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1 movimento Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n°37 - Novembro - 2011 Sob a batuta de Cláudio Cruz

Revista Movimento Vivace

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Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n° 37 - Novembro - 2011

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movimento

Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n°37 - Novembro - 2011

Sob a batuta de Cláudio Cruz

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Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e OHL Brasil.Levamos na memória a melodia dos caminhosque escolhemos.

A OHL Brasil acredita na combinação perfeita entre maestria e dedicação. Por isso, apoia a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto da mesma maneira se dedica para que seus caminhos sejam sempre pautados na excelência.

www.ohlbrasil.com.br

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Palavra da Diretoria

Décio Agostinho GonzalezPresidente OSRP

Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e OHL Brasil.Levamos na memória a melodia dos caminhosque escolhemos.

A OHL Brasil acredita na combinação perfeita entre maestria e dedicação. Por isso, apoia a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto da mesma maneira se dedica para que seus caminhos sejam sempre pautados na excelência.

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15962_OHL_MovimentoVivace_Outubro_Anuncio_21X29,7cm.indd 1 21/10/2011 10:22:10

Não é o momento, ainda, de se falar em despedida. Enfim, o maestro Claudio Cruz

estará aqui até o final do ano, quando regerá o Concerto de Natal da Orquestra

Sinfônica de Ribeirão Preto.

Mas, já se pode pensar na lacuna que o amigo deixará. Amigo sim, porque gosta

da nossa orquestra e porque a colocou como uma das melhores do país. Porque

é amigo dos músicos, dos diretores e funcionários.

Disse o compositor e cantor argentino, naturalizado espanhol, Alberto Cortez,

que quando um amigo se vai, deixa uma lacuna que, mesmo um novo amigo não

a preencherá. Nem mesmo uma estrela.

O maestro Claudio terá o seu substituto, quem sabe, à sua altura. Tenho a

certeza que ele espera por isso para que o seu trabalho de “afinar” a orquestra

não seja desfeito.

A continuidade de sua realização de oito anos será a meta da diretoria e a

homenagem que o maestro merece, perpetuando o seu nome na história desta

“jovem senhora de 73 anos”, como a definiu o Dr. Gandini.

Já, o amigo será insubstituível. Diretores, funcionários e músicos sentirão a sua

falta. O público do teatro sentirá a ausência de sua interatividade.

Porém, antes dos acordes finais à frente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão

Preto, participará do lançamento do CD com músicas natalinas, a obra que

desfilará toda categoria de sua regência e a capacidade dos músicos da OSRP

que interpretam o espírito natalino.

Como já disse, ainda não é a despedida, mas uma preparação para que, no

Concerto de Natal, o público homenageie esse grande músico e maestro.

Sucesso, Cláudio. Acelere o compasso que grandes palcos o aguardam. O

mundo será todo seu.

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Publicação mensal da Associação Musical de Ribeirão PretoRua São Sebastião 1002 - CentroTel (16) 3610-8932 - www.osrp.org.br

PresidenteDécio Agostinho Gonzalez

Jornalistas responsáveisBlanche Amancio - MTb [email protected] Antunes - MTb [email protected]

Colaboração: Eduarda [email protected] & Cia Comunicação - Tel (16) 3916-2840

DIRETORIA EXECUTIVADécio Agostinho Gonzalez PresidenteDulce Neves 1º Vice-PresidenteSilvio Trajano Contart 2º Vice-PresidenteFábio Mesquista Ribeiro Diretor JurídicoTaís Costa Roxo da Fonseca Diretora Jurídica AdjuntoDácio Campos Diretor de PatrimônioLisete Diniz Ribas Casagrande Secretário GeralLeonardo Carolo Secretário AdjuntoJosé Mario Tamanini Diretor FinanceiroEnio de Oliveira e Souza Junior Diretor Financeiro AdjuntoJosé Arnaldo Vianna Cione Diretor Institucional/Orador

CONSELHO FISCAL

Afonso Reis Duarte Antonio Gilberto Pinhata Delcio Bellini Junior Larissa Moraes Di Batista Luiz Camperoni NetoPaulo Cesar Di Madeo

