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VOLVO LANÇA NOVO CHASSI B310R interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 8 7 | 2 7 D E M A R Ç O D E 2 0 1 6 Objetivo da marca é chegar aos mercados de fretamento e de turismo de curta distância VIAÇÃO ITAPEMIRIM TEM SOBREVIDA DE 60 DIAS GRUPO AMARAL, DE BRASÍLIA, VAI À FALÊNCIA

Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

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Edição com 32 páginas • Concluída às 16h00 (25/03) Destaques: • Volvo lança o chassi B310R • Viação Itapemirim ganha sobrevida de 60 dias • Grupo Amaral vai à falência.

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

VOLVO LANÇA NOVO CHASSI B310R

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 8 7 | 2 7 D E M A R Ç O D E 2 0 1 6

Objetivo da marca é chegar aos mercadosde fretamento e de turismo de curta distânciaVIAÇÃO ITAPEMIRIM TEM SOBREVIDA DE 60 DIAS

GRUPO AMARAL, DE BRASÍLIA, VAI À FALÊNCIA

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

Page 3: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

NESTA EDIÇÃO

22 ÔNIBUS DE CAMPINAS

30 MERCADOMahle amplia sua parceria com a Scuderia Ferrari

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss14 ADAMO BAZANI

Colunistas | Itapemirim tem 60 dias de sobrevida

6 NOSSA OPINIÃOA troca de empresas em Juazeiro do Norte

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

16 PÔSTERComil Svelto, por Fernando Martins Antunes

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

28 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

A GRANDE MATÉRIA

Volvo lança o novo chassi B310R

Objetivo é chegar aos mercados de fretamento e turismo de curta distância

24 GEORGE ANDRÉ SAVYColunistas | Ônibus e saúde

22 A GRANDE MATÉRIAVolvo lança o B310R para linhas curtas

Page 5: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

ANO 6 | Nº 287 | DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA ÀS 17h01 (6ª)EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

ÔNIBUS DE CAMPINAS

MERCADOMahle amplia sua parceria com a Scuderia Ferrari

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Volvo lança o novo chassi B310R

Objetivo é chegar aos mercados de fretamento e turismo de curta distância 22

Prazo foi dado pela justiça local; Sobrevida ainda é incerta

Itapemirim tem prazo de 60 dias para poder se recuperar

NOSSO TRANSPORTE

14

Incidente aconteceu na cidade de Feira de Santana

Bandidos debocham depassageiros em roubo na BA

TODA SEMANA

09

Cão ainda sentou em um banco de passageiros

Cachorro pega carona emônibus da cidade de Sorocaba

TODA SEMANA

11

Todos os chassis foram fabricados pela sueca Scania

Auto Viação Catarinensecompra mais ônibus double

DEU NA IMPRENSA

19

Primeiro DD elétrico já está em operação na cidade

BYD entrega primeiro ônibus de dois andares elétrico à Londres

DEU NA IMPRENSA

21

GEORGE ANDRÉ SAVYColunistas | Ônibus e saúde

A GRANDE MATÉRIAVolvo lança o B310R para linhas curtas

Page 6: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, ma-térias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte na-cional, sempre para trazer tudo para você em primei-ra mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Por-tal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integran-tes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidam-ente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que dis-ser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em con-tato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

O transporte público na cidade de Juazeiro do Norte deverá sofrer uma grande transformação nos próximos dias. As empresas Lobo e São Francisco, que operam na cidade do interior do Ceará há muitos anos, deixarão seus velhos veículos para trás e darão lugar à Via Metro, empresa que faz parte do grupo do Expresso Guanabara e que já opera na cidade por intermédio de linhas intermunicipais. A medida já era esperada há muito tempo e ainda foi tardia, já que as condições o-peracionais da Lobo e da São Francisco não era das melhores. A frota é bastante antiga e degradada para atender uma cidade de mais de 200 mil habitantes e com um importantíssimo potencial turístico-religioso por conta da peregrinação frequente de milhares de pessoas à estátua de Padre Cícero.Em 2012 nossa reportagem esteve visitando a cidade e pôde constatar os problemas enfrentados pela população de Juazeiro para utilização do transporte público. Apesar do intervalo de boa parte das linhas não ser tão grande, as condições dos veículos faziam toda a diferença. Sujos e mal conservados, os ônibus não estavam à altura da cidade. Em compensação a tarifa cobrada era bastante baixa, o que justificava a má conservação dos veículos. No interior do Brasil é muito comum encontrar veículos em pés-simo estado de conservação. Parece que ainda não há uma consciên-cia formada em relação ao transporte público e a necessidade que a população tem desse serviço, inclusive para a melhoria da qualidade de vida de todos. Ainda se pensa que quem anda de ônibus é pobre, o que não é verdade. Muita gente que possui carro particular prefere utilizar o transporte público para se deslocar pelas cidades, mesmo com o serviço deixando a desejar em quase todas as vezes. Agora, imagi-nem quantos passageiros a mais as empresas poderiam transportar se o serviço fosse no mínimo bom? A alta dos combustíveis nos últimos tempos tem levado muitas pessoas a deixaram os seus carros em casa para poderem usar o transporte público, que apesar da tarifa alta ainda compensa mais em relação a carros que necessitam de combustível, manutenção, pedágio, estacionamento, entre outras cobranças que se fazem, mas mesmo assim o poder público evita a responsabilidade que tem na melhoria dos deslocamentos públicos. A chegada do Uber em algumas cidades brasileiras mostra a de-ficiência crônica que existe nos sistemas de ônibus. Muita gente já tem deixado o ônibus de lado para usar o serviço via aplicativo de celular, enquanto os taxistas acham que eles que são os prejudicados, mesmo não tendo seus serviços afetados como alegam como desculpa para as prefeituras fiscalizarem os motoristas do Uber. Quem deveria reclamar, que são os empresários de ônibus, estão pouco se lixando para o serviço. É importante que as prefeituras assumam as rédeas do trans-porte público de suas cidades e que não deixem chegar no estado em que chegou Juazeiro do Norte, com veículos caindo aos pedaços. Quando a empresa der mostras de que não há mais condições mínimas de qualidade na operação, a substituição é fundamental para garantir a manutenção de um bom serviço ao usuário.

Juazeiro do Norte trocaa Lobo pela Via Metro

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

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A IMAGEM MARCANTE

Juazeiro do Norte,CESexta-feira, 18 de Março de 2016

A empresa Via Metro, que já opera linhas metropolitanasna região do Cariri, irá assumir as linhas municipais da

cidade de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. A medida já era esperada há tempos e dessa vez irá se

efetivar. Os primeiros ônibus já chegaram na garagemda empresa na cidade e a operação começará no dia 31

de março. A foto é da Assessoria de Imprensa da Prefeiturade Juazeiro do Norte.

