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TRANSPÚBLICO ENFRAQUECIDA interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 6 1 | 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 5 Com poucos lançamentos, a feira parecia estar refletindo a crise no setor de transportes ÔNIBUS DA COLITUR CIRCULA COM PORTA ABERTA VOLVO MOSTRA O 7900 ELÉTRICO NA BUSWORLD TRANSPÚBLICO ENFRAQUECIDA

Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

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Edição com 32 páginas • Concluída às 21h10 (011/09) Destaques: • Feira Transpúblico enfraquecida em meio à crise econômica • São Paulo quer corredor em rodovia • José Euvilásio apresenta ônibus elétrico que está na capital paulista

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

TRANSPÚBLICOENFRAQUECIDA

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 6 1 | 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 5

Com poucos lançamentos, a feira pareciaestar refletindo a crise no setor de transportes

ÔNIBUS DA COLITUR CIRCULA COM PORTA ABERTA

VOLVO MOSTRA O 7900 ELÉTRICO NA BUSWORLD

TRANSPÚBLICOENFRAQUECIDA

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

NESTA EDIÇÃO

22

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

14 ADAMO BAZANIColunistas | Cresce adesão ao novo chassi da Iveco

6 NOSSA OPINIÃOHaddad não pode proibir o Uber em São Paulo

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

22 A GRANDE MATÉRIAO que as montadoras levaram para a Transpúblico

16 PÔSTERComil Campione, por Fábio Tanniguchi

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

28 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

A GRANDE MATÉRIA

Uma Transpúblico mais enfraquecida

Sem muitas novidades, feira parecia refletir a crise no setor de transportes

30 JOSÉ EUVILÁSIOColunistas | O elétrico em São Paulo

Page 5: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

ANO 6 | Nº 261 | DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 21h03 (6ª)EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

A GRANDE MATÉRIAO que as montadoras levaram para a Transpúblico

DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Uma Transpúblico mais enfraquecida

Sem muitas novidades, feira parecia refletir a crise no setor de transportes 22

Inventor criou sensor para veículos de passeio

Bomba de combustível visaacabar com fraude de postos

TODA SEMANA

13

Veículo estava em movimento; Acidente matou 15

Motorista flagra ônibus daColitur com portas abertas

TODA SEMANA

09

Prefeitura quer; Governo do Estado diz ser inviável

São Paulo em briga por faixana Rodovia Raposo Tavares

TODA SEMANA

10

Várias cidades já fizeram a aquisição do novo chassi

Iveco deslancha no mercadocom seu ônibus de 17 ton.

NOSSO TRANSPORTE

15

Veja o passo a passo para licenciar seu caminhão

Começa licenciamento decaminhões em São Paulo

DEU NA IMPRENSA

21JOSÉ EUVILÁSIOColunistas | O elétrico em São Paulo

Page 6: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOFelipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos en-viadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte na-cional, sempre para trazer tudo para você em primei-ra mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Por-tal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integran-tes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidam-ente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que dis-ser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em con-tato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tem uma grande opor-tunidade de entrar para a história. Na semana passada, a arcaica Câmara municipal paulistana aprovou em segunda votação o veto ao aplicativo Uber, que é a chamada “carona paga” muito odiada pelos taxistas já que oferecem um serviço muito melhor que o deles e por menos dinheiro. O texto seguiu para a sanção do executivo e agora cabe ao prefeito decidir se sanciona ou se veta esse absurdo. O mais coerente, óbvio, seria que o texto fosse vetado, mesmo que gerasse um desgaste com sua base na Câmara e com a classe dos taxistas, que até agora não fez nada para me-lhorar o serviço e que continua violando as leis de trânsito. A discussão acerca do Uber é mundial. Muitas localidades discu-tem a proibição ao aplicativo, porém temos bons exemplos que estão vindo dos países mais abastados, como os Estados Unidos. Em Nova York, onde o Uber está indo de vento em popa e que já gerou protestos advin-dos dos taxistas da região, o aplicativo não chegou a ser proibido e até gerou uma mudança de comportamento dos profissionais do transporte individual. Agora, os taxistas de lá estão se organizando com o objetivo de melhorar a prestação do serviço, fazendo troca de veículos, melho-rando o atendimento com o oferecimento de adicionais aos clientes e revendo tarifas, tudo para concorrer diretamente com os motoristas do Uber, que já prestam um serviço “premium”. Aqui no Brasil sempre acontece o contrário. As pessoas lutam pelo direito de permanecer com o serviço ruim ao invés de melhorar. Se houver uma proibição do Uber, que também tenha uma nova lei que obrigue a melhora do serviço de táxis que hoje fazem o que quer e ainda querem ter o direito de reclamar. Já é um absurdo a comercialização indiscriminada de alvarás, algo que não é permitido mas acontece livre-mente e não só em São Paulo. É muito comum encontrar em jornais de todo o país taxistas vendendo “pontos”. Ora, se é uma concessão pública com pagamento de alvará à prefeitura, como que alguém vende a sua permissão? Caso alguém não queira mais trabalhar no ramo, deve pedir a baixa de sua autorização, e não simplesmente vendê-la para outro. Quem tem interesse em comprar deve procurar a prefeitura e pedir uma autor-ização ou aguardar um processo licitatório como aconteceu em Campi-nas, onde as maiores contempladas foram duas empresas que já operam na cidade: uma delas presta serviços à prefeitura e a outra pertence a um ex-diretor de cooperativa de perueiros, que também opera os chamados “táxis e-xecutivos”, uma espécie de Uber sem o aplicativo já que operam com tarifa fixa previamente combinada com o passageiros e com carros de luxo, também na cor preta. Pede-se ao prefeito paulistano, que têm se mostrado tão moderno e aberto a novidades, que se vete essa lei absurda que proíbe o Uber. O passageiro deve ter o livre arbítrio de escolher como quer se deslocar da melhor forma, pagando mais ou não. O que não pode acontecer é a cidade ficar refém de uma porcaria de serviço de táxi com carros velhos, motoristas mal educados e que cobram valores maiores do que as tabe-las afixadas nos veículos, já que é comum ver taxsitas operando com ban-deira 2 em pleno horário de bandeira 1, lesando a boa fé do passageiro.

Haddad, não vete o Uber.A população merece mais

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

Page 7: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

A IMAGEM MARCANTE

Paraty, RJSegunda-feira, 7 de setembro de 2015

O ônibus da Colitur que se acidentou no caminho entreParaty e o distrito de Trindade, no estado do Rio de Janeiro,

é encaminhado para a garagem da empresa. O veículo, onde estavam mais de 80 pessoas e 15 morreram após o tombamento

na estrada, ficou destruído. A foto é do site Paraty Reclame,divulgado pelo Estadão Conteúdo.

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RJ ganha ônibus com nova plataforma elevatória

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

A Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro iniciou na sexta-feira (11) a fase de testes do novo modelo de plataforma elevatória para cadeirantes em ônibus in-termunicipais. O objetivo é facilitar o em-barque e o desembarque de passageiros em cadeiras de rodas ou com mobilidade reduzida. Uma novidade da tecnologia na-cional, o equipamento tem capacidade para aguentar 250 quilos e tempo de mon-tagem de 45 segundos. O diferencial é que agora a porta de acesso não poderá mais ser usada por passageiros regulares, como ocorre nos modelos convencionais. O e-quipamento fica guardado em um com-partimento isolado no ônibus e é acionado apenas pelo motorista, o que diminui os danos. Com isso, estima-se uma redução de 45% na necessidade de manutenção da

plataforma. Inicialmente, a novidade será tes-tada em 10 ônibus das linhas intermunici-pais que cobrem os trajetos entre Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e o bair-ro da Freguesia e a Estrada Pau Ferro, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Até o fim deste mês, 20 ônibus deverão passar pelos testes, cujo resultado definitivo deve sair em 60 dias. O secretário estadual de Trans-portes, Carlos Roberto Osório, disse que a questão da acessibilidade no Rio de Ja-neiro não é a ideal, mas mostrou-se con-fiante nos testes com a nova plataforma elevatória. Éo que há de mais moderno em elevadores, afirmou Osório. Ele ressaltou, porém, que é preciso observar primeiro o desempenho do equipamento na prática. “Na pesquisa que foi feita, esse elevador mostrou-se o mais moderno e vantajoso para a finalidade, mas ainda precisamos

ver como vai funcionar na prática. Por isso, é que serão 60 dias de teste.” Osório lembrou que, como a frota de ônibus do Rio de Janeiro tem o piso alto e torna mais difícil o acesso de cadeirantes e portadores de deficiência física, o eleva-dor usado atualmente nos veículos não atende às necessidades daqueles que têm pouca mobilidade. Por isso, a mudança está sendo feita com equipamentos novos, que oferecem praticidade, rapidez e con-forto ao passageiro com deficiência. A ouvidoria do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) informou ter recebido, de janeiro a agosto deste ano, mais de 100 reclamações de usuários por defeitos nos elevadores e constatou nesse período cerca de 260 infrações referentes a problemas nas atuais plataformas usadas nos ônibus intermunicipais em todo o es-tado, o que resultou em 60% de multas a mais em relação ao ano passado.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Rio de Janeiro

