas não porque vão usá-las, mas porque acr-editam que outros vão e isso vai diminuir o trânsito”. Peñalosa lembra que os trens e metrôs são “excessivamente caros”. “Você pode fazer, com o mesmo custo que faz um quilômetro de metrô, trinta de faixas exclu-sivas para BRT... é muito mais agradável ir na superfície, com a luz natural, do que ir enterrado embaixo da terra, como um rato. Não me parece democrático enterrar os usuários de transporte público. É loucura.” Vejam a linha de raciocínio do ex-prefeito de Bogotá: “Quando houve os pro-testos no Brasil, a presidente saiu correndo dizendo que ia investir em mais linhas de trem. É a reação emocional, não a mais téc-nica. É mais difícil politicamente, claro, ti-rar espaço dos carros para dar mais espaço a ônibus, bicicletas e pedestres. É mais difícil, mas é a única solução”. Peñalosa é um ardoroso defensor

das políticas para retirar carros das ruas como a única forma de melhorar o trânsito. Ou seja, fazemos exatamente o contrário numa política de priorização do automóvel que nasce dos incentivos fiscais do Governo Federal, que depois se vê obrigado a distri-buir mais e mais recursos para as cidades abrirem novas vias, construírem viadutos e caríssimas linhas de metrôs. O economista colombiano oferece a sua receita para restringir o uso de carros: “Pode haver pedágio urbano, cobranças em certas vias, pode ter uma gasolina mais cara, pode ter um rodízio. Mas a melhor maneira de reduzir o uso do carro é restringir o esta-cionamento”. Acabar com estacionamentos nas ruas? Perguntou a repórter Amanda Previ-delli. “Sim. Há muitos carros onde deveria haver calçadas. Esta é a primeira coisa que destrói a qualidade humana da cidade. E aqui tem um ponto que é importante ter claro: o governo não tem nenhuma obrigação de re-solver os problemas de estacionamento”.

METRÔ DE FORTALEZA • Apesar de mais caro, o governo local ainda prefere esse modal

Divulgação

Page 12: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T A

Linhas executivas de BeloHorizonte têm baixa procura

Minas Gerais

• O [email protected]

Em pleno horário de pico, ônibus do transporte público circulam com bancos de sobra nas vias centrais de Belo Horizonte. O que parece sonho para quem enfrenta diaria-mente a lotação dos coletivos, é vida real nos ônibus executivos das linhas SE01 (Cidade Administrativa/Savassi) e SE02 (Buritis/Savassi), adotadas há um ano pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Além de espaço, os veículos têm ar-condicionado, TV de plasma e assentos es-tofados. Mesmo com todos os atrativos, eles ainda rodam com demanda abaixo da capaci-dade, que é de 43 pessoas sentadas e seis em pé. A reportagem do jornal O Tempo percor-reu as duas linhas nesta semana e, durante os trajetos, havia sempre entre cinco e dez ban-cos vagos, e nenhum passageiro em pé, entre as 17h e as 20h. De acordo com a BHTrans, 38 mil usuários utilizam os executivos por mês, o que corresponde a 1.900 por dia (conside-rando apenas os dias úteis, quando esse mod-elo de coletivo circula). Com uma frota de 13 ônibus, a média diária é de 146 passageiros por veículo. Já nos 3.046 ônibus convencio-nais, a estimativa da BHTrans é de 1,5 milhão de passageiros por dia – uma média de 492 por cada veículo. “Essa frota (de executivos) tem condições de absorver demanda maior. É difícil falar em percentual, mas, com certeza, há potencial para um grande crescimento”, afirmou o superintendente de Regulação do Transporte da BHTrans, Sérgio Luís Ribeiro de Carvalho. Por outro lado, o aumento pre-cisaria respeitar o limite de ocupação, já que o perfil do ônibus é circular com os passage-iros sentados. Preço. Entre as justificativas dos usuários para a baixa adesão aos executivos, o preço da passagem aparece em primeiro lugar. A tarifa varia de R$ 3,75 a R$ 5, en-quanto nos ônibus convencionais o preço é R$ 2,65. “É caro demais, não dá para pegar todo dia”, disse o técnico de informática Geo-vanni Metzker, 32. Ele mora no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, e trabalha na Cidade Administrativa, na região Norte. Para se deslocar todos os dias e economizar, ele reveza entre o executivo e o convencional, já que não recebe no salário subsídio para o

transporte. Já a funcionária pública Clarissa Gonzaga, 22, é uma das usuárias que preferiu largar o carro na garagem e usar o ônibus executivo, conforme a meta da BHTrans ao lançar o novo serviço. Ela conta que gastava, em média, R$ 500 de gasolina e manutenção do carro, enquanto agora gasta cerca de R$ 200 de executivo. “Antes, eu vinha dirigindo e ficava mal-humorada no congestionamento. Agora, pelo menos posso ir dormindo no ôni-bus”, relatou Clarissa. O servidor público Eder Aloísio Campos, 50, mesmo sendo adepto do ônibus executivo, disse que prefere pegar metrô e dois ônibus quando sai do trabalho, na Ci-dade Administrativa, em horário de pico. “Já passei duas horas dentro do executivo para chegar à praça da Liberdade (na região Centro-Sul). De metrô, consigo ir mais rápi-do, mesmo pegando outros dois ônibus para complementar”, afirmou.

Internet

Entre os serviços oferecidos pelo executivo, a TV funciona, mas se mostrou pouco atrativa. A internet sem fio é mui-to lenta. “O Wi-Fi só funcionou bem no começo”, comentou o advogado Leopoldo Portela Júnior, 56. A BHTrans informou que vai fiscalizar o problema no serviço.

Ampliação é estudada pela BHTrans A limitação de linhas e trajetos também foi citada pelos usuários como um dos fatores para a baixa procura dos ônibus executivos. “Quem mora no Barreiro, por exemplo, não tem acesso a um serviço de mais qualidade”, disse a usuária Viviane Pereira, 26. A Empresa de Transportes e Trân-sito de Belo Horizonte (BHTrans) infor-mou que estuda a ampliação, mas não citou quando nem em quais bairros. Para o en-genheiro Márcio Aguiar, falta divulgação. “A BHTrans deve monitorar e ver o que pode ser melhorado para atrair mais usuári-os”.

