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MARÇO / ABRIL DE 2013 - ED 1 ANO 1 WWW.JATEAMENTOEPINTURA.COM.BR Jateamento & Pintura EDITORA ® Pintura Jateamento Um curso exclusivo para a Revista JP escri- to pelo professor Celso Gnecco ensina sua empresa a escolher e utilizar seu sistema de pintura de forma eficiente. Conheça os critérios a levar em consideração na hora de escolher um Jato Turbinado que melhor se adeque a suas necessidades. revista

Revista JP

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Revista JP Ano 1 Edição 1

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Page 1: Revista JP

MARÇO / ABRIL DE 2013 - ED 1 ANO 1WWW.JATEAMENTOEPINTURA.COM.BR

Jateamento & Pintura

EDITORA

®

Pintura

Jateamento

Um curso exclusivo para a Revista JP escri-to pelo professor Celso Gnecco ensina sua empresa a escolher e utilizar seu sistema de pintura de forma eficiente.

Conheça os critérios a levar em consideração na hora de escolher um Jato Turbinado que melhor se adeque a suas necessidades.

revista

Page 2: Revista JP

Os mais avançados sistemas de pintura,Em um distribuidor completo.

VENDASLOCAÇÃO

MANUTENÇÃO

(19) 3294-3327 / (17) 3324-5298(51) 3307-7867 / (47) 3804-6130

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Page 3: Revista JP

Os mais avançados sistemas de pintura,Em um distribuidor completo.

VENDASLOCAÇÃO

MANUTENÇÃO

(19) 3294-3327 / (17) 3324-5298(51) 3307-7867 / (47) 3804-6130

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Page 4: Revista JP

Índice

6 Origem do Jateamento

8 Escolha do Jato Turbinado

13 Uso da Areia e a Silicose

14 Ar Comprimido

18 Pré-sal

Editora ROSA

Direção geral: Oliver Strobel

Editor chefe: Anderson Santos

Comercial: Thaís Oliveira Anderson Santos

Design e Diagramação: Pedro Cardoso

Fotografias: Karyn Loreine

Revisão: Sirley Vieira Amorim

22 Curso de Tintas

36 Entrevista - Airless

40 Bicos de Jato

Jornalista Responsável: Enoch Tiburtino MTB 19268

Impressão: RR GráficaTiragem: 5.000 exemplaresDistribuição nacional

Contato: Direção: [email protected]ção: [email protected]: [email protected]

Fone: (19) 3294-3144

Campinas - SP

22 Curso de Tintas

8 Escolha do Jato Turbinado

40 Bicos

18 Pré-sal

Page 5: Revista JP

Editorial

O termo decapagem mecânica, popularmente conhe-cido como Jateamento, na indústria metal mecâni-ca, refere-se a processos de limpeza mecânica com

o propósito de remoção de óxidos, carepas das peças e an-coragem. Genericamente, podemos definir o processo de decapagem como sendo o processo que dissolve ou elim-ina os produtos de transformação ocorridos na superfície dos metais, como: carepas, óxidos, crostas, sais, etc, para então ser realizada a pintura sobre a mesma.

O ano de 2013 para o segmento de Jateamento, es-pecificamente para o processo de Decapagem Mecânica e Pintura, será um divisor no tempo em que não existia ne-nhum meio de comunicação, escrito ou eletrônico para o setor, que agora conta com um moderno e ágil meio de co-municação, através do lançamento da REVISTA JP - JATEA-MENTO E PINTURA. A revista cobrirá todo o território na-cional, oferecendo bimestralmente todas as informações do setor, como também disponibilizará espaços para divulga-ções de matérias técnicas, novas tecnologias e divulgação dos principais fornecedores do segmento.

Contamos com a participação de todos os leitores através de dicas e sugestões para podermos trazer a cada edição um conteúdo mais completo e dinâmico.

Boa leitura.

Anderson Santos

Page 6: Revista JP

Origem do JateamentoO processo foi patenteado em 1870 por Chew Tilghman.

Em termos industriais, o marco inicial da

evolução do processo de jateamento pode

merecidamente, ser creditado a Tilghman,

que em 1870 requereu a primeira patente a ele re-

lacionada. Curiosamente, a idéia lhe ocorreu obser-

vando a marca da grade sobre uma vidraça depois

de uma tempestade de areia. A primeira aplicação

prática que imaginou foi a gravação de letras em

lápides de granito utilizando máscaras.

A areia foi o primeiro abrasivo a ser utiliza-

do empiricamente nos processos de limpeza, natu-

ralmente devido à sua abundância e consequent-

emente ao baixo custo.

Tilghman concebeu um sistema através do qual um

jato de areia, impulsionado por vapor a grande velo-

cidade, limpava e ornamentava lápides de túmulos

e também se prestava a cria-

ções artísticas em vidros.

Logo depois da inven-

ção da máquina, o fenômeno

do fosqueamento se alastrou

pela Europa, tendo como fon-

te de inspiração o movimento

Art Nouveau.

Em 1885, outro americano,

Mathewson, aperfeiçoou o

invento, patenteando um

mixador de ar e areia que substituiu

o vapor pelo ar comprimido. O jatea-

mento então deixa de ser apenas

uma arte para ser uma ciência.

O grande impulso para o desen-

volvimento desse novo recurso está

associado a uma batalha naval du-

rante a Guerra Civil americana, acon-

tecida alguns anos antes (1862). Os

navios de construção metálica, o Merrimac, Con-

federado, e o Monitor da União, mantiveram uma

batalha que demonstrou a enorme superioridade

dos cascos metálicos sobre os de madeira, provo-

cando uma revolução na construção naval. A Ingla-

terra rapidamente trocou a sua armada. Portanto,

o processo de jateamento se caracterizou pela

utilização de abrasivos movimentados em alta ve-

locidade, provocando impacto de partículas sobre

uma superfície, objetivando a remoção da pintura,

ferrugem, e demais materiais contaminantes, de-

ixando o substrato pronto para receber um novo

tratamento superficial, criando um perfil de rugosi-

dade favorável à ancoragem do revestimento a ser

aplicado após o jateamento. Dos muitos métodos

utilizados, a decapagem mecânica a seco através

do jato de abrasivos por pressão atmosférica pro-

duz uma preparação de superfície uniforme e por

isso, na maioria das vezes, é o mais utilizado.

Esse mesmo Tilghman requereu, suces-

sivamente, patentes de granalha de aço, turbinas

e outros aperfeiçoamentos, podendo-se dizer que

ele praticamente esgotou o processo de jateamen-

to, deixado para as gerações futuras apenas a re-

sponsabilidade de aperfeiçoá-lo.

Hoje é uma ferramenta in-

dustrial de muita precisão,

explorada em toda a sua

potencialidade. A fascinante

história do processo de jat-

ear motivou o desenvolvim-

ento dos vários processos e

aplicações.

Por Colman Sellar e F. P. Zimmerli

www.jateamentoepintura.com.br06

Page 7: Revista JP
Page 8: Revista JP

1-Descrição do trabalho

•Tipos de peças a serem limpas•Dimensão e configuração geométrica das peças•Peça maior: comprimento, largura, altura, diâmetro e peso.•Peça menor: comprimento, largura, altura, diâmetro e peso.•È necessário demonstração da limpeza?

