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A revista do Grupo LET Recursos Humanos News N 0 15 | Maio / Junho | 2009 | Ano 3 www.grupolet.com CAPITAL HUMANO Quando homem e mulher somam suas capacidades para o sucesso da gestão – Pág. 6 EXCLUSIVO HANS DONNER Faça o seu melhor a cada dia e confie na sua intuição”, diz o mestre do design que agora quer revolucionar o tempo – Pág.12

Revista Let 15

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  • A revista do Grupo LET Recursos Humanos

    NewsN0 15 | Maio / Junho | 2009 | Ano 3 www.grupolet.com

    CAPITAL HUMANO

    Quando homem e mulher somam suas capacidades

    para o sucesso da gesto Pg. 6

    ExCLUsIvO HANs DONNER

    Faa o seu melhor a cada dia

    e confie na sua intuio, diz o

    mestre do design que agora quer

    revolucionar o tempo Pg.12

  • Caros leitores,

    No momento em que o Congresso Estadual de Re-cursos Humanos da ABRH-RJ fala em como se trabalhar com as diversidades para se auferir grandes resultados corporativos e pessoais, nossa matria mais densa desta edio admite que homens e mulheres so diferentes sim, mas que a soma dessas diferenas, se bem aproveitada, pode ser extremamente interessante para a gesto de pessoas das empresas. Como dizem sabiamente os franceses Vive la diffrence! Para este tema alm de buscarmos suporte em profissionais de alta expertise como a psicloga Maria Tereza Madona-do e a neurolinguista Izabel Monteverde trazemos os cases de Ampla e Globo.com, duas organizaes que sabem tirar o melhor da unio das capacidades mascu-lina e feminina.

    Seguindo a linha de prestar servio pelo bom exemplo, trazemos nesta edio a capacidade e ge-nialidade de Hans Donner (seo Personagem). O ho-mem que revolucionou a marca TV Globo, bem como o layout de seus produtos de entretenimento e notcias, quer agora tambm revolucionar a forma de sentirmos o tempo. Ns cumprimos aqui o desafio de em apenas trs pginas fazer ele contar isso para a gente.

    Quer mais informao interessante? Saiba como voc pode comandar seu crebro e com isso evitar ou tratar as to preocupantes depresses, mal que assola o meio corporativo, infelizmente, hoje, em lar-ga escala. Conhea a viso empreendedorista de Ja-der Soares, Scio-Diretor da Datavix, um de nossos clientes que tm apresentado os mais criativos proje-

    tos de Gesto Documental do mercado.E se o leitor no matou sua sede

    de qualidade, profissionais do RH do Grupo LET contam na pgina 15 como acontece a Seleo por Com-petncia, uma tendncia no merca-

    do de Recrutamento e Seleo. Tambm falamos nesta edio

    sobre a Conveno Coletiva de Trabalho 2009/2010 para trabalhadores temporrios

    e terceirizados. muito informao,

    com qualidade e em pouco espao.

    Boa leitura!

    Nossas diferenas so o diferencial

    ExpEdiEntE

    Grupo LET Recursos Humanos

    Membro Oficial

    MatrizCentro Empresarial Barra Shopping - Av. das Amricas 4.200, Bloco 09, salas 302-A, 308-A, 309-A Rio de Janeiro RJ tel: (21) 3416-9190 - CEP 22640-102 / Site: http://www.grupolet.com

    Escritrio So Paulo - Rua James Watt 84, 2 andar - Brooklin Cep: 04576-050 - So Paulo (SP) Brasil - Tel: (11) 5506-4299 / 5505-2509 / 5506-0639

    Escritrio Curitiba - Avenida Winston Chur-chill 2.370 sala 406, 4 andar - Pinheirinho - Cep: 81150-0050 - Curitiba (PR) Brasil - Tel: (41) 3268-1007

    Diretor Executivo: Joaquim Lauria

    Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria

    News

    Capa: Alexandre Peconick

    INsTITUCIONAL

    Editorial papo com o lEitor

    O Grande Livro de Jogos para Treinamento de Atendimento ao Cliente, de Peggy Carlaw e Vasudha Kathleen Deming Editora Qualitymark

    As diversas modalidades de jogos apresentados nesta obra envolvem os colaboradores de uma empresa e auxiliam o RH a gerar motivao natural para tarefas do dia a dia no trabalho. Com durao entre 15 e 20 minutos, os jogos ajudaro a interface da empresa com os clientes a manter atitude positiva o tempo todo, a se comunicar com clareza e preciso e, sobretudo, a desenvolver o jogo de cintura vital em situa-es de risco, hoje cada vez mais freqentes nas relaes humanas.

    Pensamentos Determinam Vidas Seu crebro ao alcance de suas mos, de Izabel Monteverde Editora Qualitymark

    Estamos hoje robotizados pela globalizao e pelas regras que ou-tros criam para ns. Uma das maiores neurolinguistas do Brasil nos ensina em um texto claro e atraente como sair da mesmice ajudando nosso crebro a trabalhar ao nosso favor. Voc pode determinar seu destino se souber utilizar melhor o potencial de seu crebro por meio de aes simples descritas em menos de cem pginas.

    Gesto e Responsabilidade Social de Mrcio Ivanor Zarpelon - Edito-ra Qualitymark

    Como o tema Responsabilidade Social se insere na estrutura de uma organizao e lhe gera valores duradouros capaz de propor-cionar amplos benefcios no apenas sociedade, mas tambm aos colaboradores desta organizao, um enfoque muito bem abordado pelo autor deste livro. Ele se vale desde o profundo em-basamento histrico implantao de modelos prticos.

    dicas nEwslEt - livros

    Revista

    Publicao bimestral Maio / Junho 2009 Ano 3 N 15 Tiragem 1.500 exemplares

    Jornalista responsvel (redao e edio): Alexandre Peconick (Comunicao Grupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail para [email protected]

    Diagramao e Arte: Murilo Lins ([email protected])

    OPORTUNidAdES: Cadastre seu currculo diretamente em nossas vagas clicando www.grupolet.com/vagas/candidato e boa sorte!

    Impresso: Walprint Grfica e Editora Ltda. Endereo: Rua Frei Jaboato 295, Bonsucesso Rio de Janeiro RJ E-mail: [email protected] Tel: (21) 2209-1717

    2 | Maio / Junho | 2009Foto: Alexandre Peconick

  • ENTREvIsTA EsPECIAL

    Ele visualizou a oportunidade de um grande negcio em meio a turbulncia do incio dos anos 80. Mesmo diante da in-certeza do que viria mais tarde no desistiu de investir. Sua capacidade empreendedora em Tecnologia da informao um exemplo s novas geraes. Quase 30 anos depois, Jader Costa Soares, profissional graduado em Engenharia Eltrica, 60 anos, tem ao lado de seu scio Silvano Jiro Naritomi uma prspera empresa com 125 colaboradores e capacidade para processar 150 mil pginas por dia, tendo porte para atender desde uma micro empresa a uma multinacional, implementando sistemas, desenvolvendo projetos e prestando consultoria em gesto de documentos e fluxo de trabalho.

