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CASSADAS, EMPRESAS ALEGAM PERSEGUIÇÃO EM PORTO VELHO interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 5 6 | 9 D E A G O S T O D E 2 0 1 5 Prefeitura cassou empresas locais alegando falta de condição de operação. Viações negam METRA TESTA NOVO COMBUSTÍVEL NO ABD CARRIS DEMITE 5 QUE BLOQUEARAM GARAGEM CASSADAS, EMPRESAS ALEGAM PERSEGUIÇÃO EM PORTO VELHO Prefeitura cassou empresas locais alegando falta de condição de operação. Viações negam

Revista InterBuss - Edição 256 - 09/08/2015

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Edição com 32 páginas • Concluída às 15h37 (08/08) Destaques: • Porto Velho tem briga entre empresas e prefeitura • Campinas tem protesto contra Uber, que nem chegou à cidade ainda • Carris demite 5 que bloquearam saída da garagem

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CASSADAS,EMPRESAS ALEGAMPERSEGUIÇÃO EMPORTO VELHO

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 5 6 | 9 D E A G O S T O D E 2 0 1 5

Prefeitura cassou empresas locais alegandofalta de condição de operação. Viações negam

METRA TESTA NOVO COMBUSTÍVEL NO ABD

CARRIS DEMITE 5 QUE BLOQUEARAM GARAGEM

CASSADAS,EMPRESAS ALEGAMPERSEGUIÇÃO EMPORTO VELHO

Prefeitura cassou empresas locais alegandofalta de condição de operação. Viações negam

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

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NESTA EDIÇÃO

22 ÔNIBUS DE CAMPINASA manifestação errada dos táxis

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

14 ADAMO BAZANIColunistas | Número de ônibus incendiados explode

6 NOSSA OPINIÃOA falta de transparência nas licitações

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

16 PÔSTERMarcopolo Viaggio G7, por Fábio Tanniguchi

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

28 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

TODA SEMANA

Perseguição a viações em P. Velho

Empresas foram cassadas e agora se dizem perseguidas pelo prefeito local

24 GEORGE ANDRÉ SAVYColunistas | A falta de estudos técnicos em transporte

30 MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | Os primeiros piso baixo central

ANO 6 | Nº 256 | DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 15h37 (S)EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

ÔNIBUS DE CAMPINASA manifestação errada dos táxis

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Perseguição a viações em P. Velho

Empresas foram cassadas e agora se dizem perseguidas pelo prefeito local 09

Prefeitura, pra variar, se posiciona eleitoralmente

Taxistas protestam contra oUber, que nem chegou ainda

ÔNIBUS DE CAMPINAS

22

Empresa estava suspensa da licitação local

Justiça autoriza empresaColetivos a rodar em Caruaru

TODA SEMANA

08

Alegação é de que haveria sobrepreço milionário

TCM suspende de novolicitação para corredor em SP

TODA SEMANA

10

Ações estão sendo feitas para coibir esse vandalismo

Aumenta casos de incêndioa ônibus em um ano e meio

NOSSO TRANSPORTE

15

Parceria é da montadora com a Ticket

Mercedes-Benz lança cartãopara facilitar compra de peça

DEU NA IMPRENSA

19

GEORGE ANDRÉ SAVYColunistas | A falta de estudos técnicos em transporte

MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | Os primeiros piso baixo central

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOFelipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos en-viadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte na-cional, sempre para trazer tudo para você em primei-ra mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Por-tal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integran-tes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidam-ente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que dis-ser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em con-tato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

O transporte público em cidades pequenas e médias no Brasil encontra-se em situação bastante peculiar, divergindo dos sistemas com-plexos em localidades consideradas grandes, onde também não há uma melhora considerável, apesar dos investimentos que acontecem. A grande maioria das empresas que ainda operam nas cidades menores pertencem à oligarquias que estão no ramo há muitos anos, algumas delas com mais de cinquenta anos de serviços prestados, mesmo com vários prefeitos tendo passado pelo comando local. Há ainda casos em que a própria família do prefeito é quem comanda o transporte local, sem risco de haver uma troca. O problema é quando há uma licitação e as mesmas empresas vencem, já que são usadas cláusulas que impedem outras viações de entrarem no local, ou quando quem entra são grandes grupos que já operam em outras cidades, fazendo com que a cidade fique refém de viações sem qualquer qualidade operacional, fazendo com que tudo funcione no mais baixo custo possível, mesmo que a operação fique prejudicada para que esse objetivo seja atingido. A transparência nas licitações para transporte público quase nunca existe, fazendo com que tudo fique como está, sobretudo nas cidades meno-res. Os orgãos de imprensa locais acabam sendo de chapa branca ou não têm a força suficiente necessária para levar em frente denúncias de irregular-idades que quase sempre aparecem, mas acabam não dando em nada. A lei de licitações não tem o efeito que deveria ter, pois o objetivo era justamente levar maior transparência às contratações de serviços públicos, onde se enquadra o transporte coletivo. A elaboração de editais direcionados ainda é muito comum. Por exemplo, é muito comum encontrar processos licitatórios que exigem das empresas participantes a propriedade de uma garagem dentro do município ou até dentro da região onde decidirá operar, mas oras, que empresa irá fazer um investimento desse sem a garantia da operação? E quem sempre já tem a sua garagem no local determinado? Obviamente que é quem já opera no sistema, fazendo com que apenas ela seja habilitada. Outra questão bastante polêmica em processos licitatórios do trans-porte público é em relação à tarifa. Quem oferece a tarifa mais baixa, tem mais chances de vencer. Somente isso é o suficiente? Em que condições uma empresa que oferece uma tarifa muito baixa irá operar na cidade? Em muitos casos não se leva em consideração os custos operacionais de alta eficiência, fazendo com que a operação fique bastante prejudicada, além de se contar com um reajuste de tarifa em curto prazo. Isso acaba deixando cair por terra qualquer procedimento de economia por conta do munícipe, que acaba ganhando no começo por pagar uma tarifa menor, mas logo vem um reajuste que o prejudica e tudo volta a ser como antes. O que também deve acontecer é que as empresas precisam ter plena ciência do que será feito na cidade em que pretende operar, as condições, os tipos de veículos a serem usados, entre outras condições mínimas para garantir o conforto e a eficiência que a população merece, mas infelizmente esses itens acabam sendo renegado a segundo ou até terceiro plano, sobretudo em cidades de menor porte. Para isso, a população e a imprensa tem que fazer valer o seu direito, cobrando do poder público o cumprimento do que foi acordado e as melhorias necessárias.

As licitações devem sercada vez mais transparentes

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

A IMAGEM MARCANTE

São Paulo, CapitalQuinta-feira, 6 de agosto de 2015

Um ônibus articulado da empresa Transkuba sofreu umcurto-circuito e acabou sendo destruído pelo fogo em plena

Avenida Washington Luís, na capital paulista. Apesar do susto,ninguém ficou ferido. A foto é de Valdecy Messias/

Sigma Press/Estadão Conteúdo

Justiça autoriza Coletivos a operar em Caruaru

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

A Justiça do Trabalho emitiu na quinta-feira (6) um despacho esclarecendo que a empresa Coletivos - uma das vence-doras da licitação de ônibus em Caruaru, no Agreste de Pernambuco - está autorizada a participar da licitação de ônibus no mu-nicípio. Em matéria veiculada pelo G1 na segunda-feira (3), o Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que as transporta-doras estavam impedidas de, “sem auto-rização do órgão regulador, obter cessão de direito de permissão de serviço de trans-porte”. A assessoria jurídica da empresa de ônibus disponibilizou uma cópia da petição encaminhada à justica, a fim de que a infor-mação fosse esclarecida, informando ainda que o prefeito de Caruaru teria informado que não mais assinaria o contrato de licita-ção. O G1 procurou a secretaria de Comu-nicação da Prefeitura de Caruaru, que até a publicação desta matéria não havia se pro-nunciado. “Antes mesmo que a empresa fosse citada da concessão da liminar, a Procura-doria do Trabalho [...] publica nota [...] sem o devido direito ao contraditório e ao devido processo legal, acusando-a, publicamente, de fraude e tentativa de burla das normas de proteção ao trabalho e, o que é pior, data vênia, fazendo constar vedação não inserida na liminar concedida. Com base nessas informações distorcidas, o prefeito de Caruaru chegou a procurar a requerente informando que não assinará o contrato de licitação. A repercussão negativa está tomando um vulto que não terá como se retornar ao ‘status quo ante’, posto que, estaria a empresa impedida até de prestar os seus serviços regulares, o que causaria prejuízos irreparáveis até mesmo para os seus muitos funcionários e até mesmo ao público em geral, considerando a prestação dos seus serviços”, assinala.