EBC | Notícias

interbuss | 13.09.201508

IRREGULAR Um primo da vítima também teve que viajar em pé em ônibus da empresa. Foto: Divulgação da empresa

NOVIDADE Ônibus com a nova plataforma elevatória começa a circular no Rio de Janeiro por intermédio da Vera Cruz

Page 9: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

13.09.2015 | interbuss 09

Motorista flagra ônibus da Colitur com a porta aberta

Rio de Janeiro

Um motorista flagrou um ônibus da Colitur, empresa responsável pelo cole-tivo que tombou e deixou 15 mortos e mais de 60 feridos em Paraty no último domingo (6), circulando de portas abertas. As ima-gens foram registradas na última terça-feira (8), dois dias após o acidente. Segundo o cinegrafista que fez as imagens, o veículo seguia de Paraty para Angra dos Reis, no sul fluminense, com as portas traseiras abertas. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro espera concluir até sexta-feira (11) os termos do acordo com a viação Colitur, proprietária do ônibus. Na tarde de quarta-feira (9), representantes da Defensoria, da empresa de transportes e do município ti-veram uma reunião. Ficou decidido que a Colitur indenizará as vítimas por meio de acordo extrajudicial, homologado pela De-fensoria.

R7 | Notícias

PERIGO Ônibus da Colitur, mesma empresa que teve veículo tombado na semana passada, é flagrado circulando com porta aberta

Feridos e familiares dos 15 mor-tos poderão receber a reparação financeira pelo dano sofrido sem que seja necessária longa espera pela conclusão de ação judi-cial, segundo a defensora Patrícia Cardoso, coordenadora do Núcleo de Defesa do Con-sumidor.

Estudante quer acionar a Justiça Quatro dias após sobreviver ao acidente de ônibus, o estudante de avia-ção civil Luan Eloy, de 23 anos, afirma que “ainda não caiu a ficha”. Para descrever a tra-gédia, da qual ainda não se recuperou, Luan a comparou a “um filme de terror” e a “uma montanha-russa”. Acompanhado de um amigo que não se lembra do momento do acidente tamanho o trauma sofrido, Luan — que nasceu no Acre e mora há cinco anos na ci-dade de São Paulo — embarcou no ônibus da viação Colitur para passar o domingo em Trindade, bairro de Paraty. Ele recorda que,

ao entrar na estrada do Deus me Livre, o coletivo desceu “muito rápido uma ladeira bem inclinada”. Os passageiros gritaram e Luan ainda se recorda de ter ouvido o motor-ista dizer que havia perdido o freio. Após o ônibus tombar, o estudante e o amigo, que estavam sentados no penúltimo banco do coletivo, saíram pelo acesso do teto — vi-ram muito sangue, fraturas expostas, pas-sageiros sem vida e presos em ferragens. — Eu apaguei uns 20 segundos. Fiquei zonzo. Eu pensei que já estava morto. Parecia cena de filme, o terror. O estudante, que sofreu um corte no braço esquerdo e sentia dor na costela — nesta quarta (9), ele ainda iria refazer exames para descartar qualquer problema —, não descarta ir à Justiça contra a viação, da qual ainda não havia recebido qualquer assistência. — Se puder, vou processar porque estou traumatizado. Vou procurar uma terapia.

Page 10: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

TODA SEMANA

Prefeitura e Governo de SP brigam por faixa na Raposo

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

A Prefeitura de São Paulo e o go-verno estadual travam um embate em torno de uma faixa exclusiva de ônibus no trecho urbano da rodovia Raposo Tavares. A via, que é um dos grandes garga-los de mobilidade na zona oeste da cidade, é alvo de uma proposta da prefeitura para acelerar as linhas de ônibus municipais. Com volume superior a 185 mil veículos por dia, a Raposo é a rodovia estad-ual mais movimentada de São Paulo. Presos no congestionamento com os demais veícu-los, os ônibus trafegam com velocidade mé-dia na casa dos 8 km/h nos horários de pico. Com esse mesmo ritmo, um competidor da última Corrida de São Silvestre ficou apenas na 8.995ª colocação. A prefeitura considera razoável ve-locidades de ao menos 20 km/h. Para atacar o problema, a CET (Companhia de Engenhar-ia de Tráfego) quer autorização para estreitar as três faixas da rodovia e abrir espaço para uma pista exclusiva de ônibus, à direita, com cerca de dez quilômetros de extensão nos dois sentidos. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem), órgão do Estado responsável pela estrada, resiste à ideia. Argumenta que uma faixa ali é “inviável” do ponto de vista técnico e pioraria ainda mais o trânsito e a segurança. A posição do Estado foi comunica-da à equipe da prefeitura há alguns meses. A Folha apurou, entretanto, que a gestão Fer-nando Haddad (PT) não abandonou a ideia e cogita até acionar diretamente o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Um dos argumentos a serem usa-dos é que linhas intermunicipais da EMTU também serão beneficiadas. A Raposo Tavares já foi alvo de outros projetos de transporte público do próprio Estado que empacaram e até hoje não saíram do papel. Um deles era uma linha de monotrilho, com 16 estações, ligando São Paulo a Cotia. O Metrô chegou a contratar um projeto funcional para a futura linha 22 há dois anos, mas atualmente não há pre-visão se ela será implantada. Há um ano, usuários de ônibus da região organizaram um movimento pedindo uma faixa de ônibus na rodovia. Contam

com 1.502 apoiadores no Facebook e orga-nizaram audiência na Assembleia Legislativa em abril. A auxiliar Maria Siqueira, 62, anda de ônibus na Raposo Tavares há 19 anos. Ela conta que a demora para chegar ao trabalho é tão grande que, há seis anos, formou um grupo de amigos que, como ela, ficam horas nos coletivos antes de chegar ao trabalho. “A gente se conheceu por causa do tempo que passamos juntos dentro do ôni-bus todos os dias de manhã e à tarde. São pelo menos três horas por dia”, diz. Na sexta (4), Maria se despediu da rotina. Foi seu último dia no emprego antes de se aposentar. Grace Betto, 30, que contin-uará no ônibus, garantiu que, pelo aplicativo WhatsApp, continuaria contando as novi-dades do grupo à amiga aposentada. Mas não é todo mundo que tem a sorte de criar amizades no ônibus lotado. A estudante Joana D’arque acorda todo os dias às 4h40 para chegar à Lapa às 8h20 para suas aulas na faculdade. “Demoro, no mínimo, duas horas e meia. O trânsito é péssimo, muito cheio. Se tivesse um corredor para ônibus aqui, facili-taria a nossa vida, não tenho dúvidas. Tem dias em que você não consegue nem passar na catraca. Já cheguei a perder ponto por não conseguir descer, de tão lotado o ôni-bus”, diz. No ponto de ônibus do km 17 da rodovia, as estudantes Bianca Oliveira e Lu-ana Figaro, ambas com 18 anos, aguardam o ônibus juntas. Levam uma hora para chegar,

todos os dias, ao seu destino. Levantam às 5h30 da manhã para estarem no curso às 8h. “O que pesa é a Raposo, porque depois que essa parte do caminho passa, le-vamos dez minutos pra chegar. Se houvesse uma faixa só de ônibus seria ótimo, mas os carros vão chiar”, diz Bianca. A Secretaria Estadual de Transportes diz que uma comissão criada para analisar a proposta da prefeitura considerou a implan-tação da faixa de ônibus na Raposo “inviável sob o aspecto técnico operacional”. Segundo a pasta, a medida não consiste apenas no estreitamento de faixas e pintura de solo. “A alteração exigiria diversas adaptações, como nas passarelas, barreiras de concreto e sistema de drenagem, para que as normas e padrões de segurança” da estrada fossem mantidos. Além disso, o DER considera que o estreitamento das faixas “geraria impactos negativos no tráfego local e de municípios próximos, como Cotia, Osasco e Vargem Grande Paulista”, além de complicar o acesso e saída de carros e caminhões do Rodoanel. O Estado também aponta que, com faixas mais estreitas que as atuais –de largura entre 3,5 e 3,6 metros– “os acidentes envol-vendo motociclistas aumentariam significa-tivamente”, principalmente nos trechos em curvas. Para melhorar o trânsito da rodovia, o DER diz que deve concluir, até janeiro de 2017, obras de R$ 83,4 milhões para a recu-peração da pista e melhorias na sinalização no trecho de São Paulo a Cotia.