Page 8: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

Detro faz fiscalização em 17 terminais do Estado

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

Fiscalização atuou simultanea-mente em 17 terminais do estado. A ação teve desdobramento em Angra dos Reis. Na manhã desta quarta-feira, 23, o Departamento de Transportes Rodoviári-os (Detro), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Transportes, realizou operação simultânea em diversos pontos do estado, com objetivo de verificar as condições dos serviços prestados pelas empresas de ôni-bus intermunicipais. As equipes atuaram em 17 terminais nas regiões Metropoli-tana, dos Lagos, Norte, Noroeste, Costa Verde, Médio Paraíba e Serrana. Como re-sultado, os fiscais aplicaram 50 infrações,

retirando de circulação 22 coletivos fla-grados com documentação irregular ou sem condições de tráfego. As principais irregularidades en-contradas foram: mau estado de conser-vação, falta de documentação obrigatória, limpadores de para-brisas e iluminação inoperantes, pneus lisos, falta de limpeza no interior do coletivo, além de platafor-mas e cintos de segurança de cadeirantes com defeito. As equipes atuaram simulta-neamente na Rodoviária Novo Rio e nos terminais de Alcântara, João Goulart (Ni-terói), Campo Grande (Zona Oeste do Rio), Américo Fontenelle (Central do Bra-sil), Belford Roxo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Araruama, Angra dos Reis, Itaguaí,

Itaperuna, Itaocara, Magé, Barra Mansa, Volta Redonda e Teresópolis. O Detro vem intensificando as ações de fiscalização, não só no combate ao transporte irregular, mas também em operações voltadas para a frota regular. Desde o primeiro dia do ano, 572 coletivos foram infracionados, dos quais 269 foram retirados de circulação. Além da operação de inteligência, o Detro também utiliza as denúncias feitas pela população para di-recionar as ações de fiscalização. Para par-ticipar, os cidadãos devem informar a ir-regularidade e número da linha do ônibus intermunicipal que cometeu a infração, por meio do telefone da Ouvidoria (21) 3883-4141 ou pelo WhatsApp Fale Detro (21) 98596-8545.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Rio de Janeiro

Angra News | Notícias

interbuss | 27.03.201608

IRREGULAR Um primo da vítima também teve que viajar em pé em ônibus da empresa. Foto: Divulgação da empresa

DETRO Fiscalização aconteceu em vários terminais do Rio, inclusive em Angra dos Reis. Foto: Apontador

Page 9: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

27.03.2016 | interbuss 09

DEBOCHES Bizarrice aconteceu em Feira de Santana. Foto: Cau Preto/ Jornal Grande Bahia

“Se político pode...”,diz ladrão ao roubar os passageiros

Bahia

Na noite de segunda-feira (21), três homens assaltaram um ônibus da empresa São João que faz o roteiro para o Aeroporto, em Feira de Santana. Todos os passageiros foram saqueados e tiveram pertences como celulares, bolsas, alianças e relógios levados pelos bandidos. Apenas um estava armado e a ação começou quando eles entraram no ônibus em um ponto na Avenida Getúlio Vargas. Eles deram voz de assalto e man-daram que o motorista seguisse para ave-

Tribuna da Bahia | notícias nida Noide Cerqueira. Após o assalto, os homens desceram na mesma avenida e disseram: “Se os políticos roubam, por que a gente não roubar também?” A ação e o questionamento dos bandidos causaram um misto de indig-nação e revolta. Tanto pelo assalto, pelo sentimento de incapacidade, como tam-bém pelas questões políticas do país, que cada vez mais tornam-se exemplo e justi-ficativa para a impunidade e a prática de crimes. Uma passageira que não quis se identificar disse que o assalto durou cerca

de 20 minutos e que os homens agiram com muita tranquilidade. “Pareciam três passageiros normais, pagaram a passagem normal e deram a voz de assalto. Um es-tava com arma, e pediu para todo mundo ficar calmo. Eles saquearam todos, solicita-ram uma parada ao motorista em seguida desceram”, disse. A prática de assaltos a ônibus tem sido muito comum na cidade de Feira de Santana. Normalmente as pessoas não pro-curam a polícia nem registram as queixas. Isto dificulta ainda mais as investigações e o combate a este tipo de crime.

Page 10: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

TODA SEMANA

TJ-RS suspende liminar do subsídio em P. Alegre O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul suspendeu na tarde desta quarta-feira (23) três liminares que determinavam o subsídio, pela Prefeitura de Porto Alegre, de R$ 0,50 a cada passagem de ônibus paga aos consórcios Via Leste, Sudeste Mais e Sul. A decisão foi tomada pelo presidente da corte, desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, que acolheu recurso da Procuradoria-Geral do Município (PGM). O valor solicitado equivale ao res-sarcimento das perdas devido à decisão judicial que suspendeu o reajuste da tarifa na capital gaúcha, de R$ 3,25 para R$ 3,75. Três ações foram deferidas, da empresa Via Leste, no último dia 11, e dos consórcios Mais, na última quarta (16), e Sul, na quinta (17). Em sua decisão, Difini destacou que as liminares causariam à prefeitura um impacto financeiro de R$ 10 milhões por mês devido. Assim, haveria “inequívocos prejuízos aos demais serviços prestados pelo Município, tais como saúde, educação, limpeza urbana, entre outros, configurando a grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas”. A decisão foi comunicada ao pre-feito José Fortunati, que no mesmo dia visi-tou o desembargador. Também participou do encontro a procuradora-geral do mu-nicípio, Cristiane da Costa Nery. Para o prefeito, independente-mente do valor a ser fixado para a tarifa, a preocupação é o repasse de recursos. “Tería-mos que retirar recursos de outras áreas essenciais, prejudicando o atendimento à população”, enfatizou. Fortunati disse que o município não teria condições de desem-bolsar R$ 10 milhões mensais, totalizando, até o final do ano, R$ 100 milhões. O Consórcio MOB também havia ingressado com um pedido semelhante, mas a magistrada adiou a apreciação e marcou uma reunião para o próximo dia 31 entre representantes do município e das empresas responsáveis pelo trans-porte público, com objetivo de tratar do impasse. “Em razão da urgência e do rel-evante interesse público no deslinde dos feitos e, ainda, sopesando as normativas do Novo Código do Processo Civil que incenti-

vam a conciliação, entendo prudente a re-alização da solenidade aprazada”, destacou Cristiane, da PGM.

Juíza acolheu ação de PSOL A decisão pela suspensão do au-mento das passagens, em caráter liminar, é da juíza Karla Aveline Oliveira, da 5ª Vara da Fazenda Pública. Com isso, as tarifas re-tornam para R$ 3,25 para ônibus e R$ 4,85 para lotações. Devido ao aumento, as pas-sagens passaram a custar R$ 3,75 para co-letivos e R$ 5,60 para lotações. Estudantes pagariam R$ 1,87. Após o anúncio da nova tarifa, foram realizados protestos no Centro

de Porto Alegre. Nesta terça (22), integran-tes do partido ajuizaram a ação principal. A ação cautelar foi movida pela bancada do PSOL da Câmara de Vereadores, que entendeu que houve reajuste acima da inflação, sem consulta ao Conselho Munici-pal de Transporte Urbano (Comtu). O grupo pediu que a suspensão ocorresse até que o plano tarifário seja analisado no conselho. A prefeitura tentou reverter a decisão, mas teve o recurso negado. Também de acordo com a Pro-curadoria-Geral do Município (PGM) será analisado algum tipo de recurso que possa reverter a decisão.