Entenda o caso A empresa Coletivos, vencedora da licitação de ônibus em Caruaru, e a empresa Jotude estariam impedidas de obter o di-reito de prestar o serviço de transporte e de firmar contrato de terceirização de serviço de locação, sem autorização do Ministério

Público do Trabalho (MPT). A procuradoria de Garanhuns investiga as transportadoras por suposto objetivo de ocultar relação de emprego. A assessoria de imprensa do MPT divulgou a informação em nota na segun-da-feira (3), após decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). À época, o G1 entrou em contato com a Coletivos e foi informado que a em-presa irá aguardar a notificação para re-sponder no prazo legal da justiça. Por meio da assessoria, o coronel Jailson Pacheco, diretor-presidente da Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra), informou que não foi notificado e também irá aguardar. A ação civil pública foi ajuizada pelo procurador José Adílson Pereira da Costa - da Vara do Trabalho de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Segundo o MPT, o motivo das exigências são decorrentes das empresas serem suspeitas de “fraude e tentativa de burla a normas de proteção ao trabalho”. O procurador concluiu - por meio de inquérito civil público - que “desde junho de 2013 a Jotude operava com veículos lo-cados pela Coletivos”. Além disso, os motoristas, apesar de formalmente registrados pela primeira, eram selecionados e tinham exames médi-cos admissionais e salários pagos pela se-gunda. Segundo o MPT, a Coletivos admitia, remunerava, definia as escalas e dirigia a

prestação pessoal de serviços [...] todas es-sas evidências levam à convicção de que a Coletivos era a real empregadora”, explicou a assessoria. “A CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] diz que empregador é quem admite, assalaria e dirige a prestação pes-soal de serviços, e no direito do trabalho, a realidade se sobrepõe às formalidades”, de-stacou a procuradoria. “Dispensados formalmente em janeiro de 2015, os empregados não rece-beram rescisões, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou seguro-desem-prego. Alguns ajuizaram ações individual-mente, garantindo o direito ao recebimento das obrigações trabalhistas. Entretanto, a Jotude não tem patrimônio para honrar a execução, enquanto a outra empresa não responderia pelos direitos dos motoristas”, detalhou ainda o departamento de comu-nicação do MPT.

Punição O MPT indica que as empresas ajuizadas paguem as verbas rescisórias e salariais ou indenizatórias. “Em caso de des-cumprimento, deverá haver multa de R$ 2 mil por trabalhador prejudicado. Ainda, pede-se o pagamento de R$ 200 mil da Jo-tude e R$ 300 mil da Coletivos por danos morais coletivos. Os valores são reversíveis ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)”, informou também a assessoria.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Pernambuco

G1 Caruaru | Notícias

interbuss | 09.08.201508

AUTORIZADO Para Justiça do Trabalho, não há impedimento à Coletivo. Foto: JC

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

09.08.2015 | interbuss 09

Empresas de Porto Velho dizem ser perseguidas

Rondônia

O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif (PSB), disse nesta quarta-feira (5), em entrevista ao G1, que o principal motivo para a quebra de contrato entre a prefeitura e as duas empresas de transporte público em Por-to Velho foi o não pagamento de impostos. “Não discuto essa ‘perseguição política’. Não posso aceitar que uma empresa não recolha impostos à prefeitura há mais de 10 anos”, afir-mou. A prefeitura concluiu o processo de anulação da concessão que autorizava as empresas Três Marias e Rio Madeira a prestar o serviço de transporte público na capital, no dia 24 de abril deste ano. À época, as empresas alegaram por meio de nota oficial que a que-bra de contrato era “perseguição política com interesses desconhecidos para a contratação de uma terceira empresa sem amparo legal”. Até a publicação desta matéria, o G1 não conseguiu entrar em contato com as em-presas para que os responsáveis pudessem comentar o caso. “Eu não discuto essa questão de per-seguição. Estou discutindo parte técnica. Cha-mei as empresas para discutirmos a dívida e parcelarmos os impostos, mas o processo se avolumou até pedirmos a caducidade [que-bra de contrato]”, disse. Mauro também afirmou que, além do não pagamento de impostos, a quebra de contrato se baseou em pontos que não haviam sido atendidos pelas empresas, como renovação da frota de ônibus e má qualidade de serviço prestado à população. Após a que-bra de contrato, em abril, a prefeitura iniciou um processo de contratação emergencial para transporte público na capital e a empre-sa paulista Ocimar Comércio de Automóveis foi a escolhida para o contrato. O processo ai-nda está em andamento. Mais cedo, o prefeito também ce-deu uma entrevista ao programa “Bom Dia, Amazônia”, da Rede Amazônica. Durante a entrevista, ele falou sobre o processo de contratação emergencial. Segundo ele, fun-cionários da prefeitura estão em São Paulo para elaborar um relatório técnico. “Eles [funcionários] estão fotografan-do todos os veículos para termos a certeza de que a empresa vai prestar o serviço previsto no edital. Se não atender, não temos dificul-

dade de sustar o processo”. Segundo ele, o edi-tal do contrato com a empresa paulista prevê 180 veículos com qualidade, acessibilidade e percentual de veículos com ar-condicionado. O prefeito também alegou que o contrato emergencial foi necessário porque as duas empresas que tinham concessão para operar na cidade já estão em caducidade, e podem parar de funcionar a qualquer mo-mento. O preço da passagem também foi discutido. Mauro relembrou que Porto Velho foi a única capital que não teve majoração de tarifa e promete que vai lutar para continuar assim. Além disso, também pontuou os inves-timentos em baías e abrigos nas paradas de ônibus. Ele prometeu 200 novos abrigos, além da reforma de vários pontos.

Motoristas e cobradores Nazif também enfatizou que o edital da contratação de novas empresas de ônibus também prevê a contratação da mão de obra remanescente das duas empresas que opera-vam em Porto Velho. No dia 6 de julho, traba-lhadores do transporte público entraram em greve por reajuste salarial e garantia da per-manência nos cargos após a saída das duas empresas de transporte público na capital.

Entenda

Todo o processo de contratação emergencial teve início em 24 de abril deste ano, quando a prefeitura determinou o fim da concessão da prestação do serviço às em-presas de transporte Rio Madeira e Três Ma-rias, sob o argumento de que as companhias não cumpriam exigências como oferecer frota de 200 veículos, além de apresentar baixos índices de qualidade na prestação dos serviços. À época, as empresas de transporte alegaram que a quebra do contrato se devia a “perseguição política” e chegaram a entrar na Justiça com um pedido de suspensão do decreto. O processo foi deferido e o procedi-mento para contratação de novas concessio-nárias de transporte coletivo foi interrompido. Dias depois, o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) suspendeu a liminar que deu vitória às empresas de ônibus e o processo de contrata-ção emergencial teve continuidade. A empresa de ônibus Ocimar Comér-cio de Automóveis, de Taboão da Serra (SP), foi escolhida para o contrato emergencial de transporte público de Porto Velho, em junho deste ano. A companhia concorria com a Ideal Locadora de Equipamentos, de Rondônia. Atualmemente, o processo está em trâmite na parte técnica. O prazo de finaliza-ção do processo desde o dia 24 de abril é de 45 a 60 dias.

G1 Rondônia | Notícias

PERSEGUIÇÃO Empresários alegam que são perseguidos pela prefeitura. Foto: G1

TODA SEMANA

TCM suspende, de novo,licitação para corredores

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

O Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo suspendeu, pela ter-ceira vez, duas licitações de corredores de ônibus na cidade. A decisão do conselheiro João Antonio foi publicada no Diário Oficial da cidade de São Paulo desta sexta-feira (31). O órgão encontrou sobrepreço de R$ 47 milhões em quatro itens dos lotes dos corredores Perimetral Itaim Paulista/São Mateus e Radial Leste. Apenas o serviço de ”fornecimento, fabricação, pintura e monta-gem de estrutura metálica para estações de parada em aço” teve sobrepreço de mais de R$ 39 milhões. De acordo com o conselheiro, a suspensão foi feita “com o intuito de evitar riscos ao erário e aos interessados em par-ticipar da licitação”. João Antônio foi vereador filiado ao PT e secretário de Relações Governa-mentais do prefeito Fernando Haddad (PT).

Deixou o cargo no final de 2013, indicado ao Tribunal de Contas do Município pelo próprio prefeito. Os corredores são estruturas à es-querda, totalmente segregadas do trânsito, como os das avenidas 9 de Julho e Santo Amaro. São diferentes das faixas exclusivas, que ficam à direita e têm presença dos car-ros para conversões em ruas à direita. As faixas e corredores se tornaram uma das principais marcas da gestão do prefeito Fer-nando Haddad (PT). Segundo a Secretaria de Obras da prefeitura, todos os questionamentos solici-tados pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) foram respondidos. “O conjunto de questionamentos ora formulado, bem como a suspensão da licitação, causam estranheza, tendo em vista esta secretaria não ter sido notificada para prestar esclarecimentos adicionais”, disse a secretaria. O órgão informou ainda que sus-pendeu a licitação no período de 18 de ju-

nho a 9 de julho visando esclarecer as dúvi-das do Tribunal de Contas do Município.

Licitações canceladas Em janeiro, a Prefeitura cancelou pela segunda vez licitações para a cons-trução de corredores e terminais de ônibus na cidade. Agora, foram revogadas licita-ções para a construção de 63 km de corre-dores de ônibus, no valor total de R$ 2 bi-lhões. A decisão diminuiu ainda mais o prazo para a entrega de 150 km de corre-dores até o final de 2016, como prometeu o prefeito Fernando Haddad (PT) durante sua campanha, em 2012. A gestão, no entanto, afirma que o objetivo está mantido. A primeira suspensão ocorreu após o Tribunal de Contas do Município (TCM) apontar falhas no processo de contratação, como falta de disponibilidade de recursos orçamentários e ausência de indicação de recursos para o pagamento de desapropria-ções.

