76
REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM ANNA VERENA DE BARROS WANDERLEY ENTREVISTA CLÉLIA BRISSAC EXPO ZEBU PUNGANUR AGROBRASÍLIA EXPOZEBU PUNGANUR AGROBRASÍLIA PERSONAGEM ANNA VERENA DE BARROS WANDERLEY ENTREVISTA CLÉLIA BRISSAC AGRISHOW MEGALEITE EXPOCACHAÇA EQUOTERAPIA QUEIJOS ARTESANAIS AGRISHOW MEGALEITE EXPOCACHAÇA EQUOTERAPIA QUEIJOS ARTESANAIS

REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

REVISTA

MERCA

DO

RURA

L - AN

O 8 - N

º 31 - JULH

O 2019

JULHO 2019 - Nº 31

PERSONAGEMANNA VERENA DE BARROS WANDERLEY

ENTREVISTA CLéLIA BRISSAC

EXPOZEBU

PUNGANUR

AGROBRASÍLIA

EXPOZEBU

PUNGANUR

AGROBRASÍLIA

PERSONAGEMANNA VERENA DE BARROS WANDERLEY

ENTREVISTA CLéLIA BRISSAC

AGRISHOW

MEGALEITE

EXPOCACHAÇA

EQUOTERAPIA

QUEIJOS ARTESANAIS

AGRISHOW

MEGALEITE

EXPOCACHAÇA

EQUOTERAPIA

QUEIJOS ARTESANAIS

Page 2: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 3: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 4: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 5: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 6: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

4 JULHO 2019

Revista Mercado Rural

@revistamercadoruralCurta nossa página

ACESSE A EDIÇÃO COMPLETA NO INSTAGRAM, NO SITE OU NO FACEBOOKE DEIXE SUA CRÍTICA OU SUGESTÃO

C@rtas

RedaçãoMarcelo Lamounier Comunicação e Eventos [email protected].: (31) 3063-0208

Diretor GeralMarcelo [email protected]

Diretor ComercialMarcelo [email protected].: (31) 3063-0208 / 99198-4522

Jornalista ResponsávelSabrina BragaMTB 09.941 [email protected]

Direção de ArteIzabel Cristina Alves da Silva

AssinaturasMarcelo Lamounier Comunicação e Eventos

PeriodicidadeTrimestral

Tiragem5.000 exemplares

ImpressãoEGL Editores

RevisãoLuiza Carvalho Lamounier Cardoso

www.revistamercadorural.com.br

A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas em artigos assinados por terceiros.

Melhor Revista do Brasil de todos os seguimentos do campo. Tem muita

qualidade em sua impressão, textos muito bem didáticos e escritos, além de propiciar uma leitura prazerosa sobre os diferentes

temas abordados em suas edições. Meus parabéns ao editor chefe e amigo

Marcelo LamounierClayton Sapata - Salto Grande/SP

A Revista Mercado Rural dispensa comentários.

É simplesmente perfeita e com matérias informativas de alto nível técnico.

A cada edição uma novidade aos amantes de uma boa leitura.

Grande abraço a você e família. Herley Souza Sales - Itapecerica/MG

Sou leitor assíduo da revista Mercado Rural porque além de trazer notícias muito importantes para o homem do

campo, tem uma linha editorial simples e objetiva onde o leitor lê a matéria e

entende com muita facilidade o que leu.Fábio Lopes Ferreira - Belo Horizonte/MG

JULHO DE 2019

EDITORIALCaros amigos, leitores e leitoras. A Revista Mercado Rural chega em sua 31° edição, com muita alegria e gratidão aos nos-

sos colaboradores que nos ajudam sempre a produzir uma revista atrativa, com conteúdos ricos e diversificados para atender às exigências de nossos leitores e anunciantes.

Mais uma vez, apresenta conteúdo diversificado, produzido com profissionalismo e muita dedicação. Nosso projeto editorial é diferenciado e nossas matérias são escritas numa linguagem didática e de fácil entendimento. 

Em nossa matéria de capa, você vai conhecer quem são os investidores que estão fazen-do do Mercado de Origem o empreendimento mais inovador do Brasil. Nossa entrevista foi elaborada com Clélia Brissac, Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bonsma-ra. A personagem é Anna Verena de Barros Wanderley, empresária e criadora de Mangalarga Marchador. Por falar em cavalos, em Como Fazer você vai saber como construir lanchone-te para estes animais. Tem o Biocombustível como alternativa ecológica  para combater a emissão de CO2.

Punganur, o gado de pequeno porte que não passa despercebido. O pequeno notável está em uma de nossas matérias. Glifosato e Botulismo: entenda essa relação. Saiba também sobre a puberdade precoce em bezerras. E tem mais: Concurso Mundial de Queijos na Fran-ça,  AgroBrasília 2019, ExpoZebu 2019, Agrishow 2019, Megaleite, ExpoCachaça, Festival de Gastronomia de Itapecerica  e a Associação de Girolando de volta à Asbia. Dicas de preser-vação da natureza, safrinha recorde de milho, crescimento da exportação de café brasileiro, artigo de Roberto Simões, Ecoterapia e sua regulamentação como método de reabilitação e plantas não convencionais comestíveis você também confere nessa adição. 

Não para por aqui. A palmeira da pupunha se destaca como matéria-prima do palmi-to. Substituições para o consumo de carne, expansão do manejo sustentável de florestas nativas e os cuidados ao contratar um empréstimo estão na Revista Mercado Rural. Minas Gerais tem agora valor referência para o leite e isso você pode conferir aqui. Assuntos muito interessantes temos nas seções bebidas, receita e automóveis. Em turismo, pet e exótica trazemos matérias surpreendentes. Além disso, trazemos Dicas da Agrosid, Mosaico, agenda e claro, nosso Giro Rural. 

Trabalhamos com dedicação e muito entusiasmo para disponibilizar a cada um de vo-cês, amigos leitores, como é de praxe, uma revista agradável de ler, bonita e, sobretudo, de muita credibilidade. Continuaremos empenhados em fazer um veículo de qualidade, com conteúdo diversificado e reportagens atrativas. Como tenho dito, o diferencial da nos-sa revista é, sem dúvidas, a variedade de assuntos abordados em seu conteúdo editorial, envolvendo o agronegócio de forma leve, no entanto, tratando com seriedade assuntos de grande interesse de nossos leitores. Tudo isso aliado a um projeto editorial atrativo e uma revista bonita.

Não perca nenhum assunto. Preparamos tudo com imenso carinho pra você, leitor. E tem muito mais. Espero que gostem. Boa leitura e até a próxima edição. Marcelo Lamounier

Page 7: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

EXPOCACHAÇA 2019

BEBIDAS: Sweet Melina -

FESTIVAL DE GASTRONOMIA de Itapecerica

RECEITA: Linguiça cuiabana

AUTOMÓVEIS: Os menores veículos do mundo

DICAS DA AGROSID: Desafios na criação de potros

TURISMO: Museu do Mangalarga Marchador

SEÇÃO PET: Cães miniaturas

SEÇÃO EXÓTICA: Cisnes, as aves do amor

EVENTO – Últimas do Marchador

EVENTO - Dia de Campo Tabapuã GIS

GIRO RURAL

AGENDA

SAFRINHA recorde de milho

Crescimento da EXPORTAÇÃO DE CAFÉ brasileiro

ROBERTO SIMÕES: Minas não quer perder o trem

EQUOTERAPIA e sua regulamentação comométodo de reabilitação

PANC: Plantas não convencionais comestíveis

Palmeira da PUPUNHA se destaca como matéria-prima do palmito

SUBSTITUIÇÕES para o consumo de carne

MERCADO DE ORIGEM

MEIO AMBIENTE: Expansão do manejo sustentável de florestas nativas

MEGALEITE 2019

Minas Gerais tem agora valor referência para o LEITE

ECONOMIA: cuidados na hora de contratar um empréstimo

ENTREVISTA Clélia BrissacPresidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bonsmara

PERSONAGEM: Anna Verena de Barros Wanderley

COMO FAZER: Lanchonete para cavalos PUNGANUR: o pequeno notável

GLIFOSATO E BOTULISMO

BIOCOMBUSTÍVEL : Alternativa ecológica para combater a emissão de CO2

CONCURSO MUNDIAL de Queijos na França

AGROBRASÍLIA 2019

SEÇÃO NATUREZA: 5 dicas de preservação da natureza

EXPOZEBU 2019

AGRISHOW 2019

Associação de Girolando de volta à ASBIA

6

8

10

1214

16

18

2022

24

26

27

2829

30

32

34

36

44

46

48

50

5254

38

35

56

57

58

60

62

64

68

69

7072

66

Page 8: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

6 JULHO 2019

Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bonsmara

Mercado ruraL: A Bonsmara é uma raça originária da África. Conte sobre um pouco da história do surgimento da raça e sua inserção em território brasileiro. cLéLia Brissac:  A África do Sul teve seu comércio reestabelecido com o resto do mundo com o final do Apartheid em 1994. Em 1997 no Brasil, foi usado sêmen proveniente de embriões importados pela Argentina, num projeto de raças compostas que teve ótimos resultados, a partir daí um grupo de criadores deram início a importação de embriões, o pro-tocolo África do Sul / Brasil só permite importação de embriões.Assim a transferência dos primeiros em-briões ocorreu no ano 1999, e no início do ano 2000 foi nossa primeira visita ao

Clélia de Camargo Pacheco nasceu em São Paulo, capital. Herdou uma fazenda de Café numa época em que a crise apontava preços muito baixos o que a levou a investir na Pe-cuária. Algumas vacas zebuínas existentes na fazenda a impulsionaram. Investiu em touros e aumentou o rebanho aos poucos. O rebanho puro de Bonsmara estava formado em 2000. Conheceu a raça numa viagem com criadores para a África do Sul e viu que a raça seria a melhor opção para o cruzamento industrial a campo. Atualmente é presidente da Associa-ção Brasileira dos Criadores de Bonsmara.

CLÉRIA BRISSAC

país. Ficamos muito impressionados com a consistência do trabalho de seleção feita por eles, onde até hoje seguem o sistema de seleção desenvolvido por Jan Bonsma.

Mercado ruraL: Porque vale a pena criar este gado? Quais as vantagens em relação a outras raças.cLéLia Brissac: Acredito que a maior vantagem seja fornecer touros para um mercado em crescimento de criadores que tem uma pecuária moderna com vistas à produtividade e desempenho. Os touros Bonsmara cobrem à campo, tem excelente fertilidade e promovem hete-rose tanto em vacas zebuínas como nas meio sangue europeu, produzindo be-zerros muito adaptados, com excelente desempenho, que se bem manejados e nutrição adequada, atingem 20 arrobas aos 20 meses. Isso porque os animais Bonsmara só são reconhecidos como Bonsmara se tiverem o RGD (Registro Genealógico Definitivo), e os animais só recebem o documento depois de prova-dos e avaliados geneticamente e visual-mente, garantindo que ele seja um ani-mal melhorador. Seguimos aqui também os mesmos critérios da África do Sul, de-senvolvidos por Jan Bonsma. Os animais também são muito dóceis e mansos, o que facilita o manejo, além disso, produ-zem uma carne de excelente qualidade, macia e saborosa.

Mercado ruraL:  Como é a difusão da raça em nosso país? É bem distribuída entre os estados, ou há maior incidência em algumas regiões? cLéLia Brissac:  Temos animais em

ENTREvISTA

6 JULHO 2019

Page 9: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

REVISTA Mercado ruraL 7

quase todo o Brasil que tem pecuária: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Es-tado de São Paulo. Além de alguns países da America do Sul, como Argentina, Uru-guai, Paraguai, Colômbia.

Mercado ruraL:  A questão merca-dológica é satisfatória? Em sua opinião e contando com sua experiência à frente da associação, o que precisa melhorar?cLéLia Brissac: A raça tem se difun-dido muito, apesar do pouco marketing que fazemos. A procura por touros é grande, nossa produção vem aumen-tando. Estamos atendendo um mercado espalhado por quase todas as regiões de pecuária do Brasil, como falamos acima. Acredito que estamos caminhando num ritmo sustentável, de acordo com a de-manda, e também temos touros em al-gumas centrais de sêmen.

Mercado ruraL:  As demandas ali-mentares, de reprodução e manejo da

raça diferem muito de outras? Quais as peculiaridades ou cuidados que a Bons-mara requer?cLéLia Brissac: A raça, como qualquer outra raça precisa de nutrição adequada para expressar todo o seu potencial gené-tico, mas nada além do que um bom pas-to e sal mineral. Mas é preciso diferenciar o criador que faz cruzamento industrial e usa touros Bonsmara, do que o que produz animais puros. No caso dos animais puros, eles são criados a pasto, são rústicos, mas tem um sistema de pesagens e medições que pode ir até os 18 meses, que requer mais atenção do criador.

Mercado ruraL:  Conte sobre o tra-balho da Associação Brasileira dos Criado-res de Bonsmara: ações atuais, projetos e desafios.cLéLia Brissac:  Temos uma associa-ção em crescimento com foco nas ques-tões técnicas da raça, acreditamos que o melhor marketing é um cliente contente com os resultados.

Além de todas as etapas de avaliação feitas na fazenda, há três anos estamos fazendo aqui no Brasil a prova de Efici-ência Alimentar, feita na África do Sul há muitos anos e que era a etapa que esta-va faltando aqui para termos o programa completo de seleção da raça. Essa prova é muito importante porque vem somar ao conceito da raça que é produzir um animal absolutamente voltado para pro-dutividade e funcionalidade, onde todos os critérios seletivos são com finalidade econômica. Não existe nenhum critério estético, apesar disso o Bonsmara é um animal lindo e bem equilibrado.O maior projeto e desafio é continuar seguindo com rigor o programa de me-lhoramento. O “Sistema Bonsmara de Criação” é dinâmico. Também queremos mostrar para o mercado a importância de comprar animais provados e com o RGN, o produtor verá que a diferença em qui-los a mais nos bezerros vai compensar o custo de um touro provado.

Page 10: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

8 JULHO 2019

O dia em que ganhou a pri-meira égua Mangalarga Marchador de seu pai, Anna Verena não esquece:

31 de julho de 1988. Colina do Quilombo era o nome da égua que não superou as expectativas de Anna ao gerar seus pri-meiros produtos. Mas isso não a desani-mou, o tino para gerir a criação falou mais alto. Foi quando Lucio Wanderley, pai de Anna, separou uns animais para o seu primeiro Leilão Granito. “Então propus a ele fazer uma troca da minha égua em uma potra que ele estava disponibilizan-do para o leilão, pois eu conhecia a ge-nética e a produção da mãe e sabia que toda sua linha era boa de barriga. Assim foi feito. Hoje todo meu plantel descende dessa égua, a Fidalga do Granito”.

A partir daí a paixão de Verena só foi aumentando e também a certeza de que ao terminar os estudos regressaria para a fazenda onde trabalhou por 15 anos. Formada em Administração de Empresa e em Gestão Ambiental, ela é especiali-zada em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria pela UFLA – Universidade Federal de Lavras.

Estamos falando de Anna Verena de Barros Wanderley. Aos 46 anos é proprie-tária da Fazenda Oásis, localizada em Mu-curi, na Bahia. Trabalhou no Haras Granito, da Fazenda Campo Alegre, também situ-ado em Mucuri por 15 anos. Trabalhou também na Fazenda Pé de Serra, em Mon-talvânia, localizada em Minas Gerais, por 8 meses onde trabalhou apenas com bovi-nos para cria. “Lá tinha bons cavalos para lida com gado. Posteriormente, retornei para a Bahia para assumir novamente as outras atividades: manejo e controle de peso do gado, manejo e preparação dos animais para pista, etc. Por motivo parti-cular a minha vida tomou outro rumo e mudei para a cidade de Lavras, em Minas,

Anna verena de Barros Wanderley

a criadora e empresária que é apaixonada por cavalos

PERSONAGEM

onde moro atualmente”.Anna Verena fundou o Haras Qui-

lombo e atualmente é sócia proprietária da empresa TopoBrasil de Geoprocessa-mento e Meio Ambiente onde atua na área de prestação de serviços de topo-grafia e consultoria ambiental.

Criadora de Cavalos da Raça Man-galarga Marchador e Piquira desenvolve também consultoria e elaboração de pro-jetos para regularização de imóveis rurais, regularização ambiental e suporte a pro-jetos de irrigação, drenagem, cafeicultura e construções rurais. Anna Verena conta sempre com o apoio, parceria e orienta-ção do marido Rodrigo Villela Machado.

Verena é mãe de Luanna de Barros Wanderley Gomes, 23 anos; Lara de Bar-ros Wanderley Gomes, 18 anos e Lívia Wanderley Villela Machado 5 anos.

