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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 96 27 de Maio de 2012 CIDADES SEM ÔNIBUS GREVES PELO BRASIL Sindicatos forçam paralisações e prejudicam milhões em várias cidades; Metrô e trem também páram CIDADES SEM ÔNIBUS GREVES PELO BRASIL Sindicatos forçam paralisações e prejudicam milhões em várias cidades; Metrô e trem também páram Corredor da Avenida João Jorge, em Campinas, vazio durante greve de motoristas e cobradores de ônibus

Revista InterBuss - Edição 96 - 27/05/2012

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 96 - 27/05/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 96 27 de Maio de 2012

CIDADESSEM ÔNIBUS

GREVES PELO BRASIL

Sindicatos forçam paralisaçõese prejudicam milhões em váriascidades; Metrô e trem também páram

CIDADESSEM ÔNIBUS

GREVES PELO BRASIL

Sindicatos forçam paralisaçõese prejudicam milhões em váriascidades; Metrô e trem também páram

Corredor da Avenida João Jorge, em Campinas, vazio durante greve de motoristas e cobradores de ônibus

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NOS DOIS ANOS DA REVISTA INTERBUSS, O PRESENTE É SEU!CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. QUANDO CHEGARMOSA 1000 FÃS, SORTEAREMOS ESTA RÉPLICA DO MARCOPOLOPARADISO G7. E COM 2000 FÃS, SAIRÁ MAIS UMA RÉPLICA!

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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| Comércio Ilegal

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Marcopolo quer ao menos 50% do mercado de ônibus da Copa de 2014Parte dos pedidos já foi absorvida pela encarroçadora gaúcha, como por exemplo o primeiro lote doBRT do Rio de Janeiro 13 Comercialização de linhas é proibido por ser uma concessão pública,

mesmo assim há vários anúncios espalhados pela internet com ofertas 19

| A Semana Revista

Assembleia dos funcionários da Busscar ésuspensaEmpresa ganha novo prazo para quepossa apresentar um plano derecuperação mais adequado 07

Perueiros vendem veículos junto com linhas em São Paulo

ÔNIBUS SUPERLOTADOS E CAOS: ESSEÉ O PAÍS DAS GREVES

Páginas 08, 09 e 11

Ônibus em Campinas superlotadoque furou a greve do setor: caos em várias capitais

ÔNIBUS SUPERLOTADOS E CAOS: ESSEÉ O PAÍS DAS GREVES

Páginas 08, 09 e 11

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ANO 2 • Nº 96 • DOMINGO, 27 DE MAIO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 21h57

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraA greve em São Paulo 23

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALAs greves pelo país 6

SEU MURALA seção especial do leitor 22

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiLongo caminho 26

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzTranspen e o encontro da L’Autobus 21

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| As Fotos da Semana

Galeria deImagens doPortal InterBuss está atualizadaConfira mais uma atualização com diversas novas fotos de ônibus de várias partes do Brasil naGaleria do Portal InterBuss 24

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: O Diário de Bordo e a coluna de Adamo Bazani, excepcionalmente, não são publicados nesta edição.

| Deu na Imprensa

Comissão doSenado aprova verba para trecho norte do RodoanelEsse será o último trecho, fechando o cinturão que circunda a Grande São Paulo 16

ÔNIBUS SUPERLOTADOS E CAOS: ESSEÉ O PAÍS DAS GREVES

Páginas 08, 09 e 11

Atenção leitor: a 14ª atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss no próximo sábado, dia 2 de junho. Envie sua foto [email protected] e participe!

Ônibus em Campinas superlotadoque furou a greve do setor: caos em várias capitais

PÔSTERMarcopolo Torino 14

Gabriel Petersen Gomes

COMÉRCIO ILEGALPerueiros de SP vendem linhas na internet 19

ÔNIBUS SUPERLOTADOS E CAOS: ESSEÉ O PAÍS DAS GREVES

Páginas 08, 09 e 11

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos ao colecionador Osmar Cordeiro pela co-laboração e a Kleisson Gonçalves pelo envio do pôster desta semana.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A onda de greves no setor de trans-porte coletivo brasileiro mostra mais uma vez que o único prejudicado, sempre, é o usuário. Ele é prejudicado por não ter o transporte dis-ponível nas horas que mais precisa, ou seja, para ir e voltar do trabalho. E depois da greve ainda tem que arcar com o reajuste das tarifas para que o salário de motoristas e cobradores possa ser aumentado. Todos os anos, sempre nesta época, acontecem paralisações no setor de transportes por conta de campanhas salariais, mas as ações orquestradas deste ano mostram que há uma enorme motivação política por trás. Os sindi-catos, que há muito tempo não executam mais suas funções originais, sobretudo depois que passaram a receber verbas do governo federal (a partir do primeiro governo do então presidente Lula), agora querem mostrar “serviço”, que-rendo aparecer na mídia como “lutadores” dos interesses dos trabalhadores, o que não passa de uma enorme falácia. O transporte coletivo, por ser um serviço essencial, quando é paralisado tem grande visibilidade na mídia, e é isso que os sindicalistas querem: aparecer, e prejudicar os

governos locais, querendo jogar para cima dele a culpa pelo caos que se instala durante uma greve. Paralelamente a isso, os empresários do setor acompanham e negociam com os grevis-tas, porém após o fim das paralisações, tudo é colocado nas planilhas de custo que são envia-das ao poder público e o trabalhador é quem paga a conta do aumento salarial. As paralisações em Campinas penal-izam a população que necessita da única for-ma pública de deslocamento, que é o ônibus, cujo serviço já é insatisfatório. Para agravar a situação, há uma briga interna pelo poder no sindicato dos rodoviários da região. Há algum tempo a atual diretoria foi acusada de cor-rupção, houve prisões, porém eles ainda con-tinuam “lutando” pelos trabalhadores. Há uma dissidência, oriunda de funcionários da empre-sa VB3, que estão brigando quase que diari-amente para que tenham o direito de entrar no lugar desse atual sindicato e passar a fazer as negociações de forma oficial com o empresari-ado. Essa guerra entre o sindicato e os dissi-dentes já deixaram vários ônibus depredados, pneus furados e vários dias sem coletivos nas

Greves: apenas políticas ou realmente necessárias?

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial ruas. É uma situação complicada e extrema-

mente prejudicial para todos, ainda mais por não haver perspectiva de solução ao menos a curto prazo. Em São Paulo, na semana passada houve a paralisação dos funcionários do Metrô e de parte das linhas da CPTM, deixando a capital paulista um verdadeiro caos. A luta dos trabalhadores por melhorias, sobretudo salari-ais, é justa, porém há a necessidade de verificar se houve motivação política nessa paralisação ou não. Há muito tempo a disputa pelo poder na prefeitura paulistana e no governo estadual paulista vem gerando situações constrange-doras e prejudiciais ao povo. As constantes paralisações no sistema ferroviário local já estão sendo investigados como sabotagem, o que é um enorme golpe baixo de quem não é capaz de ganhar votos nas urnas, utilizando-se de métodos selvagens para prejudicar a popu-lação e jogar a mídia na história para gerar o conflito entre o povo e o poder público. Em diversas outras capitais, os me-troviários estão parados há vários dias, como em Belo Horizonte. Apesar da malha fer-roviária dessas cidades ser relativamente pequena, acaba ocasionando uma superlotação nos ônibus, gerando mais desconforto. As ne-gociações continuam ocorrendo paralelamente a toda essa situação, e quem acaba pagando o pato, mais uma vez, é o usuário, que já paga uma tarifa cara e tem um serviço que deixa a desejar.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• A Notí[email protected] Passava das 17 horas de terça-feira quando o consultor jurídico Marcos Andrei, da equipe da administração judicial da Busscar, pediu para que o público que lotava a quadra do Centreventos Cau Hansen, em Joinville, fizesse silêncio para transmitir uma mani-festação do juiz Maurício Cavallazzi Povoas, responsável pelo processo de recuperação ju-dicial da fabricante de carrocerias de ônibus. Demonstrando calma, não ergueu o tom de sua voz para dar o recado: a assem-bleia dos credores da fabricante de carroce-rias estava suspensa dali em diante, para que os advogados do grupo, credores e eventuais investidores possam construir um novo plano para tentar salvar a empresa, que tem dívidas que superam R$ 1,3 bilhão (incluindo as tribu-tárias). — A posição do doutor Maurício é de que todas as negociações sejam esgota-das. Que sejam ouvidas todas as propostas, que todos possam dar sua contribuição para se construir algo em comum. Temos que brigar ao máximo para que, depois, numa eventual situação de caos ou desordem social, não haja o sentimento de que poderia ter sido de outra forma —, discursou. Depois, o consultor avaliou que a in-tervenção de Maurício surpreendeu pelo ine-ditismo e pelo interesse em dar uma chance para novas conversas. Segundo ele, é a primeira vez que vê isso acontecer, mas foi uma atitude “louvável” por parte do juiz. — O quadro que estava se dese-nhando nesta terça era extremamente perigoso e a empresa certamente quebraria caso ele não interviesse. A Busscar aceitou a suspensão, mas quer agilizar a votação o mais rápido possível. — Queremos produzir. Queremos dar uma definição para o processo. O juiz deve

A N

otícia

Crise

marcar a nova data em até 60 dias. Vamos su-gerir que isso seja agendado para daqui 15 dias —, afirmou o advogado da empresa, Euclides Ribeiro S. Jr.. Antes de Andrei pedir a palavra e in-terromper as deliberações da assembleia, pelo menos três propostas tinham sido apresentadas aos credores. Na primeira, o advogado Fernan-do Buffa subiu ao palco apresentando-se como representante de um grupo de investidores chi-neses dispostos a injetar R$ 130 milhões na empresa. E adiantou-se pedindo a suspensão da assembleia por 60 dias para a construção de um plano e de uma auditoria na empresa que permitisse uma análise concreta dos dados para a aplicação do capital. Foi vaiado por boa parte da plateia, que defendia a votação terça, independentemente da proposta a ser julgada. A assembleia chegou a ser suspensa por dez minutos para que representantes da Busscar avaliassem a alternativa, que foi rejeitada.

