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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 92 29 de Abril de 2012 SAIU O DINHEIRO DO PAC 2 MOBILIDADE Agora a corrida é dentro dos próximos 18 meses, para a apresentação dos projetos de BRT, Metrô e VLT AGORA NÃO TEM MAIS DESCULPAS AGORA NÃO TEM MAIS DESCULPAS SAIU O DINHEIRO DO PAC 2 MOBILIDADE

Revista InterBuss - Edição 92 - 29/04/2012

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Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 92 29 de Abril de 2012

SAIU O DINHEIRODO PAC 2 MOBILIDADE

Agora a corrida é dentro dos próximos 18 meses, para a apresentação dos projetos de BRT, Metrô e VLT

AGORA NÃO TEM MAIS DESCULPASAGORA NÃO TEM MAIS DESCULPAS

SAIU O DINHEIRODO PAC 2 MOBILIDADE

UMA HISTÓRIA SE CONSTRÓI COM MUITO TRABALHO.

REVISTA INTERBUSS 2 ANOS.

UMA EDIÇÃO HISTÓRICA, COM MATÉRIAS QUE MOSTRARÃO O TRABALHO DE QUEM FAZ UMBRASIL CADA VEZ MELHOR.

UMA HISTÓRIA SE CONSTRÓI COM MUITO TRABALHO.

REVISTA INTERBUSS 2 ANOS.

UMA EDIÇÃO HISTÓRICA, COM MATÉRIAS QUE MOSTRARÃO O TRABALHO DE QUEM FAZ UMBRASIL CADA VEZ MELHOR.

EM BREVE.

| As Fotos da Semana

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Empresas do MT ficam maisexigentes notrânsito de menoresTermo de Ajuste de Conduta faz com que as empresas com linhasintermunicipais fiquem maisexigentes com documentação 10 Confiram as doze melhores fotos de ônibus publicadas em diversas

comunidades no Facebook e em vários sites especializados em ônibus 24

| A Semana Revista

Metrô de S. Paulo estuda colocar linhas expressas entre estaçõesLigações diretas feitas por ônibus devem ajudar a desafogar asestações mais críticas 09

As melhores fotos de ônibus do Facebook e sites especializados

FINALMENTE, A VERBA SAIU!

Página 7Projetos importantes para o setor de transporte coletivo urbano e metropolitano vão receber verbas de mais de R$ 32 bilhões, liberados semana passada pela presidente Dilma

FINALMENTE, A VERBA SAIU!

ANO 2 • Nº 92 • DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 23h51

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraA operação especial da CPTM 26

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALSaiu o PAC da Mobilidade. Hora de fiscalizar 6

SEU MURALA seção especial do leitor 23

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiOs diferenciados 19

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO Terminal Rodoviário Jabaquara 20

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Viagens e Memória

A história doTerminal Rodoviário do Jabaquara, em SPA colunista Marisa Vanessa N. Cruz conta a história do terminal que faz a ligação do Metrô paulistanocom as linhas da Bx. Santista 20

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: O Diário de Bordo, excepcionalmente, não é publicado nesta edição.

| Deu na Imprensa

Marcopolo vaiencarroçar mais de 400 chassis para o TransantiagoEnorme venda tambémcontemplou a Volvo, a Scaniae a Mercedes-Benz 16

COLUNISTAS Adamo BazaniÔnibus e Teatro 22

FINALMENTE, A VERBA SAIU!

Página 7

Atenção leitor: a sexta atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss no próximo sábado, dia 6 de maio. Envie sua foto [email protected] e participe! Nesta semana, emvirtude de problemas de ordem técnica, não teremos atualização.

POR ONDE ANDA? Jorge CiqueiraVissta Buss LO do Airport Bus Service 21

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 14

Emerson Henrique Silvério

FINALMENTE, A VERBA SAIU!

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos ao colecionador Jorge Ciqueira pela coluna enviada esta semana, e a Emerson Silvério pelo envio do pôster

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A presidente Dilma Rousseff

anunciou na semana passada mais um

grande pacote de liberação de verbas para

obras de mobilidade urbana em diversas

cidades brasileiras. Chamado de PAC 2

da Mobilidade - Grandes Cidades, 51 mu-

nicípios receberão mais de R$ 32 bilhões

em investimentos para melhoria na rede

de transporte público. Entre as várias

obras propostas estão corredores BRT,

linhas de VLT e de metrô. As cidades

foram divididas em três grupos (leiam

mais informações nesta edição) e algu-

mas delas, que patinam há muitos anos

no setor, sempre com a velha desculpa de

que “não há verba”, foram contempladas.

A liberação das verbas está

condicionada a diversas regras, entre elas

a entrega das obras em até 18 meses. Com

isso, até o final do ano que vem todos os

projetos apresentados já deverão ser reali-

dade e a população já poderá estar desfru-

tando das benesses. O problema fica por

conta de prefeituras que há anos prom-

etem melhorias que nunca chegam. Cita-

mos como exemplo a cidade de Campinas,

que nem recebeu o dinheiro ainda e já está

reclamando da contrapartida de cerca de

R$ 41 milhões que o governo municipal

deverá ter para realizar todas as obras pro-

jetadas, que incluem dois corredores de

ônibus no formato de BRT, duas vias de in-

terligação entre esses corredores, reforma

e ampliação de um terminal, alargamento

de um viaduto, construção de estações, en-

tre várias outras intervenções viárias. A ci-

dade recebeu verbas superiores a de várias

capitais e mesmo assim já está começando

O PAC da Mobilidade - Grandes Cidades e o papel do povo

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial a patinar antes de começar.

Em alguns casos, o melhor a ser

feito seria que o próprio Governo Federal

assumisse a responsabilidade pelas obras,

pois a incompetência de alguns governos

municipais é tão grande que logo mais

estaremos noticiando casos de prefeitu-

ras que perderão verbas por serem des-

organizadas e não aplicarem o dinheiro

da forma que deveria. Campinas mesmo

chegou a apresentar um projeto inicial

de Veículo Leve sobre Pneus (o chamado

VLP) com um custo astronômico de mais

de R$ 800 milhões, e o mesmo foi imedi-

atamente vetado. Além de não ser uma ci-

dade turística que justifique a implantação

de um sistema caro como esse, Campinas

estava na época no centro de um enorme

esquema de corrupção que veio à tona

meses mais tarde. Com cerca de R$ 330

milhões, a cidade poderá fazer muito

mais e melhorar a qualidade de vida da

população. Vamos ficar de olho em todas

as obras.

REVISTAINTERBUSS Expediente

• Ministério das Cidades / [email protected] A presidenta Dilma Rousseff e o ministro Aguinaldo Ribeiro anunciaram na terça-feira (24), em Brasília (DF), os projetos contemplados no PAC Mobilidade Grandes Cidades. Serão contemplados novos projetos de metrô, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e corredores de ônibus que irão beneficiar os moradores de cidades com população acima de 700 mil habitantes. Do total de R$ 32 bil-hões investidos, já foram anunciados em out-ras oportunidades recursos para os metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Sal-vador, Fortaleza e a melhoria dos sistemas de transporte público de Recife e Rio de Janeiro. A lista de obras por estados e municípios en-contra-se disponível no site do Ministério das Cidades. Estão previstas a construção de mais de 600 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, mais de 380 estações e terminais, 200 quilômetros de linhas de metrô, além da aquisição de mais de mil veículos sobre trilhos. Ao todo, serão 51 municípios ben-eficiados diretamente. Essas obras de in-fraestrutura vão qualificar, ampliar e elevar a capacidade dos sistemas de transporte co-letivo nas grandes cidades brasileiras, em 18 estados, beneficiando mais de 53 milhões de brasileiros. Dos R$ 32 bilhões que serão in-vestidos, R$ 22 bilhões são recursos do gov-erno federal. Os estados e municípios proponen-tes terão prazo de 18 meses para entrega dos projetos finalizados, a partir da publicação da seleção das propostas no Diário Oficial da União. Na lista abaixo, os projetos sele-cionados com o valor de investimento total, incluindo Orçamento Geral da União (OGU), financiamentos e contrapartidas:

PAC Grandes Cidades Lançado em 2011, o PAC Mobili-

Divulgação

Novas Obras

dade Grandes Cidades foi criado para enfren-tar um dos mais graves problemas do país: a mobilidade urbana. Os recursos são destina-dos a municípios com população superior a 700 mil habitantes, atingindo 39% da popula-ção do país. A diretriz do programa é a prioriza-ção do transporte de média e alta capacidade com qualidade e que traga mais conforto para a população, por meio do aporte significativo de recursos em infraestrutura de metrôs e de-mais modais de transporte público coletivo. O processo de seleção, regido pela Portaria nº 65 do Ministério das Cidades, é constituído pela etapa de inscrição de cartas-consultas, pela etapa de análise das propostas subsidiadas por reuniões técnicas envolvendo o governo federal e os proponentes. Foram cadastradas propostas para novos corredores de ônibus, metrôs, VLTs e ampliação/melhoria dos sistemas exis-tentes. Após processo de diálogo entre os Municípios, Governos de Estados e Governo Federal, buscou-se apoiar soluções de mobi-lidade urbana baseadas no planejamento inte-grado de transportes e que trouxesse sempre benefícios à população e aos usuários do ser-viço.