VAZIOS • Ônibus executivos ainda têm baixa procura pelos usuários do transporte

O Tem

po

Page 13: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 13

• Info [email protected] O primeiro ônibus público movido a bateria de Hong Kong tomou as ruas na segunda-feira como parte de um esforço para reduzir a sufocante poluição na cidade. Leung Chun-ying, chefe do execu-tivo, tinha prometido transformar a poluição em uma de suas maiores prioridades durante seu mandato de cinco anos, depois que um in-forme oficial disse que esta era o “maior risco diário de saúde” para os moradores da cidade. Mas pelo menos um grupo ambien-talista local foi cético sobre o compromisso anti-poluição do governo, afirmando que “um ônibus não faria diferença” e que Hong Kong estava ficando para trás de outras cidades do

Internacional

ELÉTRICO • Primeiro ônibus movido totalmente a bateria de lítio-íon-fosfato ganhou as ruas de Hong-Kong na segunda-feira

Cidade está se esforçandopara reduzir o nível depoluição de sua região, e a troca da frota de ônibus é um enorme passo

Hong Kong tem primeiro ônibus movido a bateria

mundo no que diz respeito a veículos elétri-cos. O novo ônibus apresentado esta segunda-feira foi fabricado pela montadora chinesa BYD e é alimentada por baterias de lítio-íon-fosfato que levam três horas para carregar e dão ao veículo uma autonomia de cerca de 180 km. A mesma empresa produziu os primeiros táxis elétricos da cidade do sul da China, que foram lançados em maio. O secretário de Meio Ambiente, Wong Kam-shing, disse que o governo es-tava investindo HK$180 milhões (US$23 milhões) no programa piloto, ajudando a sub-sidiar a compra de 36 ônibus elétricos até o fim do ano, que serão geridos por empresas privadas. “O objetivo de longo prazo é de emissões zero ao longo da via”, afirmou a jornalistas durante uma coletiva de imprensa, sem fornecer um cronograma para a possível expansão do programa piloto. “Precisamos fazer isto passo a pas-

so”, declarou. A Kowloon Motor Bus, maior op-eradora envolvida no projeto de testes, infor-mou que será preciso tempo e dinheiro para transformar sua frota de 3.800 ônibus e que cada veículo movido a bateria custaria HK$5 milhões (US$644.700). “O ônibus movido a bateria ainda é uma tecnologia nova”, disse o diretor-gerente da KMB, Ho Tat-man said. Um estudo da Universidade de Hong Kong demostrou que doenças relacio-nadas à poluição mataram mais de 3.000 mo-radores por ano nesta cidade de importância financeira, e grupos ambientalistas culpam as emissões provocadas pelo tráfego como a principal causa da poluição. Novas metas de qualidade do ar anunciadas no ano passado para sete poluen-tes, incluindo dióxido de enxofre e monóxido de carbono, foram criticadas como muito modestas, muito tardias e em agosto do ano passado a cidade foi envolvida no pior smog (neblina misturada a fumaça) já registrado.

Divulgação

Page 14: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS14

Algumas impressões sobre a cidade das artes

A Serra das Artes... Há algumas semanas estivemos no centro da cidade de Embu das Artes, cidade da grande São Paulo. Nessa cidade, no dia 24 de agosto passado, foi inaugurada uma nova Rodoviária, a primeira na região sudoeste da Grande São Paulo. Essa rodoviária terá uma enorme importância no transporte rodoviário, uma vez que fica na roda de linhas de ônibus para a região sul do estado de São Paulo e é vizinha ao rodoanel metropolitano. No dia seguinte à inauguração, es-tivemos de volta à cidade para conferir o início da operação do Terminal Rodoviário. No entanto, segundo informações obtidas na própria rodoviária, a operação só começaria no dia seguinte. Então, aproveitamos para conhecer a famosa feira de artesanatos da ci-dade. Primeiramente estivemos na “Praça de Alimentação Food Court”. Essa praça, na verdade, é um pequeno parque com bancas e quiosques que vendem vários tipos de comi-da. E, aproveitando a presença dos turistas, foram agregadas algumas barracas com di-versos artigos artesanais. Cortando o parque, um pequeno trecho do Rio Embu-Mirim (ou M’Boi-Mirim), o principal rio da região, que corta a cidade. Saindo pela parte de trás da Praça de Alimentação, encontramos a grande feira de artesanatos, que é montada no centro da cidade aos finais de semana – principalmente aos domingos. Nessa feira, são vendidos vários tipos de artigos artesanais. Dentre eles, os mais interessantes são as pinturas. Uma das que vimos, reproduz o tráfego de veículos na Avenida Paulista (foto 1). Há outras também, bem mais trabalhadas. Além das pinturas, há também bone-cos de personagens da TV (como a turma do Chaves, por exemplo), brinquedos feitos em madeira (como carrinhos e caminhões), es-pelhos estilizados, bolsas, carteiras, cintos, porta-niqueis, cabides, cabideiros, etc. Conversamos com um policial da Guarda Co-munitária, que cuida das segurança da feira. Ele nos disse que, durante a semana, alguns dos expositores podem montar suas barracas. Mas que a maioria deles só aparece nas fei-ras dos finais de semana, sobretudo nas que ocorrem aos domingos, que é a mais visitada. E, para quem, passar pela cidade no meio da semana e quiser levar uma lembrancinha, há lojas fixas que também vendem produtos artesanais. Arquitetura - Quando escrevemos sobre a rodoviária, enfatizamos o capricho em reproduzir a fachada das antigas casas de

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

Embu nos guichês. O mesmo pode-se dizer da fachada das lojas da cidade. Na medida do possível, a arquitetura dos locais públicos, como o do coreto da praça, a sede da guarda comunitária, da banca de jornal e o Posto de Atendimento, seguem um mesmo padrão ar-quitetônico, deixando o centro com um visual harmônico e remetendo a uma cidade do interior. Além da feira, há também o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas. Uma boa pedida para quem quiser conhecer um pouco da história da cidade. Roteiro – Para quem quiser chegar à cidade de Embu das Artes, as opções são as seguintes:

1. De carro: Rodovia Régis Bitten-court, km 282. Há caminhos por dentro de São Paulo mas são mais complicados; 2. De transporte público: linhas de ônibus metropolitanos, cujos horários podem ser consultados no site da EMTU (http://www.emtu.sp.gov.br): 164TRO Terminal Rodoviário do Tietê-Itapecerica da Serra/Parque Paraíso, via Embu das Artes – Centro (Linha Seletiva);056TRO São Paulo/Metrô Campo Limpo-Embu das Artes/Centro 239TRO Cotia/Atalaia-Itapecerica da Serra/Jd. São Marcos (via Embu das Artes – Centro).

EMBU DAS ARTES • Quadro retratando a paisagem urbana de São Paulo, e Banca de Jornal com um visual padrão do centro da cidade

José Euvilásio Sales Bezerra

Page 15: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 15

Seguidas greves na empresa Itaquera Brasil reabre a discussão sobre uma estatal na operação do transporte coletivo paulistanoUm novo horizonte no transporte paulistano?