São Paulo

G1 São Paulo | Notícias

SUSPENSO Corredores de ônibus na Capital Paulista tem nova suspensão em suas obras por ordem do TCM. Foto: G1

interbuss | 09.08.201510

Carris demite 5 quebloquearam ônibus

09.08.2015 | interbuss 11

Notas Rápidas

A companhia Carris demitiu, na manhã desta quinta-feira (6), cinco fun-cionários que bloquearam a garagem da empresa, impedindo a saída de ônibus na última segunda-feira (3) durante a manhã, dia em que houve diversas manifestações e paralisações de servidores estaduais contra o parcelamento de salários anunciado pelo governo. Na ocasião, rodoviários alegaram que não sairiam às ruas para trabalhar pela falta de segurança, já que o efetivo policial ficou reduzido. Segundo a Carris, outros dois fun-cionários também foram identificados de participar da ação. Como eles fazem parte do sindicato da categoria, será aberto in-quérito judicial sobre o afastamento não remunerado das atividades. A empresa também informa que um dos sindicalistas já responde judicialmente por apresentação de atestado falso para justificativa de falta ao trabalho. Câmeras de monitoramento posi-cionadas nos portões da empresa e nos veículos impedidos de sair contribuíram

para a identificação dos sete funcionários. Em nota, a companhia disse que “entende que a obstrução da circulação do transporte coletivo, a privação de milhares de usuários de serviço público essencial - garantido pela Constituição -, o impedi-mento ao livre exercício de trabalho das demais tripulações, os prejuízos financeiros ocasionados para a empresa e a negativa em executar o serviço para o qual foram es-calados representam faltas graves, que jus-tificam o desligamento por justa causa.”Conforme a Carris, o bloqueio da garagem, que impediu a saída de ônibus por cerca de oito horas, prejudicou cerca de 180 mil pas-sageiros e causou um prejuízo estimado em R$ 370 mil à empresa. Os portões da garagem foram lib-erados após a Justiça do Trabalho deferir um interdito proibitório solicitado pela Car-ris, estipulando uma multa de R$ 20 mil reais por dia aos grevistas em caso de des-cumprimento. Após a liberação do portão, os demais colaboradores da companhia, que estavam posicionados no interior da empresa e não apoiavam a manifestação, puderam sair para trabalhar.

G1 RS | Notícias

Ceturb-GV fazvistoria elacra ônibus A Companhia de Transportes Urba-nos da Grande Vitória (Ceturb-GV) começou a realizar vistorias surpresas nos terminais e nas garagens dos ônibus que operam no sistema Transcol. O objetivo é verificar falhas nos ônibus e evitar acidentes graves como foram registrados nos últimos meses. Na última segunda-feira (4), foi re-alizada a primeira vistoria. O terminal esco-lhido foi o de Campo Grande, em Cariacica, onde foram vistoriados 17 ônibus e três deles apresentaram problemas nas portas. Os veículos foram lacrados e impedidos de circular. Por causa da irregularidade, as empresas foram autuadas e multadas em R$ 230. As companhias terão de reparar os problemas e comunicar a Ceturb-GV para uma nova vistoria. Somente depois os ôni-bus serão liberados para voltar às ruas. Nos últimos meses foram regis-tramos dois graves acidentes. No dia 16 de junho, a vendedora Dayane Barbosa da Sil-va, de 21 anos, morreu após cair do ônibus quando voltava para casa. A jovem estava na linha 507, que liga o Terminal de Laran-jeiras ao Terminal do Ibes. A porta se abriu e ela caiu. No mês de julho, no dia 27, a cena se repetiu. Um jovem de 19 anos, que es-tava em um ônibus da linha 610, que liga o Terminal de Itaparica ao Terminal de Vila Velha. A vítima caiu no asfalto após o co-letivo fazer uma curva e a porta se abrir. O rapaz teve vários ferimentos e precisou ser hospitalizado. De acordo com a diretora de ope-rações da Ceturb-GV, Rosana Gilbert, as vis-torias e fiscalizações sempre aconteceram, mas depois dos acidentes registrados ti-veram a necessidade de intensificar-las.

Folha Vitória | Notícias

Cidade cobra R$ 90 por transporte escolar A volta às aulas tem preocupado os estudantes de Regente Feijó que precisam ir até Presidente Prudente para estudar. O trans-porte era feito gratuitamente com um ônibus da prefeitura. Porém, foi anunciado que haverá uma cobrança mensal de R$ 90 para esta loco-moção. Quase 500 estudantes de Regente Fei-jó dependem do ônibus. Inclusive teve gente

que encontrou dificuldades para conseguir uma vaga no começo do ano. Agora, o prob-lema é que todos terão que pagar para pegar esses ônibus. A medida foi tomada pela prefei-tura por causa da situação financeira da cidade e a necessidade de corte de gastos. Com isso, uma taxa de R$ 90 será cobrada a partir deste semestre. A prefeitura disse, por meio de nota, que os estudantes devem comparecer à di-visão de educação e cultura de Regente Feijó

G1 Prudente e Região | Notícias até o dia 5 de agosto, munidos de documentos para assinarem o termo de compromisso para iniciar o pagamento de tarifa do transporte, que será de R$ 90. Após o processo, todos de-vem retirar os boletos de pagamento na lança-doria da prefeitura. Esse valor será cobrado nos meses de agosto, setembro, outubro e novem-bro. Quem não for até o local vai perder a vaga. O termo é válido até o dia 11 de dezembro, ain-da conforme a administração pública.

Decolar.com amplia e passa a oferecer ônibus

A Decolar.com cai na estrada e lança serviço para quem prefere – ou pre-cisa – viajar pelas rodovias brasileiras. Em parceria com a ClickBus.com.br, maior por-tal de vendas online de passagens de ôni-bus, a agência passa a oferecer passagens de Ônibus e Pacotes Dinâmicos no formato Ônibus + Hotel que possibilitam planejar a viagem com até 20% de desconto – além de levar os turistas para destinos não aten-didos por outros meios de transporte. A parceria entre as duas líderes em seus re-spectivos segmentos viabiliza a oferta das rotas de cerca de 50 empresas de ônibus, que cobrem mais de 3 mil destinos no país, associada a aproximadamente 150 mil op-ções de hospedagem, entre pousadas e ho-téis de luxo. “Ouro Preto, Águas de Lindoia, São Lourenço, Búzios e Angra são exemplos de destinos que fazem muito sucesso entre os turistas, mas que só são acessíveis por meio de transporte terrestre. Com a nova aba Ônibus + Hotel do nosso canal de Pa-cotes, passamos a atender esses consumi-dores, mantendo as mesmas facilidades de compra dos nossos canais digitais”, explica Alípio Camanzano, diretor da Decolar.com. O executivo destaca que, “com clientes de diferentes hábitos de consumo, distribuí-dos pelo país inteiro, temos o compromisso de inovar constantemente, implantando melhorias que atendam a todos, inclusive quem vive mais distante dos grandes cen-tros urbanos com aeroportos em operação”. E adianta: “já estamos trabalhando para in-tegrar Passagem de Ônibus + Passagem de Avião + Hotel”. Ricardo Contrucci, sócio respon-sável pela área de tecnologia da ClickBus afirma: “60% das vendas realizadas em nossa plataforma online são de rotas não disponíveis no mercado aéreo”. O executivo lembra sobre a importância da tecnologia no setor de turismo, “como uma empresa de tecnologia, um dos nossos focos é prov-er uma plataforma de fácil integração com nossos parceiros, possibilitando a venda de passagens online do setor rodoviário para

complementar a oferta deles”, acrescenta o executivo. Sobre a Decolar.com – Decolar.com (www.decolar.com) é a maior agência de viagens da América Latina e uma das cinco líderes do segmento no mundo. Fun-dada em 1999, conta com 11 escritórios nas principais cidades e capitais latino-america-nas, atuando em 21 países da região. Com faturamento de aproximadamente US$ 3,5 bilhões e cerca de 3,5 mil profissionais, a De-colar.com atua com o objetivo de melhorar a experiência de planejar, comprar e viven-ciar uma viagem. Investindo constantemente em inovações tecnológicas, a Decolar.com facil-ita, em poucos segundos, a busca por pas-sagens aéreas, hotéis, pacotes de viagem, aluguel de veículos, cruzeiros marítimos e ingressos para parques temáticos para que os usuários possam comparar os preços e escolher as opções de sua preferência entre as oferecidas por milhares de parceiros. Para auxiliar ainda mais, cada opção de com-pra apresenta a recomendação de outros

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Da Decolar.com | assessoria

interbuss | 09.08.201512

usuários que já qualificaram os respectivos serviços. Decolar.com revolucionou o mod-elo de negócio do turismo no Brasil e na América Latina. Graças às parcerias firma-das, ampliou a possibilidade de viajar para muitas pessoas com a oferta de pagamento parcelado. A agência também é responsável por lançar o primeiro aplicativo do segmen-to na região para smartphones e tablets, facilitando ainda mais a compra imediata de uma passagem aérea ou hospedagem; o acesso às informações relacionadas a um voo específico e a localização dos hotéis mais próximos ao cliente por meio da tec-nologia de geolocalização, entre outras fun-ções importantes. Sobre a ClickBus – A ClickBus, lan-çada em agosto de 2013 é líder em vendas online de passagens de ônibus e atualmente está presente no Brasil, México, Colômbia, e na Turquia. Globalmente, a empresa já ven-deu quase 1 milhão de passagens e conta com 100 funcionários. Para mais informa-ções, acesse www.clickbus.com.br.

