Revista InterBuss - Edição 209 - 31/08/2014

JOSÉ EUVILÁSIORELATA PRIMEIRO DIA DE OPERAÇÃO DO MONOTRILHO

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 209 31 de Agosto de 2014

TRANSMILENIO INSERE AGENTES SECRETOS PARA BARRAR ASSÉDIO SEXUAL

Ocorrências nos ônibus do sistema de Bogotájá registraram queda nas últimas semanas

TRANSMILENIO INSERE AGENTES SECRETOS PARA BARRAR ASSÉDIO SEXUAL

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

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B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Cadeirante tentaembarcar em ônibus e elevadortrava em MacapáIncidente foi flagrado pelacâmera do celular de um outropassageiro que tambémesperava transporte 11

BOGOTÁ COLOCA AGENTES SECRETOS PARA BARRAR ASSÉDIO EM BRT

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

24

| A Semana em Revista

Pq. D. Pedro é oterminal maismovimentadode São PauloConfira o ranking dos terminaisurbanos mais movimentadosda capital paulista 08

Sistema já registrou queda nas ocorrências


AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 20

Página 07

ANO 5 • Nº 209 • DOMINGO, 31 DE AGOSTO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 11h07 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraO monotrilho de São Paulo 12

EDITORIALMobilidade não chegou à campanha eleitoral 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16


PÔSTERMarcopolo Viaggio G7 14

Sérgio Carvalho

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzBilhete temporal 26

COLUNISTAS Adamo BazaniHorário é sinal de qualidade no transporte 22

| Deu na Imprensa

MAN apresentanovo modelo decarro-forte comcabina estendidaCom maior capacidade detransporte, o novo modelo decarro forte foi apresentadopela MAN ao mercado 19

| Deu na ImprensaVolvo Híbrido serádestaque na Feirade Hannoverdeste anoVeículo será o grande destaque damontadora sueca na maiorfeira de ônibus do mundo 17

Sistema já registrou queda nas ocorrências


Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A campanha eleitoral chegou aos rádios e TVs de todo o país, mas até o presente momento, sem novidades para o setor de transportes, como já era esperado. Para dizer que não houve nada comentado, a candidata à reeleição Dilma Roussef exaltou a inauguração de um trecho da Ferrovia Norte-Sul, de pouco mais de 1000km. Apesar de parecer uma distância considerável, a ferrovia é o símbolo da incompetência de vários governos. A obra, já antiga, liga apenas os estados do Tocantins e de Goiás, ou seja, um trecho muito peque-no que levou décadas para ficar pronto. A inauguração desse trechinho foi, no mínimo, obrigação do atual governo. No campo estadual, em São Pau-lo, o também candidato à reeleição Ger-aldo Alckmin fala efusivamente sobre o transporte metropolitano na Grande São Paulo e sobre as obras do corredor de ônibus na região de Campinas, que cor-rem sério risco de serem grandes ele-

fantes brancos, já que os deslocamentos pelos trechos atualmente em obras não deverão ser tão intensos como se espe-ra. Um exemplo é o pequeno trecho que foi construído em uma avenida de Hor-tolândia. A prefeitura local chegou a de-sativar o corredor para liberar mais uma faixa para carros de passeio, já que não havia trânsito suficiente de ônibus que justificasse uma faixa exclusiva para o transporte público. Após a inauguração do Terminal Metropolitano na cidade, no final desse corredor, a prefeitura lo-cal restabeleceu o corredor porém como faixa preferencial. O dinheiro que foi investido em uma obra dessa poderia ser usado em algo que melhorasse de verdade a vida de quem é transportado pela região, melhorias essas que são ne-cessárias, sobretudo em relação à infra-estrutura. O governo federal teve grandes feitos no setor de transportes, isso não pode ser negado. Houve grandes inves-

Mobilidade ainda nãochegou à campanha eleitoral

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial timentos em sistemas BRT em várias

cidades, sobretudo nas que foram sede da Copa do Mundo. O PAC da Mobi-lidade encaminhou verba para estados e cidades fazerem obras para o setor de transporte coletivo e boa parte dela foi bem utilizada. Podemos citar como exemplo os sistemas de Brasília, de Belo Horizonte, de Recife e do Rio de Janeiro, curiosamente o maior e com excelente operacionalidade até o mo-mento. Nessas cidades, dominadas há décadas por grandes empresários do transporte e que sempre relutaram em investir em veículos melhores, com as obras agora viram-se na obrigação de fazer esses investimentos, em uma situ-ação histórica e até há pouco inimag-inável. Esse avanço é muito importante e tem melhorado a qualidade de vida da população. Vamos aguardar os próximos dias da campanha eleitoral para verifi-car se teremos grandes propostas para a mobilidade urbana. É necessário que os candidatos aos governos estaduais façam essas propostas, pois são eles os responsáveis sobretudo pelas ligações intermunicipais em grandes e impor-tantes regiões do país. Por enquanto, nenhuma novidade está sendo apresen-tada.

REVISTAINTERBUSS Expediente

• BBC Brasil [email protected] À primeira vista, Laura, de 22 anos, se assemelha a qualquer outra estudante a caminho das aulas de manhã: em um terminal de ônibus em Bogotá, ela se veste em roupa casual e leva uma bolsa cruzada no peito. Parece, mas não é. Laura é uma poli-cial colombiana em uma missão: ela integra uma equipe especial de agentes à paisana cuja função é combater o abuso sexual na rede de ônibus de Bogotá. Sete outros oficiais sem uniforme realizam a patrulha junto com ela, a maioria, mulheres. Não é tarefa fácil: em média, o siste-ma Transmilenio de ônibus transporta cerca de 2 milhões de passageiros por dia. Pesquisa realizada há alguns anos revelou que seis entre dez mulheres em Bo-gotá já haviam sofrido abuso sexual ao me-nos uma vez nos ônibus lotados da cidade. Apesar de apenas uma minoria reg-istrar queixas, o número de denúncias tem crescido: de 81 em 2013 para mais de 150 nos primeiros oito meses deste ano. Laura acredita que a nova inicia-tiva está funcionando. “Não temos recebido tantas queixas de abusos como quando nós começamos”, aponta.

‘Maré está virando’ A tenente Lina Maria Ríos comanda as operações do Grupo de Elite Transmilenio. Ela confirma uma queda no número de casos registrados desde o início da iniciativa. “Ainda é cedo para dizer, mas parece que a maré está virando”, diz ela. A equipe re-alizou 17 prisões, a maioria nas duas primei-ras semanas de patrulha. “Pode ser que as pessoas estejam pensando duas vezes, porque não querem arriscar assediar uma garota que pode ser uma policial à paisana”, disse Lina. Mais que punir, o projeto visa a dis-suadir potenciais criminosos. As integrantes garantem que não estão agindo como iscas - o que foi sugerido pela imprensa local após uma das oficiais ter participado de um encon-tro com a imprensa vestindo jeans apertados. “Isso significaria que nós é que es-taríamos cometendo o crime”, disse Nestor, um dos quatro homens na equipe. O maior número de mulheres não

A S E M A N A R E V I S T ADE 24 A 30 DE AGOSTO DE 2014

REVISTAINTERBUSS • 31/08/14 07

Colômbia põe agentes emônibus para flagrar assédio

BBC

RESULTADOS • Grupo atua à paisana e resultados já estão aparecendose justifica pelo gênero dos potenciais crimi-nosos, e sim leva em conta a perspectiva das vítimas, dizem os agentes. “Outras mulheres não se sentiriam à vontade se ficássemos olhando para elas durante uma situação potencialmente descon-fortável”, disse Yuri, especialista em coleta de inteligência, e treinado para identificar comportamento suspeitos. “É também para informar as mulheres que elas não estão soz-inhas, que as mulheres na polícia as estão protegendo”, disse Lina. As sete mulheres, assim como o restante dos 11 integrantes do projeto, foram selecionadas pela experiência com trabalho à paisana, com grupos vulneráveis e coleta de informações.

