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A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI Linux Magazine # 68 07/2010 WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR # 68 Julho 2010 INFRA ESTRUTURA DE TI » Active Directory no Linux p.35 » Escolha consciente do sistema de arquivos p.40 » Gerenciamento otimizado de usuários p.46 MADDOG p.30 Quando pouco conhecimento se torna um problema sério. LINUXCON p.22 Prorrogada a venda dos ingressos com desconto. NOVA ECONOMIA p.26 A verdadeira nova economia será a dos bens intangíveis. TUTORIAL: GIT p.60 Controle de versão flexível, poderoso e fácil. SEGURANÇA: BLUETOOTH p.72 Evite que suas informações sejam interceptadas em conexões Bluetooth. VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: » Monitoramento com Nmon p.10 » Diagnóstico do parque computacional p.56 » OpenSolaris: framework de serviços p.67 » Suporte para dispositivos SSD p.53 INFRAESTRUTURA DE TI SUMO GIT BLUETOOTH ACTIVE DIRECTORY INVENTÁRIO SSD SISTEMA DE ARQUIVOS OPENSOLARIS COMO AS FERRAMENTAS DE INFRAESTRUTURA PODEM OTIMIZAR O DESEMPENHO DA SUA EMPRESA E DE SEUS PROJETOS. p. 33 GRÁTIS

Revista Linux Magazine No 68

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Revista Linux Magazine No 68

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Page 1: Revista Linux Magazine No 68

SEJA UM BOM GESTOR E UTILIZE AS MELHORES PRÁTICAS ADOTADAS E RECOMENDADAS PELOS PROFISSIONAIS MAIS EXPERIENTES NESSA ÁREA p.36

#44 07/08

R$ 13,90 € 7,50

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A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

CASE ALFRESCO p.26A Construcap agilizou seus projetos com o Alfresco

LINUX PARK 2008 p.28Iniciada em Porto Alegre a temporada de seminários Linux Park de 2008

CEZAR TAURION p.34O Código Aberto como incentivo à inovação

GOVERNANÇA COM

» O que dizem os profissionais certificados p.24

» Cobit, CMMI, ITIL. Quais as melhores práticas? p.36

» ITIL na prática p.39

» Novidades do ITIL v3. p.44

SEGURANÇA: DNSSEC p.69

Com o DNSSEC, a resolução de nomes fica protegida de ataques. Mas seupreço vale a pena?

REDES: IPV6 p.64

Conheça as vantagens da nova versão do Internet Protocol, e veja por queé difícil adotá-la

VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:

» Relatórios do Squid com o SARG p.60

» Java, Ruby e Rails: conheça o JRuby on Rails p.74

» Benchmarks do GCC 4.3? p.58

» Becape de bancos de dados com a Libferris p.46

» LPI nível 2: Servidores NIS e DHCP p.52

A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

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# 6807/2010

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

# 68 Julho 2010

INFRAESTRUTURADE TI» Active Directory no Linux p.35» Escolha consciente do sistema de arquivos p.40» Gerenciamento otimizado de usuários p.46

MADDOG p.30Quando pouco conhecimento se torna um problema sério.

LINUXCON p.22Prorrogada a venda dos ingressos com desconto.

NOVA ECONOMIA p.26A verdadeira nova economia será a dos bens intangíveis.

TUTORIAL: GIT p.60Controle de versão flexível, poderoso e fácil.

SEGURANÇA: BLUETOOTH p.72Evite que suas informações sejam interceptadas em conexões Bluetooth.

VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:» Monitoramento com Nmon p.10» Diagnóstico do parque computacional p.56» OpenSolaris: framework de serviços p.67» Suporte para dispositivos SSD p.53

INFRAESTRUTURA DE TI

SUMO

GIT BLUETOOTH

ACTIVE DIRECTORY IN

VENTÁRIO

SSD SISTEM

A DE ARQUIVOS OPEN

SOLARIS

COMO AS FERRAMENTAS DE INFRAESTRUTURA PODEM OTIMIZAR O DESEMPENHO DA SUA EMPRESA E DE SEUS PROJETOS. p. 33

GRÁTIS

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Platinum Sponsors Silver Sponsors RealizaçãoGold Sponsors

31 de agosto a1 de setembro São Paulo

Aguardamos você no mais esperado evento de software livre da América do Sul.

Trata-se do LinuxCon, em sua primeira vez no Brasil, trazendo grandes personalidades como Linus Torvalds, criador do sistema operacional Linux e Andrew Morton, mantenedor do kernel Linux além de Jim Zemlin, diretor da Linux Foundation.

Local:Sheraton São Paulo WTC HotelConvention CenterAv. das Nações Unidas, 12559 Brooklin Novo — São Paulo/SP

Mais informações no site:www.linuxfoundation.org

Palestrantes confi rmados• James Bottomley, Novell Distinguished Engineer Linux e mantenedor do kernel do

subsistema SCSI.• Jon Corbet, desenvolvedor do kernel do Linux e Editor da Linux Weekly News (LWN).• Thomas Gleixner, mantenedor da arquitetura Intel (x86),• Ian Prat, arquiteto chefe do projeto de código aberto Xen e fundador da XenSource.• Ted Ts'o, primeiro desenvolvedor do kernel na América do Norte e parceiro do Google.

anuncio_linuxcon.indd 1 17/05/10 18:04

Page 3: Revista Linux Magazine No 68

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Expediente editorialDiretor Geral RafaelPeregrinodaSilva [email protected]

Editora FláviaJobstraibizer [email protected]

Editora de Arte PaolaViveiros [email protected]

Redator MauroBaraldi [email protected]

Colaboradores AlexandreBorges,AugustoCampos,CorintoMeffe, AdrianoMeier,BenMartin,KurtSeifried, CezarTaurioneCharlyKuhnast.

Tradução DianaRicciAranha

Revisão F2CPropaganda

Editores internacionais UliBantle,AndreasBohle,Jens-ChristophBrendel, Hans-GeorgEßer,MarkusFeilner,OliverFrommel, MarcelHilzinger,MathiasHuber,AnikaKehrer, KristianKißling,JanKleinert,DanielKottmair, ThomasLeichtenstern,JörgLuther,NilsMagnus.

Anúncios: RafaelPeregrinodaSilva(Brasil) [email protected] Tel.:+55(0)113675-2600

PennyWilby(ReinoUnidoeIrlanda) [email protected]

AmyPhalen(AméricadoNorte) [email protected]

HubertWiest(Outrospaíses) [email protected]

Diretor de operações ClaudioBazzoli [email protected]

Na Internet: www.linuxmagazine.com.br–Brasil www.linux-magazin.de–Alemanha www.linux-magazine.com–PortalMundial www.linuxmagazine.com.au–Austrália www.linux-magazine.es–Espanha www.linux-magazine.pl–Polônia www.linux-magazine.co.uk–ReinoUnido www.linuxpromagazine.com–AméricadoNorte

Apesardetodososcuidadospossíveisteremsidotomadosduranteaproduçãodestarevista,aeditoranãoéresponsávelporeventuais imprecisõesnelacontidasouporconsequên-ciasqueadvenhamdeseuuso.Autilizaçãodequalquerma-terialdarevistaocorreporcontaeriscodoleitor.

Nenhummaterial pode ser reproduzido emqualquermeio, emparteounotodo,sempermissãoexpressadaeditora.Assume-sequequalquercorrespondênciarecebida,talcomocartas,emails,faxes,fotografias,artigosedesenhos,sejamfornecidosparapu-blicaçãoou licenciamentoaterceirosdeformamundialnão-ex-clusivapelaLinuxNewMediadoBrasil,amenosqueexplicita-menteindicado.

LinuxéumamarcaregistradadeLinusTorvalds.

LinuxMagazineépublicadamensalmentepor:

LinuxNewMediadoBrasilEditoraLtda. RuaSãoBento,500 Conj.802–Sé 01010-001–SãoPaulo–SP–Brasil Tel.:+55(0)113675-2600

DireitosAutoraiseMarcasRegistradas©2004-2010:LinuxNewMediadoBrasilEditoraLtda.ImpressãoeAcabamento:RRDonnelleyDistribuídaemtodoopaíspelaDinapS.A.,DistribuidoraNacionaldePublicações,SãoPaulo.

Atendimento Assinante

www.linuxnewmedia.com.br/atendimentoSãoPaulo: +55(0)1135129460RiodeJaneiro: +55(0)2135120888BeloHorizonte:+55(0)3135161280

ISSN 1806-9428 Impresso no Brasil

Para que qualquer tecnologia possa florescer e ser bem-sucedida, é necessário que a empresa ou grupo por trás dessa tecnologia estabe-leça uma estratégia condizente com às necessidades dos usuários que pretende atender. Quando Steve Jobs retornou à Apple em 1995, a empresa estava à beira da falência. Além de ter enxugado ao máximo os custos da empresa, Jobs procurou definir uma estratégia para seus produtos. Isso foi fundamental para a retomada do crescimento da empresa da maçã – cujo valor de mercado superou o da Microsoft em maio de 2010 – e envolvia o conceito de “hub digital”, aliado a uma busca frenética por excelência. Um hub é qualquer equipa-mento capaz de aceitar conexões de outros dispositivos, servindo ao mesmo tempo de central para transmissão e recepção de dados. O hub digital da Apple é o Mac, a estação central à qual todos os dispositivos digitais da Apple – do iPod ao iPhone, passando pelo AppleTV e pelo Airport – se conectam. O iTunes fecha o pacote da empresa de Jobs: foi através dele que a Apple estabeleceu um ecossistema coeso (e fechado) de aplicativos e produtos (música e vídeo digitais, livros, programas extras etc.), com foco na experiên-cia do usuário.