Rio Grande do Sul

G1 RS | notícias

interbuss | 27.03.201610

IMPASSE Prefeitura não precisa mais pagar diferença de tarifa, Foto: Ricardo Giusti/PMPA

Page 11: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

27.03.2016 | interbuss 11

Cão pega carona esenta em banco de ônibus em Sorocaba

Notas Rápidas

A foto de um ônibus da frota do transporte público de Fortaleza identi-ficado com o nome da banda britânica Iron Maiden chamou a atenção dos fãs na internet. O conjunto de heavy metal se apresentou na noite desta quinta-feira, 24, na Arena Castelão. Na imagem, o nome do grupo aparece ocupando substituindo a identificação da linha do ônibus, acom-panhado dos números 666. A assessoria de comunicação da Empresa de Transporte Urbano de Fortale-za (Etufor) informou que a linha 666 existe e faz a rota Jardim Castelão. O órgão infor-mou que não houve orientação para mu-dar o nome da linha, que passa no local do evento, em referência à banda. De acordo com a Etufor, não houve a criação de linhas especiais para o show. A hipótese do órgão é de que a alteração no nome da linha 666 tenha ocorrido dentro da garagem da empresa Maraponga, que é responsável pela rota, e os ônibus não tenham circulado pela ci-dade dessa maneira. No entanto, O POVO Online observou um ônibus identificado por 666 - Iron Maiden circulando pela ave-nida Aguanambi por volta das 17 horas de-sta quinta-feira. O número faz referência ao álbum “The Number of The Beast”, lançado pelo grupo em 1982. O disco causou polêmica à época por uma correlação entre a música da banda e um possível culto ao demônio. Setores conservadores dos Esta-dos Unidos chegaram a rotular a banda como “satânica”. Por outro lado, a polêmica em torno do álbum acabou repercutindo na divulgação do produto. Até hoje, pela quantidade de vendas, o disco é consid-erado um fenômeno fonográfico.

O Povo | Notícias

Itinerário“666 Iron Maiden”chama aatenção

Um cachorro mudou a rotina dos passageiros de um ônibus de Sorocaba (SP) ao entrar pela porta traseira e sentar em um banco vazio. A cena foi registrada nesta quarta-feira (23) pela estudante Isabella Mensatto, na linha do bairro Santa Bárba-ra. “Todos ficaram sem reação, mas depois começaram a rir”, diz. O cão já é conhecido na região pela simpatia. Além da “carona”, ele também garante alimento com a dona de uma lanchonete. Ao G1, a jovem conta que era um retorno comum da escola até ele aparecer e cativar a todos dentro do coletivo. “Ele entrou, mexeu com todo mundo e sentou no banco. Foi muito engraçado porque ele ficou olhando pela janela e desceu em um ponto do bairro, mesmo não sendo o ponto final. Não acreditei”, se diverte. Em seguida, Isabella divulgou as fotos em uma rede social. E não demorou para reconhecerem o animal. De acordo

G1 Sorocaba | Notícias com a proprietária de uma lanchonete, Lau-ra Ribeiro, o cão é um “cliente” fiel e costuma entrar à vontade no local. “Dei liberdade e virou nosso amigo. Parece que sabe que gostamos dele e, quando aparece, cum-primenta todos e pede comida. Alimento ele não recusa, mesmo quando acaba de comer”, brinca. O cão é de rua, segundo a comer-ciante, e não tem nome. Entretanto, ela e o marido o chamam de “Gentinha”. “Ele é dife-rente e expressivo, um cão muito especial e para pensar que é gente”, diz. Dentre as oportunidades de aco-lher o cachorro, ela lembra que o acalmou em um dia chuva. Sem saber o que estava acontecendo e assustado, o animal pro-curou abrigo no comércio. “Ele chorou muito e até achei que estava machucado, mas era só medo. Eu o sequei e esperei acalmar”, comenta. A expectativa de Laura é que ele seja adotado por uma família que seja ativa, por ele gostar de passear e in-teragir.

Page 12: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

ZF terá unidade dentro da nova planta da Mercedes

Como consequência do modelo de negócio, a ZF instalará uma unidade o-perativa com 2 mil metros quadrados den-tro da nova planta industrial da montadora em Iracemápolis, SP. Será aplicado no Bra-sil o extenso know-how da ZF na área de sistemas de chassis e, assim, assegurada a qualidade total dos conjuntos a serem en-tregues diretamente na linha de montagem da Mercedes-Benz do Brasil. A ZF receberá os componentes im-portados da Mercedes-Benz da Alemanha. As montagens preliminares dos sistemas de chassis serão feitas na unidade de Soroca-ba, onde serão criados 42 novos postos de trabalho. Já a montagem final será feita em Iracemápolis em uma linha que empregará mais 25 trabalhadores. O conjunto com-pleto será entregue pela ZF para a linha de

montagem da Mercedes-Benz do Brasil no sistema JIS, (just in sequence). De acordo com Wilson Sapatel, Di-retor da Divisão de Tecnologia para Chassis da ZF América do Sul, a produção dos siste-mas de chassis será desenvolvida em dois módulos, sendo um para componentes de powertrain que inclui motor, transmissão, radiador e eixo dianteiro, e o outro módulo que consiste no eixo traseiro completo. A construção desta operação da ZF dentro do site da Mercedes-Benz em Iracemápolis é a primeira planta sendo alo-cada dentro de uma unidade produtiva de um cliente no Brasil. Este modelo de negócios é também desenvolvido em diversos outros países ao redor do mundo e com diversos clientes, como JLR, BMW, e Mercedes-Benz. Com a Mercedes-Benz na China, a ZF fornece de modo sequenciado produtos para a Classe

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Da ZF | assessoria

interbuss | 27.03.201612

C, GLE, GLS, GLE Coupé & Classe R. Nos EUA, o fornecimento sequenciado é para os mo-delos Classe C, E, Classe GLK e GLA. “A ZF tem um longo histórico e am-pla experiência com seus clientes tanto no desenvolvimento como no fornecimento de sistemas completos de chassis, desde 1990”. Para Sapatel, parcerias como esta repre-sentam uma importante oportunidade de negócios, onde a ZF pode implementar seu vasto know-how em operações desta na-tureza. O executivo esclarece que a empresa oferece diversos modelos de negócios para atender da melhor forma a demanda dos clientes, podendo ser responsável desde a concepção de sistemas de chassis, pas-sando pelo desenvolvimento dos compo-nentes, ser responsável pelo supply chain, e pela montagem completa dos sistemas. A ZF se caracteriza por ser full supplier em negócios desta natureza.

