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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar ano VIII nº 47 2012 Os melhores carros no quesito reparabilidade Livro dos 35 anos da ABLA é lançado em São Paulo Regime automotivo estimula produção nacional Férias sobre quatro rodas Locação de automóveis deve crescer até 40% no verão

Revista Locação ed. 47

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Uma publicação da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis).

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Page 1: Revista Locação ed. 47

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS

Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro fl orestal em mata ciliar

ano VIII l nº 45 l 2012

Esta revista tem suas emissõescompensadas por restauroflorestal em mata ciliar

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS

Convenção daABLA discute

rumos do setor

Programa deQualificação entra

em nova fase

Citroën apostano design e

desempenho do DS3

No caminho do crescimentoLocadoras alcançam faturamento de R$ 5,6 bilhões em 2011 e criam quase

278 mil empregos diretos e indiretos

layout_ABLA-ED45_Layout 1 10/08/12 01:08 Página 1

ano VIII nº 47 2012

Os melhores carros no quesito reparabilidade

Livro dos 35 anos da ABLA é lançado em São Paulo

Regime automotivoestimula produção nacional

Férias sobre quatro rodasLocação de automóveis deve crescer até 40% no verão

Page 2: Revista Locação ed. 47

Job: Fiat-varejo-setembro -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25878-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Abla-21x28_pag001.pdfRegistro: 91025 -- Data: 16:20:17 12/09/2012

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Setembro Outubro 2012 ABLA

EDITORIALMuita história para contar

Marcada por superações e conquistas, a história da ABLA mistura-se com a da indústria automobilística e do desenvol-vimento nacional desde 1977. Há 35 anos, a entidade presta um importante papel para seu setor e também para a economia brasileira, ao disseminar a cultura da locação de automóveis no Brasil e proporcionar a troca de experiências entre as mais de mil empresas associadas em todo o país.

Nessas três décadas e meia, a maior conquista da ABLA foi a profi ssionalização da atividade, fruto do espírito empreendedor, dedicação e visão de futuro. Graças à proatividade e competência dos ex-presidentes, conselheiros e diretores regionais, hoje somos reconhecidos por governo, montadoras e sociedade civil.

E essa rica trajetória ganhou cores e vida com o livro ABLA - 35 Anos em Movimento. A obra retrata os aconteci-mentos mais importantes do setor, os responsáveis pelo sucesso da ABLA, suas conquistas e os projetos desenvolvi-dos em benefício dos associados, como o PQA - Programa de Qualifi cação ABLA. O documento ressalta como o setor de locação se desenvolveu e a forma como a entidade ganhou representatividade nacional.

Ao longo das 128 páginas, percebemos como a locação está intimamente ligada ao desenvolvimento econômico do país. Acompanhando novas tendências com olhos atentos ou ditando novos hábitos entre os usuários de automóveis, lá estavam os dirigentes da ABLA com atuação vibrante e pensamento estratégico. Foram essas credenciais que nos posicionaram como principais clientes das montadoras e agentes das mudanças nos cenários político e do turismo.

Mas para manter essa expansão, é preciso que o governo trate a locação de veículos como um setor realmente relevante. A política tributária, especialmente com mais uma prorrogação do IPI reduzido, compromete a renovação das frotas das locadoras. Tratamento inapropriado para quem gera negócios e empregos, movimentando o turismo e a economia brasileira.

Boa leitura!

Paulo NemerVice-presidente do Conselho Nacional da ABLA

Muita história

Marcada por superações e

disseminar a cultura da locação de

CONSELHO GESTORPaulo Gaba Jr., Paulo Nemer, Emanuel Trigueiro, Simone Pino, Valmor Weiss, Aleksander Rangel, Alberto Vidigal, Alberto Faria da Silva, José Adriano Donzelli, Saulo Froes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Jr.

CONSELHO GESTOR (Suplentes): Mauro Ribeiro, Carlos Adão Teixeira, Marcelo Fernandes, Raimundo Nonato de Castro, Reynaldo Tedesco, Paulo Miguel Jr., João Carlos de Abreu Silveira, Luiz Carlos Lang, Eládio Paniagua, Nelma Cavalcanti, Cássio Gilberto Lemmertz

CONSELHO FISCAL: Antonio Pimentel, Paulo Bonilha Jr., Jacqueline Mello, Ricardo Gondim, Eduardo Correa, Rodrigo Roriz

CONSELHO FISCAL (Suplentes): Joades Alves de Souza, José Zuquim Militerno, Emerson Ciotto, Alberto Jorge Queiroz, Felix Peter, Marco Antonio de Almeida Lemos

COMISSÃO EDITORIAL: Marco AntonioGomes, Marcio Gonçalves, Nelma Cavalcantie Saulo Fróes

PRESIDENTE EXECUTIVOJoão Claudio Bourg

Revista LocaçãoProjeto, criação e execução: Scritta(11) 5561-6650 - www.scritta.com.brJornalista responsável: Paulo Piratininga(MTPS 17.095) - [email protected]ção geral: Eduardo GraboskiRedação: Eduardo Graboski e Kátia SimõesRevisão: Júlio Yamamoto e Leandro LuizeProjeto gráfi co e diagramação: Cris Tassi eLuma Egea – [email protected]ão: Gráfi ca RevelaçãoPublicidade: Cibele Cambuí(11) 5087-4831 – [email protected]

Associação Brasileira dasLocadoras de AutomóveisRua Estela, 515 – Bloco A – 5º andarCEP 04011-904 – São Paulo/SPTelefone: (11) 5087-4100 Fax: (11) 5082-1392E-mail: [email protected]: www.abla.com.br

SAUS Quadra 1, Bloco J, Edifício CNT,na sala 510 - 5º andar - Torre A. CEP 70070-010Telefone: (61) 3225-6728 Fax: (61) 3226-0048

A revista Locação não se responsabiliza pelasopiniões emitidas nos artigos assinados.Permitida a reprodução das matérias desdeque citada a fonte.

EXPEDIENTE

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ABLA Setembro Outubro 2012

ÍNDICE

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08ENTREVISTAAlberto Andrade, gerente de vendas cor-porativas da Volkswagen, detalha os pla-nos da montadora e garante investimento de R$ 8,7 bilhões no Brasil até 2016.

16TRAJETÓRIAEm noite de gala, a ABLA lançou seu livro comemorativo de 35 anos. A publicação conta a história da entidade e do setor automotivo nacional.

21MERCADOO Brasil deve atrair R$ 60 bilhões em investimentos nos próximos três anos, tornando-se uma plataforma para o lan-çamento de novos carros.

26TEST DRIVEA Renault aposta no utilitário esporti-vo Duster, que conquista o mercado nacional e mostra-se muito valente em terrenos acidentados.

12PERSPECTIVASNo verão, o aluguel de veículos deverá crescer até 30%, principalmente na Região Nordeste do Brasil. Empresários estão muito otimistas.

11 Test Drive

18 Gestão

23 Marketing

24 Objetos de Desejo

28 Turismo

32 Estivemos presentes

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Setembro Outubro 2012 ABLA

PIT STOP

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No momento de comprar ou trocar o carro, a maioria dos motoristas opta por realizar o test drive. É a oportunidade de conhecer melhor o veículo, suas funções e vantagens. Afinal, hoje são 50 marcas e mais de 600 modelos de veículos no país disputando a preferência dos brasileiros.

Mas o test drive de poucos minutos ao redor da concessionária não basta. Por isso, as montadoras oferecem testes cada vez mais completos para atrair o consumidor. E as portas de entrada dessa nova era são as locadoras de automóveis, que mantêm modelos, do popular ao luxo, para os diversos perfis de cliente.

Para o presidente executivo da ABLA, João Claudio Bourg, a melhor opção para o consumidor conhecer o modelo desejado é alugá-lo por alguns dias, observando seu desempenho no trânsito e na estrada. “As montadoras estão conscientes de que o consumidor não se deixa mais levar por alguns poucos minutos na direção. Se o cliente comprar por meio de um financiamento de 60 meses, ele ficará com o veículo por um período de cinco anos. Não basta uma ‘voltinha’ no quarteirão

As locadoras despontam como parceiras para test drive

para escolher um carro. Nesse sentido, o setor de locação é muito importante para captar novos e mais clientes, principalmente para as montadoras que disponibilizam rapidamente seus lançamentos para as locadoras”, explica.

Com isso, a parceria entre locadoras e montadoras torna-se fundamental, gerando novos negócios e desenvolvendo modelos que atendem às expectativas dos consumidores. “No entanto, essa estratégia de criar condições para que as locadoras comprem os lançamentos quanto antes precisa se tornar palavra de ordem nas montadoras”, completa.

O setor de locação de automóveis registrou incremento de até 40% em algumas regiões do Brasil durante o período eleitoral. No Ceará, por exemplo, o aumento é explicado pelo maior número de contratos firmados com partidos políticos e coligações. Os carros alugados eram utilizados para a propaganda eleitoral, transporte de colaboradores e de material

O setor é campeão também nas eleiçõesMOVIMENTO

publicitário. A Justiça Eleitoral também contribuiu para

esse aumento. Só em Mato Grosso foram inves-tidos mais de R$ 840 mil na locação de veículos para transporte de urnas e de servidores dos cartórios. Com esse incremento, muitas pessoas tiveram dificuldades de alugar veículos para viajar no fim de semana da eleição.