Seleção

O Ministério da Cidades divulgou na quarta-feira (25) o resultado da seleção de propostas a serem apoiadas com recursos do PAC Mobilidade Urbana Grandes Cidades. Ao todo, a portaria publicada no “Diário Ofi-cial da União” da última quarta inclui 22 mu-nicípios. De acordo com a assessoria do Ministério das Cidades, o “Diário Oficial” divulgou apenas 22 municípios porque são esses que receberão maior parte das obras devido à ‘abrangência de região metropoli-tana’ dos 22. As obras passarão pelos 51 mu-nicípios. De acordo com a portaria, os ben-eficiados terão prazo de até 18 meses para a entrega dos projetos finalizados. Se não atenderem ao prazo, serão excluídos do pro-grama. Segundo o documento, os mu-nicípios integrantes do grupo 1 são: Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. No grupo 2 estão Manaus, Goiânia, São Luis, Belém, Campinas (SP) e Guarulhos (SP). No grupo 3 estão Maceió, Campo Grande, João Pessoa, Teresina, Nova Iguaçu, Natal e São Bernardo do Campo (SP).

ASSINATURA • Ministro das Cidades assina liberação de verbas observado pela presidente

A S E M A N A R E V I S T ADE 23 A 29 DE ABRIL DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 07

A partir da publicação no Diário Oficial da União, as cidades contempladas com a verba terão 18 meses para apresentar os projetos

PAC 2 da Mobilidade libera R$ 32 bi para 51 cidades

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

MAIS ÔNIBUS • Limeirense melhorou o atendimento e apresentará novos ônibus

Limeirense e Sudeste ampliam frota e melhoram atendimento

Limeira

• Portal [email protected] A Secretaria dos Transportes de Li-meira e as empresas responsáveis pelo trans-porte coletivo no município apresentaram, na última quinta-feira, 26 de abril, mais sete veículos que serão utilizados no transporte coletivo. A empresa Rápido Sudeste colocou dois veículos na linha 8C, que faz o percurso dos bairros Santina/Parque Hipólito, e a Via-ção Limeirense disponibilizou dois ônibus para a linha 02, Belinha Ometto/Olga Ve-roni, e três veículos para a linha 12, que faz o percurso Nossa Senhora das Dores/Santa Eulália. Estas linhas estão sendo as primei-ras beneficiadas devido à grande demanda de usuários. Segundo dados das empresas, a linha 8C comporta cerca de 6.700 usuários por dia; a linha 02, 7.024 usuários por dia; e a linha 12, 7.437 usuários por dia. Está prevista a apresentação de mais 13 veículos, no dia 5 de maio, para a amplia-ção da frota, totalizando mais 20 veículos. “Com os novos ônibus, a população vai per-ceber a redução no tempo de espera nos pon-tos de ônibus”, explicou o secretário da pasta, Rodrigo Oliveira. “Os novos veículos, com elevadores e ano de fabricação 2008, estão substituindo os ônibus que tinham mais de 10 anos de uso. E a partir desta sexta-feira, 27 de abril, estes novos veículos iniciarão os trabalhos, melho-rando o atendimento para o usuário do trans-porte coletivo”, destacou o secretário. Oliveira informou ainda que com o aumento da frota, haverá uma nova avalia-ção do transporte coletivo: “com a reestru-

Divulgação

• R7 [email protected] O TCDF (Tribunal de Contas do Distrito Federal) informou que a decisão de manter suspenso o edital de concorrên-cia com o objetivo de selecionar conces-sionárias para manter e operar os 900 novos ônibus do transporte público, ocorreu após a análise técnica e das representações protoc-oladas no Tribunal por empresas e entidades

Licitação do DF segue suspensaNovas Empresas

turação, iremos analisar essas mudanças no transporte coletivo em benefício à população de Limeira”. A Secretaria dos Transportes e as empresas Rápido Sudeste e Viação Limei-rense disponibilizarão fiscais no Terminal Urbano e nos pontos finais dos ônibus para observar se as linhas estarão cumprindo com os horários. A população receberá a partir de amanhã também, um informativo contendo os novos horários das linhas beneficiadas, que estará disponível no Terminal Urbano e também fixado no interior dos ônibus. Até outubro deste ano, a empresa Viação Limeirense entregará mais 10 veícu-los e a Rápido Sudeste, 5 veículos, todos zero quilometro. O documento de aquisição destes

novos ônibus já foi apresentado pelas empre-sas à Prefeitura.

Reajuste A respeito de reajuste no preço da tarifa de ônibus, o secretário Rodrigo Oliveira informou que, por determinação do prefeito Orlando Zovico, as tarifas não serão reajusta-das no momento. De acordo com Oliveira, o último reajuste na tarifa ocorreu em 13 de abril de 2011. “Até o momento as empresas não en-traram com pedido de reajuste, porém o pre-feito Orlando Zovico disse que não haverá reajuste na tarifa de ônibus enquanto não houver transporte público que atenda bem à população”, informou Oliveira.

de transporte coletivo. O edital foi lançado pela Secre-taria de Transportes do Distrito Federal para renovação da frota de ônibus do transporte coletivo do DF. Um dos problemas apontados pela análise era a falta de detalhamento dos veículos a serem utilizados na EPTG (Es-trada Parque Taguatinga), que necessita de ônibus que possuam portas do lado esquerdo

ou em ambos os lados. Diante da apuração, o Tribunal de Contas do Distrito Federal decidiu determi-nar à Secretaria de Transportes algumas cor-reções no edital. Entre elas, incluir a apresentação da especificação técnica dos veículos e a definição dos itens de acessibilidade, ambas de acordo com as características operacio-nais de cada via do Distrito Federal.

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 09

Metrô de SP deve ganhar linhas expressas ligando as estações

Para Desafogar

A cidade de São Paulo deve ter linhas expressas de ônibus entre estações de Metrô e trem para aliviar a lotação nos trechos mais críticos. O projeto foi anunciado na terça-fei-ra (24) pelo novo presidente do Metrô, Peter Walker, e está sendo estudado por técnicos de quatro empresas de transporte: Metrô, SP-Trans, Companhia Paulista de Trens Metro-politanos (CPTM) e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). A ideia é que os ônibus expressos só façam paradas entre o ponto de embarque e o de destino. Um dos exemplos dados pelo gov-erno de São Paulo é uma rota direta entre as estações Vila Matilde e Sé, da Linha 3-Ver-melha do Metrô. A linha é campeã em lotação no Metrô, com 1,4 milhão de passageiros por dia. Passageiros já formam filas do lado de fora de estações nos horários mais críticos, segundo reportagem do site G1 publicada no início de de abril. Outra linha expressa de ônibus deve ligar as estações da CPTM de Santo Amaro, na Zona Sul, e Pinheiros, na Zona Oeste. A ideia é que a rota alivie o número de passage-iros na Linha 9-Esmeralda. No caso da Linha 7-Rubi, também da CPTM, ônibus expressos devem ser colo-cados no trecho entre a cidade de Caieiras e o bairro da Lapa, na Zona Oeste de São Paulo. O projeto está em andamento a pedido da Secretaria dos Transportes Met-ropolitanos. Ele deve ser apresentado ao Conselho Diretor de Transporte Integrado quando estiver pronto. A SPTrans afirma que aguarda um estudo do Metrô com os pontos mais críticos do trajeto da Linha 3-

• G1 SP [email protected]

Vermelha para dar continuidade ao projeto, chamado de “reforço de ônibus” pela em-presa.

Alívio Na terça-feira (24), o novo presi-dente do Metrô, Peter Walker, deu entrev-ista na qual relatou que o sistema de linhas expressas de ônibus deve permitir aliviar a demanda de passageiros no sistema metro-viário. Walker diz que o aumento na de-manda contribui para as falhas ocorridas nas linhas – apenas em 2012, foram 67 problemas, segundo balanço da TV Globo. Na terça, a cir-culação na Linha 3-Vermelha foi interrompida após outra falha de tração em trem.

“De imediato nós temos um trabal-ho junto com a Prefeitura, criando um siste-ma de linhas expressas de ônibus para que as pessoas diminuam um pouquinho o carre-gamento no sistema de Metrô e da CPTM”, disse o novo presidente do Metrô. O site G1 mostrou que número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu 40% em cinco anos. A quantidade representa quase 1 milhão a mais de pessoas por dia nas estações. No período, a companhia diz ter aumentado o número de trens, inaugurado novas estações e reduzido o intervalo entre composições. Entretanto, entre 2010 e 2011, balanços oficiais da companhia indicam que o investimento em novas estruturas e na rede atual diminuiu.

