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MOTORISTA ERRA MARCHA E ÔNIBUS MATA UM NO TIETÊ Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 182 23 de Fevereiro de 2014 BRASIL SUL FECHA A COMPRA DO GRUPO DA VIAÇÃO GARCIA Negociações se encerraram na semana passada e comunicado foi feito por ambas as empresas. Nome e operações, por enquanto, não mudam BRASIL SUL FECHA A COMPRA DO GRUPO DA VIAÇÃO GARCIA

Revista InterBuss - Edição 182 - 23/02/2014

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 182 - 23/02/2014

MOTORISTA ERRAMARCHA EÔNIBUS MATA UMNO TIETÊ

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 182 23 de Fevereiro de 2014

BRASIL SUL FECHA ACOMPRA DO GRUPODA VIAÇÃO GARCIA

Negociações se encerraram na semana passada e comunicado foi feitopor ambas as empresas. Nome e operações, por enquanto, não mudam

BRASIL SUL FECHA ACOMPRA DO GRUPODA VIAÇÃO GARCIA

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 182 - 23/02/2014

Página 15

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

| A Semana em Revista

BRT de BeloHorizonte vaicomeçar a operarcom 25 articuladosNúmero ainda é bem menorque o projetado, que prevêcentenas de articuladoscirculando pelos corredores 12

BRASIL SUL COMPRAA VIAÇÃO GARCIA

Acima, um dos carros comprados pela Brasil Sul ainda antes da formalização da aquisição da concorrente

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

28

| A Semana em Revista

Motorista avançaem plataforma doTietê em SP comônibus e mata umPassageira que estava naplataforma da rodoviáriafoi atropelada pelo veículo 09

BRASIL SUL COMPRAA VIAÇÃO GARCIA

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 24

MECÂNICA DE PESADOSO bloco do motor 22Página 15

ANO 4 • Nº 182 • DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 23h46 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraViajando de Garcia 25

EDITORIALA venda da Garcia para a Brasil Sul 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 18

BRASIL SUL COMPRAA VIAÇÃO GARCIA

Acima, um dos carros comprados pela Brasil Sul ainda antes da formalização da aquisição da concorrente

PÔSTERMarcopolo Paradiso GV 16

André Luiz J. R. Aguiar

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Adamo BazaniFortaleza tem plano para combate a ataques 26

| Deu na Imprensa

Siemens entrano mercadoamericano compedido da AmtrakForam vendidas 70 locomotivaselétricas para a empresanorteamericana, o primeiropedido no país 21

| Deu na ImprensaAirbus projetaque mercadoaéreo euroasiáticodobrará até 2020Trechos de ligação entre a Ásia e o Pacífico vãomais do que duplicar 18

Excepcionalmente, nesta edição não é publicada a coluna deMarisa Vanessa, que volta a ser publicadana semana que vem. Agradecemos pela compreensão!

BATIDO O MARTELOBrasil Sul leva a concorrente Viação Garcia 15

BRASIL SUL COMPRAA VIAÇÃO GARCIA

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Um marco histórico no transporte rodoviário nacional foi registrado na se-mana passada, com o anúncio da compra de quase metade do grupo da Viação Gar-cia pela concorrente Brasil Sul. O fato é histórico pois marca o fim de uma briga de anos, iniciada ainda durante a gestão famil-iar da mais antiga viação paranaense ainda em atividade, e mostra o quanto uma má gestão pode comprometer o futuro de mil-hares de funcionários. A Brasil Sul, uma empresa que surgiu como cisão do Expresso Nordeste, da família Boiko, é muito menor que a Via-ção Garcia, e mesmo assim conseguiu fazer a compra da sua concorrente maior. Como isso pôde ter acontecido? Vamos entender um pouco a história recente das empresas, e as peças vão se encaixar. Em meados de 2010 a família Gar-cia passou o controle de todo o seu grupo, que inclui também as empresas Princesa do Ivaí e Ouro Branco, além do setor de cargas e encomendas, para o senhor Mário Luft, do grupo de mesmo nome, que já tinha uma

grande experiência em transporte, porém de cargas e não de passageiros. Logo nos primeiros meses foi possível notar que o sr. Luft e seus parentes lidavam com a empresa como se fosse um brinquedo de filhos mais novos. Grandiosos eventos foram realizados para admiradores do setor, num pioneirismo dessas ações que agradaram a todos os par-ticipantes, sendo uma jogada de marketing genial, sobretudo por ser de baixo custo e alto retorno. Nesse mesmo tempo a Viação Gar-cia, que já estava em pé de guerra com a Bra-sil Sul por conta de suas liminares de trechos que sobrepunham os seus, acabou acirrando ainda mais essa disputa, e as provocações só aumentaram. Renovações vultuosas de frota chamaram a atenção de todos, porém a Gar-cia não vinha de uma fase muito boa e estava com compras mais modestas justamente por isso. Veículos altos com chassis de última geração foram adquiridos, porém a conta fi-cou em aberto. Enquanto isso, a Brasil Sul prosseguia com suas liminares e renovações de frota, padronizando tudo com veículos

As lições da venda da ViaçãoGarcia para a Brasil Sul

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial Low Driver (LD), aumentando o conforto

com preços mais módicos em relação à sua concorrente. Com o passar do tempo, o fôlego juvenil da “nova” Viação Garcia, que apos-tou nas redes sociais, fez concursos de pintu-ra, mudou a cara das suas “filhas” menores, estava acabando. As renovações passaram a ser menos frequentes e já não haviam mais encontros na garagem. Andréa Luft, filha do sr. Mário, que fazia contatos diretos pelo Facebook e debochava da Brasil Sul, mer-gulhou no universo jurídico para derrubar as liminares da concorrente e hoje, sequer dá as caras. A Brasil Sul cresceu e se consoli-dou com seu serviço de excelência que inclui uma frota de última geração. Enquanto isso, a Garcia mergulhava com seu marketing fra-cassado. Com isso, a Brasil Sul começou a auxiliar sua concorrente maior inclusive no pagamento de veículos. Mais tarde, novos carros chegaram, e parte deles em compra compartilhada entre as duas viações. Menos de um ano depois, a notícia que o mercado já aguardava, apesar de poucos acreditarem. Quem já tem alguma experiência no setor com certeza irá sobreviver por muitos anos, enquanto outras que apostam em marketing barato, tendem a declinar. Toda essa história pode servir de lição para outras viações, que estão no mesmo ritmo de quebra.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• Automotive Business [email protected] Primeiro ônibus articulado movido totalmente a baterias, o E-Bus já roda em testes com passageiros na cidade de Diade-ma. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou de uma das viagens. O E-Bus vem sendo avaliado pela Empre-sa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP), ligada à Secretaria de Trans-portes Metropolitanos. Desenvolvido em parceria com a Mitsubishi Heavy Industries e a Mitsubishi

Destaque

A S E M A N A R E V I S T ADE 16 A 22 DE FEVEREIRO DE 2014

REVISTAINTERBUSS • 23/02/14 07

Veículo está sendotestado pela empresaMetra, que circula noCorredor ABD, naGrande São Paulo

Ônibus movido totalmente abateria já circula em S. Paulo

Divulgação

Corporation, do Japão, além da concession-ária Metra, o programa pretende verificar a viabilidade da tração elétrica (sem linha de alimentação como para os trólebus) sob os pontos de vista técnico e econômico. O E-Bus circulava desde novem-bro de 2013 com lastros, quer dizer, com pesos de areia. Agora começaram os testes em operação regular, com passageiros. O coletivo deve circular até junho fazendo a extensão Terminal Diadema-Morumbi (São Paulo), gerenciada pela EMTU/SP. A Mitsubishi Heavy Industries de-senvolveu o sistema de baterias de tração, que foi integrado a um ônibus articulado de 18 metros com capacidade para 124 pas-sageiros. Esse conjunto de acumuladores utiliza íons de lítio, como ocorre em eq-uipamentos eletrônicos portáteis. São ca-

pazes de armazenar bem mais energia do que as baterias de tração mais comumente utilizadas. Os investimentos com o ônibus e a montagem da infraestrutura para carrega-mento das baterias de tração ficaram a car-go da Mitsubishi Heavy Industries, da Mit-subishi Corporation e da Metra. A empresa brasileira Eletra participou da integração do sistema de baterias ao ônibus. O trecho Diadema-São Paulo tem 11 quilômetros. A operação foi planejada para permitir, ao longo do dia, quatro recargas rápidas, cada uma com duração de quatro minutos, no Terminal Diadema. Além disso, receberá cargas lentas (com duração de duas a três horas) na garagem da Metra durante a noite e em horários de baixa demanda. A cada dia o ônibus rodará 160 quilômetros.

RECARREGÁVEL • Sistema de recarregamento das baterias de lítio, que ficamlocalizadas na parte superior do ônbus articulado

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Após jovem ser baleado, trêsônibus são queimados em Tatuí

A S E M A N A R E V I S T ASão Paulo

• G1 Sorocaba e Jundiaía@terra. com.br Três ônibus foram incendiados entre a noite desta quarta-feira (19) e a madrugada desta quinta (20), em Tatuí (SP). Segundo a Polícia Militar, as ações criminosas começaram após a morte de um menor durante tiroteio com a PM depois de uma tentativa de roubo. Ainda segundo a polícia, ninguém ficou ferido durante os incêndios. O primeiro ataque a ônibus ocorreu às margens da rodovia Mário Batista Mori (SP-141), onde horas antes o adolescente foi morto. O incêndio criminoso foi provo-cado por aproximadamente dez pessoas. O motorista do veículo contou à polícia que fazia a penúltima viagem da noite quando dois homens fizeram sinal para ele parar. Um deles estava armado e teria arrancado o motorista de dentro do veículo. Os bombeiros foram acionados e conseguiram controlar as chamas, mas o veículo ficou completamente destruído. O fogo também se alastrou pela vegetação ao lado da rua. Minutos depois, segundo a PM , homens atearam fogo a um pedaço de espu-ma e colocaram-no embaixo de outro ôni-bus, no bairro Jardim Aeroporto, próximo ao local da primeira ocorrência. Os policiais foram ao local e con-seguiram apagar as chamas com ajuda de galhos de árvores, mas logo em seguida um micro-ônibus foi incendiado na Vila Angé-lica.

