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LEBLON CONSEGUE LIMINAR E SEGUE OPERANDO EM MAUÁ Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 167 20 de Outubro de 2013 Suzantur estreia em linhas da VCM emergencialmente e é avariada LEBLON E VCM CASSADAS CAOS EM MAUÁ SUZANTUR EM CHAMAS CAOS EM MAUÁ LEBLON E VCM CASSADAS SUZANTUR EM CHAMAS Suzantur estreia em linhas da VCM emergencialmente e é avariada

Revista InterBuss - Edição 167 - 20/10/2013

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 167 - 20/10/2013

LEBLON CONSEGUE LIMINAR E SEGUE OPERANDOEM MAUÁ

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 167 20 de Outubro de 2013

Suzantur estreia em linhas da VCM emergencialmente e é avariada

LEBLON E VCM CASSADASCAOS EM MAUÁ

SUZANTUR EM CHAMAS

CAOS EM MAUÁLEBLON E VCM CASSADAS

SUZANTUR EM CHAMAS

Suzantur estreia em linhas da VCM emergencialmente e é avariada

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 167 - 20/10/2013

Página 14

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Sistema BRT deBelo Horizontetem pinturabarradaBHTrans, gerenciadora dosistema na cidade, barrou olayout do BRT e pediualgumas alterações 12

MAUÁ EM CHAMAS

VCM e Leblon são cassadas, Suzantur entra e tem ônibus queimados e depredados

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Prefeitura deSão Paulo ganhaaval pra privatizarterminais urbanosAtualmente os mesmos sãoconcedidos. A empresaSocicam administra 08

MAUÁ EM CHAMAS

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 24

MECÂNICA DE PESADOSO Eixo Direcional Adicional 22

Página 14

ANO 4 • Nº 167 • DOMINGO, 20 DE OUTUBRO DE 2013 • 1ª EDIÇÃO - 21h41 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraLinhas cortadas em S. Paulo 21

EDITORIALNovo retrocesso em BH 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 18

Vem aí o especial de final de ano da Revista InterBuss. Não percam!Grandes reportagens e conteúdo exclusivo! Aguardem!

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 16

Thiago Sione

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzExemplo de linha em S. Paulo 13

COLUNISTAS Adamo BazaniMauá cassa Leblon e VCM 26

| Rede Social

O baú das fotosantigas docolecionadorReginaldo VieiraMotorista de ônibus emPiracicaba, Reginaldo temum vasto acerto de fazerinveja a muito colecionador 24

| Deu na ImprensaComil vai iniciar testes emsua nova fábricade LorenaA linha de produção deveráentrar em funcionamentoaté janeiro de 2014 19

CAOS EM MAUÁInício de operação da Suzantur é caótica 14

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

As notícias que mais chamaram a atenção na semana que passou dizem respeito ao sistema BRT da Grande Belo Horizonte, chamado MOVE. O sistema terá carros em operação nos trechos ur-banos e nos metropolitanos da região, integrados em terminais e estações de pré-embarque. Até aí tudo bem, demon-strando que o transporte na região terá um enorme avanço, porém o retrocesso continua chegando cada vez mais perto. A BHTrans, orgão que regulamenta e organiza o transporte coletivo na capi-tal mineira, agora liberou as empresas da obrigatoriedade de comprar ônibus convencionais equipados com ar condi-cionado e suspensão a ar. A alegação é até plausível, mas representa mais um pé atrás no que poderia ser um grande sistema de mobilidade urbana. Para a BHTrans, os veículos com esses equi-pamentos acabariam saindo por quase o mesmo preço que um ônibus de mo-tor traseiro. Oras, se fosse esse o caso, a obrigatoriedade do motor traseiro de-

veria ser mantida, como era previsto no início do sistema. Até o momento, a BHTrans foi a gerenciadora que mais ce-deu à pressão dos empresários do setor de transportes, entre todos os sistemas BRT que estão em implantação no país. Isso é preocupante, pois o gerenciador é quem deve saber o que é melhor para o principal interessado em tudo isso: o passageiro, que vai utilizar os ônibus di-ariamente para seus deslocamentos entre a casa e o trabalho, a escola, passeios, etc. As exigências para um sistema de transporte são muito importantes e deve ser acolhida por quem tem interesse em operá-lo. Agora, com empresários pres-sionando para comprar ônibus mais baratos e muito mais desconfortáveis, é um grande problema e preocupa, pois mostra quem tem o poderio econômico sobre os governantes. O conforto e a agilidade de um sistema de transportes devem ser as grandes prioridades, justamente para atrair mais passageiros e tirar carros

Mais retrocessos noBRT de Belo Horizonte

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial das ruas, porém o que está se vendo em

Belo Horizonte é o contrário. Segundo estimativas, de 400 ônibus que deverão fazer linhas alimentadoras e diametrais, cerca de 200 poderão ser comprados sem os itens de conforto adicionais. Já é sa-bido que os ônibus de motor dianteiro são adaptações feitas em cima de chassis de caminhão, com pouco ou quase ne-nhum conforto, são prejudiciais à saúde dos motoristas e cobradores, pois têm que trabalhar próximo ao motor, geral-mente barulhento e que emitem grande calor, ocasionando pequenas lesões nas pernas desses profissionais que podem ficar até 12 horas ao volante, porém são veículos mais baratos e de fácil revenda, e isso interessa muito aos empresários do transporte. Em São Paulo houve uma mudança desse cenário, com a proibição da compra de veículos desse porte por parte das empresas do sistema estrutural. Por conta disso, a absoluta maioria da frota é composta por veículos com motor traseiro, levando mais conforto a quem depende do transporte coletivo. Esperamos que não haja novos recuos em Belo Horizonte e nem em qualquer outro lugar do país que está implantando sistemas diferenciados e ágeis. Temos que dar o exemplo, afinal, foi aqui que nasceu o BRT.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• Meiobit.com [email protected] O serviço de transporte público de Helsinque, na Finlândia, conta com um novo serviço, que permite que o usuário chame o ônibus pelo smartphone e escolha o trajeto. Chamado Kutsuplus, algo como “chamada mais” em português, o serviço de ônibus sob demanda permite que o usuário defina os pontos de partida e chegada e di-vida a viagem com outras pessoas, até por que não faz sentido usar o serviço sozinho.

Destaque da Semana

COMODIDADE • Como em um táxi, porém mais barato, o novo serviço de ônibus permite você chamar o veículo por um smartphone

A S E M A N A R E V I S T ADE 13 A 19 DE OUTUBRO DE 2013

REVISTAINTERBUSS • 20/10/13 07

Serviço estimulapassageiro a deixarseu carro particular em casaenquanto utiliza o novo serviço em Helsinque

Na Finlândia, ônibus podeser chamado por celular

O custo é maior do que o de um ônibus comum, aproximadamente 10 reais de tarifa mais 1,30 por quilômetro pela co-tação de hoje, mas bem mais barato que um táxi, que custa caro por lá. O serviço pode ser pago via smartphone e em breve será possível debitar a tarifa direto na conta do telefone via SMS. O agendamento é automático, bas-ta escolher via smartphone em qual parada o micro-ônibus deve iniciar a jornada e es-colher o destino final. Se a viagem for divi-dida com outros, um algoritmo determina o trajeto mais curto. A desvantagem é que o custo é o mesmo de utilizar o serviço soz-inho, cada passageiro paga a mesma taxa de serviço mais quilometragem. A capacidade é para nove pas-sageiros e há lugar para carrinhos de bebê e bicicletas. O público-alvo é o que costu-ma utilizar automóvel para se locomover e

aqueles que precisam utilizar mais de um meio de transporte por causa do lugar onde moram. Segundo Kari Rissanen, do serviço de transporte público de Helsinque: O Kutsuplus oferece uma alterna-tiva melhor e mais eficiente ao automóvel. Os veículos contam com Wi-Fi grátis e você elimina o custo do estacionamento. No centro de Helsinque um estacionamento custa mais de 10 reais a hora, então o ôni-bus semi-privativo faz sentido. Helsinque conta com 1000 paradas de ônibus e quase 500 mil rotas diferentes, quem está bem servido de ônibus e metrô deve continuar utilizando esses serviços. A versão piloto do Kutsuplus iniciou ano passado com 10 ônibus. Até setembro 4.500 pessoas já haviam aderido e o programa deve ser expandido para 100 veículos.

Divulgação

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Prefeitura de SP tem aval paraprivatizar terminais urbanos

TERMINAL EM SP • Licitação poderá privatizar terminais urbanos da capital paulista

A S E M A N A R E V I S T ASão Paulo

• G1 SPa@terra. com.br A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em primeira discussão na quarta-feira (16) dois projetos de lei que autorizam o prefeito Fernando Haddad (PT) a privati-zar terminais de ônibus e garagens verticais na cidade. O projeto ainda passará por outra discussão e, caso haja nova aprovação, será encaminhado para sanção do prefeito. Para explorar esses equipamentos pelos próximos 30 anos, as empresas terão de participar de licitação e pagar uma taxa à Prefeitura. Em troca, no caso dos estaciona-mentos, poderão cobrar tarifa dos veículos. No caso dos terminais, explorar o comércio e a publicidade. O projeto dos terminais prevê real-ização de concorrência para escolha da con-cessionária. A licitação poderá contemplar mais de um terminal por vez. As condições de participação na licitação e a forma de remu-neração dos concessionários serão definidas em editais próprios. Durante a votação, foi aprovada emenda do vereador José Police Neto (PSD) que estabelece que a concessão de cada esta-cionamento deverá ser aprovada por lei espe-cífica e não poderão estar em Zona Especial de Interesse Social (Zeis).

