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TRANSPÚBLICO: ALTA TECNOLOGIA QUE VALEU A PENA interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 6 2 | 2 0 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 5 Soluções em gestão de frota e bilhetagem foram a parte boa da Transpúblico; Confiram os detalhes MARISA VANESSA: OS ÔNIBUS DA MAFERSA CAMPINAS RECEBE AVAL PARA INICIAR OBRA DE BRT TRANSPÚBLICO: ALTA TECNOLOGIA QUE VALEU A PENA

Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

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Edição com 36 páginas • Concluída às 17h00 (19/09) Destaques: • O que valeu a pela na Transpúblico - Alta tecnologia para empresas e passageiros • Campinas já pode iniciar obras do BRT • Colitur tem ônibus apreendidos

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

TRANSPÚBLICO: ALTA TECNOLOGIA QUE VALEU A PENA

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 6 2 | 2 0 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 5

Soluções em gestão de frota e bilhetagem forama parte boa da Transpúblico; Confiram os detalhes

MARISA VANESSA: OS ÔNIBUS DA MAFERSA

CAMPINAS RECEBE AVAL PARA INICIAR OBRA DE BRT

TRANSPÚBLICO: ALTA TECNOLOGIA QUE VALEU A PENA

Page 2: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

Page 3: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

NESTA EDIÇÃO

16 ÔNIBUS DE CAMPINASLiberada obra do BRT na cidade

13 NOVIDADEStartup entra para aceleradora 30 REDE SOCIAL

O seu espaço na InterBuss

14 ADAMO BAZANIColunistas | Novas tecnologias no Brasil

6 NOSSA OPINIÃOOs desmandos do Governo de São Paulo

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana 24 A GRANDE MATÉRIA

A Transpúblico high-tech

18 PÔSTERIrizar i6, por Volvo do Brasil

20 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

32 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

A GRANDE MATÉRIA

A parte boa da Transpúblico 2015

As novidades na área de tecnologia que fizeram a feira valer a pena

3034 MARISA VANESSA N. CRUZ

Colunistas | A Mafersa

Page 5: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

ANO 6 | Nº 262 | DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 18h39 (S)EDIÇÃO COM 36 PÁGINAS

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

A GRANDE MATÉRIAA Transpúblico high-tech

PÔSTERIrizar i6, por Volvo do Brasil

DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

A parte boa da Transpúblico 2015

As novidades na área de tecnologia que fizeram a feira valer a pena 24

Região da Unicamp teve mudanças em todas as linhas

Mais mudanças em linhas;redução de frota é motivo

ÔNIBUS DE CAMPINAS

17

Blitz achou irregularidades em mais de cem ônibus

Ônibus é depredado em Manaus após problemas

TODA SEMANA

08

Veículos teriam apresentado problemas em operação

Colitur tem ônibus presosdurante operação em Paraty

TODA SEMANA

11

Há até micro-ônibus operando sem condutor

Transporte na Europa recebenovidades com tecnologia

NOSSO TRANSPORTE

15

Boa parte das obras já foram concluídas pela EMTU

VLT da Baixada Santista vaicomeçar a operar em janeiro

DEU NA IMPRENSA

21MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | A Mafersa

Page 6: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOFelipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos en-viadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de coluni-stas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte na-cional, sempre para trazer tudo para você em primei-ra mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Por-tal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integran-tes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidam-ente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que dis-ser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em con-tato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

O Governo do Estado de São Paulo tem dado mostras cada vez maiores de incompetência e irresponsabilidade, sobretudo na área dos transportes metropolitanos. Na semana passada houve mais uma vez problemas com o abastecimento de combustível em uma empresa de ônibus da região de Campinas, e mais uma vez a resposta da EMTU, empresa que gerencia o siste-ma de transporte entre as cidades das regiões metropolitanas do estado, foi a mesma. É impressionante o quanto o Governo não faz nada para melhorar a vida do seu eleitor, e age tão mal quanto ou até pior que o governo Federal, tão criticado pelo partido que está no poder paulista há mais de duas décadas. A resposta padrão da EMTU é a seguinte: que a falta de diesel foi um problema “pontual”, e que a empresa segue trabalhando para melhorar o transporte nas regiões metropolitanas. Oras, é a segunda vez este mês que falta óleo diesel na empresa e a EMTU diz que é um problema apenas pon-tual? A impressão que fica é que o governo sequer fiscaliza o transporte fora da região metropolitana de São Paulo, que não está atenta e que está tudo largado, cada um operando como deseja. Curiosamente a mesma EMTU costumava fazer blitzes com certa frequência nas entradas de Campinas para inspecionar os veículos do extinto serviço ORCA - Operador Regional Coletivo Autônomo, também chamados de perueiros. Quase sempre havia apreensão de veículos dessa operação, ou por má conservação dos carros, ou por super-lotação, ou pelos motivos mais diversos possíveis. Agora, falta diesel em uma empresa de ônibus que opera um considerável número de linhas na região e é dito que é algo pontual. Ficou nítido aí que há dois pesos e duas medidas nas fiscalizações, com os menores sendo prejudicados diante da cortina de ferro dos grandes. O problema da falta de óleo diesel já está se tornando corriqueiro em várias empresas da região de Campinas mas nada é feito para corrigir isso. Não há nenhuma punição, a população continua prejudicada e o ciclo não se encerra. Enquanto em países desenvolvidos o transporte público é tido como solução e recebe incentivos para que a população deixe o carro em casa para se deslocar nos ônibus e trens, aqui no Brasil é o contrário: todos recebem incentivos para saírem de casa com seus carros e não usarem o transporte público, até porque ele é muito ruim: atrasa, os veículos são velhos, os motoris-tas são mal educados, entre vários outros fatores que só afastam o passageiro. E agora tem mais essa: falta óleo diesel, algo que é essencial para a circulação de ônibus, e nada é feito. A população, vítima desses sistemas problemáticos e deficitários, fica no ponto e não tem nenhum respaldo do poder público, que se limita a dizer que “está trabalhando”. Não se sabe onde, mas diz-se que está trabalhando para melhorar o transporte para o povo. Não é possível que o eleitor não abra os olhos para o péssimo go-verno paulista, que não faz nada e parece agir até pior que o governo federal. A impressão que fica é que o governo tucano está na “onda” popular contra o governo federal e esquece de administrar pois é notável o quanto São Paulo está abandonado. Os investimentos foram sumariamente cortados, obras estão andando a passos de tartaruga, a violência não para de crescer, e o go-verno ainda diz que está trabalhando. A nós fica a esperança de dias melhores, apenas a esperança, pois na prática já vimos que não deveremos ter grandes mudanças, já que são problemas apenas “pontuais”.

Governo de São Paulo: odos problemas “pontuais”

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

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A IMAGEM MARCANTE

Rio de Janeiro, RJSegunda-feira, 14 de setembro de 2015

A empresa Vera Cruz, que opera linhas metropolitanas na regiãodo Rio de Janeiro, fez a apresentação da nova plataforma elevatória

que adotou em seus ônibus. Com o novo modelo, o elevador ficaprotegido na parte de baixo do assoalho, evitando quebras e

problemas no equipamento. A foto é de divulgação.

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Pane irrita passageiros eônibus são depredados

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

Após diversos registros de panes em veículos do transporte coletivo em Manaus, o Departamento Estadual de Trân-sito do Amazonas (Detran-AM) realizou uma blitz para verificar as condições dos ônibus que circulam na capital. Ao menos cem veículos foram flagrados com irregu-laridades e autuados pelo órgão, na manhã desta quinta-feira (17). A fiscalização ocorreu na Avenida Autaz Mirim, nas proximidades do Termi-nal Integração (T5), Zona Leste da capital, depois que um grupo de usuários do trans-porte público depredou, na terça (15) e quarta-feira (16), dois ônibus em protesto contra falta de intraestrutura no sistema. De acordo com o diretor-presiden-te do Detran-AM, Leonel Feitoza, a maioria dos ônibus flagrados com irregularidades pertence à empresa Global Green. Até as 6h30 da manhã, cem veículos fiscalizados estavam irregulares. Dois foram retirados de circulação porque não apresentavam condições de uso. Os principais problemas flagrados pelos fiscais foram coletivos circulando com pneus carecas, para-brisas quebrados e li-cenciamento em atraso. Fiscais encontra-ram ainda motoristas sem a documentação dos ônibus. “Vamos continuar com as fiscaliza-ções em todos os sistemas de transporte. Nossa preocupação é com a segurança da população, que está sendo colocada em risco”, disse Feitoza.

Reparos O Sindicato das Empresas de Trans-porte de Passageiros do Estado do Amazo-nas (Sinetram) comunicou, na quarta-feira, que a empresa Global Green está trabalhan-do em conjunto com a Superintendência Municipal de Transporte Urbanos (SMTU), para minimizar os transtornos com as panes mecânicas que tem acontecido em alguns ônibus da empresa. Na manhã desta quarta-feira (16), mais um ônibus foi depredado por vândalos após sofrer uma pane mecânica na avenida Ephigênio Sales, bairro Aleixo, zona Centro-Sul. O ônibus da linha 678 teve mais de

20 janelas quebradas, além dos pára-brisas dianteiro e traseiros. Durante a confusão os vândalos ainda tentaram atear fogo no ban-co do cobrador, porém o colaborador con-seguiu conter as chamas. A empresa estima

que o prejuízo seja de mais de R$ 15 mil. “O veículo que foi depredado na manhã de terça (15), passou por manuten-ção na garagem da empresa e já voltou a operar”, informou o sindicato.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Amazonas

G1 Amazonas | Notícias

interbuss | 20.09.201508

PRECÁRIO Ônibus de Manaus passam por blitz; um foi depredado. Fotos: G1 AM

IRREGULAR Um primo da vítima também teve que viajar em pé em ônibus da empresa. Foto: Divulgação da empresa

Page 9: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

20.09.2015 | interbuss 09

Motorista tira crianças de ônibus antes de acidente

Internacional

Uma motorista conseguiu salvar 60 crianças de um acidente com trem nesta quarta-feira nas proximidades de Ham-burgo, na Alemanha. O sistema de articu-lação do ônibus escolar que conduzia que-brou e ele teve de parar em cima de trilhos de trem. Ao perceber o risco, a condutora de 23 anos pediu para que as crianças saís-sem do ônibus. Um policial disse ao jornal alemão “Bild” que a motorista tentou avisar a empresa que controla o sistema fer-roviário. No entanto, um minuto depois um trem atingiu o veículo parado. Um vídeo mostra o momento do acidente. Segundo o jornal alemão, o condutor do trem chegou a tentar travar o veículo. Apenas uma pessoa, que estava no trem, ficou levemente ferida no acidente.