Qual é a infraestrutura de TI por trás de todo esse ecossistema? Para a Apple, isso parece não importar muito, mas é através dela, no final das contas, que o usuário fica “aprisionado” à experiência fornecida pela empresa. Entretanto, enquanto tecnologia, o dono dessa infraestrutura chama-se Linux. Se pudermos confiar nos re-latórios da Netcraft, dos 89 domínios e subdomínios da Apple pu-blicamente disponíveis, nada menos que 29 rodam Linux, entre eles www.apple.com.

Em um ambiente de computação em nuvem – cuja infraes-trutura é totalmente dominada pelo Linux –, com sistemas Linux equipando dispositivos móveis mais do que qualquer outro e com o desktop tradicional em transição para tablets (vide o sucesso do iPad e a enxurrada de similares equipados com sistemas baseados em Linux aparecendo no mercado), chegou a hora de aprendermos com a Apple, nos concentrando agora na experiência do usuário como estratégia de disseminação da plataforma. O Google, com a plataforma Android, a Intel e a Nokia, com o projeto MeeGo, a HP, com a aquisição da Palm, e o consórcio Linaro, formado por ARM, Freescale, IBM, Samsung, ST-Ericsson e Texas Instruments, estão no caminho certo para levar essa estratégia e o Linux para mais per-to de você, com toda a liberdade que só o sistema do pinguim e o Software Livre podem oferecer! n

Rafael Peregrino da SilvaDiretor de Redação

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LinuxMagazine#68 | Julhode2010

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4 http://www.linuxmagazine.com.br

CAPAInfraestrutra de TI otimizada 33

Comoasferramentasdeinfraestruturapodemotimizarodesempenhodasuaempresaeseusprojetos.

Active Directory no Linux 34

ConheçaformasdeobtermobilidadeentreWindowseLinux.

Sistema de arquivos otimizado 40

Aescolhadeumsistemadearquivosdependedasnecessidadesdecadaum.ConheçaasdiferençasentreossistemasdearquivosLinuxmaispopularesefaçaumaescolhaconsciente.

Ajuda de peso 46

OSumodisponibilizaummódulodegerenciamentodeusuáriosparasuasaplicaçõeswebcompoucaslinhasdecódigo.

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Sorria! Você está sendo inventariado 56

Levantamentoecontrolepatrimonial,combateapiratariaegerênciadaslicençasdesoftwaressãofundamentaisparaasempresas,atividadequesetornacomplexaquandoexistemmuitosequipamentos.

TUTORIALGit no Controle 60

Casojátenhafeitoalgumamudançaemumcódigooutextoemqueestavatrabalhando,edepoispercebeuqueaversãoanterioreramelhor,vocêprecisadeumsoftwaredecontroledeversão.MostraremoscomooGitpodeajudar.

OpenSolaris, parte 15 67

DesbravandooframeworkdeserviçosnoOpenSolaris.

SEGURANÇAQuase tudo azul 72

MuitosusuáriosnãosabemcomoéfácilinterceptarcomunicaçõesBluetootheobterinformaçõesconfidenciais,masnovasabordagensprometemmitigar,eatémesmoeliminar,operigo.

SERVIÇOSEditorial 03

Emails 06

Linux.local 78

Eventos 80

Preview 82

Linux Magazine #68 | Juhlo de 2010

| ÍNDICELinux Magazine 68

COLUNASKlaus Knopper 08

Charly Kühnast 10

Zack Brown 12

Augusto Campos 14

Kurt Seifried 16

Alexandre Borges 18

NOTÍCIASGeral 22➧�GoogleabandonagradualmenteoWindowspor

razõesdesegurança

➧��BancodoBrasilprometemigrarbasedeATMparaLinuxatédezembro

➧�GoogleliberaocódigofontedoaplicativoMyTracks

CORPORATENotícias 26➧�Prorrogaçãonoprazodavendadeingressoscom

descontoparaaLinuxCon

➧�Xeroxcompleta45anosnoBrasil

➧�GoogleapontapublicamentefalhanoWindowsXP

Coluna: Rafael Peregrino 24

Bens intangíveis 26

Coluna: Jon “maddog” Hall 30

Coluna: Cezar Taurion 32

ANÁLISESistema em estado sólido 53

OsprincipaissistemasdearquivosdoLinuxjáoferecemumbomsuporteparadispositivosSSD,masaindaháespaçoparaaperfeiçoamento.

Page 6: Revista Linux Magazine No 68

6 http://www.linuxmagazine.com.br

Emails para o editor

Permissão de Escrita

Escreva para nós! ✉ Sempre queremos sua opinião sobre a Linux Magazine e nossos artigos. Envie seus emails para [email protected] e compartilhe suas dúvidas, opiniões, sugestões e críticas.

Infelizmente, devido ao volume de emails, não podemos garantir que seu email seja publicado, mas é certo que ele será lido e analisado.

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Botão do mouse não funciona ✉Pode parecer um problema meio trivial, mas realmente não con-sigo arrumá-lo. Tenho um notebook HP Mini 210, com um tou-chpad com função integrada de botão de mouse, sem botões reais. O mouse não funciona no Linux. Há um jeito de resolver isso?

Márcio Rogério Campos

RespostaEsse touchpad utiliza um protocolo especial (“extended ps2”) que gera o clique do mouse com toques nas áreas do pad. Se o módulo psmouse foi compilado estaticamente no kernel, é possível ativar o recurso clique com a opção de boot: psmouse.proto=exps (posto na linha APPEND ou KERNEL no arquivo de configuração do seu bootloader). Caso sua distribuição carregue o driver do psmouse como um módulo, use esse comando logado como root para adi-cionar um arquivo de opção de módulo para o módulo psmouse:

echo "options psmouse proto=exps" > /etc/modprobe.d/psmouse.conf

Para ativar essa opção imediatamente (todos os programas que utilizam o mouse precisam ser finalizados antes) é possível usar:

rmmod psmousemodprobe psmouse proto=exps

Feito isso, reinicie o servidor Xorg. n

Agradecimentos ✉Mais uma vez a revista Linux Magazine me ajudou. Não é de hoje que suas matérias vem auxiliando este sysadmin iniciante.

A matéria sobre LDAP, SAMBA e Windows 7 (Linux Magazine #62) veio em um momento que realmente precisa-va migrar meu PDC SAMBA  e passar a utilizar SAMBA + LDAP. Facilitou muito o gerenciamento de usuários, permissões e compartilhamentos.

Aproveito para enviar mais uma suges-tão de matéria, que fale sobre ferramentas open source para gerenciamento e mo-nitoramento de servidores Linux – como por exemplo Zenoos ou Zabbix.

Alexandre Luiz dos Santos

RespostaAlexandre, agradecemos os elogios e esperamos que as próximas edições continuem auxiliando a você e a tantos outros leitores!

Sobre sua sugestão de matéria, certa-mente abordaremos o assunto sugerido, pois é extremamente interessante e aju-dará muitos usuários. n

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Augusto César Campos é administrador de TI e desde 1996 mantém o site BR-linux, que cobre a cena do Software Livre no Brasil e no mundo.

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Coluna do Augusto

A nova geração dos genéricos?Entendacomoaondadosdispositivosgenéricosdestróiacomercializaçãodosoriginais.

A palavra “genérico” é para mim uma curiosidade etimológica. A partir de um uso  da indústria farmacêutica, na qual se aplica a medicamentos

mais econômicos produzidos com a mesma fórmula e processo de outros com marcas mais caras (e, ao me-nos em tese, com outras vantagens a seu favor), logo foi adotada na língua coloquial, como substituto para produtos clonados, piratas ou “ripoffs”.

Não sou fã da prática, mas quem já viu os típicos ce-lulares “genéricos” percebe o grau da concorrência que eles fazem aos produtos das grandes marcas, e que vai bem além do aproveitamento predatório e indesejado da sua aparência externa.

A integração e a qualidade da montagem, serviços, garantia e outras características importantes (muitas delas essenciais, na minha opinião) deixam muito a desejar, mas há outro lado: vários aparelhos da catego-ria apresentam recursos incomuns quando comparados com os modelos “de marca”, como o suporte a 2 chips, função TV e outros, sem deixar de oferecer o suporte

a aplicativos de terceiros – alguns recursos típicos de smartphones –, e o essencial: ligações telefônicas, men-sagens de texto e conexão de dados.

