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CAMPINAS TEM ÔNIBUS E TERMINAL DESTRUÍDOS Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 177 19 de Janeiro de 2014 ANTT QUER CLANDESTINOS APREENDIDOS POR 72h Objetivo é dificultar o retorno desses veículos para as ruas, pois atualmente são liberados logo após pagamento de multa ANTT QUER CLANDESTINOS APREENDIDOS POR 72h

Revista InterBuss - Edição 177 - 19/01/2014

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 177 - 19/01/2014

CAMPINAS TEMÔNIBUS ETERMINALDESTRUÍDOS

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 177 19 de Janeiro de 2014

ANTT QUER CLANDESTINOSAPREENDIDOS POR 72h

Objetivo é dificultar o retorno desses veículos para as ruas,pois atualmente são liberados logo após pagamento de multa

ANTT QUER CLANDESTINOSAPREENDIDOS POR 72h

Page 2: Revista InterBuss - Edição 177 - 19/01/2014

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Página 07

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Expresso SãoLuiz tem doisônibus quebradose viagem atrasaPassageiros tiveram que esperarmais de sete horas para trocade veículo que faria viagemde cerca de 200 quilômetros 11

ANTT QUER CLANDESTINOS APREENDIDOS POR PELO MENOS 72H

Objetivo é dificultar retorno de tais veículos para as ruas

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Após chacina,população serevolta e destróiônibus e terminalOnda de violência aconteceu nacidade de Campinas, naúltima segunda-feira 08

ANTT QUER CLANDESTINOS APREENDIDOS POR PELO MENOS 72H

Page 5: Revista InterBuss - Edição 177 - 19/01/2014

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 24

MECÂNICA DE PESADOSOs Feixes de Molas 22

Página 07

ANO 4 • Nº 177 • DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 23h06 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraOs ônibus a gás em São Paulo 25

EDITORIALMais fogo em ônibus 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 18

ANTT QUER CLANDESTINOS APREENDIDOS POR PELO MENOS 72H

PÔSTERMonobloco MBB 16

Thiago Sione

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzÔnibus para o aeroporto de Joinville 30

COLUNISTAS Adamo BazaniSuzantur prejudica cadeirantes em Mauá 26

| Nosso Transporte

Prejuízos comincêndios deônibus somaramR$ 31 milhõesPrejuízos referem-se apenas aosônibus destruídos em São Paulono ano de 2013. Protestosmotivam ataques gratuitos 27

| Deu na ImprensaMercedes-Benzinveste em novafábrica naEuropaNova fábrica da montadora decarros será instalada naEspanha 19

VENDA MARCOPOLOEncarroçadora entrega ônibus para o Gabão 15

NOVA CONCESSIONÁRIAAutoSueco inaugura nova concessionária em SP 14

ANTT QUER CLANDESTINOS APREENDIDOS POR PELO MENOS 72H

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, vivenciou cenas de barbárie na semana passada, após uma chacina que de-ixou doze mortos e dois feridos. O terminal do bairro Vida Nova foi destruído por cerca de quarenta pessoas, além da depredação de oito ônibus e o incêndio de outros três. Na capital paulista diversos ônibus foram queimados em vários pontos da cidade, em represália à ações policiais e em protesto por demandas sociais. Agora, a pergunta: o que os ônibus têm a ver com todos esses acon-tecimentos? Absolutamente nada. Já comentamos isso neste espaço em diversas outras oportunidades e volta-mos a falar a respeito, pois é inadmissível que o transporte público continue sendo usado como bode expiatório para a violência de pessoas que dizem protestar. Quanto mais ônibus queimados, mais a tarifa vai subir, e se não houver o reajuste, mais as prefeituras terão que pagar para que as empresas con-tinuem operando, através do fornecimento de subsídios. Com menos dinheiro em caixa para pagar as empresas operadoras, menos

investimentos são feitos. Independente da idade do veículo, é um patrimônio que é destruído pelo fogo e acaba prejudicando milhares de pessoas que dependem do trans-porte público para seus deslocamentos. O prejuízo da empresa VB com as manifestações em Campinas foi de cerca de R$ 410 mil, principalmente pelo fato de um dos ônibus queimados ser do ano de 2010, ou seja, relativamente novo e acabou tendo perda total. Em São Paulo, apenas no ano passado os prejuízos com queima de ônibus ultrapassaram os R$ 30 milhões, de acordo com levamentamento realizado. Esse valor acaba sendo reposto pela prefeitura da capi-tal aos empresários, uma vez que as frotas de ônibus são patrimônio do empresário, e não do povo. A população têm que ter a ciência da consequência de seus atos, jus-tamente para aprender a reinvindicar o que lhe é de direito, porém dentro do que lhe cabe. Um grande exemplo é a reclama-ção que o usuário costuma fazer sobre atra-sos e demais desserviços das empresas de

Mais uma vez as chamas quenão fazem justiça para ninguém

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial ônibus. Quando acontece algum problema

nesse sentido, é comum o usuário procurar a prefeitura local ou o orgão responsável pela organização do sistema para registrar a reclamação, ou então liga-se na empresa de ônibus para dizer o que está aconte-cendo. Convenhamos que nem sempre o contato é feito dentro da melhor educação possível, porém o caminho está correto. Já imaginaram se todos colocassem fogo em ônibus cada vez que ele atrasasse? Não teríamos mais frotas em poucas semanas. Agora, quando os assuntos são totalmente alheios ao transporte público, a população menos informada tenta ‘chamar a atenção’ queimando coletivos, como se isso fosse a resolução definitiva do problema. O povo tem que ter ciência de que queimar um ôni-bus pode chamar a atenção da imprensa, muito sensacionalista, que vai ficar falando por longos minutos a respeito do assunto, porém o problema que gerou tal ação acaba ficando na mesma, pois a violência conti-nua em alta, as enchentes não acabam e os demais problemas prosseguem os mesmos. Fazer o caminho certo para o registro de uma reclamação ainda é a melhor opção, até porque fazendo o registro de sua demanda na prefeitura local, preferenciamente de forma insistente, o governo tem como saber o que está ocorrendo de verdade. Simples-mente queimando um ônibus, não.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• G1 Economia [email protected] Ônibus clandestinos flagrados fa-zendo o transporte interestadual de passage-iros serão apreendidos por, no mínimo, 72 horas, prevê uma proposta de resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com essa medida, a agência espe-ra dificultar a volta desses veículos para as rodovias. Hoje não há prazo mínimo para a permanência nos pátios e, em alguns casos, esses ônibus podem retomar as viagens ir-

Destaque

MAIS CARO • Frescões tem tarifa maior

A S E M A N A R E V I S T ADE 12 A 18 DE JANEIRO DE 2014

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14 07

Atualmente, apósapreendidos, os veículossão liberados assim quepassageiros são colocadosem outros ônibus

ANTT quer clandestinos presos no mínimo por 72h

Revista Época

regulares poucas horas depois de autuados. Só no ano passado, 1.786 ônibus foram flagrados pela fiscalização fazendo transporte clandestino. A multa por essa in-fração é de R$ 5,3 mil. A previsão da ANTT é que a nova resolução seja aprovada em 60 dias.

Mudanças Atualmente, quando um ônibus clandestino é parado, ele é apreendido e os passageiros são transferidos a um veículo fornecido por uma empresa regular. O custo desse transporte é pago pela empresa dona do ônibus apreendido. O problema é que, assim que com-prova o pagamento dessa despesa, a em-presa infratora tem o veículo pirata liberado – e pode retomar as viagens irregulares. Pela nova proposta, essa liberação só vai ocorrer após um período mínimo de 72 horas, mesmo

que a empresa tenha feito o pagamento pelo transporte dos passageiros num prazo infe-rior. Outra mudança proposta pela ANTT está no destino dos passageiros retirados dos ônibus clandestinos. Pela regra em vigor atu-almente, essas pessoas têm que embarcar em um veículo regular no local da apreensão. Em alguns casos, porém, as empresas legal-izadas não dispõem de ônibus extra próximo ao local ou, então, não fazem transporte até o destino desses passageiros. Nessas situações, elas podem ser obrigadas a retirar um veículo de uma outra linha regular para prestar esse serviço. Para evitar esse problema, a res-olução prevê que os passageiros dos ônibus clandestinos apreendidos possam ser trans-portados até um ponto de parada ou até um terminal rodoviário, para lá embarcarem em uma viagem agendada.

IRREGULARES • Ônibus clandestinos aguardam embarque e desembarque: apreensão deverá durar pelo menos 72 horas

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Quebra-quebra em terminal deCampinas destrói dez ônibus

A S E M A N A R E V I S T ASão Paulo

• G1 Campinasa@terra. com.br Três ônibus do transporte público de Campinas (SP) foram incendiados e outros sete, depredados no final da manhã desta segunda-feira (13) nas imediações do Terminal do bairro Vida Nova, onde foram registrados cinco dos 12 assassinatos em sé-rie ocorridos na madrugada. Uma das hipó-teses investigadas pela Polícia Civil para as mortes, que incluem duas chacinas, é a vin-gança pelo assassinato de um policial militar durante uma tentativa de roubo na cidade. Além dos ônibus, um carro e uma das cabines da entrada do terminal foram destruídos pelo fogo ateado por um grupo de aproximadamente 20 pessoas, segundo tes-temunhas. As informações são da VB Trans-portes e Turismo, empresa responsável pelos veículos atingidos. A Guarda Municipal e a Polícia Militar isolaram o terminal, que teve as operações suspensas por tempo indeter-minado. Não houve feridos na ação. O caso será registrado no 9º distrito policial. Testemunhas relataram que o ter-minal foi invadido por volta das 11h50 por um grupo composto por entre 10 e 20 pes-soas. Diante dos danos, o serviço no ter-minal foi interrompido e o espaço, cercado

DESTRUIÇÃO • Um dos três ônibus destruídos pelos moradores no Terminal Vida Nova após chacina que deixou cinco mortos no bairro

19/01/14 • REVISTAINTERBUSS08

R7

por aproximadamente 80 policiais militares deslocados para a ocorrência. Ninguém foi preso até esta publicação. Segundo a polícia, o terminal não possui circuito de câmeras de segurança, o que pode comprometer as investigações. Peritos do Instituto de Crimi-nalística estiveram no local para avaliar os estragos. A Empresa Municipal de Desen-volvimento Urbano (Emdec) afirmou que, após a ocorrência, as linhas que atendem o bairro interromperam a circulação. Elas chegaram a operar em rotas alternativas por um período, mas em seguida, por questões de segurança, elas pararam de atender a pop-ulação. A Emdec afirmou, por meio da as-sessoria, que não há previsão para reabertura do terminal. A Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas (Trans-urc) divulgou nota lamentando o ocorrido e informou que as sete linhas que suspen-deram a operação devem voltar a operar até as 15h30. A Associação que representa as empresas afirmou também que 300 pessoas participaram da ação de vandalismo, entre elas, “muitos com os rostos cobertos, carre-gando pedaços de pau, pedras e substâncias inflamáveis”.

