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CAIO INDUSCAR FECHA 2014 COMO LÍDER ENTRE OS ÔNIBUS URBANOS LEIA TAMBÉM PAÍS TEM MAIOR ONDA DE REAJUSTES DE TARIFA DE ÔNIBUS DA HISTÓRIA REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 5 • Nº 226 11 de Janeiro de 2015 Em algumas cidades, o aumento do transporte público foi feito na calada da noite, com anúncio feito apenas poucas horas do reajuste ser aplicado; Protestos estão programados PAÍS TEM MAIOR ONDA DE REAJUSTES DE TARIFA DE ÔNIBUS DA HISTÓRIA

Revista InterBuss - Edição 226 - 11/01/2015

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 226 - 11/01/2015

CAIO INDUSCARFECHA 2014 COMOLÍDER ENTRE OSÔNIBUS URBANOS

LEIA TAMBÉM

PAÍS TEM MAIOR ONDA DE REAJUSTES DE TARIFADE ÔNIBUS DA HISTÓRIA

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 226 11 de Janeiro de 2015

Em algumas cidades, o aumentodo transporte público foi feito nacalada da noite, com anúncio feitoapenas poucas horas do reajuste seraplicado; Protestos estão programados

PAÍS TEM MAIOR ONDA DE REAJUSTES DE TARIFADE ÔNIBUS DA HISTÓRIA

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

Page 3: Revista InterBuss - Edição 226 - 11/01/2015

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 226 - 11/01/2015

Página 07

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Acidente na FernãoDias mata duaspessoas emMairiporãÔnibus da Viação Santa Cruzbateu em caminhão e causoua morte de duas pessoas;Outros ficaram feridos 11

VÁRIAS CIDADES PROMOVEM REAJUSTEDE TARIFAS DO TRANSPORTE PÚBLICO

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Mãe dá parteda viação Jundiána polícia porelevador quebradoFilho era obrigado a embarcar emônibus carregado por outrospassageiros e motorista 11

É a maior onda de reajustes da história

VÁRIAS CIDADES PROMOVEM REAJUSTEDE TARIFAS DO TRANSPORTE PÚBLICO

Page 5: Revista InterBuss - Edição 226 - 11/01/2015

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 20

Página 07

ANO 5 • Nº 226 • DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 13h26 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraCaos no Paese da área 5 26

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

VÁRIAS CIDADES PROMOVEM REAJUSTEDE TARIFAS DO TRANSPORTE PÚBLICO

PÔSTERMarcopolo Viale BRT 14

Anderson Ribeiro

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Adamo BazaniQueda na produção de ônibus em 2014 22| Deu na Imprensa

HP Transportesfecha a comprade 70 chassis daMercedes-BenzChassis são do modelo OF-1721Euro V e todos irão circularpela empresa na regiãodo Centro-Oeste 19

| Deu na ImprensaSuécia estreiasistema deônibus elétricosrecarregáveisCidade sueca recebe rede deônibus elétricos que serecarregam nas paradas 17

É a maior onda de reajustes da história

MERCADO DE ÔNIBUSCaio fecha 2014 como líder em urbanos 12

EDITORIALO jogo sujo das prefeituras 6

NAS RUASOs antigos que ligam o país 13

VÁRIAS CIDADES PROMOVEM REAJUSTEDE TARIFAS DO TRANSPORTE PÚBLICO

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

REVISTAINTERBUSS Expediente

A onda de reajuste das tarifas do transporte público nos últimos dias do ano passado e nos primeiros deste novo ano mostraram uma face nefasta da politica-gem brasileira. Ao invés de esclarecerem os motivos pelos quais os reajustes foram feitos, as prefeituras municipais e os gov-ernos estaduais preferiram o caminho mais sujo: promover os aumentos na calada da noite, com notas escondidas em seus diári-os oficiais, ou com tímidas informações dadas à imprensa, acompanhadas de muitas promessas, como de praxe. O caso mais es-cabroso aconteceu na semana passada em Campinas, quando o reajuste da tarifa foi anunciado às 8h30 da manhã de sexta-fei-ra, para entrada em vigor à meia-noite do mesmo dia. Em Belo Horizonte, as brigas judiciais já acontecem e estão baixando as tarifas. Em diversos editoriais neste mes-mo espaço tivemos a oportunidade de es-clarecer e defender os reajustes das tarifas

do transporte público no Brasil, sempre fomos favoráveis aos aumentos justamente por conta dos insumos e da mão-de-obra, cada vez mais cara, além da constante renovação de frota que acontece quase que em todos os lugares, por força de contrato proveniente de licitações, mas desta vez a situação é um pouco diferente. Apesar dos ajustes serem justos, não foram leais com os usuários. Os usuários do transporte público tiveram dois reajustes em menos de um ano, algo atípico para a era do plano Real, onde as tarifas públicas de serviços costumam subir apenas a cada doze meses ou mais. Em São Paulo, com a tarifa congelada por tantos anos, o reajuste foi inevitável para que o subsídio não fosse ainda maior, preju-dicando outras áreas mais necessitadas de recursos públicos. No ano de 2013, uma onda de protestos assolou o país contra os aumen-tos nas tarifas públicas, e imediatamente

O jogo baixo das prefeiturasno aumento das tarifas

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial a maioria delas foram baixadas. Apesar

disso, os reajustes aconteceram um ano depois, alguns deles maiores, e agora, um novo reajuste foi aplicado, colocando na linha novamente o calendário básico de reajustes do transporte, quase sempre no final do ano ou no começo do ano seguinte. Para a população, ficou a im-pressão de terem ocorrido dois reajustes em um espaço de tempo menor, porém há de se considerar que o último aumento antes deste de agora aconteceu por atraso em vir-tude dos protestos, ou seja, acabou ficando elas por elas, pois o aumento anulado de 2013 acabou voltando ainda maior e outros vieram na sequência, sem que houvesse a mesma chiadeira. Nos últimos dias, alguns protestos foram marcados pelo país porém agora resta-nos ver se serão com a mesma intensidade que antes, pois já que se protes-tou por mudanças na política e acabou-se reelegendo o mesmo governo, não há o que muito reclamar. Para os governos, fica o registro de nossa mais profunda indignação com a for-ma de que os reajustes foram feitos recente-mente, pois o transporte público brasileiro continua o mesmo, com baixos investimen-tos, e a tarifa não para de subir.

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• EBC [email protected]

A S E M A N A R E V I S T ADE 4 A 10 DE JANEIRO DE 2015

REVISTAINTERBUSS • 11/01/15 07

Brasil registra maior onda de alta de tarifas da históriaNunca na história do país houve uma onda de aumentos de passagens de ônibus tão grande e em percentuais proporcionais tão altos; Motivo foram os reajustes anulados de 2013

Destaque

Entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, nove capitais brasileiras anunciaram o aumento das tarifas de ônibus minicipal e outras cinco discutem a possibilidade de au-mentar o preço das passagens nos próximos meses. Em 2013, muitas prefeituras desisti-ram de aumentar o preço das passagens após os protestos de junho, mas pelo menos sete capitais aumentaram o valor ao longo de 2014. Com o anúncio do aumento das tarifas, o Mov-imento Passe Livre (MPL) anunciou protestos contra o aumento em diversas cidades. Em 2013 a prefeitura de São Paulo havia anunciado um aumento de R$ 0,20 mas desistiu da medida após os protestos. A passagem na capital subiu em janeiro deste ano de R$ 3 para R$ 3,50, a tarifa mais cara do país, seguida pelo Rio de Janeiro, onde o valor subiu de R$ 3 para R$ 3,40.