Tiroteio

INCÊNDIO • Ônibus ficou destruído após ação criminosa contra morte de jovem

23/02/14 • REVISTAINTERBUSS08

Reprodução de TV

Artesp reajusta tarifa de ônibusrodoviários e suburbanos em 6,8%• Terraa@terra. com.br Desde a 0h do domingo, os ônibus rodoviários intermunicipais de São Paulo tiveram suas tarifas aumentadas em média 6,8%. O aumento, anunciado no site da Agên-cia de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), afeta as linhas rodoviárias e subur-banas do Estado. As linhas dentro das regiões metropolitanas não serão afetadas, já que são

responsabilidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Nas linhas rodoviárias, o índice apli-cado é de 6,54% e nas suburbanas 7,24%. De acordo com a Artesp, o último reajuste ocor-reu em novembro de 2012 (6,85% para ambas as linhas) e a inflação no período considerado foi de 9,08%. A Artesp afirma que o cálculo do reajuste representa a recomposição de custos

operacionais entre agosto de 2012 e dezem-bro de 2013 e que foram consideradas as variações de diversos itens, como os salários da categoria reajustados em cerca de 8% e o custo do óleo diesel subiu 15%. Ainda de acordo com a agência, em 2013, 271 veículos zero quilômetro passaram a integrar a frota do Sistema de Transporte Intermunicipal; 631 linhas rodoviárias e 431 suburbanas.

A Polícia Militar não descarta a possibilidade dos atentados aos ônibus es-tarem relacionados à morte do menor du-rante um tiroteio. Segundo o boletim de ocorrência, três adolescentes em situação suspeita teriam sido abordados por polici-ais. Um deles tentou fugir e atirou contra um policial. De acordo com o tenente João Pau-lo de Miranda, o jovem de 16 anos disparou três vezes. Um dos policiais revidou com nove tiros. Quatro atingiram o menor, que morreu no local. Os outros dois adolescen-

tes foram detidos e encaminhados à delega-cia de polícia e, depois, liberados.A PM abriu sindicância para apurar a con-duta dos policiais na abordagem. A Polícia Civil também investiga o caso e se há liga-ção entre as ocorrências.

Escoltas Por causa desses atentados, na manhã desta quinta-feira (20) os ônibus que fazem transporte escolar serão escoltados pela Guarda Municipal. A ação deve durar pelo menos até o fim do dia.

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REVISTAINTERBUSS • 23/02/14 09

Motorista erra marcha, avançaem plataforma do Tietê e mata 1• Estadã[email protected] O motorista da Viação Itapemirim Paulo Sérgio da Silva, de 57 anos, que estava conduzindo o ônibus que atropelou e ma-tou uma mulher no Terminal Rodoviário do Tietê, na zona norte da capital paulista, e feriu outra cinco, foi preso em flagrante na noite de domingo, 16. O veículo invadiu a plataforma de embarque, por volta das 23h30. A vítima fatal é Shirlei Aparecida Ângelo Mendes, de 48 anos, que aguardava familiares desembarcarem. Outras cinco pes-soas se machucaram e foram levadas para prontos-socorros da Santa Casa e do Hospital do Mandaqui. Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), ao estacionar o ônibus na faixa de embarque de número 27, o motorista perdeu o controle do veículo e subiu na calçada, atingindo as vítimas contra uma barreira de proteção. O Samu chegou a prestar socorro, mas Shirley morreu local. Paulo Sérgio foi preso em flagrante, e o caso foi foi registrado no 20.º Distrito Policial (Água Fria) como homicídio culposo na direção de veículo automotor e lesão cor-poral culposo na direção de veículo automo-tor, além de choque. Este é o terceiro acidente envolven-do ônibus nos últimos cinco dias na cidade de São Paulo. Ao todo três pessoas morreram e ao menos 59 pessoas ficaram feridas.

R7

No fim da manhã de sábado, 15, pelo menos 45 pessoas ficaram feridas em acidente envolvendo dois ônibus na Avenida Nações Unidas, Brooklin, zona sul de São Paulo. Ao menos dois passageiros tiveram ferimentos mais graves, segundo os bom-beiros. Eles receberam os primeiros so-corros no local do acidente e foram levadas para o Pronto Socorro do Hospital Munici-pal Campo Limpo. Os outros feridos foram

levados para a Santa Casa e para os hospitais Jabaquara, Mandaqui e Leforte. Na quarta-feira, 12, um ônibus biar-ticulado que trafegava no corredor exclusivo da Avenida Vereador José Diniz, na zona sul de São Paulo, não conseguiu frear. O veículo subiu sobre um Corolla preto e ainda colidiu contra outro ônibus articulado que estava à frente e ainda atingiu um taxi. Duas pessoas, um executivo francês e um taxista, morreram. Outras nove pessoas ficaram feridas.

INCIDENTE • Ônibus avançou sobre a plataforma e matou uma pessoa, no Tietê

Jilmar Tatto suspende novosseccionamentos de linhas em SP• Estado de [email protected] Após ouvir queixas de usuários dos ônibus municipais em um debate organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) na noite desta quinta-feira, 20, o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, anunciou a suspensão de divisões de linhas. “O seccionamento está congelado e qualquer mudança que venha a ser feita será com ampla divulgação e informação ao cidadão.” O ato do MPL debateu a divisão de grandes linhas de coletivos que ligam bairros e centro em ramais menores, obrigando baldea-ção em terminais. Na frente da Prefeitura, o ato termi-nou com a entrega de uma catraca pintada de

dourado ao secretário. Segundo o MPL, o item simbolizava o “primeiro prêmio catraca” e foi concedido a Tatto “pelos serviços prestados aos empresários de ônibus” da cidade. A partir das 18h30, o debate reuniu cerca de 200 pessoas e durou cerca de 1h30. Tatto ouviu queixas de moradores das zonas sul, norte e oeste e principalmente da zona leste a respeito dos cortes nas linhas. Entre as falas havia acusações de que a secção beneficiava os empresários porque eles ganhariam duas vezes caso um passageiro tivesse de embarcar em dois ônibus para fazer o mesmo trajeto. O secretário se defendeu e afirmou que o objetivo da medida era dar mais agilidade aos veículos e acabar

com a sobreposição das linhas. O discurso, no entanto, não convenceu. “Como se secciona uma linha sem ter a infraestrutura dos corre-dores de ônibus? É falta de planejamento ou é para aumentar os custos?”, questionou Rafael Siqueira, um dos manifestantes. Ao fim do ato e aparentando constrangimento pelo prêmio, Tatto defendeu o diálogo com o MPL e disse não ter medo de estudantes nem de manifesta-ções. “São movimentos legítimos que precisam ser ouvidos”, afirmou. A integrante do MPL Mayara Vivian disse ao secretário, enquanto en-tregava a catraca, que o diálogo era importante, mas o movimento vai para “cima”. “Às vezes, a cidade fica em chamas”, disse a ativista.

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A S E M A N A R E V I S T A

23/02/14 • REVISTAINTERBUSS10

Enquanto Agnelo entrega ônibus no DF, rodoviários fazem greve

Centro-Oeste

• G1 [email protected] Motoristas e cobradores que trabal-ham nas linhas de ônibus do novo sistema de transporte público do Distrito Federal em Sa-mambaia fizeram uma paralisação relâmpago na manhã desta sexta-feira (21) em protesto pelo não recebimento dos salários e benefícios. A ação ocorreu enquanto o governador Agnelo Queiroz entregava 163 veículos na região, que tem 221 mil habitantes. De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários João Jesus de Oliveira, a greve durou cerca de 20 minutos e foi resolvida de-pois que a empresa que assumiu o sistema na região se comprometeu a pagar os salários e o tíquete-alimentação ainda nesta sexta. Por causa da manifestação, as estações de metrô ficaram lotadas durante a manhã. Os funcionários do serviço orientavam os usuários e davam prioridade a gestantes e pessoas com deficiência. Apesar das longas filas, os passage-iros disseram que estavam sendo atendidos den-tro de um prazo satisfatório. Esta é a segunda paralisação da cat-egoria em menos de uma semana. Na terça, rodoviários que trabalham nas linhas de ônibus do Grupo Constantino não saíram dos terminais de Santa Maria e do Gama. A empresa diz não ter dinheiro em caixa para dar baixa nas car-teiras, como combinado com o Ministério Pú-blico. Também afirmou não ter previsão para regularizar a situação. A categoria trava uma disputa com as empresas que não venceram a licitação no novo sistema, mas que não demitem os funcionários, como acordado com o Ministério Público. O combinado era de que, após a rescisão, eles fos-

CHEGANDO • Primeiros articulados chegam às garagens

G1

LOTAÇÃO • Com a paralisação, as estações do Metrô ficaram lotadas

• O [email protected] Por unanimidade, a Primeira Câ-mara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve decisão do Juízo da Sexta Vara Cível de Cuiabá, que condenou a em-presa Pantanal Transporte a indenizar em R$ 30 mil uma passageira que se acidentou den-tro do ônibus em virtude de imprudência do motorista. A referida câmara considerou que o transporte é obrigação de resultado e que não pode o contratante, que assumiu tal en-cargo, querer eximir-se da obrigação de repa-

rar o dano. Consta dos autos que a passageira Bertolina Luiz de Jesus Oliveira estava senta-da em um ônibus da empresa Pantanal Trans-porte, que fazia a linha 1º de Março-Centro, quando ao passar por um quebra-molas em alta velocidade, na altura da Rede Cemat, na Avenida dos Trabalhadores, se desequilibrou e caiu, lesionando a coluna cervical. A vítima foi levada ao hospital e ficou em observação. De acordo com o relator da ação de reparação de danos pessoais e morais movida por Bertolina Oliveira, desembargador Adí-

lson Polegato de Freitas, no momento em que alguém utiliza um ônibus, ao efetuar o pagamento da passagem, celebra um contrato com a empresa responsável pelo transporte, de forma que a mesma assume a obrigação de transportar o passageiro ao seu destino, são e salvo. “No entanto, caso haja algum acidente, ocorre o inadimplento contratual, ensejando a responsabilidade civil de indenizar o pas-sageiro”, destacou. O voto do relator foi acompanhando pelos desembargadores Sebastião Barbosa Farias (revisor) e João Ferreira Filho (vogal).

sem contratados pelas novas responsáveis pelo transporte. A concorrência pelo transporte pú-blico do DF foi dividida em cinco bacias. Ao todo, 3 mil novos ônibus devem estar nas ruas até o final de fevereiro. A previsão do governo é que 700 veículos entre os 3.900 da frota atual permaneçam em operação.