Divulgação

METRÔ • Linhas de ônibus deverão aliviar a superlotação sobretudo nas horas de pico

• G1 SP [email protected] A principal reclamação de quem usa ônibus em São Paulo é o intervalo excessivo entre os veículos, gerando atrasos – são 30% das queixas. A pedido do Radar SP, a SP Trans-porte fez um levantamento das linhas que mais registraram esse tipo de reclamação em 2011. O campeão é o ônibus 278A/10 – Penha/Ceasa, com 320 queixas. Confira as 10 linhas com mais reclamações dos passageiros:1 - 278A/10 – Penha/Ceasa (320 reclamações)

As 10 linhas que mais atrasam em SPUrbanas

2 - 7004/10 - Jardim Jacira/Estação Santo Ama-ro/Terminal Guido Caloi (293 reclamações)3 - 748R/10 – Jardim João XVIII/Metrô Barra funda (285 reclamações)4 - 502J/10 – Estação Autódromo/Metrô Santa Cruz (272 reclamações)5 - 374T/10 – Cidade Tiradentes/Metrô Ver-gueiro (269 reclamações)6 - 4208/10 – Parque Savoy City/Metrô Vila Pru-dente (252 reclamações)7 - 477P/10 – Ipiranga/Rio Pequeno (245 rec-lamações)

8 - 213C/10 – Itaim Paulista/Vila Califórnia (238 reclamações)9 - 2296/10 – Jardim Marília/Terminal Parque Dom Pedro II (234 reclamações)10 - 311C/10 - Parque São Lucas/Bom Retiro (228 reclamações) Segundo a SPTrans, a empresa respon-sável pela linha campeã de queixas foi “multada e notificada a prestar esclarecimentos sobre as providências tomadas. Os responsáveis pela linha se comprometeram a resolver o problema. A fiscalização da linha foi intensificada.”

• Só Notícias [email protected]

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T ADepois de TAC

Empresas do MT passam a exigir documento de menores em viagens A viagem de crianças e adolescentes ficou mais segura desde a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) en-tre as empresas de transporte e o Poder Judi-ciário Estadual, no início do mês. Antes nem todas as empresas de ônibus intermunicipais e interestaduais respeitavam a lei e exigiam a apresentação do documento de identificação de todos os menores de 18 anos que desem-barcavam ou embarcavam na Rodoviária de Cuiabá. No entanto, desde a assinatura do TAC, as empresas passaram a ficar mais rígi-das e criteriosas nas vendas das passagens e ao permitir o embarque desse público. O supervisor da rodoviária, Reginaldo Egídio Rosa, avisa: “Sem a documentação necessária não embarca”. Diante disso, o número de en-caminhamentos ao posto do Juizado da Cri-ança e Adolescente no terminal rodoviário aumentou, já que há muitas pessoas desavisa-das quanto às exigências. O gestor da secretaria administra-tiva do Juizado, Wagner de Alencar Ferreira, explica que chegando ao posto do Juizado a pessoa sem a documentação é encaminhada à Primeira Vara Especializada da Infância e Ju-ventude do Fórum Desembargador José Vidal em Cuiabá, onde a juíza Gleide Bispo Santos avalia caso a caso e decide se autoriza a via-

EXIGÊNCIA • Agora, empresas estão exigindo documentação adicional de menores

gem ou não. “Hoje mesmo foi encaminhada uma adolescente de 15 anos que queria em-barcar somente com cópia dos documentos, sem autenticação”, contou. Wagner Ferreira orienta que cri-anças menores de 12 anos só podem viajar sozinhas se tiverem autorização judicial. Quando estiverem acompanhadas do pai ou da mãe ou avós, é necessária apenas a apre-sentação de documentos originais ou cópia autenticada. Quando acompanhadas de pes-soa que não seja parente até 3º grau, como um primo, devem portar a autorização do pai, mãe ou responsável legal, com cópia da iden-tidade de quem autorizou e firma registrada

Luciano Roncolato

Em Obra de Presídio

Sem fretado, trabalhadores páram O motivo é novo, mas a situação se repete há meses: os funcionários que trabal-ham nas obras do presídio feminino de Vo-torantim (SP) estão novamente parados. Desta vez, eles alegam que os ônibus fretados que costumavam pegar para chegar ao local das obras não estão mais passando. “Faz uma semana que ninguém vai trabalhar porque não pagam a empresa de transporte. Só vai o pessoal do escritório, que tem carro”, afirma o pedreiro Nivaldo dos San-tos. Segundo ele, normalmente, há um ônibus para cada setor que passa por diversas cidades da região para pegar os trabalhadores e levá-los até a construção. No dia 9 de abril, os mesmos fun-

• G1 Sorocaba e Jundiaí [email protected]

cionários já haviam parado de trabalhar por duas razões: o atraso no pagamento, que já havia sido motivo para outras greves, e a falta de materiais de construção. Na ocasião, os tra-balhadores chegaram a afirmar que não havia sequer cimento para dar continuidade às obras. O presídio começou a ser construído em março do ano passado e está orçado em R$ 50 milhões. A previsão inicial de entrega das obras era em outubro de 2011; agora, a ideia é que o complexo fique pronto no próximo se-mestre. A unidade terá 768 vagas e deve ser a solução para o problema de superlotação da cadeia feminina da cidade, que tem capacidade para apenas 48 presas, mas abriga, atualmente, 119 mulheres. A Secretaria de Administração Peni-

tenciária se pronunciou às 17h20 desta quinta-feira (26) e informou que a greve é de respon-sabilidade da empresa terceirizada contratada para a execução do serviço. Confira a nota na íntegra: “A Secretaria de Administração Peni-tenciária (SAP) informa que a paralisação das obras da penitenciária feminina de Votoran-tim é de responsabilidade exclusiva da em-presa contratada e que serão adotadas todas as providências legais pertinentes, previstas em contrato. Em reunião ontem, 25/04, a empresa solicitou prazo à SAP para retomada das ob-ras. Salientamos que a SAP encontra-se em dia com os pagamentos junto à empresa.” Já os representantes da construtora não foram encontrados para comentar o as-sunto.

em cartório. Com 12 anos ou mais, a criança pode viajar sozinha, apenas portando docu-mento original. Claúdia Fadeli, que trouxe de Juara o neto Eduardo, de 13 anos, para uma consulta médica na Capital, aprovou o maior rigor nas fiscalizações. “É muito bom, porque dá mais segurança e tranqüilidade”, avaliou. A apo-sentada Elza da Purificação Ferreira Bispo também gostou da novidade. “Eu não confio em deixar uma neta ou sobrinho, que estão sob a minha responsabilidade, viajarem soz-inhos, é perigoso, temos que proteger sempre, porque a gente vai sofrer se acontecer alguma coisa”, observou.

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 11

Novidade

Viação Arujá coloca micro-ônibus em circulação cobrando tarifa reduzida Desde quarta-feira, 25 de abril, o veículo da Viação Arujá que atende a linha 15, entre o Terminal Rodoviário de Arujá e o Parque Rodrigo Barreto, foi substituído por dois novos micro-ônibus. A medida vai trazer mais agilidade, comodidade e, principalmente, a diminuição do intervalo entre as viagens. O ônibus ano 2008 que atendia a linha 15 foi substituído por dois ônibus novos deste ano, marca e modelo Marcopolo/Volare DW9. Os dois são equipados com motores Mercedes Benz e oferecem conforto e rapi-dez graças à tecnologia aplicada por meio do turbo alimentador e intercooler, que propiciam maior potência ao veículo. Os novos veículos, que serão abas-tecidos com Biodiesel (menos poluente que a gasolina), também possuem todas as condições de acessibilidade. Eles têm plata-formas elevatórias, balaustres na cor amarelo para os deficientes de baixa visão e poltronas devidamente identificadas e reservadas para pessoas idosas, gestantes, obesos e portadores de deficiência.

Mais barato O benefício para os usuários é ainda

• Jornal da Cidade de Arujá[email protected]

MICROS • Novos veículos começaram a circular na semana passada e são mais baratosmaior, de acordo com o gerente de operações da empresa, Júlio Pancorvo Veiga. Os novos carros estreiam com uma promoção no preço da passagem, que será de apenas R$ 2,00. Isso quer dizer que a tarifa comum, que era de R$ 2,50, será reduzida. Já a passagem escolar custará R$ 1,00.

Outra novidade é a integração, na ida, com as demais linhas municipais. O cus-to, neste caso, será apenas o da diferença da passagem comum: R$ 0,80 inteira e R$ 0,40 estudante. Caso seja utilizado o sistema de in-tegração na volta, a tarifa cobrada será apenas a do primeiro veículo.

Reprodução

• VNews [email protected] Passou a funcionar na quinta-feira (27) uma nova linha expressa de ônibus em Jacareí. A linha irá - sem pontos de parada - do centro, no ponto da Rui Barbosa, até a nova rodoviária. Essa nova linha vem para solucionar um problema que os usuários do transporte pú-blico da cidade enfrentam desde a inauguração da nova rodoviária, em novembro do ano pas-sado, que ficou muito distante da região central, fazendo com que a população tivesse que pegar dois ônibus para cumprir o trajeto, além de pagar o valor pelas duas viagens. Quem mora no bairro Cidade Salva-dor, por exemplo, gastava uma passagem até o Centro e outra até a nova rodoviária. Com as duas tarifas, o morador pagava R$5,60 na ida e o mesmo valor na volta. Com a criação dessa linha expressa, os usuários do transporte coletivo poderão pagar apenas uma passagem para fazer o trajeto entre bairro, centro e rodoviária. E o mesmo vale para

Jacareí tem nova linha para a RodoviáriaLinha Expressa

o sentido oposto. Bom para dona Maria Ozelita, que sempre vai à capital fazer tratamento médi-co. Agora, a para chegar à rodoviária, ela gastará apenas R$ 2,80. “Ficou mais fácil, achei bom.” O trajeto é feito em 15 minutos. O único ponto de embarque e desembarque no centro fica na Avenida Rui Barbosa. O passageiro que for utilizar dois ônibus, tem 30 minutos para migrar de um veículo para o outro. É importante ressal-tar que ao utilizar a linha expressa o pagamento da tarifa deve ser feito com bilhete eletrônico. “Esse ônibus não tem cobrador e não recebe dinheiro. Ele só tem uma catraca ele-trônica que, ao passar o bilhete, o valor será debitado, se ele não pagou nenhuma passagem, ou então será desconsiderado, se ele já pagou a passagem anteriormente”, explica o secretário de infraestrutura, Dalton Ferracioli.