2-Parâmetros da operação

•Velocidade de produção desejada•Tempo disponível para efetuar o trabalho•Tipo de sistema: continuo batch ou batch continuo•Condição da peça a ser limpa•Requisitos de limpeza•Remoção dos machos: descarepação, incrustação de areia, re-moção de rebarbas, etc.•Necessidade especifica do cliente a serem satisfeitas•Temperatura das peças a serem limpas•A colisão das peças é um problema?•Requisitos para a separação da areia •Areia de reciclagem para a recuperação posterior ou deposição?•A umidade é problema?•As peças fundidas se adaptam no sistema de limpeza?

3-Requisitos do sistema

•Limitações de espaço•Espaço disponível•Pode ser construído um desnível no piso?•Qual é o requisito da linha de passagem?•A seção do teto pode ser elevada?•O peso máximo a ser processado.•Há necessidade de gruas ou pontes rolantes?

4-Parâmetros de manuseio do material

•Como as peças serão introduzidas no sistema?

www.jateamentoepintura.com.br08

Tão importante quan-

to qualquer etapa dos proces-

sos industriais, a limpeza por

jateamento exige a mesma

atenção. Este cuidado inclui

a escolha do tipo adequado

de máquina de limpeza por

jateamento, que deve ser feita

conforme o tipo, as dimen-

sões e características das

peças a serem trabalhadas. A

limpeza e o acabamento são

sempre operações árduas,

que requerem uma mão de

obra intensiva, e provocam

barulho e poeira em suspen-

são. Atualmente a legislação

relacionada ao meio ambi-

ente de trabalho exige que as

operações sejam executadas

em um local limpo e livre de

particulados em suspensão.

Os fatores a serem

considerados na escolha

do equipamento de limpeza

quanto à sua aplicação, di-

ante de uma ampla variedade

de opções de máquinas que o

mercado oferece, garante que

exista um equipamento dis-

ponível capaz de satisfazer

às necessidades de sua em-

presa. Check list: a primeira

pergunta a ser feita quando

da seleção do equipamento

apropriado para a sua aplica-

ção de limpeza é “ O que eu

preciso que o sistema faça

?”. Uma vez re-

spondida a pergunta pode-se

partir para a seguinte lista de-

talhada, que permitirá definir

o tamanho e o tipo de equipa-

mento necessário.

FATORES A CONSIDERAR NA ESCOLHA DO JATO TUR-BINADO.

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Page 10: Revista JP

•Como as peças vão ser removidas do sistema de limpeza?•O sistema de caixas de transporte interno e uniforme deve ser mantido por toda á fabrica?•É necessário um sistema de monotrilho aéreo?•É necessário um sistema de transferência?•Deve ser usado um transportador de transferência padrão?

5-Requisitos mecânicos e elétricos

•Tipo de revestimento interno da cabine•Tipo de acionamento da unidade (hidráulico ou com motor por engrenagem)•Rolamento, acionamento e especificações do cilindro.•Tipo de acionamento do disco da turbina de jateamento•È necessário um sistema de manuseio de abrasivos?•Requisitos de energia primária e secundária•Tipos de controles (padrão/programável/diagnóstico/com velocidade variável).•Fiação necessária e localização do painel•È necessário uma estação de operação remota?

6-Controle de poluição

•Cartucho ou estilo manga?•Tipo do meio de filtragem desejado

Máquina de Jateamento Turbinado por Esteira

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O autor é editor da revista norte-americana Foundry Man-agement & Technology, em cuja edição foi publicado este ar-tigo. Tradução e adaptação de Themistocles Rodrigues Junior

•Requisitos de tamanho •Existe ligação aos sistemas existentes?•Há folgas sob e em volta do coletor?•Qual é o tipo de descarga?•Sistemas de deposição•É necessária a diminuição do nível de ruído?•Controle e equipamentos de segurança•É necessária ventilação interior ou exterior?

7-Considerações suplementares

•Quais opções são desejáveis? Reabastecimento de abra-sivos ou sistema de recirculação?•Quais são as maiores prioridades?•È melhor ter x? É necessário ter?

8-Requisitos de local

•Quais as licenças ou autorizações necessárias?•Quais são os requisitos quanto às engenharias civil e estrutural?•Qual é o impacto sobre o sistema de ventilação?•Qual é a composição do ar necessária?•O compressor atual é adequado?

Por Dean M. Peters

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13

A silicose é uma doença que afeta o pul-

mão, causada pela aspiração de poeiras derivadas

da areia, que contém sílica livre. Depois de inspi-

rada, a sílica aloja-se na árvore respiratória causan-

do uma reação inflamatória de caráter fibrogênico,

sendo entre nós a principal causa de pneumoconi-

ose. Desta forma, há uma redução da área de troca

de gases que dificulta o fluxo de entrada e saída

do ar. A consequência é a fadiga, a dificuldade de

respirar ao esforço e a tosse seca, podendo progre-

dir até a invalidez profissional e à morte.

É uma doença de desenvolvimento len-

to, pode levar até 10 anos para evidenci-

ar os sintomas e mesmo depois de

cessada a exposição ela continua

evoluindo.

Trabalhadores expostos ao risco

ocupacional de contrair silicose é

todo o indivíduo que trabalhe, mes-

mo em curto período de tempo, em am-

biente onde respiram essas poeiras.

Considerando que o processo de

trabalho de jateamento com areia é gerador

de uma elevada concentração de sílica cristalina

(quartzo), responsável por uma alta incidência de

quadros graves de silicose e que a sílica cristalina é

uma substância comprovadamente cancerígena e

que trabalhadores com silicose estão mais propen-

sos a contraírem câncer de pulmão, foi decretada

pela secretaria de inspeção do trabalho a portaria

no. 99, de 19 de outubro de 2004 o artigo: Art. 1º -

Incluir o item “7”, no título “Sílica Livre Cristalizada”,

do Anexo nº 12, da Norma Regulamentadora nº 15

“Atividades e operações insalubres”, com a se-

guinte redação: “fica proibido o processo de tra-

balho de jateamento que utilize areia seca ou

úmida como abrasivo.”.

Hoje diversos são os abrasivos ofereci-

dos no mercado e que substituem o uso da areia

no jateamento de forma segura e aprovada pela

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técni-

cas). Porém, mesmo seguras, nenhuma delas

dispensa o uso de EPI’s próprios para a opera-

ção de jateamento e que asseguram a respira-

ção pura do operador.

Uso da Areia e a SilicoseUtilização de areia no jateamento pode causar sérios danos a saúde

“Fica proibido processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou úmida

como abrasivo”.

Programa Nacional de Elimina-ção da Silicose,

Seminário realizado em Brasília, nos dias 12 e 13 de

dezembro de 2001.

Page 14: Revista JP

Ar comprimidoA participação dos compressores de ar para jateamento e pintura

A participação dos compressores de ar para jateamento e pintura

O ar comprimido é uma importante fonte de energia, insubstituível em diversas aplicações,

principalmente nos processos de jateamento e pintura. A compreensão do ar ambiente tem como composição básica, aproximada-

mente 20,5 % de oxigênio e 79 % de nitrogênio.

Atualmente é estimado que 5 bilhões de tonela-das de ar são comprimidos por ano em todo o pla-

neta, gerando um consumo de 400 bilhões de kWh, a um custo de 20 bilhões de dólares.

Na indústria, um metro cúbico de ar à pressão de 7 bar custa cerca de meio centavo de dólar (1,0 m3 = R$ 0,25).

