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CAI NÚMERO DE PASSAGEIROS DE ÔNIBUS NO PAÍS interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 5 7 | 1 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 5 Crise econômica, que causou desemprego, tirou cerca de 300 mil passageiros por dia dos ônibus COMERCIANTES RECLAMAM DE BRT EM UBERABA VIAÇÃO DE GUARULHOS ESTREIA EM BEBEDOURO CAI NÚMERO DE PASSAGEIROS DE ÔNIBUS NO PAÍS Crise econômica, que causou desemprego, tirou cerca de 300 mil passageiros por dia dos ônibus

Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

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Edição com 32 páginas • Concluída às 02h00 (15/08) Destaques: • Reduz número de passageiros no país • Comerciantes reclamam de BRT em via de Uberaba • Conheça as novas linhas perimetrais de SP

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

CAI NÚMERO DEPASSAGEIROS DEÔNIBUS NO PAÍS

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 5 7 | 1 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 5

Crise econômica, que causou desemprego, tirou cerca de 300 mil passageiros por dia dos ônibus

COMERCIANTES RECLAMAM DE BRT EM UBERABA

VIAÇÃO DE GUARULHOS ESTREIA EM BEBEDOURO

CAI NÚMERO DEPASSAGEIROS DEÔNIBUS NO PAÍS

Crise econômica, que causou desemprego, tirou cerca de 300 mil passageiros por dia dos ônibus

Page 2: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

Page 3: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

NESTA EDIÇÃO

30 NOVIDADEPássaro Marron amplia bilhetagem eletrônica

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

14 ADAMO BAZANIColunistas | Alckmin quer ‘socorrer’ Mercedes-Benz

6 NOSSA OPINIÃOA barbárie promovida por taxistas contra o Uber

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

16 PÔSTERMarcopolo Viale, por Fábio Tanniguchi

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

28 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

TODA SEMANA

Ônibus carrega menos passageiros

Crise econômica está tirando milhares de passageiros dos ônibus em todo o país

22 JOSÉ EUVILÁSIOColunistas | As mudanças no transporte de São Paulo - III

25 ECOLOGIATermoelétricas poluem mais que ônibus ligados

Page 5: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

ANO 6 | Nº 257 | DOMINGO, 16 DE AGOSTO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 02h21 (S)EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

NOVIDADEPássaro Marron amplia bilhetagem eletrônica

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Ônibus carrega menos passageiros

Crise econômica está tirando milhares de passageiros dos ônibus em todo o país 09

Trechos estavam sendo renegados; conheça-os

Linhas perimetrais vãovoltar ao sistema de S. Paulo

CIRCULANDO

22

Viagem foi no total de quase cinco horas

Passageiros viaja em pé emônibus da Transacreana

TODA SEMANA

08

Queda no movimento estaria entre os motivos

Comércio reclama decorredor BRT em Uberaba

TODA SEMANA

11

Licitação do transporte paulistano poderá atrasar

São Paulo tem nova datapara consulta pública

NOSSO TRANSPORTE

14

Investimentos prosseguem em fábricas de caminhões

Chineses continuam aacreditar no mercado do país

DEU NA IMPRENSA

20

JOSÉ EUVILÁSIOColunistas | As mudanças no transporte de São Paulo - III

ECOLOGIATermoelétricas poluem mais que ônibus ligados

Page 6: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOFelipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos en-viadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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A barbárie está de volta à ruas. Quase vinte anos depois da briga entre perueiros e empresas de ônibus em várias cidades, agora vemos a batalha entre taxistas e motoristas do aplicativo Uber, também conhecida como carona paga. Da mesma forma que aconteceu na segunda metade dos anos 90 em várias cidades do país, quando perueiros clandestinos queimaram ônibus e agrediram funcionários das empresas, os taxistas estão partindo para a barbárie. Em um excelente ponto de vista, Fábio Tan-niguchi trouxe na semana passada aqui na InterBuss alguns contrasensos dos chamados operadores “legais”, pois é assim que a classe dos taxistas se diz ser, e chama o Uber de clandestino. Ora, não seria momento de, ao invés acontecer a choradeira que está aí, pensar em uma melhoria? É consenso entre a maioria dos usuários de táxi no país que o serviço é péssimo. Muitas vezes os veículos estão em péssimo estado de conservação, outros operam em bandeira 2 o dia todo mesmo sendo proibido, cobranças indevidas de taxas com taxímetro adulterado, briga entre taxistas nas portas de rodoviárias e aeroportos, trajetos mais longos para forçar o pagamento de tarifas mais altas, ou seja, há muito o que melhorar. Vendo no Uber uma alternativa a toda essa ilegalidade promovida pelos “regulamentados”, os usuários obviamente foram atrás do que é melhor. No Uber o passageiro paga antecipado com a utilização de cartão, pois já sabe quanto que sua corrida irá ficar antes mesmo da contratação do serviço, você pode escolher o modelo do carro a ser usado, o motorista é bem postado e educado, além de ser muito solícito, o trajeto do ponto de chamada até a casa da pessoa é monitorado via GPS, ou seja, o passageiro não fica mais horas esperando um táxi chegar com um motorista mal humorado e mal educado, e o que é melhor: dependendo do veículo escolhido, o preço da corrida é menor. Em algumas cidades, como em Campinas, no interior paulista, já há a prestação de serviços de táxis executivos, com uma sistemática similar: os veículos são parecidos com os usados pelos motoristas da Uber, há um acerto antecipado sobre o valor da corrida e os motoristas são melhores. E porque os taxistas comuns não reclamaram quando houve essa implan-tação? Pois parte dos operadores desse sistema executivo são os próprios donos de alvarás de táxis comuns, incluindo até empresas do setor. No final de tudo, parece que são verdadeiras oligarquias que comandam os táxis, pois não se pode mexer em nada que eles já partem para a barbárie. Os veículos dos motoristas da Uber, quebrados em São Paulo na semana passada, como ficam? Os taxistas irão pagar o prejuízo? E o sequestro dos motoristas, a polícia não fará nada a respeito? Como tudo no Brasil é muito lento, a regulamentação do aplicativo continua andando em passos de lesma, sendo que há uma grande chance de tudo ser proibido, e a popula-ção continuar à mercê dos péssimos serviços dos taxistas. Da mesma forma que os serviços de perueiros clandestinos foram regulamentados, a Uber também deveria ser. Na época, muitos políticos dis-seram que os perueiros chegaram para forçar uma melhora no transporte público, mesmo operando com vans caindo aos pedaços e sendo conduzidas perigosamente (isso até hoje). Não seria hora da Uber chegar para melhorar o serviço de táxi? Ou será que isso não é interessante para os oligarcas do trans-porte individual de qualidade duvidosa?

Os táxis querem ter o direito de continuarem péssimos

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

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A IMAGEM MARCANTE

Porto Alegre, RSQuinta-feira, 13 de agosto de 2015

Um ônibus articulado da empresa Viamão subiu na muretade proteção da Avenida Protásio Alves, na capital gaúcha.

Não se sabe exatamente o motivo pelo qual o veículo acabounessa condição, que chamou a atenção de quem passava

pela região. A foto é de Júlio Cordeiro, da Agência RBS.