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ABLA Setembro Outubro 2012

Alberto Andrade

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ENTREVISTA

Há 59 anos no Brasil, a Volkswagen ganhou visibilidade ao produzir o primeiro veículo po-pular, o GOL. Tanto que o modelo é o mais vendido no país durante 25 anos consecutivos. Com fábricas em São Carlos e São José dos Pinhais, a montadora pretende investir R$ 8,7 bilhões nos próximos quatro anos. A intenção é ampliar a capacidade produtiva

e desenvolver mais produtos, aliando tecnologia e sustentabilidade.Em entrevista à revista Locação, o gerente de vendas corporativas, Alberto Andrade, revela

os projetos da montadora no Brasil, mostra otimismo com o atual cenário econômico nacional e re-conhece como fundamental a parceria entre a empresa e a ABLA, em defesa dos interesses dos clientes frotistas.

Volkswagen aposta em modelos executivos, como o Novo Passat

Como a Volkswagen avalia a prorrogação do IPI?Estamos no Brasil há quase 60 anos e nos adequamos às regras e defi nições do governo federal. Entendemos que as medidas adotadas são favoráveis ao consumidor e visam a estimu-

lar o desenvolvimento do mercado interno.

Qual é o compromisso da Volkswagen com o cliente frotista?Nossa área de vendas corporativas vem incre-mentando a equipe de profi ssionais e espe-

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9Setembro Outubro 2012 ABLA

cializando sua rede de concessionárias para melhor atender os clientes frotistas. Possuímos um dos mais amplos portfólios do mercado au-tomobilístico, valor de revenda do usado mais vantajoso e maior rede de concessionárias.

Como é o relacionamento da montadora com as locadoras de automóveis?O relacionamento vai além de uma política comercial defi nida. Nosso trabalho diário está fundamentado em um planejamento estraté-gico para atendimento personalizado, sem-pre em busca da satisfação do frotista, um dos clientes mais relevantes para o segmento de vendas corporativas. A parceria com a ABLA vem se fortalecendo no decorrer dos anos, por meio de ações de relacionamento e de políticas mais consistentes.

Quais são as principais ações de sustenta-bilidade promovidas pela Volkswagen?A Volkswagen do Brasil desenvolve a susten-tabilidade como princípio de gestão, equili-brando sucesso comercial com a proteção do meio ambiente e a responsabilidade social. Durante a Rio+20, a Volkswagen apresentou o conceito Think Blue, cuja proposta é tornar a mobilidade mais efi ciente e acessível a todos, com diminuição de emissões na produção de veículos. Além disso, a montadora foi pioneira no desenvolvimento da tecnologia Total Flex, que mudou a indústria automotiva. Também foi inovadora na concepção de veículos com índices reduzidos de consumo e de emissões. A empresa ainda faz uso de materiais reci-clados nos veículos produzidos e pneus de baixa resistência a rolamento. Por fi m, somos

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ABLA Setembro Outubro 201210

ENTREVISTA

a única empresa do setor automotivo no país a ter usina hidrelétrica própria.

Quais os investimentos previstos pela Volkswagen do Brasil nos próximos anos?Até 2016, a Volkswagen investirá R$ 8,7 bilhões no aumento de capacidade produtiva das fábricas já existentes no desenvolvimento de novos produtos.

O GOL é um dos veículos mais populares no Brasil. Qual é a receita de todo esse sucesso?Lançado em maio de 1980, o GOL logo conquistou o coração dos brasileiros. Há 25 anos ele é o carro mais vendido no Brasil, com aproximadamente 6 milhões de unidades comercializadas, e tornou-se parte da paisa-gem urbana em grandes e pequenas cidades.

É também o veículo produzido no Brasil mais vendido no exterior, com volume superior a 1 milhão de unidades exportadas. Em suas cinco primeiras gerações, o GOL passou por uma contínua evolução tecnológi-ca, introduzindo no país novidades que revo-lucionaram a indústria nacional. O Novo GOL, lançado em julho deste ano, traz o design mundial da marca e mais inovação tecnológi-ca, além de recursos que fizeram do modelo um dos mais atraentes e avançados em seu segmento de mercado.

A Volkswagen prepara lançamentos para 2013? O que podemos esperar para o futuro no design da Volkswagen?A Volkswagen continuará investindo em novos produtos e no momento oportuno divulgará seus próximos lançamentos.

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PIT STOP

Prorrogada até dezembro, a redução do IPI para carros zero-quilômetro estimula a indústria automotiva. Por outro lado, prejudica segmen-tos importantes da economia do país, como o de locação de automóveis e o de revenda de seminovos. Afinal, esses nichos geram alto valor de impostos e milhões de empregos.

Nesse cenário, os preços dos carros usados despencaram, puxados pelos baixos juros dos empréstimos e pelas facilidades em obter fi-nanciamentos. Esses fatores fizeram com que os consumidores extrapolassem o orçamento em busca do sonhado carro novo, tornando-se inadimplentes.

Para o conselheiro gestor da ABLA, Saulo Froes, ao adotar essa medida, o governo não

Nova redução do IPI compromete o setor de locação

deu o devido tratamento aos setores relaciona-dos. “O segmento de seminovos, por exemplo, é uma cadeia tão estratégica como a venda de novos veículos. Muitas empresas enfrentaram problemas com seu fluxo de caixa. Assim também é na locação, pois há dificuldade na renovação da frota”, destaca.

A ABLA acredita que, com a alta demanda das montadoras, o governo anunciará o fim da redução do IPI. Até porque parte do imposto vai para as prefeituras, que estão com seus caixas defasados.

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ALTA TEMPORADA

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As locadoras do Nordeste preparam-se para a crescente demanda de clientes nas próximas férias e festas de fim de ano

Desembarcar no aeroporto ou chegar ao hotel e ter à disposição um carro para circular à vontade por toda parte, a qualquer hora, é um conforto e tanto. E o número de pessoas que recorre ao serviço deve crescer entre 20% e 30% nos meses de dezembro de 2012 e janeiro de 2013, em comparação com o verão passado, de acordo com as expectativas das locadoras, principalmente as da Região Nordeste. O otimis-mo já provoca certa movimentação nas lojas.

A compra de novos carros é uma das estratégias adotadas pelas locadoras, de olho no movimento do fim do ano. É também um mecanismo de renovação da frota.

Com uma frota de aproximada-mente 400 veículos, o diretor regional da ABLA em Alagoas, Lusirlei Albertini, tem 85% dos veículos alugados mensalmente para empresas e 15% para locação diária.

De 26 de dezembro até o fim de janeiro do ano seguinte, a divisão fica em torno de 75%

Otimismo de verão !

ABLA Setembro Outubro 2012

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para locação mensal e 25% para avulsa. Isso ocorre porque os aluguéis eventuais chegam a aumentar até 70% em relação aos demais meses do ano. “Mas nesse ano a expectativa é que o aumento chegue a 100%.”

O otimismo pode ser explicado pelo aque-cimento da economia, pela alta do turismo doméstico e pelo bom movimento notado em julho – mês normalmente considerado fraco, mas que em 2012 cresceu 30% em compara-ção com o mesmo período do ano passado.

Expansão com cautelaNo início de cada ano, de acordo com

Albertini, a locadora costuma programar com-

pras de carros novos para o ano todo, de forma que os veículos de aluguel mensal atinjam com no máximo 22 meses de uso e os de aluguel eventual, 14 meses. Para 2012, no caso da Rotacar, foram previstos 25 veículos novos a cada mês, exceto em dezembro, quando serão 50 carros novos. Todos esses números repre-sentam um aumento em torno de 30% em comparação com os dados da Rotacar em 2011, segundo Albertini.

Em geral, a expansão da frota das loca-doras poderia ser até maior, já que na alta temporada chega a faltar carro para locação diária. Mas cautela nunca é demais em negócios sazonais.

!

Setembro Outubro 2012 ABLA

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ALTA TEMPORADA

14

A empolgação excessiva poderia trazer prejuízo ao negócio, pois uma frota superdi-mensionada muitas vezes resulta em carros parados durante os meses de menor movimen-to, segundo os empresários do setor.

Além da sazonalidade, outro fator que exige cuidado é o fato de o aumento de demanda estimular a multiplicação de concorrentes. Segundo Simone Pino, do Conselho Nacional da ABLA, o volume de locações em todo o Brasil vem crescendo ano a ano, inclusive em razão da expansão do número de locadoras e da melhor qualidade dos serviços prestados. Em 2010, a quantidade total de locações no país ficou em 17,7 milhões, número que saltou para 18,6 milhões em 2011. A expectativa para 2012, segundo Simone, é um cresci-mento mais tímido, mantendo, porém, índice superior ao do PIB, cuja previsão em setembro era de 1,6%.