R$ 120 milhões Em 22 de outubro, os deputados dis-tritais aprovaram em plenário o projeto de lei que permitiria ao GDF pagar as rescisões trab-

alhistas dos rodoviários dispensados pelas em-presas que estão deixando o sistema de trans-porte público. O repasse total seria de R$ 120 milhões. A iniciativa foi contestada pelo Minis-tério Público. O promotor de Justiça Antônio Suxberger afirmou que os deputados não pode-riam criar despesa para o transporte público, o que é vedado pela Lei Orgânica do DF. No dia 17 de dezembro, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça acatou em caráter liminar a contestação do MP. Não há prazo para o julgamento do mérito.

Pantanal indenizará usuária em MT

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REVISTAINTERBUSS • 23/02/14 11

• G1 GO [email protected]

Moradores de Planaltina de Goiás protestam contra ônibus precário Moradores de Planaltina de Goiás, cidade goiana do Entorno do Distrito Fed-eral, bloquearam nesta quinta-feira (20) as três saídas da cidade para protestar por mel-horias na qualidade do transporte púbilco no município. Os manifestantes reclamam que não existem ônibus suficiente para atender a demanda de toda população. Eles colocaram fogo em pneus e pedaços de madeira para impedir a passagem de veículos. Na principal rodovia, a DF-128, que dá acesso à cidade à Brasília, os mani-festantes também usaram arames e até uma geladeira para impedir o fluxo de trânsito. Houve tumulto e discussão entre os moradores que protestavam e os motoristas que queriam furar o bloqueio. Alguns con-dutores tentaram atravessar por um desvio de terra às margens da rodovia, mas também foram impedidos de passar. Segundo motoristas e cobradores, a cidade possui pouco mais de 50 veículos para atender mais de 80 mil habitantes. “Não

está tendo ônibus para ir trabalhar, está muito ruim. A melhor empresa que tinha foi retirada e deixaram apenas os ônibus velhos”, recla-mou a auxiliar de escritório Cissa Rezende.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt), uma nova em-presa será colocada para operar em Planaltina de Goiás em duas semanas.

REVOLTA • Ônibus velhos e insuficientes deixaram os usuários insatisfeitos

Após atrasos em duas linhas, usuários protestam em terminal de Goiânia•G1 [email protected] A circulação de ônibus no Terminal Praça da Bíblia, em Goiânia, foi normalizado na tarde desta segunda-feira (17), de acordo com a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC). Revoltados com atrasos em duas linhas, passageiros fizeram um pro-testo e impediam o embarque e desembarque desde o início da manhã. Os manifestantes deixaram o local por volta das 14h30. Durante o protesto, um grupo chegou a sentar no chão, na frente dos coletivos, para bloquear a passagem. Eles tentaram queimar pneus nas imediações do terminal, mas foram impedidos pela Polícia Militar, que chegou a usar bombas de gás lac-rimogêneo. Cerca de 50 agentes participaram da operação. A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) inform ou ao G1 que, desde o início da manhã acionou a RMTC, responsável pelas empresas que op-

eram o sistema de transporte, para que as fal-has apontadas pelos usuários fossem corrigi-das. Um representante da CMTC foi enviado ao local para negociar com os manifestantes, mas, segundo a assessoria de imprensa, os usuários se recusaram a participar de uma re-união. A CMTC reforçou que as reclama-ções apresentadas durante a manifestação es-tão sendo apuradas e as falhas na operação

serão punidas com multas. Durante a semana, segundo o órgão, serão realizadas operações especiais de fiscalização. Durante o tempo em que o terminal permaneceu fechado, os embarques e de-sembarques dos ônibus foram realizados nas proximidades da sede da Companhia de Sa-neamento de Goiás (Saneago). Cerca de 35 mil pessoas circulam diariamente pelo termi-nal.

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23/02/14 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T A

BRT Move de Belo Horizonte começará com 25 articulados

Minas Gerais

• O [email protected] Depois de adiar por ao menos cinco vezes a entrega das obras do Move (nome dado ao BRT, sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) na capital mineira, a pre-feitura local promete que o serviço comece a funcionar a partir do próximo dia 8, de forma gradativa. No entanto, nessa data, apenas 25 dos 428 novos ônibus articulados do sistema serão colocados em circulação no primeiro trecho – entre a Estação São Gabriel, na ave-nida Cristiano Machado, e o centro da cidade –, conforme divulgou nessa quinta a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). O número, 5,8% da frota, seria in-suficiente para atender a demanda de pas-sageiros no trajeto inaugurado, segundo en-genheiros. Por dia, 300 mil pessoas usam o transporte coletivo nos dois sentidos do tre-cho, segundo a BHTrans. Somente no horário de pico da manha, são 24.400 usuários por hora no percurso bairro/centro. Como cada ônibus articulado tem capacidade para 140 passageiros, os 25 veícu-los transportariam juntos até 3.500 pessoas. Os motoristas têm levado cerca de 42 minu-tos para ir da estação São Gabriel ao centro e voltar. “Os números mostram que o Move vai começar a operar nos moldes de uma fase de testes e não terá força total para atender a demanda da população”, afirmou Márcio Aguiar, mestre em engenharia de transportes e professor da Fumec. Diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marques explicou que os 25 ônibus incluem apenas os articulados e serão

suficientes para a primeira fase. Os padrons (novos modelos, com capacidade para até cem passageiros) não serão inseridos nessa etapa, segundo ele. Já os ônibus convencio-nais vão continuar operando em Belo Hori-zonte como alimentadores. Ele não esclareceu, no entanto, quantas linhas alimentadoras serão integradas ao Move na fase inicial, ou seja, desembar-carão passageiros na estação São Gabriel para que eles sigam viagem nos veículos do Move. “As linhas estão em definição e serão divul-gadas em breve”, disse. Marques também não esclareceu quantas linhas troncais (novas linhas do Move que, nessa primeira fase, vão partir da estação São Gabriel e do centro) vão iniciar a operação.

Conforme já divulgado pelo jornal O Tempo, ao menos 12 linhas troncais já foram planejadas pela BHTrans, com desti-nos que incluem, além do centro, área hos-pitalar, Savassi, na região Centro-Sul, Alto dos Pinheiros e Lagoinha, na região Noro-este, entre outros. “Como está sendo feito, a BHTrans terá de administrar dois sistemas no mesmo trecho, o Move e o convencional”, prevê Aguiar.

Sem resposta Atraso. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Hori-zonte (Setra-BH) nega que haja atraso na compra dos ônibus, mas não informou quan-tos já foram adquiridos.

CCO • Centro de Controle Operacional já está pronto, com 33 bases operacionais

Empresas de P. Alegre pedem revisão de tarifaSul

• G1 [email protected] O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) protoco-lou nesta sexta-feira (21) na sede da Em-presa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) o pedido de revisão tarifária dos ônibus da capital. Na solicitação, a insti-tuição justifica que alguns itens de grande impacto no custo das empresas tiveram acréscimo. Em nota divulgada, a Seopa afir-

ma que o óleo diesel teve um aumento de 13,25% no último ano e que o custo com remuneração de profissionais cresceu com o reajuste do salário dos rodoviários em 7,5% e com o acréscimo de 18,75% no vale-refeição. A entidade destacou ainda que a maior responsável pela necessidade de alteração da tarifa é a constante queda do Índice de Passageiros Pagantes por Quilô-metro (IPK) que, no último ano, reduziu

2,76%. Quanto maior o número de isen-ções, maior o valor para quem paga. Conforme determina a lei, a so-licitação pode ser feita quando ocorre a atualização da convenção coletiva de trab-alho dos rodoviários, fato oficializado hoje através de acórdão publicado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT4). O pedido de revisão tarifária passará por avaliações e será submetido à votação no Conselho Mu-nicipal de Transporte Urbano (Comtu).

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Empresários de Fortaleza fazemdesfile com ônibus queimados

Nordeste

• G1 [email protected] Empresários do ramo de transporte exibiram, na Praça da Imprensa, no Bairro Dionísio Torres, nesta quarta-feira (19), um ônibus destruído na série de ataques desta semana. O objetivo é chamar a atenção da população e autoridades para a violência dos ataques. O ônibus incendiado no Bairro Messejana ficou exposto por algumas horas em cima de um caminhão e trazia na lateral uma faixa com a frase: “Não à violência”. Se-gundo a equipe que acompanhava o veículo, o coletivo foi queimado por volta da meia-noite no Km 10 da BR-116, nesta terça-feira (18), e fazia a linha 631 - Carlos Albuquer-que. As investigações da polícia apontam que os ataques estão relacionados ao assas-sinato de um dos chefes do tráfico no Bairro Barroso, Henrique de Sousa Monteiro, en-contrado morto no domingo com sinais de espancamento em um presídio em Itaitinga, segundo informações repassadas pelo del-egado geral da Polícia Civil, Andrade Júnior. Na sexta-feira, houve um ataque isolado a um coletivo em protesto contra a morte de um pedreiro, possivelmente morto por poli-ciais militares. Andrade Júnior também não descarta que, em alguns dos casos, bandidos se aproveitaram da situação e incendiaram

veículos para causar medo.