Terminais A São Paulo Transporte (SPTrans) tem 31 terminais urbanos administrados por uma empresa privada por meio de contrato que prevê prestação de serviços de adminis-tração e apoio à operação e manutenção civil, elétrica, hidráulica e da tecnologia da infor-mação. A Prefeitura anunciou no primeiro

semestre, no entanto, que pretende ampliar para 42 o número de terminais de ônibus na cidade até 2016. O dinheiro para construção dos corredores e terminais deveria sair dos cofres da Prefeitura, de convênios com o governo federal ou por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) específicas para ex-ploração de corredores e terminais. Na mensagem que acompanha o projeto enviado à Câmara, Haddad afirma que a concessão dos terminais busca “cap-tação de investimentos da iniciativa privada necessários à construção de novas estruturas e manutenção das já existentes.” Ele diz que caberá ao Executivo indicar os terminais a serem explorados pela iniciativa privada. Haddad também alega que a con-cessão pode promover mais desenvolvimento e menos custos para o poder público. “A op-eração dos terminais de ônibus pela iniciativa privada, com a possibilidade de exploração comercial, terá potencial de promover, a um só tempo, o desenvolvimento e a urbaniza-ção do entorno, bem como a criação de novos locais de emprego em regiões deficitárias e

afastadas do centro da cidade”, afirma. “Ao permitir que a gestão desses bens públicos pelo particular, a Prefeitura garante a prestação de serviços adequados à população e desonera os cofres públicos, pos-sibilitando o direcionamento desses recursos para outras áreas”, complementa na mensa-gem. Caso os estudos de viabilidade econômica apontem a necessidade de recei-tas adicionais, a Prefeitura poderá prever, no futuro edital, o uso de recursos de contas bancárias previstas na lei que trata da orga-nização do sistema de transporte coletivo. Também poderá pagar os concessionários de acordo com o programa municipal de PPPs. As chamadas PPPs são contratos de prestação de serviços ou obras firmados por entre 5 ou 35 anos entre empresas e o governo federal, estadual ou municipal. Nas PPPs, as empresas são pagas diretamente pelo governo ou pela combinação de tarifas cobradas mais recursos públicos. O pagamento é vinculado ao cumprimento de metas estabelecidas em contrato.

20/10/13 • REVISTAINTERBUSS08

• G1 [email protected] A São Paulo Transporte (SPTrans) extinguiu 54 linhas de ônibus na capital paulista desde o começo do ano. Só nesta semana, 15 linhas de bairros movimentados como Ipiranga e Vila Mariana, na Zona Sul, sofreram alterações. Apesar de a Prefeitura entregar folhetos informando as mudanças, os passageiros estão confusos. A dona de casa Sandra Ferreira ficou

uma hora parada com os três filhos no Ter-minal Vila Mariana esperando uma linha que não existe mais. Ela veio do Grajaú, bairro do extremo Sul da cidade, para visitar uma tia em Cidade Tiradentes, Zona Leste. “Não sei mais o que fazer. Vou ligar para minha tia. Se não eu pego [um ônibus para o] Grajaú e volto”, disse. A professora Kátia Maria Rufas cos-tumava pegar a linha 478P-31, que ia do Sa-comã até a Pompeia. Ela só soube que a linha

SP extingue mais de 50 itineráriosnão existe mais ao conversar com outros pas-sageiros no ponto. “Fiquei sabendo agora. Não sabia. Não tem aviso, não tem nada.” Nem nos pontos novos há informações. Nos painéis há apenas anúncios publicitários. Segundo a SPTrans, a reorganização das linhas acontece de forma gradativa e é ex-plicada em folhetos entregues aos passageiros e no “Jornal do Ônibus”. A publicação é colada no interior dos veículos e nos terminais. Quem tiver dúvida pode ligar para o 156.

Page 9: Revista InterBuss - Edição 167 - 20/10/2013

REVISTAINTERBUSS • 20/10/13 09

Ônibus cai em buraco apósasfalto ceder em rua de Serrana• G1 Ribeirão Preto e [email protected] Um ônibus caiu em um buraco de-pois que o asfalto cedeu na tarde de quinta-feira (17) no bairro Bela Fonte, em Serrana (SP). O local passa por obras antienchentes e já havia sido motivo de reclamação por parte de moradores devido ao atraso na conclusão do projeto. Nenhum dos passageiros que es-tavam no ônibus se feriu. Em nota, a Prefei-tura informou que as obras devem voltar ao normal na segunda-feira (21). Imagens feitas por uma moradora mostram o ônibus sendo retirado por um tra-tor depois que caiu em um buraco ao lado do local onde a Prefeitura realiza as obras de infraestrutura. No momento do acidente, não havia nenhum tipo de sinalização no trecho. A reportagem da EPTV esteve no

G1

• Diário de São [email protected] A linha municipal 509M-10 é privi-legiada. Lá, os coletivos são equipados com sinal de internet gratuito, alto-falantes que indicam as paradas, painel de informações sobre a hora e a linha e também TVs intera-tivas com notícias e entretenimento. São os chamados “ônibus inteligentes”. Além da comodidade, os serviços beneficiam os usuários com deficiência. De acordo com a SPTrans, a tecno-logia foi instalada em 20 veículos da linha, que partem do Terminal Princesa Isabel, em Campos Elíseos, no Centro, e seguem até o Jardim Miriam, na Zona Sul. O projeto é pi-loto, em fase de avaliação. Os ônibus contemplados são do consórcio Unisul, de cor azul, gerenciados pela empresa Mobibrasil. Para identificá-los é fácil. Eles possuem uma antena branca em forma de triângulo, visível na dianteira, acima do letreiro. Ao subir o degrau da porta de en-trada já nota-se a diferença. Uma tela ao lado do motorista fornece indicadores do funcionamento do motor do veículo e seu desempenho. Ao dar a partida, as TV ligam, exibindo o horóscopo do dia. Um painel informa a hora exata e os nomes das paradas. Mas, se o passageiro estiver desatento, lendo um livro ou naveg-ando na internet pelo Bus Wi-Fi, não tem

problema. Uma voz feminina no alto-falante avisa o próximo ponto. O operador de telemarketing Paulo Sergio Rocha, de 19 anos, acessava o Face-book pelo celular durante sua viagem. “A internet é rápida, funciona bem”, avaliou. O motorista Wanderley Marques, 48, aprovou a iniciativa. “Facilitou a vida do passageiro. Se eles implantarem em outras linhas será ótimo.” Mas uma falha simples e de fácil solução foi detectada pelo DIÁRIO: dentro do ônibus não há nenhum aviso sobre o sinal da internet gratuita. Alguns passageiros só souberam da novidade quando foram abordados pela reportagem. Em seguida, todos pegaram o celular, testaram o serviço e aprovaram a ve-locidade oferecida.

PESADELO DE OUTROS Quem mora no “fundão” da Zona Leste costuma dizer que o dia começa ainda no escuro. Madrugar é quase obrigatório para os que têm compromisso de manhã e precisam embarcar no Terminal São Ma-teus, administrado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), do governo estadual. O local foi palco de protesto do Movimento do Passe Livre por melhoria do serviço, no sábado. No terminal, o vai e vem frenético de pessoas acontece entre 5h e 6h, mas, de-

Wi-fi na Zona Sul, confusão na Zona Lestependendo do dia, o problema se estende. A fila formada na porta dos coletivos é um dos raros momentos em que é possível ler, aces-sar as redes sociais ou bater alguns recordes nos jogos de celular. Mas, dentro do ônibus, qualquer passatempo é algo improvável para os passageiros em pé. Foi em um desses ônibus que a re-portagem do DIÁRIO embarcou na manhã de quarta-feira, às 6h15, em meio a uma chuva fina que deixou o trânsito ainda pior. A viagem na Linha 9110 (Terminal São Ma-teus-Parque Dom Pedro 2) durou aproxima-damente uma hora, tempo que já foi maior, antes da implantação da faixa exclusiva para os coletivos. O ônibus partiu do terminal sem assentos vagos, mas andar pelos corredores não era difícil. O aparente oásis de tranquili-dade mudou após os primeiros dez minutos e as paradas na Av. Sapopemba. Já lotado, al-guns poucos usuários adquiriram estranhas habilidades de dormir em pé. Após 30 minutos, muitos desem-barcaram em frente à Estação Vila Prudente do Metrô. Preferem pagar mais uma passa-gem do que enfrentar o trânsito da Av. do Estado, que toma, no mínimo, meia hora da viagem. Sem muitos passageiros, já perto das 7h15, o ônibus chega ao Parque Dom Pedro. “É sempre lotado. O dia é estressante e o pior é o ônibus”, constata a doméstica Luciana Vieira, 26.

local na quarta-feira (16) e mostrou os prob-lemas que a obra inacabada tem gerado. Além da sujeira nas casas causada pela terra, os mo-radores reclamam que o esgoto a céu aberto e o mau cheiro espantam a clientela dos comer-ciantes e incomodam moradores e pedestres.