G1 Mundo | Notícias

SALVADORA Ônibus destruído em acidente: apenas um ferido no trem. Foto: Reprodução

Page 10: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

TODA SEMANA

Todos desrespeitam asfaixas exclusivas em BH

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

A Avenida Dom Pedro II, na Região Noroeste de Belo Horizonte, é sinônimo de infração de trânsito e perigo. Depois da im-plantação da faixa exclusiva para ônibus, por onde circulam coletivos do Move, os estacio-namentos nas laterais da via foram proibidos e automóveis agora ficam em cima das calça-das. Para complicar, lojas e oficinas mecâni-cas usam os passeios como local de trabalho. Em várias situações, pedestres são obrigados a fazer o desvio pela pista de rolamento e correm risco de atropelamento. Motoristas reclamam também da dificuldade de fazer a conversão à direita, uma vez que somente podem andar nas faixas centrais. Outros burlam a lei e trafe-gam pela faixa de ônibus e não são punidos. É que os radares de invasão de faixa exclusiva instalados pela BHTrans ainda não funcio-nam. Já os taxistas se queixam da dificuldade de parar para embarque e desembarque de passageiros. A aposentada Darcy Perpétuo, de 63 anos, foi impedida ontem de transitar pela calçada, na altura do Bairro Carlos Prates, devido a uma grande quantidade de carros parados em frente a uma loja. O único jeito foi ela fazer o desvio pela faixa do Move. “O risco de atropelamento é muito grande, prin-cipalmente para idosos e deficientes físicos, que sofrem mais”, lamenta. Para ela, clientes de lojas e oficinais deveriam ser mais educa-dos e parar seus carros em ruas laterais. No entanto, os desrespeitos vão além da Pedro II, desabafa o aposentado Paulo Afonso Ribeiro, de 66, morador da Rua Arthur Hass, paralela à avenida, no Bairro Jardim Montanhês. “Pessoas estacionam o carro na minha rua e vão comprar na Pedro II. Param na contramão, em cima das calçadas e na porta da minha garagem. Todos os dias, eu tenho que brigar com alguém para que possa tirar meu carro da garagem”, reclama Paulo Afonso. “A BHTrans só olha o que acon-tece na Pedro II e esquece as ruas ao lado”, denuncia. Na altura do Bairro Padre Eustáquio, motoristas que saíam da Rua Vila Rica eram obrigados a circular por quase um quar-teirão na pista de ônibus, pois era grande o movimento de carros nas duas faixas mistas e era necessário aguardar a oportunidade de

acessá-las com segurança. No Carlos Prates, muitos motoristas já se envolveram em aci-dente ao fazer a conversão à direita na Rua Espinosa sentindo Bairro Santo André, conta o mecânico de moto Jean Carlos Talomino Soares, de 30. “Tem um radar 10 metros antes do cruzamento e os motoristas têm medo de entrar na pista do Move e serem multados. Deixam para virar em cima da hora, quando chegam perto do semáforo, e atravessam na frente dos ônibus. Outros diminuem a velocidade e vem outro carro atrás e bate”, conta Jean Carlos. Alguns condutores do Move também vão contra as regras e transi-tam pelas faixas mistas. Na Pedro II com Rua Jaguari, motoristas que aguardavam na fila de um posto de combustível dificultavam a passagem dos ônibus. A carroceria de um caminhão ocupava boa parte da pista exclu-siva. Quem também encontra dificul-dade de transitar pela Pedro II são os ciclistas. Com tantos carros amontoados nas faixas mistas, eles pedalam pela de ônibus. Eduardo Costa Pires, de 39, reclama que as pistas exclusivas de ônibus na Pedro II tiraram o direito de ir e vir dos taxistas. “Você não pode mais parar para embarque e de-sembarque de passageiros. Como vou fazer? Se não posso mais parar na lateral, na faixa dos ônibus, vou ter que parar na faixa do meio?”, questiona. Consultada sobre as reclamações referentes ao Move na Avenida Pedro II, a BHTrans informou que faz monitoramento

nos corredores de trânsito e que, em situa-ções irregulares, como estacionamento em local proibido, o condutor é orientado a sair. Se não obedecem, a Polícia Militar e a Guarda Municipal são acionados para autuar. Nesse caso, a empresa de trânsito reboca o veículo. A prefeitura também pode multar com base no Código de Posturas. A empresa de trân-sito informou que os radares de invasão de faixa exclusiva da Pedro II devem entrar em operação em breve. A BHTrans informou que BH traça faixas preferenciais para ônibus desde a década de 1980, na Avenida Amazonas, e que a partir de 2000 várias outras vias foram adaptadas. “É importante lembrar que o ôni-bus transporta em torno de 60 pessoas, en-quanto o carro leva uma média de 1,5. Por isso, o transporte coletivo está sendo prio-rizado em relação ao individual”, informou a empresa, por meio de nota. “As faixas propor-cionam melhorias na operação do embarque e desembarque dos passageiros, diminuição do tempo de viagem e da poluição. Também evitam disputas de espaço entre carros e ôni-bus”, completa. Sobre a conversão dos carros à dire-ita, a BHTrans esclareceu que há um pontil-hado dividindo as faixas exclusivas de ônibus e mistas e que, nesse trecho, outros veículos podem entrar na faixa de ônibus para con-vergir ou entrar em garagens. Sobre a recla-mação dos taxistas, informou que qualquer carro pode parar em locais devidamente sinalizados.

Minas Gerais

Estado de Minas | Notícias

interbuss | 20.09.201510

FAIXA EXCLUSIVA Ônibus circulam fora da faixa na D. Pedro II. Foto: Edésio Ferreira

Page 11: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

Colitur tem veículos apreendidos em blitz

20.09.2015 | interbuss 11

Notas Rápidas

O Ministério Público (MP) do Es-tado do Rio de Janeiro, Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), Coorde-nadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e a Polícia Militar realizam na manhã desta sexta-feira uma blitz no município de Para-ty, na Região Costa Verde. A ação tem como objetivo verificar se os ônibus da empresa Colitur estão regulares. Até o momento, 11 ônibus já foram apreendidos. No último dia 6, 15 pessoas morre-ram e dezenas ficaram feridos durante um

grave acidente na estrada que liga o Centro de Paraty a Trindade. O MP apurou que o contrato de concessão da Colitur com o mu-nicípio expirou há oito meses e não houve nova licitação. Em 1999, a Colitur esteve envolvida em outro acidente fatal. Na ocasião, duas pessoas acabaram morrendo e isso pode custar aos cofres da firma mais de R$ 1 mi-lhão. A ação de indenização aos familiares está na 2ª Câmara Cível. A Justiça determi-nou o bloqueio do dinheiro para garantir que, no futuro, a empresa tenha recursos para custear a indenização dos familiares.

O Dia | Notícias

Justiça manda e tarifa voltaa custar R$ 3,10 em B.Horizonte O valor cobrado pela tarifa de ôni-bus em Belo Horizonte de R$ 3,10 já vale para esta quinta-feira (17), segundo um documento assinado pelo procurador mu-nicipal Francisco Freitas de Melo Franco Ferreira e divulgado pelo movimento Tarifa Zero. O documento informa, ainda, que a PBH vai recorrer da decisão. A administração municipal confir-mou a informação e divulgou uma nota a respeito às 17h50 desta quarta (16). Apesar de a Prefeitura de Belo Hori-zonte ter sido notificada sobre a decisão que suspende o aumento da tarifa de ônibus na noite dessa terça-feira (15), na manhã desta terça os coletivos continuavam circulando a R$ 3,40. Nessa segunda-feira (14), a Justiça acatou o pedido para cancelar o aumento das tarifas de ônibus de R$ 3,10 para R$ 3,40, que começou a valer em agosto. De acordo com a decisão expedida pelo juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 4ª Vara da Fa-zenda, deverá ser realizada pela Justiça uma perícia nos estudos da Ernst & Young e do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). A multa diária para o caso de des-cumprimento da decisão que determina o cancelamento do reajuste é de R$ 1 milhão.

O Tempo | Notícias

Viações cobram Curitiba na justiça O Sindicato das Empresas de Trans-porte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) entrou na Justiça contra a prefeitura da capital paranaense. Segundo as empresas, o dinheiro que elas recebem não cobre os custos para manter os ônibus nas ruas – e, por essa razão, elas querem receber mais pelo serviço. Atu-almente, os passageiros pagam R$ 3,30 pela tarifa. A prefeitura, que administra o sistema por meio da Urbanização de Curitiba (Urbs), repassa às empresas de ônibus R$ 2,93 por passageiro desde fevereiro de 2014. Este valor que a Urbs paga para as empresas é chamado de tarifa técnica. De acordo com o contrato, o valor deveria ter sido reajustado em fevereiro

G1 Paraná | Notícias deste ano, mas não foi. O sindicato entrou na Justiça, nesta semana, pedindo o aumento no valor do repasse para R$ 3,40. “Os insumos aumentaram. A Urbs tem que dar conta da planilha de custo para que o transporte se mantenha, com quali-dade, limpo, todo cenário que mantém Curi-tiba com o transporte fluindo. Se não, não tem como funcionar o transporte”, disse Maurício Gulin, presidente do Setransp. A administração municipal infor-mou que foi pega de surpresa com a ação na Justiça e afirma que estava negociando com as empresas um reajuste no valor dos repas-ses. Sobre pagar ou não o valor pedido pelo sindicato, a prefeitura respondeu que não tem dinheiro para isso. “Tudo isso vai desaguar num ponto,

que é o aumento do custo do transporte co-letivo. Hoje não existem condições financei-ras para qualquer aporte complementar do ponto de vista do orçamento do município – consequência é aumento da tarifa para usuário”, afirmou o presidente da Urbs, Ro-berto Gregório. Em um período de aumentos de várias tarifas públicas – como água, luz, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Au-tomotores (IPVA) –, os passageiros reagiram quanto à possibilidade de aumento na tarifa do ônibus. “Não tem como pagar R$ 3,40. R$ 3,30 já está caro, e eu acho que R$ 3,40 (...) não tem como”, falou um usuário do trans-porte coletivo. Outra passageira disse: “A gente fica revoltado com as coisas subindo, o salário baixo... terrível”.

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Santana compra dez Volvo e encarroça com Irizar i6

A Santana, empresa que atua no transporte rodoviário de passageiros na Bahia, está renovando a sua frota com ôni-bus da Volvo. A empresa comprou 10 no-vos veículos da marca, modelo B340R, para atender a rota de Salvador a Feira de San-tana, no interior do Estado. O veículo é ideal para o transporte rodoviário de curtas e médias distâncias. Fabricado com um tipo de aço especial, que garante leveza e robustez do modelo, o modelo é o mais leve do mercado no seg-mento pesado, com até 400 kg a menos. “O modelo é indicado para o tipo de transporte feito pela Santana. É confor-tável e seguro, além de ser o mais econômi-co do mercado na categoria”, afirma Idam Stival, coordenador da engenharia de ven-das da Volvo Bus Latin America.

O veículo é equipado de série com a caixa de câmbio automatizada I-Shift; freio motor com 390 cv de potência; freio a dis-co EBS 5, e permite carrocerias com até 14 metros de comprimento. A carroceria de 14 metros amplia a capacidade de passageiros, seguindo uma nova tendência de mercado. Atendimento diferenciado Todos os veículos foram adquiridos pela Santana com plano de manutenção ouro, que oferece tranquilidade ao cliente ao cobrir toda a manutenção preventiva, corretiva, peças e mão de obra. “O pós-venda foi o principal dife-rencial que consideramos na hora de reno-var a frota. Temos uma relação de transpar-ência e lealdade com a Volvo e recebemos atendimento preferencial, com agilidade e qualidade de serviço. Isso garante que os carros fiquem parados o menor tempo pos-

............................................................................................................