Onde adquirir o bilhete eletrônico? Para ter acesso ao bilhete eletrônico, basta levar um documento de identidade (RG) e

CPF, preencher um cadastro e adiantar o paga-mento mínimo de cinco tarifas para carregar o cartão. O Cartão SuperPasse Múltiplo fica pronto em até cinco dias úteis, de acordo com a JTU. Os locais, horários de atendimento e carregamento do Cartão Múltiplo são: - JTU - Avenida Getúlio Vargas, 3.450, Jardim Luiza - de segunda a quinta-feira, das 7h30 às 11h30, e das 12h30 às 16h30 - Rodoviária de Jacareí -- Avenida En-genheiro Davi Monteiro Lino, 585, Parque dos Sinos - Box 7 - de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 20h, e sábado das 7h30 às 17h - Guichê no centro - Rua Floriano Peix-oto, s/nº - de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 20h, e sábado das 7h30 às 17h - Ponto de Conexão - Rua Antônio de Oliveira Filho, bairro Nova Jacareí - de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e das 13h às 17h, e sábados das 8h às 12h Os horários de saída da nova linha você confere no site da prefeitura de Jacareí.

• O Dia Online [email protected]

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T APrecariedade

Ônibus do Vasco em mau estado Sem cinto de segurança e com pé embaixo: o ônibus do Vasco da Gama que levava diariamente adolescentes da catego-ria sub-15 de São Januário para o Centro de Treinamento, em Itaguaí, acumula 50 multas por excesso de velocidade e uma por avanço de sinal. Dessas, 25 foram registradas en-tre janeiro e maio de 2011. Nenhuma foi paga. Quarta-feira, a 1ª Vara da Infância e da Juventude proibiu o uso do veículo, in-terditou o CT de Itaguaí e o refeitório de São Januário. O ônibus é de 1988 e acumula R$ 4.448 de dívidas com o Detran-RJ, desde 2006. “Transitar em alta velocidade, com um ônibus naquelas condições precárias é um absurdo que coloca em risco a vida dos ado-lescentes”, afirmou a promotora da Infância e da Juventude Clisânger Ferreira Gonçalves Luzes. Só entre 2 e 6 de maio, foram quatro dias de multa: há dias em que o veículo foi multado duas vezes na mesma via. Segundo a ação civil pública movida pela 12ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Capital o estado do veículo é “aterrador”. Ordem judicial determina que o clube melhore o alojamento para 60 atletas adolescentes em São Januário. “Braços de apoio (...) já não apre-sentavam proteção, deixando perigosamente

INSEGURANÇA • Ônibus que transporta jovens está em estado precário e cheio de multas

Divulgação

• Diário do Grande ABC [email protected]

Projeto

Prefeitura de S. Caetano estuda criar duas faixas exclusivas para ônibus A Prefeitura de São Caetano estuda criar duas faixas exclusivas para ônibus, nas avenidas Goiás e Guido Aliberti. O objetivo é organizar o trânsito nas duas avenidas mais movimentadas da cidade e garantir mais flu-idez para o transporte público. A administ-ração avalia também a construção de duas estações de conexão nas divisas com São Bernardo e Santo André para reestruturar o itinerário das linhas intermunicipais. As propostas dependem de análise da EMTU (Empresa Metropolitana de Trans-portes Urbanos) e da conclusão do Plano Regional de Mobilidade, que está em fase de licitação no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Segundo a diretora de Trans-portes de São Caetano, Cristina Baddini, a Prefeitura aguarda há um mês e meio o

agendamento de reunião com a EMTU para apresentar os projetos. Baddini explica que as mudanças fazem parte de plano para otimizar o trans-porte na cidade e diminuir a sobreposição das linhas intermunicipais e municipais. “Temos só nove linhas municipais, mas 42 linhas met-ropolitanas cruzam o município”, informa a diretora. Segundo ela, 30% das viagens são para outras cidades, ou seja, não têm como destino São Caetano. De acordo com a proposta, as esta-ções de conexão seriam transformadas em pontos finais para as linhas intermunicipais com destino a São Caetano. Lá, os usuários fariam conexão gratuita com ônibus munici-pais, que seguiriam rumo ao terminal rodo-ferroviário, no Centro. A ideia é construir os mini-terminais no fim da Avenida Goiás e nas

proximidades da Praça Mauá. A partir desses pontos, as faixas exclusivas agilizariam o traslado até o Centro. As mudanças nas linhas intermunic-ipais que utilizam São Caetano apenas como passagem só poderão ser definidas após a conclusão do Plano de Mobilidade. Após a assinatura do contrato, o conjunto de estudos, orçado em R$ 1 milhão, irá demorar seis me-ses para ser elaborado.

TRENS A partir de junho, passageiros do município terão desconto - o valor ainda não foi definido - ao fazer baldeação dos ônibus para os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), no Centro. A Câ-mara Municipal aprovou em março projeto que autoriza a integração tarifária.

exposta a estrutura de ferro interna”, de-screveram na ação.Os jovens passavam três horas no ônibus, onde a “sensação térmica era elevadíssima”, relata a promotora. Procu-rado, o Vasco não se manifestou.

A precariedade no clube, segundo os promotores, pode ter contribuído para a morte de Wendel Júnior Venâncio Silva, 14, em fevereiro. Ele passou mal no CT de Itaguaí, onde não havia médico.

• Jornal Floripa [email protected]

São Paulo

Ineficientes, corredores travam trânsito e atrasam viagens Um corredor livre é o sonho de todo passageiro de ônibus. Em São Paulo, nos horários de pico, a realidade é outra. Às 6h30 da manhã, em um corredor da Zona Sul, o semáforo estava aberto, mas havia uma fila de ônibus parados. Por dia, mais de três milhões de pas-sageiros circulam nos 120 quilômetros de cor-redores da cidade. Desde março, um sistema que pode ser consultado em computadores e celulares informa a hora em que cada ônibus vai passar. Mas o desenho dos corredores im-põe limites ao aumento da velocidade. Na maioria das paradas, o corredor tem apenas uma faixa. Muitas vezes, o ônibus que está atrás já está pronto para sair, mas não consegue porque não pode ultrapassar. É assim na ida ao trabalho e na volta para casa. “Ele não para porque ele passa lota-do”, diz um homem. Com uma faixa exclusiva, era de se esperar que os ônibus rodassem mais rapidam-ente, mas em muitos trechos isso não acontece. Táxi com passageiro pode circular, mas táxis vazios e outros veículos desrespei-tam as regras para escapar do trânsito. “Aí fica difícil para todo mundo”, diz um motorista de ônibus. Com reformas e melhora na sinal-ização, a velocidade média aumentou de 19,5 km/h para 21 km/k no último ano. O engen-heiro de transportes Jaime Waisman, da USP,

diz que o ideal é chegar a 25 km/h. “É pouco corredor para muito ônibus. Aí o tempo de embarque aumenta, o tempo de parada do ônibus aumenta”, explica o espe-cialista. Nos últimos cinco anos, foram con-struídos três quilômetros e meio de corredores. A prefeitura promete licitar outros 68 quilô-metros, a maioria com pontos de ultrapassa-

gem, que só devem ficar prontos a partir de 2013. E diz que não avançou mais por causa da resistência de quem tem carro. “Você passa por algumas resistências da comunidade, de grupos. A própria necessi-dade e convicção da população de que o trans-porte público é a condição fundamental para que a cidade sobreviva”, diz o superintendente da SPTrans, Celso Lopes.

CORREDORES • Todos os dias, atravessar um deles é um verdadeiro martírio

R7

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 13

Natal/RN

Tarifa de ônibus no feriado será de R$ 1,10• Tribuna do Norte [email protected] A Prefeitura do Natal, através da Sec-retaria Municipal de Mobilidade Urbana, garante mais uma vez a aplicação da tarifa social no Sistema de Transporte Público de Passageiros, no feriado do Dia do Trabalho, em 1º de maio. Com a medida, o valor da passagem nos ônibus e opcionais urbanos cairá de R$ 2,20 para R$ 1,10. É a tarifa social incentivando o uso do transporte público e gerando economia para os usuários.

Curitiba

Acidente entre carro e ônibus Ligeirinho deixa um ferido • Bem Paraná [email protected] Um ligeirinho e um Corsa prata se envolveram num acidente por volta das 20h30 de quinta-feira (26), na Avenida Presidente Affonso Camargo, com a Prefeito Mauricio Fruet, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. Segundo testemunhas, o motor-ista do carro, Willian Ribeiro, de 20 anos, único ferido no acidente, teria furado o sinal causando a colisão. A parte frontal do Corsa ficou destruída. Willian teve ferimentos no corpo e foi encaminhado ao Hospital Cajuru pelo

Siate, sem risco de morte. Felipe Amaral morador da região relatou a reportagem que o número de acidentes no cruzamento é alto. “É a quarta vez que vejo uma colisão nesta esquina. Já vi coisa bem grave”, disse. Com sinaleiro no cruzamento, o tenente Sinque do Corpo de Bombeiros, aponta que a imprudência do motorista é a maior causa das colisões. “As pessoas têm que entender que não acontece só com os outros, que pode acontecer com elas. Pre-cisam ser mais prudentes”, concluiu. O caso será investigado pela Delegacia de Delitos de Trânsito.

