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ROTA, DA BAHIA, ADQUIRE 27 NOVOS ÔNIBUS MARCOPOLO Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 171 17 de Novembro de 2013 Verba já foi liberada pelo Governo Federal e obras do Governo do Estado devem começar em breve GUARULHOS TERÁ METRÔ E CORREDORES GUARULHOS TERÁ METRÔ E CORREDORES

Revista InterBuss - Edição 171 - 17/11/2013

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 171 - 17/11/2013

ROTA, DA BAHIA,ADQUIRE 27NOVOS ÔNIBUSMARCOPOLO

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 171 17 de Novembro de 2013

Verba já foi liberadapelo Governo Federal e obrasdo Governo do Estado devem começar em breve

GUARULHOSTERÁ METRÔE CORREDORES

GUARULHOSTERÁ METRÔE CORREDORES

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

Page 3: Revista InterBuss - Edição 171 - 17/11/2013

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 171 - 17/11/2013

Página 13

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 20 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Informalidadeprossegue nalinha Interpraiasde Caxias do SulServiço foi melhorado com aentrada da empresa Caxiense notrecho, porém a organizaçãoainda deixa a desejar 08

METRÔ CHEGARÁ A GUARULHOS

Obras devem começar em breve

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Ônibus de doisandares de Londres circulamhá 160 anosTradição na cidade, os ônibusvermelhos fazem a festados turistas 07

METRÔ CHEGARÁ A GUARULHOS

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 17

MECÂNICA DE PESADOSA manutenção da suspensão a ar 14

Página 13

ANO 4 • Nº 171 • DOMINGO, 17 DE NOVEMBRO DE 2013 • 1ª EDIÇÃO - 23h01 (2ª)

EDITORIALO Bilhete Único Mensal em SP 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 12

METRÔ CHEGARÁ A GUARULHOS

Excepcionalmente, nesta semana não publicamosa coluna de José Euvilásio, que volta a ser publicada napróxima semana. Agradecemos a compreensão!

Vem aí o especial de final de ano da Revista InterBuss. Não percam!Grandes reportagens e conteúdo exclusivo! Aguardem!

PÔSTERBusscar Vissta Buss HI 10

Sérgio Carvalho

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzA VVR 2013 9

COLUNISTAS Adamo BazaniSuperaquecimento no BRT do Rio 16

| Viagens & Memória

Coberturaespecial sobrea exposiçãoVVR 2013 em SPA colunista Marisa Vanessa N.Cruz conta todos os detalhesda maior feira de ônibusantigos do país 09

| Deu na ImprensaRota Transporteadquire 27 novosônibus daMarcopoloEntre o lote estão seis unidadesdo Viale BRT, veículo urbanotop de linha da empresa 12

OBSERVAÇÃO:

NESTA SEMANA TRAZEMOS UMA EDIÇÃOREDUZIDA, COM MENOR CONTEÚDO, EM CARÁTER EXCEPCIONAL. NA PRÓXIMA SEMANA VOLTAMOS COM A EDIÇÃO NORMAL.AGRADECEMOS A COMPREENSÃO DE TODOS.

METRÔ CHEGARÁ A GUARULHOS

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A cidade de São Paulo implanta nos próximos dias um inédito sistema de bilheta-gem, o tão falado Bilhete Único Mensal. Por R$ 140,00, o usuário do transporte público pau-listano poderá usar quantos ônibus quiser, em qualquer sentido, durante 30 dias. À primeira vista, a medida parece ser interessante, mas não é. Menos de 10% dos usuários do transporte pau-listano será beneficiado com o sistema. Para ser vantajoso, uma pessoa teria que usar o sistema praticamente o dia todo. Levando em consideração que uma pessoa utiliza viagens de ida e de volta para o trabalho de segunda à sábado, soma-se um total médio de 26 dias de uso. A uma passagem de três reais, sendo uma ida e uma volta, totaliza-se cerca de R$ 156,00 apenas R$ 16,00 a mais que o valor do Bilhete Mensal. Se o mês tem dois fe-riados, a economia cai para apenas R$ 4,00. Ob-viamente que tudo isso, se fosse o usuário quem pagasse o Vale Transporte, sendo que esse ônus é do empregador, ou seja, o usuário final não tem vantagem alguma. Para estudantes, a vantagem não existe, pois mesmo pagando um valor menor no Bilhete Único, é mais compensador que seja feita a recarga periódica no valor com desconto. O bilhete único mensal mostra-se vantajoso apenas para pessoas que utilizam o transporte público diariamente, de segunda a do-mingo, que não recebem vale-transporte ou não têm outros benefícios, como o desconto no passe escolar. Do contrário, não há nenhuma vanta-