Na semana passada, houve mais uma greve da Itaquera Brasil, novo nome da Empresa de Transportes Coletivos Novo Horizonte, operadora das linhas estruturais da área 4 de São Paulo. E, de novo, foi por não recebimento dos salários. A greve prejudicou milhares de pessoas durante parte da quinta-feira, dia 5 de agosto. Depois de mais uma promessa de que os salários seriam pagos – que acabou sendo cumprida – os trabalhadores voltaram ao trabalho. No entanto, a empresa não es-capou de um pedido de explicações da Secre-taria Municipal de Transportes de São Paulo e da SPTrans – esta última a empresa respon-sável pela gestão do transporte por ônibus na cidade de São Paulo. O pedido de informações refere-se às providências que estão sendo tomadas pela empresa para a resolução dos problemas que a deixaram na última colocação do Índice de Qualidade de Transporte (IQT) da SPTrans, referente ao primeiro semestre de 2013. Esse índice, é um indicador elaborado pela própria SPTrans, que serve para avaliar a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras. A nota da Itaquera Brasil foi de 46,09. Para efeito de comparação, a média geral das em-presas foi de 66,01. Segundo a SPTrans divulgou em seu comunicado oficial, do dia 4 de setembro, boa parte dessa nota é reflexo de: - 9.231 multas recebidas somente no ano de 2013, a maioria por descumprimento de partidas, intervalos excessivos e veículos quebrados; - 6.976 reclamações de usuários referentes à qualidade dos serviços prestados. Boa parte destas reclamações referem-se à di-reção perigosa, não cumprimento de partidas e ao não atendimento ao sinal de parada. E, além de todos esses problemas, a empresa, assim como todo o Consórcio Leste 4, está sendo investigada pelo Ministério Pú-blico por conta de diversas irregularidades.

Com tantos problemas, é curioso que a Prefeitura mantenha esta empresa ai-nda atendendo os paulistanos da zona leste. De todo o modo, a “paciência” da Prefeitura parece estar acabando. Uma nova “CMTC”? – A idéia do Prefeito Fernando Haddad, de constituir uma empresa pública para atuar apenas em ca-sos emergenciais é uma amostra do fim da paciência. Essa empresa emergencial certa-mente pode ser o embrião de uma nova estatal do transporte, que, ao invés de operar emer-gencialmente, poderá ter frota e poder para atuar em locais onde a iniciativa privada não consegue ser eficiente. Na teoria, a idéia é ruim, uma vez que joga nas costas do Estado um sistema de transporte que, nas mãos dele, jamais será efi-ciente. A estrutura estatal é muito engessada e torna o custo de uma empresa de transporte

muito maior do que realmente é. No entanto, para a área 4 especifi-camente, qual seria a solução? Esperar que a Itaquera Brasil se redima e comece a operar a contento? Licitar novamente uma área que, em dez anos, já passou por duas licitações e nenhuma das vencedoras parece dar conta do recado? Ou vamos esperar (e torcer para) que a Prefeitura crie uma estatal eficiente, que atenda os usuários com certa qualidade e com baixo ônus para os munícipes? Seja lá qual seja a solução, ela precisa vir com rápido. A qualidade do sistema de trans-porte da área 4 paulistana é sofrível e o usuário merece um serviço melhor. A atual operadora, o Consórcio Leste 4, que trate de rever seus con-ceitos e melhorar a prestação de seus serviços. Pelas declarações do Prefeito, a Prefeitura pa-rece não estar disposta a “bancar” uma empresa que presta seguidos desserviços à cidade.

ÔNIBUS DA ITAQUERA BRASIL • Sucessivas greves da empresa reabriram a discussão sobre a participação da Prefeitura na operação do transporte

MAIS EMBU • Algumas banquinhas com produtos artesanais e quadros expostos na lateral da base comunitária - que tem o visual semel-hante à da Banca de Jornal

Page 16: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSSMAICON IGOR BARBOSACORDEIRÓPOLIS/SP • VIAÇÃO COMETA

Page 17: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013
Page 18: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS18

• Do Site da Transpo [email protected]

DAF se estrutura e deve fazer seus lançamentos no Brasil Em estratégia muito melhor estru-turada em relação aos outros players que es-trearam no mercado nacional de caminhões nos últimos anos, sobretudo sustentado pelo forte investimento do Grupo Paccar, os exec-utivos Antonio De Luca e Felix Hendricks, da DAF do Brasil falaram sobre a estruturação para o início das atividades da montadora no Brasil. “A DAF chega ao Brasil com 19 concessionárias em 2013, sendo que a primeira será inaugurada em 1º de novembro – bem na semana da Fenatran. A nossa meta será expandir a nossa rede com cerca de 20 novas unidades por ano”, revelou De Luca, diretor de Operações. “Inicialmente, iremos trabalhar com 13 grandes grupos de conces-sionárias, mas a intenção é ampliar esse tipo de parceria para até 20 a 25 grupos no máx-imo, que podem ter mais de uma unidade. A formação da rede será completada com a ini-ciativa de outros empresários”, explicou. Tais concessionárias terão o reforço de grande estoque de peças e do DAF Assis-tance. “O nosso centro de distribuição funcio-nará direto da nossa fábrica, em Ponta Grossa (PR), até que a montadora defina efetiva-mente o local de um armazém próprio para esse serviço”, contou De Luca. “Já contamos com amplo estoque e nenhum cliente ficará ‘na mão’ por falta de peças”, destacou Hen-

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

Divulgação

TranspoOnline

Rússia: 282 ônibus com ZF-Ecolife• Do Site da Transpo [email protected] A segunda maior cidade da Rússia, São Petersburgo, está investindo na renovação da frota de ônibus urbanos. Recentemente, 282 veículos dos fabricantes russos Liaz e Volgabus equipados com a transmissão automática ZF-EcoLife de seis velocidades foram adquiridos para atender a demanda ocasionada pelos Jogos Olímpicos de Inverno 2014 que ocorrerão no país. “Os serviços de transporte municipais estão trabalhando intensamente na moderniza-ção das suas frotas de ônibus, o que inclui a im-plantação de avançado sistema de transmissão e novas tecnologias de chassis”, conta Rolf Lutz,

dricks. “Também teremos o DAF Assistance, um serviço de suporte técnico que prestara o atendimento inicial por telefone, mas caso o caminhão esteja realmente impossibilitado de se deslocar até uma de nossas casas, o con-cessionário enviará uma equipe para socorro in loco”, completou Hendricks.

Telemática

Mercedes-Benz e Iveco já ofer-ecem ao consumidor um serviço próprio de telemática, casos do FleetBoard e do Frota Fácil, uma solução que é tendência entre a indústria e frotistas. “Nós temos a nossa própria ferramenta no exterior e, no futuro, poderemos adotar a tecnologia para suprir essa necessidade do mercado”, confirmou Hendricks.

membro do Conselho de Administração e re-sponsável pela divisão de Tecnologia de Veícu-los Comerciais da ZF. “A negociação marca a instalação – pela primeira vez – em larga escala por fabricantes russos. Dos 282 ônibus, a caixa

ZF-EcoLife será instalada em 183 unidades ônibus Liaz e 99 articulados Volgabus. Atual-mente, existem mais de 5.000 circulares com transmissões automáticas ZF em operação em São Petersburgo”, destaca.