Cinco presos Cinco pessoas foram presas suspei-tas de participar dos atentados incendiários, segundo o delegado-geral da Polícia Civil do

Ceará, Andrade Júnior. Um sexto suspeito morreu em confronto com a polícia na manhã desta terça-feira (18). Dois suspeitos haviam sido presos na madrugada da segunda-feira (17), e outros três foram presos nesta terça-feira.

• A [email protected] Desde que foi implantada, na última terça-feira, 18, a identificação biométrica para usuários do Salvador Card (cartão que dá direito à meia passagem para estudantes) tem apresentado problema. Nesta quarta-feira, 19, o jornal A Tarde presenciou uma situação de transtor-no em um ônibus da empresa Central, linha Nordeste-Lapa. O sistema não registrou as passagens do Salvador Card e a cobradora Charlene Silva, 27, não soube como agir. A situação só foi resolvida após a intervenção de um fiscal da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), que permitiu a entrada dos passageiros pela porta da frente do coletivo. O cobrador Edson Santana, 47, con-ta que também teve problema com o sistema. Segundo ele, a empresa (BTU) quer que ele

Biometria tem problemas em Salvador

faça a reposição de R$ 66, custo que ele alega ter sido gerado por causa da falha no sistema. De acordo com o subsecretário de Urbanismo e Transporte, Orlando Santos, quando o sistema apresentar problemas para registrar a passagem, a catraca será liberada automaticamente. “Quando a liberação não ocorrer, o cobrador deve liberar manual-mente”, indicou. Ainda conforme Santos, todas as

linhas estão habilitadas com identificação digital. “O sistema garante que o cartão de meia passagem seja usado por quem efetiva-mente tenha direito”, completou. Apesar da afirmação do subsecre-tário, o jornal A Tarde apurou nesta quarta-feira que algumas linhas ainda não utilizavam o sistema. Procurado, o Sindicato das Empre-sas de Transporte de Passageiros de Salvador não se pronunciou até esta publicação.

PROTESTO • Ônibus queimados por vândalos foram expostos à população em Fortaleza

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A S E M A N A R E V I S T A

Homem nu tenta sequestrarônibus em Nova Jersey/EUA

Internacional

[email protected] Um sem noção teve um surto e quase provocou um acidente de grandes proporções em Irving, no estado de Nova Jersey (EUA). O maluquete apareceu na rua berrando coisas sem sentido. Tirou a roupa, chutou e tentou quebrar carros. Após urinar na rua, ele correu e subiu no ônibus. Bateu no motorista com o coletivo em movimento e tentou tirá-lo da direção. Ele queria sequestrar o ônibus. Com a confusão, o veículo quase bateu no poste. Passageiros acompanharam, per-plexos, a ação. Alguns conseguiram segurar o surtado, até o ônibus parar perto da polícia. Os guardas tiveram dificuldade em dominar o peladão, que estava bem agitado. “Ele tentou assumir a direção do ônibus, agredindo o motorista”, disse um passageiro. “Ele estava tão louco que uma hora parou de bater e ficou se exibindo, nu, para o motorista. Foi quando outros pas-sageiros conseguiram detê-lo. Nunca vi uma cena tão ridícula. Mas deu medo, porque

parecia que o cara estava bêbado e nervoso.” O motorista não se machucou du-rante o incidente. O homem, que não teve o nome divulgado, foi levado amarrado em

uma maca por agentes da polícia. Os guar-das não disseram o destino do peladão se-questrador. Só avisaram que ele estava sob efeito de drogas.

ASSUSTADOS • Usuários ficaram perplexos com a ação. Foto meramente ilustrativa

Brasil divulga seu turismoem ônibus especial no Peru• [email protected] Por uma iniciativa da Embratur e do Comitê Descubra Brasil Peru, um ônibus que estampa o Brasil circula pelas ruas de Lima, no Peru, até o final deste mês. De um lado do ônibus, o Pelourinho representa a capital baiana, Salvador. Do outro, Fernando de Noronha enobrece Pernambuco. O veículo realiza 11 rotas diferen-tes, com diversos horários de saída, e os pas-seios duram de cinco a seis horas, durante os sete dias da semana. Para a diretora de Mercados Internacionais da Embratur, Leila Holsbach, o importante é que o País se for-taleça nos planos de viagens futuras. “Além dos peruanos que circulam pela cidade, os turistas de todo o mundo que visitam Lima poderão conhecer destinos turísticos do Bra-sil. Nosso objetivo é inserir o País no imag-inário de potenciais visitantes”, explica. TURÍSTICO • Ônibus divulga imagem do país no Peru

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• Do O Diário

B A T I D O O M A R T E L O

A Brasil Sul Linhas Rodoviárias comprou a Viação Garcia, uma das empresas mais tradicionais de Londrina, fundada em 1934. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (21) pelas companhias, mas o valor da transação não foi divulgado. A Viação Garcia cresceu junto com Londrina, sendo uma das primeiras compan-hias existentes na cidade, ganhando vida com os investimentos dos espanhóis Celso Garcia Cid e José Garcia Villar. Em 2010, a empresa foi vendida por R$ 400 milhões - incluindo os negócios da Ouro Branco e Princesa do Ivaí - ao empresário do Rio Grande do Sul, Mário Luft, fundador do grupo Luft. Atualmente, a Garcia ocupa a posição de uma das cinco maiores empresas do setor, com ligações entre o Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Agora, a companhia se une a Brasil Sul Linhas Rodoviárias, que atua em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Pau-lo, com sede também em Londrina. Em uma nota oficial, as empresas informaram que a negociação foi fechada na quinta-feira (20), com a compra inicial de 49,9% do controle acionário pelo Grupo Bra-sil Sul. O restante da aquisição somente acon-tecerá depois das autorizações dos órgãos concedentes das linhas intermunicipais e in-terestaduais. “A troca de experiências entre as empresas, colocando toda a tradição da Gar-cia com a modernidade da Brasil Sul, refletirá diretamente na qualidade operacional do ser-viço prestado ao nosso passageiro”, afirma-ram os novos proprietários. As empresas manterão seus nomes, com uma fusão operacional no Grupo Garcia Brasil Sul.

BRASIL SUL FECHAA COMPRA DAVIAÇÃO GARCIA

O valor da negociação não foi divulgado. Todo o grupo, que já havia sido vendido pelos fundadores ao grupoLuft, entrou novamente no negócio, agora sob a batuta da família Boiko, da Brasil Sul, concorrente da Garcia

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REVISTAINTERBUSSANDRÉ LUIZ JORGE RODRIGUES AGUIARGOIÂNIA/GO •PARAÚNA

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• Do Site da Transpo [email protected]

Para Airbus, mercado aéreo vai dobrar na Ásia

De acordo com a Previsão de Mercado Global (GMF) da Airbus, a região da Ásia-Pacífico deverá liderar a demanda global por aeronaves maiores e ecologicamente mais eficientes durante os próximos 20 anos. A previsão é de que as companhias aéreas da região recebam cerca de 10.940 novas aeronaves de carga e passageiros de 2013 a 2032, resultando em investimentos da ordem de US$ 1,8 trilhão. Este mercado representará, neste período, 37% da demanda e 42% do mer-cado - em faturamento - global por novas aeronaves. Considerando o mercado de pas-sageiros, a frota de aeronaves operada por empresas da Ásia-Pacífico deverá mais do que dobrar nos 20 anos seguintes, passan-do de 4.960 unidades para mais de 12.130 jatos, com base no crescimento acima da média no tráfego anual, de 5,8%, e na sub-stituição dos quase 3.770 aviões em ser-

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

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viço hoje. A crescente urbanização, de níveis já altos na região, significa que 25 das 89 megacidades em 2032 estarão na Ásia-Pacífico. Nesse período, a região abrigará 90 cidades com mais de um milhão de pas-sageiros. O tráfego se concentrará cada vez mais em torno dessas cidades, com aeronaves maiores oferecendo os meios mais eficientes de atender a demanda, en-quanto superam restrições nos aeroportos. Como resultado, a Airbus prevê que com-panhias aéreas na região comprarão cerca de 4.130 aviões widebody nos próximos 20 anos (46% da demanda mundial). Atualmente, o A330 com dois cor-redores está amplamente em uso pelas com-panhias aéreas para serviços internacionais e domésticos. Essa tendência se desenvolv-erá ainda mais nos próximos anos, levando à necessidade por 3.350 aeronaves de dois corredores, como o A330 e o novo A350 XWB, e cerca de 780 aviões muito grandes com mais de 400 assentos, como o A380,

para os maiores e, em alguns casos, para os aeroportos mais restritos. Já o mercado de corredor único, as novas operações de baixo custo puxa a demanda por essas aeronaves, em par-ticular pelos tipos maiores, como o A320/A321. Desde 2000, a capacidade média das aeronaves operadas por empresas de baixo custo cresceu quase 50%. Nos próximos 20 anos, a região precisará de 6.810 novas en-tregas deste tipo, representando mais de um terço do total mundial. “Não há dúvida sobre a importân-cia do mercado da Ásia-Pacífico hoje e no futuro. Estamos felizes porque a Airbus desempenha um papel importante nesta grande história de crescimento”, diz John Leahy, COO para Clientes da Airbus. “To-dos os nossos produtos estão na região em números significativos e continuamos dominando as vendas porque temos as aeronaves de que as companhias aéreas da Ásia-Pacífico precisam”, completa o ex-ecutivo.