O CAMPO

O campo sempre foi a referência de Anna Verena. “Meu pai, Lúcio Wanderley, é

produtor rural e também criador do cava-lo Mangalarga Marchador e já foi inclusive vice-presidente da ABCCMM. Aos quinze anos de idade fui estudar em Belo Hori-zonte e posteriormente retornei para fa-zenda do meu pai onde ingressei no meu primeiro emprego como Administradora Rural. Trabalhei no segmento da pecuária com gado de corte, cria e recria, e na cria-ção de jumentos Pêga e de cavalos, que

Lívia Wanderley Villela Machado montado no Piquira.

Page 11: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

nar animais com qualidade mor-fológica e andamento sem preju-dicar temperamento de sela”.

Para Verena os ingredientes necessários para se tornar um produtor bem sucedido são co-nhecimento, disciplina, organiza-ção e planejamento. Já os fatores primordiais para o sucesso os ne-gócios são, para ela, capacitação e persistência.

Apesar da crise política e eco-nômica que o Brasil se encontra, estamos sempre investindo em novas tecnologias, com intuito de oferecer aos nossos clientes soluções cada vez mais comple-tas. Está dando certo, graças à parceria com o meu sócio e mari-do, Rodrigo Villela Machado, en-genheiro agrônomo, responsável pela parte técnica da empresa”, enfatiza Anna Verena.

Lucio Flavio e Anna Verena

são minha maior paixão”. Anna Verena é de uma

família de quatro irmãs e como era a mais agitada delas, o pai a levava desde muito pequena para a fa-zenda, fato que colaborou para o apreço à vida no campo.

TRABALhO E SATISFAÇÃO

É na Fazenda Campo Alegre, no Haras Granito, que estão os animais de Anna Verena, sob a super-visão de Lucio Wanderley, seu pai. “É gratificante em um trabalho de seleção, vi-venciar resultado positivo do seu trabalho. Acompa-nhar o desenvolvimento do animal, do nascimento até a fase adulta, ouvir opi-niões de criadores e técnicos em relação ao que pode ser melhorado e fazer com-parações com animais que vem ganhan-do em pistas, e que queremos para nos-so trabalho de seleção, e assim, buscar sempre melhorar.

Apesar dos pontos positivos que ge-rem o trabalho no campo e na criação dos animais, Anna Verena destaca a lo-gística como uma dificuldade. “O Haras Quilombo está a 982km da cidade que resido, onde tenho a minha outra ativi-dade, hoje, principal, que é a Empresa de Topografia”. (TOPO BRASIL).

Mas isso pode mudar logo, pois de acordo com Anna “há alguns anos venho buscando alternativas e fazendo planos para trazer o Haras Quilombo para re-gião de Lavras, em Minas Gerais”. Em relação a TopoBrasil, Anna Verena conta que a empresa investiu esse ano em um novo drone de alta precisão. Um equipa-mento para grandes agricultores, onde poderá assessorar no planejamento de sua produção.

Mas mesmo à distância a criadora e empresária consegue conciliar os traba-lhos. Na criação de cavalos, por exemplo, Anna destaca que o foco está em “selecio-

Fabio Fernandes, Lucio Flavio Segundo de Barros Wanderley e Anna Verena de Barros Wanderley

Anna Verena de Barros Wanderley, Luanna de Barros Wanderley Gomes, Lívia Wanderley Villela Machado e Lara de Barros Wanderley Gomes.

Anna Verena de Barros Wanderley e Rodrigo Villela Machado

REVISTA Mercado ruraL 9

Pingue-pongue Família: ReferênciaViagem: Com boa companhiaComida: NordestinaUm lugar: Haras GranitoUma companhia: Minha famíliaMúsica: SertanejaFilme: O Feitiço de ÁquilaO que te distrai: Pequenas coisasFelicidade: AcordarTristeza: A miséria no mundoCavalos: PaixãoGado: Tabapuã

Page 12: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

10 JULHO 2019

COMO FAzER

Lanchonete para cavalosUma boa ideia

para tratar de vários cava-los ao mesmo

tempo pode ser a constru-ção da lanchonete. Simples e muito funcional, as lancho-netes podem ser construídas em galpões cobertos, com vagas individuais, uma ao lado da outra.

As divisórias para as vagas devem ser reforçadas dando acesso a cochos individuais. Nestes cochos devem ser ofe-

recidos o trato suplementar, duas vezes ao dia, sempre nos mesmos horários. Assim a tropa se acostuma e quando chega o momento, os animais já se aproximam sozinhos da lanchonete. Cavalos gostam de rotina e com o costume, cada um elege sua vaga e passam a comer sempre no mesmo lugar. A grande con-veniência é conseguir tratar de vários animais ao mesmo tempo, com menos esforço e mais comodidade.

COMO FAzERO primeiro passo é a es-

colha do local que deve ser amplo e coberto. Posterior a isso a escolha da madeira é primordial. O mais correto é utilizar madeira tratada e que não tenham quinas, para evi-tar machucar os animais. O eucalipto é uma boa opção.

MEDIDASNuma tropa os animais

variam de tamanho, então padronizar as vagas para atender aos vários tipos é o ideal. Cada vaga deve ter aproximadamente um metro de largura, dois metros de comprimento e os mourões

com altura de 1,30m.A definição da quantida-

de de réguas varia de acordo com os tamanhos dos ani-mais. Geralmente duas réguas são suficientes.

Outra dica importante é deixar correntes ao final das vagas para que sejam presas assim que o animal terminar a refeição. Acontece de uns cavalos terminarem antes de outros e tentarem comer o trato de outro animal.

Os cochos individuais podem ser divididos a par-tir de um cocho maior ou fixados separadamente, em cada vaga, devem ficar bem presos, terem o mesmo ta-manho e cor.

10 JULHO 2019

Page 13: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 14: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

12 JULHO 2019

Até o momento o pequeno zebuíno, que não pas-sa um metro de altu-

ra, não havia se desenvolvido no Brasil. No dia 2 de maio, durante a Expozebu, em Uberaba-MG, foram realizados os primei-ros registros da raça. O mi-nigado foi trazido da Índia na década de 1960.

O procedimento de registro seguiu as regras já estabelecidas e os animais são, neste primeiro mo-mento, identificados como PA, ou seja, puro em avaliação constante em um grupo genético em verifi-cação até a formação de um efetivo considerável.

Na ocasião, o presidente da Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Arnaldo Manuel de Souza Ma-chado Borges, ressaltou sobre a impor-tância da apresentação da raça no Brasil. Estamos falando de um momento muito importante nessa edição da ExpoZebu. O Punganur também é uma raça zebuína e, mesmo que de forma mais tímida, está presente no Brasil. Nada mais justo e im-portante que nós, como a maior entidade das raças zebuínas no país, também tra-balhemos para a preservação dessa raça.

O registro da raça, com objetivo de preservação, foi aprovado durante reu-nião do Conselho Deliberativo Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, e autorizado oficialmente pelo Ministério da Agricultura.

OS PRIMEIROS ANIMAIS REGISTRADOS

O touro punganur denominado Gigante, do proprietário Carlos Lerner Gonçalves, da Fazenda Aratú, no estado do Pará, foi o primeiro animal que rece-beu o registro.

PUNGANURO pequeno notável é apresentado na Expozebu 2019

A primeira fêmea registrada foi a Josa-phian, do proprietário Arlindo José Almei-da Drummond, criador da raça há 40 anos.

Após esse primeiro registro, os pro-prietários, orientados pela ABCZ, seguirão caminhos para que se possa fazer uma observação da raça. Thinoco Francisco

Sobrinho, jurado e técnico da ABCZ há mais de 40 anos relembra que já partici-pou de pelo menos três raças zebuínas no Brasil: nelore mocho, tabapuã e gir mocho. O conselho técnico da ABCZ vai analisar, fazer um regulamento e

definir o padrão da raça, como pelagem, tamanho e características principais. Mas está tudo no início e até o fechamento do livro é possível que demore cerca de 15 anos. Mas o importante é que demos este pontapé.

MAIS SOBRE O PUNGANUR

O animal chegou ao Brasil durante a última importação legal da Índia, na década de 60 e ficou espalhado pelo país. Chegou aqui apenas como um ani-

mal que despertava curiosidade por ser pequeno em meio aos outros grandes como sindi, guzerá e nelore.

O pouco que se sabe a respeito da raça é que o gene que o torna pequeno é dominante e isso implica que, em caso de cruzamento com animais maiores o bezerro será um minigado.

Foto: Fábio Santos/Canal Rural

Page 15: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 16: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

14 JULHO 2019

O botulismo é uma doença que pode surgir como uma grave intoxicação ali-mentar, de origem bacteriana. Os surtos de botulismo no Brasil ocorrem, na maio-ria dos casos, em bovinos, muito embora também possam ser diagnosticados em ovinos, caprinos, equinos, aves e outros animais domésticos. É uma das principais causas de mortalidade de bovinos adul-tos no país, causando perdas econômicas significativas para a indústria pecuária nacional. Por outro lado, representa um elevado risco para a saúde de todos os seres vivos, inclusive humanos que se alimentem de carne, ovos ou lacticínios provenientes de animais infectados.

A bactéria responsável por estes sur-tos, a Clostridium botulinum, produz uma potente neurotoxina botulínica e é frequentemente encontrada na água e em matéria orgânica em decomposição. A intoxicação dos animais deve-se fre-quentemente à ingestão de suplementos alimentares inadequados, como fenos, grãos ou outras silagens de má qualidade, ou pela incorporação de resíduos prove-nientes de camas de frango que podem conter restos de carcaças infectadas. Po-derá ocorrer igualmente em pastagens ao ar livre e nas próprias fontes alimentares.

Após a ingestão e digestão destes alimentos, os nutrientes e as toxinas são absorvidos na mucosa intestinal e rapida-mente transportados pela corrente san-guínea para todo o corpo. Ao atingirem o sistema nervoso, as toxinas irão atuar sobre as células nervosas que operam os músculos. O resultado é a paralisia muscu-lar progressiva, a qual impossibilita que o animal fique de pé, deixando-o em posi-ção reclinada ou completamente prostra-do. Também atuará ao nível dos músculos responsáveis pela mastigação e pela de-glutição, dando origem ao emagrecimen-to e fraqueza generalizada, já que o animal deixa de ter uma alimentação adequada. Em casos mais graves, pode causar a mor-te por insuficiência respiratória ao atuar sobre os músculos que controlam a res-piração. Por vezes, o comportamento do animal altera-se, demonstrando um eleva-do grau de agressividade.

Uma flora intestinal equilibrada, com uma comunidade bacteriana intestinal benéfica desempenha um papel crítico no controle do botulismo pois é responsável pela prevenção de doenças produzidas por agentes patogênicos. Pequenos distúrbios no trato intestinal podem facilmente causar um desequilíbrio da flora bacteriana, que

se traduz numa diminuição do número de bactérias benéficas, na consequente redu-ção da capacidade de absorver nutrientes e também numa menor produção de subs-tâncias com poder imunológico.

Existem vários fatores nas práticas agrícolas que podem influenciar a com-posição da flora gastrointestinal dos ani-mais presentes em ambientes rurais. A presença do glifosato e outros pesticidas nas fontes alimentares podem contribuir para o aumento dos surtos de botulismo. Este herbicida, abundantemente utiliza-do no Brasil, é conhecido por alterar a co-munidade de bactérias intestinais benéfi-cas, promovendo o aumento do número de bactérias capazes de causar doenças.

A bactéria Enterococcus spp., presen-te no aparelho digestivo, é conhecida por agir como antagonista a C. botulinum. Um estudo realizado em bovinos de-monstrou o efeito inibitório do glifosato em Enterococcus spp.. Desta forma o gli-fosato contribui para potencializar indire-tamente a ação das bactérias produtoras da neurotoxina botulínica.

Responsáveis pela informação: Mar-cela Gomes, Susana Loureiro e Fernando Correia/ Departamento de Biologia, Uni-versidade de Aveiro, Portugal.

Glifosato, um potenciador dos surtos de botulismo

14 JULHO 2019

Page 17: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 18: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

16 JULHO 2019

Os chamados biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia, de acordo com definição da ANP – Agência Nacional do Petróleo.

Os dois principais biocombustíveis lí-quidos usados no Brasil são o etanol obti-do a partir de cana-de-açúcar e, em esca-la crescente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petró-leo em proporções variáveis.

Segundo dados da ANP, cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis con-sumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia vêm de fontes energéticas não renováveis. Pionei-ro mundial no uso de biocombustíveis, o Brasil alcançou uma posição almejada por muitos países que buscam desenvol-ver fontes renováveis de energia como alternativas estratégicas ao petróleo.

Atualmente, o Brasil possui uma pro-dução de etanol que supera os 21,5 mi-lhões de barris por ano, o que equivale a um montante de aproximadamente 3,52 bilhões de litros. As perspectivas, segun-do a Agência Internacional de Energia, é que essa produção aumente cerca de 200% até o ano de 2050, o que tornaria o Brasil uma referência internacional em biocombustíveis.

Apesar de serem adotados, principal-mente, para resolver questões de caráter econômico, os biocombustíveis também são considerados importantes alternati-

alternativas ecológicas para combater a emissão de co2

vas ecológicas para combater a emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa, principalmente o CO2. No caso do etanol, por exemplo, as estimativas apontam que todo o Dióxido de Carbono produzi-do em sua queima é absorvido durante a produção de suas matérias-primas, o que contribuiria para a redução dos efeitos negativos dessa substância na atmosfera.

vANTAGENS DOS BIOCOMBUSTÍvEIS

Várias são as vantagens dos biocom-bustíveis. O menor índice de poluição com a sua queima e processamento é uma dessas vantagens. Além disso, po-dem ser cultivados e, portanto, são reno-váveis; geram empregos em sua cadeia produtiva; diminuem a dependência em relação aos combustíveis fósseis; além de

BiocoMBustíveis

16 JULHO 2019

aumentarem os índices de exportações do país, favorecendo a balança comercial.

Mas, por outro lado, entre as desvan-tagens dos biocombustíveis, está a ne-cessidade de amplas áreas agricultáveis, podendo intensificar o desmatamento pela expansão da fronteira agrícola; pres-são sobre o preço dos alimentos, que podem ter sua produção diminuída para dar lugar à produção de biomassa; entre outros fatores.

De toda forma, a produção de bio-combustíveis acontece de maneira mais favorável em países que possuem uma larga extensão territorial e grandes espa-ços produtivos, capazes de produzirem uma grande quantidade de matérias-primas para serem processadas e con-vertidas em óleos e combustíveis. Esse cenário favorece, especialmente, o Brasil e os Estados Unidos, líderes mundiais na produção e consumo dessa importante fonte de energia.

Page 19: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 20: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

18 JULHO 2019

Entre os dias 2 e 4 de junho aconteceu na cidade de Tours, na França, o 4º concurso “Mondial du Fromage et des Produits Lai-tiers” com a participação de 952 inscritos de 15 diferentes países.

Realizado de dois em dois anos, o Mondial Du Fromage ava-lia a qualidade dos queijos e pode oferecer várias medalhas uma vez que a colocação é determinada pela qualidade do queijo em si. O Brasil foi premiado com 56 medalhas e o estado de Minas Gerais faturou nada mais nada menos que 50 medalhas.

Os queijos do estado faturaram três Superouros, cinco Ouros, 20 Pratas e 22 Bronzes. As 56 medalhas conquistadas mostram que o país está conquistando espaço na disputa. Em 2015, o Brasil conquistou apenas uma medalha, de prata. Em 2017, foram 12 medalhas, sendo uma superouro, um ouro, sete pratas e três bronzes.

50 medalhas para os queijos mineiros em concurso mundial na França

vencedores 2019

Entre as regiões produtoras premia-das em Minas Gerais, destaque para a Serra da Canastra, que acumulou 24 das 56 medalhas brasileiras no concurso. Três delas foram super ouro: Vale da Gurita - Queijo Minas Artesanal da Serra da Ca-nastra; Santuário do Mergulhão - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra (curado); Queijo do Ivair - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra.

Levaram medalhas de ouro os queijos mineiros: Mineirinho - Queijo Minas Arte-sanal de Araxá; Rancho 4R - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra (180 dias); Fazenda Bela Vista - Queijo Artesanal de Alagoa (60 dias); Queijos Cruzília - Cruzília 300 e Rancho das Vertentes - Névoa Tron-co de Pirâmide.

As medalhas de prata ficaram com Sertanejo - Queijo Minas Artesanal do Serro; Maria Nunes - Queijo Minas Arte-sanal do Serro; Turvo Grande - Queijo Mi-nas Artesanal do Serro; Santana - Queijo Minas Artesanal do Serro; Dona Iaiá - Queijo Minas Artesanal do Serro; Zé Má-rio - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Santuário do Mergulhão (extra-curado) - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Roça da Cidade (canastra

real) - Queijo Mi-nas Artesanal da Serra da Canas-tra; Vale Encan-tado - Queijo Minas Artesa-nal da Serra da Canastra; Capão Grande - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Pingo de Amor (meia cura) - Quei-jo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Pingo de Amor (curado) - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Pingo de Amor (22 dias) - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Queijo Craveiro; Rudá - Débora Pereira; Fazenda Bela Vis-ta (45 dias) - Queijo Artesanal de Alagoa; Fazenda Bela Vista - Queijo Artesanal de Alagoa (120 dias); Queijos Cruzília – Re-queijão; Queijo d’Alagoa - Queijo Artesa-nal de Alagoa (pequeno); Serra dos Ara-chás - Queijo Minas Artesanal de Araxá.