gem. O número de pessoas inscritas para a com-pra do novo bilhete se justifica: apenas 120 mil pessoas em um universo de mais de 10 milhões. A própria população vai ver com o tempo que o valor cobrado para o uso ilimitado do cartão é muito mais alto do que se pode pagar em uma passagem diária com direito a integração de três horas. Talvez haja uma vantagem maior quando for possível a integração do Bilhete Único Men-sal com outros modais, como o Metrô e os trens da CPTM, pois se não houver a cobrança do valor da diferença integrada, com certeza haverá um benefício maior para o usuário. Do contrário, a desvantagem continuará. Na época das eleições, no ano passado, diversos cálculos já apontavam que a bilhetagem mensal beneficiaria um número muito pequeno de usuários, dado o seu valor total cobrado todos os meses e suas características, ainda mais em uma cidade onde já há integrações generosas, chegan-do a até oito horas aos domingos, possibilitando que uma família possa ir e voltar com apenas uma cobrança de passagem por usuário. Na cidade de Campinas houve também a intenção de implan-tação do mesmo bilhete, conforme proposta do candidato petista derrotado no pleito, porém lá a desvantagem seria ainda maior, pois o valor seria de R$ 150,00. A medida do candidato vencedor foi de muito maior valia: aumentou-se o tempo de integração de 1h30m para 2 horas, possibilitando que todos os usuários fossem beneficiados, além da meia tarifa um domingo por mês com possibili-

O Bilhete Único Mensal

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial dade de aumento para todos os domingos.

É notável que foi uma tentativa de ilu-dir o eleitor a proposta do bilhete único mensal, apesar do modelo já ser utilizado há algum tempo em diversos países desenvolvidos, porém o valor cobrado em São Paulo ainda é alto. Seria mais interessante um valor menor para que mais pes-soas tivessem acesso, e com alguma vantagem. O valor de R$ 140,00 é o equivalente a um pouco mais que 46 passagens, suficientes para o uso du-rante 23 dias, ida e volta. Para o trabalhador, que é o maior usuário do transporte público, a vanta-gem é zero pois não é ele quem faz o pagamento da passagem, conforme já citamos aqui, e foi para ele que o então candidato Fernando Had-dad ofertou essa proposta. Seria interessante que fossem feitos cálculos durante o horário eleitoral gratuito para que o eleitor tivesse a oportunidade de conhecer a proposta um pouco mais a fundo. Infelizmente, aqui no Brasil as campanhas são quase sempre muito vazias, pois as propostas são fracas e quase nunca implantadas. No caso do Bilhete Único Mensal, pode-se comemorar pois ao menos ela foi implantada, mas poderia ter sido um pouco mais esclarecida a quem real-mente vai usufruir do serviço. Outras propostas também deveriam ser melhores esclarecidas du-rante o período eleitoral, sobretudo aquelas mira-bolantes, onde nunca é indicado de onde irá sair a verba para a execução, e isso é muito importante que o contribuinte saiba, afinal, é o dinheiro dele que estará sendo usado. Esperamos que a popu-lação possa ser realmente beneficiada com o Bil-hete Único Mensal, mesmo com as contas most-rando totalmente o contrário. O usuário precisa de novidades no transporte, algo que melhore a qualidade de vida de todos.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• Jornal Hoje [email protected] Eles fazem de Londres uma cidade mais colorida. Vermelhos, com dois andares, os ônibus britânicos são inconfundíveis. Eles estão presentes no país inteiro, mas viraram símbolo da capital. Quando o repórter aparece na frente de um deles, o telespectador já sabe: está em Londres. E eles estavam lá, nos momentos históricos: nos bombardeios que Londres sofreu na segunda guerra mundial, eles tam-bém foram atingidos. E na festa da vitória, estavam lá misturados à multidão. Eles já fazem parte da paisagem de londres há 166 anos. No começo, eram puxa-dos a cavalo e não fizeram muito sucesso, principalmente entre as mulheres, que acha-vam desconfortável e deselegante ir para o andar de cima com aqueles vestidos enormes. Mas os londrinos descobriram que eles eram uma boa maneira de aliviar o trân-sito. Mesmo na época das charretes, a cidade já era engarrafada... Com o tempo, o motor substituiu os cavalos, os pontos passaram a ter um painel eletrônico mostrando quanto tempo os ôni-bus vão demorar para chegar ali. E alguns têm um conforto extra para idosos e cadei-rantes: descem uma rampa e até dão uma abaixadinha. O ônibus é uma maneira barata e confortável de conhecer a cidade. O banco da frente do andar de cima é o lugar mais dis-putado pelos turistas. É só a gente virar uma esquina e dá de cara com o Big Ben. De cima do ônibus, a gente tem uma visão privilegiada da cidade e é uma boa ma-neira de conhecer a cidade onde chove fre-

Internacional

HISTÓRICOS • Frota inclusive já foi renovada, com a aposentadoria dos modelos antigos

A S E M A N A R E V I S T ADE 10 A 16 DE NOVEMBRO DE 2013

REVISTAINTERBUSS • 10/11/13 07

Ônibus vermelhos e comdois andares já viraramsímbolo de mobilidade eturismo na capital daInglaterra

Símbolo de Londres, osDouble Decker rodam há 160 anos pela cidade

Divulgação

quentemente. E se alguém convidar você para um passeio de ônibus à noite, aceite na hora. Do alto, dá para ver a cidade iluminada. Dá pra ver Big Bem, ao cruzar o Rio Tâmisa, surge a roda gigante... e o ônibus é que dá a melhor

visão da Tower Bridge, outro símbolo da ci-dade. De ônibus, os turistas conhecem Londres e ao, mesmo tempo, experimentem a sensação de circular pela cidade como se fossem londrinos.