Um importante contrato, envolven-do a comercialização de 375 equipamentos de ar-condicionado para os ônibus do sistema MOVE (BRT de Belo Horizonte), foi as-

segurado pela Thermo King. Do total, 210 unidades do LRT Street II e 165 unidades do LRT Confort serão entregues até maio. O modelo LRT Street II equipará os ônibus articulados e é o único do mercado equipado com compressor de parafuso. O

produto utiliza o Gás ecológico R407C. O LRT Confort, por sua vez, será aplicado nos carros Padron (até 15 metros), pois são equi-pamentos de alta capacidade de refrigeração. O equipamento também conta com sistema automático de renovação de ar.

• Do Site da Transpo [email protected]

375 ônibus do BRT Move com ar Thermo King

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transmissão ZF-Ecolife estará em 269 Scanias do Transmilenio O sistema BRT de Bogotá Colôm-bia, o Transmilenio, será reforçado com 269 novos ônibus da Scania equipados com a transmissão automática ZF-Ecolife, adquiri-dos pelo operador Consórcio Tranzit. O con-trato de compra está avaliado em US$ 32 mil-hões. Os veículos serão aplicados em ro-tas entre bairros e também aos principais terminais da capital colombiana, um trajeto do Sistema Integrado de Transporte Público (SITP), parte das operações de transporte co-letivo Transmilenio. “A escolha pela ZF para uma frota que atua no mercado ‘símbolo’ da excelên-cia em transporte público na América Latina comprova todas as qualidades de rentabili-dade que a nossa transmissão ZF-Ecolife en-trega durante suas aplicações”, declara Alex-andre Marreco, gerente de Desenvolvimento de Negócios de Sistemas de Transmissão da ZF. “Hoje, a transmissão automática está pre-sente em veículos articulados e biarticulados,

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seja em operações de corredores BRT ou não. Mundialmente, inclusive na América do Sul,

ela também se faz presente em veículos Pad-ron”, completa.

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ALL investe R$ 82 milhões nassuas concessões brasileiras• Do Site da Transpo [email protected]

Nos últimos anos, a ALL (América Latina Logística) investiu R$ 82 milhões na compra de 20 novas máquinas para manuten-ção – de origens europeia e americana – da via férrea. Tais equipamentos serão aplica-dos na conservação da geometria das linhas da ferrovia, bem como em melhorias na su-perfície de rolamento dos trilhos em trechos de alta densidade de tráfego nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Em 2012, a ALL fechou o seu planejamento estratégico para aquisição dos equipamentos, dividido em duas etapas: Na primeira, em 2013, a empresa investiu R$ 18 milhões na aquisição de cinco máquinas; já na segunda, em 2014, incluiu a compra de 15 equipamentos por R$ 64 milhões. Do total de máquinas, são seis socadoras, responsáveis por garantir o nivelamento e alinhamento dos

trilhos; uma desguarnecedora, que ajuda na remoção de lastro sujo, pó e outros materiais dos trilhos; uma esmerilhadora, responsável pela melhora da superfície de contato entre os trilhos e as rodas do trem; seis vagões auxiliares; e seis novas regularizadoras, para o acabamento final da linha e encaixe de pe-dras. “O investimento contribuirá não so-mente para o aumento da produtividade e da

segurança das nossas operações, mas também para a evolução do transporte ferroviário do país como um todo”, afirma Ederson Padilha, gerente de via da ALL. “Todos os respon-sáveis pela operação das novas máquinas passarão por um período de adaptação. Isso é importante para que eles possam entender sobre o funcionamento dos aparelhos e usu-fruir da capacidade deles da melhor maneira possível”, completa.

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D E U N A I M P R E N S A

• Do Site da Transpo [email protected]

Artigo: Mulheres devempagar seguro menor?

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Há cerca de 20 anos surgia no mer-cado de seguros de automóvel o conceito de perfil de segurado. O objetivo era taxar de forma diferenciada os riscos que cada per-fil apresentava. Porém, a forma como estes riscos foram classificados permite que seja questionada, na justiça, como uma prática discriminatória. As seguradoras verificaram que, em média, o grupo de segurados do sexo feminino apresentava menor ocorrência de sinistros que o grupo de segurados do sexo masculino. Como se trata de uma informação fácil de ser obtida, esta informação passou a ser usada no cálculo do seguro de automóvel de forma bastante difundida. Eduardo Meirelles, gerente de De-senvolvimento da 3T SystemsO conceito, es-tatisticamente, está correto, porém, está sendo reconhecido como um critério discriminatório. Isso por que esta informação, embora tenha significado estatístico, não apresenta nexo ca-sual. Entende-se como nexo causal a existên-cia de relação direta entre a causa e efeito. O que ocorre é que, na média, as mulheres se expõem de forma diferente dos homens por passarem menos tempo dirigin-do, evitarem dirigir de madrugada e por di-rigirem com maior cautela e em menor velo-cidade. Entretanto, não podemos afirmar que individualmente isto ocorra. Tempo de exposição, faixa horaria da exposição e velocidade média, são medidas que apresentam nexo causal com sinistros.O

risco se caracteriza pela forma de exposição e não pelo sexo do segurado que, na verdade, passou a ser usado como uma forma indireta de estimar as variáveis acima, em função da dificuldade de medição direta das mesmas. Como não existe relação direta com o risco real, alguns homens podem represen-tar risco menor que a média das mulheres. Por mais que sejam cuidadosos, dirijam pouco por dia, e saiam pouco durante as madruga-das, a taxa de seguro será mais elevada que de uma mulher. Estes homens estão sendo penal-izados pelo fato de pertencerem ao sexo mas-culino e não por representarem risco maior. Alguns países da Europa consideram

esta prática discriminatória e estão proibindo que seja utilizada.Neste contexto é que sur-gem métodos de medição direta das variáveis que representam o risco real, baseados em eq-uipamentos, de baixo custo, embarcados nos veículos.O uso destas variáveis na taxação de seguros é chamado de Pay As You Drive ou UBI (Usage Based Insurance). A pressão exercida pela visão da justiça e a maior precisão da medição ira abreviar a mudança e, certamente, o perfil de segurado será substituído por equipamentos que façam a medição direta das variáveis que realmente representem o risco. Vamos acom-panhar e ver o que irá acontecer no Brasil.

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VLI recebe sete locomotivas para levar grãos, celulose e combustível• Do Site da Transpo [email protected] Para compor a sua frota que atende a Ferrovia Norte Sul (FNS), a VLI investiu na compra de sete novas locomotivas do modelo SD70ACe, fabricados em Sete Lagoas (MG). Os veículos serão aplicados no transporte de grãos, celulose e combustíveis no corredor logístico Centro-Norte, entre o Porto Nacio-nal (TO) e o Porto do Itaqui, em São Luís (MA). As locomotivas estão sendo trans-

portadas, a partir da fábrica mineira, em car-retas especiais por 1.400 km de rodovia até o pátio da ferrovia, no Porto Nacional, onde a operação de desembarque ocorrerá por um guindaste com capacidade para até 300 tone-ladas. De lá, seguem pelos trilhos para São Luís (MA), local em que passarão pelo pro-cesso de montagem final dos equipamentos e testes operacionais. Até abril, todas as loco-motivas deverão ser integradas às operações de transporte da VLI.

A aquisição das locomotivas faz par-te da estratégia para impulsionar os negócios da VLI e ampliar a movimentação de cargas na malha ferroviária de sua abrangência em mais de 50% até 2017. A companhia atua em nove Estados e no Distrito Federal, divididos em cinco corredores logísticos: Centro-Norte, Centro-Leste, Centro-Sudeste, Minas-Rio e Minas-Bahia. Entre 2011 e 2013, o corredor Centro-Norte (nos Estados do Maranhão e

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• Do Site da Transpo [email protected]

Siemens vende 70 locomotivaselétricas para a Amtrak, dos EUA

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A primeira locomotiva elétrica da Siemens comercializada nos Estados Uni-dos foi entregue para a empresa Amtrak, operadora da Filadélfia. A negociação, sacramentada em outubro de 2010, inclui um pedido de 70 máquinas desse tipo no valor de US$ 466 milhões. As locomotivas podem puxar 18 vagões a uma velocidade máxima de 200 km/h, sendo aplicadas no transporte de passageiros do movimentado corredor nordeste, que liga Washington, Nova York e Boston. Siemens Amtrak Cities Sprinter-sConhecidas como Amtrak Cities Sprinters, os veículos estão sendo montados na uni-dade de produção ferroviária da Siemens em Sacramento, na Califórnia. A locomo-tiva inclui alto índice de nacionalização, pois recebe peças produzidas em fábricas da Siemens em Norwood (Ohio), Alpharet-ta (Geórgia) e Richland (Mississipi) e de aproximadamente 70 outros fornecedores instalados em mais de 60 cidades de 23 es-tados. Atualmente, a Amtrak opera mais de 300 trens interurbanos – diariamente – em uma malha ferroviária de quase 34.300 quilômetros, que atende a 500 cidades da América do Norte. O público usuário segue crescendo, sendo que em 2013, a empresa transportou 31,6 milhões de pessoas (re-corde da companhia). A Siemens informa que as Amtrak Cities Sprinters são baseadas nas loco-motivas Eurosprinter e Vectron da marca, sendo todas as 70 unidades equipadas com

freios regenerativos, os quais permitem que a energia seja devolvida ao sistema elétrico para ser usada por outros trens. Quando estiver totalmente implantado e operando conforme o projeto, o recurso de frenagem regenerativa poderá resultar na geração de três bilhões de quilowatts-hora de ener-gia. Ao valor estimado de 10 centavos por quilowatt-hora, a energia gerada equivale a US$ 300 milhões em eletricidade devolvi-da ao sistema elétrico para uso por outros trens. As locomotivas também recebem um sistema de microprocessadores de últi-

ma geração, que realiza autodiagnóstico de problemas técnicos e toma medidas auto-corretivas imediatamente, além de avisar o engenheiro da locomotiva. Além disso, há sistemas redundan-tes para garantir que a energia seja mantida nos vagões de passageiros, de modo a man-ter os sistemas de aquecimento e refrig-eração em funcionamento, as luzes acesas e as portas em operação. As locomotivas atendem aos últimos regulamentos federais de segurança ferroviária, incluindo com-ponentes de gerenciamento de energia de colisão.