Prefeitura Em nota, a Prefeitura informou que as obras ainda não haviam sido entreg-ues devido a problemas da administração anterior com o Governo Federal. A gestão passada não teria feito o repasse da contra-partida necessária para a destinação de re-cursos por parte da União. O problema, no entanto, já foi resolvido e as obras devem ser retomadas na segunda-feira (21), infor-mou a Prefeitura.

Page 10: Revista InterBuss - Edição 167 - 20/10/2013

A S E M A N A R E V I S T A

20/10/13 • REVISTAINTERBUSS10

Após tragédia, frota da empresaSanta Rita é vistoriada na PB

Nordeste

• G1 [email protected] Quase 20 dias depois do acidente de ônibus que deixou dois mortos em João Pessoa, a frota de ônibus da empresa rodoviária Santa Rita passou por uma vistoria da Promotoria do Consumidor de Santa Rita e do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB). A inspeção aconteceu na terça-feira (15) para analisar a atual situação de conservação e de regularidade com a legislação de trânsito. No dia 28 de setembro, um ônibus da empresa Santa Rita bateu em um poste na BR-230 e deixou duas pessoas mortas e outras 39 feridas. Conforme o delegado Roberto Jorge de Sousa, da 1ª Delegacia Distrital, o motorista do ônibus perdeu o controle, bateu no poste e capo-tou na rodovia, quando seguia no sentido Santa Rita - João Pessoa. Segundo o promotor de Justiça, Ma-noel Serejo, foram averiguados, durante a in-speção, as partes mecânica, externa e interna da frota, segurança, conforto, além da aces-sibilidade. “No entanto, ficou demonstrado a necessidade de um linha de inspeção, onde os carros seriam colocados em situação de des-gaste para melhor observar a sua real situação”, disse o promotor. O DER-PB vai encaminhar o relatório detalhado da atual situação da frota ao Ministério Público da Paraíba. No momento do acidente, havia cerca de 50 passageiros no veículo. Uma das vítimas,

que morreu no local, estava grávida. “Algumas pessoas que ainda estavam com condição de fa-lar alguma coisa disseram que uma barulho na roda vinha ocorrendo. O motorista talvez não tenha dado a devida atenção e, possivelmente em função desse fato, veio a tombar às margens da BR”, disse o delegado Roberto Jorge no dia. Em nota oficial, a direção da empresa Santa Rita, proprietária do ônibus, lamentou o fato e disse que estava prestando toda assistên-cia às vitimas e familiares. Afirmou ainda que o veículo tinha sete anos de uso, o que o co-

locava dentro das regras de operação intermu-nicipal que estabelece um prazo de 10 anos para renovação da frota. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou o resultado da perícia do acidente na última quarta-feira (9) e a investigação descar-tou a possibilidade do rompimento do eixo di-anteiro ter sido a motivação do acidente. O bo-letim da PRF será remetido à Polícia Civil, que é quem vai apurar de forma mais aprofundada e apontar se houve falha humana ou algum tipo de falha mecânica.

TRAGÉDIA • No acidente, duas pessoas morreram

G1

Ônibus apresenta problema e éapedrejado por usuários em Bayeux• G1 [email protected]

Um ônibus da empresa Almeida foi apedrejado por passageiros na manhã de sexta-feira (18), após um problema mecâni-co que fez o veículo parar no Conjunto Ma-rio Andreazza, em Bayeux, na Grande João Pessoa. De acordo com o motorista do ôni-bus, a correia dentada do transporte coleti-vo quebrou e os passageiros se revoltaram, atirando paralelepípedos no parabrisas do veículo. Ainda de acordo com o motorista, o ônibus estava lotado, mas ele não soube precisar a quantidade de passageiros. O ônibus foi recolhido, mas o prob-

lema já foi solucionado e as viagens já foram regularizadas, segundo informações de Al-berto Santos, assistente administrativo da empresa. Já na comunidade Rio do Meio, também em Bayeux, um ônibus da Wilson Transportes, derrubou o muro de duas casas, após o motorista perder o controle do veícu-lo. Segundo ele, a barra de direção quebrou e essa teria sido a causa do acidente. Ninguém ficou ferido. A dona de uma das casas, que se identificou como Maria de Lourdes, disse que estava dormindo quando ouviu o ba-rulho. “Ficamos assustados. Minha filha

e meus netos dormiam na sala, na hora só pensei que alguma coisa tivesse acontecido com eles”, declarou. Não havia passageiros no veículo, apenas o motorista. Ninguém da empresa falou sobre o acidente, apenas in-formou que o fato será solucionado o mais rápido possível. O cabo Costa, do Batalhão de Polí-cia de Trânsito Urbano e Rodoviário (Bp-tran), disse que a princípio o acidente foi causado por falha mecânica. Segundo ele, o veículo está com o licenciamento atrasado e que por isso foi recolhido ao pátio do órgão, onde ficará até que a situação seja regular-izada.

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REVISTAINTERBUSS • 20/10/13 11

• Bom Dia Brasil [email protected]

RJ

Aumento de assaltos volta a preocupar passageiros cariocas O aumento dos roubos dentro de ôni-bus tem provocado muito preocupação no Rio de Janeiro. O principal alvo são as mulheres, e a área de maior risco é a Avenida Brasil - por onde passam 250 mil carros por dia. O trauma de ter sofrido um assalto mantém Sônia Regina Silva de Oliveira sempre alerta. O roubo foi em um ponto de ônibus. Além do susto, a cabeleireira teve o maior prejuízo. “Assaltaram com faca e revólver. Levaram meu dinheiro, meu salário mínimo”, conta. Ataques a passageiros têm sido co-muns no Rio. No estado, os roubos em ônibus cresceram mais de 20% entre maio e julho deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado. Na capital, o aumento foi de 15% no trimestre, em relação ao mesmo período de 2012. Em resposta aos números, a polícia endureceu as investigações. Dois suspeitos de assaltar passageiros foram presos na terça (15) e outros três no fim de semana. Segundo os investigadores, os as-saltantes vêm atuando principalmente em pontos de ônibus da Avenida Brasil, um dos principais acessos ao Rio. “Eles são de várias comunidades que margeiam a Avenida Bra-sil, não são de quadrilhas organizadas, são elementos que saem tentando a sorte”, afirma

o delegado Reginaldo Guilherme da Silva. E os bandidos costumam assaltar um alvo específico: mulheres sozinhas. “Procuro sempre estar perto de pessoas, não ficar muito isolada”, diz uma mulher. Para tentar reprimir os assaltos, a Polícia Militar reforçou o patrulhamento des-de o início da semana em trechos estratégicos

da Avenida Brasil. Pelo menos 20 policiais se revezam para aumentar a segurança, princi-palmente perto de passarelas e de pontos de ônibus. “Primeira vez que vejo essa patrulha aqui. Tem que ser sempre, teria que ter uma patrulha aqui tanto de noite quanto de dia, permanente”, afirma um passageiro.

NOITE • Viagens noturnas são as que mais preocupam os passageiros

G1

• G1 Oeste e Sudoeste do [email protected] Após duas horas e meia de paralisa-ção, os ônibus do transporte público de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, voltaram a cir-cular por volta das 10h30 de quarta-feira (16). Motoristas e cobradores haviam paralisado as atividades às 8h para a realização de uma as-sembleia no Terminal de Transporte Urbano (TTU). Os profissionais são contra o recurso apresentado pelas empresas responsáveis pelo serviço na cidade contra a decisão judi-cial que proíbe a dupla função para os condu-tores. O assunto será novamente discutido na segunda-feira (21), quando termina o prazo que deram para que as empresas se manife-stem sobre o assunto. Caso não haja acordo, o

serviço pode voltar a ser paralisado na terça-feira (22). “A juíza entendeu que é humana-mente impossível desempenhar a dupla fun-ção, dirigir e cobrar ao mesmo tempo e deso-brigou os motoristas a fazer isso. As empresas entenderam que isso é aplicável apenas nos ônibus e não nos micros e entraram com uma ação de embargo declaratório para ela ser mais precisa naquilo que ela diz”, apontou

Sul

o presidente do sindicato da categoria, Dilto Vitorassi. “O usuário é nosso parceiro. Não queremos prejudicá-los. Queremos um ser-viço melhor”, completou. De acordo com os trabalhadores, nos últimos dois anos, desde que o consórcio re-sponsável pelo transporte coletivo na cidade passou a operar, ao menos 60 cobradores foram demitidos e a função precisou ser acu-mulada pelos motoristas. Além disso, vários ônibus que serviriam como alimentadores até terminais nos bairros foram substituídos por veículos menores. De cada quatro ônibus na cidade, um não possui cobrador. O transporte público local conta com 43 linhas abastecidas por uma frota de 153 veículos e atender cerca de 70 mil usuários por dia.