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Linha Interpraias entre Caxias e Praia Paraíso mantém-se informal

A S E M A N A R E V I S T ASul

• Zero Horaa@terra. com.br A linha de ônibus Caxias—Paraíso, em Torres — via Rota do Sol e Interpraias —, mudou da modalidade comum para a semidireta. Na prática, apesar de algumas al-terações, a essência informal do tradicional roteiro ainda é praticamente a mesma, como há décadas. A modificação se deu, segundo as empresas Expresso São Marcos e Expresso Caxiense, para acompanhar a oferta de mais conforto ao usuário, já que o serviço já vinha sendo oferecido com ônibus de melhor quali-dade. Nas linhas comuns, por exemplo, a disponibilização de banheiro no carro não é necessária. Outro argumento para a mudança, que foi aprovada pelo Daer, é que durante a maior parte da estrada não há paradas para pegar passageiros. Isso acontece apenas no início do retorno de Paraíso para Caxias. Na ida, por exemplo, a única parada entre Caxias e Curumim é no Monumento ao Imigrante, no bairro Lourdes, onde alguns passageiros que já têm bilhete embarcam, por residirem no entorno. Apesar disso, a tradicional Interpra-ias via Rota do Sol insiste em manter algumas das mais antigas tradições de informalidade. Depois que chega em Curumim, praia que pertence ao município de Capão da Canoa, o ônibus percorre a Avenida Interpraias pas-sando por Arroio do Sal e chegando até a Praia Paraíso, no Sul de Torres. No caminho, os passageiros podem descer onde desejarem, dentro do itinerário da linha. Nesse sentido, o tradicional pinga-pinga se mantém muito bem, obrigado. Muitas das pessoas que viajam até já conhecem os motoristas, que mantêm praticamente uma relação de amizade com o público. Tal relação é possível graças a uma longa história. O Expresso São Marcos, por exemplo, percorre a linha via Rota do Sol há cerca de 50 anos, quando a rodovia que liga a Serra ao Litoral ainda era toda de chão batido. O Expresso Caxiense também faz a interpra-ias há décadas, mas o itinerário via Rota do Sol é mais recente. Pela Rota, se hoje o caminho é feito em cerca de quatro horas, antigamente de-morava em média 10 horas, algumas vezes chegando a 15. O aposentado Geraldo Ta-farel, 59, morador do bairro de Lourdes, em Caxias do Sul, frequenta a linha há 30 anos,

e tem lembranças que as novas gerações nem conseguem imaginar, tal é a comodidade hoje. Tafarel relata que já teve casos em que, só o trecho entre Caxias e Lajeado Grande, em São Francisco de Paula, chegava a demor-ar quatro horas. Às vezes, levava 12 horas até Arroio do Sal, onde tem casa: — Era tudo estrada de chão batido, com muitos buracos e pedras. Quando cho-via, o veículo chegava a atolar e, em alguns casos, e era preciso ser guinchado. O jornal Pioneiro pegou o Interpra-ias, ida e volta, na quarta-feira, dia 13/11, com um ônibus do Caxiense, que atualmente opera a linha em dias intercalados com a em-presa São Marcos. Nos dias do mês que são pares, os ônibus são do São Marcos. Nos ím-pares, o Caxiense opera, sempre com saídas diárias às 7h30min da rodoviária de Caxias. Na passagem pelo Litoral, durante todo o trajeto, tanto na ida quanto na volta, várias pessoas que estavam nas casas, lim-pando ou fazendo alguma outra tarefa, para-vam o trabalho para acenar para o motorista. Com os anos de trabalho na linha, os trabal-hadores dos ônibus foram firmando vínculos de amizade com os usuários. — Esse é um trabalho muito diferen-ciado, você cria amizade com os passageiros. Toda a viagem é muito bonita, tanto com as paisagens da Serra quanto nas praias. Muita gente percorre a linha com frequência, então se cria um ambiente familiar. Outras pessoas a gente reconhece de temporada em tempo-rada — conta o motorista Jair Anghinoni, que começou a trabalhar na linha na temporada de verão de 1993 para 1994. A saída de apenas uma linha por dia entre Caxias do Sul e a Praia Paraíso, via Interpraias, é considerada insuficiente para alguns passageiros frequentes ouvidos pelo Pioneiro. Eles reivindicam uma viagem tam-bém à tarde. A funcionária pública aposentada Zilá Cassol, 67, que tem casa na Praia de São Pedro, em Arroio do Sal, diz que, se houvesse uma linha da metade para o final da tarde, fa-cilitaria muito a vida dela: — Eu poderia fazer as tarefas de manhã, viajar à tarde, dormir no Litoral e aproveitar o dia seguinte inteiro — exempli-fica. O diretor do Expresso São Marcos, Eduardo Michelin, explica que isso é apenas na baixa temporada. Na metade de dezembro,