VLI recebe sete locomotivas para levar grãos, celulose e combustívelTocantins), a frota de vagões para grãos e combustíveis cresceu de 362 unidades para 877 atuais. As sete novas locomotivas serão somadas às 12 máquinas do modelo C36, que rodam nos trilhos da FNS, totalizando uma frota de 19 máquinas. “O corredor Centro-Norte, que en-globa os Estados do Maranhão e Tocantins, está na rota de crescimento da VLI. Além das aquisições em material rodante, também anunciamos no final de 2013, o projeto de

dois novos terminais de cargas no Tocantins, um em Palmeirante e outro em Porto Nacio-nal. Estamos atentos ao desenvolvimento

dessa região e queremos crescer junto com ela”, destaca Eduardo Calleia, gerente de Fo-mento de Negócios da VLI.

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M E C Â N I C A D E P E S A D O S

A frota de ônibus e vans das em-presas de transportes necessita de constante manutenção e atenção especial em pequenos detalhes que são importantes para prolongar a durabilidade dos motores movidos a óleo diesel. Aos primeiros sinais de desgaste do motor, é hora de fazer a retífica. A reportagem da Revista Fretamento conversou com profis-sionais que conhecem os motores por dentro e visitou uma oficina tradicional em Campi-nas para saber como é feita a retífica e quais as dicas para rodar suave e manter o funcio-namento dos motores em boas condições. A retífica deve ser feita quando o veículo já estiver com alta quilometragem para motores diesel e apresentar certos sinais, como o aumento de fumaça, vazamento de óleo e ruídos anormais durante a rotação do motor. A quilometragem varia conforme o tipo do motor e a forma de utilização do veículo. O trabalho nas oficinas de retífica consiste basicamente na desmontagem do motor, limpeza, usinagem, remontagem e regulagem. Na desmontagem, são separadas as partes do motor e as peças: o bloco princi-pal, o virabrequim, cabeças dos cilindros e o cabeçote, com as válvulas e as bielas. As partes são limpas cuidadosa-mente, com banhos químicos para eliminar resíduos de cola, tinta, óleo e juntas antigas. Depois as peças vão para a usinagem, separa-damente, em diferentes máquinas, uma para o bloco do motor, outra para o virabrequim e outra para a biela. Em casos de trincas, as peças são soldadas. As válvulas, que são peças menores, são usinadas no esmeril, uma máquina com discos de lixas rotativas. Depois da etapa retificadora é feito o brunimento, ou polimento das peças. Para o brunimento do bloco do motor é utilizada uma máquina especial. Já as bielas devem ficar com o mesmo peso, para o motor ficar balanceado. Depois de todas as peças esta-

A RETÍFICA DO BLOCO DOMOTOR E SUA MANUTENÇÃOÉ de extrema importância a retífica do bloco do motor quando se faz necessário, sobretudo em veículos mais antigos. Veja como funciona a manutenção dessa importante peça

rem prontas, é feita a montagem do motor, com o encaixe para girar as peças no bloco do motor. Em seguida é colocado o cabeçote na parte de cima do motor. A última etapa é a regulagem do motor, com os ajustes para o melhor desempenho. Essa fase é muito importante, porque um motor mal regulado pode comprometer todo o trabalho e fazer o motor voltar para a oficina rapidamente para uma nova retífica.

Profissionais e Clientes O sócio proprietário da empresa Qualitat Transportes de Vinhedo, Marco An-tonio Cechetto, levou um motor Mercedes-Benz modelo 447 para fazer a retífica. O ônibus foi comprado há alguns anos e recente-mente o motor começou a apresentar alguns barulhos estranhos. “O motor aguentaria ro-dar mais uns 100 mil quilômetros, mas é mel-hor fazer logo a retífica, senão pode desgastar mais e estragar o bloco e fica mais caro para arrumar”, disse Cechetto. Ele é cliente antigo da Retífica Luizão, localizada na rua Arman-do Sales de Oliveira, no bairro Taquaral em

Campinas. Luiz Antonio Chiavegatto, o Lu-izão, trabalha no ramo há mais de 50 anos. Ele disse: “esse motor 447 é uma obra prima da engenharia, se trabalhar corretamente, ele pode durar um milhão de quilômetros”. O mestre Luizão diz que para os mo-tores durarem mais o importante é não forçar os veículos. “São motores diesel, não são mo-tores de alta rotação, é para serviço pesado, então é preciso ter cuidado, trocar as marchas na rotação certa e andar numa média de 80 a 90 quilômetros por hora na estrada”, afirmou. Segundo Luizão, a tecnologia da parte interna do motor não mudou muito nos últimos 80 anos. “Na parte que eu trabalho, de usinagem e montagem, a tecnologia continua a mesma do motor Ford 29. O que aperfeiçoou foi a taxa de compressão, que é mais elevada e há um giro maior, para um desenvolvimento melhor e menos poluição”, explica o mestre. A mudança mais significativa foi na injeção eletrônica. Para Luizão, os motores antigos, quando bem retificados, não ficam a dever nada para os novos. “O problema maior é o custo muito alto da manutenção no Brasil e as

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A RETÍFICA DO BLOCO DOMOTOR E SUA MANUTENÇÃOÉ de extrema importância a retífica do bloco do motor quando se faz necessário, sobretudo em veículos mais antigos. Veja como funciona a manutenção dessa importante peça

empresas pequenas são as que sentem mais”. Gilmar Alfredo Rosa é sócio propri-etário da Retifica de Motores Standard, que também atua na área há mais de 50 anos e funciona na rua Abolição em Campinas. Ele diz que o mercado de retífica não está aque-cido como seria o ideal para o segmento. “O mercado de recondicionamento de motores está meio calmo, tanto em Campinas como em São Paulo e a principal causa é grande venda de veículos novos, com longos finan-ciamentos. A gente espera que daqui para fr-ente a situação melhore, porque os ônibus e caminhões novos precisam de retífica a cada quatros anos, em uma média bem rodada”. A retífica Standard dá garantia para os motores retificados de seis meses ou 10 mil quilômet-ros, a qual vencer primeiro, que é o prazo mé-dio do mercado.

Atenção e Cuidados Os motores mais utilizados nos ôni-bus e caminhões são Scania e Mercedes-Benz e por isso a manutenção é mais acessível, com grande disponibilidade de peças no mercado.

Outros motores confiáveis são: Volvo, Camis e MWM, que fornece para várias montado-ras. Luiz Antonio Chiavegatto passou dicas importantes sobre os motores e a manutenção preventiva:

Durabilidade do motor “O tempo de retifica varia muito da pessoa, do dono do ônibus, das empresas, do tipo ônibus, da manutenção. Depende do motorista. Se uma empresa tem vários motor-istas, isso complica, porque um não vê óleo, às vezes não vê água, um dirige de um jeito, outro dirige de outro.”

Dicas para durar mais “Tudo depende da manutenção e do modo de dirigir. De um modo geral, em um motor diesel pesado, seja ônibus ou camin-hão, se a pessoa souber trabalhar no giro certo e numa velocidade, entre 70 e 100 km/h, de-pendendo do lugar, o motor dura entre 400 e 500 mil quilômetros, até mais. “Agora, você sai na estrada e vê caminhão e ônibus a 140 km/h, a 120 km, aí não tem jeito, não tem condição.”

Manutenção periódica “Ver óleo do motor, ver água, filtro de óleo, troca de filtro de óleo e de vez em quando fazer uma regulagem no motor. É bom fazer uma regulagem externa a cada 20 mil quilômetros, olhar para ver se não há vaza-mento, checar os itens flexíveis, como por exemplo, um cano com problema que pode estourar e furar. Para o tipo do óleo, seguir o que pede o fabricante. Hoje tem uma mar-gem muito grande de óleo lubrificante, tem óleo para 5 mil, para 10 mil e até 30 mil km. Mas pela nossa experiência, recomendamos usar um óleo bom, de primeira linha, para 5 mil km. Depois, quando vencer, trocar de novo, isso evita acumulo de sujeira e fuligem

e vai limpando o sistema. Os óleos de hoje se modificam muito com o tempo e com o motor rodando parece que fica meio “aguado”. Por isso que tem muito motorista que reclama que quando chega no pedágio começa a piscar a lâmpada do óleo, porque o óleo afina muito e diminui a pressão.”

Motores antigos “Eu vou falar uma verdade para vocês, esses motores de ônibus e caminhões da faixa de ano dos anos 70 para cima, de 1975 e 1980, com uma boa manutenção, não tem problema nenhum não. O problema é que hoje no Brasil a manutenção é caríssima, a pessoa compra um ônibus da década de 80, como o Mercedes-Benz 355, que é um ôni-bus excelente, só que a manutenção é cara, e a pessoa que compra um ônibus desse, muitas vezes não tem um poder aquisitivo para man-ter, porque os grandes foram acampando os pequenos. O problema no Brasil é manuten-ção, por causa de preço, a não ser essas em-presas grandes. O eletrônico é diferente, não dá para comparar, mas não sei como vai ser daqui a alguns anos com a manutenção dos motores eletrônicos. Se a manutenção de um ônibus antigo já é difícil, porque qualquer problema vai ficar um absurdo de caro.”