Os queijos vencedores mineiros das medalhas de bronze são Curupira - Queijo Minas Artesanal do Serro; Paixão - Queijo Minas Artesanal do Serro; Rio das Pedras - Queijo Minas Artesanal do Serro; Qui-lombo - Queijo Minas Artesanal do Serro; Queijo do Serjão - Queijo Minas Artesanal

da Serra da Canastra; Valtinho - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Tradição da Canastra

- Queijo Minas Arte-sanal da Serra da Ca-

nastra; Rancho 4R (60 dias) - Queijo Minas Arte-

sanal da Serra da Canastra; Queijo do Ivair - Queijo Minas Artesanal da Serra da

Canastra; Queijo do Dinho - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Queijo do Miguel - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Porto Canastra - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Queijo do Cláudio - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Beira da Serra - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Queijo da Santa - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Capim Canastra - Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra; Coopera-tiva do Serro - Queijo Minas Artesanal do Serro; Hélder Falcão Aragão - Queijo Fal-cão (massa crua); Queijos Cruzília – Daga-no; Queijaria Datas - Fazenda Vitória (Ser-ro); Queijaria Datas - Queijo Datas Guzerá; Bicas da Serra - Queijo Minas Artesanal do Campo das Vertentes (Império).

Page 21: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

REVISTA Mercado ruraL 19

o Senado aprovou, no dia 25 de junho, projeto de lei (PL) que estabelece novas regras para pro-

dução e venda de queijos artesanais. Com isso, os produtores de queijo ar-tesanal terão menos burocracia para vender seu produto em todo o país. O texto aprovado segue para sanção do presidente da República.

De acordo com o projeto, é consi-derado artesanal o queijo elaborado a partir de métodos tradicionais e com leite da própria fazenda. Os queijos elaborados em indústrias não são con-siderados artesanais, ainda que seja au-torizado o uso da palavra “artesanal” ou “tradicional” no rótulo das embalagens.

Segundo dados da Agência Brasil, a lei aprovada pelos senadores, que já havia passado pela Câmara, permite a

Queijos artesanaissenado aprova projeto para produção e venda no Brasil

produção de queijo com leite cru, sem passar por processo de pasteurização ou esterilização. No entan-to, para comercializar a pro-dução, a queijaria precisará ser certificada como livre de tuberculose e brucelose.

Além disso, os produtores precisa-rão participar de programa de controle de mastite animal, implantar programa de boas práticas agropecuárias, contro-lar a qualidade da água usada na orde-nha e rastrear os produtos.

À Agência Brasil, o senador Lasier Martins (Podemos-RS), disse que a nova legislação vai impedir o descarte de lei-te próprio para o consumo, aprovado por autoridades sanitárias, mas sem a

autorização do Serviço de Inspeção Fe-deral (SIF).

Já Kátia Abreu (PDT-TO) criticou o fato de queijos artesanais produzidos na França terem comercialização nacional enquanto os produtos brasileiros não têm a mesma facilidade. “A gente podia comer queijos artesanais da França e não podia comer um queijo artesanal do Brasil. Esse projeto é uma extraordinária correção de rumos. Temos queijos aqui que são melhores que os franceses.”

Page 22: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

20 JULHO 2019

Um bilhão e 200 milhões de reais. Este foi o resultado dos negócios realizados durante a AgroBrasília 2019

– Feira Internacional dos Cerrados, encer-rada no sábado, 18 de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado no PAD-DF. Esse resultado é cerca de 10% superior ao registrado em 2018, quando os negócios somaram R$ 1,1 bilhão. A Feira registrou também um recorde de público, com 121 mil visitantes, ante 115 mil na edição anterior. Participaram 480 expositores.

“Estes números mostram que a AgroBrasília cumpre seu objetivo de fo-mentar os negócios entre os produtores rurais e as empresas que apresentam máquinas, equipamentos, insumos e no-vas tecnologias em geral de suporte às atividades do agronegócio. Mais do que isso, evidencia que a Feira se consolidou como uma das mais importantes do Bra-sil e uma das maiores do mundo em tec-nologia para a agricultura tropical”, relata José Guilherme Brenner, presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), entidade re-alizadora da AgroBrasília.

A extensa lista de expositores des-ta edição apresentou de colhedoras de café a pulverizadores e equipamentos para adubação, tratores, veículos utilitá-rios, sementes e produtos para o manejo de ervas daninhas, entre muitos outros. Na agricultura familiar, a Emater instalou 11 circuitos tecnológicos apresentando aos produtores rurais novas tecnologias no cultivo de flores, frutas, olerícolas e também na piscicultura e bovinocultura, entre outros.

Durante o evento, Embrapa e Emater apresentaram os resultados de pesquisas, incluindo aquelas sobre novas cultivares.

NOvAS IDEIAS O presidente do Comitê Gestor da Fei-

ra, Ronaldo Triacca, ressaltou a aprovação da Feira por produtores de todo o Brasil que estiveram no evento. Ressaltou tam-bém o caráter do evento também como espaço para o intercâmbio de experiên-cias e de debates de novas ideias, o que pode ser comprovado pela extensa e di-versificada lista de palestras com vários temas, realizadas por instituições como

AGROBRASÍLIA 2019crescimento de 10% e movimentação de r$ 1,2 bilhões

Sebrae, Emater-DF, Embrapa, Senar, UnB, Crea e Adasa, além daquelas promovidas pela própria Feira.

Nesta edição estiveram em pauta o uso racional da água e o descarte corre-to de resíduos, o mapeamento de bacias irrigadas na bacia do Rio Preto, economia agrícola, espécies nativas e seu uso econô-mico, maior produtividade na pecuária, o cultivo de vinhas e o potencial das flores-tas plantadas na região do DF, entre outras.

A feira recebeu novamente comitivas de estrangeiros, a exemplo de embaixa-dores de países africanos aos quais serão destinados cursos de capacitação em as-sistência técnica e extensão rural promo-vidos por meio de parceria, firmada duran-te a feira, entre a Emater-DF e a empresa Campo Companhia de Promoção Agríco-la. A Coreia do Sul também esteve presen-te e seu embaixador Doo Won Choi disse que “participar da AgroBrasília é oportuni-dade para aprender um pouco mais sobre o agronegócio, tendo em vista que o Brasil é uma referência mundial no setor”. E no Pavilhão de Negócios, empresa canadense apresentou uma linha de produtos à base de vírus para o controle de todo o comple-xo de lagartas.

20 JULHO 2019

Page 23: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 24: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

22 JULHO 2019

ECONOMIzAR ENERGIA ELÉTRICA

Quando há eco-nomia de energia, há também redução da quantidade de água

utilizada na demanda de produção de ener-

gia elétrica. Para poupar energia, um dos cami-

nhos é evitar usar eletrodo-mésticos por longos períodos e aproveitar a luz do sol.

ECONOMIzAR áGUA

Para economizar água existem várias maneiras e você pode começar em casa: instalado chuveiros e descar-gas econômicas, economi-zando tempo no banho, acu-mulando roupas e louças para lavar de uma só vez.

Preserve a natureza com cinco dicas fáceisEm 1972 a ONU – Organização das Nações

Unidas, estipulou o dia 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente. Na data, em vários

lugares do Globo Terrestre pessoas e instituições trabalham ações que visam conscientizar a

sociedade não somente sobre a preservação dos ecossistemas, mas também sobre os desafios

globais que muitos países enfrentam, tais como driblar a fome, seca, desmatamento, entre outros.

Desde 1981, a Semana Nacional do Meio Ambiente no Brasil, criada no governo do

presidente João Batista Figueiredo, pretende conscientizar os brasileiros sobre a preservação do

nosso patrimônio natural.

Algumas dicas consideradas bastante simples pode colaborar e muito para a preservação do nosso habitat.

PLANTAR áRvORES

Todos sabemos que a ve-getação diminui o índice de gases tóxicos na atmosfera quando realizam a fotossín-tese. Plantar árvores nativas para a recuperação da nossa cobertura vegetal contribui para a manutenção da nossa biodiversidade, além de me-lhorar a qualidade do ar.

USE MENOS O CARRO

Os veículos à gasolina são responsáveis por produzir 71,6 milhões de toneladas de CO2 no Brasil, segundo pesquisa da Ecofrotas. Evite usar carro em situações desnecessárias. Andar a pé ou optar pela bici-cleta são alternativas que não emitem gases tóxicos, além de fazer bem à saúde.

RECICLAGEM

Separar resíduos como o papel, plástico, metal, vidro e lixo orgânico é um grande passo e facilita o trabalho das empresas de coleta seletiva. Esta prática evita a degradação do solo e o número de dejetos que será despejado nos ater-ros vai ser menor, pois terão a usina de compostagem como destino certo.

SEÇÃO NATUREzA

Page 25: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 26: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

24 JULHO 2019

A previsão era de atrair cerca de 280 mil pessoas ao Parque Fernando Costa e Fazenda Experimental da ABCZ- Orestes Prata Tibery Júnior, em Uberaba – MG. O índice foi superado! Ao longo da ExpoZe-bu 2019, que aconteceu do dia 27 de abril ao dia cinco de maio, 291.456 visitantes passaram pela Exposição. Um crescimen-to de mais de 20% na comparação com a edição passada.

Destaque também para a participa-ção de visitantes internacionais, que mais uma vez foi recorde, com 17% a mais do que em 2018. Foram 603 estrangeiros in-teressados na genética do Zebu brasilei-ro, de 37 países, recepcionados no Salão Internacional da ExpoZebu.

Outro grande destaque da feira fica com a quantidade de animais partici-pantes. Entre zebuínos para julgamentos, controle leiteiro e exposição, foram 1.817 exemplares. Somados também animais em leilões, shoppings, equinos e muares, a ExpoZebu 2019 reuniu 4.094 animais. Números que também representam um crescimento na comparação com o ano anterior e comprovam a força do evento.

A movimentação financeira com os leilões também cresceu. Em 28 remates

EXPOzEBU 2019100 anos comemorados com grande público e alta movimentação financeira

realizados nesta edi-ção, o faturamento total de cerca de R$49 milhões. Neste valor ainda faltou a soma dos resultados de oito shoppings de animais que ain-da não divulgaram o balanço.

“Tudo que foi programado foi bem cumprido! A ExpoZebu 2019, além de, mais uma vez, realizar seu caráter téc-nico, foi uma grande confraternização internacional, nacional e municipal. Agra-deço a todos os associados, parceiros co-merciais, prestadores de serviço e, claro, a todos colaboradores da ABCZ, por essa grande dedicação. Agradeço também a população de Uberaba e a todos os vi-sitantes nacionais e internacionais que prestigiaram nossa feira. Comemoramos nosso primeiro centenário e, sem dúvida nenhuma, começamos a escrever os pró-ximos cem anos com uma feira histórica” destaca o presidente da entidade, Arnal-do Manuel Machado Borges.

MAIS ATRAÇõESA Expozebu 2019 contou ainda com

a Feira de Gastronomia; Museu do Zebu; Concurso Leiteiro; ABCZ EquiShow; Dias

de Campo; Ficebu; ABCZ Jovem; Entrete-nimento com cinco grandes shows na-cionais que agitaram a temporada 2019: Marília Mendonça, Ferrugem, Gustavo Lima, Diego e Victor Hugo e Gustavo Mio-to; Zebu 100 Fronteiras.

RECORDE MUNDIAL E SOLIDARIEDADE

Encerrando a programação desta edi-ção, o ‘Zebu para Todos’ colocou a Expo-Zebu 2019 no livro mundial dos recordes, o Guinness Book. Com um total de 4.778 quilos de Zebuiada, o recorde de maior quantidade de carne preparada de uma única vez em uma mesma panela agora é da ABCZ. Ao todo, 40 pessoas trabalha-ram por mais de oito horas para concluir a receita, que levou acém e coxão duro de Zebu.

Mais que um recorde, o evento tam-bém representou a maior ação social realizada durante da feira. É que metade da Zebuiada foi doada para mais de 30 instituições de Uberaba. Além disso, o va-lor adquirido com a venda dos ingressos para o público em geral foi destinado ao grupo de Combate ao Câncer (Vencer) e à Organização dos Amigos Solidários à Infância e à Saúde (Oasis), ambos de Ube-raba, além do Hospital de Amor, de Barre-tos (SP). Cerca de 10 mil ingressos foram vendidos.

Foto: Maria Gabryella Ribeiro

24 JULHO 2019

Page 27: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 28: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

26 JULHO 2019

Completando 25 anos de sucesso, a Agrishow 2019 - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, aconteceu do dia 29 de abril a 3 de maio, em Ribei-rão Preto – SP. A Feira registrou uma alta na realização de negócios entre exposito-res e compradores de cerca de 6,4% em relação ao ano passado, o que representa um volume de R$ 2,9 bilhões.

Por segmento, a intenção de com-pra de máquinas é: grãos, frutas e café (+5%), pecuária (+4%), irrigação (+35%) e armazenagem (-13%). Em termos de visitação, a Agrishow 2019 recebeu um total de 159 mil pessoas, em sua maio-ria, compradores e produtores rurais de pequeno, médio e grande porte, pro-venientes de todas as regiões do País e também do exterior.

Para João Carlos Marchesan, presi-dente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Má-quinas e Equipamentos (ABIMAQ), essa foi a melhor Agrishow dos últimos dez anos. “Tivemos a presença do presidente da República, do governador e de vários ministros de Estado. Com a Agricultura 4.0, vivemos uma verdadeira revolução, através da robótica, inteligência artificial, internet das coisas que, embarcadas nas

AGRIShOW 2019negócios crescem 6,4% e alcançam r$ 2,9 Bilhões

máquinas e implementos, estão mudan-do significativamente o cotidiano do agronegócio e a produtividade no cam-po”, disse Marchesan.

“Em seu Jubileu de Prata, a Agrishow 2019 fortaleceu, ainda mais, sua reputa-ção de importante feira do agronegócio em nível mundial. Neste ano, esteve em destaque a conectividade e a tecnologia como aliadas para aumentar a produtivi-

dade e eficiência no campo e a incorpo-ração de importantes segmentos da ca-deia produtiva, como a área de insumos”, afirma Francisco Matturro, presidente da Agrishow.

A 20ª Rodada Internacional de Negó-cios reuniu 15 compradores, procedentes da Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, Etiópia, México, Nigéria e Peru, com 52 empresas brasileiras, em uma ação de promoção comercial que resultou em mais de US$ 32.926 milhões, entre negó-cios fechados e futuros para os próximos 12 meses. Esse valor representa alta de 60% em relação à mesma ação realizada na Agrishow 2018. Denominada Projeto Comprador, a Rodada Internacional de Negócios foi organizada pelo Programa Brazil Machinery Solutions, uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a ABIMAQ.

A próxima edição da Agrishow será promovida de 27 de abril a 1 de maio de 2020.

26 JULHO 2019

Page 29: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

REVISTA Mercado ruraL 27

A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando vai integrar novamente o quadro de associados da Associação Bra-sileira de Inseminação Artificial - Asbia. A parceria foi firmada durante reunião ocor-rida na Megaleite 2019. Atualmente, o Gi-rolando é a raça leiteira nacional que mais comercializa sêmen bovino no País, atin-gindo 526.755 doses vendidas em 2017, segundo o Index da Asbia.

Para o vice-presidente da Girolando, Odilon de Rezende Barbosa Filho, a entida-de retoma ao quadro de associados da As-bia para unir forças em defesa do setor. “Há uma grande demanda pela genética da raça não só no Brasil como no exterior e, com o apoio da Asbia, que fornece a cada trimes-tre aos associados informações estratégicas de mercado, poderemos traçar ações espe-cíficas para a expansão do Girolando em cada uma das regiões pesquisadas”. Com a entrada da Girolando, a Asbia passa a repre-

ASBIA conta novamente com Associação de Girolando em seu quadro

sentar 96% do mercado de genética bovina. O presidente da Asbia, Sergio Saud,

destaca que essa união de esforços entre as entidades do setor é essencial no tra-balho de fomento e defesa da pecuária nacional. “É muito importante que as enti-dades e empresas que atuam direta ou in-diretamente com melhoramento genético, com inseminação artificial e com a pecu-ária mais tecnificada estejam próximas da Asbia, para que tenhamos maior represen-tatividade junto aos governos e aos órgãos do setor. E a Girolando é uma entidade de grande representatividade, que conta com mais de 3 mil criadores associados, forte atuação no mercado externo e que tem feito um importante trabalho de melhora-mento genético da raça”.