os horários serão ampliados. A intercalação de saídas diárias entre as empresas também deve acabar para o verão, com saídas diárias das duas empresas. Segundo o empresário, no inverno não há demanda para duas linhas, a não ser às sextas-feiras, quando a Interpraias já tem um horário o ano inteiro saindo de Caxias às 16h. Antes da mudança de modalidade, a linha Interpraias ia até a rodoviária de Tor-res. Agora, só vai até a Praia Paraíso, ao Sul de Torres. Com isso, deixou de passar por vários balneários, como a Praia Real, Santa Helena, Itapeva, São Jorge, Estrela do Mar, Praia Gaúcha e Praia da Lagoa. O presidente da Associação dos Moradores da Praia Real, Luiz Carlos Bragagnolo, recebeu reclama-ções de usuários que antes podiam desembar-car perto de casa e agora dependem de outros transportes. — Para chegar até a Praia Paraíso, onde agora é o ponto inicial e final da linha, quem mora em Santa Helena precisa percor-rer seis quilômetros. Quem vem de Itapeva, são 11 quilômetros. Como a pessoa vai fazer isso com bagagem? Muitos dos usuários são idosos — lamenta Bragagnolo. O diretor de Transportes Rodoviári-os do Daer, engenheiro Paulo Ricardo Cam-pos Velho, explica que as empresas solici-taram as alterações nas linhas, justificando o pedido pela demanda praticamente inexis-tente no trecho Paraíso—Torres. Como a operação atual está sendo em conjunto entre as duas empresas, o dire-tor-executivo do Expresso Caxiense, Nelson Antonio Ribeiro, revela que está sendo discu-tida a possibilidade de retomada da Interpra-ias até Torres para a alta temporada, quando a demanda se justifica. — Nosso foco é atender bem o pas-sageiro. Havendo demanda, vamos colocar os ônibus. Paramos de operar até Torres porque a demanda era insignificante. O maior movi-mento é em Curumim, Arroio do Sal e Areias Brancas. Por outro lado existe a operação da linha Caxias—Torres via BR-101, para quem quiser uma opção — explica Ribeiro. Segundo Marcone Brocca Minotto, da gerência de trânsito da prefeitura de Tor-res, os moradores desses balneários têm a op-ção de uma linha urbana que cruza a Interpra-ias entre Paraíso e a cidade de Torres. A linha é operada pela empresa Torrescar, a mesma de transporte urbano.

17/11/13 • REVISTAINTERBUSS08

Cadeirantes têm dificuldades notransporte de Mogi das Cruzes

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REVISTAINTERBUSS • 17/11/13 09

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

VVR 2013 – Viver, Ver e Rever A VVR – Exposição Viver, Ver e Rever, chegou à sua décima edição no Me-morial da América Latina, no bairro da Bar-ra Funda, em São Paulo. Não é à toa que a maior cidade do país merece esse evento com muitos ônibus antigos, patrocinado pela Mer-cedes-Benz. Impressionei com a quantidade e com a variedade de veículos expostos, as-sim como a grande variedade de monoblo-cos Mercedes-Benz, entre eles das empresas Irmãos Teixeira, de Divinópolis-MG, e da Brasil Sul de Londrina-PR cujo ônibus foi comprado e recentemente reformado para colecionismo. Além, é claro, do monobloco O-321 da própria montadora. E o Flecha Azul restaurado da Via-ção Cometa deu um belo show no evento! Foi importante para quem não foi em uma das 65 viagens (mais um extra) para poder apreciar a nova configuração interna e a pintura origi-nal remetendo aos anos 1990, além dos dois simpáticos motoristas que conduziram todas as viagens comemorativas. Havia outros ônibus de carroceria CMA (que também rodaram na Viação Co-meta), como o Flecha II de prefixo 4099, que segundo o historiador George André Savy, seu prefixo verdadeiro na Cometa era 5899. E ainda, a volta dos seis veículos antigos da Viação Santa Rita, entre ônibus e caminhão para reboque. Além dos ônibus e caminhões anti-gos, outros quatro ônibus novos também es-tavam no evento, como o novo Irizar da Via-ção Garcia na pintura retrô, dois Millennium BRT superarticulados, um da Metra e outro da Sambaíba, e um Apache Vip III da Viação São José da cidade de Santo André. Fiquei do início da manhã até o pôr-do-sol de sábado, e nesse tempo, aproveitan-do as pessoas voltarem para casa, eu estava pegando os melhores ângulos para fotografar como no caso os seis veículos da Santa Rita, e passei toda a tarde de domingo até o recolhe dos ônibus restantes. Teve ônibus que ficou somente no sábado, e outros alguns ficaram somente no domingo. A VVR proporciona não somente a exposição de ônibus, caminhões e até alguns automóveis antigos, mas cresce como um dos maiores pontos de encontros de entusiastas do transporte do país. Encontrei e conversei com dezenas de pessoas, vindas da Capital e Grande São Paulo, do interior, do Sul do Brasil, do Rio de Janeiro, de Brasília... é uma festa! É como criar uma força de expressão, como se todos os busólogos do Brasil estives-sem reunidos naquele único evento. Em comparação ao evento do ano

passado, a infraestrutura do Memorial foi melhorada, incluindo uma praça de alimen-tação variada entre lanches e bebidas, além do restaurante já existente no outro lado da avenida. O que realmente faltou ano passado, estava bom este ano, pelo menos para não an-

darmos até o mezanino do Terminal Intermo-dal Barra Funda para comprar alimentos. Agora eu estou de olho para a Expo-ni 13, que será uma das próximas exposições de ônibus, que acontecerá neste dia 30, em Joinville-SC.