São Paulo

Folha de S. Paulo | Notícias

interbuss | 13.09.201510

FAIXA EXCLUSIVA Ônibus circulam por via exclusiva na rodovia. Foto: Juca Varella

Page 11: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

Donos de micros e vans protestam no RS

13.09.2015 | interbuss 11

Notas Rápidas

Dezenas de motoristas e proprie-tários de micro-ônibus e vans se reuniram no Largo Zumbi dos Palmares, na região central de Porto Alegre, no início desta manhã, para protestar contra uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que impõe limites para o serviço de trans-porte rodoviário coletivo. Em fila, os veículos percorreram as avenidas Borges de Medeiros, Loureiro da Silva e Ipiranga, onde está localizada a sede da ANTT, causando lentidão no trânsito em ambos os sentidos da via. De acordo com a resolução 4.777, os veículos não poderão percorrer mais do

que 540 quilômetros entre os pontos de partida e chegada de uma viagem e, além disso, a data de fabricação deles deve ser de no máximo 15 anos. — A limitação do ano do veículo é o ponto ao qual a categoria mais se opõe. Mas também é um absurdo que, por exemplo, um empresário de Uruguaiana não possa nem passar de Torres, porque já teria ultrapassado a quilometragem imposta. Outro fator de descontentamento é o alto valor das multas, que são muito superiores a aplicada para con-dutores comuns — reclama Wagner Silveira, vice-presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas do Estado (Amic). Manifestações também estão previs-tas em outras cidades do país.

Zero Hora | Notícias

Hortolândia terá aplicativo para rastrear ônibus via GPS Os usuários de ônibus coletivo urbano em Hortolândia contarão, em breve, com apoio da tecnologia para con-ferir horários e itinerários dos veículos. Por meio de um aplicativo para celular será possível saber, por exemplo, previsão do horário no qual o ônibus chegará aos pontos de embarque e desembarque. Nesta quarta-feira (09/09), o prefeito Antonio Meira e o secretário de Planeja-mento Urbano, Ronaldo Alves dos Reis, conheceram, durante um encontro de prefeitos, realizado no Rio de Janeiro, o modelo de aplicativo utilizado pela Pre-feitura de Fortaleza, desenvolvido pela mesma empresa que trabalha no que será implantado em Hortolândia. “Todas as cidades tem buscado al-ternativas para melhorar o tráfego de veícu-los e propor soluções inteligentes, como a otimização de transporte coletivo urbano. Conhecemos a experiência de sucesso de Fortaleza, que implantou o aplicativo para celulares e agora a população tem mais in-formações sobre o horário de ônibus”, de-stacou Meira. A mesma empresa que implantou o aplicativo na capital cearense já desen-volve a plataforma tecnológica para Hor-tolândia. “Nossos ônibus já tem GPS, o que agiliza a implantação desta plataforma”, afirmou o secretário de Planejamento Ur-bano. A previsão é que o aplicativo esteja disponível até o final deste ano.

Portal Novidade | Notícias

Ônibus de Campo Grande têm goteiras A chuva que trouxe alívio de-pois do tempo de estiagem também trouxe transtornos para quem depende do transporte coletivo. Uma pessoa filmou a água caindo dentro do ônibus e outra registrou no Terminal Morenão, em Campo Grande, água caindo mais dentro do que fora do local. A assessoria do Consórcio Guai-curus informou que o problema foi uma borracha do teto que ressecou, o ônibus foi mandado para manutenção nesta

G1 MS | Notícias quarta-feira (9). Sobre a chuva que cai mais den-tro do terminal, a prefeitura disse que não tem previsão de conserto, já que a responsabilidade é da Agência Munici-pal de Transporte e Trânsito (Agetran) que está sem diretoria depois da recon-dução do prefeito Alcides Bernal (PP). Conforme a prefeitura, muitos serviços estão suspensos para um levantamento de obras. Pelas imagens feitas de dentro do ônibus, a usuária que entrou no veí-culo no terminal General Osório para o

Jardim Campo Belo, na noite de terça-feira (8), é possível ver a água caindo do tento e das lâmpadas em cima dos pas-sageiros. A perna dela ficou toda mo-lhada. Ela reclama do serviço prestado do transporte coletivo e diz que a passa-gem a R$ 3 dá direito a banho de chuva. No Terminal Morenão, a situa-ção não é muito diferente. O vídeo mostra o local onde os passageiros deveriam ficar protegidos com várias goteiras. Não dava nem para sentar no banco.

Page 12: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

Volvo é premiada porlançamento de caminhões

O show de lançamento da nova linha de caminhões da Volvo foi um dos vencedores do prêmio AMPRO Globes Awards 2015, o mais importante do mundo no segmento de Live Marketing. A agência Help Comunicação Conceitual, de Curitiba, responsável pela apresentação, recebeu a medalha de prata na categoria “Melhor Ex-periência em Eventos” da etapa brasileira. “O desafio não foi pequeno. O lançamento precisava representar toda a inovação, tecnologia e modernidade dos novos caminhões Volvo. E receber este prê-mio é um reconhecimento e um momento de celebração do trabalho de alto nível que foi realizado”, explica Daniel Homem de Mello, gerente de marketing de caminhões da Volvo. O show foi o ponto alto do lança-mento da nova linha. Para mostrar a gran-diosidade dos caminhões Volvo, foi criado um show multimídia outdoor na arena da Casa do Cliente Volvo, na sede da empresa, em Curitiba. A apresentação mostrou a inte-ração entre o homem e a máquina de for-ma impactante, utilizando elementos do próprio universo do caminhoneiro mistura-dos a inovações tecnológicas. Uma parede de projeção mapeada – técnica utilizada pela primeira vez no país com esta dimen-são - formada por 20 containers garantiu a interação entre real e virtual. Para impactar o público, o tamanho da arena foi calculado deixando o mínimo de espaço necessário para as manobras, para que as pessoas sen-tissem o deslocamento de ar e o solo tremer com a passagem dos caminhões, sem com-prometer a segurança. A interação homem-máquina foi criada para partir de uma performance com dançarinos vestidos com roupas de Led - os tech dancers -, que interagiam com os caminhões em uma perfeita integração en-tre o mundo real e o virtual. “O trabalho foi intenso e os desafi-os foram muitos. Estamos muito orgulhosos com o prêmio. É a coroação de um trabalho de 12 anos da equipe da Help. Temos orgu-

lho de ter realizado um grande evento, com alta qualidade de primeira e de estarmos na vanguarda do live marketing no Brasil”, comemora Alex Cardoso, sócio diretor da Help Comunicação Conceitual. No total, foram 26 apresentações

............................................................................................................

Da Volvo | assessoria

interbuss | 13.09.201512

para 4.800 pessoas, que envolveram 400 profissionais. O vídeo de lançamento da nova linha pode ser conferido no link:h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m /watch?v=iFaelNeRB-o

TODA SEMANAPremiação

Montadora sueca ganhou o prêmio Ampro Globe Awards, o maisimportante do segmento de Live Marketing. A apresentação foi em Curitiba

Page 13: Revista InterBuss - Edição 261 - 13/09/2015

13.09.2015 | interbuss 13

Nova invenção: sensorde nível de combustivel

Novidade

Objetivo da invenção de Tarlhio Pereira do Santos é evitar fraudes no momento do abastecimento, com um sensor que mostra o abastecimento real

Atualmente, quando abaste-cemos os veículos em postos de gasolina, não conseguimos ter um controle ideal, se o que estamos realmente pagando, corresponde exatamente com o nível de combustível adicionado. No o momento não há nada no mercado capaz de medir e avisar o próprio condutor tal realidade. Tanto é, que em diversas vezes, o próprio frentista avisa com a frase: “Bomba zerada!”. E somente assim, conseguimos saber que de fato es-tamos abastecendo o valor que pagamos corretamente.

