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CIDADES SE UNEM PARA REDUZIR EMISSÃO DE POLUENTES LEIA TAMBÉM A VOLTA DOS ROMEU-E-JULIETA NO TRANSPORTE DE MASSA REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 5 • Nº 237 29 de Março de 2015 Veículos acoplados que circulam desconectados na hora de entrepico são cada vez mais usados nos sistemas europeus A VOLTA DOS ROMEU-E-JULIETA NO TRANSPORTE DE MASSA

Revista InterBuss - Edição 237 - 29/03/2015

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 237 - 29/03/2015

CIDADES SE UNEMPARA REDUZIREMISSÃO DEPOLUENTES

LEIA TAMBÉM

A VOLTA DOSROMEU-E-JULIETANO TRANSPORTEDE MASSA

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 237 29 de Março de 2015

Veículos acoplados que circulam desconectados na hora deentrepico são cada vez mais usados nos sistemas europeus

A VOLTA DOSROMEU-E-JULIETANO TRANSPORTEDE MASSA

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Página 17

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Passageirosencontrambaratas emônibus da PenhaVeículo quie saiu de Santa Catarina estava empesteadode baratas. Ônibus seguintetambém estava assim 11

A VOLTA DOS ROMEU-E-JULIETANO TRANSPORTE DE MASSA

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Joinville testao elétrico daBYD pelospróximos 45 diasCidades de médio porte estão nafila para testar o ônibuselétrico chinês 08

Veículos são cada vez mais usados na Europa

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 20

Página 17

ANO 5 • Nº 237 • DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015 • 1ª EDIÇÃO - 14h57 (S)

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

A VOLTA DOS ROMEU-E-JULIETANO TRANSPORTE DE MASSA

PÔSTERMarcopolo Viale BRT 14

Fábio Tanniguchi

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzVídeos históricos com ônibus 26

COLUNISTAS Adamo BazaniA vida de quem usa transporte metropolitano 22

| Deu na Imprensa

Cumminsfechou 2014com faturamentorecordeVolume de produção emsuas unidades, inclusive nabrasileira, bateu recordeshistóricos 18

| Deu na ImprensaFreightlinersurpreende como lançamentodo SupertruckVeículo com design futuristafoi apresentado aomercado semana passada 16

TEST-BUS

Veículos são cada vez mais usados na Europa

HISTÓRIA DO TRANSPORTE26 anos de integração em Curitiba 12

EDITORIALMelhoria depende do passageiro 6

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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REVISTAINTERBUSS Expediente

Na semana passada, uma matéria de televisão mostrou os problemas que o BRT Transoeste, no Rio de Janeiro, enfrenta. A su-perlotação e a quebra constante de veículos seriam as principais dificuldades enfrentadas pelos usuários. Ao final, o prefeito Eduardo Paes disse que houve um subdimensionamen-to da demanda, e por isso que há a lotação ac-ima da capacidade na maior parte das viagens realizadas com partida do Terminal Alvorada, o ponto de integração de todos os BRTs da Cidade Maravilhosa. Como de costume, a matéria não mostrou o comportamento incor-reto dos passageiros, que mais uma vez, pas-saram como vítimas de um sistema suposta-mente já saturado. Existem relatos da falta de educa-ção de parte dos passageiros, que promovem empurra-empurra no embarque e no desem-barque dos passageiros em todas as paradas, sobretudo no ponto inicial e nas estações com maior demanda. Também existe um outro problema, que é a espera em duas filas: uma para todos os passageiros, e outra apenas para quem quer ir sentado.

As matérias da imprensa historica-mente tendem a defender o lado do passage-iro, mesmo que ele aja de forma incorreta. Para a imprensa, a culpa de todas as mazelas do transporte no Brasil é das empresas e de seus funcionários. Notem que quase nunca sai alguma matéria falando sobre algum passage-iros que agrediu ou insultou algum motorista ou cobrador, apesar disso ser muito comum e é algo recorrente. Em muitas cidades várias melhorias estão sendo feitas, apesar de não ser o suficiente para resolver os problemas de forma eficiente, mas essas benesses não gan-ham as páginas dos jornais e nem as telas dos televisores. Mas enfim, independentemente dessa discrepância nas matérias sobre trans-porte coletivo, o BRT Transoeste realmente tem seus problemas e precisam ser solucio-nados o quanto antes, porém não podemos nos esquecer que a mudança de hábito do passageiro é muito importante para garantir o sucesso do corredor. Alguns passageiros reclamam da ex-tinção de diversas linhas de ônibus conven-cional que circulavam no trajeto dos ônibus

A melhoria do transporte depende do passageiro

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial articulados, deixando apenas o BRT como

opção. Em um modal complexo como esse, é natural que o sistema seja a única opção, até porque a retirada de ônibus com itinerários similares é um dos objetivos dos corredores exclusivos. Em um sistema como esse, os veículos de maior capacidade coletam os pas-sageiros que chegam aos pontos de integra-ção através de linhas alimentadoras, ou então distribuem os passageiros nessas paradas para que possam seguir nessas linhas locais menores. Se ainda existissem outras linhas paralelas, a função do sistema estaria total-mente perdida. Para uma melhoria constante dos sistemas de transporte, sobretudo no Brasil, é necessário que os passageiros mudem seus hábitos e estejam abertos às mudanças. O antigo costume de linhas bairro a bairro ou linhas bairro-centro, algo completamente ob-soleto e que não cumprem a sua função, so-bretudo a de ser eficiente, atrapalham muito e fazem com que as pessoas continuem relu-tantes às mudanças. Isso é algo histórico, pois desde a criação das primeiras linhas de ôni-bus, sendo sucessão dos bondes, os trajetos são criados de acordo com demandas popula-res, mas sem organização nenhuma, gerando cada vez mais sobreposições e superlotando o trânsito dos grandes centros. Os usuários do Transoeste merecem melhorias, mas também devem fazer a sua parte.

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• Exame [email protected]

A S E M A N A R E V I S T ADE 22 A 28 DE MARÇO DE 2015

REVISTAINTERBUSS • 29/03/15 07

Fórum do C40 discutemaneiras de comoreduzir a emissão depoluentes no transporte

Cidades se unem pelotransporte mais “limpo”

Divulgação

Destaque

MODELO • Ônibus do sistema BRT Transmilenio, da cidade de Bogotá, capital colombiana: sistema é exemplo para todo o mundo