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Estudante viaja 5 horas em pé com a Transacreana

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

O estudante Edimo França, de 26 anos, diz ter viajado de pé dentro de um ônibus intermunicipal por aproximada-mente cinco horas, entre os municípios de Feijó e Sena Madureira, no interior do Acre. De acordo com ele, a situação ocorreu na noite de sexta-feira (6). A empresa respon-sável teria vendido mais passagens do que assentos disponíveis no veículo. França, que tinha Rio Branco como destino final, diz que comprou o ticket an-tecipadamente, mas quase foi impedido de embarcar por falta de um lugar para sentar.“Comprei minha passagem pela manhã em Cruzeiro do Sul, como consegui uma carona até Feijó mudei o trecho da minha passa-gem e pedi o reembolso. Quando cheguei a Feijó e fui me informar sobre o horário da saída do ônibus, o motorista me informou que não tinha mais vaga e que todas as pas-sagens haviam sido vendidas em Cruzeiro do Sul”, conta. Diante do problema, o rapaz afirma que ligou para a pessoa que teria vendido para ele a passagem e teria ouvido que es-

tava com lugar garantido. “Quando o ônibus chegou às 4h da manhã o motorista não queria nem nos levar. Eu disse que não ia sair do ônibus, que tinha um compromisso”, lembra. Ainda segundo França, ao embar-car em Feijó encontrou um primo que tam-bém estava sem assento e estava de pé no veículo desde o município de Tarauacá. O estudante disse ainda, que outras três pes-soas estava na mesma situação. “Sentei porque um dos passagei-ros pegou carona em uma caminhonete, mas quando chegamos em Sena Madureira entraram outros dois passageiros que tam-bém foram de pé”, disse. O estudante pretende procurar a empresa em Cruzeiro do Sul e pedir que seja feito pelo menos o reembolso do valor pago na passagem. Caso isso não aconteça, vai en-trar com um processo contra a empresa por causa do constrangimento que passou. “A empresa não está preocupada com o cliente, apenas em lucrar. Não quer saber do conforto do cliente, mas dos ga-nhos. Eu tinha reservado a minha passagem desde quinta-feira (6), mesmo assim fiquei

quase cinco horas de pé”, destacou. Ao G1, o responsável pelas vendas das passagens da empresa Transacreana em Cruzeiro do Sul, Francisco Virgulino, disse que caso o rapaz procure a empresa e peça o reembolso será atendido, podendo esco-lher entre receber o dinheiro de volta ou até mesmo outra passagem. “O que importa é que ele fique satisfeito”, diz. No entanto, o gerente afirma que foram oferecidas outras opções ao pas-sageiro para que evitasse o transtorno. “Oferecemos a opção de ele embarcar em outro ônibus que sairia logo em seguida ou até mesmo mudar de horário, e seguir viagem. Foi uma opção dele viajar em pé”, contou. Virgulino enfatizou ainda que quando o mesmo assento é vendido para duas pessoas, a empresa tem a obrigação de disponibilizar uma vaga em outro ôni-bus e reembolsar o passageiro. “Acontece. Não vou dizer que não acontece, porque às vezes a comunicação entre os vendedores falha, mas nós sempre conversamos com o passageiro e resolvemos a situação da me-lhor forma possível”, finaliza.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Acre

G1 Acre | Notícias

interbuss | 16.08.201508

IRREGULAR Um primo da vítima também teve que viajar em pé em ônibus da empresa. Foto: Divulgação da empresa

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AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

16.08.2015 | interbuss 09

Capitais registram 300 mil usuários a menos por dia

Pernambuco

A crise chegou ao transporte pú-blico feito por ônibus. E com força. Levan-tamento anual realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostra que houve uma redução média de 2% no número de pas-sageiros transportados por mês entre 2014 e 2013. Os dados são baseados em nove das principais capitais brasileiras (Belo Horizon-te, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). O percentual representa 300 mil passage-iros transportados a menos por dia. Otávio Cunha, presidente da NTU, entretanto, não associa a queda à crise econômica. Pelo menos por enquanto. As causas seriam a falta de infraestrutura para o sistema. “A produtividade do setor é pre-judicada por causa da queda da velocidade operacional – resultado da falta de corre-dores e até de faixas exclusivas -, o aumento dos custos dos insumos do setor e a com-petição com o transporte individual”, disse. A forma de amenizar tamanho im-pacto, segundo Otávio Cunha, seria o plane-jamento de linhas e itinerários do sistema. “Precisamos de uma política pública que priorize o transporte coletivo. Também é necessário incentivo, subsídios e desone-rações, que dependem exclusivamente de vontade política e do comprometimento de governos”, afirmou. O levantamento da NTU aponta, ainda, que os indicadores operacionais do setor mostram que houve pequena queda na produção – diminuição de 2,4 milhões de quilômetros da oferta de serviço – e au-mento dos preços dos insumos mais repre-sentativos na composição dos custos, como o preço do litro do óleo diesel, que teve au-mento médio de 2,8%. “Mesmo com a queda do número de passageiros e o aumento dos conges-tionamentos nas cidades, as empresas de ônibus estão se esforçando para manter a oferta de serviços, com a inserção de mais veículos para cumprir o mesmo número de viagens programadas pelos órgãos ges-tores”, ressaltou o presidente da NTU.

INDICADORES O principal indicador de produ-

tividade do setor de transporte público, o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK), reduziu em 1,5%, no comparativo entre 2013 e 2014. Em relação à idade média da frota dos sistemas, ela teve um aumento de 4,5%, mas não ultrapassou o período de cinco anos em nenhum dos períodos avali-ados. Isso mostra o quanto a queda de pas-sageiros impacta diretamente o processo de renovação de frota. A tarifa média ponderada registrou queda de 2,5%, motivada pela desonera-ções de tributos e impostos realizadas em 2013 e 2014. Por outro lado, houve aumen-to de 2% no salário médio dos motoristas de ônibus.

Preço médio do óleo diesel O óleo diesel foi um dos principais responsáveis pelo aumento do custo do transporte público. O insumo possui uma representatividade de aproximadamente 25% do custo total. Entre 2013 e 2014,

houve um aumento de 3% no preço médio.

Investimentos O levantamento da NTU mostra que o país possui 94 projetos de BRT em 33 cidades. Do total, 18 estão em operação, 19 em obras e 57 em elaboração. Além disso, são 194 projetos de corredores e 130 de faixas exclusivas, o que mostra a importân-cia de dar continuidade aos investimentos dos governos em mobilidade urbana. Contudo, vale ressaltar que, segun-do levantamento do Ministério das Cidades, apenas 61 dos 1.317 municípios pesqui-sados possuem o Plano de Mobilidade Ur-bana concluído. Entre os que não possuem o plano, apenas 29% estão em processo de elaboração. A proposta da NTU é que o governo federal empreenda maior esforço para capacitar gestores públicos nessas lo-calidades para que os planos sejam desen-volvidos, permitindo avançar na qualidade do transporte público.

Jornal do Commercio | Notícias

CRISE Empresas registraram queda no número de passageiros. Foto: JC Imagem

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TODA SEMANA

Via Diadema-Brooklin completa cinco anos

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

Todos os dias, o assistente de compras Wallace Lisboa, 27, o técnico em manipulação Reginaldo Santos, 41, e a analista de recursos humanos Leydiane Nogueira, 26, saem da região de Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, e utilizam o corredor de ônibus Diadema-Brooklin para irem ao trabalho. Os moradores, que já utilizavam veículos de transporte público na avenida Cupecê antes da inauguração das faixas exclusivas de ônibus, em 31 de julho de 2010, concordam que o tempo de viagem melhorou. “Eu utilizo o ônibus Terminal Di-adema – Morumbi (376M), da EMTU, e faço o trajeto em 20 minutos”, diz o assistente Wallace Lisboa, que embarca na parada Públio Pimentel, em Cidade Ademar, e vai até o ponto final, no Brooklin. Neste mesmo percurso, antes do corredor, ele gastava entre 40 e 45 minutos. Assim como os três moradores de Cidade Ademar, segundo dados divulga-dos pela SPTrans (São Paulo Transportes) e EMTU (Empresa Metropolitana de Trans-portes Urbanos de São Paulo), 340 mil pas-sageiros embarcam e desembarcam por dia nas 24 paradas que são distribuídas pelos 12 km de extensão do corredor. “Há mais ou menos nove anos utilizo a linha Jardim Miriam – Praça João Mendes (5178-10). O que melhorou con-sideravelmente foi o tempo do trajeto”, afirma Leydiane. No entanto, a analista chama atenção para a fila de ônibus que se forma em alguns locais do percurso, como a parada Parque do Nabuco, que fica perto das obras de construção do piscinão. “Isso acontece devido ter apenas uma faixa”, acredita. O técnico Reginaldo Santos tam-bém utiliza a linha Jardim Miriam – Praça Dom Gastão e concorda com Leydiane. Apesar da crítica, o morador enumera a rapidez como um dos pontos positivos do corredor, que começou a ser construído em 1986 na gestão do governador Franco Montouro (PMDB), e foi entregue 24 anos depois, na gestão de Alberto Goldman (PSDB), ao custo de R$ 24,5 milhões. “A localização dos pontos e a op-

ção de ônibus também são outros pontos positivos”, analisa Santos. Entre 6h e 7h da manhã, ele gasta aproximadamente 15

minutos no corredor, da parada Públio Pi-mentel, em Cidade Ademar, até a parada Vereador José Diniz.