Da Volvo | assessoria

interbuss | 20.09.201512

sível”, diz Deomar Assunção, diretor execu-tivo da Santana. A Volvo, junto com sua rede de concessionários, oferece atendimento pri-oritário aos clientes que possuem plano de manutenção ouro. Além disso, ao contratar um plano de manutenção o operador de transporte planeja melhor custos de ope-ração, previne paradas inesperadas e tem mais tempo para se dedicar à gestão do negócio. Santana Com mais de 75 anos de atuação, a Santana tem sede em Salvador, capital da Bahia. A empresa tem dois ramos de atu-ação, transporte rodoviário de passageiros entre Salvador e diversas cidades do interior do Estado; transporte de encomendas, e fretamento de ônibus turismo e transporte de funcionários.

TODA SEMANAMercado

Veículos top de linha levam o chassi B340R e circularão nas linhas datradicional empresa baiana Santana, que tem 75 anos de estrada

Page 13: Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

20.09.2015 | interbuss 13

NOVIDADE

Startup de bilhetagementra para aceleradora

O BUM (Bilhete Único Mobile), startup surgida no Startup Weekend Mobi-lidade Urbana São Paulo, realizado em maio deste ano (e matéria de capa da edição 247), e que conquistou o 2º lugar no evento, agora dá um novo passo para se consolidar como empresa. A Aceleradora de Campinas (uma parceria entre o Núcleo Softex Campinas e a Informática de Municípios Associados - IMA) anunciou, em 17 de agosto, as ini-ciativas escolhidas para o segundo ciclo de aceleração de startups. O tema deste ciclo é “Cidades Inteligentes”. Foram 17 projetos pré-seleciona-dos em evento na sede do IMA. Destes, 10 foram escolhidos para aceleração por espe-cialistas. Havia pessoas ligadas ao Sebrae Campinas, ao Inova Unicamp, ao IMA e ao Softex. Em conversa por e-mail, o CEO do BUM, Diego Melo, respondeu algu-mas questões feitas pela equipe InterBuss, contando um pouco sobre essa nova con-quista da startup e quais são as perspectiv-as futuras. Sobre a escolha de concorrer a uma participação na Aceleradora de Campinas, Melo destacou a qualidade e o reconhecimento do Núcleo Softex Campi-nas, que serão muito importantes para o amadurecimento do BUM como empresa. O Softex oferece um espaço ideal para isso, dando visibilidade e acesso a investidores, além de mentorias e troca de experiência com especialistas. Um outro atrativo para a escolha é a possibilidade de uso da solução em Campinas. Essa recente conquista da startup não significa que boa parte da trajetória está percorrida. Como o próprio CEO falou, há muito trabalho pela frente. A equipe do BUM, agora na Aceleradora, deverá trabalhar firme para que a solução integrada e funcio-nal esteja pronta até o final deste ano. O fato do BUM entrar na Ace-leradora não irá significar uma mudança completa para Campinas. Atualmente, a empresa segue no formato bootstraping, ou seja, a empresa e suas operações ainda

são mantidas do próprio bolso. Por isso, não há margem para gastos maiores com trans-porte, estrutura, etc. Entretanto, a equipe irá participar das mentorias semanais no Softex. Desde o SWMUSP até hoje, o BUM passou por algumas fases. Logo após o Startup Weekend, há o desafio do dia seguinte, no qual acontecem as decisões reais. Dos nove integrantes que estavam na equipe durante o evento, restaram quatro. São essas quatro pessoas que trabalham e

Fábio Tanniguchi | reportagem

deverão continuar trabalhando arduamente com grande comprometimento e esforço. Ainda nesse período entre o SWMUSP e os dias atuais, o BUM conquistou diversas parce-rias, como com a Microsoft e com a Escola de Negócios Sebrae (que incubou a empresa). Enfim, há muito trabalho pela fren-te e há boas perspectivas. O BUM, como em-presa, agora tem a chance de amadurecer e de consolidar um produto atraente e fun-cional.

O BUM, 2º lugar do Startup Weekend Mobilidade UrbanaSão Paulo (vide edição 247), obtém importante conquista

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interbuss | 20.09.201514

A Emenda Constitucional 90/15, que inclui o transporte coletivo no Artigo 6º da Constituição Federal, classificando-o como Direito Social, foi promulgada nesta terça-feira, dia 15 de setembro de 2015 pelo Congresso Nacional. A emenda foi aprovada pela Câma-ra e pelo Senado em diferentes votações, de acordo com os regimentos das casas. Até então, o transporte era classifi-cado “apenas” como serviço essencial. Para a deputada federal, Luíza Erundina, autora da proposta em 2013, não muda apenas a nomenclatura. Como direito social, a exemplo da saúde e educação, a União, estados, e municípios devem agora obrigatoriamente prever orçamentos para a mobilidade urbana em todo o País. “Saúde e educação, por exem-plo, têm recursos vinculados orçamentari-amente. Com isso, a União, os municípios e estados não podem deixar de destinar um percentual específico em lei para essas áreas. No caso do transporte, reconhecido

Promulgada emenda queinclui transportes em Direitos Sociais na Constituição

como direito social pela Constituição, pode acontecer o mesmo, já que o novo texto gera um direito que o Estado é obrigado a atender, por meio de uma política pública que o assegure a todos os cidadãos” – disse Erundina à Agência Brasil. Com a inclusão no artigo sexto da Constituição, é aberto o caminho para a criação de outras leis para regulamentar a destinação de mais recursos para os trans-portes urbanos e metropolitanos. Na prática, o poder público passa legalmente a ter de assumir um compro-metimento maior com os investimentos em transportes. Será também menos burocrático o processo para destinação de recursos para obras como construção de novos corre-dores de ônibus e sistemas de metrô. Já há no Brasil, desde 2012, a Políti-ca Nacional de Mobilidade. A lei 12.587 de 2012 determina que as ações nas cidades privilegiem os deslocamentos a pé, de bicicleta e por transporte público sobre as

viagens em carros de passeio ou em motos. Mas parece que os estados e municípios não levaram a sério a determinação legal, isso porque, a lei também obriga que cidades com 20 mil moradores ou mais criassem até abril deste ano, planos de mobilidade, além de projetos metropolitanos dos estados em cidades que são vizinhas. No entanto, segundo o Ministério das Cidades, somente 30% dos municípios acima de 500 mil habitantes estavam com o plano concluído ou em fase de elabo-ração. No caso das cidades entre 250 mil e 500 mil habitantes, 80% delas não têm plano de mobilidade. A realidade das ci-dades entre 50 mil e 250 mil habitantes é mais frustrante ainda: 95% não concluíram o plano. Como não houve cumprimento pelo poder público, há o Projeto de Lei 7898/14, do deputado Carlos Bezerra, que propõe a prorrogação para abril de 2018 o prazo para estas cidades apresentarem seus planos.

Mobilidade assim deixa de ser ap-enas serviço essencial. Segundo au-tora da emenda, poder público será

obrigado a destinar verba, como ocorre com saúde e educação

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

CORREDOR DE ÔNIBUS Congresso aprova emenda que classifica transporte como Direito Social Foto: Pedro Ribas

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Enquanto no Brasil ainda se discute como incentivar veículos elétricos e não poluentes e a cidade mais rica do País não cumpre a lei que determina que os ônibus não dependam exclusivamente de óleo die-sel, na Europa ações conjuntas entre univer-sidades, governos e indústrias conseguem preparar inovações na área de transportes para que deixem os campos de testes e pas-sem para experimentações nas ruas. O projeto CityMobil é um exemplo, com ideias como um sistema de trólebus mais eficiente que opera com guias laterais economizando espaço urbano e micro-ôni-bus que funcionam sem motorista. Os micro-ônibus fazem parte do CityMobil 2 e para circular experimental-mente em pequenas cidades da Europa, nesta fase inicial de testes nas ruas. Os veículos e sistemas foram criados pelas em-presas Ligier e Robosoft. Os pequenos ônibus com capaci-dade para 16 passageiros são elétricos e o comando é por centrais de monitoramento. Os veículos passam por campos de guias nas vias e sensores impedem colisões. Os testes vão durar quatro anos e são financiados por 45 parceiros, entre ins-tituições de ensino e pesquisa, indústria e poder público. A solução é considerada eco-nomicamente mais vantajosa que os táxis autônomos pelo fato de os micro-ônibus levarem mais passageiros. Os sistemas são indicados para complementar redes de cor-redores de ônibus e metrô ou fazerem peque-nos percursos em regiões centrais, dentro de parques, indústrias, aeroportos, etc. Já o trólebus com guias laterais são um aperfeiçoamento do que já se viu em termos de tecnologia. O sistema foi pro-jetado para integrar as cidades de Castellón e Benicassim, via universidade, na Espanha, o sistema, segundo o CityMobil “combina a regularidade do sistema ferroviário com a flexibilidade e o baixo custo do sistema de ônibus”. Uma das vantagens, segundo o projeto, é o menor uso do espaço urbano. Um ônibus com 2,6 metros de largura pre-cisa de uma faixa entre 3,75 metros e 4 met-ros. Com as guias laterais, as variações de movimentos são menores, havendo mais segurança para uma faixa mais estreita.

Trólebus com guias laterais e micro-ônibus sem motorista são apostas tecnológicas na Europa

O projeto também mostra que os trólebus ainda são considerados pelo mun-do soluções modernas de mobilidade. O sistema para a Espanha conse-gue reaproveitar energia das frenagens dos veículos e os trólebus possuem baterias que permitem o tráfego por alguns quilômetros sem estarem conectados à rede aérea. Curiosamente, o Brasil poderia ter um sistema de trólebus com guias laterais nos anos de 1990. Foi o famoso Fura Fila da cidade de São Paulo, cujo projeto foi apresentado em 1995 à população. O tre-cho hoje servido pelos ônibus do Expresso Tiradentes e a extensão até a zona Leste que deve abrigar um monotrilho cujas ob-ras estão em atraso, deveriam contar com trólebus biarticulados, de alta capacidade de passageiros, com guias laterais.

Os atrasos nas obras e as suspei-tas de superfaturamento fizeram com que o projeto de trólebus fosse abandonado. Apesar da promessa em 1995 para 1997, só em 22 de fevereiro de 2007 ônibus comuns começaram a operar o primeiro trecho en-tre Sacomã e o Parque Dom Pedro II. A data para a entrega do trecho com monotrilho deveria ser em 2012 com 18 estações. Por altos custos e complexidade das obras, a nova promessa é de 9 estações para 2018. Duas (Vila Prudente e Oratório) estão em operação parcial e outras sete ti-veram os projetos congelados, sem estima-tiva de prazo. O custo total previsto é de R$ 7,1 bilhões para todo o sistema, mas com o passar do tempo, os valores aumentam. O trecho deveria ter 18 quilômetros de exten-são.