Nesta sexta-feira (27), prefeitos de algumas das maiores cidades do mundo reuniram-se em Buenos Aires, no Fórum Latino-Americano de Prefeitos do C40, para demonstrar liderança na luta global contra as mudanças climáticas. Durante o encontro, 20 cidades comprometeram-se a usar ônibus urbanos mais limpos e não poluentes. Juntas, essas cidades representam uma frota total de 114.655 ônibus em todo o mundo até 2020. Se todos estes fossem

substituídos por ônibus com emissões zero, a redução de emissões seria equivalente a 1,78 milhão de toneladas anuais. Na lista das cidades latino-america-nas que assinaram a Declaração do C40 de Intenções para Ônibus Urbanos Limpos apa-recem Bogotá, Buenos Aires, Caracas, Cu-ritiba, Cidade do México, Quito, Salvador e Rio de Janeiro. Com a declaração de intenções, as cidades esperam mobilizar fabricantes glo-bais, operadores de transportes públicos, empresas de leasing, bancos multilaterais de desenvolvimento e outras agências de financiamento que apoiem as ambições das cidades em “limpar” o transporte urbano co-letivo. A ideia é superar os custos e a falta de financiamento que servem como bar-

reiras à contratação em massa de ônibus de baixa emissão, atualmente. Pelos cálculos do Prefeito do Méxi-co, Miguel Ángel Mancer, as cidades latino-americanas esperam comprar cerca de seis mil desses ônibus menos poluentes, o que representaria um investimento de dois bil-hões de dólares e uma economia de 65 mil toneladas de dióxido de carbono ao ano. “Cidades latino-americanas são amplamente reconhecidas como líderes mundiais no setor de transporte urbano. E a implementação e promoção de sistemas limpos de transporte de massa nos centros urbanos não só reduz as emissões e melhora a qualidade do ar, mas também tem o po-tencial de melhorar a qualidade de vida e inclusão social, conectando pessoas a opor-tunidades econômicas”, disse Mancer.

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Dois ônibus da Araguaripegam fogo em Uberlândia

A S E M A N A R E V I S T A

INCÊNDIO • Causas dos incêndios dos dois ônibus ainda são desconhecidas

• G1 Triângulo Mineiro@terra. com.br

29/03/15 • REVISTAINTERBUSS08

Minas Gerais

Dois ônibus da Expresso Araguari pegaram fogo na noite desta quinta-feira (26), em Uberlândia. As ocorrências foram regis-tradas nas avenidas Professora Minervina Cândida de Oliveira e Monsenhor Eduardo. Equipes do Corpo de Bombeiro estiveram nos locais para conter as chamas. Ninguém ficou ferido e segundo a empresa de trans-porte, as causas do incidente serão apuradas. O primeiro registro foi na Avenida Professora Minervina Cândida de Oliveira, abaixo do viaduto Virgílio Mineiro. Um ôni-bus intermunicipal que faria a viagem entre Uberlândia e Araguari, com 22 passageiros, pegou fogo. A suspeita é de que tenha ocorrido um curto-circuito. Os passageiros deixaram o veículo e não tiveram ferimentos. O Corpo de Bombeiros conteve as chamas e calçou as ro-das do veículo para que o mesmo não deslo-casse pela via. O trânsito ficou interrompido por aproximadamente 45 minutos no local. Outro veículo chegou para levar os passageiros ao destino. Porém, alguns quilô-metros depois, na Avenida Monsenhor Edu-ardo, sofreu princípio de incêndio. Um furo na bomba de combustível é tido como a pos-sível causa. O motorista Rogério Dias Martins conseguiu conter as chamas com o auxílio de um extintor, evitando mais danos. Uma equipe do Corpo de Bombeiros também es-teve no local. “Eu ia fazer a conversão e olhei no retrovisor, foi quando vi o fogo saindo do ônibus. Então, parei o carro imediatamente, peguei o extintor e conseguimos controlar as chamas”, disse. Após os incidentes, os passageiros aguardavam um terceiro veículo para seguir viagem com destino a Araguari. A dona de casa Marcia Maria, que estava nos dois ôni-bus, disse que quando seguia para Uberlândia o veículo apresentou problemas. “Ô ônibus arrebentou a correia no meio da estrada e tivemos eu parar pela primeira vez. Agora os dois ônibus pegaram fogo e é o terceiro susto que eu passo hoje”, acrescentou.

Esclarecimentos Por nota, a Expresso Araguari in-formou que vão apurar os fatos e que enviou uma equipe para dar apoio aos passageiros e

funcionários e outro ônibus para prosseguir viagem. Mas este também apresentou um princípio de incêndio, o qual ainda está em processo de análise para verificar o motivo. Sobre a estrutura dos veículos, dis-seram que a média de ano do ônibus que pe-gou fogo é 2007/2008 e que toda a frota da

empresa circula de acordo com as normas ex-igidas pelos órgãos de fiscalização. A empre-sa lamentou o ocorrido e lembrou que adota medidas de manutenção corretiva e preven-tiva, além de treinamentos constantes e rig-orosos em pratica de manutenção e elétrica com os motoristas.

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REVISTAINTERBUSS • 29/03/15 09

Ceará

Inaugurados na década de 1990, os sete terminais de integração de ônibus de Fortaleza acompanharam as mudanças da de-manda e a intensificação do trânsito da Capi-tal. Com o tempo, os equipamentos mostram sinais claros de saturação. Atualmente geri-dos pela Prefeitura, por meio da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), há uma proposta em avaliação para que os termi-nais tenham a administração concedida para a iniciativa privada. Segundo nota da Prefeitura, um gru-po de trabalho será formado. A previsão é de que até o final de junho os estudos estejam concluídos e, a depender dos resultados, um edital seja lançado. A gestão argumenta que a parceria permitiria ganhos de eficiência e qualidade nos serviços, além de melhorias das instalações. Outro ponto ressaltado é a possibilidade de realizar obras de ampliação e modernização. As concessionárias poderiam explorar atividades como serviços e comér-cios. Com exceção dos terminais da Lagoa e do Conjunto Ceará - que têm menor demanda - e do Antônio Bezerra - já reforma-do - os outros quatro equipamentos precisam de ampliações para absorver a quantidade de linhas, que cresceu nos últimos anos, diz Raimundo Rodrigues, chefe de Operações da Etufor. A empresa administra a limpeza e ma-nutenção, assim como o aluguel das lojas dos espaços. A segurança é realizada por meio da

Prefeitura estuda privatizaros sete terminais de Fortaleza• O Povo@terra. com.br

CESSÃO • Os terminais seriam repassados à iniciativa privada, que faria melhorias

Londrina estuda dar descontoem passagem no entrepico• Bonde@terra. com.br O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) pretende enviar à Câmara de Vereadores, na próxima semana, um projeto de lei que prevê a criação do programa Cesta de Tarifas em Londrina. Pela iniciativa, o londrinense que andar de ônibus fora dos chamados horários de pico terá direito a um desconto de 10% ou quase R$ 0,30 na tarifa. Atualmente, a pas-

sagem custa R$ 2,95. O projeto está sendo formulado pelo Executivo desde 2013. Na avaliação do pre-feito, a proposta pode aumentar o número de usuários de ônibus em Londrina e, assim, se auto-sustentar e não causar nenhum tipo de custo extra aos cofres públicos. Pelo projeto, terá desconto na tarifa o londrinense que andar de ônibus entre 8h30 e 11h30 e 14h e 17h. Kireeff disse, ainda, que

o projeto não vai diferenciar usuários que usam dinheiro ou cartão para utilizar o ser-viço do transporte coletivo na cidade. O transporte público municipal de Londrina é feito por duas empresas:a a Grande Londrina, do grupo Comporte, e a Londrisul, do grupo Brasil Sul. (com infor-mações do repórter Lúcio Flávio Cruz, da Folha de Londrina, e da redação da Revista InterBuss)

parceria com a Guarda Municipal e a Polícia Militar.