TODA SEMANAMercado

Unidade será montada dentro da planta que está localizada na cidade deIracemápolis, no interior paulista. Componentes serão importados da Europa

Page 13: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

27.03.2016 | interbuss 13

Fresp consegue liminar contra taxa de fiscalização

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Freta-mento do Estado de São Paulo (Fresp) con-seguiu a antecipação de tutela na Justiça Federal contra uma taxa de fiscalização in-stituída pela Lei 12.966/14 e cobrada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Essa taxa foi criada sem fazer qualquer distinção entre os tipos de ser-viços de transporte rodoviário (público ou privado), ou mesmo do valor anual da taxa de R$ 1,8 mil por veículo da frota nos ser-viços de transporte rodoviário coletivo in-terestadual e internacional de passageiros. Para Regina Rocha, diretora exe-cutiva da Fresp, o tributo era indevido. “Os veículos de fretamento estão muito menos expostos à ação de fiscalização principal-mente em função da quantidade de via-gens realizadas pelo setor. Ao contrário do serviço regular que realiza centenas de viagens interestaduais e internacionais diariamente”. Para ela, nada mais justo que a cobrança seja proporcional. “Quem realiza mais viagens pas-síveis de fiscalização paga mais do que aquele que realiza menos viagens. É o prin-cipio da proporcionalidade”, explica. “Tam-bém não houve nenhuma demonstração de como se chegou a esse valor. Antes o setor pagava apenas R$ 200 para registro e renovação (a cada dois anos) e R$ 10 por veículo. Mesmo com todas as dificuldades que tivemos no início e que retardaram o resultado, conseguimos essa antecipação de tutela que é muito importante para o setor e para os deslocamentos turísticos, principalmente”, pontua. A decisão suspende a exigibili-dade dessa taxa apenas para os associados dos sete sindicatos que compõem a Fresp (Setfret, Sinfrecar, Sinfrepass, Sinfresan, Sinfret, Sinfrevale, Transfretur). Com isso, as empresas associadas deverão pagar somente o taxa de registro e renovação como era feito anteriormente. Com isso, a ANTT fica impedida de tomar qualquer providência para co-brança dessa taxa dos associados. Tam-

bém não poderá incluir nenhuma dessas empresas no Cadin e no Serasa, nem impe-dir a renovação de registro, autorização de viagem ou inclusão de veículo até decisão final do processo. A diretora reforça que a participa-ção das empresas do setor no sindicato é essencial para as conquistas. “Essa é mais uma demonstração de que unidos somos mais fortes e conseguimos melhores resul-tados em nossas reivindicações”.

Sobre a Fresp A Federação das Empresas de

Da Fresp | assessoria

Transporte Rodoviário por Fretamento do Estado de São Paulo (Fresp) é uma enti-dade sindical de grau superior, constituída com o objetivo de agrupar, representar, coordenar, proteger e estimular o aprimo-ramento das atividades de transporte de passageiros por fretamento. Hoje a FRESP é composta por sete sindicatos: SETFRET, SINFRECAR, SINFRE-PASS, SINFRESAN, SINFRET, SINFREVALLE e TRANSFRETUR espalhados pelo Estado de São Paulo. Os sindicatos juntos congregam mais de 300 empresas de transporte profis-sional de pessoas por fretamento.

Antecipação de tutela é contra uma taxa de fiscalização que foi criada por conta da lei 12.966/14 e cobrada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres

Justiça

Page 14: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

interbuss | 27.03.201614

A 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória, no Espírito Santo, aceitou na última sexta-feira, 18 de março de 2016, o pedido de recuperação judicial da Itapemirim e de outras empresas do grupo e deu 60 dias para que um plano de recuperação fosse apresentado. Se isso não ocorrer, a justiça vai decretar a falência da Itapemirim. Estão incluídas neste plano de re-cuperação as seguintes companhias: Viação Itapemirim, Transportadora Itapemirim, ITA - Itapemirim Transportes, Imobiliária Bianca, Cola Comercial e Distribuidora e Flecha Tu-rismo Comércio e Indústria. No plano de recuperação, a Itape-mirim deve apresentar maneiras de como vai quitar os seus débitos de R$ 336 milhões e 490 e como proporcionar viabilidade e crescimento das companhias. Deste total, R$ 42 milhões e 700 são referentes a encargos trabalhistas. A Itapemirim chegou a opera em 70% do território nacional e nos anos de 1980 produziu os próprios ônibus. O grupo vem realizando demissões desde 2014, mas as dispensas se intensifi-

Itapemirim tem 60 diaspara apresentar plano derecuperação senão pode ir à falência

caram entre o segundo semestre de 2015 e o início deste ano. Todas as empresas do grupo empregam 1 mil 900 pessoas no país.De acordo com o sindicato que representa os rodoviários no sul do Espírito Santo, so-mente no estado, a Itapemirim demitiu desde o último dia 18 de fevereiro 150 tra-balhadores. A Itapemirim afirma que o pro-cesso de recuperação judicial é para evitar a falência e pede um voto de confiança aos funcionários, mas diz que a situação só será resolvida em médio prazo. A empresa alega que é vítima da crise econômica que aumentou os custos de operação e diminuiu o lucro e a deman-da das linhas. No entanto, fontes do setor afir-mam que a empresa tem sido também víti-ma de erros administrativos e desacordos entre integrantes da família Cola. Um destes desentendimentos é entre Camilo Cola, e a filha, Ana Maria Cola, sobre o inventário do patriarca. A disputa está na justiça.Pessoas ligadas ao quadro de funcionários da companhia ainda alegam que a transfer-

ência de ônibus e linhas para outra empre-sa, a Kaissara, teria sido uma manobra para diminuir o impacto da crise pela qual passa o grupo da Itapemirim. No dia 4 de junho de 2015, a Itape-mirim vendeu 68 linhas interestaduais para a Viação Kaissara entre as quais, trajetos de grande demanda, como São Paulo / Rio de Janeiro, São Paulo / Rio de Janeiro (via ABC Paulista), São Paulo / Curitiba, Rio de Janeiro / Curitiba, Salvador/ Rio de Janeiro, Brasília / Belo Horizonte, Rio de Janeiro / Curitiba. Em torno de 40% da frota que era operada pela Itapemirim foram assumidos pela Kaissara. Com a transferência, a Itapemirim manteve 50 itinerários, o que corresponde a 40% de sua atuação anterior. Kaissara e Itapemirim ainda ocu-pam as mesmas estruturas, o que leva até mesmo funcionários afirmarem que ainda se trata de um mesmo grupo empresarial. A afirmação, entretanto, é negada por um dos diretores da Kaissara, Fernando Santos, que em entrevista ao Blog Ponto de Ônibus afir-mou que não há sócios em comum entre as duas empresas.

Empresa já foi a maior do País no segmento de transportes

rodoviários

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

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27.03.2016 | interbuss 15

A Vara de Falências, Recupera-ções Judiciais, Insolvência Civil e Litígios Empresariais do Distrito Federal informou nesta segunda-feira, 21 de março de 2016, que decretou a falência das empresas Santo Antonio Transporte e Turismo Ltda, Rápido Girassol Transportes Ltda, Expres-so Rota Federal Transportes Ltda, Santo Antonio de Veículos Ltda, Rápido Santo Antonio Ltda, Jat Aerotaxi Ltda, Viação Valmir Amaral Ltda, todas pertencentes ao Grupo Amaral. Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, o pedido foi feito pelas próprias empresas por causa das dívidas da Rápido Brasília, viação que operou os transportes na Capital Federal antes da conclusão da licitação iniciada em

Por Rápido Brasília, Justiçadecreta falência de empresas do Grupo Amaral

2011. “A empresa Rápido Brasília Trans-portes e Turismo Ltda teve a falência de-cretada em razão de pedido da credora, Tatiane Neiva Teodoro, no processo nº 2014.01.1.114460-0, que tentou executar a empresa, mas conseguiu encontrar bens para serem penhorados. As demais empresas mencionadas acima solicitaram pedido de autofalência, alegando que possuem responsabilidade solidária quanto às dívidas da falida Rá-pido Brasília Transportes e Turismo Ltda, o reconhecimento de confusão patrimo-nial entres as empresas do Grupo Amaral, que tinham como sócio administrador o Sr. Dalmo Josué do Amaral, e que o Adminis-trador Judicial e o Ministério Publico já ha-

viam solicitado a extensão da falência para as demais empresas do grupo.” A justiça entendeu que existem condições legais para que seja decretada a falência. Agora os credores devem pro-var que as empresas têm débitos com eles. “O magistrado entendeu que estavam presentes os requisitos legais para a decretação da falência, pois restou demonstrado o estado de insolvência das empresas, e determinou que os credores apresentem os documentos que justificam os seus créditos, bem como determinou a lacração dos estabelecimentos comerci-ais, arrolamento dos bens que compõem os estabelecimentos, bloqueio de contas bancárias e veículos.”