CONSELHO DELIBERATIVO

João Agnaldo Donizete Gandini PresidenteJosé Gustavo Julião de Camargo SecretáriosAbranche Fuad Abdo Adriana Silva Alberto Dabori Amando Siuiti Ito Carmen Rita Cagno Demetrio Luiz Pedro Bom Dinah Pousa Godinho MihaleffEdilberto Janes Elvira Maria Cicci Emerson Francisco M. RodriguesIdelson Costa Cordeiro Itamar Suave Jay Martins Mil-Homens Junior José Donizete Pires Cardoso Juracy Mil-HomensLais Maria Faccio Lucas Antonio Ribas Casagrande Luis Orlando Rotelli RezendeMaria Carolina Jurca FreitasMaria Cecilia ManzolliRaul MarmiroliSander Luiz UzuelleSebastião de Almeida Prado Neto Sebastião Edson Savegnago Tamara Cristina de Carvalho Valdo Barreto Valetim Herrera Willian Natale

Diretoria

Expediente

Indice

Especial 05

Cláudio Cruz rege OSRP até dezembro

Circuito Musical 09

Notas de Concerto 14

Concerto Internacional

Juventude Tem Concerto

Stabat Mater - Tradução

Arquivo [email protected] Histó[email protected] de Canto [email protected]@osrp.org.br

Contato com a OSRP

Produçã[email protected]ó[email protected] de [email protected]@[email protected]

Assistente de comunicação / diagramaçãoBruna Zanuto - [email protected]

FotosIbraim leão, Gisele Haddad

Pesquisa históricaGisele Haddad

Fotolito e impressãoSão Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Tiragem: 1.500 exemplares

Os artigos assinados não representam obrigatoriamente a opinião do veículo

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A OSRP será regida pelo maestro Cláudio Cruz até o final da temporada 2011, que se encerra com o Concerto de Natal, no mês de dezembro. Cruz, que também é spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), tem intensificado sua carreira de apresentações individuais em outros países, o que motivou a saída da OSRP. Por outro lado, a orquestra ribeirão-pretana ampliou sua agenda de concertos e é hoje uma orquestra de ópera, com participação em cinco montagens, tem CDs gravados, o último com lançamento agendado para dezembro próximo, oferece, através de recursos advindos da Lei Rouanet, projetos educativos para comunidades carentes em Ribeirão Preto e Sertãozinho-SP e tem levado música a praças, parques, igrejas, clubes e teatros de várias cidades, além de marcar presença em eventos, como o mais importante festival de música erudita da América Latina - o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. “Passei boa parte de minha carreira como regente à frente da OSRP e a experiência foi especial. A Sinfônica é um bem cultural de grande valor não só para Ribeirão, mas para o Brasil, país que tem formado grandes músicos e precisa de orquestras como esta, tanto para empregar aqui nossos talentos, quanto para contar com esses profissionais e seu trabalho para a qualificação da educação das novas gerações”, diz Cláudio Cruz, que acaba de conquistar o 7° Prêmio Bravo! Bradesco Prime de Cultura, na categoria Melhor CD Erudito, com o álbum “Flausino Vale e o Violino Brasileiro”. À frente da segunda orquestra mais antiga do Brasil em funcionamento ininterrupto, desde 2005, Cruz vivenciou um dos mais expressivos momentos de crescimento da OSRP. “Foram tanos intensos”, diz o regente.

EspecialEspecial

Cláudio Cruz rege OSRP até dezembro

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A orquestra ribeirão-pretana tem 73 anos de idade. É uma orquestra itinerante, com apresentações em várias cidades, tem participações nas montagens das óperas “Madame Butterfly” e “La Bohème” (Puccini), “La Traviata” e “Rigoletto” (Verdi), “Cavalleria Rusticana” (Mascagni), mantém o Arquivo Histórico, que guarda documentos que contam boa parte da história da música na cidade, e a Escola de Canto Coral que conta com o Grande Coro, o Coro Infanto-Juvenil e o Coro de Câmara e é administrada pela Associação Musical de Ribeirão Preto, entidade sem fins lucrativos mantida pela iniciativa privada e com projetos sustentados por leis de incentivo fiscal à cultura.