Greve paralisa ônibus em Foz

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A S E M A N A R E V I S T A

Move, o BRT de BH, tem suapintura barrada pela BHTrans

MG

• Bruno Freitas - Estado de [email protected] A primeira versão de pintura dos ônibus do Move, o transporte rápido por ôni-bus (BRT) de Belo Horizonte, foi barrada pela BHTrans por destoar da cor principal do novo sistema – o verde-limão, presente na logomarca do serviço, um hexágono – e ser considerada simples em relação à identidade visual do Move Metropolitano. Elaborada pela agência gaúcha Verdi Design, que gan-hou a licitação do projeto, a proposta para o BRT municipal foi inicialmente apresentada em tons de cinza e verde-escuro para as saias laterais e o teto dos ônibus, respectivamente, acompanhando o verde-limão aplicado abaixo das janelas. A decepção pelo resultado inicial, contudo, levou a BHTrans a ajustar a identidade visual do BRT em tons mais vivos para conferir uma imagem jovem e chamativa ao sistema. Em vez dos dois tons escuros da proposta inicial, a BHTrans decidiu identi-ficar o Move por um cinza-claro semelhante aos dos ônibus executivos (frescões) nas saias laterais, e o prata, cor predominante do Move Metropolitano, no teto da frota, estimada a princípio em 400 ônibus, sendo 200 articula-

dos e 200 padrons, modelo intermediário que circulará dentro e fora dos corredores. Ambas as propostas foram secre-tamente avaliadas pela BHTrans, Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e consórcios, que aplicaram as pin-turas do BRT municipal e metropolitano em dois ônibus comuns, não usados no sistema. Um dos ônibus recebeu a primeira versão de pintura do Move, que desagradou à BHTrans, segundo reconheceu ao Estado de Minas o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos da BHTrans, Daniel Marx Couto. Segundo ele, o cinza inicial foi considerado escuro demais. “Logo no primeiro contato com esse veículo, apenas com a base da pin-tura, o cinza não agradou, por ter tom muito próximo ao do preto”, disse Marx. Embora concentrada nos corredores das avenidas Vilarinho, Pedro I e Antônio Carlos e da Cristiano Machado, a operação do BRT manterá o modelo do atual contrato de concessão, em que os consórcios compar-tilham linhas. Dessa forma, todos os quatro consórcios de BH (Pampulha, BH Leste, Dez e Dom Pedro II) poderão rodar nas linhas do BRT, o que inclui empresas com frota de 60 ônibus articulados e outras hoje restritas a

um raio de atuação diferente do Vetor Norte, com apenas dois articulados.

AUTONOMIA O modelo de operação atual, em que os consórcios tem autonomia para pro-por, alterar e extinguir o quadro de horários de linhas, é considerado bem-sucedido pelo diretor da BHTrans. Segundo ele, a gestão das linhas pelos consórcios otimiza os cus-tos e isso seria bom para o sistema. “Antes da licitação do transporte coletivo havia um grande desequilíbrio de atendimento em diferentes regiões da cidade. Com o com-partilhamento de linhas, reduz-se o número de ônibus sem passageiros em deslocamento nas ruas e garagens, por exemplo. No caso do BRT, há uma autorização específica da BHTrans para operação de linhas por diferen-tes consórcios. Todos os resultados mostram uma tendência de racionalização de recur-sos, reduzindo a quilometragem”, argumenta Daniel Marx. Os primeiros BRTs de BH estão em produção. Nos veículos com portas à direita, o posto de cobrador será mantido. A Verdi Design confirmou que a identidade visual passa por ajustes finais.

Ilustração - EM

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FIM DA LINHA • Ônibus da Via Sul com sua linha que foi extinta

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

São Paulo: exemplo de uma linhade ônibus após os cortes da SPTrans

Época de seccionamentos e cortes de linhas municipais em São Paulo. Todas as linhas de baixa demanda e todas as linhas que fazem percursos “extremamente cansativos” estão passando pela profunda análise na Sp-Trans. Até algumas linhas tradicionais estão na mira só para ter uma ideia. Mas o problema é que a SpTrans in-forma os usuários, em média, com oito dias de antecedência. Passageiros mensais que se cuidem: ficam esperando até uma hora por um ônibus de uma linha que não passa mais naquela rua. Na minha opinião, é um tempo muito curto para que passageiros possam ser informados com antecedência. Ou seja, é mais aquele usuário que utiliza a mesma linha todo dia que são informados. Agora se for usuário esporádico, que visita seus parentes uma vez por mês ou que faça seus compromissos periódicos como ir ao médico de três em três meses, acaba cain-do na desinformação de que aquela linha não passa mais. E os donos de ônibus, que investem pesado com veículos dotados de alta tecno-logia, com certeza estão esperando terminar esse período de cortes para depois voltar a ter uma ideia de quantos ônibus comprarão. Ou seja, não dá para comprar ônibus para uma determinada linha se a mesma daqui a 30 dias (por exemplo) poderá ser extinta pela autar-

quia municipal dos transportes. Quanto aos seccionamentos, há uma linha que chamou muito minha atenção: é a 4222/10 (Parque Santa Madalena - Praça João Mendes) que, quando seccionada, pas-sou a atender até somente o bairro da Mooca. Só até a Mooca. No folheto, diz que para con-tinuar a viagem, passageiros deverão descer na Mooca e pegar o ônibus até o Parque Dom Pedro II. Mas vem cá: do Parque D. Pedro II até a Praça João Mendes é um quilômetro de caminhada com aquela ladeira para subir! Não seria bem mais fácil a entidade pública incluir um complemento no aviso que ônibus deverá ir para a Praça da Sé ou a Praça João Mendes? Há um público que não pode camin-har com aquela subida até o antigo ponto fi-nal. Sim, tenho uma ideia mais rápida quanto chegar lá na Praça João Mendes: desça em frente à estação Pedro II do Metrô, ande 150 metros daquela avenida que de noite é extremamente perigosa até chegar no início do viaduto Antônio Nakashima: é ali onde você pode pegar o 2100/10 Praça da Sé, o 4301/10 Praça da Sé ou o 5140/10 Praça João Mendes. Mas eu esqueci de uma coisa: as linhas 4301/10 e 5140/10 foram extintas nes-tas últimas semanas! Então, meu caro, só so-

brou a linha 2100 mesmo, podendo embarcar e em seguida descer na Rangel Pestana x rua Robert Simonsen e andar um pouco ou descer na Praça da Sé e andar um pouco também. Mas descer dentro do Terminal D. Pedro II e pegar um ônibus que passa na Sé perde-se mais minutos de tempo do que quando tinha aquele ônibus direto para a praça. Ainda insistindo na mesma tecla, ou melhor, na mesma linha 4222/10, foi notável que para evitar tanta canseira e tanta subida/descida de ônibus, a turma do bairro pensará que a melhor alternativa para chegar mais rá-pido ao centro via Praça da Sé é pegar ônibus e metrô, por exemplo pegar o micro-ônibus da linha 4031/10 (Parque Santa Madalena - Metrô Tamanduateí) e depois pegar duas linhas de metrô até chegar na Estação Sé do Metrô. Há também a linha 314J/10 (Parque Santa Madalena - Praça Almeida Jr.) no final ali no bairro da Liberdade, andando um pouco (cerca de 500 metros) também poderá chegar tranquilamente caminhando até a Praça João Mendes. E desequilibrando um pouco o número de passageiros da 4222, com certeza o público que descia ou na Praça da Sé ou na Praça João Mendes migrou ou pela linha 314J, que faz o caminho diferente, ou pagan-do mais caro utilizando ônibus e metrô.