TODA SEMANAViagens

Serviço de transporte terrestre agora também é oferecido pela maioragência de viagens da América Latina. Parceria é com o site Clickbus.com

09.08.2015 | interbuss 13

Marcopolo celebra seu400.000º ônibus produzido

Mercado

Modelo escolhido para celebrar a importante marca foi o recém-lançadoParadiso G7 1350; Marca é atingida na data do 66º aniversário da empresa

A Marcopolo comemorou na quin-ta-feira, dia 6 de agosto, a produção do ônibus 400 mil e dos seus 66 anos de ativi-dades. O veículo, um Paradiso 1350, con-cebido com o avançado design da família Paradiso, foi desenvolvido especialmente para oferecer aos operadores em viagens de média e longa distâncias do Brasil e do exterior, mais conforto, segurança e a maior capacidade para bagagens (até 20,75 m³). A escolha do Paradiso 1350 se deu em razão de ser o mais recente modelo rodoviário da Geração 7 lançado no mer-cado brasileiro. O veículo 400 mil recebeu pintura exclusiva alusiva à comemoração. Na cor prata, faz uma homenagem a cada um dos colaboradores da Marcopolo que, desde 1949, vêm transformando a empresa em uma das maiores fabricantes de ônibus do mundo. Suas laterais contam com o ade-sivo “400 mil #somosfeitosporvocês”. Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais e marketing da Mar-copolo, o objetivo é compartilhar essa con-quista com todas as pessoas que fizeram e fazem parte da empresa e também estendê-

la, pelas mídias sociais, a todos os apaixona-dos por ônibus, no Brasil e em todo o mundo. A ação inédita inclui também a distribuição de um papertoy (maquete de papel) de um ônibus para ser montado e decorado de maneira criativa pelos cola-boradores e seus familiares e, posterior-mente, ser postado nas mídias sociais por intermédio da hashtag #somosfeitospor-vocês. Projetado e desenvolvido pela en-genharia da fabricante, da unidade de Ana Rech, em Caxias do Sul, o Paradiso 1350 é o primeiro a oferecer as novas poltronas fabri-cadas pela Marcopolo, mais ergonômicas e confortáveis, além de novos revestimentos internos, porta-focos e sanitário. Com desenho externo e identidade Marcopolo da Geração 7, o Paradiso 1350 destaca itens importantes, como o conjun-to ótico com LED nas luzes de direção e de posição – Daytime Running (luz de posição diurna), que ampliam a segurança durante as viagens e aumentam a eficiência lumino-sa e a vida útil, diminuindo a necessidade de troca/manutenção. O volume de 400 mil ônibus pro-duzidos pela Marcopolo também demon-

Da Marcopolo | assessoria stra o ritmo acelerado de crescimento que a empresa vem obtendo nos últimos anos, no Brasil e no mundo. “Comemoramos 100 mil ônibus em 1998. Quinze anos depois, em 2007, superamos as 200 mil unidades e, em 2012, as 350 mil unidades. A agora, em pouco mais de dois anos ultrapassamos a marca dos 400 mil veículos produzidos. Isto também é reflexo da internacionalização da Marcopolo e da ampliação de suas ope-rações nos principais mercados do mundo”, salienta o executivo. Sucesso nas estradas latino-americanas Apesar de ter sido projetado e desenvolvido no Brasil, o Paradiso 1350 começou a ser fabricado inicialmente na u-nidade da Marcopolo do México, para aten-dimento da demanda dos operadores locais por veículos com maior capacidade para bagagens e elevado padrão de sofisticação. Desde o final de 2013, o modelo alcançou sucesso no mercado mexicano e em países vizinhos. Neste curto período, a Marcopolo já fabricou em sua unidade Ana Rech, em Caxias do Sul, mais de 100 unidades do modelo, para utilização nas viagens de longa distância en-tre países da América Latina.

interbuss | 09.08.201514

Você já ouviu falar em Ethabiodiesel? É um biocombustível distribuído pela Ethabio que, segundo a fabricante, é 100% renovável e obtido pela transesterificação (reação química) de óleos vegetais com etanol ativo e posterior acréscimo de um aditivo da fabricante. No ABC Paulista, um ônibus super-articulado de 23 metros de comprimento da Metra, projetado para operar com óleo diesel, está sendo abastecido e operando com este combustível no Corredor Metro-politano ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, ao Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, passando pelas ci-dades de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. De acordo com a produtora do combustível, as emissões de materiais par-ticulados no ar podem ser 16 vezes meno-res em comparação ao óleo diesel dos atuais padrões, S 10, com 10 partículas de enxofre por milhão. O consumo é igual ao do biodiesel e 5% maior que o diesel con-vencional. “Além de ser 100% renovável, o Ethabiodiesel ainda tem outras vantagens

Combustível 100%renovável é testadono Corredor ABD

em relação ao óleo diesel (não renovável) e ao biodiesel (90% renovável). Enquanto a emissão de particulados dos dois primei-ros são de 0,048 e 0,096, respectivamente, a do Ethabiodiesel é de apenas 0,03. O óleo diesel libera no ar 18,68 gramas de óxidos nitrosos (gás poluente) por quilometro por hora e o biodiesel, 10,39. Já o Ethabiodiesel, só 1,33.” – diz a nota. Segundo a Ethabio, o combustível pode ser usado em motores do ciclo diesel sem nenhuma alteração das características originais dos propulsores. No caso do veí-culo da Metra, o motor é Mercedes-Benz O 500 UDA. A presidente da Metra, Maria Beat-riz Setti Braga, disse em nota que a empresa, que opera também trólebus e outros mo-delos elétricos, busca novas alternativas de transportes menos poluentes. “ Nossos investimentos vão além da oferta de ônibus confortáveis e com de-sign moderno. Estamos também buscando sempre novas alternativas e tecnologias de última geração para veículos cada vez mais limpos, menos poluentes ... A história da

Metra é marcada positivamente pela preo-cupação com o meio ambiente. Seja com a manutenção do Corredor Verde, onde culti-vamos mais de 5 mil mudas de Manacás da Serra pelos mais de 30 km do Corredor ABD, com o reuso de água para a lavagem dos nossos ônibus e terminais, o que gera uma economia de mais de 10 milhões de litros de água por ano, e com uma frota de ônibus cada vez mais limpos”, destaca Maria BeatrizAinda na nota, a empresa operadora de ôni-bus alerta para os prejuízos causados pela poluição, com o aumento do número de mortes em decorrência do problema. “Uma preocupação que se justifica. De acordo com dados do Instituto Saúde e Sustentabilidade, em 2011, a poluição atmosférica foi responsável pela morte de mais de 2 milhões de pessoas pelo mundo. Em 2012, esse número mais do que tripli-cou, chegando a 7 milhões de mortes.” Os testes ainda estão em anda-mento e os resultados devem ser divulga-dos após a conclusão e a comparação com o desempenho dos outros veículos de mes-mos portes e modelos.

Veículo de 23 metros de comprimentoestá sendo movido por Ethabiodiesel

que, segundo a fabricante, podeemitir 16 vezes menos materiais

particulados que o óleo dieselda atual geração

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

NOVIDADE Ônibus movido com Ethabiodiesel circula no Corredor ABD. Desempenho será comparado com dos veículos semelhantes

09.08.2015 | interbuss 15

Uma multidão de 694 mil passageiros por dia deixou de ser atendida em média nos últimos 12 anos por causa dos incêndios a ôni-bus em diversas regiões do País. O número, que é maior que a deman-da total diária de usuários em algumas capitais e cidades de médio porte, faz parte de um le-vantamento feito pela NTU – Associação Nacio-nal das Empresas de Transportes Urbanos, que reúne cerca de 500 viações no Brasil. De acordo com a associação, neste período somente em incêndios, foram destruí-dos 1 mil 389 ônibus em 132 cidades brasilei-ras. A média é de um ônibus a menos nas ruas a cada três dias. Neste período, os incêndios a ônibus fizeram 52 vítimas. Algumas delas perderam a vida. Um dos casos que chamaram a atenção foi da menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos. Ela estava num ônibus atacado por ordem de detentos de facções criminosas, em São Luís, no Maranhão, em 04 de janeiro de 2014. A me-nina foi queimada junto com a irmã e a mãe que estavam no ônibus voltando para a casa. Ana Clara, com 95% do corpo queimado, mor-reu dois dias depois. No dia 22 de outubro de 2014, o motorista da Viação Santa Brígida, em São Paulo, John Carlos Brandão, morreu devido a um incêndio criminoso ao veículo que dirigia. O ônibus foi atacado na Estrada Turística do Jaraguá, zona Noroeste, no dia 18 de outubro de 2014. A Polícia Civil descobriu que crimino-sos queriam vingar a morte de um comparsa. Um dos incendiários é filho de motorista de ônibus na Capital. Além das pessoas feridas ou mortas, há outro agravante. O trauma psicológico é grande. Alguns motoristas, cobradores e até passageiros, depois das ações, não querem mais entrar em um ônibus. Os prejuízos físicos e morais são os priores problemas, mas a questão financeira não pode ser deixada de lado. Os gastos com os incêndios nestes doze anos somaram R$ 830 milhões. A média de preço de um ônibus é de R$ 590 mil. Micro-ônibus novos custam em torno de R$ 280 mil e ônibus biarticulados ou superarticulados po-dem ter preços entre R$ 800 mil e R$ 1,2 milhão cada. A evolução dos ataques a ônibus também assusta. Considerando o ano inteiro de 2014 e o primeiro semestre de 2015, foram destruídos em incêndios 851 ônibus, dos quais