    Localizada no corao de Niteri (RJ), a datavix uma empresa com evidente foco no atendimento com carinho ao cliente. Antes de cri-la (em 1994), o executivo foi buscar expertise em Gesto documental no Canad o primeiro pas do mundo ocidental com toda a legislao que conferia validade s imagens eletr-nicas. Hoje a datavix tem clientes do porte de uma diretoria Financeira da Petrobras ao Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro.

    NEWSLET - Como est o mercado de gerenciamento eletrnico de do-cumentos no sentido de ser um bom negcio?

    Jader Soares No basta a tecnolo-gia existir; ela tem que dispor de um poder de atrao sobre o usurio que o leve a us-la. No Brasil levou tempo, mas hoje a Gesto documental j dis-pe de alta credibilidade.

    NEWSLET Qual exatamente o negcio da Datavix?

    Jader Soares Entrar em uma insti-tuio de qualquer porte e rea, fazer um diagnstico de todos os docu-mentos existentes, propor solues para cada documento, realiz-las e monitor-las. Empresas tm docu-mentos com prazo de prescrio que moram nos locais mais exticos e...desconhecidos! Oferecemos tecno-logia de digitalizao para cuidar de

    documentos. Criamos braos que vo desde a guarda do documento fsico, elaborao do diagnstico, tabelas de temporalidade, at o desenvolvi-mento e comercializao de software adaptado ao tamanho da empresa.

    NEWSLET Muitas empresas no dispem deste tipo de logstica...

    Jader Soares Sim. Escolhi uma ati-vidade complexa porque as pessoas tendem a simplificar o problema. fre-qente um cliente pedir para digitalizar todos os seus documentos e s per-guntar o quanto custa. Antes preciso saber se ele precisa digitalizar tudo. Muitas vezes ele s precisa a guarda fsica de certos documentos. H em-presas que precisam terminar com o

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    ENTREvIsTA

    JADER COsTA sOAREsscio-Diretor da Datavix

    Gerenciamento da Informao frente do nosso tempo

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  • ENTREvIsTA

    documentos de boa qualidade que permite isso, eliminando os custos para aquela empresa.

    NEWSLET E como o perfil do pro-fissional que trabalha com vocs?

    Jader Soares de diversos tipos, pois somos multidisciplinares. Preciso em primeira anlise de uma equipe desen-volvedora de software. Tambm tenho que ter profissionais operacionais para fazer a guarda e movimentao de cai-xas de documentos. E h ainda uma linha de montagem que processa cada documento que entra aqui na datavix.

    papel em cima da mesa e fazer circular a imagem desse documento. Muitas vezes o cliente desconhece o proble-ma que tem ou a soluo que precisa. S conhece o efeito do problema. Por isso, preciso um diagnstico.

    NEWSLET Ento o RH um grande cliente seu, porque se cuida de pesso-as, estas precisam ser organizadas...

    Jader Soares Exatamente. E os do-cumentos dessas pessoas precisam ser protegidos contra qualquer tipo de sinistro. O RH tradicional tem histri-co guardado em papel com alto risco de perda. No dia em que o funcionrio precise consular sua ficha funcional por qualquer motivo, ele no vai acei-tar que a empresa lhe responda que aquela ficha se perdeu por quaisquer que sejam as razes.

    NEWSLET Pode-se afirmar que a crise no afeta o seu negcio ou voc est sabendo lidar com ela?

    Jader Soares Crises e oportunidades se alternam e coexistem. A crise existe e se reflete nos nossos servios. Aque-le cliente que j tem receio de aderir a uma nova tecnologia tende a deixar o investimento para depois. Porm, aquele que est deixando de realizar um negcio interessante porque no tem sua documentao devidamente organizada est perdendo uma oportu-nidade que a crise est lhe oferecendo. A Gesto documental de uma empre-sa faz uma racionalizao de custos e aprimora o atendimento ao pblico.

    NEWSLET D um exemplo disso...

    Jader Soares Se voc for preen-cher uma ficha de credirio em uma loja muito desagradvel ficar meia hora no balco com um funcionrio perdido em meio ao sistema. O ideal faz-lo em dois minutos. Ns ofere-cemos um gerenciador eletrnico de

    de que no estamos levantando falsas expectativas. O segundo diferencial que no vendemos produtos e servi-os alm do que o cliente precisa. E o terceiro, e principal, o foco obsessi-vo no cliente, ou seja, carinho.

    NEWSLET Mas este ltimo no meio bvio?

    Jader Soares Seria se na prtica a prestao de servios no Brasil no fosse, em geral, de muito baixa quali-dade. Observo muitos clientes mal tra-tados por empresas. Minha obrigao fazer a previso das necessidades dos clientes e agir de modo a cobri-las eficaz e carinhosamente. Quando voc surpreende, conquista o cliente.

    NEWSLET Falando em terceirizao, qual a importncia da integrao en-tre os seus funcionrios administra-dos pelo Grupo LET e os Datavix?

    Jader Soares Eu no teria uma em-presa competitiva se no usasse os servios do Grupo LET. Primeiro por-que no disporia da velocidade e flexi-bilidade para ir ao mercado selecionar e contratar as pessoas certas. Nem sempre os profissionais esto mo. importante diferenciar o Grupo LET: esta empresa tem um banco de dados quantitativo e qualitativo que lhe per-mite ser gil. J tive contato com ou-tras consultorias que, ao contrrio da LET, se mostraram acanhadas.

    NEWSLET Faz parte desta agilida-de o envolvimento de um profissio-nal LET atuando dentro de sua em-presa para cuidar de pessoas?

    Jader Soares Exato. O que busco no caso da atual representante da LET (Priscilla Molezon), conferir o mesmo tipo de tratamento a todos os funcionrios. Preciso que eles perce-bam que a empresa enxerga a todos da mesma forma.

    NEWSLET Como tem sido o retor-no do seu cliente para este servio diferenciado?