São Paulo

Folha de S. Paulo| Notícias

interbuss | 16.08.201510

CORREDOR Via leva milhares de pessoas ao dia com rapidez. Foto: Diogo Marcondes

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Comércio de Uberaba reclama de corredor

16.08.2015 | interbuss 11

Notas Rápidas

Depois do anúncio do Ministé-rio Público de Minas Gerais quanto à per-manência das faixas exclusivas dos ônibus do BRT, em Uberaba, os comerciantes da região central da cidade tiveram que se adaptar, mais uma vez, às mudanças provo-cadas pela não liberação da faixa de estacio-namento ao longo da Avenida Leopoldino de Oliveira. Em uma ótica localizada na Ave-nida Leopoldino de Oliveira, o corte na mão de obra foi a saída encontrada depois que o faturamento da loja caiu 40%. A loja, que já teve sete funcionários, atualmente, conta com apenas quatro. A empresária Helena Silva informou que a queda no movimento começou depois que o sistema BRT entrou em funcionamento. A esperança aconteceu no começo de junho, quando a Prefeitura de Uberaba anunciou que iria acabar com o corredor ex-clusivo para ônibus. A empresária não foi a única que comemorou a mudança. Outros comerciantes viram a decisão como uma vitória da classe que tinha se unido contra as mudanças no trânsito. Mas nesta semana uma nova de-cisão desanimou a categoria. O procurador

geral do Município, Paulo Salge, disse que a Prefeitura não vai mais voltar atrás e o trân-sito continuará como está. O motivo seria uma possível ação do Ministério Público. A Câmara de Dirigentes Lojista (CDL) de Uberaba e o Sindicato do Comér-cio Varejista foram procurados, mas não quiseram comentar o assunto. Contudo, por telefone, o Sindicato informou que já agendou uma reunião com representantes do Ministério Público para, juntos, tenta-rem encontrar uma solução para os comer-ciantes do Centro. Em nota, a Secretaria de Comuni-cação da Prefeitura informou que além do estudo para criação de vagas na Rua Alaor Prata, regulamentará o sistema de estacio-namento rotativo pago, podendo ampliar ou reduzir a área de abrangência das áreas azul e vermelha de acordo com a necessi-dade. A assessoria explicou, ainda, que está previsto em Legislação municipal o In-centivo Fiscal ao fornecedor de serviços de estacionamentos que construir condomínio ou garagem com dois ou mais pavimentos com 80 vagas ou mais. A medida trata de isenção parcial ou total do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

G1 Triângulo Mineiro | Notícias

TCA de Ararasabre concurso para mecânicoe motoristas

O Serviço Municipal de Transportes Coletivos de Araras (TCA) abre concurso pú-blico para os cargos de motorista de ônibus e de mecânico de manutenção a diesel. As inscrições vão até o dia 10 de setembro pelo site da empresa responsável pela organiza-ção do processo seletivo: www.nossorumo.org.br. A taxa de inscrição para os dois car-gos é de R$ 25. Serão oferecidas 20 vagas para motoristas de ônibus e uma delas deve ser preenchida por candidatos com deficiên-cia. O trabalho tem remuneração inicial de R$ 1.422, com 40 horas semanais. Para uma vaga de mecânico de manutenção a diesel a remuneração é de R$ 1.682, com jornada de 40 horas semanais. Para a vaga de motorista os can-didatos devem ter ensino fundamental in-completo, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria D ou superior e ser cre-denciado no curso de transportes coleti-vos. Para a vaga de mecânico de manuten-ção é necessário ter ensino fundamental completo.

Provas De acordo com edital, o processo seletivo terá provas objetiva e prática. A prova objetiva irá conter 30 questões dividi-das em 10 questões de língua portuguesa, cinco de matemática, cinco de conhecimen-tos gerais e cinco de conhecimentos especí-ficos. A realização da prova será no dia 18 de outubro, mas o local e o horário ainda não foram definidos. A data do exame prático também ainda não foi divulgada. Outras in-formações pelo telefone (19) 3543-1820.

G1 São Carlos e AQA | Notícias

Page 12: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

Urbana Guarulhos entrega nova frota à Bebedouro

A Caio Induscar colabora mais uma vez com a melhora do transporte pú-blico, com a entrega de unidades do urbano Apache VIP para a cidade de Bebedouro, SP. A aquisição faz parte do plano de atualização de frota da cidade, com a expec-tativa de atender aos usuários com mais con-forto e segurança. A previsão é que os ônibus comecem a operar durante o mês de agosto. O modelo Apache VIP foi escolhido por aliar design moderno ao baixo custo de manutenção e robustez. Os veículos pos-suem poltrona injetada, janelas laterais com vidros na cor fumê, itinerários eletrônicos

em led e Sistema Eletrônico de Bilhetagem. Para total acessibilidade, os Apache VIP são equipados com elevador, botão de campainha em braile, poltronas reservadas para idosos, pessoas com baixa mobilidade e deficientes visuais com cão guia. Foram instaladas em uma das uni-dades, portas com acionamento elétrico que bloqueiam a ignição do veículo caso as portas estejam abertas. Este item foi instala-do em caráter experimental, com o objetivo de oferecer mais segurança aos usuários. Os ônibus possuem capacidade para transportar 42 passageiros sentados, incluindo portador de necessidades especi-ais, e lotação total para 80 pessoas.

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Da Caio Induscar | assessoria

interbuss | 16.08.201512

Apresentação dos novos ônibus No dia 07 de agosto, o Prefeito do Município de Bebedouro, acompanhado dos Diretores da Viação Urbana de Guaru-lhos (VUG) e autoridades locais, apresentou oficialmente os novos ônibus à população. O evento marca o início das operações da empresa vencedora da licitação, ocorrida após 40 anos na cidade. Na ocasião, idosos e portadores de necessidades especiais pu-deram conhecer os veículos, que foram mui-to elogiados pelo conforto e acessibilidade. Para a Caio Induscar, é gratificante produzir carrocerias que se adaptam às ne-cessidades do cliente, aliando design, tec-nologia e conforto aos usuários.

TODA SEMANAMercado

Empresa foi vencedora da licitação do transporte público da cidade dointerior paulista; Veículos possuem carroceria Caio Induscar Apache Vip

Page 13: Revista InterBuss - Edição 257 - 16/08/2015

16.08.2015 | interbuss 13

Chilena ETM recebe dezunidades do Paradiso 1800

Mercado

Veículos encarroçados pela Marcopolo em Caxias do Sul receberamconfiguração especial no sistema duas classes: leito cama e leito simples

A Marcopolo fez a entrega, re-centemente, de 10 ônibus Paradiso 1800 DD (dois andares) da Geração 7, para o Gru-po ETM – Empresa de Transportes Maullin, uma das principais empresas de transporte de pessoas do Chile que opera naquele país há 50 anos. A aquisição faz parte do con-tínuo processo de renovação de frota rea-lizado pela operadora. Segundo Paulo Corso, diretor

de operações comerciais da Marcopolo, a aquisição dos ônibus pela ETM destaca a excelente aceitação dos modelos Paradiso 1800 DD no mercado internacional. “Os ôni-bus de dois andares proporcionam ainda mais conforto, sofisticação e comodidade aos passageiros, e são ideais para as linhas rodoviárias de médias e longas distâncias”, comenta o executivo. Equipados com chassi Scania K400 IB6x2, os veículos possuem duas diferentes configurações internas: quatro

Da Marcopolo | assessoria ônibus com 20 poltronas leito cama no piso superior e 12 leito no inferior; e seis unidades com 43 poltronas leito. Todos possuem monitores de LCD fixos, bares com geladeiras e aquecedores de líqui-dos, toalete e duas opções do Pacote de Segurança Ativa Scania: o Lane Departure Warning (LDW), que avisa o motorista se o ônibus estiver saindo da pista, e o Adap-tive Cruise Control (ACC), que auxilia na manutenção da distância em relação ao veículo à frente.