Em um ano e meio,incêndios a ônibusaumentaram 691%

189 entre janeiro e junho deste ano e 662 em 2014. Este número representa um crescimento de 691% no total de ataques neste um ano e meio em comparação com a média proporcio-nal dos outros anos. As regiões onde mais ocorreram os ataques são Sudeste e Nordeste. Muito mais que a quantidade de frota em circulação, expli-cam estes dados os perfis dos criminosos e as formas de atuação das polícias. Nestes últimos 12 anos, a distribuição dos ataques por região foi a seguinte:- Sudeste: 1 mil 122 ônibus destruídos em in-cêndios- Nordeste: 154 ônibus destruídos em incên-dios- Sul: 64 ônibus destruídos em incêndios- Centro-Oeste: 29 ônibus destruídos em incên-dios- Norte: 20 ônibus destruídos em incêndios Somente no estado de São Paulo, 537 ônibus, cerca de 40% de todo o País, foram para o ferro-velho ou para a reforma por causa dos incêndios criminosos. O Rio de Janeiro aparece em segunda lugar, com 367 ataques, o que re-presenta 26,4% dos casos. As causas dos incêndios a ônibus são as mais variadas possíveis. Não que venha justi-ficar, mas a minoria dos casos é relacionada aos serviços de transportes. O destaque vai para a atuação de criminosos. O Ministério Público de São Paulo investiga as ações comandadas por integrantes de facções criminosas que atuam dentro e fora dos presídios e estranha o fato de a maioria dos ônibus destruídos na capital paulista ser das empresas e não de co-operativas (hoje que se tornaram empresas do subsistema local para participarem da licitação dos transportes). Os promotores apontaram ligações entre integrantes de cooperativas e o PCC – Primeiro Comando da Capital, facção criminosa. Mas não há apenas a atuação do crime organizado. Criminosos menores que querem mostrar algum tipo de mobilização e a vingança pela morte de comparsas estão entre outros fatores. Há ainda ataques em manifesta-ções populares, mas a polícia em São Paulo, já verificou casos em que estes atos foram apenas panos de fundo para o cumprimento de ordem por parte de traficantes de drogas. Poucas pessoas são detidas por in-cêndios a ônibus e, quando vão para a delega-cia, ficam pouco tempo detidas, quando não

saem pela porta da frente. Hoje, o artigo 250 do Código Penal prevê prisão de três a seis anos mais multa para quem provocar incêndios criminosos co-locando em risco a vida, a integridade física e o patrimônio alheio. Se o incêndio for a veículo de transporte coletivo, a pena pode ser elevada em um terço. É pouco, dizem os especialistas. Se o incendiário for menor de 18 anos, pratica-mente nada acontece. Mesmo sendo maior, se for réu primário, não fica preso. Em 11 de março de 2015, a CCJ – Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovou o projeto de lei 1572, de 2007, do senador Esperidião Amim, de Santa Catarina, que aumenta para 10 anos a prisão para quem for pego em flagrante incendiando ônibus, com acréscimo de 1/3 à pena aplicada caso haja ocupantes nos veícu-los. O plenário da Câmara precisa votar o projeto aprovado pela CCJ e, depois disso, a matéria precisa ser analisada pela presidência da República. Já o Projeto de Lei 499/13, do senador Romero Jucá, de Roraima, cria uma tipificação criminal específica para dano a patrimônio pú-blico ou privado em manifestações populares, prevendo penas que variam entre dois anos e cinco anos, além de multa. Os dois projetos poderiam coexistir. Se o ônibus for queimado numa manifestação, a pena seria a do PL 499/13. Já se houve em-boscada e comprovada ligação com o crime, poderia ser aplicada a pena do PL 1772/07. O senador Armando Monteiro, de Pernambuco, com o Projeto de Lei Suplemen-tar – PLS 508/2013 vai além e quer pena de até 35 anos para crimes considerados terrorismo, ou seja, provocar terror, medo, na sociedade e nas autoridades. O projeto de lei inclui ataques a ônibus. O deputado Hugo Leal, do Rio de Ja-neiro, com o Projeto de Lei – PL 7462/14, quer alterar a Lei de Mobilidade Urbana 12.587/12. O PL obriga o poder público a garantir seguran-ça total para a prestação de serviços e continui-dade dos transportes públicos, ressarcindo às vítimas pelos danos à vida, físicos, morais e pa-trimoniais. Todos estes projetos ainda tramitam e não foram colocados como prioridade nas pautas de votações.

Segundo levantamento da NTU, quase 1400 ônibus foram

destruídos em 12 anos. Projetos de lei não faltam para aumentar

as penas

interbuss FÁBIO TANNIGUCHIMarcopolo Viaggio G7 1050Expresso Rio Guaíba, em Porto Alegre/RS

Artigo: Modernizar para ser mais competitivo Atualmente a palavra crise é pauta das principais notícias e debates sobre o Brasil. Alguns especialistas falam em crise perfeita, ou seja, crise econômica, política e falta de confiança no País e em suas ins-tituições. Esse período quebra o ciclo de crescimento econômico dos últimos anos, com aumento de demandas e capacidade, chegando a haver situações de pleno em-prego em muitas regiões do País. A recessão da indústria brasileira, diferente da crise econômica e política, não é recente. A competitividade deste setor apresenta quedas consecutivas nos últimos anos. Entre todos os fatores-chave da competitividade, a produtividade é o aspecto que mais depende da ação da própria indústria. A produtividade da manufatura no Brasil foi uma das que me-nos cresceu em comparação com outros países, como Coreia do Sul, China e Esta-dos Unidos. Ganhos em produtividade, por meio do uso de tecnologias de manufatura avançadas e do desenvolvimento criativo de processos de produção automatizados, podem ser uma das saídas para aumentar a competitividade da nossa indústria. Atualmente temos uma defasa-gem tecnológica. A idade média do parque fabril brasileiro gira em torno de 17 anos, ante sete nos Estados Unidos e cinco na Alemanha. Exemplo do cenário é a quan-tidade de robôs que o Brasil adquiriu em 2013, menos de 1.300 unidades, enquanto Coreia do Sul e China adquiriram, respec-tivamente, 21.000 e 37.000 unidades. A utilização de sistemas de produção enxuta pode gerar ganhos de produtividade. Por exemplo, é possível eliminar desperdícios ao redesenhar pro-cessos, melhorar fluxos de materiais e in-formações e realizar adequações de layout, além de utilizar, dentre outras ferramen-tas, o mapeamento de fluxo de valor. Sem um processo simples em fluxo, os grandes desperdícios ficam escondidos. Trabalho padronizado, acompanhado de uma boa gestão visual, também auxilia na identi-ficação do que é anormal. Isso deve des-encadear a solução de problemas na base,

por meio de cadeias de ajuda, reuniões diárias e tratativas de problemas. O que torna viável tanto o uso da automação quanto a produção enxuta é uma capacitação adequada das pessoas envolvidas. Todos os processos são realiza-dos e melhorados por meio das pessoas, que precisam ser capacitadas não apenas tecnicamente em suas respectivas funções, mas em ferramentas da produção enxuta, na solução de problemas e no desenvolvi-mento de hábitos de identificação e elimi-nação de desperdícios. O papel da liderança em todos os níveis é fundamental nesse processo, do presidente ao líder de equipe, para propa-gar o inconformismo com os desperdícios, participar de caminhadas na operação, apoiar as cadeias de ajuda e desenvolver as pessoas como solucionadores de prob-

lemas. Cabe à liderança apoiar os projetos de automação, incentivando as áreas téc-nicas na busca de soluções. A crise pode ser vista como uma oportunidade, desafiando-nos a fazer diferente. O Brasil voltará a crescer. Temos a oportunidade de planejar melhor as fá-bricas para este crescimento, que deve ser realizado com ganhos de produtividade em vez de aumentos de capacidade. Estes e outros assuntos serão debatidos duran-te o 7º Simpósio SAE BRASIL de Manufa-tura, que será realizado nos dias 9 e 10 de setembro, no Hotel Intercity Premium, em Caxias do Sul, com o mote “Repensando a Manufatura – Desafios e Oportunidades em Tempos de Crise”.

Jaime Schneider é chairperson do 7º Simpósio SAE BRASIL de Manufatura.