Integração Sá Júnior, gerente de planejamento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiôni-bus), diz que a proposta pode ser positiva. Ele reitera que os terminais são complexos e, com a cessão, a Prefeitura poderia focar os trabal-hos na regulação e fiscalização do transporte. A integração temporal, ampliada com o Bilhete Único, é um ponto a ser avali-

ado no sistema, aponta ele, pois permite que o usuário tenha acesso a diversas linhas sem precisar acessar os terminais. Apesar de ex-istir uma “cultura do terminal” e convergên-cia de linhas e serviços, ele opina que o siste-ma poderia ser redesenhado. A estudante Mayara Sousa Fer-nandes, 19, sempre usa o Terminal do Papicu e opina que a infraestrutura poderia ser am-pliada e melhorada, com mais bancos para a espera e limpeza. Para ela, se o terminal fosse maior, mais veículos poderiam ser disponibi-lizados.

Paraná

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A S E M A N A R E V I S T A

29/03/15 • REVISTAINTERBUSS10

Santa Catarina

Joinville testa ônibus elétricoda BYD pelos próximos 45 dias

NOVIDADE • Veículo elétrico já está em operação na cidade de Joinville

• A Notícia@terra. com.br Muitas pessoas já devem ter perce-bido que desde a segunda-feira um ônibus dife-rente tem circulado pelas ruas de Joinville. O veículo é 100% elétrico, tem ar condicionado, piso baixo e capacidade para 80 assageiros, sendo 22 sentados e 58 em pé. Além de não emitir poluentes e ter baixo nível de ruído, o modelo é mais leve e confortável. O ônibus fará testes durante 45 dias na cidade, trafegando pelas linhas Sul/Centro e Norte/Sul. O custo operacional do ônibus elétri-co pode ser até 75% menor do que um veículo similar movido a diesel, dependendo da opera-ção. As baterias são de fosfato de ferro e ficam no teto do veículo e sobre as caixas de roda, com autonomia para rodar 250 km por carga. Isso permite realizar 30 viagens por dia. A ba-teria deve ser carregada entre quatro e cinco horas, consumindo 324 kWh. Para o casal Valdemiro Huzal e Neusa Xister Huzal, a linha de ônibus elétrico deveria ser implantada de maneira efetiva em Joinville. _ Acho uma boa ideia esse novo mod-elo, pois com certeza há uma economia sig-nificativa de combustível, além da redução da poluição. Esperamos que aumente o número de carros circulando, será muito positivo para a ci-dade_ afirma Valdomiro.

Os testes fazem parte de uma parce-ria da Prefeitura de Joinville e das empresas concessionárias do sistema, Gidion e Transtusa com a empresa chinesa BYD, fabricante do veí-culo. A iniciativa busca ecnologias inovadoras e mais sustentáveis, visando a mobilidade urbana e economia. O motorista Robson Athanazio par-

ticipou de um treinamento para simulação com o veículo. _ Além de ser silencioso, a principal diferença deste ônibus para os outros é o con-forto, pois é climatizado e leve para dirigir _ diz. Antes de Joinville, o ônibus circulou em Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba, também para testes. Modelos semelhantes vêm sendo tes-tados desde 2011 em outras cidades do mundo.

São Paulo

Hortolândia e Monte Mor sem ônibus• G1 Campinas@terra. com.br Os ônibus que atendem os passage-iros de Hortolândia (SP) voltaram a circular pela cidade após uma manhã de paralisação dos funcionários nesta quarta-feira (25). Os veícu-los começaram a sair da garagem por volta das 10h40, segundo empregados da companhia. Eles aceitaram a negociação entre o sindicato e os patrões. Os funcionários reivindicavam o paga-mento do vale-alimentação, que estava arasado, e também a troca do convênio médico. Segundo os empregados, o pagamento pendente foi feito e um dos acordos assinados foi o comprometimen-to da empresa em pagar uma multa caso volte a atrasar o vale. A íntegra da negociação que fez com que a situação fosse normalizada não foi di-vulgada pelo sindicato. A cidade possui 161 ônibus intermu-

nicipais e, de acordo com a Empresa Metropoli-tana de Transportes Urbanos (EMTU), cerca de 30 mil passageiros que dependem dessas linhas foram prejudicados durante a manhã. Outros 32 veículos que fazem o trans-porte urbano no município também não tinham ido para as ruas por conta da manifestação dos funcionários. Monte Mor - Passageiros de Monte

Mor (SP) também enfrentaram transtornos na manhã desta quarta, já que os funcionários da empresa Rápido Luxo permaneceram em greve desde terça (24). Após uma assembleia entre os trabalhadores, representantes do sindicato da cat-egoria e da companhia, eles negociaram a volta ao trabalho às 9h30. De acordo com a EMTU, cerca de cinco mil pessoas foram prejudicadas nesta manhã só em relação às linhas interurbanas.

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Passageiro flagra barata em ônibus da N.S.Penha

SEM HIGIENE • Ônibus da Empresa Nossa Senhora da Penha com baratas

• G1 Santa Catarina@terra. com.br Passageiros de um ônibus interestad-ual que ia de Blumenau, no Vale do Itajaí, para o Rio de Janeiro, enfrentaram uma infestação de baratas durante todo o percurso da viagem, como mostrou o Jornal do Almoço desta quinta-feira (26). “Uma barata subiu pela minha perna. Então vi que o ônibus estava infestado, com baratas não só pelo chão, mas também nas pare-des e cortinas”, conta o ator Ronaldo Daniel, que registrou tudo em vídeo. A viagem, prevista para durar 16 horas, levou quase 23. O grupo trocou de ônibus, mas o prob-lema continuou. “Tivemos que ir até o Rio de Janeiro nessas condições de viagem péssimas”, lembra o cantor Johnny Rodrigues, que também estava no ônibus da viação Nossa Senhora da Penha. “Eu nunca tinha feito esse trajeto até o Rio. Da próxima vez, vou de avião”.

Volta foi pior Segundo Daniel, a volta foi ainda pior – os passageiros trocaram duas vezes de ônibus sem que o problema fosse resolvido. “A em-presa garantiu que seria feita higienização do ônibus. Mas também tinha baratas”, diz o ator. Ele registrou em vídeo a perplexidade de outros passageiros. Daniel diz que a empresa se recusou

a devolver o valor das passagens e orientou que ele acionasse a Justiça. Foi o que ele fez. A re-portagem da RBS procurou a empresa, mas não teve retorno. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por fiscalizar

os ônibus, informou ter encontrado irregulari-dades em 9 ônibus da empresa desde o início do ano, e que registrou 12 infrações, uma delas por falta de higiene. A multa é de quase R$ 3 mil. A ANTT afirmou ainda que que vai reforçar a fiscalização nos ônibus da empresa.