Ainda de acordo com Sergio Saud, o mercado de genética segue aquecido, fe-chando o primeiro trimestre de 2019 com

elevação de 8,3% nas vendas de sêmen das raças leiteiras em comparação ao mes-mo período do ano anterior. “Felizmente, este ano não tivemos problemas graves, como a greve dos caminhoneiros no pri-meiro semestre de 2018 que afetou as ven-das. Esperamos manter o crescimento nos próximos meses”.

No caso da raça Girolando, além de ser a maior vendedora de sêmen nacional é também responsável por 80% do leite pro-duzido no Brasil. A associação conta em seu banco de dados com quase dois milhões de animais registrados. “O Girolando foi a pri-meira raça leiteira do Brasil a incluir a genô-mica em seu programa de melhoramento. Estamos investindo fortemente na melhoria genética da raça para viabilizar a pecuária leiteira para os produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes”, finaliza o vi-ce-presidente da Girolando.

Page 30: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

28 JULHO 2019

caso a projeção se confirme, a produção final atingirá 96,8 mi-lhões de toneladas, a segunda

maior safra de milho da história, 19,9% su-perior ao volume do ano passado que foi de 80,7 milhões de toneladas. Além disso, as exportações também seriam estimuladas. A INTL FCStone espera que, em 2018/19, os embarques totalizem 32 milhões de to-neladas, avanço de 29,2% em comparação com as 24,8 milhões de toneladas de milho exportadas no ciclo anterior.

Desde o início do ano, o cenário externo de aumento da aversão ao ris-co, somado ao contexto político e eco-nômico doméstico ainda incerto, tem suportado o par dólar/real. “Além da ampla oferta, as exportações brasileiras de milho devem ser beneficiadas pela

exportações de milho devem avançar 30% com safrinha recorde

A safrinha de milho deve registrar recuperação em 2018/19, para 68,5 milhões de toneladas, de acordo com a projeção de maio da consultoria INTL FCStone, após quebra no último ciclo. Uma expansão de 27% em relação à 2017/18, o que configura nível recorde.

desvalorização do real em relação ao dó-lar”, avalia o analista de mercado da INTL FCStone, Lucas Pereira.

A dinâmica cambial faz com que o milho brasileiro se torne mais competiti-vo no mercado internacional, sobretudo em relação ao produto norte-americano. Ademais, a produção volumosa irá abas-tecer também o consumo interno de milho. A INTL FCStone estima a demanda doméstica pelo cereal na temporada em 62 milhões de toneladas, 3,5% superior ao observado em 2017/18. “O preço do mi-lho para embarque em agosto desse ano já é mais barato no porto de Paranaguá do que em Nova Orleans, nos EUA, em contraposição ao o que é normalmente observado”, explica o analista Pereira.

28 JULHO 2019

Page 31: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

O Brasil bateu novo recorde men-sal em volume na exportação de café. Em maio deste ano o

país exportou 3,5 milhões de sacas, con-siderando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, de acordo com o Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. A receita cambial estimada é de US$ 416,2 milhões. O volume exportado repre-sentou um crescimento de 103,5% em rela-ção ao mês de maio de 2018.

O café arábica correspondeu a 80% do volume total das exportações o que equivale a 2,8 milhões de sacas. Já o café conilon atingiu 10,7%, com o embarque de 376 mil sacas, e o solúvel representou 9,3% das exportações, com 326 mil sacas exportadas.

Comparando-se as exportações das variedades de maio de 2019 com maio do ano passado, os embarques de café coni-lon cresceram 707,1%; os de café arábica tiveram aumento de 95,5% e os de solúvel registraram crescimento de 35,2%.

Para o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, a performance das exporta-ções do café brasileiro segue muito posi-tiva, apresentando ótimos resultados para o mês, para o ano e também no ano-safra, que se encerrou em junho. “Estamos ba-tendo recordes históricos nas exportações

Foto: Sérgio Coelho/Arquivo Pessoal

EXPORTAÇÃO DE CAFÉcresimento e novo recorde

de café brasileiro, atendendo à deman-da dos nossos importadores com muita eficiência, qualidade e sustentabilidade. Nesse sentido, o crescimento também nas exportações para os principais destinos e nos embarques de cafés diferenciados reforçam ainda mais o crescimento do market share do Brasil e o desempenho na produção de café sustentável do país na cadeia do agronegócio”.

DESTINOS DO CAFÉ

Os dez principais destinos de café brasileiro no ano-civil, janeiro a maio de 2019, foram: os Estados Unidos, Alemnha,

Itália, Japão, Bélgica, Turquia, Reino Unido, Federação Russa, França e Canadá, nesta ordem. Os Estados Unidos importaram 3,2 milhões de sacas de café, 18,7% do total embarcado no período. Já a Alema-nha participou com 2,8 milhões de sacas importadas. O Canadá importou 363 mil sacas, o equivalente a 2,2% do volume de exportações. O Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações no ano-civil de 2019, com 79,1% do volu-me total exportado a partir dele, corres-pondendo ao manejo de 13,3 milhões de sacas. Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 12,3% dos embar-ques: 2 milhões de sacas.

Page 32: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

30 JULHO 2019

O Brasil começa, finalmente, a corrigir o erro de ter deixado há décadas suas ferrovias em segundo plano. O sucesso do

leilão do trecho central da Ferrovia Norte-Sul, no mês passado, pôs fim às últimas dú-vidas quanto ao interesse do capital privado na retomada desse modal de transporte.

O leilão encerrou o jejum de 12 anos de concessões de vias férreas no país e sinalizou o começo de uma nova era de protagonismo ferroviário, movida pela realidade do comércio mundial de commodities e pela evolução dos mo-delos de participação privada nos inves-timentos em logística de transportes.

Aos interesses de Minas Gerais, não podem passar despercebidos pelo menos três aspectos claramente realçados por esse evento. O primeiro foi a acirrada disputa en-tre dois dos maiores grupos brasileiros do transporte ferroviário, os grupos Rumo e VLI.

Ambos se dispuseram a pagar elevados ágios para ampliar a participação que já têm na via, que começa a deixar de ser apenas um sonho das populações do Centro-O-este e do Norte do Brasil. A vencedora foi a Rumo, empresa resultante da associação entre a Cosan e a América Latina Logísti-ca (ALL), com o lance de R$ 2,7 bilhões, o dobro do preço mínimo de R$ 1,35 bilhão.

O segundo foi a participação da VLI, bra-ço logístico da Vale, com lance de mais de R$ 2 bilhões (ágio de mais de 52%). Embora derrotada nessa disputa, a maior minera-dora do Brasil e velha conhecida de Minas Gerais, de onde extrai, há quase 80 anos, a parte mais importante dos seus lucros, ex-plicitou o seu interesse e a sua disposição de ampliar os seus investimentos em ferrovias.

O terceiro e mais importante foi a percepção de que essa retomada das fer-rovias, como solução óbvia para a com-petitividade das commodities brasileiras produzidas no interior do país, acabou por estabelecer uma corrida – bancada por interesses políticos e econômicos re-gionais – em direção aos portos do Norte.

São tão boas as perspectivas de gigan-tes como a China e a Índia continuarem demandando proteínas vegetais e animais em escala que só países como o Brasil têm condições de atender, que tudo que favo-

MINAS NÃO QUER PERDER O TREMRoberto Simões Presidente do Sistema FAEMG

reça a nossa competitividade como forne-cedor mundial se transforma em atraente oportunidade de investimento. É o que explica o atual interesse pelas ferrovias.

Tanto é assim que, além da retomada de projetos como o da Norte-Sul, surgem iniciativas para se abrirem novas ferrovias destinadas a levar aos portos a produção das fronteiras agrícolas consolidadas do Brasil. É o caso, do projeto da Ferrogrão, que pretende construir uma via férrea de 933 km ligando Sinop (MT) ao porto de Miri-tuba (PA), no Rio Tapajós. O curioso é que, por se tratar de um empreendimento que parte do zero de infraestrutura (greenfield, no jargão do setor), governadores dos dois estados já pressionam Brasília para destinar ao projeto recursos a serem pagos à União pela mineradora Vale, relativos à outorga antecipada da concessão da Estrada de Fer-ro Vitória-Minas. Ou seja, pleiteiam recursos que, por justiça, deveriam ser investidos em Minas Gerais, principalmente,  e no Espí-rito Santo. E o pior para os mineiros é que querem usar esse dinheiro na construção de uma via férrea que, além de não ser a opção mais econômica para o país, pode condenar às calendas o Corredor Leste-O-este – este, sim, opção muito mais racional e oportuna para o país, pois aproveita vias férreas já existentes e infraestrutura portu-ária de comprovada eficiência operacional.

Partindo de Unaí e de Uberlândia, esse corredor liga as regiões do cerrado e do Triân-gulo ao porto de Vitória (ES). São ferrovias em operação que, para a formação do corredor,

demandarão investimentos bem menores.Além de obras de ampliação e adap-

tação do porto para receber e despachar a produção agrícola do centro do país, e de correções em trechos da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que faz a ligação Unaí-Be-tim, será necessário um ferro-anel de con-torno a Belo Horizonte, permitindo a ligação entre a FCA e a Vitória-Minas. Não se ques-tiona a viabilidade econômica do corredor, já que a agropecuária de Minas tem dado provas incontestáveis de sua capacidade de resposta aos desafios da produtividade e se prepara cada vez mais para participar da manutenção do Brasil como protago-nista do mercado mundial de proteínas vegetais e animais. Basta lembrar que, en-quanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país não passou de 1,1% e o de Minas de 1,2% em 2018, o do agronegó-cio mineiro cresceu 3,55%. Para manter esse desempenho, Minas não pode ser aliada da disputa pelos corredores de exporta-ção, sob pena de perder competitividade e de comprometer seu imenso potencial de crescimento. Urge que se mobilizem as lideranças empresariais e políticas do es-tado numa ação imediata e vigorosa para, sem dispersão de foco, garantir a ampliação e a modernização de sua infraestrutura de transporte. Da Vale, por exemplo, Minas não pode ficar apenas com os brumadi-nhos e marianas. Tem o direito de ir além e o dever de exigir parceria em igual propor-ção ao tanto que ela já retirou deste chão.

Vitória - Minas

Page 33: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 34: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

32 JULHO 2019

senado aprova regulamentação da equoterapia como método de reabilitação

A Lei 13.830, de 2019, que re-gulamenta a equoterapia como método de reabilita-

ção de pessoas com deficiência, foi san-cionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. A publicação no Diário Oficial da União ocorreu no dia 14 de maio de 2019. O texto aprovado é um substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD 13/2015) ao Projeto de Lei do Se-nado (PLS) 264/2010. A lei entra em vi-gor em 180 dias.

A nova legislação determina que a prática de reabilitação será exercida por uma equipe multiprofissional, inte-grada por médico, médico veterinário e profissionais como psicólogo, fisio-terapeuta e da equitação. A atividade, que utiliza o cavalo em abordagem in-terdisciplinar nas áreas de saúde, edu-cação e equitação é voltada ao desen-

volvimento biopsicossocial da pessoa com deficiência.

Desde que possu-am curso específico na área da equoterapia, poderão fazer parte da equipe pedagogos, fonoaudiólogos, tera-peutas ocupacionais e professores de educa-ção física.

Outra exigência é que deve haver o acompanhamento das atividades desenvolvi-das pelo praticante, por meio de um registro periódico, sistemático e individualizado das informações em prontuário.

De acordo com as normas sani-tárias previstas em regulamento, os

centros de equoterapia somente po-derão operar se obtiverem alvará de

funcionamento da vigilân-cia sanitária e devem ser responsáveis pelo atendi-mento médico de urgên-cia ou pela remoção para unidade de saúde, em caso de necessidade.

O autor da proposta, senador Flávio Arns (Rede-PR), argumenta que a in-teração com o cavalo e o ato de montar, desenvolve novas formas de socializa-ção, autoconfiança e au-

toestima. De acordo com o projeto, a prática passa a ser condicionada a um parecer favorável, com avaliação médi-ca, psicológica e fisioterápica.

''A nova legislação

determina que a prática de reabilitação

será exercida por uma equipe

multiprofissional''

Crédito imagem: Reprodução/Senado

Page 35: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 36: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

34 JULHO 2019

Serralha, beldroega, ca-puchinha, caruru, taioba, mangarito, bertalha, chu-chu de vento, peixinho,

dente-de-leão, vinagreira, cansan-ção, araruta... Estes são alguns dos alimentos considerados não con-vencionais. Isso quer dizer que essas plantas não são assim tão conheci-das, ou já foram conhecidas em de-terminadas regiões, mas perderam espaço para as mais comumente uti-lizadas. De modo geral são rústicas e de fácil cultivo, apesar de algumas não serem facilmente encontradas.

De acordo com uma publicação da Epamig – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – exis-te uma pesquisa feita com grande parte de espécies não convencio-nais que está contribuindo para a reintrodução de algumas dessas es-pécies na alimentação do brasileiro, de acordo com a adaptação climá-tica. “Hortaliças não convencionais – Saberes e Sabores” traz uma breve explicação sobre o que são as Panc além de receitas de todos os cantos de Minas Gerais, feitas com diversas plantas, como por exemplo, a Bel-droega e a Vinagreira. Outro ponto a favor é que, por serem locais, elas são mais resistentes, dispensando assim o uso de agrotóxico.

O termo Panc foi criado pelo biólogo Valdely Kinupp, professor na UFAM (Universidade Federal do Amazonas), e representa um tra-balho de longa data que envolve a catalogação e descrição dos usos culinários de uma enorme e variada gama de plantas que usualmente não são consideradas como pró-prias para a alimentação. De acordo com Valdely, coautor do livro Plan-tas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil (Editora Plantarum,

2014), estima-se que existam 10 mil espécies com potencial alimentício no país.

Embora pareçam estranhas para a maior parte da população, chefs de cozinha renomados já adotaram as Panc. “Sabendo que determina-da planta é comestível, você não a verá mais como mato. A verdade é que tudo foi PANC um dia. A alface, por exemplo, era conhecida como planta medicinal. Só depois de mui-tos anos que passaram a utilizá-la na salada, como espécie comestível”, afirma Valdely.

Plantas alimentícias não convencionais

NUTRIÇÃO

Patrícia Uchoa, professora e consultora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Ceará (Senac/CE), define as Pancs como usuais e explica que, ape-sar de elas possuírem ampla dis-tribuição no território nacional, são, em geral, de uso regional, a exemplo da ora-pro-nóbis, em Minas Gerais, da chicória selva-gem, no Amazonas, e do cumaru, no Ceará. “Chefs pesquisadores têm atuado na exploração dessa riqueza de ingredientes e aplica-do nos restaurantes. No Ceará, ainda há passos curtos, mas tem se desenvolvido um trabalho.” Se-gundo a estudiosa, a monguba, que substitui a castanha, a taio-ba, que pode fazer as vezes da couve manteiga, o espinafre-a-fricano, o jatobá e o cumaru-do-Ceará, também conhecido como baunilha cearense é ideal para aromatizar biscoitos, bolos, cer-vejas e molhos, são encontrados no Estado.

Araruta PANC

Capuchinha PANC Credito Portal Embrapa

Page 37: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

A pupunha é uma palmeira originária da região amazônica que permite a extra-ção do palmito de forma sustentável e eco-nômica. Entre os produtos florestais não madeireiros, a produção de palmito a partir da pupunha tem se destacado como alter-nativa viável para preservar espécies nativas da Mata Atlântica e como fonte de renda para pequenos e médios produtores.

Segundo a Embrapa, o Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de palmito do mundo. Em 2018, o país ex-portou mais de 291 toneladas de palmito, volume que rendeu ao país o montante de US$ 1,64 milhões, de acordo com da-dos da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura.

Os registros apontam que o hábito de consumo de palmito a partir da Juçara existe desde o período colonial com os in-dígenas e populações ribeirinhas. Segun-do o pesquisador da Embrapa Florestas, Álvaro Figueredo, a comercialização do palmito produzido a partir da Juçara foi in-tensa até meados da década de 1970, mas perdeu força como matéria-prima depois da introdução da pupunha, que leva me-nos tempo para produzir o palmito.

“A palmeira Juçara sempre foi maté-ria-prima para preparar aquele palmito

que vem envasado no vidro. Mas, o que ocorreu com essa palmeira? Ela é unicau-le, quer dizer, quando corta ela morre e há necessidade de ser feito outro plantio. E ela só vai estar pronta para um novo corte dentro de três, quatro anos. Então, com essa exploração começou a dimi-nuir a oferta da palmeira Juçara na Mata Atlântica”, explicou Figueredo.

A escassez da Juçara levou os agricul-tores a buscarem outras alternativas de produção de palmito. E a fonte veio de outro importante bioma brasileiro: a Ama-zônia. Na floresta amazônica, o açaí foi a solução encontrada para substituir a pal-meira da Mata Atlântica. E ainda na déca-da de 1980, começaram os trabalhos com a pupunha, nativa da Amazônia Peruana.