Em parcerias comuniversidades, projeto

CityMobil promete colocar nas ruas ideias até então restritas

aos campos de testes

EVOLUÇÃO LÁ FORA Micro-ônibus sem motorista devem fazer parte da paisagem de algu-mas cidades europeias; Em 1986, Adelaide já contava com um serviço de “ônibus sobre trilhos”

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Cecilia Polycarpo | rac

O governo federal deu nesta terça-feira (15) o aval para a Prefeitura começar as ob-ras dos corredores do BRT (ônibus rápidos) em Campinas. O “sinal verde” foi concedido após reunião de uma hora e meia entre o prefeito Jonas Donizette (PSB) e o secretário de Trans-porte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes, em Brasília. Jonas fez a viagem para pedir aditivo de R$ 200 milhões para a implantação do siste-ma, anteriormente orçado em R$ 340 milhões e agora estimado em R$ 540 milhões. O governo federal garantiu que os cortes no orçamento federal anunciados na se-gunda-feira (14) não deverão atingir o projeto do BRT, que já teria financiamento pela Caixa. O secretário municipal de Administração, Silvio Bernardin, afirmou que os R$ 200 milhões res-tantes serão repassados pelo ministério via “re-curso extra-pauta”, na fase final de construção do modal de transporte. “A gente saiu daqui com o aval para iniciar a obra com os recursos que a gente tem”, disse Bernardin após a reunião. A construção deve começar em janeiro e ficará 100% con-cluída em três anos. O aditivo de R$ 200 mi-lhões será repassado na fase final da implanta-ção, segundo o secretário. Apesar da crise, recursos prometidos a prefeituras pelo Ministério das Cidades não correm risco, segundo o secretário. Isso porque Lopes explicou na reu-nião que faltam projetos consistentes de mo-bilidade para aplicação dos recursos já dotados no ministério. Em tempos de arrocho fiscal, a pasta federal deve terminar 2015 com sobra de R$ 1,2 bilhão, que deveriam ser repassados aos municípios. Dos R$ 340 milhões iniciais necessári-os à implantação do maior projeto de mobi-lidade de Campinas, a Prefeitura conseguiu a aprovação de R$ 197 milhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), R$ 98 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) e dará R$ 45 milhões de contrapartida. Foram os custos com as desapropria-ções necessárias e as alterações nas estações de transferências, entre outras adequações, que elevaram os preços em pelo menos 30% do BRT em Campinas. A maior parte das áreas estão no trajeto do futuro Corredor Campo Grande. O Corredor Ouro Verde não deverá exi-gir tantas desapropriações. Embora com financiamento aprova-

do pelo Ministério das Cidades, a Prefeitura a-inda não conseguiu a validação do projeto pela Caixa Econômica Federal (CEF), que é o agente financeiro. O projeto foi revisto várias vezes e somente no início de junho o banco recebeu o orçamento do projeto revisado. Uma das al-terações no projeto foi a retirada do Terminal Magalhães Teixeira como estação do BRT. A Secretaria de Transportes fez as con-tas e conclui que precisaria investir mais de R$ 100 milhões na remodelação do terminal para que o local pudesse receber ônibus articulados ou biarticulados. O alto custo levou a secretaria a optar por deixar esse terminal para os ônibus que irão alimentar as linhas dos BRTs. Dois dos no-vos locais, a Avenida Campos Salles e a região do Mercado Municipal, foram estudados para receber as estações de transferências dos ôni-bus rápidos que farão a ligação do Centro com as regiões do Campo Grande e do Ouro Verde. O BRT será troncal, ou seja, a linha terá a função de ligar duas regiões por um corre-dor. O problema é chegar ao Centro com esses veículos, que poderão ser articulados ou biar-ticulados, em uma região congestionada. Os corredores do BRT irão atender uma população de cerca de 300 mil pessoas que vive nos eixos Centro-Campo Grande e Centro-Ouro Verde. A implantação começará pelo cor-redor Campo Grande - serão 17,8 quilômetros de extensão saindo do Centro, seguindo pelo

www.onibusdecampinas.com.br

Prefeitura anuncia que recebeu aval para começar obrasdos corredores BRT

leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dun-lop e chegando ao Terminal Itajaí. Junto com ele, será construída uma perimetral com 4 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do veículo leve sobre tri-lhos (VLT). O outro corredor, o Ouro Verde, terá 14,4 quilômetros de extensão, sairá do Centro, seguindo pela Avenida João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim e Terminal Vida Nova. O projeto contempla, além de uma pista exclusiva para os ônibus, estações de transferência fechadas e plataformas em nível, com embarque e desembarque pela porta es-querda do veículo. Em julho, integrantes da Prefeitura se mostraram apreensivos de que o desdo-bramento da Operação Lava Jato pudesse res-tringir o número de empresas participantes na licitação da obra do BRT. Isso porque as maiores empreiteiras na mira da Polícia Federal, como a Andrade Gutierrez, OAS, Odebrecht, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, são tam-bém as que participam de concorrências e inte-gram consórcios de obras do BRT nas principais capitais do País. Agora, além das investigações, algu-mas delas enfrentam momento financeiro deli-cado e dificuldades para cumprir contratos já firmados.

Sinal verde para o BRT

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Crise? (2)Veículos, agora de outragaragem, abastecem em posto de combustívelFábio T. Tanniguchi |[email protected] Duas semanas após esta seção da In-terBuss mostrar ônibus da garagem do Bonfim da VB Transportes e Turismo abastecendo em postos de combustíveis da região, na última sexta-feira, dia 18/09, vários veículos de impren-sa da região de Campinas noticiaram o mesmo acontecendo com a garagem de Sumaré da Auto Viação Ouro Verde. Nas imagens exibidas pela imprensa, uma fila de ônibus que se esten-dia por uma rua a perder de vista. Era a fila para abastecer no posto. Todos os veículos enfilei-rados fazem parte do sistema metropolitano, sob gerência da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Todo o processo de abastecimento no posto Ipiranga que fica em um balão próximo à Rodoviária de Sumaré

gerou atrasos na operação. Em pleno horário de pico da manhã, usuários esperaram mais de uma hora para conseguir um ônibus. Diante dos transtornos, no início da tarde, a EMTU soltou uma nota alegando apenas que a Ouro Verde estava sem diesel por atraso na entrega por parte da distribuidora. No final da tarde, após todos os telejornais do almoço mostrando a dimensão dos transtornos para os usuários, a EMTU finalmente disse aos veículos de imprensa que a empresa havia sido autuada. Ironicamente, enquanto a EMTU dava como jus-tificativa algo que só a empresa poderia explicar detalhadamente, a Ouro Verde não se manifes-tou em nenhuma oportunidade. Após todos os transtornos durante a manhã, a operação foi normalizada no pico da tarde. Entretanto, não é a primeira vez que falta diesel na empresa. Não foram poucas as vezes, nos últimos meses, em que a Ouro Verde ficou sem diesel. Porém, os veículos acabavam indo abastecer na garagem de Americana. Sa-be-se lá se isso tem a ver com a falta de diesel que ocorreu VB3. Mas esse tipo de problema não pode continuar acontecendo.

Desde a última segunda-feira, 14/09, algumas das principais linhas do distrito de Barão Geraldo, em Campinas, tiveram mudan-ças significativas. Foram afetados, principal-mente, usuários que se deslocam ao setor de ensino da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A linha 332, uma das mais usadas pelos usuários que se dirigem ao setor de en-sino da universidade, deixou de atender a região e de ter ponto final no Terminal Barão Geraldo. Agora, a linha encerra no Hospital das Clínicas, tendo um relevante corte de itinerário. Portanto, a linha passa a se chamar Hospital das Clínicas / Rodoviária. Os atendimentos 332.1 (que fazia o itinerário parcial como reforço nos picos) e 332.2 (linha expressa do terminal do distrito à Rodoviária aos domingos) deixaram de existir. A alimentadora que liga o Termi-nal Barão Geraldo à Unicamp, a 337, deixou de atender o setor de saúde da universidade (Hospital das Clínicas e outras unidades adja-centes). Em compensação, passou a atender os fundos do campus, em uma região onde fica a FEAGRI (Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp), o Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, a Facamp (Faculdades de Campi-nas, instituição de ensino privada), o centro de desenvolvimento da PST Electronics (detentora da marca Positron), o Núcleo Softex e o Instituto Eldorado. Até então, essa região era atendida a-penas pelo Circular Interno da universidade. Fora do eixo da universidade, outra linha afetada foi a 331, que liga o Terminal Barão Geraldo à Rodoviária. O itinerário foi encurtado nos dois sentidos, com o fim do atendimento ao

Cambuí na ida e o fim do atendimento à Ave-nida Barão de Itapura na volta. Aparentemente, a ideia da Emdec era que, com o fim do atendi-mento da 332 à universidade, os usuários pas-sassem a usar a alimentadora (337) e fazer a inte-gração no terminal para a 331. Além disso, agora atendendo algumas avenidas importantes da região central, a 331 poderá servir de reforço à 333, principal linha troncal do terminal. Entretanto, as mudanças geraram muita polêmica. A maioria dos comentários e dos textos dos compartilhamentos eram de opiniões contrárias às mudanças. Todos nós sabemos que usuários costumam ser con-trários a qualquer tipo de mudança que afete a forma como eles vão se deslocar. A grande realidade é que as mudanças foram benéficas apenas para a empresa de ônibus, a VB3. Com o encurtamento da 332, houve redução de frota na linha. Os carros que sobraram foram passados para a linha 331, que passou a utili-zar portas do lado esquerdo. Como a linha 337 não teve acréscimo de frota, isso significa que a antiga frota da 331 agora está desalocada. Quanto à racionalização das linhas, a Emdec até caminhou na direção correta. De nada adianta racionalizar as linhas se a frequência é reduzida. Entre o Terminal Barão Geraldo e o setor de ensino da Unicamp havia três opções: a 332, a 337 e a 329. So-mando as frequências, havia cerca 11 veículos/hora*sentido nos picos. A frequência passou para cerca de apenas 5 veículos/hora*sentido. Como o usuário se sentirá satisfeito em fazer a integração no terminal se a frequência do tre-cho alimentador foi reduzida pela metade? Não é preciso pensar muito para perceber que fica

difícil defender a Emdec. Outro deslocamento afetado seria-mente foi entre o setor de ensino da Unicamp e o bairro Chácara Primavera, conhecido por ser um pólo recente de moradia estudantil. Devido ao grande número de edifícios de classe média construídos na região das ruas Jasmim e Her-mantino Coelho, a região se tornou atraente para universitários da PUC-Campinas e da Uni-camp que não queriam morar em repúblicas. De cerca de 8 veículos/hora*sentido nos picos, ago-ra são apenas 2 veículos/hora*sentido, já que a 329 se tornou a única opção. Além disso, a linha não passa na região dos edifícios no sentido Es-tação Cidade Judiciária, obrigando os usuários a descerem na Rod. Miguel Noel Nascente Burnier e seguirem a pé.Após algumas poucas reflexões, fica a dúvida: será que alguém na Emdec estu-dou as mudanças antes de implantá-las? Será que alguém se preocupou com os usuários afe-tados, a fim de garantir que a racionalização não afetasse tanto o tempo total de viagem? 2016 está aí, com as eleições munici-pais. O vereador Pedro Tourinho (PT) pediu à Emdec que revertesse todas as mudanças ali na região. Enquanto isso, uma estudante da Unicamp organiza um abaixo-assinado com o mesmo objetivo. Sinceramente, a solução não seria reverter as mudanças, mas melhorar a frequência das linhas para tentar fazer com que os deslocamentos levem, pelo menos, o mesmo tempo de antes. A racionalização das linhas da Unicamp sempre foi uma grande necessidade, mas deveria ter sido feita com mais inteligência e planejamento. Todas as mudanças em Barão podem ser conferidas em detalhes no Ônibus de Campinas: www.onibusdecampinas.com.br