Santa Catarina

Maranhão

Prefeitura de São Luís reajusta tarifa,que passa de R$ 2,40 para R$ 2,80• G1 Maranhão@terra. com.br O secretário municipal de Trânsito e Transportes de São Luís (SMTT) Canindé Barros anunciou aumento de 16% nas tarifas de ônibus, em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (27), na sede da SMTT, na Avenida Daniel de La Touche, na capital maranhense. “Os 16% são para fazer cobertura do aumento do combustível, manutenção dos ônibus, mão-de-obra e justamente para que não houvesse paralisação. Houve aumento em todo o Brasil e, ainda assim, a menor tarifa média ainda é de São Luís”, justificou

Barros. O valor da tarifa cobrada na maioria dos coletivos de São Luís subirá de R$ 2,40 para R$ 2,80, enquanto as mais baratas pas-sarão de R$ 1,90 para R$ 2,20 e R$ 1,60 para R$ 1,90. Os preços começarão a ser aplicados a partir de 0h deste domingo (29). O último aumento no preço das tari-fas de ônibus havia sido anunciado em junho de 2014, após 16 dias de greve dos rodoviários. Na ocasião, o reajuste foi de 23% (R$ 0,30) em todas as tarifas. Foi extinta a “domingueira”, desconto de 50% aos domingos, e ficou acor-dada a compra de 250 ônibus novos. Até o mo-mento, 221 veículos já teriam sido entregues,

segundo a prefeitura.

Reajustes Nessa quinta-feira (26), após duas rodadas de negociações, rodoviários e em-presários entraram em acordo e aceitaram a concessão de reajuste salarial de 8,5% e aquisição de plano odontológico aos trabal-hadores, propostas elaboradas pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA). Na ocasião, o SET havia sinalizado que cogitava aumento de passagem ao anun-ciar que faria reunião para avaliar os custos da medida somado ao aumento no preço do combustível e aumento da frota de ônibus.

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29/03/15 • REVISTAINTERBUSS12

ÔNIBUS DA REGIÃO METROPOLITANA • História do transporte públicobrasileiro de sucesso passa pelaintegração de Curitiba e Região

INTEGRAÇÃOEM CURITIBACOMPLETA26 ANOS• Adamo Bazani@terra. com.br

H I S T Ó R I A D O T R A N S P O R T E

Quando os transportes coletivos são bem geridos e operados, com a par-ticipação conjunta de empresas de ônibus, poder público e população, o desenvolvi-mento social e econômico de uma determi-nada região é quase que uma consequencia natural. É o que revela a história das inte-grações no transporte de Curitiba e região metropolitana. As primeiras cidades que começaram a oferecer um transporte mais organizado, com melhor estrutura e com menor custo de deslocamento sentiram logo nos primeiros meses um crescimento populacional. Foi o que ocorreu com em Fazen-da Rio Grande, distrito de Mandirituba, até sua emancipação em 26 de janeiro de 1990. A região foi a primeira a oferecer transporte com integração tarifária, ser-vindo de modelo para toda estruturação da MRIT – Rede Integrada de Transporte Metropolitano, que por sua vez, inspirou sistemas até mesmo de outros países. Em 1988, o então prefeito de Mandirituba, Geraldo Cartário, decidiu implantar transporte gratuito entre Fazen-da Rio Grande e a capital Curitiba. Na ocasião, duas empresas de ôni-bus faziam o trajeto. No sentido Sul, ao lado direito da rodovia Régis Bittencourt - BR 116, os serviços eram prestados pela Leblon Transporte de Passageiros. No lado esquerdo, o transporte regular ficava a cargo da empresa Reunidas. Os ônibus da prefeitura passaram, no mesmo período, a concorrer com as empresas que já operavam. A demanda de passageiros começou a crescer expressivamente e os

ônibus da prefeitura não davam contam de tanta gente. O poder público municipal não conseguia arcar com a gratuidade e não tinha condições de ampliar a frota de ôni-bus da prefeitura. Após negociações entre o então governador Álvaro Dias, o prefeito de Curitiba, Roberto Requião, e o prefeito Geraldo Cartário, no final de 1988, com o objetivo de beneficiar a população que morava em Fazenda Rio Grande e trabal-hava gerando impostos para a Capital, foi

elaborado um modelo de integração co-nectando pela primeira vez uma cidade da região metropolitana à RIT – Rede Inte-grada de Transporte de Curitiba A Reunidas acabou não fazendo parte deste acordo e passaria à Leblon a incumbência de atender os dois lados da BR 116. A RIT foi idealizada em 1974 pelo prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, e representou um avanço significativo nos transportes e na qualidade de vida dos cidadãos. Foi con-

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cebido um sistema de corredores de ônibus que priorizava o transporte coletivo no es-paço urbano. Há 26 anos, em 12 de março de 1989, entrava em vigor de fato a integração que deu origem ao sistema MRIT – Rede Integrada de Transportes Metropolitanos, com um serviço alimentador municipal de Fazenda Rio Grande complementando a linha integrada metropolitana. Os serviços se tornaram mais ágeis, além de os passageiros contarem com mais opções de linhas internas na

região de Fazenda Rio Grande, favore-cendo o crescimento habitacional, como explica, o diretor-presidente da Leblon Transporte, Haroldo Isaak “Entre 1989 e 1992, houve um boom de crescimento em Fazenda Rio Grande. Várias pessoas se viram atraídas a morar na cidade e consequentemente este processo contribuiu para a emancipação do município. Isso ajudou a economia local, mesmo a cidade tendo a característica de dormitório. A arrecadação aumentou e com mais população, aos poucos a infraestrutura

da cidade ia se aperfeiçoando”. Apesar de a integração ter com-provado que o transporte foi um dos in-dutores do desenvolvimento da região de Fazenda Rio Grande, somente em 1996 é que foi consolidada a integração da região metropolitana com a entrada de novos mu-nicípios. O sistema de integração que hoje é referência nacional em transportes, facili-tando o ir e vir das pessoas, teve origem em Curitiba com os serviços urbanos e em Fa-zenda Rio Grande com os metropolitanos.

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REVISTAINTERBUSSFÁBIO TANNIGUCHICARRIS • PORTO ALEGRE/RS

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Freightliner impressiona mercado com o Supertruck

Certamente, um dos principais de-staques do Mid-America Trucking Show é o protótipo do modelo SuperTruck da Freight-liner, um projeto que demandou US$ 80 milhões em investimentos. Em tempos de tecnologias sustentáveis, o caminhão atingiu 12 milhas por galão. Essa eficiência de 115% superou em 50% as expectativas de consume e ainda alcançou uma eficiência térmica dos freios de 50.2%. O desenvolvimento deste caminhão ocorreu em parceria com o Depar-tamento de Energia dos EUA. A Daimler Trucks da América do Norte obteve um ganho de eficiência ener-gética de 115%, mais que o dobro da meta original. O projeto contempla tecnologias já adotadas pelo modelo Cascadia Evolution, da Freightliner, bem como sistemas protóti-pos para o futuro. O engenheiro Derek Rotz, responsável pelo desenvolvimento do Su-perTruck, confirmou que o departamento de engenharia da Daimler Trucks permanecerá debruçado sobre o projeto, com objetivo de manter o desenvolvimento de tecnologias que