Marisa V

anessa N. Cruz

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• Adamo Bazani

C A O S E M M A U Á

O sábado foi bastante complica-do para os cerca de 150 mil passageiros do sistema municipal de transportes de Mauá, na Grande São Paulo. Pelo menos quatro ônibus foram in-cendiados e três foram depredados. A Prefeitura de Mauá descredenciou as duas empresas operadoras do município: Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros. A Leblon conseguiu uma decisão ju-dicial que garante as operações no município. Já a Viação Cidade de Mauá não teve o mesmo êxito, o que gerou revolta por parte dos trabalhadores. Todos os ônibus danificados eram da empresa Suzantur, de propriedade de Claudinei Brogliato, que foi contratada emer-

PREFEITURA CASSA VCM ELEBLON; SUZANTUR ENTRA E RUAS VIRAM PRAÇA DE GUERRA

gencialmente. A Suzantur opera com ônibus usados da Oak Tree, companhia que saiu do sistema municipal de São Paulo por prob-lemas administrativos que, segundo a geren-ciadora dos transportes da Capital Paulista, SPTrans, resultaram em má prestação de serviços, manutenção irregular dos veículos e não pagamento de salários e direitos trabal-histas dos funcionários. De acordo com um dos motoristas da Suzantur, que por questões de segurança pediu para não ter o nome divulgado, o veí-culo que ele dirigia foi fechado por um ônibus da Viação Cidade de Mauá, conhecida tam-bém como Barão de Mauá, antigo nome da empresa “Eu estava chegando aqui no Ter-minal Itapeva, já manobrando, quando um ônibus da Viação Cidade de Mauá me fechou. Umas tinta pessoas, com uniformes

de mecânico, borracheiro, do pessoal interno, desceram, colocaram a mão pela janela do motorista, abriram a porta e destruíram o ôni-bus. Sorte que nem eu, nem o cobrador e nem passageiro se feriu” – disse o motorista. A Prefeitura de Mauá multou a Leblon Transporte em R$ 12 milhões e a Viação Cidade de Mauá em R$ 8,4 milhões e a s declarou inidôneas, sob a acusação de fraudarem o sistema de bilhetagem eletrôni-ca, gerenciada por uma empresa terceirizada, denominada PK 9. Um dos donos da Leblon Trans-porte, Ronaldo Issak, contesta a acusação. “É absurda essa acusação da prefei-tura. Não houve invasão nenhuma. Fomos treinados na própria sede da prefeitura pelo poder público para operar um software para que tivéssemos acesso aos dados das receitas da empresa, o que é previsto no próprio edital

PREFEITURA CASSA VCM ELEBLON; SUZANTUR ENTRA E RUAS VIRAM PRAÇA DE GUERRA

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PREFEITURA CASSA VCM ELEBLON; SUZANTUR ENTRA E RUAS VIRAM PRAÇA DE GUERRA

de licitação que vencemos. É uma manobra para nos tirar de circulação, com certeza. A Leblon quebrou um monopólio dos trans-portes em Mauá de mais de 30 anos” – disse Ronaldo Isaak. O Prefeito de Mauá, Donisete Braga, disse que além das “invasões” ao sistema de bilhetagem eletrônica, os serviços prestados em Mauá são ruins e que a população precisa ser melhor atendida. “Há dez meses estamos lutando e não vamos recuar para oferecer um transporte digno e de qualidade à população. São lamen-táveis estes fatos que ocorreram neste sábado. Mas não vamos nos intimidar. Estamos cri-ando um projeto novo para os transportes de Mauá. Além de novas empresas, que serão contratadas por licitação depois de seis meses que a empresa emergencial operar vamos ter outras novidades. Conseguimos R$ 79 mil-

hões de verbas do Governo Federal a fundo perdido para a reforma do terminal central e construção de outros três. Teremos um siste-ma integrado de GPS e telões nos terminais que informam o tempo de espera do ônibus para o passageiro. Vamos batalhar por um transporte melhor.”- disse Donisete Braga. O secretário de Mobilidade Urbana de Mauá, Paulo Eugênio Pereira Júnior, disse que no último mês a quantidade de multas por descumprimento de viagens contra as empre-sas de ônibus foi alto. “Depois que integramos o GPS tivemos uma noção melhor da falta de quali-dade do sistema. Aplicamos no último mês 2 mil e 600 multas contra as empresas por não cumprimento de viagens: 1800 por parte da Viação Cidade de Mauá e 900 por parte da Leblon” – disse Paulo Eugênio. A empresa Leblon contesta os dados e diz que houve distorção nos números. “Mais uma vez a prefeitura tenta induzir ao erro as autoridades e a opinião pública. De forma oficial, até este sábado, no ano de 2013 a empresa Leblon recebeu somente quatro notificações, relacionando nove autos de infração (multas) resultantes de cerca de 250 viagens que supostamente não foram realizadas, apuradas pelo sistema de GPS. Vale ressaltar que neste mesmo período já estávamos em vias de conclusão da substituição de todos os equipamentos de GPS, pois apresentavam problemas de transmissão de dados decorrentes de falhas de sinal de telefonia celular. Isso significa dizer que estas viagens não foram registra-das pelo sistema, o que é muito diferente de afirmar que elas não foram realizadas. Di-ante deste contexto apresentamos recursos administrativos nos dias 20 e 25 de setem-bro que somaram cerca de 900 páginas. Ou seja, o que há são 900 páginas de recurso e

não 900 multas, que ainda sequer foram jul-gadas. Nestes recursos foram apresentados todos os discos de tacógrafos (equipamento que registra velocidade e cumprimento de horário dos veículos), as FCVs (Fichas de Controle de Veículos, que registram a quilo-metragem percorrida, o número de giros de catracas, veículo, motorista, data e hora de operação). Além destes, apresentamos a relação de bilhetagem, demonstrando toda a movimentação de passageiros registrados na catraca, contendo data, hora de uso e núme-ro do Cartão DaHora (bilhete eletrônico da cidade)” – disse Ronaldo Issak, diretor da Leblon. A prefeitura instaurou um gabinete de gestão de crise com técnicos do poder público municipal, da SMU –Secretaria de Mobilidade Urbana, Polícia Militar, Polícia Civil, GCM – Guarda Civil Municipal e out-ros órgãos para garantir a segurança dos pas-sageiros e trabalhadores do setor de trans-portes. O delegado titular de Mauá, Alberto José Mesquita Alves, e o tenente-coronel do batalhão do ABC Paulista, Paulo Barthasar, não descartam que os atos de vandalismo tenham sido ações orquestradas. Eles relataram que os ônibus da empresa emergencial estavam sendo es-coltados pela PM e pela GCM. Por volta das seis horas da manhã, dois ônibus articulados da Viação Cidade de Mauá foram atravessa-dos no terminal central bloqueando o acesso dos outros veículos de transporte coletivo. Os carros da PM e da GCM que fa-ziam a escolta foram deslocados para o Ter-minal.Momentos depois, os ônibus foram incendiados. Não houve registros de feridos. Ninguém da Viação Cidade de Mauá foi localizado para comentar o assun-to.

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GUERRA • Ônibus da Oak Tree, a serviço da Suzantur em Mauá, foi incendiado, enquanto outros foram depredados nas ruas. Gabinete de crise foi instalado- Fotos: Adamo Bazani

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REVISTAINTERBUSSTHIAGO SIONESEROPÉDICA/RJ • GRANDTOUR

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• Do Site da Transpo [email protected]

Governo do Pará recupera pela primeira vez a PA-150 A rodovia PA-150, uma das princi-pais ligações da capital Belém com o interior do Pará, está recebendo pela primeira vez, desde agosto deste ano, uma obra de recu-peração completa, desde a sua inauguração, na década de 70. O trecho licitado, que cor-responde a cerca de 40 quilômetros de exten-são sendo 12 metros de largura entre pista e acostamento, vai da cidade de Jacundá, km 308, até Morada Nova, município de Marabá, km 414, como parte do sub-trecho da Região de Integração do Lago de Tucuruí, a aproxi-madamente 400 km de Belém. A obra está di-vidida em três etapas, compreendendo restau-ração do asfalto, construção de acostamento e sinalização. Para garantir a agilidade dessa obra, a empresa ganhadora da licitação CFA Con-struções, Terraplanagem e Pavimentação Ltda., que divide a execução com a Ameta Engenharia Ltda., trabalha com quatro re-cicladoras a frio Wirtgen, duas WR 240 e duas WR2400, que reutilizam 100% do ma-terial degradado na recuperação do próprio pavimento. “Usar essas recicladoras em obras de reabilitação rodoviária é a melhor alterna-tiva técnica e a opção mais econômica. Há estudos que comprovam que essa técnica da reciclagem a frio no local reduz em mais de 95% a demanda e custos de transporte. Isto, comparado aos métodos antigos de remover todo o pavimento e reconstruir camada por

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

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camada. A execução também é muito mais rápida, liberando rapidamente a pista para o tráfego”, reforça Juliano Gewehr, espe-cialista de Produtos da Ciber Equipamentos Rodoviários. José Irineu Ramos Júnior, gerente comercial da Deltamaq, representante do grupo Wirtgen no Amazonas e região, co-menta que “a WR 240 é uma evolução em relação à geração anterior, a WR 2400. Con-ta com alguns avanços técnicos, entre eles visualização total do trabalho com desloca-mento lateral da cabine de operação, câmera na parte traseira, menor raio de giro para tra-

balhos em espaços urbanos e possibilidades de utilizar até nove velocidades diferentes de corte, de acordo com o tipo e o nível de dureza do material a ser reciclado. As re-cicladoras Wirtgen são as únicas do mercado que possuem independência entre a caixa de reciclagem e o chassi da máquina”, explica. As obras vão utilizar ainda outras máquinas do Grupo Wirtgen, como as usinas de asfalto UACF 17 P1 e UACF 17 P2, as vibro acaba-doras Vögele Super 1100-2 e Ciber AF 4500 e os rolos compactadores Hamm 3411P e 3411. A previsão de término das obras é para dezembro de 2014.