Além de toda a questão da contratação (incluindo logotipos similares, nomes parecidos etc.), um ponto em que estes aparelhos usualmente pecam gravemente é o seu software: mal integrado, mal traduzido, incom-pleto, cheio de pontas soltas e limitações.

E é por isso que a chegada de uma nova geração de genéricos atraiu minha atenção: além de tentar mime-tizar o visual de produtos de marcas famosas de smar-tphones e tablets, eles se livraram do software ruim e abraçaram, do jeito deles, o código aberto: na esquina da minha casa já está à venda um aparelho chamado APhone, cujo visual lembra muito o IPhone, mas o software que roda nele é o Android.

O mesmo vale sobre inúmeras notícias sobre tablets de marcas desconhecidas tentando surfar na onda do lançamento do iPad: o que há em comum entre boa parte deles é o Android.

Quando um software aberto de boa qualidade como o Android estiver à disposição dos fabricantes, a con-corrência predatória dos piratas continuará sendo um problema para quem busca liderar pela inovação e qualidade, mas eles também receberão uma nova ge-ração de concorrentes, que tentarão se diferenciar pelo preço mais baixo de suas soluções no estilo commodity, mesmo sem tentar imitar o visual e marca dos líderes de mercado. 

O consumidor ganhará alternativas legítimas e bem mais baratas, e o código aberto estará presente na solução.

Quem viver, verá! n

QuandoumsoftwareabertoedequalidadecomooAndroidestiverdisponíveluniversalmentenosnovosdispositivos,oconsumidorganharáalternativaslegítimasebemmaisbaratasnacompradeoriginais,semnecessitaradquirirgenéricos.

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Coluna do Alexandre

O que podemos aprender com Linus?OquepodemosaprendercomopaidoLinux?

Responda rápido: qual é o bem mais precioso de uma empresa? De fato, essa é uma pergunta difícil. Certamente as respostas podem ser múl-

tiplas neste caso e praticamente quase tudo pode ser incluso: o logotipo da empresa, a marca, as máquinas, as construções, as pessoas, seus produtos, porém, cer-tamente nada vale mais dinheiro neste mundo do que uma coisa: a informação. Isso mesmo: o capitalismo é, de forma direta ou indireta, movido à informação e esta sim é que o existe de mais valioso neste mundo.

Em poucas semanas Linus Torvalds estará no país e sem dúvidas, será um evento único pois ele é con-siderado um “pop star” por todos os profissionais que trabalham com Tecnologia da Informação e que des-perta a curiosidade até mesmo de pessoas que não são deste meio. Gênio? Certamente que sim, contudo não pelo seu conhecimento acima da média em progra-mação porque afinal, existem outros desenvolvedores brilhantes participando do desenvolvimento do Linux/GNU. A genialidade de Linus foi ter feito algo simples e que, mesmo nos dias de hoje e tantos anos após seu post no newsgroup comp.os.minix (25/08/1991) com o título “What would you like to see most in minix?”, muitos ainda ignoram e tornam com isto o progresso da TI mais difícil: Linus compartilhou a informação (no caso, um projeto inicialmente muito simples por-tando o bash e o gcc para máquinas x86) e, mesmo sem muitas pretensões (deixou claro que não esperava que fosse grande e profissional como o GNU) acabou de-sencadeando um dos maiores projetos colaborativos da história da informática, quebrando o paradigma de que para se produzir riqueza é necessário guardar a infor-mação a sete chaves.

É um caso curioso: grande parte das empresas sem-pre ganharam muito dinheiro protegendo seus conhe-

cimentos de uma forma quase obsessiva e, atualmente as grandes participantes do mercado (IBM, Sun, No-vell etc.) aprenderam que podem ganhar muito mais dinheiro com serviços, fazendo uso de softwares de código aberto. É um paradoxo, todavia é incontestá-vel que a informação somente agrega valor quando é compartilhada.

Infelizmente ainda existem pessoas que estão preo-cupadas em esconder a posse de informações e dicas valiosas apenas para manter seus empregos já que te-mem a concorrência de outros indivíduos. Una este fato com outro mais desprezível ainda que é a politicagem dentro das empresas e o resultado são companhias com baixa eficiência e despreparadas para a competição com outras empresas brasileiras ou estrangeiras.

Quando você, leitor, faz a informação fluir, seja ministrando aulas, conduzindo palestras, escrevendo artigos, blogs etc. esteja convicto de que você jamais estará perdendo sua vantagem perante aos outros e, muito pelo contrário, estará sendo muito bem visto pelos seus pares como alguém confiável como fonte de conhecimento e, quem sabe, ainda se torne líder de sua comunidade/segmento.

É exatamente isso que Linus fez, compartilhando ideias, convidando pessoas para fazer parte do projeto e ajudando a criar um dos maiores sistemas operacionais do mundo, o GNU/Linux. Foi reconhecido, ganhou destaque e virou mito. n

Alexandre Borges ([email protected], twitter: @ale_sp_brazil) é Es-pecialista Sênior em Solaris, OpenSolaris e Linux. Trabalha com desen-volvimento, segurança, administração e performance desses sistemas operacionais, atuando como instrutor e consultor. É pesquisador de no-vas tecnologias e assuntos relacionados ao kernel.

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➧�Google abandona gradualmente o Windows por razões de segurança

Os funcionários da Google terão de se adaptar a sistemas operacionais como o Linux e o Mac OS. A migração do Windows para plataformas alternativas é motivada principalmente pelo fator de o Google querer incrementar a segurança.

Segundo o Financial Times, muitos dos 10 mil funcionários do gigante de buscas têm sido solicitados a mudar de sistema operacional, e podem optar entre o Linux e o Mac OS.

Mas nenhuma requisição de migra-ção para o sistema operacional Chrome OS foi expedida. Baseado no Linux e com lançamento previsto para a segun-

da metade desse ano, o sistema da Google irá rodar somente em hardware específico.

Pode-se entender a manobra da Google como precaução depois de contas terem sido invadidas na China, ao final do ano passado. Àquela altura do campeonato, a empresa proibiu sua equipe de instalar o sistema operacional da Microsoft nos desktops.

“Não usamos mais o Windows”, declarou um funcionário da empresa ao Financial Times. “É uma medida de segurança. Quem insistir em usar o Windows, agora, precisará de autorização por parte da direção de TI”, adiciona outro empregado.

Outro funcionário do Google emenda: “O Linux tem código fonte aberto e o Windows, não. Nós não gostamos disso.”

A Google se recusou a dar detalhes. A empresa afirma que está sempre “procurando incrementar a eficiência de seu negócio, mas não comentamos questões operacionais específicas.”. n

ParanotíciassempreatualizadasecomaopiniãodequemviveomercadodoLinuxedoSoftwareLivre,acessenossosite:www.linuxmagazine.com.br

Embora em ritmo lento, a migração dos sistemas operacionais dos ATMs do Banco do Brasil deve ser concluída até o final deste ano. No segundo semestre de 2009, a instituição anunciou que substituiria o OS2, da IBM, pelo Linux em seus mais de 45 mil equipamentos instalados no Brasil e em países na América Latina.

José Luis Prola Salinas, diretor de TI do Banco do Brasil, que es-teve no CIAB 2010, explicou que o Linux demanda equipamentos mais robustos, o que significa que a migração só pode ser concluída quando o nível de obsolescência dos ATMs chegar a zero.

“A obsolescência deve chegar a zero até o fim de 2010, prazo pre-visto para a conclusão da migração dos 45.800 ATMs para Linux”, afirma o executivo. Salinas revelou que,atualmente, 13 mil ATMs

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rodam o sistema de código aberto – desses, 10 mil são máquinas novas e 3 mil tiveram o sistema operacional substituído de fato.

Sem revelar a cifra empregada especi-ficamente na migração dos sistemas nos ATMs, Salinas informou que o banco planeja investir R$ 1,9 bilhão em TI este ano. Desses, cerca de R$ 600 milhões serão destinados a custeios, enquanto o R$ 1,3 bilhão restante será dedicado a melhorias de sistemas, inovação e novos produtos. n

➧��Banco do Brasil promete migrar base de ATM para Linux até dezembro

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| NOTÍCIASGerais

LinuxMagazine#68 | Julhode2010

➧��Google libera o código fonte do aplicativo My Tracks

O aplicativo My Tracks do Google per-mite que o usuário grave os dados de uma rota, com o uso de informações do GPS, e veja estatísticas (como tempo, velocidade, distância e elevação) em tempo real. Os registros podem ser feitos durante caminhadas, passeios de bicicleta, corridas ou qualquer ou-tra atividade ao ar livre que envolva deslocamentos. Depois de gravadas, o usuário escolhe entre compartilhar as informações, exportá-las para o Google Spreadsheets e vê-las no Google My Maps. Todas as estatísticas de viagem podem ser compartilhadas ou não, de acordo com o desejo do usuário.

