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ACABA A GREVE DO TRANSPORTE COLETIVO EM CURITIBA Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 183 2 de Março de 2014 ANTT SUSPENDE LICITAÇÃO DE NOVO Alegação agora é de que dois lotes estava bloqueados pela justiça após reclamação de uma empresa. Processo está enrolado há anos ANTT SUSPENDE LICITAÇÃO DE NOVO

Revista InterBuss - Edição 183 - 02/03/2014

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 183 - 02/03/2014

ACABA A GREVEDO TRANSPORTECOLETIVO EMCURITIBA

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 183 2 de Março de 2014

ANTT SUSPENDELICITAÇÃO DE NOVO

Alegação agora é de que dois lotes estava bloqueados pela justiçaapós reclamação de uma empresa. Processo está enrolado há anos

ANTT SUSPENDELICITAÇÃO DE NOVO

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

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O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 183 - 02/03/2014

Página 07

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Greve de ônibus em Curitiba acabaapós três diasde transtornosPrefeitura local teve que colocarvans gratuitas para minimizaros transtornos causadospela paralisação 12

LICITAÇÃO DA ANTT É SUSPENSA DE NOVO

Proibição da licitação de dois lotes fizeram com que a ANTT suspendesse o processo todo

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

São Paulo possuimais de 900ônibus acima dedez anos de usoA cidade possui no momentoa idade média de frota maisalta dos últimos oito anos 08

LICITAÇÃO DA ANTT É SUSPENSA DE NOVO

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 24

MECÂNICA DE PESADOSFreios do VW 8.150 22Página 07

ANO 4 • Nº 183 • DOMINGO, 2 DE MARÇO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 14h07 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraRenovando 25

EDITORIALBarbárie no protesto do BRT no Rio 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 18

LICITAÇÃO DA ANTT É SUSPENSA DE NOVO

Proibição da licitação de dois lotes fizeram com que a ANTT suspendesse o processo todo

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 16

Thiago Fernandes

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzAs mudanças na linha 175T 30

COLUNISTAS Adamo BazaniSuzantur opera com veículo com placa clonada 26

| Deu na Imprensa

São Paulo temlicitação parablindados anti-protestosVeículos de alta tecnologiavai conter protestos violentosno Estado. Alguns delesterão jatos d’água 21

| Deu na ImprensaAmbiental, de SP,recebe primeirostrólebus piso baixocom chassi VolksEquipamentos elétricos dosnovos ônibus foramproduzidos pela Eletra 19

BALANÇO MARCOPOLOReceita líquida da encarroçadora cresce 15

LICITAÇÃO DA ANTT É SUSPENSA DE NOVO

Page 6: Revista InterBuss - Edição 183 - 02/03/2014

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Nos últimos dias a cidade do Rio de Janeiro tem vivenciado protestos por conta da operação do sistema BRT da Zona Oeste, o Transoeste. Os usuários reclamam de diversos problemas, entre eles do ar condicionado desligado em alguns veícu-los, fazendo com que a viagem fique infer-nal, já que os veículos não dispõem de jane-las. Alguns veículos articulados chegaram a ser depredados durante esses protestos. A pergunta que não quer calar e sempre é feita, volta à tona: a depredação vai fazer com que os problemas sejam resolvidos? O fechamento das vias, a paral-isação do sistema e a depredação dos car-ros levaram a barbárie ao sistema, preju-dicando milhares de pessoas. Isso mostra que, definifivamente, a população não sabe protestar e não sabe reivindicar seus direitos de forma adequada e civilizada. O BRT Transoeste é uma das vitrines eleito-rais tanto do governo do Estado, quanto do governo municipal, e reinvidicar melhorias não é difícil. Muita gente utiliza o sistema de ônibus rápidos e reclamar talvez não

garantiria, de imediato, o atendimento das demandas, porém com certeza haveria uma discussão para que essas melhorias fossem implementadas. Com a depredação de alguns veículos, muita gente é prejudicada pois serão veículos a menos circulando nas ruas. O atendimento de autorizadas às empre-sas donas desses veículos geralmente de-mora, até porque peças para veículos BRT costumam levar semanas para chegar. O improviso pode ser um paliativo, porém é capaz da população reclamar novamente. Antes de depredar, seria melhor pensar nas consequências que virão, mas parece que a raiva à flor da pele faz com que algumas pessoas mais exaltadas partam para a bar-bárie. Só faltou incêndio, para completar o círculo da ignorância dos usuários. O transprote coletivo na cidade do Rio de Janeiro está dando um salto gigan-tesco, nunca visto antes em sua história. As construções dos corredores exclusivos é a maior prova disso. Antes da existência do BRT Transoeste, a população era trans-

Barbárie nos protestos pormelhorias no BRT Transoeste

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial portada da pior forma possível, em ônibus

mal cuidados, superlotados e sem ar condi-cionado na maioria das viagens. Hoje, o corredor leva dignidade aos usuários, com veículos modernos e com ar refrigerado, tempo de viagem muito menor e estações que protegem o usuário contra o sol forte e contra as chuvas, ao contrário dos pon-tos antigos, a maioria sem coberturas e in-dicados apenas com um pontalete no solo. As vias eram precárias e de difícil trânsito. Mesmo assim, a população continua a rec-lamar. As reclamações são procedentes, pois como houve um aumento no padrão da qualidade do transporte, esse padrão deve no mínimo ser mantido, e o relaxo das operadoras não podem ser refletidos nos usuários, e por isso é necessária a in-tensa fiscalização e as devidas reclamações serem feitas formalmente ao poder público, porém muita gente ainda insiste nos protes-tos depredatórios. Em outras cidades a situação não é diferente e a barbárie acontece após as rei-vindicações não serem atendidas depois de muitas reclamações, e com a cabeça quente e sem perspectiva de melhoria, há o que-bra-quebra. A medida extrema é reprováv-el, porém os governos locais devem fazer a sua parte e atender à população em todas as suas demandas. Reclamar formalmente ainda é o melhor caminho.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• Valor Econômico [email protected] A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) suspendeu nesta sexta-fei-ra a licitação das linhas de ônibus interestad-uais em todo o país. Até então, apenas dois lotes do futuro leilão estavam bloqueados, por conta de uma liminar concedida pela 4ª Vara Federal da Bahia. Em comunicado divulgado hoje, a agência informou que todo o processo se en-contra suspenso. Não há previsão de quando o edital será novamente liberado. O edital prevê que as linhas sejam oferecidas em 54 lotes, divididos em 16 grupos. Em janeiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a derrubar liminares em favor da ANTT, mas o processo tem sido alvo de ações regionais. A licitação, que abrange 2.109 linhas com mais de 75 quilômetros, ligando municípios de Estados diferentes, deve gerar contratos com 15 anos de vigência. A pre-visão é de que o leilão, que será dividido em diversos lotes, possa movimentar negócios de até R$ 23 bilhões. Os contratos atuais, que permitiam a exploração do serviço, venceram em 2008. Desde então, todas as empresas do país man-têm suas operações por meio de licenças es-peciais, em caráter provisório. O cronograma de licitação da ANTT está atrasado. Pelo prazo original, a entrega completa das propostas de empresas interes-sadas no leilão deveria ter ocorrido nos dias 20 e 21 de janeiro. Em janeiro, conforme revelou o Valor, o governo restringiu o perfil de in-vestidores interessados em disputar o leilão. A versão original do edital abria espaço para qualquer empreendedor interessado em dis-putar os lotes de linhas de ônibus, fosse in-dividualmente ou por meio de consórcios firmados com entidade de previdência com-

Destaque

A S E M A N A R E V I S T ADE 23 DE FEVEREIRO A 1 DE MARÇO DE 2014

REVISTAINTERBUSS • 02/03/14 07

Agência alega que bloqueio de dois lotesimpedia a licitação dosistema como um todo;Empresas comemoram

ANTT suspende licitação deinterestaduais mais uma vez

Luciano Roncolato

plementar, fundos de investimento ou mesmo empresas estrangeiras. Uma mudança feita pelo Ministério dos Transportes alterou esse item do edital e limitou a participação dos empresários nacio-nais a “prestadoras de serviço público regular de transporte rodoviário coletivo de passage-iros, operados com ônibus rodoviário”. Essas prestadoras poderão entrar no leilão sozinhas ou por meio de consórcios, mas também só poderão fazer parcerias com outras compan-hias que também já atuem no serviço. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Pas-sageiros (Abrati), o edital não tem objetivo de restringir a participação de empresas, já que

nenhuma companhia ou grupo econômico poderá participar em mais de um lote do mes-mo grupo. Os dados da associação apontam que, atualmente, operam 210 empresas ca-dastradas na ANTT para transportes in-terestaduais, além de mais de 500 empresas em transportes rodoviários intermunicipais, submetidas à legislação estadual. Todas po-dem concorrer, desde que atendam as exigên-cias de lei quanto à regularidade fiscal e índi-ces econômicos básicos. Paralelamente a isso, as empresas aprovaram a suspensão do processo, pois para eles as pequenas e médias empresas poderiam sumir durante a licitação.