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MB amplia acordo com a Wabco• Do Site da Transpo [email protected]

O acordo comercial entre a Wabco Holdings e a Mercedes-Benz do Brasil foi ampliado com o fornecimento – de longo prazo e exclusivo – de unidades de proces-samento de ar para equipar sistemas de freio de várias plataformas de caminhões médios e pesados da montadora. A produção em série iniciada durante o quarto trimestre de 2014. “Esse importante negócio com a Mercedes-Benz do Brasil representa mais

uma demonstração de que a Wabco con-tinua a entregar um mundo de diferença por meio da inovação tecnológica, conec-tividade global, qualidade e serviço de excelência”, afirma Reynaldo Contreira, presidente da Wabco South America. “Como única fornecedora de uni-dade de processamento de ar para sistemas de freio de caminhões médios e pesados da Mercedes-Benz, a Wabco mostra nova-mente sua capacidade em aumentar o uso de produtos da empresa, o que resulta em maior valor de conteúdo da marca por veí-culo”.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Comil inicia testes em suanova fábrica em Lorena/SP

A encarroçadora Comil está inici-ando, agora em outubro, a fase de tryout de sua montadora de ônibus urbanos em con-strução em Lorena, SP, marcando o início da pré-operação da unidade. O processo prevê inicialmente a recepção dos primeiros 120 colaboradores contratados para trabalhar na empresa, que farão uma visita à fábrica e con-hecerão o modelo Svelto, a ser produzido em Lorena.

TranspoOnline

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O primeiro navio rebocador movido a gás do mundo• Do Site da Transpo [email protected] A Rolls-Royce e a Sanmar Shipyard celebraram a conclusão do primeiro – de um total de duas unidades – rebocador movido a gás do mundo, em Istambul, na Turquia. A embarcação, equipada com dois motores Bergen C26:33L6PG movidos a gás natural liquefeito (GNL), foi entregue à norueg-uesa Buksér og Berging. O navio, no en-tanto, será operado pela companhia estatal de óleo norueguesa Statoil, no terminal de gás

Kårstø. A fabricante informa que os pa-cotes de propulsores da Rolls-Royce incluem tanque de combustível e sistema de abastec-imento, além de dois propulsores US35 azi-muth, que garantem aos rebocadores um rápi-do manuseio e capacidade de posicionamento. “O gás está ganhando popularidade como combustível usado pela indústria na-val. Suas credenciais ecológicas, combina-das com seu baixo custo, estão fazendo com que muitos operadores optem por utilizar o

gás em vez dos combustíveis tradicionais, em meio a uma gama de modelos de navios”, contou Francisco Itzaina, presidente da Rolls-Royce para a América do Sul. “A maioria das frotas do mundo operam próximas à costa, em que as regras para emissão de gás são mais rígidas. Como o GNL se tornou mais acessível, não tenho dúvidas de que muitos dos grandes portos irão, em breve, optar por esse combustível que é mais limpo, barato e não emite fumaça para abastecer seus reboca-dores”, analisou.

A construção da nova unidade está praticamente acabada. “O momento agora é de fazer os testes iniciais em todas as etapas de linha de produção já com a participação dos funcionários”, informa Weber. A par-tida efetiva da planta deverá ocorrer no início de janeiro de 2014. Os trabalhadores contratados fre-quentaram nos últimos 50 dias treinamen-tos realizados pelo Senai e pela própria empresa para atuar na linha de montagem e produção de peças da montadora. Do

total, 80% são moradores de Lorena, con-firmando o compromisso da Comil de fo-mentar o emprego no município. O projeto da fábrica, que terá capacidade de produção de 12 ônibus ur-banos por turno, exigiu investimentos de R$ 110 milhões. Com a nova operação, a Comil vai transferir a produção de ônibus urbanos da unidade de Erechim (RS) para Lorena, elevando em mais de 100% sua capacidade produtiva desse tipo de veí-culo.

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20/10/13 • REVISTAINTERBUSS20

D E U N A I M P R E N S A

• Do Site da Transpo [email protected]

Anfavea propôe uma versão do “Inovar” para máquinas

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De acordo com a mesma proposta do Inovar-Auto, que protege a indústria nacional de veículos em relação aos produtos importa-dos, agora, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) propôs ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a criação do Inovar-Máquinas (Programa de Desenvolvi-mento da Indústria de Máquinas Autopropul-sadas), com a intenção de proteger a indústria nacional de máquinas agrícolas, rodoviárias e de construção contra o fantasma da invasão chinesa, sobretudo. Com a iniciativa, a Associação prevê a melhoria da competitividade nos segmentos alvos. “Se o projeto de novas tecnologias de propulsão, entregue em julho, foi a primeira missão impossível realizada por esta gestão da Anfavea, este definitivamente é a segunda missão impossível que conseguimos cumprir.

A proposta para que o segmento possa se re-industrializar é um consenso entre nossas as-sociadas e também temos concordância formal da Abimaq”, comentou Luiz Moan Yabiku Ju-nior, presidente da Anfavea. Entre os anos de 2007 a 2012, a par-ticipação dos importados nas vendas internas de máquinas de construção e rodoviárias regis-trou significativa taxa anual de crescimento de 46%, que resultam atualmente, em 1/3 do total das comercializações. Segundo as pessimistas previsões da Anfavea e Abimaq, este volume chegará a 50% do mercado até 2018, caso o ritmo de crescimento dos importados seja mantido. Volume este, muito mais significa-tivo frente aos importados dos segmentos de carros de passeio e veículos comerciais. No setor de máquinas agrícolas, so-ma-se o fato de que o setor perdeu competitivi-dade para exportar e que os planos de investi-mentos de novas empresas indicam tendência

para produção com CKD. “O Brasil é hoje o segundo maior mercado de colheitadeiras do mundo, mas ainda é preciso melhorar os índi-ces de competitividade para atrair novos inves-timentos e garantir produção local completa, que permitirá o desenvolvimento não só do segmento, mas de toda sua cadeia produtiva”, analisou Yabiku Jr. A proposta do Inovar-Máquinas foi baseada no Inovar-Auto e prevê o aumento da aquisição de insumos e peças brasileiras, incentivo ao investimento e crescimento das compras de máquinas industriais. Os setores de máquinas agrícolas, rodoviárias e de con-strução faturaram, juntos, US$ 10,3 bilhões em 2012, sendo que realizaram R$ 1,2 bilhão em investimentos no período. Estes segmentos representam 2% no PIB industrial brasileiro e contemplam 21 fábricas, 21,6 mil empregos diretos e mais de 1.100 concessionárias em todo o País.

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REVISTAINTERBUSS • 20/10/13 21

SPTrans corta linhas em massa alegando “reorganização de linhas”; mas o faz de modoa convencer de que essa mudança realmente muda algo

Cortando linhas

Em meio ao polêmico descreden-ciamento de todo o Consórcio Leste 4, que opera a área 4-Leste da cidade de São Paulo, a SPTrans, gestora do transporte municipal, está fazendo uma série de seccionamentos de linhas de ônibus. Seccionamentos são cortes de linhas em pontos chave do trajeto, fazendo o usuário utilizar uma segunda ou, em alguns casos, até uma terceira condução para chegar ao destino final da linha seccionada. O prob-lema é que alguns desses seccionamentos não facilitam em nada a vida do usuário. Aliás, nem o seccionamento nem as opções que a SPTrans disponibiliza. Um exemplo de como um secciona-mento mal feito dificulta a vida do usuário foi o seccionamento da linha 477U/10 Heliópolis-Shopping Iguatemi, da área 5. Recentemente a linha foi seccionada no Metrô Vila Mariana e virou 477U/10 Heliópolis-Metrô Vila Mari-ana. As alternativas que a SPTrans recomen-dou para essa linha são, no mínimo, estranhas: a primeira é a linha 677A/10 Terminal Jardim Ângela-Metrô Vila Mariana. Nesta opção, se-gundo a SPTrans, o usuário deveria se dirigir até o Metrô Vila Ana Rosa, utilizando-se de uma de duas outras linhas citadas – que real-mente passam por lá – e pegarem a 677A até o Shopping. Só que a 677A não passa direta-mente perto do Shopping. Ela cobre parte do trajeto mas não vai diretamente ao seu desti-no. Além do mais, a própria 677A passa pelo Metrô Vila Mariana. No entanto, passa por outra saída, na do sentido bairro. Logo, faz o passageiro pegar um segundo ônibus quando, na realidade, nem precisaria. Outra alternativa que a própria SP-Trans sugeriu foi a 857A/10 Terminal Campo Limpo-Metrô Santa Cruz. Neste caso, o itin-erário é bem mais parecido com a da antiga 477U/10, passando, inclusive, pelo antigo pon-to final, em frente ao Shopping Iguatemi. Mas o problema é fazer com que o usuário tenha de pegar outra condução para poder fazer integra-ção com essa linha. Por que simplesmente não esticar o itinerário da linha até o Metrô Santa Cruz para que, de lá, o usuário pudesse pegar uma segunda condução com maior conforto? Há ainda uma terceira opção, não sugerida pela SPTrans, a 477A/10 Sacomã-Pinheiros. Mas, nesse caso, o passageiro tam-bém teria de pegar outra condução para poder utilizar essa linha. Neste caso, a linha poderia também ter sido cortada no Metrô Ana Rosa para poder facilitar o acesso à integração. No que se refere à própria 477U, seu seccionamento não foi algo incontestável. A lotação da linha, desde o início dos anos 2000,