Fábio T. Tanniguchi |[email protected]

Mudanças acabaram sendo polêmicas; redução de frota por trás das ações é evidenteEmdec revisa linhas de Barão Geraldo

O que impressiona é que a EMTU emite notas sendo que mal acompanhou o que ocor-reu na operação de seu sistema. Raramente se vê viaturas da EMTU fazendo acompanhamento nos terminais ou em pontos específicos. Basi-camente, a fiscalização de itinerários e horários se restringe ao Centro de Controle Operacional, que é muito importante, mas não resolve todos os problemas. No caso de descumprimento muito grande de horários, como o que aconte-ceu pela falta de diesel na Ouro Verde, a EMTU precisa ter agentes de fiscalização prontos para irem até a garagem da empresa verificar a saída dos carros e investigar os motivos. Ao mesmo tempo, agentes nos terminais deveriam estar prontos para orientar a população e deslocar al-guns carros de outras empresas (como a Boa Vis-ta) para tentar equilibrar a operação. E, também ao mesmo tempo, a Ouro Verde já deveria ter sido multada logo no período da manhã e não aguardar a repercussão nos telejornais para to-mar uma decisão. Se a EMTU quer se posicionar como órgão gestor de sistemas metropolitanos de transporte público em São Paulo, ela precisa se equipar, agir e se posicionar como tal.

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interbuss VOLVO DO BRASILIrizar i6Santana, em Salvador/BA

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Russian Railways mostrainteresse e deve vir ao país

Durante o fórum empresarial “Bra-sil-Rússia: Direções Estratégicas de Coope-ração”, em Moscou, na Rússia, que conta com uma comitiva brasileira liderada pelo vice-presidente Michel Temer, a estatal Rus-sian Railways (RZD), empresa que detém o monopólio das estradas de ferro na Rús-sia, destacou o seu interesse em investir na logística brasileira. Segundo matéria do portal Gazeta Russa, a Russian Railways está pronta para participar de um ou dois projetos no Brasil, desde que o os acordos sejam favoráveis para as partes. A expectativa é que os pro-jetos sejam implementados sob regime de concessão, em parceria com empresas lo-

cais. Para Serguêi Pavlov, diretor-geral da RZD International, os investimentos rus-sos no Brasil podem ser de US$ 7 a 10 bi-lhões. “Até 80% do financiamento, segundo informação dos nossos parceiros brasileiros, será assumido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, destacou Pavlov. Ainda segundo Pavlov, as empre-sas em projetos no Brasil podem necessitar do apoio de instituições financeiras, sendo uma oportunidade para a expansão com-ercial e operacional do Vnesheconombank (VEB, Banco de Desenvolvimento e Assun-tos Econômicos) internacionalmente. Em junho deste ano, quando o go-verno federal apresentou o Programa de In-

vestimento em Logística (PIL), a previsão to-tal de investimentos para o setor ferroviário foi de R$ 86,4 bilhões. “A nossa empresa está explorando as várias possibilidades devido às condições mutáveis dessas concessões. Se o negócio for lucrativo, então estare-mos prontos para participar do programa de construção e posterior operação dessas concessões ferroviárias”, informou Pavlov. Essa não é a primeira vez que a Russian Railways se interessa pelo mercado brasileiro, considerando que a empresa já havia manifestado interesse em construir uma linha ferroviária entre as cidades de Maringá e Londrina, no Paraná. Em julho de 2014, a Russian Railways também já havia anunciado que participaria de uma licitação no setor ferroviário brasileiro.

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

Do site | notícias

interbuss | 20.09.201520

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VLT da Baixada Santista será inaugurado em janeiro

Será inaugurado, em 04 de janeiro de 2016, o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) da Baixada Santista pela EMTU/SP, empresa vinculada à Secretaria dos Transportes Me-tropolitanos. A sede do Centro de Controle Operacional do VLT está instalada na Rua Ro-drigues Alves, no bairro Macuco, em Santos. As primeiras viagens comerciais acontecerão no mesmo trecho da opera-ção experimental, entre a estação Pinheiro

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

20.09.2015 | interbuss 21

Transpo Online

Do site | notícias Machado, em Santos, até a Mascarenhas de Moraes, em São Vicente. Atualmente, as viagens testes ocorrem de segunda a sexta-feira, das 11h às 14h. O valor da tarifa de transporte a-inda não foi definido e dependerá da tarifa do sistema de ônibus que estiver vigorando a partir do próximo ano. O bilhete que in-tegrará os serviços de ônibus e de VLT será lançado somente durante o segundo se-mestre de 2016. VLT – No final de maio, o sistema

recebeu o primeiro dos 22 Veículos Leves Sobre Trilhos que vão operar entre Bar-reiros, em São Vicente, e o Porto de Santos. O VLT foi importado diretamente da fábrica da Vossloh em Valência, na Espanha. Ca-racterísticas dos veículos: 2,65m de largura por 44m de comprimento; capacidade para 400 usuários; velocidade média de 25km/h (a máxima é de 80km/h); ar condicionado e piso 100% baixo, facilitando a movimen-tação de usuários com dificuldade de loco-moção.

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DEU NA IMPRENSA

Artigo: O que mudar paramelhorar a nossa logística A logística sempre foi uma ativi-dade complexa e de difícil execução. Isso porque, para que ela seja de fato efetiva, o planejamento e controle dos processos devem ser realizados de maneira assertiva, com o mínimo de falhas possível. Por isso, para as etapas funcionarem, os procedi-mentos dentro de uma cadeia de suprimen-tos são múltiplos e precisam ser seguidos de modo linear. Atualmente, percebemos o quanto as falhas dessas metodologias comprome-tem os resultados finais da operação. É fácil encontrar reclamações sobre demora nas entregas, produtos vendidos que não estão disponíveis em estoque, má execução de transporte – o que acarreta danos e perdas de toda ordem. Isso não é prejudicial apenas para o comprador ou o cliente, mas princi-palmente para a reputação do fornecedor, que fica seriamente comprometida. Diante desse cenário, é mais do que necessário que as empresas pesquisem alternativas, a fim de aumentar a capacida-de de produção e entrega, sempre vislum-brando opções exequíveis, que otimizem os gastos e promovam maior rentabilidade. Embora esse processo não seja fácil, hoje em dia, é desejável sempre buscar novos rumos com alternativas simples. Antes de tudo, a empresa deve ma-pear seus pontos a serem melhorados. Se o principal gargalo está no transporte entre o estoque até o ponto de entrega, vale um es-forço para identificar alternativas para que essa etapa demande menos tempo. O ma-peamento das ações traz segurança para a empresa, uma vez que todos os dados estão compilados e podem ser comparados com os processos praticados e de concorrentes no mercado, por exemplo. Essa etapa não é somente importante para identificar er-ros, mas também para promover rápidas soluções. Como já lembrei em outras opor-tunidades, a criação de um cronograma é essencial para esse processo. Com um roteiro em mãos, é possível antecipar de-mandas. Se, por exemplo, a empresa a tem mais movimentação em determinado mês do ano, é bem mais simples desenvolver alternativas para melhorar o fluxo naquele

período específico. Vale a contratação de mão de obra, aluguel de galpão e frota, en-tre outros. Outro ponto fundamental é a inte-gração entre as demais áreas da compan-hia. Compartilhe o plano de ação e também a estrutura de gestão com outros setores, que, em muitos casos, não estão por dentro da operação, como os Recursos Humanos ou Marketing. É possível que ótimas ideias e soluções sejam construídas em parceria. Por fim, vale a pena ir em busca de novas tecnologias ou aliados que otimizem cada um desses processos. A dinâmica do mercado proporciona esta riqueza de op-ções. Seja um novo software para controle do estoque, novos treinamentos e práticas. Outro fator interessante é a criação de par-cerias que visam o aumento de benefícios e vantagens para a empresa e seus colabora-dores. Essa, por sinal, é uma prática muito

utilizada pelas revendas Ambev associadas a Confenar. Os resultados são sempre moti-vadores. As empresas do setor devem ficar atentas, com o pensamento de que é ne-cessário criar inovações e melhorias con-stantemente. Dessa forma, a organização se mantém viva no mercado e gera uma atmosfera saudável de competição. As no-vas ideias e práticas dentro da logística,mais do que bem-vindas, são necessárias, uma vez que realizar a gestão da cadeia de su-primentos é algo extremamente desafiador. Vale a busca por cada vez mais eficiência, afinal, o mercado não para e o cliente final deve ter a satisfação e eficiência garantidas.

*Victor Simas é presidente da Confenar (Confederação Nacional das Revendas Am-bev e das Empresas de Logística da Distri-buição).

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Do site | por Victor Simas

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MAN lança leasing operacional para seus caminhões TGX

Transpo Online

Durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, a Ford apresentará ao público – de 19 a 27 de setembro – a ex-pansão da sua linha de utilitários esportivos para o mercado europeu. A nova caminhone-

Do site | notícias

Ford lança nova Ranger em Frankfurt

Transpo Online

A partir de outubro, os clientes da linha de caminhões MAN TGX, da MAN Latin America, terão a opção de leasing op-eracional em toda a rede de concessionárias da montadora no Brasil. A solução, desen-volvida em conjunto com o Banco Volkswa-gen, inclui o parcelamento do valor até 30% inferior ao praticado pelo Finame e sem a exigência de um valor de entrada. Ou seja, a transação contemplará uma prestação mensal fixa até o fim do contrato, de 36, 48 ou 60 meses. A montadora explica que a mensal-idade será considerada como uma despesa de aluguel pelo cliente e o caminhão não fará parte dos seus ativos, o que significa que a operação não impacta sobre os seus índices financeiros. Além disso, as compan-hias que operam com regime de lucro real, sobre o qual incide o imposto de renda, poderão utilizar o valor integral da parcela para deduzir a base do PIS/COFINS. “Ao lançar o primeiro leasing oper-acional de uma montadora no Brasil, a MAN Latin America mostra uma vez mais que é

Do site | notícias

possível enfrentar as crises com coragem e criatividade. Apresentamos a nova modali-dade de contrato à nossa rede de conces-sionários num encontro na última terça-feira (15/9), e a receptividade foi excelente”, conta Roberto Cortes, presidente e CEO da MAN Latin America. O que inclui no contrato – O leasing operacional permite o financiamento dos modelos MAN TGX 28.440, 29.440 e 29.480. Os contratos contemplam a manutenção completa – corretiva e preventiva -, teleme-tria, que inclui rastreamento e controle so-

bre a frota, e os custos com documentação, emplacamento e IPVA. E depois do leasing? – A montado-ra esclarece que, através dessa modalidade de crédito, a empresa não precisará imobili-zar o bem, ficando com mais liquidez para financiar o seu negócio, e também não terá de se preocupar com a revenda do camin-hão. No fim do contrato, essa modalidade de negócio oferece ainda mais uma vanta-gem ao cliente: a possibilidade de financiar o bem pelo valor de mercado, ou devolvê-lo e contratar um novo leasing.

te Ranger é o principal destaque do evento e será comercializada naquele mercado a partir do último trimestre de 2015. O veículo com-ercial leve estreia na Europa com um visual arrojado, tecnologias de ponta e opções de motorização a diesel avançadas que melho-ram o desempenho de combustível em até

17%. O modelo Wildtrak, carro-chefe da linha, contém itens exclusivos de design externo, in-cluindo a nova cor laranja Pride, e interior com detalhes em laranja. Entre as tecnologias que se destacam neste produto, estão o sistema SYNC 2, o sistema de manutenção na faixa e piloto automático adaptativo.