LICITAÇÃO SUSPENSA • Mais uma vez a ANTT suspendeu a licitação das linhas interestaduais e agradou as atuais operadoras do sistema

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Capital paulista ainda tem 938ônibus com mais de dez anos

A S E M A N A R E V I S T ASão Paulo

• Estadãoa@terra. com.br A cidade de São Paulo tem 938 ônibus com mais de dez anos de vida útil - o que é proibido, de acordo com o contrato que as empresas de ônibus têm com a Pre-feitura. Eles circulam, segundo as empresas e a própria São Paulo Transporte (SPTrans), porque as viações estão com dificuldades em oferecer garantias para financiar a compra de novos veículos. O levantamento com os dados de ja-neiro foi obtido pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação. Mas, nesta terça-feira, 25, a SPTrans informou que o número é menor: 752 veículos, com base em dados do último dia 15. A frota da cidade é de 14,8 mil veículos. Os ônibus antigos, fabricados em 2003, provocam queixas. Ontem, usuários reclamavam da situação de um ônibus que estreou nas vias paulistanas no dia de Natal de 2003. Ele faz o percurso Rio Pequeno-Terminal Lapa, da linha 7725, na zona oeste. Diferentemente dos modelos mais recentes, o veículo não tem piso baixo, dificultando a entrada de pessoas com mobilidade redu-zida. Além disso, os degraus para o embarque são bastante altos. “Cadeirantes não têm vez, porque nem elevador para eles existe”, disse o técnico em enfermagem Carlos Monteiro Araújo, de 54 anos. Protestos. Os contratos da SPTrans com empresas de ônibus venceriam no ano passado. Mas, diante dos protestos contra o aumento da passagem em junho, a Prefeitura decidiu cancelar a licitação para renová-los. Os contratos antigos foram prorrogados até

VENCIDO • Ônibus com mais de dez anos ainda circulam pela capital paulista

02/03/14 • REVISTAINTERBUSS08

Estadão

São Paulo registra aumento nonúmero de acidentes com ônibus• Diário de São Pauloa@terra. com.br Números da SPTrans (gestora do transporte público da capital) demonstram que está mais perigoso andar de ônibus na cidade neste início de ano. No mês passado, foram 179 acidentes envolvendo coletivos do transporte público municipal, quase 30% a mais em comparação a janeiro de 2013 (141). Nesta quinta, outra colisão com dois veículos do tipo e um carro deixou 25 feridos, engor-

dando as estatísticas que emitem o sinal de alerta. Até o dia 23, data do último levanta-mento da SPTrans referente a fevereiro forne-cido ao jornal Diário de São Paulo, o número de ocorrências havia chegado a 144. Em todo o mês de fevereiro do ano passado, foram registrados 155 casos. Fazendo uma média de acidentes por dia, percebe-se uma tendência de cresci-mento para que, neste segundo mês de 2014,

o índice também seja maior se comparado a 2013. A empresa não soube justificar a escalada nos números, dizendo apenas que a responsabilidade pela contratação, trein-amento e acompanhamento operacional dos profissionais do sistema cabe às empresas operadoras. “A SPTrans vem intensificando a fiscalização e cobrando melhoria de desem-penho geral para o sistema”, informou.

que se fizesse uma auditoria no sistema de transportes, tido como uma “caixa-preta”. O Sindicato das Empresas de Trans-porte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP Urbanuss) alega que, por isso, não consegue, nos bancos, financiamentos mais robustos. “O banco diz assim: ‘Você está comprando um veículo, mas quem me garante, depois, que você vai continuar no sistema?’”, disse o presidente do SP Urba-nuss, Francisco Christovam, que já presidiu a SPTrans.

O diretor financeiro da SPTrans, Adauto Farias, afirma que os ônibus antigos também são fiscalizados e que, se é constatada uma anormalidade, os veículos são retirados de circulação. Esses ônibus são vistoriados a cada 60 dias - os veículos dentro da validade passam por vistoria a cada 180. “Quando é verificado que o ônibus está rodando com a idade acima do limite, a empresa é multada”, disse. A SPTrans afirma ainda que, entre ja-neiro do ano passado e o dia 15, 1.207 ônibus novos entraram na frota.

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REVISTAINTERBUSS • 02/03/14 09

Rio apresenta plano integradocontra colapso no transporte• [email protected]

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aqua-viários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Ag-etransp) lançou na terça-feira (25) o Plano de Contingência Integrado, que deverá ser adotado pelas concessionárias de transporte público de alta capacidade reguladas pela agência, com a participação da Federação de Transportes do Rio de Janeiro (Fetranspor). Segundo o presidente da Agetransp, Cesar Mastrangelo, entre as novas medidas, está o cartão Siga Viagem, que vai atender os usuários de Barcas, Metrô e Trens, quando houver interrupção dos serviços de trans-porte. O cartão dará ao usuário direito a passagens em qualquer meio de transporte público municipal e intermunicipal que aceite o Bilhete Único, que atende a mais de 2,4 milhões de pessoas. “Se houver previsão de que qualquer interrupção do sistema vai demorar mais de 30 minutos, o plano é iniciado e o usuário tem acesso imediato a esse cartão e pegará qualquer modal. Esse tempo foi estipulado com [base em] estatísticas dos modais e se tiver que melhorar e diminuir o tempo, fare-mos isso”, explicou Mastrangelo, ao adiantar que o bilhete tem validade de um ano, caso o portador não queira usá-lo no dia em que o receber. Nos primeiros 60 dias do plano, contados a partir da última quarta-feira (26),

Exame

o cartão será de papel. O modelo definitivo, de plástico rígido e com chip de segurança, estará pronto depois desse período. Cada concessionária arcará com os custos de implementação do cartão Siga Viagem. As concessionárias também deverão informar aos usuários de forma clara e preci-sa sobre o acionamento do plano e os proced-

imentos a serem adotados para recebimento do cartão Siga Viagem, bem como orientação nas estações sobre locais e linhas de ônibus a serem usados para continuar o trajeto, por exemplo. As concessionárias terão 30 dias para apresentar o protocolo de atuação detalhado sobre as ações planejadas para o cumprimento do Plano de Contingência Integrado.

CONTINGÊNCIA • Plano integrado tem ônibus, barcas, metrô e trens envolvidos

Usuários do BRT Transoesteprotestam por melhorias• Jornal do [email protected] Usuários do BRT estão protestando contra o serviço de ônibus e estão interdi-tando duas pistas da Avenida das Américas. Cerca de 500 pessoas saíram para as pistas e engarrafaram o trânsito na altura da estação Mato Alto, próximo a Guaratiba. Os usuários reclamam da demora dos ônibus e da super lotação. Os problemas são diários, segundo

os passageiros, e começaram já na inaugura-ção das linhas. Os usuários reclamam ainda que muitas vezes pegam ônibus com o ar condi-cionado quebrado e, como as janelas não abrem, são obrigados a fazer todo o trajeto sob forte calor. Os passageiros afirmam que a espera pelos ônibus chega a mais de uma hora e quando chega já está super lotado. Para ir sentado, muitas vezes é preciso esperar mais

de duas horas pelo coletivo. Os BRTs foram implantados pela prefeitura como solução para o transporte en-tre bairros da Zona Oeste e a Barra da Tijuca. As linhas, no entanto, não comportam a de-manda dos passageiros. O problema tende a se agravar quando o BRT for estendido até o Jardim Oceânico para fazer a integração com o metrô. A Assessoria do BRT ainda não se manifestou sobre o protesto.

Rio de Janeiro

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A S E M A N A R E V I S T A

02/03/14 • REVISTAINTERBUSS10

BHTrans explica como será oinício da operação do BRT Move

Minas Gerais

[email protected] A Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHtrans) confirmou, nesta sexta-feira (28), que o Move, nome dado ao BRT (sigla para Transporte Rápido por Ônibus em inglês) vai começar a circular no dia 8 de março. A informação havia sido divulgada no dia 12 de fevereiro. A primeira data de início do Move era 15 de fevereiro, mas a empresa disse que começariam os testes operacionais. De acordo com a BHTrans, as linhas vão começar a operar de forma gradativa. No dia 8, entram em funcionamento as linhas troncais que vão circular na Avenida Cristiano Machado, entre as estações São Gabriel e Cen-tral. As atuais linhas alimentadoras - que ligam os bairros à estação de integração – vão se ligar às novas.

Entenda como será a operação- Linha 83D - Estação São Gabriel/Centro-Direta, que sairá da Estação São Gabriel para o Centro, sem parar nas estações de transferência da Avenida Cristiano Machado;- Linha 83P - Estação São Gabriel/Centro-Paradora, que sairá da Estação São Gabriel, com destino ao Centro, parando nas estações de transferência da Avenida Cristiano Machado;- Linha 82 - Estação São Gabriel/Savassi Via Hospitais sairá da Estação São Gabriel e vai cir-cular pela Avenida Cristiano Machado, parando nas estações de transferência, e seguindo pela Avenida dos Andradas em direção à Área Hos-pitalar e Savassi. No Centro, as linhas 83D e 83P vão parar nas estações de transferência “São Pau-

CHEGANDO • Primeiros articulados chegam às garagens

CBN

QUASE PRONTO • Uma das estações do corredor BRT de Belo Horizonte, no Centro

• O [email protected] Desde ontem (1º), idosos e pessoas com deficiência poderão viajar de graça em ônibus intermunicipais em MG. Para ter di-reito ao benefício é preciso ter renda indi-vidual inferior a dois salários mínimos e, no caso dos idosos, mais de 65 anos. Além disso, os usuários devem fazer o cadastro e solici-tação da Carteira SINDPASSE por meio do

endereço eletrônico www.sindpas.com.br. Para fazer a reserva e o embarque é necessário apresentar documento de identi-dade com validade nacional e com foto, e a carteira de gratuidade intermunicipal. De acordo com o Decreto Estadual nº 46.434, cada empresa ficará obrigada a oferecer dois assentos por viagem. O interes-sado deverá apresentar, nos pontos de venda de passagens, o pedido de reserva com, no

mínimo, 12 horas de antecedência do horário previsto da partida do veículo. Um cartaz com explicações sobre as condições para a concessão do benefício deve ser afixado no nos guichês de vendas e também no interior dos veículos. Em caso de dúvida, os usuários po-dem recorrer ao Serviço de Atendimento do SINDPAS, por meio do telefone (31) 3343-7320, das 9h às 19h30, nos dias úteis.

lo”, localizada na Avenida Santos Dumont, e “Tamoios”, na Avenida Paraná. Nesta primeira fase, o Move vai circu-lar entre 4h e 23h. No período noturno, os pas-sageiros poderão usar as linhas convencionais que já circulam normalmente. Nos domingos e feriados, a linha troncal que irá circular é a 83P. A estimativa da BHtrans é que, no iní-cio desta operação, as linhas da Avenida Cris-tiano Machado vão transportar cerca de 30 mil passageiros por dia útil. Ao todo, serão 18 ôni-bus em circulação nesta etapa.