CONFIRA A SÉRIEDE AUMENTOS PELO PAÍSAracajú (SE): o valor da tarifa subiu de R$ 2,35 para R$ 2,70 em dezembro de 2014

Belém (PA): o valor da tarifa subiu de R$ 2,20 para 2,40 em maio de 2014

Belo Horizonte (MG): o valor da tarifa subiu de R$ 2,85 para R$ 3,10 em dezembro de 2014

Boa Vista: o valor da tarifa subiu de R$ 2,60 para R$ 2,80 em janeiro de 2015

Brasília: o valor da passagem varia de R$2 a R$ 3 dependendo do ônibus e do trajeto, sem reajuste desde 2009

Campo Grande: a tarifa subiu de R$ 2,70 para R$ 3 novembro de 2014

Cuiabá: a passagem está em R$ 2,80 mas

deve sofrer reajuste em janeiro de 2015, o novo valor está em discussão

Curitiba: o valor da passagem subiu de R$ 2,70 para R$ 2,85 em novembro de 2014

Florianópolis: o valor da passagem subiu de R$ 2,60 para R$ 2,75 maio de 2014

Fortaleza: a passagem do ônibus municipal está em R$ 2,20 e o possível reajuste desse valor está em discussão

Goiânia: o valor da passagem subiu de R$ 2,70 para R$ 2,80 em maio de 2014

João Pessoa: o valor da passagem subiu de R$ 2,20 para R$ 2,35 em julho de 2014

Macapá: o valor da passagem permanece em R$ 2,10

Maceió: o valor da passagem está em R$2,50 mas está previsto um aumento para R$ 2,85 em março

Manaus: o valor da passagem está em R$ 2,75 e um possível aumento está em discussão

Natal: o valor da passagem subiu de R$ 2,20 para R$ 2,35 em julho de 2014

Palmas: o valor da passagem permanece em R$ 2,50 não há previsão de reajuste

Porto Alegre: Na capital gaúcha o valor da passagem está R$ 2,95 e um possível aumen-to está discussão

Porto Velho: o valor da passagem permanece em R$ 2,60 não há previsão de reajuste

Recife: o valor da passagem está em R$ 2,15

e o possível aumento está sendo discutido

Rio Branco: a passagem subiu de R$ 2,40 para R$ 2,90 em dezembro de 2014

Rio de Janeiro: o valor da passagem subiu de R$ 3 para R$ 3,40 em janeiro de 2015

Salvador (BA): o valor da passagem subiu de R$ 2,80 para R$3 em janeiro de 2015

São Luís: o valor da passagem aumentou de R$ 2,10 para R$ 2,40 em junho de 2014

São Paulo: o valor da passagem aumentou de R$ 3 para R$ 3,50 em janeiro de 2015

Teresina: o valor da passagem está em R$ 2,10 e um possível auimento está em dis-cussão

Vitória: o valor da passagem está em R$ 2,45 e um possível aumento está em discussão

O que é o Movimento Passe Livre? O Movimento Passe Livre (MPL), cuja principal bandeira é a tarifa zero no trans-porte público, surgiu de forma espontânea e embrionária em 2003 em Salvador, capital da Bahia. Durante dez dias, milhares de jovens, estudantes e trabalhadores fecharam as prin-cipais vias públicas da cidade para protestar contra o preço dos ônibus, evento que ficou conhecido como “Revolta do Buzu” e deu origem ao documentário de mesmo nome di-rigido por Carlos Pronzato. Em 2004, inspirados nos acontec-imentos de Salvador, foi a vez de Florianópo-lis (SC) ser palco dos protestos que ficaram conhecidos como “Revolta da Catraca”, com participação de estudantes, associações de moradores, professores, sindicatos e popula-ção em geral. Em 2005, o “Movimento Pelo Passe Livre” da capital catarinense organizou uma grande plenária no quinto Fórum Social Mun-dial, onde nasceu o Movimento Passe Livre, como um movimento social autônomo, apar-tidário, horizontal e independente, que luta por “transporte público de verdade, gratuito para o conjunto da população e fora da ini-ciativa privada”.

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Alto Tietê tem reajuste detarifas em várias cidades

A S E M A N A R E V I S T A

• G1 Mogi das Cruzes e Suzano@terra. com.br

11/01/15 • REVISTAINTERBUSS08

São Paulo

Nesta quarta-feira (7) o aumento de R$ 0,50 na tarifa de ônibus em Mogi das Cru-zes (SP) era assunto constante nos pontos de ônibus da cidade. O encarregado de manuten-ção Sena de Siqueira, de 54 anos, reclamou que além de pagar mais caro, não teve o ser-viço. “Além de pagar mais caro na passagem eu não tive o serviço. Pego a linha da Granja Nagao às 6h30 e esse ônibus não passou hoje, então já estou atrasado”, disse por volta das 7h30 em um ponto de ônibus no centro da ci-dade. Ele conta que para driblar o problema teve que apelar para o carro. “Tenho carro, então fui de carro até o centro e deixei o carro estacionado. Do centro, fui de ônibus até o trabalho”, lamenta. Sena conta ainda que a falta de ôni-bus é frequente no bairro onde mora. “Muitas vezes não tem ônibus e como a minha linha é distante, muitos ônibus que vão para lá são velhos e quebram”, salienta. “Acho um absurdo ter que pagar mais caro e ainda en-frentar greves e aumentos na passagem. É cô-modo aumentar a passagem e fazer greve sem oferecer um serviço de qualidade”, questiona. A doméstica Ângela Maria Ferreira Cabral, de 40 anos, também reclamou do au-mento diante do serviço oferecido. “A linha São João e Vila Caputera são linhas que sem-pre atrasam e sempre têm ônibus quebrados. Normalmente saio 1h40 antes de casa para poder chegar no horário. Além de tudo, não consigo usar a integração de Mogi, porque dependendo do bairro que vou fazer o ser-viço, é o mesmo número do ônibus e aí não é possível a integração, então não vejo benefí-cio nenhum nesse sistema de Mogi”, aponta. O aumento da tarifa também vai pesar no bol-so da doméstica. “Para mim aumenta quase R$ 50 já que tenho que pagar R$ 3,50 várias vezes ao dia, já que a integração não funciona para mim”. O auxiliar técnico Vinícius Augusto Cardoso, de 24 anos, conta que durante a se-mana é a empresa que paga o vale-transporte, mas o aumento da passagem pesa no bolso quando ele vai usar o ônibus para fins pes-soais. “Tem que pegar ônibus todo dia para ir e voltar para o trabalho, a empresa paga o vale transporte mas quando saio de fim de semana tenho que usar do bolso e R$ 3,50 pesa”, salienta.

Aumento As passagens de ônibus em Mogi das Cruzes passam a custar R$ 3,50 a partir da 0h desta quarta-feira (7). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (5), após reunião do Conselho Municipal de Transportes, Trânsito e Mobilidade Urbana. De acordo com a Pre-feitura, o valor seguirá o que foi definido em todo o Estado de São Paulo e prevê o repasse da inflação dos últimos anos. O reajuste será de 16,67%. Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes disse que “a frota que atende Mogi das Cruzes é uma das mais novas do Brasil, com idade média de 2,2 anos. As renovações de carros são feitas continu-amente, o que garante uma idade média baixa como esta”. A administração municipal disse também que 100% da frota é adaptada com elevadores para cadeirantes e se houverem casos de quebras dos veículos ou dos eleva-dores, a Secretaria de Transportes disse que notifica as empresas a realizarem os reparos com rapidez. Sobre o atraso dos ônibus, a secre-taria informou que “os horários das partidas são verificados diariamente e eventuais atra-sos são informados às empresas, sempre com a orientação de que sejam solucionados”. Disse também que a frota que circula na ci-dade possui GPS para conferir o cumprimen-to dos trajetos e a pontualidade.

Alto Tietê Cinco cidades do Alto Tietê anun-ciaram reajuste no valor das passagens de

ônibus até esta terça-feira (6). A partir desta quarta (7), o aumento passa a valer em Suza-no e Mogi das Cruzes, confome anunciaram as prefeituras. Em Ferraz de Vasconcelos, o reajuste foi informado nesta terça pela em-presa Radial, que opera na cidade e também entra em vigor nesta quarta. Segundo a Pre-feitura de Ferraz, o decreto foi publicando informando que a adequação no valor tem validade a partir desta terça (6). Na cidade, o valor passa de R$ 3 para R$ 3,50. Segundo a Prefeitura de Fer-raz, o decreto foi publicando informando que a adequação no valor tem validade a partir desta terça (6). Em Arujá, o passageiro paga mais caro pela passagem a partir de sábado (10). O valor saltará de R$ 2,80 para R$ 3,40: uma diferença de 21%. O último reajuste, segundo a Prefeitura, foi em 2011. No município de Suzano, a passagem custa, atualmente, R$ 2,95 e em Mogi R$ 3,00. Em ambas as ci-dades a tarifa subirá para 3,50 (reajuste de 16,6% em Mogi e de 18,6% em Suzano). Santa Isabel se antecipou e o novo valor das passagens de ônibus entrou em vig-or no dia 5 de dezembro. No município, os moradores já pagam R$ 3,45 para circular de ônibus. O valor antigo era de R$ 2,90. Poá também anunciou nesta terça que haverá reajuste nas passagens. Em nota, a Prefeitura disse que os novos valores serão divulgados até o final desta semana.Itaquaquecetuba, Guararema e Biritiba Mir-im informaram em nota que não há previsão de aumento das passagens.