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A GRANDE MATÉRIA

Transpúblico 2015:Tecnologias em evidênciaFábio Tanniguchi | matéria

Se não houve grandes novidades em chassis e carrocerias, com exceção do Comil Campione Invictus e do Caio Giro 3400, pelo menos foram apresentadas novi-dades interessantes de empresas de tecnolo-gia, fornecedores de bilhetagem eletrônica e

Dentre as empresas que não fabricam nem montam ônibus, se destacam novastecnologias que trazem benefícios para empresários e passageiros

A fabricante alemã, que se destaca no setor de ônibus pela produção de trans-missões, levou ao estande as transmissões Ecolife e AS Tronic. A transmissão ZF Ecolife é automáti-ca de seis marchas e apresenta redução de consumo em até 6% em comparação com transmissões como a Voith Diwa, de 4 mar-chas. Além do benefício de fazer o motor trab-alhar em rotações mais corretas, em compara-ção com uma transmissão de quatro marchas, a Ecolife também possui retarder de série que atua até atingir 6 km/h sem acionamento do freio de serviço e conta também com o soft-ware Topodyn Life, que reconhece a topogra-fia e equilibra a transmissão adequadamente entre desempenho e menor consumo. Além disso, ainda possui maior intervalo na troca de

outros fornecedores em geral. Num ano de crise econômica, em que as vendas de ônibus caem e os em-presários buscam reduzir ao máximo os desperdícios na operação, soluções de tec-nologia da informação são apresentadas como uma possibilidade de investimento ao empresário. De monitoramento por câmeras

até sistemas avançados de telemetria, o mundo da tecnologia invadiu a Transpú-blico e mostrou que investir em sistemas de informação avançados é um dos aspectos para não apenas reduzir custos operacionais, mas também elevar a qualidade do serviço aos usuários. Em tempos de crise, quando pessoas são demitidas e deixam de usar

ZF Friedrichshafen

óleo e tem menor nível de ruído. A transmissão AS Tronic é uma transmissão automatizada oferecida pela ZF. Com doze marchas, garante maior segurança e conforto na operação, além de redução no custo operacional com o menor consumo de combustível. O produto ainda está apto para receber o Intarder, sistema que protege o freio do veículo. Entretanto, a grande vedete do estande da ZF foi o eixo elétrico AVE 130. Apresentado pela primeira vez no Brasil, o produto pode ser usado em ônibus elétricos a bateria ou célula de combustível, híbridos e trólebus. Conta com fácil acesso aos discos de freio e pode ser combinado com pneus e rodas comuns. O eixo suporta até 13 tone-ladas, mas também pode ser aplicado em

ônibus biarticulados combinando dois eixos de tração. Quando aplicado em ônibus híbri-dos, pode reduzir o consumo de combustível fóssil em até 30%. A vantagem do AVE 130 é o peso reduzido, sendo 200 a 500 kg mais leve que concorrentes. Atualmente, o eixo é usado em articulados híbridos pelo mundo afora, além dos elétricos da chinesa Foton e da turca Bozankaya. Outro eixo apresentado na Transpú-blico foi o AV 132, voltado para ônibus de piso baixo. Seu diferencial é o design em for-mato de gota, que permite redução da altura do piso no eixo traseiro em até 40 centíme-tros, dando maior conforto e segurança aos passageiros. Outro diferencial também é o peso reduzido, sendo mais leve que eixos de ônibus de piso normal.

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Transpúblico 2015:Tecnologias em evidênciaDentre as empresas que não fabricam nem montam ônibus, se destacam novastecnologias que trazem benefícios para empresários e passageiros

o sistema de transporte público, é preciso atrair quem anda de carro para compensar minimamente a retração no número de pas-sageiros. Abaixo, algumas empresas fornece-doras para o mercado de transporte de pas-sageiros que se destacaram na Transpúblico e as soluções apresentadas.

Clever Devices

A estadunidense Clever Devices che-ga ao Brasil com boas expectativas sobre opor-tunidades de venda e mostrou na Transpúblico um avançado sistema de telemetria. No Brasil, a empresa já tem seu sistema em testes na Via-ção Santa Brígida, de São Paulo/SP. No estande, através de três grandes telas de LCD, a empresa demonstrou o siste-ma aos visitantes. Inclusive estava conectado em tempo real com a frota de Chicago, nos Estados Unidos. A Clever Devices oferece soluções integradas completas para empresas de ôni-bus. Os sistemas abrangem gestão de frota, acompanhamento da operação em tempo real, serviços de informação aos usuários, business intelligence, telemetria e gestão dos serviços de manutenção. Algo que chamou bastante a aten-ção foi o sistema de telemetria, pelo qual foi possível saber, em tempo real, a temperatura do óleo do motor de um ônibus que estava rodando em Chicago. Em um primeiro mo-mento pode até parecer inútil, mas trata-se de uma informação que pode ser importante

para uma tomada de decisão. Por exemplo, um motorista liga para a garagem reportan-do um comportamento estranho do veículo. Na garagem, um profissional pode abrir o sistema e verificar o funcionamento dos prin-cipais sistemas do veículo. Essas informações são decisivas para saber se o veículo deverá ser recolhido ou não, se poderá terminar a viagem ou não. A variedade de sistemas oferecidos pela Clever Devices e a integração entre eles são grandes diferenciais. A empresa também carrega consigo uma vasta experiência em ITS nos Estados Unidos, ajudando empresas de ônibus a trabalharem de forma mais otim-izada, reduzindo custos e atraindo novos passageiros. A empresa ainda está se adaptando ao mercado brasileiro. Sequer possuem site em português, por exemplo. Para o sistema de telemetria, a empresa busca parcerias com montadoras de chassis para ter acesso a manuais de manutenção que possam ser disponibilizados no software. Entretanto, po-tencial é o que não falta.

BgmRodotec A BgmRodotec, líder em software para empresas de transporte em geral, mostrou na Transpúblico suas soluções de gestão. Como destaque, neste ano a empre-sa lançou funcionalidades mobile integra-das ao sistema de gestão. Foi desenvolvido aplicativo pelo qual o colaborador de uma empresa de ônibus pode consultar escalas, férias, convocações da gerência, informações

gerais e relatar problemas em um veículo. Com isso, o cliente pode aposentar as famosas fichas de manutenção, ficando tudo armazenado digitalmente. Como as fichas passam a estar no sistema de gestão, gerentes e supervisores da empresa de ôni-bus podem cobrar resoluções de problemas e manter estatísticas sobre os defeitos en-contrados pelos motoristas.

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A GRANDE MATÉRIA

A Cittati, baseada em Recife e com escritório em São Paulo, é uma empresa ofe-rece soluções para transporte coletivo urbano sobre pneus e que vem conquistando novos clientes a cada ano. Neste ano, por exemplo, a cidade de Campinas entrou na lista de clien-tes. As soluções oferecidas pela empresa abrangem especialmente o monitoramento da operação em tempo real. O Gool System é uma peça-chave, com recursos de monitoramento e de comu-nicação com os veículos em operação. Pode ser integrado com sistemas de bilhetagem eletrônica (Prodata e Empresa 1), oferecendo informações de demanda em tempo real. Outro sistema importante é o de controle de jornada. Ele ajuda a empresa a reduzir custos otimizando as escalas de fun-cionários. Ainda possibilita a colocação de totens nas garagens para que cada motorista consulte suas horas. Todo o registro de jor-nada também é importante para em médio e longo prazo a empresa ter as informações organizadas para preparar sua defesa em pro-cessos trabalhistas. O BI Gool é o sistema de Business Intelligence da Cittati. Através dele, gestores das empresas de ônibus podem acompanhar facilmente estatísticas da operação em tempo real. Gráficos e comparativos ajudam a iden-tificar problemas e, consequentemente, a to-mar decisões. A empresa também oferece uma solução para exibição de informações em pai-néis de mensagem variável, sempre conecta-dos a toda a operação em tempo real.

Cittati

Outra peça-chave do portfólio da Cittati é o CittaMobi, aplicativo oferecido pela empresa aos clientes que utilizam a solução de monitoramento de frota em tempo real. É um importante produto que tem sido usado pelos clientes para que possam disponibili-zar um aplicativo que ajude os usuários a sa-berem a localização dos ônibus, informando o tempo estimado de espera atualizado em tempo real. Um dos diferenciais do CittaMobi é a sua versão Acessibilidade (CittaMobi Acessibi-lidade), voltada para deficientes visuais. Com ele, o deficiente visual é avisado da chegada do veículo ao ponto em que está e também é avisado quando o próximo ponto é onde deseja descer. É uma importante ferramenta de inclusão social, pois os deficientes visuais ainda são muito dependentes da colaboração de outras pessoas para conseguirem usar o transporte público. Outro diferencial do CittaMobi é que ele não está disponível apenas nas cidades onde a Cittati tem clientes. O gerente de produto do CittaMobi, Nilson Yuki Ivano, rece-beu a equipe InterBuss no estande e contou que o app será disponibilizado também em cidades onde o monitoramento em tempo real é aberto a desenvolvedores. A primeira cidade nesse aspecto é São Paulo, onde o Cit-taMobi foi lançado recentemente. A ideia é que o CittaMobi se torne referência entre apli-cativos de transporte público em todo o país. A estratégia de produto do CittaMobi é bem mais ambiciosa do que do meuÔnibus, da M2M Solutions, como foi constatado quando a equipe InterBuss conversou com um execu-

tivo da M2M. De fato, a estratégia da Cittati está muito mais alinhada ao modelo de inova-ção dos dias atuais. Na Transpúblico, o grande destaque da Cittati foi uma solução integrada que estava em funcionamento dentro do próprio evento. Isso foi possível porque a Cittati instalou em um dos superarticulados do estande da Caio Induscar um protótipo de seu novo produto: o CittaGeo. O veículo superarticulado usado para apresentar o sistema pertence à Mobi-Brasil, empresa do mesmo grupo da Cittati. O superarticulado chamava a aten-ção no estande da Caio Induscar em virtude dos alto-falantes conectados ao CittaGeo, que simulava uma viagem na linha 6000/21 e gerava mensagens de áudio anunciando as paradas. Entretanto, ao entrar no veículo, os visitantes eram informados de que o CittaGeo é muito mais que um anunciador de paradas. Trata-se de um sistema implemen-tado em cima do hardware da tecnologia de bilhetagem eletrônica. Para o veículo em questão, foi feita uma parceria com a Prodata Mobility Brasil. Acima da porta dianteira, em um compartimento, fica todo o hardware usa-do pelo CittaGeo. A arquitetura do sistema permite integração total com os dados do validador, permitindo que o Gool System (usado na garagem e no CCO) receba diretamente in-formações da bilhetagem. Isso elimina a ne-cessidade da empresa processar diariamente dados do sistema da Prodata para contabilizar o número de passageiros em Excel, o que ain-da ocorre em várias cidades, como Campinas. Tudo passa a ser gerenciado no Gool System,