Bilhetagem De acordo com a BHtrans, o paga-mento da tarifa, que não sofrerá aumento, de-verá ser feito fora dos ônibus troncais. Todas as estações têm catracas eletrônicas, onde o

usuário vai passar o cartão BHBus ou inserir o cartão unitário. O cartão unitário pode ser comprado nas estações de integração, neste princípio na Estação São Gabriel, e nas estações de trans-ferência. Nestes pontos também será possível recarregar o cartão BHBus. A empresa alerta, no entanto, que as estações de transferência das avenidas Paraná e Santos Dumont não têm bilheteria. Para fazer a compra ou recarga de cartão, o usuário deve usar quiosques espalhados pelas esquinas da região, nos endereços abaixo:- Rua Rio de Janeiro com Avenida Santos Du-mont- Rua São Paulo com Avenida Santos Dumont- Rua dos Tupinambás com Avenida Paraná- Rua dos Carijós com Avenida Paraná

Idosos e deficientes podemviajar de graça em intermunicipais

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REVISTAINTERBUSS • 02/03/14 11

• G1 RJ [email protected]

Municipais da Capital deverão ser equipados com ar condicionado Todos os ônibus novos que forem comprados no Rio para servir ao transporte municipal deverão ser equipados com ar-condi-cionado. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (24) e já está em vigor. Em um verão de calor recorde, o maior dos últimos 30 anos e sensação térmica de deserto, nos “quentões”, como são chama-dos os ônibus ser ar condicionado, a situação é ainda pior, como mostrou o RJTV.

Um em cada 10 tem ar Segundo o Rio Ônibus e a prefeitu-ra, dos 8.788 coletivos cariocas, apenas 1.654 têm ar condicionado — mais ou menos dois em cada 10. Até agora, o avanço foi lento. Em 2012, quando o contrato de concessão com as empresas de ônibus foi assinado, 17,3% da frota tinham ar. No ano passado, o percentual subiu pouco: 18,7%. De acordo com as metas da prefeitura, até o fim deste ano, 30% da frota devem estar circulando com ar condicionado. Em 2015, o

número deve subir para 60%, chegando a 100% em 2016. O Rio Ônibus informou que está fa-zendo investimentos para cumprir as determi-

nações da prefeitura. Até o fim de março, de-vem chegar 258 novos ônibus equipados com ar-condicionado. Até o fim do ano, 1,5 mil veículos com ar devem ser incorporados à frota.

CONFORTO • Toda a frota deverá ser equipada com ar condicionado até 2016

Princípio de incêndio em ônibus da Alfa Luz causa susto em Brasília•G1 [email protected] Um princípio de incêndio atingiu um ônibus na Rodoviária Interestadual de Brasília, na tarde desta sexta-feira (28). Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo teve início no ar-condicionado. Nin-guém se feriu. O veículo da Viação Alfa Luz deve-ria ter saído do terminal, com destino a Cal-das Novas, em Goiás, às 14h. Até as 19h, os passageiros ainda não haviam embarcado. O motorista estava estacionando o ônibus quando constatou as chamas. Ele era a única pessoa que estava no local no mo-mento. O fogo foi contido rapidamente, mas o veículo ficou muito danificado, se-gundo os bombeiros. A Socicam, empresa que adminis-tra o terminal, afirmou que o ônibus chegou à plataforma já com indícios de chamas na

carroceria e que funcionários da rodoviária treinados para combate a incêndio contro-laram a situação com extintores.

A companhia disse que o acidente não interferiu no embarque e desembarque de outros ônibus.

Rio de Janeiro 2

Centro-Oeste

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02/03/14 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T A

Acaba greve em Curitiba,que prejudicou 2,4 milhões

Sul

[email protected] Em assembleia ocorrida na manhã deste sábado, os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba aceitaram a proposta de reajuste salarial de 9,28%, depois de três dias de greve do serviço. A porcenta-gem representa a reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 5,26%, mais 3,82% de aumento real. A categoria vai protocolar a decisão em assembleia no plantão da Justiça do Trabalho, que conduziu as negociações durante a paral-isação. Isto deve ser feito até as 15h. Os tra-balhadores devem retornar ao trabalho ainda hoje. Além do reajuste salarial, foram aprovados o aumento de 10,5% no vale re-feição e o pagamento de um abono de R$ 300. Inicialmente, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região metropoli-tana (Sindimoc) reivindicava um aumento real de 16% para motoristas e 22% para co-bradores, fora a reposição da inflação pelo INPC. As empresas de ônibus afirmaram que poderiam pagar apenas a reposição da infla-ção no período. Foram necessárias três audiências

de tentativa de conciliação no Tribunal Re-gional do Trabalho (TRT) do Paraná para que houvesse o avanço nas negociações entre as partes envolvidas. Na primeira, o Ministé-rio Público do Trabalho (MPT) propôs um aumento de 10,5% para a categoria, o que foi aprovado em assembleia entre os trabal-hadores. Mas, na segunda audiência, as em-presas não concordaram com o percentual e ofereceram 7,5%. O MPT sugeriu então 8,5% de reajuste para motoristas e 10,5% para cob-radores, mas não houve acordo. No encontro ocorrido ontem, foi proposto o índice apre-sentado na assembleia de hoje da categoria. Caso motoristas e cobradores não aprovas-sem a proposta neste sábado, o caso iria para dissídio coletivo. A greve gerou muitos transtornos para a população por causa da falta de ônibus no primeiro dia de paralisação. A Urbs, que gerência o transporte público da cidade, cre-denciou lotações para atender os usuários da Rede integrada de Transporte, que atende Cu-ritiba e 13 cidades da região metropolitana, totalizando 2,4 milhões de passageiros ao dia. A prefeitura entrou na Justiça pedin-do a circulação mínima de 70% da frota em horários de pico, mas a proporção foi redu-

zida para 50% nos horários mais movimen-tados e 30% nos demais. Segundo a Urbs, inicialmente o Sindimoc não cumpriu a de-terminação, mas havia circulação de veículos no segundo dia de greve. Somente ontem os índices foram atendidos integralmente. Mes-mo assim, houve muita confusão. A prefeitura chegou a colocar carros oficiais para atender os usuários. A situação devia ser normalizada ainda ontem.

TRANSTORNOS A Urbs, que gerencia o transporte coletivo da cidade, informou que vai repas-sar os dados sobre a frota para a Justiça do Trabalho, pois a operação chegou a 30% no horário de pico, contra os 50% definidos pela Justiça. O percentual foi alcançado apenas no fim da manhã. Foi estipulada uma multa de R$ 100 mil por dia em caso de descum-primento. Ainda não houve definição sobre o assunto. Durante a greve, a prefeitura co-locou em circulação sua frota de vans para atender os principais itinerários. Sem cobran-ça de tarifa, os veículos atendiam prioritari-amente idosos e deficientes físicos. Clandes-tinos também circularam.

CORREDORES VAZIOS • Van credenciada pela prefeitura faz o transporte gratuito na cidade; Preferência é de idosos e deficientes

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Passageiros irritados com demora depredam ônibus em Itaperuçu• G1 [email protected] Dois ônibus do transporte urbano de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curi-tiba, foram depredados na manhã desta sexta-feira (28). Segundo a Polícia Militar (PM), os passageiros ficaram irritados com a demora dos veículos por causa da greve dos motoris-tas e cobradores, que começou na quarta-feira (26), e danificaram os ônibus. Um dos veícu-los foi apedrejado e o outro foi empurrado para um barranco. Um motorista e uma passageira ficaram feridos e foram atendidos no local. Os ônibus foram recolhidos pela empresa. A greve de ônibus completou três dias nesta sexta-feira. Desde então, já foram marcadas duas audiências de conciliação, mas as partes interessadas, entre elas Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curi-tiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e Sin-dicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp), não chegaram a um acordo para encerrar a paralisação. Na manhã desta sexta, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc)

afirmou ao G1 que está “tentando” cumprir a decisão judicial de manter 50% da frota em

circulação, nos horários de pico, e 30% nos demais, até a próxima audiência.

• G1 [email protected] Em soliedariedade a dois colegas demitidos, motoristas de ônibus promovem, na manhã desta sexta-feira (28), uma “opera-ção tartaruga”, na qual o deslocamento ocorre em velocidade abaixo do normal, em Porto Alegre. A manifestação ocorre após as gara-gens de duas empresas, onde ocorreram as demissões, serem bloqueadas, mais cedo, por rodoviários. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) diz ter registrado ôni-bus circulando em baixa velocidade apenas na Avenida João Pessoa. Na via, integrantes de uma dissidência do principal sindicato da categoria estão entrando em cada ônibus para convesar com os colegas e dar detalhes sobre a mobilização. “Estamos monitorando pelas câmeras. É possível notar que uma fila se formou na João Pessoa. Mas ainda não temos a confirmação de que o mesmo esteja ocor-rendo em outras vias”, disse ao G1 o diretor-presidente da entidade, Vanderlei Cappellari. No corredor de ônibus da avenida, há a circu-

Porto Alegre tem operação tartaruga

lação de ônibus com destinos nas Zonas Sul e Leste. A tática de usar operações tartaruga foi adotada antes do início da greve da categoria neste ano, que durou 15 dias e afetou todo o transporte da cidade. Apesar do deslocamento com velocidade reduzida, a EPTC informou que a demora é maior apenas entre o Centro e a Zona Sul de Porto Alegre. O bloqueio que afetava somente de das linhas de ônibus Lami e Belém Novo em Porto Alegre na manhã desta sexta-feira (28) se estendeu causou reflexos em todo o serviço na Zona Sul da cidade. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) decidiu realizar um remanejo para compensar a interrupção da circulação nas duas linhas.