Mais benefíciosAs locadoras de Alagoas, Bahia e Paraíba

preveem cobrar entre R$ 95 e R$ 120 a diária

de carros populares. O valor não apresenta variação em relação aos demais meses do ano. As locadoras procuram também oferecer bene-fícios adicionais, que funcionam como atrativos para o público, segundo Marconi Dutra, diretor regional da ABLA na Bahia.

Como exemplos, ele cita o atendimento realizado por profissionais bilíngues, a entrega e devolução de veículos no local indicado pelo cliente, carros com motorista, GPS e cadeira de bebê. O motivo é simples: os clientes estão mais exigentes. “Os carros mais procurados no fim de ano ainda são os de menor cilindrada, mas a demanda de veículos mais potentes vem crescendo mais que a dos populares.”

De olho nessa tendência, o diretor da ABLA na Paraíba, Luis Olavo Nesello, que tem uma frota aproximada de 60 veículos, está substituindo parte dos seus carros 1.0 por modelos 1.6 já para dezembro. “A inten-ção é renovar e diversificar a frota sem elevar o valor das diárias, agregando mais opções ao cliente”, acrescenta o dirigente.

ABLA Setembro Outubro 2012

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ABLA | 35 anos

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A iniciativa

surgiu da

necessidade de

acompanhamento e atualização das mudanças no setor

de turismo, relacionadas ao advento do Brasil como

destino internacional, à modernização e ao aumento da

competitividade nos serviços. O projeto aplicou a partir de

2009, cinco cursos totalmente gratuitos, que englobavam

os temas: Qualidade no Atendimento Operacional,

Qualidade em vendas, Competências Gerais (histórico

da locação, diversidade cultural, ética e cidadania,

responsabilidade civil das locadoras, Código de Defesa

do Consumidor, sustentabilidade e associativismo),

Gestão em Mercado e Marketing (análise do mercado

consumidor, marca, comunicação integrada, estratégias

de determinação de preço, relacionamento com o

cliente e marketing verde), Gestão em Administração

e Finanças (sociedades empresariais, contabilidade e

administração financeira, estrutura de capital, formação

de preços e avaliação econômica de investimentos na

empresa) e Gestão Empresarial com Ênfase em Gestão

de Frotas (gestão de frotas, previsão e controle de custos

operacionais, manutenção e renovação de frotas).

Desde sua criação, o PQA capacitou mais de 6

mil profissionais, por meio de cursos ministrados a

distância, seminários, palestras presenciais e quatro

teleconferências. Com o programa — desenvolvido

em parceria com a Universidade Federal de Santa

Catarina, responsável pela elaboração dos conteúdos das

disciplinas — pequenos e médios empresários ganharam

maior preparo para a gestão de suas locadoras em um

universo cada vez mais competitivo e suas equipes, um

nível de capacitação compatível com a nova realidade

turística do mercado brasileiro.

Livro ABLA 35 ANos.indb 46

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ESPECIAL

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ESPECIAL

Em 1977, um grupo de empresários decidiu somar forças, conhecimentos e serviços em prol do crescimento e da profi ssionalização de um setor, até então, quase desconhecido no Brasil. Em São Paulo, a então Associação Brasileira das Empresas Locadoras de AutoVeículos se tornou Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) e conquistou o país – sendo respeitada por governo, montadoras e sociedade civil.

Essa trajetória repleta de desafi os, lutas e superações transformou-se agora no livro comemorativo ABLA - 35 Anos em Movimento, lançado no dia 24 de outubro em São Paulo. Ao longo das 128 páginas, os fatos relevantes da entidade e a atuação de cada diretoria se misturam-se a episódios marcantes da indústria automotiva e da economia brasileira.

Para o presidente executivo da ABLA, João Claudio Bourg, em 35 anos, a associação conquistou espaço cativo junto aos setores turístico e automobilístico,

fi rmando-se como principal cliente das montadoras e preparando os associados para um mercado cada vez mais competitivo. “Cada uma das diretorias trouxe uma novidade, mas sem deixar de dar continuidade aos bons projetos iniciados. Esse é o segredo da boa performance no decorrer de três décadas e meia”, observa.

Disposta a desenvolver no empresariado a consciência de que o segmento de locação é dinâmico e exige aperfeiçoamento tecnológico constante, a ABLA sempre acompanhou de perto as questões que envolvem o setor no Brasil. A agenda de temas incluiu o Código de Trânsito Brasileiro, impostos incidentes, planos econômicos e os relacionamentos com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da integração cada vez maior das locadoras de veículos na infraestrutura turística do país.

Um dos fatos marcantes retratados no livro é a criação de regras e condutas éticas aprovadas pelo Conselho Nacional da ABLA,

35 anos em movimento...

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A iniciativa

surgiu da

necessidade de

acompanhamento e atualização das mudanças no setor

de turismo, relacionadas ao advento do Brasil como

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acompanhamento e atualização das mudanças no setor

de turismo, relacionadas ao advento do Brasil como

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A economia brasileira está mudando para melhor.

A redução das taxas de juros e a queda do IPI estãofred Carvalho

transformando o Brasil em um país de primeiro mundo

- Sustenta essas expectativas o baixo índice de

motorização do país, com um veículo para cada 6,4

habitantes, diante de 1 por 1 nos Estados Unidos, 1 por

1,2 na Europa e 1 por 4 na Argentina. A frota circulante

em 2012, de cerca de 32 milhões de veículos, tem muito

espaço para crescer. Até 2015, as montadoras deverão investir mais US$ 22

bilhões em capacidade de produção, produtos e processos,

tecnologia e inovação. Uma quantia considerável, se

comparada ao volume aplicado no período compreendido

entre 1980 e 2011, cerca de US$ 80 bilhões, representando

23% do PIB industrial e 5% do PIB nacional.

Principais parceiras da indústria automobilística,

respondendo por 8,7% das vendas do setor, as locadoras

têm grandes oportunidades de crescimento nos próximos

anos, não só como alternativa para o transporte público

deficiente, mas também como opção cada vez mais eficaz

para os serviços de terceirização de frotas, destaca Fred

Carvalho, diretor da Autodata, empresa de comunicação

especializada no setor automotivo:

- A economia brasileira está mudando para

melhor. A redução das taxas de juros e a queda do IPI

estão transformando o Brasil em um país de Primeiro

Mundo. Está mais fácil comprar carros tanto por parte

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- Sustenta essas expectativas o baixo índice de

A economia brasileira está mudando para melhor.

A redução das taxas de juros e a queda do IPI estão

A economia brasileira está mudando para melhor.

A redução das taxas de juros e a queda do IPI estão

Setor aposta na união para ganhar força

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- Sustenta essas expectativas o baixo índice de

A redução das taxas de juros e a queda do IPI estão

- Sustenta essas expectativas o baixo índice de

A redução das taxas de juros e a queda do IPI estão

Setor aposta na união para ganhar força

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por meio do qual as locadoras associadas recebem auxílio na

averiguação de veículos eventualmente desaparecidos; e a Serasa

(centralização dos serviços dos bancos), com redução nos

preços das consultas e de montadoras, que passaram a oferecer

descontos na renovação da frota. Desde 1998, a estrutura administrativa é descentralizada, com

representatividade em todo o território nacional, por intermédio

dos seus 28 diretores regionais e seus respectivos adjuntos, que

executam um importante trabalho de aproximação dos associados

e da comunidade às ações da entidade, além de garantir maior

agilidade na tomada de decisões. Disposta a desenvolver no

empresariado a consciência de que o segmento de locação de

automóveis é dinâmico e exige aperfeiçoamento tecnológico

constante, a ABLA, no decorrer de mais de três décadas,

acompanhou de perto as questões que envolvem o setor no Brasil,

tais como o Código de Trânsito Brasileiro, impostos incidentes,

planos econômicos e os relacionamentos com os poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário, além da integração cada vez

maior das locadoras de automóveis com a infraestrutura turística

do país. Entre 1995 e 1999, a associação abraçou o Projeto Frota

Verde, que transformaria toda a frota das locadoras em carros

movidos a álcool, com redução de impostos. Uma das mais importantes ações da entidade foi obter junto

à Infraero mudança nas regras de licitação, para que as locadoras

pudessem abrir lojas nos aeroportos. A liberação, juntamente com

o surgimento do leasing, possibilitou às locadoras a compra de

um volume maior de carros e foi de grande importância para o

crescimento do setor no país ainda no fim da década de 1970. A

década de 1980 trouxe dificuldades às locadoras, como a instituição

do empréstimo compulsório na aquisição de veículos e combustíveis,

o Plano Cruzado I, que estabeleceu o congelamento de preços, e o

Cruzado II, que elevou em 80% os preços dos veículos e em 20%

“Um dos grandes marcos da

ABLA foi a abertura do escritório

regional em Brasília, que inseriu o setor no cenário político nacional”CélIo fonSeCadIretor regIonal – roraIMa