‘Aparência normal’ Antes de se tornar coordenadora da equipe, Lina já estava acostumada com o trabalho à paisana, patrulhando os ônibus do sistema Transmilenio para evitar a ação de assaltantes. O trabalho agora é diferente, diz ela. Lina explica que os criminosos que ela busca raramente agem com violência quando são flagrados - e que eles vêm de toda parte da sociedade, “jovens e velhos, ricos e pobres, com aparência estranha e normal”. Com um perfil tão variado, os mem-bros da equipe foram treinados a observar comportamentos suspeitos, e não aparências estranhas. Eles prestam atenção em homens

que encaram os seios ou bumbuns de mul-heres e aqueles que mantêm as mãos abaixa-das quando faria mais sentido segurar as bar-ras dos ônibus. Os agentes estão prontos para agir ao menor sinal de contato impróprio não acidental.

Ação rápida Flagrar criminosos é apenas parte do trabalho dos agentes. Eles também são acio-nados para agir rapidamente após queixas de abusos sexual na rede Transmilenio. A ideia é agir rapidamente para demonstrar que as au-toridades levam a questão a sério. “Muitas vítimas não denunciam os ataques porque elas acreditam que é perda de tempo. Queremos mudar isso”, disse Leydi, que também integra a equipe. Outra agente lembra o momento em que ela mesma foi assediada ao descer de um ônibus. “Consegui bater no peito do cara antes que as portas se fechassem, mas é uma situação horrível, você se sente impotente”, relatou. Pesquisas sugerem que um quarto dos homens de Bogotá não veem problema em tocar uma passageira - sinal de que a equi-pe ainda tem muito trabalho pela frente. O grupo reconhece que, sob as leis atuais, a maioria dos criminosos não deve ser presa. Mas eles esperam que o trabalho possa pelo menos chamar atenção para o problema.“É por isso que estamos fazendo isso. Para que essas coisas não aconteçam novamente”, disse uma agente.

Destaque

Terminal Pq. D. Pedro II é o mais movimentado da capital paulista

MAIS MOVIMENTADO • Número de passageiros no Pq. D. Pedro II chega a 240 mil

A S E M A N A R E V I S T A

• G1 São Paulo@terra. com.br Além de pegar ônibus lotados, os passageiros de São Paulo enfrentam longas fi-las para conseguir embarcar nos coletivos nos terminais. A São Paulo Transportes (SPTrans) divulgou o ranking dos terminais de ônibus mais movimentados da capital. O Terminal do Parque Dom Pedro aparece na primeira posição. Dos dez terminais mais movimenta-dos da cidade, sete estão localizados na Zona Sul. Para solucionar o problema, a SPTrans es-tuda a alteração de itinerários. No Terminal Capelinha, que recebe 180 mil passageiros por dia, as pessoas dispu-tam espaço enquanto esperam pelo ônibus. São formadas duas filas, uma para quem vai sentado e a segunda, mais rápida, para quem deseja ir de pé. Assim é o ponto inicial da linha que vai até a Vila Mariana e transporta quase 40 mil pessoas por dia. Alguns passageiros chegam a esperar, pela manhã, por duas horas na fila para conseguir ir sentado. Do Terminal Capelinha sai a linha que transporta mais passageiros por ônibus. Em média, 146 pessoas são levadas por viagem. A reportagem do jornal Bom Dia São Paulo também esteve no Terminal João Dias, que ocupa o sexto lugar no ranking. Por lá, cir-culam 120 mil pessoas por dia. Os terminais da cidade são adminis-trados pela Socicam, empresa privada, super-visionada pela SPTrans. Os 15 mil ônibus que trafegam por São Paulo pertencem a 15 empre-sas de transportes e 9 coorperativas, que pos-suem contratos emergenciais com a Prefeitura.

31/08/14 • REVISTAINTERBUSS08

O faturamento das empresas chega a R$ 15 mil-hões diariamente. As empresas de transporte também recebem um subsídio da Prefeitura equivalente a R$ 6 milhões por dia para a manutenção do valor da passagem a R$3. A administração mu-nicipal realiza uma auditoria nas empresas dos coletivos e o resultado deve sair em outubro. De acordo com a diretora de Planeja-mento da SPTrans, Ana Odila de Paiva Souza, a ideia é mudar o itinerário de várias linhas da cidade. “É um projeto que a gente vem fazendo há 10 anos, é extremamente difícil de ser implan-tado por conta da rejeição dos próprios usuários”, afirmou. “Nós não conseguiremos melhorar a qualidade do transporte, a frequência, a quali-dade sem alterar essa rede de linhas, porque ela é

uma rede de linhas muito irracional.”

Ranking Veja quais são os 10 terminais urba-nos que recebem mais passageiros ao longo de todo o dia. A medição leva em consideração apenas os dias úteis, não contabilizando finais de semana e nem dias atípicos, como feriados. As médias diárias abaixo referem-se, ainda, aos meses considerados típicos, ou seja, sem férias escolares ou feriados de final de ano na cidade. Terminal X Passageiros - Pq. D. Pedro II 240 mil - Santo Amaro 210 mil - Capelinha 180 milVarginha 180 mil - Bandeira 132 mil - João Dias 120 mil - Jardim Ângela 100 mil - V. N. Cachoeirinha 81mil - Campo Limpo 80 mil - Grajaú 80 mil

São Paulo

G1

Mercado

Um protesto do Sindicato dos Trabal-hadores em Transportes Rodoviários de Campi-nas (SP) fechou os acessos ao Terminal Central na manhã desta sexta-feira (29) e causou len-tidão no trânsito nas principais ruas do centro da cidade. O ato começou por volta das 8h para pedir melhorias nas condições de trabalho. Pelo menos 30 pessoas participaram da manifesta-ção. Às 9h30, as entradas do term. foram libera-das e os manifestantes caminharam no sentido da Moraes Salles. O protesto acabou às 10h. O presidente do sindicato, Matusalém de Lima, afirmou que as reinvidicações são a criação de um banheiro e um refeitório para os

funcionários no Terminal Central e a expansão da estação de transferência da Avenida Moraes Salles, já que por causa do trânsito no local os coletivos precisam parar fora da faixa e são multados por isso. Segundo Lima, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) havia prometido as melhorias em junho, mas até agora não cumpriu. A Emdec confirmou a lentidão no trânsito nas Avenidas João Jorge, Campos Salles, Salles de Oliveira e Senador Saraiva. Após o fim do protesto, o movimento foi normalizado. Além disso, a empresa afirmou que o secretário de Transportes de Campinas, Car-los José Barreiro, vai se reunir nesta sexta-feira com representantes do sindicato e também da

Associação das Empresas de Transporte Cole-tivo Urbano (Transurc) para discutir as melho-rias. O motorista Carlos Rivelino afirmou que as reivindicações já foram pedidas há muito tempo e até agora eles não tiveram nenhuma re-sposta da Secretaria de Transportes. “Não esta-mos pedindo nada além do que precisa. Quere-mos condições para fazer bem o nosso trabalho sem que sejamos prejudicados”, disse. Já a passageira Cristina Soares con-cordou com a manifestação, mas criticou os re-flexos no trânsito que o protesto causou. “Con-cordo que eles tem que fazer manifestação, mas atrasar a vida de todo mundo numa sexta-feira não dá. Olha só a confusão que virou isso aqui, esse trânsito”, afirmou.

• G1 Campinas e Região Protesto trava terminal em Campinas


• G1 Santos e Regiãoom.br O motorista de ônibus Cirilo Ri-beiro da Silva, que atropelou e matou um dos criminosos que assaltaram o coletivo que ele dirigia, foi absolvido por unanimidade após ser levado a júri popular na noite desta quin-ta-feira (28). O julgamento ocorreu no Fórum de Santos, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu em maio de 2012, no bairro Saboó, e o acusado respondia em liberdade. Na audiência, foram ouvidas cinco testemunhas de defesa, como colegas de tra-balho do motorista, o delegado e policiais que estavam de plantão na noite do crime. A acusação também contou com cinco teste-munhas, dentre elas a mãe da vítima e polici-ais que trabalhavam na época. Cirilo chegou a ficar preso no 5º Distrito Policial (DP) de Santos na época do crime e foi transferido dias depois para o Centro de Detenção Provisória (CPD) de São Vicente. Em seguida, o advogado que o representava, João Carlos de Alencastro Gui-marães Filho, conseguiu sua liberdade pro-

visória.