Page 19: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 19

• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Comil fornece 204 ônibus-viaturas para PM e Exército Em licitações que previam o for-necimento de um total de 204 ônibus mili-tares foi conquistada pela fabricante de carrocerias Comil. Os veículos, que serão entregues até o final deste mês, foram adap-tados para atender a programas do Ministé-rio da Justiça, à Força Nacional de Seguran-ça e ao Exército Nacional. A Polícia Civil e os serviços penitenciários do Rio de Janeiro receberam sete unidades do total. “Através de parcerias estratégicas, criamos um grupo exclusivo para o desen-volvimento de produtos específicos voltados à segurança pública, o que nos torna refer-ência neste segmento na América Latina”, comenta Silvestre de Sousa, coordenador de Vendas Governamentais da Comil. De acordo com dados da Comil, 108 unidades do modelo Svelto sobre chas-sis Mercedes-Benz OF 1730, equipados com jatos e tanques d’água com capacidade de 3 mil litros; além de seis Svelto sobre chassis MB OF 1721 – ambas configurações com suporte para armamento e munição, grades nas janelas e portas na parte traseira, além de duas laterais – serão entregues ao Exército para o transporte de tropas. Mais 21 Svelto Midi urbanos sobre chassis MB OF 1418 para transporte convencional também inte-gram o lote. O Ministério da Justiça receberá 69 viaturas especiais, que fazem parte do processo de criação e ampliação de frotas para atender o aumento na demanda de se-gurança no Brasil. Do total, 29 unidades do micro Piá serão montados sobre chassis MB LO 916 para atuação no programa “Crack, é possível vencer”, plano de combate a en-torpecentes realizado pela Secretaria Nacio-nal de Segurança Pública. Os veículos serão aplicados no controle e monitoramento de iniciativas de segurança pública no combate ao consumo e tráfico de drogas em todas as capitais das regiões Norte e Nordeste. Os ônibus que integram o programa serão eq-uipados com geradores de energia, sistema de rádio, estrutura de videomonitoramento e sala de comando. Outras 36 unidades de Delmov (Delegacias Móveis) serão entregues ao Ministério da Justiça para a sua Secretaria

TranspoOnline

Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos. Neste caso, serão empregadas car-rocerias do modelo Campione 3.45 sobre chassis Volvo B290R, para dar suporte às op-erações de segurança nos estádios brasileiros durante a Copa do Mundo FIFA 2014. Os veículos terão salas de detenção, comando e controle. A pasta da Justiça licitou ainda a compra de 4 unidades do Campione 3.25 sobre chassis Volkswagen 17.280, destinadas

ao transporte de tropas de apoio em opera-ções da Força Nacional de Segurança. No Rio de Janeiro, governo estadual adquiriu cinco viaturas micro Piá com chas-sis VW 8.160 para o transporte de detentos pela Secretaria de Administração Peniten-ciária. A Secretaria de Segurança do Estado, por sua vez, receberá outras duas unidades do micro Piá sobre chassis VW 9.160 para o deslocamento de tropas da Polícia Civil.

Page 20: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

Divulgação

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS20

D E U N A I M P R E N S A

• Do Site da Transpo [email protected]

Cascavel fará reconhecimento de face no transporte público

TranspoOnline

Para combater a prática irregular do pagamento da meia tarifa no transporte públi-co de Cascavel (PR), por cidadãos que estejam burlando as normas que prevê os benefícios para idosos e estudantes, a Prefeitura, a Trans-data Smart e as empresas que operam o trans-porte urbano de passageiros, assinaram um convênio que prevê a instalação do sistema de Reconhecimento Facial na frota de ônibus do município. Sendo assim, 159 ônibus da Viação Pioneira, Viação Capital D’Oeste e Vale Sim serão equipados com o sistema Reconhe-cimento Facial da Transdata Smart, além do Sistema de Monitoramento e Gestão de Frota da empresa. A tecnologia consiste na captação da imagem do portador do cartão, assim que ele aciona o validador eletrônico no ônibus, para ser comparada com a foto do titular do bene-fício, cadastrado pela empresa. Dessa forma, caso o usuário não seja o mesmo, o cartão será bloqueado instantaneamente e sua liberação ocorrerá apenas pelo titular no órgão de cadas-tro. O usuário pode receber uma advertência pelo uso indevido do cartão ou ter o benefício cancelado, conforme a política da empresa. Assim, a iniciativa coíbe a falsifica-

ção de documentos, bem como o empréstimo do cartão. Segundo a Transdata Smart, as fraudes com gratuidades podem chegar a 50% das viagens em algumas cidades. “A tecnologia de Reconhecimento Facial vem reforçar o controle oferecido pela nossa solução de bilhetagem eletrônica TD-MAX. Quem usa o transporte de maneira cor-

reta não pode pagar pelos que tentam fraudar o sistema. E, ao combater esses desvios, as em-presas podem investir em novas tecnologias que aumentam a agilidade do serviço, como nosso sistema de Monitoramento de Frotas por GPS, que está sendo implantado em várias cidades”, explica Devanir Magrini, diretor Co-mercial da Transdata Smart.

TranspoOnline

Scania doa chassi K310 4x2 paracurso de engenharia mecânica• Do Site da Transpo [email protected] O curso de engenharia mecânica do Centro Universitário da FEI recebeu um chassi urbano de ônibus K 310 4×2, de pre-sente da Scania. A iniciativa visa promover o desenvolvimento de pesquisa e novas tec-nologias. O chassi foi customizado com uma grande gama de opcionais para testar a pre-paração de métodos e produtos, permitindo que os alunos tenham acesso a muitas tecno-logias de uma só vez. Para o professor Roberto Bor-tolussi, coordenador do curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI, “o Brasil é um dos maiores encarroçadores de ônibus do mundo e essa é a primeira

plataforma de estudos relacionada a ônibus da FEI. Os alunos e as pesquisas serão ben-eficiados com a doação, principalmente nas disciplinas Suspensão e Direção e Dinâmi-ca. A Scania nos ajudará a conhecer melhor as tecnologias aplicadas em ônibus”. A montadora informa que o chassi é equipado com um motor de 9 litros e 310 cavalos de potência, transmissão automáti-ca, freios a disco com sistema ABS, freio motor, tacógrafo digital e computador de bordo. “Celebramos mais um marco de referência num itinerário de cooperação científica e tecnológica, que está se consoli-dando de forma exitosa entre a FEI e a Sca-nia, por meio de um diálogo transparente e

eficiente de ambas as partes. Há sinergia de competências comuns às duas organizações: respeito, confiança mútua, tradição, espírito inovador, ousadia mensurada e criativi-dade”, afirmou o Dr. Fábio do Prado, reitor do Centro Universitário da FEI. “A Scania entende a importância de desenvolver projetos em parceria com o meio acadêmico e tem orgulho em investir em programas que nascem nas universi-dades e posteriormente podem ser continu-ados pela empresa. Ficamos felizes em saber que um de nossos chassis ajudará aos alunos da FEI, o que reforça nossa ideia de contin-uar apostando em parcerias como essa”, diz Helder Odilon Lotto, gerente executivo de Recursos Humanos da Scania.