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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Do site | por Jaime Schneider

interbuss | 09.08.201518

Mercedes lança cartão para facilitar compra de peças Consolidado há muitos anos no mercado europeu, a Mercedes-Benz lançou no Brasil o cartão MercedesServiceCard em parceria com a Ticket Car. O produto tem como objetivo fomentar a comercialização de peças na rede de concessionários da montadora, bem como proporcionar aos frotistas um controle muito mais preciso dos gastos do caminhão durante uma via-gem. “A principal vantagem para o ges-tor de frota é que ele poderá parametrizar os gastos do cartão. Poderá, por exemplo, determinar quais peças poderão ser com-pradas com o cartão, os dias e os horários em que o motorista poderá usar o cartão, entre outras regras pré-estabelecidas. Isso é possível porque o cartão é com chip, que ar-mazena também essas informações”, escla-rece Gustavo Chicarino, diretor da Unidade de Negócios Gestão de Despesas da Ticket. O cartão, que pode ser pré-pago ou pós-pago, serve para garantir os gastos corretos com o caminhão, evitando even-tuais fraudes nos gastos e prestação de contas. Também facilitará a realização de serviços com o crédito disponível, especial-mente em situações de emergência, como no caso de um caminhão parado por algum problema num sábado, por exemplo. O serviço também proporcionar descontos no abastecimento de diesel nos 11.200 postos afiliados da Rede Ticket Car. “Para garantir maior demanda e, com isso, gerar descontos nos gastos com o abastec-imento do veículo, os postos cadastrados não são muito próximos entre si”, avisa Chi-carino. Atualmente, apenas 15% da rede de concessionárias de caminhões e ônibus Mercedes-Benz aceita a bandeira Ticket. Porém, até o final do ano toda a rede deverá estar pronta para usar o cartão, que ajudará a fomentar as vendas de peças das linhas originais, Renov e Alliance Truck Parts nas revendas oficiais, garante Ari de Carvalho, diretor de Pós-Venda da Mercedes-Benz do Brasil. “O cartão passa a ser mais uma plata-forma de relacionamento com o frotista Mercedes-Benz”, garante. O MercedesServiceCard é um

cartão destinado, exclusivamente, aos frotistas, que poderão distribuir os cartões para todos os seus motoristas, por exemplo. Futuramente, o serviço poderá ser expan-dido para o caminhoneiro autônomo. “Nós ainda vamos estudar como será esse produ-to, que ainda não tem prazo para o seu lan-çamento”, destaca Carvalho. “O cartão deve evoluir, no futuro, para o autônomo – pos-sivelmente – via Repom (outro produto da

Ticket Car, usado como carta-frete e paga-mento de pedágios)”, informa Chicarino. Para Carvalho, o serviço que existe há mais de dez anos na Europa, terá boa aceitação pelos clientes da marca. “A Mer-cedes-Benz é a primeira marca de veículos comerciais no País a oferecer um cartão de consumo de combustível, peças e serviços em condições especiais para os frotistas”, fi-naliza.

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

09.08.2015 | interbuss 19

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Do site | notícias

interbuss | 09.08.201520

DEU NA IMPRENSA

Artigo: Projetos sólidos para o futuro do diesel O Brasil tem pressa de sair da atu-al crise que atravessa e partir para o firme caminho da expansão comercial, nacional e internacional. Para tanto, o País necessita traçar rotas de longo prazo, visando cum-prir a nobre missão da garantia da mobili-dade sustentável e ecologicamente correta. Transportar bens e pessoas não somente é fator estratégico de garantia da evolução econômica, como é item que sustenta a nossa sociedade e precisa garantir a saúde de nosso meio ambiente. O 12º Fórum SAE BRASIL de Tecno-logia de Motores Diesel, que vamos realizar em Curitiba, contribuirá de forma ímpar para que o futuro dos motores diesel, má-quina que movimenta a sociedade brasilei-ra e mundial, seja desvendado por meio de experiência internacional já adquirida por empresas e entidades de renome, que contribuíram decisivamente para o controle de emissões e a modernidade dos motores diesel utilizados em seus países de forma adiantada a assertiva. A ciência nos ensina a cada dia que usar a experiência passada e aperfeiçoá-la constantemente é o caminho mais curto e seguro para se chegar ao bem comum rapidamente, sem cometer erros danosos. É neste contexto que o fórum contará com a presença de experts da Inglaterra, Áustria, Alemanha e Estados Unidos, para contribuir, de forma significativa, para o desenvolvim-ento dos motores diesel que serão usados no Brasil em futuro próximo. A VCA (Vehicle Certification Agen-cy), da Inglaterra, trará valiosa contribuição para elucidar as demandas e os requisi-tos da legislação EURO 6, por meio do pa-lestrante Jamie MC Fadden, engenheiro de Certificação. Conhecer tais demandas é re-quisito mandatório para poder se preparar para o futuro próximo. Não basta ter limites apertados de emissões se não tivermos disponíveis a tecnologia e os equipamentos para poder medi-los. A contribuição da empresa AVL, da Áustria, por meio de Carlos Carosa, ge-rente de Produto, será muito importante para poder dimensionar os futuros bancos de provas de motores diesel, assim como balizar as necessidades de elevados inves-

timentos requeridos para esta tarefa. Vale ressaltar que quanto menor é a emissão de poluentes sólidos ou gasosos, mais difíceis e caros se tornam os métodos destas medições, e somente empresas com pessoal devidamente preparado poderão lograr êxito nesta nova fase de desenvolvi-mento que o Brasil enfrentará em médio prazo. A experiência do especialista Dr. Hans-Otto Herrmann, diretor de Desen-volvimento de Motores e Sistemas de Pós-Tratamento da Daimler, da Alemanha, no desenvolvimento de propulsores que eq-uipam caminhões e ônibus, será de funda-mental importância para que as decisões brasileiras sobre a adoção ou não das nor-mas de emissões semelhantes ao EURO 6 sejam tomadas com embasamento sólido e consistente com nossa realidade. A com-plexidade aliada a esta nova tecnologia de controle de emissões precisa ser conhecida e dominada para balizar corretamente as

decisões sobre nosso futuro. A contribuição da BorgWarner, dos Estados Unidos, por meio de palestra a ser proferida pelo Frederick Huscher, engen-heiro senior de Projetos e Inovações, abor-dará, ainda, ponto de crucial importância na evolução dos motores diesel, que é a eletrificação dos comandos do turbo com-pressor. Os motores modernos requerem para operação mais econômica e limpa um gerenciamento perfeito do ar de admissão, utilizando ao máximo a energia disponível nos gases de escapamento. Trata-se de tec-nologia que ainda não é utilizada no Brasil e, certamente, fará diferença positiva na mo-torização do futuro.

Gilberto Leal – físico, consultor e membro da comissão organizadora do 12º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia de Mo-tores Diesel, que será realizado nos dias 18 e 19 de agosto, no Teatro Positivo, em Curi-tiba/ PR.

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Do site | Por Gilberto Leal

09.08.2015 | interbuss 21

Implementadora Truckvan vaientregar 57 baús à Renault

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Até o final de agosto, a imple-mentadora Truckvan entregará 57 baís de alumínio para a montadora Renault. Os implementos irão equipar o modelo Mas-ter chassi cabine, que serão enviados para concessionárias de todo o país para serem utilizados em test drive. “Além de serem mais leves e resis-tentes por possuírem painéis 100% fabrica-dos em alumínio, o que aumenta a capaci-dade de carga e economiza o combustível, os baús de alumínio da Truckvan possuem iluminação total em LED e portas com a su-perfície completamente lisa, para facilitar a divulgação da marca do cliente”, destaca Luiz Carlos Cunha Junior, gerente Comercial da Truckvan. Nova fábrica – A Truckvan inves-tiu cerca de R$ 12 milhões em sua nova fá-brica em Guarulhos (SP), com 6.000 m². A sede está operando em fase experimental

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DAF consegue enquadrar seuXF105 totalmente no Finame

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A DAF conseguiu o credenciamento de toda a linha do XF105 no programa Fina-me PSI, o que significa que a montadora al-cançou o índice de nacionalização de peças e componentes superior a 60% e, dessa forma, seus clientes podem adquirir seus camin-hões através do financiamento de 100% do Finame. “Certamente, essa é mais uma grande etapa que alcançamos e que está de acordo com a nossa estratégia de evolução no Brasil”, afirma Michael Kuester, presidente da DAF Caminhões Brasil. Montada em Ponta Grossa (PR), a linha XF105 possui capacidade de carga de até 74 toneladas e é comercializada nas configurações 6×4 e 6×2. Pode ser equipado com os propulsor PACCAR MX de 12,9 litros com potências de 410 cv, 460 cv e 510 cv. As opções de cabine são a Space e Comfort, sendo que a versão Super Space Cab será lançada ainda neste ano, com 2,10 metros de altura interna.

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desde maio e deve ser inaugurada oficial-mente ainda neste segundo semestre. Com essa nova planta, a expectativa é

aumentar em 200% a produção de baús, saindo dos atuais 300 baús para mil uni-dades por mês.

interbuss | 09.08.201522

Fábio T. Tanniguchi |[email protected]