REAJUSTE • Tarifa de ônibus em Mogi das Cruzes subiu R$ 0,50 e foi a R$ 3,50

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REVISTAINTERBUSS • 11/01/15 09

Com aviso de apenas um dia, tarifa em Campinas aumenta• G1 Campinas@terra. com.br Com aviso prévio de apenas um dia à população, passa a vigorar neste sábado (10) a nova tarifa nos ônibus em Campinas (SP), de R$ 3,50. Na avaliação do secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, a quali-dade do serviço oferecido é “proporcional” ao preço porque a densidade de passageiros nos coletivos é “muito adequada”. Para justificar a análise, o titular da pasta menciona ainda a substituição da frota de veículos e o índice de acessibilidade, que, segundo ele, chegou a 70%. De acordo com Barreiro, o reajuste “relâmpago” foi necessário para manter o planejamento de 2015. “Entendemos que a população não está sendo prejudicada”, afir-mou o titular da pasta de Transportes, ao citar que os usuários do transporte público possuem carga no Bilhete Único ainda com a tarifa an-terior, de R$ 3,30.

Decisão ‘unilateral’ As empresas, informou o secretário, pediram em dezembro uma tarifa de R$ 3,90. Em meados do mesmo mês, Barreiro havia afastado a possibilidade de reajuste “a curto prazo”. Apesar disso, ele afirmou não haver pressão das concessionárias do transporte para um aumento no preço e classificou a decisão de “unilateral”. “Nós fazemos permanente-mente estudos tarifários na Emdec”, afirmou. A intenção, explicou, é saber se o equilíbrio financeiro está sendo mantido. O reajuste também foi justificado com o índice de inflação e custos de manuten-ção do serviço. O aumento de 6,06% na tarifa é menor que os 13,60% (IPCA) acumulados em dois anos, segundo medição do IBGE, in-formou a administração municipal. Segundo a Prefeitura, o combustível ficou 21,49% mais caro, os salários dos fun-cionários cresceram 17,72%, os pneus tiveram alta de 13,76% e os valores dos veículos au-mentaram 13,73%. Todos os dados foram in-formados pela administração municipal.

Histórico da tarifa e melhoria Na gestão do prefeito Jonas Doni-zette (PSB), essa é a quarta mudança do valor cobrado pelo transporte público. Depois que os protestos de 2013 começaram a surgir em São Paulo, o pessebista baixou o preço duas

vezes, de R$ 3,30 para R$ 3,20 e posterior-mente para R$ 3. Em julho do ano passado, a Emdec voltou a tarifa para o patamar de R$ 3,30. De acordo com a Prefeitura, para o valor chegar a R$ 3 foi necessário um subsídio mensal de R$ 6 milhões às empresas. No patamar de R$ 3,30, em meados de 2014, era de R$ 3,6 mil-hões. Agora, afirmou Barreiro, o repasse as concessionárias do transporte público será de R$ 1 milhão mensalmente. Segundo o secretário de Transportes, o dinheiro, antes usado para subsidiar as em-presas, será aplicado em “melhorias no trans-porte”. A principal, afirmou, é a implantação do monitoramento em tempo real dos ônibus. A previsão é que a sistema esteja em prática no segundo semestre deste ano e, com ele, a população poderá acompanhar, por meio de um aplicativo para celular, em que ponto da

cidade está a linha que deseja embarcar.

Passe Lazer hoje A próxima edição do Passe Lazer, que acontece no domingo (11), terá nova tarifa, em Campinas (SP). A passagem, que a partir de sábado (10) custará R$ 3,50, cairá para R$ 1,75 com o benefício. No entanto, ele só vale para quem utiliza o Bilhete Único Comum no pagamento ou Bilhete 1 Viagem, comprado dentro dos ônibus. O Passe Lazer não é aceito para o pagamento com os cartões de Bilhete Único Escolar, Vale-Transporte, Idoso ou Gratuito. A cobrança indevida da tarifa de ônibus deve ser denunciada para a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), pelo telefone (19) 3772-1517. É im-portante anotar o horário, linha e prefixo do veículo.

São Paulo

PRECARIEDADE • Melhorias no transporte são sempre promessas que nunca se cumprem

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11/01/15 • REVISTAINTERBUSS10

Justiça suspende aumento de tarifa de suplementares em BH

A S E M A N A R E V I S T A

SEM AUMENTO • Decisão da justiça atingiu apenas os veículos do sistema suplementar

• Estado de Minas@terra. com.br

Minas Gerais

Blog Ponto de Ônibus

Os desembargadores da 3ª Câma-ra Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) analisaram o pedido do Coletivo Margarida Alves e suspenderam o aumento de 8,5% nos preços das tarifas de ônibus suplementares de Belo Horizonte. A medida, em caráter liminar, foi concedida na tarde desta sexta-feira. O pedido tinha sido negado em 1ª Instância. A BHTrans informou que ainda aguarda a notificação da Justiça para se pro-nunciar sobre o caso. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a ação pe-dia para suspender a portaria da BHTrans, Nº 144, que trata do transporte suplementar de passageiros. Por isso, os coletivos nor-mais continuam com a mesma tarifa. Como o pedido foi feito apenas em cima da portar-ia, o desembargador Elias Camilo Sobrinho avaliou apenas as tarifas dos veículos suple-mentares. A ação popular foi protocolada em 28 de dezembro depois que a BHTrans anun-ciou o reajuste das tarifas. No documento, o grupo afirma que o aumento foi “emanado intempestivamente e por autoridade incom-petente”. Segundo os integrantes do Mar-garida Alves, o Contrato de Concessão de Transporte Público que ora vige defina que o valor do reajuste só poderia ser publicado até o dia 26 de dezembro. Mas, foi publicada em 27 de dezembro”. O coletivo argumentou, ainda, que a portaria “ignora princípios da Administra-ção Pública e, ainda, viola frontalmente os preceitos da Lei de Acesso à informação. Afinal, a mesma não fornece os dados que motivaram o reajuste tarifário”. Ao analisar o processo, o desem-

bargador Elias Camilo Sobrinho, da 3ª Câ-mara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), acatou os argumentos do grupo. Ele ressaltou que vários usuários im-petraram um agravo de instrumento contra a decisão da 1ª Fazenda Municipal que man-teve o aumento em 1ª Instância. Para o desembargador, “estão pre-sentes os pressupostos que autorizam a concessão da liminar”. Ele entende que não compete ao presidente da Sociedade Mista BHTrans ser o responsável pela majoração das tarifas do transporte público municipal e sim o chefe do Poder Executivo do da capi-tal mineira, conforme a Lei Orgânica do Mu-nicípio de Belo Horizonte. Por causa disso, o magistrado entendeu ser recomendável a suspensão do aumento.

Outra ação O promotor Eduardo Nepomuceno,

da Promotoria de Justiça de Defesa do Pat-rimônio Público, encaminhou, na tarde desta sexta-feira, uma outra ação para a suspensão das passagens de ônibus. Nepomuceno aponta irregulari-dades nos cálculos utilizados pela BHTrans para aumentar as tarifas. Segundo o MP, a fórmula para cal-cular o reajuste está prevista no contrato com as empresas de ônibus, porém, ela não foi utilizada de maneira correta. “O contrato prevê o aumento, isso é fato. A fórmula de cálculo se baseia na soma e multiplicação de índices de gastos, como pneu, mão de obra, combustível, e todas as despesas. Pelo que vimos na nota da BHTrans, ela está con-siderando para calcular o índice, os preços desde novembro de 2012. Porém, a fórmula do contrato não permite isso. O contrato per-mite apenas os últimos 12 meses”, comentou Eduardo Nepomuceno.