“A vantagem da pupunha é que ela é uma palmeira que tem um caule espe-cífico, que perfila e forma filhotes, igual a uma bananeira. Então, é possível o produ-tor cortar essa palmeira ao longo do ano e de vários anos. Enquanto a Juçara demora em torno de três anos pra ter um palmito disponível, a pupunha leva a partir de 15 meses de idade”, explicou o pesquisador.

Outra característica da pupunha des-tacada por Figueredo é que ela não es-curece, podendo ser comercializada in

PUPUNhAPalmeira se destaca como matéria-prima do palmito e na preservação de árvores nativas

natura, o que despertou o interesse de chefs de cozinha para diversificar o cardá-pio dos restaurantes.

A Embrapa estima que o Brasil tenha em torno de 30 mil hectares de palmito plantados, sendo que 20 mil hectares são de pupunha. Há registro de grupos tra-balhando com a nova palmeira em Santa Catarina, Paraná, Vale do Ribeira (SP), Goi-ás e Bahia, entre outros.

Credito Imagem: Ministério da Agricultura

Page 38: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

36 JULHO 2019

Carne: conheça substituições saudáveis

A alimentação do ser humano é ba-seada no consumo de produtos de origem animal e as pessoas

crescem acreditando que estes são as únicas fontes para manter a vida saudá-vel. No entanto, a reposição dos nutrien-tes presentes na carne, como proteína, ferro, vitaminas do complexo B entre ou-tros podem ser encontrados nos alimen-tos de origem vegetal.

No caso específico da vitamina B12, o mercado hoje disponibiliza ali-mentos enriquecidos, como os leites e iogurtes, além da possibilidade de fa-zer a reposição por meio de cápsulas, afirma Anderson Rodrigues, diretor da Vida Veg, uma das maiores empresas

produtoras de alimentos à base de vegetais do país.

No cardápio de quem deseja fazer a transição para uma alimentação livre de carnes deve haver legumes, verdu-ras, frutas, tubérculos, grãos integrais como aveia, chia, linhaça, qui-noa e também as oleagi-nosas, que são as castanhas.

De acordo com o Guia Alimentar de Alimentação Vegetariana para Adultos, da SVB, quando bem planejadas, como toda alimentação deve ser, as vegeta-rianas promovem o crescimento e de-

senvolvimento adequados e podem ser adotadas em qualquer ciclo da vida, in-clusive na gestação e na infância.

LEGUMINOSAS E SEMENTES

Grão-de-bico, todos os tipos de feijões, ervilha, lentilha, soja e favas são ótimos substitutos da carne, fontes de proteína vegetal, vitaminas e

minerais, como o ferro. Sementes de chia, linhaça, girassol e gergelim fornecem boas quantidades de proteína, ômega-3 e vitaminas do complexo B. O gergelim é também

excelente fonte de cálcio.

vERDURAS E CEREAIS INTEGRAIS

O arroz, a aveia, o amaranto, o trigo, a quinoa e o centeio, assim como as leguminosas, são boas fontes de proteína vegetal, fornecem vitaminas do

complexo B, ferro e fibras. Couve, brócolis, escarola, rúcula e agrião são ricas em ferro. Estes também são excelentes alimentos para substituir o

consumo de carnes.

OLEAGINOSAS E TOFU

Castanhas, amêndoas, nozes, avelãs e macadâmias, são ricas em gorduras insaturadas, proteínas, fibras e antioxidantes. Além disso, são fontes

das vitaminas E e do complexo B e de minerais como zinco, potássio, manganês, ferro, cobre e selênio.

Já o Tofu, obtido a partir da soja fermentada, é rico em proteínas e minerais, como cálcio, fósforo e magnésio.

36 JULHO 2019

Page 39: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 40: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

38 JULHO 2019

Nascido com o intuito de fortaleci-mento dos produtores rurais, permitindo que estes vendam seus produtos direto ao consumidor final sem a necessidade de um atravessador, por meio da implanta-ção de um equipamento de infraestrutura urbana aliado a uma completa estratégia de apoio gerencial, logístico e tecnológico, incluindo e-commerce, o Mercado de Ori-gem assim que começou sua comerciali-zação já demonstrou ter em sua essência a maior característica de um verdadeiro mercado: ser construído e transformado de acordo com seus lojistas.

O Mercado de Origem é um empreen-dimento da Fundação Doimo, referência nacional em empreendedorismo social. A Fundação promove todo o apoio ne-cessário ao desenvolvimento das mais variadas atividades econômicas, urbanas

Mercado de Origem: investimento com propósitoe rurais, desde sua concepção, identifi-cando demandas específicas de cada em-preendedor. A partir disso, oferece acesso ao conhecimento técnico-profissional de gestão financeira, marketing, formatações jurídicas, logística e mecanismos que pos-sibilitem a interlocução otimizada de fabri-cantes, produtores ou importadores dos produtos e, principalmente, o cliente final.

Com essa filosofia aliada a um proje-to de arquitetura de alto padrão, em uma localização privilegiada com alto poder aquisitivo, o Mercado Origem rapida-mente se transformou no queridinho de empreendedores jovens e dinâmicos que viram no Mercado a oportunidade de in-vestir em um negócio com ‘propósito’, pa-lavra-chave para uma geração que vê no trabalho não apenas uma forma de ganhar dinheiro e sim uma chance de contribuir

para uma vida melhor para todos. Sem perder seu objetivo original, o

Mercado de Origem viu seu mix de lojas - que já havia sido idealizado para atender à toda a família, passando por gastronomia, lazer, compras e serviços - dar um salto inovador com a vinda de empreendimen-tos extremamente criativos e antenados com o que há de mais moderno no mun-do do entretenimento e da gastronomia.

Marco Pamerai - Grupo Jangal

38 JULHO 2019

Page 41: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

Empreendedores que já demostraram a força de suas ideias como Pedro Guerra da Casa do Sol, Frederico Giacomini e Marcos Panerai do Grupo MAF, Rodrigo Cacici do Rokkon e Marly Leite, do Laticínios Senzala, são alguns exemplos dessa leva de empre-sários que está mudando a cara da econo-mia do país e viu no Mercado de Origem o lugar ideal para expandir seus negócios.

A Casa do Sol, por exemplo, é hoje a maior empresa de entretenimento infan-til de Minas Gerais, com um portfólio de serviços inédito no Brasil. Pedro Guerra, idealizador da empresa, explica porque irá investir no Mercado de Origem: “A Casa do Sol se identifica com a autenticidade e originalidade da proposta do Mercado de Origem, vimos aqui o local ideal para realizar nosso projeto de fazer o maior e mais inovador espaço de entretenimento infantil indoor do estado. O Mercado traz também todas as condições de estrutura, já que nos oferece três andares integrados e o Rooftop, onde ficará nosso circuito de aventura, a localização estratégica e o público-alvo bem direcionado de acordo com nosso Target, foram fundamentais para a escolha.”

Assim também é o pensamento de Frederico Giacomini e Marco Panerai, dois dos idealizadores de um Grupo que há cin-co anos inaugurava em BH os bares Jângal, Bar Revelação e Melhor Bar de Paquera da capital, segundo a Veja Comer & Beber BH.

O Gilboa, casa noturna focada em coque-telaria e música ao vivo, o Laicos, um pub informal e descolado e a empresa de even-tos Jângalove. Para Panerai “Os conceitos inovadores do Mercado de Origem casa-ram perfeitamente com os bares do grupo e a aproximação dos produtores rurais e comércios familiares com o público final e com outros comércios dentro do próprio mercado, é uma iniciativa que vai muito além do espectro econômico”. Já Giacomi-ni aposta que “o conceito do Mercado de Origem já é sucesso na Europa e em outros países do primeiro mundo” e acredita que “o modelo será um retorno à cultura de gera-ções anteriores de forma inovadora, é uma ode ao relacionamento humano acima do relacionamento econômico.”

O Mercado de Origem conquistou Ro-drigo Cacici do Rokkon – pioneiro em culi-nária japonesa em BH, líder em delivery de Minas Gerais. Com 23 anos de história, o Rokkon evolui com a cidade, mudando o foco para delivery e produção para gran-des eventos exclusivos, um novo posicio-namento que catapultou o faturamento da empresa.“O Mercado de Origem é um empreendimento completo e grandioso, exatamente o que o público procura, tudo em um mesmo lugar, atendendo a vários momentos do consumidor. O público tra-dicional do Rokkon migrou para a região do entorno do Mercado Origem. Vemos aqui o momento oportuno para expandir o Rokkon”, diz Cacici.

Em outra frente, Marly Leite, ganhadora do prêmio Super Ouro no Salão Mundial do Queijo, na França explica que “a preocupa-ção do Mercado de Origem em ser o local de escoamento da produção rural familiar vai totalmente ao encontro da maior revolu-ção que está acontecendo no Brasil, em ter-mos dos pequenos produtores, que é a valo-rização, por meio da implantação da DOP - Denominação de Origem Controlada, dos produtos produzidos em pequena escala, mas de alta qualidade.” A DOP identifica a relação entre características geográficas, cli-máticas e até culturais de uma região com os produtos nela fabricados, tornando-os únicos no mundo.

Estes são só alguns exemplos do que podemos esperar. O Mercado de Origem já conta com mais de 50% de ocupação definida, apesar de sua comercialização só ter começado há seis meses. Segundo o Empreendedor, o local contará, além de lojas especializadas na comercialização do agronegócio, espaços de alto nível para atender à toda a família: espaço para as crianças, com a já citada Casa do Sol, ba-res e restaurantes, Decoração, espaço Pet, espaço Beleza, Escola de Gastronomia, es-paço Multiuso para eventos e outros servi-ços, tudo para tornar a experiência de “fa-zer a feira da semana” um evento especial.

Frederico Giacomini - Grupo JangalPedro Guerra - Casa do Sol Rodrigo Zanotti - Rokkon

REVISTA Mercado ruraL 39

Page 42: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 43: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 44: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

INFORME PUBLICITáRIO

Toda história de sucesso começa com pessoas unidas, dispostas a dar o primeiro passo. A história da Rede do Campo, a primeira rede de lojas agrope-cuárias do Sudeste brasileiro, não pode-ria ser diferente.

Atentos à importância da união e da perseverança no campo para o desen-volvimento econômico, social e ambien-tal, empresários uniram-se em 2010 com uma proposta associativista: potenciali-zar a competitividade e as oportunida-des de crescimento no segmento agro-pecuário regional.

Após 9 anos, a Rede do Campo está presente nos segmentos de agricultura, pecuária, fertilizantes, rações, máquinas,

Liderança e expansão no varejo agropecuário

implementos, assistência técnica, linha pet e tudo que o produtor rural precisa para prosperar. Hoje são 34 lojas, presen-tes em 33 cidades do Sul e Centro-oeste de Minas Gerais.

O sucesso foi alcançado graças ao modelo associativista que, muito mais do que comprar em conjunto, mostra o caminho certo através do planejamen-to estratégico, bem definido e revisado periodicamente, e proporciona grande troca de experiências e aprendizado aos associados.

Através do projeto Multiplicadores, promovem o desenvolvimento de líderes

e um trabalho de motivação constante com os mais de 500 colaboradores das lojas associadas. Com o planejamento de marketing, grandes parcerias são es-tabelecidas com as maiores marcas do agronegócio, em uma relação nutrida de confiança e crescimento mútuo.

Em plena expansão, a Rede promove oportunidades de desenvolvimento para toda cadeia produtiva do agronegócio e visa ser referência no setor, em Minas Ge-rais, até 2020, como sinônimo de associa-tivismo, inovação e excelência.

Com os olhos de um menino atento ao futuro e a expertise de uma rede es-

A REDE DO CAMPO, LÍDER NO RANKING DO vAREjO AGROPECUáRIO SEGUE EM FRANCA EXPANSÃO!

truturada, a Rede do Campo não para por aqui. Estudos para a viabilização da criação de um e-commerce, do centro de distribuição e de marca própria já estão em desenvolvimento.

“Hoje, a Rede do Campo é mui-to mais que uma associação de lojas. É uma família, que os sócios-fundadores criaram trazendo um laço de amizade e empreendedo-rismo para todos da Rede.” – Ro-berto Augusto Gonçalves Andra-de (Diretor de Marketing)

Page 45: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

www.redecampo.com.br

34 LOjAS EM 33 CIDADES NO SUL E CENTRO OESTE DE MINAS

(35) 3297 2368

NOSSAS LOjAS.AGROPASTRE (35) 3731-2487 ANDRADASACÃOCHEGO (35) 3736-1657 CABO VERDEAGROMAX (35) 3463-1420 BUENO BRANDÃO AGROPECUÁRIA BANDEIRANTE (35) 3742-1311 BANDEIRA DO SUL AGROPECUÁRIA VIEIRA (35) 3654-1126 GONÇALVESAGROTÉCNICA (35) 3292-5856 ALFENAS BASE AGROPECUARIA (35) 3857-2553 CAMPO DO MEIOCANTINHO DA ROÇA (35) 3821-2905 LAVRASCASA AGRÍCOLA (37) 3322-1624 FORMIGACASA DA RAÇÃO (35) 3561-2397 CARMO DO RIO CLAROCASA DA RAÇÃO (35) 3564-1700 CONCEIÇÃO DA APARECIDA CASA DA RAÇÃO (35) 3563-1547 BOM JESUS DA PENHACASA DA RAÇÃO (35) 3523-1111 ALPINÓPOLISCASA DO AGRICULTOR (35) 3465-2209 MONTE SIÃOCASA DO PRODUTOR (35) 3343-1800 BAEPENDICASA DO VAQUEIRO (35) 3831-2987 CAMPO BELOCELEIRO (35) 3021-8806 PASSOSCOOPERATIVA VELHA (37) 3341-2000 ITAPECERICAFARMÁCIA DO BOI (37) 3322-1246 FORMIGAG.A. PEREIRA (35) 3461-1340 BOM REPOUSOG.A. PEREIRA (35) 3462-1127 ESTIVAG.A. PEREIRA (35) 3431-1873 CAMBUÍIMPÉRIO RURAL (37) 3351-2220 ARCOSNA ROÇA AGROPECUÁRIA (35) 9 9224-0057 MARIA DA FÉPARAFERTIL (37) 3231-6787 PARÁ DE MINASPASTO BOM (35) 3741-1033 BOTELHOSPEREIRA & NABAK (35) 3232-1222 TRÊS CORAÇÕES PRODUTTIVA (35) 3851-1246 BOA ESPERANÇA RODRIGUES AGROPECUÁRIA (35) 3571-3204 MUZAMBINHORODRIGUES AGROPECUÁRIA (35) 3573-1364 MONTE BELOSONHO VERDE (37) 3333-1410 CARMÓPOLIS DE MINASTRATO BOM (35) 3361-1187 ITANHANDÚTRATO BOM (35) 3364-1789 POUSO ALTOVENDAGRO (35) 3452-1375 CAREAÇÚ

rededocampolojas rededocampolojas

Page 46: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

44 JULHO 2019

Atualmente, pouco mais de um milhão de hectares de floresta nativa pública está sob concessão florestal. São 17 contratos em seis florestas nacionais situadas nos esta-dos do Pará e Rondônia. A ideia é que a produção de ma-deira em áreas de concessão aumente 20% nos próximos quatro anos.

O Serviço Florestal Bra-sileiro (SFB) quer ampliar a produção de madeira prove-niente de áreas sob conces-são florestal de áreas nativas. Um dos principais objetivos do sistema de concessão flo-restal é gerar produtividade, renda e empregos manten-do a floresta nativa em pé. A concessão respeita as áreas de preservação permanente às margens dos rios, córre-gos. Então, é uma atividade que envolve bastante plane-jamento, identificação das ár-vores, cuidados na construção de infraestrutura, de pontes de acesso para minimizar ao máximo o impacto dessa ati-vidade e manter a floresta em pé, explica o gerente-executi-vo de Monitoramento e Au-ditoria Florestal do SFB, José Humberto Chaves.

A concorrência pública da concessão florestal envolve uma série de etapas, desde identificação das áreas, a re-alização de várias audiências

MEIO AMBIENTE

públicas envolvendo a comu-nidade local até o processo de seleção e contratação da concessionária. Os contratos firmados com o Serviço Flo-restal têm sido de 40 anos.

Todas as árvores da flo-resta nativa pública que têm interesse ou viabilidade co-mercial são identificadas e inventariadas. Em uma área de um hectare da floresta amazônica, espaço que equi-vale a um campo de futebol, existem geralmente 700 árvo-res com diâmetro acima de 10 cm, contudo, apenas as que tem diâmetro acima de 50 cm podem ser colhidas no mane-jo sustentável.

BENEFÍCIOS AMBIENTAIS

E SOCIAIS

Os recursos arrecadados por meio da concessão flo-restal são distribuídos entre o Serviço Florestal Brasileiro, que fica com o chamado valor mínimo anual de 30% do valor de contrato; o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que recebe 40%; os estados e municípios, com 20% cada, e o Fundo Nacional de Desen-volvimento Florestal, que fica com outros 20%.