O esquema foi adotado após gara-gens de duas empresas serem bloqueadas por rodoviários em um protesto contra demissões de dois funcionários das empresas VTC e da Belém Novo. Um deles é membro do Coman-do de Greve da categoria. De acordo com a EPTC, a previsão é de que a situação só seja normalizada ao meio dia, quando o bloqueio deve terminar. Em fr-ente à garagem onde ocorre a manifestação, rodoviários informaram que exigem a read-missão dos colegas. Caso isso ocorra, os lo-cais seriam liberados mais cedo. Integrantes da categoria ainda re-lataram que haveria um plano de paralisar todo o consórcio STS, responsável pela Zona Sul de Porto Alegre, caso as readmissões não ocorram em 72 horas. Para minimizar os efeitos do pro-testo, a EPTC ainda decidiu liberar a circu-lação de passageiros em pé nos táxi-lotações da Zona Sul. Conforme o órgão, a maior parte das paradas de ônibus na região seguiam lota-das até as 8h30 devido à lentidão maior no serviço.

PROTESTO • Ônibus depredados após usuários irritados por conta da demora

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A S E M A N A R E V I S T ANovidade

• Zero Hora [email protected] Já chegou ao Brasil um novo apli-cativo que torna a busca por caronas para viagens de longa distância mais fácil e segu-ra. Criado em Israel - berço de dispositivos inovadores - o app WeGo reunirá pessoas interessadas em dividir o carro e economizar na viagem. A redução de gastos com o trans-porte em uma viagem compartilhada é de, no mínimo, 40%. — O WeGo é recomendado para pessoas que moram longe do trabalho ou que viajam frequentemente. Não é uma competição com serviços de transporte, nem visa ser uma fonte de renda para o motor-ista. Nosso objetivo é reunir pessoas que precisam ir para o mesmo lugar e querem gastar menos. Além disso, pretendemos que o aplicativo ajude na diminuição da polu-ição das cidades, pelo fato de a quantidade de carros diminuir— explica um dos respon-sáveis pelo desenvolvimento do produto, Ayal Zaum.

Como funciona? Os interessados fazem o download gratuito do aplicativo pelo Google Play ou pelo site wegocaronas.com.br e se cadas-tram no sistema. Quem dirige e quer oferecer uma vaga, cadastra o destino, hora de saída e chegada, além de uma sugestão de doação para as despesas da viagem. Por outro lado, quem precisa de carona, encontra os carros disponíveis para a data e o destino desejado. O pagamento da doação combinada entre motorista e carona pode ser feito com cartão de crédito por meio do aplicativo.

Preocupação com a segurança O passageiro pode escolher ir com o motorista mais bem avaliado. Quem di-rige também pode escolher se aceita ou não o pedido de carona de um passageiro após ver a sua reputação. É feita uma análise dos cadastros dos usuários e, após o trajeto, mo-

Programa reúne pessoas que vão para um mesmo destino, possibilitando que se organizem e paguem menos tarifas

Aplicativo facilita caronas efaz custo de viagem cair 40%

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torista e passageiros podem dar notas para a corrida. As avaliações serão mostradas no aplicativo, para ajudar na hora de escolher o parceiro de viagem.

Estreia no Brasil A Copa do Mundo de 2014, as lon-

gas distâncias, e o enorme potencial turístico do país motivaram a escolha do Brasil para o lançamento. Na Europa, os aplicativos de carona já são muito populares. O inglês Car-pooling e o francês Blabla Car juntos, por exemplo, já reúnem mais de 15 milhões de usuários. Agora, chegou a vez do Brasil.

NOVO APLICATIVO • Objetivo do WeGo é reunir pessoas que vão para um mesmo destino e possibilitar a organização de viagens conjuntas, visando redução de custos

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• Da Marcopolo

B A L A N Ç O M A R C O P O L O

A Marcopolo S.A. alcançou, em 2013, crescimento de 8,6% em sua receita líquida consolidada, com R$ 3,659 bilhões, contra os R$ 3,369 bilhões do exercício de 2012. O resultado é proveniente do aumen-to de produção, especialmente de modelos rodoviários e de veículos Volare. As vendas para o mercado interno geraram receitas de R$ 2,509 bilhões ou 68,6% da receita líquida total (68,2% em 2012). As exportações, so-madas aos negócios no exterior, atingiram a receita de R$ 1,15 bilhão ou 31,4% do total, contra R$ 1,07 bilhão no exercício anterior, com crescimento de 7,5%. De acordo com José Rubens de la Rosa, diretor-geral da Marcopolo, 2013 caracterizou-se como um ano de novos desa-fios e turbulências para a indústria de ônibus e carrocerias no Brasil, principalmente ao longo do segundo semestre. “Em junho, as manifestações populares, que iniciaram em decorrência do aumento anunciado das tarifas de ônibus e que depois se somaram a outras reivindicações, exigiram a redução das tari-fas e melhorias no transporte público. Como consequência, alguns governos municipais decidiram por congelar as tarifas, o que resul-tou em menor demanda por ônibus urbanos”, explica de la Rosa. Somado a isso, a publicação pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) do edital de licitação das linhas in-terestaduais trouxe incertezas também para o mercado de ônibus rodoviários, afetando a entrada de novos pedidos. “A despeito do cenário mais desafiador, a receita líquida da Marcopolo cresceu em comparação ao ano anterior, assim como a produção no Brasil, que aumentou 5,0%, e a produção mundial consolidada, com elevação de 4,0% no mes-

MARCOPOLO TEVECRESCIMENTO DE8,6% EM 2013

Receita líquida consolidada no ano passado foi de R$ 3,659 bilhões contra R$ 3,369 bilhões do ano anterior

mo período.” No mercado externo, a receita ad-vinda das exportações a partir do Brasil foi beneficiada pela desvalorização do real frente ao dólar norte-americano e pelo Regime Es-pecial de Reintegração de Valores Tributários (REINTEGRA), válido até o final de 2013. Em relação às unidades controladas da Mar-copolo no exterior, o destaque foi a Volgren, na Austrália, cuja produção aumentou 21,6% em 2013 em relação a 2012. No total, as oper-ações da Marcopolo no exterior contribuíram com um volume de 2.154 unidades em 2013. Perspectivas para 2014 O cenário de incertezas em relação ao mercado brasileiro de ônibus, que se ini-ciou na segunda metade do ano passado, ai-nda persiste neste início de 2014. Contudo, em razão da proximidade da Copa do Mundo a demanda por ônibus nos segmentos de tur-ismo e de transportes intermunicipais cres-ceu, e pedidos de BRTs, já em carteira, estão compensando em parte o arrefecimento nos demais segmentos. No mercado externo, a desvalori-zação do real em relação ao dólar segue im-pulsionando as exportações, especialmente a partir do quarto trimestre do ano passado.

Além dos mercados tradicionalmente im-portadores, a Marcopolo vislumbra negócios importantes de exportação para países na América Central e África, em sua maioria voltados à implementação de novos projetos de BRTs e mobilidade urbana nessas regiões. Em relação às unidades controla-das da Marcopolo no exterior, é importante destacar o lançamento, no final de 2013, dos modelos da Geração 7 de ônibus rodoviários no México, totalmente nacionalizados, que ti-veram excelente receptividade pelos clientes locais. Na África do Sul, a MASA obteve êxi-to em dois importantes lotes para a renova-ção dos sistemas de BRTs em Johanesburgo e Pretória, cujas entregas iniciaram em 2013 e se estenderão até 2015. Conforme comunicado divulgado pela companhia no dia 16 de dezembro de 2013, as expectativas de desempenho para 2014, mantidas as condições atuais de mer-cado e do desempenho econômico dos países onde opera, são: (i) investimentos programa-dos no montante de R$ 160,0 milhões; (ii) atingir a receita líquida consolidada de R$ 3,8 bilhões (R$ 4,4 bilhões no padrão con-tábil anterior); e, (iii) produzir 20.850 ônibus nas unidades do Brasil e do exterior (33.000 unidades no padrão contábil anterior).