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O secretário municipal de trans-portes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nes-ta terça-feira, dia 11 de agosto de 2015, que a prefeitura estendeu até o dia 31 de agosto o prazo de consulta pública para a elabora-ção do edital final de licitação que vai deter-minar como será a prestação de serviços e o modelo do sistema de ônibus da Capital Paulista pelos próximos vinte anos. Além disso, uma reunião ex-traordinária e aberta ao público no Con-selho Municipal de Transportes e Trânsito no dia 20 de agosto, para discutir o edital da licitação. Além disso, o SPTrans irá dis-ponibilizar técnicos para solucionar dúvidas das organizações e da sociedade quanto ao texto da licitação em uma câmara temática, cuja data ficou em aberto. É justamente na fase de consulta pública que a prefeitura recebe as sugestões para que as minutas do edital sejam alteradas e pontos sejam acres-centados ou retirados. O secretário de transportes, Jilmar Tatto, disse que não estão descartados atra-sos no processo de licitação com o adia-mento do prazo da consulta pública. “O fato de adiar significa atrasar. Cada momento que você adia, protela ou discute mais, evidente que vai estendendo o calendário. É natural. Mas é melhor às vez-es você atrasar um pouco e todo mundo se sentir seguro do que está sendo contratado … Tem que ir trabalhando e verificar o que aparece no meio do caminho. Sempre tem uma pedra no meio do caminho. Espero que as pedras sejam cada vez menores”, disse Tatto. As sugestões, opiniões e críticas devem ser dirigidas à Comissão Especial de Licitação, exclusivamente por escrito e protocoladas no setor responsável na Se-cretaria de Transportes, de segunda a sexta-feira das 09 h às 12 h e das 14h às 17h. O endereço é: Rua Boa Vista nº 236 – 8º andar – Centro – SP As participações devem ter assina-tura do interessado ou de responsáveis le-gais no caso de empresas. Na semana passada, conforme noticiou o Blog Ponto de Ônibus em primei-ra mão, entidades internacionais e nacio-nais, como o Greenpeace, o Idec – Instituto de Defesa do Consumidor, Rede Nossa São Paulo e IEMA – Instituto de Energia e

Prefeitura de São Paulo decide prolongar até 31 de agosto prazo para consulta pública

Meio Ambiente, entregaram uma carta à comissão especial de licitação para que o prazo fosse ampliado em mais 60 dias. Se-gundo estas ONGs, o prazo de consulta às minutas, entre os dias 09 de julho e 10 de agosto foi insuficiente para garantir plena participação da sociedade. As entidades dizem que as minutas reúnem mais de 5 mil páginas e o tema é bem complexo, não se limitando à distribuição das linhas, mas interferindo em questões como finanças públicas, viário, acesso ao trabalho e ser-viços básicos e meio ambiente. Sobre o aspecto ambiental, um dos questionamentos é a falta de um crono-grama para a colocação de mais ônibus que reduzam as emissões de poluentes. A lei 14.933, Lei de Mudanças Climáticas, de 05 de junho de 2009, deter-minava a troca anual de 10% da frota para que em 2018 todos os ônibus municipais fossem movidos por combustíveis que não fósseis. A lei ainda está em vigor, mas o pro-cesso de substituição dos ônibus não foi cumprido. Mesmo sabendo que é impossível a substituição de todos os ônibus até 2018, as entidades pedem que ao menos sejam estabelecidas no edital novas metas. “Ainda que o prazo não tenha sido estendido para 60 dias, conforme nossa re-comendação, a realização da reunião públi-ca e a oportunidade de debater os pontos da licitação com os técnicos da SPTrans são uma vitória para a sociedade”, disse em nota o representante do Greenpeace, Vi-tor Leal, da campanha de Clima e Energia da entidade. “Agora, precisamos nos con-centrar para – em conjunto com a popula-ção – aprofundar a discussão sobre o que queremos para o transporte da cidade nos próximos 20 anos, tendo em mente que o tempo ainda é curto e há muito a ser deci-dido”, completou. A licitação deve remodelar os transportes na cidade e desenhar o mode-lo de frota e serviços pelos próximos vinte anos, prazo dos contratos com as empresas de ônibus que ganharem a concorrência. GRUPOS DE LINHAS– Grupo Estrutural, que vai contar com as linhas de maior demanda ligando as regiões da cidade até o centro (linhas radiais) e a

linhas ligando regiões diferentes em cor-redores de ônibus ou vias de grande movi-mento (linhas perimetrais).– Grupo Local de Articulação Regional, que vai ter linhas entre as centralidades de regiões diferentes ou entre as regiões e o centro da cidade sem passar por corredores ou vias de maior fluxo.– Grupo Local de Distribuição, com linhas dentro das regiões, normalmente ligando os bairros aos terminais locais de ônibus ou estações do Metrô e da CPTM. Neste grupo também serão incluídas as redes rurais.

REDES DE SERVIÇOS Serão quatro tipos de serviços, classificados como redes:– Rede de Referência: Dias úteis e sábados– Rede de Reforço: Com linhas que só vão operar nos horários de pico– Rede de Domingos e Feriados: Com linhas e horários específicos para estes dias– Rede da Madrugada: Já em vigor, hoje com 151 linhas que operam entre a meia noite e quatro da manhã.

FROTA, VIAGENS E REMUNERAÇÃO A frota de ônibus da cidade deve ser reduzida dos atuais 14 mil 770 veículos para 12 mil 898 entre micro-ônibus, midi-bus (micrões), ônibus básicos motor dian-teiro, ônibus padron motor traseiro, ônibus padron 15 metros motor traseiro, ônibus articulados (18,6 metros a 21,3 metros), ôni-bus superarticulados (23 metros) e ônibus biarticulados (25 metros a 28 metros). Apesar da redução da frota, o secre-tário municipal de transportes, Jilmar Tatto, disse que o número de lugares no sistema vai aumentar dos atuais 1,2 milhão para 1,35 milhão. Segundo ele, isso será possível pela colocação de mais ônibus de maior ca-pacidade. Os mini-ônbus devem passar dos atuais 4 mil para 250. Já os midis (micrões) devem ir de mil para 2 mil veículos e o total de superarticulados passar dos atuais 500 para 2.500. Com a reorganização das linhas, eliminando as sobreposições e ampliando serviços em corredores de alta demanda, o total de partidas por mês deve aumentar de 245 milhões para 280 milhões. A TIR – Taxa Interna de Remune-ração para as empresas de ônibus deve ser reduzida dos atuais 18% para 9,97% ao ano.