Page 21: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 21

• Da [email protected]

M E L H O R P A R A T R A B A L H A R

A Volvo foi reconhecida como a melhor empresa para trabalhar no setor auto-motivo brasileiro, segundo pesquisa realizada pela revista Você S/A, da editora Abril. É a quarta vez que a companhia lidera este rank-ing entre as montadoras de veículos, máqui-nas e componentes. Sediada em Curitiba, no Paraná, a Volvo também foi destaque em fun-ção de sua estratégia de recompensa. “É um orgulho ser a melhor do setor automotivo e estar, mais uma vez, entre as melhores do Brasil”, declara Roger Alm, presidente do Grupo Volvo América Latina. Fabricante de caminhões, ônibus e equipa-mentos de construção, a Volvo tem 4 mil funcionários na capital paranaense, sua sede latino-americana. “Este prêmio é resultadoprincipalmente do oferecimento de condições de qualidade de vida que extrapolam o ambi-ente fabril, da vasta carteira de benefícios e da oferta de programas de desenvolvimento e crescimento profissional”, observa Carlos Morassutti, vice-presidente de RH e assuntos corporativos do Grupo Volvo América La-tina. “A oferta de políticas sólidas de RH e a constância de nossos propósitos foram fundamentais para recebermos esta premia-ção e são a base para os reconhecimentos que temos amealhado todos os anos na rigorosa pesquisa da Você S/A”, complementa Car-los Ogliari, diretor de RH do Grupo Volvo América Latina. Segundo ele, este resultado reforça a posição de liderança da Volvo na gestão de pessoas. Felicidade no trabalho A pesquisa divulgou o alto Índice de Felicidade no Trabalho na Volvo, que che-gou este ano a 89,5. O Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho (IQAT) também foi multo alto, 88,8. Os funcionários também de-ram uma elevada pontuação para a empresa, que ficou com 91,1 no Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas. Os pesquisadores revelaram que to-dos os outros indicadores também foram alta-mente positivos. De acordo com eles, 94,7%

VOLVO É A MELHOR DO SETOR AUTOMOTIVO PARASE TRABALHAR NO BRASIL

dos funcionários identificam-se com a em-presa, 88,7% estão motivados, 86,9% dizem ter oportunidades de desenvolvimento profis-sional e 86,9% aprovam seus líderes. Nesta ano, a 17ª edição do Guia Você S/A, 481 empresas de 17 setores da economia se inscreveram, e apenas 150 foram selecionadas para figurar na lista de “As mel-hores empresas para trabalhar”. A publicação destaca as empresas que mais investem e al-cançam resultados na satisfação e motivação dos funcionários. O levantamento foi feito pela equipe de jornalistas e funcionários da revista Você S/A, em parceria com o Insti-tuto de Administração (FIA), que avalia as

empresas com base no Índice de Felicidade no Trabalho. O IFT é calculado a partir da combinação entre o Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho (IQAT) e o índice de Qualidade da Gestão de Pessoas (IQGP). A Volvo esteve sempre presente en-tre as 10 melhores do País neste levantamen-to: foi o primeiro lugar em 2008, obteve a se-gunda posição em 2010, a terceira em 2009, a quinta em 2007 e, novamente, foi a melhor para trabalhar no Brasil em 2011. Em 2012, voltou a figurar entre as melhores, sendo de-staque em “Desenvolvimento de pessoal”. A empresa sempre esteve entre as cinco mel-hores empresas desde 2007.

A MELHOR • Carlos Ogliari, diretor de RH do Grupo Volvo América Latina

Page 22: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS22

M E C Â N I C A D E P E S A D O S

Manter o motor na temperatura ideal de funcionamento é tarefa que, se não cumprida rigorosamente, pode trazer sérios prejuízos para o motorista, ainda mais de veículos comerciais, que usam o veículo como instrumento de trabalho. Por isso é mais do que essencial realizar as manuten-ções preventivas no sistema de arrefecimen-to do motor, responsável por esse trabalho. Além de dissipar o calor, o sistema mantido em ordem auxilia na redução de consumo de combustível e das emissões de fumaça preta, pois devido ao gerenciamento eletrônico do motor, as mudanças de tem-peratura acabam alterando a quantidade de combustível injetado e do momento de in-jeção. A própria queima do combustível e o atrito das peças internas geram calor, mais um motivo para que a temperatura seja ideal. Os componentes que fazem parte do sistema são: radiador, ventilador, bomba centrífuca, válvula termostática, defletor de ar, mangueiras, sensores, líquido de arrefec-imento e reservatórios. Em caminhões, é uti-lizado ainda uma embreagem viscosa entre a hélice e a bomba que diminui a velocidade da hélice com temperaturas menores. A tam-pa do radiador também é importante para o sistema, pois possui válvulas para controle da pressão e depressão do sistema. O funcionamento do sistema de-pende de uma bomba centrífuga, que provo-ca a circulação do líquido de arrefecimento pelo conjunto. Antes de atingir a tempera-tura normal de funcionamento, a válvula termostática impede a passagem do líquido para o radiador. A medida em que a tem-peratura vai se elevando, a válvula se abre e permite a passagem do líquido. Quando a temperatura chega ao valor ideal, a válvula é aberta totalmente. A pressão e o volume do sistema aumenta sempre que a temperatura do líqui-

A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE ARREFECIMENTO DO MOTORA manutenção desses sistemas, tanto em caminhões quanto em ônibus, é muito importante para que o motor não sofra com desgastes excessivos com o calor do trabalho

do é elevada. Essa pressão é controlada pelas válvulas da tampa do reservatório de expan-são. Enquanto o controle da temperatura é

realizado por meio da válvula termostática, que monitora ainda o fluxo de líquido para o radiador.