Nos últimos anos as preocupações com a produtividade e a qualidade dos sistemas de ar comprimido expandiram-se para a racionalização do consumo de energia e as empresas pas-saram a focar no menor Custo Total de Propriedade – CTP, que propõe equacionar as variáveis relativas à posse e controle do sistema de ar comprimido, que incluem os seguintes custos:

Pesquisas apontam que no período de dez anos o custo total mé-dio de propriedade – CTP de um siste-ma de ar comprimido terá respeitadas as proporções de demanda.

AquisiçãoOperação ManutençãoCustos efetivos de

compra e instalação deos equipamentos e a

rede de ar

Custo operacional de alimentação de energia

do equipamento.

Custos de manutenção que envolvem

manutenções preventivas e possíveis corretivas

23%

7%

70%

14

Page 15: Revista JP

O equipamento que realiza a compressão do ar ambiente é denominado como “Compressor de ar”, que transforma um tipo de energia, normalmente elétrica, em energia pneumática.

Atualmente é estimado que existam cerca de 40 milhões de com-pressores em operação no mundo e outros 4 milhões são fabrica-dos todos os anos.

Duas tecnologias básicas são utilizadas para os compressores:

•Alternativos, de pistão.

•Rotativos, de parafuso e centrífugos.

Conceitualmente, os compressores de pistão e de parafuso são denominados de deslocamentos positivos, pois a compressão do ar é obtida pela redução de seu volume, de forma alternada (pistão) ou continua (parafuso). O compressor centrífugo é do tipo dinâmico, pois a compressão ocorre pela transformação de energia cinética do ar em energia potencial (pressão). As pressões atingidas pelos compressores variam entre 06 bar e 40 bar, porém a pressão de 7 bar é encontrada.

“Nós desejamos que todas as suas duvidas em relação aos produtos que comercializamos sejam esclarecidos e que possamos prestar o melhor serviço neste segmento”

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Benedito

Compressores

Page 16: Revista JP

Nesse período o sistema poderá ter operado continuamente por até 80 mil horas. No en-tanto, a gestão do sistema tem que considerar no projeto de ar comprimido mais dois pontos im-portantes: Integridade física das pessoas, ativos envolvidos e respeito ao meio ambiente. Normas e exigências legais de projeto, de fabricação e de testes dos equipamentos e instalações devem ser respeitadas. Não são poucos os acidentes relacionados com o ar comprimido, alguns fatais.

No aspecto do meio ambiente, um sistema de ar comprimido eficiente é aquele que gera o menor nível possível de contaminação. Portanto, as seguintes variáveis devem ser gerenciadas sistematicamente nos processos de ar comprimido: Custo total de propriedade, respeito ao meio ambiente e eficiência do sistema de ar comprimido.

A atuação equilibrada desses parâmetros deve ser o objetivo do gestor nos processos de jateamento e pintura.

As seguintes aplicações em relação à necessidade de vazão são recomendadas para as diferen-tes tecnologias:

Compressores de pistão

até 100 m3/h

Compressores de parafuso

50 m3/h a 2000 Compressores centrífugos

> 1500 m3/hora

Por Manual de Ar comprimido – Metalplan Equipamentos Ltda

Page 17: Revista JP

Jateamento & Pintura

revista

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Page 18: Revista JP

Pré-salOportunidades e desafios

Todos os dias, mais de 180 000 barris de

petróleo são extraídos de poços do pré-sal. O

combustível produzido na nova fronteira, descobe-

rta em 2007, já abastece veículos no Brasil e no ex-

terior — a primeira carga exportada foi para o Chile

em maio de 2011.

Aos poucos, o pré-sal vai deixando de ser

um projeto distante, localizado em algum lugar do

futuro no imaginário dos brasileiros. Também vão

se afastando as dúvidas sobre a viabilidade tec-

nológica e econômica de tirar petróleo debaixo de

3 000 metros de água e 4 000 metros de rochas.

O melhor, no entanto, é saber que a

produção atual do pré-sal ainda é uma gota diante

do potencial brasileiro. Os campos gigantes que se

espalham do litoral do Espírito Santo ao de Santa

Catarina são a principal novidade do setor em

décadas. Um de cada três barris de petróleo desco-

bertos no mundo nos últimos cinco anos está no

Brasil.

Partindo de estimativas conservadoras, o

pré-sal deve dobrar as reservas de petróleo do país

para 31 bilhões de barris — o número só considera a

parte já descoberta. Acredita-se que haja outros 87

bilhões de barris não descobertos.

“A descoberta do pré-sal abre um novo horizonte

para o Brasil. Leva o país mais perto do primeiro

time como potência energética”, diz Daniel Yergin,

economista americano considerado uma das maio-

res autoridades mundiais em energia.

Por tudo isso, o Brasil encontra-se diante de

uma oportunidade rara. A saga em torno do pré-sal

é, hoje, um dos mais impressionantes empreendi-

mentos em curso no mundo. No ranking dos maio-

res projetos em operação, só a construção de uma

rede de 25 000 quilômetros de trem-bala na China

rivaliza com o pré-sal.

No Brasil, o petróleo pode ser o passaporte

para o Primeiro Mundo — se soubermos lidar com

sua grandeza.

Tudo em torno dele impressiona pela mag-

nitude. São 270 bilhões de dólares de investimen-

tos previstos até o fim da década. O setor de óleo e

gás, que já representa 10% do produto interno bru-

to do país, deve passar a 20%. É, de longe, o mais

pujante do país, especialmente num momento de

franca desaceleração econômica.

Estima-se que 2 milhões de empregos

serão criados na cadeia do petróleo

até 2020 — empregos que re-

querem todos os níveis de

educação, do fundamen-

tal aos pós-doutores,

acostumados a trabal-

har nas fronteiras da

tecnologia. A escala

de produção que o

Brasil pode alcançar

abre uma infinidade de

negócios para empresas

de quase todos os tipos e

tamanhos.

“A cadeia de petróleo é

potencialmente a mais longa da eco-

nomia. Vai do aço, usado na construção de

navios, ao arroz e feijão servidos nas plataformas,

que trabalham 24 horas por dia e 365 dias por ano.

O pré-sal pode colocar o Brasil num novo patamar

18

Page 19: Revista JP

20 Bilhões U$ 180 Bilhões U$ 125 Bilhões U$ 125 Bilhões U$

Gastos com pesquisas sismicas

Gastos com Instalações submarinas

Gastos com Plataformas

Gastos com equipamentos

submarinos

Hoje são 5 tipos de plataformas diferen-

tes, dentre elas: sondas, autoeleváveis e semisub-mersas.

A Petrobras está realizando projetos

para subcontratadas para atender a demanda.

Dois novos centros foram construídos, um

no Rio de Janeiro e outro em Macaé, dedicados a tecnologias Sísmicas 4D e Multicomponentes (MC).

Diversos treinamentos e cursos podem ser

encontrados hoje para operar todos os aparatos tecnoógicos desenvolvi-dos para o Pré-sal.

econômico, social, geo-

político e tecnológico. Na

fase 1, a de descoberta e

avaliação das reservas

do fundo do mar, pode-

se dizer que o país passou

bem pelo teste. Neste mo-

mento estamos em plena fase

2: a construção da cadeia de em-

presas que vai sustentar a exploração

e a comercialização do pré-sal.