Histórico O acusado contou à polícia que tra-balhava na linha 9 da Viação Piracicabana quando três assaltantes embarcaram no co-letivo, no bairro Saboó. Eles apontaram uma arma para ele e pediram o dinheiro do ôni-bus. Como o movimento costuma ser baixo

Motorista que matou assaltante em Santos é absolvido em júri

São Paulo

Adolescente furta ônibus com 25 passageiros por “diversão” Um rapaz de 17 anos furtou um ônibus na noite desta quarta-feira (27), no momento em que o coletivo transportava 25 passageiros, em Cuiabá. Conforme as infor-mações do 9º Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, o adolescente teria aproveitado o momento em que o motorista desceu do veículo para checar se o pneu ha-via furado e tomou a direção fazendo o tra-jeto de costume da linha. O ônibus fazia a linha 608, Goiabeiras – Parque Residencial Coxipó. O furto ocorreu por volta de 22h30 [horário de Mato Grosso], quando o coletivo estava na Avenida Fernando Corrêa da Cos-ta, em frente a um supermercado. Aos PMs, testemunhas relataram que não suspeitaram do furto, já que o adolescente percorreu o trajeto previsto e dirigia com tranquilidade.

9º BPM/M

T

• G1 Mato [email protected]

APREENSÃO • O ônibus furtado em Cuiabá

O motorista que foi deixado na ave-nida acionou a polícia, que passou a fazer rondas pelo bairro para aonde o veículo su-postamente havia ido. O ônibus foi local-izado enquanto fazia a rota e transportava o restante dos passageiros, com o rapaz ainda no controle da direção. O veículo foi abor-dado e o adolescente foi apreendido. Cinco pessoas estavam como pas-sageiras do ônibus. Elas disseram que o próprio jovem deixou os outros passageiros nos pontos. O jovem foi encaminhado para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Bairro Planalto, onde foi ouvido pelo delegado plantonista. Ele disse que cometeu o crime por diversão, que pretendia deixar o veículo quando chegasse ao ponto final do Bairro Residencial Coxipó. Em seguida, ele foi encaminhado para a Delega-cia Especializada do Adolescente (DEA) e depois foi liberado.

Mato Grosso

durante a madrugada, os assaltantes teriam levado somente R$ 20. Cirilo disse ainda que os criminosos fizeram ameaças a ele e à sua família. Após os suspeitos terem deixado o co-letivo, Cirilo jogou o veículo contra o grupo e um deles, Danilo Ciardullo Terra Nova, que na época tinha 27 anos, foi atingido e morreu. Os outros dois assaltantes conseguiram escapar.

ABSOLVISÃO • Júri popular absolveu o motorista que matou assaltante em 2012

• Zero Hora [email protected] O motorista de um ônibus que colidiu com 11 veículos na BR-116, em Canoas, relatou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) ter sofrido um mal súbito. O acidente aconteceu no final da tarde de terça-feira e deixou cinco pessoas feri-das, incluindo o condutor do coletivo. Passage-iros do ônibus também informaram a PRF que o motorista passou mal na direção, o que teria

Rio Grande do Sul

Motorista que bateu em 11 teve mal súbitocausado o acidente. Segundo a polícia, o cole-tivo andou desgovernado por dois quilômetros antes de parar, colidindo com 11 veículos pelo caminho. A primeira informação divulgada pela polícia era de que oito automóveis teriam sido atingidos pelo ônibus, mas o levantamento final da ocorrência revelou que o coletivo colidiu com mais três veículos, além de derrubar um poste. O ônibus colidiu com o primeiro veículo no

quilômetro 269 da rodovia, parando apenas no quilômetro 267, após colidir com a traseira de um caminhão, por volta das 17h15min, no sen-tido Capital-Interior. Após o acidente, segundo a PRF, o congestionamento chegou a mais de sete quilômetros. Os cinco feridos foram socorridos e encaminhados ao Hospital de Pronto-Socorro de Canoas, com ferimentos leves. O caso será inves-tigado pela Delegacia de Trânsito de Canoas.

A S E M A N A R E V I S T A


Mototaxistas aproveitam para lucrar durante greve em Recife• G1 Pernambuco@terra. com.br Na sexta-feira (29), sair do Terminal Integrado de Joana Bezerra, na região cen-tral do Recife, saiu bem mais caro que os R$ 2,15 cobrados normalmente pelos ônibus que circulam no local. Motoristas e cobradores fizeram uma paralisação de advertência, ini-ciada às 4h e prevista para durar até as 8h. Os condutores de transporte alternativo aprovei-tam a situação e cobram preços mais altos. A paralisação é um ato para pres-sionar o Tribunal Superior do Trabalho (TST) a julgar o dissídio dos rodoviários e manter a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que garantia 10% de au-mento salarial, além de um reajuste superior do tíquete de alimentação. O sistema atende, diariamente, cerca de 2 milhões de passage-iros. A vendedora Josiane Rodrigues mora em Cavaleiro, Jaboatão dos Guararapes - Grande Recife -, e trabalha na Encruzilhada, bairro da Zona Norte do Recife. A lotação em um táxi – o que não é permitido – era de R$ 5 da Joana Bezerra até o trabalho. “Está até barato, o mototáxi está cobrando R$ 20 até lá, o que é um absurdo. Não dá 20 minutos de moto esse percurso”, reclama Josiane. Devido ao grande número de moto-cicletas próximo à entrada da Estação Joana Bezerra e ambulantes, a circulação de pes-soas fica prejudicada. Ainda assim, é possível ver algumas motos circulando pela calçada, entre os pedestres. Morando em Camaragibe, o pedreiro Peter Suny saiu de casa por volta das 5h e se surpreendeu ao não encontrar ônibus na para-da do lado de fora da Estação Joana Bezerra, para seguir até o bairro de Jardim Fragoso, em Olinda. “Eu fiz hora extra ontem, não vi

notícia. O mototáxi está cobrando R$ 10 só pra ir até o Derby, imagina até onde trabalho? É um absurdo. A gente que ganha no máximo R$ 35 por dia, não tem como pagar isso numa corrida de moto”, aponta Suny. Para o bairro de Peixinhos, divisa de Olinda e Recife, o preço cobrado pelos moto-taxistas era de R$ 25, enquanto Boa Viagem, Zona Sul da capital, variava entre R$ 15 e R$ 30, dependendo da localização. Vans e kom-bis também passaram pelo local oferecendo lotação, cobrando R$ 5 para ir até o Shopping Tacaruna e R$ 4 até o Derby. O técnico em segurança do trabalho Euflavio Barbosa passou a noite trabalhando e largou às 6h, para chegar à faculdade, no

final da Avenida Abdias de Carvalho, por volta das 7h. “A gente que trabalha e estuda pra tentar conseguir algo melhor não tem condição de ficar pagando tanto a mais para ir até a aula. Pior que o professor tem carro, chega um aluno e ele dá o conteúdo, a gente acaba prejudicado”, aponta Barbosa. Sem conseguir trabalhar nas outras duas paralisações, o eletricista Rosival de Paulo não lamentava perder a comissão por produção por mais um dia. “Salários eles não cortam, mas a produção nossa vem menor por causa disso, porque não trabalhei, né? Saí de Camaragibe [Grande Recife] pra ir pra Cam-po Grande [bairro da Zona Norte do Recife], não dá pra ir a pé”, conta o eletricista.