Ligação com chacina A Polícia Civil informou que não descarta a possibilidade do ato ter ligação com a série de mortes que ocorreu entre a noite deste domingo e a madrugada desta segunda. Durante o período de cinco horas, foram totalizadas 12 mortes em bairros da periferia. Na noite deste domingo também houve confusão no bairro Bom Retiro, em Sumaré (SP), cidade vizinha de Campinas. Dois jovens atearam fogo em um ônibus. Se-gundo a Polícia Militar, os autores estavam em uma praça no bairro e incendiaram o coletivo, que estava estacionado na Rua Marcos Dutra Pereira. O veículo que estava vazio ficou destruído. Ninguém ficou ferido.

Receio dos moradores O instrutor de alunos Fernando da Silva Peixoto percebeu a fumaça por volta das 12h próximo do terminal. Ele escreveu para o VC no G1 e contou que um veículo, que estava estacionado em uma rua ao lado do terminal, ficou queimado. “Estamos muito assustados, porque não sabemos como será a situação até a noite. Minha família está prati-camente presa dentro de casa e preocupada com quem saiu para trabalhar”, afirma.

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REVISTAINTERBUSS • 19/01/14 09

Transporte em S. Paulo ganhou seis milhões de passageiros• Estadã[email protected] Revertendo uma tendência de que-da, o número de passageiros que utilizaram os ônibus municipais da capital paulista cresceu em 2013, ano em que a Prefeitura de São Pau-lo adotou políticas como a criação de faixas exclusivas para coletivos e o Bilhete Único Mensal. Dados da São Paulo Transporte (SP-Trans) mostram que 6 milhões de usuários a mais circularam no sistema, atingindo a mar-ca de 2,923 bilhões de pessoas transportadas. Em 2012, a quantidade de passageiros ha-via sido 24 milhões menor do que em 2011. Aquela foi a primeira vez em uma década que a curva de usuários dos ônibus paulista-nos caiu em vez de subir. Agora, no entanto, a situação é a oposta. Nas projeções da Pre-feitura, o patamar chegará a 2,937 bilhões de passageiros transportados no fim de 2014, nível próximo ao de três anos atrás. Segundo especialistas, se a velocid-ade e a qualidade do serviço continuarem au-mentando, mais pessoas devem migrar para esse meio de transporte ao longo dos próxi-mos meses. Caso de Rogério Belda, diretor da Associação Nacional de Transportes Públi-cos (ANTP). Ele diz que o único fator que pode explicar o incremento e não estagnação do número de passageiros de ônibus em São Paulo é a política das faixas da gestão Fer-nando Haddad (PT). “O que crescia eram só os usuários de automóvel, trem e metrô. Não há outra explicação para mais gente nos ôni-bus que não seja a melhora de circulação nas faixas. É uma boa notícia.” Os efeitos já são notados pelos pas-sageiros. O operador de loja Jobson Tiago Mocelin, de 31 anos, diz que a linha que usa para ir trabalhar na zona norte ficou mais che-ia. “Agora, no ponto que pego, na Freguesia do Ó, já não tem mais lugar para ir sentado.” A auxiliar de produção Fábia Figueiredo Freitas, de 32 anos, aprova as faixas. “Minha viagem ficou uns 40 minutos mais rápida. Só acho que precisava passar mais ônibus no ponto.” Especialista em Transportes e pro-fessor da Fundação Educacional Inaciana (FEI), Creso de Franco Peixoto atribui a vari-ação positiva à campanha em torno da inau-guração das faixas. Para ele, o número deve continuar aumentando, caso a qualidade do

Estadão

serviço aumente. “A oferta dessas faixas num processo mais dinâmico agora está passando por um momento de avaliação. Temos de ver se os usuários atingidos pela campanha vão continuar.” Bilhete Único. Por sua vez, o Bil-hete Único Mensal, acredita Rogério Belda, também deve atrair mais gente. “Eu estava em Paris quando fizeram um bilhete como esse. No começo, o interesse foi pequeno, mas depois que as pessoas se habituaram, o crescimento foi vertiginoso.” De acordo com o diretor de Gestão Econômico-Financeira da SPTrans, Adauto Farias, o afluxo de usuários no sistema pas-sou a subir a partir de outubro, quando a rede de faixas estava se consolidando - ao todo, a administração municipal implemen-tou 291 km dessas vias exclusivas ao longo de 2013. Golden line. Farias cita como exem-plo de migração de passageiros do Metrô para os ônibus a linha que usa faixas exclusivas no eixo da Radial Leste, conectando a região de Itaquera ao Parque D. Pedro II, no centro. “Essa linha estava dimensionada para 14 mil passageiros por dia e já está chegando aos 40 mil.” Ela foi apelidada de ‘golden line’ (linha dourada) pela SPTrans por causa da cor dos ônibus super articulados. O tempo médio de viagem, segundo Farias, é menor nela (43 minutos) do que na paralela Linha 3 do Metrô (53 minutos).

Táxis em corredores O Ministério Público Estadual (MPE) informou nesta quarta-feira, 15, que o prazo para a retirada dos táxis dos corredores de ônibus da capital paulista está mantido para 2 de fevereiro e que só haverá prorroga-ção se a Prefeitura apresentar argumentos técnicos comprovando a necessidade de esses veículos permanecerem nas vias exclusivas. No início da semana, o prefeito Fernando Haddad (PT) havia levantado a hipótese de pedir mais tempo para tomar a decisão. A ad-ministração municipal ainda não se manifes-tou se acatará a recomendação do MPE, que entrará com uma ação civil pública se a me-dida for desrespeitada. O secretário municipal dos Trans-portes, Jilmar Tatto, afirmou que a Prefeitura ainda decidirá o que fazer. A portaria que autoriza os táxis nos corredores é renovada anualmente. A que está em vigor hoje vale até setembro. “O estudo que foi feito realmente mostra que os táxis atrapalham a velocid-ade dos ônibus nos corredores. É evidente que os taxistas estejam reclamando. Mas temos até dia 2 de fevereiro para responder ao Ministério Público. Estamos refletindo bastante sobre essa questão, e o debate de hoje foi importante, porque as pessoas se posicionaram. Existem várias sugestões que podem ser levadas em consideração”, disse o secretário.

CORREDOR • Maior agilidade nos deslocamentos foi um dos fatores positivos

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A S E M A N A R E V I S T A

19/01/14 • REVISTAINTERBUSS10

Manifestação contra aumento de tarifa tem 18 presos no RJ

RJ

• G1 [email protected] Dezoito ativistas foram detidos pela Polícia Militar na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, durante protesto contra o aumento nas tarifas do transporte público, nesta quinta-feira (16). Os policiais alega-ram dano ao patrimônio público para deter o grupo, que ficou sentado na calçada sob a chuva e olhares de curiosos. Um manifestan-te, que não foi parado pelos policiais e pro-testava contra a ação policial, afirmava que não houve qualquer ato de vandalismo. Mas, os policiais alegaram que eles chutaram lix-eiras e portas de estabelecimentos comerciais enquanto corriam pela avenida. Os 18 detidos foram encaminhados para a 17ª DP (São Cristóvão). Segundo a unidade policial, todos tiveram os anteceden-tes criminais checados e foram liberados em seguida. Encerrada a manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público na Alerj, um grupo de manifestantes retornou à Praça da Candelária, onde ocorreu a con-centração, e de lá saiu correndo pela Avenida Presidente Vargas, sendo seguidos por deze-nas de policiais militares e guardas munici-pais. Alguns comerciantes fecharam as portas e muitos pedestres se assustaram com a cor-reria.

Protesto Centenas de manifestantes saíram da Candelária, no Centro do Rio, em protesto contra o aumento nas tarifas do transporte pú-blico. O grupo fechou a Avenida Rio Branco, em passeata rumo à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Às 19h, muitos ativistas de-ixaram ao local devido ao temporal que caiu na cidade. Os que continuaram, liderados por um grupo de mascarados, seguiram pela Rua Araújo Porto Alegre em direção ao Palácio Pedro Ernesto, onde fica a Alerj. Forte apara-to policial acompanhou todo o trajeto. Nas es-cadarias da Casa Legislativa, outras dezenas de policiais militares e guardas municipais aguardavam a chegada do manifestantes. O efetivo policial se dividiu em cada canto do espaço para acompanhar a concent-ração, que teve início por volta das 17h. Às 18h, representantes sindicais, de entidades de representação estudantil e de partidos políti-

cos discursavam em alto-falante para apre-sentar os interesses da manifestação e convo-car maior número de publico.

Reivindicações A manifestação foi convocada pelo Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passa-gem e pela Operação Pare o Aumento. Mais que a revogação do aumento das tarifas, os manifestantes reivindicam plena gratuidade para os usuários do transporte público no Estado através da reestatização do sistema. Cobram ainda melhorias dos metrôs, trens, ônibus e barcas.