Dinheiro de fora Para o presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, Evangelista dos Santos, a abertura da empresa para capital

de fora é fundamental. — A Busscar não tem dinheiro sufici-ente para reerguer a empresa, por isso precisa captar recursos de fora. Apoiaremos qualquer proposta que traga investidores externos. Se não for dessa forma, não tem jeito —, argu-menta. Em seguida, o procurador José Boiko, representando a fornecedora Indústria e Comércio de Madeiras (Incomabra), su-geriu que o ativo operacional da Busscar fosse desmembrado para a construção de uma nova empresa – deixando as dívidas para seus atuais proprietários. As vaias aumentaram e pouca gente se manifestou favorável à ideia. Depois, foi a vez do advogado Eros Gradowski, representando os ex-sócios da Busscar Randolfo Raiter e Valdir Nielson, propor que representantes das três classes de credores se unissem para a construção de um plano alternativo. — Viemos prontos para rejeitar, mas diante de tantas manifestações, queremos pro-por que nós possamos criar um novo caminho. Foi a senha para que o juiz Maurício Cavallazzi Povoas decidisse dar mais tempo para que fosse tomada uma decisão.

ASSEMBLEIA • Milhares de funcionários compareceram à assembleia de terça-feira

A S E M A N A R E V I S T ADE 20 A 26 DE MAIO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 27/05/12 07

Grupo de chineses é um dos interessados emassumir a encarroçadora catarinense; Processo serárevisto pelos funcionários

Assembleia da Busscar ésuspensa; Juiz dá 60 dias

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A S E M A N A R E V I S T A

TARIFA CARA • Apesar da frota ser relativamente nova, cidade tem superlotação

Sorocaba terá uma das tarifas de ônibus mais caras do país: R$ 3,15

Reajuste

• Cruzeiro do Sul [email protected] Sob a justificativa de que “se obri-ga” a decretar a medida em razão do “reajuste da planilha de custos operacionais”, a Urbes anunciou quinta-feira que o preço da tarifa do transporte coletivo em Sorocaba passa, a partir do dia 1º de junho, dos atuais R$ 2,95, para R$ 3,15. O aumento de 4,10% foi determinado, conforme a empresa, pelo ín-dice salarial concedido aos motoristas e pela variação dos insumos básicos. O anúncio foi recebido com indig-nação por usuários que reagiram usando adjetivos como “roubalheira”, “absurdo” e “injusto”. Na nota que enviou à imprensa, a gerenciadora do setor destaca, ainda, os in-vestimentos “nas melhorias do sistema”. Só a esse título, diz o comunicado, o impacto foi de 7,42%. O passe social sobe de R$ 2,85 para R$ 2,95, e o estudante se mantém no valor de R$ 1,50. A promoção para quem anda de ônibus aos domingos pagando R$ 1, continua. Os passes podem ser adquiridos, aos custos atuais, até o próximo dia 31. Eles

Sérgio Carvalho

• Jornal Floripa [email protected] Motoristas e cobradores da Grande Florianópolis vão entrar em greve por tem-po indeterminado na próxima segunda-fei-ra (28). A decisão foi tomada, por unanimi-dade, na quarta (23), em assembleias que reuniram cerca de 2.000 profissionais. Como os ônibus são a única opção de transporte público em toda a região metropolitana, quase 400 mil pes-soas serão afetadas. A Prefeitura de Flo-rianópolis informou que vai solicitar judi-cialmente que, nos horários de pico, 70% do serviço seja mantido e, no restante do tempo, 30%. A principal reivindicação da ca-tegoria é a redução da jornada de trabalho de seis horas e quarenta minutos para seis

Florianópolis deverá ter greve no transporte coletivo amanhã

Paralisação

terão validade de uso de 180 dias. Passado esse prazo, os valores remanescentes serão incorporados ao novo saldo constante do cartão. No demonstrativo que divulgou, a Urbes detalha a composição da tarifa, rela-cionando os fatores que resultaram no au-mento. O primeiro dos itens é o reajuste salarial dos condutores, cujo índice foi

de 7,91%. Na sequência, aparecem com-bustíveis e lubrificantes (1,16%); material de rodagem (pneus), com 1,31%; custos de capital imobilizado em veículos (0,32%), e despesas administrativas e operacionais (1,75%). O índice decretado este ano foi menor, comparativamente ao de 2011, que foi de 5,71%.

horas diárias, sem cortes no salário. O se-cretário de comunicação do Sintraturb (Sin-dicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano), Antônio Carlos Martins, diz que a razão para o pedido é o estresse ao qual os profissionais são submetidos no trânsito. “As empresas se recusaram a ne-gociar esse ponto. Então, não nos sobrou alternativa a não ser parar”, diz. O presidente do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), Waldir Gomes, confirma que a entidade não quis discutir o assunto e não vai, em hipótese alguma, alterar a quantidade de horas diárias trabalhadas. “Para fazer isso, teríamos de aumentar o preço da passagem. Mas já temos uma das tarifas mais caras [R$ 2,70] do país. Não podemos subir mais”, afirma.

Para o vice-prefeito e secretário municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais, João Batista Nunes, que está intermediando as negociações, a solicita-ção é “justa do ponto de vista da categoria, mas inviável economicamente”. Segundo ele, com base em um levantamento, foi concluído que as empresas não teriam como arcar com os custos de contratação de mais 200 empregados para compensar a redução da jornada. “E não existe chance de a passagem encarecer”, complementa. Os profissionais do transporte público também querem reajuste salarial para cobrir a alta do INPC (Índice Nacio-nal de Preços ao Consumidor) e aumento real de 5%. O Setuf ofereceu o valor do IPNC mais 1%, o que foi rejeitado pelos trabalhadores.

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Greves deixam transportepaulistano em calamidade

Metrô e CPTM

Depois do caos, São Paulo tenta re-tomar a rotina. Metrô e trens estão circulando, mas o paulistano acorda moído. Foram horas tentando voltar para casa em ônibus lotados, com empurra-empurra, trânsito parado. Essa quinta-feira (24) começou com trânsito pesado em alguns pontos da cidade, mas foi uma situação bem melhor do que a de quarta-feira. Nessa quinta, o metrô e os trens funcionaram normalmente. Depois de muita discussão, os metroviários e os ferroviários que estavam em greve decidiram aceitar as propos-tas de reajuste salarial e voltaram ao trabalho. Nesta quarta, os paulistanos pas-saram um dia de apuros. Até mesmo a volta para casa foi complicada. À noite, boa parte da população correu para os pontos de ônibus tentando garantir a volta para casa. Muitos chegaram a invadir a rua pra conseguir um lugar mais rápido, mas os ônibus já chega-vam lotados e ninguém conseguia embarcar. Alguns passageiros forçaram a entrada. Só mais tarde, a população desco-briu que o metrô estava de novo em operação. “Infelizmente, a nossa cidade, do jeito que é, o metrô é um serviço essencial e não dá para parar”, afirma a secretária Janaína Pires. Foi um dia de caos no transporte pú-blico de São Paulo. Logo cedo, sem trens e metrô funcionando, a frota de ônibus teve de ser aumentada para dar conta dos passageiros. E o engarrafamento no trânsito foi piorando e chegou a 249 quilômetros pela manhã, três vezes mais do que a média para o horário. E um novo recorde, infelizmente, para os pau-listanos. Nenhum trem circulou contrari-ando a determinação do TRT de que hou-vesse 100% de funcionamento das linhas nos horários de pico. O Ministério Público via

• Bom Dia Brasil [email protected]

investigar se houve desrespeito à Justiça do Trabalho. “É um grupo radical com motiva-ção político-eleitoral e prejudicando a popu-lação trabalhadora de São Paulo”, afirma o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Nós estamos tentando negociação. Já tivemos cinco rodadas, já tivemos tenta-tiva de negociação no tribunal, tivemos com a presidência do metrô”, destaca o secretário do Sindicato dos Metroviários, Ciro Moraes. No final da tarde, veio a boa notí-cia: os metroviários aceitaram o reajuste de 6,17% proposto pelo governo do estado. Mas ainda faltava o resultado de outra audiência que tentava decidir o retorno dos ferroviários de duas importantes linhas da CPTM, que também estavam parados.