“Você pode esperar que o My Tra-cks fique melhor do que nunca com as contribuições que esperamos rece-ber de outros desenvolvedores. Mui-tos aplicativos novos, que trabalharão lado a lado com o My Tracks, também poderão ser desenvolvidos”, escreveu Rodrigo Damazio, engenheiro do Google, em post divulgado na semana passada. “Por exemplo, alguém pode facilmente criar um aplicativo para atividades fitness, geocaching, aviação e muitos outros.”Com o anúncio, os desenvolvedores poderão aprimorar funções e até criar novos recursos no aplicativo para smartphones Android equipados com GPS. n

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➧��Prorrogação no prazo da venda de ingressos com desconto para a LinuxCon

A Linux Magazine, em reunião com a diretoria da Linux Foundation, conseguiu uma prorrogação no prazo para compra de ingressos com desconto para a LinuxCon Brasil, devido à enorme procura dos ingressos e à grande quantidade de pedidos de usuários que desejam partici-par do evento.

Na reunião ficou definido o dia 15 de julho como data final do aumento do valor para R$ 350,00. Sendo assim, interessados poderão comprar o ingresso com desconto – ou seja, por R$ 250,00 – até esta data ou até que se encerrem as vagas. Adquira o seu ingresso! As vagas são limitadas!

Caravanas e gruposCaravanas, grupos de usuários e inscrições de instituições devem entrar em contato com a organização do even-to através do e-mail linuxcon (arroba) linuxmagazine (ponto) com (ponto) br, pois há pacotes promocionais

Na primeira quinzena de junho, a Xerox completou 45 anos de atuação no Brasil como líder mundial em gestão de documentos e processos de negócios. Desde 1965 até os dias de hoje, a empresa sempre esteve fortemente associada à história da tecnologia e do desenvolvimento no país, muitas vezes reinventando sua própria atividade para melhor atender às expectativas de um mercado em constante movimento.

Originalmente dedicada à missão de assegurar maior produti-vidade para escritórios de todos os tamanhos, a Xerox trouxe para Brasil a invenção de um cientista norte-americano chamado Ches-ter Carlson batizada como processo xerográfico. O processo levou o nome das palavras gregas “seca” e ”escrita”.

A novidade da época viabilizou níveis de produtividade e efici-ência semelhantes aos melhores processos de trabalho praticados por empresas do mundo todo e foi rapidamente adotada por em-presas de todo o Brasil.

Ainda hoje a xerografia está presente na forma como qualquer pessoa copia ou imprime documentos em escritórios do mundo todo. Está no fundamento de copiadoras, impressoras a laser e mul-

para inscrições nesses casos. Inscreva hoje mesmo a sua caravana!

Sobre a LinuxConA LinuxCon Brasil irá ocorrer nos dias 31/08 e 01/09 no Centro de Convenções do WTC, em São Paulo, e irá reunir o que a comunidade Linux tem a oferecer de melhor, incluindo desenvolvedores da comunidade, administradores de sistemas, executivos de negócios e especialistas em infraestrutura de TI. O evento reunirá pa-lestrantes de nível internacional de todo o mundo, conteúdo inovador e abuntante e será uma oportunidade fantástica para a troca de experiência com os melhores profissionais do segmento. n

tifuncionais digitais, e é também usada para criar extratos de cartões de crédito, personalizar malas diretas, produzir livros instantâneos e pôsteres, além de memorandos, recibos, arquivos e muito mais.

O contínuo aperfeiçoamento desta tecnologia trouxe um legado que jamais será esquecido pela indústria. Inúmeras patentes e novas tecnologias amplamente difundidas nos dias atuais como a interface gráfica, o mouse, o protocolo de rede Ethernet, o LCD, são apenas algumas das mui-tas invenções que nasceram nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da Xerox.

Hoje, a disponibilidade de tecnologias cada vez mais sofisticadas para impressão, processa-mento e compartilhamento de informações faz da Xerox a principal referência de mercado para simplificação de processos e aprimoramento de produtividade para ambientes de trabalho de orga-nizações de qualquer tamanho ou segmento. n

➧�Xerox completa 45 anos no Brasil

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23LinuxMagazine#68 | Julhode2010

| CORPORATENotícias

➧��Google aponta publicamente falha no Windows XP

Tavis Ormandy foi o engenheiro do Google que descobriu o pro-blema, no Centro de Ajuda e Suporte do Windows XP, que permite baixar documentos de ajuda da Internet caso seja necessário. Mas a vulnerabilidade descoberta, é que é possível baixar mais do que arquivos de ajuda: você pode "executar comandos arbitrários com os privilégios do usuário atual", de acordo com o engenheiro, com PCs rodando Windows XP SP2 e SP3, e IE7 ou IE8.

Tavis ter ido a público antes que a falha tivesse sido consertada pode não ter sido a melhor ideia, mas ele acredita que é a única forma de fazer a Microsoft sentar e prestar atenção, em vez de deixar o problema para resolver depois: "Se eu tivesse reportado o problema sem um exploit funcional, eu teria sido ignorado", es-creveu ele na newsletter por e-mail Full Disclosure. A Microsoft, compreensivelmente, rebateu a acusação: Jeff Bryant, gerente de grupo do Microsoft Security Response Center, escreveu sobre sua preocupação "com a revelação pública deste problema, dado que nós só fomos notificados por este pesquisador em 5 de junho".

Punição para Ormandy?Especialistas em segurança agora querem punição pública para Ormandy – o CEO da SecTheory. Robert Hansen, diz que ele de-veria ser demitido. Eu acho que seria uma punição muito pesada, mas como você se sente quando o Google condena publicamen-te a Microsoft quanto às suas falhas de segurança - especialmente quando que eles vão abandonar o Windows na sede devido a pro-blemas de segurança?. O engenheiro deu um prazo de 5 dias para que a Microsoft corrigisse a falha e então passado este prazo, veio a público com a notícia.

A vulnerabilidadeOrmandy postou detalhes da vulnerabilidade e ataque na lista de segurança Full Disclosure na semana passada. "Após a exploração bem sucedida, um atacante remoto é capaz de executar comandos arbitrários com os privilégios do usuário atual", escreveu Ormandy.

De acordo com Ormandy, seu cenário de ataque funcionou usando todos os principais browsers, incluindo o mais recente da Microsoft, o IE8. O erro é ainda mais fácil de explorar quando a máquina tem o Windows Media Player, software que é instalado por padrão com todas as versões do Windows.

Pesquisadores de segurança da francesa Vulpen Segurança confir-maram hoje que os testes de Ormandy funcionam como anunciado no Windows XP Service Pack 2 (SP2) e máquinas SP3 executando o Internet Explorer 7 ou IE8.

Mudar para outro navegador, como Mozilla Firefox ou Google Chrome, não é uma solução, Ormandy mantém. "As máquinas executando a versão do IE inferior a 8 são, como sempre, ainda mais suscetíveis a problemas ... mas a escolha do navegador, cliente de e-mail ou o que não é relevante, todos são igualmente vulne-ráveis", afirmou. n

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24 http://www.linuxmagazine.com.br

CO

LU

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Coluna do Peregrino

Demanda reprimidaCombinarcomputaçãoemnuvemcomdesenvolvimentodeaplicativosmóveisvaifazervocêficarrico.

Um dos conceitos básicos para precificação de pro-dutos e serviços em qualquer mercado é a famosa lei da oferta e da procura, que, em uma economia

não controlada por instrumentos artificiais, se aplica mui-to naturalmente também às relações trabalhistas. Neste aspecto, no mundo todo, os serviços de profissionais com conhecimento sólido em Linux e em outras tecnologias de código aberto que utilizem o sistema do pinguim como base – mormente virtualização e tecnologias embarcadas –, são cada vez mais necessários e requisitados. No Brasil, essa procura é ainda mais premente. Não há profissionais suficientes no mercado nacional para atender à demanda atual e o preço desse tipo de serviço é muito superior ao de outros profissionais de informática.

O uso de virtualização está consumado, seja para consolidação de servidores – base para a computação em nuvem –, por possibilitar um uso mais racional de recursos do hardware, como plataforma de desenvolvi-mento, por garantir maior segurança e disponibilidade dos sistemas, como plataforma para disponibilização de software ou mesmo para gerenciamento de legado. Segundo o Gartner, 40% das máquinas instaladas em 2009 foram virtuais. O leitor pode se assustar com esse número, mas vale lembrar que grande parte dessas máquinas estão em data centers, como parte de uma infraestrutura de computação em nuvem. E, de acordo com o Instituto Sem Fronteiras, 77% das aplicações de virtualização de servidores no Brasil foram feitas usando Software Livre. A base para todo esse aparato de tecno-logia é Linux, combinado a outras tecnologias de código aberto. Vale observar que estamos nos atendo aqui tão somente à primeira de cinco camadas de serviços em nuvem: a de infraestrutura de sistemas. Há uma pilha dessas camadas, conforme publicado em artigo anterior (LM #67, pág. 27).