    Jader Soares Um exemplo: Certo cliente que tem mil caixas de documen-tos me contrata apenas para guardar esses documentos. Mas ele no sabe o que tem ali dentro. Se h uma freqn-cia alta de consulta desses documen-tos, o cliente sempre pede para enviar algumas caixas. digo a ele que se me pagar para planilhar estes documentos no vai precisar gastar muito mais no frete das caixas. Resumindo: ser par-ceiro do cliente orientando-o a econo-mizar a melhor forma de fideliz-lo.

    NEWSLET Este tambm um dife-rencial oferecido por vocs?

    Jader Soares Temos trs diferen-ciais: o primeiro oferecer o melhor conjunto de solues e no apenas aquela que atende o problema ime-diato da empresa. O cliente recebe um ensaio do que pode ser feito em sua empresa para que possa ter certeza

    ...ser parceiro do cliente orientando-o a economizar a melhor forma de fideliz-lo.

    Jader Soares

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  • Maio / Junho | 2009 | 5

    ACONTECE

    Mais do que aumento sa-larial e garantias sociais, a assinatura da Conven-o Coletiva de Trabalho

    2009/2010 no ltimo dia 22 de abril faci-lita a realizao de aes comuns entre a classe de trabalhadores temporrios/terceirizados e a classe patronal dos to-madores de servio (leiam-se consulto-rias de Recursos Humanos).

    Joaquim Rodrigues de Souza, Presi-dente do SiNdEEPRERJ (Sindicato dos Empregados em Empresas de Presta-o de Servios a Terceiros, Adminis-trao de Mo de Obra Temporria e Trabalho Temporrio) e Joaquim Lauria, Presidente do Sindicato Patronal dos Tomadores de Servios Temporrios e Terceirizados oficializaram o documento que prev, entre outros itens, aumento de 6,5% nos salrios tambm aplicvel sob o ticket alimentao e o pagamen-to retroativo ao ms de fevereiro 2009. Tambm h garantias sociais, como a licena maternidade opcional de seis meses assegurando o emprego mu-lher; a estabilidade do retorno do em-pregado quando este vai ao iNSS por auxlio-doena (aps esse retorno du-rante 30 dias ele no pode ser demitido) e o vale-transporte dentro do desconto de 6%.

    Embora a maioria destas resolues esteja na Constituio Federal precisa-va constar em uma conveno coletiva para que as empresas se sintam mais cobradas a cumprir; mas muito con-tribuiu para isso a evoluo do nosso relacionamento com a classe patronal, revela o Presidente do SiNdEEPRERJ.

    Representantes dos patres e em-pregados se unem, em especial, no in-teresse comum em combater empresas que dispem de terceirizados e tempo-rrios em situao irregular. Algumas dessas empresas vm de outros esta-dos, no regulamentam o CNPJ no Rio de Janeiro, se alojam dentro de uma empresa tomadora de servio e, quan-do termina o contrato, do no p e no pagam ningum; esta atitude mina o

    esforo de trabalho das empresas id-neas do mercado de trabalho do Rio de Janeiro, denuncia Lindenberg Barbosa, 1 Tesoureiro e co-fundador do SiNdE-EPRERJ.

    J para Joaquim Lauria, do Sindicato Patronal, a aproximao com o SiNdE-EPRERJ decisiva no somente para aumentar a fiscalizar e regulamentar as homologaes como tambm para evi-tar situaes trabalhistas desgastantes para ambos os lados. A aproximao entre interesses favorece uma concilia-o de forma a evitar que a maioria das aes v para a Justia do Trabalho; afi-nal muitos casos so mera falta de dilo-go; precisamos facilitar o esclarecimen-to de informaes que atendam em bom termo a todos, considera Lauria.

    A Conveno Coletiva 2009/2010 um passo para se combater outras lacu-nas como, por exemplo, a de empresas terem terceirizados e temporrios traba-lhando nas mesmas condies dos co-laboradores que tm CLT, porm sem os mesmos direitos.

    O SiNdEEPRERJ planeja para breve um levantamento preciso em todo o Es-tado do Rio sobre o nmero de empre-gador terceirizados e temporrios que

    esto realmente atuando. Estima-se que hoje haja aproximadamente 80 mil e que este nmero beire os 90 mil em pocas como Natal e Pscoa.

    AssINATURA DA CONvENO COLETIvA DE TRAbALHO 2009/2010

    projeta uma srie de conquistas para Terceirizados e Temporrios

    A VEZ DA SUA VOZ - SERVIO

    O SiNdEEPRERJ conta com a sua colaborao: se voc terceirizado ou temporrio e sua empresa est em si-tuao irregular encaminhe sua denn-cia pelos telefones e e-mail abaixo. Sua participao muito importante para que as leis trabalhistas em vigor sejam respeitadas e cumpridas. Tire tambm suas dvidas!

    Fale com o SiNdEEPRERJ Tels.: (21) 2222-9402 ou (21) 2222-9403 / e-mail: [email protected]

    ou no endereo: Largo de S. Francis-co de Paula, 26 17 andar, sala 1711, Centro, Rio de Janeiro (RJ).

    Joaquim Rodrigues de Souza assina a conveno coletiva

    Da esquerda para a direita: Joaquim Rodrigues, Joaquim Lauria e Lindenberg Barbosa

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  • 6 | Maio / Junho | 2009

    CAPITAL HUMANO

    Tem sido identificada como ponto comum nas organi-zaes que oferecem os melhores produtos, a prti-

    ca de saber equilibrar a energia do feminino com a energia do masculi-no. Vale a pena pensar que o equi-lbrio entre feminino e masculino,

    unidos, formam um terceiro ser, invisvel, e que toma forma em aes e resultados.

    de fato homens e mulheres so distintos em suas funes cerebrais, usam capacidades diferentes, pen-sam de forma distinta e no se comu-nicam da mesma forma. Mas ao invs

    de disputar, julgar e retroceder; estas diferenas representam ideias que unem e geram evoluo. E nos casos que aqui mostramos, Globo.com e Ampla (empresa do grupo Endesa) multiplicam e facilitam as inovaes, melhorando o clima organizacional.

    Em empresas altamente competi-

    Jefferson e CamilaConvivncia de estilos

    aprimorou a Comunicao, ferramenta vital no processo de

    trabalho de ambos

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    NeurNios uNidos QuANdo 1 + 1 = 4

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    tivas esta mentalidade atrai, retm ta-lentos e aprimora a capacidade de um homem usar o plo do crebro que seria mais destinado s mulheres e as mulheres a serem mais racionais, ou seja, terem a capacidade de usar a regio cerebral que no lhes era destinada. Esta tomada de conscin-cia de uma convivncia sadia realiza de fato esta mudana segundo confir-ma izabel Monteverde, Neurolinguista consultora desta reportagem.