A atividade legal gera oportunidade dos municípios e estados acessarem os recur-

sos oriundos dessa a arecada-ção, que podem ser usados em outras políticas e projetos que atendam aquela comuni-dade do entorno da floresta, disse José Humberto.

O Serviço Florestal Bra-sileiro desenvolveu algumas ferramentas de monitora-mento, como o sistema de rastreabilidade da madeira produzida. Cada tora e seg-mento extraídos das árvores é cadastrado no sistema e rastreados até as unidades industriais ou outros locais de produção.

O órgão ainda está ali-nhando um acordo de coo-peração com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de

Proteção da Amazônia (Cen-sipam) para desenvolver pela primeira vez um sistema de identificação da exploração seletiva a partir de imagens de radar.

A vantagem do radar é que ele permite a visualização da área mesmo em períodos do ano que apresentam in-tensa cobertura de nuvens. Segundo SFB, a extração ilegal de madeira compete direta-mente com a concessão flo-restal e gera desequilíbrio e concorrência desleal no preço da madeira comercializada para o consumidor, além de provocar frustração fiscal com a perda de receitas que se-riam recolhidas pelo Estado.

Credito imagem: MAPA

SERvIÇO FLORESTAL BRASILEIRO

expansão do manejo sustentável de florestas nativas

Page 47: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 48: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

46 JULHO 2019

Maior estado produ-tor de leite do Brasil, Minas Gerais rece-

beu nos últimos dias milhares de visitantes de várias regiões e de outros na 16ª edição da Ex-posição Brasileira do Agronegó-cio do Leite, a Megaleite 2019, realizada de 19 a 22 de junho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte-MG.

O evento teve registro de movimentação financeira esti-mada em R$ 30 milhões, R$5 mi-lhões acima da edição anterior, e a participação de mais de 80 em-presas expositoras. Outro evento que terminou com bom resulta-do financeiro foi o “1° Dia de Bons Negócios”, ocorrido no dia 20 de junho. As 12 empresas Parceiras Premium e Master da Associação Brasileira dos Criadores de Giro-lando fizeram um dia inteiro de promoções para os participantes da Megaleite. A ação terminou com negócios estimados em mais de R$1,5 milhão.   De acordo com o presidente da Girolando, Luiz Carlos Rodrigues, os números reafirmam a Mega-leite como a maior exposição de pecuária leiteira da América Lati-na. “A grande qualidade genética dos animais e as inúmeras tecno-

r$30 milhões arrecadados e 70 mil visitantes

MEGALEITE 2019

logias disponíveis têm atraído a cada ano mais e mais produtores do Brasil e de outros países para a Megaleite. Continuamos sendo referência mundial em genética bovina de Girolando graças ao criterioso trabalho de seleção dos criadores e essa qualidade da nossa pecuária leiteira pôde ser constatada nos animais ex-postos na Megaleite”.

TECNOLOGIA E EvENTOS

As tecnologias desenvol-vidas para a pecuária leiteira assim como os cerca de 1800 animais expostos na Mega-leite, além de diversas outras atrações, chamaram atenção do público. Este ano, a feira recebeu 67 mil visitantes, vin-dos inclusive de países como Belize, nação que pela primeira vez participou da Megaleite; Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Índia, México e Pa-namá.

A mini fazenda da Megalei-te, que contou com mini ani-mais de várias espécies, atraiu milhares de crianças e adultos.

A feira ainda contou com uma série de palestras técnicas, au-diência pública sobre as Instru-ções Normativas 76 e 77 que preveem critérios para os pro-cessos envolvendo a produção do leite, lançamento do Sumá-rio de Touros e Sumário de Va-cas Girolando 2019 e do Anuá-rio Leite 2019 – Embrapa Gado de Leite, dentre outros eventos.

O grupo Girolando Mulher teve seu primeiro encontro na feira e reuniu mais de 60 pro-dutoras rurais e profissionais do setor, vindas de várias regiões do Brasil, que debateram sobre os desafios da mulher na pecu-ária leiteira.

COMPETIÇõES

O 30º Torneio Leiteiro Na-cional de Girolando terminou com três novos recordes de pro-dução. A vaca Girolando 1837 Ametista Mountfield Tannus bateu o recorde da categoria e sagrou-se Grande Campeã da Megaleite 2019. De propriedade de Délcio Vieira Tannus, ela pro-duziu um total de 291,170 kg/leite e média de 97,057 kg/leite, superando o recorde anterior de 90,180kg/leite, que vinha desde a Megaleite 2016. Além de ser Grande Campeã de Produção, ela foi a Grande Campeã de Composição do Leite.

Outro recorde foi na cate-goria Novilha CCG 1/2 HOL + 1/2 GIR. Salobo Penelope III FIV

produziu um total de 267,460 kg/leite, com média de 89,153 kg/leite, batendo o recorde an-terior da Megaleite (86,020 kg/leite-2018) e o recorde nacional (87,952 kg/leite-2016). De pro-priedade de Hebert Lever José do Couto, Salobo conquistou o título de Campeã Novilha Geral.

A Novilha CCG 3/4 HOL+ 1/4 GIR, Naja Glenn Ann 0721 Santa Luzia, também foi recor-dista da sua categoria com uma produção total de 195,580 kg/leite e média de 65,193 kg/leite, superando o recorde anterior de 59,020 kg/leite. Naja perten-ce ao expositor Hebert Lever José do Couto. As raças Gir Lei-teiro e Guzerá também tiveram torneios leiteiros e os resultados podem ser consultados nas res-pectivas associações de raça.

Na raça Girolando, o Gran-de Campeão foi Novake Octane Delib, do expositor Eugênio De-liberato Filho, e a Grande Cam-peã Aurora Gold Dust 585 TL da Querença, do expositor Rodrigo Lauar Lignani. Entre os animais da composição racial CCG 1/2HOL + 1/2GIR, a Grande Campeã foi Iage Sanchez Vilarejo 1880 FIV, do ex-positor Isaac Soares Aureliano/ Tandara Soares Aureliano. Já na composição racial CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR o Grande Campeão foi Aquiles Expander FR Recreio, da expositora Mila de Carvalho Laurindo e Campos, e a Grande Campeã foi  J.E.L.Rancho Grande Mr Orly FIV, do expositor Isaac Soares Aureliano/Tandara Soares Aureliano.

Diretoria da Girolando na Megaleite 2019

Campeã do Torneio Leiteiro

46 JULHO 2019

Page 49: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 50: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

48 JULHO 2019

saiu o primeiro valor referência para o leite na história de Minas Gerais. O cálculo era um pleito

antigo do setor, e se tornou possível com a criação, em dezembro, do Conseleite - Conselho Paritário entre Produtores de Leite e Indústrias de Laticínios.

Para o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, “o Conseleite é uma demanda antiga para que os produtores possam ter a referência do valor da maté-ria-prima que compõe toda a cadeia lác-tea em Minas Gerais. Estávamos ansiosos e aguardando essa reunião de hoje, que é o pontapé para trabalhar com esses valores. O ganho é ter um preço justo para o leite”.

O litro do leite padrão entregue em abril e pago em maio foi calculado em R$ 1,2774 e o leite entregue em maio, a ser pago em junho, foi taxado a R$ 1,3061. Além do valor referência para o leite pa-drão, a plataforma digital do Conseleite gera valores personalizados a cada produ-

Minas Gerais tem agora valor referência para o leite

O valor referência servirá de parâmetro para as negociações de preços entre produtores e indústrias e será atualizado mensalmente.

tor, a partir de uma escala de ágios e desá-gios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.

“É um momento histórico. Após 22 meses de estudos, o valor referência tra-rá uma relação mais harmônica à cadeia, com transparência nos dados de custos de produção dos pecuaristas e custos de transformação da indústria. A partir dessa base, os números podem ser personali-zados para a realidade produtiva de cada propriedade. Será também estímulo à qualidade e ao aumento de ganhos dos produtores”, ressalta o presidente do Sis-tema Faemg, Roberto Simões.

Benefícios ao produtorA parceria entre produtores e indústria

garante maior equilíbrio e transparência na formação de preços do mercado. Com um valor referência, o produtor tem me-lhores condições de negociar as entregas do leite, reduzindo conflitos. O valor tam-

bém permite sinalizar variações de preços para o mês seguinte, possibilitando maior planejamento de seus negócios.

Vale ressaltar que o leite padrão tem 3,30% de gordura; 3,10% de proteína; 400 mil células somáticas por ml; 100 mil ufc/ml; produção individual diária de até 160 litros/dia.

Cálculos

Os valores-referência são obtidos com base em informações de comercia-lização, faturamento, volume de vendas, cálculos do custo de produção do leite e sistemas de criação repassadas pelas indústrias e pelos produtores à Universi-dade Federal do Paraná. A partir daí, são feitos cálculos matemáticos e divulgadas médias dos queijos, leite UHT, manteiga, doce de leite, requeijão, creme de leite e outros derivados.

O valor referência servirá de base para o mercado, mas o preço real alcançado por produtor depende ainda de outros as-pectos, como volume e qualidade de pro-dução, a distância e a qualidade da estrada de acesso à propriedade rural, o tipo de ordenha, sua fidelidade junto ao laticínio e outros adicionais.

através do site www.conseleitemg.org.bro produtor insere as informações produtivas tais

como volume médio diário e análise da qualidade do leite. A plataforma está em funcionamento desde o dia 16 de maio.

PLATAFORMA ON LINE

Crédito imagem: Portal Faemg

48 JULHO 2019

Page 51: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 52: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

50 JULHO 2019

Empréstimo financeiro: observar alguns aspectos é muito importante

ECONOMIA

Calculadora na mão

Nessa hora é importante ter em mãos calculadora, papel, caneta e, claro, muita calma. Afinal, pegar um empréstimo é a única solução? É pos-sível juntar o dinheiro de outra for-ma? Se for, é aconselhável que junte o dinheiro necessário e não contrate o  empréstimo, evitando pagar juros desnecessariamente.

Segundo o  Portal de Finanças Konkero, entre os bancos privados, o que oferece menor taxa de juros do mercado  para  empréstimo  pessoal atualmente cobra 1,44% ao mês. Em contrapartida, no que diz respeito às cooperativas de crédito, a taxa de juros sempre busca competir com as instituições comerciais.

A melhor instituição

Depois de avaliar todas as possi-bilidades e verificar que realmente é necessário contrair um empréstimo, deve-se procurar uma instituição fi-nanceira que melhor lhe atenda.

Conversar com o gerente de seu banco  para  saber o que ele pode oferecer é uma boa dica. Também pesquise no mercado, em bancos concorrentes, financeiras e agora, também, crédito pela internet. Leia tudo que for possível, informação nunca é demais.

Levantamento de gastos

Avalie suas despesas e mesmo que você não consiga economizar o suficiente  para  resolver sua situação, precisará que sobre dinheiro no fim do mês para quitar o empréstimo.

Um  dos grandes erros das pes-soas ao pegar  um  empréstimo  é não  fazer  as contas direito. Uma dica é juntar as contas que são semelhan-tes para saber o que vale mais a pena. Existem situações em que parcelar, ou até mesmo pagar atrasada, a fatura do cartão, pode gerar menos juros do que no montante final de um empréstimo.

Cortar gastos e fazer substituições pode ajudar. Diminuir as idas a bares e restaurante e optar por marcas de produtos mais baratas pode gerar uma boa economia.

Há sempre aqueles momentos em que gastos extras aparecem e o orçamento não consegue cobrir as despesas. Uma saída que muitos encontram, para resolver de forma mais rápida, é recorrer aos empréstimos. Mas será que essa é a melhor saída? O que deve ser feito para evitar problemas futuros com a contratação da nova dívida?De acordo com o Banco Central do Brasil, até abril deste ano o país possuía 1.800 agências entre brancos, sociedades, conglomerados e cooperativas, onde é possível realizar a solicitação de empréstimo. São muitas as opções de empréstimos e com elas, muitas taxas de juros diferentes.

50 JULHO 2019

Page 53: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 54: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

52 JULHO 2019

Sucesso de público na 29ª edição da Expocachaça

A capital mineira, Belo Horizonte, se-diou do dia 06 ao dia 09 de junho a 29ª Expocachaça e 13ª BrasilBier. O evento contou com 200 expositores de todo o país e apresentou centenas de destilados produzidos no Brasil, além de palestras e workshops com especialistas.

A feira, voltada para produtores, co-merciantes e apreciadores da cachaça teve ainda 12 atrações musicais e um concurso de degustação às cegas, que premiou as melhores bebidas em nove categorias diferentes.

A edição deste ano reafirmou todo o potencial da feira e da cachaça no mer-cado nacional conforme frisa o presiden-te da Expocachaça, José Lúcio Mendes. “Além da bebida, também trouxemos para o evento toda a cadeira produtiva da cachaça com equipamentos, insumos e serviços. E já estamos trabalhando para trazermos novidades para 2020. A 30ª edição será especial”.

A Sicoob Divicred e a Associação Nacional de Produtores de Cachaça de Qualidade (ANPAQ) assinaram convê-nio durante a Expocachaça. Tal convê-nio tem por objetivo liberar para o setor de cachaça uma linha de crédito com análise de crédito e taxas diferenciadas, além do lançamento do selo de quali-dade da ANPAQ.

EXPOCAChAÇA

PREMIAÇÃO DE DEGUSTAÇÃO àS CEGAS

O concurso foi coordenado por Lore-na Simão, do LABM – Laboratório Amalize Maria, e Renato Frascino, coordenador de diversos cursos de bebidas e técnico sensorial de alimentos e bebidas, e Re-nato Costa, presidente da ABS – Associa-ção dos Someliers do Brasil. Trata-se da 8ª Avaliação com Degustação às Cegas e Classificação das Cachaças dos Exposi-tores premiou produtores de todo o país em nove categorias.

Na categoria Brancas Puras a cachaça Lagos do Vale faturou medalha de ouro e as cachaças Charmosa Sense, Da Quinta, Jeceaba Clássica, Magos de Minas Prata, Mandaguahy Original, Maria das Tranças Prata, Matriarca, Sagrada, Serra Morena e Tropeira do Vale ficaram com a medalha de prata.

Na categoria Descansadas, as cacha-ças Seleta Mix e Fazenda Jeremias Prata foram agraciadas com a medalha de prata. Na categoria Carvalho Francês, os cachaças Ipueira, 3 Fortuna, Água de Ar-canjo Ouro, Boutt, Bylaardt Premium, Cor-tarelli Carvalho, Refazenda, Rein e Xanadu Ouro levaram prata. O bronze ficou com a Lagos do Vale.

Em Carvalho Americano, a Cachaça Do Conde ficou com ouro e a prata foi para Moendão Ouro, Paramirim e Regui Brasil. As cachaças Tellura Amburana, Capão da Palha, Decisão, Harmonie Sch-naps Bálsama e Mata Limpa Ouro leva-ram o ouro na categoria Madeiras Brasi-leiras. A prata ficou com Amada Grápia, Bem Me Quer Bálsamo, Brisa Umburana, Casa Bucco Amburana, Do Conde, Bom Tápparo Amburana, Giuseppe Ferdinan-do Nesi Ouro, Sagrada Amburana, Seleta e Weber Haus Bálsamo.

Em Extra Premium e Armazenada aci-ma de três anos, oito cachaças levaram o ouro: Bylaard Extra Premium, Antonio Be-nedetti, Bento Albino, Fogo da Cana 12 anos, Guaraciaba Extra Premium, Impe-rador Reserva Tereza Cristina, Refazenda Extra Premium e Santa Rosa Special. Na categoria Bebidas Alcoólicas por Mistura com Cachaça a prata ficou com Rainha da Cana – Milho Verde, Original D’Minas – Marula e Santo Mel. O Blends de Ma-deiras premiou com ouro as cachaças Do Anjo, Barril 12, Pátria Amada Carvalho e Cumaru, Prosa Mineira Reserva e Velho Alambique. A prata ficou com Alambique de Minas Ouro e Leandro Batista. E, na categoria Outros Destilados Produzidos no Brasil, a prata ficou com Guaaja Tiquira Carvalho. Os dados são de Igor Basilio, do portal Segs.

BRASILBIER

Quem passou pela feira também pode conferir a 13ª edição da BrasilBier, a feira de cervejas artesanais com a pro-posta de destacar os atributos, benefícios e os diferenciais competitivos das cerve-jas artesanais brasileiras. O evento também recebeu uma pro-gramação com palestras na Carre-ta Alambique Es-cola, uma parceria com a Em-presa Truck Van.

Page 55: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 56: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

54 JULHO 2019

À base de café, o drink Swe-et Melina, leva em sua compo-sição mel, suco de pêssego, vi-nho branco e água tônica rose. O resultado é uma bebida sur-preendente e sofisticada.