SEM ALTERNATIVA • Mesmo ilegal, mototaxistas aproveitam para ganhar com greve

Pernambuco


DEFEITO • Vídeo mostra elevador de ônibus travado durante tentativa de levar cadeirante

Cadeirante tenta embarcar em ônibus e elevador trava• G1 Amapá [email protected] Um vídeo feito por um passageiro em uma parada de ônibus flagrou o momento em que uma cadeirante tenta utilizar o trans-porte coletivo mas não consegue por causa de um defeito no elevador. As imagens foram levadas até a Companhia de Trânsito e Trans-porte de Macapá (CTMac), que confirmou que o episódio aconteceu por falta de manutenção mecânica no coletivo e que a empresa respon-sável pelo serviço foi multada. O fato aconteceu na rua Claudomiro de Morais, no bairro Congós, Zona Sul da ci-dade. A cadeirante se posiciona em frente a porta traseira do ônibus esperando que o eleva-dor desça para que ela consiga entrar no cole-tivo. O aparelho se movimenta, mas não con-segue abaixar totalmente para que a passageira entre no veículo. Ao travar, a deficiente física desiste do transporte e o motorista do ônibus segue a viagem. De acordo com a prefeitura, 60% da frota de 160 carros oferecem condições de acessibilidade. Os itens obrigatórios de aces-sibilidade nos ônibus são compostos de plata-formas de elevação, barras de identificação com sinalização para deficientes audiovisuais, bancos preferenciais, cadeira de transbordo, cinto de segurança, vão livre, corrimão, cestos de lixo, apoios de braço e iluminação dos de-graus. A CTMac, porém, não tem números

de quantos coletivos estão aptos a trafegarem nas ruas e avenidas da cidade. “Naquele momento o motorista não podia fazer nada. Temos que chamar um mecânico para resolver o problema, pois o que aconteceu foi uma fatalidade”, ressaltou o di-retor de transportes da CTMac, José Renato.

Amapá

“A partir do momento que recebemos a denúncia do usuário nós acionamos a empre-sa responsável. A tendência é que o ônibus seja substituído de forma imediata, pois é acionado um mecânico para fazer a manutenção e para que esta linha volte a atender os usuários”, concluiu.

Músico toca gaita em ônibus de Florianópolis

• Estado de Minas [email protected] Uma onça suçuarana de médio porte aproveitou os portões abertos de uma garagem de ônibus, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, para entrar no local e passar a madrugada. De acordo com Luciano Martins Cardoso, funcionário da empresa, o animal en-trou por volta da meia noite e, assustado, se escondeu em uma sala do almoxarifado. Ela ficou trancada até a manhã desta quinta-feira, quando seria resgatada. A tentativa de captura, no entanto, não funcionou, e o animal fugiu. Por volta das 7h, duas viaturas do Corpo de Bombeiros foram acionadas, mas não conseguiram capturar o animal. A Polícia Militar do Meio Ambiente foi chamada e con-trolou a situação até a chegada do Ibama, re-

Minas Gerais

Onça invade garagem em Sabará e foge

sponsável por sedar o animal. Quando a equipe se preparava para fazer a captura, a suçuarana encontrou uma saída e fugiu para a mata. De acordo com o Sargento Roger, do 3º Pelotão de Sabará, a espécie é comum

nas regiões de serra de Sabará e Caeté, e está ameaçada de extinção. Esta, segundo o militar, era jovem, estava bastante magra e apresenta-va um ferimento no focinho, que seria tratado. Ninguém ficou ferido.


É aberto ao público o primeiro trecho da primeira linha demonotrilho paulistana – faltando ainda muito para ser terminada

O Monotrilho paulistano

Neste sábado, 30 de agosto, foram abertas ao público as estações Vila Pruden-te e Oratório, as duas primeiras da Linha 15-Prata, a primeira linha de monotrilho da cidade. Monotrilho é um trem que desliza sobre vigas, onde o “trilho” único é a viga e o deslocamento é feito por pneus que ficam na parte inferior do veículo. Quando estiver concluída, esta nova linha ligará o Ipiranga ao Hospital Cidade Tiradentes, no extremo leste paulistano. A obra tem previsão de ser concluída em 2016. Neste começo de operação, a Linha 15-Prata funcionará apenas aos sábados e domingos, das 10h às 15h. Essa é a chamada “Operação Assistida”, que precede a toda a abertura de estações/linhas do Metrô. As pes-soas que quiserem acessar as novas estações, durante este período, poderão fazê-lo gratu-itamente. As novas estações seguem o padrão atual do Metrô, em termos de visual. Pos-suem as placas indicativas pintadas de azul (cor do Metrô), na parte de cima, e prata (cor da linha), na parte de baixo. A novidade nes-sas estações foi a instalação de banheiros pú-blicos dentro da área paga. Uma melhoria que há muito tempo vinha sendo solicitada. Os bloqueios são como os das mais novas esta-ções da Linha 2-Verde, com portas de vidro e não com roletas. A diferença é que essas por-tas ficam na mesma altura das roletas antigas, na metade do corpo. As plataformas também possuem portas que se abrem junto com as portas do trem, como já há nas estações mais novas. O vão entre o trem e a plataforma tem quase um pé pequeno. O friso que colocaram para diminuir o espaço do vão não pode ser maior por conta das portas, que não entram na estrutura do trem. Elas abrem para o lado de fora. Embora já tenham sido abertas ao público, ainda há muita coisa para ser termi-nada nas estações. O acesso entre as estações Vila Prudente da Linha 2-Verde para a Vila Prudente da Linha 15-Prata, por exemplo, ai-nda não está terminado. Quem quiser visitar a nova estação, tem de sair da estação Vila Prudente da Linha 2-Verde e acessá-la pela rua mesmo. A distância não é grande mas, por ser mais fácil o acesso através dessa ligação, deveria ter sido uma das primeiras obras a ser entregue. O terminal de ônibus do complexo ainda não está terminado. Essa parte da obra é de responsabilidade da SPTrans. Nesse termi-nal, além de outras linhas da região, ficará o ponto final da linha 5109/10 Terminal Merca-

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

do-Terminal Vila Prudente, do Expresso Ti-radentes. Aliás, foi o próprio Expresso Tira-dentes que originou o projeto do Monotrilho. Inicialmente a intenção era de que o Expresso Tiradentes fizesse a ligação entre a região do Parque Dom Pedro II, no centro de São Paulo, aos bairros do Sacomã e Cidade Tiradentes – daí o “Tiradentes” do nome. Depois de ent-regue o primeiro projeto até o Sacomã e parte do segundo, que terminou na Vila Prudente, a Prefeitura e o Metrô entraram em acordo e o trecho entre a Vila Prudente e a Cidade

Tiradentes foi transformada em uma linha de monotrilho.

A viagem Neste começo de “Operação Assis-tida”, apenas um trem fará a viagem entre as estações Vila Prudente e Oratório – seguindo através de via única. Além disso, a equipe do Metrô só irá liberar os trens quando estes estivem com boa lotação interna. Por conta disso, os intervalos entre as viagens chegam a 20min.


José Euvilásio Sales Bezerra

O MONOTRILHO • Estação Vila Prudente da Linha 15, no meio da Av. Luiz Inácio deAnhaia Melo, na Vila Prudente: aberta ao público mas ainda com muito a fazer; Osbloqueios da estação Vila Prudente: portas mais baixas; Interior do trem do monotrilho, junto à articulação: carros interligados. O “armário”, localizado junto às articulações, é onde ficam os equipamentos do trem; “Cuidado com o vão entre o trem e a plataforma”; Trem da Linha 15, deixando a estação Oratório rumo à estação Vila Prudente Os trens do monotrilho têm sete car-ros, todos interligados internamente e sem condutor. Ele opera automaticamente, através do sistema “driveless”. Esses trens são meno-res que o de metrô e tem capacidade para le-var até 1000 pessoas. É um dos monotrilhos de maior capacidade do mundo. As viagens entre as estações du-raram cerca de 4min. O que não passou des-percebido pelos passageiros durante o trajeto foram as trepidações. Segundo os técnicos do Metrô, essa trepidação será amenizada através de ajustes nos amortecedores do veí-

culo. No mais, o trem é bastante silencioso. O rodar dele lembra o dos trens da CPTM. A velocidade do veículo não era grande. Um técnico disse que nesta “Operação Assistida” a velocidade seria de 29km/h. Depois que deixamos a Estação Vila Prudente, houve um problema no trem que estava operando na “Operação Assistida”. O observamos do chão, da Av. Luiz Inácio de Anhaia Melo. Ele parou nas proximidades da estação Vila Prudente quando voltava da es-tação Oratório. Foram mais ou menos cinco minutos parado no elevado. Depois desse

tempo, o trem voltou a funcionar e, devagar, chegou à plataforma da estação Vila Pruden-te. Segundo informações postadas nas redes sociais, esse problema encerrou a operação assistida deste primeiro dia. O sistema de transporte por monotrilho veio para ser mais uma alterna-tiva de transporte aos cidadãos da grande São Paulo. Áreas periféricas são bons locais para a implantação desse meio de transporte. Até pela sua média capacidade, são sistemas efi-cientes para alimentar as linhas de metrô das regiões mais centrais. No entanto, o poder público precisa ser mais ágil na implantação desses modais. Seis anos para um sistema de transporte que pode ser implantado em três ou quatro anos é muita coisa. Muita coisa para uma cidade que cujos modais estão a cada ano operando além do limite.