Depois de quase três horas de muita discussão no Tribunal Regional do Trabalho, os quatro sindicatos representantes dos fer-roviários chegaram a uma proposta de acor-do. Os funcionários parados aceitaram um reajuste de 6,63% e voltaram ao trabalho. “Quinta-feira, todos os trens estarão equipa-dos, com os maquinistas, com os controla-dores, com todo o pessoal da CPTM, todos os trabalhadores”, afirma o diretor do sindicato Leonildo Bitencourt Canabrava. As horas que os grevistas ficaram parados não vão ser descontadas. E a Justiça do Trabalho previa uma multa de R$ 100 mil caso não fosse cumprida a determinação de que houvesse 100% de funcionamento das linhas nos horários de pico.

G1

CONFUSÃO • Protesto na Zona Leste acabou com ônibus depredado e ação da Polícia Militar

• Terra [email protected] Um ônibus de turismo que ia de São Paulo para o Paraguai foi assaltado na madrugada de quarta-feira por cinco bandi-dos armados, próximo à cidade de Ivailândia, no norte do Paraná. Dos 30 passageiros do veículo, 15 eram paraguaios.

Passageiros são presos seminus no PRAssalto

De acordo com o boletim de ocor-rência, por volta das 4h50, o motorista disse que foi obrigado a parar o ônibus após o veí-culo ter sido alvejado por tiros na PR-317. Os assaltantes conduziram o coletivo então para uma estrada secundária onde roubaram di-nheiro e pertences. O valor não foi divulgado.

Antes de fugirem, os bandidos trancaram os homens, apenas com roupas íntimas, no bagageiro do ônibus. As mulheres permane-ceram na parte superior do veículo. Não houve feridos. Até então, ninguém havia sido preso. As buscas na região continuam.

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• Click Foz [email protected]

27/05/12 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T ANovidade

Corredor Turístico de Foz do Iguaçu estreará novo padrão de abrigos As vias que formam o corredor turístico de Foz do Iguaçu serão os primei-ros locais da cidade a ganhar o projeto de padronização de abrigos de ônibus. Os a-tuais serão substituídos por um modelo mais moderno, amplo e com proteção para os dias de calor, frio e chuva. O projeto foi desen-volvido pelo Foztrans - Instituto de Trans-porte e Trânsito de Foz do Iguaçu, que abriu licitação, na forma de pregão eletrônico, para confecção e instalação dos novos abri-gos e também painéis, totens e placas de ori-entação. As propostas serão abertas na terça-feira (29). O valor máximo aceito será de R$ 845.397,00, para a instalação de 107 novos abrigos e também para os cerca de 40 pai-néis, totens e placas de orientação, que serão instalados do terminal de transporte urbano e rodoviária. Os recursos para a obra serão repassados pelo Ministério do Turismo com contrapartida do município. Os abrigos terão quatro metros de comprimento, dois metros de largura e 2,5 metros de altura. O material usado serão colu-nas em tubo de aço, telha metálica isolante e três placas de vidro temperado para o fecha-mento traseiro da estrutura. Cada unidade vai contar também com cinco acentos côncavos confeccionados com chapa de aço. As cores escolhidas são o verde em tons escuro e claro, além do vermelho que será usado para pintar os bancos. O cronograma dessas obras prevê o início da primeira etapa de instalação para o fim do mês de junho. A empresa vencedora terá um prazo total de 150 dias para execução

NOVOS ABRIGOS • Corredor Turístico será o primeiro a receber os pontos no novo padrão

Divulgação

de todo o serviço, que irá mudar o visual dos corredores turísticos e dará mais conforto aos moradores e turistas que usam o transporte coletivo urbano. Os novos abrigos serão instala-dos nas avenidas Paraná, Costa e Silva, JK, Cataratas, Jorge Schimmelpfeng, República Argentina e nas ruas Almirante Barroso, Marechal Floriano, Belarmino de Mendonça e Tarobá. Já as placas, totens e painéis de in-formação e orientação são para o terminal de transporte e rodoviária. Os pontos de ônibus instalados ness-es locais serão retirados e reformados para depois serem reinstalados nos bairros, em lo-

cais onde há má conservação dos abrigos. A intenção de acordo com o diretor de Trânsito do Foztrans, Ali Safadi, é ir padronizando os abrigos de ônibus existentes na cidade. “Hoje nós temos cerca de dez modelos de pontos de ônibus espalhados pelas ruas e avenidas do município, que conta com 840 abrigos”, des-taca o diretor. Essas mudanças tem o objetivo de atender a população que usa os ônibus urba-nos. Os abrigos tem uma importância muito grande para quem utiliza o transporte cole-tivo, protegendo estudantes, moradores e tur-istas em geral do sol e da chuva, dando me-lhores condições para a população.

• A Cidade [email protected] Os motoristas de ônibus urbano de Ribeirão Preto rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 5% oferecida pela Transurb (Associação das Empresas de Transporte Coletivo) e aprovaram uma paralisação para segunda-feira. Cerca de 100 trabalhadores se re-uniram, em assembleia, na sede do sindi-cato dos motoristas de ônibus urbano, na semana passada. Segundo o vice-presiden-te do sindicato, Alcides Lopes de Sousa

Ribeirão Preto deverá ter greve no transporteMais Paralisações

Filho, todos os presentes votaram contra a proposta. “Continuamos com a nossa rei-vindicação de 15% de aumento. A partir de amanhã já vamos avisar às autoridades da cidade sobre a nossa decisão”, afirma Lopes. Os motoristas irão se reunir nova-mente às 16h para confirmar a paralisação. Os representantes da Transurb não foram encontrados pela reportagem para falar so-bre o assunto. Ontem, o diretor da Trans-urb, Carlos Roberto Cherulli, afirmou que

o aumento de 5% já será refletido no preço da passagem de ônibus. Hoje, a tarifa co-mum custa R$ 2,60 e a integrada R$ 2,80.

Reivindicações Além do reajuste salarial de 15%, os motoristas de ônibus reivindicam e-levação do tíquete de alimentação de R$ 400 para R$ 500, aumento do prêmio do motorista de R$ 251 para R$ 350, partici-pação nos lucros e resultados e 100% de convênio médico.

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• Jornal da [email protected]

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Salvador

Com ônibus parados, Estação da Lapa vira espaço para futebol Três de cada lado, mais cinco de fora esperando a dupla. Cada partida dura dez minutos ou dois gols. Uma bola surrada e duas traves feitas de madeira e com rede (fu-rada). No baba da Estação da Lapa, a bola só sai em lateral se subir o meio-fio, coisa de 30 centímetros. “Mas aí o cara tem que ser muito grosso, hein?”, provoca um dos idealizadores do jogo, o estudante Bruno Farias Cardoso, 17 anos. Onde em dia comum passam 325 ônibus por hora, na semana passada, quem reinava era a bola. Até mesmo a chuva deu uma trégua e facilitou a diversão. Quando o motorista de um ôni-bus executivo – daqueles contratados pelos patrões para pegar os funcionários em casa – errou o caminho e desembocou no corre-dor do baba (o último da direita), teve que esperar a bola sair para passar. “Ô tio, logo por aqui?”, reclamou Bruno. Os jogadores, a maioria em idade escolar, até tiveram aula, mas com as salas praticamente vazias devido à greve de ônibus, ganharam o aval dos pais para curtir o dia. “A Lapa é nossa”, reivindi-cou Lucas Freitas, 12, estudante do sexto ano na Escola Municipal Cosme de Farias. Ele vai para a aula todos os dias andando. “Mas hoje não tem ônibus, então não tem escola”. No baba, todos eram moradores da invasão no Tororó. Enquanto sindicalistas e empresários não se resolvem quanto ao fim da greve dos rodoviários, eles curtem o cam-pinho sem declives ou carros para perturbar a partida. Guarda-chuvas para rebater o sol, tabuleiro, cubos para marcação de pontos, pedras do jogo... Tudo pronto para uma par-tida de dominó. Parados na porta da empresa União, na avenida Barros Reis, rodoviários

• Correio da [email protected]

COM GREVE • Estação mais movimentada de Salvador vira espaço para futebolfaziam jus ao nome da companhia de trans-porte e, juntos, passavam o tempo enquanto a greve da categoria não passa. Desde as 6h, motoristas e cobrado-res definem as peças da rodada em parceria e com muita descontração. “A depender do que a desembargadora decidir amanhã (quinta-feira), a gente volta pra jogar dominó”, avisa o cobrador Gilberto, 46. Ele e o parceiro de jogo, o cobrador Moisés, 43, não levantam da mesa por nada. “Todos que entram são fra-cos. Senta aí você também para jogar”, con-vida. A bronca de Gilberto só aparece quando algum jogador demora para lançar uma pedra. “Pô, assim a greve acaba e você não joga”, adverte. Mas a tensão logo se des-

faz. Na outra dupla, o motorista Paulo, 24, e o cobrador Leandro da Silva, 26, tentam, mas não conseguem vencer as partidas. “É bom para passar o tempo. Se não estivesse aqui, ficaria em casa de boa, assistindo TV e des-cansando. Ainda não ganhei, mas espero a minha vez”, consola-se Leandro. “É melhor perder no jogo, a ficar olhando os carros pas-sar o tempo todo. Alivia o estresse”, completa o humilde Paulo. Descontração, zoeira, beijinho, cutucada, bronca; na mesa do jogo, vale tudo. Já na mesa de negociações... “Na outra ba-talha, estão em jogo os interesses das nossas famílias. A nossa luta é por elas, que nos dão total assistência nesse movimento. A catego-ria está unida”, reforça Gilberto.