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possam ser adotadas no futuro. “Ao incorpo-rar uma mistura de tecnologias disponíveis com inovações para o futuro, fomos capazes de usar o programa do SuperTruck para dar os primeiros passos e avaliar o que pode ser tecnicamente possível e economicamente viável”, explica Rotz. “Nós ainda temos um longo caminho pela frente para determinar, em última análise, o que será bem sucedido e o que vai alcançar os maiores ganhos de eficiência”, completa. O teste rodoviário ocorreu em uma rota de 443 km, entre as cidades de San An-tonio e Dallas, no Texas, com 29.000 tonela-das de carga e uma velocidade média de 65 milhas por hora (equivalentes a 104km/h). Os testes internos ocorreram em uma avançada câmara climática de laboratório da DTNA, em Detroit, proporcionando temperaturas ex-tremas para cima e para baixo. Uma iniciativa fundamental foi ex-plorar o cavalo mecânico e o reboque como um elemento único, não separado. Durante o desenvolvimento do SuperTruck, os engen-heiros da DTNA investigaram como seria a utilização de diferentes tecnologias: híbridos-

elétricos, sistemas de direção hidráulica e ar condicionado, aerodinâmica ativa, um siste-ma híbrido de longo curso, de recuperação de calor e painéis solares reboque foram alguns dos itens avaliados. Um dos maiores desafios, de acor-do com Rotz, era como aliar a eficiência aerodinâmica ao arrefecimento do propul-sor. Para isso, a grade do SuperTruck possui uma articulação com aberturas que se abrem em baixa velocidade ou sempre que a refrig-eração máxima é necessária. Em velocidades mais altas, como numa viagem, essas aber-turas da grade se fecham para fornecer um front-end mais suave. Outras tecnologias incluem retrovi-sores com câmeras, recuperadores de calor, mudança preditiva de marchas, trem de força integrado e o uso de materiais mais leves. Algumas dessas soluções, como a mudança preditiva das marchas e o trem de força De-troit já estavam disponíveis no Freightliner Cascadia Evolution. Outras, como na recu-peração de calor, e o trem de força híbrido-elétrico, a solução ainda não está economica-mente viável.

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Arriva Holanda irá testar o Bus Train, a inovação da Hess

Mais uma inovação no transporte de passageiros será testada na Holanda. Certamente, você conhece o conceito de um trem em que o vagão puxa o resto da composição, sendo cada unidade com o seu próprio engate. Agora, imagine um ônibus com este conceito. É exatamente o que propõe a empresa suíça Hess, com o mod-elo Bus Train. A empresa Arriva, que opera no transporte público na região oriental da Holanda, irá avaliar o Hess Bus Train de duas formas diferentes. Durante as horas

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de pico do trânsito, o veículo estará com “reboque” de passageiros engatado e, fora destes horários, circulará como ônibus co-mum. Engatado, o ônibus possui 23 metros de comprimento. Trata-se de uma solução interes-sante, sobretudo para as cidades que não operam com o sistema de transporte BRT (Trânsito Rápido de Ônibus, em português). Em uma cidade como São Paulo, por exem-plo, grande parte da frota articulada ou bi-articulada regressa para a garagem fora dos horários de grande movimentação, reduz-indo a sua rentabilidade operacional. Dessa forma, com um ônibus capaz de engatar e

desengatar o “vagão”, o empresário teria o seu veículo em operação por um período maior, aumentando a sua produtividade. Uma vantagem significativa em relação aos modelos articulados é que o Bus Train possui um raio de giro até 50% menor, permitindo manobras mais fáceis e o acesso em vias mais estreitas. O modelo já faz parte do portfólio comercial da Hess e tem atraído o mercado por sua caracter-ística versátil. A fabricante também atua na fabri-cação e comercialização de implementos e adaptação para veículos comerciais leves e automóveis.

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Cummins fecha 2014 com faturamento recorde Maior fabricante independente de motores Diesel, de componentes e de gera-dores de energia do mundo, a Cummins Inc. fechou 2014 com faturamento bruto de US$ 19,2 bilhões, 10,98% superior a 2013, quando chegou a US$ 17,3 bilhões. A em-presa superou em 6,6% o último recorde anotado em 2011, quando contabilizou US$ 18 bilhões em receita bruta. De outra parte, os resultados da América do Sul e do Bra-sil mostraram ligeira queda na venda em dólares. No conjunto dos países sul-ameri-canos, a empresa vendeu cerca de US$ 1,52 bilhão em 2014 contra US$ 1,6 bilhão em 2013, incluindo joint-ventures regionais, cu-jos faturamentos não são consolidados em livros da Cummins. A predominância de motores nessa receita é flagrante, com participação de 46%, seguidos por componentes e distribuição, ambos com 21%, e geração de energia com 12%. Com a recuperação econômica, Estados Unidos e Canadá responderam por 56% do faturamento, seguidos por Ásia 9%, América do Sul e México 8%, Europa e Oriente Mé-dio 15%, China 8%, Índia 3% e África 1%. O Brasil responde por cerca de 60% da par-ticipação da América do Sul. A unidade de negócio de Motores faturou em 2014 US$ 11 bilhões, com oferta de produtos a Diesel e a gás natural que cobrem a faixa de 2.8 litros a 95 litros, com potências de 49 hp a 5.100 hp. Motores leves, médios e pesados (de 2.8 litros a 15 litros) responderam por 62% do faturamento, em quanto 13% vieram de mo-tores de alta potência (de 19 litros a 95 litros) e 25% foram arrecadados por peças e compo-nentes. As unidades de negócio de Com-ponentes e de Distribuição anotaram fatura-mento de US$ 5,1 bilhões e US$ 5,2 bilhões, respectivamente. E a unidade de negócio de Geradores de Energia faturou US$ 2,9 bil-hões. Conforme explicado por Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul e vice-presidente da Cummins Inc., “os valores de cada segmento individual-mente incluem vendas internas, entre uni-dades de negócio, que são posteriormente eliminadas no resultado global consolidado”. A Cummins Inc. investiu em 2014 cerca de US$ 750 milhões em pesquisa e desenvolvi-

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mento e engenharia, o que resultou em 66 no-vos produtos lançados em 2014, mais de 60 patentes concedidas e ao redor de 200 proje-tos com patentes iniciadas. América do Sul e Brasil – A Cum-mins Brasil considera esta queda como pequena e o resultado ótimo, perante a crise econômica em vários países e, sobretudo, pe-rante a forte desvalorização das moedas no continente. Segundo Pasquotto, “a estratégia da empresa de investir em novos segmentos e aumentar o foco em países vizinhos mitigou muito o impacto negativo de vários segmen-tos de negócios no Brasil.” Nesse contexto, o Brasil respondeu por 53%, seguido por Chile 23%, Argentina 8%, Peru 7%, Colômbia 6% e outros 3%. Os resultados por segmentos, na América do Sul, mostram que coube à unidade de negócio de Motores a participação de 41%, Distribuição 31%, Componentes e Geração de Energia, ambas com 14%. A participação brasileira na re-ceita bruta da América do Sul caiu de 59% em 2013 para 53%, diante da desaceleração econômica e da desvalorização do real. Por outro lado, cresceu a participação na Argen-tina, que movimentou o setor de óleo e gás a partir do xisto, e no Chile, com o setor de ser-viços de motores para o setor de mineração. Além disso, tanto na América do Sul como no

Brasil cresceu a participação da Cummins no aftermarket. Em relação ao volume de produção de motores destinados a todos os segmentos da empresa, incluindo agricultura, ônibus, construção civil, geração de energia, marí-timo e caminhões, a Cummins no Brasil pro-duziu – em 2014 – 54.101 unidades, queda de 22,4% ante o total de 69.722 motores fabricados em 2013. Mas a Cummins con-seguiu manter sua liderança com 28% de par-ticipação na produção de motores Diesel para caminhões acima de 3,5 toneladas no País. No mercado de ônibus, na produção a Cum-mins alcançou 13% de participação no Brasil com mais de 5.200 unidades produzidas. “A demanda crescente por energia eficiente e mais limpa, a globalização, as tendências das legislações ambientais e a vol-ta dos investimentos em infraestrutura, que mais cedo ou mais tarde voltarão, nos ani-mam. Na área de motores, nossos investimen-tos na produção local de modelos da Série ISF serão mantidos, assim como na renova-ção de nossas plantas industriais, na melhoria de produtividade, qualidade e na estratégia de redução de custos”, analisa Pasquotto, “para tanto estamos investindo U$ 48 milhões este ano, com o objetivo de nos mantermos líderes em tecnologia e ter sucesso nas parcerias com os clientes”.