REVISTAINTERBUSSGUILHERME RAFAELCAMPINAS/SP • BYD


• Do Site da Transpo [email protected]

Fábrica da Sinotruk no paísdeve ser inaugurada em 2016 A fase inicial, de terraplanagem, para a construção da fábrica da Sinotruk em Lages, no Estado de Santa Catarina, está pre-stes a começar. Ocupando uma área total de 1.000.007 m², a planta estará situada em uma área industrial criada em parceria com o Gov-erno do Estado de Santa Catarina. Habilitada na categoria “Projeto de Investimento”, a SBTC Indústria de Veículos S/A é a primeira empresa a se instalar nessa área, que foi batizada de PISC (Parque de Inovação da Serra Catarinense) e conta com 270 hectares de área total às margens da BR 282, no Distrito de Índios. A Prefeitura de Lages iniciará os ser-viços de terraplenagem da área em outubro e possui previsão de três meses para a execução dessa etapa. Além disso, já deu início ao pro-cesso licitatório que, até o final de setembro deste ano, indicará a empresa responsável pelo serviço de movimentação de terra de uma área de 180 mil m², preparando-a para as obras ci-vis que contemplam a construção do prédio que abrigará a linha de montagem, com 34.000 m2 de área construída, e um campo de provas. Em janeiro de 2015 deverá começar a con-strução civil da fábrica, com prazo de duração total estimada em 12 meses. A previsão é de que a fábrica com-ece a operar em julho de 2016. “Antes disso, a linha de montagem já terá cumprido com uma fase de, pelo menos, um trimeste de produção de unidades-teste”, confirma Joel Anderson, diretor-presidente da SBTC. Entre a inauguração da fábrica até o final de 2017, a linha de montagem deverá

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produzir 1.800 unidades/ano da linha extra-pesada A7 em regime de CKD (Completely Knock-Down). Em seu funcionamento pleno, a planta terá capacidade produtiva para 8.000 caminhões/ano. Até 2017, a Sinotruk estará operando dentro do Programa Inovar-Auto, quando a empresa já planeja atingir o índice de 60% de nacionalização de componentes de seus caminhões e ampliar a gama de produtos ofertados, com o lançamento das linhas de caminhões médios e semipesados.

Logística e Pós-Vendas – Com o direcionamento de suas operações industriais para o Estado de Santa Catarina, a Sinotruk Brasil já transferiu o seu Centro de Distri-buição de Peças para a cidade de Joinville. Dessa forma, a montadora prevê, no curto prazo, um ganho de eficiência logística em razão da proximidade com os portos por onde chegam as peças de reposição e pelo “know-how” de distribuição da empresa Apoio Logística, parceira da montadora.

Após uma forte turbulência enfren-tada pela Sinotruk, que sentiu o golpe do Inovar-Auto, que aplicou a taxação de 30% de IPI sobre os veículos importados, a mon-tadora está pronta para dar uma guinada em suas operações no Brasil. Com a confirmação da instalação de sua fábrica no Brasil e início das obras, a Sinotruk também conseguiu se enquadrar no regime do Inovar-Auto após ár-dua batalha e voltou a ser um player com um

produto competitivo no mercado: o modelo A7 nas versões 4×2, 6×2 e 6×4. Até que a construção de sua unidade fabril esteja concluída, os cavalos-mecânicos per-manecerão sendo importados da matriz chinesa, assim como as peças e componentes das famílias de A7 e Howo. Dessa forma, a SBTC Indústria de Veículos S/A detém uma cota para a importação anual de 1.250 caminhões isentos de IPI. Atualmente, há quase 2.200 camin-hões da Sinotruk rodando pelo Brasil, desde que as vendas do modelo Howo foram inicia-

das em 2009. Os dados de emplacamento são da Fenabrave (Federação Nacional da Distri-buição de Veículos Automotores). O mercado nacional está coberto por 26 pontos de atendimento, sendo 20 conces-sionárias e seis postos de serviço autorizados (PS). Outros seis PS’s serão instalados nos Es-tados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Quando a fábrica já estiver montando os seus primeiros caminhões, a rede de concessionárias já deverá estar estruturada com 40 unidades até o final de 2015.


Marca volta ao páreo após Inovar-Auto



RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Volvo 7900 Elétrico-Híbrido será destaque no IAA 2014 Os lançamentos mais esperados do IAA Veículos Comerciais sempre são camin-hões, com design avançado e novas tecnolo-gias. Neste ano, porém, a Volvo Buses quer romper este paradigma com o novo ônibus 7900 Elétrico Híbrido. O modelo será apre-sentado para a imprensa e o público entre os dias 23 de setembro à 02 de outubro, em Han-nover, na Alemanha. De acordo com a montadora, a tec-nologia plug-in do 7900 Elétrico Híbrido re-duz o consumo de combustível e a emissão de gás carbônico em até 75% na comparação com o ônibus diesel convencional. O consu-mo total de energia é reduzido em 60%. Ao todo, três ônibus Elétricos Hí-bridos estão rodando em teste de campo em Gotemburgo, na Suécia, desde 2013. O veí-culo opera em modo elétrico em 70% do per-curso, e, além de não emitir poluentes durante este período, também é totalmente silencioso. O Volvo 7900 Elétrico Híbrido tam-bém oferece flexibilidade de operação, po-dendo operar como ônibus elétrico em áreas selecionadas, e como híbrido em qualquer percurso. A carga da bateria nas estações fi-nais leva apenas 6 minutos. Com lançamento programado so-mente para a ocasião do IAA, a Volvo já con-tabiliza os seus primeiros pedidos do novo ônibus para frotistas de Hamburgo (Ale-manha), Luxemburgo e Estocolmo (Suécia), com entregas agendadas para 2014 e 2015, sendo que a produção em série deste modelo será iniciada somente no primeiro trimestre de 2016.

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A cidade de Ananindeua passa a abrigar a segunda concessionária Volare no Estado do Pará. Ao todo, a marca já soma mais de 90 pontos de vendas e assistência técnica em todo o Brasil e no exterior. A concessionária Center Bus ocupa um espaço de 3.000 m² de área construída, que incluem showroom de veículos (novos e seminovos) e boxes de oficina mecânica,

funilaria e pintura. A unidade demandou um investimento de R$ 1,25 milhão. “Hoje, temos lojas em quase todos os Estados brasileiros e queremos ampliar essa cobertura e estar presente em todos. A

Volare expande atuação no estado do Pará• Do Site da Transpo Online

inauguração da Center Bus é estratégica para atender ainda melhor o Norte do Brasil e re-forçar o compromisso de estar cada vez mais perto de nossos clientes”, afirma Mateus Rit-zel, diretor comercial da Volare.