Pedido foi feito pelaspróprias companhias para

quitar dívida de empresa de transporte que operou na

capital federal

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interbuss FERNANDO MARTINS ANTUNESComil SveltoViação Lira, em Hortolândia/SP

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FERNANDO MARTINS ANTUNESComil SveltoViação Lira, em Hortolândia/SP

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Artigo: Hora de olhar parafrente e ver as melhorias O Governo Federal anunciou re-centemente a liberação de R$ 83 bilhões em crédito, numa tentativa de movimentar a economia brasileira. Os setores contempla-dos foram Habitação, Infraestrutura, Agricul-tura, Máquinas, Exportação e Fluxo de Caixa para Pequenas Empresas. Mas será que é o suficiente? Numa primeira análise, a ação é grandiosa. Contudo, analisando de forma mais racional, verificamos que esse mon-tante representa apenas 2,5% do estoque de crédito no país. É pouco. E vale lembrar que em 2015, a disponibilidade de crédito já havia encolhido quase 4%, somando a isso a disparada do dólar em quase 50% e a infla-ção acumulada superando os 10%. Diante disso, temos pela frente um cenário bem desfavorável. Os R$ 83 bilhões parecem so-mente um grão de areia no deserto. Todos os setores da economia nacional precisam de mais. Olhando para o setor de trans-portes, o BNDES (Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social) lançou um pacote de flexibilização dos financiamentos, visando melhorar as negociações e levar um alento ao fluxo de caixa das empresas. Quem realizou o financiamento de máqui-nas, equipamentos, caminhões e ônibus via o Refin PSI terá a oportunidade de renegoci-ar de seis a 12 parcelas que estão por vencer, com a possibilidade do novo subcrédito ter até 24 parcelas. Sem dúvida vai ajudar e contribuir com o setor neste momento. Mas também é pouco. A questão é que estamos vendo ações pontuais, mas nenhum pacote de me-didas levando em consideração a economia como um todo. Há quanto tempo, por exemplo, são reivindicados investimentos expressi-vos nas rodovias? Afinal, o Brasil é um país essencialmente rodoviário. Anos passam e nada acontece. Atualmente, transportar aqui é 83% mais caro do que nos EUA. Te-mos mais de 1,5 milhão de quilômetros de rodovias no país, mas as pavimentações não ultrapassam 500 mil quilômetros. E o custo operacional do conjunto caminhão/carreta no transporte de carga em rodovia não pavimentada aumenta 55% em relação

à rodovia pavimentada. São as empresas, transportadoras, os autônomos e seus cli-entes, que pagam essa conta. Enquanto não se olhar para o mac-ro, elencando as prioridades que farão com que a economia caminhe num ritmo mais forte, ações pontuais como essas servirão apenas para apagar incêndios. Cobre-se aqui, mas outra parte fica descoberta. E as-sim segue esse círculo vicioso, que estamos vivenciando nos últimos 20 anos pelo me-nos. Olhar o todo é fundamental para

que o transporte brasileiro de cargas seja rentável para quem transporta, para quem produz e também para o consumidor final. Precisamos parar de criar expectativas e incertezas. É hora de focar os esforços em ações efetivas e com benefícios não apenas a curto prazo, mas também – e principal-mente – com benefícios que perdurem a longo prazo.

*José Carlos Sprícigo é CEO da Librelato S.A, empresa fabricante de implementos rodoviários de Orleans (SC)

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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Do site | por José Carlos Sprícigo

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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Catarinense adquire mais Scania de 2 andares

Recentemente, a Scania entregou dez novos ônibus K 440 8×2 equipados com carrocerias de dois andares da Mar-copolo para a Auto Viação Catarinense, do Grupo JCA. A negociação ocorreu no final de 2015 na concessionária Scania de Biguaçu. Os novos ônibus estão em apli-cação em linhas que passam por três es-tados (Florianópolis – Foz do Iguaçu, Flo-

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Do site | notícias rianópolis – Curitiba e Florianópolis – São Paulo). No primeiro andar, localiza-se a primeira classe, que oferece aos clientes leito cama, DVD, ar condicionado, manta e travesseiro, banheiro, poltronas anatômi-cas que reclinam 180 graus, wi-fi e tomadas para recarga (celulares, notebook e tab-lets). No andar superior (executivo) estão disponíveis wi-fi, DVD, ar condicionado, banheiro e poltronas mais confortáveis e

anatômicas, com descanso de pernas para uma viagem mais qualitativa. A nova frota possui sistema anti-tombamento – que gera ainda mais segurança para os pas-sageiros. O investimento da empresa foi de cerca de R$ 10 milhões. Nos últimos dois anos, o Grupo JCA comprou 156 modelos da Scania para renovar sua frota, na busca para ter a menor idade média de ônibus dentre as empresas brasileiras.

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DEU NA IMPRENSA

Por que deve desestimularo uso de carros nas cidades? Normalmente, quando se fala na valorização da mobilidade urbana, os ar-gumentos costumam apontar para temas como: reorganização do espaço urbano, favorecimento de sistemas de transporte de massa, questões ambientais e de saúde, além de novas tecnologias. Todos estes ar-gumentos são válidos, porém, muita gente continua ignorando todos os motivos que levantam essas discussões e, pior, reclamam com tamanha voracidade contra essas ini-ciativas como se o foco de discussão fosse meramente de antagonismo político. A pauta é ideológica, sim, mas não se bradam bandeiras de partidos políticos. Vamos falar de qualidade de vida? É comum, quando se fala em de-sestimular o uso do automóvel, destacar os temas já citados acima. Porém, agora é importante explicar o porquê vale a pena deixar o carro na garagem de casa e encarar outra forma de transporte, seja um sistema público – como BRT, VLT e Metrô – ou seja para adotar um hábito mais saudável, como a caminhada ou a pedalada. Sabemos que as primeiras cidades, datadas de 3.500 AC, planejaram espaços para o convívio social. Com o passar dos séculos, as cidades foram se adaptando de acordo com novos padrões de den-sidade, zoneamento e transporte. Porém, no período pós-guerra do século XX, as ci-dades começaram a mudar radicalmente o seu perfil e passaram a valorizar os espaços públicos para os automóveis, bens de con-sumo valorizados como símbolos de sta-tus social e de liberdade. Porém, sabemos também dos efeitos colaterais que os carros trazem para a sociedade. Agora, vamos con-versar um pouco sobre isso. O crescimento da frota circulan-te impacta diretamente no aumento do congestionamento, o que é muito chato e extremamente irritante em algumas cir-cunstâncias; aumento do consumo de com-bustível, o que impacta diretamente no seu bolso; aumento das emissões de gás de efeito estufa, o que impacta diretamente na saúde das pessoas; aumento da fadiga, fazendo com que as pessoas percam produ-tividade no trabalho e substituam momen-tos de lazer e de estudo para descansarem.