Correio da Bahia

População Prejudicada

Greves prejudicam população em várias capitais Greves por melhores salários prejudi-cam o funcionamento de trens, ônibus ou metrô em sete capitais brasileiras. Em Salvador, a greve de motoristas e cobradores começou na quarta-feira (23). Mais de um milhão de pas-sageiros dependem dos ônibus, já que não há metrô na cidade. Mesma situação dos moradores de

São Luís, no Maranhão. Sem ônibus há três dias e, com mais carros nas ruas, o trânsito fi-cou tumultuado. Os usuários que dependem do transporte ferroviário em João Pessoa, Natal e Maceió têm que encontrar alternativas para ir e voltar para casa. A greve nessas capitais já pas-sou de uma semana. No Recife, a paralisação dos metro-viários chega ao 10º dia sem avanço nas nego-

ciações. O transtorno só não é maior porque os trens funcionam nos horários de maior movi-mento. Em Belo Horizonte, a greve do Metrô completa dez dias. Por determinação da justiça, nos horário de pico, pela manhã e à tarde, todos os trens circulam. Mas, em outros momentos ao longo do dia, a paralisação prejudica mais de cem mil pessoas, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos.

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A S E M A N A R E V I S T A

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• Correio Braziliense / O Povo de AL [email protected]

Transporte Ruim

90% reclamam do transporte no DF Embora dependam de ônibus e metrô para atividades essenciais do dia a dia, como trabalhar e estudar, as pessoas usam o trans-porte público contrariadas. A cada 10 que sobem em um coletivo, por exemplo, nove se mostram insatisfeitas. Consideram o serviço regular, ruim ou péssimo. Para quem pega o metrô, a situação não é diferente. Apenas 5,6% acham a viagem ótima. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita realizada para sub-sidiar os trabalhos da recém-criada Comissão Especial de Transportes da Câmara Legisla-tiva. O estudo ouviu 3.878 pessoas, das quais

muitas relataram problemas de segurança, de tempo, de superlotação e de falta de conforto nas estações do Distrito Federal. O levantamento será oficialmente apresentado na próxima sexta-feira e reúne dados sobre o perfil dos usuários do transporte público no DF. Faz ainda um diagnóstico da percepção de quem depende dos meios co-letivos para ir e vir. A pesquisa apontou que praticamente 70% dos moradores da capital da República usam, em algum momento do dia, o ônibus, o micro-ônibus, o metrô ou mesmo o transporte pirata. Outras 31,2% se valem exclu-sivamente do carro particular para circular no DF. Associado a outros meios, o uso do veículo

• O Rio Branco [email protected] A Prefeitura de Rio Branco e a Su-perintendência Municipal de Transportes e Trânsito realizaram na manhã de quinta-feira (24), a entrega de oito novos ônibus que de-verão reforçar a frota do transporte coletivo na capital. A solenidade aconteceu no pátio da Central de Abastecimento e Comercializa-ção de Rio Branco (CEASA). Os veículos são adaptados a defici-entes visuais com inscrições em braile e pos-suem acesso facilitado a cadeirantes. Além disso, contam com dispositivo de monitora-mento e controle de sua frota via GPS, que somado ao conforto, é considerada pelo RB-Trans, um de seus principais diferenciais se comparados aos ônibus que já circulam em Rio Branco. Segundo o Superintendente do RB-Trans, Ricardo Torres, os novos carros estão em concordância com a norma brasileira de acessibilidade e possuem tecnologia menos poluente, bancos acolchoados que trarão maior qualidade para os usuários. Em contra-partida, possui espaço reservado à idosos e maior conforto também para o motorista e o cobrador. Um conforto que segundo Torres, desencadeará uma melhora na qualidade da prestação do serviço. Quanto aos antigos ônibus, o super-intendente informa que as empresas acabam por negociar a recuperação e venda desses carros para com outros Estados, muitos dos quais ainda não possuem um sistema de transporte coletivo, como ocorre segundo ele, em diversas cidades do interior do Estado. Mais segurança ao dirigir - Há sete anos trabalhando como motorista de ôni-

Rio Branco recebe 8 novos ônibusAcre

RENOVAÇÃO • Novos ônibus foram entregues na quinta-feira pela prefeitura localbus, Mara Gabriela se diz contente com a aquisição dos novos veículos. Além do con-forto, Gabriela destaca que se sentirá mais segura ao dirigir um ônibus novo, pois já fi-cou “na mão” por muitas vezes com veículos antigos. “Com os novos ônibus, vai melho-rar tanto o nosso trabalho como a viagem do próprio usuário, porque vai trazer mais con-forto e pra quem trabalha o dia todo sentado, diminui até o estresse e evita também dores na coluna e mais doenças. Uma máquina nova dá mais segurança, qualidade e con-fiança porque a gente sabe que é uma má-quina nova e que não vai nos deixar na mão como muitas antigas já nos deixaram”, conta Mara.

A “roda independente” - Sobre o incidente ocorrido há cerca de uma semana em que a roda dianteira de um ônibus, que fazia a linha do bairro Floresta, se soltou e por pouco não causou um grave acidente, o Superintendente do RB Trans alerta que a empresa foi acionada e verificou a falha. “Segundo um informe inicial, o que houve nesse caso foi uma falha na manuten-ção do carro, por conta de um aperto de roda que não teria sido feito. A empresa agora está fazendo o monitoramento da frota, e esse monitoramento é permanente. Nós es-peramos corrigir essa falha, e lembrando que todos os carros da linha foram revisados e a empresa foi orientada a fazer vistoria em todos os veículos”, Relatou Ricardo Torres.

próprio sobe para quase 40%, índice considera-do alto em uma cidade com pouco espaço. Em terminais rodoviários, é fácil encontrar um pas-sageiro que tenha alguma história para contar sobre como a precariedade dos serviços afeta a vida dos usuários. O cozinheiro Nilton Silva do Nascimento, 31 anos, mora em São Sebastião e trabalha na Asa Sul. Segundo ele, todos os dias, no trajeto de casa para o trabalho, há um ônibus quebrado. Para evitar atrasos no serviço, sai de casa com duas horas de antecedência. “Preciso me antecipar à demora do próprio coletivo, que nem sempre passa na hora. Acho que pagamos muito caro para pegar ônibus lotados e até com goteiras”, reclama.

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• Exame [email protected]

Mercado

Marcopolo quer pelo menos 50% do mercado para a Copa

A Marcopolo pretende ficar com cer-ca de 50% das novas encomendas de ônibus que serão feitas visando à Copa do Mundo de 2014. Segundo Paulo Corso, diretor de opera-ções comerciais para o mercado brasileiro da Marcopolo, as encomendas totais de ônibus para a Copa devem ficar em torno de 1,5 mil a 2 mil unidades. “Pretendemos vender 50% desse total.” Corso disse que as cidades sede da Copa terão de passar por uma atualização de seus sistemas de transporte e construir corre-dores de ônibus. “Porto Alegre, por exemplo, já está pensando nos corredores.” Ele disse, porém, que como as obras de infraestrutura

VIALE BRT • Modelo voltado para operação em corredores exclusivos teve primeiras unidades entregues para a cidade do Rio de Janeiro

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para o evento estão atrasadas, os corredores só devem ficar prontos a partir da metade do ano que vem. Conforme o executivo, essas en-comendas devem começar a deslanchar no começo de 2013. Quanto à Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, Corso acredita que deva ser aproveitada parte das melhorias em transporte feitas para a Copa. “Ainda não te-mos projeção (de vendas). O que pode haver é uma demanda por ônibus ‘normais’, não ar-ticulados.” Nesta semana, começaram a circu-lar na cidade do Rio de Janeiro 49 ônibus Marcopolo Viale BRT. Segundo Corso, este é o primeiro sistema de BRT (ônibus articu-lados que trafegam em corredores) em fun-

cionamento no Brasil dentro dos mais moder-nos conceitos, com integração de diferentes modais, como o metrô, já prevendo a Copa do Mundo. O executivo informou que o valor da aquisição desses ônibus foi de aproximada-mente R$ 42 milhões, e que as encomendas deste novo modelo estão em cerca de 70 uni-dades. Em 2012, a Marcopolo espera atingir receita total de vendas de R$ 3,6 bi-lhões. De acordo com Corso, as exportações a partir do Brasil devem representar entre 15% e 20% desse total. Com o avanço das obras de mobili-dade nas cidades-sede, os pedidos de mode-los voltados para o BRT devem crescer.