Neste período, a Sinfônica gravou qua-tro CDs, teve participação em montagens de cinco óperas, ampliou sua atuação no cenário nacional com apresentação de concertos em inúmeras cidades, mar-cou presença no Festival de Campos do Jordão, participou da série “Solistas”, de Paulínia-SP, apresenta-se regularmente na série “In Concert”, do clube A Hebraica, em São Paulo, acompanhada de nomes como Daniela Mercury, Miucha, Wan-derléa, Toquinho e outros, subiu ao palco

Passei boa parte de minha carreira como regente à frente da OSRP e a experiência foi especial.

Cláudio Cruz

junto com Edinho Santa Cruz e Banda na série “Na Estrada do Rock in Concert”, tem trazido à série “Concertos Interna-cionais”, no Theatro Pedro II, solistas con-sagrados de vários países, leva de mú-sica erudita a clássicos da MPB a praças, igrejas, parques, clubes de muitas cidades e, também, ampliou sua atuação com a implantação de projetos educativos, com cursos de canto coral, instrumento e música para crianças carentes em Ribeirão Preto, Sertãozinho, sem contar outros projetos similares em implanta-ção na região e também em bairros de Ribeirão Preto. E ainda tem formado coralistas, pela Escola de Canto Coral da OSRP, que têm participado de concertos da orquestra, além de apresentações in-dependentes na cidade. O Coro da OSRP já fez turnê pela Argentina e Ucrânia e está também no novo CD que acaba de ser gravado, com mais de 100 coralistas, entre crianças e adultos.

“Nossa orquestra cresceu ao mesmo tempo em que o maestro Cláudio Cruz tem sido requisitado para apresentações no Brasil e exterior. Temos uma demanda maior e queremos manter a OSRP entre

as grandes orquestras brasileiras”, explica o presidente Décio Agostinho Gonzalez.

“Para transformarmos a Sinfônica no que ela é hoje e com novos e ou-sados projetos para a próxima tempo-rada, temos que ter um grande nome, como tem sido Cláudio Cruz, e um corpo de músicos de excelência, como temos orgulho de apresentar hoje”, diz a vice-presidente da OSRP, Dulce Neves. Responsável pelo encaminhamento de projetos ao Ministério da Cultura

e captação de re-cursos pelas leis de incentivo fiscal à cultura, como Lei Rouanet, Dulce está entusiasmada com a ampliação da participação da Sinfônica no cenário regional e

nacional e antecipa: “Para a nova tem-porada, teremos, também, um regente à altura que reconheça a qualidade do nosso corpo de músicos, que tenha ativa participação neste momento importante da história da OSRP e que continue e en-grandeça o trabalho feito até agora e que conta muito com o empenho de Cláudio Cruz”, resume.

Novo regenteA diretoria vai promover uma seleção

para definir o nome do regente que assu-mirá em 2012. Ele ressalta que a OSRP tra-dicionalmente é regida por maestros reno-mados no cenário nacional e internacional e tem se projetado graças ao nível técnico de seus músicos e regentes e escolherá um grande nome para assumir o cargo. “!Fica-mos honrados em termos trabalhado com um regente como Cláudio Cruz e estaremos acompanhando com orgulho a carreira dele a partir de agora”, finaliza.

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Dia 08/10

OSRP no aniversário do Theatro Pedro II

Circuito Musical

Soprano Daniella Carvalho aclamada pela crítica por sua “voz de vinho escuro e expressivo”

Dia 14/10

Camerata na palestra de Augusto Cury

A Camerata da OSRP esteve presente na palestra do escritor Augusto Cury, no Teatro Municipal de Luiz Antonio-SP.

O evento que aconteceu na sexta-feira teve início às 20h.

A OSRP fez uma apresentação especial em comemoração ao ani-versário de 81 anos do Theatro Pedro II. O concerto teve regência de Reginaldo Nascimento, com apresentação do Grande Coro da Escola de Canto Coral (ECC) da Orquestra com os solistas Daniella Carvalho, Cristina Modé Angelotti e Wladimyr Carvalho. A regente Snizhana Drahan é a responsável pela ECC e preparou o Coro.

Maestro Reginaldo Nascimento, o maestro italiano Antonio Pantaneschi e José Mario Tamanini, diretor OSRP

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Cláudio Cruz regeu o concerto de número 1.185 que apresentou a técnica das jovens solistas, alu-nas do professor Cláudio Soares no Japão: Yuki Minami, de 16 anos, e a irmã Kyoka, de 14 anos. Elas exe-cutaram Prokofief e Saint-Saëns ao piano e surpreenderam o público.