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REVISTAINTERBUSSTHIAGO SANTOSIMPERATRIZ/MA • APARECIDA

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• Do Site da Transpo [email protected]

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• Do Site da Transpo [email protected]

Ferrovia Norte-Sul: trechode 855km quase pronto Em fase final de acabamento, o tre-cho entre Palmas (TO) a Anápolis (GO), da Ferrovia Norte-Sul, já recebe movimentação de transporte do material da própria obra. As empresas contratadas pela Valec já transpor-taram 4.125 dormentes de concreto (cerca de duas mil toneladas), em 09 de fevereiro, para as obras do Pátio Multimodal de Anápolis, um dos principais pontos de transbordo da ferrovia. O trem, que fez este transporte e puxava 22 vagões, partiu de Palmas no dia 09 com destino a Uruaçu (GO). No dia 13, a carga foi levada para Anápolis. Segundo o Ministério dos Transportes, o trecho de 855 quilômetros será entregue ainda neste primeiro semestre. A Ferrovia Norte-Sul terá a extensão, total, de 4.155,6 quilômetros e passará pelos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

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O faturamento da Coopercarga chegou a R$ 746 milhões em 2013, um crescimento de 22% sobre o desempenho de 2012. Para 2104, a Coopercarga projeta um crescimento de 15% no seu faturamento. Para chegar ao objetivo, a empresa investirá aproximadamente R$ 35 milhões no negócio de armazenagem, incluindo o seu primeiro armazém próprio, que será instalado no Rio de Janeiro. “O ano de 2013 foi um ano de mui-tos desafios para todos os setores da econo-mia, mas podemos comemorar por termos alcançado este importante crescimento. Isso somente foi possível devido às importantes parcerias que fechamos, ao comprometimen-to de nossas pessoas e aos investimentos re-alizados”, afirma Osni Roman, presidente da

Coopercarga. No ano passado, a empresa aplicou mais de R$ 100 milhões na compra de 150 caminhões leves das marcas Volkswagen e Mercedes-Benz, além de e 250 pesados Sca-nia, sendo 50% destinados para renovação da

frota e 50% para sua ampliação, encerrando 2013 com 1,9 mil veículos. Para 2014, está programada a compra de 130 caminhões leves e 270 pesados, além de eventuais aquisições no caso de fechamento de contratos para op-erações especiais.

Coopercarga fatura 22% maise projeta crescimento de 15%

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Ambiental Transportes recebeprimeiros trólebus Volks/Eletra A empresa Ambiental Transportes comprou 10 trólebus equipados com chassis Volksbus do modelo 17.280 piso baixo, equi-pados com motor elétrico traseiro. As carroce-rias são fornecidas pela Caio/Induscar e a tração elétrica foi fornecida pela Eletra. Os veículos já estão operando na Zona Leste da capital paulista. De acordo com a MAN Latin Amer-ica, o desenvolvimento deste projeto deman-dou seis meses de trabalhos das áreas de Marketing do Produto, Engenharia de Desen-volvimento e Engenharia Elétrica. A solução encontrada foi remover o motor e a caixa de câmbio, fornecendo os chassis Volksbus com eixos e relação de diferencial adaptados à op-eração. Um módulo eletrônico que faz a in-terface com o novo sistema de tração elétrica e chicotes elétricos foram entregues aos for-necedores envolvidos no projeto do trólebus. “Nossa preocupação foi a de desen-volver um chassi que faça a melhor interface com os sistemas utilizados pelos fornece-dores envolvidos na operação, além de dis-

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ponibilizar no mercado de ônibus brasileiro um produto competitivo que atenda às neces-sidades deste negócio”, comentou Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Market-ing e Pós-Vendas da MAN Latin America.

“Nossos clientes buscam cada vez mais por soluções amigáveis ao meio ambiente. Somos pioneiros em algumas delas e agora, com os chassis para trólebus, oferecemos mais uma alternativa aos frotistas”, finalizou.

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Agrale é responsável por 73%das vendas do Grupo Stédile• Do Site da Transpo [email protected]

Em 2013, o conglomerado Stedile, que é formado pelas empresas Agrale S.A. e suas subsidiarias, mais a Agritec Lavrale, Fun-dituba, Germani Alimentos, Germani Cereais e Fazenda Três Rios, superou a marca de R$ 1,72 bilhão em vendas, sendo US$ 46 milhões em exportações. Deste total, a Agrale S.A. representa, sozinha, por 73% do volume de vendas. Um crescimento de 17,2% em relação a 2012 e de 36,1% nos últimos dois anos, sus-tentado principalmente pelas vendas de chas-sis para micro-ônibus, de viaturas militares e de tratores agrícolas. Ao todo, o grupo soma cerca de 3.600 empregados diretos e 11 estabelecimentos in-dustriais no Brasil. Possui atuação nos setores automotivo, de material de defesa e segurança, maquinário agrícola, movimentação de mate-riais, geração de energia, alimentar e agrícola.

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D E U N A I M P R E N S A

• Do Site da Transpo [email protected]

Volvo lança escavadeiracompacta para obras civis

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Para operação em canteiros de ob-ras, a Volvo Construction Equipment lançou a escavadeira compacta EW60C, montada sobre rodas para trabalho em espaços restri-tos e rodar em vias públicas, entre um can-teiro e outro, sem a necessidade de transporte adicional. A EW60C atende aos mercados da construção civil, em espaços urbanos e ob-ras de saneamento, bem como em atividades agrícolas, como abertura de canais, irrigação e trabalho em estufas e paisagismo. “O modelo é excelente para comple-mentar a frota de clientes que já trabalham com retroescavadeiras e outros equipamentos compactos, pois comparativamente oferece maior eficiência na escavação e menor con-sumo de combustível”, diz Boris Sánchez, gerente da Engenharia de Vendas da Volvo Construction Equipment Latin America. Segundo a fabricante, o equipamen-to pode ser até 25% mais rápida e consumir até 50% menos combustível que uma retro-escavadeira graças à sua menor necessidade de reposicionamento e possibilidade de trab-alhar em espaços restritos. Sua amplitude de giro, quando rente à parede, é de 180º, sendo três vezes mais versátil que uma retroescava-deira; e sua capacidade de preenchimento de

valas é até 13% maior. “Outra vantagem do equipamento é a função Pipe Layer, exclusiva da Volvo, para assentamento de tubos de saneamento, drenagem, gás e eletricidade de forma ágil e precisa. Está função permite um controle refi-nado dos movimentos da máquina e o encaixe perfeito e seguro das tubulações”, explica Ju-liano Silva, engenheiro de Vendas da VCE.

Por receber uma lâmina frontal, o preenchimento da vala pode ser executado ime-diatamente após o assentamento da tubulação, reduzindo o tempo de execução e os riscos de erosão. “São características que garantem mais eficiência à operação, além de eliminar custos de reparos à superfície que seriam causados por uma máquina com esteiras de aço ou estabiliza-dores”, complementa Silva.

• Do Site da Transpo [email protected] Com a confirmação da produção da nova fase da Série F para este ano, a Ford Caminhões está reforçando a sua estrutura, tanto na linha de montagem da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), com novos equi-pamentos e equipes nas áreas produtivas e operacionais, como na área administrativa. Com 18 anos de carreira na Ford, Antonio Baltar Jr. é o novo gerente Nacional de Vendas e Marketing, cargo recém-criado. “A indústria de caminhões tem uma dinâmica própria e exige uma estrutura forte e diferen-ciada. O setor é muito disputado e a Ford tem

alta competitividade em todos os segmentos desse mercado, com um time de profissionais preparado para enfrentar os seus desafios”, diz Antonio Baltar. Em 2014, além dos novos camin-hões F-350 e F-4000, a montadora lançará a Nova Linha Transit global. “A Ford Camin-hões está expandindo a sua linha de produ-tos e criando novos programas nas áreas de vendas, marketing e serviços. Paralelamente, reforçamos as nossas equipes de manufatura para atender os desafios no competitivo mer-cado de caminhões”, confirma Guy Rodri-guez, diretor de Operações de Caminhões da Ford América do Sul.

TranspoOnline

Ford Caminhões agora temgerência nacional de vendas

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• Do Site da Transpo [email protected]

São Paulo investirá R$ 35 mi em 14 blindados anti-protestos

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Como se estivesse se preparando para uma guerra civil, o governo do Estado de São Paulo investirá US$ 15 milhões (cerca de R$ 35 milhões) em 14 veículos blindados. Tudo isso para reprimir os protestos que tem ocorrido na capital paulista desde junho de 2013 e prometem se estender até a Copa do Mundo de 2014, no mínimo. O processo de licitação internacional foi aberto em dezem-bro passado. Cada um dos quatro caminhões eq-uipados com canhões para jatos d’água, de tinta e gás lacrimogênio, com capacidade para atingir manifestantes com até 60 metros de distância, custará US$ 808.476 (R$ 1,8 milhão). Seis veículos blindados para o trans-porte de até 24 policiais também estão sendo licitados, ao custo de US$ 1,5 milhão cada um (R$ 3,6 milhões). Outros quatro veícu-los, para transportar de 8 a 12 PMs, custarão aos cofres públicos US$ 595.719 cada (R$ 1,3 milhão). Apesar de abrir a licitação prevendo a utilização dos veículos já na Copa do Mun-do, em junho deste ano, a empresa vencedora da licitação terá até 210 dias para entregar os veículos, a partir da assinatura do contrato. As informações são do Uol Notícias Cotidi-ano. * Há uma informação incorreta na ilustração ao lado. É impossível um veículo de três eixos ter tração 4x4. Pode ser 6x2, ou 6x4 ou 6x6.

TranspoOnlinePacer fará logística daTok & Stok em SP e MG• Do Site da Transpo [email protected] Com dois novos contratos, a Pacer passará a realizar toda a operação logística e de transporte da empresa Tok&Stok no Rio de Janeiro e em Minas Gerais por um prazo de cinco anos. Entre suas atividades, a Pacer fará a gestão de armazenagem e controle de estoque de mercadorias variadas, de móveis e utensílios domésticos e de escritório a obje-tos de decoração. Para atender aos novos contratos, a Pacer investirá R$ 11 milhões em equipa-mentos, mão de obra e treinamento, além da contratação de 60 pessoas no Rio de Janeiro,

em Minas Gerais e Tamboré (SP), onde está localizado o Centro de Distribuição que abas-tece as lojas da rede. Ao todo, 160 funcionários estarão dedicados direta ou indiretamente às opera-ções. A expectativa é de transportar 80 tone-

ladas de carga por ano para a Tok&Stok. A operadora logística atribui o contrato ao sucesso das operações no Rio de Janeiro, iniciadas há seis meses, com o transporte dos produtos diretamente aos con-sumidores a partir das cinco lojas do Estado.