Poluição e fumaça “Eu faço motor aqui, desses antigos, inclusive da linha Perkins 57, que uma das que mais polui. Mas tudo vai da montagem também. Eu faço motor para caminhoneiros e empresas de ônibus e nós não temos multa na estrada por causa da fumaça. É um trabalho de regulagem, aqui eu vejo tudo, a altura de pistão, altura de válvula. O pistão eu procuro deixar sempre “um pouquinho a mais”, para tolerância, para diminuir a poluição. A gente não tem problema com isso não.”Agradecimentos: SINFRECAR

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1º • A possível vendada Viação Itapemirim

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

A circulação de uma notícia em queera informada a possível formação deuma parceria operacional entre aViação Itapemirim e o Grupo ÁguiaBranca deu o que falar na semana passadanas redes sociais. Fãs das duas empresasse pronunciaram e mais uma vez colocaram diversas fotos no ar, comalusões a uma fusão dos dois gigantesgrupos do setor de transportes depassageiros no país. Outras informaçõeseram aguardadas ansiosamente.

2º • Mais articuladospara Belo HorizonteA chegada de novos articulados para o sistema BRT de Belo Horizonte, o MOVE, também chamou a atenção dos usuáriosdas redes sociais, com a divulgaçãode várias fotos dos veículos transitandopelas rodovias rumo às garagens dasempresas compradoras. A operação donovo BRT também foi bastante comentadana semana passada.

R E D E S O C I A LO SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

Scania - Facebook

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

SÉRGIO CARVALHOCaio Millennium MBB O-500MA - VituPublicada no perfil pessoal do autor

Grupo que contém várias informações e fotos de ônibus e caminhões da marca sueca Scania, uma das maisadmiradas pelos fãs de ônibus de todo o Brasil. O grupo é bastante organizado e bem moderado, vale a penaconhecer! Para participar é necessária uma solicitação ao administrador, pois o espaço é fechado.

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REVISTAINTERBUSS • 23/02/14 25

Viajando de Garcia Ontem as viações Garcia e Bra-sil Sul anunciaram sua união. A Brasil Sul adquiriu 49,9% de participação na Viação Garcia. Desta forma, as tradicionais rivais do norte do Paraná agora jogam do mesmo lado. Do lado de cá, prefiro deixar as longas análises sócio-econômicas-entusiásticas para os comentarias de plantão. Prefiro lembrar as vezes que viajei pela empresa, já que é isso que motiva o hobby. A primeira vez que viajei pela Gar-cia foi em 19 de dezembro de 2009. Nesse dia fui à Manoel Ribas, no interior do Paraná. Era a primeira vez que viajava a uma cidade do interior paranaense. Não lembro o carro em que fiz a viagem de ida. A única foto que eu tenho é do 7451, um Marcopolo Paradiso G6, chassi MBB O500RSD, em frente ao Graal Paloma, em Santa Cruz do Rio Pardo. Acredito que a viagem tenha sido feita nele. A linha era a São Paulo-Ivaiporã. Para chegar à Manoel Ribas eu precisaria pegar outro ôni-bus ainda. Aquela primeira viagem foi muito desconfortável. Tive azar e o banco que com-prei estava quebrado. Ele não ficava muito tempo na posição vertical. Toda hora ele de-itava. Como o ônibus estava lotado, nem dava para trocar de banco. O sufoco durou até as secções em Arapongas e Apucarana, quando os passageiros começaram a descer. Com o ônibus mais vazio pude trocar de lugar e viajar mais tranquilamente. Já a volta foi em outro Marcopolo Paradiso G6, chassi MBB O500RSD. Esta foi bem mais tranquila. Depois dessa viagem, realizei outras oito idas-e-voltas à região. De todas, somente a última, em julho de 2010, fui de Nordeste. Nesta época ela operava no trecho São Pau-lo-Ponta Grossa amparada em uma liminar. Aproveitei a indicação de um funcionário da rodoviária de Manoel Ribas. Mas, como a viagem atrasou, acabou saindo bem mais caro. Perdi a integração em Pitanga com um micro da Nordeste que faz o trecho Pitanga-Ivaiporã, via Manoel Ribas. Tive de comple-tar o trecho de taxi. Visita à Garcia - Depois dessas via-gens de 2010 só voltei a andar em uma linha da Garcia em maio de 2013. Dessa vez viajei na linha São Paulo-Londrina. Fiz a inscrição junto à empresa e fui convidado para uma visita. A viagem desta vez foi no 7257, um Marcopolo Paradiso G7 1800, chassi Scania K380. O ônibus é muito confortável. Nada a reclamar. Durante a visita, mais modesta do que os primeiros eventos organizados pela empresa, nos foi apresentada a garagem, o museu da empresa e um pouco de sua frota.

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

Ainda passeamos pela garagem em uma jardineira que faz parte do Museu da em-presa. Referente a frota, além da dos vários rodoviários, pudemos ver ainda a frota de urbanos da empresa. Havia vários Torinos 2007 urbanos zero km tanto da Garcia quanto da Ouro Branco. Aliás, estavam na garagem também os veículos rodoviários da própria Ouro Branco e da Princesa do Ivaí. Por volta do meio-dia a visita foi encerrada. Como minha partida estava mar-cada para o período noturno, fiz ainda um bate-e-volta até Maringá em um dos G7 rosa da empresa. A cor é referente à campanha pela luta contra o câncer de mama. Provavel-mente ele iria começar viagem naquela ci-dade, então o enviaram fazendo linha até lá. E o melhor era que ele era carro direto. Não fa-zia paradas em cidades intermediárias, como

ocorre normalmente. Na volta, voltei na linha paradora. E, mais tarde, embarquei de volta para São Paulo.

* * *

A compra da Garcia pela Brasil Sul não significa o fim da empresa, como muitos alardeiam por aí... Assim como não foi o fim da Cometa, quando o grupo JCA a adquiriu. Ou não foi o fim dela própria quando o grupo Luft a comprou, em 2010. Trata-se de uma junção de forças. A Brasil Sul hoje é referên-cia em transporte rodoviário. E acredito que, por estar em um grupo sólido e com experiên-cia no ramo, a Garcia, Princesa do Ivaí e Ouro Branco só tem a crescer. E a partir de agora começam a escrever uma nova história dentro do transporte rodoviário da região Sul.

José Euvilásio Sales Bezerra

GARCIAS • 7451 estacionado no Graal Paloma; E 7257 na garagem da Garcia em Londrina/PR

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23/02/14 • REVISTAINTERBUSS26

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

São Paulo teve em um mês 56 ôni-bus incendiados na Capital e na Região Met-ropolitana somente neste ano até agora. Ceará teve em Fortaleza oito ônibus atacados nos últimos quatro dias, sendo três incendiados. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo realizou reuniões, reuniões e mais reuniões e diz hoje que coloca PMs a paisana em alguns ônibus. A Secretaria de Segurança Pública do Ceará anunciou um dia depois do último ataque, na terça-feira, o monitoramento das 40 linhas de ônibus com maior demanda e mais suscetíveis às ações criminosas. Em São Paulo, os atos contra o transporte coletivo crescem desde o ano passado. A Polícia de São Paulo só realizou prisões em número significativo depois de a imprensa ter evidenciado o problema e mais de um ano após os primeiros ataques. A Polícia no Ceará já prendeu cinco pessoas em três dias, sendo um dos suspeitos considerados como o comandante das ações, detido nesta quarta-feira, dia 19 de fevereiro de 2014. O Governo do Estado de São Paulo “filosofa” sobre o problema. Tenta “descrim-inalizar’ os incêndios a ônibus com o discur-so de que não há certeza de ações tomadas pelo crime organizado, dando a entender que os incêndios a ônibus estão num contexto de problemas sociais. O Governo do Estado do Ceará admite que os incêndios estão relacionados à criminalidade e que a mais recente onda começou depois da morte do traficante Hen-rique de Souza Monteiro, o Henrique do Barroso (Barroso é o nome do bairro onde chefiava a venda de drogas). Henrique foi encontrado com sinais de espancamento e tortura em um dos banheiros do pavilhão onde estava no presídio de Itaitinga, região metropolitana de Fortaleza. Ao assumir o que está acontecendo, o Governo do Ceará esclarece os ataques – apenas um ônibus, no bairro de Maraponga, foi queimado antes de o traficante ser encon-trado morto. Ao tentar desconversar e criar grandes discussões sobre o problema, o Governo de São Paulo não mostrou eficiên-cia para combater um problema que já virou crônico no Estado. A equipe de segurança do PSDB, desde a época do ex-secretário de segurança pública, Saulo de Castro Abreu Filho, acha

que combater a criminalidade é diminuí-la diante da população. Aliás, desde Saulo na secretaria e desde Geraldo Alckmin no Governo do Es-tado, o trabalho da imprensa na área policial se tornou um verdadeiro sacrifício. Para se ter uma ideia, para ter às in-formações básicas de um B.O. – Boletim de Ocorrência, que é um documento público, o jornalista tem de mandar um e-mail para a Assessoria de Imprensa da SSP – Secretaria de Segurança Pública pedindo os dados. A SSP, em boa parte das vezes, só responde horas depois, às vezes na parte da noite uma solicitação feita na manhã. A resposta da Assessoria da SSP para passar o conteúdo geral de um “mero” B.O. diante dos insistentes contatos dos jor-nalistas é ensaiada: “Estamos apurando” . Apurando o que? Quem tem de fazer isso é a polícia. E a resposta-padrão sempre é dada quando o boletim está pronto há horas. Mas os burocratas têm de selecionar o que pode ou o que não pode ser dito à população, afi-

nal, quando uma informação é passada ao jornalista, ela é na verdade, disponibilizada para o povo. Os delegados e demais policiais civis são tão engessados em São Paulo que têm medo dos jornalistas ou até tratam de maneira deselegante os profissionais de im-prensa. E muitos não se sentem nada a von-tade com esta situação. Vários deles, com décadas de Polícia Civil de São Paulo, sa-bem o que pode e o que não pode ser pas-sado à imprensa para que as investigações não sejam atrapalhadas. Mas eles têm de obedecer às ordens dadas por profissionais burocratas de mídia que não têm de vida o que estes delegados têm de profissão. Tal fato abala a relação entre imp-rensa e polícia, que já foi saudável e profis-sional, e mostra acima de tudo o que o ex-emplo dos ônibus em Fortaleza e dos ônibus de São Paulo deixa bem claro: antes de es-clarecer o crime ou proteger a investigação, o que importa é a imagem na mídia.