Page 23: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 23

A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE ARREFECIMENTO DO MOTORA manutenção desses sistemas, tanto em caminhões quanto em ônibus, é muito importante para que o motor não sofra com desgastes excessivos com o calor do trabalho

Manutenção O primeiro e mais importante passo da manutenção do sistema de arrefecimento

é manter o líquido devidamente aditivado e no nível adequado, para evitar principal-mente a corrosão das peças internas. O recomendado é que o sistema seja verificado de acordo com as instruções do fabricante do veículo. “Vale lembrar que os veículos comerciais trabalham com pra-zos de manutenção distintos de acordo com a aplicação. É essencial que a proporção de aditivo na água que circula seja correta tam-bém seguindo a aplicação”, explica Valde-mar de Lima, instrutor do SENAI-Ipiranga. O líquido é importante, mas outros componentes devem ser verifcados. Inspe-cione se não há ressecametos e deformações nas mangueiras, em seguida, faça o teste do sistema de arrefecimento com a bomba manual para saber a pressão de trabalho e identificar possíveis vazamentos.Não esqueça de conferir as condições da tampa reservatório do sistema de arrefeci-mento. Instale a tampa no analisador com o adaptador, mergulhe o conjunto num recipi-ente com água. Acione a bomba manual com movimentos lentos e verifique a pressão in-dicada no manômetro, veja se a tampa per-deu a carga das molas. Cheque também os valores de referência da abertura da válvula de sobrepressão, que variam de acordo com o modelo.

Para substituiro líquido de arrefecimento Em primeiro lugar, o técnico deve escoar o sistema, sem esquecer que a tem-peratura do líquido deve ser obrigatoria-mente de 50º C.

1) Remova a tampa do bocal de abastec-imento, no reservatório de compensação ou radiador.

2) Em seguida, solte a braçadeira e remova a

mangueira da parte inferior do radiador.

3) Agora, abra o bujão de escoamento no bloco do motor e o bujão do radiador para coletar o líquido.

4) Na hora de eliminar o líquido de arrefeci-mento, não esqueça de fazer o descarte cor-reto para não prejudicar o meio ambiente.

Para abastecer o sistema5) Reinstale novamente o bujão no bloco do motor e o bujão no radiador.

6) Agora, recoloque a mangueira do radia-dor.

7) Prepare o líquido de arrefecimento em um recipiente à parte. A mistura deve ser ho-mogênea. Faça o controle da concentração da mistura com um densímetro.

8) Reabasteça o sistema até a referência de nível máximo do reservatório de compensa-ção.

9) Para finalizar, encaixe a tampa do bocal de abastecimento no radiador. Cuidado para utilizar a aplicação adequada para determi-nado veículo.

Muito cuidado O líquido de arrefecimento do mo-tor funciona em alta temperatura e pressão, portanto, cuidado ao abrir a tampa. Se pre-cisar remover a tampa quando a tempera-tura estiver acima de 90ºC, utilize um pano para cobrir e girar até o 1º estágio. Somente depois de deixar escapar o vapor, o técnico pode retirar a tampa por completo. Não es-queça de usar luvas e óculos de proteção. Agradecimentos: O Mecânico e SENAI - Ipiranga

Page 24: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS24

R E D E S O C I A LO SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

1º • Flecha AzulRestaurado

O Fim

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

Mais uma vez as viagens realizadas pelo carro 7455 da Viação Cometa estão dando o que falar. Na semana passada tivemos um feriado nacional e muitos colecionadoresaproveitaram a oportunidade para viajarno lendário carro, que continua com suasrotas conforme programado. No dia 7de setembro o carro esteve no Rio deJaneiro a serviço da empresa Expresso doSul e muitos colecionadores aproveitarampara ir à cidade maravilhosa

2º • Leilãoda BusscarO anúncio do leilão do maquinário da Busscar Ônibus S/A, em Joinville, também foi um dos assuntos mais comentadosnas redes sociais ao longo da semana passada. O leilão já foi autorizado, einclusive o leiloeiro já foi escolhido pelajustiça local. A oferta do maquinário,para quitar dívidas trabalhistas, deveráacontecer em outubro.

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Audace MBB OF-1721E5 - A serviço de O GloboPublicado no perfil pessoal do autor

Com a licitação das linhas rodoviárias do Mato Grosso, empresas historicamente tradicionais, como a TUT Transportes, deixarão deoperar, depois de décadas de serviços prestados. A foto do Nielson Diplomata, na rodoviária de Cuiabá, é de autoria de Mário Custódio

A SAÍDA DA TUT TRANSPORTES

Page 25: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 25

• Da [email protected]

B R T G U A T E M A L A

A Marcopolo, líder nacional e uma das principais fabricantes mundiais de car-rocerias para ônibus, fechou contrato para o fornecimento de 28 unidades do Viale BRT Articulado para o sistema de transporte mas-sivo da Guatemala, o Transmetro. O veículo tem 20 metros de comprimento e foi conce-bido com inéditos conceitos de design, ergo-nomia, conforto, segurança e eficiência. Segundo Paulo Corso, diretor com-ercial da Marcopolo, o sistema Transmetro tem como objetivo beneficiar mais de três milhões de pessoas. “Estamos muito orgulho-sos em fornecer o moderno ônibus Viale BRT para este avançado sistema de transporte de pessoas. O investimento do governo da Gua-temala é um exemplo que deve ser replicado pelos importantes benefícios e vantagens que

MARCOPOLO VENDE 28 VIALE BRT PARA A GUATEMALA

proporciona para os cidadãos, meio ambiente e, sobretudo, para a mobilidade urbana”, ex-plica o executivo. Desenvolvido para aplicação nos sistemas de transporte coletivo em grandes centros urbanos, o Marcopolo Viale BRT é o mais avançado ônibus já fabricado no Brasil e resultado de dois anos de pesquisas e desen-volvimento. O veículo tem desenho moderno e exclusivos conjuntos óticos dianteiro e tra-seiro em LEDs que garantem melhor ilumina-ção e reforçam a identidade da marca. Tam-bém conta com o dispositivo de acendimento automático dos faróis mesmo durante o dia (Daytime Running Light), itinerário eletrôni-co e monitores internos para publicidade. O Viale BRT Articulado desen-volvido para o governo da Guatemala possui espaço para cadeirante e destaca-se pelo con-forto e versatilidade apresentada no uso em

grandes centros urbanos. Internamente, inova nos conceitos de ocupação de espaço e de er-gonomia. A maior largura interna, associada à configuração das poltronas, proporciona maior área livre e facilita a circulação dos passageiros, tornando a viagem mais cômoda e confortável. Implementado em julho de 2010, o projeto Transmetro tem a previsão de ben-eficiar mais de 3 milhões de pessoas, com veículos que possuem elevada capacidade de transporte de passageiros que trafegam em pistas exclusivas nas principais vias da ci-dade. O sistema possibilita que o transporte coletivo seja mais eficiente, rápido, acessível e de grande conforto, diminuindo o número de automóveis nas ruas e melhorando o trân-sito, além de contribuir para a preservação ambiental, com a redução da emissão de po-luentes, e menor custo.