REVISTAINTERBUSSE M E R S O N H E N R I Q U E S I L V É R I OJ U N D I A Í / S P • V I A Ç Ã O C O M E T A

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS16

AutoSueco lidera venda de ônibus e caminhões Euro V Durante o primeiro trimestre do ano, a Auto Sueco São Paulo respondeu por 25% das vendas de caminhões e ônibus Euro V da Volvo no período. “Apesar de o mercado em geral apresentar uma atividade baixa, es-gotamos rapidamente nosso estoque de Euro III e já tivemos um considerável volume de vendas de Euro V”, destaca Mário Oliveira, diretor-superintendente da Auto Sueco São Paulo. No período, a empresa comercial-izou cerca de 100 dos cerca de 400 camin-hões Euro V comercializados pela Volvo nos três primeiros meses do ano. O mercado em geral absorveu cerca de 1.000 caminhões com a nova motorização. “A qualidade dos caminhões da Vol-vo, com maior desempenho e durabilidade, aliada à nossa estratégia foram responsáveis pelo início de ano positivo em nossas con-cessionárias. Os grandes empresários estão aderindo melhor à ideia de usar caminhões

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Divulgação

com selo verde e a transição do Euro3 para o Euro5 tem sido gradual”, acrescenta Fer-

nando Ferreira, diretor comercial de vendas e pós-vendas.

Marcopolo vai encarroçar 486 ônibus e micro-ônibus para o Transantiago Semana passada informamos a venda dos chassis Scania para a Transantiago. Esses modelos foram encarroçados pela Marcopolo. Mas no total dos 486 modelos há Volvo e Mer-cedes-Benz, sendo 310 unidades encarroçadas com Gran Viale e 176 do micro Senior. Os veículos vão atuar no transporte de passageiros pelo sistema BRT, operados pela SU-BUS e Alsacia/Express, a mesma empresa responsável pela Transantiago, que integra as linhas de ôni-bus e metrô de Santiago, capital do Chile. A venda procura consolidar a presen-ça da Marcopolo como maior fornecedora de ônibus para o sistema Transantiago. “Desde o início de implantação do sistema, a Marcopolo forneceu cerca de 2 000 ônibus, sendo grande parte do modelo articulado, utilizado nos corre-dores centrais”, conta Rodrigo Pikussa, gerente de exportação da Marcopolo.

Transporte Mundial

• Do Site da Transporte [email protected]

Dos 310 ônibus Gran Viale, 231 uni-dades são chassi Scania K230, conforme infor-mamos. Os modelos possuem nova motoriza-ção para atender as normas do Euro 5. Também são equipados com transmissão automática e piso baixo. Contudo, as demais 79 unidades terão chassi Volvo B290R Low Entry (entrada

baixa), transmissão automática e capacidade para 101 passageiros, sendo 24 sentados e 77 em pé. Também contará com espaço reservado a cadeirantes e acesso por rampa. Já os micro-ônibus Senior possuem chassi Mercedes-Benz L915, com transmissão automática e capacid-ade para 53 passageiros, 20 sentados e 33 em pé.

EXECUTIVO • Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America

• Do Site da Transpo [email protected]

• Do Site da Transpo [email protected]

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 17

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Iveco apresenta caminhão a gás A italiana Iveco apresentou nesta se-mana em Amsterdã, na Holanda, o novo mod-elo Stralis LNG, movido 100% a Gás Natural Liquefeito. E quem imaginou que o maior atributo do modelo fosse redução de emissão de poluentes, se enganou. Como o motor Cursor de 330 cv de potência produz até seis decibéis a menos de ruído, o produto está sendo aplicado nas entregas de curta distância realizadas no período noturno. O modelo já está disponível para venda em todo o continente europeu. Na configuração de cavalo mecânico de dois eixos com semi-reboque, o modelo em questão usa caixa de velocidades manual, Intarder e EBS. Outra vantagem considerável, além da redução de emissões, é a maior eco-nomia para as empresas operadoras. A opção pelo sistema LNG permite redução no peso bruto total do veículo, o que leva a um aumento na capacidade de carga, que fica entre 18 e 40 toneladas. A autonomia de rodagem do modelo é de até 750 km. Desenvolvimento – A Iveco vem dan-do atenção para essa tecnologia com propulsão a gás natural desde 1995. Hoje, a empresa ofe-rece uma gama completa de produtos movidos a metano e já possui 11.000 unidades em cir-culação, tanto pelo setor público como por em-presas privadas. O abastecimento é feito com metano em gás, acondicionado em tanques de aço a uma pressão de 200 bares. Nos veículos, o gás natural liquefeito é armazenado (em forma líquida) a -125° C em tanques criogênicos. Os principais clientes para os

Transpo Online

Divulgação

caminhões LNG na Europa são as empresas que atuam nos setores de alimentos, de bebi-das e transporte de combustível, bem como os operadores logísticos especializados em en-tregas noturnas, que precisam seguir as “leis

de silêncio” dos grandes centros urbanos. Em média, a diminuição de ruído nos Stralis movidos a gás natural é de 3 a 6 decibéis na comparação com um modelo convencional que roda com diesel.

Navistar distribuirá caminhões da JACTranspo Online

Os caminhões da montadora chinesa JAC (Anhui Jianghuai Automobile) serão co-mercializados no Brasil, não via a operação de carros liderada pelo empresário Sérgio Habib, mas via Navistar International Corporation. Dessa forma, a rede de concessionárias da In-ternational deverá negociar também os modelos leves e médios de caminhões JAC. “Na China, já temos uma parceria com a JAC para produção de motores diesel MaxxForce. Este novo acordo ex-pande a cooperação entre nossas empresas, per-mitindo novas oportunidades de negócio para a rede de concessionárias International Caminhões no Brasil”, destaca Waldey Sanchez, presidente e CEO da Navistar South America.

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS18

D E U N A I M P R E N S A

GEFCO investe no transporte férreoTranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected] Para melhorar sua operação logística na Europa, a Gefco desenvolveu um sistema próprio de gerenciamento ferroviário. Desde o dia 11 de dezembro de 2011, a empresa tem utilizado três operadores ferroviários para o transporte de 25% dos automóveis do grupo PSA Peugeot Citroën para destinos na França e no resto do continente. Há dois anos, a Gefco abriu uma concorrência para escolher os operadores ferroviários. Os critérios incluíam cobe-rtura econômicas e regionais, de modo a agrupar os serviços pelo operador para cada região geográfica. Dessa forma, as regiões central e leste da França, ficaram com a Euro Cargo Rail, uma subsidiária da DB Schenker Rail; o sul, com Europorte França, da Eurotunnel; e o norte e oeste do país, com a Colas Rail, do grupo Bouygues. “A GEFCO passou de cliente para integrador e gerente de todos os fluxos de transporte ferroviário”, revela Philippe Robert, gerente de operações de transporte automotivo da GEFCO Logística.

O novo sistema permite o trans-porte de 500.000 veículos anualmente, sen-do 150 trens por semana. O objetivo é op-eracionalizar 250 trens por semana. Para o serviço, a empresa desenvolveu o software “GERI” (GEFCO Rail Interface) para ger-enciar este projeto a partir de documentos de carga, que monitoram a composição dos

trens e o rastreamento dos vagões. “Nosso objetivo é reduzir signifi-cativamente o tempo de transporte, man-tendo os custos e ter uma imagem clara de quaisquer eventos imprevistos durante o transporte”, explica Antoine Redier, diretor de Transporte Automotivo e Logística da GEFCO.

• Do Site da Transpo [email protected]

Volvo apresenta FH no Ocean RaceTranspo Online

Na manhã deste domingo (22.04), os velejadores que participam da Volvo Ocean Race, a maior competição do gênero do mundo, deixaram o Brasil rumo a Miami para cumprir mais uma etapa em volta do planeta. Mas de-ixam uma lembrança. A montadora aproveitou a oportunidade, e seu envolvimento como patroci-nadora da competição oceânica, para lançar uma série especial de 100 unidades do seu modelo top de linha, o FH. Além da cabine Globetrotter, o caminhão ganhou pintura exclusiva, pacotes es-peciais de acabamento e de segurança e com mo-tor nas opções de 460cv e 540cv. O objetivo da montadora foi asso-ciar os valores da regata, como superação de limites, aos produtos da marca. “Desafios são temas diários na vida dos velejadores e também estão presentes no dia-a-dia da Volvo”,afirma Roger Alm, presidente da Volvo Latin America. “Fizemos esta série especial do FH para celebrar estes valores”. Ao lado da inscrição da potência do motor, está o emblema da Volvo Ocean Race. O nome da competição também está estampado no letreiro superior da cabine. Não é apenas a pintura na cor Azul Me-tálico Ocean Race que diferencia essa serie espe-

cial dos demais veículos da linha FH. O banco do motorista, por exemplo, é elétrico, com memória para três posições, e ajustes de distância e altura. Também tem aquecimento e ventilação, e ajustes pneumático lateral e lombar. Outro detalhe que remete à regata é o prendedor de cortina, fabri-cado em corda náutica. Tecnologia e segurança - Os veículos da serie especial Volvo Ocean Race têm suspen-são pneumática, rodas de alumínio, freio motor VEB500, faróis de xenon, geladeira, mesa para trabalho, preparação para televisão, rádio com CD player, MP3, Bluetooth, controles no volan-te, saída USB, ar condicionado com controle de temperatura e volante revestido em couro.