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M E C Â N I C A D E P E S A D O S

O sistema de freio pneumático com-provadamente é mais eficiente que o sistema hidráulico. Esse sistema possui diversos com-ponentes que são responsáveis por controlar a pressão e distribuir o ar a cada circuito. Nessa matéria, o Técnico de ensino Alison Flamino de Aguiar, explicará os com-ponentes do sistema de freio do VW 8-150, fabricados a partir de 2000, e ainda comen-tará algumas tecnologias diferenciadas de outros veículos em comparação à este. PRIMEIRA ANÁLISE A verificação inicial que devemos fazer para a detecção de funcionamento do sistema pneumático está no painel de instru-mentos. Há um manômetro indicador de pressão dos freios com dois ponteiros que apontam a pressão dos circuitos primário e secundário. Mesmo com o veículo desligado, a pressão do circuito pneumático não deverá sofrer queda. Caso ocorra, é um indício de que o sistema possui algum ponto de vaza-mento e este deve ser tratado. Assim, para analisarmos, a pressão de trabalho do sistema fica entre oito e dez bar.

UTILIZAÇÃO DO DIAGRAMA Primeiramente devemos ter a ciên-cia que, para a manutenção de um sistema pneumático, devemos ter em mãos o seu diagrama. Este é de suma importância para a identificação de seus componentes e pontos de instalação nos pórticos de cada válvula. Um exemplo útil para a utilização do diagrama é em casos de substituição dos componentes. Caso o reparador precise sub-stituir a válvula pedal, a não ser que ele realize as marcações em cada mangueira. Na instala-ção de uma nova, haverá quatro mangueiras de conexões idênticas. Não sabendo qual a

O SISTEMA DE FREIOS PNEUMÁTICOS DO VW 8.150Confira como se faz a manutenção de um caminhão da linha leve da Volkswagem, comprocedimento semelhante usado em micro-ônibus e veículos de menor porte, como micrões

função de cada uma, pode se cometer o erro de instalar as mangueiras do sistema nos pór-ticos indevidos, podendo ocorrer danos ao componente e ainda comprometimento à se-gurança da frenagem. Antigamente, os veículos eram dot-ados de mangueiras de cores diferentes que facilitavam essa montagem. Por exemplo, a entrada de pressão ficava na cor verde, e a saída, em vermelho. Hoje, até para redução de custos, não existe mais. Adota-se uma mangueira de cor preta para todo o sistema onde no máximo em sua ponta há um anel com identificação das cores, não sendo o padrão de todos os modelos e montadoras. Porém, em caso de uma primeira manutenção emergencial, ou não no local em que o siste-ma adota essa identificação por anéis, o repa-rador poderá tê-la substituído por outra de mesmo comprimento com a identificação de cor incorreta. Assim, mais uma vez, somente

o esquema poderá nos dizer qual a função de cada uma. 1. Compressor - O compressor de ar, como o próprio nome diz, é responsável por admitir o ar, comprimí-lo e carregar o sistema pneumático do veículo. O ar é admitido, aproveitando o filtro de ar da admissão, permitindo assim a redução no custo de materiais, além de ad-mitir um ar asseguradamente livre de im-purezas. Claro, isso quando a manutenção periódica do sistema e dos filtros estiver ocorrendo dentro do período estipulado pelo fabricante e as condições de uso as quais o veículo é submetido. Antigamente, os compressores eram acionados por correias, mas com o desgaste destas, o compressor perdia eficiência. Nos modelos de caminhões mais novos (a partir da década de 90 como neste VW), o compres-sor já é acionado pelas engrenagens de distri-buição do motor. Neste caminhão, usa-se o compres-sor Knorr Modelo LK-38. Sua pressão de tra-balho está em torno de 9,2bar e sua rotação máxima de trabalho está entre 2600 e 2800 rpm, trabalhando com lubrificação forçada e seu arrefecimento é realizado pelo líquido de arrefecimento do próprio motor. 2. Abafador - Na saída do compres-sor a tubulação apresenta um aumento de diâ-metro em um trecho. Este é responsável por reduzir o ruído proveniente do sistema, atu-ando semelhantemente como o abafador do sistema de escape. 3. Serpentina - Logo após o abafa-dor, na sequência da tubulação, está localiza-da a serpentina. Esta é responsável por dissi-par parte do calor gerado, após a compressão do ar, e enviá-lo mais resfriado ao regulador de pressão, utilizando o conceito de que o ar mais frio se agrupa molecularmente, portan-to, em um mesmo volume cabe uma maior

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O SISTEMA DE FREIOS PNEUMÁTICOS DO VW 8.150Confira como se faz a manutenção de um caminhão da linha leve da Volkswagem, comprocedimento semelhante usado em micro-ônibus e veículos de menor porte, como micrões

quantidade de moléculas de ar. 4. Regulador de pressão com filtro secador - Como o próprio nome diz, é respon-sável por manter a pressão de trabalho do sistema dentro do padrão e por secar o ar que será enviado ao reservatório. Assim, desarma o envio de ar do compressor para o sistema, apenas mantendo a pressão constante. Em sua parte superior, há um para-fuso de regulagem onde podemos regular a pressão de trabalho do circuito. O que ocorre geralmente, é que quando o compressor está com baixa eficiên-cia, costuma-se cometer o erro de aumentar a pressão no regulador, fornecendo maior pressão de ar ao circuito. Não é recomendado realizar esse procedimento sem uma análise correta do sintoma de falha, pois, poderemos estar mascarando uma falha que futuramente poderá causar um dano que necessite retífica do compressor. Em outros caminhões de maior porte como o Constellation, o regulador de pressão está ligado à válvula 4 vias, formando um conjunto denominado APU (Unidade de Pro-cessamento de Ar). 5. Reservatório - Tem a função de acumular o ar pressurizado para o envio às válvulas de controle. Neste também há dre-nos por onde periodicamente o condutor deve drenar a água do sistema pneumático. Em outras aplicações mais atuais, esse dreno é automático sem a necessidade de intervenção humana. Também possui uma tomada para instalação de manômetro, onde pode ser real-izado o diagnóstico, por exemplo, da pressão do sistema em casos de dúvidas na confiabili-dade de leitura do manômetro do painel. Essa tomada para acoplamento do manômetro não existe somente no reser-vatório, mas em outros pontos do sistema também, como nos acumuladores das rodas

(cuícas). Assim, facilmente conseguimos de-tectar com dois manômetros se há diferença de pressão entre os sistemas e assim, um pos-sível vazamento do sistema. 6. Válvula de 4 vias ou Distribuidora - Na válvula 4 vias (assim como ocorrem em outros caminhões), existem pórticos de con-exão enumerados, onde há as numerações 11, 21, 12, 22. Assim, o número inicial identi-fica se o pórtico é de entrada ou de saída, e o número subsequente refere-se a posição deste no sistema. Exemplificando, o número 11 do pórtico significa entrada de pressão 1. O 12 significa entrada de pressão 2, os números 21 e 22 identificam saída de pressão 1 e saída de pressão 2, respectivamente. Sua função é distribuir o ar para quatro circuitos diferentes. Em outras apli-cações, existem válvulas de 6 vias e 8 vias, dependendo da quantidade de eixos que o veículo possua. Possui as numerações dos pórticos de entrada e saída de ar (assim como descrito no item abaixo). Outra função desta válvula é que, em casos de vazamentos em um desses cir-cuitos, sua construção interna permite que a mesma perceba a queda de pressão e isole esse circuito, mantendo a pressão de trabalho nos remanescentes, assim, não permite que o ar do sistema vaze totalmente deixando o caminhão impossibilitado de se locomover. 7. Válvula Pedal - Na válvula pedal deste sistema, também há a numeração dos pórticos, sendo a entrada 1 o pórtico 11 e a saída 1 o pórtico 21, correspondentes ao cir-cuito de freio dianteiro. A entrada 21 e saída 22 correspondem a entrada e de pressão e saída para o circuito traseiro. Na intenção de realizar a manuten-ção em um sistema de freio pneumático, o reparador deve ter ciência do significado dessas numerações e ainda a função de cada uma, baseado no diagrama de instalação do

sistema. Obs.: Algumas válvulas possuem o número 3. Este identifica a descarga de ar para a atmosfera. 8. Eixo “S” - Este é o item respon-sável por aplicar o movimento as sapatas de freio, fazendo assim com que elas se expan-dam contra o tambor, freando o caminhão dessa maneira. Devemos sempre verificar se há fol-gas no acionamento e empenamento do eixo, sendo estes as principais causas de falhas nesse componente. 9. Cuíca ou acumulador dianteiro - Pode ser chamado também como acumulador simples, pois, possui apenas um diafragma interno. Para a frenagem, o acumulador atua em conjunto com a catraca de freio e o eixo “S”, os quais são responsáveis por converter a energia gerada pela pressão de ar em movi-mento mecânico para frenagem. Internamente é composto basica-mente pelo conjunto mola e diafragma. Vale lembrar que neste veículo não há válvula de alívio no circuito dianteiro. Este ocorre através da válvula pedal e o ar que estava no acumulador é eliminado para a atmosfera. Neste caso, não é necessário a presença da válvula de alívio rápido porque a válvula pedal está bem próxima ao eixo dian-teiro. 10. Cuíca ou acumulador traseiro - Esta câmara possui dois sistemas de fre-nagem, o de serviço e o de emergência. O primeiro é responsável pela frenagem cotidi-ana do veículo, a segunda para frenagem de estacionamento no conhecido “Maneco de freio” ou então, em caso de falhas, funciona como emergência (em caso de vazamentos, por exemplo), este irá frear o caminhão. Agradecimentos: Oficina Brasil(www.oficinabrasil.com.br)

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02/03/14 • REVISTAINTERBUSS24

1º • Novas pinturasno Grupo Constantino

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

Absolutamente esse foi o assunto maiscomentado em todas as redes sociais egrupos de discussão dedicados aoassunto ônibus. A chegada dosprimeiros veículos da ViaçãoPiracicabana e da Breda Serviços jácom novo padrão de pintura, similaresuma da outra, deram o que falar. Asimplicidade das pinturas, algo totalmenteoposto ao que estava em vigor até então,foi o que mais chamou a atenção dosentusiastas de todo o país.