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REVISTAINTERBUSSG A B R I E L P E T E R S E N G O M E SA R A R U A M A / R J • M O N T E S B R A N C O S

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Comissão do Senado aprova verba para Rodoanel Norte A comissão para assuntos econômi-cos do Senado Federal aprovou nesta semana o empréstimo de US$ 1,148 bilhão do BID para construção do trecho Norte do Rodoanel de São Paulo. A extensão da obra é de 44 km e vai interligar os trechos Oeste e Leste da rodovia que circula a cidade de São Paulo. O tema deverá passar ainda pela aprovação da plenária do Senado. O Rodoanel Norte ini-cia na confluência com a avenida Raimundo Pereira Magalhães, antiga estrada Campinas/São Paulo (SP-332), e termina na intersecção com a rodovia Presidente Dutra (BR-116). O trecho prevê acesso à rodovia Fernão Dias (BR-381), além de uma ligação exclusiva de 3,6 km para o Aeroporto Internacional de Guarulhos. A Dersa informa que ao todo 25 concorrentes manifestaram interesse em participar da licitação, sendo que 17 estão organizadas em consórcios e 8 empresas competirão individualmente. Além de cons-trutoras brasileiras, empresas da Espanha, Itália, França, Portugal, México, Argentina e Coréia também se inscreveram no certame. A escolha dos vencedores será pelo critério de menor preço integral em cada lote da obra. A próxima etapa do processo será a análise da documentação recebida, que de-verá consumir cerca de dois meses em vir-tude da complexidade da obra e do volume de documentos apresentados pelos competi-

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

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dores. Ao final desta etapa, a DERSA publi-cará a relação de concorrentes que atenderam os requisitos mínimos do edital para cada dos seis lotes da obras, habilitando-os a apresen-tar proposta comercial para cada lote. Os quatro trechos interligarão as 10 grandes rodovias que chegam à Capital: Ban-

deirantes (SP-348), Anhanguera (SP-330), Presidente Castello Branco (SP-280), Raposo Tavares (SP-270), Régis Bittencourt (BR-116), Imigrantes (SP-160), Anchieta (SP-150), Ayrton Senna (SP-070) e Presidente Dutra (BR-116) e Fernão Dias (BR-381). Ao todo, o Rodoanel atravessará 17 municípios.

• Do Site da Transpo [email protected]

Jamef comemora 49 anos de estradaTranspo Online

A Jamef Encomendas Urgentes comemora, nesta semana, seus 49 anos de es-trada. A transportadora mineira foi fundada em Divinópolis (MG), em 1963, com apensas um caminhão. Atualmente, a Jamef possui uma frota de mais de 800 veículos e 20 filiais espalhadas pelo Brasil. Cresceu 15% em 2011 e pretende manter o ritmo em 2012. “Será um período de investimentos em frota, novas tecnologias e ex-pansão. Isso certamente nos trará mais um resul-tado positivo no final do ano”, afirma Adriano Depentor, diretor-presidente da Jamef.

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Mercedes-Benz, com Accelo e Atron, mira os atacadistas Se dois ou mais caminhoneiros se reunirem para um papo descontraído à beira de alguma rodovia, a Mercedes-Benz logo aparece para apresentar seus produtos. Pela determinação com vem encarando sua meta de retomar a liderança do mercado nacional, uma exposição no CEAGESP de São Paulo, o maior centro de abastecimento do País é o cenário perfeito para novas conquistas. Essa estratégia de estar onde o cliente está tem sido a tônica da empresa para ampliar suas vendas, especialmente do modelo leve Acello que representa o maior volume da montadora. Com grande versatilidade de apli-cação, os modelos Accelo 815 e Atron 2324 foram os destaques no evento, junto com a nova tecnologia BlueTec 5 que, segundo a montadora, reduz o custo operacional graças aos motores que são até 6% mais econômi-cos. Além disso, a linha Accelo atual ampliou a oferta de modelos VUC, veículos que têm maior flexibilidade de circulação na cidade de São Paulo. A ação no centro atacadista foi re-alizada em conjunto com a rede autorizada da capital paulista. “Objetivo foi mostrar aos operadores da CEAGESP que a nossa nova linha de caminhões traz mais ganhos para quem atua no transporte de hortifrutigran-

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Divulgação

• Do Site da Transpo [email protected]

Quem compra MAN, testa AudiTranspo Online

As conterrâneas montadoras de caminhões e ônibus MAN Latin America e a de automóveis Audi firmaram uma par-ceria inédita para os clientes dos veículos comerciais da MAN. A primeira ação conjunta prevê a oportunidade para cerca de 250 convida-dos, do 12º Congresso Paulista do Trans-porte Rodoviário de Cargas - FETCESP (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), de partici-par do programa Audi Driving Experience, em que poderão testar seis luxuosos car-ros dos modelos TTS, S3 e o SUV Q7. O

evento acontecerá até hoje, em Campos do Jordão (SP). A parceria entre as marcas Audi e MAN prevê uma associação de seus cli-

jeiros”, diz Tânia Silvestri, diretora de Ven-das e Marketing de Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. Com a nova tecnologia, os produtos da marca estão com intervalos de troca de óleo maiores, o que reflete maior economia para os empresários. Outra novidade da marca é o fato de oferecer dois modelos específicos para o seg-mento VUC. Tanto o Accelo 815 como 1016 têm a versão VUC, totalizando três opções de entreeixos, entre elas a de 3,1 m, que o con-

figura como VUC (Veículo Urbano de Carga) na cidade de São Paulo. Outro modelo que atende ao uso dos atacadistas é Atron 2324, modelo que dá con-tinuidade à tradição dos “bicudos” Mercedes-Benz. Esse modelo, segundo a montadora, têm uma imagem muito forte no mercado brasileiro, desfrutando de grande preferên-cia e confiança junto aos clientes. A cabina semiavançada do Atron ganhou novo design externo.

entes, posicionados no segmento Premium nos dois casos. No caso da montadora de caminhões, os produtos mais sofisticados se referem aos extrapesados da linha TGX.

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D E U N A I M P R E N S A

Azul lança voo para S. José dos CamposTranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected] A mais jovem companhia aérea brasileira continua sua surpreendendo o mer-cado. A novidade agora é a manutenção de um a linha regular diária entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas, e a cidade de São José dos Campos. Essa é a primeira vez na história da aviação brasileira que uma com-panhia aérea ligará as duas cidades paulistas com operações diárias. O voo inaugural acon-teceu neste domingo. Localizada no Vale do Paraíba, São José dos Campos é um importante polo industrial do estado de São Paulo e sede da Embraer, fabricante dos aviões usados pela empresa Azul Linhas Aéreas. Mas a rota entre os dois pontos será feita pelas aeronaves ATR 72-600, com capacidade para 70 luga-res, de procedência canadense. “Começamos a atender São José dos Campos em outubro de 2010, com voos diários para Curitiba e Belo Horizonte. A nova ligação facilitará o fluxo de Clientes, em ambos os sentidos, além de

possibilitar viagens a negócios com ida e volta no mesmo dia para muitas cidades brasileiras”, afirma Paulo Nascimento, vice-presidente Co-mercial, Marketing e TI da Azul. A Azul Linhas Aéreas Brasileiras tem mais de 10% de participação no mer-

• Do Site da Transpo [email protected]

MAN vende ônibus movido a GNVTranspo Online

A operadora de transporte público Arriva, de Runcorn, no Nordeste da Inglaterra - subsidiária da empresa alemã de transporte ferroviário Deutsche Bahn -, investiu em um ônibus sustentável, com a aquisição do mo-delo EcoCity com propulsão a GNV ou biogás da MAN. “Estamos muito felizes com a primeira compra deste ônibus. O gás natural e o biogás são uma das tecnologia para o fu-turo dos transportes urbanos”, ressalta Tony Griffiths, gerente Geral de Operações de Ôni-bus da MAN Truck & Bus UK. “Este ônibus a gás da MAN é parte do investimento contínuo da Arriva na melho-ria do desempenho ambiental da nossa frota de ônibus. Juntamente com os números cres-centes de ônibus híbridos sendo introduzidos”, destaca Mike Cooper, diretor da divisão da Ar-riva Bus UK. O circular MAN EcoCity é equipado com o chassi MAN E2876 EEV com propul-sor de 12,8 litros e 272 cv cavalos de potência. O modelo possui 12 metros de comprimento e capacidade para transportar 40 lugares pas-sageiros sentados. O sistema possui quatro tanques de GNV com capacidade de 1.176 li-tros.