No período de 2012 a 2016, os investimen-

tos em exploração e produção aumentaram 11%,

para 142 bilhões de dólares. A Petrobras tem como

meta construir, até 2020, um enorme parque produ-

tivo. Só em plataformas marítimas, passará das at-

uais 45 para 94. Sua frota de petroleiros quase trip-

licará, para 120 navios. O desafio é enorme. Nunca

no mundo uma empresa do setor construiu uma

estrutura tão gigantesca em tão pouco tempo.

Desde 2003, o governo resolveu adotar

uma política conhecida como lei de conteúdo lo-

cal. Trata-se de um conjunto de regras que obriga

as petroleiras a contratar no país a maior parte de

equipamentos e serviços (entre 55% e 65% do total).

O objetivo é fortalecer a indústria local.

Fica claro que o país ainda tem uma boa

lição de casa a fazer. Será preciso dosar o justo an-

seio de forjar uma cadeia de fornecedores para que

isso não atrapalhe o cenário extremamente promis-

19

Page 20: Revista JP

sor do setor.

No mundo, parte das oportunidades já

começou a se concretizar.Tome como exemplo o

grupo britânico BG, um dos maiores do mundo no

setor de energia. No ano passado, a petroleira BG

anunciou que destinará ao Brasil o maior volume

de investimentos entre os 27 países em que atua.

Serão cerca de 25 bilhões de dólares até 2020.

Hoje, o Brasil responde por 1% da produção

do grupo. Em sociedade com a Petrobras, a BG

Brasil deve furar aproximadamente 300 poços

de petróleo no país nos próximos 27 anos. O pro-

jeto terá pelo menos 13 plataformas marítimas de

produção de óleo e gás — uma já está em operação

e 12 estão em fase de construção.

Esse tipo de encomenda desencadeia uma

espiral positiva por diversos setores. Para ter uma

ideia da extensão da cadeia de óleo e gás, a Petro-

bras tem em seu cadastro 5 600 fornecedores, só

Page 21: Revista JP

para aqueles serviços e equipamentos que requerem algum tipo de qualifica-

ção técnica.

E o que se vê são fabricantes de equipamentos em verdadeira ebulição. Uma

plataforma para operar no pré-sal leva cerca de 5 000 itens. Isso abre espa-

ço para empresas que vão de gigantes como a americana GE a metalúrgicas

desconhecidas como a paulista Rossini Murta.

A GE fez uma manobra radical por causa do pré-sal. Em 2011, sua di-

visão global de óleo e gás pagou 11 bilhões de dólares por quatro empresas

estrangeiras, todas com operação no Brasil. “As oportunidades do mercado

brasileiro pesaram, sem dúvida, nas aquisições”, afirma João Geraldo Ferreira,

presidente da GE Óleo e Gás para a América Latina.

Fora isso, a companhia investiu outros 262 milhões de dólares no país em

duas de suas fábricas e em uma unidade de manutenção de equipamentos

submarinos. Além de equipamentos, a construção de uma plataforma re-

quer um sem-número de empresas de serviços, a começar pelas “epecistas”,

equivalentes no mundo do petróleo às montadoras do setor automotivo.

São empresas pouco conhecidas, mas que faturam alto e empregam

milhares de funcionários. Poucas pessoas já ouviram falar na carioca Lesa,

por exemplo, uma das maiores companhias de engenharia e montagem de

plataformas do país. Em cinco anos, a empresa passou de 1 300 para 3 600

funcionários.

O estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, também é pouco conhecido fora

do setor, mas emprega 7 000 funcionários no Brasil. Um estudo do BNDES

mostra que 85% dos fornecedores do setor são micro, pequenas ou médias

empresas.

“Uma das oportunidades mais valiosas abertas pelo pré-sal talvez

esteja em locais como o Parque Tecnológico da Ilha do Fundão, no Rio de

Janeiro. Lá, já estão instalados centros de pesquisa e desenvolvimento de tec-

nologia de algumas das maiores fornecedoras mundiais de equipamentos e

serviços para o setor de óleo e gás, como a americana FMC.

Nos dois últimos anos, a empresa investiu 200 milhões de reais na operação

brasileira, sendo 70 milhões no centro tecnológico. O investimento já rendeu

pelo menos um fruto neste ano: o prêmio de melhor tecnologia de equipa-

mento submarino da OTC, a mais importante feira de petróleo do mundo.

O sistema premiado foi desenvolvido com o Centro de Pesquisas da

Petrobras (Cenpes), e é uma das maiores apostas do setor para que as petro-

leiras consigam aumentar o percentual de extração de petróleo de campos já

maduros. Além da FMC, o Parque Tecnológico do Fundão já abriga os centros

de pesquisa das multinacionais Schlumberger e Baker Hughes.

Nesse momento, estão em construção os centros de tecnologia de

GE, Siemens, BG, Usiminas, Halliburton e EMC2 — esta última, da área de tec-

nologia da informação, é líder em armazenamento de grandes quantidades

de dados. Sua presença no parque tecnológico é um bom exemplo do poder

multiplicador da cadeia do petróleo.

Revista Exame - Editora Abril

Page 22: Revista JP

TintasPor que Sólidos por Volume?

Significado A tinta é constituída de materiais voláteis e não voláteis. Como materiais voláteis temos os solventes, e os aditivos vo-láteis. Os não voláteis são as resinas, os pigmentos e os aditi-vos não voláteis. Enquanto a tinta está na embalagem, com a tampa bem fechada, os compostos voláteis ficam impedidos de evaporarem. Depois de aberta a embalagem e depois de apli-cada a tinta, os compostos voláteis evaporam e o que resta na superfície pintada são os sólidos, ou seja, o material não volátil, ou também chamado de material fixo.

O teor de sólidos pode ser encarado por dois pontos de vista: a quantidade de sólidos que resta na superfície pintada em massa e em volume. Como a tinta é comercializada em vol-ume (litros ou galões de 3,6 L), o que interessa é a quantidade

Por Celso GneccoGerente de Treinamento TécnicoSherwin-WilliamsUnidade Sumaré

em volume de material sólido que fica após a evaporação dos voláteis, preponderantemente os solventes. Por isso, os sólidos por volume é um valor tão importante para se comparar os custos por metro quadrado de uma pintura, para verificar o rendimento de uma tinta, para se calcular a quantidade de tinta a ser comprada por demão e para controlar a espessura da camada seca a partir da espessura da camada úmida de cada demão.

22

Por que Sólidos por Volume? Autor: Eng.Celso Gnecco – Gerente de Treinamento Técnico da Sherwin-Williams – Unidade Sumaré

1. Significado do valor de Sólidos por Volume 2. Normas 3. Determinação e Cálculo 4. Como os Sólidos por Volume influenciam nos seguintes assuntos:

4. 1 Rendimento Teórico, Prático e Real (perdas em função do método de aplicação) 4.2 Comparação de custos por m2 de pintura em função do SV 4.3 Cálculo da quantidade de tinta a ser comprada por demão 4. 4 Influência na espessura (espessura úmida necessária para obter determinada espessura seca)

1. Significado A tinta é constituída de materiais voláteis e não voláteis. Como materiais voláteis temos os solventes, e os aditivos voláteis. Os não voláteis são as resinas, os pigmentos e os aditivos não voláteis. Enquanto a tinta está na embalagem, com a tampa bem fechada, os compostos voláteis ficam impedidos de evaporarem. Depois de aberta a embalagem e depois de aplicada a tinta, os compostos voláteis evaporam e o que resta na superfície pintada são os sólidos, ou seja, o material não volátil, ou também chamado de material fixo. O teor de sólidos pode ser encarado por dois pontos de vista: a quantidade de sólidos que resta na superfície pintada em massa e em volume. Como a tinta é comercializada em volume (litros ou galões de 3,6 L), o que interessa é a quantidade em volume de material sólido que fica após a evaporação dos voláteis, preponderantemente os solventes. Por isso, os sólidos por volume é um valor tão importante para se comparar os custos por metro quadrado de uma pintura, para verificar o rendimento de uma tinta, para se calcular a quantidade de tinta a ser comprada por demão e para controlar a espessura da camada seca a partir da espessura da camada úmida de cada demão.