A criação é de Igor Salles, Head Barista da Café do Moço em Curitiba, uma das princi-pais casas de cafés especiais

Sweet Melina O drink à base de café que é pura sofisticação

BEBIDAS

da capital paranaense. Igor Salles já foi finalista do Campeonato Brasileiro de Baristas e da competi-ção Coffee in Good Spirits.

 Preparar o Sweet Me-lina não tem nenhum segredo. A receita veio especialmente para a Re-vista Mercado Rural.

Para o drink é necessário, 35 ml de redução de pêssego, 100 ml de café, 100 ml de café filtrado na aeropress, 5 ml de mel, 30 ml de vinho branco e 20 ml de água tônica Rose.

Prepare o café filtrado na aeropress com mel. Depois adicione a redução de pêssego, o vinho branco e 3 ou 4 pedras de gelo. Coloque a  bebi-

da  na taça e finalize com a água tônica Rose. Decore a borda da taça com mel e açúcar demerara.

  Pronto! Um drink sofisticado e delicioso que vai agradar aos paladares mais exi-gentes e apurados.  

FAÇA E SURPREENDA-SE

54 JULHO 2019

Page 57: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 58: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

56 JULHO 2019

O XIII Festival de Gastrono-mia Rural de Itapecerica acon-teceu de 21 a 23 de junho, no fim de semana que sucedeu o feriado de Corpus Christi. Mais uma vez, o tradicional evento, sucesso de público e de críti-ca em suas edições anteriores e aperfeiçoado a cada ano, atraiu milhares de pessoas, cerca de 20 mil, tanto itape-cericanos quanto turistas de diversas regiões.

Realizado pela Prefeitura, o evento aconteceu no cen-

XIII Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica atraiu 20 mil pessoas

tro da cidade e ofereceu ao público e aos comerciantes uma estrutura e organização de primeira qualidade. O Fes-tival de Gastronomia Rural de Itapecerica é, hoje, uma das principais referências no gê-nero gastronômico em toda Minas Gerais.

O Festival ofereceu o me-lhor da verdadeira e autêntica culinária da roça mineira, com mais de 50 pratos diferentes, cervejas artesanais, vinhos e cachaças, muita música cai-

pira da melhor qualidade; fo-mentou o turismo, aqueceu a economia do município e proporcionou ao público mo-mentos de degustação, ale-gria e confraternização. Des-taque para o grande show As Galvão, realizado no domingo, dia 23. Tudo aconteceu em um ambiente temático cuida-dosamente decorado a fim de que os participantes se sentis-sem como se estivessem real-mente na zona rural.

“Está difícil escolher as palavras para descrever a sa-tisfação que sinto pelo êxito absoluto do XIII Festival de Gastronomia Rural de Itape-cerica. Foi uma festa extraor-

dinária, sucesso de público e de crítica, recorde de ven-das, destaque em termos de estrutura, organização e decoração. Desde quando foi iniciado, e principalmen-te no encerramento, uma chuva de elogios ao evento chegou até mim. Foi grati-ficante  demais ver a alegria no rosto das pessoas, o en-cantamento provocado pela festa. Modéstia à parte, foi realmente tudo maravilhoso, reafirmando o Festival como uma das principais referên-cias no gênero gastronômico em toda Minas Gerais”, decla-rou o prefeito de Itapecerica, Wirley Reis, o Têko.

56 JULHO 2019

Page 59: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

REVISTA Mercado ruraL 57

RECEITALinguiça cuiabana

O nome faz lembrar a capital Cuiabá, mas a linguiça cuiabana sur-giu no interior paulista, na cidade de Paulo de Faria, região de São José do Rio Preto, e se espalhou pelo estado de São Paulo e em cidades de ou-tros estados.

Na receita há variações, mas é constituída originalmente de carne bovina, mais especificamente corte traseiro. Essa linguiça também leva lei-te, cheiro verde e pimentas. Nesta re-ceita apresentamos uma versão com queijo. A linguiça também pode ser feita com carne de porco e de frango.  Assada, a cuiabana fica deliciosa. Veja só como fazer em casa.

Modo de Fazer

Misturar todos os ingre-dientes e deixar descan-sar para pegar tempero, por 30 minutos. Depois basta encher a tripa com a massa pronta e levar para assar.

ingredientes

3 quilos de contra filé em cubinhos1 quilo e meio de gordura de ponta de peito picada1 litro e meio de leite1/2 quilo de queijo mussarela em cubos1 maço de salsinha picada1/2 maço de cebolinha picada25 gramas de salPimenta e ervas à gosto: orégano, manjericão, louro, noz moscada.Tripa para colocar os ingredientes

Page 60: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

58 JULHO 2019

Conseguimos completamos uma lista de alguns dos menores veículos do mun-do. Alguns nem parecem que existem de verdade. A pesquisa original foi feita com 22 veículos muito pequenos, por Chris-topher McFadden, em outubro do ano passado.

Aqui no Brasil, quando pensamos em carro pequeno, O Ford KA ou o 500 po-dem vir à mente, mas há veículos muito menores. O DIY de Austin Coulson é um exemplo. Seu comprimento é de 1,26 metros e foi produzido pela primeira vez em 2014. Ganhou o recorde do Guinness para o menor carro de estrada do mundo em 2014.

A Peel P50 parece metade de um car-ro. O ano da primeira produção foi em 1962 e este tem 1,372 metro de compri-mento. Deteve o título do Guinness Book of World Records de “Smallest Production Car” por mais de 50 anos.

conheça 5 dos menores veículos do mundo

“A pulga de prata”. Assim foi chama-do o Fuldamobil N. de 1950 e com quase 1,4 metro de comprimento, foi produzido pela Elektromaschinenbau Fulda GmbH de 1950 a 1969. Os primeiros modelos ti-nham molduras de madeira feitas à mão que eram revestidas de peles de alumínio sobre painéis de madeira compensada.

DYI de Austin's Coulson

Font

e Guin

ness

Wor

ld Re

cord

s

Peel P50

Font

e Wiki

med

ia Co

mm

ons

Apenas 14 Brutsch Mopetta’s foram produzidos a partir de 1956. Este mode-lo mede 1,7 metro de comprimento e foi construído por Egon Brutsch. Este peque-no carro de um só lugar foi construído para a Exposição Internacional de Bicicle-ta e Motocicleta de 1956. Depois de uma ótima resposta, Egon passou a fazer mais 13 deles. Ele tem um motor de dois tem-pos ILO de um cilindro e ronca com 2,3 cavalos de potência .

O Dardo Goggomobil se parece com um carro de brinquedo. Era um conversí-vel micro-carro de fibra de vidro que foi produzido na Austrália pela Buckle Mo-tors. O Dart foi baseado no chassi e nos componentes mecânicos do microcarro alemão Goggomobil. Ele foi alimentado por um motor de dois tempos, montado na parte traseira e com dois cilindros, dis-ponível nas versões de 300 cc e 400 cc. Com 1,8 metro de comprimento, foi pro-duzido pela primeira vez em 1959. Pulga de Prata

Font

e Buc

h-t W

ikim

edia

Com

mon

s

Mopetta

Font

e Wiki

med

ia Co

mm

ons

58 JULHO 2019

Font

e Ste

phen

Fosk

ett

Dardo Goggomobil

AUTOMÓvEIS

Page 61: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 62: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

60 JULHO 2019

Criar um potro não é uma tarefa fácil e exige muita atenção e cuidados do criador. Nas horas

iniciais do nascimento é extremamente importante garantir que este potro faça a ingestão do colostro adequadamente, a fim de obter imunidade. O cavalo é um animal que desenvolve cerca de 80% du-rante o primeiro ano de vida. A falta de uma alimentação adequada pode com-prometer em definitivo o crescimento e o desenvolvimento.

Nas primeiras 18 horas de vida o in-testino do potro tem mais permeabili-dade e isso favorece um nível maior de absorção dos anticorpos. Ao nascer o animal deve receber nas primeiras horas de vida o colostro, leite rico em anticor-pos e fundamental para a imunização do animal que deve ser ingerido até 6 horas após o nascimento, a fim de se imunizar contra diversas infecções. O potro, duran-

DICAS DA AGROSID

os desafios na criação dos potroste a primeira semana de vida, deve ser alimentado com leite, de preferência de três em três horas.

Estudos indicam que há em torno de 8 a 10% de perdas de potros lactentes neste período por falta de manejo ade-quado, descuidos com higiene e erros ali-mentares. O fator que mais evidencia esta porcentagem é a ingestão inadequada de alguns nutrientes.

Além do cuidado em oferecer o co-lostro nas primeiras 18h, é importante proceder corretamente a desinfecção do coto umbilical, observar a defecação duas a três horas após o parto para eliminação do mecônio; ter instalações adequadas, estabelecer um programa adequado de vermifugação a partir do primeiro mês de vida e de vacinação a partir do quar-to mês de vida; oferecer alimentação que atenda às exigências nutricionais e fazer o desmame gradativo.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

De acordo com a técnica de equi-nos, Luzilene Araujo de Souza, “o pro-grama nutricional deve ser composto por alimentos balanceados de acordo com a exigência da fase e que con-tenham em sua formulação, aditivos como pró e prebióticos que irão auxi-liar no equilíbrio da microbiota intesti-nal, propiciando melhor digestibilidade e aumento na disponibilidade dos nu-trientes, redução de microrganismos patógenos, menor ocorrência de resis-tência bacteriana e consequentemen-te uma melhor resposta imune”. Luzile-ne afirma ainda que outro importante aditivo é o Ômega 3-DHA “que possui ação antiinflamatória, auxilia nas defe-sas do organismo, no desenvolvimento neonatal e no comportamento do po-tro, tempo de lactação e aprendizado”.

Page 63: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 64: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

O MUSEU

Museu Nacional do Cavalo Mangalargaconheça mais sobre a raça numa cidade acolhedora em Minas

TURISMO

Alguns detalhes preciosos da raça Mangalarga Marchador estão no Museu Nacional, como objetos, mobiliário, docu-mentos, troféus, fotografias, vídeos e ou-tros artigos. Tudo está dividido em setores.

Credito de imagens: ABCCMM/Arquivo

Localizada na Praça da Matriz, no centro da cidade de Cruzília, Sul de Minas Gerias, a casa que per-

tenceu à Fazenda Bela Cuz, uma das fazen-das pilares da raça, abriga uma síntese da história do Mangalarga, apresentado por meio de acervo, vídeos e texto, o desen-volvimento da raça no Brasil. Suas espe-cificidades e diferencias, a lida cotidiana e outros aspectos estão retratados na ex-posição de longa duração, que revela a

importância do cavalo e da região onde surgiu esta raça que se espalhou e cativou apaixonados em todo mundo.

O Museu é uma realização da Fundação Barão de Alfenas, fundado em 2006 para tornar realidade um sonho compartilhado entre os criadores da raça, e da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Manga-larga Marchador.

A origem da raça se deu em Cruzília, mais precisamente na Fazenda Campo Alegre que

foram feitos os primeiros cruzamentos das éguas Crioulas. Isso concomitantemente ao desbravamento do Brasil Colonial, na con-solidação das fazendas e cidades do interior de Minas Gerias, São Paulo e Rio de Janeiro. Nessa época foram exaltadas as qualidades do cavalo Mangalarga Marchador, que teve expressiva influência na história brasileira ao participar de todos os seus ciclos econômi-cos, seja como meio de transporte ou tração, moeda de troca ou mercadoria.

CONhEÇA CRUzÍLIA

Cruzília oferece hospedagens pe-quenas, mas aconchegantes. Com cerca de 18 mil habitantes, a cidadezinha tem suas peculiaridades: religiosidade, hos-pitalidade, amor pelos cavalos e tam-bém pelos queijos.

O turismo rural em Cruzília atrai cada vez mais visitantes que se encan-tam, principalmente com o Museu do Mangalarga Marchador. Cruzília fica a 65 quilômetros de São Lourenço, no Circuito das Águas. Está distante de Belo Horizonte, capital de Minas, 395km e da capital São Paulo 328 quilômetros.

SALA BARÃO DE ALFENAS

Neste espaço está relatada a história de Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Al-fenas. Foi ele quem começou a criação do cavalo Mangalarga Marchador em Cruzília.

SALA SELEÇÃO FUNCIONAL

No século XVIII, os cavaleiros euro-peus que se instalaram na cidade foram importantes, pois contribuíram na esco-lha dos cavalos reprodutores. Esta etapa aprimorou a raça.

62 JULHO 2019

SALA A LIDA

Nesta sala estão os artigos usados por cavaleiros da época: berrantes, selas, chapéus por exemplo. Há um vídeo expli-cativo sobre as principais diferenças entre as subdivisões das raças: Mangalarga e Mangalarga Marchador.

SALA O CAvALO

Neste ambiente estão os vídeos do pesquisador Rodolfo Magalhães. O mate-rial explica todos os detalhes sobre os ani-mais e todo o temperamento envolvido em sua marcha.

SALA O TERRITÓRIO E SALA ABCCMM

As antigas fazendas de Cruzília estão expostas nesta sala. Videos mostram o interior das propriedades e contam mais desta história cheia de detalhes.

O Museu fica aberto de terça a do-mingo, das 10h às 17 horas, a entrada no Museu é uma contribuição voluntária.

Page 65: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

Credito de imagens: ABCCMM/Arquivo

Page 66: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

64 JULHO 2019

Quando se fala em pet logo vem à cabeça animais fofos e pequenos. Uma boa opção para quem mora em apartamento, os cães pequeninos são ótimos companheiros e, apesar do pouco tamanho, podem assumir o papel de cão de vigia com facilidade, dependendo de sua raça.Há cachorros pequenos por natureza e também as versões miniatura que são cruzamentos diversos entre cães de variados portes. Com peso máximo por volta de 10 quilos quando adultos e tamanho que gira em torno de 40 centímetros, comprimento das patas até os ombros, os cachorros pequenos exigem pouco espa-ço para viver e são mais fáceis de transportar.

SEÇÃO PETConheça algumas raças que têm a versão mini

POODLE TOy

O Poodle Toy é uma ótima escolha para quem deseja um cachorro pequeno em casa. Dócil, brincalhão e muito carinhoso, o cão da raça é do tipo que adora passar tem-po dando e recebendo carinho de seus do-nos. Extremamente inteligente, o Poodle Toy pode ser adestrado com bastante facilidade, inclusive para latir menos.

Fiel, costuma estar sempre atento a qualquer tipo de ameaça quando próximo a seus proprietários, e é tido como um com-panheiro excelente para toda a família.

Com expectativa de vida de até 15 anos, o cão da raça pesa cerca de 4 quilos na sua fase adulta, medindo entre 25 e 28 centímetros.

ChIhUAhUA

O Chihuahua é um dos mais leves, pesando, no máximo, cerca de 4 quilos na sua fase adulta. Sua altura atinge até 15 centímetros e sua expectativa de vida gira em torno de 13 anos.

Originária do México, a raça é bastan-te amável e ciumenta, valorizando cada momento ao lado do dono. Embora seja considerado entre os menores cães do mundo, tendo exemplares da raça que chegam a pesar menos de 1 quilo, o Chihuahua é bastante alerta e corajoso, enfrentando cachorros bem maiores.

SChNAUzER MINIATURA

Resultado do cruzamento entre o Schnauzer Standard e o Affenpincher, o Schnauzer Miniatura tem todas as carac-terísticas de seus antecessores, só que em versão menor, incluindo a longa barba e as sobrancelhas arqueadas. Vivendo cerca de 15 anos, os cães da raça atingem até 35 centímetros quando adultos, pesando en-tre 6 e 8 quilos na maioria das vezes. Muito ciumento, o Schnauzer Miniatura pode se tornar agressivo com pessoas ou animais desconhecidos que se aproximem de-mais de seus proprietários; no entanto, são bastante dóceis e de fácil socialização com um pouco mais de tempo para se acostumar.

64 JULHO 2019

Page 67: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 68: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

66 JULHO 2019

Arquétipo de beleza e do amor eterno, o cisne é um animal que tem apenas um parceiro ao longo de sua vida. De tama-nho maior do que os patos têm pescoço longo e fino, uma das características mais marcantes. Pode medir até 1,5 metro de al-tura e pesar até 15 quilos, no caso dos ma-chos, e até 11 quilos no caso das fêmeas.

Suas asas são longas e brancas, numa combinação que as torna de uma beleza extraordinária quando abertas.

A origem deste animal está localizada na Ásia Central e na Europa, embora quan-do o inverno chega, eles migrem para a África, Coréia ou Índia, pois não resistem ao frio. Em algumas destas migrações, vá-rios espécimes chegaram à América do Norte e se estabeleceram, e hoje são uma das espécies estabelecidas no país.

São aves que gostam de estabilidade e preferem se instalar em um só lugar, seja no lugar onde põem ovos ou em outro local que escolhem, levando em conta vários fatores. Como é uma ave rús-tica, o cisne se adapta bem a diferentes condições climáticas. O importante é que o local de criação apresente um lago com água de boa qualidade.