Greve poderá afetar cartões em CuritibaParaná

Pelo menos 620 funcionários do In-stituto Curitiba Informática (ICI) podem en-trar em greve no próximo dia 15 de janeiro. O instituto é responsável pelos cartões dos ônibus de Curitiba. O problema foi gerado porque os funcionários estão sem receber sa-lários já que a Prefeitura de Curitiba não fez

os repasse. Segundo o ICI, a dívida da prefei-tura com o instituto estaria na casa dos R$ 70 milhões. No final do ano passado, o instituto já havia entrado na Justiça para receber parte dos atrasados, e obteve uma decisão favoráv-el. A liminar obriga a prefeitura a pagar pelo menos o equivalente a uma folha mensal do instituto até a próxima terça feira, dia 13.

• Paraná Online@terra. com.br

A prefeitura diz que vai cumprir a decisão judicial e que pretende pagar o valor antes da terça feira. Na segunda- feira (12), os funcionários farão uma assembleia para discutir a possibilidade de entrar em greve a partir dos dia 15.

(Com informações da Gazeta do Povo)

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Mãe dá queixa da Jundiá naPolícia por elevador quebrado• Diário da Região@terra. com.br Mãe de um garoto cadeirante de 12 anos, Sandra Berto registrou um boletim de ocorrência na polícia para dar queixa contra a empresa de ônibus responsável por fazer o transporte público em Catanduva. Segundo Sandra, toda vez que ela e o menino precisam pegar o ônibus que faz a linha do Jardim Tarraf a plataforma automática destinda a elevar as cadeiras de rodas está quebrada. “Já reclamei várias vezes na empresa. A justificativa é de que a plataforma está com problema, mas nun-ca é resolvido”, diz ela. Nem com o B.O., reg-istrado no último sábado, houve uma solução. Na segunda-feira, o filho precisou novamente ser carregado. A mãe também diz que é desres-peitada quando precisa de ajuda. “O motorista chegou a dizer que estava me fazendo um fa-vor”, disse. Ela também teme por um acidente durante o transporte manual e diz que o garoto se sente constrangido com a situação. “Meu filho pesa 60 quilos e qualquer queda pode trazer graves consequências.” O gerente de custos da Jundiá, con-cessionária responsável pelo serviço, Alceu Silva de Paula afirma que teve conhecimento das dificuldade para o embarque do cadei-rante, mas que o problema no veículo já foi normalizado. “A quebra foi pontual e o carro

foi consertado.” De acordo com o gerente, a frota conta com 23 ônibus e é 100% adaptada para atender pessoas com necessidades especi-ais. “As reclamações não são comuns. Existe frota reserva e todos os veículos têm aces-sibilidade.” Em nota, a a prefeitura também

informou que se trata de fato isolado. “Caso o serviço não funcionasse de forma efetiva, o número de reclamações seria maior.” O Minis-tério Público está com inquérito aberto que apura reclamações contra o serviço prestado pela empresa.

São Paulo

DRAMA • Filho da reclamante embarca em ônibus com elevador quebrado há tempos

Acidente mata dois em Mairiporã Uma batida entre um caminhão e um ônibus matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na noite desta sexta-feira (9) na Fernão Dias, no trecho de Mairiporã, na Grande São Paulo. De acordo com a concessionária que administra a rodovia, o acidente ocorreu por volta das 23h50 na altura do km 56, na pista sentido Belo Horizonte e houve bloqueio total no sentido MG por cerca de 4 horas. De acordo com informações da Polí-cia Rodoviária Federal, o ônibus envolvido no acidente pertence à Viação Santa Cruz e havia saído de São Paulo com destino a Boa Esperança (MG) com 31 passageiros. O mo-torista teria batido na traseira do caminhão, que estaria em baixa velocidade na pista. O condutor do coletivo morreu na hora. Outras três pessoas ficaram presas nas ferragens e uma delas não resistiu.

Segundo o Corpo de Bombeiros, 19 equipes de resgate de cidades da região foram deslocadas para o local para fazer o atendimento às vítimas. Além das mortes reg-istradas, duas pessoas presas nas ferragens tiveram ferimentos graves e outras 20 se feri-ram sem gravidade. As vítimas foram levadas para hospitais de Guarulhos, Atibaia e Bra-gança Paulista. Os demais passageiros foram atendidos no local saíram ilesos. Equipes da concessinária e também

• G1 SP@terra. com.br

da PRF fizeram o bloqueio da pista no local. O tráfego foi bloqueado no sentido Minas Gerais por cerca de quatro horas. O tráfego só foi normalizado por volta das 3h40. A len-tidão máxima foi de quatro quilômetros, do km 56 ao km 60. O caso será encaminhado ao Distrito Policial de Mairiporã e o delegado respon-sável pela ocorrência esteve no local. Ainda segundo a PRF, um representante da empresa acompanhou o atendimento às vítimas.

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M E R C A D O D E Ô N I B U S

CAIO INDUSCARFECHA 2014 COMOLÍDER NO SEGMENTODE URBANOS

• Da Caio Induscar@terra. com.br A Caio Induscar fecha 2014 como líder na produção de urbanos, mesmo num mercado que segundo dados da FABUS, registrou a produção de carrocerias de ônibus cerca de 15% menor em relação a 2013, os dois semestres com números similares. Os principais motivos da queda de produção são a estagnação da economia; in-definições no mercado até as eleições; de-fasagem tarifária em várias cidades do país; depredações de ônibus que desestimularam os investimentos dos empresários; demora na definição das taxas Finame. O mercado interno foi o maior re-

sponsável pela demanda de 2014, com 87% da produção, até novembro, proporcional-mente. Quanto à produção de carrocerias para 2015, espera-se que o mercado apresente os mesmos patamares numéricos de 2014. A tendência para 2015, é o aumento de articulados, e a aplicação de novas tecno-logias embarcadas. A empresa investe continuamente no desenvolvimento de produtos e processos e em 2014, reestilizou o Apache VIP, o ônibus urbano mais vendido do país. O novo modelo foi muito bem aceito pelo mercado, o que é demonstrado pela quantidade de carrocerias comercializadas, aproximadamente 2.000 unidades em 3 meses de lançamento.

A expectativa da Caio Induscar é manter o Apache Vip como o urbano mais vendido, intensificar as vendas dos modelos BRT e aumentar a participação no segmento de Fretamento, com a carroceria Solar. Ainda nesse ano, a fabricante de carrocerias paulista fez investimentos de R$ 30 milhões na nova fábrica em Barra Bonita, com previsão de funcionamento no primeiro trimestre de 2015. Para a Caio Induscar, é fundamental produzir carrocerias que aliem beleza, con-forto, segurança, força e modernidade, aten-dendo ao mercado e às necessidades dos cli-entes. Contribuir para a constante melhora do transporte público, é parte da nossa missão.

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N A S R U A S

CRÔNICA: OS ANTIGOSQUE LIGAM O BRASIL• Adamo Bazani@terra. com.br Após a definição sobre a forma de concessão das linhas interestaduais e inter-nacionais gerenciadas pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, que de-sistiu da licitação por grupos e lotes depois de uma queda de braços com os empresários desde 2008, a expectativa é que a frota de ônibus rodoviários passe por um expressivo processo de renovação. Em quatro anos, dez mil ônibus de viagem, como são popularmente chamados, devem ser substituídos, de acordo com pre-visão do presidente da Fabus – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, José Antonio Fernandes Martins, que também preside o Simefre – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários. A notícia é muito boa, se for con-firmada. Afinal, os passageiros precisam e merecem veículos mais confortáveis, segu-ros, modernos e menos poluentes. Transporte é negócio quem tem sim de dar lucro e prestação de serviço que pre-cisa ser fiscalizada com rigor para que haja qualidade. Mas transporte também não deixa de ser paixão. Amor às vidas que diariamente fazem parte da rotina das empresas. E existem verdadeiras máquinas po-tentes, charmosas e confortáveis que marcar-am milhões e milhões de histórias pessoais e fatos relacionados ao país e às cidades que resistem bravamente ao tempo e continuam ativas, dando um visual nostálgico às rodo-vias e despertando lembranças. São ônibus mais antigos, prestes a ser encostados ou que são usados hoje apenas como carros extras em temporadas de alta de-manda, que embelezam o caminho por onde passam. Numa destas viagens de apaixonado por estradas, me deparei com quatro destas máquinas de unir pessoas. Em Campinas, no interior de São Paulo, a tarde de 26 de dezembro de 2014, logo após o Natal, estava bem quente. A rodoviária movimentada. O vai e vem de pessoas ao longo do dia mostrava que mesmo com o crescimento