Marisa V

anessa N. Cruz

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REVISTAINTERBUSSSÉRGIO CARVALHOITU/SP • VB

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17/11/13 • REVISTAINTERBUSS12

• Do Site da Transpo [email protected]

Rota Transportes adquire 27 novos ônibus Marcopolo A operadora Rota Transportes Rodoviários, da Bahia, comprou 27 novos ônibus Marcopolo, sendo seis urbanos do modelo Viale BRT para o sistema de trans-porte de Itabuna (em trajetos intermunicipais e farão a conexão com a cidade de Ilhéus), sete unidades do Paradiso 1200, quatro Se-nior Turismo e dez Viaggio 1050. O Marcopolo Viale BRT pode transportar até 42 passageiros sentados, 39 em pé e conta com três portas, eleva-dor exclusivo para cadeirantes, sistema de ar-condicionado, câmeras de monitora-mento interno e acesso à internet sem fio (WiFi). “O investimento da Rota Trans-portes Rodoviários nos modelos BRT é um exemplo que deve ser replicado pelos im-portantes benefícios e vantagens que pro-porciona para os cidadãos, meio ambiente e, sobretudo, para a mobilidade urbana, mesmo em cidades que não possuem ainda

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

Divulgação

sistemas BRT implantados”, explica Paulo Corso, diretor de Operações Comerciais da Marcopolo. A Rota Transportes opera nas apli-

cações urbana, semiurbano e rodoviário e detém uma frota de 194 ônibus nas aten-dendo as regiões sul, sudoeste e o extremo sul da Bahia.

TranspoOnline

Metrô vai chegar até Guarulhos• Do Site da Transpo [email protected] A cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, receberá investimentos de ordem de R$ 645 milhões do governo federal para pro-jetos de mobilidade urbana. O montante será aplicado nas seguintes obras: implantação do corredor de ônibus Papa João Paulo I, corredor de ônibus João Jamil Zarif, corredor de ônibus Otávio Braga de Mesquita e corredor de ônibus Paulo Faccini. “Temos um modelo hoje que viabiliza esses grandes projetos de mobilidade urbana. Essa questão está dentro de nossa preocupação com a qualidade de vida das pessoas”, afirmou Dilma Rousseff, presidente da República. O prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida, confirmou que as obras terão iní-cio em 2014. Como prioridade, a Prefeitura trabalhará com intervenções como nos casos dos congestionados trevo de Bonsucesso e o corredor Papa João Paulo. “Essa obra vai ser-vir como alternativa para as pessoas que hoje tem apenas a rodovia Presidente Dutra como opção”, disse. “Compreendemos a importân-cia de avançar no alargamento de vias e na

implantação de corredores em vias impor-tantes paras que as pessoas possam chegar em casa com mais tranquilidade”, completou. Os recursos serão distribuídos em obras como o trecho II da avenida Papa João Paulo I, que demandará R$ 120 milhões em obras por 4,1 km que ligará a avenida Jacú-Pêssego ao Trevo de Bonsucesso. A obra prevê a implantação de três faixas de tráfego por sentido, sendo uma exclusiva para o transporte coletivo, estações de embarque e desembarque com plataforma em nível e com cobrança externa ao veículo, similar a um sistema BRT, além de uma ciclovia. O Corredor João Jamil Zarif rece-berá recursos de R$ 215 milhões para a con-strução de 6 km de extensão, entre as ave-nidas Otávio Braga de Mesquita e Estrada Velha Guarulhos/Nazaré, nos bairros Taboão e São João. As obras contemplam a implanta-ção de três faixas de tráfego em cada sentido, sendo uma exclusiva para ônibus, estações de embarque e desembarque com plataforma em nível e com cobrança externa, além de ciclovia. Mais R$ 100 milhões serão aplica-

dos no Corredor Otávio Braga de Mesquita, por 2,3 km de extensão, que ligará as avenida João Jamil Zarif à Engenheiro Albert Lemier, em Taboão. Serão três faixas de tráfego por sentido, sendo uma exclusiva para ônibus, estações de embarque e desembarque com plataforma em nível e cobrança externa ao veículo, como num BRT, além de ciclovia e transposição em desnível na avenida Mon-teiro Lobato. Metrô em Guarulhos – Dilma Rous-seff também comentou sobre a chegada do metrô na cidade, que facilitará a conexão entra Guarulhos e São Paulo, como as obras de ex-pansão da Linha 2-Verde do Metrô (Linha que passa pela região da Av. Paulista) e a implan-tação da Linha 13-Jade, da estação Engenheiro Goulart, em São Paulo, até o Aeroporto Inter-nacional de Guarulhos. “A chegada do Metrô a Guarulhos é uma conquista de todos vocês e do prefeito (Sebastião Almeida). É uma parceria do Governo Estadual, do prefeito de Guarulhos e do Governo Federal, numa ação conjunta para resolver problemas fundamentais da popula-ção”, afirmou a presidenta.