Pensando nisso, Tarlhio Pereira dos Santos, inventor e microempreend-edor da cidade de Belo Horizonte desen-volveu o projeto “Sensor de nível de com-bustível inteligente”. A novidade pode ser instalada em qualquer veículo que utiliza-se de combustível. O objetivo do projeto é beneficiar o consumidor na hora do abastecimen-to, através de um sensor que mostrará o abastecimento real, evitando fraudes e enganações. O projeto controlará o volume de combustível que entra no tanque, mos-trando o abastecimento real e ainda irá calcular o valor total a ser pago. Através

Da ANI | assessoria dos sensores instalados no bocal de en-trada do reservatório de combustível e de uma tela para exibição dos dados preci-sos, instalada no interior do veículo. Além disso, em caso de colisão, o sensor informa o tempo e a velocidade da colisão. De acordo com o inventor, sua criação é capaz também de visualizar a quilometragem rodada mostrando ao consumidor seu consumo médio e ins-tantâneo. O projeto já possui proteção le-gal, além de estudos de seu funcionamen-to e no momento procura por empresas e parceiros que queiram investir na ideia e disponibilizá-la em escala no mercado.

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A falta de investimentos em trans-portes públicos com o consequente au-mento nos congestionamentos, além de diminuir a qualidade de vida dos cidadãos, causa prejuízos anuais de R$ 111 bilhões à economia brasileira. É o que revela o mais recente levan-tamento nacional sobre mobilidade urbana divulgado nesta quarta-feira, 09 de setem-bro de 2015, pelo Sistema Firjan – Federa-ção das Indústrias do Rio de Janeiro. O Blog Ponto de Ônibus teve acesso a integra do estudo. O valor de R$ 111 bilhões se refere, segundo os especialistas que realizaram o estudo, à chamada produção sacrificada, isto é, os recursos perdidos ou que de-ixaram de ser gerados pelo tempo perdido nos congestionamentos das metrópoles brasileiras. Não levam em conta outros cus-tos, como saúde pública, por exemplo, por causa de acidentes e poluição Há gastos diretos como mais com-bustível queimado por causa do trânsito lento, maiores recursos necessários para manutenção de vias e a necessidade de mais veículos de serviços, como ônibus e caminhões, para fazerem uma quantidade cada vez menor de viagens cada. Também é levado em consideração o que poderia ser gerado pela economia se os trabalhadores não perdessem tanto tempo nos congestio-namentos. Neste aspecto, são considerados cursos ou atividades que gerariam renda extra e até mesmo a perda de desempenho do trabalhador que já chega cansado ao serviço. Com os R$ 111 bilhões literalmente queimados e que se evaporam pelos esca-pamentos, poderiam ser construídos todos os anos pouco mais de 100 quilômetros de redes do que há de mais moderno em ter-mos de metrô ou ainda fazer dois mil e 500 quilômetros de corredores de ônibus com os mais avançados conceitos de veículos, operação e gerenciamento de frota. O valor também é superior aos R$ 79,4 bilhões do ajuste fiscal apontado pelo Governo Federal como necessário para or-ganizar as contas públicas. A pesquisa analisou os ir e vir e os dados econômicos de 601 municípios brasileiros que formam 37 regiões metro-politanas no País em 2012. Os dados foram

Tempo de deslocamento no Brasil aumenta e gera prejuízos de R$ 111 bilhões à economia

contabilizados, comparados e o trabalho finalizado foi divulgado nesta quarta-feira. Os tempos de deslocamentos contabiliza-dos sempre foram os superiores a 30 minu-tos. De acordo com o levantamento, 17 milhões de trabalhadores por dia gastam em média 114 minutos nos deslocamentos diários. Onde mais se perde tempo para se deslocar no Brasil, é na região metropolitana do Rio de Janeiro. São 141 minutos por dia, sendo que por causa dos congestionamen-tos, deixam de ser produzidos anualmente R$ 19 bilhões. São Paulo é a segunda região metropolitana em tempo gasto nos deslo-camentos, com 132 minutos por dia. Mas o prejuízo em São Paulo é o maior do País: R$ 44 bilhões e 819 milhões deixam de ser produzidos pela imobilidade. Este prejuízo é 2,3% que o registrado em 2011, referente a penúltima pesquisa. As ações em prol da mobilidade, mesmo que tímidas, auxiliaram a região metropolitana e ter aumento apenas de um minuto no tempo de deslocamento en-tre um ano e outro o que prova que todo investimento em transporte público tem resultados benéficos rapidamente. Se estes investimentos fossem mais constantes e ac-ertados, os benefícios seriam maiores.

“No caso paulista, embora o núme-ro de trabalhadores que perderam mais de 30 minutos no trânsito tenha aumentado 4,5% (238,8 mil pessoas), o tempo de des-locamento aumentou apenas 1 minuto (1,1%). Isso significa que os programas de ampliação de capacidade do sistema de mobilidade urbana (metrô, trens metropoli-tanos e corredores exclusivos de ônibus) conseguiram absorver parte do impacto da maior demanda por transporte.” – diz o es-tudo ao qual o Blog Ponto de Ônibus teve acesso. Em Curitiba e região metropoli-tana, onde há uma rede de corredores de ônibus, o tempo de viagem médio é de 122 minutos por dia e os recursos perdidos em congestionamentos por ano chegam a R$ 3 bilhões 353 milhões. Os números são al-tos e mostram que os investimentos para a priorização do transporte coletivo no es-paço urbano devem ser intensificados no-vamente na capital paranaense e cidades vizinhas. A quantidade de habitantes e de veículos cresceu em proporções maiores à infraestrutura para transportes públicos. O Vale do Aço, em Minas Gerais, é a região pesquisada com menor tempo de deslocamento diário: 102 minutos. Já o Su-doeste Maranhense é onde as perdas com os congestionamentos são menores: R$ 36 milhões 789 mil.

Levantamento da Firjan mostra que investimento em transporte

coletivo é questão de inteligência por parte dos administradores

públicos e tem benefícios imediatos

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

TRÂNSITO Na região metropolitana do Rio de Janeiro tempo gasto em deslocamentos é o maior do País. Em São Paulo, o prejuízo é o maior por causa do trânsito

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Por causa do endividamento pú-blico e má condução da economia, quase todos os setores registram queda de de-sempenho neste ano. Com os segmentos de transporte coletivo, seja escolar, urbano, fretamento e rodoviário, não é diferente. As vendas de ônibus e caminhões são consideradas ter-mômetros da economia por refletirem os investimentos de outros setores e das con-tas públicas. Os financiamentos de obras de mobilidade no Brasil são majoritariamente públicos. Mas a Iveco tem vivido outra re-alidade. De acordo com dados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, entre janeiro e agos-to deste ano enquanto o número geral de licenciamentos de ônibus caiu 29,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, a Iveco teve alta de 120,4%. É até agora a única marca que registrou no acu-mulado deste ano um resultado positivo. Ainda segundo a Anfavea, foram produzi-dos 895 ônibus da marca. O número de unidades está,claro, abaixo de montadoras como Mercedes-Benz e Volkswagen, e com apenas um ano de marca Iveco Bus, muitos poderiam dizer que seria natural um crescimento. Mas não é qualquer crescimento. O percentual é significativo, ainda mais num ano de retração econômica. Para a empresa, uma das explica-ções para o êxito é o modelo 170S28, de 17 toneladas, voltado para os segmentos de ônibus urbanos e de fretamento, com mo-tor dianteiro. A faixa dos veículos de 17 tonela-das responde por quase a metade de todos os ônibus fabricados no País em diversas categorias. A empresa se restringia a ônibus de pequeno porte, como o CityClass, encaroça-do pela Neobus e muito usado no Programa Caminho da Escola, do Governo Federal. Es-tes ônibus de menor porte continuam em produção. Segundo o Diretor de Negócios de Ônibus da Iveco Bus para a América Latina, Humberto Spinetti, a marca quer expandir a atuação no Brasil, como já ocorre no exte-rior. “Na Europa a Iveco Bus já detém

Segmento de 17 toneladas faz Iveco deslanchar em ano de crise

uma parcela importante do mercado de ônibus, com uma proporção de um veículo para cada cinco rodando. Acreditamos que o primeiro ano em operação no Brasil indica que, investindo no melhoramento contínuo dos produtos e no incremento do nosso portfólio, vamos repetir esse sucesso no país” – disse em nota. O modelo de 17 toneladas já foi comercializado para empresas de ônibus do Espirito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Amapá, Rondônia, Santa Catarina, Bahia e São Paulo. O 170S28 é feito na unidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais. O motor é o N67, da FPT Industrial, com seis cilindros em linha. O propulsor possui 6,7 litros, com sistema de redução catalítica seletiva, usan-do o ALRA 32 para atender as atuais normas de redução de poluição. A potência é de 280 cavalos, a maior do segmento, segundo a Iveco. O torque chega a 950 Nm, já dis-

poníveis na faixa de 1.250 a 1.950 rpm. Ainda de acordo com a fabricante, este resultado pode ser explicado também pelo conceito downspeeding, “que pode ser descrito como fazer um motor operar a baixas rotações com torque elevado. Os prin-cipais resultados foram a maior eficiência e a redução do consumo de combustível, além de maximizar a vida útil do motor.” A transmissão é manual de seis marchas, sendo adequada para as opera-ções urbanas e de fretamento. Em outros países, a Iveco e consi-derada uma das marcas de ônibus mais tradicionais, sendo a segunda maior na Eu-ropa. Além de ônibus convencionais a diesel, a fabricante produz veículos a gás natural e híbridos. Segundo a empresa, aproximada-mente 5 mil ônibus da marca movidos a GNV circulam na Europa e na Ásia.