Do lado do terminal de acesso a essas infraestruturas virtualizadas, distribuídas em serviços de Cloud Com-

puting, estão diversas tecnologias de código aberto, em sua esmagadora maioria baseadas em Linux – mas não somente. Android, webOS, MeeGo, Symbian e Bada, são os sistemas operacionais instalados nos dispositivos móveis mais usados do mercado. O desenvolvimento de programas para esses dispositivos e sua disponibilização em lojas de aplicativos é um mercado ainda incipiente e mal explorado, que mal começou a se aquecer. Profissionais capazes de prototipar e desenvolver esse tipo de programa, e que domine toda a cadeia de produção em torno desse desenvolvimento, são considerados “artigos de luxo” no mercado de TI atualmente. Quer ficar rico? Funde uma empresa de desenvolvimento de sistemas embarcados usando Linux. No Brasil, salvo honrosas exceções, não há praticamente ninguém nesse mercado. Há aplicativos simples para smartphones, desenvolvidos por um pequeno grupo de programadores, que foram baixados um milhão de vezes por R$ 1,00 da loja de aplicativos da plataforma.

O que profissionais de TI precisam saber para aten-der a essa demanda reprimida? A resposta não podia ser mais simples, e pode ser sumarizada em três itens: Linux, virtualização e desenvolvimento de sistemas embarca-dos. Conhecer bem a infraestrutura de aplicações dos serviços de Cloud Computing também é importante. Profissionais com certificações Linux (LPI, Red Hat, Novell ou CompTIA) têm mais oportunidades, mas o conhecimento de ambientes de desenvolvimento para sistemas embarcados é primordial. As ferramentas para isso estão disponíveis gratuitamente para download – e até elas são Software Livre. Um profissional que domine essas áreas, tanto conceitualmente quanto na prática, tem tudo para ser bem sucedido.

O que você está esperando? n

Rafael Peregrino da Silva foi chefe de pesquisa e desenvolvimento da Cyclades Europa. É um dos fundadores da Linux Magazine Brasil e atu-almente atua, entre várias outras funções, como seu diretor de redação.

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33Linux Magazine #68 | Julho de 2010

CA

PA

Infraestrutura de TI

Infraestrutra de TI otimizada

Como as ferramentas de infraestrutura podem otimizar o desempenho da sua empresa e de seus projetos.por Flávia Jobstraibizer

Otimizar a forma como é ope-rada a infraestrutura de TI de uma empresa hoje em

dia é um item de extrema necessi-dade. Processos lentos e engessados, manuais ou trabalhosos, atualmente podem ser substituídos por formas dinâmicas e intuitivas de trabalho.

Aplicativos que fazem o controle de acesso dos usuários em sistemas web – como a Intranet da sua empre-sa, por exemplo – como o SUMO, gerenciador completo de acesso e autenticação de usuários, abordado de forma ampla e detalhada nesta edição, são atualmente ferramentas de primeira ordem na gaveta de qual-quer bom administrador de sistemas.

Seguindo esta linha, temos ainda um artigo completo sobre sistemas de arquivos, apresentado por Ben Martin e que aborda de forma detalhada a escolha do tipo de sistema de arqui-vos que você pode ter de acordo com cada necessidade. XFS, Btrfs, EXT2 etc, qual escolher? Não deixe de ler o artigo, afinal o armazenamento de dados ainda é um fator crítico em muitas empresas, qualquer que seja o seu tamanho.

É importante lembrar que não importa o tamanho da empresa, sa-bemos que em todas elas encontra-

remos estações de trabalho usando Windows e Linux. Sendo assim, a interoperabilidade entre estas duas plataformas é a palavra de ordem. Trocar arquivos, configurações e man-ter todas estas máquinas diferentes em rede, compartilhando recursos, não deve ser uma tarefa onerosa e é o que aborda o artigo sobre Active Directory, de Marcel Gagné.

Seja qual for a necessidade da infraestrutura da sua empresa, a

cada dia que passa, novas formas de otimizar os processos, recursos e serviços surgem. Fique atento e boa leitura. n

Matérias de capaActive Directory no Linux Sistema de arquivos otimizado Ajuda de peso

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O que podemos aprender com Linus?

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53LinuxMagazine#68 | Julhode2010

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ÁLIS

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Trabalhando com dispositivos de armazenamento SSD

Sistema em estado sólido

OsprincipaissistemasdearquivosdoLinuxjáoferecemumbomsuporteparadispositivosSSD,masaindaháespaçoparaaperfeiçoamento.por Marcel Hilzinger

Linus Torvalds tem uma opinião muito clara sobre “regras” para partição e escrita em discos

em estado sólido (SSD – Solid-State Drive): “Se o fornecedor do flash drive começar a falar de “limites” de wear leveling, e que há modos de escrita específicos, comece a correr. Não ande. Corra o mais rápido possí-vel”. Foi assim que o pai do Linux se pronunciou em 2008, quando falou sobre sua própria experiência com SSDs (ruins) no fórum Real World Technologies [1].

Os SSDs tentam ampliar ao má-ximo o acesso de escrita por todo o disco (wear leveling), diferente dos discos rígidos e sistemas de arquivos convencionais, que sempre escre-

vem os mesmos dados nos mesmos locais. A primeira ou segunda ge-ração de discos sobreviveu apenas a 100.000 ciclos de escrita devido a um modelo pobre e uma capacidade insuficiente. Para um disco de 8GB constantemente sobrecarregado, isso significaria teoricamente uma cur-ta expectativa de vida de 115 dias. A comunidade Linux logo divulgou o fato de que se deveria evitar o registro de sistemas de arquivos em SSDs.

Não espere pelo fimA Intel introduziu sua série X25 (figu-ra 1), e Linus recebeu um para testar e tentar acabar com os problemas. Caso compre um SSD hoje, não será preciso ficar sem um bom sistema de arquivos – pelo contrário.A nova safra de SSDs irá durar mais ou menos uma vida. Mesmo com as mais intensas operações de escrita imagináveis, o cálculo da expectativa de vida de um SSD de 64GB é de 51 anos, assumindo uma média de 2 milhões de ciclos e uma velocidade média de escrita de 80MBps [2]. A regra para evitar o registro de siste-mas de arquivos em SSDs é coisa do passado; isso se aplica à primei-ra geração de PCs Eee e discos em estado sólido bem baratos.A tecnologia de escrita melhorou imensamente desde 2008; os discos

atuais não precisam se preocupar com quando e onde escrever os da-dos. As otimizações dos sistemas de arquivos correm o risco de neutralizar o método de escrita do próprio SSD (wear leveling) ou são raramente usadas devido à falta de suporte dos produtores de discos rígidos – como é o caso do suporte ATA TRIM do ext4 (veremos isso mais adiante).

Theodore Ts’o, desenvolvedor do sistema de arquivos ext4, investigou o acesso de escrita dos sistemas de arquivos ext2/3/4 e concluiu que o journaling (registro) aumenta apenas em 10 por cento a média do acesso de escrita [3]. Somem-se a isso as novas capacidades oferecidas pelo ext4 e outros sistemas de arquivos re-centes, que evitam a escrita de dados no disco a menos que absolutamente necessária (delayed allocation). En-tão, é possível dizer com segurança que o ext4 é o sistema de arquivos melhor e mais maduro para SSDs hoje em dia (tabela 1).

Com relação ao desempenho, vale a pena montar todas as suas par-tições com as opções noatime e nodi‑ratime. Isso evita o acesso de escrita desnecessário durante um exame na árvore do sistema de arquivos. Algu-mas distribuições usam norealatime como padrão: isso instrui o kernel a atualizar somente o tempo de acesso

Figura 1 OsSSDsmaismodernos,comoomodeloIntelX25-MSATA,comtecnolo-gia34nmdaIntel,podemsobreviverpordécadasdeusonormalgraçasaossofisticadosalgoritmosdewearleveling.

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54 http://www.linuxmagazine.com.br

ANÁLISE | SSD

em arquivos com mtime ou ctime mais recentes – quer dizer, arquivos que realmente foram alterados. Assim, é possível mensurar o ganho de de-sempenho em qualquer hardware.

Com segurançaSe houver a preocupação com rela-ção à expectativa de vida de um SSD mais velho, é possível usar o ext4 sem journaling. Para isso, é necessário criar um novo sistema de arquivos com o seguinte comando:

# mke2fs ‑t ext4 ‑O ^has_journal <i>/dev/sdXX<i>

Certifique-se de substituir /dev/sdXX com o nome do arquivo do dispositivo. O ext4 sem journaling

combina a velocidade do ext2 com as capacidades estendidas de sistemas de arquivos atuais. Sem o journaling, uma checagem do sistema de arqui-vos será necessária caso a máquina tenha problemas e falhe, mas isso normalmente não leva muito tem-po: a primeira geração de SSDs tem capacidade máxima de 8 ou 16GB e uma alta velocidade de leitura.

Tudo ou nadaAs tentativas de otimização feitas pe-los desenvolvedores de sistemas de arquivos não se concentram princi-palmente no aumento da expectativa de vida dos SSDs, mas sim em deixar os discos mais rápidos ou prevenir o wear leveling. É bem provável que o wear leveling ocorra em muitos SSDs

onde todos os blocos já tenham sido ocupados uma vez.