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REVISTAINTERBUSS • 17/11/13 13

• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Brasil está nas obras doNovo Canal do Panamá Duas empresas brasileiras fazem parte do projeto do novo Canal do Pan-amá, que irá duplicar a sua capacidade de transporte, em uma das maiores obras de in-fraestrutura logística do mundo. Dessa for-ma, as companhias Paragon e Gapso estão desenvolvendo os possíveis projetos, que simulam como será o novo Canal do Pan-amá depois de pronto. A rota é um elo di-reto entre os oceanos Atlântico e Pacífico e, atualmente, recebe 5% do tráfego marítimo mundial. A Paragon é uma empresa de soft-ware, que atua com consultoria especial-izada em tomada de decisão com modelos matemáticos, com forte ênfase em simula-ção. A Gapso, por sua vez, atua na criação de software de Supply Chain Planning, e seus estudos devem determinar a capacidade do novo canal, orçado em US$ 5,25 bilhões, oferecendo subsídios para determinar a mel-hor forma de operá-lo, maximizando o uso dos ativos e permitindo o maior o trânsito de navios. Portanto, trata-se de um grande in-vestimento para superar um gargalo logísti-co para estimular, ainda mais, a economia nacional e até internacional que por lá passa. A rota interoceânica conta com um tráfego diário de 40 navios cargueiros em média e, agora, se prepara para receber os maiores navios porta-contêineres do mundo. As obras para a expansão do canal foram iniciadas em 2007 e sua conclusão está prevista para 2014. Apenas em 2011, as parceiras Paragon e Gapso venceram a licita-ção internacional da ACP (Administração do Canal do Panamá), no valor de U$1 milhão para o desenvolvimento dos estudos. A obra inclui a construção de um terceiro conjunto de eclusas, com as medidas das comportas 25 a 50% maiores que as atuais, permitindo a passagem dos navios conhecidos como “Post-Panamax” (navios com dimensões e capacidades superiores aos que são capazes de navegar pelo Canal; exigem um calado de 18 metros), e que já são amplamente utiliza-dos no mundo inteiro. Como resultado dos investimen-tos, as previsões também apontam para a triplicação do potencial de arrecadação do

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Estado. Para se ter uma ideia mais precisa da importância da rota, em 2011, mais de 14.000 embarcações passaram pelo lugar, o que rendeu US$ 1 bilhão ao país. China e Estados Unidos transportaram, juntas, 197 milhões de toneladas de cargas pelo Canal do Panamá naquele ano (sendo 144 mil-hões dos EUA e 53 milhões dos asiáticos). A expansão do canal também influi em por-tos brasileiros, como os das regiões Norte e Nordeste, que já estão preparados (Pecém, no Ceará) ou se preparando para receberem os navios “Post-Panamax”.

Projeto Paragon + Gapso na construção do novo Canal do Panamá: Atualmente, os profissionais re-sponsáveis pela operação do canal traçam todo o schedule de programação do navio manualmente, com base no canal atual e nas regras existentes. Com a expansão, novas classes de navios, novas eclusas e outros investimentos em infraestrutura estarão dis-poníveis para uso, o que torna a definição e validação de novas regras de operação um desafio importantíssimo para a viabilização da operação sem riscos. A Paragon e a Gapso desenvolv-eram conjuntamente a ferramenta que testa

a maneira como o novo sistema operacio-nal irá se comportar e atuar a partir de de-mandas e regras que auxiliam no cálculo da capacidade do novo canal e das alternativas operacionais que irão resultar nos melhores resultados e maiores ganhos, além dos riscos de operação. A primeira fase do projeto, que simula situações ideais de operação, foi con-cluída em 19 de agosto de 2012 e a próxima fase irá simular as possíveis restrições e problemas que poderão surgir no cotidiano operacional (como por exemplo, impacto de paradas para manutenção, rebocadores que-brados, etc.). A Paragon é responsável pela análise matemática e simulação operacio-nal, enquanto a Gapso realiza sua otimiza-ção (otimizar é gerar estratégia e simular é avaliar a estratégia, ou seja, como esta irá se comportar estatisticamente com base em in-formações do dia a dia). Um modelo de sim-ulação não é um otimizador, sendo assim, foi preciso recriar a programação de navios e desenvolver um otimizador para combinar os navios em uma ordem que o programador real faria (que considera a existência de in-úmeras variáveis operacionais e econômicas e, ainda, regras de navegação).

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M E C Â N I C A D E P E S A D O S

Estabilidade, segurança e conforto são requisitos fundamentais para um motor-ista de caminhão, que roda milhares de quilô-metros por dia carregando as nossas riquezas pelos mais diferentes tipos de estrada, mui-tas cheias de buracos, lombadas e irregulari-dades. Por isso, ter um sistema de suspensão eficiente e robusto é tão necessário nesses veículos, para absorver as trepidações, im-pactos e desgastes dos componentes sofridos devido ao peso da carga transportada. Uma opção indicada para camin-hões e muitoutilizada nos ônibus é a suspen-são pneumática, na qual molas em formato de balão de ar substituem os feixes de molas encontrados no tipo convencional. Sua fun-ção é suportar o peso da carga e absorver a energia gerada pelas irregularidades do solo. Esse impacto é sentido pelos pneus e trans-mitido para as molas que transforma essa en-ergia de impacto em calor, pela compressão de ar dentro da mola pneumática, ou seja, do bolsão de ar. Então, o ar é liberado, determi-nando a freqüência de vibração do veículo, que quanto mais baixa, maior o conforto. A suspensão pneumática, ou a ar, como é conhecida, está sendo incorporada aos poucos em caminhões e carretas, como peça de reposição, principalmente, nos veículos que transportam cargas frágeis e pesadas. De acor-do com Daniel Nicolini, gerente de Contas – Molas Pneumáticas da Goodyear, a suspensão a ar instalada em um ônibus, por exemplo, permite que a distância entre o chão e o de-grau seja constante, independente da variação do número de passageiros, gerando conforto, estabilidade e melhor dirigibilidade. “Esse sistema permite adequar e nivelar a carga transportada, o que reduz as trepidações e protege a mercadoria. O des-gaste dos pneus é reduzido, a regulagem dos faróis não é tão afetada pelas irregularidades do solo e os instrumentos eletrônicos são pro-