Divulgação

cado doméstico, consolida-se como a terceira maior empresa aérea do País. A empresa co-necta 47 destinos, de 46 cidades e mantém mais de 400 voos diários. Com pouco mais de dois anos de atividade, a empresa já acumula mais de 17 milhões de pessoas transportados.

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• Do [email protected]

Cooperados vendem linhas deônibus com veículo em S. Paulo

Cooperativas

O Ministério Público Estadual (MPE) e a SPTrans vão investigar a venda ilegal de concessões e permissões para ex-plorar linhas de transporte público em São Paulo. O site G1 flagrou, nesta semana, anún-cios em site de leilões que ofereciam cinco ônibus de um consórcio e dois micro-ônibus de cooperativas, todos ativos no serviço mu-nicipal. Representantes das empresas e co-operativas afirmam que a prática é ilegal e que não tinham conhecimento da venda. Se-gundo eles, os responsáveis vão ser investi-gados e, se comprovada a fraude, punidos. A Prefeitura de São Paulo afirma que negociar a exploração das linhas de ônibus é estrita-mente proibido, pois elas são “concedidas pelo poder público às empresas operadoras do sistema municipal de transporte”. Os anúncios encontrados na inter-net divulgavam coletivos vendidos por até R$ 296 mil, mediante pagamento parcelado. Além do veículo, o vendedor prometia en-tregar a credencial para operar a linha através de um documento de doação e desistência feito pelo atual cooperado. Dois anúncios prometiam a venda de micro-ônibus em operação em linhas nas zonas Leste e Norte. Em outro, eram ofereci-dos cinco ônibus do Consórcio Leste 4. A empresa Novo Horizonte, inte-grante do consórcio, afirmou que “tal prática não é permitida nem realizada” e que “não teve qualquer ciência prévia” dos anúncios, segundo e-mail enviado pelo advogado Ale-xandre de Moraes. Ex-secretário municipal dos Transportes, Moraes ficou à frente da pasta por três anos, entre 2007 e 2010. Hoje, ele defende empresas de transporte público. O Consórcio Leste 4 é responsável por ônibus de médio e grande porte que cir-culam em bairros como Tatuapé, Belém, Vila Carrão e Cidade Tiradentes. O anúncio de

ILEGAL • Em um dos anúncios encontrados em um site na inter-net, a linha 374T é ofertada junto com ônibus. Há algum tempo a operadora da Zona Leste de São Paulo, que é registrada como empresa e opera comocooperativa já é investigada por diversas práticas ilegais

venda oferece cinco coletivos da linha 374T-10, que faz o percurso entre Cidade Tiraden-tes e a estação de Metrô Vergueiro. Procura-do pelo site G1, o consórcio não retornou as ligações até o final da noite desta quinta-feira (24). Dois veículos anunciados são de

2003, dois são de 2007 e um deles é de 2011, segundo a SPTrans. A idade dos ônibus anun-ciados permite que eles sejam explorados por um ou até nove anos, já que uma norma da Prefeitura determina que coletivos em circu-lação na capital paulista podem ter, no máxi-mo, dez anos de idade.

Reprodução

C O M É R C I O I L E G A L

Anúncios encontrados em vários sites na internetoferecem linhas comônibus; Concessão pública não pode ser vendida

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O anunciante promete ceder o ôni-bus com a concessão para a linha, e afirma que o “retorno sobre o investimento” se dará em “aproximadamente 36 meses” após a compra. Os números de registro dos coletivos anunciados confirmam que eles pertencem ao Consórcio Leste 4, segundo a assessoria da SPTrans. O preço não é citado neste anúncio em específico. Os vendedores citados no anúncio são ligados à empresa WFabrill, que presta serviços de limpeza de ônibus em São Paulo. Entre eles estão dois diretores da companhia, os irmãos Fabrício e Giuliano Rainatto. O site G1 tentou contato várias vezes por telefone com ambos, mas não foi atendido. Por e-mail, Giuliano afirmou que o anúncio foi um “equívoco de propaganda” e atribuiu a culpa à equipe de marketing que contratou. Ele diz que a proposta de venda corresponde a um “tipo de serviço a ser usa-do, como no caso dos veículos a serem nego-ciados servirem para linhas rurais, autônomas e particulares” e ressalta que “não possui ne-nhum tipo de linha”. Ele disse ainda que os coletivos no anúncio tem mais de dez anos de uso e, por isso, não estariam em operação. A SPTrans afirma que todos os coletivos anun-ciados tem menos de uma década e estão em funcionamento. Moraes afirma que os irmãos são ligados a uma cooperativa de ônibus, que os veículos no anúncio estão “financiados” e não pertencem aos dois. Ele diz que, ape-sar do desmentido, ambos podem “estar querendo prejudicar a Novo Horizonte ou a Transcooper”. “[O ônibus] não pode ser ven-dido, a permissão é da concessionária, não dos permissionários. Isso é ilegalidade de um permissionário, e se eles insistirem vão res-ponder civil e penalmente por isso.”

Lotações, ‘um bom negócio’ Responsável pelo anúncio da venda de um micro-ônibus, Leandro José dos Reis conversou com o G1 por telefone. A lotação, de linha 9191, opera na Zona Norte e vai até a Estação Barra Funda e o Hospital Cachoei-rinha. Segundo o vendedor, o coletivo está em operação e a compra “é um bom negó-cio”, já que permitiria um retorno mensal de cerca de R$ 8 mil. “[O micro-ônibus] é de cooperativa, é da Transcooper. O veículo é de 2007, você pode rodar com ele por mais três anos ainda”, disse Reis. O preço é de R$ 160 mil, sendo este o custo do coletivo e da transferência da docu-mentação para que ele rode pela cidade. Ao ser questionado sobre a ilegalidade da negociação, Reis em um primeiro momento citou a venda de alvarás de táxi, também proi-bida por lei. “Sempre que sai um [cooperado], é que nem táxi, sai um e entra outro. A gente as-

sina uma desistência, entendeu? Aí entra outra pessoa que esteja interessada.” Em seguida, o vendedor alegou desconhecer a lei. “Não sabia, não [que é ile-gal]. Eu nunca fiz isso. Está no nome do meu irmão, está certinho no nome dele”, disse, alegando ter o micro-ônibus em sociedade com o parente. Uma hora após a equipe de reportagem falar com Reis, o anúncio virtual foi encerrado. A Transcooper, cooperativa de mi-cro-ônibus em São Paulo, disse desconhecer o esquema de venda. Moraes, que defende a empresa, afirmou que os responsáveis vão ser investigados e punidos. “O que é possível legalmente é não querer mais ser cooperado, sair, devolver [o veículo]. A pessoa não pode vender o micro-ônibus. A doação [da per-missão] é gratuita, é a mesma ilegalidade que ocorre em relação aos táxis. Se a direção da cooperativa comprovar [a venda], vai expul-sar o cooperado”, ressaltou. Outro micro-ônibus anunciado na internet informava que o veículo pode trans-portar até 750 passageiros por dia em uma linha municipal na Zona Leste. O anunciante diz que a lotação tem “linha e cadastro Trans-cooper” e que o negócio sai por até R$ 296 mil, sendo dividido em uma entrada de R$ 140 mil mais 60 parcelas de R$ 2,6 mil. Em resposta a uma das perguntas feitas pelos interessados, o vendedor informa que “está em dia” com a cooperativa, que o ponto é na Estação Itaquera do Metrô e que o percurso é pela Cidade Tiradentes, com “mais ou menos 50 minutos de ida e 50 minutos de volta”. O lucro, aponta ele, é de R$ 8,5 mil por mês explorando a lotação. Procurado pelo site G1, o anun-ciante não atendeu às ligações e não respon-deu às mensagens deixadas em seu celular. O anúncio também foi encerrado após a equipe de reportagem tentar contato com o vendedor.

Tanto a placa quanto o número de registro dos micro-ônibus anunciados foram borrados da imagem pelos vendedores. “Quem for comprar, vai comprar gato por lebre, porque não vai conseguir nenhum veí-culo”, afirma o advogado da Transcooper.

Negociação proibida A SPTrans afirma que são proibidas as negociações envolvendo linhas de ônibus em São Paulo, pois elas são concedidas pela Prefeitura. No caso das cooperativas, o poder público permite que os cooperados operem o sistema, o que não significa que as per-missões e linhas possam ser vendidas. “Não há proibição quanto à venda de veículos, desde que sejam descaracteriza-dos como ônibus integrantes do sistema de transportes da capital”, afirma a SPTrans, em nota. A empresa diz que irá apurar as nego-ciações e que, se for constatada ilegalidade, serão tomadas as medidas cabíveis.