Reajuste nas tarifas Na última segunda-feira (13), um reajuste de 5,7% surpreendeu os usuários dos ônibus intermunicipais no Rio de Janeiro. As passagens de ônibus que custavam R$ 2,80 passaram a valer R$ 3,00. O bilhete único também acompanhou o aumento. O mais barato passou de R$ 4,95 paga R$ 5,25. O aumento não havia sido divulgado com antecedência, o que, de acordo com o Ministério Público, é indevido. A determina-

ção é que os passageiros sejam avisados com pelo menos 10 dias de antecedência sobre os aumentos. A manifestação foi convocada an-tes do aumento.Tarifas na capital Em dezembro, o prefeito do Rio Ed-uardo Paes admitiu que haverá aumento no preço das passagens de ônibus em 2014. O reajuste aplicado em maio de 2013, que el-evou a tarifa para R$ 2,95, foi revogado após protestos que tomaram conta da cidade. Ele ressaltou que o reajuste é contratual e que não poderá ser revogado novamente e não infor-mou qual será o percentual de reajuste nem quando ele será aplicado.

Pressão popular As manifestações que tomaram as ruas do Rio no ano passado levaram, além da revogação do aumento, à criação na Câ-mara Municipal da CPI dos Ônibus. Porém, a comissão foi suspensa em 16 de setembro quando vereadores da oposição entraram com pedido de interrupção dos trabalhos, ar-gumentando que a composição da CPI não respeitava a proporcionalidade de partidos.

PROTESTO • Aumento surpresa nas tarifas intermunicipais desencadeou o movimento

G1

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REVISTAINTERBUSS • 19/01/14 11

• R7 [email protected]

ESA é condenada a indenizarpassageiro que teve deformidade O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) condenou a Empresa Santo Antônio a pagar indenização de R$ 13 mil a um passageiro que sofreu fra-tura e deformidade física por causa um grave acidente de ônibus da viação. Deste valor, R$ 8 mil se referem aos danos estéticos sofridos e R$ 5 mil por danos morais. Segundo a denúncia, a vítima sofreu uma fratura na clavícula esquerda que um desnível em seu ombro, pendendo para o lado esquerdo. O passageiro alegou também que ficou com dores constantes e que sofreu abalo psíquico. O caso aconteceu em março de 2008, quando o veículo se envolveu em grave aci-dente na BR-070, quando despencou de uma ribanceira. Duas pessoas morreram e vários passageiros ficaram feridos. A empresa Santo Antônio compare-ceu afirmou à Justiça que o acidente ocorreu por problemas mecânicos, falta de sinaliza-ção e más condições de tráfego na rodovia, o que excluiria sua responsabilidade. A juíza responsável pelo caso ne-

gou o pedido de danos materiais, pois o au-tor não comprovou qualquer despesa que possa ter realizado com tratamento médico, fisioterápico ou com a aquisição de medi-

camentos e negou também o pedido de pagamento de pensão vitalícia, já que o au-tor não teve prejuízo na capacidade de trab-alhar.

SANTO ANTONIO • Passageiro teve deformidade na perna após acidente

DF: Moradores do Gama reclamam de frota seminova Planeta e Pioneira• G1 [email protected] Moradores do Gama, no Distrito Federal, estão insatisfeitos com a substituição da frota de ônibus na região. Segundo os pas-sageiros, os veículos são velhos, quebram e não passam no horário. O DFTrans afirmou que a frota em operação no Gama foi totalmente substituída. São 130 ônibus fabricados em 2009 que per-tencem às empresas Pioneira e Planeta. Os seminovos começaram a rodar no último do-mingo (12). Alguns ônibus têm mais de 100 mil quilômetros rodados. Eles substituiram os veículos da Viplan que atendiam a região há mais de 15 anos. Os ônibus reformados estão fora dos padrões exigidos no edital de licitação do novo sistema de transporte público. O DFTrans informou que os veícu-los zero quilômetro devem entrar no sistema até fevereiro, e que a substituição dos ônibus

da Viplan por veículos seminovos é uma me-dida temporária, até que as obras do Expresso DF sejam concluídas. Segundo o órgão, as duas linhas que atendem aos moradores do Gama serão ex-tintas com a conclusão das obras do Expresso DF. A partir de então, os ônibus circulares “ali-mentadores” farão o transporte dos passage-iros até a estação do novo serviço. A expec-tativa é que o tempo de viagem para o Plano Piloto diminua de 90 minutos para 40 minutos. Os moradores também reclamam dos constantes atrasos dos novos ônibus que operam na região. De acordo com o DFTrans, a antiga empresa operava com linhas irregu-lares, por isso havia maior frequência entre um veículo e outro. Os antigos horários, se-gundo o órgão, não estavam cadastrados no sistema do transporte público. A Viplan começou a atuar no DF há 40 anos e sofreu assunção (nome técnico para intervenção) do GDF no fim do ano passado.

Centro-Oeste

Segundo a Secretaria de Transportes, a me-dida foi adotada para “impedir o comprometi-mento ou a ameaça ao regular funcionamento do sistema de transporte público coletivo”. De acordo com a lei, empresas que não paguem verbas rescisórias aos trabalha-dores contratados, impossibilitem a rescisão dos contratos de trabalho ou impeçam a contratação dos rodoviários pelas empresas de processo licitatório podem sofrer interven-ção ou sanções do governo. Essa foi a principal alegação do GDF para intervir nas empresas do Grupo Canhedo, entre elas a Viplan. Segundo o gov-erno, as companhias estavam retardando a dispensa dos funcionários, impedindo a con-tração deles pelas vencedoras da licitação do sistema de transporte da capital. Na época da assunção, o empresário Wagner Canhedo Filho, administrador do grupo Viplan, disse ter ficado “surpreso” com a decisão do governo.

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A S E M A N A R E V I S T A

Usuários de Salvador reclamam das mudanças no transporte

Nordeste

• A [email protected] Uma semana após a reestruturação de 16 linhas de ônibus que circulam na capital baiana, os usuários do transporte público ainda reclamam da dificuldade para acessar as novas rotas. As mudanças estabelecidas pela Sec-retaria Municipal de Urbanismo e Transporte fazem parte do sistema de integração do Bilhete Único, que permite o uso de dois veículos me-diante o pagamento de apenas uma passagem. O objetivo é reduzir o tempo de espera nos pontos e as viagens mais longas. No en-tanto, com a extinção da linha Lapa-CAB, por exemplo, alguns passageiros afirmam ter que aguarda ainda mais pela chegada dos ônibus. É o caso da servidora pública Maria Cristina Cardoso, 51 anos. Ela esperava cerca de 30 minutos por um ônibus na Estação da Lapa. Agora, chega a ficar quase uma hora para fazer o novo roteiro: embarca em um Estação Mussurunga- -Lapa, desce na avenida Paralela e pega o CAB-Circular. “Antes, eu tinha só um problema, que era esperar um ônibus. Hoje, a dificuldade do-brou. Preciso embarcar, desembarcar e ainda esperar por um bom tempo entre um ônibus e

outro. Mesmo utilizando o Bilhete Único, não vi vantagem alguma com essas mudanças”, afirma. Os usuários da extinta linha Luís An-selmo-Sabino Silva, que, hoje, funciona com a integração do Luís Anselmo- -Lapa e todas que saem da Lapa até a Barra, reclamam do mesmo problema. “A Lapa só dispõe de três linhas que passam no shopping Barra e elas vêm de longe. Então, demoram para chegar”, diz a vendedora Virgínia dos Santos Teixeira, 33, que mora em Brotas e vai à Barra todos os dias. Orientação - Por meio da assessoria

de comunicação, a prefeitura informou que os principais pontos que estão sendo reestrutura-dos dispõem de monitores do órgão para orien-tar os usuários sobre as opções existentes para diminuir o tempo de espera e fazer as viagens mais rápido. “As linhas estão sendo reestruturadas para se tornarem mais inteligentes e eficientes, de forma a aumentar a frequência dos ônibus nos pontos, diminuindo o tempo de espera e das viagens”, afirma, em nota, o secretário mu-nicipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia.

Empresas de Porto Velho, de novo, postergam instalação de GPS• RondoNotí[email protected] Pela quarta vez consecutiva as em-presas de ônibus de Porto Velho desrespei-tam compromissos e determinações judici-ais e não cumprem o item três do Termo de Compromisso firmado em 30 de dezembro de 2010, com a Prefeitura, estabelecendo a ob-rigação de “Implantar em 100% da frota de transporte até maio de 2011, GPS - sistema de posicionamento global para monitoramen-to da frota com base de observação na sede da SEMTRAN”. O Termo de Compromisso está sendo executado pelo Ministério Público (MP), através da Ação Civil Ação Civil Pública 0003366-75.2011.8.22.0001, da 2ª Vara Fazenda Pública, a qual determinou um prazo de quinze dias “para que as empresas de ônibus informe o cumprimento da decisão, sob pena de fixação de multa diária e pessoal a ser

fixada pelo juízo”. A decisão foi publicada no Diário da Justiça do dia 19 e o prazo começou a contar a partir do dia 23 dezembro de 2013. Entretanto, findo o prazo, as empresas não cumpriram a decisão da Justiça e entraram com embargos de declaração, evidenciando a tentativa de conseguir mais um protelamento.O primeiro prazo administrativo para cumprir a medida venceu em maio de 2011, posteri-ormente vários outros foram descumprindo. Na fase de execução judicial promovida pelo MP, as empresas descumpriram um compro-misso firmado em julho de 2012, no qual elas se comprometeram em juízo instalar o GPS até o final daquele mês. Posteriormente, em 13/12/2012, a 2ª Vara estabeleceu um novo prazo de 90 dias para que fosse implemen-tada a medida; sendo que as empresas tam-bém entraram com embargos e numa audiên-cia realizada em 07 de março de 2013, elas apresentaram à Justiça um cronograma para

MUDANÇAS • Passageiros não gostaram das mudanças no transporte de Salvador

Norte

instalação do GPS, que seria cumprido até setembro de 2013 e não foi. Ou seja, dois compromissos firmados em juízo e uma de-terminação judicial. Para dificultar o func-ionamento do sistema as empresas, que já teriam colocado o GPS em funcionamento, se recusam a colocar a “base de observação na sede da SEMTRAN”, conforme estabelecido no Termo de Compromisso. Essa postura das empresas prejudica a população, pois inviabi-liza uma fiscalização efetiva e em tempo real de todos os ônibus, quantidade de veículos circulando, cumprimento de rota e horários. Para o presidente da Central Única dos Tra-balhadores (CUT), ex-secretário da SEM-TRAN, que participa do processo a convite do MP, “o verdadeiro motivo desses sucessi-vos desrespeitos é justamente impedir o trab-alho de fiscalização, pois sem o uso dessa tec-nologia é praticamente impossível controlar o sistema de transporte coletivo”.