“Tenho saudades dos tempos em que o maior

desafio era popularizar a cultura da locação no país e

profissionalizar o setor”CarloS roBerto fauStInoMeMBro da aBla

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Setor aposta na união para ganhar força

por meio do qual as locadoras associadas recebem auxílio na

averiguação de veículos eventualmente desaparecidos; e a Serasa

(centralização dos serviços dos bancos), com redução nos

preços das consultas e de montadoras, que passaram a oferecer

descontos na renovação da frota. Desde 1998, a estrutura administrativa é descentralizada, com

representatividade em todo o território nacional, por intermédio

dos seus 28 diretores regionais e seus respectivos adjuntos, que

executam um importante trabalho de aproximação dos associados

e da comunidade às ações da entidade, além de garantir maior

agilidade na tomada de decisões. Disposta a desenvolver no

empresariado a consciência de que o segmento de locação de

automóveis é dinâmico e exige aperfeiçoamento tecnológico

constante, a ABLA, no decorrer de mais de três décadas,

acompanhou de perto as questões que envolvem o setor no Brasil,

tais como o Código de Trânsito Brasileiro, impostos incidentes,

planos econômicos e os relacionamentos com os poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário, além da integração cada vez

maior das locadoras de automóveis com a infraestrutura turística

do país. Entre 1995 e 1999, a associação abraçou o Projeto Frota

Verde, que transformaria toda a frota das locadoras em carros

movidos a álcool, com redução de impostos. Uma das mais importantes ações da entidade foi obter junto

à Infraero mudança nas regras de licitação, para que as locadoras

pudessem abrir lojas nos aeroportos. A liberação, juntamente com

o surgimento do leasing, possibilitou às locadoras a compra de

um volume maior de carros e foi de grande importância para o

crescimento do setor no país ainda no fim da década de 1970. A

década de 1980 trouxe dificuldades às locadoras, como a instituição

do empréstimo compulsório na aquisição de veículos e combustíveis,

o Plano Cruzado I, que estabeleceu o congelamento de preços, e o

Cruzado II, que elevou em 80% os preços dos veículos e em 20%

“Um dos grandes marcos da

ABLA foi a abertura do escritório

regional em Brasília, que inseriu o setor no cenário político nacional”CélIo fonSeCadIretor regIonal – roraIMa

“Tenho saudades dos tempos em que o maior

desafio era popularizar a cultura da locação no país e

profissionalizar o setor”CarloS roBerto fauStInoMeMBro da aBla

ABLA Setembro Outubro 2012

Page 17: Revista Locação ed. 47

ABLA | 35 anos

46

A iniciativa

surgiu da

necessidade de

acompanhamento e atualização das mudanças no setor

de turismo, relacionadas ao advento do Brasil como

destino internacional, à modernização e ao aumento da

competitividade nos serviços. O projeto aplicou a partir de

2009, cinco cursos totalmente gratuitos, que englobavam

os temas: Qualidade no Atendimento Operacional,

Qualidade em vendas, Competências Gerais (histórico

da locação, diversidade cultural, ética e cidadania,

responsabilidade civil das locadoras, Código de Defesa

do Consumidor, sustentabilidade e associativismo),

Gestão em Mercado e Marketing (análise do mercado

consumidor, marca, comunicação integrada, estratégias

de determinação de preço, relacionamento com o

cliente e marketing verde), Gestão em Administração

e Finanças (sociedades empresariais, contabilidade e

administração financeira, estrutura de capital, formação

de preços e avaliação econômica de investimentos na

empresa) e Gestão Empresarial com Ênfase em Gestão

de Frotas (gestão de frotas, previsão e controle de custos

operacionais, manutenção e renovação de frotas).

Desde sua criação, o PQA capacitou mais de 6

mil profissionais, por meio de cursos ministrados a

distância, seminários, palestras presenciais e quatro

teleconferências. Com o programa — desenvolvido

em parceria com a Universidade Federal de Santa

Catarina, responsável pela elaboração dos conteúdos das

disciplinas — pequenos e médios empresários ganharam

maior preparo para a gestão de suas locadoras em um

universo cada vez mais competitivo e suas equipes, um

nível de capacitação compatível com a nova realidade

turística do mercado brasileiro.

Livro ABLA 35 ANos.indb 46

10/10/12 16:42

17

O leitor vai descobrir que o carro alugado não só participou, como ajudou

a fazer a história do país, exercendo seu papel na expansão da economia brasileira. Paulo Gaba Jr.

Presidente do Conselho Nacional da ABLA.

durante a gestão do presidente Francisco da Silva (1992-1993). “Em um cenário econômico difícil, nosso grande orgulho foi ter elaborado o Código de Ética da ABLA, o que deu ao setor ainda mais respeito e profi ssionalismo”, afi rmou Silva, ao passar a presidência da entidade a seu sucessor.

O livro também conta como a entidade investiu na capacitação de seus associados por meio do PQA - Programa de Qualifi cação ABLA, na gestão do presidente José Adriano Donzelli (2006-2009), hoje à frente da FENALOC. “Esse momento representou a consolidação da ABLA. Nosso alinhamento com a Confederação Nacional do Transporte e o reconhecimento por parte da sua direção sobre a importância da locação foram de grande estima para todo o segmento”, lembra.

Com tiragem limitada, o livro será distribuído aos associados da ABLA e marcará época, pois é a única publicação que conta a história da locação de automóveis no Brasil.

Setembro Outubro 2012 ABLA

Alberto Faria, Adriano Donzelli , Senador Ricardo Ferraço, Alberto Nemer, João Claudio Bourg, Paulo Nemer e Marcio Gonçalves

Reynaldo Tedesco, Célio Fonseca e Raimundo Nonato

João Claudio Bourg, Adriano Donzelli, Josef Kurc e Paulo Gaba Jr.José Zuquim Militerno, Paulo Nemer, Alvani Laurindo, Felix Peter e Rissao Shimada

Francisco Bernardi, Osmar Roncolato Pinho (Bradesco Corporate) e Gustavo Walch (Diretor de vendas da Peugeot)

Page 18: Revista Locação ed. 47

layout_ABLA-ED45_Layout 1 10/08/12 01:14 Página 18

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O mercado automotivo esteve reunido em São Paulo para conhecer os veículos mais bem colocados no CAR Group 2011, que avalia o custo e o tempo de reparo de um automóvel. Desenvolvido pelo Cesvi Brasil - Centro de Experimentação e Segurança Viária, esse índice é atualizado anualmente devido às alterações dos valores das peças automotivas e à entrada de novos modelos no ranking.

A Citroën e a Volkswagen foram as monta-doras mais premiadas deste ano. Ambas conquistaram quatro troféus. Referência técnica de informação, o CAR Group proporciona uma evolução nas relações entre montadoras e seguradoras, além de garantir mais trans-

O Cesvi premia os melhores veículos em reparabilidade

parência ao consumidor. De posse dessas informações técnicas, o motorista pode com-parar, na hora da compra, dois veículos que lhe interessam.

Para as locadoras, o índice proporciona economia e segurança, pois evita prejuízos fi nanceiros com manutenções e revisões mecâ-nicas, reduzindo o desgaste e a troca de peças. “Afi nal, quando a locadora adquire um veículo, está atenta ao custo das peças, do reparo e até mesmo do seguro. A escolha do carro interfere diretamente no negócio. O ranking possibilita comparar os modelos e fazer uma compra planejada e certeira”, ressalta o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Gaba Jr.

Hatchs: Fiat Bravo (médio), Suzuki SX4 (médio off-road) e Renault Sandero Stepway (compacto off-road)

RANKING CESVI DE REPARABILIDADE

Utilitário:

Hatchs compactos: Citroën C3 HB, Volkswagen Novo Fox e Ford Ka

O premiado foi o Ford Transit Furgão Curto. O modelo é considerado o mais ágil para entrega nos centros urbanos.

Picapes: Volkswagen Nova Saveiro simples (compacta) e Chevrolet S10 simples (média)

Sedãs: Volkswagen Novo Polo e Citroën C4 Pallas

Minivans: Citrën C3 Picasso (compacta) e C4 Picasso (média)

SW: Volkswagen Novo SpaceFox e Renault Mégane Grand Tour

GESTÃO

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19Setembro Outubro 2012 ABLA

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ABLA Setembro Outubro 201220

PIT STOP

Regime anunciado pelo governo valoriza a produção nacional

O mês de outubro trouxe uma nova realidade para a indústria automotiva brasileira. O regime Inovar-Auto estabelece diretrizes para a produção de veículos no país. Uma das principais novidades é a concessão de benefícios do IPI para veículos que consumi-rem 13,6% menos combustível.

O Inovar-Auto contempla metas que serão ampliadas a cada ano, podendo gerar redução de até 30 pontos na alíquota do IPI, incentivando a compra do zero-quilômetro e elevando o faturamento das montadoras. Esse e outros créditos serão concedidos às empresas que produzem e comercializam veículos no Brasil, além das corporações que apresentarem projetos de investimento.

Outras prioridades do Inovar-Auto são a segurança dos veículos e a proteção ao meio ambiente, tratando da eficiência energética e da qualidade das autopeças.

Com o novo regime, as empresas habilitadas ainda terão o desconto tributário calculado com base nos custos realizados no país, desde que invistam no desenvolvimento tecnológico e na inovação e contribuam com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

As regras do Inovar-Auto forçam uma nova política de investimentos das montadoras no Brasil. A Kia Motors já repensa sua estratégia de expansão, com uma fábrica no Brasil. Isso porque a cota de carros importados é de apenas 4,8 mil/ano, bem abaixo dos 50 mil carros vendidos atualmente no país.