No campo da segurança o pacote é completo com ESP (Controle eletrônico de Es-tabilidade), ACC (Piloto Automático Inteligente, LKS (Monitoramento da faixa de rodagem, que emite sinal sonoro quando o caminhão cruza faixa sem sinalizar) e o LCS (Sensor de ponto cego - um radar que informa se há objeto do lado direito em trocas de faixa). No mesmo pacote estão incluídos o EBS (Freio Eletrônico – uma unidade eletrônica analisa a situação para melhorar o desempenho da frenagem), o ABS (Freios antitravamento) e o DAS (Detector de Atenção – um sinal sonoro e uma mensagem alertam quando o sistema en-tende que o motorista está cansado).

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 19

Reprodução

Todos querem ser diferenciados Recentemente, o Instagram, um aplicativo famoso de compartilhamento de fotos, deixou de ser exclusivo para o iPhone e ganhou versão para Android. Uma atitude sensata, uma vez que a plataforma Android avança cada vez mais, e se o Instagram quer se tornar presente nos aparelhos móveis, precisa se adaptar ao mercado. Nesse meio tempo, surgiram di-versos comentários na internet de usuários de iPhone revoltados, dizendo que ocorreu uma “orkutização” do Instagram, que “ag-ora virou zona”, dentre outros comentários que apenas mostram o preconceito e a pre-potência dos usuários de iPhone diante de quem opta pela plataforma Android. São pessoas que acham que, por terem um apa-relho com a maçã, pertencem a uma elite da tecnologia. E essa gente que acha que é elite acha que deve ter redes sociais e aplicati-vos exclusivos, como uma forma de excluir quem se inseriu na era digital pelo que eles chamam (com sentido pejorativo) de “in-

clusão digital”. Em uma simples analogia, pode-se comparar a atitude desses alguns usuários do Instagram no iPhone ao surgimento sem precedentes e sem motivos justos do ter-mo “colecionador” como algo superior ao “busólogo”. Por acharem que pertencem a uma elite da busologia, em que precisam de alguma exclusividade porque são pessoas antigas e de “credibilidade”, criaram o ter-mo “colecionador” para se diferenciarem. Ridicularizam quem se intitula “busólogo” para se sentirem melhor, para se sentirem diferenciados. O termo “colecionador” é tão inadequado para nomear o hobby como “busólogo”, para rebater aqueles que criti-cam a formação da palavra “busologia”. Enfim, pode ser extremamente normal que o ser humano busque alguma exclusividade para inflar o ego. Porém, é in-aceitável que as pessoas se revoltem porque elas se sentem na obrigação de ter essa ex-clusividade. É inaceitável que um usuário

PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

do Instagram se revolte porque foi lançada uma versão para Android, assim como deve-ria ser inaceitável que um “colecionador” se revolte ao ser chamado de “busólogo”. Mais incrível é como esse tipo de atitude passa desapercebida ou ignorada no hobby, pois isso não aconteceu no mundo da tecnologia. Enquanto parte da imprensa especializada se limitou a noticiar o fato, colunas impor-tantes como uma na Folha Tech de 16/04 foram bastante incisivas em criticar a atitude dos usuários que criticaram o lançamento da versão do Instagram para Android. Ao invés de reclamar, porque não ver na expansão do Instagram como uma oportunidade de compartilhar fotos com mais pessoas, ou simplesmente sair do ser-viço? Ao invés de nomes, porque não se diferenciar dos outros busólogos por ati-tudes? São algumas perguntas que parecem óbvias, mas que podem fazer essas pessoas pensarem muito bem sobre seu comporta-mento.

No futuro, será possível pagar o transporte público pelo celular. Bastará enco-star seu aparelho em um validador. Que tec-nologia mágica é essa? Essa tecnologia já é realidade pelo mundo, espcialmente no Japão, e chama-se NFC (Near Field Communication). Pela proximidade entre dois aparelhos pode ser feita uma troca de dados. Surgiu a partir do RFID (Radio Frequency Identification), que é usado em longas distâncias. Pois bem, o NFC é limitado para distâncias minúsculas, de até 10 cm. Por isso mesmo poderá ser usado para operações financeiras e compartilhamento de arquivos entre smartphones encostados um no outro. A Google já lançou seu serviço nos Estados Unidos, chamado Google Wallet (Carteira do Google), que está apenas engat-inhando, mas já dá passos bastante impor-tantes em um país onde o NFC para pagamen-tos mal havia chegado, enquanto no Japão milhares de pessoas passam pelas catracas do metrô encostando seus aparelhos móveis. As últimas versões do Android já contemplam o tratamento da tecnologia NFC em suas linhas de código. Logicamente, para toda essa inova-ção espalhar dependerá da adesão das op-eradoras de cartões de crédito e débito e dos

CURIOSIDADE

bancos. No caso do transporte público, de-pende também de quem opera a bilhetagem eletrônica. No Brasil, precisa-se de empresas de tecnologia de bilhetagem eletrônica que es-tejam em sintonia com o mundo desenvolvi-do, com o mundo tecnológico. Não poderão prevalecer empresas que se negam a comen-tar casos de hackers que conseguiram bur-lar os dados dos cartões para gerar créditos infinitos, e nem associações de empresas de ônibus ou órgãos reguladores que preferem fazer de conta que possuem a mais avançada

tecnologia e que possuem know-how sufici-ente para dar consultoria externa sendo que mal conseguiram rebater acusações contra a segurança de dados da bilhetagem eletrônica local. Enquanto isso, por aqui continuarão sendo anunciadas tecnologias “modernas” na sua cidade, como a inserção de créditos via internet por pagamento de boleto bancário. O pior de tudo é ainda imprimir o boleto e descobrir que ele só pode ser pago na agência bancária. Ridículo. E ressalto: ainda acham que podem dar consultoria externa.

Pagamento de passagensde transporte público via celular

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

TERMINAL JABAQUARA • Primeiros dias de operação, na integração com rodoviários

1977: Os primeiros dias de operaçãodo Terminal Rodoviário do Jabaquara

No próximo dia 2 de maio, o Ter-minal Rodoviário do Jabaquara completará 35 anos de seu primeiro dia de operação. No início, participaram as empresas Ultra, Rápido Brasil, Rápido São Paulo, Breda e Zefir. Vamos ler como foram os primeiros dias de operação do terminal. No primeiro dia, vários passage-iros que desembarcaram nos antigos Júlio Prestes ou Glicério estranharam, pois a lo-comoção até o novo terminal era necessário uma árdua caminhada até a estação de Metrô mais próxima e em seguida embar-car no Metrô até a Estação Jabaquara, mas o problema era que muita gente não conhe-cia bem o funcionamento do sistema me-troviário da cidade, inclusive bilhetagem eletrônica. O então prefeito de São Paulo, Olavo Setúbal, disse que “tudo ocorreu ex-tremamente bem, que os ônibus chegaram do terminal de Santos ao terminal do Jabaquara em uma hora e dez minutos e os passage-iros entrevistados estavam muito satisfeitos porque conseguiram uma velocidade maior e não entravam em congestionamentos de trânsito dentro da cidade, porque em cerca de cinco minutos eles saíam da via dos Imi-grantes e chegavam ao terminal, passando imediatamente para o metrô”. Ainda no primeiro dia, a Rápido Zefir Júnior impetrou uma liminar de man-dado de segurança para permanecer oper-ando na antiga Júlio Prestes, alegando que o local é a melhor opção para a transferên-cia de passageiros que chegam de diversas partes do país. Só no primeiro dia, a Ze-fir viu aumentado de 30 por cento o seu movimento, com ônibus partindo de 5 em 5 minutos, e não de 20 em 20. E lá em Santos, a Zefir fez até uma publicidade dizendo que é a única empresa de ônibus a transportar passageiros até o centro de São Paulo. Sua concorrente, a Ultra, rep-resentado então pelo Sr. José de Abreu, disse: “Nosso movimento caiu 80% a par-tir das 8 horas. Se fizermos uma projeção, chegaremos à conclusão de que não ter-emos condições de continuarmos no Ter-minal do Jabaquara sem enfrentarmos uma séria crise”. No mesmo dia, também entrou com mandado de segurança na Justiça para voltar à rodoviária antiga. De repente, no dia seguinte o juiz revogou a liminar impetrada pela Rápido Zefir, alegando que todas as suas linhas deverão ser transferidas para o novo termi-nal, evitando prejuízo de empresas concor-