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

não era das melhores. Carregava bem mais passageiros quando seguia até a USP. Depois que foi seccionada no Shopping Iguatemi, há alguns anos, perdeu muito de sua demanda. De todo o modo, o direito de integração daqueles que utilizavam a linha em toda a sua extensão ou, ao menos, aos locais por onde ela passava anteriormente deve ser garantido com o menor número de integrações possível – até para evi-tar perda de tempo. Como já escrevi em colunas anteri-ores, não sou contra seccionamentos. No en-tanto, eles tem de ser: - lógicos e que não dificultem ainda mais a vida do passageiro do transporte coletivo;

- haver o mínimo de espera possível entre a linha cortada e a sua alternativa;- haver uma ou várias alternativas que façam com que o usuário do transporte possa chegar ao seu destino de forma ainda mais rápida e direta que a anterior;- um aumento na quantidade de veículos da linha que o usuário passará a utilizar, de modo que ela seja realmente uma alternativa. Infelizmente, mesmo nas sugestões que mencionei, poucas destas qualidades estão presentes. E sem essas qualidades, fica dificil convencer o passageiro do transporte coletivo paulistano de que algo realmente está mudan-do para melhor.

LINHAS • Linha 477U, antes de ser cortada no Metrô Vila Mariana e suas duas alternativas mais lógicas, 857A e 477A (fotos 2 e 3): cobrem parcialmente o itinerário da 477U mas o usuário precisa pegar uma condução para chegar até os locais por onde passam ou partem essas linhas

José Euvilásio Sales Bezerra

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M E C Â N I C A D E P E S A D O S

O 2º eixo dianteiro dirigível propi-cia além do aumento de carga transportada pelo veículo, uma dirigibilidade mais segura. Uma correta análise de distribuição de cargas e do entre-eixos, permite um car-regamento certo, possibilitando um ganho na carga líquida em cerca de 30%, em média. In-stalado em um caminhão, o 2º eixo dianteiro dirigível já é amplamentecomercializado, principalmente, na Europa e a partir de 2004 começou a despertar maior interesse ao trans-portador brasileiro. Desde então, segundo Daniel Holz, gerente Comercial da empresa Posto de Mo-las Erechim, sua aceitação só tem aumentado em função de ter uma ótima relação custo/benefício. Paulo Machado, diretor da MM Componentes para Implementos Rodoviarios Ltda, concorda e enfatiza que “gradativa-mente observa-se uma aceitação crescente dessa adaptação no mercado”. Segundo Holz, isso tudo porque a principal função é alterar o PBT (Peso Bruto Total) do veículo de 23.000 kg para 29.000 kg, proporcionando um considerável aumen-to na capacidade de carga do caminhão, em média, 5.000 kg de carga líquida. Esse tipo de alteração tem se de-stacado em caminhões que trabalham em mineração, construção civil, transportes de combustíveis, grãos, carga seca e na agro-indústria para o transporte de carga viva e resfriada. “Enfim, está sendo bem aceito para o transporte de todos os tipos de carga”, diz Holz. O 2º eixo dianteiro dirigível propi-cia além do aumento de capacidade de carga transportada pelo veículo, uma dirigibili-dade mais segura e maior estabilidade. Além disso, não danifica a pavimentação de ruas e rodovias, pois mantém uma equilibrada distribuição de carga por eixo e possibilita,

O AUMENTO DA PROCURA PELO EIXO DIRECIONAL ADICIONALEnquanto em ônibus o terceiro eixo direcional é cada vez mais procurado, nos caminhões aprocura maior é pelo segundo eixo direcional. Leia um pouco mais sobre essas adaptações

também, um melhor aproveitamento do CMT (Capacidade Máxima de Tração do Veículo).

Cuidados Necessários A manutenção do 2º eixo dianteiro é semelhante ao do 1º dianteiro, mesmo perío-do de lubrificação, alinhamento, reaperto de feixes de molas, regulagem de freios, quando estes não forem automáticos. Sua vida útil varia muito em função da qualidade do ma-terial empregado na sua montagem, correta

manutenção, condições das estradas e se o veículo trabalha ou não dentro da Lei da Bal-ança, sem excesso de peso. Para fazer a sua instalação, o camin-honeiro deve observar se existe um ambiente de trabalho organizado, com pessoal real-mente competente, responsável, comprometi-do, com ferramental e instalações adequadas e com um projeto de mecanismo de direção que realmente irá funcionar no veículo. “O intuito é trazer bons resultados ao cliente e

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O AUMENTO DA PROCURA PELO EIXO DIRECIONAL ADICIONALEnquanto em ônibus o terceiro eixo direcional é cada vez mais procurado, nos caminhões aprocura maior é pelo segundo eixo direcional. Leia um pouco mais sobre essas adaptações

não apenas problemas futuros”, diz Holz. Segundo Paulo Machado, é inad-missível que qualquer oficina faça a instala-ção do 2º eixo direcional. A colocação do 2º eixo não se trata simplesmente da instalação de equipamento tipo truck (3º eixo) onde até um simples “serralheiro” constrói as peças e instala no veículo. Para cada modelo entre-eixos, bem como a posição de instalação do 2º eixo direcional, há uma regulagem especí-fica dos braços de direção para que as rodas/

pneus, ao fazer uma curva, obedeçam aos ân-gulos da trajetória correta, ou seja, obedeçam a geometria de Ackerman. Este cálculo so-mente é possível se a empresa que constrói e instala o 2º eixo direcional tenha pessoal técnico altamente capacitado, por exemplo, engenheiros com conhecimentos em sistemas de direção veicular. Outra empresa tradicional na insta-lação do 2º eixo direcional é a Germani Eq-uipamentos. Segundo seu, diretor Comercial,

Guilherme Novakowski, toda transportadora que faz conta, hoje, está entrando no mer-cado, seja fazendo teste em um veículo, ou existem casos onde toda a renovação da frota já acontece com o 2º eixo direcional. “Com o aumento de carga útil trans-portada, na faixa de 33%, o caminhão passa a apresentar uma melhor proporção de rendi-mento para o dono, quando comparado com o três eixos. Com o eixo direcional você, também, passa a ter mais estabilidade com o caminhão e melhor distribuição de carga”, diz Novakowski. A manutenção é simples. No conjun-to direcional é preciso avaliar o nível de óleo na caixa de direção, engraxar periodicamente os braços de ligação e conferir os apertos das barras de direção. “Desde que bem conser-vado, o equipamento terá uma vida tranquila de 10 anos para mais”, diz Novakowski. Paulo Machado, diretor da MM Componentes para Implementos, salienta que a frequência de manutenção deve obedecer aos mesmos períodos de outros componentes do veículo, no caso direção, suspensão dian-teira e eixo dianteiro. Podem ser efetuados na própria rede de concessionárias da marca, na própria oficina ou ainda em oficinas especial-izadas. “O sistema de direção, pelo fato de ser item de segurança e requerer uma geometria adequada para cada modelo de veículo, e o alinhamento de direção devem ser feitos pe-riodicamente (recomendado entre 10.000 e 15.000 km), com pessoal especializado e trei-nado. Quando o assunto é vantagem, Machado aponta a amortização do investi-mento a curto prazo, portanto maior rentabili-dade no frete. Já como desvantagem ele men-ciona o caso do usuário não fazer as devidas manutenções e alinhamentos. Isso ocasiona, por exemplo, um aumento no consumo de pneus. (Graziela Potenza)

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R E D E S O C I A LO SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

SÃO PAULONa foto, o diretor da Apollo ÔnibusPeças e Serviços, Wagner Franco, estáao lado do presidente da cooperativade transporte alternativo de Campinas Cooperatas, sr. Valter, queesteve na visita à fábrica da Walkbus,em São Paulo, na última quarta-feira.Na ocasião, Wagner apresento ao sr. Valter e a outros cooperados aprodução dos veículos da marca,que está com forte presença na cidade.

O Baú do Reginaldo

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1º • Flecha AzulRestaurado

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

As fotos e os relatos das viagens continuampipocando em todas as redes sociais.A ação proporcionada pela ViaçãoCometa na restauração do carro 7455tem sido um enorme sucesso, tanto queaté ofuscou outras ações de outrasempresas que fizeram alguns trabalhosrecentemente, pegando carona cominiciativas de divulgação através decolecionadores. Mais uma vez, foi oasusnto mais comentado da semana

2º • Confusões naGrande São PauloOs últimos acontecimentos nas cidadesde São Paulo e de Mauá ficaram entreos mais comentados nas redes sociais.Com a cassação dos contratos dasempresas Leblon e Viação Cidade deMauá, e a posterior queima dos ônibus aserviço da Suzantur, além do início doPAESE na área quatro de São Paulo coma cassação da Itaquera-Brasil, os comentários pipocaram nas redes.