    Camila dias, de 30 anos, e Je-fferson Braga, de 29, trabalham respectivamente na rea de Banco de dados e na rea de Produo, dentro da Tecnologia da informa-o da Globo.com, empresa lder no mercado de internet. Os proce-dimentos de Camila impactam na atividade de Jefferson e vice-versa. Com Camila, Jefferson confessa que aprendeu a ter mais jogo de cintura. Ela me ajuda a me comuni-car melhor, a estar mais preocupa-do com o entorno, acentua. Nesse dilogo dirio e contnuo, Camila tambm sai ganhando: Observan-do o Jefferson trabalhar aprimorei minha praticidade e agilidade, isso me agrega na questo de cumprir prazos, admite ela.

    Tecnologia da informao tem sido um clube do Bolinha muito sauda-velmente invadido pelas luluzinhas. Camila, por exemplo, trabalha h nove anos na Globo.com, nos sete primei-ros s atuou com homens na equipe e nos ltimos dois ganhou a compa-nhia de outras moas. Acho que se trabalhasse s com mulheres no te-ria aprendido tanto, continuo tendo o lado feminino, mas ganhei muito em iniciativa, no sou nem um pouco in-decisa, como alguns homens brincam em relao s mulheres, define a Co-ordenadora de Banco de dados.

    No caso de Kenji Yamamoto, de 26 anos e Ana Cristina Porto, de 29, a interatividade profissional tambm gerou relacionamento afetivo sem

    prejudicar o trabalho na Globo.com. Ambos so colegas de trabalho (na rea de desenvolvimento) e namora-dos. Eles asseguram: sabem dividir muito bem os momentos. Para Kenji quando se comea a trabalhar com mulheres os homens passam a dar mais valor ao refinamento na entre-ga do produto. A gente deixava isso meio de lado, confessa ele enquanto ressalta que mulheres nos ajudam a antecipar solues. Ana Cristina melhorou no trabalho sua capacida-de em respeitar o tempo de cada um. Fico nervosa quando vejo que algo

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    Ana Cristina e KenjiCapacidade sbia de dividir momentos de trabalho e de amor

    Rafael e Helena Mix masculino

    e feminino gera ampliao das competncias

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    no est bem; o Kenji, mais tranqilo me ajuda muito a dar uma segurada e a entender as pessoas, afirma.

    Rafael Pena, de 33 anos e Helena Hanate, de 30, da rea de desenvol-vimento tambm lucraram em suas carreiras com esta simbiose de es-tilos masculino e feminino em con-vivncia rotineira. Rafael admite ter se tornado multifuncional, enquanto Helena desenvolveu, como ela ad-mite, mais capacidade de dividir res-ponsabilidades. A Helena super-regular, no tem altos e baixos como muitas mulheres, elogia Rafael.

    Para Marcele A.Berbert, Gerente de RH da Globo.com, quando duas pessoas que trabalham juntas pen-sam e agem muito igual o resultado no to primoroso quanto em uma dupla onde haja embate de ideias. de uma discusso, uma divergn-cia, em geral sempre surge um pro-duto mais elaborado, mais comple-to, entende Marcele ao esclarecer que percebe de fato uma relao complementar entre os sexos: ho-mem e mulher devem reconhecer no outro uma contribuio nica para o crescimento do grupo.

    As organizaes, j nos proces-sos seletivos, incluem no desenho da maioria dos cargos nuances emo-cionais mais prprias da natureza da mulher associadas a uma viso mais prtica a objetiva tpicas do jeito masculino de agir. o que observa Maria Tereza Maldonado, Psicloga que recentemente lanou o livro O Bom Conflito Juntos Buscaremos a Soluo, no qual o foco o apro-veitamento dos conflitos inevitveis como maneiras e caminhos para se encontrar solues a ambas as par-tes.

    Maria Tereza esclarece que bem possvel homem e mulher se somar sem perderem suas essncias. Se ambos se respeitarem a admirarem suas diferenas iro gerar a coope-tio, mix entre competio e coo-

    perao; dessa forma, por exemplo, o homem aperfeioou sua capacida-de de escuta da equipe interna, de formar redes, capacidades que mile-narmente eram femininas; se a con-vivncia entre homens e mulheres for predatria, a competitividade na organizao ser prejudicada, con-sidera a profissional que membro da Academia Americana de Terapia de Famlia.

    Segundo ela, esta nova manei-ra de encarar a gesto representa transformao de modelo. Mulheres que no conseguem atingir este es-tgio quando se tornam lderes, em geral, se masculinizam tornando-se frias, calculistas. Algumas mulhe-res ao invs de aproveitar seu estilo natural e apenas agregar a ele algo positivo do masculino mimetizam um modelo que anteriormente era o possvel, adverte.

    Especialista em fazer pontes entre o trabalho e a vida em famlia, Maria Tereza refora outro ponto positivo do aprendizado que o homem tem com a mulher no trabalho. Se o homem

    tiver o perfil de agente transformador ele vai naturalmente fazer a ponte do seu papel na empresa para valorizar no lar o seu papel de pai como um cuidadore no mais apenas como um mantenedor, destaca.

    Cuidando da boa convivncia entre homens e (cada vez mais) mulheres a Ampla vem se destacando como uma empresa que deixou de ter s a viso de Engenheiros homens e tecnicis-tas, como enfatiza Carlos Ewandro Naegele, diretor de RH da Endesa Brasil (grupo que abrange a Ampla), empresa que distribui energia a 73% do Estado do Rio e tem 2,2 milhes de clientes, de acordo com dados de seu site. A chegada de muitas mu-lheres foi precisamente uma deman-da da sofisticao do nosso negcio; ele ficou mais complexo, tanto que hoje temos profissionais de nvel su-perior com 32 formaes distintas, conta Carlos Ewandro.

    Bem incomum h pouco tempo, as mulheres j fazem positivas diferen-as, por exemplo, no setor de Obras de Engenharia / Projetos de Alta Ten-

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    O ncleo bsico do trabalho de Maria Tereza Maldonado

    o de ajudar as pessoas a conviverem melhor umas

    com as outras

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  • Maio / Junho | 2009 | 9

    so em Sub-estaes e Linhas de Transmisso. Nele participam do pro-jeto de Gerenciamento de Projetos, Gislene Jardim, de 25 anos, trs de Ampla e Mario Alves de 39, seis de em-presa ambos Engenheiros Eltricos. Mario revela que tem aprendido bas-tante com a intuitividade de Gislene. A Gislene me faz pensar na reao das pessoas e me ajuda a refletir antes da tomada de importantes decises; nem sempre em Engenharia agressividade o ponto crucial, mas s vezes o tom negociatrio da mulher d ao projeto o toque ideal, argumenta Mario, que confessa ter a chegada das mulheres mudado o papo de corredor e a pre-ocupao dos homens com a aparn-cia no trabalho.