A IMPORTANTE MANUTENÇÃO DA SUSPENSÃO A ARVeja o porque é importante a constante manutenção da suspensão a ar e como ela é feitatanto em caminhões quanto em ônibus, onde essa manutenção é mais comum

tegidos. A suspensão pneumática tem custo de manutenção mais baixo e não requer lu-brificação nas articulações”, completa. Por proporcionar uma rodagem mais suave, a suspensão a ar é empregada também em vagões ferroviários e de metrô, diz John Edwin Keith Young, gerente de Vendas da Fipil (unidade da Bridgestone responsável pela fabricação de molas Pneumáticas). “Os mesmos bolsões pneumáticos (ou foles) podem ser usados em automóveis e utilitários, principalmente como auxiliares das molas de aço do eixo traseiro para com-pensar a inclinação do veículo causada pela

carga do porta-malas ou pelo reboque”, alerta. Os fabricantes explicam que é pos-sível adaptar uma suspensão a ar em camin-hões originalmente equipados com molas, para isso é necessária a utilização dos “kits” de suspensão a ar. Além da bolsa de ar, outros compo-nentes constituem a suspensão pneumática, sejam mecânicos e os pneumáticos. Os itens mecânicos são suporte dianteiro, viga princi-pal, barras tensoras, mola parabólica, bolsão, amortecedor, suporte inferior dos bolsões e peças pequenas como grampos, suportes e grampo de eixo, que pode perder o aperto e

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A IMPORTANTE MANUTENÇÃO DA SUSPENSÃO A ARVeja o porque é importante a constante manutenção da suspensão a ar e como ela é feitatanto em caminhões quanto em ônibus, onde essa manutenção é mais comum

causar a quebra da mola. As buchas são trocadas quando apre-sentam desgaste visual, escoa do comparti-mento, por isso é muito importante torquear corretamente. O amortecedor especial, com stop hidráulico, absorve o impacto e segura a suspensão para baixo para não rasgar o bolsão. As outras peças fazem parte do pa-cote pneumático do conjunto, como reser-vatório de ar exclusivo, válvula de suspensão, válvula de proteção - que impede o retorno do o ar do sistema -, válvula niveladora e mangueiras. Existem os tipos de suspensão a ar

com mola Z para eixo de tração e com braço rígido para carreta ou até 3º eixo. “Deve-se ficar muito atento para aplicação correta do sistema”, afirma Adelino Adilson de A. M. Correa, engenheiro mecânico da HBZ Siste-ma de Suspensão a ar.

Manutenção fácil e necessária Conforme as explicações dos fab-ricantes, a manutenção do sistema de sus-pensão pneumática é rápida e simples, mas precisa ser feita regularmente, para garantir a eficácia do conjunto e a durabilidade dos componentes. O procedimento inicia com a

inspeção visual, sem que a bolsa esteja inflada. “Veja se não há contato entre a bolsa e outros componentes do sistema para evitar fricção. As válvulas niveladoras devem ser limpas e os parafusos reapertados com o torque indicado. Verifique os amortecedores em relação a vazamentos e o estado dos co-nectores e das tubulações. A limpeza da bolsa deve ser realizada com sabão neutro e água, evitando o uso de solventes, abrasivos e va-por pressurizado”, esclarece Nicolini. Além disso, de acordo com Young, é necessário revisar o diâmetro externo da bolsa em relação a rachaduras e desgastes irregulares, e verificar se há espaço suficiente ao redor da mola quando estiver inflada. Veja ainda se a suspensão está trabalhando na altura correta, estipulada pelo fabricante do veículo geralmente dentro de uma margem de ¼ de polegada. As válvulas nivelado-ras devem ser inspecionadas e limpas, a substitu-ição é feita somente quando necessário. Ainda na hora da manutenção os fab-ricantes recomendam que o técnico bloqueie a suspensão e verifique se há desgaste irregu-lar ou acúmulo de sujeira na parte flexível (bolsa). Se for necessário efetuar a limpeza utilize Limpe, se necessário, com uma solução que não seja derivada de petróleo. Veja se há acúmulo de sujeira na base inferior. As empresas também afirmam que se as manutenções períodicas forem realiza-das dentro do prazo, os usuários usufruem dos benefícios por tempo indeterminado. Even-tuais problemas são causados por fatores ex-ternos como objetos que perfuram, sujeira, pe-drinhas que ficam na parte de cima e deteriora a peça. Os problemas mais comuns, de acordo com o técnico da HBZ, são vazamentos de ar, problemas na altura do veículo – quando o mo-torista desregulam a válvula e aumenta a altura do trabalho da suspensão, acima do fabricante - , e nos amortecedores que sofrem de super esforço. (Agradecimentos O Mecânico)