As especificações SSD esperam que o ATA TRIM renove o disco; isso mostraria ao disco quais blocos não usados ele poderia recompor e reutilizar. Ted Ts’o incluiu uma função parecida com o TRIM no sistema de arquivos ext4 há algum tempo [4], mas ela simplesmente age como uma função de mensagem para a camada block do kernel devido à falta de suporte deste.

As distribuições Linux mais recen-tes não possuem o suporte TRIM, em contraste com o Windows 7, mas ele será incluído com a futura versão 2.6.33 do kernel. Os usuários que não se importam com experi-mentos podem usar a versão 2.6.33-rc4 do kernel, que já implementa o suporte TRIM. O trimming do SSD apenas funciona se o disco possuir uma versão de firmware correspon-dente, e isso só acontece com alguns modelos Intel e OCZ.

Além de Ts’o, mantenedor do ext4, os desenvolvedores do sistema de arquivos Btrfs também trabalham em um modo SSD especial [5] A opção de mount do SSD foi introdu-zida há algum tempo. Ela força o sistema de arquivos a escrever em espaços desocupados sempre que possível. Desde o kernel 2.6.31, o mount automaticamente habilita a opção correspondente quando o Btrfs detecta um SSD.

Além dessa opção quase padrão, há também as flags ‑o ssd_spread e ‑o discard. De acordo com a docu-mentação [6], ssd_spread funciona mais rápido em SSDs mais baratos, pois tenta encontrar espaços livres.

Figura 2 OscriptwipernãoiráfuncionarcomSSDsquenãopossuamosuporteTRIMcorrespondente.

Tabela 1: Resultados (MBps)

ext2 ext4ext4 without Journaling

BtrfsBtrfs -o

ssd_spread

dbench-D/test10 520 407 428 347 347

bonnie++-d/test-s2048 38 58 72 64 67

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55

| ANÁLISESSD

LinuxMagazine#68 | Julhode2010

Para fazer o Btrfs liberar blocos não usados para o trimming, é possível usar discard. Esse processo pode ter um efeito negativo em muitos discos e, por isso, vem desabilitado por padrão.

Força brutaPode levar alguns meses até que o kernel e os sistemas de arquivos in-troduzam suporte across-the-board para SSDs, e foi isso que levou Mark Lord, desenvolvedor do hdparm, a adicionar um script wiper.sh [7] à última versão da ferramenta de disco rígido. O script faz uma busca por blocos livres no sistema de arquivos e os relata ao firmware do SSD. Esse processo mostra ao disco que ele pode usar os blocos para wear leveling ou para uma limpeza geral de memória. Esse recurso foi introduzido com a versão 9.27 do hdparm (outubro de 2009), e a maioria das distribuições já incluem seus pacotes. O wiper . sh funciona apenas com os modelos mais caros de SSD, como os da série OCZ Vortex e o Intel X25; o disposi-tivo do nosso laboratório se recusou a cooperar (figura 2).

É possível usar o script wiper com o ext4 e o XFS no modo normal, mas com o ext2/3 e o ReiserFS é preciso montar uma partição somente de leitura. Os arquivos de ajuda mos-tram que não é uma boa ideia usar o wiper.sh com discos montados. Além disso, o recurso ainda é classificado como experimental – certifique-se de fazer um backup de todos os da-dos em um segundo disco antes de começar. O DiskTRIM (figura 3) dá aos usuários do Ubuntu um pacote Debian pronto para o uso, com uma interface gráfica do wiper.sh [8].

Por causa de alguns problemas com o Btrfs, o script wiper não deve ser usado nesse sistema de arquivos. Os desenvolvedores do Btrfs confiam mais nas opções de mount descritas anteriormente para otimizar o acesso de escrita dos SSDs. Além de aperfei-

çoar o sistema de arquivos existente, alguns trabalhos iniciais vêm sendo feitos em sistemas de arquivos com-pletamente novos otimizados para memória flash – por exemplo, NIL-FS2 [9] ou LogFS [10]. No entanto, seu desempenho é bem inferior ao do ext4 ou Btrfs.

Caso compre o último modelo de SSD de empresas como Kingston, Intel, OCZ ou Samsung, não será preciso se preocupar com a longe-vidade do disco. O preço de discos de 64GB está por volta de US$ 135 para a maioria das marcas. Em um teste de trabalho de vários dias, um disco warp de 32GB 2.5, da Patriot Memory (cujo preço está por volta de US$ 125), não mostrou sinais de cansaço, mas isso pode acontecer mais cedo ou mais tarde no caso de aplicativos com I/O intensivo.

Gostou do artigo?Queremosouvirsuaopiniã[email protected]

Esteartigononossosite:http://lnm.com.br/article/3585

Mais informações

[1] LinusfalandosobreSSDs:http://www.realworldtech.com/forums/index.cfm?action=detail& id=93409&threadid=92678& roomid=2

[2] MitossobreoSSD:http://www.storagesearch.com/ssdmyths‑.html

[3] SSDsejournaling:http://thunk.org/tytso/blog/?p=328

[4] SuporteTRIMparaext4:http://www.linux‑.com/id/7272

[5] FunçãodiscarddoBtrfs:http://btrfs.wiki.kernel.org/index.php/Changelog#v2.6.32_.28December_2009. 29

[6] OtimizaçõesdoBtrfsparaSSD:http://btrfs.wiki.kernel.org/index.php/FAQ#Is_Btrfs_optimized_for_SSD. 3F

[7] hdparm:http://sourceforge.net/projects/hdparm/

[8] DiskTRIM:https://sourceforge.net/projects/disktrim/

[9] NILFS2http://www.nilfs.org/en/

[10]LogFS:http://logfs.org/logfs/

Figura 3 Apesardainterfacegráfica,oDiskTRIMnãofoifeitoparanovatos.

Agora, o único meio para evitar o estresse de SSDs no Linux é com o uso do script wiper.sh do hdparm. Os desenvolvedores do kernel e de sistemas de arquivos trabalham duro para integrar ferramentas e resolver os problemas com o suporte SSD no Linux em um futuro próximo. n

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OpenSolaris, parte 15

67LinuxMagazine#68 | Julhode2010

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RIA

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OpenSolaris

DesbravandooframeworkdeserviçosnoOpenSolaris.por Alexandre Borges

A Sun Microsystems, com o lançamento do Solaris 10, mudou radicalmente a ma-

neira de gerenciar os serviços do sistema e esta alteração foi, sem dúvidas, para melhor. Isto fez com que o OpenSolaris também fosse concebido com este novo modelo de tratamento de serviços. Serviços estes, que em muitas tarefas, facilita a vida do administrador.

O novo framework, SMF (Ser-vice Management Facility) incor-pora comandos mais fáceis e in-tuitivos para analisar e operar os serviços, economizando muito tempo de administração.

Algumas das melhorias adicio-nadas nesta nova infraestrutura de serviços são: Repositório centralizado para

configuração do comportamento de cada serviço, assim como para armazenamento do status deste.

Log individual para cada serviço. Mecanismo mais simples para

descobrir as dependências entre os serviços.

Informação mais detalhada dos serviços, motivos de não funcio-namento ou má configuração.

Mecanismos de “restart” asso-ciado: se um serviço parar por razão não determinada, é reini-ciado automaticamente.

Possibilidade de serviços multi-instanciais, ou seja, com mais de uma cópia do mesmo na memória.

Maior facilidade operacional na administração dos serviços.

O novo framework de serviços tem como origem de operação a daemon svc.startd que é iniciada no boot da máquina, mais precisamente, é o script /etc/init que a chama através do arquivo /etc/inittab.

Os serviços, que já se enquadram no modelo do Solaris 10 assim como no formato System V (Solaris 7, 8 e 9) podem ser visualizados em uma máquina com OpenSolaris (listagem 1).

Nesta listagem dos serviços (re-duzida para fins didáticos) apare-cem quatro colunas, onde é possível visualizar os conceitos de serviços.

A primeira coluna expõe o status de cada serviço. É curioso notar que, logo no início, há um status bem es-tranho chamado “legacy_run”. Este status está indicando que o serviço é legado, ou seja, não está no pa-drão SMF e sim no padrão System V. Qualquer outro serviço que não esteja neste status é um serviço já adaptado dentro do SMF.

Os outros status possíveis para serviços são: Uninitialized: Este é o status

inicial de todo o serviço no

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68 http://www.linuxmagazine.com.br

TUTORIAL | OpenSolaris

OpenSolaris. Dificilmente o leitor visualizará este status, pois ele ocorre apenas na subida do sistema;

Offline: Neste status, o serviço está habilitado para rodar, mas

ainda não está em execução ou não está disponível para ser executado. O administrador não consegue colocar nenhum servi-ço neste status apenas o próprio OpenSolaris;

Online: Este é o mais simples de todos. O serviço está sendo executado e todas as dependên-cias foram satisfeitas;

Degraded: Neste status o serviço está rodando, porém sua capa-cidade está limitada, ou seja, ele não está oferecendo tudo que poderia oferecer de suas vantagens;

Disabled: O serviço não está ro-dando ou foi desabilitado pelo administrador. Quando isto ocor-re, o serviço é paralisado na hora e também não rodará nos próximos boot;

Maintenance: Certamente este é o pior status, pois o serviço está habilitado, mas não é ca-paz de rodar devido a algum problema de configuração ou dependência não atendida por outros serviços.