Composição esquemática das tintas

2. Normas As normas mais importantes e mais utilizadas sobre o assunto são: ABNT NBR 8621 (método da película), ABNT NBR 11617 (método do disco), PETROBRAS N 1358 (método do disco) e ASTM D 2697 (método do disco). O método do disco é mais fácil de ser executado no laboratório, mais simples e mais preciso. Praticamente todos os métodos do disco citados acima são o mesmo e derivados da norma ASTM.

resinaresinaresina

(sólidos)(sólidos)não volátilnão volátil

pigmentopigmento

aditivos

resinaresina

volátilvolátilsolvente

PARTE NÃO

APROVEITÁVELDA TINTA

PARTE ÚTIL

DA TINTA

Page 23: Revista JP

Normas As normas mais importantes e mais utilizadas sobre o assunto são: ABNT NBR 8621 (mé-todo da película), ABNT NBR 11617 (método do disco), PETROBRAS N 1358 (método do disco) e ASTM D 2697 (método do disco). O método do disco é mais fácil de ser executado no laboratório, mais simples e mais preciso. Praticamente todos os métodos do disco citados acima são o mes-mo e derivados da norma ASTM.

Determinação e Cálculo A determinação dos Sólidos por Volume pelo método da película seca segundo ABNT NBR 8621 é mais antigo e foi muito usado até aparecer o método do disco. O princípio é o mesmo e os resultados são comparáveis. Existe também o método da destilação dos solventes pelo mé-todo ASTM D 3272 no qual é determinado o volume dos voláteis (solventes) e subtraindo de 100 encontra-se os Sólidos por Volume da parte não volátil. No entanto, todos estes métodos são muito complicados e exigem mais tempo para a execução. Por esta razão, vamos nos deter ape-nas no método para a determinação dos Sólidos por Volume pelo método do disco.

Os equipamentos básicos são uma balança analítica de laboratório e um disco de aço inoxidável, de aproximadamente 60 mm de diâmetro e 0,644 mm de espessura, possuindo um pequeno furo perto da circunferência. Um arame fino de cromo, passando através do furo e pos-suindo comprimento adequado, é utilizado para manter o disco suspenso no líquido. O arame deve possuir uma pequena laçada, na extremidade externa, de maneira que disco e arame pos-sam ser pendurados na balança.

A sequencia das pesagens é ilustrada na figura 1 abaixo:

Figura 1 – sequencia de pesagens na determinação dos Sólidos por Volume

A pesagem do disco nú no ar (m1), imerso em água (m

2). Depois o disco é imerso na tinta,

deixado secar e novamente pesado no ar (m3) e finalmente pesado imerso em água (m

4). A pesa-

gem suspenso em água normalmente dá resultados menores do que no ar. A diferença da pesa-gem no ar e imerso em água é devida a lei de Arquimedes – lei do empuxo).

www.jateamentoepintura.com.br 23

Page 24: Revista JP

Cálculo dos Sólidos por Volume após as pesagens: Calcular o volume do disco V1 em cm3, através da expressão:

Massa específica da água:

Calcular o volume do disco recoberto V2 em cm3, através da expressão:

Calcular o volume da película seca V3 em cm3, através da expressão:

O correto seria:

Calcular o volume da película úmida V4 em cm3, a partir do qual a película seca foi obtida,

através da expressão:

Nota: A norma ABNT NBR 11617:90 apresenta um erro neste item, na expressão:

As determinações de matéria não volátil e massa específica devem ser realizadas segun-do as normas: ABNT NBR 7340 (sólidos por massa) e ABNT NBR 5829 (massa específica).

Calcular o volume dos sólidos, em porcentagem, na tinta através da expressão:

V1=

V2=

V4=

V3 = V2 - V1

m1 - m2

m3 - m4

m4 - m3

Me

Me

m . d

Onde:m1 = massa do disco, em gm2 = massa do disco em suspensõa na água, em gMe = massa específica da água na temperatura do ensaio, em g/cm3

Onde:m3 = massa do disco recoberto, em gm4 = massa do disco recoberto em suspensõa na água, em gMe = massa específica da água na temperatura do ensaio, em g/cm3

Temperatura 24oC 25oC 26oCMassa específica da água (g/cm3) 0,997296 0,997044 0,996783

m4 é a massa do disco recoberto na água e portanto menor do que m3 que é a

massa do disco recoberto – por causa da lei do empuxo.Portanto, o volume V

4 calculado seria negativo o que é inconcebível.

Houve um desvio da norma ASTM D 2697 e da Petrobras N 1358

V4=

Volume de sólidos = . 100

m3 - m1

v3

m . d

v4

Esta expressão correta consta das normas ASTM D 2697 e

Petrobras N 1358.

24

Page 25: Revista JP

Como os Sólidos por Volume influenciam:

• Rendimento Teórico, Prático e Real (perdas estimadas em função do mé-todo de aplicação).

Os Sólidos por Volume estão relacionados diretamente com o rendimento da tinta. Há 3 tipos de rendimento: O Rendimento Teórico, o Rendimento Prático e o Rendimento Real.

Rendimento teórico É, como o próprio nome indica, teórico, ou seja, ideal e não inclui no seu cálculo, as perdas devidas ao método, às condições de aplicação e ao treinamento do pintor. Há uma fórmula prática que leva em consideração os sólidos por volume e a espessura da película seca:

Ex.: se uma tinta tem 30% de sólidos por volume e espessura de 25mícrons qual será o seu ren-dimento teórico?

1L desta tinta com 30% sólidos = 300 ml ou 0,3 L de sólidos por volume

Portanto o rendimento teórico desta tinta será de 12 m2 por litro.

Uma tinta com o dobro dos Sólidos por Volume, por exemplo 60%, o rendi-mento será também o dobro, isto é 24 m2 por litro.

Rt = SV . 10EPS

Onde:Rt = Rendimento teórico em m2/LSV = Sólidos por Volume em %EPS = Espessura da película seca em mícron10 = Constante de fórmula para que o resultado seja expresso em m2/L

Comparação entre tinta convencional e de altos sólidos

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Page 26: Revista JP

Campinas - (19) 3294-3327Barretos - (17) 3324-5298Porto Alegre - (51) 3307-7867Joinville - (47) 3804-6130

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Rendimento prático É o valor calculado estimando as perdas em função do método de aplicação.