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• Do Site da Transpo Online/Por Luiz Vicente Figueira de Mello Filho

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Artigo: a expansão dasciclofaixas em São Paulo O projeto audacioso da prefeitura em andamento, são as ciclofaixas que preten-dem até 2015 ter uma extensão de 400 quilô-metros pela cidade. A ciclovia da Marginal do Rio Pinheiros é um bom exemplo já implan-tada desta alternativa de transporte, mas so-fre pela acessibilidade, pois são apenas cinco pontos de acesso durante o percurso de 21,5 quilômetros. As ciclofaixas, instaladas aos do-mingos e feriados, começam a ter em alguns trajetos a opção deste modal também durante a semana. As ciclorrotas também são alterna-tivas para a integração à ciclovia ou outros modais, porém, a falta de delimitações do es-paço da bicicleta permite que este meio não seja totalmente respeitado pelos transportes motorizados, sejam eles coletivos ou não. Incentivos privados já são realidade com o compartilhamento de bicicletas que oferta um serviço pago e disponível em lo-cais públicos de modo que ciclistas utilizam a alternativa integrada à facilidade dos aplicati-vos de smartphones, tecnologia esta que pode orientar quais são os trajetos de maior fluxo de bicicletas para a construção das ciclofaixas e ciclovias com o objetivo de atender maior número de adeptos em um curto período de tempo. Seguindo a metodologia para o uso da bicicleta em centenas de pontos na cidade, um novo incentivo poderia ser criado a partir de uma lei municipal. Temos um número rep-resentativo de empresas de moto frete e algu-mas especializadas em entregas por bicicleta. Por que não incentivar este modal para a uti-lização das novas vias de bicicletas que se expandem semanalmente? Para cada ciclista que trabalha em uma empresa de moto frete utilizando a bicicleta como meio de entrega seria, por exemplo, ofertada uma redução proporcional do imposto sobre serviço (ISS) e para as empresas, exclusivamente com en-tregas de bicicletas, uma redução expressiva pela a escolha de serviço adotado. As quatro maiores vias exclusivas para bicicletas estão localizadas na cidade de Berlim, com 750 quilômetros, em Nova York com 675, Amsterdã com 400 e Paris com 394. Todas elas têm um relevo favorável à utiliza-ção deste modal. Ao contrário de São Paulo,

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em que muitos bairros apresentam aclives e declives acentuados que podem desestimular pessoas a optarem como meio para o trabalho no dia a dia ou melhorar o condicionamento físico para superar estas barreiras. As vias de sucesso em São Paulo estão no espigão da Av. Paulista, nas margens dos rios, como aqueles canalizados de menor vazão. O desafio está na integração deles com o apoio das partes interessadas, principalmente da população lo-cal. Além disso, a cidade de São Paulo é a quinta mais poluída do mundo segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e grande parte pelo incentivo do uso do trans-porte individual motorizado ao longo de 60 anos. Por isso, andar de bicicleta não polui, mas quem a pratica tende a inspirar uma quantidade maior de gases nocivos à saúde. Um deles é o ozônio, um gás secundário gerado pelos gases dos motores de combustão interna por meio da presença de luz solar, as-sim como o material particulado expelido por grande parte do transporte coletivo motoriza-do. Ambos reduzem a expectativa de vida dos paulistanos. Um estudo em agosto de 2014 apre-sentado no Simpósio Internacional da Engen-haria Automotiva (SIMEA), mostrou que a vegetação bromélia em fios de transmissão da cidade de Curitiba estão associadas aos locais com maior concentração de poluição, e que também, são as vias norte-sul e leste-

oeste dos BRTs (Bus Rapid Transit). Situa-ção a ser relevada é a de que um transporte eficiente também precisa da utilização de combustíveis limpos, que contribuirão com a qualidade de vida dos ciclistas. Na cidade de São Paulo, apenas 2,6% da frota apresentam coletivos com o uso de combustíveis alterna-tivos e menos poluentes. Se a imposição com caráter ambi-ental na criação das ciclofaixas ou ciclovias sem a adesão da população local com caráter social, pode gerar uma ação insustentável, pois não atende as partes interessadas. Exem-plos são os bairros de Moema e Santa Cecí-lia que já se manifestaram contrária a forma que foram feitas as faixas exclusivas, isto é, as partes interessadas não foram consultadas, muito menos informadas, aumentando a re-sistência na adesão. A não divulgação e informação do comércio e residentes locais das faixas que se expandem, focados na obsessão do atingi-mento dos 400 quilômetros pode ter reversões em 2017, com a posse de um possível novo prefeito, que pode rapidamente eliminar boa parte destas ciclofaixas, assim como as faixas exclusivas para motos foram recentemente extintas com a argumentação de não surtirem efeitos positivos. O ano 2017 também é a data da con-cretização do Programa Inovar-Auto (Pro-grama de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores), que reduzirá signifi-cativamente o IPI (imposto sobre o produto industrializado) dos automóveis com o ating-imento da eficiência energética estabelecidos pelo programa. A conscientização do uso do au-tomóvel, o transporte coletivo abastecidos com combustíveis limpos, assim como a am-pliação dos transportes eletrificados sobre trilhos são ações em conjunto que favorecerão o estímulo do uso da bicicleta, tendendo a re-sultar na redução do número de mortes, se-jam elas decorrentes da poluição como nos acidentes de trânsito.

*Luiz Vicente Figueira de Mello Filho é pro-fessor da Escola de Engenharia da Universi-dade Presbiteriana Mackenzie. Mestre em en-genharia automotiva, engenheiro mecânico, bacharel em administração de empresas e pós-graduado em Comunicação e Marketing.


• Do Site da Transpo [email protected] Para atender a uma demanda da em-presa Protege, especializada no transporte de valores, a MAN Latin America projetou o primeiro carro-forte do mercado equipado com cabine estendida: o caminhão VW Con-stellation 24.280 8×2, que irá operar no Rio de Janeiro. O projeto foi desenvolvido em parceria com o próprio Grupo Protege e a empresa MIB Blindados.

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O atual campeão mundial de clubes e da Bundesliga (campeonato alemão de fute-bol), o FC Bayern de Munique, recebeu o seu novo ônibus da MAN para transportar a dele-gação do time em seus compromissos oficiais na Alemanha. O modelo Lion’s Coach L Su-preme, totalmente personalizado, será usado até o final da temporada 2014/2015. A cerimônia de entrega do ônibus ocorreu na frente do estádio do Bayern, a Alli-anz Arena, e contou com uma apresentação do ilusionista Julius Frack para uma plateia com cerca de 300 convidados. Entre as personali-dades mais ilustres presentes neste evento, es-tavam o jogador brasileiro do Bayern Thiago Alcántara; Paul Breitner, lendário ex-jogador do clube e da seleção alemã; e o diretor de es-portes do clube, Matthias Sammer. “O ônibus é um lugar importante para a equipe e estamos satisfeitos por

começar a temporada com este novo veículo. Esperamos usá-lo para viajar as maiores dis-tâncias possíveis em toda a Europa”, comen-tou Sammer. O ônibus Lion’s Coach L Supreme é equipado com motor Euro VI de seis cilin-dros e 480 cavalos de potência, que trabalha aliado com a transmissão automatizada de 12 velocidades. O modelo recebe também o MAN Easy Start para maior segurança em ar-rancadas em partidas em aclives. Internamente, o modelo conta com

TV’s de LED de 19 polegadas e sistema completo de entretenimento da Lufthansa Systems. Um roteador Wi-Fi e um sistema profissional de áudio da sofisticada marca dinamarquesa Bang & Olufsen completam o ambiente confortável para os jogadores. A parceria entre a MAN e o FC Bay-ern começou em 2008 e, recentemente, teve o seu contrato prorrogado até o final da tempo-rada 2015/2016 da Bundesliga. A equipe de basquetebol do FC Bayern também viaja para seus jogos fora de casa em um ônibus MAN.

Festa para o novo ônibus do Bayern• Do Site da Transpo Online

Além da cabine estendida, o outro principal diferencial é o ganho de até uma tonelada a mais de carga no transporte em relação aos principais produtos concorrentes no mercado nacional, sendo uma solução im-portante para o transporte de mais moedas. O veículo possui 29 toneladas de peso bruto total (PBT) e pesa 14 toneladas (tara do veículo). Com a nova configuração, o veículo é um metro menor em comprimento, o que permite o incremento na capacidade de carga

no transporte de valores e maior agilidade em sua circulação. “O transporte de valores e de cargas valiosas é um importante segmento de transporte para a MAN Latin America. O mercado tinha esse nicho ainda inexplorado de veículos equipados com cabine estendida e agora nós, da MAN junto com nossos par-ceiros de negócios, somos pioneiros nesse tipo de soluções”, afirma Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da empresa.