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Prefeitura de Curitiba informa que subsídio da RIT atrasou

Sul

• G1 [email protected] A Prefeitura de Curitiba informou nesta quinta-feira (16) que suspendeu o re-passe de dinheiro às empresas de ônibus que atendem aos moradores da Região Metropoli-tana. A decisão, segundo a administração mu-nicipal, foi tomada porque o governo estadual não fez o repasse de duas parcelas do subsídio usado para garantir o funcionamento da Rede Integrada de Transporte (RIT). Na RIT, os passageiros de algumas cidades da Região Metropolitana podem se deslocar até a capital paranaense pagando o mesmo preço da tarifa de quem mora em Curitiba. Atualmente, o valor da passagem é de R$ 2,70 para todos os usuários, salvo as gratuidades e os estudantes, que têm direito a pagar meia passagem. Ao todo, são 105 linhas atendidas com os ônibus da RIT, nas cidades do entorno de Curitiba, que fazem, diariamente, 6,1 mil viagens. De acordo com a Prefeitura de Curi-tiba, as parcelas atrasadas são referentes aos meses de dezembro de 2013 e deste mês de janeiro, num valor total de R$ 10 milhões. O dinheiro é repassado diretamente ao Fundo de Urbanização de Curitiba, que administra os recursos e faz os pagamentos às empresas de ônibus. Em nota, a prefeitura informou que

o pagamento às empresas da Região Metro-politana deveria ter sido feito no dia 15 de janeiro, mas não foi efetuado em virtude dos atrasos. A administração também informou que os pagamentos para as empresas que atu-am apenas dentro de Curitiba estão em dia. Ainda segundo a prefeitura, a cidade de Curitiba não precisa de subsídio para man-ter o sistema funcionando na capital, apenas para as cidades do entorno. O governo estadual, em nota, afir-mou que não há irregularidades no paga-mento do subsídio. Segundo o Executivo, os pagamentos são feitos sempre no dia 20 de cada mês e são relativos aos meses anteriores. Ou seja, no dia 20 de janeiro, a prefeitura de-verá receber o repasse referente a dezembro de 2013 e assim por diante. O Sindicato das Empresas de Trans-porte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) também foi procurado pela reportagem. Tam-bém em nota, a entidade afirmou que vê com

indignação a decisão da prefeitura de Curi-tiba. As empresas se comprometem a manter o serviço funcionando, mas afirmam que não terão dinheiro para quitar o vale-refeição dos funcionários, cujo pagamento deveria ser feito no próximo dia 20. O sindicato também afirma que vai procurar a Justiça para tentar receber o pagamento. “As empresas operadoras não po-dem ser responsabilizadas por conflitos entre o governo estadual e o município de Curitiba, pois não fazem parte do convenio celebrado entre estes dois poderes. (...) A atitude da pre-feitura de Curitiba, não está correta. O subsí-dio representa apenas 6% da receita da RIT, sendo abusiva a conduta de suspender a totali-dade dos pagamentos aos empresários metro-politanos, inclusive, dos valores arrecadados pela Urbs de venda de créditos eletrônicos e vale transporte aos usuários metropolitanos”, diz trecho da nota do Setransp.

Problema se repete Esta é a segunda vez que a Prefei-tura de Curitiba reclama de atrasos no repasse do subsídio dos ônibus. No início de dezem-bro, a administração municipal veio a público para dizer que os meses de outubro e novem-bro não haviam sido pagos. Dois dias depois, o governo emitiu uma nota afirmando que faria o repasse.

[email protected] As empresas de transporte público da região metropolitana de Porto Alegre inve-stirão cerca de R$ 60 milhões na implantação de um sistema de reconhecimento facial para combater fraudes no uso de cartões nos ônibus.A novidade será utilizada em 17 dos 32 mu-nicípios da região metropolitana e, conforme as empresas, o plano é levar o sistema a 1,7 mil linhas nos próximos cinco meses. A mudança impactará cerca de 11% dos aproximadamente 500 mil usuários diários do transporte público na região. Com a tecnologia, as catracas con-tarão com câmeras ocultas para registrar os rostos dos usuários que portam cartões de es-tudante, idosos, deficientes e passe livre estu-dantil. Ao final do dia, os dados coletados são enviados para um sistema de fiscalização e re-

P. Alegre: Metropolitanos terão biometriaconhecimento facial. Se for comprovada a irregularidade, o usuário infrator receberá uma advertência. Caso o uso irregular persista e seja flagrado nova-mente, o beneficiário terá o desconto cancelado. Para o diretor-geral da Associação dos Transportadores Intermunicipais Metro-politanos de Passageiros (ATM), Érico Mi-chels, o sistema trará um controle mais efici-ente, assim como evitará transtornos maiores do que se deixasse esta fiscalização com os cobradores. Além disso, de acordo com Michels, o novo sistema ajudará na gestão de bilhete único, possibilitando o acompanhamento das linhas em tempo real. Implantado pela empresa mineira Ta-com, a plataforma de reconhecimento já é usa-da em cidades como Belo Horizonte, Salva-dor e Teresina, e teve resultados satisfatórios,

com um índice de 99% de precisão, conforme aponta a desenvolvedora. A mudança na fiscalização resultará na contratação de mais profissionais para a equipe de monitoramento da ATM. Atual-mente, a central da associação conta com trinta pessoas. Para reforçar o sistema com as infor-mações dos usuários, a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Me-troplan) firmou um acordo com a CDS, do Distrito Federal, para operar o banco de dados. Segundo informou ao Jornal do Co-mércio o superintendente da Metroplan, Oscar Escher, o governo do Estado investiu cerca de R$ 5 milhões na reestruturação física da fundação. A Metroplan ainda estuda hospedar este banco de informações do usuário em ser-vidores da Procergs.

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• Da AutoSueco São Paulo

N O V A C O N C E S S I O N Á R I A

A Auto Sueco São Paulo, rede ex-clusiva de caminhões e ônibus da Volvo da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Região de Campinas e Baixada Santista, inaugurou no começo do ano a unidade de Limeira, a oitava do grupo no Estado. “Escolhemos esta localização estra-tegicamente no nosso plano de expansão. Tra-ta-se de uma referência para muitas empresas dos setores de transporte de carga, e passage-iros que utilizam a Rodovia Anhanguera, um dos principais eixos entre a capital e o inte-rior. A localização de Limeira está no centro de um conjunto de outras localizações que pretendemos atender, tais como Piracicaba, Mogi Mirim, Rio Claro e Americana. Que-remos estar cada vez mais próximos dos cli-entes que necessitam dos nossos serviços”, afirma Jorge Guimarães, administrador ex-ecutivo do Grupo Nors, dono da Auto Sueco São Paulo. A nova concessionária fica no km 137 da Rodovia Anhanguera, no sentido da

AUTO SUECO SÃO PAULOINAUGURA NOVA UNIDADE NO ESTADO,AGORA EM LIMEIRA

capital, e dispõe de uma área total de mais de 31.600 m², sendo cerca de 3.550 m² de área construída e mais de 18.000 m² de pá-tio, em condições de atender até 50 veículos por dia. Conta com 20 boxes de trabalho e outros seis exclusivos para troca de óleo. Os boxes contam com equipamentos modernos de diagnósticos que irão agilizar os mais di-versos tipos de atendimentos. Além da ven-da de veículos novos e seminovos, pneus e peças, a unidade estará integrada a uma rede de pós-venda forte e eficiente em serviços de mecânica, mecatrônica, reforma e na nego-ciação de planos de manutenção. Na primeira fase da inauguração serão gerados 25 postos de trabalhos, mas esse número deve dobrar no prazo de 12 a 18 meses. A Auto Sueco São Paulo traz tam-bém para Limeira o conceito de atendimento exclusivo, com a Sala dos Motoristas, um espaço onde os caminhoneiros poderão des-cansar, tomar banho, comer, acessar a internet e ainda acompanhar o serviço no caminhão com conforto. As instalações projetadas reforçam

ainda a preocupação da Auto Sueco São Paulo em relação ao meio ambiente. “Tere-mos tratamento controlado de óleos e outros resíduos contaminantes, sistema de armaze-namento e reutilização de água das chuvas e gestão integrada de energia, com ilumina-ção externa feita por LED e a utilização do aquecimento solar na água para lavagem de caminhões e peças”, acrescenta o diretor-ex-ecutivo da Auto Sueco São Paulo, Fernando Ferreira.

Sobre a Auto Sueco São Paulo A Auto Sueco São Paulo é empresa do Grupo português NORS, grupo este que atua no Brasil desde 2007 e mantém opera-ções em mais 14 países, na América do Norte, América Central, Europa, Ásia e África. A Auto Sueco São Paulo, com oito unidades e um posto de atendimento, é refer-ência no pós-venda qualificado e detém ex-clusividade de comercialização e serviços de caminhões e ônibus Volvo da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Região de Campinas e Baixada Santista.