Rp = Rt . FaOnde:Rp = Rendimento prático (em m2/L)Rt = Rendimento teórico (em m2/L)Fa = Fator de aproveitamento

Fa = 100 - perdas

100

MÉTODO PERDAS MÉDIAS FATOR APROVEITAMENTO

Pincel 10 a 20% 0,9 a 0,8Rolo 10 a 30% 0,9 a 0,7

Pistola convencional 30 a 50% 0,7 a 0,5Pistola Airless 10 a 20% 0,9 a 0,8

As perdas podem ser consideradas como as quantidades de tinta que restam nas embalagens, que respingam no chão, que ficam nas espátulas ou nas hélices dos agitado-res e espessuras maiores do que as especificadas. Também, as quantidades de tinta que ao serem pulverizadas não atingem o alvo e as que não conseguem chegar à superfície por causa do ar da pistola que retorna desviando o spray da tinta em outras direções e formando a nuvem de tinta (“overspray”) ou pulverização seca.

As perdas de tintas durante a aplicação dependem :

•Do método de aplicação;•Das condições de aplicação como: altura em relação ao solo e intensidade dos ventos. •Da geometria das peças;•Do estado de corrosão da superfície;•Do preparo da superfície (rugosidade);•Do treinamento e conscientização do pintor;•Do tipo de tinta (mono ou bicomponente).

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As perdas de tintas durante a aplicação dependem :

•Do método de aplicação;•Das condições de aplicação como: altura em relação ao solo e intensidade dos ventos. •Da geometria das peças;•Do estado de corrosão da superfície;•Do preparo da superfície (rugosidade);•Do treinamento e conscientização do pintor;•Do tipo de tinta (mono ou bicomponente).

Os fatores de aproveitamento da tabela acima, levam em consideração todas estas perdas e outras não abordadas e conduzem a resultados satisfatórios. Logicamente se alguma perda for exagerada por acidente, o fator fica menor e as estimativas falham. Mas em geral os fatores são razoáveis e servem como balizamento para as primeiras compras. Depois, cada empresa pode e deve fazer suas próprias estimativas e estabelecer seus próprios fatores, tentando sempre diminuir o consumo de tinta e os respectivos gastos financeiros.

Importante: é melhor sobrar um pouco de tinta no final da pintura do que faltar, por que sempre há oportunidade de usar a tinta que sobrou em outra estrutura ou equipa-mento. A falta acarreta problemas maiores por: atraso na entrega da obra, ociosidade da mão de obra até o recebimento da quantidade que faltou, dificuldade de conseguir peque-nas quantidades para complemento de obra, tonalidade diferente do restante, atraso no recebimento do pagamento, etc.

Rendimento Real

O rendimento real é aquele que é constatado no final da pintura, quando se mede a área pintada e verifica-se o consumo total de tinta efetivamente realizado.

Comparação de custos por m2 de pintura em função do SV

Um exemplo de como a compra de tinta apenas levando em conta o preço por litro ou por galão pode ser enganosa e resultar em prejuízos é mostrado abaixo:

Tinta A Tinta BPreço por Litro R$ 60,00 R$ 64,00

Sólidos por Volume (SV) 30% 40%

Espessura por demão (EPS) 25 microns 25 microns

Rendimento teórico 12m2/L 16m2/L

Custo por m2 5 R$/m2 4 R$/m2

SV . 10

Preço por litro R$ / LRendimento teórico m2 / L

EPS

Portanto é necessário determinar o custo da pintura em termos de R$/m2, pois no exemplo acima a tinta A parecia ser mais barata, porém quando calculamos o preço por área pintada (R$/m2) constatamos que é mais cara.

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Page 30: Revista JP

No gráfico abaixo, percebemos que a tinta que parece ser mais barata pode sair mais cara ao longo do tempo. O dispêndio com manutenção é maior, sem con-tar o gasto com mão de obra para as repinturas. Por isso se diz que o barato pode sair caro. No exemplo, o custo por metro quadrado por ano na tinta de baixa qualidade é pelo menos o dobro. Uma tinta feita com matérias primas de melhor qualidade custa mais caro porém dura mais, ficando o custo/benefício mais atraente.

Page 31: Revista JP

Cálculo da quantidade de tinta a ser comprada por demão

Para a compra de tintas o cálculo é elaborado levando em conta a área a ser pintada, os Sólidos por Volume da tinta, a espessura da película seca especificada, o método de aplicação e o número de demãos.

Portanto, para pintar os 2.000 m2 à pistola em 2 demãos com uma tinta com Sólidos por Volume de 47% e espessura da película seca de 25 microns, serão necessários 354,6 litros ou 98,5 galões da tinta.

Cálculo:

Rt = 47x10 / 25 = 18,8 m2/L Rp = 18,8 x 0,6 = 11,28 m2/LQt = 2.000 / 11,28 = 177,3 L : . 177,3 x 2 = 354,6 L : . 354,6 / 3,6 = 98,5 galões

Qt = =Área m2

Rp m2/L

Exemplo:Área a ser pintada...........................................................................................2.000m2

Tinta: sólidos por volume.............................................................................47%Espessura da película seca por demão.................................................25 micronsMétodo de aplicação......................................................................................Pistola convencionalNúmero de demãos........................................................................................2

Page 32: Revista JP

Cálculo da quantidade de diluente a ser comprado É muito comum a compra somente da tinta e o esquecimento do diluente. Quando se cal-cula a quantidade de tinta automaticamente já está calculada a quantidade de diluente, pois as fi-chas técnicas trazem a informação do tipo de diluente indicado e a sua proporção em volume. No exemplo acima, se a ficha técnica da tinta informasse que a proporção de diluição é 15 %, haveria necessidade de adquirir 14,8 galões ou 53,28 litros do diluente indicado. Arredondando, seriam 50 litros de diluente.

Neste cálculo já estão incluídas as quantidades necessárias para diluir a tinta e para a lim-peza dos equipamentos de pintura.

A grande vantagem das tintas a base de água é que não necessitam de diluentes. Para diluir estas tintas, é só utilizar a água da rede. Logicamente que se não houver água tratada por perto da obra, aí sim é necessário adquirir água limpa, para não contaminar as tintas.

Influência na espessura (espessura úmida necessária para obter determinada es-pessura seca)

Há medidores de alumínio, oferecidos como brinde, que permitem conferir espessuras úmidas, mas não têm a precisão que os serviços de inspeção de pintura exigem e se desgastam facil-mente pois são finos e feitos de um metal mole (alumínio).

Medidor pente entalhado em chapa de alumínio (brinde)

Medidor pente de aço inoxidável

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Page 33: Revista JP

O procedimento para medida da espessura úmida do filme de tinta pode ser ex-ecutado segundo a norma ASTM D 4414:

Procedimento A — medidor metálico fino formando um quadrado ou um retângulo com lados entalhados, com “dentes” de diferentes comprimentos, é colocado per-pendicularmente contra o filme. Após a remoção, o medidor é examinado e a es-pessura da película é determinada entre o maior dente molhado e o menor dente não molhado pelo filme de tinta úmido.

Comparação entre tintas de altos sólidos e convencionais

Se a espessura da película úmida, medida com o pente é de 150 microns, qual será a espessura da tinta seca? A espessura seca depende dos Sólidos por Volume. Se por exemplo o SV desta tinta é de 80%, a diminuição da espessura será de 20% (150 X 0,2 = 30). Portanto 150 – 30 = 120 microns. Se o SV fosse 30%, a diminuição da espessura úmida seria 150 X 0,7 = 105). Portanto 150 – 105 = 45 microns.