Até as montadoras que não foram prejudi-cadas com o novo regime preveem novos investimentos. As chinesas Chery e JAC pretendem investir R$ 600 milhões e R$ 900 milhões, respectivamente.

EXPANSÃONovas regras ampliam investimentos das montadoras

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21

Montadoras apostam no Brasil para o lançamento de novos carros

Com o quarto maior mercado automotivo do mundo, o Brasil deve atrair R$ 60 bilhões em investimentos nos próximos três anos, o que torna o país uma plataforma potencial para o lançamento de novos carros. O incremento da renda da população, o novo regime anunciado pelo governo e a redução do IPI formam o cenário perfeito para que as montadoras apostem na produção nacional.

Mas o otimismo da indústria não para por aí. Projetos pendentes como a fábrica da JAC Motors na Bahia e da BMW em Santa Catarina devem sair do papel. Outras montadoras estão de olho no Brasil, como a Mercedes-Benz e a Audi. Ambas já operaram no país em anos anteriores.

As fabricantes devem aplicar seus recursos em tecnologia, engenharia, design e, principalmente, no desenvolvimento de modelos sustentáveis. Exemplo disso é que, durante o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, estão sendo apresentados dezenas de modelos elétricos e menos poluidores – como o Ford Focus Eletric e o Nissan Leaf.

Setembro Outubro 2012 ABLA

Com isso, a produção de automóveis de categoria comercial deve bater novo recorde de 3,2 milhões de unidades. Em comparação com o ano anterior, a alta é de apenas 2%. Entretanto, o resultado é comemorado, pois a estimativa era de redução, em virtude da crise mundial nas vendas, que fez aumentar os estoques no começo do ano. Já para 2013, a expectativa é que o mercado automotivo cresça 7%, estabelecendo novos recordes.

Apesar de o governo dar sinais de que está atento à importância de estimular a produção de carros elétricos e híbridos, esses modelos continuam fora do alcance das locadoras. O alto preço desses veículos no Brasil, resultado da elevada carga tributária, inviabiliza a compra e o consumo em massa.

Na opinião do gerente administrativo da ABLA, Jorge Machado, a popularização dos

MERCADOAs locadoras ainda estão distantes dos carros elétricos

elétricos ocorrerá se o novo regime automotivo enqua-drar esses carros na cota de eficiên-cia energética das empresas. “Nesse caso, a alíquota do IPI será reduzida, viabilizando a venda dos modelos sustentáveis.”

Ainda segundo ele, as montadoras precisam ver as locadoras como canais para a divulgação e experimentação desses carros. “Esse pode ser outro caminho para a popularização dos carros elétricos”, argu-menta.

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MARKETING

Setembro Outubro 2012 ABLA

As redes sociais aproximam locadoras e consumidores

Consideradas poderosas ferramentas de marketing, as redes sociais tornam-se essenciais para as empresas do mundo todo. Ter um espaço na internet é o primeiro passo para alavancar qualquer negócio. Entretanto, o sucesso depende de fatores como interatividade, funcionalidade, design e conteúdo relevante.

Na opinião do especialista em mídias sociais Roberto Mansuor Netto, para ter sucesso é preciso esquecer a autopromoção e estabelecer relações confi áveis com os usuários, apostando em notícias relevantes, concursos culturais e promoções exclusivas. “No caso das locadoras de automóveis, há a possibilidade de aliar o setor turístico, criando conteúdo interessante, divulgando roteiros e dicas de viagens.”

Paralelamente, a empresa deve saber que o usuário que segue seu perfi l quer sempre ter alguma vantagem. Seja uma facilidade ao comprar uma diária de aluguel pela internet, um desconto ou uma informação de um destino turístico no qual só é possível chegar de carro, por exemplo.

Para aumentar a interatividade com os usuários, as locadoras podem investir em outros recursos multimídias. No Flickr, por exemplo, a dica é engajar os clientes na postagem de imagens registradas durante a viagem. “Essa troca de conteúdo é o começo de uma relação duradoura. E, nesse sentido, a empresa precisa estar atenta à convergência de mídias, explorando outras redes como o YouTube, que permite a postagem de vídeos”,

O sucesso de empresas na internet depende de fatores como interatividade, funcionalidade, design e conteúdo relevante

lembra Mansuor Netto.Já no Facebook, as funcionalidades são

ainda mais abrangentes. Além de criar álbuns com fotos e postar notícias relevantes, as empresas podem lançar enquetes, para ouvir os internautas e gerar mais interatividade e promover eventos, como a inauguração de uma nova fi lial. Pelo chat, a locadora também pode estabelecer um contato mais íntimo com o consumidor.

Entretanto, se a locadora busca novos parceiros e clientes, a rede profi ssional LinkedIn pode ser mais interessante. Esse canal aproxima profi ssionais e empresas dispostos a fazer negócio. Nessa mídia, as locadoras oferecem seus serviços, fazem propostas de negócios e podem gerar mais lucros.

“Com tantas possibilidades, cabe ao empresário escolher a rede que mais se adéqua à sua realidade. Mas é importante salientar que antes de tudo haja planejamento”, adverte o especialista.

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ABLA Setembro Outubro 201224

Objetos Desejode

LUXO

UM LUXO SÓA moda clutch (minibolsas rígidas) é sucesso

no mundo todo, e a nova coleção de acessórios de festa Ana Hickmann destaca modelos

exclusivos das famosas bolsas de mão, em diferentes materiais, texturas e tamanhos. Perfeito para levar apenas o essencial, o

modelo é revestido de strass azul, preto e prata, possui bolso interno e fechamento com

imã. Por R$ 289,99. SAC: (11) 3868 -4103.

FAÇA-SE A LUZAs luminárias deixaram de ser mero acessório para brilharem na

decoração de interiores. Assinada pela designer Cristiana Bertolucci, o abajur com pedestal de bronze fundido contrasta com a leveza da cúpula

de linho estampado. A peça tem 70 cm de altura. Preços: R$ 1.345,00 (base de bronze), R$ 415,00 (cúpula). SAC: (11) 3097-8566.

DESIGN E CONFORTOIdeal para diversos tipos de ambiente como lounges, salas de conferências, espaços colaborativos e estações de trabalho, a cadeira Clarity (parceria da HNI, líder americana de mobiliário de escritório, e da BMW) foi desenhada seguindo conceitos ergométricos aliando leveza, conforto e praticidade. O modelo é comercializado pela Riccó por R$ 1.900,00. www.ricoo.com.br

PARA OS SEGUIDORES DE BACOIndispensável para os amantes de vinho, climatizador com capacidade para 12 garrafas, iluminação suave e sistema termoelétrico para um resfriamento mais rápido, sem danos de ruídos ou vibrações. O acabamento em aço inox pode ser embutido. Disponível nas versões 110 v e 220 v. Por R$ 990,00 na Spicy. SAC: (11) 3083-4407.

Page 25: Revista Locação ed. 47

Setembro Outubro 2012 ABLA 25

ESCRITA FINAComo marca fi rmemente ancorada na cultura da escrita, a Montblanc rende tributo com estilo a autores consagrados da literatura. A Edição Escritores 2012 é dedicada ao britânico-irlandês Jonathan Swift, criador da obra-prima As Viagens de Gulliver. O corpo da caneta é feito de laca negra decorada com multicamadas de fi os, e a tampa, de resina preciosa negra, tem o formato do popular chapéu de três pontas usado pelos comerciantes de Gulliver no século 18. Destaque para o clipe folheado a platina e a pena de ouro 18 quilates banhada a ródio. Preços: R$ 3 mil (tinteiro), R$ 2.556,80 (roller) e R$ 2.395,00 (esferográfi ca). SAC: (11) 3552.8000.

BONS MOMENTOSOs tradicionais porta-retratos permitem

que revisitemos bons momentos. Mas que tal um modelo digital que mostra não

apenas uma, mas centenas de imagens? Inovadora, a Imaginarium destaca o

porta-retrato Digital TV, que tem o formato retrô de um aparelho de televisão, mas

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PUROUm malte suave e aveludado único de sabores muito bem combinados - nozes, canela picante e uma camada delicada de jerez - com um fi nal longo refi nado e aquecido. Tais características conferem um sabor especial ao uísque The Balvenie DoubleWood, 12 anos, produzido pelo grupo William Grant & Sons na pequena destilaria Balvenie, fundada em 1892. A destilaria planta e malteia a própria cevada, além de ser a única a empregar tanoeiros, que são os responsáveis pelo serviço de conservação e manutenção dos seus barris de carvalho de diversas procedências. Por R$ 190,00. SAC: (11) 2833-3333.