Modelo 170S28 já está em nove estados e marca, que é a segunda

maior na Europa entre os segmentos de transporte coletivo, quer ampliar

participação no mercado

ÔNIBUS IVECO NO BRASIL O modelo de chassi Iveco 170S28 já está presente em nove estados e fabricante deve ampliar participação. Foto: MPerez/Divulgação

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interbuss FÁBIO TANNIGUCHIComil CampioneSB Transportes, em Porto Alegre/RS

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Pacífico Log está na espera da retomada econômica As crises política e econômica en-frentadas pelo Brasil tem prejudicado seria-mente muitas atividades comerciais. Ainda assim, há empresas e segmentos surfando nessa onda como se fosse uma mera “ma-rolinha”, despontando e desenvolvendo suas atividades de forma bastante agres-siva. “Apesar da queda generalizada na movimentação de carga em todo o país, estamos atravessando essa crise de forma singular”, afirma Tarso Lumare, gerente Na-cional de Vendas da Pacífico Log. “Alguns segmentos como, por exemplo, o de cosmé-ticos e alguns setores da confecção não tem apresentado queda e sim, em muitos casos, até crescimento, o que nos dá um certo fô-lego para continuar mantendo nosso fluxo de carga e a qualidade dos serviços”, ilustra. Confiante em que dias melhores estão por vir para o país, Lumare diz que os atuais investimentos da empresa deixarão a Pacífico Log pronta para acompanhar a retomada do crescimento econômico do Brasil. “Sabemos que estamos passando por uma fase e que em breve a economia retomará seu crescimento natural. Estare-mos com os atuais investimentos prontos para atender a retomada de demanda por transporte e sem dúvida teremos mais uma vez um diferencial a oferecer ao mercado”, garante. Lição de casa – Consciente de que também precisa fazer a sua parte, além de esperar passivamente uma mudança da maré da economia nacional, a Pacífico Log manteve os seus investimentos na melhoria e expansão de sua estrutura, bem como na qualificação de seus colaboradores. “Outro fator é, que na contramão da maioria, estamos investindo na área de vendas para incrementar ainda mais a aquisição de novos clientes. De fato, temos tido sucesso neste campo, o que vem com-provando que preço é importante, mas a qualidade do serviço é fundamental para a manutenção e crescimento da carteira de vendas, principalmente em se falando da Região Norte”, destaca Lumare. Segundo o executivo, a satisfação de seus clientes é a chave para o bom de-sempenho da empresa. “O atendimento

comercial é outro ponto importante e que damos muito valor e atenção. Todos nossos clientes dispõem de um executivo treinado e capacitado para atendê-lo de forma pre-sencial, além de um vendedor interno que

dá o suporte comercial para suprir todas as suas demandas. A satisfação de nossos clientes é o termômetro de nossas ações, temos desta forma crescido na crise na aquisição de novos clientes”, confirma.

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

Do site | por Gustavo Queiroz

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Volvo apresenta seu 7900 elétrico na Busworld 2015

A edição 2015 da Busworld, em Kortrijk, na Bél-gica, marcou o lançamento global do primeiro ônibus ur-bano totalmente elétrico da Volvo Buses, o modelo 7900 Eletric. O veículo, porém, possui uma autonomia de apenas 10 quilômetros e sua operação depende de uma infraestrutura adicional que permita o reabastecimento de energia durante a rota. A recarga da bateria leva me-nos de seis minutos. O Volvo 7900 Eletric será comercial-izado na versão de 12 metros. Desde 2010, a montadora já comercializou mais de 2.200 ônibus híbridos em todo o planeta.

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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Transpo Online

Do site | notícias

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DEU NA IMPRENSA

Artigo: Os cuidados namanutenção de caminhões A adoção de novas configurações de caminhões por conta de exigências de mercado, permitidas pela lei da balança, como cavalos com tração 8×2 e mesmo a grande variedade de composições veicu-lares combinadas devem merecer alguns cuidados na manutenção. As orientações são bastante simples, mas não podem ser ignoradas, no entender de Marcio Nunes, gerente da engenharia de Serviços da Mer-cedes-Benz, experiente profissional da área, do tempo em que a expressão pós-vendas nem existia e tudo se chamava apenas ser-viço. “A evolução é constante, em fun-ção da grande variedade de composições, e o alinhamento deve ser o principal fator de preocupação com as rodas dianteiras”, comenta. “Tudo começa com o alinhamen-to da caixa de direção em relação ao braço Pitmann. Aliás, com a centralização da caixa em relação ao volante e às barras de direção. E, com o segundo eixo direcional é a mesma coisa, não muda nada. A convergência tem de ser zero grau, com 0,5 mm de tolerância”, explica. Os valores a serem aplicados a cada veículo são indicados pela ABPA, Asso-ciação Brasileira de Pneus e Aros, com base em dados técnicos fornecidos por cada fab-ricante. Como no Brasil não se homologam equipamentos, as marcas que atuam nesse mercado, como Josam, Panambra ou Sun, por exemplo, dependem de suas matrizes para obter a certificação no exterior. “As medidas são determinadas pelo projeto original do veículo, mas um alongamento de chassi, com alteração no entreeixos, por exemplo, altera os valores de caster. Particularmente em exemplos com resultado final muito longo, acima de 5,40,” orienta Nunes. “A cunha sob o feixe de molas muda o caster. A direção fica mais pesada, o volante não volta.” No caso de suspensões metálicas ou pneumáticas, o especialista alerta que as características de cada uma são dife-rentes, mas as medidas não são alteradas. O futuro, para ele, está na suspensão ele-trônica. “Composições como bitrem conser-vam uma regra básica, de que a tolerância no alinhamento entre as rodas dianteiras e

o primeiro eixo traseiro deve ser mantida em 10 mm”, comenta Marcio Nunes. Muita

gente nem se lembra desse importante de-talhe.

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Do site | por Roberto Queiroz

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Começa Licenciamento 2015 para caminhões em São Paulo

Transpo Online

Em setembro, os proprietários de veículos com placas de final 7 e caminhões com finais 1 e 2 devem fazer o licencia-mento obrigatório do exercício 2015. Para a devida regularização, o público deverá pagar o valor de R$ 72,25 diretamente na rede bancária credenciada. Será cobrada uma taxa extra de R$ 11, referente a posta-gem, para aqueles que preferirem receber o documento pelos Correios. É necessário fornecer o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) na hora do pagamento. A taxa de licenciamento para o exercício 2015 pode ser paga pela inter-net, caixas eletrônicos ou nas agências dos bancos credenciados (Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, BMB, HSBC, Safra e Citibank). Ao re-alizar o licenciamento, é preciso quitar pos-síveis débitos de IPVA, seguro obrigatório e multas. A entrega do Certificado de Regis-tro e Licenciamento de Veículo (CRLV) pelos

Do site | notícias

SP cria divisão de transporte de cargasTranspo Online

Atendendo a uma antiga reivin-dicação dos transportadores, a Prefeitura de São Paulo criou um departamento ex-clusivo de transporte de cargas dentro da Secretaria Municipal de Transportes (SMT). Na última segunda-feira, dia 31 de agosto, o prefeito Fernando Haddad e o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, assinaram o de-creto que cria a Divisão de Transportes de Cargas do Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV). Na prática, o novo departamento será responsável pelo planejamento e a proposição de ações para a melhoria do tráfego de caminhões e da logística de abastecimento em parceria com a Compan-hia de Engenharia de Trânsito (CET). Sendo assim, deverá mapear, regulamentar e ade-quar todas as atividades de trânsito e trans-porte de carga, estipulando não somente os melhores horários, mas também as vias mais apropriadas. “Sei da importância do setor para a riqueza da cidade de São Paulo. Nós temos