    J para Gislene, estar com homens fundamental para o saber como atuar em equipe. Projetos de fato preciso tanto de razo quanto de emoo, e nas doses certas; o fato de cobrirmos aspectos diferentes tam-bm diminui chances de erros, afir-ma ela, que h um ano e meio troca ideias com Mario no mesmo setor e percebe que as mulheres da empresa aprendem muito com os homens para o decorrer de suas carreiras.

    Gestor de Gislene e Mario, Andr Barata confirma que a dupla se har-moniza muito bem neste projeto e vai alm ao analisar a contribuio cor-de-rosa na Ampla: Se somente tivssemos homens no teramos os resultados esperados; as mulheres possuem, em geral, uma viso de fu-turo melhor, o que para a rea de En-genharia decisiva, refora Barata.

    Masculina em sua essncia, a Ampla se modernizou e se humanizou, na vi-so de Carlos Ewandro, com a chegada das mulheres, que representam cerca de 26% do quadro funcional - percen-tual considerado alto para o ramo da Engenharia Eltrica. O pulo do gato da Ampla foi o de nunca analisar a relao homem/mulher como disputa; afinal ganhamos demais com essa soma da

    viso mais holstica feminina e a mais imediata, precisa viso masculina; ali-s, diversidade um dos nossos valo-res primordiais no Grupo Endesa, diz o diretor de RH.

    O diretor da Ampla complementa este raciocnio ao revelar que quan-do um Engenheiro convive com uma mulher como se aprendesse a en-xergar tons de cinza. O mundo da Engenharia o do on/off; as mu-lheres nos ensinam a olhar para as pessoas e nos dizer que elas no tm um manual de instruo, comenta Carlos Ewandro.

    izabel Monteverde, conceituada Neurolinguista (fonte da reportagem de Sade desta edio), concorda

    com esta nova maleabilidade de pen-samento que tomou conta dos enge-nheiros ao explicar que o crebro muito plstico e que, pode ser mol-dado a acreditar que pode isso ou que no pode aquilo. Precisamos evitar o embotamento cerebral no apenas convivendo com o diferente, mas pensando diferente e dizendo a ns mesmos: Eu vou fazer!, suge-re izabel. Para ela a dicotomia entre razo e emoo questionvel. A Neurologista diz que homens e mu-lheres o tempo todo esto usando razo e emoo ao mesmo tempo.

    Coloque ento no pra-choque de sua mente a frase: diferena no di-vide, multiplica.

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    Gislene a MarioNa Ampla a convivncia com as mulheres ajuda os homens a atingir resultados bem acima do esperado por eles e vice-versa

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  • 10 | Maio / Junho | 2009

    sADE

    Depresso. A simples leitu-ra deste termo produz, em geral, um fantasma em nossas mentes. O primeiro

    passo para se combater este mal que atinge segundo a Organizao Mun-dial de Sade (OMS) 121 milhes de pessoas em todo o mundo alimentar o crebro de informaes corretas. A depresso a doena da auto-estima deflagrando no crebro uma auto-ima-gem muito ruim, aliado a um processo de repetio contnua de momentos e estados emocionais ruins no crebro, ou seja, enxergar a vida de uma pers-pectiva completamente niilista. de tanto lembrar de coisas ruins, ler e ver notcias ruins, conversar, discutir fatos ruins, o crebro alimenta o sangue de bioqumi-cas ruins inclusive o cortisol (substncia qumica nociva). Resultado: em pouco tempo este sangue estar viciado! E o mais grave que 75% das pessoas que sofrem deste mal nunca tratou a doena

    simplesmente por no perceb-la com a real gravidade. No apenas as pesso-as, mas as organizaes precisam abrir os olhos: a depresso hoje a quarta maior causa global de incapacidade - fa-tor gerador de absentesmo e presente-smo pessoas que esto no trabalham, mas no conseguem produzir.

    Segundo izabel Monteverde, uma das maiores Neurolinguistas do Brasil (criadora do programa Personal Emo-tions ver em www.neuromundo.com.br), ns temos alguns recursos para co-mandar esta caixa chamada crebro, afinal pensamentos geram emoes, que por sua vez produzem comporta-mentos. A questo : como gerenciar esses comportamentos?

    Antes de qualquer anlise, preciso ressaltar que h diversos nveis de de-presso; alguns, dos mais graves, preci-sam alm do trabalho cerebral, da inter-veno farmacolgica. H sinais fsicos e emocionais apontando a presena da

    EMOCiONAiS FSiCAS

    Pensamentos derrotistas Baixa energia

    VitimizaoAlteraes no sono

    Tristeza

    dores inexplicveis pelo corpo sem causa clnica definida

    impotncia dor de cabeaideia de culpa e inutilidade

    Alteraes no apetite

    Vises pessimistas do futuro

    Queimao no estmago

    Angstia e ansiedade

    Alteraes psicomotoras

    Perda de prazerPerda de energiaAuto-estima e auto-confiana reduzidas

    Como veNCer a depressoUm inimigo oculto

    das organizaes

    A imagem preocupante?!...mas a notcia boa!

    Depresso parte; nosso crebro elstico e se molda; quanto mais

    aumenta a demanda, mais ele aprende a trabalhar com um

    nmero maior de informaes

    CONHEA AS PRINCIPAIS CAuSAS DA DEPRESSO:

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    Site

    Sxc

    .hu

  • Maio / Junho | 2009 | 11

    sADE

    depresso em um ser humano (ver qua-dro 1) que interferem na habilidade para trabalhar, comer, dormir, fazer amor, en-tre outras atividades normais.

    Precisamos tratar a origem da depresso, que na verdade vem de uma construo social e moral desa-justada, ou seja, reproduzimos mode-los aos quais fomos expostos e no construmos nada, s reproduzimos o que recebemos externamente, o que gera uma falta de autonomia e auto-estima incrvel, destaca izabel, que membro da Sociedade Brasileira de Neurocincia e j atendeu a mais de 200 empresas no Brasil e na Europa (sobretudo Portugal).

    A especialista explica ainda que a questo da dependncia social atro-fiando regies cerebrais muito antiga. Se nossos antepassados no perten-cessem a um grupo morreriam e para isso teriam que seguir um conjunto de regras. Camos em padres do temos que fazer assim porque todo mundo faz ou todo mundo pensa isso ou ainda proibido fazer isso e assim a gen-tica social direcionou o crebro moral percepo do certo e do errado, sem nunca ser treinado a questionar o porqu disso tudo, explica izabel.