Tatto diz que nova data podeatrasar licitação. Pedido foi

feito por organizaçõesnacionais e internacionais

como Greenpeace, Idec,IEMA e Rede Nossa São Paulo

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

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O governador de São Paulo, Ge-raldo Alckmin, declarou que o estado vai tomar medidas para tentar evitar uma de-missão em massa na Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Uma das alternativas em estudo é a liberação de créditos do ICMS – Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços pelo programa Pró-Veículo, criado para incenti-var a modernização das plantas industriais do setor. O governo do estado já liberou créditos do imposto pelo programa em 2012, quando a General Motors ameaçou demitir mil e 500 trabalhadores. O dinheiro foi concedido para a modernização da fá-brica de São José dos Campos, no interior de São Paulo. A GM não realizou os cortes após ter recebido os créditos. Nesta semana, o secretário estadu-al de Emprego e Relações do Trabalho, José Luiz Ribeiro, deve se reunir com o presiden-te do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, para discutir quais ações podem ser tomadas. Desde a última sexta-feira, dia 07 de agosto, até o próximo dia 21 de agosto, toda a produção de ônibus, caminhões e componentes da Mercedes-Benz está para-da na planta de São Bernardo do Campo, a principal da empresa no País. A Mercedes informa que existem hoje na unidade aproximadamente 2 mil trabalhadores “excedentes” A fabricante ainda diz que a crise econômica brasileira gerou fortes impactos em diversos setores e restringiu os inves-timentos públicos diminuindo “drastica-mente” a demanda por veículos comerciais, como ônibus e caminhões. De acordo com dados da Anfa-vea- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores no acumulado entre janeiro e julho deste ano, a queda na produção geral de veículos foi de 18,1% em relação ao mesmo período de 2014. Os seg-mentos de comerciais pesados ainda são os mais afetados já que refletem a situação de outros setores e dos cofres públicos que financiam obras de mobilidade urbana. A produção de ônibus teve retração de 28,9% e a de caminhões registrou desempenho pior ainda, de 45,4%. A queda de licenciamentos de ôni-

Alckmin promete “socorrer” Mercedes-Benz para evitarduas mil demissões

bus Mercedes-Benz foi de 15,2%. Em relação aos caminhões da marca alemã, o quadro é o seguinte: -15,1% para semileves, -28,8% para leves, – 19% para médios, -37,4% para semipesados, – 61,6% para pesados. Os números da Mercedes-Benz não chegam a ser os piores entre as mar-cas. No segmento de ônibus, a Scania teve queda de 73,7% nos licenciamentos e, en-tre os caminhões pesados, por exemplo, a Ford teve baixa de 64% entre janeiro e julho deste ano em comparação com igual período de 2014, de acordo com os dados da Anfavea.

MERCEDES-BENZ PODE ADERIR AO PPE Na metade do ano, foram cortados 500 trabalhadores da Mercedes, dois quais 250 colocados em lay-off e 250 desligados. Desde o dia 14, a empresa está com um PDV – Programa de Demissão Vo-

luntária, mas a adesão está baixa. O PDV vai até o próximo dia 14. No início de julho, a Mercedes propôs a redução da jornada de trabalho em 20% e dos salários em 10% em troca de estabilidade por um ano, mas 74% dos tra-balhadores rejeitaram. A montadora diz que pode rever os cortes caso seja aplicado na empresa o PPE – Programa de Proteção ao Emprego, pelo qual a redução dos salários pode chegar a 30%, mas com 15% sendo cobertos pelo FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador. A empresa informou que vem tentando evitar cortes com medidas como as demissões voluntárias, diminuição da quantidade de dias trabalhados na semana, férias coletivas, lay-off, mas as ações têm sido insuficientes porque a desaceleração das vendas de veículos comercias está bem maior que o previsto no início do ano.

Governo do Estado estuda alternativas. Uma delas seria liberar créditos

do ICMS. Produção de caminhõese ônibus está totalmente

parada em São Bernardo do Campo

ÔNIBUS MERCEDES-BENZ Alckmin pode liberar créditos do ICMS para evitardemissões, como fez com GM no ano passado

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interbuss FÁBIO TANNIGUCHIMarcopolo VialeCia. Carris Porto-Alegrense, em Porto Alegre/RS

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Artigo: O futuro da eficiência no transporte A lenta recuperação econômica, os preços voláteis dos combustíveis a die-sel, os controles ambientais mais rigorosos, e o foco mundial em segurança alimentar e no transporte das cargas, colocam uma enorme pressão sobre todos os elos da ca-deia de frio. Transportadoras de refrigera-dos não podem fazer muito com relação aos preços dos combustíveis a diesel, então de-vem focar em reduzir seu consumo e assim diminuir o impacto do aumento dos preços e melhorar a rentabilidade da operação. Muito tem sido feito nas últimas décadas para melhorar a eficiência do combustível dos caminhões. Mas os opera-dores experientes sabem que as tecnolo-gias inovadoras e melhores práticas opera-cionais irão ajudá-los também a conseguir uma melhor eficiência de combustívelem suas Unidades de Refrigeração para Trans-porte (TRUs). A tecnologia evoluiudrasti-camente desde a chamada”era do gelo” do transporte refrigerado, 75 anos atrás. Os próximos 75 anos certamente irão apresen-tar muito mais inovações direcionadas ao cliente em tecnologia, serviço se operações igualmente impactantes. Combustíveis representam o maior componente dos custos operacionais totais para a maioria dos operadores de frotas re-frigeradas. Os Fabricantes de Equipamentos Originais, os OEMs, de Unidades de Refri-geração para Transporte têm feito grande progresso na melhoria da eficiência de combustível nos últimos anos. Por exem-plo, testes rigorosos mostram que a linha de última geração Precedent™, da Thermo King – fabricante de sistemas de controle de temperatura de transporte da Ingersoll Rand – são de 10 a 30 por cento mais efi-cientes do que muitos unidades anteriores, conforme o modelo e modo de operação. Esta melhoria foi conseguida através da uti-lização de uma arquitetura totalmente nova que também aumenta a sustentabilidade, confiabilidade, tempo de funcionamento e os custos totais durante o ciclo de vida. Os Fabricantes de Equipamentos Originais irão, sem dúvida, continuar a desenvolver tecnologias que pagarão por si mesmas ao longo do tempo, com maior economia de

combustível, menores custos operacionais e maior confiabilidade. Motores a diesel altamente efici-entes continuarão a alimentar unidades de refrigeração na maioria dos caminhões que trafegam rotas de longo curso, semirre-boques e vagões ferroviários em um futuro próximo. Mas os Fabricantes de Equipamen-tos Originais estão progredindo com outras tecnologias e combustíveis, incluindo uma nova geração de motores híbrido-elétricos em Unidades de Refrigeração para Trans-porte. Com abundante oferta e menor custo, o gás natural está emergindo como uma opção de combustível viável, principal-mente em destinos de curta distância, pelo menos até que a infraestrutura rodoviária interestadual adequada seja desenvolvida. Controles eletrônicos avançados têm sido um dos principais contribuintes para melhorar a economia de combustível nos últimos anos. Os sistemas de controle atuais interligam automaticamente as Unidades de Refrigeração para Transporte através de seus vários modos de operação, mantendo os parâmetros e controle dese-jados para uma determinada carga ou até mesmo para várias cargas transportadas no mesmo veículo. O uso de tecnologias de controle automatizado liga/desliga pode re-duzir o consumo de combustível em até 80 por cento, em comparação com a operação do equipamento em modo contínuo. Com novas soluções inteligentes, operadores de frotas refrigeradas podem conseguir ainda mais a economia de com-