Dia 15/10

Série “Concertos Internacionais” traz solistas jovens do Japão

Violoncelista Michele Guedes

Clarinetistas Bogdan Dragan e Krista H Munhoz

Dulce Neves, Cláudio Cruz e Cristiane Bezerra

Yuki Minami, Décio A. Gonzalez e Kyoka Minami

Yuki Minami e Kyoka Minami, com a OSRP

Denis Usov,Yuki Minami e Marcelo Soares

Kyoka Minami

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Dia 16/10

Pais e filhos no “Juventude Tem Concerto”As irmãs Yuki e Kyoka Minami foram

recebidas com plateia lotada no Theatro Pedro II, na manhã do domingo. Adultos e crianças de todas as idades acompa-nharam o Concerto n° 1 para Piano e Or-questra em Ré Bemol Maior, de Prokofief, com a solista Yuki, e o Concerto n° 3 para Piano e Orquestra em Mi Bemol Maior, de Saint-Saëns, com solo de Kyoka.

Kyoka Minami, Yuki Minami e o maestro Cláudio Cruz no JTC

Richard Gonçalves e Michele Guedes

Professor das irmãs Minami,Cláudio Lisboa Soares

Violinista Gilliard Tavares e Petar Krastanov Violinistas Anderson Oliveira e Eduardo Felipe

Plateia lotada Escolas da região

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A Camerata da OSRP fez homena-gem à gestora da Orquestra, Cristiane Bezerra, que rece-beu título de cidadã ribeirão-pretana.

Sob regência de Reginaldo Nascimento, OSRP e Coro de Câmara se apresentaram na Catedral Metropolitana. Com preparação da regente do Coro Snizhana Drahan, o concerto teve participação dos solistas Renata Ferrari, Wladimyr Carvalho, Priscila Cubero, Cristina Modé, Carla Barreto, João Carlos Simão.

Sob a regência de Reginaldo Nas-cimento, a OSRP apresentou-se nas Faculdades COC, no seminário realizado para o curso de Contabilidade. Apresen-tou a peça “Concertino para Trombone e Orquestra de Cordas” de Erik Larsso, Primavera de “As Quatro Estações” de Antonio Vivaldi, e “Andante para Flauta” de Wolfgang Mozart.

Dia 18/10

Camerata na Câmara Municipal

Dia 22/10

Orquestra na Faculdades COC

Dia 30/10

Coro de Câmara e Orquestra na Catedral

Carlos Bolfarini

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Notas de Concerto

Abertura da ópera “Tannhäuser e o torneio de trovadores de Wartburg”, WWV 70Richard Wagner (1813 – 1883)

“Tannhäuser e o torneio de trovadores de Wartburg” é uma grande ópera em três atos, composta pelo alemão Wilhelm Ri-chard Wagner, um dos mais significativos e inovadores nomes do cenário operístico do século XIX. Por ser muito aclamada no repertório orquestral, a Abertura desta magnífica obra é frequentemente apre-sentada como peça independente, ou seja, embora a sua função seja a de intro-duzir ou iniciar a ópera, sua força e beleza musicais lhe dão autonomia para que seja apresentada isoladamente como peça de concerto. Além da parte musical, Wagner também se encarregou de escrever o texto não só desta ópera, mas de todos os seus trabalhos, já que contava com um dom extraordinário como literato. Quase sempre se desanimava com os trabalhos dos libretistas de sua época – profissionais que escreviam os libretos das óperas, ou seja, o enredo – o que o forçava a assumir essa função.