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

SÉRGIO CARVALHOMarcopolo Paradiso GV 1800DD Scania K113TLB - Pássaro DouradoPublicado no perfil pessoal do autor

O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

O colecionador ReginaldoVieira, de Piracicaba, estápublicando boa parte deseu acervo nas redes sociais.Ao lado, alguma dasfotos de sua autoria.Colecionador há muitosanos, Reginaldo temótimas raridades em seu acervo. Atualmentetrabalha como motoristade ônibus, sua grandepaixão. Confiram osregistros nas redes!

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

A Prefeitura de Mauá divulgou as linhas da Viação Cidade de Mauá que a partir deste sábado serão operadas pelos ônibus da Suzantur em caráter emergencial. São apenas 50 ônibus que eram da Oak Tree para uma frota atual de mais de 200 ônibus na cidade. A Justiça garantiu que mesmo com o descredenciamento, a Leblon continua com o direito de operar em Mauá. A Viação Cidade de Mauá entrou nesta sexta-feira com mandado de segurança, mas o pe-dido ainda é analisado pela Justiça. As linhas da VCM que vão ter os ônibus da Suzantur, de Claudinei Blogliatto, são:31 – Parque São Vicente41 – Vila Mercedes89 – Zaíra Radial101 – Jardim Itapark131 – Jardim Itapeva

ENTENDA O CASO: O prefeito de Mauá, Donisete Bra-ga, publicou na manhã desta sexta-feira, dia 18 de outubro, a recisão dos contratos com a Viação Cidade de Mauá, operadora do lote 01 do município, e com a Leblon Transporte de Passageiros, que presta serviços no lote 02. Ainda de acordo com a publicação, também

foi aberto processo administrativo para a re-alização de uma licitação do sistema. O ato, no entanto, não afeta a Leb-lon que nesta quinta-feira, dia 17 de outubro, conseguiu liminar que atende mandado de se-gurança.A decisão, em caráter liminar, da Justiça de Mauá torna nula qualquer ação administra-tiva contra a empresa. CONCEDO a liminar, para o fim de suspender os efeitos de eventual decisão administrativa que, declarando a caducidade, venha a impedir a continuidade das opera-ções da impetrante dentro de seu objeto con-tratual. Por consequência, fica prejudicada a contratação emergencial doutra empresa, acima mencionada, até o julgamento deste mandado de segurança”.

EMPRESA DE ÔNIBUS SUSPEITOU DE FORMA DE CONDUÇÃO DA PREFEITURA: O que fez a Leblon entrar com o mandado de segurança, segundo a empresa, foi a forma como a Prefeitura de Mauá con-duziu o processo administrativo para a “cadu-cidade” dos contratos. De acordo com os autos na Justiça, aos quais o Blog Ponto de Ônibus teve aces-so, a empresa Leblon protocolou recurso na

esfera administrativa no dia 30 de setembro. No dia seguinte, 1º de outubro, ou seja, ainda dentro do prazo de análise do re-curso, a Prefeitura de Mauá elaborou uma carta-convite à empresa de ônibus Mobi-Brasil, que presta serviços em Diadema e na Capital Paulista. Na carta, a Prefeitura ainda estipula-va o prazo de apenas 48 horas para a empresa convidada começar a prestar serviços. Em nota, a empresa de ônibus Leb-lon diz que o mandado de segurança foi ne-cessário devido às movimentações que ocor-riam na cidade. “A Leblon Transporte de Passage-iros tomou conhecimento do convite da Prefeitura para outras empresas de ônibus mesmo dentro do prazo de análise de recur-so. Isso evidenciou que na prática, o direito de defesa não seria respeitado apesar dos trâmites burocráticos e que a decisão já es-tava tomada mesmo sem análise adequada. E foi o que aconteceu. Mas a Justiça reconhe-ceu o risco deste ato, tanto à empresa como aos transportes na cidade, e concedeu o man-dado de segurança” A Prefeitura de Mauá, para cancelar o contrato, alega que as empresas Viação Ci-dade de Mauá e Leblon Transporte “invadi-

Donisete Braga publica cancelamento de contrato com a Viação Cidade de Mauá e com a Leblon Transporte. Ato administrativo, no entanto, não vale para a empresa Leblon que conseguiu mandado de segurança que anula suspensão de contrato

Prefeitura de Mauá publica cancelamento de contrato com a Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte

EX-OAK TREE • Ônibus que era da empresa Oak Tree, agora com o nome Suzantur, em pátio da antiga Phillips. Donisete Braga cancelou contrato com Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros. Mas ato administrativo contra a Leblon perdeu efeito depois de liminar na Justiça em favor da empresa. Foto: A. Veloso

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ram os dados do sistema de Bilhetagem Ele-trônica” e abriu uma sindicância que multou a Leblon em R$ 12 milhões e a VCM em R$ 8,4 milhões, declarando também as empresas inidôneas. A sindicância é contestada na Justiça. A ação da prefeitura é vista pela empresa Leblon como uma forma de pos-sibilitar, de forma indireta o retorno do monopólio dos transportes na cidade. A prefeitura nega. O Blog Ponto de Ônibus também revelou que uma frota de ônibus está guar-dada nas antigas instalações da fábrica Phillips, no Capuava, perto do limite com o município de Santo André. A maior parte desta frota, que leva o nome da empresa de fretamento Suzan-tur, de Claudinei Brogliatto, é formada por ônibus usados que eram da Oak Tree, companhia que parou de prestar serviços na Capital Paulista por problemas administra-tivos que, segundo a gerenciadora SPTrans, resultaram em má prestação de serviços e atrasos nos pagamentos de funcionários. Em entrevistas anteriores, inclu-sive ao Blog Ponto de Ônibus, o prefeito Donisete Braga negou perseguição à em-presas de ônibus e disse que as ações são para a prefeitura retomar o controle do sistema e melhorar a qualidade dos trans-portes.

RECURSO DA LIMINAR. A Prefeitura de Mauá informou, pela assessoria de imprensa, que o jurídico munic-ipal recorre da liminar. A previsão era de que apenas 50 ônibus começassem a operar neste

sábado em algumas linhas dos dois lotes que somam 260 ônibus. Com a liminar em prol da Leblon sendo mantida, a partir deste sábado a Suzan-tur com os ônibus usados da Oak Tree deve prestar emergencialmente serviços apenas no lote 01, da Viação Cidade de Mauá.

NOTA DA PREFEITURA DE MAUÁ: Através de contratação emergencial firmada pela Prefeitura com nova empresa, a administração municipal vai substituir neste sábado (19/10), 50 ônibus da atual frota oper-ada pelas duas concessionárias do serviço de transporte coletivo da cidade. A meta é sub-stituir todos os 200 ônibus da frota que serve à cidade no prazo de 30 dias.A contratação emergencial foi necessária uma vez que as duas atuais concessionárias já foram declaradas inidôneas por fraude no sistema de bilhetagem, além de não cum-prirem os contratos, manterem uma frota sucateada e sem conforto para o usuário, não cumprirem os horários e nem as ex-igências da Prefeitura por uma prestação de serviço mais qualificada. A medida faz parte do projeto do novo e moderno sistema de transporte co-letivo de Mauá, que será completado no primeiro trimestre do próximo ano, quando entra em vigor a integração tarifária entre ônibus e trem, autorizada nessa semana pelo governo do Estado, que vai custar R$ 5,50 proporcionando economia de R$ 1,00 por dia para o passageiro. A prefeitura quer oferecer um sistema com mais conforto, agilidade e tarifas justas. Para tanto, pre-cisa retomar o controle do sistema de trans-portes da cidade.

Além da integração tarifária, o novo modelo de transporte coletivo do mu-nicípio prevê medidas como a reforma do Terminal Central, a construção de um novo Terminal e paradas de ônibus, implantação de corredores exclusivos para os ônibus, instalação de painéis eletrônicos para in-formar (via GPS) o tempo de espera para a chegada e partida e ampliação do poder de fiscalização e gerenciamento do sistema. A Leblon contesta as afirmações de que teria fraudado o sistema e de que presta um mau serviço. “Em diversas oportunidades, o pre-feito Donisete Braga elogiou os serviços da Leblon. A empresa possui certificados ISO 9001 e ISO 14001, de qualidade e respeito ao meio ambiente. Em pesquisa realizada pela empresa especializada Tectrans, os serviços da Leblon tiveram 94% de avalia-ção positiva dos passageiros. A informação de que a frota é sucateada não reflete a real-idade. Os ônibus têm menos de três anos de uso, passam por rigorosas inspeções e toda a frota oferece acessibilidade. Os veículos são dotados de equipamentos de segurança, como câmeras para controle das operações e da movimentação de passageiros, GPS e dispositivos de monitoramento da presta-ção de serviço. Recentemente, o Grupo Leblon recebeu o troféu prata do Prêmio de Qualidade da ANTP – Associação Nacio-nal dos Transportes Públicos, um dos mais respeitados do setor de transportes. Toda a frota foi vistoriada pela própria prefeitura que deu 100% de aprovação aos ônibus da Leblon” Ninguém da Viação Cidade de Mauá foi localizado para comentar.

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