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Do site | por Gustavo Queiroz

Enfim, poderia passar o resto da revista elencando outros problemas… Pior, com o contínuo crescimento da população mundial, se a quantidade de viagens de carro acompanhar o mesmo ritmo, o desenvolvimento de tecnologias mais limpas e eficientes de propulsão serão anuladas por velocidades menores e os mo-toristas continuarão presos nos congestio-namentos. Apesar das décadas de incentivo ao uso do automóvel, falta de planejamen-to urbano adequado e pelas políticas de transporte adequadas, agora, é inevitável iniciativas que repensem o espaço público. Segundo o ITDP (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento), a aborda-gem que visa lidar com essa problemática é chamada de “gerenciamento de demanda” por viagens, que defende a buscar soluções para o crescente aumento dos congestion-amentos e os problemas associados a eles, não ampliando a oferta de vias, mas admin-istrando com eficiência os deslocamentos e os meios de transporte disponíveis na ci-dade. O ideal é que o tráfego de carros permaneça de forma suportável para as

vias disponíveis através das políticas de ge-renciamento de demanda (GDM), limitando tanto a circulação de carros quanto o estac-ionamento. Ou seja, consistirá em uma série de medidas impopulares como a adoção de parquímetros, áreas de estacionamento limitado, pedágios urbanos, zonas com velocidade controlada, entre outras. É por isso, que se faz tão necessário incentivos positivos para atrair a população para for-mas de transporte mais sustentáveis, além dos incentivos negativos já mencionados para afastar os usuários da utilização do au-tomóvel. Segundo dados da Confedera-ção Nacional de Transportes (CNT), os automóveis transportam cerca de 20% dos passageiros e ocupam 60% das vias públicas, enquanto os ônibus transpor-tam 70% dos passageiros e ocupa 25% do espaço viário nas grandes cidades brasileiras. É claro, que para isso, as políti-cas públicas precisam incluir mensagens e campanhas eficientes de comunicação e marketing, o que costuma ser algo raro. E você, o que acha de começar a pensar cole-tivamente no avanço das cidades?

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Fiat promete lançar o novo Talento na Europa em maio

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Você certamente conhece – por foto, pelo menos – os ônibus vermelhos urbanos de dois andares de Londres, na Inglaterra. O Transport for London (TfL) colocou em opera-ção os primeiros veículos 100% elétri-cos deste tipo, da montadora chinesa BYD. Ao todo, cinco ônibus já circulam na Rota 98 – operada pela Metroline. Os circulares são equipa-dos com ar condicionado e capacid-ade para transportar 81 passageiros, sendo 54 passageiros em pé e 27 sen-tados. Os ônibus são equipados com baterias de fosfato de ferro, com 12 anos de garantia, autonomia de 300 km e tempo de recarga de quatro horas. A iniciativa tem como objetivo reduzir a 0 as emissões de poluentes, mas com uma tecnologia economi-camente viável para os empresários que atuam no transporte público lon-drino.

Do site | notícias

BYD fornece primeiros ônibuselétricos de 2 andares à Londres

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Para o mercado europeu, a Fiat Profes-sional anuncia para o mês de maio o lançamento do furgão de carga “Talento”. Posicionado no segmento entre os modelos Doblò e Ducato, o novo veículo atenderá especialmente ao segmento de transporte ur-bano de mercadorias, além do rodoviário em curtas dis-tâncias. Será equipado com propulsor de 145 cv. Maio-res informações e detalhes do projeto do Fiat Talento serão informados na oca-sião de seu lançamento.

Do site | notícias

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Volvo do Brasil apresenta ao mercado o novo chassi B310R 4x2 com 310cv de potência A Volvo Bus Latin America está ampliando a sua linha de ônibus rodoviários. A montadora lança o modelo B310R, com configuração 4x2 e 310 cv de potência, desenvolvido especialmente para fretamento e viagens de curtas e mé-dias distâncias. O veículo alia eficiência de transporte a baixo consumo de com-bustível. “Este modelo abre um novo nicho de mercado de ônibus rodoviários para a Volvo Bus. É um veículo dedicado a apli-cações específicas, e que chega para ser o mais econômico da sua categoria”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America. Com 310 cv de potência e torque de 1.500 Nm, o modelo oferece alto de-sempenho e performance para aplicações que vão desde o fretamento até viagens interestaduais de médias distâncias. Sua configuração permite carrocerias com até 14 metros de comprimento, ampliando a capacidade de passageiros em até quatro lugares. “Os clientes buscam veículos que ofereçam eficiência à operação, baixo custo operacional, e maior rentabilidade para o negócio. Nossos veículos são de-senvolvidos para atender a estas deman-das”, diz Gilberto Vardanega, gerente de ônibus rodoviários da Volvo Bus Latin America. O B310R amplia a linha de rodoviários da Volvo, que agora possui oito opções de chassis. Equipado com motor de 11 litros, é fabricado dentro da mesma plataforma dos demais modelos rodoviários da marca e possui os mesmos itens de série: caixa de câmbio automa-tizada I-Shift, freio motor VEB com 390 cv de potência, suspensão eletrônica e freio a disco EBS 5. “Ter uma plataforma única para toda a linha de rodoviários traz uma sé-rie de vantagens. Simplifica os projetos de carroceria, facilita as manutenções e reduz custos operacionais, além de ser

um produto testado e consagrado mundi-almente”, afirma Idam Stival coordenador da engenharia de vendas da Volvo Bus La-tina America. Outra vantagem do veículo é seu peso, em média 400 kg mais leve que modelos similares disponíveis no mer-cado. “É o chassi mais leve e com o motor mais eficiente do mercado, o que permite uma melhor relação de peso e potência para as aplicações às quais se destina. Uma combinação que faz do B310R o mais econômico de sua categoria”, explica Re-nan Schepanski, engenheiro de vendas da Volvo.

Ônibus rodoviários Volvo – altaperformance para diferentes aplicações Volvo Bus Latin América possui uma linha completa de chassis rodoviários em seu portfólio. Com oito possiblidades de combinações de tração e potência, os modelos atendem desde operações de fretamento e até viagens de turismo e in-ternacionais. Reconhecidos pela alta dis-ponibilidade e baixo custo operacional, destacam-se pela avançada tecnologia, alta performance e eficiência no trans-porte rodoviário de passageiros. “Temos uma linha produtos que nos permite atender a diferentes necessi-dades de operação, com soluções que ofe-recem eficiência de transporte, segurança, conforto e a melhor rentabilidade para cada tipo de aplicação”, afirma Gilberto Vardanega, gerente de ônibus rodoviários da Volvo Bus Latin America. Os chassis da marca são produ-zidos dentro de uma plataforma global, equipada com motor de 11 litros. São versáteis e permitem configurações com potências que vão de 310cv a 450cv. A versão 4X2 é ofertada com potências de 310cv, 340cv e 380cv; a versão 6X2 com 380cv, 420cv e 450cv de potência; e a versão 8X2 com 420cv e 450cv. O modelo 4x2 é até 400 kg mais leve que os similares disponíveis no mer-cado; e o 8x2 chega a pesar até 800 kg a menos que seus concorrentes. “Aliadas à

Da Volvo | notícias

eficiência do motor, estas características permitem maior capacidade de passage-iros, distribuição de carga e menor consu-mo de combustível. Consequentemente, um menor custo por quilômetro rodado”, explica Idam Stival, coordenador da en-genharia de vendas da Volvo Bus Latin America. Outra característica que garante um menor custo de transporte à linha de rodoviários da marca, é o fato dos chassis

LançamentoA GRANDE MATÉRIA

Objetivo do lançamento é atingir o mercado de linhas de fretamento e de turismo de curta distância, onde há uma lacuna da marca nesse setor no Brasil

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Volvo do Brasil apresenta ao mercado o novo chassi B310R 4x2 com 310cv de potência

serem fabricados dentro de uma plata-forma global única, oferecendo ganhos em escala. O maior número de peças em comum facilita a manutenção, e os proje-tos de carroceria e o desenvolvimento do produto. Todos os veículos são equipados, de série, com a caixa de câmbio eletrônica da Volvo, a I-Shift; suspensão eletrônica; sistema de freios inteligentes EBS; e o sistema de freio motor Volvo (VEB), com

390cv de potência. O freio motor garante velocidades médias maiores em descidas de serra e menor utilização dos freios de serviços, além de evitar variações brus-cas de velocidade durante a viagem e o desgaste dos pneus. “São itens que as-seguram conforto e segurança aos pas-sageiros, fundamentais para a qualidade o transporte rodoviário de passageiros”, ar-gumenta Renan Schepanski, engenheiro de vendas da Volvo Bus Latin America.

Os chassis, podem ser equipados ainda com outros itens de segurança e conforto: o Alcolock (bafômetro) e o ESP (Controle Eletrônico de Estabilidade). O ESP é item de séria nos modelos 6x2 e 8x2. O item é um moderno sistema de se-gurança ativa que evita o risco de derra-pagem e capotagem em curvas. O equipa-mento ativa os freios de forma automática e independente por roda, além de cortar a aceleração do veículo.

Objetivo do lançamento é atingir o mercado de linhas de fretamento e de turismo de curta distância, onde há uma lacuna da marca nesse setor no Brasil

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HISTÓRIA EM ÔNIBUSGEORGE ANDRÉ SAVY | [email protected]

COLUNAS

Psicólogos nas empresas de ôni-bus e convênios. Essa realidade já é antiga em todas ou em pelo menos na maior parte das empresas de ônibus do país, in-clusive do segmento urbano. Mas a per-gunta oportuna é: de vinte, trinta anos para cá, quais foram os avanços que o setor proporcionou à saúde dos emprega-dos, sobretudo motoristas? Ao entrevistar um motorista que trabalha no segmento de ônibus desde a década de 80 (passou por urbano e fretamento), a constatação foi de que a atenção à saúde dos motor-istas ficou estagnada. Houve crescimento da preocupação (e da propaganda) com a segurança no trânsito. Multiplicaram-se as campanhas educativas, de conscien-tização, com cartilhas, palestras e adesão da mídia. Mas a junção da segurança do trânsito com a saúde do motorista não foi feita como rege a boa e técnica cartilha. O segmento urbano de trans-porte, com raras exceções, continua ofe-recendo aos motoristas aquilo que já vinha sendo oferecido desde os anos 80 e 90. O convênio, que inclui todo o básico para tratar os problemas mais comuns além de pequenas cirurgias e parto. O (a) psicólogo (a) à disposição da empresa e o dentista para aqueles que são sindi-calizados. Inovações como academia, um professor de ginástica ou sala para relaxa-mento, surgiram em uma ou outra empre-sa do segmento rodoviário que, diferente do setor urbano, ainda tem a preocupa-ção com a imagem do serviço prestado ao usuário através do investimento em seus funcionários e as estratégias para conqui-star clientes, passageiros. Até mesmo pa-lestras não são comuns nas empresas de ônibus, estas só existem na abordagem da segurança no trânsito, que como citado anteriormente, não dá o devido espaço ao tema saúde que é amplo. Segundo o motorista entrevis-tado, Alan Boaventura, os problemas mais comuns relatados pela categoria são: 1) Coluna; 2) Estresse. Dores na coluna lideram pelo fato da dificuldade em seguir a postura cor-reta durante a jornada diária, com movi-mentos repetitivos em curtos espaços. Diferente do segmento rodoviário, onde é possível manter a postura por não pre-cisar parar constantemente, trocar mar-chas com frequência por causa de semá-foros e lombadas, o motorista de ônibus urbano, em muitas linhas agora sem co-brador, precisa a todo o momento se di-

Os motoristas e o drama da saúdevidir e observar detalhes à sua volta, que não permitem a concentração na postura. O próprio viário urbano das cidades, mal planejado e agora também largado, exige maiores cuidados e atenção redobrada com o ambiente externo. Como o pro-fissional irá vigiar a si, sua postura, com toda a atenção concentrada no ambiente urbano caótico de nossas cidades? Por si-nal esse ambiente caótico é que contribui para que o estresse, também chamado de “o mal do século”, figure em segundo lugar na queixa dos profissionais. Aí entra o fa-tor psicológico e que exige bons profis-sionais dessa área atuando nas empresas. Mas não para nisso. O estresse é vinculado a uma gama extensa na área da saúde, en-volvendo o próprio ambiente de trabalho e as possibilidades que a empresa oferece para o empregado descansar, recuperar as energias, praticar alguma atividade física ou cultural no local. Nem mesmo sala de leitura a maioria das empresas possui! Outro fator que atinge direta-mente a questão da saúde dos motoris-tas é a alimentação. Enquanto no setor rodoviário e de fretamento há um tempo maior para almoço e jantar, normalmente no setor urbano o tempo é mínimo. Não que o tempo determinado seja injusto, o trânsito que aumenta gradativamente nas grandes cidades vai minando o horário; dessa forma, se o motorista tem meia hora ou quarenta minutos para o almoço, ele só conseguirá chegar ao ponto final para faz-er o horário de almoço com dez ou quinze minutos já vencidos de seu horário. Terá que se alimentar rápido (o que prejudica o estômago e consequentemente a saúde). Além disso, existe o fator alimentação propriamente. O que estes profissionais comem? Que instruções receberam para a alimentação saudável, de acordo com seu organismo e sua atividade profissional? As idas ao médico do convênio não bastam. Não basta a empresa cumprir a determinação de fornecer o convênio aos seus empregados e “lavar as mãos”. Não basta o sindicato achar que está de bom tamanho oferecer tratamento den-tário e brigar pelo salário. A saúde é pri-mordial e cabe a todos fazer ajustes, ade-quações necessárias conforme os meses e os anos passam, pois nossas cidades estão em constante transformação, o que exige acompanhamento e mais investimento. Focar unicamente na segurança do trân-sito, na direção defensiva, é realizar 50% do necessário. Os outros 50% correspon-

dem à saúde. Como o motorista será um bom motorista só com a disciplina da di-reção? Não basta mente sã se o corpo não está são. A antiga e consagrada expressão “mente sã em corpo são” deixa claro que o equilíbrio é fundamental para obter o

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Os motoristas e o drama da saúde

resultado desejado. Lamentavelmente e-xiste aqui um desequilíbrio crescente, por omissão do poder público que gerencia o sistema em nossas cidades, omissão das empresas e também falta de consciência da população usuária do transporte cole-

tivo, que exige (com razão) uma boa atua-ção dos motoristas, mas não vê a questão prioritária da saúde desses profissionais, só mesmo quando o balde transborda, em greves ou situações extremas, como uma relatada recentemente sobre recusa

no atendimento ao conveniado pelo fato da empresa estar em débito (atraso) com a rede hospitalar. * Agradecimento às informações prestadas em entrevista ao motorista Alan Boaventura.