2º • Movimentosde CarnavalOs movimentos de ônibus rodoviáriosdurante este carnaval foi também umdos assuntos mais comentados nasredes sociais na semana passada. Asprogramações de cada um dosfotógrafos para registrar a chegada e asaída de ônibus dos principais terminaisrodoviários do país também estiveramem destaque.

R E D E S O C I A LO SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

Ônibus Antigo - Facebook

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

AILTON FLORÊNCIOCaio Millennium BRT MBB O-500UA Trólebus - MetraPublicada no perfil pessoal do autor

Grupo com diversas fotos históricas e recentes de ônibus antigos que ainda estão em circulação ou que pararam há pouco tempo. Bem organizado, o grupo recebe postagens de diversos membros de várias partesdo país. Para acessar é necessário um convite ou autorização da moderação para participação. Vale a pena!

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REVISTAINTERBUSS • 02/03/14 25

Renovando O ano começa com algumas empresas da cidade de São Paulo renovando a sua frota de ônibus. Segue-se as fotos e o que cada uma com-prou:Tupi Transportes – A tradicional empresa da zona sul paulistana já colocou em circulação 21 veículos, sendo dezessete novos e quatro semi-novos. Os novos são dez Caio Millennium III, montados sobre chassi MBB O500U, cinco Caio Millennium BRT, também montados sobre chassi O500U, e dois Caio Apache Vip 2013, montados sobre chassi VolksBus 17-230OD, equipados com V-Tronic. Os quatro semi-novos foram montados sobre chassi Volvo B290R, ano 2011. São eles dois NeoBus Mega BRS e dois Mascarellos Gran Via, que pertenceram à Oak Tree Transportes Urbanos, que fechou as portas no ano passado.Viação Santa Brígida – A operadora da zona no-roeste da cidade de São Paulo comprou cerca de cinquenta ônibus padron. Todos eles são Caio Millennium III, montados sobre chassis Volvo B290RLE. Apesar da grande compra, a empresa precisa mesmo de articulados para suas linhas de corredor, que já estão no limite da operação com a frota de 15m.Vip Transporte Urbanos, unidade M’Boi-Mirim – Esta comprou cerca de vinte Caio Apache Vip, montados sobre chassi MBB OF1721 Euro V. Esta frota vinha como renovação mas, como a empresa perdeu vários carros por conta de atos de vandalismo, parte deles acabou substituindo esses carros. Além disso, a empresa ainda cedeu vários veículos para que a matriz na zona leste conseguisse operar as linhas da área 4 paulistana, o que a deixou com um déficit de carros, obrig-ando-a a manter em circulação vários veículos que já deveriam estar desativados.Viação Gato Preto – Esta fez a sua primeira com-pra de articulados. Ela comprou dez, todos encar-roçados em Caio Millennium BRT. Destes artic-ulados, cinco foram montados sobre chassi MBB O500UA e outros cinco sobre MBB O500UDA, este último com 23m de cumprimento. Os cinco primeiros já estão circulando na linha 8700/10 Terminal Campo Limpo-Praça Ramos. Os de-mais só deverão entrar em operação após o treinamento de seus condutores. Além destes, a área 8 paulistana recebeu outros dez Caio Mil-lennium BRT, montados sobre chassi O500U, que também já entraram em circulação. Para a área 1 chegaram alguns Caio Millennium BRT, montados sobre chassi Scania K310UB.Viação Cidade Dutra – A frota de 20 Caio Mil-lennium BRT, montados sobre chassi MBB O500UDA, já estão circulando nas ruas da ci-dade. Eles substituem os Caio Millennium II, chassi O400UPA, que já começam a deixar as ruas paulistanas depois de dez anos.E esperamos que o ritmo de renovações contin-

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

ue. Hoje há cerca de 900 veículos com mais de dez anos circulando nas ruas paulistanas. E, para que isso seja resolvido, a prefeitura precisa, antes de qualquer coisa, licitar o transporte urbano da

cidade. Sem garantia de continuidade, fica dificil para as empresas realizarem novos investimen-tos e da própria prefeitura cobrar participação em seus projetos.

José Euvilásio Sales Bezerra

NOVOS • Caio Millennium BRT, chassi MBB O500U Euro V da Tupi; Caio Millennium III, chassi MBB O500U Euro V da Santa Brígida; Caio Apache Vip, chassi MBB OF1721 Euro V, da Vip; Caio Millennium BRT, chassi O500UA Euro V da Gato Preto

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

A SPTrans – São Paulo Transporte, autarquia que gerencia os serviços de ônibus municipais na Capital Paulista paga por mês R$ 2 milhões 271 mil 998 e 04 centavos para 281 funcionários comissionados de confian-ça, contratados sem concurso. A maior parte destes funcionários é formada por assessores, num total de 162. São assessores de vários tipos. Outro cargo que chama bastante a atenção é de gerente. São 38 gerentes com salários de R$ 11.791,59 cada , que custam mensalmente à população R$ 448.080,42. Há também 17 superintendentes que gan-ham R$15.254,78 cada num total de R$ 259.331,26 por mês. O menor salário é de Assessor As-sistente 1. Os ganhos de cada um são de R$ 1.474,51. Há cinco pessoas ocupando este cargo. Já os maiores salários são de R$ 18 mil 500, pagos a um chefe de gabinete, um diretor-adjunto, um diretor de administração e finanças, um diretor de gestão econômico-financeira, um diretor de infraestrutura, um diretor de operações, um diretor de planeja-mento de transportes e um diretor de relações internas. Juntos, estes oito diretores ganham por mês R$ 148 mil. Os dados são referentes ao balanço de salários da SPTrans de janeiro de 2014 e são oficiais. Os cargos de confiança são permiti-dos por lei, mas especialistas dizem que o risco de abuso no número de funcionários e salários é grande. A SPTrans possui 1 mil 623 fun-cionários concursados. A média salarial é menor que a média dos funcionários de confi-ança. Enquanto o maior salário, por exemplo, na categoria dos não concursados é de R$ 18 mil 500, o maior ganho entre os que prestaram concursos é de um analista de controle admin-istrativo, que ganha por mês R$ 12.711,56. O menor salário de um funcionário não con-cursado é de R$ 1.474,51 (auxiliar assistente 1) – são cinco funcionários. Já o menor salário de quem fez concurso é de R$ 1.223,97 para o cargo de agente de informação. São sete trab-alhadores nesta função. Além dos salários maiores e possibi-lidades de cargos desnecessários, os especial-istas dizem que boa parte dos funcionários de confiança pode não ter qualificação para os cargos e são indicações políticas. Veja a tabela dos cargos e salários de funcionários não concursados/de confi-

ança:ADMINISTRADOR TÉCNICO DE PRO-JETOS – R$ 8.354,74 – 14 funcionários = R$116.966,36ADMINISTRADOR TÉCNICO DE E PRO-JETOS 1 – R$ 11.791,59 – 1 funcionário = R$ 11.791,59ADMINISTRADOR TÉCNICOS DE PRO-JETOS 2 – R$ 10.345,95 – 16 funcionários = R$ 165.535,20ADMINISTRADOR TÉCNICO DE PROJE-TOS 3- R$ 10.808,42 - 11 funcionários = R$ 118.892,62ADMINISTRADOR TÉCNICO DE PROJE-TOS 4- R$ 12.711,56 – 10 funcionários = R$ 127.115,60ASSESSOR ASSISTENTE 1- R$ 1.474,51- 5 funcionários = R$ 7.372,55ASSESSOR ASSISTENTE 2 – R$ 4.242,07 – 14 funcionários = R$ 59.388,98ASSESSOR AUXILIAR 3 – R$ 5.207,87- 1 funcionário = R$ 5.207,87ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA R$ 16.800,00 - 1 funcionário = R$ 16.800,00 ASSESSOR 1 – R$ 2.651,48 – 27 funcionári-os = R$ 71.589,96ASSESSOR 2 – R$ 3.425,81 – 12 – fun-cionários = R$ 41.109,72ASSESSOR 3 – R$ 5.207,87 – 27 funcionári-os = R$ 140. 612,49ASSESSOR 4- R$ 5.924,95 – 31 funcionári-os = R$ 183. 673,45ASSESSOR TÉCNICO – R$ 13.982,72 – 3 funcionários = R$ 41. 948,16

ASSESSOR 5- R$ 6.746,76 – 25 funcionári-os = R$168.669,00ASSESSOR 6 – R$ 7.997,27 – 15 funcionári-os = R$ 119. 959,05CHEFE DE GABINETE R$ 18.500,00 – 1 funcionário = R$ 18.500,00DIRETOR ADJUNTO R$ 18.500,00 – 1 fun-cionário = R$ 18.500,00DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FI-NANÇAS R$ 18.500,00 - 1 funcionário = R$ 18.500,00DIRETOR DE GESTÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA R$ 18.500,00 - 1 funcionário = R$ 18.500,00DIRETOR DE INFRAESTRUTURA R$ 18.500,00 - 1 funcionário = R$ 18.500,00DIRETOR DE OPERAÇÕES R$ 18.500,00 - 1 funcionário = R$ 18.500,00DIRETOR DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTE R$ 18.500,00 - 1 fun-cionário = R$ 18.500,00DIRETOR-PRESIDENTE – 1 funcionário sem salário na SPTrans – Secretário Jilmar TattoDIRETOR DE RELAÇÕES INTERNAS R$ 18.500,00 - 1 funcionário = R$ 18.500,00GERENTE R$ 11.791,59 – 38 funcionários- = R$ 448.080,42SECRETARIA DE DIRETORIA R$ 4.988,44 – 4 funcionários = R$ 19.953,76SUPERINTENDENTE R$15.254,78 - 17 funcionários = R$ 259.331,26TOTAL = 281 funcionários não concursados, de confiança = R$ 2.271.998,04