MAN apresenta novo carro-forte com cabine estendida


R E D E S O C I A LTop 5 do OCD Holding no Facebook - Flávio Oliveira

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

TIAGO DE GRANDECaio Millennium BRT MBB O-500UDA - Viação Santa BrígidaPublicada no perfil pessoal do autor

Novidades do Grupo Comporte registradas pelo colecionador cariocaFlávio Oliveira. Todos Torino, para o interior de São Paulo


1º • Novo modelourbano da Caio

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

O novo modelo de carroceria paraaplicações urbanas da Caio está dando o que falar nas redes sociais. Muitasespeculações estão levando osentusiastas dos elogios às críticas. O lançamento deverá acontecer embreve, já que pelas últimas fotos feitaso modelo está quase pronto. Aindanão se sabe ao certo qual empresadeverá receber o carro, mas especula-seque será para o estado do Espírito Santo,região que concentra grande volume deônibus da marca de Botucatu.

2º • Novos ônibuspara a GontijoA informação de que a empresa Gontijode Transportes, de Minas Gerais, estariacomprando pela primeira vez chassisda Scania com menos potência que ohabitual, já que a tradição é sempre a aquisição de veículos com o máximo decv da marca sueca, está gerando umgrande burburinho nas redes sociais.Os veículos logo devem ser entregues.

O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

Foto da GaleraCLUBE DO ÔNIBUS MONTEIRONA MAIS RECENTE EDIÇÃO DACLASSIC BUS, EM NOVO HAMBURGO/RS

Um dos raros veículos registados na ClassicBus, exposição de ônibus antigos, que aconteceu em Novo Hamburgo. Prticipação do Clube doÔnibus Monteiro


NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Muitos setores já se deram conta que a tecnologia pode ser uma importante fer-ramenta para o fortalecimento dos negócios e melhoria na qualidade dos produtos e presta-ção de serviços. Alguns destes ramos econômicos não têm, pelo menos em tese, uma relação direta com plataformas informatizadas, mas descobriram que, bem usadas, elas podem trazer bons resultados financeiros e para a co-munidade onde atuam. Nos transportes de passageiros, mesmo que a passos lentos, a tecnologia tem sido usada para diversos serviços, desde a op-eração e gerenciamento dos ônibus até para a gestão empresarial específica do setor. O segmento de transportes urbanos tem se destacado por avanços de bilhetagem eletrônica, com a possibilidade de recarga de créditos de passagens até por celulares e reló-gios, e no monitoramento da frota. Já as empresas de ônibus rodoviários de linhas regulares investem, além de gestão de frota e negócios, em sistemas de venda de pas-sagens on line mais eficientes e que podem ser decisivos para o passageiro escolher entre uma companhia e outra. E o setor de fretamento? Como tem lidado com as novas tecnologias? Esse é o foco principal do encontro da Fresp - Federação das Empresas de Trans-portes de Passageiros por Fretamento do Es-tado de São Paulo, que reúne sete sindicatos e aproximadamente 300 empresas do ramo. Com o tema “Superando desafios com conexões inteligentes”, o evento ocorre neste ano do dia 12 ao dia 14 de setembro, no Tauá Hotel Atibaia, interior de São Paulo. Além de empresários de ônibus, devem participar especialistas, gestores pú-blicos e profissionais que podem trocar ex-

Encontro da Fresp vai discutir como os avanços da informática, comunicação e de sistemas de dados podem fazer com que os transportes fretados tenham rentabilidade e sejam uma opção melhor para os passageiros

Tecnologia em prol da mobilidadetambém no fretamento

periências sob diversos ângulos de visão, in-clusive abordando as atuais necessidades dos passageiros, tanto do fretamento contínuo (escolas, empresas, fábricas, etc) como do eventual (turismo, passeios, encontros reli-giosos). O presidente da Fresp, Claudinei Brogliato, disse em nota enviada à imprensa, que o evento deve trazer novidades aguarda-das pelos empreendedores. “O evento vem consolidar nosso trabalho de compartilhar conhecimento de qualidade para aprimorar e unir ainda mais os profissionais desse mercado. Estamos na 15ª edição e ano a ano os participantes aumentam e anseiam pelas novidades que trazemos”,

ressalta Brogliato na nota. Além do tema central do evento deste ano, serão apresentados assuntos recor-rentes em todos os encontros, como inova-ções na preservação ambiental, capacitação dos funcionários das empresas de ônibus, segurança, legislação, conforto oferecido aos passageiros pelos modelos de veículos no mercado e a contribuição do fretamento para a melhoria da mobilidade urbana. O encontro da Fresp vai contar também com uma feira de ônibus e serviços relacionados à operação e gerenciamento dos transportes que deve trazer as novidades das indústrias para os transportadores de passage-iros.

FRETE • As empresas deste segmento de transportes de passageiros têm acompanhado as evoluções tecnológicas? E em que a tecnologia pode ajudar as companhias e os passage-iros? Estes serão alguns dos temas abordados no encontro da Fresp neste ano, em Atibaia

A quantidade de ônibus nos pontos das rotas com faixas exclusivas aumentou, de acordo com estudo anual realizado pela CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. Na extensão total das nove rotas levadas em consideração pelo estudo, houve queda de 3,7% no número de ônibus circulan-do. Nos horários de pico, a alta foi de apenas 0,1%. Mas abordando os trechos destas ro-tas que possuem faixas, a quantidade de ôni-bus subiu 3,9% no pico da manhã de 5 mil

Já fora das vias com espaços exclusivos, houve queda no número de ônibus

Faixas de ônibus receberam mais coletivos

939 ônibus para 6 mil 138. No pico da tarde, o aumento foi de 3,6% passando de 4 mil 929 para 5 mil 108 veículos de transporte cole-tivo.

Ainda nas nove rotas, houve que de 6% no número de carros. Os carros ficaram 16% mais tempo parados nas vias com faixas em 2013 em rela-ção a 2012, e no pico da tarde, este aumento foi de 7%. Mas as faixas não são as grandes vilãs na velocidade dos carros. Os motoristas de carros particulares têm perda de tempo de 30% por causa dos congestionamentos e excesso de veículos e semáforos no pico da manhã e de 33% no pico da tarde.


Chegar ao ponto de ônibus e ter a certeza de que o veículo vai passar na hora sem provocar atrasos na rotina de quem depende de transporte público. O que deveria ser uma prática normal, com raras exceções por problemas pontuais, é um sonho para quem se desloca por transporte coletivo. E justamente o item “regularidade do serviço – cumprimento do horário” é o principal atributo para o transporte público ser considera-do de qualidade. O dado faz parte de uma pesquisa re-alizada pela NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, apresentada no Seminário Nacional da entidade nesta semana em Brasília. A pesquisa não é quantitativa e sim qualitativa. Entre os dias 07 e 25 de julho, por telefone, a NTU ouviu 91 formadores de opinião entre professores universitários especialistas na área de mobilidade, técnicos, gestores públicos, jornalistas do setor, empresários e representantes de conselhos de cidades, entre outros. TRANSPORTE DE QUALIDADE É PONTUAL, RÁPIDO E SEGURO - A regulari-dade do serviço é essencial para que o transporte alcance os níveis de qualidade exigidos pela população, aparecendo em primeiro lugar entre os itens apontados pela pesquisa, com 73,6% das respostas. Como as respostas eram múltiplas, com mais de um item podendo ser escolhido, outros aspectos também ganharam destaque. Logo em seguida, aparece o tempo de desloca-mento, incluindo as viagens em si e a espera no ponto de ônibus, com 72,5% das respostas. De acordo com os especialistas ouvi-dos na pesquisa, além de pontual e rápido, trans-porte de qualidade é também transporte seguro. Em 57,1% das repostas, o item segurança dentro e fora dos ônibus é apontado como indispensáv-el. Os dados trazem um perfil de prio-ridades de investimentos e de tomadas de ações para a melhoria dos transportes, em especial, dos serviços de ônibus. TARIFA JUSTA É AQUELA QUE NÃO COMPROMETE A RENDA DO TRAB-ALHADOR - A pesquisa também questionou os especialistas sobre tarifas, um assunto que gan-hou destaque em junho do ano passado após as manifestações em diversas cidades o País. Segundo o levantamento, 81% dos en-trevistados disseram que a população “percebe” mais e tem preocupação maior com os reajustes