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Um problema que não deveria acon-tecer em veículos fabricados no Brasil mas que ocasionou transtornos aos passageiros do sistema BRT Transoeste na manhã desta terça-feira, dia 12 de novembro. Superaquecimento nos motores re-tirou de circulação diversos ônibus do sistema, que atende diariamente 125 mil passageiros. A falha deve ser apurada pela Pre-feitura do Rio de Janeiro. Alguns passageiros disseram que os ônibus que servem o corre-dor foram insuficientes e que em alguns mo-mentos foi necessário esperar quase uma hora para conseguir embarcar nos veículos. Segunda e terça-feira foram dias de muito calor no Rio de Janeiro. No iní-cio da tarde, termômetros de rua marcaram 41 graus, com sensação térmica de 50 graus centígrados. Mas de acordo com especialistas em

engenharia e transportes, as altas temperaturas não podem ser consideradas os principais moti-vos para a falha no atendimento aos passageiros. Ao site de notícias do G 1, o profes-sor de Engenharia Mecânica da FEI, Ricardo Bock, disse que na maior parte das vezes este tipo de problema ocorre por causa da ma-nutenção inadequada. “Quando um carro é projetado, ele se leva em conta isso [a necessidade da ma-nutenção]. Então, qualquer coisa que saia fora disso, já é um problema. A cada 10 mil quilô-metros, deve-se fazer a manutenção. Isso vale para qualquer veículo. Após rodar essa quilo-metragem, é preciso ter atenção para evitar o superaquecimento”, explicou o professor. Ainda de acordo com o professor, baixa velocidade pode ocasionar o problema “Significa pouca troca de calor. O radiador troca calor com a atmosfera e se a

velocidade for baixa, ele troca pouco. É pre-ciso manter o nível de água no mínimo pelo menos. Aditivo ajuda. O etilenoglicol impede que o radiador superaqueça. Ele é um anti-congelante e pode ajudar porque ele muda o ponto máximo de ebulição da água. Ele pode ser adquirido em postos de gasolina, mas o ideal é nas concessionárias, indicam para mo-tor especifico” A concessionária BRT TransOeste, que reúne as empresas Auto Viação Jabour e Expresso Pegaso, disse que vai reforçar a manutenção preventiva. Técnicos da fabricante dos motores e chassis, Mercedes Benz, estiveram nas ga-ragens para solucionar o problema. A fabri-cante também deve analisar o caso. A BRT TransOeste não informou o motivo do superaquecimento e nem quantos ônibus foram afetados.

Vários ônibus do BRT Transosete não circularam por problemas no motor devido à temperaturas altas na cidade

Superaquecimento em BRT no Rio deve ser investigado

Prefeitura de Curitiba e Missão Real Sueca assinaram termo de entendimento para troca deexperiências em relação à mobilidade sustentável

Linha Verde de Curitiba e Região Metropolitana pode ter ônibus elétrico

A Linha Verde, um dos principais projetos de mobilidade urbana da região met-ropolitana de Curitiba, pode ter um ônibus elétrico em circulação no ano que vem. O corredor após a conclusão deve li-gar a Capital paranaense a cidade de Fazenda Rio Grande. Nesta terça-feira, dia 12 de novem-bro, a Missão Real Sueca de Tecnologia, a prefeitura de Curitiba e instituições de ensino e pesquisa do Paraná assinaram um termo de entendimento para troca de conhecimentos e experiências. O objetivo é garantir soluções de mobilidade urbana com sustentabilidade, ou seja, ampliar ainda mais os ganhos ambien-tais, sociais e econômicos que o transporte coletivo traz à população. A Linha Verde será o principal pro-jeto que deve receber atenção da cooperação multilateral. Para garantir mobilidade e sustent-abilidade, os responsáveis pelo projeto devem fazer uso de tecnologias menos poluentes. O ônibus elétrico deve circular em testes em 2014. Está sendo estudada a pos-sibilidade de um veículo elétrico híbrido, que combina motor a combustão com eletricid-ade, ou mesmo um elétrico puro, com bat-erias. Também será aprimorado na Linha Verde o sistema Brazil Green Light, pelo

qual, nos cruzamentos, o semáforo dá prefer-ência aos veículos de transporte coletivo. Pelo sistema aprimorado, quando o ônibus estiver a aproximadamente 500 met-ros do cruzamento, o motorista vai receber um alerta sobre se o semáforo está vermelho ou verde. O sistema calcula então a velocid-ade ideal para o ônibus chegar ao semáforo quando ele estiver aberto. Diferentemente dos sistemas an-tigos, esta operação garante a prioridade ao transporte coletivo sem, no entanto, obrigar

sucessivas paradas para os carros de passeio. A cooperação entre Curitiba e a missão sueca deve durar três anos, quando os projetos devem ser aplicados no dia a dia. No encontro, estiveram presentes o rei Carl XVI Gustaf, o prefeito curitibano Gustavo Fruet e representantes de órgãos pú-blicos e instituições de ensino. Não foram faladas em marcas que podem participar do projeto, mas a expecta-tiva é que o ônibus elétrico seja da Volvo, que tem sede na Suécia e planta em Curitiba.

ELÉTRICO • Ônibus elétrico híbrido da Volvo na Europa. Cooperação internacional entre Suécia e Curitiba deve trazer avanços na mobilidade urbana e com vistas àampliação dos ganhos ambientais trazidos pelo transporte público. Linha Verde deve ter ônibus elétrico. Foto: Divulgação Volvo

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