Secretaria de Segurança Pública vai monitorar as 40 linhas com maior demanda e suscetíveis a ataques

Polícia no Ceará faz planode prevenção a ataques a ônibus

ÔNIBUS EM CHAMAS EM FORTALEZA • Polícia do Estado do Ceará vai monitorar 40 linhas de maior demanda e mais suscetíveis aos ataques que começaram depois da morte de umtraficante de drogas na cadeia. Em São Paulo, os discursos da equipe de Alckmin sãosociológicos e bonitos, mas poucos avanços puderam ser registrados.Foto: Limoeiro Plantão Policial

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REVISTAINTERBUSS • 23/02/14 27

O transporte clandestino é um dos grandes problemas enfrentados pelascompanhias de ônibus e pode até colocar em risco a segurança de profissionais e passageiros

Empresas de fretamento e federação deprestadores de serviços de turismo fazem parceria

para orientação sobre o transporte legalizado

O ano de 2014 pode ser um dos mais significativos para o setor de transporte de passageiros por fretamento. Eventos como a Copa do Mundo de 2014 não se limitam aos dias que as seleções disputarão o mun-dial, mas criam um ambiente propício para outras atividades turísticas, já que colocam as cidades-sedes e pontos de interesse para o turismo nas proximidades em evidência. As perspectivas para o turismo são tão interessantes que encarroçadoras e mon-tadoras de ônibus apresentam novos modelos de veículos com vistas ao fretamento. Se o ano traz boas estimativas, tam-bém apresenta desafios, como o transporte clandestino que pode crescer. Além da necessidade de fiscaliza-ções mais rigorosas sobre as atividades ile-gais, a conscientização de toda a cadeia de turismo é considerada fundamental. E é essa aposta da Fresp – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo. A federação, que reúne as com-panhias de ônibus do setor, informou nesta quinta-feira, dia 20 de fevereiro de 2014, que assinou um termo técnico de cooperação com a FC&VB/SP - Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado de São Paulo para incentivar o uso do transporte rodoviário profissional e regular no Estado. A FC&VB/SP reúne diversas enti-dades que atuam nos diferentes ramos volta-dos para o turismo, como hotéis, restaurantes, agências e guias de turismo e até artistas. A diretora-executiva da Fresp, Re-gina Rocha, disse, em nota à imprensa, que a parceria vai possibilitar orientações para pro-fissionais e passageiros na hora de contratar a empresa de ônibus e vai permitir troca de informações no setor. “O deslocamento é essencial ao tur-

ismo, portanto, a qualidade, a regularidade perante aos órgãos competentes e a segurança do serviço de transporte são primordiais para garantir uma boa experiência ao turista. Há muitos órgãos que regulamentam a atividade, mas o cliente, na hora de contratar, não sabe o que deve exigir para ter certeza que a em-presa está legalizada e se ele não terá prob-lemas com o serviço. A parceria visa trazer essas informações”, diz Regina Rocha. Além de representar um problema financeiro para as empresas de ônibus, reti-rando demanda com preços mais baixos, já

que não paga impostos e tem investimento pequeno, o transporte clandestino pode trazer riscos aos passageiros. Os ônibus na maior parte das vez-es são antigos e sem manutenção adequada, as empresas não seguem às exigências dos órgãos gestores sobre qualidade e segurança e em caso de problemas que podem ir desde a perda de uma bagagem até um acidente com gravidade, o passageiro não é respaldado por um contrato legal. A cooperação entre as duas entidades empresariais deve durar no mínimo um ano podendo ser estendida.

ÔNIBUS DE FRETAMENTO EM SP • Fresp, que reúne empresas do setor, e FC&VB/SP - Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado de São Paulo, que congrega diversas atividades voltadas para o turismo, assinaram cooperação técnica para estimular o uso do transporte regular no estado. Clandestinos criam competitividade desigual e podem colocar em risco os passageiros. Foto: Adamo Bazani.

A partir desta segunda-feira, dia 24 de fevereiro de 2014, a cidade de São Paulo passa a contar com 318 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus implantados desde ja-neiro de 2014. Passa a funcionar um novo tre-cho na Avenida Marechal Tito, na zona Leste de São Paulo, de 1,6 quilômetro. A faixa fica entre a rua Ribeiro Escobar e a rua Dr. José

Pereira Gomes. A operação é de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h no sentido centro e das 17h às 20h no sentido bairro. De acordo com a CET- Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, por dia útil passam neste trecho 10 linhas de ôni-bus no sentido centro que atendem 121 mil e 73 passageiros e onze linhas no sentido

bairro, transportando 127 mil 907 passage-iros. A frequencia de veículos é de 66 ônibus por hora, no período de pico. As multas neste trecho começam a ser aplicadas em 10 de março. No dia 14 de outubro de 2013, a Ave-nida Marechal Tito recebeu 3,7 quilômetros de faixas exclusivas entre a avenida Nordes-tina e a rua Ribeiro Escobar

Av. Marechal Tito ganha mais um trechode faixa exclusiva para ônibus

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23/02/14 • REVISTAINTERBUSS28

A S F O T O S D A S E M A N A

RAYLLANDER ALMEIDABusscar Urbanus Scania F113HL • Condor

JOÃO VICTORMarcopolo Paradiso GV 1800DD Volvo B12B • Açailândia

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RAFAEL CALDASMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Itapemirim

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JOÃO VICTORMonobloco MBB O-400RSD • Transbrasiliana

DOUGLAS ANDREZComil Campione DD Volvo B420R • Gadotti

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REVISTAINTERBUSS • 23/02/14 29

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

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GABRIEL ALVESComil Campione 3.25 Scania F250 • Sertaneja

ADRIANO MINERVINONeobus Mega MBB OF-1722 • Cruzeiro do Sul

LUCAS PEREIRANeobus Mega BRT MBB O-500MA • Getúlio Vargas

THALISON SANTOSNeobus Spectrum City MBB OF-1724 E5 • Nacional

GABRIEL ALVESComil Svelto Volksbus 17 230 OD • Globo

ALEX DE SOUZA CORNÉLIOComil Campione 3.25 Volvo B270F • Rosa

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23/02/14 • REVISTAINTERBUSS26

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Lembranças do Caio Vitória O modelo Vitória foi lançado pela encarroçadora Caio no final de 1987, substi-tuindo o anterior Amélia. Foram oito anos de produção e mesmo assim esse modelo de-ixou muitas histórias para contar. Aproveitando a alta renovação da frota urbana nas principais cidades devido ao ano eleitoral, e também o lançamento do concorrente, Mercedes-Benz O-371, o Vitória foi uma novidade para as linhas mais rentáveis da frota brasileira. A cada ano (ou dois), mudanças internas da carroceria eram visíveis, porém mínimas. Em 1989, não notei alguma mu-dança em relação ao ano anterior, mas em 1990 o friso interno, que separava horizon-talmente a janela da parte inferior, mudou de ferro (ou alumínio) para plástico. A carroceria se dividiu em duas partes em 1991: na primeira parte, a carro-ceria interna era praticamente o mesmo de 1990, com ausência dos pega-mãos na parte superior dos bancos. Na segunda parte, uma norma obrigatória do Conmetro proibiu os modelos de serem comercializados sem as alças de abertura no teto dos ônibus. Além das alças, outro equipamento aliado a aquelas cordinhas para puxarmos ao descer do ônibus é o conjunto de botões afixados em barras de apoio verticais, próprios para passageiros com estatura mais baixa. Mas para ônibus Padron vendidos antes de 1991, esses itens já estavam in-cluídos. E dependendo do modelo, os para-choques dianteiros podem vir com furos no centro ou não. Em 1992, vejo que somente naquele ano a barra de ferro horizontal colado acima dos bancos vem em formato reto-inclinado-reto, e seus ônibus “não-Padron” até esse ano tinham somente portas de folha única. A partir de 1993 todos os ônibus vinham com portas de folha dupla, e em 1994, com a chegada do chassi OF-1620 da Mercedes-Benz, o comprimento e a altura ti-veram uma notória diferença. E no seu último ano de vendas, em 1995, a cor da caixa de itinerários que era da cor bege passou a ser cinza-grafite. Sua produção terminou no início de 1996, mas podemos encontrar alguns de ano 1996 por causa da fila de encomendas do ano anterior. Na época, para quem não tinha cacife para ter uma frota somente de mono-blocos Mercedes-Benz: ter uma frota Caio era a primeira opção para boa parte dos em-presários de ônibus, mas para não ficar só na graça de ter somente Caio, alguns empresári-os diversificavam em veículos de outras en-

carroçadoras. Lembro-me da antiga Viação Para-todos que, após o final de 1986 comprando um lote de 25 Amélias mais 12 com versão mais avançada, em 1987 para não renovar com Amélia de novo optou por modelos Marcopolo Torino e Ciferal Alvorada. Outro caso notório é a Metra, que ficou 23 anos com 23 ônibus articulados que rodaram no corredor exclusivo de ônibus no ABC Paulista. Sim, esses ônibus foram guerreiros, fizeram história e deixaram sau-

dades para busólogos da região. Hoje todos os ônibus foram baixados, inclusive o meu “xodó” 8012 que está na foto, e maioria foi para sucata. Só falta saber qual ônibus será conservado nas dependências da Metra. Hoje aqui no ABC paulista ainda encontra ônibus desse modelo na empresa Expresso SBC. Já os da Viação São José, são carros de reserva e estão cadastrados na EMTU. Ano passado, as empresas ABC e a Metra retiraram todos os modelos Vitória de circulação.

Marisa V

anessa N.Cruz

VITÓRIAS • Um Vitória que está em circulação até hoje e outro é o Vitória articulado da Metra que foi aposentado recentemente

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