do setor aéreo, o ônibus sempre terá destaque no ir e vir do brasileiro. Eis que quase em carreata surgem quatro ícones. Foi algo de emocionar. Não só pela beleza destes ônibus mais antigos, mas pelas lembranças que eles trouxeram. Era como se eu estivesse voltando à adolescên-cia, quando meus pais me acompanhavam nas rodoviárias. Na verdade, até hoje eles se arriscam a matar saudades nos terminais de ônibus. Veículos dos anos de 1990 e do iní-cio dos anos 2000 parece que davam o recado de que se os ônibus hoje atingiram um bom nível de modernidade e segurança, isso foi graças a eles e a milhões de passageiros que confiaram suas vidas e sonhos aos seus ser-viços. O Scania K 113 TL, com carro-ceria Marcopolo Paradiso Geração 5 (hoje estamos na Geração Sete), tinha charmes especiais:o letreiro de lona, indicando seu longo percurso entre Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu, e a pintura antiga e simples, mas muito bela, da Pluma Conforto e Turismo, uma das mais tradicionais empresas de transportes do País. O Expresso de Prata, Scania K 124, JumBuss 400 P, trazia um brilho especial com a destacada pintura da empresa que faz jus ao nome em seu design. Sua fabricante, a Buss-car, deixou de operar no ano passado após um traumático processo de falência. De repente, surgia um modelo que pela configuração do chassi transmitida em detalhes na carroceria, mas também pelo seu ótimo desempenho e força um ar possante, de robustez. Trata-se de um Marcopolo Paradiso 1200 Geração Seis, Volvo B 10M, da Gardê-nia. A grade no para-choque dava a impressão que se tratava de um ônibus sisudo, parrudo, cara de mau, mas sempre disposto a servir, oferecendo conforto e abrigo.

Por fim, nesta carreata da memória em tempo real, surge um mais novinho, mas que tem história e logo pode deixar de operar: um Marcopolo Paradiso 1200 Geração Seis, Mercedes-Benz O 500 RSD. O modelo de três eixos também passa imponência. O exemplar do Viação Cometa remete à época da afirma-ção de grandes grupos empresariais no setor e lembra a compra da Expresso Brasileiro, rival histórica em diversos momentos da memória dos transportes. É lógico que existem pelo País afora ônibus muito mais antigos e emblemáticos que estes cruzando o Brasil não como clan-destinos ou sucateados, mas em boa forma (talvez perfeita forma possa ser um exagero) nas tradicionais empresas. Logo, eles vão se aposentar. E de-vem mesmo, afinal, remetendo ao início do texto, transporte é negócio e o cliente, no caso o passageiro, precisa ser conquistado com o que há de melhor. Conservar um ônibus antigo como acervo também não é fácil e barato. Mas há modelos que merecem o esforço. Se resisti-ram tanto tempo em plena serventia, por que não dar este presente à memória dos trans-portes? Um presente, é necessário destacar, não só para apaixonados pelo setor, mas a to-dos que de alguma maneira podem relembrar de fatos gerais ou pessoais ao verem estas máquinas. Quando cheguei em casa e mostrei as fotos para minha mãe, uma grande apoia-dora deste gosto mas que não entende nada de modelos, a imagem do Pluma foi recompen-sadora: “Nossa filho, eu lembro deste Plu-ma quando a gente ia no Tietê (Terminal Rodoviário do Tietê).” – disse ela, o que deu margem para um final de noite de longa prosa sobre as lembranças da família.

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REVISTAINTERBUSSANDERSON RIBEIRO DE PAULAITAJAÍ TRANSPORTES • CAMPINAS/SP

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• Do Site da Transpo [email protected]

Volvo fecha compra de 45% da chinesa Dongfeng

O Grupo Volvo deu um importante passo para participar do “astronômico” mer-cado chinês de veículos comerciais. Dois anos após a assinatura do acordo de compra de 45% da montadora chinesa Dongfeng Commercial Vehicles Co. Ltd, em janeiro de 2013, a sueca finalmente assumiu o controle da sua parte. A transação girou em torno de 5,6 bilhões de coroas suecas, equivalente a aproximadamente R$ 2 bi, segundo o câmbio

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

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que é o maior do mundo”, diz Olof Persson, presidente da Volvo e CEO. “Ao mesmo tem-po, teremos a oportunidade de nos envolver-mos com a expansão dos negócios interna-cionais da Dongfeng, beneficiando o nosso parceiro chinês”, informa. Apesar do recente acordo, a Dong-feng não está sendo cogitada para ser a se-gunda marca da Volvo no mercado brasileiro. A Renault Trucks, montadora que também pertence ao Grupo Volvo, é a favorita.

de 31/12/14. O processo demandou várias aprovações dos órgãos reguladores, justifi-cando esses dois anos de espera. Com essa operação, a AB Volvo irá se tornar uma das maiores montadoras de caminhões médios e pesados do planeta. “Esta aliança estratégica é um mar-co para a corporação e implica uma mudança fundamental nas oportunidades do Grupo Volvo no mercado de caminhões na China,

• Do Site da Transpo [email protected]

Scania amplia na Suécia Recentemente, a fábrica da Sca-nia em Oskarshamn, na Suécia, foi eq-uipada com uma nova oficina de pintura. O investimento de 400 milhões de coroas suecas (R$ 144 mi) permitirá o aumento da produção de cabines de 60.000 para 80.000 unidades anualmente. A nova oficina utilizará um pro-cesso com revestimento de pó, que é um método com baixo impacto ambiental, já que não são utilizados solventes. Introdu-zido há 20 anos, o método apresenta um desperdício médio de apenas 2% do pó uti-lizado na pintura. A construção da nova oficina de pintura começou em agosto de 2012, bem

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como o alinhamento da máquina e dos pro-cessos iniciados em setembro de 2014. A nova instalação está inserida em um prédio

de cinco andares, que soma 5.000 m2, e in-clui todas as etapas da produção das cabi-nes dos caminhões Scania.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Suécia estreia sistemade ônibus elétricos

A cidade sueca de Södertälje rece-berá o primeiro ônibus elétrico-híbrido do país. Em junho de 2016, a Scania fornecerá os primeiros veículos com essa tecnologia mais sustentável. A montadora está desenvol-vendo uma intensa pesquisa sobre vários ti-pos de tecnologias de eletrificação que pode-riam substituir ou complementar os motores de combustão, que inclui uma tecnologia de recarga sem fio, sendo feita via wireless em es-tações de carregamento nos pontos de ônibus. Agora, a Scania e o Royal Institute of Technology (KTH), de Estocolmo, plane-jam os testes em condições e operação real. A Agência Sueca de Energia irá apoiar o projeto através do investimento de 9,8 milhões de coroas suecas. Nos pontos de carregamento, a bateria poderia ser completamente recar-regada em até sete minutos. “O objetivo principal do teste de campo será avaliar a tecnologia em condições reais. Há um enorme potencial para a mudan-ça dos motores a combustão para os elétricos. O teste de campo em Södertälje é o primeiro passo no sentido de estradas totalmente elet-rificada onde veículos elétricos ocupam ener-gia da superfície da estrada”, diz Nils-Gunnar Vågstedt, chefe de Departamento de Desen-volvimento de Sistema Híbrido da Scania. Em uma cidade como Södertälje, que detém uma frota de 2.000 ônibus urba-nos, a eletrificação dos propulsores poderá

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resultar em uma economia de 50 milhões de litros de combustível anualmente. Dessa

forma, os custos com combustível poderão diminuir em até 90%.