O preço de um cisne-negro pode variar entre R$ 2,5 mil a R$ 3,5mil e o de brancos de R$ 6 mil a R$ 8 mil.

SEÇÃO EXÓTICACisnes as aves que representa o amor

ALIMENTAÇÃO E REPRODUÇÃO

Devem se alimentar de ração balanceda e ve-getais. Os comedouros devem ser suspensos e instalados à beira do lago ou do tanque artificial, ao alcance da ave, sem que ela necessite sair da água para se alimentar. O ideal é que haja uma cobertura para evitar que a comida fique exposta ao sol e à chuva, evitando a fer-mentação dos alimentos.

 O cisne inicia o período de reprodu-ção aos três anos de idade. O branco tem uma postura por ano, que gera sete ovos, e o negro de três a quatro posturas, entre três e cinco ovos em cada uma.

A fêmea é responsável pelo choco dos ovos em ninhos feitos com a própria penugem da barriga e do peito, instala-dos perto da água ou até em buracos na terra úmida. Ela também gosta de juntar palha e galhos, sendo a taboa um dos materiais preferidos para fazer ninhos. Em 35 dias, os filhotes nascem cobertos de penugem e, pouco depois, já começam a nadar e a mergulhar.

TIPOS DE CISNES Há diversas espécies de cisnes, sen-

do que os do hemisfério norte apre-sentam plumagem branca, enquanto que os do hemisfério sul apresentam, muitas vezes, plumagem colorida.

Podem apresentar também bicos diferentes, alguns de coloração verme-lha, outras amarela, alguns com uma excrescência carnuda e negra na base, outros sem. Dentre as espécies conhe-cidas encontram-se Cygnus atratus, conhecido como cisne-negro; Cygnus melanocorypha, conhecido como cis-ne-de-pescoço-preto; Cygnus olor, co-nhecido como cisne-branco; Cygnus buccinator, conhecido como cisne-trombeteiro; Cygnus columbianus, co-nhecido como cisne-pequeno; Cygnus bewickii, conhecido como cisne-de-bewick e o Cygnus cygnus, conhecido como cisne-bravo, ou cisne-selvagem.

Cisne de bewicki Cisne Negro

Cisne Pequeno

Foto ProDesign studio

Cisne TrombeteiroCisne-branco

Foto Dmitry Abduraimov

Page 69: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 70: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

68 JULHO 2019

No dia 29 de junho aconteceu o 1º Dia de Campo e Shopping de Animais Tabapuã GIS, na fazenda Machado, em Dores do Indaiá - MG. O evento foi um sucesso e contou com a presença de 242 pessoas de 25 cidades mineiras. A raça Tabapuã estava em destaque mostrando toda sua funcionalidade, tanto na raça pura quanto nos seus cruzamentos.Aconteceram três palestras e no final um lindo desfile dos animais com um belo churrasco. O 2º dia de campo já ficou agendado para junho de 2020.

EvENTO/DIA DE CAMPODia de Campo e Shopping de animais Tabapuã GIS

Giselle de Sá, Sergio Germano e Mariana Aurora

Giselle de Sá e Sergio Germano Giselle de Sá e Isnei Faria

Giselle de Sa Pinto Gontijo

Marcelo José, Giselle de Sá, Laura Silva e Andreia Marcia Giselle de Sá , Maria Célia de Sá Pinto Gontijo e Sérgio Germano

Carla Adriana, Mariana Aurora, Giselle Sa, Claudio Manuel e Sérgio Germano

Simone Barbosa, Padre Antônio e Luciana.

Helbert Fiuza e Giselle de Sá Rodrigo César e Giselle de Sá Hannah Lacerda, Carlos Augusto, Tatiana Silva, Jordana Paiva, Mariana Aurora e Giselle de Sá

Page 71: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

O Mangalarga Marchador celebra o bom momento. A maior raça de cavalos do Brasil fe-cha o semestre com 17.500 associados registra-dos na Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM). A tradicional entidade, localizada nas dependên-cias do Parque da Gameleira, comemora em 16 de julho de 2019, durante a 38ª Exposição Nacional do MM, 70 anos de história.

O Presidente da Associação, Daniel Borja está animado com as comemorações. Ele con-vidou em 11 de junho de 2019, o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, para com-parecer no evento. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF).

Participaram da reunião, Marcos Pontes, Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Gilson  Machado Neto, Presi-dente do Instituto Brasileiro de Turismo (Em-bratur); Dr Bernardo Junqueira, advogado e o Dr João Vita Fragoso, criador e vice-presidente do Conselho Superior da ABCCMM.  

ÚLtiMas do MarcHador

Em clima de esquenta para a Nacional, a exposição Herdeiros da Raça, promovida pelo Núcleo da Grande BH também foi ou-tro acontecimento importante destes seis primeiros meses do ano. A Herdeiros acon-teceu de 1 a 7 de abril de 2019.

Foto

: Ace

rvo A

BCCM

M /

F99

Marcos Pontes, Daniel Borja, Jair Bolsonario, Gilson Machado Neto, Bernardo Junqueira e João Vita Fragoso

hERDEIROS: PRÉvIA NACIONAL 2019

Foto

s: Al

adim

Zenit

h

Franklin Evangelista, Yuri Semansky e Alexandre Monteiro

Adolfo Géo, Daniel Borja, Yuri Semansky, José Silvestre de Araújo e Rafael Moreira

Rafael Moreira, Adolfo Géo Filho e Yuri Semansky Engler

João Monteiro, Adolfo Géo Filho, Jonas Oliveira, Hélio e Miguel Medrado

EvENTO/SOCIAL/EXPOSIÇÃO

Page 72: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

70 JULHO 2019

Com o objetivo de ensinar a decorar pequenos ambientes, a professora da Fazu - Faculdades Associadas de Ubera-ba, Paula Caroline Silva Moura, ministrou aulas práticas para alunos da disciplina de Plantas Ornamentais e Paisagismo do curso de Agronomia. Foram construídos terrários abertos, minijardins e vasos de cimento com suculentas e cactos. As pe-ças foram distribuídas pelos setores da faculdade. Ao longo do semestre novas peças serão confeccionadas.

Acadêmicos de Agronomia confeccionam terrários e minijardins

De acordo com a professora, o objeti-vo foi aplicar alguns dos conhecimentos adquiridos de forma teórica, fazer uso das tendências atuais do paisagismo e ain-da observar a aceitação do público-alvo quanto aos produtos.

Os minijardins e terrários têm ganha-do espaço pela praticidade e beleza ver-sátil para decorar qualquer ambiente. Em geral são feitos com espécies de cactos e suculentas, plantas resistentes e que re-querem pouca manutenção.

Como melhorar a gestão da água na fazenda

Agricultores em todo o mundo estão sob pressão para otimizar a efici-ência do uso da água. O Brasil, mesmo sendo uma potência no que se refere à disponibilidade de água em seu territó-rio, vem encontrando problemas com a escassez hídrica nos últimos anos.

No entanto, hoje os produtores já podem contar com tecnologias que ajudam na gestão hídrica e colaboram com aumentos significativos de produ-tividade. É o caso da irrigação por go-tejamento, sistema que entrega água e nutrientes na raiz das plantas, melho-rando sua eficiência e garantindo safras mais produtivas. “A produtividade da água é um método moderno utilizado para mensurar a quantidade de água, em milímetros, aplicado na produção de uma tonelada de qualquer alimen-to. O cálculo leva em conta a interação de dois fatores muito importantes: a produtividade e o volume de água apli-cado pelo agricultor”, explica Cristiano Jannuzzi, Gerente Agronômico Merco-sul da Netafim/Amanco.

A irrigação inteligente, que alia gota a gota com a nutrirrigação, re-duz até 50% no consumo da água, e aumenta a produtividade de 100% em alguns casos. Isso significa que a pro-dutividade da água pode ser de 65% a 95% maior neste sistema.

Marcha das Margaridas abre financiamento coletivo para chegar a Brasília

Giro ruraL

Maior ação latino-americana de mu-lheres do campo, da floresta e das águas chegará à capital federal nos dias 13 e 14 de agosto.

A Marcha das Margaridas, ação femi-nista que reúne mulheres do campo, da floresta e das águas, levará 100 mil mu-lheres para denunciar os retrocessos dos direitos sociais, em curso no Brasil, e pro-por políticas públicas que respeitem o meio ambiente, promovam a produção de alimentos saudáveis e garantam vida digna e livre de violência às mulheres.

Hospedada na plataforma ben-feitoria.com/marchadasmargaridas a campanha oferece contrapartidas para

apoiadoras e apoiadores, a partir de R$ 20 de colaboração. Organizações e mo-vimentos podem ter contrapartidas de visibilidade e parceria nas redes sociais e durante a manifestação, que reúne mu-lheres de todos os estados em atividades abertas ao público.

Apresentado pela atriz, cantora e apoiadora Letícia Sabatella, o vídeo de chamada da campanha está disponível no Youtube e também para download, juntamente com outros materiais de di-vulgação para redes sociais, no diretório público da Marcha das Margaridas.

70 JULHO 2019

Page 73: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

REVISTA Mercado ruraL 71

Seminário SIT Crédito Guilherme Viana

Seminário debate agropecuária em ambientes com restrições hídricas

Mais de 300 participantes acompanharam o evento na Semana da Integração

Tecnológica, em Sete Lagoas – MG, no dia 22 de maio. Com o objetivo de orien-tar e ajudar os agricultores a mudar essa realidade, foi realizado o seminário Es-tratégias de Convivência na Agricultura

em Ambientes com Restrições Hídricas. O encontro fez parte da programação da 12ª Semana da Integração Tecnológica (SIT), em Sete Lagoas.

Os participantes, muitos deles vindos de caravanas do Norte e Nordeste do es-tado, puderam saber mais sobre diversas tecnologias que auxiliam na convivência com a seca. Como, por exemplo, a utili-zação de sorgo e palma forrageira na ali-mentação complementar do gado. Ou-tra tecnologia apresentada foi o sistema

Integração Lavoura e Pecuária (ILP), que atua na recuperação das pastagens.  Os produtores também foram orientados so-bre a conservação da água e do solo. Entre as ações sugeridas estão a proteção de nascentes e a construção de bacias de cap-tação de águas de chuvas. As bacias de captação promovem a infiltração de água no solo, contribuindo para a manuten-ção da vazão nos córregos e

rios, além de garantir o abastecimento humano, a oferta de água para os ani-mais e a manutenção de pequenas cul-turas durante quase todo o ano.

Geração de energia a partir da palha da cana-de-açúcar

Com o objetivo de auxiliar a indús-tria para o aproveitamento desse po-tencial, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) estudam a emissão de compostos clorados durante a combustão, gaseificação e pirólise da palha de cana-de-açúcar.

A palha da cana-de-açúcar possui um potencial para gera-ção de energia similar ao do ba-gaço, porém, ao invés do reapro-veitamento, sua destinação mais comum é o descarte no campo de colheita ou a queima.

Apesar do conteúdo energé-tico similar ao do bagaço, a palha da planta apresenta um teor de cloro entre 0,1% e 0,7% de sua

composição contra apenas 0,02% do bagaço. Esse teor elevado pode propiciar a formação do áci-do clorídrico (HCl), por exemplo, e corroer as tubulações de vapor utilizadas durante a combustão. 

Para dar início a uma nova fase do estudo em 2019, após o fim da etapa de revisão bibliográfica, o IPT instalou dois equipamentos em escala laboratorial que ava-liam o rendimento energético e também a emissão de poluentes gerada nos processos de pirólise, combustão e gaseificação em re-síduos agrícolas.

 

Missão à Ásia acelera discussões em relação a suco de laranja

A Associação Nacional dos Expor-tadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) participou entre os dias 8 e 17 de maio da missão brasileira organizada pelo Ministério da Agricultura (MAPA) e Ministério das Relações Exteriores (MRE), e que poderá abrir mais espa-ço para o suco de laranja nacional no mercado chinês.

Em paralelo às negociações do governo brasileiro, o diretor-executi-vo da entidade, Ibiapaba Netto, este-ve reunido com entidades locais que mostraram intenção de apoio aos plei-tos brasileiros, o que pode acelerar os entendimentos. “O governo tem feito a parte dele, que é levar o assunto para discussão com o governo chinês e nós temos feito a nossa construindo alian-ças locais”, explica Netto.

O tema em questão é a chamada “tarifa de temperatura”, um gatilho que é disparado caso o suco chegue à adu-ana chinesa numa temperatura mais quente dos 18 graus Celsius negativos. “A tarifa de importação literalmen-te dispara de 7,5% para 30%, o que é muito ruim”, explica o diretor.

Segundo ele, isso inviabiliza investi-mentos em terminais locais para receber o produto a granel, que é entregue entre 8 graus Célsius negativo e 10 graus Célsius ne-gativos no caso do Suco Concentrado (FCOJ) e 0 graus e 2 graus positivos para o suco em sua dilui-ção natural (NFC).

REVISTA Mercado ruraL 71

Giro ruraL

Page 74: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM

72 JULHO 2019

Curitiba: capital nacional dos cafés especiais

Giro ruraL

Mais de 800 xícaras de café consumidas por pessoa no Brasil em 2018. Esse núme-ro, que posiciona o país como segundo maior consumidor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, tem projeções ainda mais otimistas: de acor-do com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), até 2021 o país deve estar no topo dos maiores consumidores de café, posição que já ocupa quando o assunto é produção e exportação.

Segundo a Abic, no ano passado, o consumo chegou a 21 milhões de sacas, um cres-cimento de 4,80% se compa-

A espécie que encabeça a

lista dos peixes de água doce mais produzidos no Brasil, atingin-do 400.280 tonela-das em 2018, 11,9% a mais que em 2017, de acor-do com dados divulgados em 2019 pelo anuário Peixe BR da Piscicultura.

Atualmente, de acordo com o Censo Agropecuário 2017, do IBGE – Instituto Brasi-leiro de Geografia -, há mais de 455 mil unidades de criação de organismos aquáticos em todo o país. O Sul segue na liderança com 273.015 estabelecimentos, responsável por 60%, Sudes-te (57.074), Nordeste (48,881), Norte (48.286) e Centro-Oeste (28,285). Os cinco estados líde-res em produção de tilápias são Paraná (123 mil toneladas), São Paulo (69.500 t.), Santa Catarina

Brasil: 4º maior produtor mundial de tilápia

rado ao ano anterior, de acordo com o novo formato de medi-ção da Associação.

REFERêNCIA EM CAFÉS ESPECIAIS

Se o Brasil desponta como referência no consumo de ca-fés, os curitibanos têm grande participação nisso. Não à toa, Curitiba é considerada a capi-tal dos cafés especiais, abrindo espaço para tipos diferenciados de maturação, preparo e expan-são de novas casas, conquistan-do ainda mais consumidores e apreciadores da bebida

(33.800 t.), Minas Gerais (31.500 t.) e Bahia (24.600 t.), que

juntos produzem cerca de 70%

de toda tilá-pia nacional.

O país é o quarto maior p r o d u t o r

de tilápias do mundo, atrás da China (1,86 milhão de tone-ladas), Indonésia (1,25 milhão t.), Egito (860 mil t.) e à frente de Filipinas (330 mil t.) e Tailân-dia (250 mil t.). De acordo com a FAO – Organização das Na-ções Unidas para Agricultura e Alimentação - o mundo produ-ziu 84 milhões de toneladas de peixes de cultivo em 2018 e o objetivo é superar 100 milhões de tonelada em 2025. A tilápia foi responsável por 6 milhões de toneladas em 2018 e o Brasil contribuiu com aproximada-mente 400 mil tonelada, repre-sentando 6,67% do total global.

AGENDA RURAL

JULH

OA

GO

STO

SETE

MBR

O

data evento cidade uF15 a 19 julho XIV Curso de Vigor em Sementes de Soja Londrina PR

16 a 27 de julho 38ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador Belo Horizonte MG

22 a 26 de julho 73º Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos Uberaba MG

23 a 25 de julho AveSui e EuroTier Medianeira PR

30 de julho a 01 de agosto Congresso Aviação Agrícola Sertãozinho SP

04 a 10 de agosto 7th GGAA - Greenhouse Gas and Animal Agriculture Conference 2019 Foz do Iguaçu PR

09 de agosto 10º Dia dos Citros de Mesa Cordeirópolis SP

12 a 14 de agosto IX Congresso Andav 2019 São Paulo SP

13 a 17 de agosto Agroleite Castro PR

17 a 25 de agosto ExpoGenética Uberaba MG

24/08 a 01/09 Expointer Esteio RS

24 a 26 de setembro Expomeat 2019 São Paulo SP

24 a 27 de setembro 16° Congresso do Meio Ambiente Poços de Caldas MG

09 a 12 de setembro EXPOSIBRAM Belo Horizonte MG

Page 75: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM
Page 76: REVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019revistamercadorural.com.br/downloads/julho2019.pdfREVISTA MERCADO RURAL - ANO 8 - Nº 31 - JULHO 2019 JULHO 2019 - Nº 31 PERSONAGEM