    Outro entendimento da gerao da depresso parte por analisarmos aquilo que se conhece por dilogos internos (consigo mesmo) eles geram pensa-mentos. Alguma vez voc j se pegou conversando consigo mesmo? Fazendo inmeras perguntas e depois respon-dendo? O fato que estas respostas tm enorme poder de deciso sobre quais emoes criamos. E a repetio de conversas internas improdutivas gera e amplia a depresso. Questes como estas, ligadas ao crebro moral ocuparam trs meses de izabel neste ano de 2009 em pesquisas com outros experts do tema na Universidade de Bar-celona (Espanha).

    Partindo para a rea de solues des-ta reportagem, uma das mais fantsticas descobertas de Neurocincia sobre a tnue fronteira entre como acontece

    a imaginao no crebro e como esta se transforma em poder de realizao. izabel esclarece: o crebro no sabe a diferena se est s imaginando ou se est vivendo algo de forma literal, ele vive tudo com a mesma intensidade como se tudo fosse verdade, isso inclui fabricar emoes e comportamentos para aquela imaginao, argumenta.

    Ela define o crebro como um cumpridor de ordens, o que signifi-ca: voc pensa em determinada situa-o e gera no crebro uma fora para que ele o faa executar externamente estas ordens. O primeiro passo para tudo o que voc l aqui sair do papel : conscientize-se que dE FATO as conversas internas acontecem.

    O crebro aprende por repetio. dentro dele os neurnios formam re-des que ao se exercitarem por meio de repetio se tornam mais fortes e mais difceis de serem cortadas. En-to se voc quer enfatizar uma coisa boa em seu crebro tem que repeti-la, pode fazer algo como se j tivesse conseguido isso, at ele ligar o pilo-to automtico, ensina izabel que em nove anos j obteve inmeros retor-nos positivos de seu trabalho com executivos, gestores, jogadores de futebol e at donas de casa.

    Por outro lado, a atmosfera em que o indivduo vive tambm determina nuances dos sentimentos. a ques-to dos neurnios-espelho que absor-vem tudo o que est nossa volta. Es-tudando um nmero cada vez maior de pessoas com depresso nas em-presas, izabel Monteverde descobriu aquilo que chama de Gen da Lide-rana. Por seis meses debruou-se sobre lderes como Gandhi, Mandela, Jesus, Bispo Macedo, Bhuda e Walt disney. Sobre este ltimo foi disney especialmente para investigar como ele criou o tal mundo de sonhos.

    Verifiquei que o verdadeiro lder cria um mundo do qual as pessoas querem fazer parte; com flexibilidade, com felicidade, sem normas gessa-das, abrindo espao para que todos

    Um bom exerccio prtico, de acordo com izabel Monteverde, consiste em:

    1. - Primeiro passo PERCEBER Faa uma pausa, em silncio, sem interferncias externas e preste ateno em seus pensamentos e conversas internas. Perceba se este dilogo saudvel ou ruim.

    2. - Segundo passo CONVERTER Voc j sabe que seu crebro no sabe a diferena se est imaginando ou vivendo de forma literal. A partir da comece nesse instante a imaginar como voc gostaria de estar se sentindo nesse momento. V buscar na sua memria momentos que voc se sentiu incrivelmente bem (passado) ou crie momentos bons e at excelentes em que imagina viver no futuro. Oua o que voc ouviu, veja o que viu, sinta o cheiro que sentiu, use todos os sentidos para evocar a cena novamente, seu crebro ir executar prontamente.

    3. - Terceiro passo AGiR Ande, fale, respire, como se estivesse vivendo aquilo vividamente. Faa o teste e veja como seu crebro obedece direitinho...

    possam sonhar junto com a organi-zao, conta izabel, apontando este como um dos antdotos contra qual-quer depresso corporativa.

    E tanto quanto sonhar, produzir fa-tos novos, ver e ler coisas novas, andar por novos caminhos, tudo isso facilita a descoberta de um significado comum entre nossas vidas e nossos ambientes de trabalho. Aes que geram autnti-cas vitaminas anti-depressivas.

    ExPERIMENTE ESTE ExERCCIO PARA MINAR SuA DEPRESSO:

    Izabel Monteverde autora de Pensamentos Determinam Vidas seu crebro e em setembro lana seu segundo livro ligando o crebro s emoes em texto elucidativo s pessoas que sofrem de Depresso (foto abaixo)

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    Div

    ulga

    o

  • 12 | Maio / Junho | 2009

    PERsONAGEM

    depois do design da TV ele vai revolucionar o tempo

    e Bill Gates (da Microsoft) e deve ga-nhar o mundo nos prximos anos.

    O que podemos aprender com este gnio de 60 anos, casado com a glo-beleza Valria Valenssa e pai, como ele mesmo define, de dois brasilei-rinhos: Joo Henrique, de seis anos e Jos Gabriel, de cinco anos? Uma infinidade a comear pelo seu jeito

    de ser e agir vivaz. Hans jamais se estressa com perspectivas de

    futuro, por isso ele consegue aproveitar to bem o pre-sente.

    NEWSLET Muito alm da TV Globo que o proje-

    tou, voc se dedica ao Ti-mension. O que isso?

    Hans A minha misso. Se o meu trabalho foi fundamental

    para fazer a TV Globo virar a n-mero 1 de design, foram degraus

    para estabelecer parcerias com Bill Gates, Steve Jobs e outras gran-

    des empresas que esto acordando para a realidade de um novo tempo. O Timension (www.timension.com.br) provoca sensaes diversas em seus 43200 visuais diferentes. O claro e escuro nunca so bruscos, tm nuan-ces. No lanamento da torre colorida da alta definio em So Paulo (SP), que projetei, a me da mulher do Ro-berto irineu Marinho me disse: Hans, detesto relgios, nunca os usei, mas o seu quero usar porque voc conse-guiu fazer o tempo ser suave.

    NEWSLET Suave? Como assim?

    HaNs doNNerTv GLoBo

    Referncia mundial no design dentro e fora da TV, Hans donner - popularmente o homem que criou o plim-plim da TV Globo - quer transformar tambm a forma de como as pessoas vem e, sobretudo, sentem o tempo. uma reconexo das novas geraes com o tempo real, define Hans, profissio-nal que nos ltimos 35 anos mudou a cara da TV Globo.