Do site | notícias que considerar a carga como um subtipo de transporte coletivo porque estamos tratan-do da coletividade, estamos cuidando do abastecimento de 12 milhões de pessoas. Se esse abastecimento não ocorrer da mel-hor maneira possível, toda a cidade é im-pactada”, afirma Haddad. A nova divisão tratará das deman-das específicas do segmento, tais como cargas especiais, produtos perigosos e au-torizações. “Uma das funções desse depar-tamento é estudar uma melhor circulação desses veículos na cidade, o que passa pela discussão dos horários de circulação e pela ampliação ou não dos VUCs (veículos urba-nos de carga) – veículos de abastecimento muito presentes, principalmente no centro expandido”, diz Tatto. “Vamos aprimorar do ponto de vista da fiscalização para evitar-mos, por exemplo, cargas perigosas trafe-gando pelas vias da cidade sem aviso e monitoramento adequado”, completa o se-cretário, indicando que a Divisão de Trans-portes de Cargas será a responsável pela fiscalização do setor. Distribuição noturna – A Divisão

de Transportes de Cargas também assume a responsabilidade do departamento recém-criado a entrega noturna de cargas, que teve o seu projeto piloto entre outubro de 2014 e março de 2015, considerando um perímetro da região oeste formado pelas marginais Tietê e Pinheiros, as pontes da Freguesia do Ó e da Casa Verde e as vias Marquês de São Vicente, Pompéia, Heitor Penteado, Dr. Arnaldo e Pacaembu. A im-plantação foi realizada em parceria com 15 empresas, entre lojas de rua, shopping cen-ters e home centers. As entregas eram real-izadas das 21h às 5h. prém, o projeto piloto deverá ser ampliado nos próximos meses. “Essa administração está vendo a carga da maneira como ela deve ser vista. Não dá para conviver em uma cidade como São Paulo sem o abastecimento. Nós vamos deixar de concorrer com os demais veículos e com os coletivos durante o dia na cidade de São Paulo. Vamos utilizar o sistema viário no momento em que ele está subutilizado”, afirmou Manoel Sousa Lima Júnior, presi-dente do Sindicato das Empresas de Trans-porte de São Paulo (Setcesp).

Correios, ou diretamente nos postos do De-tran.SP e do Poupatempo. O pagamento da tarifa do Licencia-mento é importante para que o proprietário do veículo não corra o risco de ser multado, que consiste no valor de R$ 191,54, inser-ção de sete pontos no prontuário do pro-prietário do veículo, além de apreensão e remoção do veículo, segundo o artigo 230 do CTB. Contudo, conduzir o veículo sem portar o documento, mesmo que o licencia-mento esteja em dia, é infração leve (artigo 232 do CTB), acarretando numa multa de R$ 53,20, três pontos na carteira e retenção do veículo até que o CRLV seja apresentado. De acordo com o Código de Trân-sito Brasileiro (CTB), válido em todo o país, todos os veículos devem ser licenciados an-ualmente e o porte do Certificado de Reg-istro e Licenciamento de Veículo (CRLV) é obrigatório. No Estado de São Paulo, o licen-ciamento é feito entre abril e dezembro, de acordo com o final da placa. Já o calendário para veículos de carga (caminhão) se inicia em setembro e vai até dezembro.

Retirada do documento – Quem preferir retirar o documento em um posto de atendimento deve apresentar o compro-vante de pagamento do licenciamento em uma das unidades do Detran.SP (Arican-duva, Armênia, Interlagos, estação Mare-chal Deodoro do Metrô ou Raposo Shop-ping) ou nos postos Poupatempo (Cidade Ademar, Itaquera, Lapa, Santo Amaro e Sé). Nesse caso, será solicitado um documento de identificação e o comprovante de paga-mento. Lembrando que nessa modalidade não se deve pagar o valor de envio pelos Correios. A entrega poderá ser solicitada, a-inda, por procurador, portando procuração original e cópia do RG do proprietário do veículo; ou por parentes próximos (pais, filhos, irmãos e cônjuge), apresentando documento que comprove o grau de pa-rentesco. O passo a passo completo do ser-viço está disponível na área de “Veículos” do portal Detran.SP ( www.detran.sp.gov.br)ou diretamente no link http://scup.it/8chl.

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A GRANDE MATÉRIA

Transpúblico 2015: poucos ônibus, poucas novidadesFábio Tanniguchi | matéria

A edição deste ano da Transpú-blico, feira que aconteceu paralelamente ao Seminário Nacional NTU, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, contou com um número mais reduzido de encarroçadoras e fabricantes de chassis. Estiveram presentes, dentre as encarroçadoras: AMD (por meio da con-cessionária Apta, revendedora MAN Latin America), Caio Induscar, Comil, Marcopolo e Mascarello. Dentre os fabricantes de chas-sis, estiveram presentes: MAN Latin America, Mercedes-Benz e Volvo. Fabricante de ônibus que foge dessa divisão, a chinesa BYD par-ticipou pela primeira vez do evento. Abaixo você poderá conferir um pouco do que cada empresa apresentou na Transpúblico 2015.

Crise econômica com vendas em queda resultou em uma Transpúblico mais reduzida

AMD Em sua primeira Transpúblico, a gaúcha AMD apresentou o seu primeiro e atualmente único produto do portfolio, o micro-ônibus Solum. Equipado com ar condi-cionado e em configuração dentro do “Padrão SPTrans”, o micro exposto tinha capacidade para 24 passageiros sentados e 15 em pé. Já circulam pela cidade algumas unidades do modelo. Dentre os destaques do Solum, des-tacam-se: o sensor de ré de série, o banco do motorista com diversas regulagens e o fácil acesso aos componentes pela tampa frontal. O veículo atualmente é vendido a-penas com o chassi Volksbus/MAN 9.160OD Plus. Inclu-sive o veículo exposto estava no estande da Apta, concessionária MAN Latin America. Essa dobradinha ocorreu pois tanto a Apta como a encarroçadora pertencem ao Grupo Diniz.

MAN LA

A MAN Latin America foi represen-tada pela concessionária Apta. No estande, além do micro Solum com chassi 9.160OD Plus, estavam expostos os chassis 17.230OD Full Air e 17.280OT Low-Entry. O Volksbus/MAN 17.230OD Full Air é a variação com suspensão a ar do já conhe-

cido 17.230OD. Já o 17.280OT exposto, além do piso baixo, tinha como destaque o fato de estar equipado com transmissão automática Voith. A ideia era mostrar aos possíveis cli-entes que a montadora oferece uma opção além do câmbio automatizado V-Tronic.

Mercedes-Benz

A Mercedes-Benz, com um dos maiores estandes da feira, esteve presente com dois chassis: o O-500UDA BlueTec 5 e o OF-1519 BlueTec 5. O primeiro é o mesmo que equipa os superarticulados que infestaram a capital paulista, se tornaram símbolo da gestão Haddad e já são garotos-propagan-da do futuro sistema estrutural da cidade. Já o OF-1519 é usado para ônibus convencionais de até 11 metros e possui grande versatilidade de uso. Pode ser usado em ônibus para linhas alimentadoras, bairro a bairro, seletivas e até mesmo em fretamentos e linhas rodoviárias de curtas distâncias nas quais é conveniente usar um veículo ligeiramente menor que o comum.