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• Da Marcopolo

V E N D A M A R C O P O L O

A Marcopolo Rio realizou, em sua unidade no Rio de Janeiro, a entrega ofi-cial dos primeiros 59 ônibus Torino para a Sogatra - Société Gabonaise de Transport -, uma das principais empresas de transporte de passageiros do Gabão. Essa é a primeira venda da fabricante brasileira para o país africano, cujas 90 unidades restantes serão entregues ao longo do ano. Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, a em-presa tem forte presença no continente afri-

MARCOPOLO FAZ SUAPRIMEIRA VENDA DEÔNIBUS PARA O GABÃO

cano, mas ainda não havia fornecido ônibus para o Gabão. “A África apresenta potencial de crescimento muito grande para a utiliza-ção do ônibus e o Gabão é um importante e estratégico mercado para a ampliação con-tínua da nossa atuação no continente”, co-menta o executivo. Todos os 149 ônibus Torino ad-quiridos pela Sogatra serão produzidos na unidade da Marcopolo Rio. As primeiras 59 unidades serão embarcadas no porto do Rio de Janeiro, até o final deste mês. Os 90 veículos restantes serão exportados também pelo porto carioca.

Ideal para o transporte urbano de passageiros, o Torino é o ônibus de maior sucesso na história da Marcopolo, em razão de suas características de robustez, versa-tilidade, baixo custo operacional e elevado valor de revenda. As primeiras unidades fornecidas à Sogatra têm chassi Mercedes-Benz e capacidade de transportar 75 pas-sageiros. A Marcopolo Rio é o centro exclu-sivo de produção de ônibus urbanos e tem capacidade para produzir mais de 7.500 un-idades por ano. A unidade fabril conta com aproximadamente 2,6 mil colaboradores.

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REVISTAINTERBUSSTHIAGO SIONEPARAÍBA DO SUL/RJ • EMTRAM

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• Do Site da Transpo [email protected]

TNT quer crescer 1/4 notransporte de calçados Para o ano de 2014, a transporta-dora TNT prevê um incremento de 25% na demanda do setor calçadista. A preparação para atender a esses clientes iniciou com a inauguração de um terminal exclusivo, lo-calizado no Rio de Janeiro, ainda em 2013. O novo espaço se destina às operações do setor na região, além de marcar o reproces-so de cargas para as filiais de Friburgo e Volta Redonda. Dessa forma, a TNT deve proporcionar mais agilidade ao transporte das cargas, reduzir os custos e otimizar a qualidade operacional com equipe treinada exclusivamente para atender o segmento calçadista. Segundo a empresa, o novo ter-minal de operações cross-docking detém 4.000m² e capacidade diária para 12 mil volumes movimentados e 34 mil volumes armazenados. Para essa operação, 40 caminhões e comerciais leves promovem 640 entregas diárias somente de calçados. “O segmento calçadista é muito importante para a TNT e nos preparamos para atender à demanda e às necessidades específicas do setor”, comenta Cristiano Koga, diretor corporativo da TNT. “Desde maio, quando o espaço foi inaugurado, o índice de performance de op-

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

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erações para este segmento foi superior a 95%, atingindo quase 99% em agosto. Esse resultado está alinhado com a meta da em-presa, que tem o compromisso de entregar um índice mínimo de 95% em todas as op-erações”, destaca Koga. O terminal recebeu fortes investi-mentos em automação, com o MWW (Mo-

bile Worker Warehouse), um leitor móvel de código de barras desenvolvido pela TNT para agilizar os processos de carregamento e descarregamento, tanto de viagem quanto de coleta e entrega. Como resultado, en-trega uma redução no índice de extravios e garante a informação correta e em tempo real, de toda carga transportada.

TranspoOnline

DHL compra 820 Ducato na Itália• Do Site da Transpo [email protected] Em um amplo processo de renovação e ampliação da frota na Itália iniciado em 2010, a DHL acertou a compra de 820 unidades do Fiat Ducato 2014, equipados com o motor turbod-iesel 2.3 Multijet com potências de 130 e 150 cavalos, além da versão 3.0 com 136 cv movido a gás natural. O objetivo da DHL é que toda a sua frota seja formada por veículos Euro 5, o que a efetivaria como a primeira empresa de transporte com essa característica na Itália. O contrato as-sinado entre o Fiat Group Automobiles e a DHL Express Itália inclui o fornecimento de serviços de manutenção junto com a empresa Mopar, também do Fiat Group, através do plano “Total Care Mopar Vehicle Protection”.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Artigo: Os desafios logísticos para a Copa do MundoVictor Simas, presidente da Confenar

Neste ano o País do futebol será palco, pela segunda vez, de um dos eventos mais importantes do cenário esportivo mun-dial, a Copa do Mundo de 2014. Similar ao que foi registrado por muitos brasileiros, em 1950, o desafio logístico de diversos setores do Brasil, envolvidos nesse evento, é grande. A ação necessita de um planejamento estra-tégico eficaz, que atenda a vários segmentos, como infraestrutura, serviços, transporte, en-tre outros. As iniciativas de melhoria do País parecem fáceis de executar. Mas, são de-safiadoras para a nossa atual realidade. Os déficits para receber o segundo maior evento esportivo do mundo no Brasil(atrás apenas das Olimpíadas) são evidentes, pois é preciso modificar e evoluir em diversos pontos. Entre eles está o projeto logístico, um dos mais importantes para que o evento ocorra sem complicações. O desafio de ga-rantir que a Copa seja realizada com eficácia é essencial, especialmente na locomoção de produtos e pessoas, além de possibilitar um ambiente seguro para atletas e espectadores. Diante disso, é preciso que autoridades e es-

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pecialistas garantam projetos adequados para os próximos anos, e também para os próxi-mos eventos. Nas mãos dos organizadores existem muitas ações em desenvolvimento, além das arenas, que precisam se adequar aos padrões

da FIFA, aeroportos, rodoviárias, hotéis e transportes, tanto de cargas quanto de pas-sageiros, necessitam de atenção especial em razão do grande fluxo de pessoas e produtos que vão circular no período. No geral, são necessários fortes in-vestimentos em infraestrutura do transporte dentro das cidades e entre as cidades dos jo-gos, reforçando as linhas e o número de ôni-bus, metrôs e trens. Além disso, é preciso in-tensificar a operação nos aeroportos e realizar um serviço eficiente e disponível em vários idiomas. Para o setor de bebidas, merca-do de atuação da Confenar, o cenário será promissor durante a Copa. A Confederação prevê para a ocasião uma estratégia de dis-tribuição similar ao período de alta tempo-rada do verão brasileiro. A ação promovida para aumentar a distribuição garante o abas-tecimento constante dos pontos de venda, com opções variadas de produtos em bares, lanchonetes, restaurantes e supermercados e em outros locais em que haverá exibição dos jogos. Com a efetiva implementação de ini-ciativas de melhoria na estrutura logística do País, alinhada ao reforço no abastecimento das bebidas aos consumidores, faremos do Brasil um time vencedor dentro e fora dos campos.

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Mercedes-Benz investe na Espanha• Do Site da Transpo [email protected] A fábrica de vans da Mercedes-Benz, na cidade de Vitória, (região basca) na Espanha, receberá investimentos da ordem de € 190.000.000 para a sua ampliação, modern-ização e reorganização da unidade. A planta é responsável pela montagem dos modelos Vito e Viano e conta com 3.100 funcionários. O projeto original da unidade fab-ril é do início da década de 1950, com uma produção anual em torno de 75.000 vans, em uma área produtiva de 370 mil m², instalada em um complexo industrial de 600.000 m². “Com o investimento de cerca de € 190.000.000, estamos fortalecendo nossas in-stalações em Vitória e nos tornando prepara-dos para o futuro. Ao mesmo tempo, estamos

enfatizando a importância da segunda maior planta de vans em nossa rede de produção

global”, destaca Volker Mornhinweg , chefe da Mercedes- Benz Vans.

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• Do Site da Transpo [email protected]

Duplicação da área do porto deSão Sebastião custará R$ 2 bi

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Para dobrar a área portuária do porto de São Sebastião dos atuais 400 mil m2 para 800 mil m2 de operações, a Companhia Docas de São Sebastião investirá R$ 2 bilhões nas fases 1 e 2 do projeto. A Licença Prévia Nº 474/2013, concedida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), inclui as obras de con-strução dos berços 2, 3 e 4, que estão presentes nas fases 1 e 2 da ampliação do porto. De acordo com a empresa, cada ber-ço terá 300 m de comprimento por 40 m de largura, profundidade mínima de 16 m e será destinado a navios de última geração com ca-pacidade para até nove mil TEUS, que hoje não atracam em São Sebastião ou no Porto de Santos. Também será implantada uma Base de Apoio Offshore com 117.590 m2 que pos-sibilitará a implantação de até 10 berços para embarcações de menor porte (suplyboat e re-bocadores) voltados ao transporte de cargas e tripulações para as plataformas de petróleo. Os investimentos contemplam tam-bém a construção de um terminal multicargas em uma área de 252.229 m2 para operação de

veículos e cargas gerais (que podem vir em contêineres ou não) como peças, carga de pro-jeto, paletes entre outros. Por fim, será con-struído um portão de acesso mais moderno, interligado a nova chegada do contorno viário sul e com capacidade para estacionamento de caminhões que se destinam ao porto, sem que haja transtorno para o trânsito local. Para Casemiro Tércio Carvalho, presidente da Companhia Docas de São Se-bastião, a obtenção da Licença Prévia para as duas primeiras etapas do empreendimento é vital. “Ela contempla as obras mais impor-tantes para atender a demanda prevista de cargas pelos próximos 15 anos. Isso incre-mentará a movimentação de cargas do porto em 400% por ano”. Entre as contrapartidas exigidas pelo Ibama, destaque para a execução das obras dos contornos de Caraguatatuba (iniciadas em outubro/2013) e São Sebastião prevista para começar em janeiro/2014, bem como a duplicação da Rodovia dos Tamoios, que está com 99% da obra finalizada no trecho do planalto. Os projetos executivos, que contem-plam todas as obras de ampliação do porto a

serem executadas em etapas, foram iniciados em outubro de 2012 e devem ser finalizados no primeiro semestre de 2014. A revisão do estudo de demanda de cargas, que serviu de subsídio para a elaboração dos projetos básicos, já foi concluído e foi utilizado para a definição das unidades de negócio e elab-oração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que orien-tará a elaboração dos editais de arrendamen-to. A previsão é que as obras sejam iniciadas em 2014. Os números deste porto – Em 2012, o porto de São Sebastião movimentou 878.317 toneladas de produtos, o que repre-sentou um crescimento de 31% em compara-ção a 669.422 toneladas em 2011. Resultado, este, dos R$ 165 milhões investidos nos úl-timos dois anos. As melhorias possibilitaram e atraíram novos negócios a São Sebastião que opera com 18 tipos de cargas. Entre as que apresentaram maior crescimento nas importações e exportações estão chapas de aço, (140.461 ton/2012), máquinas e equi-pamentos (25.311 ton/2012), tubos (62.359 ton/2012), bobinas fio máquina (8.006 ton/2012) e veículos (31.562 unidades/2012).