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Chinesa BYD testará seu ônibus elétrico na Suécia A região da Escandinávia, especial-mente a Suécia, é referência mundial em tudo o que se refere ao mundo dos transportes, seja pelos excelentes produtos e suas novas tec-nologias ou seja pelos diferentes projetos de mobilidade. Por isso, a entrada da fabricante chinesa de ônibus elétricos, BYD, ganha grande importância para a companhia. Afinal, quem não quer estar em um mercado que é referência internacional e, com isso, projetar a sua marca em importantes iniciativas? O ingresso da BYD na Suécia inclui dois ônibus que operam na cidade de Eskils-tuna, a cerca de 100 km do aeroporto de Es-tocolmo. Os veículos entrarão em operação somente a partir de novembro de 2015 pela empresa Transdev. Isso, porque os ônibus precisarão receber adaptações para circular em condições climáticas tão adversas, como o rigoroso inverno escandinavo. Atualmente, a BYD possui os seus ônibus elétricos sendo testados em 42 ci-

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Etihad mostra o Velozez e Furiosos A companhia aérea Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos, e a Universal Pictures, lançaram o avião de passageiros de luxo Velozes e Furiosos 777, no Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX). O ator e produtor Vin Diesel estava presente quando o voo 171 da Etihad Airways chegou de Abu Dhabi para dar início à viagem promocional de estreia global do filme Velozes e Furiosos 7, que estreará nos cinemas em 03 de abril. O adesivo do Velozes e Furiosos permanecerá na aeronave ao longo dos próximos quatro a seis meses. Pela primeira vez na franquia, o Velozes e Furiosos 777 voará na rota direta entre Abu Dhabi e Los Angeles, que a Eti-had Airways inaugurou em junho de 2014. A companhia aérea também é patrocinadora da estreia mundial de Velozes e Furiosos 7, que acontece em Los Angeles, no dia 1º de Abril. A cidade de Abu Dhabi foi cenário para cenas importantes do novo filme de ação durante duas semanas, em abril de 2014. A

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equipe filmou em áreas fora de Abu Dhabi, no deserto de Liwa, bem como no centro da cidade, em locais como a Grande Mesquita Sheikh Zayed, o Emirates Palace Hotel, o cir-cuito de corrida de fórmula 1 Yas Marina e as Torres Etihad. “A Etihad Airways é uma das com-panhias aéreas que mais crescem no mundo, com uma história forte de cultura e inovação e um compromisso para reinventar a experiên-cia de viagem para os nossos passageiros”,

disse Peter Baumgartner, diretor Comercial da Etihad Airways. “Temos o prazer de trab-alhar em conjunto com a Universal, uma or-ganização que compartilha o mesmo espírito de inovação e reinvenção quando se trata do mundo do entretenimento, para lançar a nossa aeronave Boeing 777 com adesivos de apoio à franquia Velozes e Furiosos, e ao Velozes e Furiosos 7, que estreia no próximo mês e dá destaque à Abu Dhabi, sede de nossa com-panhia aérea”, completou.

dades europeias. Nos testes, tem se destaca-do pela redução nos custos operacionais, se considerarmos a disparidade entre os custos

da energia elétrica em relação ao diesel, além de não emitir poluentes em sua opera-ção.

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R E D E S O C I A LTop 3 do OCD Holding no Facebook - Rodrigo Gomes

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

EDUARDO FELIPECaio Apache Vip MBB OF-1721 - UrubupungáPublicada no perfil pessoal do autor

Nesta semana selecionamos três fotos de um dos maiores colecionadores do Rio de Janeiro e do país. Um dos administradores do OCD Holding, Rodrigo Gomes publicou algumas fotos de seu acervo no grupo do Facebook. Aprimeira foto é um Torino LN, a segunda é um Torino 2007 e a terceira foto é de um Busscar Urbanuss Pluss articulado da Borborema, feita na região metropolitana de Recife e bastante caçado pelos colecionadores por suaconfiguração diferenciada. Parabéns pelo excelente acervo!

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O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

1º • Acidente aéreonos alpes franceses

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

A tragédia com um avião que caiu nosalpes franceses e matou todos os seus150 ocupantes foi, absolutamente, oassunto mais comentado nas redessociais e nos sites especializados nasemana passada. As causas do acidente,os problemas relacionados à aviaçãocivil, sobretudo no Brasil e todos osassuntos correlacionados receberamopiniões favoráveis e contrárias emdiversas partes da rede. As notícias sobreas investigações do acidente tambémpovoaram as redes na semana passada.

2º • Falecimentode colecionadorA morte do colecionador gaúcho RenanBortolanza, em um desastre aéreo noMaranhão, semana passada, tambémfoi bastante comentado nas redessociais, fóruns e sites especializados.Ao lado, está a nota acerca doacontecimento, juntamente comuma foto do colecionador. Aos familiares,nossas condolências.

Nesta semana selecionamos três fotos de um dos maiores colecionadores do Rio de Janeiro e do país. Um dos administradores do OCD Holding, Rodrigo Gomes publicou algumas fotos de seu acervo no grupo do Facebook. Aprimeira foto é um Torino LN, a segunda é um Torino 2007 e a terceira foto é de um Busscar Urbanuss Pluss articulado da Borborema, feita na região metropolitana de Recife e bastante caçado pelos colecionadores por suaconfiguração diferenciada. Parabéns pelo excelente acervo!

Foto da GaleraNOTA DE FALECIMENTO

Faleceu na semana passada o aeroviário Renan Bortolanza, natural de SãoBorja, aos 25 anos. Apesar do ofício aéreo, Renan foi por muito tempocolecionador do setor de ônibus. Aos familiares e amigos, nossos pêsames.