De 281 cargos, a maioria é formada de assessores. Boa parte das indicações é política

SPTrans paga R$ 2,2 milhõespara funcionários sem concurso por mês

SÃO PAULO • SPTrans paga mensalmente R$ 2,2 milhões a funcionários não concursados. Apesar de a contratação de comissionados ser legal, especialistas alertam para o grande número de cargos, indicações políticas sem competência técnica e salários acima da média. Foto Uol – FOTO ILUSTRATIVA

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Placa dianteira do veículo que foi financiado pelo Banco Caruana é diferente da placa traseira

Ônibus da Suzantur opera com placa de van

Um ônibus da Suzantur, empresa contratada pelo prefeito de Mauá Donisete Braga em outubro do ano passado, sem licita-ção e de forma emergencial, opera em desa-cordo com as leis de trânsito. A placa dianteira do veículo é dife-rente da placa traseira. Há uma inversão de letras. Na frente a placa é EJW 2057. Atrás, a placa é EWJ 2057. A placa da frente, no entanto, é a mesma que a usada por uma van escolar que leva alunos de uma escola na Vila Bocaina em Mauá. Ambas têm a tarjeta da cidade. O ônibus é de prefixo 03-062. Ele é

alienado ao Banco Caruana e está em nome da Viação Estrela de Mauá, empresa fundada pelo empresário Baltazar José de Sousa, para disputar o lote 02 com a Leblon Transporte, da família Isaak. O modelo é Mascarello Gran Via, com terceiro eixo implementado, Volvo B 270 F, motor dianteiro, 15 metros. Leblon e Viação Cidade de Mauá, de Baltazar, foram descredenciadas pelo pre-feito Donisete Braga e pelo secretário de mo-bilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, por supostas irregularidades na bilhetagem ele-

trônica, contestadas pela Justiça. Todas as linhas da Leblon foram retiradas da empresa, mas quanto à Viação Cidade de Mauá, a Suzantur só opera dois itinerários. A Viação Cidade de Mauá teve derrota judicial anterior. A prefeitura diz que vai fazer uma licitação no sistema. O flagrante foi feito pelo grupo TRA, que discute a mobilidade urbana em Mauá. Ninguém na Suzantur atendeu a re-portagem.

PLACA • Ônibus da Suzantur tem placa diferente na frente e atrás. Placa dianteira é a mesma usada por uma van

O Governo do Estado do Espíri-to Santo lançou o edital para licitação do sistema de transportes coletivos de Vitória e região Metropolitana – Transcol. A concorrência ocorre depois de um ano de a Justiça Estadual ter anulado os at-uais contratos após de denúncias de irregu-laridades na colocação das empresas que hoje prestam serviços no local. A licitação deve ter a abertura dos envelopes no dia 24 de abril. A Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória – Ceturb-GV estima que em outubro as novas empresas de ônibus já estejam em operação, caso não ocorram problemas como revisão do edital e ações na justiça. O contrato vai ser de 25 anos e a re-ceita esperada neste prazo é de R$ 13,6 bil-hões. A contratação pode ser prorrogada por mais 15 anos. As empresas também devem as-sumir os transportes nas cidades de Cariacica,

Serra e Viana e investirem no BRT Grande Vitória, que vai ligar a capital às cidades da região metropolitana. Cabe às companhias adequarem a frota e instalarem equipamentos para mod-ernização da operação. Já a construção do corredor exclusivo e de estações cabe ao Governo do Estado. O TCE suspendeu a licitação para a coinstrução do corredor, mas os ajustes foram feitos e o processo retomando. A licitação dos transportes divide o sistema em dois lotes.

Lote 1 -Região Litorânea: Vila Vel-ha, Vitória e parte de Serra. A frota deve ser de 812 ônibus que vão prestar serviços em 166 linhas. A receita estimada no prazo de contrato é R$ 6,76 bilhões. Lote 2- Região Continental: Cari-acica, Viana, Vitória e zona oeste da Serra. Operando em 174 linhas com 844 ônibus, as empresas do lote 02 devem lucrar nos 25 anos de concessão R$ 6,88 bilhões. Podem participar do processo com-panhias de todo o país isoladas ou em consór-cios.

Lançado edital do sistema Trancol do Espírito SantoLicitação ocorre depois de determinação da Justiça Estadual que anulou os contratos em vigor

Jair Barreiros

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A S F O T O S D A S E M A N AOCD Holding • www.ocdholding.com

LUCAS PEREIRANeobus Mega BRT Volvo B340M • Turilessa

LUCAS PEREIRANeobus Mega BRT Volvo B340M • Turilessa

LUCAS PEREIRANeobus Mega Plus MBB OF-1724 • Unir

LUCAS PEREIRANeobus Mega Plus MBB OH-1621 E5 • Vera Cruz

LUCAS PEREIRANeobus Mega Plus MBB OH-1621 E5 • Vera Cruz

FÁBIO HENRIQUENeobus Mega Plus MBB OF-1519 • Via Metro

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REVISTAINTERBUSS • 02/03/14 29

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI!Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Senior Midi MBB OF-1519 • Marechal Brasília

THIAGO SIONEMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 • Pevê Tur

KEVIN WILLIANMarcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500R • Piracicabana

THIAGO SIONEMarcopolo Torino MBB OF-1519 • Santa Luzia

THIAGO SIONEMarcopolo Torino Volksbus 17 230 OD • Miracema

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 • Londrisul

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Linha 175T: dos monoblocos aos super articulados A linha 175T é hoje uma das prin-cipais linhas diametrais da cidade de São Paulo. É uma “norte-sul”, como apelida o proprietário da Sambaíba, Belarmino de As-cenção Marta. Vou lembrar como essa linha foi crescendo. Ligando os bairros de Santana ao Jabaquara, foi criada no início de 1986 a par-tir de uma outra linha da CMTC que teve seu itinerário prolongado. Antes era uma linha radial que atendia por ônibus a diesel, ligava a região do Tremembé até a Praça do Cor-reio como linha 1509, junto com outra linha 1508 (Tucuruvi – Cásper Líbero), operada por trólebus. Seu trajeto principal começava no bairro do Tremembé, depois Tucuruvi, San-tana (em frente à estação de metrô), Av. San-tos Dumont, o corredor Norte-Sul (Av. 23 de maio), Aeroporto de Congonhas, Av. Pedro Bueno, Metrô Conceição e Metrô Jabaquara, com ponto final inicialmente próximo à paróquia do bairro. Durante os primeiros quatro anos de existência, sua linha era operada exclusi-vamente por monoblocos O-362, vindos da extinta Garagem Araguaia. Depois vieram os O-364, O-365 e O-371 tanto em modelos a diesel quanto a gás natural. E o ponto final no bairro do Jabaquara mudou para atrás do prédio do Corpo de Bombeiros do bairro. No início de 1994, com a extinção da CMTC, a administração da linha passou a ser operada pela Cooperativa Comunitária de Transporte Coletivo, a CCTC. Em 1998, a linha recebeu mais ônibus a gás natural, de cor azul, encarroçado pela Caio. Anos depois a linha recebeu ônibus usados de em-presas fluminenses, como o Caio Vitória. Em 2001 a CCTC foi desfeita, passando a operação para a Viação Nações Unidas. Inicialmente a frota da linha pre-dominava de Caio Vitória ex-ARC, depois a empresa comprou 30 ônibus novos, mod-elo Caio Apache S21 sob chassi Mercedes-Benz, operando quase que exclusivamente para essa linha. Em 2003, a Nações Unidas foi in-teiramente vendida para a gigante Sambaíba. Em seguida, foi criado um prolongamento até a Vila Zilda como 175T/51 e depois um segundo prolongamento até o Jaçanã, man-tendo como 175T/10. Em 2008, com a chegada dos ôni-bus articulados, a linha foi seccionada até o Metrô Santana, ressuscitando a outra parte (Santana-Jaçanã) como linha 1778, enquan-to o trecho da Vila Zilda foi atendido pela linha 1726 como Vila Zilda-Praça do Cor-reio, posteriormente seccionada também até

Santana. E em 2013, uma última novidade: com a chegada dos ônibus articulados de 23 metros, e com duas catracas para agilizar o embarque, a linha foi modernizada exclusi-vamente com o novo modelo de ônibus en-carroçado pela Caio com chassi Mercedes-Benz O-500 UDA. Articulados de 23 metros foi uma ótima alternativa para frotistas, que querem o máximo do articulado sem ter gigantes despesas com um bi-articulado. Mesmo com

cinco metros de comprimento a mais que o articulado convencional, o ganho em trans-portar passageiros é maior. A linha 175T conseguiu, em curto espaço de tempo, ser uma das mais tradicio-nais linhas de ônibus de São Paulo. Não era assim antes de 2008. Realmente, com os ôni-bus articulados, transformou a linha comum em linha de destaque. Uma pena que não pôde completar o percurso até o destino an-terior, que era o bairro do Tremembé, mas, fazer o quê.

Marisa V

anessa N.Cruz

MUDANÇAS • Um dos primeiros articulados fazendo a linha 175T, atualmente operada peloschamados “superarticulados’

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