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• Do Site da Transpo [email protected]

DHL será a responsável pelalogística do Cirque du Soleil

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A partir deste ano, a DHL passa a ser a empresa oficial responsável pela opera-ção logística do Cirque du Soleil. Entre as atividades, a operadora logística movimen-tará toda a infraestrutura do maior circo do mundo através da subsidiária DHL Global Trade Fairs & Events, dedicada especial-mente ao transporte e logística de grandes eventos e feiras. A DHL também fornecerá apoio logístico para a sede do Cirque du So-leil em Montreal, no Canadá. “O Cirque du Soleil está muito sat-isfeito em ter a DHL como a nossa parceira oficial de logística global”, garantiu Finn Taylor, vice-presidente Sênior do Cirque du Soleil. “Esta é uma aliança fantástica para nós, por unir duas marcas reconhecidas pelo comprometimento com a excelência em suas respectivas atividades. Como essa operação de turnê mundial engloba mais de 150 des-tinos em seis continentes, a logística é peça fundamental para o sucesso do Cirque du So-leil”, exaltou.

Entre as atividades, a DHL deverá transportar toda a estrutura dos espetáculos por todo o mundo em operações que podem envolver todos os modais de transportes, dependendo do destino, sendo responsável também pelo desembaraço aduaneiro em cada país. A operadora logística também re-

sponderá pela ações cotidianas, tais como o transporte de pacotes pequenos, gestão de armazéns e distribuição de mercadorias. Para 2014, o Cirque du Soleil proje-ta receber um público de cerca de 15 milhões de pessoas em todas as 19 localidades em que se apresentará no mundo.

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Portonave movimentou 13,8% a mais• Do Site da Transpo [email protected] Em 2013, a empresa Portonave ob-teve um aumento de 13,8% na movimenta-ção de contêineres em relação ao ano ante-rior, mantendo-se na liderança da operação de cargas conteinerizadas com 46% de par-ticipação de mercado em Santa Catarina. No período foram movimentados 705.790 TEUs (equivalente a um contêiner de 20 pés), con-tra 620.026 TEUs registrados em 2012. Com relação ao comércio exterior brasileiro, as exportações brasileiras re-traíram em 1% na comparação com 2012 , segundo dados do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exte-rior (MDIC). Na contramão do que foi o segmento, a Portonave apresentou alta de 11,4% nas exportações, com destaque para as cargas refrigeradas ou congeladas, que representaram 41% deste total. Entre as car-gas reefers, mais de 90% são de carnes con-geladas. As importações brasileiras subiram 6,5% em 2013, enquanto que as cargas im-

portadas movimentadas pelo Terminal subi-ram 18,5% no período. O plástico, seguido pelos produtos diversos (Made in China) e as cerâmicas lideraram as importações na Portonave. Ao todo, 528 embarcações atracar-

am no Terminal Portuário em 2013, sendo 66 unidades a menos do que em 2012. En-tretanto, a redução é atribuída ao aumento no tamanho dos navios, gerando a diminu-ição no número de escalas, mas o aumento no volume de cargas.

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M E C Â N I C A D E P E S A D O S

A função do feixe de molas vai além de proporcionar estabilidade ao caminhão. Também é parte de seu trabalho manter o eixo posicionado corretamente em relação às longarinas do chassi e apesar de ser feito em aço e ter aparência rude, trata-se de um equipamento que requer certos cuidados de manutenção preventiva. As operações básicas são desmonta-gem para verificar desgastes no olhete (ponto de fixação da mola ao chassi), nas buchas de bronze (para evitar folgas na supensão) e re-tirar e averiguar o espigão (parafuso central). Além disso, os fabricantes de molas reco-mendam verificar trincas ou pontos de ferru-gem nas lâminas. Antes de montar novamente o feixe, o ideal é passar graxa-grafite em to-das as lâminas. Um dos principais causadores de quebras de molas é o grampo sem o aperto adequado, que resulta no rompimento da lâmina em um ponto próximo ao pino de cen-tro. Outro motivo é a utilização de grampo de baixa qualidade, que laceia com o tempo e não permite mais o aperto para juntar o feixe. No caso de haver quebra de uma lâmina do feixe, o ideal é trocar o feixe in-teiro, observando que as peças novas devem ser de boa procedência. Quanto às lâminas usadas, o rear-queamento com maçarico, para serem reaproveitadas, é um procedimento que pode ser descartado. A mesma atitude deve ser mantida para possíveis soldas na braçadeira, porque se uma mola quebrar com o caminhão em movimento pode comprometer o eixo. Os buracos na rodovia e o excesso de peso também têm responsabilidade na avaria das molas. Além disso, se o motorista não tiver cuidado ao dirigir, os choques con-tra valetas, arrancadas e frenagens violentas também podem causar quebras. Bem cuida-do, o feixe pode resistir até 250 mil quilômet-

É FUNDAMENTAL O AJUSTE DOS FEIXES DE MOLASA manutenção desse item é muito importante em caminhões e ônibus para a garantia deestabilidade do veículo sobretudo em vias com muitos buracos e prejudicadas por asfalto ruim

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É FUNDAMENTAL O AJUSTE DOS FEIXES DE MOLASA manutenção desse item é muito importante em caminhões e ônibus para a garantia deestabilidade do veículo sobretudo em vias com muitos buracos e prejudicadas por asfalto ruim

ros. Depois desta quilometragem começam a ocorrer quebras e arriamentos, bastando para isso que haja abuso constante de excesso de peso.

Dicas Úteis01. Retirar, desmontar, limpar e lubrificar o feixe a cada 70 mil quilômetros.

02. Lâminas trincadas ou quebradas devem ser substituídas por originais.

03. Cuidado para não comprar lâminas pinta-das ou recondicionadas como nova.

04. Nunca bater sobre a superfície da mola com marreta ou martelo.

05. Nunca testar eletrodos nas molas. Aos soldar em área próxima do feixe protegê-lo com um pano molhado ou lona.

06. O feixe nunca deve ser montado sem uma camada de graxa-grafitada entre as lâminas.

07. O feixe tem seu tempo de vida útil lim-itado. Em caminhões pode chegar a 250 mil quilômetros.

08. Buchas, grampos e espigões de boa quali-dade são vitais para a durabilidade do con-junto.

09. Evite rearquear ou reforçar feixes de mo-las para transportar cargas além do limite do caminhão.

10. O Conjunto auxiliar, amortecedores e estabilizadores, devem ser conservados com cuidado.

Fonte: Revista“O Carreteiro” na Internet

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1º • Acidentes nas Estradas

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

Nos últimos dias uma série de acidentesde ônibus nas rodovias do país têmmotivado os comentários nas redessociais. As discussões acerca da qualidadedos veículos, da prudência ou imprudênciados motoristas, mensagens de apoioaos funcionários e familiares, críticas àssituações das rodovias brasileiras e outros debates sobre chassis e motoresdos veículos envolvidos nos acidentesestão entre os assuntos mais comentadosda semana nas redes sociais.

2º • O possívelfim da E.A.O.S.A.Outro assunto muito comentado nosúltimos dias nas redes sociais seria o fimde uma das empresas mais comentadas pelos colecionadores, sobretudo paulistas,a Empresa Auto Ônibus Santo André, ousimplesmente EAOSA, que estaria paraentregar todas as suas linhas para o GrupoJúlio Simões, deixando um rastro de váriosanos de operação na região do Grande ABC.

R E D E S O C I A LO SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

Itapemirim (Facebook)

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

TIAGO DE GRANDEMascarello GranVia Volvo B290RLE - Oak TreePublicada no perfil pessoal do autor

Grupó fechado destinado a publicação de fotos e informações sobre a Busscar. Apesar de ser secreto, basta uma solicitação à moderação para fazer parte desse seleto grupo!