Figura comparativa entre tintas com 80% e 30% de sólidos por volume.

Desenho esquemático de como fun-ciona o pente de medida de espessura úmida

Pente apertado contra o filme de tinta úmido e depois sobre folha de papel

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Page 34: Revista JP

A uniformidade de aplicação das tintas pode ser controlada por medidas da espessura úmida (EPU) e depois da secagem, da espessura seca (EPS). A fórmula para conversão da espessura seca (EPS) a partir da espessura úmi-da (EPU), dos Sólidos por Volume (SV) e da porcentagem de diluição (% Dil) é:

Portanto, para alcançar a espessura seca de 330 microns prevista na espe-cificação, o pintor deverá manter a EPU de 576 microns, controlando a aplicação com o pente.

Uma das propriedades das tintas mais importantes é os Sólidos por Vol-ume. É uma determinação fácil, rápida e precisa. Com o valor de Sólidos por Vol-ume é possível calcular o rendimento teórico, fazer comparação de custos de pin-tura por m2, cálcular a quantidade de tinta a ser comprada por demão e é possível também prever a espessura seca que resulta da evaporação dos solvente a partir de uma determinada espessura úmida. Também é possível com os Sólidos por Volume, verificar qual é a espessura úmida que deverá ser mantida durante a aplicação, para que a espessura seca es-pecificada seja alcançada.

Ex.: Determinar a espessura seca, sabendo que a espessura úmida (EPU) = 576 microns (medida com o pente), que os SV= 63% (obtido na ficha técnica) e que a diluição foi de 10% (medida com o copo graduado).

Da mesma forma, podemos obter a espessura úmida que deveremos manter durante a aplicação para alcançar a espessura seca indicado na ficha técnica da tinta ou no sistema de pintura especificado:

EPS =

EPS =

EPU =

= 330 microns

= 57 microns

EPU . SV

576 . SV

EPS . (100 + % DIL)

100 + % Dil

100 + 10

SV

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Page 35: Revista JP

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EntrevistaSistemas de Pintura Airless

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A Revista JP entrevistou a empresa Cetec, especialista no setor de equipamentos para pintura buscando informar o mercado sobre um eficiente sistema de pintura no mercado, os sistemas Airless. Confira abaixo a entrevista exclusiva.

Revista JP - Como funciona a pintura airless?

Cetec - A Pintura Airless tem este nome, pois se trata de uma técnica de pintura na qual é utilizada uma pistola parecida com as convencionais de pintura por ar comprimido, porém utiliza alta pressão, mas a grande diferença aqui é que não é utilizado o ar comprimido como condutor da tinta, sendo que o produto é pressurizada através de um pistão e gax-etas e levado por uma única mangueira fazendo o produto passar através de pequeno e preciso orifício difusor na saída da pistola chamado bico pulverizador. O produto atomiza-do adquire grande velocidade sofrendo rápida expansão, rompendo as partículas e reduz-indo as nuvens (overspray). Isso torna a atomização suave proporcionando economia de material. Esta tecnologia em pintura, que surgiu ainda nos anos 60, foi um grande avanço na construção civil e industrial, pois permite que seja feita a pintura de forma muito mais rápida do que se estivesse usando umas das técnicas tradicionais.

Revista JP - De onde surgiu os equipamentos de pintura airless?

Cetec - No final do século 19, toda a pintura nos Estados Unidos era feita com um pincel. Pinceis foram usados para aplicar tinta em edifícios, mobiliário, vagões e carruagens sem cavalo iniciais (carros). E levava um longo tempo para concluir o trabalho, não importava qual, . Imaginem pintar uma altura de 10 metros por 100 m de parede com um pincel de 10 cm. Esta tarefa difícil que levou Joseph Binks a inventar uma máquina para pintar pare-des. Em 1887, Binks era um supervisor de manutenção de uma loja, que tinha quilômetros de paredes do porão que precisavam ser caiadas periodicamente. Certo dia Binks enviou uma equipe para lá com pincéis e baldes, e levou semanas antes de terminar as paredes de um único nível do porão multi-nível. Em um esforço para acelerar a tarefa, Binks com-binou uma bomba manual (utilizada para tirar água dos porões de navios) , para reter o líquido sob pressão e uma varinha com um bico na ponta - bem como a mangueira de jardim que você usa atualmente. O cal foi coado para dentro do tanque, bombeado a sob pressão pela bomba de mão e impelido para fora da extremidade do tubo. Binks teve a oportunidade de expandir sua visão, quando em 1893, uma exposição colombiana foi real-izada em Chicago - evento do mesmo nível de uma Feira Mundial. As pessoas vinham de toda parte para ver este espetáculo da tecnologia. Mas poucos dias após a abertura, 90%

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dos edifícios que abrigavam as exposições ficaram ainda sem pintura. Todos os outros edifícios foram pintados de branco para a abertura do show, e a exposição foi referida com admiração como “A Cidade Branca” pela imprensa. O uso da invenção de Binks cresceu continuamente. Além de cal, foram aplicados desinfetantes e inseticidas. Binks tornou-se um pilar em operações agrícolas em todo o mundo no início do século. Também houve um segundo americano a mudar para sempre a forma de pintar e isso foi feito por um médico tentando curar dores de garganta. Em 1888, em Toledo, Ohio, um médico especializado em tratamento para distúrbios de orelha, nariz e garganta tinha um problema. Dr. Allen DeVilbiss estava frustrado com seus esfor-ços para medicar seus pacientes com dores de garganta. Ele deu-lhes medicamentos em forma líquida, que rapidamente passava sobre suas gargantas e era engolido. Para aliviar isso, DeVilbiss combinou um bulbo de borracha, alguns tubos e na base de uma lata de óleo inventou o primeiro atomizador. Apertando a bomba, o ar foi impelido ao longo do topo do tubo, reduzindo a pressão atmosférica e fazendo com que o medicamento fosse rapidamente para cima para encher o vácuo parcial. Uma vez criada no fluxo de ar, as pequenas partículas atomizadas do remédio líqui-do descansaram no tecido inflamado da garganta do paciente tempo suficiente para fazer efeito. Este é exatamente o mesmo princípio em que sifão (ou sucção) pistolas de alimen-tação trabalham. Em 1907, o filho de DeVilbiss, Thomas, expandiu a invenção de seu pai e criou a primeira pistola pneumática manual. Por sopro de ar comprimido através da parte superior de um tubo de recolha submersa no líquido, ele criou um padrão controlável de

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material atomizado. O primeiro uso do spray (pistola) de Thomas DeVilbiss foi na indústria de móveis. Tal como eles, as pistolas também foram usada em automóveis, reduzindo drasticamente o tempo necessário para concluir uma peça de mobiliário. E em 1919, Binks apresenta sua primeira pistola manual usando ar comprimido e vendendo-a a um fabricante de aplicação de tintura em tapetes. Na década de 40 as vendas de pistolas de pulverização cresceram e não foram só para a pulverização de tinta ou corantes em cada produto fabricado, foram pulverizados também creme sobre pastéis de nata nas padarias e goma em roupas nas lavanderias e mutas outras aplicações. E assim sucessivamente as pistolas foram sendo aprimoradas até o airless ser cria-do nos anos 60, a fim de atender a novos processos de pintura, cujo produto a ser aplicado é perfeitamente atomizado, sem necessidade de utilização de ar. Estes operam ligados a uma bomba de alta pressão, normalmente com até 7500 PSI de pressão para atomizar o revestimento, utilizando-se diferentes tamanhos de bico para atingir a atomização e tamanho desejado e para determinados padrões de pulveriza-ção.