Mercedes-Benz

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Transpúblico 2015: poucos ônibus, poucas novidadesCrise econômica com vendas em queda resultou em uma Transpúblico mais reduzida

Caio Induscar

A encarroçadora paulista apresen-tou uma grande novidade na Transpúblico: o Solar 3400. O novo produto segue o de-sign do Solar 3200 (vendido até agora ap-enas como Solar), mas possui maior altura, que beneficia especialmente o volume do bagageiro. Dessa forma, o Solar 3400 se posi-ciona em segmento do transporte rodoviário de passageiros que vai de empresas de fre-tamento até linhas rodoviárias de curtas e médias distâncias. O Solar 3400 exposto na feira tinha chassi Mercedes-Benz O-500R BlueTec 5. In-ternamente, chamou a atenção a nova pol-trona rodoviária desenvolvida para o mode-lo, com opção de cinto de três pontos, maior largura e sistema de reclinação mais robusto que o da linha Giro. O piso anti-derrapante que imita madeira e a central multimídia no painel do motorista eram detalhes que da-vam maior requinte ao veículo. Além do rodoviário, a Caio apresen-tou um Apache Vip IV da Empresa de Ônibus Guarulhos, um outro Apache Vip IV no “Pa-drão SPTrans” e três Millennium BRT superar-ticulados. O Apache guarulhense possuía chassi Mercedes-Benz OF-1721 BlueTec 5 e era equipado com Multiplex, piso anti-der-rapante e as poltronas urbanas de fibra com estofamento. Chamou a atenção o fato do elevador do lado direito não estar integrado a uma escada de acesso, fazendo com que a porta ficasse elevada e exclusiva para o ca-deirante. Foi procurado um representante

da Caio no estande e ele não soube explicar o porquê do cliente ter comprado naquela configuração. Entretanto, eu e você, leitor, sabemos que os elevadores integrados à escada de acesso normalmente se desgas-tam muito rápido e bloquear a porta com elevador para acesso exclusivo do cadeirante parece solução bolada na cabeça de algum empresário obcecado (excessivamente) em cortar gastos de sua empresa de ônibus. O outro Apache, na configuração SPTrans, tinha chassi Mercedes-Benz OF-1519 BlueTec 5. Também era equipado com Multiplex, piso anti-derrapante e poltronas urbanas de fibra com estofamento. Para atender o novo padrão da cidade, também era equipado com ar condicionado. Esse veí-culo tinha como principal público-alvo as ex-cooperativas do sistema da capital paulista. Os três superarticulados eram todos pertencentes a empresas da capital paulista (um da Sambaíba, um da MobiBrasil e outro da VIP) e estavam no novo padrão das linhas troncais, com pintura prata e cinza. Como de praxe, com chassi Mercedes-Benz O-500UDA BlueTec 5, equipados com ar condicionado, poltronas de fibra com estofamento e piso anti-derrapante. O veículo da Sambaíba tinha como diferencial uma vending ma-chine de guloseimas logo após a articulação. Já o da MobiBrasil estava sendo usado como protótipo de demonstração do CittaGeo, novo produto em desenvolvimento da Cit-tati (a empresa e o produto serão explicados na seção sobre a Cittati na próxima edição).

A Volvo neste ano não trouxe ne-nhum chassi para exposição. Entretanto, em seu estande, divulgou toda a sua linha de chassis. Os empresários que chegavam eram muito bem recebidos, podiam se in-formar sobre os produtos e tirar dúvidas com representantes da marca. Além da linha de chassis, a Volvo divulgou seu sistema de telemática, o ITS-4Mobility. Trata-se de uma solução que integra gerenciamento de frota com diag-nóstico remoto de falhas e pode abranger um sistema de informações ao usuário. Atualmente, no Brasil, é usado no sistema urbano de Goiânia/GO (inclusive BRT Me-trobus). Vale lembrar que o ITS4Mobility funciona em frotas com chassis de todas as montadoras.

Volvo

A Mercedes-Benz, com um dos maiores estandes da feira, esteve presente com dois chassis: o O-500UDA BlueTec 5 e o OF-1519 BlueTec 5. O primeiro é o mesmo que equipa os superarticulados que infestaram a capital paulista, se tornaram símbolo da gestão Haddad e já são garotos-propagan-da do futuro sistema estrutural da cidade. Já o OF-1519 é usado para ônibus convencionais de até 11 metros e possui grande versatilidade de uso. Pode ser usado em ônibus para linhas alimentadoras, bairro a bairro, seletivas e até mesmo em fretamentos e linhas rodoviárias de curtas distâncias nas quais é conveniente usar um veículo ligeiramente menor que o comum.

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A GRANDE MATÉRIA

Comil A encarroçadora de Erechim, Rio Grande do Sul, também não se acanhou diante da crise econômica e apresentou o Campione Invictus 1200, nova carroceria rodoviária voltada para o fretamento e para linhas de médias e longas distâncias. Com design em concordância com as tendências atuais, o Invictus 1200 agrega tudo aquilo que a Comil queria colocar em um novo modelo rodoviário com base em sua já significativa experiência nos merca-dos brasileiro e latino-americano de ônibus. O veículo exposto tinha chassi Vol-vo B380R 6x2 e estava configurado com 46 poltronas com descanso de pernas. Interna-mente, chamam a atenção a nova ilumina-ção interna e a divisória de cabine com por-ta curva conferindo um habitáculo maior ao motorista. Além do Invictus, a Comil mostrou em seu estande um Svelto que irá operar em Salvador e um Campione DD da empre-sa Sampaio. O Svelto tinha chassi Volksbus/MAN 17.230OD com transmissão automa-tizada V-Tronic. O veículo irá operar na em-presa Plataforma Transportes, na capital

baiana. A configuração era de 3 portas com elevador na porta central, bancos de fibra sem estofamento e piso de alumínio.

Já o Campione DD tinha chassi Mercedes-Benz O-500RSD BlueTec 5. A con-figuração interna era mista, com poltronas

Marcopolo A Marcopolo expôs na Transpú-blico quatro veículos: um Torino Express, um Torino, um Paradiso 1350 e um Torino Motor Traseiro. Exceto o Torino com motor dianteiro, todos os demais são lançamentos feitos pela encarroçadora há alguns meses. O Torino Express exposto estava no padrão do BRT do Rio de Janeiro. Com 21 metros de comprimento e chassi Volvo B340M, trata-se de uma opção mais barata e simples em relação ao Viale BRT. Com dois modelos concorrendo no segmento de ôni-bus articulados, a Marcopolo aumenta sua competitividade e tenta manter sua par-ticipação de mercado mesmo num ano de forte redução nas vendas. O Torino com motor dianteiro expos-to pertencia à São José, de Franca/SP, empresa do Grupo Belarmino. O veículo faz parte de um grande lote do grupo que irá contemplar também, dentre outras, a VB3, operadora do sistema municipal de Campinas/SP. Já o Torino Motor Traseiro estava um pouco deslocado do estande da Marcopolo, mas nem por isso foi ignorado. Com chassi

Mercedes-Benz O-500M BlueTec 5 e configu-ração no padrão de Porto Alegre com ar condi-cionado, infelizmente, só deverá despertar a atenção do empresariado porto-alegrense quando finalmente houver um desfecho para a licitação do sistema na cidade. Com os novos integrantes da linha Torino (Express, Motor Traseiro e Piso Baixo), a Marcopolo completou neste ano a renovação de sua linha de veículos urbanos.

A linha Torino, além de ter design inspirado nas linhas do premiado Viale BRT, oferece configuração interna que facilita a limpeza e a manutenção. O único rodoviário exposto pela Marcopolo na feira, o Paradiso 1350 tam-bém é lançamento deste ano e completa a linha de rodoviários G7. A linha G6 tinha o Paradiso 1350, entretanto, com a mudança para a sétima geração, a encarroçadora ha-

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leito no andar inferior e poltronas conven-cionais com descanso de pernas no andar superior.

via resolvido enxugar a linha e retirá-lo do portfólio brasileiro. O Paradiso G7 1350 foi lançado inicialmente apenas no México. Mas, em tempos de crise econômica e com os lançamentos mais recentes das empre-sas concorrentes, a Marcopolo finalmente lançou o modelo para o mercado brasileiro. O grande diferencial do Paradiso 1350 é seu espaço no bagageiro, que comporta grande volume de bagagens e pacotes em geral.

BYD

A chinesa BYD (Build Your Dreams), em sua primeira Transpúblico e em seu primei-ro ano de operação da fábrica de Campinas/SP, apresentou o K9 no “Padrão Emdec”, um dos dez ônibus elétricos que serão entregues à Itajaí Transportes Coletivos, empresa opera-dora do sistema campineiro. Apesar de já ser um veículo com montagem final feita na fábrica de Campinas, a fabricante chinesa ainda não inaugurou as instalações, o que deve acontecer apenas em meados de novembro. Para o futuro, a BYD deverá construir uma unidade em outro local para produção

de chassis para ônibus elétricos. Quando for lançada a linha de chassis, a fabricante deverá encerrar a linha de Campinas e as instalações ali se transformarão em um centro de pesqui-sa e desenvolvimento. Dessa forma, o modelo integral K9 que atualmente sofre montagem final no Brasil deverá ser apenas um tampão até o desenvolvimento da linha de chassis. Além do K9, a BYD mostrou, estacio-nado na entrada do Transamérica Expo Cen-ter, o articulado K11 produzido em Lancaster/CA, nos Estados Unidos. O veículo é o mesmo apresentado no aniversário de Campinas, em julho passado.