Page 26: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS26

ENTREVISTA • O arquiteto e urbanista Jaime Lerner, considerado o criador do primeiro sistema de corredores de ônibus de trânsito rápido do mundo, o BRT de Curitiba, ao lado do jornalista Adamo Bazani. Debate sobre mobilidade e saúde procurou trazer dados e abordagens novas e adequadas ao tema e também derrubar mitos. O engenheiro Paulo Sérgio Custódio, que desenvolveu diversos sistemas de transportes para vários países, o médico especialista em poluição atmosférica, Paulo Saldiva, e o presidente da ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Pietro Eber, participaram do debate. Imagem: Antônio Moreira/Canal do Ônibus.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Especialistas de reconhecimento internacional em transportes e saúde pública alertaram para um grande perigo atual quan-do o assunto é o ir e vir das pessoas e a re-organização das cidades: a banalização e a mercantilização do termo mobilidade urbana. Durante a nona edição do “Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias”, foi realizado o “Primeiro Encontro sobre Mo-bilidade Urbana – Possibilidades, Desafios e Polêmicas”. No evento, os especialistas não pouparam críticas a posturas de governantes, à corrida para se vender apenas produtos e não soluções de transportes, apontaram mitos sobre o setor e falaram sobre a situação de estagnação que as cidades brasileiras ainda vivem, apesar dos discursos e propagandas governamentais. “Me preocupa muito a abordagem que tem sido dada em relação à mobilidade. Primeiro, mobilidade é muito mais que com-bater os congestionamentos. Hoje empresas e governos querem vender modais como quem vende uma geladeira. A população não pre-cisa comprar um modal e sim, precisa receber um serviço. E para isso, pode-se aprimorar os atuais serviços e atender às expectativas dos cidadãos, sem necessidade de grandes dispên-dios de recursos” – disse o engenheiro Paulo Sérgio Custódio. Com 40 anos de experiência internacional em planejamento e desenhos de sistemas de transportes públicos urbanos, in-cluindo metrô, trens e ônibus, Paulo Sérgio Custódio foi diretor de planejamento de siste-mas de BRT (corredores de trânsito rápido de ônibus) para a Colômbia, Bolívia e Tanzânia, além de ser consultor para implantação de BRT no México, Indonésia, África do Sul, Paraguai e Argentina. Com sua experiência, Paulo Sérgio Custódio não tem dúvidas em afirmar que a solução para uma cidade passa por um mel-hor uso do espaço urbano e não pela criação de novos modais. “Se equilibrarmos mais o uso do solo, com um crescimento inteligente, pelo qual as pessoas possam ter perto de onde resi-dem seus locais de trabalho, estudo e consu-mo, podemos reduzir em 30% a necessidade de infraestrutura. Hoje se gasta muito dinhei-ro em infraestrutura para deslocamentos que poderiam ser reduzidos. Por exemplo, se 2% da população da cidade de São Paulo se lo-comovessem de bicicleta, seria o equivalente a atendermos uma demanda com uma nova

linha de metrô, mas para isso, é necessário que as bicicletas tenham espaços para circu-lação e estacionamento” Custódio defendeu o ônibus como solução para a realidade no Brasil. “Há um mito em achar que o metrô é a solução para tudo, sendo que não é e até mesmo quem defende o metrô sabe disso. Só existe uma só solução que atende a necessi-dade urgente das pessoas que é qualificar o transporte de superfície. E o ônibus, que é o que temos de melhor. Se bem planejado e es-truturado, nunca o ônibus vai ser saturado” – disse o especialista. Ele defende sim a expansão dos modais metroferroviários, mas diz que é ilusão achar que alcançar a mesma quanti-dade de quilômetros de metrô de cidades de países desenvolvidos vai criar grandes mu-danças na vida das pessoas no Brasil.

“Fala-se que o Brasil pode se igualar a Nova Iorque se caso tiver a mesma quanti-dade de metrô de lá. Ora, o México tem prati-camente a mesma malha e nem por isso é igual a Nova Iorque, muito mais que modais, as pessoas precisam se atendidas de acordo com suas realidades e necessidades. É irre-sponsável fazer comparações entre cidades sem respeitar suas diferenças e até mesmo suas situações econômicas” – explicou. Ele disse que modais não bastam e criticou o fato de as autoridades políticas ap-enas se basearem em obras para falarem que vão resolver os problemas de deslocamento dos cidadãos e deu um exemplo. “Esse trem suspenso, o monotril-ho, que vão fazer entre o São Bernardo do Campo e São Paulo. Isso não é e nunca será uma solução para os moradores destas duas regiões. É deixada de lado uma série de fa-

Especialistas defendem aprimoramento dos deslocamentos por superfície e dizem quenão basta escolher modais de transportes e sim oferecer serviços adequados à população

Mobilidade Urbananão pode ser mercadoria

Page 27: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 27

ENTREVISTA • O arquiteto e urbanista Jaime Lerner, considerado o criador do primeiro sistema de corredores de ônibus de trânsito rápido do mundo, o BRT de Curitiba, ao lado do jornalista Adamo Bazani. Debate sobre mobilidade e saúde procurou trazer dados e abordagens novas e adequadas ao tema e também derrubar mitos. O engenheiro Paulo Sérgio Custódio, que desenvolveu diversos sistemas de transportes para vários países, o médico especialista em poluição atmosférica, Paulo Saldiva, e o presidente da ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Pietro Eber, participaram do debate. Imagem: Antônio Moreira/Canal do Ônibus.

tores neste caso, desde o meio ambiente até os hábitos como as pessoas se locomovem. Não basta mudar o sistema de transportes, te-mos de desenvolver cada cidade” - criticou O arquiteto e urbanista, Jaime Le-rner, que implantou o primeiro sistema de corredores de ônibus rápidos do mundo, em Curitiba, a partir de 1974, fez duras críticas às formas de gestão e como a mobilidade é tratada pelo poder público. Ele também criti-cou a burocracia para o desenvolvimento de soluções de mobilidade. “As coisas no Brasil demoram para acontecer e o grande problema é a falta de decisão. O número de intermediários que são colocados, o número de barreiras que são co-locadas, o número de xerifes, tudo isso é ter-rível” – disse. Jaime Lerner, que hoje trabalha no desenvolvimento de um carro elétrico que

leva uma só pessoa, mas que o uso é público, para pequenos deslocamentos, também apon-ta para o falso dilema pneu X metrô. “Nós vivemos num falso dilema, ou carro ou metrô. A resposta não é nem o carro e nem o metrô. O futuro está na melhoria dos deslocamentos de superfície. Se a superfície operar bem, o metrô vai operar bem. Se tiver-mos ônibus e táxis ágeis, claro que o metrô vai ser melhor. Em São Paulo, 84% dos deslo-camentos estão na superfície. Então, por que não melhorá-los? O segredo para um bom atendimento à população è a freqüência Dops meios de transporte. Hoje é perfeitamente possível fazer com que o intervalo entre ôni-bus em corredores seja em torno de 20 segun-dos entre um veículo e outro contando com as diversas opções de linhas que param em todos os pontos, semi-expressas e expressas.” – disse Jaime Lerner defendeu a integração dos modais e deu exemplo próprio de como o País demorou para entender essa necessidade. “Em 1983, fui convidado para o Projeto Rio 2000. Naquele ano, propus a inte-gração do metrô com o ônibus. Tanto o Metrô como as empresas de ônibus rejeitaram na época. Agora, às vésperas das Olimpíadas de 2016,me chamaram para ajudar a aperfeiçoar esta integração, justamente com as mesmas empresas de ônibus e com o mesmo metrô” – relata Jaime Lerner. O arquiteto disse que corredores de ônibus bem planejados podem sim ter a mes-ma eficiência e capacidade do metrô. Muito mais que no modal de transporte, o segredo está na gestão e operação corretas. E não há uma fórmula. Depende da realidade de cada cidade, de cada população, que deve também atender a realidade de toda uma região, en-volvendo mais de um município.