Especialistas defendem tarifa social, mas para quem precisa. Mais de 20% acreditamque as tarifas deveriam ser subsidiadas integralmente pelo Governo Federal

Cumprimento de horário é o principal atributo para transporte de qualidade, diz pesquisa da NTU

de tarifas de ônibus do que com outros tipos de tarifas, como de água, luz, telefone e gás, por ex-emplo, mesmo que se os percentuais de aumento destes outros serviços forem maiores. Um dos principais motivos é que, mesmo com o Vale-Transporte, a tarifa de ôni-bus é sentida todos os dias pelo cidadão, que vê o saldo dos bilhetes sendo descontado ou o din-heiro saindo da carteira todos os dias. Já as outras tarifas são assimiladas normalmente uma vez por mês, causando impacto menor na percepção. De acordo com 39,6% dos especialis-tas entrevistados, uma tarifa justa é aquela que não compromete a renda do trabalhador. Quanto à tarifa-zero ou tarifa social, 23,1% dos entrevistados defendem que o Gover-no Federal deveria custear integralmente as pas-sagens de ônibus como forma de justiça social. Mas 18,7% dos entrevistados dizem que a tarifa social deveria ser destinada apenas às pessoas que realmente precisam. QUEM ANDA DE CARRO DEVE SUBSIDIAR QUEM ANDA DE TRANS-PORTE PÚBLICO - A pessoa que anda de ôni-bus utiliza dez vezes menos o espaço urbano e emite 17 vezes menos poluentes do que a pes-soa que se desloca de transporte individual. Não é questão de perseguir quem anda de carro, mas simplesmente numérica e lógica. Um ônibus pa-dron, que pode ter lotação de 80 pessoas, em 13,2 metros, substitui 40 carros que com seus escapa-mentos a todo o vapor, ocupariam 140,8 metros, considerando a realidade de que um carro em média leva duas pessoas apenas em seus deslo-camentos. Assim, quem usa transporte público acaba, por opção ou necessidade, trazendo benefícios ambientais e econômicos para as ci-dades, com a redução da infraestrura de trânsito necessária para tantos carros, do número de aci-dentes, dos gastos com saúde pública em decor-rência da poluição e, ao não lotarem mais as ruas e avenidas com mais veículos, reduzem também as bilionárias perdas ocasionadas pelos congest-ionamentos. Por outro lado, também por opção ou necessidade, quem anda mais de carro, contri-bui para que estes gastos subam. Para baratear o sistema de transportes aos trabalhadores e oferecer uma contrapartida pelos benefícios gerados por quem usa ônibus, os especialistas defendem que o uso do carro acabe subsidiando o transporte coletivo. Hoje, na maior parte das cidades, quem se desloca por ônibus paga integralmente pela viagem, apesar usar de maneira mais racional o espaço, os recursos da cidade e até mesmo ambi-

entais. E esse subsídio para o transporte pú-blico viria não da posse do carro, afinal, todos têm direito de possui um veículo e não podem ser cerceados quanto a isso. O problema hoje nas cidades brasilei-ras é o uso que se faz do carro. E é sobre este uso que o cidadão que gasta mais espaço e recursos públicos deve contribuir para compensar aquele que gasta menos. Dos entrevistados, 92,3% apoiam a cobrança de estacionamentos públicos. Já 85% defendem uma tarifação maior da gasolina em prol do barateamento do transporte coletivo. Não existe serviço gratuito. É ne-cessário pagar impostos, salários de motoristas, cobradores e outros funcionários, pneus, com-bustíveis, lubrificantes, manutenção e a renova-ção contínua de frota. O dinheiro tem de sair de algum lugar. Na Europa, por exemplo, em diversos países, o passageiro só paga 50% dos custos das tarifas. A outra metade vem por diversas fontes de financiamento, como o uso dos carros. PARA QUAIS ÁREAS DEVEM SER DIRECIONADOS OS INVESTIMENTOS? - Os transportes necessitam de diversos tipos de investimentos para que possam corresponder ao que a população necessita. Mas os recursos das cidades são limitados e estes investimentos pre-cisam de planejamento. Para isso, é necessário definir prioridades. Onde investir mais e primei-ro? Os investimentos em criação e expan-são de meios de alta capacidade de transporte, como redes de metrô e corredores de ônibus modernos (BRT – Bus Rapid Transit) receberam 74,7% das respostas. Para o atendimento de demandas menores, as faixas simples de ônibus receberam 69,2% das sugestões. E hoje, para os profissionais e estudio-sos, a tecnologia deve ser aliada ao transporte público para melhoria dos serviços. Segundo a sondagem, 68,1% das res-postas destacam a necessidade de investimentos em gestão de tráfego e frotas, com GPS e centrais de monitoramento, com acesso às informações pelos passageiros, e em bilhetagem eletrônica eficiente e que traga vantagens reais para os pas-sageiros. NÚMEROS - De acordo com dados o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística, 46 milhões de deslocamentos por dia são feitos por transporte coletivo. Deste total, 87% são realizados por ônibus.


A S F O T O S D A S E M A N A

RODRIGO GOMESMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 • Limousine Carioca

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HENRIQUE SIMÕESIrizar PB Scania K400 • Sertaneja

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FAGNER WELLINGTONMarcopolo Viaggio G7 1050 MBB OF-1724 • Porto Seguro

RODRIGO GOMESMarcopolo Torino VW 17 230 OD • BTU

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Bilhetes metropolitanoscom prazo de validade

Na região metropolitana de Porto Alegre, os bilhetes magnéticos da Trensurb, sistema de trens metropolitanos, estão com os dias contados. Gradualmente estão sendo substituídos por cartões magnéticos, bastando preferencialmente ter um cadastro no SIM, TRI ou TEU. Isso já faz um tempo, foi im-plantado em todas as estações em 2012. Para quem não conhece, Sim é Sistema Integrado Metropolitano. O TRI sig-nifica Transporte Integrado, que funciona nos ônibus e táxi-lotações municipais de Porto Alegre. O TEU não possui sigla, é um consór-cio de doze viações da região metropolitana de Porto Alegre. Nas bilheterias das estações de trem, são vendidos os cartões SIM unitário. Só que para funcionar, a pessoa tem que comprar a passagem e utilizar na catraca (roleta) dentro do prazo de 24 horas. Isso mesmo! O passageiro que com-prar o bilhete, ou melhor, o cartão, não pode fazer estoque de cartões em casa. Quando eu fui para Porto Alegre este mês, eu iria com-prar cinco passagens de trem a R$ 1,70 para eu ganhar tempo evitando filas nas bilhete-rias. Mas fui avisada que o bilhete tem uso temporal até 24 horas depois da compra. É o primeiro sistema que ouço falar que o bilhete unitário tem prazo de validade. Nunca tinha visto algo semelhante em outras capitais, principalmente aqui em São Paulo. De repente, fui comprar um par de bilhetes na estação rodoviária, em Porto Alegre, e recebi dois bilhetes unitários antigos em vez dos dois cartões novos. Ou seja, ainda é possível encontrar bilhetes antigos à venda. No Brasil, é normal os vales trans-porte serem carregados por meio de um único cartão, e nominal por cada passageiro, elimi-nando bilhetes feitos em papel. Mas eliminar a passagem unitária em dinheiro, ou eliminar o bilhete unitário magnético eu achei pesado. Ou seja, as filas nas bilheterias vol-tam, e propositalmente os órgãos públicos querem que as filas de passageiros aumentem para forçar os passageiros a fazer cartões in-dividuais, e comprar passagens antecipadas para serem armazenadas em cada bilhete. E o pior é que a moda vai pegar, não sei de que jeito. Ainda bem que no Metrô de São Paulo não é assim. Você compra quantos bilhetes unitários quiser. E lembrei que para comprar bilhetes para andar em ônibus metropolitanos da Me-tra, pode comprar até 20 bilhetes unitários de uma vez e esse número tende a reduzir, for-

çando o passageiro a fazer cadastro no BOM (Bilhete Ônibus Metropolitano). E no futuro, os bilhetes unitários

poderão estar em extinção. Mas e o turista, que não conhece a cidade, como faz? Isso será um caso para pensar.

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Revista InterBuss - Edição 209 - 31/08/2014