PELÍCULA ASSINADACinegrafi stas amadores vão curtir a fi lmadora A Q200 da Samsung. Ela vem equipada com a inovadora função Switch Grip, que permite ao usuário utilizá-la com qualquer uma das mãos, pois seu sensor G-accelerator detecta rapidamente o movimento e ajusta a fi lmagem para a posição correta. Apresenta as funções Meu Clipe, com a qual é possível marcar cenas durante as gravações e depois curti-las de forma fácil, sem precisar repassar todo o vídeo, e Smart BGM, que permite ouvir música enquanto um vídeo é reproduzido. Acompanha cartão SDHC de 4GB e bolsa para transporte. Por R$ 1.299,00. www.samsung.com.br

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TEST DRIVE

26

FOTO

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OPotência máximapara enfrentarO utilitário esportivo da Renault conquista o mercado nacional e mostra-se muito valente em terrenos acidentados

qualquer desafio

ABLA Setembro Outubro 2012

Page 27: Revista Locação ed. 47

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* Por João Claudio BourgPresidente Executivo da Abla

Por fora, o Duster agrada pela sofistica-ção em cada detalhe. O utilitário demonstra

robustez em seus faróis, grade e parala-

mas musculosos.

Com o slogan “Prepare-se para trilhar novos caminhos no verdadeiro mundo SUV”, a Renault desafia os motoristas a percorrer trechos no asfalto e na terra para mostrar a potência do seu novo utilitário esportivo, o Duster. Em tão pouco tempo, o modelo chegou ao ranking dos mais vendidos no mercado nacional, aliando desempenho, tecnologia e conforto.

O Renault Duster possui design robusto e bom espaço interno. O modelo conta com siste-ma multimídia integrado ao painel com comando de volume na coluna da direção e opções de trações 4X2 ou 4X4. E, por enquanto, está dis-ponível em três configurações: 1.6 16V Hi-Flex

Setembro Outubro 2012 ABLA

com câmbio manual; 2.0 16V Hi-Flex manual e 2.0 16V Hi-Flex com caixa automática.

Por fora, o Duster agrada pela sofisticação em cada detalhe. O utilitário demonstra robustez em seus faróis, grade e paralamas musculosos. E, de acordo com a versão escolhida, o modelo vem com retrovisores cromados, farol de neblina e rodas de liga leve aro 16.

A altura em relação ao solo é de 21 cm, com ângulos de ataque de 30° e de saída de 35°, facilitando a condução em trechos com obstáculos. Em terrenos alagados, o Renault

Duster enfrenta até 400 mm de nível de água. Por isso, está prepa-rado para enfrentar os obstáculos das grandes cidades e das grandes trilhas. Sua motorização com tração e primeira marcha reduzida, facilitando arranques, são as chaves de sua versatilidade e performance. Na versão 4X4, os eixos dianteiros e traseiros facilitam ainda mais as ultrapassagens em terrenos praticamente intransitáveis, como lama e areia.

O utilitário acomoda até cinco pessoas, proporcionando viagens

seguras e confortáveis para toda a família. Para completar, o porta-malas, ponto alto do modelo, tem capacidade para até 475 litros. A distância entre os eixos contribui com a estabilidade do veículo, até nos trechos mais críticos. Notamos um pouco de ruído de vento mesmo com os vidros fechados.

Com o Renault Duster, ficou ainda mais prático estacionar em vagas apertadas. Discre-tos sensores alertam o motorista para a distância do obstáculo até a traseira do veículo. O sistema funciona por meio de dispositivos instalados no parachoque do veículo, sendo ativado automa-ticamente toda vez que a ré é engatada.

Page 28: Revista Locação ed. 47

TURISMO

28

Muito além das praias, a Rota das Emoções é sinônimo de aventura e encantamento pelo nordeste brasileiro. De São Luís (MA) a Fortaleza (CE), os viajantes são convi-dados a contemplar verdadeiros espetáculos naturais que revelam a exuberância da região, reunindo o melhor da culinária e os mais incríveis passeios turísticos.

As primeiras reações de admiração já acontecem na capital maranhense, o ponto de encontro entre as floras amazônica e nordestina. Ao aterrissar no Aeroporto Internacional de SãoLuís, a dica é alugar um veículo 4x4 e curtir praias, como a tranquila Araçagi, o centro histórico, os festivais folclóricos e os corredores de compras, com destaque para o artesanato regional.

De São Luís partem, a todo instante, barcos rumo a Alcântara, uma pacata cidade com centenas de construções do período colonial, declaradas patrimônio histórico nacional. As atrações são as ruínas da Igreja de São Matias e o pelourinho, além de bares e lojas com produtos típicos da região. O Museu Histórico de Alcântara e a Casa de Cultura Aeroespacial são destaques à parte.

Depois de conhecer a capital maranhen-se, é hora de seguir viagem até os grandes Lençóis, transitando pela rodovia MA 135,

ABLA Setembro Outubro 2012

viva a Rota das Emoções

acessando a MA 402 em Rosário, depois a MA 110 em Urbano Santos e, por fim, a MA 225. O destino é a cidade de Barreirinhas. O trecho é tranquilo e dura pouco mais de quatro horas, tempo suficiente para se inspirar em meio a belas paisagens.

Tudo começa em Barreirinhas, porta de entrada para quase todos os municípios que compõem os Lençóis. Para refrescar, na rota

De São Luís a Fortaleza,

Na centro histórico de São Luís, as

atrações são as lojas de artesanato

Page 29: Revista Locação ed. 47

29

para as dunas, há paradas para tomar banho nas lagoas e um passeio de lancha pelo Rio Preguiças rumo à foz no Atlântico, passando pela região dos Pequenos Lençóis. A região garante paisagens paradisíacas, com visitas a pitorescas comunidades ribeirinhas, com as de Vassouras, Mandacaru e Caburé, além de passeios de lancha e carro.

Na Lagoa Azul, com águas de belas cores, os viajantes entram em um lugar raro que convive harmonicamente com dunas de areia fina e branca. Lá é possível fazer um passeio de lancha voadeira em meio a mangues e igarapés, com um pôr do sol de tirar o fôlego. Também com uma lancha, chega-se à simpática Caburé, um vilarejo isolado do mundo com praias dignas de

cartão-postal.Após conhecer as belezas

naturais de Barreirinhas, é hora de pôr o pé na estrada rumo ao Delta do Parnaíba, no Piauí. O motorista percorre a MA 225 e alcança a rodovia MA 034. Em seguida, acessa a PI 214, até o prolongamento da PI 211. Na cidade de Buriti dos Lopes, transita pela PI 343, chegando a um dos poucos deltas do mundo em mar aberto, onde se concentram 73 ilhas fluviais, com formato semelhante ao da palma de uma mão. No local, os passeios de barcos são os mais procurados.

O roteiro avança para o Ceará, com direito a parada nas belas praias de Luís Correia. Mas é em Jericoacoara que os viajantes descobrem o paraíso, onde sol escaldante e ventos intermitentes formam uma combinação perfeita

Setembro Outubro 2012 ABLA

As dunas de areia fina e branca formam belos cenários em meio a lagos cristalinos

Page 30: Revista Locação ed. 47

para os surfistas de plantão. Charmosas ruelas de areia e o mar esverdeado completam as emoções.

Para atingir o destino, é só seguir pela PI 210, acessando a CE 402 nas proximidades de Barroquinha. Nesse trecho, o motorista entenderá por que alugar um veículo com tração é fundamental. As estradas de terra são tortuosas e exigem habilidade ao volante. A dica é aproveitar para fazer paradas durante o trajeto e apreciar cidades como Tutoia.

O ponto final é Fortaleza, quando a vontade de repetir a viagem torna-se irresistível. Conhecida como “terra do Sol”, a capital cearense encanta pela beleza e acolhe pelo clima incomparável. A vegetação típica da caatinga mistura-se com falésias coloridas e, em São Miguel do Gostoso, as dunas fossiliza-das e a importância histórica da região são espetáculos quase indescritíveis.

Na região também é possível passear de barco na Praia de Maracajaú, com águas cristalinas e corais perfeitos para um mergulho

TURISMO

ABLA Setembro Outubro 2012

junto aos cardumes que aparecem nas marés baixas. Na capital, depois de tantos momentos inesquecíveis, é hora de seguir para o Aeroporto Internacional de Fortaleza pela CE 222, acessando a rodovia CE 020 na região de Caucaia. Conheça as locadoras no portal ABLA (www.abla.com.br).

30

A capital cearense

encanta pela beleza natural e acolhe pelo clima tropical

Os passeios de barco em meio aos mangues e igarapés são os preferidos pelos turistas

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out-2012-locadoras.indd 1 24/09/2012 16:54:03

Page 32: Revista Locação ed. 47

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ESTIVEMOS PRESENTES

INTEGRAÇÃO

Os dirigentes de 17 Sindlocs reúnem-se em Brasília para Encontro Nacional

De 20 a 22 de setembro, os presidentes, diretores e profi ssionais dos 17 Sindlocs de todo o Brasil reuniram-se em Brasília, no Edifício CNT, para o 15º Encontro Nacional, promovido pela ABLA com apoio da FENALOC. O evento contemplou palestras voltadas para o setor de locação e ao empreendedorismo.