TRANSPORTEÉ A VACINA CONTRA A POLUIÇÃO A poluição gerada pelo excessivo número de carros traz proporcionalmente um risco maior para ocasionar problemas cardía-cos que até mesmo o uso de entorpecentes. O dado revelador foi trazido pelo professor do Instituto de Poluição Atmos-férica da USP – Universidade de São Paulo, o médico Paulo Saldiva. Ele levou em conta o número de pessoas que usam entorpecentes e os efeitos da droga no organismo. É claro que individualmente, quem usa droga tem mais risco de desenvolver doenças e até mesmo chegar à morte. Mas em termos de saúde pública, a poluição, prin-cipalmente a emitida pelos automóveis, faz mais vítimas. Isso porque não há escolha, todos são expostos à poluição. Mas o Saldiva vai além e diz que os

problemas do excesso de veículos não geram apenas impactos na saúde relacionados à po-luição do ar. Ele destaca o sedentarismo, a obe-sidade, o estresse e até mesmo a poluição so-nora que degradam a vida nas cidades. “Poluição sonora não é apenas o ba-rulho que ouvimos, mas o que não ouvimos também. Há sons muito comuns nas cidades, por causa de carros e de todas as atividades, que não percebemos, mas que são captados pelo nosso organismo e que nos causa estres-se e até problemas no sistema imunológico e neurológico” – disse Saldiva. Saldiva afirmou também que só na Capital Paulista, a poluição mata por ano cerca de três vezes mais que os acidentes de trânsito. São 4 mil 655 mortes por ano por causa de problemas gerados ou agravados pela poluição atmosférica contra 1 mil 522 mortes no trânsito na cidade de São Paulo. E uma das soluções que pode com-patibilizar a necessidade de oferecer mobili-dade e ao mesmo tempo combater a poluição é o transporte coletivo sustentável. Já existem várias alternativas dis-poníveis, como os combustíveis alternativos ao petróleo e a tração elétrica. Além do metrô e do trem, que na maior parte das vezes já são elétricos, os ôni-bus agora contam com soluções de tração a eletricidade mais modernas e mais baratas que há uma década. Os ônibus elétricos híbridos devem ser tendência nas cidades, embora que é nítida a necessidade de mais incentivos. Os trólebus estão cada vez mais modernos e hoje, com o sistema de marcha autônoma, que consiste em baterias de armazenamento, estes veícu-los podem circular por alguns quilômetros sem depender da rede aérea, com a vantagem de ser ainda 100% não poluentes nas opera-ções. Participou do debate também o presidente da ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico e diretor do INEE – In-stituto Nacional de Eficiência Energética, Pietro Erber. “A eletricidade para mover veícu-los sobre pneus não é nenhuma novidade no mundo e é tão antiga ou mais que o sistema de combustão de derivados do Petróleo. Al-guns países, no entanto, pararam na questão. O Brasil está muito abaixo do ideal ainda, mas precisamos destacar avanços. Hoje temos tecnologia 100% nacional para a produção de ônibus elétrico e elétrico híbri-do. Há a necessidade de a questão ainda ter mais prioridade, mas vejo o futuro da tração elétrica para veículos no Brasil com otim-ismo real” – disse Pietro, que é mestre em engenharia.

Page 28: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

15/09/13 • REVISTAINTERBUSS28

A S F O T O S D A S E M A N A

GUSTAVO BAYDE • /busologandoNeobus Spectrum Road 330 MBB OF-1724 • Barra do Piraí

Galerias no Flickr

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI!Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

THIAGO SIONE • /thiagosionefotobusMarcopolo Paradiso GV1150 MBB O-400RSD • São Geraldo

WESLEY ARAUJO • /businfocusMarcopolo Paradiso GV 1150 Volvo B10M • Jóia

WESLEY ARAUJO • /businfocusBusscar Urbanuss Pluss Volvo B12M • Leblon

GUSTAVO BAYDE • /busologandoMarcopolo Ideale 770 MBB OF-1721 E5 • Mauá

THIAGO SIONE • /thiagosionefotobusBusscar Jum Buss 360 Scania K124IB • 1001

Page 29: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

REVISTAINTERBUSS • 15/09/13 29

Expresso Bus • www.expressobus.blogspot.com

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD Holding • www.ocdholding.com

THIAGO SIONECaio Apache Vip MBB OF-1721 E5 • Pendotiba

MÁRCIO DOUGLASBusscar Vissta Buss HI Volvo B10M • Transul

DIEGO ALMEIDA ARAUJONeobus Spectrum City MBB OF-1519 • São Francisco

THIAGO SIONEMarcopolo Viaggio G7 1050 Volksbus 17.280OT • Planeta

MÁRCIO DOUGLASBusscar Jum Buss 360 Scania K124IB • Expresso Queiroz

Page 30: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

21/07/13 • REVISTAINTERBUSS26

VENHACONHECER!

WALKBUS

www.apolloonibus.com.brRUA MÁRIO JUNQUEIRA DA SILVA, 1580

JARDIM EULINA - CAMPINAS/SP

FONE: (19) 3395-1668NEXTEL: 55*113*14504

VENHA CONHECER DE PERTO OSPECIAL! DURABILIDADE, RESISTÊNCIA

E ALTA QUALIDADE!

VENHACONHECER!

Page 31: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

ESTÁ COM DIFICULDADE PARA VER ESTE TEXTO? NÃO DEIXE

SEUS PASSAGEIROS PASSAREMPELO MESMO. ANUNCIE NA

REVISTA INTERBUSS E CRESÇA!

ENVIE SEU E-MAIL [email protected]

E SAIBA COMO ANUNCIAR!

Page 32: Revista InterBuss - Edição 162 - 15/09/2013

ESTE ESPAÇO ESTÁRESERVADO PARA VOCÊ E PARA O SEU PRODUTO! ANUNCIE NA REVISTAINTERBUSS E ENTRE NA CASA DE MILHARES DEPESSOAS DIARIAMENTE!

ENVIE SEU E-MAIL [email protected] SAIBA COMO ANUNCIAR!É RETORNO GARANTIDO!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS