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MERCADO APOSTA: MARCOPOLO LEVA A BUSSCAR Corretoras acreditam que encarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 64 2 de Outubro de 2011 GRANDES EMBATES INTERBUSS Veja nesta edição qual será o primeiro MERCADO APOSTA: MARCOPOLO LEVA A BUSSCAR

Revista InterBuss - Edição 64 - 02/10/2011

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 64 - 02/10/2011

MERCADO APOSTA:MARCOPOLO LEVA A BUSSCAR

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 64 2 de Outubro de 2011

GRANDES EMBATES INTERBUSSVeja nesta edição qual será o primeiro

MERCADO APOSTA:MARCOPOLO LEVA A BUSSCAR

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GRANDESEMBATES

INTERBUSS

Conheça osembates e quandoeles irão acontecer

aqui, na RevistaInterBuss

Page 4: Revista InterBuss - Edição 64 - 02/10/2011

As mais tradicionais montadoras do Brasil sendodefendidas por fãs e estudiosos em um debate inédito

GRANDES EMBATES INTERBUSS

CONHEÇAM A PROGRAMAÇÃO DOS DOIS PRIMEIROS EMBATES

Mateus BarbosaArtigo sobre o chassi O-500RSD

Primeiro Embate - 9 de OutubroPela MERCEDES-BENZ

Chailander BorgesArtigo sobre o chassi K-420

Pela SCANIA

Guilherme RafaelArtigo sobre o chassi B12R

Pela VOLVO

NA PRÓXIMA EDIÇÃO, TRAREMOS A RELAÇÃO DOS DEMAIS EMBATES

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As mais tradicionais montadoras do Brasil sendodefendidas por fãs e estudiosos em um debate inédito

GRANDES EMBATES INTERBUSS

INTERBUSSREVISTA

Informação com responsabilidadeINTERBUSS

CONHEÇAM A PROGRAMAÇÃO DOS DOIS PRIMEIROS EMBATES

Osmar CordeiroArtigo sobre o chassi O-400RSD

Segundo Embate - 16 de OutubroPela MERCEDES-BENZ

Cicero JuniorArtigo sobre o chassi K-113TL

Pela SCANIA

Wesley AraujoArtigo sobre o chassi B10M

Pela VOLVO

NA PRÓXIMA EDIÇÃO, TRAREMOS A RELAÇÃO DOS DEMAIS EMBATES

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Mercado aposta naMarcopolo

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

Enquanto as especulações em cima de uma possível venda do parque industrial da Busscar à Caio crescem, o mercado de ações aposta na Marcopolo para comprar a quase falida encarroçadora 19

| Crise da Busscar

| A Semana Revista

Itajaí Transportes testa ônibusmovido a 100% de gás naturalVeículo está em operação há cerca de 16 meses em Campinas e só agora a parceria com a Comgásfoi divulgada 11

| As Fotos da Semana

Confiram as doze melhores fotos de ônibus da semana escolhidasem sites especializados. Acima, uma das novas unidades entregues à FlechaBus, saindo de Caxias do Sul, no RS 28

| A Semana Revista

Incêndio destroi ônibus na BR-050, na altura deUberabaÔnibus pode ter sofrido um curto-circuito; Motorista notou ofogo quando estava na balança09

Mercado aposta naMarcopolo

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ANO 2 • Nº 64 • DOMINGO, 2 DE OUTUBRO DE 2011 • 2ª EDIÇÃO - 0h47 (2ª)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraO transporte em Ponta Grossa 30

COLUNISTAS Adamo BazaniCaio faz oferta pelo parque da Busscar 26

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 9

EDITORIALEditais de Licitação viciados 8

SEU MURALA seção especial do leitor 21

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzOs 70 anos da Expresso Brasileiro 20

COLUNISTAS William GimenesO Rio no Rock In Rio 18

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

| Deu na Imprensa

AutoSueco vende primeira unidade de caminhão Euro5Cliente informou que a média de consumo do caminhão foi decisiva na hora de fechar a compracom a concessionária 13

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 13

COLUNISTAS Luciano RoncolatoComentários imensos e inúteis 14

ARTIGO Wesley AraujoDicas de fotografia amadora 24

Obs: Excepcionalmente, o Diário de Bordonão é publicado nesta edição

CRISE DA BUSSCARMercado aposta na Marcopolo para comprar 19

| Ônibus em Xeque

Empresários são presos na região de Campinas por formação de cartelEstão envolvidos diretores e donos das empresas Rápido Campinas,Transmimo e Exclusiva 22

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 1200 16

Wesley Araujo

ÔNIBUS EM XEQUEEmpresários presos acusados de cartel 22

Page 8: Revista InterBuss - Edição 64 - 02/10/2011

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOAnderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Wesley Araujo pelo artigo sobre foto-grafia e a Felipe Pereira pela matéria sobre a prisão de empresários em Campinas

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A prisão de diversos empresários do

setor de transporte de passageiros na região

de Campinas preocupa toda a sociedade.

Como se já não bastasse as denúncias que

corroem o governo municipal e envergonham

a cidade perante o país, agora aparecem mais

essas denúncias.

O que estranha em tudo isso é que

foi necessário o Ministério Público entrar no

meio para que ocorressem investigações e

prisões, e tudo a partir de uma denúncia de

um outro empresário do setor que se recusou

a participar do esquema.

Não é necessário muito esforço para

saber que muitos dos processos licitatórios na

área de transporte público no Brasil possuem

algum tipo de vício que acabam beneficiando

as então operadoras. Lendo editais de algu-

mas cidades fica muito claro que as exigên-

cias só podem ser atendidas por empresas que

já operam na localidade há algum tempo.

Uma das exigências mais absurdas

que um edital pode conter é a de que a em-

presa participante deve ter uma garagem na

cidade. Em alguns casos mais escabrosos, o

edital exige que a empresa tenha a garagem

dentro da área ou região da cidade onde irá

operar. Agora, porque uma empresa que não

sabe se vai operar na cidade abriria uma gara-

gem?

Apesar das exigências do governo

federal para que serviços públicos sejam con-

cedidos após realização de licitação pública,

a maioria das prefeituras tem burlado isso

utilizando meios oficiais, como por exemplo

essas armadilhas nos editais. Há ainda pre-

feituras que estão adiando ao máximo os seus

processos licitatórios para que as atuais op-

eradoras dos sistemas não deixem a cidade.

Nesse caso do sistema fretado de

Campinas, acabou sendo uma surpresa pois

as empresas que estão envolvidas já têm um

As investigações do MPna área do transporte

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial nome consolidado na região e prestam bons

serviços. Não acreditamos que fosse ne-

cessário a criação de um cartel como esse

para a operação das linhas da Unicamp, já

que as empresas são competentes e poderiam

ganhar as linhas com seus trabalhos.

Esperamos que o Ministério Público

investigue o transporte em outras cidades e

também comecem a verificar alguns editais

de concessão de linhas de ônibus pois com

certeza muita coisa errada será encontrada.

Como dissemos acima, apenas nos editais já

é possível verificar um grande número de ví-

cios que beneficiam minorias ou grandes gru-

pos do setor.

No Brasil há cidades de porte médio

com linhas operadas por diversas empresas,

enquanto a cidade de São Paulo, a maior do

país, tem empresas concentradas basicamente

nas mãos de apenas oito empresários. Não se-

ria mais fácil desmembrar grandes setores e

licitar vários lotes menores? Isso faria com

que as linhas fossem melhor operadas e de

forma mais dedicada, como foi há alguns

anos atras.

Vamos ficar de olho nos desmem-

bramentos que estão por vir.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• Jornal da Manhã[email protected]

Curto-circuito incendeiaônibus em rodovia de Uberaba

Um ônibus de turismo pegou fogo na semana passada na BR-050. Segundo in-formações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um curto-circuito teria sido a causa do incêndio, que destruiu completamente o ônibus de Uberlândia. O motorista P.R.L., 56 anos, único ocupante do veículo, por pouco não perdeu a vida no acidente. O ônibus Volvo B12 400, placas GUO-9218/Uberlândia, estava voltando de Ribeirão Preto (SP), onde tinha deixado vári-os turistas no aeroporto Doutor Leite Lopes. Quando passou pelo km 162, próximo à ba-lança do DNIT na BR-050, por volta das 7h40, o motorista percebeu que o veículo es-tava pegando fogo. Ele ainda tentou usar o extintor de incêndio e apagar as chamas, no entanto, acabou desmaiando depois de inalar fumaça. Motorista identificado apenas como Paulo

Gilberto M

artins /Ônibus Brasil.com

BR-050

Henrique, que estava em outro veículo da mesma empresa de turismo e também voltava para Uberlândia, percebeu que P. não saiu do ônibus. Depois de entrar no veículo, ele viu o companheiro caído no corredor. Logo após P. ser retirado pelo com-panheiro, o ônibus foi tomado pelas chamas e

mesmo com a ação rápida da equipe de com-bate a incêndio do Corpo de Bombeiros, ficou completamente destruído. O trânsito no local teve que ser interditado em um lado da pista. L. foi atendido no local pela Unidade de Res-gate, mas não chegou a ser encaminhado ao hospital.

SINISTRO • Veículo Marcopolo Paradiso GV 1150 Volvo B12 pode ter sofrido curto-circuito

A S E M A N A R E V I S T ADE 26 DE SETEMBRO A 2 DE OUTUBRO DE 2011

REVISTAINTERBUSS • 02/10/11 09

Ônibus de turismo voltava de Ribeirão Preto e ia em direção a Uberlândia. Motivo pode ter sido curto-circuito

Discussão faz motorista de carro atirar em ônibus Uma suposta discussão no trânsito entre dois motoristas - de um ônibus e um veículo particular – ontem de manhã, levou o condutor do carro a efetuar dois disparos con-tra o coletivo. Os dois automóveis seguiam na avenida Fernandes Távora, bairro Henrique Jorge, quando um deles trancou o outro. Segundo o titular do 27º Distrito Policial, Marx Quaresma, a desavença teria acontecido nas proximidades da praça princi-pal do bairro. O delegado informou que , após o fato, o motorista do ônibus levou o veículo à delegacia para registrar a ocorrência. Após checar a placa do carro – um Corsa preto –, o delegado constatou que o dono do veículo se tratava de um policial militar do Ronda do Quarteirão. “Não posso

afirmar que a pessoa que estava conduzindo o carro seja o proprietário. Já instaurei o in-quérito e agora vamos investigar. Em depoimento, o condutor do cole-tivo relatou que o carro teria trancado o ôni-bus da linha Conjunto Ceará-Papicu, e, em seguida, o condutor o veículo, que aparentava estar sob o efeito de bebida alcoólica teria começado a discussão. O motorista do cole-tivo relatou que, de dentro do carro, o rapaz o chamou para brigar apontando a arma para ele. O motorista do coletivo disse que fechou as portas do transporte, quando o homem desceu do automóvel e efetuou dois tiros no para-brisa do ônibus e fugiu após a ação. Para a doutora em Psicologia do Trânsito, Gislene Macedo, esse tipo de ati-

tude demonstra alta agressividade. “Esse é um caso bem típico do que se chama de fúria no trânsito”. A psicóloga explica que esse fenô-meno é uma inversão de situações. “Quanto menor a tolerância de uma pessoa, maior a agressividade que ela desenvolve no seu convívio social. É inversamente proporcio-nal. A agressividade é inversa a tolerância em relação a situações frustrantes”. Segundo Gislene, o transito é um ambiente frustrante e estressante, que gera muita ansiedade e ex-pectativas. “As pessoas devem estar o tempo todo se controlando”. As pessoas que estavam no ônibus e não foram identificadas, o delegado pede a colaboração para que compareçam à delega-cia para prestar depoimento e ajudar nas in-vestigações.

Incidente

• O Povo [email protected]

Page 10: Revista InterBuss - Edição 64 - 02/10/2011

[email protected]

Acidente entre dois ônibus do Sistema Transcol fere sete

Repr

oduç

ão /

TV G

lobo

Um acidente entre dois ônibus do Sistema Transcol deixou sete pessoas feri-das em Laranjeiras, na Serra, Grande Vitória, no início da tarde desta sexta-feira (30). Um coletivo seguia para Vila Nova de Colares e bateu na traseira do outro que fazia a linha Jacaraípe-Jardim América. Os passageiros que tiveram ferimentos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) com algumas escoriações e pas-sam bem. A colisão aconteceu na Avenida Civit, uma das vias mais movimentadas do

bairro, em frente ao Terminal de Laranjeiras. Segundo os passageiros, o ônibus que estava na frente freou para que dois carros fizessem uma conversão. O motorista do coletivo que vinha atrás não conseguiu parar, e tentou faz-er uma ultrapassagem, mas acabou causando a batida. “Depois da batida, eu tive que abrir todas as portas do veículo e ajudar a todos os passageiros a saírem”, disse o motorista do ônibus atingido, Jair Cardoso. Segundo a Guarda de Trânsito da Serra, os dois ônibus estavam lotados, com muitos passageiros em pé. Dos feridos, cinco estavam no ônibus da frente, e dois no de trás.

Governador de Pernambucoassina OS para obras de BRT

A S E M A N A R E V I S T AGrande Vitória

COLISÃO • Os dois ônibus envolvidos no acidente, que deixou sete passageiros feridos

[email protected]

02/10/11 • REVISTAINTERBUSS10

Copa 2014

O Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, assinou ontem ordem de Serviço da obra de implantação do corredor exclusivo de Transporte Rápido de Ônibus (TRO) até a Cidade da Copa, em são Lourenço da Mata. Também neste sábado, ele assinou o projeto de lei que orienta a licitação da concessão das linhas de ônibus da Região Metropolitana.A as-sinatura aconteceu no local onde será ins-talada a Arena da Copa, na BR-408. O investimento é de R$ 131 mi-lhões, com recursos do Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC) específico para obras relativas à Copa de 2014 no Brasil (R$ 99 milhões), sendo restante financiado pelo governo do estado. As o-bras devem durar 18 meses e está prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2013. O Ramal Cidade da Copa começa na Avenida Dr. Belmino Correia, em Ca-maragibe, próximo à Estação de Metrô e do Terminal Integrado de Camaragibe. Com 6,3 km de extensão, o Ramal segue paralelo a linha do metrô, passando pelo rio Capibaribe e cruzando a Cidade da Copa, até a BR-408, que está sendo dupli-cada. Além do corredor exclusivo de TRO, o Ramal de Acesso à Cidade da Copa terá duas pistas de carro em cada sentido e uma ciclovia. Ainda está prevista a construção de uma ponte sob o Rio Capibaribe e um viaduto sobre o metrô.

Onze pessoas ficaram feridas num acidente entre trem e ônibus em Curitiba durante a manhã desta quinta-feira (29). A colisão aconteceu no trecho da linha férrea que atravessa a rua Rutildo Polido, no bairro Cajuru, por volta das 6h20. O ônibus ficou atravessado na rua e o trem estacionado sobre o cruzamento, im-pedindo a passagem. Ficaram feridas apenas as pessoas

Acidente entre trem e ônibus deixa 11 feridosCuritiba

• Bem Paraná[email protected]

que estavam dentro do ônibus, mas a maio-ria delas com escoriações e ferimentos leves. Ambulâncias do Siate chegaram rapidamente e os socorristas puderam prestar atendimento às vítimas, que em seguida foram encaminha-das a hospitais da capital. Até as 8h da manhã o trem perma-necia sobre a passagem de nível da rua, im-pedindo o trânsito. Policiais do BPTran (Ba-talhão de Polícia de Trânsito) estão no local organizando o tráfego e apurando as causas do acidente. ACIDENTE • 11 ficaram feridos no ônibus

Bem Paraná

Page 11: Revista InterBuss - Edição 64 - 02/10/2011

Pioneirismo

Só para saber, o gás natural é cons-tituído principalmente por metano (cerca de 90%), um hidrocarboneto extraído do subsolo, resultado da transformação de fósseis de ani-mais e plantas, sendo uma fonte de energia to-talmente natural. O GNV é o mesmo que o gás ca-nalizado utilizado em residências, comércio e indústria. A diferença é o armazenado: ele é transportado sob alta pressão em cilindros es-peciais instalados nos veículos. Ele emite me-nos poluentes como óxidos nitrosos, dióxido de carbono (CO2) e, principalmente, o monó-xido de carbono (CO), todos gases respon-sáveis pelo efeito estufa.

Itajaí Transportes testa ônibus movido 100% a Gás Natural

coordenador do projeto. Para ele, os resultados obtidos até a gora superaram todas as expectativas da equi-pe. “Entendemos que a conversão para o gás natural veicular por si só já traz grandes bene-fícios ambientais e para a saúde pública”. A grande vantagem do projeto da Comgás é tornar possível a instalação do sistema de GNV no ônibus que já estão em circulação. Isso barateia o custo, permite que o veículo seja reconvertido para diesel no final da sua vida útil e tem grandes benefícios ambi-entais, pois não demanda a produção de novos motores para a utilização de um combustível mais ecológico.

TESTES • Veículo está em operação já há 16 meses pela Itajaí Transportes Coletivos

Divulgação

• EPTV.com/Terra da [email protected]

REVISTAINTERBUSS • 02/10/11 11

Circulando por Campinas (SP) em anonimato há 16 meses, o ônibus-teste, único em circulação no Brasil, é o centro das atenções de uma equipe de 12 pessoas que tem como objetivo verificar a viabilidade econômica e ambiental dos veículos pesados de transporte público movidos 100% a gás natural. Se tudo der certo, a frota movida a óleo diesel poderá ser convertida para o sistema de Gás Natural Veicular (GNV). O projeto piloto da Comgás, em par-ceria com a Itajaí Transportes e a Osasgás, já testou a performance, a durabilidade e a eco-nomia do veículo convertido. Agora a equipe trabalha para adicionar mais um cilindro de combustível com o objetivo de aumentar a au-tonomia do ônibus-teste. Atualmente são ne-cessários dois abastecimentos diários. O ideal é que um ônibus de linha urbana consiga per-correr o circuito de um dia sem precisar parar para reabastecer. Mesmo com uma parada a mais do que os veículos convencionais movidos a diesel, o ônibus-teste demonstrou ser mais econômico, considerando a vantagem no preço do metro cúbico do gás natural (menos de R$ 1,00 /m³), na comparação ao preço do litro de diesel (em média R$ R$ 1,75 /l). “Além da vantagem econômica, o ônibus-teste apresen-tou uma boa redução no nível de ruído e me-lhorias na sua dirigibilidade. No próximo mês substituiremos o sistema eletrônico do veículo para melhorar ainda mais o seu desempenho, que já é de 1,55km/m³”, explica Richard Jar-din, gerente de Vendas Veicular da Comgás e

A prefeitura de Manaus publicou nesta terça-feira o edital de licitação para cor-redores de ônibus exclusivos, o chamado BRT. O empreendimento é uma das obras da cidade para o Mundial de 2014. O empreendimento vai custar R$ 290 milhões e será financiado pela Caixa Econômica Federal. Segundo a prefeitura, o projeto do BRT já foi aprovado pela Caixa, pela Contro-ladoria-Geral da União, Tribunal de Contas

Manaus lança edital para construção de BRTCopa 2014

• Globo Esporte.com / [email protected]

da União e Ministério Público, mas a licita-ção será acompanhada pelos mesmos órgãos ao longo do processo. Nos últimos meses, a Caixa fez diversas recomendações de ajustes ao projeto, e só recentemente aprovou o finan-ciamento. A previsão é que a licitação seja con-cluída até o fim deste ano, mas o andamento do projeto preocupa. De acordo com a prefeitura, o prazo de execução previsto para a construção do BRT é de 24 meses a partir do início da obra. Ou seja, mesmo que as edificações propria-

mente ditas comecem logo após a conclusão da licitação no prazo previsto (dezembro deste ano) - o que dificilmente ocorrerá, dada a ne-cessidade de desapropriações e outros trâmites normais a obras deste porte - o empreendimen-to só deverá estar pronto no início de 2014, a cerca de 6 meses do Mundial. Novos ônibus - Mais 200 ônibus no-vos deverão ser incorporados à frota de trans-porte coletivo de Manaus. Os veículos serão apresentados, na manhã do dia 8 de outubro, na Avenida das Torres, Zona Norte da cidade.

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02/10/11 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T A

Subsídio evitará reajuste de tarifa em SP

Divulgação Para manter a passagem de ônibus a

R$ 3 em ano eleitoral, Gilberto Kassab (PSD) vai pagar R$ 660 milhões em subsídios às oito viações de ônibus e às cooperativas de perueiros de São Paulo - neste ano, as empresas do trans-porte público vão receber R$ 200 milhões a me-nos. Mas a verba adicional não deve fazer falta para a área de Transportes, pois a arrecada-ção com multas deve saltar de R$ 700 milhões para R$ 832 milhões. O secretário de Planeja-mento, Rubens Chammas, argumentou que os novos radares com leitura automática de placas, que flagram quem não está licenciado ou sem inspeção veicular, explicam parte do aumento. Pagar subsídios milionários para as empresas de ônibus foi a mesma estratégia do prefeito usada para manter a passagem conge-lada por mais de três anos. Em 2008, quando tentou a reeleição e o preço da tarifa já não subia havia dois anos, Kassab prometeu na campanha manter o bilhete congelado em seu primeiro ano do segundo governo. Mas a conta para manter a passagem a R$ 2,30 entre novembro de 2006 e 1º de janeiro de 2010, uma das bandeiras do prefeito na campanha de 2008, saiu cara. No período, as viações e cooperativas receberam mais de R$ 2 bilhões em subsídios, dinheiro su-ficiente para a construção de 11 quilômetros de metrô. Kassab sempre defende o pagamento dos subsídios como forma de segurar o preço da passagem. “É uma justiça social”, costuma dizer o prefeito. Por outro lado, Kassab não ga-rante na peça orçamentária o R$ 1 bilhão para o metrô prometido na sua campanha à reeleição. Até hoje, nenhum centavo desse montante foi depositado na conta do governo estadual. Para cumprir essa promessa, o pre-feito depende da venda de novos certificados de potencial construtivo (Cepacs) na região da

Transporte Paulistano

• Diário do Grande ABC [email protected]

3 REAIS • Valor deverá ficar congelado em ano eleitoral, mas poderá explodir depois

Estudante que furtou ônibus fará tratamento psiquiátrico

O estudante de direito Pedro Hen-rique Garcia de Souza Correia, que sequestrou um ônibus vazio no dia 18 deste mês no Rio de Janeiro, terá como pena a prisão domiciliar em uma clínica psiquiátrica. A decisão é da juíza Angélica dos Santos Costa, da 4ª Vara Crimi-nal do Rio, que acolheu o pedido da defesa do jovem. Pedro Henrique, de 24 anos, cometeu o crime ao sair de uma festa à fantasia na Barra da Tijuca, zona oeste. Ele percorreu 20 quilô-

Rio de Janeiro

• Veja Online [email protected] metros até chegar em Botafogo, na zona sul. Durante o trajeto, o jovem foi perseguido por policiais e bateu em sete carros. Pedro Henrique teve a prisão preven-tiva decretada, mas sua pena foi convertida com a alegação feita pela defesa: o rapaz estava sob atendimento psiquiátrico desde setembro de 2010. Por isso, será transferido para uma clinica com o objetivo de continuar o tratamento. Ele responderá pela prática dos crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal de natureza grave, lesão corporal, resistência à prisão e crime de

dano na modalidade simples e qualificada. Na decisão, a magistrada explicou que não poderia conceder a liberdade a um indivíduo que tem problemas mentais graves, potencialmente lesivos ao meio social e que se mostrou extremamente irresponsável, segundo infroma o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Angélica, entanto, alegou que o sistema prisio-nal não tem condições de oferecer o tratamento adequado ao réu. A prisão colocaria em risco a integridade de Pedro Henrique e dos outros presos.

Avenida Faria Lima, em um projeto que ainda precisa ser autorizado pela Câmara Municipal em duas votações. “O mandato ainda não termi-nou e temos até dezembro do ano que vem para cumprir essa meta”, justificou Mauro Ricardo Machado Costa, titular da pasta de Finanças. Ele lembrou que o governo vai tentar antecipar no ano que vem R$ 500 milhões em dívidas do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI). Com a venda de terrenos que terão a verba revertida para a construção de creches, a arrecadação poderá chegar a R$ 1,1 bilhão. Mas o secretário de Finanças evita falar em cumprir a promessa do prefeito de zerar o déficit no en-sino infantil, hoje estimado em 147 mil vagas. “Estamos trabalhando para isso”, declarou Cos-ta. O secretário adiantou também que o governo prepara uma ofensiva para colocar no Serasa os inadimplentes de multas de trânsito e de postura. “Os nomes dos contribuintes inscri-

tos no Cadin nos últimos meses serão enviados para cartório. Dessa forma, vamos fazer a trans-ferência dos nomes do Cadin para o Serasa”, acrescentou. Com seu partido prestes a se aliar ao governo federal, o prefeito Gilberto Kassab também espera receber R$ 700 milhões do Pro-grama de Aceleração do Crescimento (PAC). A verba será usada quase em sua totalidade nos programas de reurbanização de favelas e de re-cuperação de mananciais. “O dinheiro do PAC não entrou neste ano, mas para 2012 sabemos que existem projetos adiantados para receber a verba”, detalhou o secretário municipal de Planejamento. Para a iluminação pública serão R$ 126 milhões, dos quais R$ 10 milhões vão para a ampliação da rede. Uma das bandeiras do pre-feito, a Operação Delegada, o bico oficial que a Prefeitura paga para PMs combaterem o comér-cio ambulante, terá R$ 150 milhões.

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Auto Sueco vende primeiro Euro5 A Auto Sueco vendeu o primeiro caminhão Euro5/Proconve P7 da Volvo, um FH 460cv 6x2. O comprador é o transporta-dor paulista José Antonio Netto, que atende à empresa Transauto, tracionando um semir-reboque cegonheiro para transporte de au-tomóveis novos de São Paulo e Paraná para todo o Brasil, principalmente Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Alagoas e Sergipe. “Escolhi o Volvo porque preciso de um caminhão que faça uma boa média de con-sumo, e tenho visto que outros transportadores estão passando a comprar os Volvo com câm-bio automático por causa da boa média que vem conseguindo”, declara o empresário, que há mais de 50 anos transporta com cegonheiro. Para Luis Antonio Gambim, gerente comercial da concessionária Auto Sueco, o mercado está aquecido e a preferência dos cli-entes pela marca está superando as expectati-vas e incertezas com relação às novas práticas associadas aos veículos equipados com a tec-nologia SCR. As novas versões, produzidas a partir de janeiro de 2012 só poderão utilizar diesel S50, com 50 ppm de enxofre, e devem estar abastecidos com o Arla32, aditivo utiliza-do no pós-tratamento de emissões, para o qual há um tanque específico nos novos caminhões.

D E U N A I M P R E N S ARESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

acordo com a Embraer, oferece o mesmo nível de conforto, mas tem menor peso, ajudando na redução do consumo de combustível. A enco-menda adicional garantirá o desenvolvimento da frota de médio alcance, segundo o vice-pres-idente executivo de Gerenciamento de Frotas do Grupo Lufthansa, Nico Buchholz. “Este é o próximo passo em nossa estratégia de modern-ização da frota no sentido de reduzir consumo

Lufthansa fecha compra de 5 Embraer 195Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected]

Divulgação

NOVO FH 460cv EURO5 • Média de consumo foi decisiva para a primeira venda

A Embraer e a Deutsche Lufthansa AG assinaram um contrato semana passada para a compra de mais cinco jatos Embraer 195 (E195). As aeronaves serão operadas pela em-presa italiana Air Dolomiti, com sede na cidade de Verona, empresa parceira da Lufthansa. O valor do negócio, referido a preço de lista, é de US$ 226 milhões. O início das entregas está programado para o segundo semestre de 2012. A Air Dolomiti opera atualmente cinco E195. As aeronaves adicionais dobrarão a frota de E-Jets da Air Dolomiti. Atendendo à crescente demanda na Europa, os novos aviões serão utilizados para adicionar voos em rotas domésticas e aumentar a frequência de voos entre Verona e o centro de operações da Luf-thansa em Munique, na Alemanha. Os E195 serão configurados com o assento ergonômico Slim Seat Plus, que, de

de combustível, custos operacionais, ruído e emissão de poluentes”, disse, por meio de nota. Com essenovo pedido, a Lufthansa será o maior operador de E-Jets na Europa. A empresa encomendou 43 jatos E190 e E195 desde maio de 2007. Atualmente, 28 E-Jets estão em operação em três dos cinco parceiros regionais da Lufthansa: Lufthansa CityLine, Air Dolomiti e Augsburg Airways.

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Gigantescos comentários inúteis eos relacionamentos pessoais no hobby

Na semana passada recebi muitas manifestações sobre a minha coluna. Houve críticas e elogios, e agradeço a todos pelas manifestações. Isso indica que o espaço continua sendo bem lido e bem repercutido no hobby. Espero continuar recebendo es-sas manifestações, sejam elas favoráveis ou contrárias. O importante é a interatividade. Bom, nesta edição vou comentar um pouco sobre os “mega relatórios” que são postados em comentários de sites espe-cializados. Algumas pessoas não se conten-tam em fazer comentários sucintos e obje-tivos, têm que fazer a publicação de textos enormes, repetitivos e cansativos de serem lidos, isso com o agravante de que esses tex-tos gigantes geralmente não são de interesse

coletivo, ou seja, as pessoas escrevem sim-plesmente por escrever. Na semana passada estive vendo al-gumas fotos publicadas em Fotopages e no site Ônibus Brasil, e fiquei impressionado com a quantidade de comentários da mais baixa qualidade. São relatórios gigantes que tentam justificar algumas coisas comple-tamente infundadas. No site Ônibus Brasil é muito comum algumas pessoas postarem comentários grandes para dar embasamento a assuntos sem nexo. Um usuário do site costuma publicar comentários em diversas fotos para justificar sua posição favorável ao embarque pela porta traseira nos ônibus urbanos de todo o Brasil. Ele tem todo o di-reito de ter essa opinião, da mesma forma

que outros usuários tem posições sobre out-ros assuntos relacionados ao transporte, mas tentar embasar essa defesa com justificativas fúteis é extremamente cansativo e chato. Cheguei a ler alguns comentários dessa pessoa em determinadas fotos no site Ônibus Brasil e acabei mais rindo do que tentar compreender o que ele queria dizer. Além dele ser super repetitivo em algumas palavras e frases, essa pessoa ainda usa ar-gumentos já refutados muitas vezes até cien-tificamente. Um desses argumentos é que o embarque pela porta traseira faz com que o passageiro “ande no sentido do ônibus”, ou seja, ele vai transitar dentro do veículo no mesmo sentido de direção do motorista (no caso, para frente). Já está mais do que

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]

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Corredor da Avenida Caracas, que liga os eixos norte e sul do sistema Transmilenio. Exemplo

de eficiência em transporte coletivo rápido

comprovado que esse movimento para a fr-ente facilita acidentes, pois em caso de uma freada brusca, o corpo é lançado rapidam-ente para a frente, chegando facilmente ao pára-brisa, causando graves ferimentos. Com o embarque pela dianteira, é possível movimentar-se no sentido contrário, tendo um equilíbrio muito maior. Outra justificativa é a necessidade de se fazer campanhas de “conscientização” para que os passageiros não entrem na frente do veículo ao desembarcarem pela porta di-anteira. Para essa pessoa, deveriam ser apre-sentadas fotos de pessoas acidentadas para que haja um “choque” nos usuários e dessa forma eles desacostumem de atravessarem na frente do veículo. O passageiro segue uma tendência de direção natural ao fazer a pas-sagem na frente do veículo, e não é uma cam-panha grosseira e agressiva como essa sugeri-da que vai fazer a diferença. Muitas empresas mudaram o embarque para a porta dianteira justamente por esse motivo principal. Para justificar o meu posiciona-mento favorável ao embarque pela porta dianteira, usei algumas linhas. Agora o ci-dadão utiliza-se de quase uma centena de linhas para falar, replicar e repetir mil vezes a mesma coisa, sem nenhum embasamento. Os comentários gigantes não fi-cam só nesse campo de defesa teórica. Há outros que comentam o histórico de linhas, histórico de determinados carros, assuntos que não interessam a ninguém e servem ap-enas para entupir a tela do computador. Há pessoas que têm a capacidade de escrever textos enormes explicando a passagem de um veículo de linha urbana por diversas linhas, como se isso despertasse algum in-teresse em caráter nacional. Sinceramente, creio que essas pessoas devem ter algum problema na vida pessoal ou não há quem as ouça, e por isso aproveitam para usar sites para falarem com o mundo. Como podem escrever o quanto querem, é a oportunidade de extravasar tudo o que não falam a semana inteira, ainda mais sobre ônibus, que ainda é um assunto pouco absorvível pela socidade. É complicado...

* * *

Nos últimos dias estive analisando alguns comportamentos em sites e redes so-ciais e cheguei a conclusão que o hobby está mergulhado em um grande “Big Brother”. Relacionamentos que começaram muito bem acabaram deteriorados ao longo do tempo, brigas, intrigas, indiretas disparadas a todo momento, disputa de egos, entre out-ras atitudes. Em programas como o “Big Bro-ther”, tudo começa muito bem. Os integran-

tes da casa começam todos muito amigos (na verdade eles se acham amigos, o que na real não é verdade), todos interagem muito, tudo começa na mais perfeita paz e diversão. Com o passar dos dias, as diferen-ças vão aflorando e aí começam as intrigas, as brigas, as ofensas e as disputas de ego. No hobby é a mesma coisa: tudo começa com a vontade de fazer novas amizades, conversa-se com várias pessoas, pensa-se que verdadeiros amigos apareceram, quando alguns dias depois nota-se que não é nada disso. A possibilidade de ganhar novas am-izades é possível, mas não é nada fácil. O hobby infelizmente, assim como em todos os outros setores de uma sociedade, é cheio de pessoas falsas e interesseiras. É comum ver pessoas que estão iniciando no hobby forçarem uma aproximação com coleciona-dores mais antigos para obter vantagem pes-soal (como se ser colecionador antigo fosse alguma vantagem, da mesma forma que ser “famoso” também não é). Os piores são os que querem fazer a famosa “política da boa vizinhança”, comentando em diversas fotos (geralmente de empresas das quais têm mais conhecimento) fazendo elogios rasgados a fotos geralmente feias, tortas, desfocadas e sem qualidade alguma e termina fazendo uma brincadeira (quase sempre muito sem graça) para transparecer uma falsa simpatia. Há vários casos de amigos que co-mentam em fotos entre si e fazem brincadei-ras, lançam as chamadas “piadas internas” (onde apenas os participantes entendem o real significado do que está escrito), mar-cam encontros e outras atividades. Vendo isso, os “aspirantes a popular” tentam fazer o mesmo, porém o resultado é quase sem-pre desastroso. Nos últimos dias mesmo li comentários de uma pessoa que tenta ser popular a todo custo já há alguns anos e têm conseguido uma ponta de reconheci-mento forçando uma barra tremenda, e ela faz piadinhas mais sem graça que alguns programas da televisão. Quase sempre essas piadinhas saem pela culatra e acabam ge-rando certo desconforto, com uma resposta quase sempre grosseira do autor da foto. É aí que entra a já muito conhecida pergunta: pra que tudo isso? Custa a pessoa manter-se centrada, fazer o seu trabalho e ser elogiado por ele? Esse é um exemplo do grande Big Brother que vivemos no hobby hoje, onde conhecemos pessoas de um jeito e que terminam de outro. Até dou um exem-plo prático para ilustrar melhor: logo que fiz meu cadastro no site Ônibus Brasil em maio deste ano, comecei a fazer postagens meio que boiando, pois não conhecia quase nin-guém. Numa noite de sábado vi que estavam pipocando comentários em uma foto e resol-vi entrar no meio. Em cerca de duas horas o

campo de comentários transformou-se num grande chat, com mais de 200 comentários. A partir daí comecei a fomentar amizades no site. Desse dia pra cá, entre os que partici-param da conversa nessa foto, conversa essa super harmoniosa que dava a entender que duraria ainda por mais vários dias (assim como o início de um reality show), muita coisa mudou: deixei de conversar com um, virei grande amigo de outro, converso rara-mente com outro e mantenho estreito con-tato com alguns que também participaram. É tudo uma questão de afinidade e conhe-cimento do próximo. Com o tempo as más-caras vão caindo, isso é inevitável, e aí que vemos quem são os reais colecionadores que povoam a internet.

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Amizade no hobby é ainda um as-sunto muito discutido. A banalização dessa palavra é muito grande e acaba gerando fal-sas realidades. É muito comum encontrar pela internet comentários do tipo: “amigo, corrige essa informação”, “parabéns pela foto amigo”, “não sei te responder, amigo”. A amizade é algo muito importante e está acima de simples coleguismos. Apesar de eu particularmente achar desagradável uma pessoa chamar a outra de “colega”, a palavra cairia muito melhor do que ficar chamando todo mundo de “amigo”. Há quem aposta todas as fichas na impossibilidade de se estabelecer grandes amizades no hobby. Há algum tempo atrás já abordei esse assunto neste mesmo espaço e dei vários exemplos de que isso é possível sim. Você nota a mudança do nível da ami-zade quando os assuntos sobre ônibus são cada vez mais escassos. Obviamente que existem os que usam o hobby apenas como ferramenta de conhecimento sobre trans-portes através da troca de informações e experiências, mas é perfeitamente possível selar grandes e verdadeiras amizades. Se é perfeitamente possível estreit-ar relacionamentos no trabalho, na escola, na faculdade, no bairro onde mora, porque no hobby não seria possível? Apesar de saber-mos muito bem que tudo caminha para um buraco sem fundo, no meio desse declínio do hobby é possível tirar várias experiências boas (ainda).

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Esta semana estive em viagem e acabei não recebendo as informações finais acerca do 7º InterBuss City Tour, informa-ções essas que colherei sem falta nos próxi-mos dias e já na semana que vem lhes trarei todos os detalhes. Fiquem atentos!

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REVISTAINTERBUSSW E S L E Y A R A U J OC U R I T I B A / P R • P R I N C E S A D O S C A M P O S

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O Rio de Janeiro do Rock In Rio Voltando a falar de Rio de Janeiro aqui na coluna semanal da Revista Inter-buss. Na semana passada estive na cidade para um concurso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), autarquia federal que substituiu a Radiobrás e que engloba empresas como a TV Brasil, as Rádios Na-cional de Brasília, do Rio e da Amazônia, além das Rádios MEC (AM e FM no Rio e AM em Brasília) e da TV NBr, que prioriza a cobertura das atividades do Governo Fe-deral e da Presidenta Dilma Rousseff. Pude dar um giro pela cidade antes da prova e ver como estava o esquema de transporte urbano para o Rock In Rio IV. Cheguei na cidade às 4h45 do sábado e vi vários carros extras proceden-tes de São Paulo. A 1001 colocou muitos carros da frota estadual (caracterizados pelo prefixo RJ 108), enquanto a Expresso do Sul emprestou carros da Cometa (muitos Elegance, alguns G6 e poucos G7) e a Itape-mirim colocou alguns Visstas Buss antigos (serviço Golden, os primeiros) na linha. Só na Expresso Brasileiro é que não notei um aumento em seus horários. Um ou outro carro extra aparecia. No caso da 1001, em-presa que utilizei, eram tantos carros que o Graal de Resende não deu conta. Mais de 10 carros pararam fora das plataformas, na área que é (ou era) ocupada por uma filial do McDonalds. Quem fazia a linha especial entre a Rodoviária Novo Rio e a Cidade do Rock era a Util. O esquema montado por ela era bem organizado, com duas platafor-mas exclusivas e os validadores do RioCard Rock (cuja passagem custava módicos R$ 35) expostos na plataforma, mais ou menos como o pré-embarque dos Terminais Urba-nos de São Paulo. Na tarde de sábado (dia 24) estive no Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, de onde saíam as linhas regulares especiais (com tarifa de R$ 2,50) em direção a Ci-dade do Rock. Eram carros das empresas Santa Maria, Redentor e Litoral Rio (não cheguei a ver carros de outras empresas), em grande quantidade. Haviam mais de cem carros estocados no Terminal por volta das 12h30 do sábado, para um movimento ainda pequeno, mas que tenderia a aumen-tar quando da proximidade do início dos shows daquele dia. O que pude notar de maneira críti-ca é que as empresas Santa Maria e Reden-tor praticamente tiraram TODOS os carros de suas linhas regulares para atender a de-manda da linha especial da Barra da Tijuca ao Rock In Rio, sendo que essas duas em-presas praticamente monopolizam determi-

COLUNISTAS William [email protected]

EFEITO ROCK IN RIO • Nos dias de shows, a 1001 utilizou-se de veículos das linhas estaduais do Rio de Janeiro para fazer a ligação com São Paulo, enquanto a Expresso do Sul aproveitou carros da Viação Cometa e a Itapermirim usou carros mais antigos nos horários extrasnadas regiões de Jacarepaguá. Linhas da Redentor, como a 268 Largo do Piabas (a-tual 347), 268 Serra (atual 368), 268 Autó-dromo (atual 352), a 2111 original, entre outras, praticamente sumiram das ruas, as-sim como as linhas 736, 749, 757, 758, 760, 761, 762, 763, 764, 708 (atuais 808 e 832) e 706 (atuais 706 e 731) da Santa Maria. Acredito que algumas linhas da Litoral Rio também tenham sido prejudicadas. Eu, por exemplo, não vi nenhum 240 (atuais 337 e 340) e 269 (atuais 380 e 390) no Centro do Rio. Ouvi nas rádios da capital fluminense que a população residente em Jacarepaguá teve problemas para sair do bairro na se-gunda-feira (26) de manhã, devido a au-sência de veículos nas linhas das empresas citadads. Nos outros pontos da cidade, porém, não vi nenhuma mudança significativa. As linhas que vão para a Barra da Tijuca a partir de outras regiões da cidade estavam com boa freqüência e nos pontos do Terminal Alvo-rada era anunciado que todas elas operariam durante a madrugada. Pena que não pude dar um giro de madrugada para conferir se

isto realmente aconteceu. Não tive nenhum problema, por exemplo, quando precisei das linhas 854 e 853 (Jabour) e 179 (Real). O problema se concentrava nas linhas regula-res de Jacarepaguá, desfalcadas por causa do deslocamento da frota para a linha especial da Cidade do Rock. Infelizmente o Rio de Janeiro está dando adeus para suas pinturas próprias. Algumas empresas, como a Lourdes e a Matias, já estão com 100% de sua frota re-pintada. Outras caminham para os 100%, como a São Silvestre, Braso Lisboa, Vi-aRio, BredaRio, Tijuquinha, Acari, Ver-dun, Santa Maria, Madureira Candelária, Vila Isabel, entre outras. As mais atrasadas atualmente são as empresas da Zona Oeste, como a Algarve, a Pégaso e a Jabour (essa um pouco mais adiantada). Até agora o úl-timo carro com a pintura antiga que andei foi da Verdun. O veículo de prefixo 71003, que fazia a 247 e me transportou da Radial Oeste ao Méier. Na semana que vem vou falar do transporte urbano da Baixada Fluminense, onde estive no último dia 18 de setembro.

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C R I S E D A B U S S C A R

A Busscar encerrou suas atividades e colocou seus ativos à venda no mercado. Ao mesmo tempo em que o poder de com-petitividade da Induscar-Caio aumentou, a venda dos ativos pode ser interessante para que a Marcopolo (POMO4), cuja folha de pagamentos saudável pode permitir ofertas mais agressivas que a da concorrente, su-gerem Paula Kovarsky e Diego Mendes, da Itaú Corretora. Para a dupla de analistas, a boa fase financeira da companhia aponta para duas direções: o anúncio de aquisições ou o aumento da razão para a distribuição de

proventos. A eventual aquisição poderia ter um impacto positivo no valuation, já que seria mais provável do que o aumento dos dividendos, na visão do Itaú. A aquisição da companhia iria ime-diatamente aumentar a capacidade instalada da companhia no Brasil e prevenir que um novo player entre na indústria de ônibus brasileira. “Vemos a Marcopolo como a companhia mais bem posicionada para ad-quirir os ativos da Busscar e, no evento em que a companhia anuncia esta aquisição, veríamos isto como um movimento estraté-gico importante”, afirma Paula e Mendes.

Ação opera descontada

em relação ao setor A empresa opera historicamente descontada em relação a outras companhias do setor industrial, por conta de um lento crescimento, enquanto seu ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) permanece em linha com os concorrentes. “O desconto já não é merecido e nós vemos espaço para uma mudança nos múltiplos da companhia”, diz o Itaú. O banco acredita que a compan-hia pode exceder seus pares em crescimento com um dos maiores ROICs no futuro. A corretora reforça a recomendação de outperform (performance acima da mé-dia do mercado), com preço-alvo de R$ 8,00 para o final de 2012.

• Do [email protected]

RETA FINAL • Crise da Busscar parece estar chegando ao fim com ofertas de empresas do ramo pelos ativos da empresa

Mercado aposta naMarcopolo para compra dos ativos da BusscarAtivos da Busscar já foram colocados àvenda; Corretoras de ações apostam na saúde financeira da Marcopolo para compra

Mercado aposta naMarcopolo para compra dos ativos da Busscar

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Os 70 anos daExpresso Brasileiro

Nesta próxima segunda, dia 3, a Ex-presso Brasileiro (de São Paulo) completará 70 anos de tradição. Essa empresa já foi maior. Nos anos 40, a empresa fazia linhas até a cidade de Serra Negra, no circuito das águas paulistas. Anos depois, viu sua concorrente Viação Co-meta crescer como um raio, já dominando as principais cidades paulistas. Até que por volta de 1961, algumas linhas do interior paulista (como São José do Rio Preto) foram passadas para a Cometa (para diminuir dívidas) sem contar com ôni-bus importados retidos na alfândega que de-moraram 3 anos para serem liberados. Então, Manuel Diegues vendeu a empresa para vári-os donos, até ser adquirida pela família Ro-mano em 1966. De lá pra cá, com a atuação da famí-lia Romano, vieram as linhas do ABC para a baixada santista, e a empresa foi evoluindo. Em meados dos anos 1990 a empresa com-prou todas as linhas da Zefir, passando a fazer parte da ponte São Paulo-Santos-São Vicen-te, e no final de 2006 adquiriu todas as linhas da Samavisa, inclusive ABC até Aparecida. Mas tudo isso, menos a Rio-São Paulo, foi vendida no início de 2010 para a Cometa (do grupo JCA desde 2002).

O que eu lembro da empresa Lembro-me da minha primeira via-gem ao Rio no dia 2 de janeiro de 1987. Um diplomata, prefixo 2071, estava esperando na plataforma do terminal. A partida foi às 6 da manhã no terminal Tietê em direção ao Rio (não era sua primeira partida, tinha outro às 5h30). Seus ônibus caracterizavam pelo alto conforto, e as poltronas 5 e 6 daquela época (se não me engano) ficava colado à janela frontal, permitindo uma visão panorâmica aos privilegiados passageiros. E outro detalhe é que o sanitário ficava do lado da porta de entrada/saída do ônibus. E como era alta tem-porada, a passagem foi comprada com uma semana de antecedência. No dia 12 de agosto de 2000 eu pe-guei o primeiro horário para o Rio de Janeiro, um convencional, às 6 horas da manhã. Após a saída, o Marcopolo Viaggio GV1000 de prefixo 4011 (sem ar-condicionado) estava passando por dentro do bairro de Vila Gui-lherme, onde ficava sua garagem, deixando um funcionário que estava a bordo. Era um ônibus bastante simples, comparado aos ôni-bus de suas empresas concorrentes, chegando a ser bem mais simples que os Flecha Azul da Cometa.

Depois, perdi as contas de outras viagens da Expresso Brasileiro. Em 1998, considerando somente as compras para a linha do Rio, vieram 31 ônibus trucados Mar-copolo Paradiso GV1150 (+ 1 usado da Via-ção Barra do Piraí que chegou em 2002 como prefixo 8063 e hoje é o prefixo 570 da Brenda Tur). Em 2000 vieram mais 10 trucados Para-diso G6 1200 e a partir de 2002, a empresa deixa de comprar trucados, dando preferência aos de dois eixos até hoje. Em 2004 vieram dois Marcopolo Paradiso G6 1800DD e após 2005, a em-presa ficou 4 anos sem comprar um ônibus para a linha São Paulo-Rio. Veio somente em 2009 com apenas um ônibus (o famoso 902). Depois comprou mais 10 ônibus em 2010, e mais um este ano. Até 2003, a empresa tinha duas ga-ragens na cidade de São Paulo: uma entre os bairros de Vila Guilherme e Vila Maria da qual até hoje eu não entendi o por quê dessa venda, que guardavam somente os ônibus da linha Rio-São Paulo, e outra na Av. Pres.

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Tancredo Neves, próximo ao bairro do Sa-comã, que existe até hoje, e atualmente todos os ônibus são guardados ali. É uma pena assistirmos aos poucos sua redução da frota operacional, inclusive todas as linhas para o litoral paulista. Não sa-bemos se será uma marca que desaparecerá ao longo do tempo, mesmo mantendo so-mente uma linha principal, a São Paulo-Rio de Janeiro, mesmo com interesses de compra dos grupos do Constantino de Oliveira e Ja-cob Barata, e é uma pena que o seu site não oferece tabela de horários e reserva de poltro-nas, ao contrário de seus outros três concor-rentes. Agora, com seus 70 anos e 45 de família Romano, resta somente saber o seu futuro. Ano passado um de seus oito mag-natas (aqueles Diplomatas 380 leito ano 84 ou 85) não estava exposto na VVR, e desde 2003 ou 2004 a empresa sempre expôs seu ônibus em exposições. Vamos torcer para que esse Magnata volte a aparecer na próxima ex-posição nos dias 26 e 27 de novembro.

Marisa V

anessa N. Cruz

VELHOS TEMPOS • Cartão da Expresso Brasileiro de 1985: Reparem na alta quantidade departidas, inclusive os cinco leitos diários, comparando com os de hoje que tem menos

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S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

Em Niterói

VISITA AO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEADurante visita à região do Rio de Janeiro, os amigos Sérgio Carvalho, Chailander Borges,Márcio Douglas Ribeiro Venino e Guilherme Rafael deram uma passada por Niterói paraconhecer o Museu de Arte Contemporânea da cidade. A visita ocorreu em março de 2010.

Pesquisa da Semana

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EXCEPCIONALMENTE ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Você trocaria o ônibus de linha regular de seu bairro para andar em um veículo do trans-porte alternativo se esse fosse mais caro que o ônibus?

5,9% • Não

94,1% • Sim

Expresso Brasileiro, 70 anos

UM MARCO HISTÓRICO NAS ESTRADASAmanhã, uma das empresas mais tradicionais do transporte de passageiros no Brasil completa 70 anos de atividades. O Expresso Brasileiro, que já operou diversas rotas e hoje está reduzida apenas à operação da linha Rio X São Paulo, merece nosso respeito pelos seus ótimos serviços

Informação

O colunista Fábio Tanniguchi, que per-tence à equipe de colunistas da Revista InterBuss, gostaria de dizer que o problema relacionado ao Ônibus Brasil e que foi anunciado no artigo da semana passada (edição de 25 de setembro) foi prontamente resolvido pela administração do site na manhã do dia seguinte, 26 de setembro. Como a Revista InterBuss tem com-promisso com a informação de qualidade e com a verdade, o colunista quis esclarecer os fatos para não abrir brechas para a propagação de menti-ras e calúnias contra o site Ônibus Brasil e vice-versa. Além disso, é sempre importante ao fazer uma reclamação publicamente que haja interesse em dar o devido retorno caso os problemas se-jam resolvidos. Afinal, ninguém da redação está ali para derrubar pessoas, nem para desmerecer website qualquer, e muito menos para acusar de forma barata os órgãos públicos ou empresas de transporte de passageiros. Por fim, o colunista gostaria de agra-decer a administração do Ônibus Brasil por acompanhar a revista e pelo retorno eficiente a ele.

Esclarecimentos do casorelacionado ao Ônibus Brasil no artigo de Fábio Tanniguchi de 25 de setembro de 2011: “Algum problema comigo?”

Rodrigo Oliveira (Rody) •São Paulo/SP

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Ô N I B U S E M X E Q U E

Campinas terminou a semana com mais um escândalo. Já não bastassem os problemas envolvendo a prefeitura, desta vez, empresários que fazem fretamento para empresas e instituições na cidade e na região são acusados de formação de quadrilha, formação de cartel e de crime à economia pública. Ao todo foram sete prisões depois de dois anos de investigações feitas pelo Gaeco (Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Estado de São Paulo. A operação começou nas primeiras horas da manhã de sexta-feira (30 de setem-bro). Foram expedidos oito mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão. O Gaeco contou com o apoio da Polícia Civ-il de Campinas. Entre as prisões, Belarmino Marta Júnior, dono da Rápido Campinas e de outras empresas que atuam em Campinas, Jundiaí, São Paulo, Grande São Paulo, lito-ral do Estado, e outras cidades no interior. Os pedidos de prisão foram feitos pela juíza da 1ª Vara Criminal de Campinas, Patrícia

Pae Kim. O promotor Adriano de Andrade de Souza é quem comanda as investigações. Segundo ele, as empresas se uniram numa espécie de “consórcio” para não permitir que outras empresas - de fora ou mesmo da própria região - vencessem licitações para o transporte em órgãos públicos. “As empre-sas se coligaram para não ter concorrência nestas licitações”, disse em entrevista ao Jornal da EPTV (EPTV Campinas). Na operação, os policiais encontra-ram R$ 3 mil, 3,3 mil euros e 15 mil dólares na casa de Ariovaldo Marta, em Itu, mais 12 computadores, três notebooks, R$ 6,6 mil, 63 cheques de terceiros, celulares, CDs e DVDs na casa de Miguel Moreira Júnior. Os presos foram encaminhados para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial de Campinas, localizado na Vila São Bernar-do. Entre as acusações, estão formação de quadrilha, formação de cartel, crime contra economia pública e fraudes em licitações. No sábado (01), os promotores começaram a ouvir os empresários. Os advogados só vão falar quando os depoimentos terminarem.

MP acusa viações por formação de quadrilha e manda prender empresários

Investigação

• Felipe [email protected]

Empresários e diretores de empresas do setor defretamento da região de campinas são presos paradepoimento após dois anos de investigações da Polícia Civil

SOBREPOSTA • Linha 1.17 (antiga 5.75) é uma das sobrepostas mais absurdas do sistema

O Gaeco recebeu a denúncia de um empresário do setor que se recusou a participar do esquema há dois anos, e que diz que sofre retaliações do grupo. O caso envolve o contrato de fretamento com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que passou por um pro-cesso licitatório para escolher novas

empresas para operar o transporte inter-no e o de funcionários. A Unicamp, em nota, disse é uma vítima, já que não sa-bia da existência do esquema, e que fez a licitação conforme a Lei Federal. Na nota, a universidade informou que são 12 as empresas que fazem o transporte fretado.

A DENÚNCIAENVOLVIDAS • A Viação Transmimo e a Exclusiva Turismo são duas das empresasenvolvidas no susposto cartel que o Ministério Público começou a investigar há dois anos, depois da denúncia de um empresário do setor. Segundo esse empresário, cujo nome não foi revelado, ele se negou a participar do esquema e ainda foi ameaçado algum tempo depois. O alvo das investigações têm sido o serviço de fretamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo ela, doze empresas fazem o serviço, entre elas a Transmimo, a Rápido Campinas e a Exclusiva, que ainda compartilha com a Bortolotto Turismo as linhas do Circular Interno Gratuito que outrora foi operado pelo Expresso Poppi e pela Viação Barbarense

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De acordo com as investigações dos promotores do Gaeco, era o Sindicato das Empresas de Transporte de Passage-iros por Fretamento de Campinas e Região quem gerenciava um “acordão”. Nesse acordo, as empresas definiam uma vence-dora, e a escolhida apresentava valor mais baixo nas licitações, enquanto as outras do mesmo grupo ofereciam valores mais al-tos. Outra hipótese avaliada é de que as empresas do esquema faziam uma com-binação e escolhia a vencedora entre elas. Na hora da licitação, todas apresentavam o

mesmo valor, mas a vencedora pré-esco-lhida apresentava mais “vantagens”, ven-cendo o certame. Quando uma empresa fora do suposto grupo participava da licitação, as empresas se uniam e ofereciam, juntas, um valor mais baixo, para impossibilitar que a “estrangeira” ganhasse. O Gaeco também investiga uma outra denúncia, de que as empresas que não participavam do esquema eram amea-çadas e forçadas a não participar das lici-tações, para não atrapalhar os negócios da suposta quadrilha.

Suposto esquemaimpedia participaçãode outras empresas

SOBREPOSTA • Linha 1.17 (antiga 5.75) é uma das sobrepostas mais absurdas do sistema

Luciano Roncolato

FORA • Expresso Poppi foi uma das empresas impedidas de participar dos certames

•Miguel Moreira Júnior, dono da Transmimo, empresa de Valinhos•José Brijeito Júnior, dono da Exclusiva Transportes, que temgaragem em Campinas•Ariovaldo Marta e Marcelo Pereira, da Rápido Campinas(ex-Rápido Luxo Campinas)•Belarmino Marta Júnior, dono da Rápido Campinas, apontado pelo Gaeco como chefe do cartel•Rosa Maria Júlio Landin, do Sindicato das Empresas deTransporte de Passageiros por Fretamento de Campinas e Região

OS PRESOS

ENVOLVIDAS • A Viação Transmimo e a Exclusiva Turismo são duas das empresasenvolvidas no susposto cartel que o Ministério Público começou a investigar há dois anos, depois da denúncia de um empresário do setor. Segundo esse empresário, cujo nome não foi revelado, ele se negou a participar do esquema e ainda foi ameaçado algum tempo depois. O alvo das investigações têm sido o serviço de fretamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo ela, doze empresas fazem o serviço, entre elas a Transmimo, a Rápido Campinas e a Exclusiva, que ainda compartilha com a Bortolotto Turismo as linhas do Circular Interno Gratuito que outrora foi operado pelo Expresso Poppi e pela Viação Barbarense

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Fotografia amadora:dicas de amador para amador

Quero começar a fotografar,qual câmera devo comprar?

Essa é primeira pergunta que qualquer pessoa faz quando entra para o mun-do da fotografia, além da pergunta básica: a câmera que eu quero enquadra no meu orça-mento? Nessa coluna, vou falar um pouco das minhas experiências com algumas câmeras digitais e mostrar as que se encaixam no seu bolso, no seu gosto e na sua necessidade. A idéia é fazer com que a câmera que você, leitor pretende comprar, seja útil não só no hobby, mas que ela seja útil no seu dia-dia. O mundo da fotografia é um mundo fascinante, fantástico, cada detalhe conta, cada momento e situação fazem de uma simples fotografia, uma belíssima obra de arte. Vale lembrar que uma foto é composta por elemen-tos diversos como situação, ambiente, modelo de câmera e o principal: fotógrafo. A foto ela é boa não só por causa do equipamento que pos-sui, mas pela habilidade que o fotógrafo tem em manusear a máquina e aliar isso à situação, ao ambiente e ao objeto.

Escolhendo a câmera ideal

Uma boa câmera é aquela que possui recursos básicos para que a foto saia de acordo com o que o fotógrafo almeja. Isso não quer dizer que é uma câmera cara. Não tem muito tempo, mostrei a um amigo meu alguns recur-sos da máquina dele que o deixou boquiaberto, pois os resultados obtidos foram ótimos. Não pense você que era uma câmera cara, era uma Kodak Easyshare C182, na loja custa em torno de R$ 400. Uma câmera pequena, com zoom de 3x e traz como resultado fotos com ótimas tonalidades de cor, além de possuir estabiliza-dor de imagens, apesar de não muito eficaz, ajuda em certas situações. A primeira coisa que temos que pen-sar é: qual câmera combina com meu orça-mento? O interessante é que existem ótimas câmeras com ótimos preços. Às vezes uma câmera seminova compensa muito mais do que uma câmera nova. Por exemplo, um dos melhore modelos que a Sony já produziu, no Mercado Livre custa menos de R$ 400, é a Sony Cybershot DSC H10. Ela reúne numa câmera compacta, alguns recursos de câmera profissional, como regulagem manual de foco, abertura de diafragma e velocidade do obtura-dor. Além disso, ela possui vários modos de fotos que se enquadra a diversas situações e conta com zoom óptico de 10x. Além da H10

existem várias câmeras que você encontra por menos de R$ 500, seja ela nova ou usada, com-prando pela internet ou pelo modo convencio-nal. Vou listar alguns modelos das marcas mais conhecidas:

Marca Modelo Valor (a partir de)Sony W530 R$ 324, 00Sony W570 R$ 420, 00Sony H10 R$ 350, 00Sony H70 R$ 500, 00

Canon A2200 R$ 394, 00Canon SX130-is R$ 488, 00Canon A3100 R$ 250, 00Canon SD780is R$ 350, 00

Kodak M532 R$ 289, 00Kodak M590 R$ 300, 00

Olympus X845 R$ 239, 00Olympus T100 R$ 220,00

Lembrando que estes valores são para

compra pela internet. Ao escolher comprar por esse meio, certifique-se de que o vendedor é de confiança e que o produto tem tudo o que você necessita ou é o que você pediu. Caso você possa desembolsar um valor maior, recomendo as câmeras super-zoom da Sony, da Olympus, da Canon e da Panasonic. Os lançamentos destas citadas custam a partir de R$ 900,00. A Hx100 V, da Sony, custa a partir de R$ 1399,00. Uma outra dica ao pra quem está começando a fotografar: não compre uma su-per câmera, compre uma mais básica e aprenda a mexer em todas as funções dela. Aprimore as técnicas e depois troque por uma mais podero-sa. O resultado será muito além do esperado. Na próxima matéria, mostrarei como tirar o máximo de proveito da câmera, utili-zando todos os recursos inerentes, cada um no tempo adequado, no momento certo.

ARTIGO Wesley [email protected]

APRESENTANDO • Wesley Araujo mora na cidade de Jacareí, no Vale do Paraíba paulista, é fotógrafo amador e escreverá esporadicamente neste espaço

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Negócio é analisado pela Justiça do Trabalho de Joinville. Encarroçadora paulista que é líder nosegmento de urbanos, quer destaque em ônibus rodoviários

Compra de bens e imóveis da Busscar é meta para expansão do segmento rodoviário da Caio

“A Caio – Induscar está iniciando uma nova caminhada, que não vai ser curta, mas vai valer a pena e vai representar ganhos gerais se tivermos o êxito que esperamos” É com otimismo sem perder no en-tanto a noção da realidade e das dificuldades que podem aparecer que o diretor – indus-trial da Caio Induscar, Maurício Lourenço da Cunha, analisa a oferta da empresa para a compra do parque fabril (móveis, máquinas e equipamentos) e do imóvel principal da en-carroçadora Busscar, de Joinville, em Santa Catarina. Maurício atendeu ao BLOG PON-TO DE ÔNIBUS na tarde desta terça-feira, dia 27 de setembro de 2011. O executivo afirmou que o momento da economia brasileira é favorável para todos

os setores, inclusive de produção e operação de ônibus. A Caio Induscar, segundo ele, não quer e nem pode perder este momento. Por isso, possui significativos planos de expan-são. Entre eles, de ampliar a capacidade de produção e a atuação no mercado. “Nossas instalações em Botu-catu (interior de São Paulo) estão perto do limite. Há 10 anos e meio, quando a Induscar começou a assumir a Caio, foram realizados constantes investimentos para crescer, o que vem dando certo. Há três anos, ampliamos nossa capacidade produtiva em 50%. Isso significa um aumento de 25 para 38 unidades (de carrocerias de ônibus) por dia” – disse Maurício Lourenço da Cunha ao BLOG PONTO DE ÔNIBUS.

A modernização da planta de Botucatu é responsável pela otimização da produção. Ganha-se tempo e também a pos-sibilidade de fazer mais ônibus. O objetivo é passar de duas linhas de produção, um para rodoviário e outra para urbano, para quatro linhas de montagem: uma de rodoviários e três de urbanos. Apesar destes ganhos, o que a Caio precisa mesmo é de mais espaço para produ-zir. Espaço que proporcione além de otimiza-ção, ganho real no volume de produção. Além disso, a empresa pertencente ao Grupo Ruas, de José Ruas Vaz, um dos maiores frotistas de ônibus do País, tem mais um propósito definido: se firmar no segmento de ônibus rodoviários. E atualmente o que atende de

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

CAIO GIRO • Linha de veículos rodoviários da Caio deverá ser renovada com a possível aquisição do parque industrial da Busscar, em SC

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melhor maneira essa aspiração da Caio In-duscar está em Joinville, Santa Catarina. “Hoje, nossos planos de crescimento de volume de produção e maior participação no setor rodoviário passa exatamente por essa possibilidade de negócio: a compra do parque fabril, das instalações e o aproveitamento da mão de obra qualificada da Busscar. Claro que teremos outras saídas, se eventualmente o negócio não der certo. Mas a Busscar tem uma estrutura boa, algumas coisas obvia-mente precisão ser modernizadas e há a ne-cessidade de investimentos. Não se acha hoje mão de obra qualificada para ônibus, tanto é que boa parte dos trabalhadores da Buss-car foi absorvida pelas montadoras e outras encarroçadoras” – declarou o diretor indus-trial da Caio Induscar, Maurício Lourenço da Cunha. Ele fez uma análise da economia como um todo. Se o ritmo de crescimento continuar nesta média, o diretor prevê a cria-ção de empregos formais, que representam maior necessidade por transporte. Além disso, para se consolidar, o crescimento econômico precisa de investimentos. E para a realiza-ção destes investimentos, como as obras de infraestrutura, os transportes são essenciais. “Precisamos estar preparados para atender a esta demanda maior” – disse Maurício.

UMA NOVA LINHA DE RODOVIÁRIOS A Caio Induscar lidera o segmento de ônibus urbanos. De janeiro a agosto de 2011, de acordo com dados da Fabus (Asso-ciação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) foram produzidas 22 mil 502 carrocerias. Deste total, 12 mil 732 (56,58% do total pro-duzido) foram ônibus urbanos. A Induscar foi responsável por 5 mil 693 ônibus urba-nos. Marcopolo e Ciferal, que são do mesmo grupo, aparecem em segundo lugar com 593 e 3834, somando 4 mil 427 unidades urbanas. O número não contabiliza micro-ônibus Em contrapartida, enquanto a Marcopolo lidera no segmento de rodoviários, com 2807 uni-dades, a Caio produziu entre janeiro e agosto de 2011, 97 ônibus deste segmento, ficando atrás de todas as outras concorrentes, além da Marcopolo, Comil, Neobus, Mascarello e Iri-zar (que tem a planta vizinha, em Botucatu). Com a compra do parque fabril e das instalações da Busscar, o objetivo é equilibrar o mercado de rodoviários. A linha Giro (de modelos deste seg-mento da Caio Induscar) deve ter uma nova geração com o negócio. Mas os ônibus serão diferentes mesmo, mais modernos, com no-vas tecnologias e design inovador. Não está descartada a criação de novos modelos do segmento. O negócio deve trazer novidades também para o modelo Solar, de menor porte

que o Giro, indicado para serviços rodoviári-os de pequena e média distância e fretamento.

UMA NOVA EMPRESA E VALORES O executivo diz que ainda não foi decidido se será criada uma nova marca caso o negócio seja aprovado pelo juiz da Quarta Vara da Justiça do Trabalho, Nivaldo Stankiewcz. A Busscar tem os bens bloquea-dos pela justiça trabalhista a pedido do Sin-dicato dos Mecânicos de Joinville por conta do atraso de salários, que já chega a 18 meses e de outros direitos dos funcionários. “Mas com certeza, será uma nova empresa, inde-pendente e que vai atender às necessidades do mercado” – contou o diretor – industrial da Caio – Induscar, Maurício Lourenço da Cunha. O que agradou o Sindicato dos Mecânicos de Joinville, nas palavras do presidente da entidade, João Bruggmann, ao BLOG PONTO DE ÔNIBUS, foi “a transpar-ência com que a Caio Induscar colocou suas propostas e intenções”. Na sexta-feira, dia 23 de setembro de 2011, quando a Caio Induscar protocolou na Justiça o interesse de comprar o parque fabril e o imóvel de 331 mil 735.92 metros quadrados, ofereceu R$ 40 milhões para os todos estes bens. De acordo com o Sindicato dos Mecânicos de Joinville, o parque e as insta-lações estariam avaliados em R$ 98 milhões. Maurício, no entanto, disse que o valor ofe-recido pela Caio Induscar é “o que considera-mos mais justo e razoável”. O executivo disse que não sabe de que forma este valor de R$ 90 milhões foi determinado. Ele não descarta negociações, assim como o Sindicato dos Mecânicos, que admite que alguns bens, principalmente ferramentas e maquinários antigos e que nem funcionam mais e com o passar do tempo perderam preço de mercado e estão superavaliados.

A EXPERIÊNCIA DE RECUPERAÇÕES Maurício Lourenço da Cunha é um homem de desafios. Há pouco mais de 10 anos, ele passou por situação semelhante, mas não idêntica, na recuperação de uma en-carroçadora. A Induscar foi criada por Ruas e por outros parceiros de negócios para assumir a Caio. A Companhia Americana Industrial de Ônibus, Caio, fundada em 19 de dezembro de 1945 por José Massa, no final dos anos de 1990 enfrentava sérias dificuldades, assim como a Busscar nos dias de hoje. E foi num dia 19 de dezembro, mesmo dia da fundação, que era decretada a falência da Caio, no ano de 2000, aos exatos 55 anos de empresa. No dia 21 de janeiro de 2001, a In-duscar arrendou as instalações e a marca da

Caio, recuperando a empresa. “Foram dois contratos diferentes, o da marca e o das in-stalações, mas assinados no mesmo dia”- relembrou Maurício ao BLOG PONTO DE ÔNIBUS. Isso impediu que se prolongassem atrasos de pagamentos e o fim de uma das marcas mais tradicionais do mercado de ôni-bus. E uma sexta-feira, dia 13 de março de 2009, foi considerado um dia de sorte para o setor. Por R$ 49 milhões, a Induscar arrema-tava definitivamente a fábrica e os bens em Botucatu, interior de São Paulo, e a marca Caio. A situação com a Busscar é diferente e igual ao mesmo tempo, por mais contra-ditória que possa parecer a frase deste jor-nalista. Igual porque trata-se de um possível negócio de recuperação de um parque fabril produtor de ônibus e também da dignidade de trabalhadores do setor que precisam se man-ter empregados e terem o reconhecimento de seus esforços garantidos. No entanto, a Buss-car não entrou em falência. A família Nielson, controladora da empresa, se nega a fechar a companhia e até o momento não deu sinais concretos de se as-sociar com outros grupos. Mas os atrasos de salários e direitos trabalhistas, assim como de compromissos com fornecedores e bancos, continuavam. A Justiça então decretou o blo-queio de bens da empresa. Todo patrimônio que for vendido por leilão ou por venda direta vai para uma conta da Justiça do Trabalho. A marca não entra na negociação. O Sindicato dos Mecânicos de Joinville deve pedir judi-cialmente a indisponibilidade da marca. Apesar das diferenças, o espírito de desafio e a garra para a recuperação são os mesmos. E ao BLOG PONTO DE ÔNIBUS, o diretor – industrial da Caio Induscar, Mau-rício Lourenço da Cunha, disse que e ex-periência de 10 anos e meio da recuperação da Caio será essencial para uma nova fase dos funcionários e planta da Busscar e para a am-pliação dos negócios da empresa de Botucatu – São Paulo. “Temos experiência de desafio. Um dos pontos é não olhar a empresa que vai ser adquirida apenas como ela sempre foi. Mas com uma nova visão e com humildade de per-guntar, de entender e trabalhar com simplici-dade” – complementa Maurício Lourenço da Cunha. A decisão do negócio cabe à Justiça que deve consultar a Busscar e o Sindicato dos Mecânicos de Joinville, mas a postura da Caio Induscar para a entidade de representa-ção trabalhista já ficou para a história por ser a primeira proposta concreta para o fim da agonia de trabalhadores, mercado, empresas de ônibus até para os apaixonados por trans-portes.

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JOSENILTON CAVALCANTE DA CRUZMarcopolo Torino 2007 MBB OF-1722 • Jabour

A S F O T O S D A S E M A N AÔnibus Brasil • www.onibusbrasil.com

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COSME SOUZA OLIVEIRACaio Millennium Scania K270 • Metra

AILTON FLORÊNCIOCiferal GLS Bus MBB OF-1620 • VIP Itaim Paulista

GUILHERME RAFAELCaio Millennium Scania K310 • Expresso de Prata

ROBERTO MARINHOMarcopolo Paradiso G6 1800DD MBB O-500RSD • Flecha Bus

FRANCIEL SOUZAIrizar PB Volvo B12R • Transnorte

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

REVISTAINTERBUSS • 02/10/11 29

HENRIQUE AUGUSTO SIMÕESMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420 • Gontijo

JONES - BHMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-400RSE • Presidente

JOSÉ AUGUSTO GAMAMarcopolo Torino GV Scania F94 • VIAN - Anapolina

WILLIAN SCHIMITTMarcopolo Viale MBB O-500M • Redentor

TIAGO DE GRANDECaio Millennium MBB O-500U Trólebus • Himalaia

Fotografias • hsimoesbhz.blogspot.com

MATHEUS NOVACKINeobus Mega BRT Volvo B12M Biarticulado • Glória

Sul Bus • sulbus-sulbus.blogspot.com

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02/10/11 • REVISTAINTERBUSS30VCG • NeoBus Mega convencional e articulados, e o Marcopolo Torino G6, prestes a ser aposentado

O transporte em Ponta Grossa No último final de semana de setem-bro, estive na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Desta vez, a intenção era conhecer o sistema de transporte urbano da cidade, o que não pude fazer na visita anterior, em maio. O sistema de transporte da cidade é aparentemente bem eficiente. Utiliza os princípios do sistema de transporte urbano de Curitiba, com linhas troncais e alimentado-ras. No entanto, não há um grande corredor de ônibus, como na capital paranaense. A única operadora da cidade é a Viação Campos Gerais, a VCG. A frota da empresa é bem variada e com muito boa ma-nutenção. As renovações mais recentes foram feitas com veículos com carrocerias NeoBus Mega, chassi MBB OF1722M nos veícu-los convencionais e um MBB O500MA, no caso do articulado. Destes, o destaque fica mesmo para o articulado NeoBus Mega MBB O500MA, uma combinação difícil de ser vista – ainda mais pra quem mora em São Paulo. É o único Mega articulado da cidade. Os demais articulados são Marcopolo, car-rocerias Torino G6, chassi Volvo B10M ou (Gran) Viale, chassi MBB O500MA. Os veículos estão em bom estado de conservação. Boa parte da frota possui eleva-dor para cadeirantes e, em alguns deles, até aviso sonoro de fechamento de portas. Terminais A cidade possui quatro terminais de ônibus: Central, Nova Russia, Oficinas e Uvaranas. Eles são integrados por linhas que os ligam entre si, ou linhas tronco que trazem os passageiros dos terminais periféricos – Nova Rússia, Oficinas e Uvaranas – ao Ter-minal Central. Nos terminais periféricos há ainda linhas que fazem a alimentação destes. Esses terminais são “fechados”, ou seja, o usuário que desce dentro desse terminal pode pegar outro ônibus sem necessidade de paga-mento de outra tarifa ou de valor adicional. Nessa visita, usei apenas ônibus que fazem a ligação entre terminais urbanos. As viagens foram rápidas. Em menos de 40 minutos o ônibus já estava de volta ao termi-nal de onde havia partido. Para este mês, de acordo com o jor-nal “Jornal da Manhã”, de Ponta Grossa, está prevista mais uma renovação de frota. Desta vez, chegarão mais articulados – para substi-tuir os articulados Marcopolo Torino G6 Vol-vo B10M – além de veículos convencionais e mídis. Um agradecimento especial aos ami-gos Pablo Delalibera Silveira e Paulobuss, ambos de Ponta Grossa, que me levaram aos locais onde fiz as fotos da coluna de hoje.

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

José Euvilásio Sales Bezerra

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