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da Cittati. A implementação no hardware da Prodata ainda permite integração com de-mais produtos dela, como câmeras de moni-toramento e uma tela touchscreen que pode ser instalada no cockpit. No caso do cliente possuir câmeras de monitoramento da Prodata, o CittaGeo envia as imagens das câmeras em tempo real, permitindo que a garagem e o CCO visualizem elas em tempo real através do Gool System. Com relação à tela touchscreen no cockpit, a Cittati coloca o CittaGeo totalmente por cima do sistema da Prodata. Dessa forma, o equipamento passa a assumir funções de co-piloto e de abertura e fechamento de serviço. O motorista, ao iniciar sua jornada, faz login no CittaGeo usando suas credenciais. Em cada viagem, o CittaGeo assume função de co-pi-loto, fornecendo informações ao motorista. É possível visualizar um mapa com o itinerário da linha e a localização atual do veículo, evi-tando inconveniências como esquecer o itin-erário e ter que pedir ajuda a um passageiro. O motorista também visualiza as próximas paradas, tanto no mapa, como numa lista de paradas. Uma funcionalidade muito relevante é uma tela que exibe um esquema no qual o motorista visualiza os tempos de intervalo entre ele, o veículo imediatamente à frente e o veículo imediatamente atrás na escala. Em uma empresa de ônibus que trabalha bem a disciplina dos motoristas, essa funcionalidade se torna aliada dos motoristas para acabar com os comboios, que irritam passageiros e empresários. Como o CittaGeo cruza informações do itinerário, pontos de parada e localização atual do veículo, também pode contemplar um sistema de anúncio de paradas. Como a-penas usa informações já cadastradas no Gool System, a implantação é muito mais fácil para as empresas, podendo ser rapidamente colo-cado em uma frota de uma metrópole que já usa outras soluções da Cittati. Enfim, o CittaGeo se destaca por ser uma solução integrada, que engloba vários sistemas que costumam ser adquiridos sepa-radamente (anúncio de paradas e câmeras, por exemplo, são sistemas normalmente ofe-recidos por empresas específicas). A parceria com a Prodata para trazer a gestão dos vali-dadores ao Gool System reforça a estratégia da Cittati em transformá-lo em um sistema único no mercado, com diferenciais muito relevantes. Evidentemente, o fato da Cittati pertencer ao Grupo MobiBrasil, com expertise em operação de ônibus urbanos em algumas metrópoles, ajuda bastante a validar ideias e ouvir sugestões. A Cittati caminha para se tor-nar uma empresa de classe mundial em ITS, o que, sem dúvida, é um grande orgulho para o Brasil.

Empresa 1

Importante player em tecnologias de bilhetagem eletrônica, a Empresa 1 mostrou suas novas tecnologias em seu estande na Transpúblico. A empresa expôs suas máquinas de venda de bilhetes. Os ATMs da Empresa 1 possuem suporte para recarga de cartões, emissão de novos cartões, emissão de bi-lhetes unitários em papel com QR Code (para sistemas com validador equipado com leitor de QR Code), pagamento de recargas com cartões de crédito, etc. O grande diferencial é que as máquinas são oferecidas pela própria Empresa 1, enquanto concorrentes apenas in-dicam terceiros. Em um mundo onde quase todos já possuem smartphones e a tecnologia NFC (Near Field Communication) já está presente em diversos smartphones do mercado, a Em-presa 1 mostrou suas soluções mobile. Para usuários, a Empresa 1 oferece um aplicativo que possibilita transformar o smartphone em um cartão de transporte. A operação é bastante simples, bastando abrir o aplicativo (com o NFC já ativado) e aproximar o aparelho do validador. Para empresas de ônibus e coopera-tivas, a Empresa 1 oferece um aplicativo que transforma o smartphone em um validador. Essa solução pode ser usada em caráter emer-gencial em veículos temporários, por exem-plo. Com a tecnologia NFC ativada, basta abrir o aplicativo. A partir daí, é só o usuário aproxi-mar o cartão (ou um smartphone com NFC). Para flexibilizar a rede de recarga, a Empresa 1 também oferece um aplicativo que transforma o smartphone em um equi-pamento de recarga. Também usando a tec-nologia NFC, a operação é bastante simples,

bastando aproximar o cartão que será recar-regado do smartphone. A partir daí, o aplicati-vo reconhece o cartão e abre as possibilidades de recarga para o atendente selecionar. Ainda nas tecnologias de recarga, a empresa oferece um leitor de cartões de transporte que pode ser conectado a máqui-nas POS (aquelas maquininhas de cartão de crédito). Assim, a maquininha passa a poder ser utilizada para recarga de cartões de trans-porte. O grande diferencial disso é que o ponto de venda deixa de necessitar de uma máquina de recarga específica, que ocupa es-paço e energia elétrica. A Empresa 1 também mostrou seu mais recente validador, com tela colorida e hardware mais robusto. Para demonstrar a ca-pacidade de processamento, um dos valida-dores no estande exibia em sua tela um filme em alta definição sem nenhum problema. O validador ainda possui opção de leitor de QR Code. O uso desses códigos pode ser feito para emitir bilhetes unitários com um custo muito reduzido, que é basicamente o do pa-pel térmico e o da impressão. Com todas essas tecnologias, a Em-presa 1 criou o selo “O fim do pagamento em dinheiro no transporte”. Ele demonstra que existe hoje muita tecnologia e muitos recur-sos que possibilitam a extinção do pagamen-to em dinheiro nos ônibus. Atualmente, a Empresa 1 atua em dezenas de cidades no Brasil e na América Latina. As tecnologias de bilhetagem da em-presa estão presentes em cidades como Belo Horizonte, Fortaleza, Florianópolis, Criciúma, Cidade da Guatemala, Guarulhos, Limeira, Boa Vista, Rio Branco, Santa Maria, São José dos Pinhais e Anápolis.

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A GRANDE MATÉRIAM2M Solutions

A M2M Solutions, uma das maiores empresas de soluções de monitoramento de operação de ônibus urbanos em tempo real, mostrou em seu estande toda a sua gama de soluções. Um fato interessante é que o siste-ma M2M Frota estava conectado em tempo real com a operação dos ônibus do Rio de Janeiro. Com isso, pessoas interessadas em conhecer o sistema podiam navegar dentro de um case real, verificando a utilidade da solução. O M2M Frota, segundo Luís Fer-nandes, executivo de vendas da empresa, foi desenvolvido do zero no ano passado, trazendo inúmeras melhorias, acatando su-gestões e ouvindo reclamações de clientes. Pelo sistema, é possível não só acompanhar a operação como um todo, como também visualizar cada linha ou cada veículo separadamente. Quando é aberta a tela de um veículo em específico, é possível acompanhar inclusive a velocidade dele e imagens das câmeras internas (salão e visão externa à frente do veículo). Outra funcio-nalidade importante do sistema é a comu-

nicação com os motoristas. No case do Rio, o CCO informa e é informado de obstáculos no itinerário, como acidentes, protestos e congestionamentos. Além do sistema de gestão da o-peração em tempo real, a M2M mostrou o aplicativo meuÔnibus, lançado no primeiro semestre deste ano. O aplicativo funciona atualmente nas cidades de Fortaleza, Limei-ra e no BRT do Rio de Janeiro (com o nome meuBRT). Ao contrário da Cittati, a M2M oferece o aplicativo de forma customizada, com o logotipo e as necessidades de cada cliente. Dessa forma, não se trata de um único aplicativo. A M2M lança um aplicativo para cada cliente. Se, por um lado, isso permite cus-tomizações, por outro, o aplicativo não tem a mesma facilidade do CittaMobi em ganhar fama pelo país e atingir grandes números de downloads. Enquanto o meuÔnibus Fortaleza (o que obteve mais downloads até o momento) tem, no máximo, 500 mil downloads, o CittaMobi já está no patamar entre 500 mil e 1 milhão de downloads. Em avaliações de usuários, a situação é mais

interessante ainda. O meuÔnibus Fortaleza tem 2423 avaliações na Play Store, enquan-to o CittaMobi atingiu 21.492 avaliações. Enquanto o aplicativo da M2M de melhor avaliação atinge nota 4,1 na Play Store, o CittaMobi tem nota 4,2. Ou seja, além de ser mais famoso na loja de aplicativos, o Cit-taMobi é mais bem avaliado. Ambos estão longe ainda do reconhecimento do Moovit, que é um aplicativo usado mundialmente, com mais de 15 milhões de downloads e quase 300 mil avaliações de usuários, atingindo nota 4,2 (igual a do CittaMobi). Dessa forma, a M2M perde a opor-tunidade de usar o meuÔnibus para colocar como clientes os usuários de ônibus, fo-cando totalmente o modelo de negócios no empresário e no órgão gestor. Outra tecnologia apresentada pela M2M na Transpúblico foi o Co-Piloto. Trata-se de um aplicativo que pode ser instalado em tablets com sistema Android que trans-forma o aparelho em um auxiliar do moto-rista. Com ele, o motorista pode visualizar, entre outros, o tempo de intervalo em rela-ção ao veículo da frente e ao veículo de trás.

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Palfinger A Palfinger, presente no Brasil em Caxias do Sul/RS, pertence a um grupo aus-tríaco e é lider mundial em tecnologia e fabricação de sistemas de acessibilidade e movimentação de cargas. Em seu estande na Transpúblico, a empresa levou seu elevador para acesso de cadeirantes em ônibus urbanos. O grande diferencial do produto da marca é o acio-namento totalmente elétrico. Atualmente, elevadores como os Ortobras possuem ac-ionamento eletro-hidráulico, enquanto fab-ricantes como Foca e Dhollandia produzem elevadores eletro-pneumáticos. Segundo a Palfinger, esse diferen-cial possibilita que o produto dela seja mais robusto, leve e de manutenção mais fácil que os concorrentes. O acionamento elé-trico dispensa peças com folga, que com o tempo geram o famoso barulho de “escola de samba” nos elevadores das concorren-tes. Além de ser mais leve, também ocupa menos espaço na carroceria, uma vez que o motor tem dimensões bastante compactas. No estande, o elevador exposto tinha acionamento semi-automático, o que significa que o motorista precisa este-nder a plataforma do cadeirante manual-mente. Ao lado, foi colocado um elevador com acionamento automático que ainda era um protótipo em fase de aceitação do mercado. A fabricante queria ouvir a opi-nião de empresários e operadores em geral,

uma vez que o movimento de extensão da plataforma para o cadeirante desenvolvido pela Palfinger é ligeiramente diferente em relação aos concorrentes. A ideia é que seja validado como uma alternativa aos eleva-dores automáticos atuais, que expandem a plataforma pelo movimento do tipo gaveta. Segundo a Palfinger, o movimento do tipo gaveta exige mais manutenção, uma vez que a plataforma acumula sujeira e poeira, o que pode, com o tempo, travar o funcio-namento da plataforma.