Leilão de linhas Os anúncios alarmaram o promotor Saad Mazloum, do Ministério Público. Ele pediu esclarecimentos à SPTrans e anexou dados sobre a venda a um inquérito aberto para investigar irregularidades no transporte municipal de São Paulo. “Isso é ilegal. Esse caso é recente, veio ao meu conhecimento agora. É algo que apenas confirma que os ônibus, que essa questão das linhas, elas estão sendo leiloadas, o que não pode acontecer”, disse. Especialista em concessões e con-tratos, o advogado Ariosto Peixoto disse que a venda de linhas de ônibus e micro-ônibus é ilegal. “A autorização no caso de lotações é personalíssima. Não teria como fazer isso. Para abrir uma nova vaga, precisa de uma lis-ta avaliada pela Prefeitura, tempo para abrir uma nova concessão”, analisa.

C O M É R C I O I L E G A L

MAIS IRREGULARIDADES • Anúncio em site de leilões oferece linha de lotação com carro

Reprodução

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

TRANSPEN TRANSFADA • O veículo da viagem, e abaixo a inscrição na capa da poltrona

Ida e volta na poltrona 21do mesmo DD da Transpen

Preparei-me para ir a um evento or-ganizado pela lista de discussão “L´Autobus do Brasil” que realizou no último sábado, dia 19, na garagem da Viação Iapó, em Ponta Grossa-PR. É uma das pouquíssimas empre-sas que são verdadeiras amigas dos entusias-tas de ônibus: tratam e respeitam-nos muito bem, assim como nós o respeitamos. Comprei as passagens de ida e volta para Ponta Grossa com quatro dias de an-tecedência no próprio guichê da Transpen/Transfada. Naquele momento, todos os seis assentos leito foram ocupados tanto na ida quanto na volta, então, resolvi reservar o as-sento 21 para as duas viagens marcadas na sexta-feira 18, às 22 horas, e a volta no dia seguinte, também às 22 horas. Cheguei uma hora antes da partida no Terminal Barra Funda, em São Paulo. Descendo às 21h40 na plataforma 21, avis-tei o ônibus 38020 (Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K380) da Transpen a serviço da Transfada, partindo do terminal para Ponta Grossa e fazendo uma linha paradora vinda de Santos, e inúmeras pessoas, inclusive eu, esperando o próximo ônibus. Em seguida, estava vindo o Mar-copolo G6 DD sobre chassi Scania K380, prefixo 36010, aquele adesivado com figuras dos ônibus antigo e novo, lado a lado, e na di-anteira a inscrição “Transfada”. Ao entrar, o passageiro pega o “kit lanche” com produtos da Bauducco, Marilan e Frimesa, e também o kit com travesseiro e manta, e Wi-Fi dis-ponível em toda a viagem. Subi até eu sentar na poltrona 21. O motorista foi comunicativo. Explicou quais cidades o ônibus fará parada para embarque/desembarque e para parada técnica. E para preservar-me contra qualquer risco, usei o cinto de segurança. E para quem embarcou no Leito, localizado na parte inferior, os números dos assentos sempre são do 47 ao 52. O veículo saiu com lotação total às 22h11. Há um ano e meio não viajava de ôni-bus nas madrugadas, e essa viagem foi um dos meus maiores desafios: ficar oito horas sentada tentando dormir no ônibus. De São Paulo a Ponta Grossa, a linha é expressa. Para somente em Sorocaba (somente para embarque), 20 minutos de parada técnica na Churrascaria Chapadão em Taquarivaí (mudou o lugar da parada, não é mais em Itapetininga), Itararé e Castro (so-mente para desembarque). Às 01h54 o ônibus parou no Cha-padão, em Taquarivaí, para que passageiros pudessem sair um pouco do ônibus, se quise-

Marisa V

anessa N. Cruz

rem. A parada estimada em 20 minutos pro-longou por 32, retomando a viagem às 02h26. Por volta das 5 da manhã o ônibus chega à cidade de Castro-PR, sendo que al-guns quase desembarcaram achando que es-tava já em Ponta Grossa. No último trajeto, onde todos tentaram o último cochilo, é sem-pre assim: tinha um senhor puxando papo com uma desconhecida senhora bem atrás de mim. Pronto! Ninguém mais conseguiu co-chilar, só acabei não reclamando verbalmente para não acabar acordando todo mundo. Desembarquei na cidade às 05h57 do dia 19. A rodoviária de Ponta Grossa foi reinaugurada em 2008, com painel e chamada eletrônicos e com o prédio totalmente refor-mado, oferecendo total segurança, tranquili-dade e conforto aos passageiros. Realmente gostei da beleza e da arquitetura interna. Voltei à rodoviária à noite, espe-rando o ônibus das 22h da empresa Transpen a serviço da Transfada. Conforme a lógica tradicional, um ônibus que percorre um terço do dia fazendo longas viagens normalmente é o mesmo que percorre o sentido oposto. E prevaleceu! O mesmo Marcopolo Parad-iso G6 1800 DD de prefixo 36010 estava lá, pronto para voltar à capital paulista, mas não era o mesmo motorista que havia levado os

passageiros de São Paulo a Ponta Grossa. A partida foi pontual. De novo, mal dava para enxergar a vista externa pelos ade-sivos de propaganda da empresa que enco-briam o ônibus. Na mesma poltrona 21 onde fiz meu trajeto de ida, preparei para mais uma madrugada de sono. Fechei o cinto de segu-rança, pus a manta e travesseiro no encosto e finalmente pude dormir a maioria da viagem. Alguns passageiros que sentaram na poltrona do corredor preferiram migrar para vagas livres no assento da janela, que posteri-ormente foram ocupados por passageiros que embarcaram na parada seguinte, na cidade de Castro. Cheguei no Terminal Barra Funda às 5h38 de domingo, dia 20. Desci e aprovei-tei para tirar uma foto da frente do Double Decker, para poder me despedir daquele pos-sante. De lá fui pegar o metrô, voltando para minha casa. Na ida, quase não consegui dormir por estar desacostumada com o veículo, mas consegui dormir depois da parada de Taqua-rivaí até Castro. Na volta, dormi 90% do tempo de viagem. Alguns colegas de hobby preferiram ficar em um hotel lá mesmo em Ponta Grossa, para no dia seguinte voltar para casa de ônibus sem sono.

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27/05/12 • REVISTAINTERBUSS22

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM SÃO PAULOO prefeito Gilberto Kassab participa da assinatura de intenção de compra de 50 ônibus movidos a etanol pelo grupo Metropolitana. As primeiras unidades chegaram seis meses depois.

Pesquisa da Semana

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Em novembro de 2010

ENQUANTO ISSO, EM CURITIBA...

Veículo biarticulado do serviço Ligeirão em operação no Terminal Pinheirinho, na capital paranaense. Apesar da operação de excelência do BRT local, diversas linhas, entre elas essa da foto registram superlotação em vários horários, inclusive aos finais de semana e feriados, apesar do intervalo curto. Qual seria a solução?

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras

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REVISTAINTERBUSS • 27/05/12 23

Outros lados da Greve... Na última quarta-feira, a cidade de São Paulo sofreu com a greve dos metro-viários e de parte dos ferroviários. O Tribu-nal Regional do Trabalho exigiu que as cate-gorias mantivessem 100% da frota rodando nos horários de pico e 85% nos de vale. Mas o total de trens em operação passou bem longe disso. Os ramais do Metrô que foram mantidos em operação também foram poucos. Os trechos que operaram foram os seguintes: da estação Ana Rosa à Estação da Luz, na Linha 1; da Estação Ana Rosa à Es-tação Clínicas, na Linha 2; e da Estação San-ta Cecília à Estação Brás na Linha 3. Esses trechos respondem apenas pela circulação na região mais central da cidade. A falta da ligação deles com os bairros, de onde vêm a demanda, os deixou praticamente vazios – com exceção do trecho da Linha 2, que rece-beu a demanda da Linha 4 do Metrô que, as-sim como a Linha 5, operaram normalmente. Quanto às linhas de trem, somente as linhas 11 e 12 pararam. As demais linhas de trem, por negociarem o aumento em se-parado, funcionaram normalmente. A 2km/h – As pessoas que depen-diam dos ramais paralisados se viraram pra conseguir chegar ao trabalho. Eu mesmo tive sérias dificuldades. Sem o metrô, resolvi ir pelo caminho óbvio: linha 875A/10 Perdizes até a região da Consolação. Saí de casa às 6h40 e fui à região da Vila Paulista onde, às 7h20 da manhã, peguei o ônibus no sentido centro. Às 8h10 da manhã ele passou pelo Metrô São Judas. E às 9h00 da manhã che-gou ao Metrô Praça da Árvore – que fica a 2km do Metrô São Judas. Ou seja, em 50min andei 2km, por causa do excesso de veícu-los, que deixou o transito congestionado. Sem muita paciência com o trânsito, fiz o que centenas de outras pessoas fizeram: desci do ônibus e segui a pé. Foram mais 4km até a estação Ana Rosa, onde peguei o Metrô para chegar à região da Consolação. Cheguei ao serviço às 10h40, com 1h40 de atraso e quatro horas depois de sair de casa. E esta foi a mesma realidade de milhares de paulistanos naquela quarta-feira. E nos faz pensar sobre até onde uma greve pode ir sem prejudicar os direitos da população. O direito de greve é algo previsto na constituição. No entanto, acho que tanto a greve feita na capital paulistana na última quarta-feira quanto alguns movimentos gre-vistas que persistem em outras capitais, como a greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Salvador/BA, estão sendo muito radicais. Os próprios sindicatos deveriam se preocupar em buscarem os direitos de seus associados sem, no entanto, deixar na mão a população