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D E U N A I M P R E N S A

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Emuladores para burlar oArla32 prejudicam veículos Em um workshop realizado em dezembro de 2014, no Rio de Janeiro, sobre o desenvolvimento do mercado do agente Arla 32 – que reduz as emissões de NOx em motores SCR -, executivos do setor, técnicos, pesquisadores, advogados e representantes de entidades de classe, debateram sobre os bene-fícios do produto, que reduz essas emissões em até 98%, bem como sobre os malefícios provocados ao meio ambiente e aos camin-hões por quem anda fraudando o seu funcio-namento. O Arla 32 atua nos catalisadores do sistema de escapamento dos motores, permitindo a redução da emissão de óxidos de nitrogênio. Em reação com os gases de escape dos veículos, o Arla 32 transforma NOx em vapor d’água e nitrogênio, gases inofensivos para a saúde humana. Seu uso é regulamentado pela Resolução 214, emitida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em 28/09/2009. Segundo o engenheiro Tadeu Cor-deiro, do Centro de Pesquisas da Petrobras

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(Cenpes), testes realizados comprovam o au-mento das emissões em quase cinco vezes através da aplicação de emuladores (conheci-

dos como “chips”), que permitem burlar o uso do Arla 32 em busca de uma insensata econo-mia no uso do agente. Representantes do De-partamento Jurídico da Petrobras pontuam que a adulteração do Arla 32 pode gerar advertên-cia e multa para usuários e suspensão das ativi-dades para quem comercializa o produto. Para Elcio Luiz Farah, diretor da Associação dos Fabricantes de Equipamen-tos para Controle de Emissões Veiculares da América Latina (Affevas), o avanço dos ca-sos de adulteração é preocupante e, segundo estudo da entidade, “a partir de abril de 2013, houve um claro descolamento entre as vendas do Arla 32 e do óleo diesel. O Arla 32 des-tina-se à frota de veículos fabricados a par-tir de 2012 para atender a norma ambiental Euro V, criada na União Europeia para limitar a quantidade de emissões veiculares”, expli-cou. “O uso de chips que permitem burlar o uso do Arla 32 equivale a uma regressão de 20 anos em termos de atraso ambiental, pois as emissões de NOx de um caminhão Euro V adulterado para não usar o Arla 32 equivalem às emissões de 4,5 caminhões não adultera-dos”, lamentou.

• Do Site da Transpo [email protected]

Cargill vai na contramão eabre transportadora própria Na contramão de muitas grandes empresas, que estão terceirizando as opera-ções de transportes e logística, a Cargill criou a sua própria transportadora: a Cargill Trans-portes. A nova empresa investiu na formação de uma frota própria para transportar farelo de soja na unidade de rações da BRF, em Uberlândia (MG). “Para a operação com a BRF, a Cargill adquiriu quatro cavalos Scania R 440 6X4 acoplados em rodotrens basculan-tes da Noma. Os conjuntos foram equipados com cobertura automática, desenvolvida pela Cramaro, e com tecnologia de rastreamento e monitoramento da Autotrac”, destacou Mi-chel Roulet, responsável pelo projeto na Car-gill Transportes.

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A Cargill Transportes foi criada para melhorar esses setores da empresa, aprimo-ramento o conhecimento sobre a operação de transporte, identificação de gargalos e oportunidades, principalmente ao focar no fortalecimento do relacionamento direto com caminhoneiros e prestadores de serviço. Ao todo, nove motoristas foram contratados após avaliações em parceria com a Scania em um modelo semelhante ao da metodologia da competição Melhor Motoris-ta de Caminhão do Brasil (MMCB). Os pro-fissionais ainda participaram do treinamento no Programa Caminhão Escola Avançado da Fabet e workshops de segurança. “Com esse investimento, a Cargill pretende oferecer ao seu cliente uma alterna-tiva mais segura e sustentável de transporte.

Os equipamentos maiores e do tipo bascu-lante oferecem melhor controle em relação à segurança alimentar, e aliados à cobertura automática, os riscos operacionais reduzem consideradamente. Já a substituição das carre-tas simples mais antigas por rodotrens novos permite um número menor de deslocamentos, contribuindo para redução na emissão de po-luentes”, afirma Rodrigo Koelle, gerente da Cargill Transportes. “A Cargill, por meio da Cargill Trans-portes, analisa a operação com frota própria há algum tempo e pretende estender a utilização de caminhões de frota própria a outros clien-tes. Acreditamos que esse tipo de transporte traz aumento de eficiência à operação e mel-horias de qualidade, sem acréscimo de custos aos nossos clientes”, conclui Koelle.

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• Do Site da Transpo [email protected]

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Divulgação Volvo

A empresa HP Transportes Coleti-vos, que opera no transporte público de Goiâ-nia (GO), acertou a compra de 70 unidades do chassi OF 1721 da Mercedes-Benz. “Goiâ-nia segue assim as mesmas escolhas feitas recentemente por capitais como Salvador e Vitória, que também optaram pelos produ-tos da nossa marca”, afirma Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Detemos 70% de participação no segmento urbano acima de 8 toneladas, no acumulado de janeiro a novembro de 2014, com presença marcante nos sistemas de trans-porte coletivo de grandes regiões metropoli-

HP Transportes conclui a compra de 70 MB OF-1721

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• Do Site da Transpo [email protected]

Aplicativo DNIT Móvel permiteregistro de ocorrências em BRs O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) lançou o apli-cativo DNIT MÓVEL, ainda exclusivo para o sistema IOS, que roda nos iPhones. Através do app, o usuário poderá comunicar ao órgão federal qualquer interferência nas rodovias federais diretamente, sem a necessidade de passar por um atendimento de telemarketing, por exemplo. O app possibilita que o comunicado seja feito anonimamente, podendo indicar qualquer tipo de ocorrência, tais como ani-mais na pista, deslizamentos, acidentes, entre outras possíveis ocorrências. Entretanto, se o usuário desejar uma resposta do DNIT, de-verá realizar um rápido cadastro. Ao abrir o aplicativo, aparece na tela um mapa com a localização do GPS. Antes de iniciar o processo, uma mensagem de alerta aparecerá na tela: ‘Você é o condutor?’. Em seguida, o programa chama a atenção para que o motorista estacione o veículo: você só poderá informar uma ocorrência se não esti-ver dirigindo. Com essa confirmação, a tela do

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aplicativo disponibiliza um menu, que pode ser em forma de ícones ou de listagem. Basta selecionar os problemas encontrados, fazer um pequeno relato e enviar. Há ainda a pos-siblidade de anexar a foto da ocorrência. “A localização exata é marcada por GPS. Com isso, pode-se mapear os problemas da malha rodoviária federal, atualizando os dados sobre suas condições”, informa Adai-lton Dias, diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT.

Com a precisão da informação, o DNIT poderá agir mais rapidamente com ob-jetivo de sanar a ocorrência, bem como mel-horar a qualidade de suas estatísticas. “Assim, nós poderemos classificar estatisticamente as ocorrências e, tendo a localização exata, acio-nar com rapidez a empresa responsável pela manutenção do trecho”, destaca Dias. Lançado há aproximadamente um mês, a Apple Store já registra mais de 10.000 downloads do dispositivo.

tanas, como BRT e corredores exclusivos”, diz Barbosa. Considerando o mercado acima de 8 toneladas no Brasil, a Mercedes-Benz man-

tém a liderança do segmento, com 11.704 unidades vendidas entre os meses de janeiro a novembro de 2014, o que resulta em aproxi-madamente 50% de participação de mercado.

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R E D E S O C I A LTop 3 do OCD Holding no Facebook

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

SÉRGIO CARVALHOBusscar Urbanuss Ecoss MBB OF-1418- Viação VazPublicada no perfil pessoal do autor

Primeiro, um Viale da Andorinha, por Rogério Guezzi, ao lado um Svelto daItamaracá por José França e por fim um Urbanus, por Anderson Souza Feijó

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O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

1º • Movimento definal de ano

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

A circulação de vários ônibus extras aserviço das empresas detentoras dosdireitos de operação em todo o país foi um dos assuntos mais comentadosnos últimos dias nas redes sociais, como de praxe nesta época do ano. Várias fotosforam publicadas em diversos lugarescom ônibus circulando a serviço ou frotasantigas das empresas donas das linhasque foram parcialmente alugadas paraoutras viações de turismo a fim deatender a crescente demanda destaépoca do ano.