O segundo campo, STIME (start time), indica o horário que o serviço foi iniciado. Se o início do serviço não ocorreu nas últimas 24 horas, será indicada a data da ocorrência.

O terceiro campo, FMRI (fault ma-nagement resource identifier), é o mais importante. Ele funciona como um tipo de localizador para o serviço, muito similar a ideia da URL para a Internet. A estrutura de uma FMRI é a seguinte:

svc://<categoria>/<nome do serviço>:instância

O prefixo svc indica que o serviço é gerenciado pelo SMF.

A categoria indica a classificação daquele serviço. As categorias exis-tentes mais comuns são:

legacy application milestone network platform site

Listagem 2: Milestones

online 23:39:24 svc:/milestone/network:defaultonline 23:39:26 svc:/milestone/devices:defaultonline 23:39:26 svc:/milestone/single‑user:defaultonline 23:39:27 svc:/milestone/name‑services:defaultonline 23:39:36 svc:/milestone/sysconfig:defaultonline 23:39:40 svc:/milestone/multi‑user:defaultonline 23:39:42 svc:/milestone/multi‑user‑server:defaul

Listagem 1: Serviços do OpenSolaris

# svcs ‑a | moreSTATE STIME FMRIlegacy_run 16:38:14 lrc:/etc/rc2_d/S20sysetuplegacy_run 16:38:15 lrc:/etc/rc2_d/S47pppdlegacy_run 16:38:15 lrc:/etc/rc2_d/S72autoinstalllegacy_run 16:38:15 lrc:/etc/rc2_d/S73cachefs_daemonlegacy_run 16:38:16 lrc:/etc/rc2_d/S81dodatadm_udapltlegacy_run 16:38:16 lrc:/etc/rc2_d/S89PRESERVElegacy_run 16:38:16 lrc:/etc/rc2_d/S98deallocatedisabled 16:37:35 svc:/network/physical:defaultdisabled 16:37:35 svc:/system/device/mpxio‑upgrade:defaultdisabled 16:37:35 svc:/system/metainit:defaultdisabled 16:37:36 svc:/system/svc/global:defaultdisabled 16:37:38 svc:/network/smb/client:defaultdisabled 16:37:38 svc:/system/metasync:defaultdisabled 16:37:38 svc:/system/console‑login:vt2disabled 16:37:38 svc:/system/console‑login:vt4disabled 16:37:38 svc:/system/console‑login:vt3disabled 16:37:38 svc:/system/vtdaemon:defaultdisabled 16:37:38 svc:/system/console‑login:vt5disabled 16:37:38 svc:/system/console‑login:vt6disabled 16:37:40 svc:/network/ipv6‑forwarding:defaultdisabled 16:37:40 svc:/network/ipv4‑forwarding:defaultdisabled 16:37:40 svc:/network/device‑discovery/printers:snmpdisabled 16:37:41 svc:/network/dns/server:defaultdisabled 16:38:15 svc:/network/rexec:defaultdisabled 16:38:15 svc:/network/ftp:defaultdisabled 16:38:15 svc:/network/stdiscover:defaultdisabled 16:38:15 svc:/network/login:eklogindisabled 16:38:15 svc:/network/login:klogindisabled 16:38:15 svc:/network/login:rlogindisabled 16:38:16 svc:/network/shell:defaultdisabled 16:38:16 svc:/network/shell:kshellonline 16:37:35 svc:/system/svc/restarter:defaultonline 16:37:36 svc:/network/loopback:defaultonline 16:37:36 svc:/network/datalink‑management:defaultonline 16:37:38 svc:/system/filesystem/root:defaultonline 16:37:42 svc:/network/ipsec/ipsecalgs:defaultonline 16:37:46 svc:/system/boot‑archive:defaultonline 16:37:54 svc:/system/filesystem/usr:defaultonline 16:37:54 svc:/system/device/local:defaultonline 16:37:55 svc:/system/filesystem/minimal:default

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69

| TUTORIALOpenSolaris

LinuxMagazine#68 | Julhode2010

system device

Eventualmente há a ocorrência de subcategorias de serviço, todavia a ideia é exatamente a mesma da afirmada em categoria.

E a instância? A ideia da instância é a mesma de quando um progra-mador trabalha com o conceito de classes em linguagens como o Java e que são orientadas a objetos: cria-se uma classe representando um objeto e seus atributos, sendo que esta classe serve como um “template”. Depois, instancia-se esta classe, criando de fato o objeto. Com serviços é a mes-ma coisa, sendo que a maioria dos serviços tem apenas uma instância chamada “default”.

Com objetivo de exemplificar, seguem dois exemplos de FMRI que representam serviços:

svc:/network/ftp:default

Esta fmri representa o serviço de ftp, que pertence a categoria de ser-viço network e que tem apenas uma instância: default.

No segundo exemplo, vamos mostrar um caso de serviço multi-instância, ou seja, com mais do que uma instância:

svc:/system/console‑login:vt2svc:/system/console‑login:vt4svc:/system/console‑login:vt3

Neste caso, a categoria é system, o nome do serviço é console‑login, e existem 3 instâncias: vt2, vt3 e vt4 que na verdade, como vimos ante-riormente, são cópias deste serviço na memória.

Já revelamos antes que no Open-Solaris não se fala mais em “runlevel” e sim em “milestone” e estes miles-tones são, de fato, uma categoria de serviço. Sendo desta forma, o OpenSolaris trabalha com diversos milestones (listagem 2).

Perceba que existem diversos mi-lestones e alguns deles tem certo grau de relacionamento com os antigos runlevels:

single‑user é equivalente ao runlevel “s”;

multi‑user é equivalente ao run-level “2”;

multi‑user‑server é equivalente ao runlevel “3”.

Os demais milestones são res-ponsáveis por segmentos de servi-ços específicos do sistema e o nome de cada milestone já explicita seu

segmento. Neste conceito de miles-tone, note que o OpenSolaris trata algumas área do sistema operacio-nal como montagem de filesystems (svc:/milestone/devices:default), placas de rede/firewall (svc:/miles‑tone/network:default) e serviços de nome tais como ldap, nis, nisplus – todos na parte cliente (svc:/miles‑tone/name‑services:default) sendo como um serviço também.

Estes milestones listados não são os únicos presentes no OpenSola-ris mas os criados por padrão. Nos próximos tutoriais de OpenSolaris veremos sobre xVM Hypervisor e

Listagem 3: Serviços NFS

# svcs ‑a | grep nfs disabled 23:39:09 svc:/network/nfs/cbd:defaultdisabled 23:39:09 svc:/network/nfs/client:defaultonline 23:39:35 svc:/network/nfs/mapid:defaultonline 23:39:36 svc:/network/nfs/status:defaultonline 23:39:37 svc:/network/nfs/nlockmgr:defaultonline 23:39:42 svc:/network/nfs/rquota:defaultonline 23:39:42 svc:/network/nfs/server:default

Listagem 4: Serviços Cron

# svcs ‑l cronfmri svc:/system/cron:defaultname clock daemon (cron)enabled truestate onlinenext_state nonestate_time Thu Apr 22 23:39:27 2010logfile /var/svc/log/system‑cron:default.logrestarter svc:/system/svc/restarter:defaultcontract_id 39 dependency require_all/none svc:/system/filesystem/local (online)dependency require_all/none svc:/milestone/name‑services (online)

Listagem 5: Serviços dependentes do Cron

# svcs ‑D cronSTATE STIME FMRIdisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:frequentdisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:hourlydisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:dailydisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:weeklydisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:monthlyonline 23:39:40 svc:/milestone/multi‑user:default

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70 http://www.linuxmagazine.com.br

TUTORIAL | OpenSolaris

com isso surgirá outro milestone, o svc:/milestone/xvm.

Avançando um pouco mais na parte operacional do SMF, vamos explorar o comando svcs cuja fina-lidade é sempre verificar algum tipo de informação/status relacionado aos serviços e o comando svcadm que al-tera o status dos serviços.

Ao invés de nos atermos à sinta-xe, estamos mostrando as opções dos comandos junto com algum serviço real.

A tarefa mais usual é verificar se algum serviço específico está funcio-nando. A melhor maneira de fazer isto é usando o comando svcs:

# svcs ‑a | grep crononline 23:39:27 svc:/system/cron:default

Repare que o filtro grep, neste caso é a melhor opção, pois podem haver diversos serviços cujo nome tem a palavra cron e com isto, fica simples apontar o status do serviço que realmente queremos. É claro que, no caso do cron, só existe uma única fmri com esta string, mas no caso do nfs, isto não é verdade , como você pode ver nas listagens 3 e 4.

Esta saída é bastante esclarece-dora, pois mostra que o serviço de cron tem um arquivo de log próprio (/var/svc/log/system‑cron:default.log), um restarter associado (svc:/system/svc/restarter:default) e dois outros serviços de que o cron depen-de para funcionar.