Revista JP - Onde pode ser aplicado o Airless?Cetec - O sistema airless pode ser aplicado na construção civil, naval, industrial e qualquer trabalho de pintura onde a demanda de produção seja alta ou que haja necessidade de aplicação de produtos densos e com camadas controladas.

Revista JP - Quais as principais vantagens da pintura airless? Cetec - Maior velocidade de aplicação: uma máquina, um aplicador e um alimentador apli-cam em média 200m2 p/hora. Dependendo do tipo de obra esta média pode ser maior ou menor. Maior economia: na pintura convencional (a rolo), faz-se necessária uma demão de selador e duas demãos de acabamento para que se obtenha uma superfície perfeita-mente pintada. Maior eficiência: no sistema Airless, por se tratar de projeção de tinta com alta pressão e grande velocidade, aplica-se uma demão de selador e uma de acabamento com aproveitamento máximo e homogêneo, obtendo-se como resultado uma superfície per-feitamente pintada sem manchas ou pegadas de rolo que sempre comprometem a quali-dade estética. Maior qualidade: o sistema Airless, exige, para o seu perfeito funcionamento, que as tintas sejam de boa qualidade, isto é, que apresentem boa fluidez, cargas minerais ul-trafinas, resinas de qualidade e pigmentos resistentes. Esta receita resulta numa tinta com grande resistência, grande cobertura, podendo ser aplicada até 200 mícron numa única demão sem ocorrer o risco de ficar com aspecto de casca de laranja o filme de tinta. Maior segurança: com o sistema Airless economiza-se tempo, materiais e mão de obra. Menos mão de obra, resulta em maior controle, disciplina e maior respeito às normas de segurança. Conclusão: um equipamento Airless ocupa apenas dois operadores, que irão sub-stituir dez pintores no sistema convencional, além de economizar uma demão de tinta, com 33% de economia em tintas e tempo de execução da empreitada.

Page 40: Revista JP

Bicos VenturiConheça os sistemas existentes de um dos componentes mais importantes no Jateamento

Para atender às diversas exigências específicas, os bicos de jato são manufaturados em vários tipos e diferentes medidas. Na es-colha do bico devem ser analisados os seguintes fatores:

• Volume de serviço: área que deve ser jateada• Característica da superfície a ser jateada: plana, cilíndri-

ca, de difícil acesso, etc.• Abrasivo a ser utilizado: granalha de aço, óxido de alumínio,

escória de cobre, carbureto de silício, etc.

Os modelos de bicos de jato são definidos basicamente por quatro variáveis, que são:

A. Perfil interno;B. Material do corpoC. Medida do orifício (gargalo);D. Comprimento do bico.

A- Perfil interno:

O perfil interno deve ser projetado para minimizar a turbulência dentro do canal e as perdas de pressão por atrito, para que o máximo fluxo de ar e abra-sivo passe pelo bico e seja projetado com a máxima velocidade contra a superfície jateada. Durante cinquenta anos todos os bicos foram manufaturados com perfil de canal reto. Atualmente existem dois tipos básicos de perfis, que são:

1. Bico reto convencional2. Bico venturi.

Os bicos retos têm uma boca de entrada que se fecha bruscamente, e um canal interno reto ao longo do comprimento total. Este perfil limita o livre fluxo de ar e abrasivo e a velocidade é de 300 km/hora. Devido às turbulências, o bico reto produz um forte impacto no centro da

40

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área atingida, diminuindo na direção das bordas do círculo, se originada uma coroa anular de baixo impacto. São necessárias mais passagens do bico sobre a área para uniformizar a superfície jateada. Os bicos retos são recomendados para apli-cações que necessitam de um fluxo de abrasivo dirigido a uma pequena área.

Nos bicos venturi, a velocidade de saída das partículas abrasivas é de 675 km/hora, que equivale aproximadamente o dobro da velocidade atingida pelas partículas nos bicos retos. O impacto sobre toda a superfície atingida tem força equivalente. Os bicos venturi limpam mais depressa com menor consumo de ar e de abrasivo. Dependendo das condições de aplicação o uso dos bicos venturi pode au-mentar a produtividade em até 70%, sem aumento do consumo de ar e de abrasivo.

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B- Corpo Interno:

O corpo interno do bico é a superfície que fica em contato com o fluxo de ar e de abrasivos e, portanto, deverá ter alta resistência ao desgate. Os bicos atual-mente são construídos de carbureto de tungstênio ou de carbureto de boro. Os bi-cos construídos com carbureto de tungstênio tem vida média de 300 a 600 horas, dependendo do abrasivo que se está utilizando. Não são recomendados para abra-sivos como óxido de alumio e carbureto de silício. Os bicos de carbureto de boro têm uma vida útil entre 750 e 1500 horas e são recomendados principalmente no uso de abrasivos como óxido de alumínio, escória de cobre e carbureto de silício, além de granalha de aço.

C- Orifício do bico:

A medida do orifício do bico se refere ao diâmetro no ponto mais estreito do canal, no caso dos bicos venturi. O orifício do bico determina a vazão de ar e de abrasivos e, portanto, o rendimento da operação. Aumentando o fluxo de ar e de abrasivo, aumenta proporcionalmente a de-manda de ar comprimido do compressor. A capacidade de produção de ar com-primido estabelece o limite do diâmetro do orifício do bico que pode ser utilizado na operação de jateamento. Esta observação é valida também para estabelecer o limite de desgaste do orifício do bico de jatear. Dada à capacidade do compressor disponível, recomenda-se prever antecipa-damente o diâmetro do orifício no final do desgaste e escolher o bico de medida apropriada que dará origem ao orifício final. Esta escolha assegura uma reserva de aproximadamente 30% da capacidade do compressor, evitando queda de pressão, sobrecargas e prolongando a vida útil do equipamento. Resumindo, quanto maior for à capacidade do compressor, maior será o bico que poderá ser utilizado, e quanto maior for o bico utilizado, maior será a produtivi-dade do serviço a ser executado.A tabela mostra o rendimento do bico venturi em função do diâmetro do orifício.

DIÂMETRO RENDIMENTO (%)

1/4” 1005/16” 1573/8” 220

7/16” 3201/2” 400

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D- Comprimento do bico:

O comprimento deve estar relacionado ao tipo e condições da superfície a ser trabalhada. Se a remoção é leve, como em superfícies de alvenaria, madeira ou tintas ressecadas um bico de 75 mm será suficiente. Em geral os bicos curtos são utilizados na limpeza de superfícies a uma distancia de 30 centímetros da peça. Também são utilizados para trabalhar por trás de obstáculos onde é necessário curvar a mangueira para ter acesso a superfície que esta sendo jateada. Os bicos longos são definidos em função do tamanho do orifício e das carac-terísticas da superfície. Em média, de 150 centímetros, são utilizados para limpezas pesadas como ferrugem, carepas, tintas aderentes, etc. Os bicos longos devem ser utilizados quando a área tratada é grande e o jato é operado a uma distância de 30 a 50 centímetros da superfície, como por exemplos: grandes reservatórios, barragens, navios, etc.

Por Nortorf Clemco

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