2º • Aumento dastarifas urbanasA onda de reajustes nas tarifas dotransporte público urbano e metropolitanoem todo o país está agitando as redessociais nos últimos dias. Diversoscomentários, a maioria absoluta delescontrários aos reajustes, estão pipocandoa todo o momento e inclusive váriosprotestos já estão sendo marcados paísafora contra esses reajustes.

Primeiro, um Viale da Andorinha, por Rogério Guezzi, ao lado um Svelto daItamaracá por José França e por fim um Urbanus, por Anderson Souza Feijó

Foto da GaleraRELEMBRANDO - QUARTO ENCONTROANUAL DE BUSÓLOGOS DO ESTADODO RIO DE JANEIRO - 26/08/2006

Acima está uma das fotos oficiais do quarto encontro anual de busólogosdo estado do Rio de Janeiro, que costumeiramente reunia colecionadoresadvindos de todas as partes do país. A edição da foto foi realizada no dia26 de agosto de 2006.

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

O BNDES – Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social publicou nesta semana novas regras que deixam o fi-nanciamento de ônibus elétricos e elétricos híbridos com condições mais vantajosas em comparação aos veículos movidos a óleo die-sel. O objetivo principal é estimular a compra dos ônibus menos poluentes cuja operação pode trazer benefícios aos próprios cofres públicos. Isso porque, ao reduzirem os níveis de poluição, os veículos elétricos e elé-tricos híbridos auxiliam também na diminu-ição dos custos com saúde pública relaciona-dos à má qualidade do ar. De acordo com a circular 01/2015 do BNDES, as taxas de juros para os ônibus elétricos e elétricos híbridos são menores e o prazo para o pagamento foi ampliado. Enquanto que para o financiamento de ônibus a diesel comuns as taxas variam entre 9,5% e 10% ao ano, pelo Finame PSI, os juros para aquisição de um ônibus menos

Taxas de juros são menores e prazo para pagamento é superior em relação aos veículos a óleo diesel

BNDES cria condições mais atrativaspara financiamento de ônibus elétricos

poluente varia entre 6,5% e 7%. O prazo para pagamento é de 72 me-ses para os ônibus comuns e de agora de 120 meses para os elétricos ou elétricos híbridos.Isso se deve ao maior tempo de vida útil dos ônibus menos poluentes. Até então, não vale-ria a pena plenamente para o frotista financiar o ônibus e logo aposentá-lo, sendo que ainda há pouco mercado de revenda deste tipo de veículo. A carência para o início dos paga-mentos também é maior para os ônibus elé-tricos e elétricos-híbridos que é de 48 meses. Para os ônibus comuns, este prazo é de seis meses. Os fabricantes do setor comemoram e veem na medida a possibilidade de amplia-ção da frota deste tipo de ônibus no País: “Sem sombra de dúvida, é um grande incentivo à introdução da tecnolo-gia de ônibus elétrico. Os investimentos em ônibus elétricos vão contribuir para enfren-tar os problemas vividos principalmente por

grandes cidades como São Paulo. A capital paulista tem quatro mil mortes por ano por causa da poluição atmosférica. Investimento em ônibus elétrico também é investimento em saúde”, disse em nota a gerente comercial da Eletra, Iêda Maria Alves Oliveira. A Eletra, com sede em São Bernar-do do Campo, no ABC Paulista, atua há mais de 30 anos no mercado fabricando trólebus, ônibus elétrico-híbrido e que testa na região um ônibus articulado totalmente elétrico que depende apenas de bateria para se mover, não usando a fiação aérea como os trólebus tradi-cionais. O veículo é fruto de uma parceria com japonesa Mitsubishi. As regras de financiamento só valem para os veículos fabricados no Brasil. A Volvo, em Curitiba, desde 2012, faz um modelo de ônibus elétrico-híbrido. A chinesa BYD que testa ônibus elétricos movi-dos somente com baterias deve inaugurar a linha de produção neste ano em Campinas, no interior paulista.

ÔNBUS ELÉTRICO • BNDES anunciou nesta semana condições mais atraentes para a compra de veículos de transporte coletivo sobre pneus elétricos ou híbridos. Foto: Adamo Bazani

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Mais um indicador mostra que o ano de 2014, cheio de promessas governa-mentais em relação à mobilidade urbana, mas com poucas realizações, não foi nada bom para a indústria de ônibus no Brasil. Nesta quinta-feira, dia 08 de janeiro de 2015, a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, divulgou o balanço do ano passado em rela-ção a 2013 da indústria automotiva. A produção de chassis de ônibus em 2014 atingiu 32.938 unidades, o que representa uma queda de 17,9% em relação aos 40.111 veículos fabricados em 2013. A Fabus, que é a associação que reúne os fab-ricantes de carrocerias ainda não divulgou o balanço de 2014. Dezembro de 2014 foi um dos pi-ores meses para a indústria de ônibus. No mês, que já é considerado fraco pela indús-tria, foram feitos 604 chassis uma queda de 67,2% em relação às 1.844 unidades de novembro e baixa de 63,3% na comparação com os 1.645 chassis de dezembro do ano passado. As indefinições sobre o PSI – Pro-grama de Sustentação do Crescimento, prin-cipal meio de financiamento para a compra de ônibus, podem explicar o fraco desem-penho em dezembro.

SEGMENTO DE URBANOSÉ O QUE REGISTRAMAIOR QUEDA A queda na produção geral de ôni-bus no Brasil foi puxada pelo segmento de ônibus urbanos. Em 2014, de acordo com a Anfavea, foram produzidos 26.546 veículos desta configuração. O número representa queda de 21,4% na comparação com os 33.759 urbanos feitos em 2013. Além do baixo crescimento econômico como um todo no Brasil, o seg-mento de urbanos enfrentou fatos direta-mente relacionados com a demanda por este tipo de ônibus. O congelamento das tarifas de ôni-bus, em algumas cidades desde 2011, criou um clima de insegurança para a renovação de frota. Alguns sistemas eram subsidiados, mas apenas para garantir as integrações, gratuidades e taxas de retorno previstas em contrato. Em outros sistemas, as prefeituras e governos estaduais não tiveram condições de bancar subsídios. As obras de mobilidade urbana previstas para a Copa do Mundo não se tor-

Pior desempenho foi do segmento de urbanos, que registrou baixa de 21,4% em relação a 2013

Produção de chassisde ônibus cai 17,9% em 2014

naram integralmente realidade, decepciona-ndo a indústria. Sem corredores de ônibus BRT ou expressos comuns, as empresas não tinham motivo para comprar veículos urba-nos com mais categoria e maiores, ideais para estes espaços, e ficarem encostados na garagem. Houve problemas em licitações também. A licitação da Capital Paulista que deveria ocorrer em 2013 e que traria im-pactos para a indústria em 2014, só vai ser realizada em 2015. O certame foi suspenso após as manifestações de junho de 2013. A prefeitura de São Paulo contratou a Ernest & Young para auditar o sistema por R$ 3,8 milhões. A auditoria, concluída em dezem-bro, apontou uma série de defeitos na fiscal-ização por parte da SPTrans, gestora local, na remuneração às empresas e na prestação de serviços das companhias de ônibus. Em sistemas menores, como em Mauá, na Grande São Paulo, as licitações foram pouco competitivas, atraíram os mesmos empresários que já atuavam nas regiões, e realizadas após duvidosas condu-tas do próprio poder público. Em dezembro, o desempenho da produção dos ônibus urbanos foi pior que a média do ano. Baixa de 67% em relação a novembro e de 68,8% em relação a dezem-bro de 2013. Além do segmento de urbanos ter puxado a queda percentualmente, também trouxe impacto negativo à indústria de ôni-bus pelo fato de este tipo de coletivo rep-resentar a maior parte dos ônibus feitos no Brasil

SEGMENTO DE RODOVIÁRIOSPODERIA TER SIDO MELHOR Se o segmento de urbanos foi mal, o de rodoviários ficou praticamente estável, com ligeira alta de 0,6%. Em 2014, a indústria produziu 6.392 ônibus rodoviários ante 6.352 de 2013. O desempenho seria melhor se não fossem as indefinições em relação à con-cessão de quase duas mil linhas de ônibus rodoviárias interestaduais e internacionais pela ANTT – Agência Nacional de Trans-portes Terrestres. Empresas de ônibus e Governo Federal entraram em desacordo em relação ao modelo de concessão e a queda de braço vinha desde 2008. A ANTT queria dividir o sistema em 54 lotes e 18 grupos, além de

calcular o número da frota entre 6 mil e 7 mil ônibus. As empresas não aceitaram o mod-elo e fizeram um embate na mídia e nos tribunais. O governo então decidiu mudar e o modelo será semelhante ao setor aéreo com as concessões por linhas e não mais por regiões.