Todos os logs dos serviços do OpenSolaris estão localizados sob o diretório /var/svc/log, com cada ser-

viço tendo seu próprio log. Também boa parte dos serviços têm associado um restarter cuja função é reiniciar este serviço caso algo estranho pare ou paralise o mesmo. Faremos um teste interessante. Em um terminal, abra o log do cron da seguinte forma:

# tail ‑f /var/svc/log/system‑cron:default.log

Em um segundo terminal, tente parar o serviço utilizando o coman-do pkill:

# pkill cron

Podemos observar no primeiro terminal, que o restarter do Open-Solaris que está associado ao cron reinicia o serviço. Esta não é a ma-neira mais adequada de encerrar o cron (apesar de ser assim que fazí-amos em sistemas com serviços no modelo System V).

Não existe apenas este restarter no OpenSolaris, porém ele é o mais comum. Se o leitor executar diver-sas vezes, de forma bem rápida, o comando pkill cron, o restarter vai notar que algo errado está ocorrendo com o cron e, ao invés de reiniciá-lo, irá colocá-lo em manutenção (maintenance).

Ainda no comando svcs ‑l, note que as duas últimas linhas mostram quais são os serviços precisam estar no ar para que o cron seja iniciado. Existe outra maneira de fazer a mes-ma coisa:

# svcs ‑d cron STATE STIME FMRIonline 23:39:27 svc:/milestone/name‑services:default

online 23:39:27 svc:/system/filesystem/local:default

Descobrir quais são as dependên-cias de um serviço ou seja, quais outros são necessários que estejam online antes que o serviço desejado

Listagem 7: Milestones multi-user-server

# svcs ‑D svc:/milestone/multi‑user:default STATE STIME FMRIdisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:frequentdisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:hourlydisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:dailydisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:weeklydisabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:monthlyonline 23:39:40 svc:/system/intrd:defaultonline 23:39:42 svc:/milestone/multi‑user‑server:defaultonline 23:39:49 svc:/application/graphical‑login/gdm:default

Listagem 6: Serviços de milestones

# svcs ‑d svc:/milestone/devices:defaultSTATE STIME FMRIonline 23:39:22 svc:/system/device/local:defaultonline 23:39:26 svc:/system/device/fc‑fabric:default # svcs ‑d svc:/milestone/network:default STATE STIME FMRIdisabled 23:39:07 svc:/network/physical:defaultdisabled 23:39:07 svc:/network/ipfilter:defaultdisabled 23:39:08 svc:/network/ipsec/manual‑key:defaultdisabled 23:39:08 svc:/network/ipsec/ike:defaultonline 23:39:08 svc:/network/loopback:defaultonline 23:39:10 svc:/network/physical:nwamonline 23:39:13 svc:/network/ipsec/ipsecalgs:defaultonline 23:39:24 svc:/network/ipsec/policy:default

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| TUTORIALOpenSolaris

LinuxMagazine#68 | Julhode2010

esteja online, tornou-se uma tarefa muito fácil e útil.

Se invertermos a lógica: quais serviços dependem do cron? Aí o comando é o mostrado na listagem 5.

Já estes dois comandos trazem uma perspectiva ótima, pois pode-mos analisar quais são os serviços que compõem um milestone (lis-tagem 6).

E, de maneira mais instrutiva, entender que o milestone multi-user (equivalente ao runlevel 2) vem an-tes do milestone multi-user-server (runlevel 3 da listagem 7).

Outros argumentos também são valiosos para o comando svcs como a opção ‑x, usada abaixo com o serviço cron, e que traz mais infor-mações sobre o mesmo em caso de problemas e quais man pages veri-ficar para informações completas do serviço:

# svcs ‑x cronsvc:/system/cron:default (clock daemon (cron))

State: online since Fri Apr 23 01:55:58 2010

See: cron(1M) See: crontab(1) See: /var/svc/log/system‑cron:default.log

Impact: None.

É possível ainda rodar o mesmo comando, entretanto sem explicitar o serviço e, neste caso, o OpenSo-laris traz uma relação de quais são os serviços que estão enfrentando problemas:

# svcs ‑x

O número do processo do cron pode ser obtido usando:

# svcs ‑p cronSTATE TIME FMRIonline 1:55:58 svc:/system/cron:default

1:55:58 1071 cron

O pid (process id) do cron é 1071.Até este ponto foi demonstrado

como obter informações sobre os serviços. A partir de agora, veremos como alterar seus status.

Para parar um serviço de maneira definitiva, isto é, agora e nos próxi-mos boots, utiliza-se:

# svcadm disable <fmri do serviço>

Não é necessário os sinais de maior/menor, aqui apenas foi utili-zado para apontar que é necessário colocar a FMRI do serviço desejado.

Se a intenção for paralisá-lo apenas agora, mas permitindo ele reiniciar normalmente no próximo boot:

# svcadm disable ‑t <fmri do serviço>

Restaurar o serviço é simples:

# svcadm enable <fmri do serviço>

Se o serviço não iniciar, pois há dependências que ainda estão desabi-litadas, é possível habilitar o serviço de forma recursiva, ou seja, fazendo com que primeiro suas dependências iniciem e depois o próprio serviço seja colocado no ar:

# svcadm enable ‑r <fmri do serviço>

Para reiniciar um serviço que já está no ar (comando stop seguido de start), faça:

# svcadm restart <fmri do serviço>

Em Unix, quando é preciso que um serviço releia seus arquivos de configuração associados, é comum usar pkill ‑HUP <serviço>. Usando SMF do OpenSolaris isto é realiza-do assim:

# svcadm refresh <fmri do serviço>

Embora seja usual o sistema ope-racional colocar um serviço em ma-nutenção quando o mesmo apresenta algum tipo de problema (de configura-ção ou dependência), o administrador também consegue fazer o mesmo de forma a sinalizar alguma dificuldade de operação com o serviço:

# svcadm mark maintenance <fmri do serviço>

Objetivando tirar um serviço de manutenção e colocá-lo online no-vamente, utiliza-se o comando:

# svcadm clear <fmri do serviço>

Se o serviço continuar em manu-tenção é porque ainda há alguma coisa errada com ele. n

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Sobre o autorAlexandre Borges ([email protected], twitter:@ale_sp_brazil) éEspecialistaSênioremSolaris,OpenSolariseLinux.Trabalhacomdesenvolvimento,segurança,administraçãoeper-formancedessessistemasoperacionais,atuandocomoinstrutoreconsultor.Épesquisadordenovastecnologiaseassuntosrelacionadosaokernel.

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Linux Magazine #69 | Agosto de 2010

Page 28: Revista Linux Magazine No 68

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SE

RV

IÇO

S

http://www.linuxmagazine.com.br

Nerdson – Os quadrinhos mensais da Linux Magazine

Índice de anunciantesEmpresa Pág.Senac 02

RedeHost 09

CentralServer 11

UOLHost 13

PlusServer 15

Tecla 19,84

Watchguard 25

Othos 21

F13 23

PlazaHotéis 29

Impacta 31

FISL 81

Bull 83

Calendário de eventosEvento Data Local Informações

PHPHEDERAL 16 e 17 de julho Brasília, DF www.phphederal.com.br

FISL 2010 21 a 24 de julho Porto Alegre, RS www.fisl.org.br

Encontro VoIP Center SP 21 a 23 de setembro São Paulo, SP www.encontrovoipcenter.com.br

LinuxCon Brasil 201031 de agosto e 01 de setembro

São Paulo, SP http://events.linuxfoundation.org

II COALTI 15 a 17 de outubro Maceió, AL www.lg.com.br/jornada

Encontro VOIP Center SP 21 a 23 de setembro São Paulo, SP www.encontrovoipcenter.com.br

CNASI 2010 20 a 22 de outubro São Paulo, SP www.cnasi.com

Python Brasil 6 21 a 23 de setembro Curitiba, PR www.pythonbrasil.org.br

Futurecom 2010 25 a 28 de outubro São Paulo, SP www.futurecom.com.br

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Na Linux Magazine #69

PR

EVIE

W

Na Ubuntu User #19Edição de vídeoSensação dos usuários de Linux, o Freevo é uma central multimídia completa que permi-te centralizar todos os seus filmes, músicas, imagens etc., além de possuir possibilidade de conexão do software com a TV, o que proporcionará recursos de agendamento de gravação de programas, entre outros. n

WineO popular Wine, agora na versão 1.2, está melhor do que nunca. O software possibilita utilizar programas e aplicativos do Windows dentro de seu ambiente Linux sem quaisquer problemas de compatibilidade. Na Ubuntu User 19, vamos apresentar seus novos recursos e vantagens de uso. n

Serviços virtuaisMarcel Gagné fala sobre formas de migrar seu parque computacional para ambientes virtuais, em cloud. n

IPv6Aprenda como implementar os recursos da próxima geração do protocolo de Internet IPv6 e beneficie-se de suas vantagens! n

Escalabilidade em serviços CloudConheça o Scarl, aplicativo que facilita a esca-labilidade da infraestrutura Cloud, e é utilizado por grandes empresas. n