bustível. Ferramentas analíticas dão aos o-peradores de frotas e seus clientes os dados necessários para determinar os parâmetros de referência e de controle para uma deter-minada carga. Estes recursos levam em conta variáveis como o tamanho da carroceria, tipo de isolamento, tipo de carga e tama-nho, aberturas de portas, temperatura de ajuste e de reinício, modo de funcionamen-to e temperatura ambiente, para permitir que os operadores e seus clientes escolham os parâmetros de controle ideais para uma carga específica. Estudos feitos pela Thermo King têm mostrado que o aumento da tem-peratura do ponto de ajuste de apenas um grau gera resultados tanto quanto uma melhoria de dois por cento na economia de combustível em uma unidade de refri-geração. A capacidade de fazer um modelo “e se” utilizando múltiplas variáveis oferece aos transportadores e operadores as infor-mações que precisam para tomar decisões apoiadas em dados para melhorar a eficiên-cia e reduzir os custos com combustível, e ao mesmo tempo proteger a segurança e frescor da carga. Muitas coisas mudaram desde o início da indústria de transporte refrigerado há 75 anos, mas a missão da indústria não. Agora, como antes, fabricantes de camin-hões frigoríficos e Unidades de Refrigeração para Transporte, e comerciantes e prestado-res de serviços são dedicados a transportar carregamentos sensíveis à temperatura – do produtor ao consumidor – de forma segura, confiável e econômica. Embora seja impossível prever o preço do combustível a diesel, existe muita coisa que os proprietários e operadores de frota podem fazer para melhorar a eficiên-cia do combustível, suavizar o impacto da volatilidade dos preços e melhorar o seu desempenho financeiro e operacional. O usa de tecnologias inovadoras de economia de combustível em Unidades de Refrigera-ção para Transporte e práticas operacionais corretas precisam ser parte da estratégia de todos os operadores no futuro. * Doug Lenz é diretor de Gerencia-mento e Marketing de Produtos da Thermo King na América do Norte

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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PSV apresenta a novaJetvan 2016 sobre Sprinter

A nova Jetvan 2016, desenvolvida numa Mercedes-Benz Sprinter, é a mais re-cente aposta da Procopio Special Vehicles (PSV) para o segmento de transporte exe-cutivo de luxo. “O modelo foi inspirado no design dos mais luxuosos jatos e apresen-ta uma configuração personalizada, com acabamento e adereços nunca vistos antes no mercado de implementação de vans de luxo”, afirmou Kennedy Bacarin da Silva, di-retor comercial da PSV. A Jetvan 2016, chamada pela em-presa de “verdadeiro jato sobre rodas”, é equipada com os principais itens de um escritório, como poltronas “aviation style” revestidas em couro e com diversas funções de massagens, Tv´s de Led Ultra HD, frigo-bar, bar executivo, Apple TV, modem wi-fi com internet 4G, Playstation 3, persianas automatizadas, divisória de privacidade, in-terfone e Toilet a bordo. A PSV direciona a Jetvan 2016 para o nicho de veículos de luxo, atendendo a celebridades, empresários, executivos, che-fes de estado, jogadores de futebol, líderes religiosos e banqueiros, entre outros que busquem uma alternativa de transporte muito sofisticada e discreta em seus deslo-camentos. Fotos: verticalimagens.com.br

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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DEU NA IMPRENSA

Chineses ainda acreditam no Brasil, mesmo na crise O mercado nacional de caminhões está com uma atividade fraca quando com-parada ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho deste ano, a indústria na-cional de caminhões comercializou 42.983 veículos ante 75.611 unidades no mesmo período de 2014, de acordo com dados de licenciamento da Anfavea, que contempla apenas as marcas afiliadas. Diante desses números, não é difícil concluir que o mercado está “ruim” para todos. Apesar de muitas lamentações, a vida segue e as montadoras precisam manter as suas atividades. Entretanto, a at-ual situação da economia amplia a descon-fiança de que algumas montadoras podem não resistir ao momento e encerrarem as suas atividades no Brasil, especialmente as chinesas que são empreendimentos de empresários brasileiros e que pouco con-tam com o apoio financeiro de suas ma-trizes. Considerando as especulações inspiradas em análises rasas, tendo como pano de fundo a crise econômica e de credibilidade do Brasil, bem como o lento amadurecimento de algumas operações, as empresas Shacman e Sinotruck decidiram se manifestar e transmitir uma mensagem de confiança com os pés no chão e de re-tomada do mercado no futuro. A Foton foi procurada, porém não conseguimos uma resposta a tempo. Informaremos o seu posi-cionamento posteriormente. “Estamos batalhando arduamente para que nossa história seja diferente. E te-mos tudo pra isso, haja visto o que já foi de-senvolvido, ainda que mais recentemente a passos muito lentos, nestes 5 anos de ope-ração. Diferente das outras chinesas, temos um frota com alguma significância no país (cerca de 2.500 unidades) e uma rede de 26 concessionarias. Nosso caso é bem mais complexo que a Yunlihong (que desistiu de seu projeto no Brasil), todos sabemos disso. Vamos até o fim!”, destacou Marcel Wolfart, diretor da Sinotruk Brasil. Em comunicado oficial, a Shacman mudou o tom de outrora em que afirmava que em poucos anos estaria entre as líderes do mercado de caminhões no Brasil e diz que continua focada no projeto de desen-

volvimento da planta nacional. “Atualmente estamos trabalhando no projeto de nacio-nalização e realizando testes (numa base que a Shacman tem no Brasil em local não divulgado) da linha de caminhões militares VOP1, apresentados em abril de 2015 na feira LAAD Security e Defence no Rio de Ja-neiro. Hoje as forças armadas utilizam veícu-los do tipo VOP2, ou seja, adaptados para o uso militar. Paralelo a isso a Shacman está com uma equipe de diretores de ambas as em-

presas trabalhando para finalizar detalhes técnicos e de engenharia da joint venture da planta situada em Tatuí (SP). Apesar do mercado estar em um momento de retração, a Shacman continua acreditando no Brasil, especialmente por que seu plano de produzir veículos con-templa volumes muitos menores do que os competidores, e seu público-alvo (trans-portadores de grãos, outros transportes pesados e agrobusiness) são mercados que não tiveram retração.”

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Chega nova geração do sistemaEmergency Brake Assist da MAN

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A nova geração de EBA (Emergency Brake Assist) foi apresentada pela MAN, na Alemanha. O sistema combina a informação a partir de sensores de radar instalados na parte dianteira da cabine com os dados da câmera integrada no para-brisas. Com a inte-gração dos sensores, o sistema pode detectar situações perigosas ainda mais rápida e se-gura, iniciando uma frenagem de emergên-cia em caso de perigo real de colisão. No caso de uma frenagem de emergência, o ESS (Emergency Stopping Sig-nal / Sinal de freio de emergência) também é ativado, assim como as luzes de freio e o pisca-alerta, numa tentativa de prevenir uma colisão em sua traseira. O novo sistema passa a ser item pa-drão veículos europeus da MAN, já estando em conformidade com os requisitos mais rigorosos da União Europeia, que serão o-brigatórios a partir de novembro de 2018.

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Transporte aéreo de orgãoshumanos cresce no Brasil

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Durante o primeiro semestre de 2015, as companhias aéreas Avianca, Azul, Gol e Tam, que integram a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), transportaram 2.785 órgãos, tecidos, itens e equipes médicas. O serviço é fornecido gra-tuitamente desde 2001 e integra a rede de transplante de órgãos de Sistema Único de Saúde (SUS). “A participação da sociedade segue sendo parte central desse esforço. É de suma importância que as pessoas que têm interes-se em doar órgãos manifestem essa vontade no seu círculo de relacionamentos”, diz Edu-ardo Sanovicz, presidente da ABEAR. Em 2014, as companhias aéreas as-sociadas transportaram 7.957 itens por via aérea, um substancial crescimento sobre os 6.938 itens transportados em 2013. Tal au-mento ocorreu após a assinatura do termo de cooperação de 2013 entre o Ministério da Saúde, ABEAR, Secretaria de Aviação Civil,

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Força Aérea Brasileira, Infraero e os aero-portos concessionados. “Os ganhos de agili-dade nas decisões relativas ao transporte de

órgãos para transplante cresceram substan-cialmente após a implantação do convênio”, finaliza o executivo.