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Existe um aspecto na cultura política brasileira, fomentado ao longo de anos e promes-sas, que precisa ser mudado, caso contrário, mil-hões de cidadãos em todo o território nacional continuarão sofrendo e perdendo horas preciosas de suas vidas em longos deslocamentos: o trans-porte no País ainda é visto como algo essencial-mente da “prefeitura”, da cidade. Isso ajuda explicar em parte porque, de uma maneira geral e com exceções, os transportes metropolitanos são ainda os que mais necessitam de evolução, melhorias e investimentos. É fato que a partir do “fenômeno da Copa do Mundo”, que em relação à mobilidade trouxe muito mais avanços conceituais do que avanços práticos, a forma de encarar a responsabi-lização sobre os transportes passa por gradativas alterações, inclusive com o Governo Federal se envolvendo diretamente na mobilidade urbana, algo que há uma década era praticamente impen-sável. Mas ainda há muito que se avançar sobre o comprometimento do poder público em relação ao transporte metropolitano. A população também precisa avançar em saber sobre de quem se deve cobrar. O Brasil encara o transporte como sendo algo só da cidade e os estados, responsáveis pelas ligações intermunicipais, continuam numa postura que ainda beira a omissão. Como os governantes são movidos à popularidade política, é natural ver os administradores municipais mais presentes nas questões relativas à mobilidade urbana. Quem usa sistema metroferroviário ou ônibus metropolita-nos diariamente sente-se, na prática, abandonado. Além de ter de enfrentar distâncias maiores, justamente por causa da localização das cidades ao entorno das capitais, os serviços são in-satisfatórios diante da demanda dos passageiros. Claro que generalizar é um erro, já que há sistemas metropolitanos que são exemplares, mas, de uma maneira geral, eles necessitam de maior atenção do poder público. A qualidade de muitos destes serviços metropolitanos é resultado de uma fiscaliza-ção pouco profissional e até mesmo da falta de regulação por parte dos governos estaduais. Isso provém, muitas vezes, da ausência de comprome-timento destes administradores para com os trans-portes entre as cidades. Mais uma vez, a natureza da relação política que envolve o setor de trans-portes fica evidente. De maneira geral, o prefeito e o vereador estão mais próximos da população que os governadores e deputados estaduais e acabam sendo mais cobrados. A evidência da necessidade de maior comprometimento dos governos estaduais não está apenas na falta de regulação e fiscalização, mas de investimentos mesmo. Um exemplo é o Estado de São Paulo.

A vida difícil de quem dependede transporte metropolitano no Brasil

A região metropolitana de São Paulo é formada por 39 municípios e, de acordo com estimativa da Seade - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, de 2014, possui mais de 20 milhões e 200 mil habitantes. Boa parte desta população ap-enas reside nos municípios vizinhos e se desloca diariamente para a capital, onde estão as melhores oportunidades de emprego e de educação. O ideal é que todos os municípios ofer-eçam renda e possibilidade de crescimento perto da casa do cidadão, evitando longos e cansativos deslocamentos. Mas isso envolve uma série de setores e mudanças estruturais econômicas que não se dão em curto ou médio prazo. Assim, a região metropolitana de São Paulo necessita para oferecer dignidade aos contri-buintes de uma malha de transportes intermunici-pais que atenda às necessidades de ir e vir diante a realidade econômica da região. Mas na prática, o que ocorre? O metrô do estado de São Paulo é formado apenas por “linhas municipais”. As seis linhas da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos atendem uma parcela significativa da região, mas o sistema carece e muito de mod-ernização e nitidamente não suporta a atual de-manda. Corredores de ônibus de alta velocidade – BRTs são soluções ideais para demandas mé-dias e ligações pontuais, o que resolveria o prob-lema de muita gente que se desloca para a capital. Mas quantos BRTs metropolitanos existem em São Paulo? O sistema do Corredor Metropolitano ABD, o mais antigo em funcionamento, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, ao Jabaquara, na zona Sul, passando por municípios do ABC tem alta aprovação por parte dos passage-iros, apesar de necessitar de modernização. É um exemplo de que com investimentos dentro da re-alidade econômica das cidades e do estado pode-se garantir mais agilidade e comodidade para os passageiros. Na região metropolitana de Curitiba, cujo sistema é considerado modelo operacional até para outros países, apesar também de neces-sitar de modernização, a expectativa é para que a Linha Verde, formada por corredores de ônibus, se torne metropolitana de fato avançando para a cidade vizinha de Fazenda Rio Grande. A cidade do Rio de Janeiro tem sistemas de BRT que, mes-mo com as críticas que recebem, melhoraram os deslocamentos e comprovadamente diminuíram o tempo de viagem, como o Transoeste e o Trans-carioca. Mas o Estado necessita de linhas metro-viárias com maior eficiência e BRTs que ligam a capital fluminense às cidades vizinhas. Quem mora no centro do poder e pre-cisa de transporte metropolitano/intermunicipal/suburbano também sofre. Os serviços de ônibus do entorno do Distrito Federal são alvos de muitas

críticas, e com razão, por parte dos passageiros. A necessidade de haver uma mudança cultural sobre os transportes metropolitanos pode ser constatada na lei 12.587, de 3 de janeiro de 2012, assinada pela presidente Dilma Rousseff, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, ou simplesmente conhecida como “Lei da Mobilidade Urbana”. São poucas as referências sobre os transportes metropolitanos, apesar de haver, o que abre algumas brechas de responsabilidade para os estados. Mesmo assim, se estas diretrizes fossem seguidas de fato já haveria melhorias. O capítulo 17, do artigo IV (das atribuições) deixa bem claro o papel das secretarias metropolitanas e dos gover-nadores, prevendo a necessidade de atendimento de transportes com integração entre as cidades conturbadas (quando uma se emenda na outra cri-ando uma interdependência territorial, econômica e social):“I - prestar, diretamente ou por delegação ou gestão associada, os serviços de transporte público coletivo intermunicipais de caráter urbano, em conformidade com o § 1º do art. 25 da Constitu-ição Federal;II - propor política tributária específica e de incen-tivos para a implantação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; eIII - garantir o apoio e promover a integração dos serviços nas áreas que ultrapassem os limites de um Município, em conformidade com o § 3º do art. 25 da Constituição Federal.Parágrafo único. Os Estados poderão delegar aos Municípios a organização e a prestação dos ser-viços de transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano, desde que constituído consórcio público ou convênio de cooperação para tal fim.” Já não é nada fácil morar longe do trabal-ho e da escola ou faculdade. Percorrer diariamente 20 quilômetros, 30 quilômetros até 40 quilômet-ros de distância num único sentido de viagem não é opção, mas a única alternativa para milhões de brasileiros. E muitos destes milhões literalmente desperdiçam precioso tempo de descanso, com a família ou que poderia ser direcionado aos estu-dos não simplesmente por causa da distância, mas pelo fato de as ligações metropolitanas não rece-berem a atenção que merecem. Em resumo, pelos transportes metropolitanos não serem bons. As cidades não são ilhas e as políticas de transportes devem pensar em integrações, de-ixando de lado partidarismos políticos. E isso vale também para os prefeitos. É necessário estruturar o transporte municipal oferecendo condições para que os passageiros da cidade continuem sua via-gem no sistema municipal vizinho ou num metro-politano. Essa exigência deve estar na agenda de toda a sociedade.