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REVISTAINTERBUSS • 19/01/14 25

Um pouco da história do gás natural nos ônibus paulistanos

Ficção Em 2009 foi lançado um filme na-cional chamado “Salve Geral” . Ele foi base-ado nos ataques criminosos que ocorreram no estado de São Paulo, entre maio e julho de 2006. E, como ocorreu a exaustão nesses ataques, não poderia faltar uma cena de um ônibus incendiado. O ônibus utilizado no filme era um Mercedes Benz Monobloco O371U, prefixo 11156, fabricado no começo da década de 90. Esse veículo foi comprado na mesma época pela Companhia Municipal de Transportes Coletivos, a CMTC, pertencente à Prefei-tura de São Paulo. Mas ele veio com uma novidade: era movido a gás natural, um com-bustível ecologicamente correto. Na época era uma tecnologia nova e a intenção era im-plantá-la em todos a frota de ônibus urbano da cidade. Mas justamente por ser novidade, era uma tecnologia ainda muito cara. Por conta disso, somente a prefeitura encampou a idéia. Quatro anos depois, em 1994, as linhas da CMTC foram privatizadas. Uma cooperativa formada por ex-funcionários da CMTC, a CCTC (Cooperativa Comunitária de Transportes Coletivos), ganhou uma das licitações e o direito de operar o lote 66. Nesse lote, estavam incluídas as linhas dos ônibus movidos a gás. Sem frota própria, a CCTC alugou os veículos da CMTC, tanto movidos a gás quando a diesel, para operar as linhas que conquistou. Mais quatro anos se passaram e, em 1998, a CCTC comprou seus primeiros veícu-los zero km. Alguns deles eram movidos a gás. Além dela, as viações Gatusa e Santa Madalena também investiram em veículos com essa tecnologia.Todos eles tinham chassi Mercedes Benz, alguns OH1621L adaptados para gás, outros OH1623LG, chassi fabricado exclusivamente para motores com este com-bustível. Outras empresas chegaram a com-prar ônibus movidos a gás antes de 1998 mas não foram tão significativas quanto esta, que chegou a quase oitenta veículos ao todo. Nes-sa época, prometeram mais uma vez tornar o gás natural combustível oficial da frota de ônibus paulistana a médio prazo. Mas ficou só na promessa... Em 2002 a CCTC já estava fechada e praticamente todos os veículos a gás da Gatusa e da Santa Madalena já haviam sido convertidos para operar a diesel. Com o fe-chamento da CCTC, o 11156 e seus irmãos a gás da antiga CMTC, foram abandonados ao tempo e ao vento em algum pátio da antiga empresa pública. Os outros veículos a gás da CCTC foram convertidos a diesel e vendidos

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

(alguns ainda rodaram em Curitiba). Curiosa-mente foi nessa época que começou o incen-tivo a conversão dos carros de passeio para rodar usando o gás natural. Em 2004, ocorreu a licitação que escolheu as atuais operadoras privadas do sistema de transporte paulistano. Daquela ép-oca até hoje, somente dois veículos movidos a gás – também Mercedes Benz OH1623LG – foram adquiridos. Ambos são da empresa Sambaíba Transportes Urbanos, que opera a atual área 2 (zona norte). No entanto, ambos também já foram convertidos para rodar a diesel. Além do gás natural, outros inves-timentos em combustíveis ecologicamente corretos também não tiveram um final feliz em nossa cidade... Os ônibus híbridos não tiveram sequência... Os trólebus tiveram a maior parte de sua rede desativada e os veícu-los substituídos por outros a diesel. As redes

que ficaram são modernizadas a passos de tartaruga e os novos veículos tem problemas justamente por conta da rede ultrapassada. Os ônibus movidos a álcool não passaram dos 60 veículos. Os flex rodam o tempo todo a diesel. E os a diesel hoje rodam com um por-centual de biodiesel mas ainda está longe de ser um combustível com baixo potenc ial de poluição. Em 2008, a prefeitura de São Pau-lo começou a leiloar as “sobras” da antiga CMTC. Entre as “sobras”, estava o 11156. Ele foi arrematado e alguém o levou às telas de cinema... Onde ele virou obra de ficção... Assim como todo o dinheiro investido nessas experiências, que sempre param no meio do caminho...P. S.: Trailer do filme “Salve Geral” ( http://cin-ema.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=trailer-do-filme-salve-geral-04023462DCA10366&mediaId=304714 )

GÁS • Caio Millennium, chassi OH1623LG da Viação Sambaíba: um dos dois últimos ônibus movidos a gás natural. Hoje rodam convertidos a diesel

GÁS 2 • Cena do 11156 sendo incendiado no filme “Salve Geral”: deixou a realidade das ruas para virar ficção no cinema, e Caio Alpha, da Viação Oak Tree, em foto de 2007; era um dos veículos movidos a gás natural que a Viação Santa Madalena adquiriu em 1997

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

A colocação da empresa de ônibus Suzantur no município de Mauá, na Grande São Paulo, pela prefeitura tem causado problemas na locomoção das pessoas na ci-dade, principalmente para quem é portador de necessidades especiais. Quem afirma são os próprios pas-sageiros que dependem das linhas do lote 02 da cidade, onde operava a Leblon Trans-porte de Passageiros, retirada por uma de-cisão da prefeitura. A Leblon tenta reverter na justiça o ato do prefeito Donisete Braga e do secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira. “Tem sido horrível usar os ônibus da Suzantur. Eles não têm elevadores ou rampas. Quando têm, não funcionam ou es-tão do lado errado. (alguns ônibus têm por-ta à esquerda)” – disse Rosilene de Souza Santos, presidente da Aponem- Associação dos Portadores de Necessidades Especiais e Mães, entidade que busca a inclusão de pes-soas com deficiência, com sede no Jardim Luzitano, periferia de Mauá. São vários os relatos de pessoas que perderam sessões de fisioterapia e de outros tratamentos de saúde por causa da falta de acessibilidade dos ônibus da Suzantur. “Preciso fazer fisioterapia no cen-tro de Mauá. Os ônibus da Suzantur não pos-suem elevadores ou qualquer equipamento. Já perdi quatro sessões de fisioterapia que são essenciais para minha saúde” – relatou Vanildo de Lira, que depende de cadeira de rodas, e mora no Jardim Luzitano. Não é somente a falta de ônibus adequados da Suzantur que tem prejudicado os portadores de necessidades especiais em Mauá. Os passageiros reclamam do aten-dimento dos funcionários da empresa e do despreparo para manusear os poucos equipa-mentos que podem permitir acessibilidade. Maria da Silva Sobral mora no Jardim Zaíra V e disse que se sente presa em casa e evita usar os ônibus da empresa colo-cada pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga, Suzantur. “Quando a Leblon operava era mui-to melhor. Os ônibus passavam no horário, todos tinham elevadores e os motoristas eram educados. Os motoristas e cobradores da Suzantur não sabem atender o deficiente” – reclamou. Dolores Silva de Carvalho, que mora na região do Jardim Hélida, também reclama da falta de preparo dos motoristas.

Ela tem como opção usar os ônibus da Viação Cidade de Mauá, outra empresa do município, mas se queixa da falta de edu-cação dos funcionários. “Quando os ônibus têm elevadores, são mal conservados, todos quebrados. Os motoristas não param e não nos ajudam. Vi-ação Cidade de Mauá e Suzantur são com-plicadas. A única empresa que atendia mel-hor o deficiente que era a Leblon, o prefeito tirou” – disse indignada. Mauá não é uma cidade acessível e está na contramão de todas as políticas de inclusão. O portador de deficiência não deve somente ir de casa para o hospital, mas ter uma vida normal: trabalhar, estudar, passear e se divertir. Quem opina e sente as dificuldades disso na pele é Clauber Henrique de Souza que há cinco anos precisa usar cadeira de ro-das. Ele pratica esportes e tenta ter acesso aos direitos básicos de qualquer cidadão, mas confessa que é difícil. “É uma batalha todo o dia. Além de os ônibus não terem equipamentos, a cidade não oferece condições para o portador de ne-cessidade especial. Não é só em Mauá, o de-ficiente não é bem atendido de uma maneira geral, mas aqui na cidade, o terminal de ôni-bus não tem a menor condição para receber quem possui deficiência” – conta Cláuber que faz aulas de judô em Santo André. Ele mora no Parque São Vicente, outro bairro de Mauá, e prefere se deslocar com a cadeira de rodas nas ruas e calçadas esburacadas de Mauá para o Capuava, também na cidade,

para se livrar do terminal central da cidade e da falta de condição dos atuais ônibus que prestam serviços no município. A condição do asfalto e do calça-mento em Mauá é considerado um problema crônico pelos moradores da cidade. Em 2012, a empresa Scamatti & Seller Infraestrutura recebeu R$ 22 milhões para o recapeamento de 60 quilômetros de ruas e avenidas em Mauá, mas os problemas voltaram inclusive nas vias onde houve in-tervenções. Além da falta de condições dos ôni-bus, principalmente da Suzantur, a popula-ção se queixa da falta de transporte especial. A mãe de Cláuber, Iraci Alves de Sousa, diz que o serviço de atendimento es-pecial contratato pela prefeitura de Mauá é falho. “Não tem van adaptada. É perua comum e os motoristas não ajudam sequer colocar as pessoas com cadeira de rodas (dentro do veículo). Vou entrar em juízo contra isso” – disse. Os maus serviços do transporte es-pecial também fizeram com que o morador Josafá Gomes da Silva, perdesse consultas na AACD – Associação de Assistência à Cri-ança Deficiente. “Além de prejudicar o tratamento, se faltarmos muito nas consultas, perdemos as vagas que são limitadas e temos tanto tra-balho para conseguir” – reclama. Ele disse que ao ver os ônibus da Suzantur nem pensa mais em se deslocar pela cidade.

Ônibus mal conservados e sem equipamentos de acessibilidade fizeram com que passageiros perdessem tratamentos e passassem por constrangimentos. Prefeitura admite problema e diz que trabalhadores ainda estão sendo treinados e ônibus adaptados

Operações da Suzantur em Mauáprejudicam portadores de deficiências

LEBLON • Empresa que foi retirada de Mauá pela prefeitura, Leblon, tinha ônibus acessíveis segundo os passageiros e fazia treinamentos de motoristas, cobradores e fiscais para oatendimento a pessoas portadoras de deficiências físicas e visuais. Funcionários, em um dos treinamentos, sentiam as dificuldades nos transportes por quem possui mobilidade reduzida. Foto: Adamo Bazani / Diego Vieira.