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A indignação com o possívelfim da Viação ItapemirimA semana passada foi praticamente ce consternação com o possívelfim da que já foi uma das maiores empresas de ônibus do país, aViação Itapemirim. As notícias que correram acerca de sua possívelfalência em pouco tempo fez com que fãs fizessem verdadeirascampanhas nas redes sociais com o objetivo de manter viva a memóriada empresa, uma das mais admiradas do país.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

O lançamento do novoônibus da sueca VolvoFoi lançado na semana retrasada o novo chassi da Volvo, o B310R, dirigido para o mercado de fretamento e turismo de curta distância.O novo chassi foi motivo de grandes comentários nas redes sociais,sites especializados e fóruns de transportes de todos os tipos. A matériasobre o lançamento desse novo chassi você lê nesta edição da InterBuss,com todos os detalhes.

Weiller Alves | Marcopolo Paradiso G6 1200 Scania K360

Junior Almeida | Comil Campione Volvo B10R

Almir Correia | Comil Campione MBB O-400RSDÍcaro Chagas | Caio Apache Vip MBB OF-1722

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Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

O lançamento do novoônibus da sueca VolvoFoi lançado na semana retrasada o novo chassi da Volvo, o B310R, dirigido para o mercado de fretamento e turismo de curta distância.O novo chassi foi motivo de grandes comentários nas redes sociais,sites especializados e fóruns de transportes de todos os tipos. A matériasobre o lançamento desse novo chassi você lê nesta edição da InterBuss,com todos os detalhes.

DICA DE COMUNIDADE

Viação Itapemirimhttps://www.facebook.com/groups/345304538858952/

A FOTO DA SEMANA

Sérgio CarvalhoCaio Apache Vip Volvo B270F | São João

Grupo criado para postagens de fotos e informações sobre os ônibus da Viação Itapemirim e empresas que fazem parte de sua história. O grupo é fechado enecessita de autorização prévia para acessar.

Junior Almeida | Comil Campione Volvo B10R

Almir Correia | Comil Campione MBB O-400RSD

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SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FOTOS DA SEMANA

João VictorTecnobus SuperBus III Itapemirim 2-1250-AR-2 | Japiaçu

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G6 1800DD Volvo B12R | Itapemirim

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Expresso Maia

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD | Real Maia

Douglas AndrezNeobus Mega BRT Volvo B340M | Metrobus

Fábio HenriqueIrizar PB MBB O-500RSD | Expresso Itamarati

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UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G6 1800DD Scania K124IB | Imperador

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Page 30: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

interbuss | 27.03.201630

MERCADO

Mahle amplia cooperação com a Scuderia Ferrari “Consideramos a MAHLE um par-ceiro importantíssimo no desenvolvimento contínuo dos nossos motores. Apreciamos não somente seu elevado nível de espe-cialização tecnológica, mas também a sua excepcional confiabilidade”, explica James Allison, diretor técnico da Scuderia Ferrari. O âmbito da cooperação inclui a optimiza-ção do mecanismo do virabrequim e o de-senvolvimento de materiais de alta perfor-mance. “O compromisso da nossa empresa com as competições tem uma tradição de décadas, e muitos dos nossos desenvolvi-mentos contribuíram para que os mo-tores dos carros de série ficassem cada vez mais potentes e, ao mesmo tempo, mais econômicos”, enfatiza Wolf-Henning Scheider, CEO e Presidente do Conselho de Administração da MAHLE. Para este projeto, por exemplo, a MAHLE desenvolveu e fabricou pistões for-jados de alta resistência, além de otimizar li-gas de alumínio e reforços de proteção. Essa lista foi complementada por anéis de baixo atrito, pinos de pistão de aço extremamente resistentes, bem como revestimentos de ci-lindros do motor que reduzem o atrito e são resistentes ao desgaste. “A nova geração de motores V6 turbo, hibridizados, apresenta desafios muito específicos,” diz Fred Türk, Vice-Presidente da MAHLE Motorsports. O desenvolvimento de componen-tes para a Ferrari também inclui processos de combustão extremamente inovadores. A MAHLE, pela primeira vez, está usando uma solução patenteada que leva a um aumento significativo da eficiência. O novo processo de combustão com mistura pobre, denomi-nado MAHLE Jet Ignition, consegue isso com uma superfície especial de queima. Assim, uma maior potência é gerada, tor-nando a tecnologia especialmente eficaz para o uso no automobilismo. Por sua vez, a MAHLE também tem planos de desenvolver essa tecnologia para veículos de série, onde tem conseguido níveis de eficiência que normalmente só são encontrados em mo-tores a diesel. Este exemplo demonstra que o

automobilismo continua a ser um grande descobridor de tecnologias. “As exigências extremas a que estes veículos são submeti-dos são o ponto de partida para muitas soluções inovadoras, que numa fase pos-terior, passam a ser usadas em veículos de produção em série”, enfatiza Türk. O compro-misso com o automobilismo tem sido, por-tanto, parte da estratégia global da MAHLE há décadas. O exemplo mais recente é o pistão de aço que colaborou para a vitória em Le Mans - corrida de longa duração - no ano passado. Agora, eles estão sendo insta-lados nos novos motores diesel de 1,5 e 1,6 litro da Renault, que atendem a norma Euro 6. A MAHLE tem estado presente em várias das categorias do automobilismo mundial por muitas décadas. Ao todo, mais de 300 engenheiros e pesquisadores das áreas de Serviços de Engenharia, Motorsports e Aplicações Especiais estão trabalhando na busca por novas soluções, que posterior-mente serão implementadas nas linhas de produção em série da MAHLE.

Sobre a MAHLE

Da Mahle | assessoria

A MAHLE é líder internacional no fornecimento para a indústria automo-tiva. Com seus produtos para motores de combustão, seus periféricos, bem como soluções para veículos eléctricos, o Grupo aborda todas as questões cruciais relaciona-das com sistemas para motores, componen-tes para filtração e gerenciamento térmico. Os produtos MAHLE são montados a cada segundo em veículos de todo o mundo. Componentes e sistemas MAHLE também são usados em veículos fora da estrada - em aplicações estacionárias, máquinas móveis, assim como em estradas de ferro, náutica e aplicações aeroespaciais. Em 2015, o Grupo empregava em torno de 75 mil funcionários (até 31/12/2015) e anunciou vendas pre-liminares ao redor de € 11,5 bilhões. Hoje, a MAHLE está representada em mais de 30 países com 170 locais de produção. Nos 15 maiores centros de desenvolvimento local-izados na Alemanha, Grã-Bretanha, Luxem-burgo, Eslovénia, EUA, Brasil, Japão, China e Índia, mais de 5.000 engenheiros de desen-volvimento e técnicos estão trabalhando em soluções inovadoras.

Fórmula 1

A MAHLE está expandindo sua cooperação com a Scuderia Ferrari, na Fórmula 1, com um acordo que inclui o fornecimento de componentes para o motor

Page 31: Revista InterBuss - Edição 287 - 27/03/2016

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