Rede Ponto Certo A Rede Ponto Certo oferece parcerias para a bilhetagem eletrônica nas cidades. Atu-almente presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Maceió, Ribeirão Preto e Cuiabá, a RPC ajuda a pulverizar as possibilidades de recarga dos cartões de transporte. Isso acontece com fluidez porque a empresa também atua como parceira de pontos comerciais, oferecendo tecnologia acessível para que eles agreguem serviços de recarga de cartões de transporte, recarga de créditos de celular e até mesmo pagamento de contas. Dessa forma, a Rede Ponto Certo tem um traquejo muito maior em aumentar a rede de recargas de um sistema de transporte público do que uma empresa de bi-lhetagem sozinha ou um órgão gestor isolado. Além da parceria com pontos comer-ciais que ajuda os usuários e o próprio sistema de transporte público, a Rede Ponto Certo tam-bém trabalha com tecnologias em evidência na atualidade para facilitar a vida dos usuários, modernizar a bilhetagem e atrair as pessoas para o transporte público.

Uma das soluções apresentadas são os aplicativos da Ponto Certo. Com o app Ponto Certo Bilhete Único São Paulo, por exemplo, o usuário pode comprar créditos na hora. Se o smartphone for equipado com a tecnologia NFC (Near Field Communication), é possível também consultar o saldo e ativar os créditos no cartão, bastando aproximá-lo do celular. A RPC ainda oferece apps para usuários do cartão BOM e dos sistemas de Cuiabá, Ribeirão Preto e Maceió. Outra novidade é o Watch2Pay, um relógio inteligente que serve como cartão de transporte. Em breve, será lançado para o Bil-hete Único paulistano. O relógio possui tec-nologia NFC e basta aproximá-lo do validador para poder passar na catraca. Também foram expostas no evento algumas máquinas de autoatendimento para recarga, que podem ser usadas em estações e terminais. Atualmente, a Rede Ponto Certo ad-ministra as máquinas de autoatendimento de São Paulo (metrô e terminais), Rio de Janeiro, Recife, Maceió e Ribeirão Preto.

Tecnomobile A Tecnomobile é uma startup do Grupo Transoft e é especializada em soluções de monitoramento de segurança nos ônibus. Atualmente, tem como clientes empresas como as cariocas Redentor, Rio Ita e Litoral Rio. Em seu portfólio, a Tecnomobile vende desde uma solução de monitoramento com câmeras até as próprias câmeras e a “caixa preta” (DVR) separadamente. O grande diferencial da empresa em relação aos concorrentes é a descarga das ima-gens via Wi-Fi. Isso dispensa o enorme trabalho de trocar cartões SD diariamente. Além disso, as imagens, assim que descarregadas, vão di-retamente para a nuvem, o que é muito mais seguro do que guardar o cartão SD até o início do expediente do profissional que assiste as imagens. Nenhuma empresa concorrente con-seguiu desenvolver essa funcionalidade ainda. Além disso, a Tecnomobile oferece câmeras blindadas com proteção antivanda-lismo. São tão resistentes que possuem ga-rantia de 12 meses. Isso minimiza casos como os que aconteciam em Campinas, onde os vândalos que depredavam ônibus quebravam a câmera de monitoramento antes de comple-tarem a ação. Isso, além de resultar na perda da prova cabal do crime, ainda obriga a empresa a substituir a câmera, resultando num prejuízo maior ainda. A Tecnomobile ainda oferece eq-uipamentos DVR com conexão 3G e 4G, que possibilitam o acompanhamento das câmeras em tempo real. Esse recurso pode ser útil prin-cipalmente em sistemas de transportes com CCO (Centro de Controle Operacional), que pode acionar imediatamente as forças policiais.

A Goal Systems é uma empresa es-panhola especializada em sistemas de oti-mização de para empresas de transporte de passageiros. Para o transporte urbano por ônibus, a empresa oferece o GoalBus, sistema que gera tabelas de horários otimizadas, sem-pre otimizando o uso dos veículos e a jornada dos motoristas, de modo a garantir uma eleva-ção na produtividade operacional. O BRT do Rio de Janeiro e a gerenciadora Grande Recife (sistema metropolitano de Recife) são clientes brasileiros que utilizam o GoalBus. Para o trans-porte rodoviário por ônibus, a Goal Systems oferece o GoalBus LD (LD de longas distâncias). O sistema, assim como o GoalBus tradicional, também gera ajustes na operação das linhas de forma a otimizar o uso dos veículos e a jornada dos motoristas, garantindo alta produtividade. Deverá ser uma peça ainda mais importante para grandes grupos de transporte principal-mente quando entrar em vigor a mudança no regime da ANTT, que dará maior liberdade às empresas. O Grupo Guanabara utiliza a solução.

Goal Systems

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Mais mudanças nas empresas de ônibus rodoviáriosNa semana passada uma nova onda de boatos caiu sobre os sitesespecializados e fóruns sobre transporte no país. A nova dança dascadeiras entre as empresas voltaram a chamar a atenção, sobretudoacerca do mais uma vez forte boato da venda do grupo da ViaçãoSanta Cruz, de São Paulo. O boato agora é de que o grupo JCA teriafeito a compra de todo o grupo, mas nada confirmado até o momento.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

A absorção da São Geraldo deViação pela Empresa GontijoNa quarta-feira caiu como uma bomba nas redes sociais e nos fóruns especializados a autorização da ANTT para a absorção da São Geraldo,tradicional empresa de ônibus que há alguns anos faz parte do grupo daEmpresa Gontijo de Transportes, pela própria empresa-líder. Com isso,grupos de saudosistas e fãs da empresa começaram a lamentar o fato, que abre uma lacuna na história dos transportes do país.

Vinícius Venial Christófori | Marcopolo Torino MBB OF-1722Tôni Cristian | Maxibus Lince 3.65 MBB O-500RS

Willian Schimitt | Caio Millennium Volvo B12M Ailton Florêncio | Caio Millennium BRT MBB OF-1724

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Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

A absorção da São Geraldo deViação pela Empresa GontijoNa quarta-feira caiu como uma bomba nas redes sociais e nos fóruns especializados a autorização da ANTT para a absorção da São Geraldo,tradicional empresa de ônibus que há alguns anos faz parte do grupo daEmpresa Gontijo de Transportes, pela própria empresa-líder. Com isso,grupos de saudosistas e fãs da empresa começaram a lamentar o fato, que abre uma lacuna na história dos transportes do país.

DICA DE COMUNIDADE

Viação Cidade Dutrahttps://www.facebook.com/groups/vcdutra/

A FOTO DA SEMANA

Diego Almeida AraújoMarcopolo Paradiso G7 1600 LD Scania | Viação Itapemirim

Grupo criado para postagens de fotos e notícias do transporte público da região da Zona Sul de São Paulo, mais especificadamente acerca da Viação Cidade Dutra. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para acessar.

Tôni Cristian | Maxibus Lince 3.65 MBB O-500RS

Ailton Florêncio | Caio Millennium BRT MBB OF-1724

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FOTOS DA SEMANA

Alex de Souza CornélioNeobus New Road N10 380 Scania K360 | Auto Viação 1001

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Alex de Souza CornélioNeobus New Road N10 380 Scania K360 | Auto Viação 1001

Alex de Souza CornélioNeobus New Road N10 380 Scania K360 | Auto Viação 1001

Felipe SisleyCaio Foz Super MBB OF-1218 | Auto Viação Palmares

Kevin WillianMarcopolo Torino MBB OH-1621L | Viação Vera Cruz

Kevin WillianMarcopolo Torino MBB OH-1621L | Viação Vera Cruz

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

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UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Ygor NascimentoNeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Ygor NascimentoNeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Ygor NascimentoNeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Ygor NascimentoNeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Rodrigo GomesNeobus Spectrum City MBB OF-1418 | Auto Viação Palmares

Ygor NascimentoNeobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

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VIAGENS & MEMÓRIAMARISA VANESSA N. CRUZ | [email protected]

Relembrando os ônibus da Mafersa

Mafersa. A primeira vez que eu vi essa marca foi em trens do Metrô de São Paulo. Isso há bastante tempo, há três décadas. Até que de repente, apareceram os primeiros trólebus fabricados dessa empresa, adquiridos pela antiga estatal CMTC. Eram 78 trólebus, entregues entre 1986 e 1987 para a recém-inaugurada Ga-ragem Santo Amaro, operando duas linhas. Assim surgiu a expansão da Mafersa, partindo para o segmento de transporte urbano. Em 1987, mais seis trólebus foram entregues para rodar nas linhas municipais de Santos. Em 1989 a CMTC adquiriu os 10 primeiros ônibus a diesel, do modelo M-210 Turbo, e em 1990, por desistência de compradores de empresas do Paraná e do Espírito Santo, a antiga estatal comprou mais 130 veículos aproximadamente. Um consórcio de empresas, do corredor exclusivo de ônibus São Mate-us – Jabaquara, administrado pela EMTU

COLUNAS

naquela época, e antecessora da Metra, adquiriu 29 ônibus a diesel para rodar nas linhas do ABC paulista. Isso em 1989, com a inauguração do Terminal Piraporinha, pois era necessário comprar ônibus a die-sel para contingência, em caso de falta de energia elétrica. A partir dessas compras, outras empresas particulares, e até públicas, in-teressaram nesse modelo Padron, como al-ternativa ao concorrente MBB O-371U. Por exemplo, a Transleste, empresa administra-da na época pelo Ronan Maria Pinto, che-gou a ter 13 Mafersas na frota, incluindo um M-210 Turbo de testes, outro ano 1988 (que rodou bastante tempo como circular particular para o Central Plaza Shopping) e outros 11 zerados, ano 1991. Rodaram por três anos na empresa até serem dispen-sados por motivos desconhecidos. Parte deles foram vendidos para um consórcio, que mais tarde tornou-se a Metra. Prefeituras de várias cidades tam-bém compraram ônibus desse modelo,

como a antiga ETCD de Diadema, que no dia 7 de setembro de 1993 a prefeitura fez uma festa ao cidadão diademense ce-lebrando os 25 novos ônibus da Mafersa, e meses depois, chegaram outros 15. São Bernardo do Campo, via ETC, também recebeu outros 50 para suas linhas municipais no final de 1993, cuja pintura remetia popularmente à margari-na Doriana. Santos também recebeu, pela CSTC. Capitais brasileiras, como Curitiba e Belo Horizonte, e cidades como Jundiaí e Sorocaba, também receberam. Existem seis trólebus Mafersa ro-dando em Santos até hoje, mantidos pela empresa Piracicabana, cuja linha 20 sai do centro histórico e vai até o bairro do Gon-zaga. Vale uma visita para quem ainda não apreciou o modelo. A Mafersa existiu até 1995. Anos mais tarde, todo o terreno da extinta Mafersa está ocupado pela multinacional francesa Alstom, fabricante de materiais ferroviários. Foto: Waldemar P. de Freitas

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