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REVISTAINTERBUSS • 19/01/14 27

Ação do órgão foi motivada por reclamações de passageiros. Após notificá-la em dezembro, por problemas como sujeira nos coletivos, atraso e falta de abrigos, a empresa deverá pagar multa no valor R$ 250.986,67

Procon Guarujá multa viação em mais de R$ 250 mil

O Procon Guarujá multou a conces-sionária de transporte público Translitoral – Transportes, Turismo e Participação Ltda, no valor de R$ 250.986,67. A penalidade apli-cada na última sexta-feira (10), é referente a reclamações dos munícipes quanto às más condições do serviço prestado. A empresa tem prazo de 15 dias para apresentar recurso. Ainda sobre a notificação de 2013, dentre os principais pontos acrescidos ao documento, o principal é referente ao atraso dos coletivos. Segundo o que foi registrado pelo Procon, a demora hoje dos veículos está

entre 40 minutos e uma hora. A notificação abrangeu ainda a falta de abrigos nos pon-tos de parada, além de sinalização adequada e manutenção. Para verificar estes itens, os fiscais do Procon prosseguem com vistorias pela Cidade. O serviço de fiscalização foi baseado também na ordem de serviço 7/2013 – emitida pela Advocacia Geral do Município (AGM) e datada de 20 de novembro passado – que decorre de uma recomendação feita pelo Ministério Público. O Advogado Geral do Município, André Guerato explica que a Prefeitura vem dialogando com a concession-

ária de transporte, no sentido de cobrar mel-horias. “Comunicamos o Ministério Público (MP) na sexta-feira (10), acerca das irregular-idades constatadas pelo Procon e, a partir daí, notificamos a empresa para adequações mel-horias nos serviços”. Finalidade - Na ordem de serviço da AGM, o Procon Guarujá fica designado a realizar verificações e especifica-ções rotineiras nos equipamentos de transporte coletivo municipal, com o intuito de se fazer cumprir o Código de Defesa do Consumidor (CDC), e apurar eventuais falhas e deficiên-cias na prestação do serviço em Guarujá.

No ano passado, foram 53 veículos queimados. Além de prejuízo material,passageiros e profissionais ficam com sequelas psicológicas e físicas

Incêndios a ônibus em São Paulo causaram prejuízos de R$ 31 milhões em 2013

Enquanto ainda incêndio a ônibus for considerado revolta ou manifestação so-cial e não crime, como é, talvez o problema esteja longe de solução. Seja um cabeça de facção que orde-na os ataques ou mesmo moradores revolta-dos por alguma coisa, a partir do momento que alguém para um ônibus, ordena a saída de seus ocupantes (isso quando dá tempo de todos fugirem),pega um combustível e inicia o incêndio, deve ser tratado como criminoso. Dados divulgados pela SPUrnbauss, que é o sindicato que representa as empresas de ônibus na Capital Paulista, revelam que so-mente em 2013, 53 ônibus foram queimados e completamente destruídos. Muitos veículos inclusive com poucos meses de uso. As empresas calculam que os prejuízos foram de R$ 31 milhões aproxima-damente. É um crescimento vergonhoso. Em 2009, foram 16 ônibus queimados. Em 2011, subiu para 25 veículos e em 2012 foram 50. O número cresce e a impunidade continua. Poucas pessoas são detidas por es-tes atos. Qualquer fato é pretexto (e não mo-tivo) para os atos de vandalismo e crime. A polícia mata um bandido, ônibus são queima-dos. Falta educação, moradia, saúde: ônibus são queimados. E a maior falta de inteligência (a popular burrice): falta transporte – ônibus são queimados. São estes mesmos ônibus queima-dos que vão fazer falta nas linhas dos bairros onde supostamente a população (bandidos in-filtrados) fez os ataques. Ao jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, o presidente do SPUrbanuss, Francis-

co Christovam, disse que queima de ônibus influencia também no valor das tarifas já que aumenta custos dos operadores. “Um veículo que é incendiado, já foi depreciado. Ele vai ser substituído por um veículo novo. Isso significa aumentar o custo de produção do serviço. Isso acaba se traduzindo em necessidade de tarifa maior. É a população que acaba pagando essa conta”. Se a conta fosse financeira já seria ruim. Mas há um grande número de pes-soas que ficam com sequelas físicas e psi-cológicas por causa destas ações criminosas – algumas permanentes. Gente que não teve tempo de escapar e sofreu queimaduras e pro-

fissionais que antes amavam prestar serviços à população pelo volante. Hoje têm medo até de ouvir o barulho do ônibus. O caso mais emblemático até agora neste ano foi da menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que estava com a mãe e a irmã de 1 ano e 6 meses num ônibus urbano no Maranhão e que por causa de briga entre bandidos do sistema penitenciário do estado administrado pela família Sarney morreu queimada. A ONU – Organização das Nações Unidas se manifestou pela situação dos de-tentos do presídio de Pedrinhas. Quanto à família da menina ...

FOGO • Um dos 53 ônibus que foram queimados em São Paulo em 2013, de acordo com o balanço da SPUrbanuss. Prejuízos financeiros foram de R$ 31 milhões, além falta de ônibus nas linhas e sequelas físicas e psicológicas em passageiros e profissionais dos transportes. Foto: Uol.

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19/01/14 • REVISTAINTERBUSS28

Flickr Busologando • www.flickr.com/busologando

A S F O T O S D A S E M A N A

GUSTAVO BAYDENeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

GUSTAVO BAYDENeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

WESLEY ARAUJOCaio Apache S21 Volksbus 17 210 OD • STU

Flickr Bus In Focus • www.flickr.com/businfocus

WESLEY ARAUJOIrizar PB Scania K380 • Turística Rio Preto

GUSTAVO BAYDENeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

GUSTAVO BAYDENeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

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REVISTAINTERBUSS • 19/01/14 29

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD Holding • www.ocdholding.com

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI!Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

IURY MELLOIrizar i6 Scania K360 • Potiguar/CVC

RODRIGO GOMESNeobus Mega MBB OH-1621 E5 • ABC RODRIGO GOMES

Neobus Mega MBB OH-1621 E5 • ABC

IURY MELLOIrizar i6 Scania K360 • Potiguar/CVC

HENRIQUE SIMÕESNeobus Mega Plus Volksbus 15.190 OD • São José

HENRIQUE SIMÕESNeobus Mega Plus Volksbus 15.190 OD • São José

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19/01/14 • REVISTAINTERBUSS26

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Joinville: Ônibus para o Aeroporto? Agora vamos ao Sul do Brasil e analisar uma linha de ônibus da cidade de Joinville-SC, que faz o itinerário entre o aeroporto da cidade e o terminal de ônibus mais próximo. Embarquei para Joinville dia 30 de novembro de avião para ir a uma exposição de ônibus, a Exponi 13. Peguei o voo da TAM, JJ 3035, horário 06h49, com desem-barque previsto às 8 da manhã. Após o desembarque, às 08h05, conheci as imediações do aeroporto, as de-pendências, lojas, e por último, a área fora do aeroporto. Dirigi-me a um ponto de ôni-bus, mas... Encontrei um pequeno aviso, da Transtusa com o horário dos ônibus da linha 0240 (Aeroporto via Emílio Landmann – Ter-minal Iririú). Observei os horários de sábado do sentido Terminal Iririú, e quando olhei, as partidas de ônibus no aeroporto eram infinita-mente menores que ônibus urbanos de aero-portos de outras cidades do país. Segundo a tabela, o ônibus tinha saído às 07h52, e o próximo, às 09h57. Duas horas e cinco minutos de intervalo. Mas, por que isso? Todos os sábados, o aeroporto recebe oito aeronaves. Primeiro o voo da Azul vindo de Foz do Iguaçu desembarca às 07h13, depois o voo onde eu estava, que desembarca às 07h45 (por motivo de nu-vens baixas o pouso atrasou em 16 minutos e lá ainda não existe pouso por instrumen-tos), e depois mais dois voos da Azul vindo de Campinas, com horários estimados em 08h41 e 10h27. O aeroporto faz uma pausa de quase cinco horas sem aterrissagens até ser reto-mado às 15h11 com um voo da Gol vindo de SP-Congonhas, depois outro voo da TAM vindo de Guarulhos com horário estimado às 17h23, e por último um voo da TAM vindo de Congonhas às 18h30 e o da Azul vindo de Campinas às 19h25. Agora, faça uma comparação com os horários da linha 0240 de sábado e veja a falta de congruência entre os horários de desembarque das aeronaves e o horário dos ônibus que passam por ali. E conferindo a tabela, essa linha é circular e os horários do sentido Terminal são marcados a partir de uma rua cerca de mais de um quilômetro an-tes do aeroporto, fazendo com que os horári-os tenham um acréscimo de três minutos em relação à tabela. Sinceramente, essa linha deveria ter mais ônibus e menos intervalos, e uma coisa que achei estranha é que a linha 0230 Emilio Landmann faz quase o mesmo percurso da

0240, só que não passa pelo Aeroporto. E ai-nda, só há um ônibus alternando entre linhas 0230 e 0240, sendo que aos sábados de man-hã há mais viagens na 0230 que na 0240. Em outras palavras, a 0240 é um prolongamento da 0230. Custa unificar essas duas linhas em uma só? Pelo que vi, a volta que o ônibus percorre no aeroporto perde míseros cinco minutos de tempo – daria muito bem o ôni-bus da linha 0230 passar por ali sem ficar prejudicando passageiros por duas horas es-perando esse ônibus e também passageiros gastarem cerca de 38 reais de táxi ao cen-tro (como eu mesma fiz). E para o ônibus, gastos adicionais como combustível seria infinitamente mínima. Passageiros que desembarcam em

Joinville precisam sim de ônibus com in-tervalos razoáveis, no máximo 35 minutos, que é a viagem que um ônibus faz do Term. Iririú até o Aeroporto e voltar. Agora esperar duas horas por um ônibus é sacanagem. Se eu fosse o proprietário da Transtusa, juntaria essas duas linhas em uma só. E segundo o site da Infraero, há uma novidade esperada em 2014: a insta-lação do ILS – Instrument Landing Sys-tem - na cabeceira da pista para pousos no aeroporto, assim, diminuirá muito os cancel-amentos por mau tempo e assim, diminuirá os transtornos aos passageiros. E também os pernoites no hotel e os fretamentos das 3 e meia da madrugada até Curitiba para pegar o primeiro voo de Curitiba para Congonhas, coisa que eu também fui obrigada a fazer.

Marisa V

anessa N. Cruz

AEROPORTO • A tabela horária da linha 0240 e um ônibus que serve a região

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