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CIRCULANDOJOSÉ EUVILÁSIO SALES BEZERRA | [email protected]

COLUNAS

Uma das grandes mudanças que virão com a nova licitação é uma ênfase na criação de linhas de ônibus perimetrais. Esse tipo de linha cruza regiões opostas da cidade sem passar pelo centro ou seguindo por avenidas com grande fluxo de veículos. Nos últi-mos anos, esse tipo de linha foi sendo trocada por linhas de conexão através de duas linhas locais independentes. Mas, pelo projeto apresentado, elas voltarão com boas novidades. Algumas dessas linhas perimetrais irão atender vias com pouco fluxo de ônibus, como a Avenida dos Bandeirantes, Av. Salim Farah Maluf e Marginal do Tietê, ligando regiões dis-tantes e que hoje, em sua maioria, não tem uma ligação direta. A seguir, algu-mas das linhas propostas pela Prefeitura de São Paulo:

Terminal Penha – Terminal Lapa – fará a ligação entre dois terminais: o Penha, na zona leste, e o Lapa, na zona oeste. É a velha Penha – Lapa voltando em grande estilo. O trajeto é “Via Marginal Tietê” di-reto, ida e volta. No que pese o transito da via local da Marginal, é um trajeto que pode facilitar o deslocamento de muita gente. A linha terá cerca de 20km por sentido. Será operada por ônibus pad-ron, com frota estimada de 20 veículos.

Metrô Jabaquara – Metrô Butantã – fará a ligação entre as duas estações de Metrô: a última da linha 1-Azul (Jabaquara) com a última da linha 4-Amarela (Butantã). O trajeto é via Avenida dos Bandeirantes. Essa avenida, que é o limite sul do centro expandido paulistano, não tem nenhuma linha municipal que percorra toda a sua extensão. O trajeto tem cerca de 14km em cada sentido e será operada por 19 veículos articulados.

Terminal Sacomã – Metrô Santana – com algumas alterações, é a versão di-urna da linha noturna N507/11 Terminal Sacomã – Metrô Santana. Ela corta parte da zona norte e percorre toda a extensão da Av. Salim Farah Maluf, o limite leste do centro expandido da capital. A linha terá cerca de 23km em cada sentido e será operada com 28 ônibus padron.

Terminal Campo Limpo – Pedreira – é outra linha que remonta a uma mais an-tiga, já extinta, a Jd. Apurá – Campo Lim-

Perimetrais

po. Diferentemente da antiga, esta nova tem um trajeto mais direto, circulando por vias de tráfego intenso. Ela percorre a Av. Nossa Senhora do Sabará, passa pelo

Terminal João Dias, Av. Carlos Caldeira Filho e Estrada do Campo Limpo. A linha contará com 20 ônibus articulados e terá cerca de 20km de extensão.

A remodelação do sistema trará de volta um tipo de linhaque estava sendo renegada no transporte paulistano

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A remodelação do sistema trará de volta um tipo de linhaque estava sendo renegada no transporte paulistano

As linhas perimetrais são essen-ciais para o bom deslocamento dentro da cidade. Elas evitam deslocamentos

desnecessários, como uma passagem sem sentido pelo centro da cidade. Com isso diminuem a lotação das linhas es-truturais e otimiza o uso do sistema de

transporte. Elas são parte importante de um sistema de transporte que pretende ser eficiente.

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ECOLOGIA

Termoelétricas poluem mais que todos os ônibus juntos De acordo com o balanço de julho de 2015, o mais recente, do Denatran – Departa-mento Nacional de Trânsito, no Brasil existem registrados 585 mil 091 ônibus e 370 mil e 672 micro-ônibus. Agora, imagine se todos estes veículos, a grande maioria movida por diesel, estivessem ligados ao mesmo tempo. A polu-ição com certeza seria grande. No entanto, o maior uso das termelétricas, que geram ener-gia através de sistemas abastecidos por óleo diesel ou pela queima de carvão, emitiu o equivalente a todos os ônibus e micro-ônibus do País, como observou o engenheiro florestal, Tasso Azevedo, coordenador Sistema de Esti-mativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa – Seeg. Nesta terça-feira, 11 de agosto de 2015, o Seeg, que integra o Observatório do Clima, di-vulgou o relatório de emissões e, pela primeira vez fez as comparações entre as últimas quatro décadas. O Blog Ponto de Ônibus teve acesso a integra do relatório. “Considerando só as emissões da eletricidade, causado pelas térmi-cas, o aumento das emissões de 2012 a 2013 no Brasil equivale a todas as emissões de ôni-bus do Brasil” – disse. O maior uso das termelé-tricas está sendo necessário para contornar a crise hídrica que atinge o Brasil, não apenas São Paulo. Foi a partir de 2013, que as termelé-tricas foram mais acionadas. E foi justamente nesta época que as emissões correspondentes ao setor de energia, que incluem transportes e energia elétrica, tiveram alta de 8%. A queda no desmatamento traz um cenário alentador, mas não pode ser analisada de forma separada, como fazem os Ministérios do Meio Ambiente e de Relações Exteriores. Contando com as taxas de redução do des-matamento na Amazônia, houve queda nas emissões totais de emissão de gás carbônico. Mas tirando este fator e considerando o maior número de poluição das termelétricas e dos veículos, entre 1990 e 2013, o nível de gás car-bônico lançado na atmosfera brasileira mais que dobrou. “O setor de energia foi o que apresen-tou maior pressão, com incremento de 103%, seguido de processos industriais e resíduos, com aumentos de emissões em 93% e 68%, e do setor agropecuário, cuja alta registrada foi de 46% no período de 1990 a 2013. … Como consequência, a mudança de uso da terra (re-sultante especialmente do desmatamento),

que durante os anos 1990 chegou a 70% das emissões brasileiras, caiu para 35% em 2013. As emissões de agropecuária também tiveram crescimento continuo, mas menor que o de energia. Como resultado, as emissões de e-nergia superaram as emissões de agropecuária pela primeira vez em 2012 e ampliaram essa diferença em 2013. Quando consideradas as emissões líquidas, a energia já é a principal fonte de GEE do Brasil, com 39% das emissões, seguida da agropecuária, com 36%. Entre 1970 e 2013, houve um crescimento de quase 300% nas emissões de energia” – revela trecho do relatório ao qual o Blog Ponto de Ônibus teve acesso. No mesmo relatório, o Seeg mostra o panorama geral das emissões no Brasil com os recortes dos últimos 23 anos e dos últimos 40 anos. “Entre 1990 e 2013, as emissões bru-tas de GEE (Gases de Efeito Estufa) brasileiras passaram de 1,83 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (Gt CO2 e) para 1,59 Gt CO2 e – uma queda de 15%. A trajetória das emissões, contudo, teve períodos distintos de crescimento e redução de emissões, superando 2,8 Gt CO2 e em 1995 e 2004, e caindo quase à metade desse valor (1,4 Gt CO2 e) em 2012. En-tre 2012 e 2013, houve um aumento de 8% das emissões apesar da quase estagnação da eco-nomia (crescimento do PIB menor que 1,5%, segundo IBGE). No mesmo período (1990-2013), as emissões globais cresceram de forma quase contínua mais de 35%, alcançando cerca de 52 bilhões de toneladas (Gt CO2 e) em 2013. No Brasil, as variações ao longo do tempo são explicadas especialmente pelas alterações do uso da terra, em especial o desmatamento na Amazônia, que já chegaram a representar mais de dois terços das emissões brasileiras e atual-mente caíram para um terço do total. Quando consideradas as emissões brutas, as mudan-ças de uso da terra representam ainda a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no Brasil.” O relatório mostra que a gravidade das emissões do setor de energia, que engloba energia elétrica e combustíveis para os trans-portes é a mais preocupante. Desde 1970, o aumento das emissões do setor foi de quatro vezes, sendo que nos últimos cinco anos, mes-mo após a Política Nacional sobre Mudança do Clima, tiveram alta de 34%. Já o uso de fontes renováveis de energia, que estavam em expan-são, voltou a recuar. Nos anos de 1990, entre todas as atividades, incluindo transportes e geração de eletricidade, as fontes renováveis