A encarroçadora paranaense apresen-tou três veículos: um GranMicro (micro-ônibus), um GranVia (urbano) e um Roma M4 (rodoviário para motor dianteiro). O GranMicro estava con-figurado no “Padrão SPTrans”, inclusive equipa-do com ar condicionado, e possuía chassi Volks-bus/MAN 9.160OD Tinha como público-alvo as ex-cooperativas do sistema da capital paulista. O GranVia exposto pertence à Viação Itaipu, de Foz do Iguaçu/PR. Com chassi Mercedes-Benz OF-

1721 BlueTec 5, estava configurado com bancos de fibra sem estofamento e piso de alumínio. Já o Roma M4 representou a linha Roma de carro-cerias para ônibus rodoviários, que ganhou nova nomenclatura dos modelos neste ano. Agora, os modelos para motor dianteiro recebem a letra M, enquanto os para motor traseiro recebem a letra R no nome. Seguida à letra corresponden-te, o número (2, 4, 6 ou 8) simboliza a altura da carroceria.

Mascarello

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Os problemas comvisitantes na Feira TranspúblicoDefinitivamente o assunto mais comentado na semana passada foi aFeira Transpúblico, mas não o que estava sendo exposto, e sim ocomportamento de alguns busólogos que vistaram a feira. Houveaté quem fosse seguido por seguranças para fora do evento, o quepode ser considerado um enorme vexame para todos que lutam porum reconhecimento do hobby. Lamentável.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

O movimento nas rodoviáriasno feriado da IndependênciaComo de praxe, os colecionadores colocaram entre os assuntos maiscomentados das redes sociais e sites especializados o movimento nasrodoviárias de todo o Brasil na saída para o feriado prolongado de setede setembro, dia da independência. Os vários veículos extras que foramcolocados nas ruas foram registrados por diversos colecionadores nasrodoviárias e nas estradas.

Flávio Oliveira | Marcopolo Paradiso G7 1600 LD MBB O-500RSD

Eduardo Felipe | Busscar Urbanuss Pluss Volvo B7RLE

Weiller Alves | Busscar Vissta Buss MBB O-400RSD Diego Almeida Araújo | Marcopolo Paradiso GV 1150 Scania K113TL

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Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

O movimento nas rodoviáriasno feriado da IndependênciaComo de praxe, os colecionadores colocaram entre os assuntos maiscomentados das redes sociais e sites especializados o movimento nasrodoviárias de todo o Brasil na saída para o feriado prolongado de setede setembro, dia da independência. Os vários veículos extras que foramcolocados nas ruas foram registrados por diversos colecionadores nasrodoviárias e nas estradas.

DICA DE COMUNIDADE

ABC Bushttps://www.facebook.com/groups/abcbus/

A FOTO DA SEMANA

Tiago de GrandeCaio Millennium BRT MBB O-500UDA | VIP Imperador

Grupo criado para postagens de fotos e notícias do transporte público da região do Grande ABC Paulista, com ótima moderação. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para acessar.

Eduardo Felipe | Busscar Urbanuss Pluss Volvo B7RLE

Diego Almeida Araújo | Marcopolo Paradiso GV 1150 Scania K113TL

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SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FOTOS DA SEMANA

Weiller AlvesMarcopolo Paradiso G6 1200 Scania K310 | Progresso - Jotude

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

João VictorMarcopolo Paradiso G7 1800DD Volvo B450R | Nordeste

João VictorComil Galleggiante 3.40 Scania K113CL | Bela Vista

Rayllander AlmeidaIrizar PB Scania K380 | Transbrasiliana

Gean BritoMarcopolo Viaggio G7 1050 Volksbus 17 260 OD | Transbrasiliana

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1800DD MBB O-500RSD | UTIL

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UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Rodrigo GomesMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 | Viação Ideal

Rodrigo GomesMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 | Viação Ideal

Felipe SisleyCaio Apache Vip Volvo B270F | Auto Ônibus Brasília

Rodrigo GomesMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 | Viação Ideal

Felipe SisleyCaio Apache Vip Volvo B270F | Auto Ônibus Brasília

Felipe SisleyCaio Apache Vip Volvo B270F | Auto Ônibus Brasília

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

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ELÉTRICO Logo na entrada sobre os eixos dianteiros, fica o primeiro banco debaterias. Parte traseira do ônibus onde fica o terceiro banco de baterias e, atrás, os equipamentos elétricos do veículo; O K9: no teto, o segundo banco de baterias

CIRCULANDOJOSÉ EUVILÁSIO SALES BEZERRA | [email protected]

COLUNAS

Há duas semanas, como parte da “Virada Sustentável”, um movimento de mobilização colaborativa em prol da sus-tentabilidade, a SPTrans e a Ambintal Trans-portes apresentaram um ônibus movido a eletricidade, fabricado pela empresa chine-sa BYD (abreviação de “Build Your Dreams”) Company. A BYD Company recentemente inaugurou uma fábrica em Campinas/SP, onde começou a produção de carros elétri-cos. Ela pretende também começar a fabri-car ônibus e, assim como os carros, irá co-mercializá-los para o Brasil e América Latina. O ônibus que está em testes pela Ambiental Transportes é do modelo K9. Ele é 100% elétrico e não poluente. O veículo possui três bancos de baterias (um sobre os eixos dianteiros, que atuam em conjunto; um no teto do ônibus; e um na parte tra-seira), que possibilitam uma autonomia de até 260km ou até cinco horas. O controle da carga das baterias é feita pelo motorista através de um mostrador no painel do veí-culo, semelhante aos indicadores de bateria dos celulares. O motor fica sobre as rodas traseiras, na “parte alta” da carroceria. Na parte traseira, ao lado das baterias, ficam os componentes elétricos do veículo. O ônibus é “low-entry” (piso-baixo dianteiro) e possui capacidade para 73 pas-sageiros (21 sentados e 54 em pé). Embora seja do tamanho de um ônibus “padron” co-mum, ele tem menor capacidade para pas-sageiros sentados por conta das baterias, que tomam boa parte do espaço interno. Mas a localização das baterias será revista, caso o veículo seja produzido em escala. O ônibus possui ainda duas câmeras internas. As outras características do ôni-bus elétrico são as exigências padrão da SPTrans: piso antiderrapante, bancos esto-fados, wi-fi, balaústres forrados, box para cadeirantes e indicador de velocidade no painel interno superior. Esse ônibus não tem ar condicionado, mas possíveis novos modelos poderão vir com o equipamento. Vale lembrar que este veículo pertence à BYD. Ele está cedido para testes e foi adap-tado para rodar nas ruas de São Paulo nas configurações exigidas pela SPTrans. Um modelo articulado está sendo fabricado nos Estados Unidos para rodar em São Paulo. Este veículo virá nos padrões téc-nicos exigidos pela SPTrans. Neste modelo,

Na última “Virada Sustentável”, SPTrans e Ambiental Transportes apresentam modelo de ônibus elétrico que poderá ser adotado em São Paulo

segundo os técnicos com quem conversa-mos, as baterias ficarão na parte traseira do veículo. Um modelo articulado do veículo estava exposto na Transpúblico. No entan-to, ele não será usado para testes com pas-sageiros. Fizemos algumas viagens no veí-culo, que mostrou um bom desempenho: possui um bom arranque, é bem silencioso e atinge boa velocidade rapidamente. O tra-jeto do passeio foi curto, justamente para possibilitar um maior número de viagens. O itinerário foi o seguinte: Rua Vergueiro (em frente ao Centro Cultural São Paulo), R. do Paraíso, Viaduto do Paraíso, Av. Bernardino de Campos, Av. Paulista, acesso a e Rua Treze de Maio, Pça. Amadeu Amaral, Rua João Ju-lião, Viaduto Beneficência Portuguesa e Rua Vergueiro (em frente ao Centro Cultural São Paulo).

Em operação comercial – Desde o começo do mês, este ônibus está operando comercialmente na linha 3160/10 Terminal Vila Prudente - Terminal Parque Dom Pedro II. O horário de operação dele está previsto para começar às 6h00 e terminar às 16h30, antes do pico da tarde. A previsão é que o veículo fique em testes por um ano. A inten-ção da SPTrans é que este veículo não circu-le apenas nas linhas centrais, mas também em outras áreas da cidade. Além de São Paulo, alguns ônibus elétricos já operam em testes em Campinas/SP. É sempre positivo vermos que a Prefeitura esteja investindo em veículos com tecnologia sustentável. Mas que esse investimento seja permanente e não como tantos outros que já foram feitos e termi-naram sendo apenas um gasto de dinheiro que, até hoje, não vimos o retorno.

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