O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, foi um dos palestrantes. Ele defendeu a ideia de um sindicalismo ativo e moderno e sugeriu que a ABLA e a FENALOC formalizas-sem um termo de cooperação para tratar de assuntos de interesse comum junto ao governo, assim como fazem as entidades

parceiras FBHA, ABIH, FOHB e Resorts Brasil. A FBHA vai oferecer apoio técnico para a assinatura do acordo.

Outros convidados especiais debateram assuntos de interesse do setor, entre eles o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi Torquato, que discorreu sobre a importância do turismo para a economia brasileira; e Vagner José de Andrade, coordenador de arrecadação do SEST/SENAT, que debateu o serviço nacional de transporte.

Além das palestras, os participantes trocaram experiências e discutiram novas propostas e soluções comuns ao setor.

ABLA Setembro Outubro 2012

Eventos

Cerimônia de posse do Conselheiro Nacional da ABLA, Carlos Cesar Rigolino Jr., como membro do Denatran em Brasília/DF. O dirigente foi representado por seu suplente Dr. Adriano Castro

4setPavilhão de Exposições do AnhembiLançamento do macrotema Turismo Receptivo e Capacitação Profi ssional São Paulo/SPEspaço CNC-SESC-SENAC

10setToyota Cerimônia de início da produção da fábricaem Sorocaba/SP

14set

Congresso Auto DataSão Paulo/SP

15outVisita dos diretores ABLA na Avant Premier Salão do AutomóvelSão Paulo/SP

23outLançamento do Toyota Etios Caltabiano Pacaembú São Paulo/SP

28set

HyundaiLançamento do hatch HB20 na Ilha de Comandatuba/BA

15 e 16 set

XVIII Assembleia Geral da Câmara Interamericana de Transportes no Rio de Janeiro/RJ

3, 4 e 5 out

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POSSE

ABLA/FENALOC representadas no Denatran

O setor de locação passou a ter uma atuação ainda mais participativa junto ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Em razão de sua conduta séria e transparente, a entidade tornou-se integrante da Câmara Temática Esforço Legal: infrações, penalidades, crimes de trânsito, policiamento e fi scalização de trânsito.

Quem representa a ABLA/FENALOC nesse grupo é o empresário Carlos Rigolino Jr., membro do Conselho Nacional da entidade e presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos no Estado do Paraná (Sindloc-PR). O suplente é o advogado e assessor jurídico da ABLA, Dr. Adriano Augusto Pereira de Castro.

Cabe ao Contran, entre outras atribuições, estabelecer as diretrizes da Política Nacional de Trânsito. A indicação foi feita em conjunto pela ABLA e pela FENALOC. “O setor de locação ganha mais força com essa proximidade. Com isso, poderemos acompanhar de perto o andamento das principais normas de trânsito, intervindo diretamente nessas questões”, ressalta Rigolino Jr.

O Rio de Janeiro recebeu a XVIII Assembleia da Câmara Interamericana de Transportes (CIT), o fórum de discussões sobre o desenvolvimento do setor de trans-portes no continente americano. Representantes de 19 países membros participaram do evento.

O presidente executivo João Claudio Bourg repre-sentou a ABLA, ao lado do presidente da FENALOC, José Adriano Donzelli. A participação de ambos refl etiu a importância que o setor de locação de veículos con-quistou nos últimos anos no Brasil. “Mas fomos além da discussão dos principais problemas que o setor en-frenta. Foi uma oportunidade de estar diretamente em contato com outras realidades e buscar soluções em prol do mercado automotivo brasileiro.”

Neste ano, o evento contou com a presença de Marcelo Ortega, do Ministério de Coordenação Política e Governos Autônomos Descentralizados do Equador, que preparou uma exposição sobre o modelo de gestão dos transportes terrestres.

INTERNACIONAL

Locação presente na Assembleia da CIT

Setembro Outubro 2012 ABLA

Café da manhã do Sindloc-SP Grand Hyat – São Paulo/SPPalestra com Prof. Antônio Delfi m Netto

19set

Assembleia Geral para aprovação das contas - Hotel Bourbon Ibirapuera Jantar de encerramento e lançamento do livro ABLA Buffet França - São Paulo/SP

24out41ª Feira de Turismo das Américas - ABAVRio de Janeiro/RJ

25out

15º Encontro Nacional dos SindlocsBrasília/DF

20, 21 e 22set

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ARTIGO NICOLE GOULART

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Com o objetivo de compensar a situação de exploração vivida nos idos do século XVIII, na Europa, os trabalhadores perceberam que somente unidos e organizados poderiam vencer as difi culdades. Esse foi o marco para o surgimento dos Sindicatos.

Sensibilizados com a iniciativa, as empresas vislumbraram a necessidade de criar entidades patronais, que pudessem resguardar e defender os interesses de cada categoria econômica, funcionando, ainda, como instrumento de negociação entre a categoria e o governo em demandas impor-tantes como impostos e leis para o setor.

Esse foi o marco para a construção da estrutura sindical. A criação do Sistema Confederativo, delineado em três níveis, com o Sindicato na sua base, a Federação em grau intermediário e a Confederação em grau superior.

O Sindicato, com o objetivo de aumentar ainda mais a sua expressividade, ingressa na Federação condizente à sua atividade econô-mica. A Federação, por conseguinte, deve congregar voluntariamente, no mínimo, cinco Sindicatos representativos de uma determinada categoria, conforme determina o art. 534, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Por fi m, a Confederação deve representar no mínimo três federações distintas.

Em termos políticos, a Federação se forma para concretizar a força representativa de uma determinada corrente sindical de determinada categoria. O mesmo se diga à Confederação, que tem representação nacional.

Nesse sentido, o artigo 511 da CLT defi ne não só associação de interesses profi ssionais, para os trabalhadores, mas também associa-ções de interesses econômicos, para os empregadores, in verbis:

“Art. 511. É lícita a associação para fi ns de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profi ssionais de todos os que, como empregadores, emprega-dos, agentes ou trabalhadores autônomos, ou

profi ssionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profi ssão ou atividade ou profi ssões similares ou conexas”.

É importante destacar que todas essas entidades são originalmente associações e que se tratam de uma das formas de se organizar juridicamente, tendo em comum o fato de buscar em sua forma coletiva apoio em suas atividades, as quais são geralmente do mesmo ramo e região.

De acordo com a ordem hierárquica das entidades de classe patronal, as associações - em sua origem - são iguais aos Sindicatos, diferenciando-se deles somente pelo fato de não possuírem o direito de representação legal para participar das instituições econômicas organizadas pelo Estado e para defender os interesses da classe junto ao mesmo.

Destarte, a associação livre não representa uma categoria econômica, mas apenas associa-dos, ou seja, é uma pessoa jurídica de direito civil, cujas regras atuais são subsidiadas pelos asrt. 53 a 61, do Código Civil. Em contrapartida, a associação sindical representa categoria e possui prerrogativas indicadas no artigo 513 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tais como, representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria, celebrar contratos coleti-vos de trabalho, colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, e impor contribui-ções a todos aqueles que participam das categorias econômicas.

Corroborando com tal entendimento, José Afonso da Silva assevera que “a associação profi ssional não sindical limita-se a fi ns de estudo, defesa e coordenação dos interesses econômicos e profi ssionais de seus associados”.

Nesse mesmo sentido, Amauri Mascaro Nascimento, ao fazer distinção entre associa-ção profi ssional e Sindicato, leciona que a “associação profi ssional não é órgão sindical, não representa a categoria, mas apenas os associados, não tem legitimidade para valida-mente assinar acordos e convenções coletivas

ABLA Setembro Outubro 2012

Associações e entidades sindicais: diferenças e objetivos comuns

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Nicole GoulartAdvogada Trabalhista e Assessora Sindical da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

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de trabalho, pois apenas os Sindicatos é que tem essa faculdade, não elege e nem designa representante para a categoria, uma vez que não é sua função essa representação, mas apenas a dos associados, e mesmo quanto a estes, excluídos os atos que são atribuições da entidade sindical, podem colaborar com o Estado, mas não na qualidade de voz ofi cial da categoria, pois esta é do Sindicato, e não tem poderes para impor contribuição sindical, porque somente o Sindicato os tem”.

Já as Federações são associações sindicais de grau superior, representando grupos idênticos, similares ou correlatos. Elas agrupam os Sindicatos de determinado município ou região a ela fi liados, e representam suas atividades econômicas.

Segundo vasta doutrina, principal objetivo das federações era discutir questões econô-micas nacionais, solucionando problemas que venham a difi cultar o crescimento do setor, debater as questões de caráter político, técnico, econômico e legal de interesse das suas entidades representativas e propor e promover ações para a melhoria do desempe-nho setorial. Ademais, as Federações foram constituídas para fi ns de estudo, coordenação e proteção de suas categorias econômicas, para colaborar com os poderes públicos e demais associações, e defender os interesses políticos da classe, contribuindo para o fortalecimento dos Sindicatos.

Para custear o sistema confederativo, foi criada a única contribuição decorrente exclusi-vamente de lei e com imposição automática anualmente. Trata-se da contribuição sindical, fundamentada no art. 149 da Constituição Federal e nos arts. 578 e 589 da CLT, e tendo as suas porcentagens divididas entre o Ministério do Trabalho (20%), Confederação (5%), Federação (15%) e Sindicato (60%).