Metrô SP

rentes. O então secretário municipal dos transportes, Olavo Cupertino, convocou a imprensa divulgando que todos os ônibus que partem para o litoral paulista sairão so-mente no Terminal Jabaquara. Após instalar todas as linhas ao novo terminal, muitos passageiros desem-barcados de Santos continuam temerosos de ingressar nos trens do Metrô, portando grandes volumes ou malas. E acabam se utilizando os dispendiosos táxis, embora que os funcionários da Companhia expli-quem que as restrições aos grandes vol-umes só são feitas quando estes “podem causar incômodos ou acidentes”. Todos os ônibus diretos estavam es-critos como “Via Imigrantes”. Para facilitar os que pegavam ônibus no km 18 da Via An-chieta (trevo de São Bernardo do Campo), algumas partidas com saídas do Jabaquara estavam escritos como “Via Piraporinha”, pois passavam primeiro pelo bairro de Pi-raporinha, em Diadema, para depois chegar ao trevo da Anchieta, prosseguindo até o litoral. Outro itinerário era “Via Vergueiro”, que dava muita volta. Passava pela esta-ção São Judas do metrô, depois pela Prof. Abrahão de Moraes e Ricardo Jafet até o viaduto Santa Cruz, entrando direto pela

Rua Vergueiro até cair no trevo da Anchieta, na zona sul de São Paulo. Para as pessoas que utilizam os quilômetros iniciais da Via Anchieta, atualmente há uma linha partindo do Aeroporto de Guarulhos em direção à Ponta da Praia, em Santos. Em 1981 eu lembro que, bem na mesa de apoio dos minúsculos guichês havia algumas propagandas de hipermer-cados, entre elas o Makro. Lembro muito bem dos ônibus que circulavam nos anos 80, principalmente os antigos Ciferal Líder e os monoblocos. E tinha muita oferta de horários, inclusive nas madrugadas. Em 1995 houve uma reforma estru-tural do terminal rodoviário, e em uma alter-ação recente de 2012, além de implantar duas pequenas escadas rolantes que dão acesso ao piso superior, todas as vias do terminal A, B, C e D, comportando seis plataformas cada uma, antes o que eram A1 a A6, B1 a B6, C1 a C6 e D1 a D6 foram renumeradas em 01 a 06, 07 a 12, 13 a 18 e 19 a 24. Hoje, as empresas que operam o terminal continuam sendo a Ultra, Rápido Brasil e Breda, além da Expresso Brasileiro que entrou nos anos 90 fazendo as linhas que eram da Zefir e da Rápido São Paulo, e da Expresso Luxo, que desde 2008 faz linhas até Santos.

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 21

Airport Bus Service 37.606(Busscar Vissta Buss LO Mercedes-Benz O-400RSE)

Em 1996 surgia o Airport Bus Service. Com a administração do grupo Serveng, antigo dono da Pás-saro Marron, Litorânea Transportes Coletivos e do extinto Expresso da Mantiqueira. A intenção da empresa era interligar locais de diferentes zo-nas da capital paulista com o aeropor-to de Cumbica, além de fazer a ponte deste com o de Congonhas, com qualidade, eficácia e preço acessível, como dizia o slogan da empresa “Ser-viço de primeira classe com custo de classe econômica”. Porém, em 2011, as prin-cipais empresas de transportes do grupo – Marron e Litorânea - foram vendidas ao grupo Comporte (Con-stantinos) pela bagatela de R$ 500 milhões, ficando para a família Peni-do somente a Airport no ramo. Antes da venda, sempre que havia um feriado esticado, Mar-ron e Litorânea não tinham carros suficientes para tamanha demanda, o que obrigava a existência horários extras com ônibus da empresa aero-portuária. Geralmente, vinham os O-400RSE da série entre 37601 e 37607. Todos eles vinham para o Vale do Paraíba sempre que tal data aumentasse a procura pelos serviços da Pássaro. Em junho de 2010 o grupo decidiu remanejá-los para a Marron, com os prefixos de 5601 ao 5607. Vieram com a “mesa escritório” do antigo serviço, mas que logo foi re-tirada. Receberam letreiros digitais de cor âmbar. Não possuem linhas fixas, sendo possível achar um deles a serviço da Litorânea, o que não é anormal no grupo. Por incrível que pareça, não foram suficientes para suprir a de-manda. Mesmo com eles na frota, o grupo mandava alguns carros da sé-rie 377xx da Airport e até um Irizar, recém compra da empresa. Em agosto de 2011, chegaram mais dois Vissta Buss LO, desta vez O-500RS, na Marron. E, lógico, ex-Air-port. Antigos 37901 e 37902, atuais 5031 e 5032. Curiosidade Além do grupo Serveng a-tuar no ramo de transportes, ela tam-

POR ONDE ANDAM? Jorge [email protected]

bém atua no ramo de engenharia civil, mine-ração, energia e desenvolvimento econômico. Também é dona das concessionárias CCR, administradoras das principais rodovias pau-

listas e da Santa Cruz Rodovias, concessio-nária de rodovias no pólo de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, com 208Km de malha viária.

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS22

Hautend Bus: Um ônibus assombrado que mostra a realidade de cada um e aspectos de São Paulo

Tudo é cheio de contrates. O belo está ao lado do sombrio. A riqueza divide espaço com a miséria. A alegria muitas vezes convive com o medo a e angústia. O medo da morte, com a espe-rança que talvez do outro lado, haja uma situação melhor. Isso ocorre na cidade de São Paulo, che-ia de motivos de orgulho e razões para vergonha. Com a luz noturna forte numa rua que ao mesmo tempo é cercada de becos escuros, nos quais pes-soas vivem à margem do que pode se dizer dig-nidade. Com palácios e monumentos históricos, cheios de imponência, nas mesmas calçadas prati-camente de casebres ou mesmo onde uma caixa de papelão é a moradia de muito gente. Mas não é só a cidade de São Paulo que é cheia de contrastes, a mente humana, com seus conflitos possui essas diferenças. Somos feitos de alegria e amor e em minutos passamos para a tristeza e a revolta. Nossa compaixão pose de tor-nar indiferença e vice-e-versa. Tudo isso, mas de uma maneira lúdica e bem diferente, pode ser con-ferido no Hautend Bus, ou ônibus assombrado. É uma programação cultural e informa-tiva diferente, uma opção de entretenimento que faz o passageiro – platéia passear e entender os principais edifícios e monumentos da cidade, sua história, suas curiosidades e entrar em momentos de introspecção. Todos são embarcados num ônibus de luxo de dois andares: um Marcopolo Paradiso 1800 DD, Geração Seis, Mercedes Benz O 500 RSD, da empresa Leads, da família Luft. O Haunted Bus não oferece apenas uma peça de teatro, nem apenas um city tour pela ci-dade de São Paulo. Não é só terror, mas é humor também. Não é apenas história, mas atualidade. Os fatos são narrados por uma “equipe de reporta-gem” do além. O repórter Ângelo, ou seu irmão gêmeo, o Oliver, interpretados por Rogério Cantoni, dire-tor da peça, é um dos âncoras do link ao vivo que se torna o passeio. Ele é o arquétipo da morte. E a morte também é feita de contrates. Ela tem seu lado sombrio, assustador e quase ninguém quer pensar nela. Mas pensa. Ela também é imponente e forte, quase com sua classe. São várias as paradas do ônibus. Os passageiros não descem, mas o repórter de outro mundo sai do veículo e explica de forma lúdica e informativa as histórias e lendas urbanas da cidade, levando a uma visão interior de cada participante, e ao mesmo tempo sendo bem atual, com dados impressionantes sobre a metró-pole e do País. A cada saída do “repórter” Ângelo do ônibus, um cinegrafista o acompanha e sua ex-plicação era transmitida literalmente por um link

às telas se LCD e espalhadas pelo ônibus, um dos modelos mais luxuosos do mercado. Assim, a in-teratividade se tornava total. Com os passageiros, com as pessoas na rua que eram surpreendidas pela peça e com a própria cidade. A história se confundia com a atualidade e são vários os pontos de parada do veículo com mais de 4 metros de altura. Foi possível perceber a beleza do Cemitério da Consolação, e o portal de Ramos de Azevedo, feito para o local em 1902. Sentir um pouco da agonia do incêndio dos edifí-cios Joelma, em 1937, e do Andaraus, em 1972. Da nobreza da inauguração do Theatro Municipal de São Paulo e refletir um pouco sobre a hipocrisia de uma sociedade que isolou por 40 anos a nobre Sebastiana de Melo Freitas, a Dona Ia, Ia, Ia, con-siderada louca, e que viveu enclausurada numa mansão na Rua Major Diogo, até hoje preservada. Em várias paradas, estes personagens históricos, fantasmas, alguns inclusive anônimos, subiam no ônibus e ajudavam o repórter Ângelo a contar as histórias. Estes fantasmas do passado, no entanto, como é mostrado na peça, não são tão assustadores como os fantasmas que são apresen-tados no presente. Na região do Páteo do Colégio, toda a história se mesclava com mendigos e vi-ciados. Estes não eram papéis interpretados, eram personagens da vida real. Na região central, o ônibus parou ao lado de outro fantasma: os dados revelados pelo impostômetro. E aí veio o susto: Hoje os brasileiros pagam em impostos, para muitas vezes não terem o retorno justo, cinco vezes menos que o Brasil remetia à Portugal, quando era Colônia. No trânsito, complicado em alguns pon-tos em plena noite de sábado, outro dado revela-dor: No Brasil, a cada 8 horas, 327 mil pessoas são vítimas de acidente de trânsito. Sabe o que é isso no final das contas? A soma dos mortos do Tsu-nami do Japão, das bombas de Hiroshima e Naga-saki e mais 16 atentados no World Trade Center. Curiosidades históricas também são reveladas. Sabe por que o bairro tradicional oriental tem o