Adamo Bazani |[email protected] superaram 50%. Em 2014, eram de 40%. O setor de energia se tornou o segun-do mais poluente do Brasil. O transporte lidera neste setor, com especial destaque para motos e carros de passeio: O setor de energia – incluindo produção e consumo de combustíveis e ener-gia elétrica – representa a segunda maior fonte de emissões de GEE no Brasil, com 29% das emissões em 2013, atrás apenas de mudança de uso da terra, com 35% das emissões. Esse é o setor onde mais crescem as emissões nos últimos anos. Entre 1970 e 2013, as emissões se multiplicaram por quatro. Nos últimos cinco anos, portanto após aprovação da Política Na-cional sobre Mudança do Clima, as emissões de energia aumentaram 34%, especialmente devido à queda da participação do etanol e ao aumento do consumo de gasolina e diesel, além do aumento de geração termoelétrica no Brasil. A participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira, que nos 1990 chegou a superar 50%, caiu para 41% em 2013 e em 2014 fi cou abaixo de 40% pela primeira vez desde que o Ministério de Minas e Energia começou a fazer os levantamentos. com amplo predomínio do petróleo (72% em 2013), segui-do do gás natural (17%) e do carvão (6%). Entre 2000 e 2013, o crescimento mais expressivo se deu no gás natural, que triplicou as emissões no período, seguido do petróleo. Quando ob-servadas as emissões por diferentes atividades, o transporte lidera as emissões, com 47% em 2013 (esse percentual era 38% em 1990). A partir de 2009, houve forte crescimento das emissões desse setor, em especial no trans-porte de cargas e no transporte individual de passageiros. O consumo de gás natural tam-bém deu um salto, na esteira do aumento de geração elétrica a partir de térmicas devido à crise das hidrelétricas. No caso dos veículos de passageiros, o crescimento das emissões se deu por dois fatores. Primeiro, o forte aumento da quilometragem rodada por carros de pas-seio e motos, que cresceu, respectivamente, 68% e 120% entre 2006 e 2013, segundo dados elaborados a partir do Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automo-tores Rodoviários 2013 (MMA, 2014). O Observatório do Clima reúne 30 ONGs em prol do meio ambiente e especia-listas independentes. A sugestão é de que o Brasil reduza até 2030 as emissões de gás car-bônico para 1 gigatonelada.

Setor de energia vira o vilão da poluição no Brasil, mais do que os ônibus

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Atrasos da nova licitação dotransporte em São PauloAs mudanças que estão previstas para acontecer no transportecoletivo urbano de São Paulo continuam dando o que falar, e nasemana passada o atraso no certame foi um dos assuntos maiscomentados nas redes sociais e nos fóruns especializados. Foi nasemana passada também que começaram a operar os primeirossuperarticulados com nova configuração interna e externa.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

As mudanças de linhas entrepequenas e grandes empresasAs trocas de linhas que ainda estão acontecendo entre diversasempresas brasileiras continua rendendo muito assunto e debate nasredes sociais e nos sites especializados. Na semana passada novasempresas apareceram interessadas em operar linhas da Reunidas deCaçador, que está se redimensionando ao novo mercado detransporte rodoviário de passageiros.

Sérgio Carvalho | Marcopolo Viaggio G6 1050 MBB O-500R Iury Mello | Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420

Tiago de Grande | Caio Mondego MBB O-500UA Gustavo Bayde | Marcopolo Viale BRT MBB O-500M

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16.08.2015 | interbuss 27

Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

As mudanças de linhas entrepequenas e grandes empresasAs trocas de linhas que ainda estão acontecendo entre diversasempresas brasileiras continua rendendo muito assunto e debate nasredes sociais e nos sites especializados. Na semana passada novasempresas apareceram interessadas em operar linhas da Reunidas deCaçador, que está se redimensionando ao novo mercado detransporte rodoviário de passageiros.

DICA DE COMUNIDADE

Transportes DF e Entornohttps://www.facebook.com/groups/394444647237733/

A FOTO DA SEMANA

Raphael MalacarneMafersa M-210 Turbo Trólebus | Viação Piracicabana

Grupo criado para postagens de fotos e outras informações sobre ônibus de várias partes do Distrito Federal e entorno. O grupo é público e não precisa de notificaçãoprévia para acessar.

Iury Mello | Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420

Gustavo Bayde | Marcopolo Viale BRT MBB O-500M

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SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FOTOS DA SEMANA

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD | Expresso Marly

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1800DD Volvo B450R | Catedral

Rayllander AlmeidaBusscar Vissta Buss MBB O-400RSD | Santa Izabel Turismo

Rayllander AlmeidaMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420 | São Cristovão

Gean BritoMarcopolo Paradiso GV 1150 Scania K113TL | Pluma

João VictorMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K310 | Real Bus

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16.08.2015 | interbuss 29

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Felipe SisleyMarcopolo Torino MBB OF-1519 E5 | Auto Ônibus Fagundes

Felipe SisleyMarcopolo Torino MBB OF-1519 E5 | Auto Ônibus Fagundes

Felipe SisleyMarcopolo Torino MBB OF-1519 E5 | Rio Ita

Felipe SisleyMarcopolo Torino MBB OF-1519 E5 | Rio Ita

Rafael CaldasCaio Apache Vip Volksbus 17 260 OD | Viação Araguarina

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K360 | Tocantins

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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NOVIDADE

Pássaro Marron lança novo sistema de bilhetagem

No último domingo (9) a Pássaro Marron implantou o novo sistema de Bi-lhetagem Eletrônica em mais cinco linhas rodoviárias da EMTU, chegando a um total de 19 linhas já circulando com a mudança na região. O sistema inovador chega por meio do “Cartão Passe Fácil”, que é gratuito, e trará melhorias na prestação de serviço aos usuários e no gerenciamento do siste-ma de transporte, maior segurança nos ôni-bus e terminais, com a diminuição do vol-ume de dinheiro a bordo, além da redução no tempo de embarque e desembarque.

Como funciona Ao embarcar e entregar a passagem ou dinheiro para o motorista, a pessoa rece-berá um cartão eletrônico para passar pela catraca. Este permanecerá com o passageiro até o momento do desembarque. Chegando ao destino, o passage-iro deverá aproximar o cartão no validador conforme instruções descritas no próprio aparelho. Em seguida, é necessário de-positar o cartão no local indicado. Um sinal verde se acenderá e o passageiro poderá desembarcar.

Sobre o Cartão Passe FácilCartão Comum Cartão recarregável e intransfe-rível. Para adquirir, é necessário comparec-er a uma das agências da Pássaro Marron e Litorânea e fazer o cadastro na hora. A primeira via é gratuita.

Cartão Estudante Os estudantes deverão se cadas-trar no site www.emtu.sp.gov.br/passe. Após a liberação da EMTU, deverão compa-recer a uma agência mais próxima com os seguintes documentos: 1 foto 3x4, RG, CPF e carteirinha da EMTU carimbada pela insti-tuição de ensino no mês vigente.

Cartão Pagante Embarcado O usuário paga a passagem direta-mente para o motorista e recebe esse cartão com o trecho a ser seguido. Ao desembarcar,

o cartão deve ser depositado no coletor. A Bilhetagem Eletrônica será im-plantada gradativamente em todas as linhas rodoviárias (EMTU) do Vale do Paraíba e Lito-ral Norte. Os passageiros podem adquirir o

Da Pássaro Marron | assessoria

“Cartão Passe Fácil” e inserir os créditos nas agências das linhas correspondentes da Pássaro Marron e Litorânea. Para dúvidas e outras informações o passageiro deve ligar para 0800 2853047.

Linhas metropolitanas sob gestão da EMTU estão recebendo novo sistemade bilhetagem eletrônica de forma gradual. Mais cinco linhas ganharam

ELETRÔNICO Sistema está sendo implantado de forma gradual. Foto: Divulgação

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