VENDAS – MARCAS E MODELOS –MERCEDES-BENZ MANTEVELIDERANÇA E VOLVO FOIA ÚNICA A NÃO REGISTRAR QUEDA De acordo com a Anfavea, os licen-ciamentos de ônibus de ônibus em 2014 ti-veram queda de 16,3% frente a 2013. Foram 27.542 ônibus licenciados em 2014 ante 32.918 unidades do ano re-trasado. O número representa a soma de ur-banos e rodoviários. Praticamente todas as grandes montadoras registraram queda em relação ao ano retrasado, com exceção da Volvo. Já a Mercedes-Benz continuou liderando.1º) Mercedes-Benz: 13.079 ônibus – queda de 4,3% em relação a 2013.2º) MAN/Volkswagen Caminhões & Ôni-bus: 6.480 ônibus – queda de 28,2% em relação a 2013.3º) Agrale (considerando os miniônibus Volare/Marcopolo): 4.420 ônibus – queda de 24,2% em relação a 2013.4º) Volvo: 1.706 ônibus – alta de 2,7% em relação a 2013.5º) Scania: 1.063 ônibus – queda de 5,6% em relação a 2013.6º) Iveco (considerando os minionibus City-class) – 731 ônibus – queda de 53,6% em relação a 2013.

EXPORTAÇÕES DE ÔNIBUS Problemas econômicos em outros países, em especial na Argentina, e a cotação do real, também influenciaram nas vendas de ônibus ao mercado exterior. De acordo com a Anfavea, as ex-portações em 2014 caíram 32,4% na compa-ração com 2013. Foram 6.608 ônibus brasileiros en-viados para o exterior em 2014 ante 9.768 unidades de 2013. E mais uma vez o mercado de urbanos decepcionou. A queda das ex-portações de modelos deste segmento foi de 42,5% com 3.813 mil unidades e no segmento de rodoviários foi de 11% com 2.795 veículos.

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A S F O T O S D A S E M A N A

FLÁVIO OLIVEIRAComil Svelto Volksbus 17 230 EOD • Plataforma

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FLÁVIO OLIVEIRAComil Svelto Volksbus 17 230 EOD • Salvador Norte

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RODRIGO GOMESComil Svelto Midi MBB OF-1519 • Fabio’s

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FLÁVIO OLIVEIRAComil Svelto Volvo B270F • Santa Clara

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FLÁVIO OLIVEIRAComil Svelto MBB OF-1721 E5 • Colitur

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O PAESE ineficiente na falta da Linha 10-Turquesa é um reflexo da falta de estrutura do transporte do ABC

O ABC Esquecido Na última segunda-feira, 29 de dezembro, o transporte do ABC amanheceu em caos. As fortes chuvas que ocorreram na noite de domingo para segunda-feira der-rubaram árvores e alagaram a via da Linha 10-Turquesa da CPTM entre São Caetano e Rio Grande da Serra. E, com isso, foi ne-cessária a implantação da operação PAESE (Plano de Ajuda a Empresas em Situação de Emergência). No entanto, a “operação emer-gencial” atenuou em quase nada os problemas de deslocamento para as outras cidades da Grande São Paulo. Não houve ônibus sufici-entes, os intervalos foram enormes e as linhas implantadas não atendiam a todas as estações que foram fechadas por conta da chuva. Sem um Plano de Emergência que, ao menos, aten-uasse a dificuldade de deslocamento, os pas-sageiros dos trens metropolitanos recorreram aos ônibus intermunicipais. Ônibus esses que, em seu dia-a-dia, já operam em um sistema precário, imaginem em um dia de ocorrência emergencial? Esse PAESE apenas refletiu a situação de abandono em que se encontra o transporte intermunicipal da Região do ABC. A chamada área 5 do transporte da Região Metropolitana de São Paulo, gerencia-da pela Empresa Metropolitana de Transporte Urbanos (EMTU), é a que tem o sistema de transporte mais precário da grande São Paulo. A área 5 é formada pelos municípios de Di-adema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Desde 2006 a EMTU tenta licitar essa área mas não há empresas interessadas. Na verdade há: são as empresas que hoje operam emergencialmente as linhas da região. Mas elas simplesmente boicotam a licitação justificando que as condições do edital não atendem as suas necessidades. Dessa forma, a EMTU vai renovando os con-tratos emergenciais indefinidamente, o que acaba prejudicando a evolução do sistema. Sem uma operadora definitiva, não há como fazer planejamento a longo prazo. E sem planejamento, o tempo vai passando e as no-vas necessidades dos passageiros ou têm de ser adaptadas a uma estrutura arcaica ou eles acabam migrando para outros modais. E é isso o que normalmente acontece. Com a migração de usuários para outros sistemas, a demanda de muitas linhas foi caindo e algumas operadoras mudaram o tipo de veículo para se adaptar à nova re-alidade. Ao invés do ônibus convencional, al-gumas empresas passaram a comprar ônibus “Midi” ou “Micrões”. São ônibus comuns em tamanho reduzido ou micro-ônibus alonga-dos. Boa parte da frota mais nova da Mobi-

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

brasil Diadema, que opera em Diadema, e das viações VIPE (Viação Padre Eustáquio) e Tucuruvi, que opera em São Caetano do Sul, é composta por esses tipos de veículo. Além dos “micrões”, há também uma grande quantidade de ônibus antigos, como a Expresso SBC, que ainda mantem veículos com quase vinte anos circulando. Outro exemplo é a viação EAOSA – Em-presa Auto-Ônibus Santo André – que possui vários veículos com idade superior a dez anos de operação – que é a idade máxima para os veículos dos Consórcios que operam nas áreas licitadas. E, por fim, faltam veículos com maior capacidade de carregamento, como ônibus 15m e articulados. Se houver uma reorganização eficiente das linhas da área, é possível a criação de várias linhas onde seria possível a operação com veículos articula-dos. Linhas essas que surgiriam da união das várias linhas defasadas e que atenderiam às necessidades da população. Alternativas – Em uma das últimas tentativas de licitar a área 5, a EMTU cogi-tou dividir a área entre os outros quatro Con-sórcios vencedores das áreas licitadas caso

houvesse novo fracasso da concorrência. No entanto, aparentemente a “ameaça” terminou em esquecimento. Uma alternativa para dar prossegui-mento à operação da área, sem onerar a popu-lação com anos de estagnação do sistema de transporte por ônibus intermunicipal da região, seria o próprio Estado assumir a op-eração. Por mais custoso que seja, é a única maneira do Estado deixar de ser refém dos interesses dos empresários da região. Dessa maneira, poderiam ser feitas todas as alte-rações necessárias e, ao final, privatizar o sistema entregando-o de maneira enxuta à iniciativa privada. A implantação de um sistema de transporte eficiente é importante, inclusive, para operações emergenciais como a da últi-ma segunda-feira. Com operadoras defini-tivas, fica mais fácil organizar operações ex-traordinárias e ter em mãos ferramentas – no caso, os veículos de grande porte – necessári-os para suprir a falta dos trens. Mas para isso o Estado precisa se portar como aquele que delega a concessão. Sua função é atender as necessidades da população e não deixar-se a mercê dos interesses do empresário.

CAOS • Estação Tamanduateí, da Linha 10-Turquesa da CPTM: se a linha para, o usuário fica semalternativa. Ônibus da Expresso SBC, em foto de 2010: ainda está rodando, embora tenha sidofabricado há quase 20 anos.“Micrão” da Tucuruvi: se a demanda cai, diminui-se o tamanho do ônibus

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