nome de Liberdade? Nada a ver com a colônia que lá se instalou. Na década 19, nas imediações de onde é hoje a estação do metrô, havia a forca para execução de condenados. O soldado Francisco José Chagas, em 1821, liderou uma revolução contra atrasos nos salários e foi condenado à morte. Só que na hora do enforcamento ocorreu uma situação atípica. A forca se rompeu, e ele sobreviveu. Pela segunda vez, a mesma coisa, até a terceira. Acreditando que aquilo era um sinal de Deus e que o soldado estava justo em suas reivindicações, todos pe-diram LIBERDADE, LIBERDADE, LIBER-DADE ao soldado, que mesmo assim, acabou sendo executado. Shows de música clássica, com uma cantora de ópera, e de música popular, com mais uma cantora também marcam o passeio. Uma das mensagens principais é base-ada no texto: “Temos a certeza que estamos começando, que vamos ter de continuar, mas podemos ser interrompidos”. E fazer desta inter-rupção um novo caminho é uma das artes na vida. Exemplo histórico disso é o Castelinho da Rua Apa. Em 12 de maio de 1937, a trajetória de uma família rica da época tinha seu fim: Cân-dida Reis, e os filhos Armando e Álvaro, foram encontrados mortos. O caso foi considerado um crime de família e marcou a história de São Paulo. Não sobrou nenhum herdeiro e o edifício foi para o Governo. Mas agora, está sob responsabilidade da ONG Clube das Mães do Brasil, fundada pela maranhense Maria Eulina Reis (apesar do mesmo sobrenome, não tem nenhuma relação com a família que teve o fim trágico). Hoje, no Castelinho, onde houve a in-terrupção da vida de uma família, é o recomeço de tantas pessoas hoje que precisam de auxílio. Tudo isso é uma pequena mostra que o Hau-tend Bus tem a oferecer. Vale a pena conferir. A programação pode ser conferida no site: www.roxxi.com.br/

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 23

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM CAMPINASO prefeito Pedro Serafim Jr. discursa durante apresentação de nova frota de ônibus para a cidade. Atrás, vereadores e os srs. Paulo Barddal, da Transurc, e André Aranha, secretário de transportes.

Pesquisa da Semana

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41,98% • Scania

No último dia 23

NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS

Os CMA Scania da Viação Cometa estão espalhados por todo o Brasil. A empresa demorou tanto para se desfazer desses carros que agora ficaram velhos demais para integrar frotas de empresas com linhas regulares. Essa unidade foi encontrada em Brasília, próximo ao Congresso Nacional.

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS24

THIAGO SIONEMarcopolo Torino 2007 MBB OF-1722 • Unimar

A S F O T O S D A S E M A N A

EMERSON FERREIRAMarcopolo Viale • Princesa dos Campos

TIAGO DE GRANDEComil Svelto Volksbus 17.210 • Gardenia

MAICON IGOR BARBOSABusscar Urbanuss Pluss MBB OF-1417 • Sudeste

SÉRGIO CARVALHOComil Svelto MBB OF-1722• Santa Cruz

WANDERSON AMORIMMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-400RSD • Águia Branca

Portal InterBuss - Nova Galeria de Imagens • www.portalinterbuss.com.br

REVISTAINTERBUSS • 29/04/12 25

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

DIVULGAÇÃO VOLVOBusscar Urbanuss Volvo B360S • Volvo Bus Latin America

JOÃO DONIZETE SANTOSNielson Diplomata Scania B111 • Nacional Expresso

MATEUS BARBOSAMascarello Roma 370 MBB O-500RSD • Sanplay

SÉRGIO CARVALHOMarcopolo Paradiso GV 1800DD Scania K113TLB • Ouro Verde

DIVULGAÇÃO - DAVIDSON SOUZAVolvo 7000 • TPG

THIAGO DE SOUZAInterior de um Busscar Urbanuss Scania F94 • E.A.O.S.A

Mercedes-Benz In Photos •www.portalinterbuss com.br/mercedes-benz

Comunidade Volvo do Brasil no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

Comunidade Scania Bus L.A. no Facebook • www.facebook.com/groups/123769764390312

29/04/12 • REVISTAINTERBUSS26

Um problema muito além do transporte... A crescente demanda pelos ser-viços de metrô e trem em São Paulo, decor-rente da integração com o Bilhete Único e da maior eficiência do transporte sobre trilhos, acabaram minando a qualidade destes moda-is. As falhas tornaram-se tão frequentes, devido à superlotação dos trens, que as en-tidades que gerenciam o transporte público precisaram a adotar soluções conjuntas para amenizar os problemas dos passageiros. Na semana que passou, Peter Walker, o novo presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô, anunciou que está em estudo um projeto em que consiste em utilizar ônibus para ajudar a levar parte da demanda excedente das linhas de Metrô. Os ônibus seguiriam por um trajeto paralelo às linhas de transporte sobre trilhos – metrô ou trem – e seriam linhas expressas, ou seja, sem paradas in-termediárias: somente ponto a ponto. Um exemplo citado seria a ligação entre a Es-tação Vila Matilde e a Estação Sé, estações da Linha 3-Vermelha, a linha com maior demanda do sistema metroferroviário de São Paulo. A idéia, que ainda está sendo estudada pelo Metrô, CPTM, SPTrans e EMTU, é muito interessante e mostra o quanto é importante a integração entre os meios de transporte. Outra linha de ônibus que pode sur-gir desse estudo é uma expressa que ligará a Estação Santo Amaro à Estação Pinheiros da CPTM. Aliás, essa linha já existe mas só op-era aos domigos, quando a Linha 9-Esmeral-da, que liga o Grajaú a Osasco, fica fechada para obras de modernização. O trajeto da linha de trem é feita por três linhas especiais de ônibus: uma entre a Estação Grajaú até a Estação Santo Amaro; uma segunda entre a Estação Santo Amaro até a Estação Pinhei-ros; e uma terceira entre a Estação Pinheiros e a Estação Leopoldina. O trecho entre a Estação Santo Am-aro e a Estação Pinheiros, o de maior deman-da, é feito por ônibus articulados em cerca de 20 minutos, com intervalos de 6min, seguin-do direto pela Marginal Pinheiros, com três paradas (oficialmente é uma, mas nas duas vezes que andei, o ônibus parou pelo menos três vezes, todas nas estações de trem exis-tentes nesse trecho). De trem, durante a se-mana, a viagem nesse trecho dura entre 15 e 20 minutos, dependendo do horário. Mas cabe lembrar que, nos dias uteis, dificilmente os ônibus que fazem o trecho Estação Santo Amaro–Estação Pin-heiros o fariam nesses mesmos 20min. Mas, se considerarmos que poderia ser criada uma faixa exclusiva na Marginal Pinheiros, o tra-

jeto nesse trecho poderia ser feito em, pelo menos, meia hora, o que já seria um grande ganho para o trabalhador que, muitas vezes, espera um ou dois trens até conseguir entrar em um carro – o que dá em torno de cinco minutos a mais na plataforma.

Vai e vem... Nesta mesma semana foi con-statado que a Estação Paulista na Linha 4-Amarela, de metrô, em sete meses de operação integral, chegou a uma demanda, proporcionalmente, maior que a Estação Sé, a principal do sistema metroviário da capital. Com uma demanda tão grande, será que podemos considerar que o problema é somente o transporte? O grande problema, na verdade, é a desigualdade entre o centro e as regiões mais periféricas da capital paulistana. No centro existem mais empregos e os com melhores salários. Além disso, também há uma gama de serviços – alguns pela quali-dade, outros que só existem ali – concen-trados nessa região. Tudo isso é motivo para que pessoas que moram longe, ven-ham procurar trabalho ou algum tipo de serviço na área do centro expandido. Essa desigualdade de oportunidades entre as

José Euvilásio Sales Bezerra

regiões e a centralização de alguns serviços na área central acabaram comprometendo a eficiência dos meios de transporte sobre trilhos. Se hoje vemos estações onde há fila para se ir sentado – como ocorrem nas es-tações do trecho norte da Linha 1 de metrô – e estações onde há fila simplesmente para entrar – como em algumas da linha 3, na zona leste – é fácil perceber que o sistema está recebendo muito mais gente do que comporta. E é impossível que esse excesso não gere consequências negativas no func-ionamento das máquinas. Essa tentativa de desafogar o siste-ma metroferroviário com linhas expressas de ônibus é um mero paliativo. Além da adoção de um sistema eficiente e renovado de transporte por ônibus, é necessário tam-bém repensar a maneira de como a cidade cresce. Enquanto as oportunidades estiver-em somente no centro expandido, enquanto não se descentralizar a moradia, trazendo mais moradias populares para esta região, e não se levar mais serviços de qualidade para os bairros mais periféricos, os gestores de transporte vão quebrar a cabeça para manter um sistema superlotado com um serviço de excelência, como era o Metrô paulistano até há poucos anos.

CPTM • Ônibus da linha especial “Expresso CPTM Santo Amaro-Pinheiros”, que opera aos domingos cobrindo o trajeto da Linha 9-Esmeralda entre as estações Santo Amaro e Pinheiros: em breve, esta linha poderá ter sua operação estendida para os dias uteis para ajudar a desafogar a mesma Linha 9

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

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