Destinada a custear as atividades dos Sindicatos de representação perante autorida-des, órgãos públicos, conselhos e comissões, gastos com convênios, parcerias e obtenção

de outros benefícios em favor da categoria, a contribuição sindical é obrigatória a todos os integrantes da categoria representada pelos Sindicatos, independentemente de fi liação como associado.

Já a criação da contribuição assistencial encontra previsão constitucional e destina-se, principalmente, a custear os gastos com as negociações coletivas ou participação em dissídios coletivos. Por ter essa fi nalidade, também é prevista no próprio instrumento coletivo de trabalho, aprovado pelas entidades patronais e laborais. É impositiva a todos os integrantes da categoria, fi liados ou não, empre-sários com ou sem empregados, conforme preleciona o art. 513, alínea “e”, da CLT.

Por outro lado, segundo o art. 548, “B” da CLT, a contribuição associativa é uma espécie de mensalidade cobrada pelos Sindicatos apenas de associados, prevista no Estatuto da entidade sindical, os quais obtêm benefícios especiais decorrentes da associação (des-contos em serviços, cursos, planos especiais de viagens, estadia em hotéis, entre outros), e só é obrigatória para associados.

Em contrapartida, no caso das associações, a regra é bem simples: não existe qualquer contribuição compulsória em favor das associa-ções, exceto para aqueles que se associaram voluntariamente e de forma expressa.

Desse modo, embora de natureza jurídica distintas, as associações e entidades sindicais coexistem e buscam interesses comuns: atender às necessidades e reivindicações das empresas sob sua representação. Sem nenhum óbice legal, as empresas podem se associar concomitantemente a um Sindicato e associação, eis que aquele detém representa-tividade sindical com prerrogativas decorrentes da representação da categoria, e esta como pessoa jurídica de direito civil, regida pelo Código Civil.

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ARTIGO

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Foi publicada em janeiro de 2012 a Lei 12.587, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Acredita-se que a Lei seja de grande interesse da indústria de locação de veículos, na medida em que estabelece um marco jurídico na formulação de políticas públicas relacionadas a essa nova tendência. E tais diretrizes legais, sem dúvida, impactarão na evolução do setor nas próximas décadas.

A importância da mobilidade urbanaA “mobilidade urbana” consiste em um

conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas, que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do município.

A despeito de a mobilidade urbana ser uma questão tipicamente local, não se pode considerá-la paroquial. São muitos os exemplos contrários. O planejamento para a Copa do Mundo e as Olimpíadas dá ênfase à mobilidade urbana; o principal programa de desenvolvimento conduzido pelo governo federal – o Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC) – possui uma modalidade específi ca chamada “PAC Mobilidade Urbana”; todos os níveis do governo executam ações para introduzir ou aperfeiçoar projetos como metrô, BRT, VLT, monotrilho etc. O tema, defi nitivamente, está em voga.

O interesse das locadoras de veículosSendo parcela expressiva da frota das

MOBILIDADE URBANA

Como as locadoras de automóveis podem colaborar com essa nova tendência

locadoras de veículos constituída por veículos individuais, podem parecer amea-çadoras expressões da Lei 12.587/2012 como “priorização de projetos de transporte público coletivo”. Para locadoras de veículos que seguem modelos de negócios do século 20, talvez a ameaça seja verdadeira. Para as locadoras de veículos com gestão moderna, longe de representar problema, trata-se de uma oportunidade.

Não será possível a indiferença ou evasão às novas regras de mobilidade urbana. A sustentabilidade ambiental, por exemplo, foi inicialmente considerada responsabilidade das montadoras de veículos. No entanto, hoje não são poucas as locadoras que integraram aos seus processos iniciativas em prol da redução do impacto ambiental de suas atividades. Medidas como o rodízio de veículos e pedágios urbanos impactariam ainda mais as atividades das locadoras.

Por outro lado, a expansão do transporte público exige investimentos dos governos, os quais não detêm capacidade fi scal infi nita e sofrem diversas restrições. A locação de veículos pode vir a se tornar componente da solução dos dilemas de capacidade, fl exibilidade e custo – o que afeta as atuais alternativas coletivas de mobilidade urbana.

Como as locadoras podem colaborar?A locação de veículos pode aproveitar o

momento de prestígio das políticas de mobilidade urbana para se estabelecer

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Adriano Augusto Pereira de Castroé advogado especializado na indústria de locação de veículos.

como parte integrante dos demais modos e serviços de transportes urbanos, e não como oposição aos sistemas de transporte coletivo. Os elementos para essa integração já existem e tendem a intensifi car-se nos próximos anos.

A existência de mercado competitivo de locação reduz o sistema de incentivos para a mesma unidade familiar adquirir o segundo ou terceiro veículo ou veículo específi co para viagens. É sabido ser mais barato alugar que comprar. Portanto, a disponibilidade da locação é fator que diminui a demanda pela propriedade individual de automóveis, ao oferecer alternativa viável para atender a essa demanda dos munícipes. Isso reduz o número absoluto de veículos em circulação e aumenta a efi ciência de sua utilização. Esse sistema de incentivos pode ser utilizado como componente para auxiliar na diminuição do volume total de veículos individuais e, consequentemente, dos congestionamentos.

O custo dos investimentos em mobilidade urbana é questão relevante. São onerosos os recursos públicos para a mobilidade urbana, mas as locadoras se constituem com capitais exclusivamente privados. Isso libera valiosos recursos para outras medidas prioritárias de investimentos públicos e minimiza a pressão para aumento da arrecadação tributária, promovendo o desenvolvimento social.

A capilaridade da oferta é outro fator a ser considerado. Se o transporte público não tiver cobertura sufi ciente, o cidadão utilizará

o transporte individual para se locomover. Por outro lado, os investimentos para alcançar o nível máximo de capilaridade são proibitivos. As locadoras de veículos podem auxiliar na cobertura do gap, entre áreas periféricas ou de sombra do sistema de transporte coletivo, se houver o adequado incentivo público a facilitar a intermodalidade. Há iniciativas no mundo inteiro que só se revelaram bem sucedidas com a participa-ção de locadoras de veículos, tais como carpooling (“carona”) e carsharing (locação de veículos por hora), que podem ser adaptadas à realidade brasileira para facilitar essa integração.

ConclusãoAs novas normas sobre a mobilidade

poderão impactar positiva e negativamente a indústria de locação. Entende-se que as crescentes demandas por mobilidade urbana nas grandes cidades exigem um novo olhar sobre as alternativas à propriedade individual dos veículos. Não existe confronto necessário entre os sistemas de transporte individual e coletivo, sendo ambas as alternativas necessárias. As políticas públi-cas de mobilidade podem e devem integrar a atividade de locação em seu planejamento, pois apresenta condições ideais para ser utilizada como apoio na integração modal e operacional dos vários sistemas de transporte.

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Foto: Diego Cervo

A frota revisada é sinônimo de segurança para o cliente e de maior lucratividade para a locadora. As manutenções periódicas proporcionam economia de

até 30% e oferecem maior confiabilidade ao motorista. Para as locadoras, as revisões evitam prejuízos, desde o desgaste prematuro dos pneus até sérios problemas no motor.

O supervisor de assistência técnica da concessionária Fiat Strada, Washington Morais, explica que a política de prevenção e manutenção mecânica da frota interfere diretamente nos lucros da empresa. O carro que não recebe os devidos cuidados está propenso a mais desgastes de peças e demanda mais tempo e dinheiro em oficinas mecânicas.

Recentemente, Morais promoveu palestra com o tema “Como aumentar os lucros via prevenção” na sede do Sindloc-MG. Durante o evento, os empresários aprenderam a manter a frota sempre em condições de tráfego, evitando problemas mecânicos, transtornos aos clientes e despesas extras.

Na opinião do especialista, não existe nada pior do que ter de explicar a um motorista

problemas mecânicos do veículo que ele acabou de alugar e que o deixou na rua. Por isso, ele sugere medidas que devem ser adotadas, como conferir o nível de água nos lavadores dos vidros e no radiador, completando sempre que for necessário. “Também é importante verificar o nível de óleo do motor, procedendo a troca e respeitando os prazos observados no manual do proprietário”, destaca.

Outros cuidados com a frota devem ser observados são: como verificar a pressão de inflação dos pneus, calibrando-os sempre que necessário ou antes de longas viagens; o nível do fluído de direção hidráulica, para melhorar o desempenho de condução do veículo; o funcionamento de lâmpadas; e o estado de conservação do filtro de ar.

“Já com o auxílio de um mecânico, é necessário fazer balanceamento de rodas, alinhamento da direção e troca de velas, periodicamente. No caso de veículos novos, é importante consultar o manual com as orientações da montadora, cumprindo os prazos recomendados para a manutenção preventiva”, completa.

A manutenção preventiva garante maior lucratividadeMedidas simples como troca de óleo e calibragem dos pneus podem ser adotadas pelas locadoras para evitar prejuízos financeiros e transtornos para aos clientes

FROTA

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