    Quem no tem na memria as aberturas do Fantstico, a mulher

    saindo da banana em Planeta dos Macacos, os cenrios do Jornal Na-cional, as aberturas de novelas como Tieta e Selva de Pedra, as aberturas das transmisses da Copa de Mundo e Carnaval?! Hans no pra. E no parece nem estar no auge da pro-duo, tamanha sua sede de fazer o novo. Atualmente na verdade desde 1986 - dedica-se com intensidade ao o projeto de uma vida: o relgio Ti-mension. Seu projeto j conta com as parcerias de Steve Jobbs (da Apple)

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    : Ren

    ato

    Neto

  • Maio / Junho | 2009 | 13

    PERsONAGEM

    Hans Explico. Meu filho Joo Hen-rique comparou o meu relgio com o da Valria (Valenssa) e disse: Papai o seu relgio suave, desliza igual a uma cobra E ele pegou o relgio da Valria e disse: Esse relgio da ma-me pula igual a um sapo Sapo! A humanidade est engolindo sapos a cada segundo porque est aceitando o tempo pulando, ou melhor, no ti-nha opo. isso nos ajuda a entender porque este Timension ser um co-nector do ser humano com o univer-so e ajudar as pessoas a se estressar menos.

    NEWSLET Este novo desenho para o tempo que voc criou muda o qu na cabea das pessoas?

    Hans Ajuda as pessoas a se conec-tarem ao universo, quando elas vol-tam a perceber que o mundo se divi-de entre o claro e o escuro, o tempo todo. Precisamos perceber o volume. Criei tudo isso instintivamente. intui-o meu combustvel.

    NEWSLET Cite impresses inte-ressantes que voc recebeu de ou-tro profissional sobre o Timension?

    Hans Sim, posso citar meu mdico. Ele disse: Hans, adorei a fuso do tem-po com a dimenso. a expresso mais pura e humanstica do design como forma de expresso. A contagem do tempo pelo Timension nos contempla a uma percepo mais sensvel do nosso dia a dia. E tambm Adrian Goh, Editor da prestigiada revista Home Concert (de Singapura): Um registro estetica-mente evoludo da rotao da Terra em relao ao sol ao invs da opressiva e estressante interpretao baseada em algarismos e ponteiros.

    NEWSLET Como voc descobriu seu talento?

    Hans desde criana j gostava de-mais de desenhar e minha famlia me

    deixou voar. Nunca se opuseram. inclusive quando hes disse que iria para o Brasil sem conhecer ningum e sem saber falar portugus. Mas ao longo da vida descobri outro talento: o de lidar com gente, mexer com a cabea delas. descobri isso graas a pessoas maravilhosas que passaram e continuam passando pela minha vida. Gosto de fazer as pessoas en-xergarem e viverem seus sonhos.

    NEWSLET E como lhe foi poss-vel superar limites e dar asas ao seu talento?

    Hans H 35 anos vivo um sonho que vai durar enquanto pessoas como o Boni disserem: detona, Hans!. Encontrei na TV Globo o apoio, a li-berdade para criar, os recursos, o equipamento, o pessoal mais compe-tente, tudo o que eu precisei e ainda precise para fazer mais e mais, para trazer esse meu universo tona.

    NEWSLET Alm do talento natural, voc tambm teve que usar a habilida-de para vender seu prprio peixe?

    Hans Sim. H designers muito me-lhores do que eu. Mas duvido que exista um que saiba vender melhor. Vendo com tanto entusiasmo que transfiro o sentimento para a apre-

    sentao. Tem artista que gnio, mas no abre o corao, no encara o pblico de frente. No tenho tcnica. Sou pura emoo igual a uma crian-a. Fao todos os dias somente o que gosto de fazer e agora dobrado por-que tenho dois brasileirinhos. So dois foguetes que todos os dias eles me levam do macro ao micro.

    NEWSLET Defina a Valria Valens-sa (sua esposa) e seus filhos no seu processo de criao?

    Hans Ela me faz sentir um privilegia-do por fazer o meu design se casar com o design de deus. Que ela ainda iria ser me de dois brasileirinhos en-louquecendo minha vida, isso indes-critvel. Meu processo criativo se abriu a uma dimenso maior. O homem est cada vez mais preocupado com coisas materiais: o carro, iates, helicpteros. Olhar para o universo o faz ser mais humilde. Meus filhos me abriram os olhos ao universo com perguntas des-se tipo: Papai, deus filho de quem? ou Qual o dobro do infinito? Onde esto as dimenses?. Registro tudo o que eles fazem.

    NEWSLET Muitos brasileiros tm filhos com idades idnticas aos seus, mas no tm a mente aberta para aproveitar o que eles dizem...

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    : Ale

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  • 14 | Maio / Junho | 2009

    PERsONAGEM

    Hans Gerei filhos aos 55 anos, cons-cientemente. Fiz todas as loucuras de criar e trabalhar. Hoje passo entre cinco e seis horas dirias com os nos-sos filhinhos. invisto sem saber o que terei de retorno e o retorno gigantes-co. de presente ganho muita energia para poder produzir bem mais, com mais qualidade e em menos tempo.

    NEWSLET Como lidar com o cliente TV Globo?

    Hans Tudo na minha vida devo TV Globo. Nossas aberturas se tornam peas de arte acessveis a milhes de pessoas e com certeza hoje sou o ar-tista (designer) com os trabalhos mais vistos no mundo. Uma hora por dia de vinhetas e aberturas no ar, visto por mais de 100 milhes de pessoas du-rante 35 anos. Por outro lado, o res-peito que a prpria TV Globo adquiriu, o padro Globo de qualidade se deve muito ao meu trabalho.

    NEWSLET Quando voc pensou na logomarca da TV Globo que con-ceitos vieram mente?

    Hans simples. Sou um cara muito aberto para sinais. Minhas ideias vm de uma outra dimenso. Sou apenas instrumento. Comecei a rabiscar um guardanapo de avio uma esfera com tela de televiso dentro. Me dei con-ta de que Globo s podia ser esfera, volume, um globo solto, flutuando no ar. A TV Globo comeou a se vender como produto quando ela ganhou seu carto de visitas. A chave para a disseminao de uma TV a comuni-cao visual, uma ferramenta de en-tendimento no mundo inteiro.

    NEWSLET Sua fixao na quebra de um paradigma teso ou neces-sidade profissional?

    Hans No h fixao. Nunca plane-jei essa coisa de vou chegar l. O ideal no se colocar alvos fixos, mas

    sim tentar focar em fazer o seu melhor a cada dia. Viver um dia de cada vez o que me faz melhor. Tenho que me superar por mim mesmo e no para mostrar aos outros.

    NEWSLET Que conselhos voc daria a um profissional de quem exigido ser criativo e inovador?