No dia 31 de julho, Campinas en-trou no rol de cidades nas quais taxistas pro-testaram contra o aplicativo Uber. Mas há um detalhe: o serviço sequer está disponível na cidade. Segundo os taxistas, o movimento vem caindo e a categoria está percebendo que carros pretos estão pegando passage-iros em pontos como a Rodoviária e o Aero-porto de Viracopos, que eles afirmam com toda a certeza do mundo que são do Uber. Por que entrar nessa briga e dedicar uma coluna a ela? O serviço de táxi faz parte do sistema municipal de transporte público, assim como o Sistema InterCamp. A propósi-to, segundo a Transurc, a associação das em-presas de ônibus do sistema, estão passando pelas catracas cerca de 800 mil pessoas a me-nos por mês, uma queda de cerca de 10%. Na região do Campo Grande, onde predominam as classes C, D e E, a Itajaí Transportes Coleti-vos registra queda de 15%. Ao contrário dos taxistas, a Transurc tem o bom senso de es-pecular como causa a crise econômica, que resultou em demissões em diversos setores na região de Campinas. Portanto, considerando ainda que o táxi é um modal com preço significativa-mente mais caro, quedas de 25% ou mais na demanda não deveriam ser encaradas com tanta desconfiança. Quando o bolso aperta, o primeiro a abandonar um modal de trans-porte público é o usuário de táxi, que passa a andar mais a pé e até mesmo de ônibus. De qualquer forma, uma queda nes-sas proporções realmente gera um impacto grande na vida do taxista, que tem que pagar as despesas do carro, da licença, da radiotáxi (se for associado a alguma) e suas despesas pessoais. Entretanto, é justo colocar a culpa em um aplicativo que sequer está disponível em Campinas? Antes de falar sobre isso, é ne-cessário deixar claro que o táxi é um trans-porte individual que faz parte do sistema de transporte público, tendo suas regras e licenças distribuídas com o devido rigor pelo órgão gestor, no caso, a Emdec (Em-presa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), a mesma que cuida do Sistema InterCamp. Concomitantemente, existe outra modalidade, sem regulamentação, que existe há muito tempo: os serviços de transporte individual privados. Atuam

nesse segmento desde empresas peque-nas de transporte executivo até as grandes empresas de fretamento. Inclusive uma em-presa de um grande grupo com operações na região de Campinas oferta em seu site serviço de transporte executivo com car-ros de luxo (blindados ou não). Esse nicho de transporte executivo de luxo tem sido explorado há muitos anos. Os argumentos de quem contrata vão desde status até se-gurança, como no caso do transporte de executivos estrangeiros. Quem conhece os manuais de conduta sugeridos a executivos estrangeiros que vêm ao Brasil sabe que há inúmeras instruções, desde não utilizar qualquer tipo de transporte público (usar apenas carro blindado da empresa indica-da) até evitar sair a pé pelas ruas no período noturno, e que tudo isso tem como princi-pal objetivo resguardar a integridade física dessas pessoas, que são muito visadas por bandidos. Empresas multinacionais vêm usando serviços de transporte executivo individual privado inclusive em substitu-ição ao táxi em viagens de média distância, como entre Campinas e aeroportos de São Paulo. Tendo em vista que a Emdec libera aos taxistas cobrar qualquer valor para fora da cidade, muitos fazem valores absurdos dependendo do perfil do cliente. Outros simplesmente se recusam porque não acham que São Paulo é longe (por incrível que pareça…). Ou seja, usar táxi para via-gens de média distância só é interessante se você tiver um taxista de confiança. É por isso que muitas multinacionais não apenas reembolsam viagens em transporte execu-tivo com carro de passeio como até indicam empresas. Uma outra vantagem em relação ao táxi é a padronização do serviço, sem-pre com carros, no mínimo, na categoria de sedãs médios e motoristas devidamente treinados e trajando roupa social. Se os taxistas andam vendo mais carros de transporte executivo em Viracopos e na Rodoviária, considerando que o Uber não funciona em Campinas (já tentei usar e o app não deixa você sequer passar da primeira tela), é um ótimo sinal de que o tu-rismo de negócios na cidade está aquecido. Na maioria dos casos, os taxistas precisam ter inteligência para reconhecer que aquele é um serviço geralmente superior, que atende nichos específicos, e que não deveria existir problema nenhum em coexistir com o táxi.

www.onibusdecampinas.com.br

ProvincianismoTaxistas protestam contra aplicativo que sequer está disponívelem Campinas e o Poder Público se posiciona de maneira eleitoreira

Insistir que o transporte individual privado não pode coexistir com o transporte indi-vidual público é o mesmo que as empresas de ônibus do sistema municipal começarem a lutar contra os fretados. No caso do Uber, a diferença em relação ao que existe até o momento é ape-nas de escala. Quando o acesso ao seu trans-porte privado passa a ser possível através de um aplicativo de celular, o potencial de al-cance é muito maior do que ser uma empre-sa pequena de transporte executivo. É isso o que incomoda os taxistas. Não importa que o serviço sequer opere em Campinas. Os ta-xistas querem evitar a todo custo que o Uber chegue aqui. Dizer que o Uber é ilegal, principal-mente, é uma grande hipocrisia. Hipocrisia de quem passou anos e anos sobrevivendo ao lado de empresas fazendo transporte ex-

ERRO Táxis parados na avenida Irmã Serafina durante manifestação de táxis na semana passada: posicionamento incorreto de todos. Foto: Wagner Souza (TODODIA Imagem)

09.08.2015 | interbuss 23

ProvincianismoTaxistas protestam contra aplicativo que sequer está disponívelem Campinas e o Poder Público se posiciona de maneira eleitoreira

ERRO Táxis parados na avenida Irmã Serafina durante manifestação de táxis na semana passada: posicionamento incorreto de todos. Foto: Wagner Souza (TODODIA Imagem)

ecutivo privado. A lei que existe atualmente, se fosse seguida à risca, impediria até as caronas remuneradas, comuns entre univer-sitários que se deslocam semanalmente (ou até diariamente) de e para outras cidades. Sendo razoavelmente coerente com a reali-dade, a verdade é que o transporte privado remunerado (que vai do Uber até a carona remunerada) ainda carece de regulamenta-ção. Os mais liberais já diriam que esse tipo de transporte nem deveria ser regulamen-tado, mas não sejamos tão radicais. Discutir como adaptar as leis à realidade é uma ne-cessidade imediata. Legisladores precisam estar cada vez mais preparados para situa-ções como essa, pois a tecnologia atingiu um patamar que tornou possível que sur-jam cada vez mais iniciativas empreende-doras disruptivas, que alterem radicalmente o mercado. Uber e Airbnb são apenas o

começo. Em minha matéria sobre o Startup Weekend Mobilidade Urbana, realizado em São Paulo, falei um pouco sobre Luiz Can-dreva, CEO da ezPark, uma startup adepta da economia compartilhada que pretende revolucionar o mercado de vagas de esta-cionamento. Repito: é apenas o começo. De fato, legisladores brasileiros e até mesmo o Poder Executivo estão pouco preparados para encarar aquilo do que o mundo empreendedor é capaz nos dias de hoje. O vereador Jaílson Canário (PT) criou um projeto de lei impedindo que o Uber ou qualquer app semelhante opere em Campi-nas. Com isso, um serviço como o Uber, mas por SMS, estaria dentro da lei. Parece piada, não? Do lado do Executivo, a Emdec vem se posicionando junto à imprensa di-zendo que o Uber é clandestino. Então por

que as tradicionais empresas de transporte privado com carros de passeio são legais e existem há décadas? Ou é um discurso a-penas para agradar os taxistas e evitar que a opinião pública sobre o prefeito se torne ainda mais negativa? Aliás, uma das empresas operado-ras dos serviços de táxis executivo e aces-sível em Campinas também presta serviço de transporte executivo privado com sedãs médios e tem até acordo com um hotel. Si-nal de que é, ao invés de reclamar, quem se adapta ao mercado pode não apenas di-versificar seus serviços como faturar ainda mais. Empresas assim possuem chance mui-to maior de sobreviver durante uma crise econômica. Quanto ao despreparo dos ges-tores públicos e legisladores, sem novi-dades.

interbuss | 09.08.201524

HISTÓRIA EM ÔNIBUSGEORGE ANDRÉ SAVY | [email protected]

COLUNAS

Nos últimos anos temos visto uma proliferação de novas leis, normas, “projetos revolucionários” e polêmicos. Uns saíram do papel, outros não. Den-tre as “revoluções” na área de transporte e mobilidade, estão as ciclofaixas que se multiplicaram como num passe de mágica na capital paulista. Além delas, a redução da velocidade em avenidas. E poderemos ter mais surpresas em curto prazo. Essa sede de fazer projetos de grande impacto não é exclusividade deste ou daquele partido. É estratégia de todos eles num momento crítico que o país atravessa. A briga agora é por estatística. Projetos de impacto trazem rapidamente números para apresentar. O problema é que tudo isto carece de bases técnicas; em outras palavras, trata-se de doura-mento da pílula. Vejamos: Quantas pesquisas a campo ou-vimos falar na cidade em que moramos?

A escalada da ausência dos estudos técnicos

Quantas vezes vimos técnicos nas ruas, analisando detalhadamente situação por situação? Talvez quinze, vinte anos atrás, quando não havia tanta rotatividade de pessoal nos órgãos públicos e as secre-tarias trabalhavam em sincronia, com planejamento conjunto. A foto do ponto de ônibus numa avenida que passou por remodelação ilustra bem um caso comum hoje. O setor que elaborou o formato das calçadas, com a faixa gramada, não foi comunicado onde seriam os pontos de ônibus. O resultado foi esse, as faixas gramadas por toda a extensão. Depois que os abrigos dos pontos foram instala-dos, notou-se o erro. Os passageiros em-barcam e desembarcam sobre essa faixa, danificando a grama até ela ser total-mente destruída e formar um buraco no local, que enche de água quando chove. Os usuários de ônibus são obrigados a pu-lar ou literalmente enfiar o pé na água.