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A pesquisa anual Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM), edição 2014, divulgada nesta quinta-feira, mostra que a mobilidade ur-bana ainda está entre os aspectos que mais geram insatisfação do paulistano. De 25 segmentos analisados pelos entrevistados, transporte/trânsito ocupa a 21ª posição, ficando atrás apenas dos indicadores de transparência e participação política, se-gurança, desigualdade social e acessibili-dade para pessoas com deficiência. Apesar de a insatisfação ser grande, houve uma melhoria em relação a 2013. Na edição de 2014, a nota para a mobilidade urbana foi de 4,1. Na pesquisa anterior, o indicador recebeu nota de 3,9. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014. Foram ouvidos 1.512 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais. O levantamento é realizado anu-almente pelo IBOPE Inteligência a pedido da Federação do Comércio de Bens, Ser-viços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Rede Nossa São Paulo. De acordo com nota à imprensa da Fecomércio, o aumento no número de ciclovias na cidade melhorou a percep-ção dos paulistanos. A maioria, 68%, se descola de ônibus diariamente. A avalia-ção sobre os serviços de ônibus também registrou pequena melhora. A população está mais consciente da importância do transporte público receber prioridade no espalho urbano com equipamentos como corredores de ônibus. Confira parte da nota da Fecomércio: “De acordo com a pesquisa, 68% dos entrevistados utilizam o ônibus como meio de transporte diário. Entre os usuári-

Paulistano quer mais prioridade ao transportecoletivo, aponta pesquisa da Rede Nossa São Paulo

os paulistanos, o tempo médio de espera nos pontos cai de 25 minutos em 2013 para 20 minutos em 2014 e a nota atribuída a esse item (tempo de espera nos pontos) sobe de 3,9 na pesquisa anterior para 4,4 no levantamento atual. Outros dois aspectos também apresentam avanços na nota dada pela população: tempo de deslocamento na cidade (de 3,7 para 4,1) e a quantidade de ciclovias na cidade (de 4,2 para 4,6). Além desses três quesitos, outros nove foram avaliados: tamanho da rede do Metrô, pri-oridade ao transporte coletivo no sistema viário, restrição aos fretados, pontualidade dos ônibus, tarifas do transporte público,

soluções para diminuir o trânsito, respeito ao pedestre, qualidade das calçadas e se-gurança no trânsito. Embora todas as notas estejam abaixo da média, dez dos 12 itens apresentam percepção mais positiva quan-do comparada ao levantamento anterior. Apenas a prioridade ao transporte cole-tivo no sistema viário obtém nota inferior a 2013, enquanto a avaliação do tamanho da rede do Metrô não apresenta mudança. O segmento de transporte/trânsito obtém 44% de notas entre nove e 10 em relação à importância do fator para a qualidade de vida na cidade, tendo a terceira maior mé-dia.”

ÔNIBUS EM SÃO PAULO • Pesquisa Ibope/Rede Nossa São Paulo/Fecomércio mostra que os transportes e trânsito ainda desagradam o paulistano. Cidadão está mais consciente da necessidade de mais espaço para o transporte público. Avaliação dos ônibus tem pequena melhora.

Avaliação sobre ônibus teve pequena melhora. Mais ciclovias na cidade elevarama nota sobre a necessidade de se investir em transporte não motorizado

TCE condena contratação da VIDA em CotiaSegundo conselheiros, prefeitura argumento da prefeitura para dispensa de licitação não se sustentam

O Conselho da Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo considerou irregular a contratação pela pre-feitura de Cotia, na região metropolitana, da empresa Vida – Viação Danúbio Azul sem licitação e em caráter emergencial. De acordo com voto do consel-heiro Renato Martins Costa, a prefeitura de Cotia não apresentou justificativas e es-clarecimentos para este tipo de contratação,

celebrada em 02 de junho de 2009. Pelo entendimento dos consel-heiros, a Constituição Federal obriga a contratação de empresas privadas para prestação de serviços públicos, como é o caso dos transportes coletivos de passage-iros, por meio de licitação ou concorrência que assegure a competitividade entre em-presas. De acordo com o voto do consel-

heiro, esta prática da prefeitura de Cotia continuou sendo tomada, descaracterizando assim a situação de emergência informada pelo poder público municipal: “- fragilidade das justificativas que ampararam a dispensa licitatória, acen-tuando que a medida tornou-se prática re-iterada pela Administração Municipal, o que descaracteriza a situação emergencial alegada”.

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A S F O T O S D A S E M A N A

FELIPE SISLEYMascarello Gran Via Midi Volksbus 15 190 OD • Barreto

FELIPE SISLEYMascarello Gran Via Midi Volksbus 15 190 OD • Barreto

FELIPE SISLEYMascarello Gran Via Midi Volksbus 15 190 OD • Barreto

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FELIPE SISLEYMarcopolo Torino MBB OF-1519 • Fagundes

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OCD Holding • www.ocdholding.com

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI!Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

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Page 26: Revista InterBuss - Edição 237 - 29/03/2015

29/03/15 • REVISTAINTERBUSS26

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Mais vídeos nostálgicos da capital paulista Uma coisa que temos que agradecer muito na Internet é o resgate de lembran-ças antigas do passado, através de imagens e vídeos sem precisarmos ir a uma simples biblioteca. E além disso, a cada vez aparecem mais acervos de jornais e revistas, disponibi-lizadas para qualquer internauta. A cada período, novos vídeos antigos do cotidiano das cidades, registrados antes dos anos 1990, aparecem na Internet. E isso traz muita nostalgia aos queridos entusiastas. Desde novembro passado, o canal “Emplasa Empresa”, da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A, ligado ao Governo do Estado de São Paulo, divulgou em vídeo alguns documentários produzidos pela TV Cultura, GloboTec e independentes que retratam com clareza como era o trans-porte na capital paulista. Escolhi quatro vídeos da Emplasa para vocês assistirem, fazendo com que vocês voltem realmente aos anos 70:

Ônibus (1973) Um noticiário em preto e branco da TV Cultura mostra a viagem de um ônibus su-perlotado da TUSA entre Brasilândia e Pom-péia, com depoimentos de passageiros.

Praça da Sé (1976) Este vídeo mostra o marco zero de São Paulo retratado no ano de 1975, focando na introdução do filme imagens de ônibus da época, retratando seus itinerários. Um detalhe é que foi filmado semanas antes da proibição de linhas diametrais que não pertenciam à CMTC.

Paulista ano 88 (1979) Episódio do programa Metrópolis da TV Cultura. Acostumados a curtir a Av. Pau-lista nos dias atuais, que tal ver como era em 1979? O documentário explica a arquitetura e o espaço urbano da avenida mais famosa da cidade, incluindo ônibus da Viação Nossa Senhora do Socorro e um Caio Jaraguá da Vi-ação Paratodos passando na frente do prédio da Fiesp.

Transporte (1979) Neste vídeo, mostra também a alter-nativa de outros combustíveis não derivados do petróleo, como o álcool aditivado utilizado em um O-364 rodoviário da Viação Urubu-pungá. E também o crescimento da utilização da ferrovia, mostrando-se alternativas não poluentes. Lembrando que na época, o óleo Diesel estava muito mais caro. O foco foi a operação de um dos primeiros corredores exclusivos de ônibus

ÔNIBUS • Do filme “Praça da Sé, 1976”de São Paulo: o Paes de Barros, inaugurado em 7 de abril de 1980. Detalha também a integração com outras linhas e mostra como exemplo uma passageira pegando um ônibus

da Coopernove, desconhecido na Internet até então. Desejo a todos uma boa viagem e divirtam-se com os vídeos!

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