que dependem de seus serviços. Mantendo um porcentual do atendimento, acredito que o movimento teria uma aceitação bem maior do que a revolta que se viu em algumas estações. Plano B – Além da própria indife-rença dos sindicatos para com a população, outro fato importante que a greve mostrou é o total despreparo do sistema de transporte por ônibus paulistano em suprir a uma even-tual falta do sistema de Metrô. Aliás, a forma mais fácil que a Prefeitura de São Paulo tem de tentar amenizar os problemas causados pela falta do Metrô, é esticar os itinerários das linhas que fazem ponto final nas esta-ções mais distantes até o centro da cidade. Mas isso se revela inútil quando o ônibus fica parado em uma via congestionada por carros de passeio. E foi o que aconteceu na última quarta-feira na região da Avenida Jabaquara. Uma melhoria no sistema de trans-porte por ônibus não seria benéfica apenas para o dia-a-dia da população. Seria bené-

José Euvilásio Sales Bezerra

fica até mesmo para situações emergenciais, como a vivida pela cidade na última quarta-feira. Em um caso como este, um corredor de ônibus, ou ao menos faixas exclusivas estilo BRS, facilitaria o uso de ônibus urbanos ar-ticulados, que seriam remanejados de outras regiões, para atender a demanda prejudicada por uma greve de Metrô. Ônibus esses que, no horário vale, ficam parados nas garagens, já que não há demanda que justifique a circu-lação de todos eles ao mesmo tempo durante o período. Claro que nem de longe fariam o deslocamento na mesma velocidade do Metrô. Mas dariam muito mais agilidade ao sistema do que vimos na última quarta-feira. Nossos sistemas de transporte, além da defasagem operacional que já con-hecemos, também não estão preparados para uma situação emergencial. Os “PAESEs” (Plano de Ajuda a Empresas em Situação de Emergência) de que tanto se fala precisam ser revistos tanto quanto o sistema onde es-tão inseridos.

CONSEQUÊNCIA DA GREVE • O congestionamento fez com que várias pessoasdescessem dos coletivos e seguissem viagem a pé até o seu destino. (foto da Avenida Jabaquara, em Mirandópolis, São Paulo/SP)

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

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27/05/12 • REVISTAINTERBUSS24

ALEX MILJCOVICMarcopolo Paradiso G7 1600LD Scania K380 • Nordeste

A S F O T O S D A S E M A N A

RAFAEL CALDASMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS • Guanabara

JOÃO PAULO CASTRO CORDEIROMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Motta

GUSTAVO CAMPOSMetropolitana MB • Santa cruz

JOÃO PAULO CASTRO CORDEIROMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K420 • Pássaro Verde

RAFAEL CALDASMarcopolo Paradiso G7 1600LD Volvo B12R • Nova Medianeira

Portal InterBuss - Nova Galeria de Imagens • www.portalinterbuss.com.br

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REVISTAINTERBUSS • 27/05/12 25

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

SUPERPOLO - DIVULGAÇÃO FÁBIO VARGASNovos Viale BRT e Gran Viale Volvo B12M • Transmilenio Bogotá

ACERVO FERNANDO H. SOUZA - DIVULG. ANDERSON RIBEIROCaio Gaivota Scania BR116 • Unica

WALLISON FERREIRAMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-400RSD • Lopestur

DIVULGAÇÃO ANDERSON RIBEIROMarcopolo III Scania BR116 • Eucatur

ADEMAR ALVES DA SILVACMA Cometa Scania K124IB • Cometa

Comunidade Mercedes-Benz no Facebook •www.facebook.com/groups/129417520494728/

Comunidade Volvo do Brasil no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

Comunidade Scania Bus L.A. no Facebook • www.facebook.com/groups/123769764390312

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27/05/12 • REVISTAINTERBUSS26

Divulgação

PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

Assim vem sendo a introdução de tecnologias da era digital para facilitar a vida do usuário do transporte público no Brasil. E não se está falando de coisas astronomica-mente caras e de outro mundo. Informações básicas como tempo de espera em um ponto de grande movimento de uma linha troncal, ou um simples site que permita inserir dois endereços para falar como fazer esse trajeto usando o transporte público. O que já foi dito nesta coluna em outra oportunidade continua sendo ainda uma grande defasagem nas cidades brasilei-ras. Porém, parece que alguns gestores já começaram a se mexer (ou pelo menos fingir) para adotar iniciativas nessa área. Na última semana, o site Tecmundo (www.tecmundo.com.br) postou uma notícia sobre a adoção de GPS e 3G para monitorar o transporte público, fazendo um panorama de iniciativas adotadas por São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Vitória. São Paulo possui o sistema Olho Vivo, que é pouco divulgado pela SPTrans e pouco usado pelos usuários. A consulta só pode ser feita por site, ou por aplicativos criados por terceiros. A falta de um aplicativo oficial para Android e iOS reduz bastante as circunstâncias em que o usuário pode usar o sistema. O site do Olho Vivo é bastante sim-ples e sem nenhuma integração com a consul-ta de transporte público origem-destino que pode ser feita pelo site. O número pequeno de pontos cadastrados no Olho Vivo também empobrece as funcionalidades do mesmo. Apesar de tudo, São Paulo é a cidade que está mais avançada nesse tipo de monitoramento de frota. Avanço que também poderia ter apa-recido na infra-estrutura física do sistema, com a construção de mais corredores de ôni-bus e com a melhoria dos atuais. Em Curitiba, os ônibus agora são equipados com GPS e 3G, e um sistema de informações ao usuário está em testes em dois terminais. Pelo sistema, os usuários são informados de quanto tempo terão de esperar para o próximo carro. A URBS afirma que, no ano que vem, serão instalados 700 painéis luminosos nos 22 terminais da cidade, o que ainda é pouco para uma cidade que se gaba do BRT chamando-o de metrô de superfície (como se um BRT fosse algo comparável com metrô em algum sentido). Seria interessante instalar os painéis inclusive nas estações-tu-bo de maior movimento e que são pontos de parada de locais importantes da cidade, como o tubo da Rodoferroviária e, gradativamente, ir instalando em todas as estações-tubo, ter-minais e nos pontos de parada tradicionais mais importantes. Poderia funcionar até mes-

mo na Linha Turismo, que é conhecida pelos turistas pelo enorme atraso dos ônibus na alta temporada. Também em Curitiba está sendo testado um sistema de câmeras nos biarticu-lados e nos terminais. A idéia é melhorar a visibilidade das últimas portas para o motor-ista. Descobriram essa solução em 2012, no sistema que chamam de metrô de superfície, enquanto no metrô de verdade as câmeras ex-istem há décadas. Em Belo Horizonte, totens estão sendo instalados em pontos de ônibus para informar o tempo restante para a chegada do próximo ônibus. O sistema em si ainda está em fase de testes, e se assemelha bastante à iniciativa curitibana. Em Vitória, foi implantado o siste-ma Ponto Vitória, que é bastante parecido com o Olho Vivo paulistano. É possível con-sultar o próximo veículo selecionando um ponto de ônibus. Porém, ao contrário do pau-listano, não é possível ver o tempo estimado de viagem no corredor e nem ver a velocidade média no momento. Além dos exemplos citados pelo

Tecmundo, vale a pena citar Goiânia, que é uma das poucas cidades na América Latina a usar efetivamente o ITS4Mobility da Volvo Buses. Santos, em São Paulo, também faz monitoramento da frota por GPS, e disponibi-liza as informações em um site, em tempo real. São algumas iniciativas que mostram que as cidades brasileiras começaram a se mexer no sentido de dar informações em tem-po real ao usuário. O ideal é que isso ocorra gradativamente, aliado a melhorias estrutu-rais nos sistemas, como troncalização, cons-trução de corredores de ônibus, terminais e melhorias na estrutura dos pontos de ônibus (não falando em pontos de ônibus totalmente cobertos, mas em paradas com um poste com uma placa padronizada com o número das linhas que passam ali, destino, pontos de pas-sagem importantes e intervalos médios).

Link da matéria do Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/onibus/23929-cidades-brasileiras-ja-usam-gps-e-conexoes-3g-para-monitorar-o-sistema-de-transporte-publico.htm

Passos curtos, caminho longo

PONTO VITÓRIA • Usuária testa sistema de monitoramento em computador

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