Alguém do governo municipal dirá que se trata de caso isolado, que esta-mos sendo injustos na crítica, afinal foram instaladas várias lombadas em pontos perigosos. Esses obstáculos reduziram o número de atropelamentos, basta ver as estatísticas. Pois bem, reduz o número de atropelamentos mas não se trata de mais um obstáculo para atrasar os veículos que levam acidentados para os hospitais, as ambulâncias, carros de resgate? Afinal acidentes não são só nas ruas, e no tra-jeto dos veículos de socorro, cada minuto perdido pode custar vidas. Citando lom-badas, como explicar tecnicamente a lom-bada numa avenida pouco antes de um aclive? O ônibus lotado passa sobre ela, o motorista engata a segunda marcha, joga a terceira mas não consegue subir em ter-ceira, terá que voltar para a segunda. De-pendendo do veículo, até a primeira terá que ser engatada se o aclive for muito

REGULAÇÃO Mudam-se as leis, mas falta muito para melhorar o transporte público. As regulações são feitas sem estudos

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forte. Com radar no lugar de lombada, o veículo manterá a velocidade da via e estará embalado para subir, isto também dependendo da lotação e se a velocidade limitada estiver tecnicamente de acordo. Não é o caso de uma rodovia da região de Jundiaí, duplicada, que teve a velocidade limitada a 60 em seus oito quilômetros. Ao contrário dos carros de passeio que mantém a velocidade constante, o veículo pesado, no caso o ônibus que tem horário a cumprir, perde velocidade. 60 é padrão para avenida urbana, e não rodovia dupli-cada sem travessia de pedestres. Como admitir que órgãos públicos não levem em conta as características próprias dos diferentes meios de transporte e loco-moção na hora de elaborar interferências no sistema viário? Estes são alguns exemplos do que está ocorrendo em nosso país. Sob a justificativa de “segurança”, de se aplicar fórmulas que tem dado certo em outros países, beneficia-se um lado em detri-mento do outro. Países desenvolvidos elaboram projetos em conjunto, envol-vendo os técnicos de todas as secreta-rias. No caso da redução da velocidade, considera-se a topografia local, número de pedestres que atravessam a via, linhas de ônibus, enfim um estudo abrangente para não prejudicar nenhuma área. Se a velocidade reduzida traz mais seguran-ça, é também mais um item somado aos pequenos fatores que comprometem os horários do transporte coletivo em nossas cidades, dentre eles: má localização de pontos; motorista exercendo a função de cobrador (já temos em algumas cidades fiscalização e punição aos motoristas que dirigem fazendo troco); dificuldade para o passageiro identificar corretamente a linha (o Brasil é o oitavo país em número de analfabetos adultos, são cerca de 13 milhões, sem contar os semianalfabetos e pessoas com problemas de vista). Ôni-bus urbanos e suburbanos são parados diariamente pelo usuário em dúvida. Não existe uma norma nacional para deter-minar quantas vezes os letreiros digitais podem alternar nomes sem confundir o usuário que está nas ruas. Não existem es-tudos técnicos. Nossas autoridades estão trazendo para o sistema viário de nossas cidades e rodovias, fórmulas da faculdade sem antes acertar as fórmulas do funda-mental e médio. O resultado está aí, sendo sentido por todos. Temos a imagem de um urbanismo com tudo o que o primeiro mundo aplica. Nada mais que a imagem. No cotidiano, na prática, os velhos pro-blemas estão ali, os asnos em sala de ouro para parecerem menos asno. Ou, o doura-mento da pílula.

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Carros antigos em operaçãopela nova Viação KaissaraO aparecimento de veículos mais antigos que eram da ViaçãoItapemirim em operação pela Viação Kaissara, sucessora datradicional empresa, deu o que falar na semana passada. Emfóruns especializados, sites e redes sociais, as informaçõesacerca desses veículos correram soltas, mas com nadatotalmente confirmado, porém as fotos renderam bastante.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

A letargia do mercado deônibus por conta da criseOs poucos investimentos que estão sendo feitos pelas empresas dosetor de transportes e os reflexos nas montadoras de chassis e decarrocerias também deram o que falar nas redes sociais e sitesespecializados na semana passada. Com quase tudo parado, osproblemas começaram a pipocar em várias cidades que necessitamde renovação de frota, algumas delas em caráter de urgência.

Tiago de Grande | Caio Millennium BRT MBB O-500U Alex de Souza | Comil Svelto MBB OF-1722

Sérgio Carvalho | Walkbus Special 10.5 MBB OF-1724 Reginaldo Vieira | Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS

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Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

A letargia do mercado deônibus por conta da criseOs poucos investimentos que estão sendo feitos pelas empresas dosetor de transportes e os reflexos nas montadoras de chassis e decarrocerias também deram o que falar nas redes sociais e sitesespecializados na semana passada. Com quase tudo parado, osproblemas começaram a pipocar em várias cidades que necessitamde renovação de frota, algumas delas em caráter de urgência.

DICA DE COMUNIDADE

Rodrigues Busshttps://www.facebook.com/groups/223825431154379/

A FOTO DA SEMANA

Cleber de SouzaNeobus New Road N10 MBB O-500RSD | EMTRAM

Grupo criado para postagens de fotos e outras informações sobre ônibus de várias partes do país, sob o comando de André Rodrigues Silva. O grupo é fechado enecessita de autorização prévia para ser aceito.

Alex de Souza | Comil Svelto MBB OF-1722

Reginaldo Vieira | Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FOTOS DA SEMANA

Rafael CaldasComil Svelto MBB OF-1721 E5 | União Transporte

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasCiferal Citmax Volksbus 17 210 EOD | Viação Anapolina VIAN

João VictorBusscar Jum Buss 380 MBB O-500RSD | Expresso Kaiowa

Rayllander AlmeidaMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD | Rápido Federal

João VictorMarcopolo Paradiso G6 1350 MBB O-400RSD | Transbrasiliana

Rayllander AlmeidaMarcopolo Paradiso G7 1800DD MBB O-500RSD | UTIL

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UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Rodrigo GomesMarcopolo Audace MBB OF-1721 E5 | Auto Viação Jabour

Rodrigo GomesMarcopolo Audace MBB OF-1721 E5 | Auto Viação Jabour

Thiago CabralNeobus New Roadn N10 340 MBB OF-1721 E5 | Expresso Recreio

Wesley AraujoNeobus New Roadn N10 340 MBB OF-1721 E5 | Expresso Recreio

Henrique SimõesMarcopolo Viaggio G7 900 MBB OF-1721 E5 | Transmoreira

Henrique SimõesMarcopolo Viaggio G7 900 MBB OF-1721 E5 | Transmoreira

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

interbuss | 09.08.201530

VIAGENS & MEMÓRIAMARISA VANESSA N. CRUZ | [email protected]

Os primeiros ônibus com piso baixo central PBC. Piso Baixo Central. É o que en-tusiastas e funcionários de empresas de ôni-bus o chamam por essa sigla. São aqueles ônibus que possuem o piso baixo entre ei-xos dianteiro e traseiro, e nas laterais o piso tem a mesma altura de um ônibus urbano convencional. Para lembrar: quando o passageiro sobe pela porta dianteira, pisa nos degraus. Em seguida, desce as escadas e paga a pas-sagem ao cobrador. Se quiser sentar nas últimas poltronas, é necessário subir os de-graus. Quando em 2006 a SPTrans queria uma plataforma mais acessível para cadei-rantes e sem utilizar elevador apropriado, alguém (ou a Mercedes-Benz ou a Caio ou a própria SPTrans) teve a brilhante ideia de fazer um ônibus realmente acessível para o conforto dos cadeirantes. Foi um dos sucessos de vendas nas viações paulistanas entre 2006 e 2007. Mas depois de uma enxurrada de compras, a SPTrans optou por reprovar a configuração, pois a subida e descida de degraus quando o ônibus em movimento causava risco de acidentes. Lembro-me quando chegou à empresa Sambaíba o primeiro ônibus Piso Baixo Central, prefixo 2 1333. Circulou como protótipo nas ruas da capital paulista. Havia um segundo ônibus, que chegou a rodar em Campinas como testes: era o prefixo 1835 da Urca (atual VB1). Ambos encarroça-dos como Caio Millennium II. Esses dois veículos foram os primei-ros configurados como Piso Baixo Central a partir do chassi O-500M Buggy. Repare que na última janela lateral, tanto na direita quanto na esquerda, é retangular, o que não é comum nos ônibus Caio Millennium II PBC fabricados após a esses primeiros. Os dois citados não são os primei-ros PBCs. Lembro-me que em uma lista de discussão, em 2007, um participante es-creveu que antes desses dois protótipos da Mercedes-Benz, havia dois ônibus Caio Apache Vip já com a configuração de piso baixo central, sendo que um encarroçado com chassi Agrale, ano 2004/2005, que naquele ano estava rodando na Pádova, em Campinas, com o prefixo 3504, e outro, com chassi Volkswagen, cuja pessoa não lembra-va em que viação estava. Na capital paulistana, as empresas que adquiriram foram: Santa Brígida (70), Sambaíba (180), Via Sul (193), Tupi (8), Ci-dade Dutra (100), e outras empresas que não contei, como as VIPs, Express, Campo

COLUNAS

OS “PBCs” Dois dos primeiros ônibus com piso baixo centralBelo e Gatusa. E a Ambiental só tem 4 PBCs oriundos da Campo Belo. E depois de 2007, nenhuma empresa adquiriu mais veículos, a não ser usados. Por exemplo, a Express com-prou cerca de 40 PBCs usados da Campo Belo. A partir de 2016, estes veículos adaptados iniciarão o seu adeus aos poucos,

até o fim das operações, em 2017. Talvez não deixaremos saudades, mas hoje temos tecnologias mais avançadas, com o sistema BRT, que compõe de veículos preferencial-mente com piso baixo dianteiro e central, e mecanismo para inclinar o ônibus para que as portas fiquem mais perto do asfalto.

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