    Hans Que no tente ser Hans donner. Se somente se espelhar em algum voc nunca ir ser. Mas um dia, sem fixar isso, voc pode ser melhor que o Hans don-ner! Se voc vai mudar de cultura como fiz, passar fome sem falar o idioma do pas para lutar por sua posio, diria que, mais importante do que ser criati-vo, ser persistente! Gente talentosa e criativa existem muitas: basta acreditar no dom, abrir o corao e ir em frente. Mas somar alta dose de persistncia criatividade raro. Mesmo em meio emoo da criao, precisamos da ra-cionalidade de uma parada para perce-ber onde podemos refazer o caminho. Sempre me preparo para estar fazendo coisas novas. A vida pede isso.

    NEWSLET Voc diz que intui-o. Mas ningum tem tamanha in-tuio associada ao talento se no for um gnio. Voc gnio?

    Hans No. Sou um cara que nasceu com um talento + muita sorte + uma natureza muito persistente. O ser hu-mano que no costuma aproveitar o real potencial de sua intuio. Muitos no esto abertos. O escritor agentino Jorge Luis Borges escreveu que so-

    mos feitos de Tempo e dostoivsky que a nica forma do mundo ser salvo seria por meio da beleza. Que bom se pudssemos unir tempo e beleza. Hoje est mais difcil o ser humano aprovei-tar o valor de sua intuio porque est sob bombardeio de tecnologia. O ho-mem tem que dominar a tecnologia e ser crtico na hora de us-la.

    NEWSLET Voc adora transformar o ser humano usando a tecnologia apenas como transporte...

    Hans Exatamente. Sou muito mais atrado por trabalhar com pessoas. A computao grfica me viabiliza a ter-ceira dimenso do meu design, mas com minha equipe nos valemos muito do jogo de cintura humano, da im-provisao artesanal. O que sempre busquei foi uma forma de me apro-ximar das pessoas e dividir com elas minha fascinao pelas formas cls-sicas, mas nada disso foi consciente. Sou agradecido por possuir o dom de beijar espiritualmente as pessoas, transmitindo nimo e garra. Cada vez mais precisamos das outras pessoas.

    NEWSLET Cite uma frase marcan-te para voc dita por alguma perso-nalidade...

    Hans Permita-me duas. A primeira do fsico Albert Einstein: Educao tudo o que sobra depois que se esqueceu tudo aquilo que se aprendeu na esco-la! Mas adorei a do Vincent Van Gogh que tem tudo a ver comigo: Viver, tra-balhar e amar a mesma coisa.

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    : Rod

    rigo

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  • Maio / Junho | 2009 | 15

    sERvIOs LET

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    Profissionais de RH do Grupo LET esto plenamente capa-citados para realizar a Seleo por Competncia, um conceito que fala em somatrio de conhecimen-tos, habilidades, comportamentos e experincias relativas a tudo aquilo que um candidato a uma vaga j vivenciou. Em um procedimento que inclui uma entrevista direcionada a obter resulta-dos efetivos, as Analistas de RH procu-ram investigar e identificar quais aes passadas deste candidato, casadas com o perfil do cargo, que justificam ser esta pessoal a ideal para o cargo no apenas naquele exato momento, mas tambm para o futuro.

    A assertividade alta. Cerca de 80% dos candidatos aprovados por compe-tncia entram nas empresas com boas possibilidades de longevidade em sua permanncia; quem contrata entrevis-ta por competncia, em geral, tem um risco muito menor de ter um candidato no adequado vaga, esclarece Hel-len Martins, Coordenadora de RH do Grupo LET. Antes de se iniciar a tria-gem dos currculos produz-se um guia para a entrevista dentro do qual so im-prescindveis a descrio completa do cargo, objetivos das funes, porque a empresa deseja aquele tipo de profis-sional e que competncias tcnicas e comportamentais ele deve ter.

    Normalmente a seleo por compe-tncia entendida como essencial para os cargos de nvel gerencial (supervi-

    sor, coordenador, diretor, gerente, lder de setor etc). Como o foco deste traba-lho conhecer o lado comportamental de cada pessoa, Hellen explica que difcil uma empresa, no caso de uma se-leo para este tipo de cargo, no identi-ficar a necessidade de uma seleo por competncia. So profissionais que precisam ter seu lado comportamental bem avaliado porque eles vo lidar com outras pessoas, gerenciar seus humo-res e, como iro depender muito dessas pessoas, esses profissionais em cargo gerencial devem saber se relacionar muito bem, enfatiza Hellen.

    Outro fator decisivo da seleo por competncia o de que trata-se prati-camente de um processo anti-mentira. Acredito que esta tcnica deixa o candi-dato na maior saia justa por ele no con-seguir mentir e nem exagerar em nada; como se o candidato fizesse parte de um quebra-cabea, aponta Priscilla Monteiro, Gerente de RH do Grupo LET.

    Mas quais so competncias com-portamentais hoje prioritrias? Elas res-pondem por palavras como iniciativa (ou ousadia), criatividade, entusiasmo (ou motivao), esprito de equipe, fle-xibilidade, resilincia (ou capacidade de dar a volta por cima). Este mercado atual precisa de fato de gente com talen-to, mas s isso no basta, alm de saber fazer, tem que querer fazer; sendo assim melhor se ter um recm graduado que mete a mo na massa do que um Phd que fica de braos cruzados, exempli-

    fica Priscilla Monteiro, profissional com experincia na conduo de mais de 6.000 processos seletivos.

    Priscilla refora ainda que a Seleo por Competncia no apenas ajuda em-presa e candidato a no perderem tem-po, como trabalha a favor da qualidade de vida. s vezes vejo pessoas com um ms de emprego desejando sair ou j querendo oportunidades de crescimen-to; esses comportamentos demonstram que aquela pessoa no est no lugar certo, analisa a profissional que est h oito anos no Grupo LET.

    Oferecemos

    sELEO POR COMPETNCIA Conhea as vantagens

    A seleo por competncia trabalha com escala de valores e anlise de com-portamentos. Nela so feitas ao candi-dato perguntas abertas com verbos na ao do passado. Exemplos: Qual foi o problema mais difcil que voc ajudou a solucionar em seu antigo emprego? Ou Conte-me uma situao em que teve que abrir mo de suas idias em favor de sua equipe? Ou ainda Como voc co-ordenou reunies com sua equipe?

    Aqui se mede, entre outras coisas, a capacidade de liderana da pessoa. Respostas a perguntas tpicas como as que esto acima devem incluir um contexto, uma ao e um resultado, alm de se basear sempre na vivncia do candidato e no em conceitos decorados.

    Entendendo o que acontece

    Hellen Martins (de blusa branca), Coordenadora de RH da Matriz do Grupo LET, realiza entrevista com candidata a uma de nossas vagas

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