O próprio Wagner costuma chamar suas óperas de “dramas musicais”, um termo que segundo ele, expressava melhor o seu sentido artístico. Wagner concebia a ópera como algo muito mais amplo do que a simples articulação entre músicas e cenas; pensava nela como um grande espetáculo em que a teatralida-de, a arte visual, a expressão corporal, o vestuário, o cenário e demais elementos estariam conjugados num mesmo plano de igual importância. Se olharmos para seu passado, podemos entender essa sua concepção. O pai de Richard Wagner, Carl Friedrich Wagner, morreu após seis me-ses de seu nascimento. Posteriormente, sua mãe Johanna Rosine, se casou com o dramaturgo Ludwig Gayer, o qual se apegou muito ao pequeno Richard, e foi justamente quem o influenciou na questão dramatúrgica. Outra grande colaboração de Wagner para a ópera foi o emprego de leitmofis - do alemão, motivo contínuo - que é uma técnica defi-nida como a representação sonora de um

Concertos Internacionais

dos quaisquer elementos da ópera, que podia ser um personagem, um lugar, um ambiente ou até mesmo um sentimento. Para cada um desses elementos escolhi-dos, Wagner criava uma melodia ou uma ideia harmônica que os identificassem, como se fosse uma identidade sonora exclusiva de cada um deles, porém, é uma identidade sujeita a mutações, as quais dependiam do estado de ânimo desses elementos. Por exemplo, quando a personagem sofre uma desilusão ou uma perda que a leve para um estado de profunda tristeza, o seu leitmofiv, que antes havia sido apresentado de maneira alegre e brilhante, também se transfor-ma para refletir esse sentimento através da mudança de tonalidade ou do caráter.

Esta ópera em particular é uma fusão de duas lendas alemãs distintas: a do me-nestrel “Tannhäuser”, que originalmente fora como um cavaleiro de cruzada da re-gião da Franconia, e da lenda do “Torneio de Trovadores de Wartburg”, sendo que ambas foram anacronicamente ligadas e arranjadas pelo escritor Ludwig Bechstein, cabendo a Wagner o cuidado de fazer a readaptação para a ópera, tornando o enredo compatível com a trama musical.

A abertura começa com uma das melodias mais memoráveis de toda a ópera: o “Coro dos Peregrinos”, um coral majestoso, bucólico, que é apresentado pelas trompas, fagotes e clarinetas. Essa mesma música será cantada no primeiro ato, por um grupo de peregrinos que cantam seus pecados na busca por um perdão. Assim, a abertura segue apresen-tando várias cenas que serão novamente utilizadas durante os três atos da ópera. Geralmente, as aberturas de óperas são utilizadas como uma maneira de expor os principais motivos musicais de toda a obra, como uma prévia ou uma espécie resumo dos materiais musicais mais im-portantes, mas que constituem um texto inicial que serve de introdução. Podemos ainda compará-la a uma boa sinopse de um livro, que instiga o leitor dando alguns detalhes sobre a história, porém, sem revelá-la por completo.

Por fim, é também uma obra de aber-tura dos nossos sentidos, paras as ricas imagens sonoras que a música de Richard Wagner é capaz de evocar.

Stabat Mater, Op.58Antonin Dvořák (1841 – 1904)

“Stabat Mater” é um poema religio-so cuja origem remonta ao século XIII. Era um texto usado na liturgia romana, como sequência da missa ou então na forma de um hino. O termo é uma abreviação da primeira frase do texto em latim – Stabat Mater dolorosa - que em uma tradução aproximada para o português significa - Estava a mãe a so-frer”. O texto refere-se à mãe de Jesus, portanto, trata-se de um poema que relata a aflição de Maria ao assistir a triste cena da crucificação de seu filho Jesus. Vários compositores se utilizaram do texto como base para suas composi-ções, dentre eles estão Vivaldi, Dome-nico Scarlatti, Pergolesi, Joseph Haydn, Rossini, Verdi, e muitos outros, incluindo compositores contemporâneos de nosso tempo como Penderecki e Arvo Pärt.

A partir do século XIX, o gênero deixa de ser exclusividade do meio litúrgico e passa a ser composto no intuito de ser uma obra de concerto, ganhando novas proporções em relação à estrutura e orquestração. Exemplo disso é o “Stabat Mater” para solistas, coro e orquestra do compositor tcheco Antonin Dvořák, que ampliou o gênero à dimensões próxi-mas às de um oratório, tornando-o uma verdadeira cantata. Foi a primeira obra sob tema religioso que Dvořák se aven-turou a compor. A obra completa está dividida em 10 partes, cada qual com uma estrutura e orquestração peculiar, sendo que somente a primeira e última parte é que possuem relações temáticas entre si. O primeiro movimento segue o modelo de uma forma sonata estendida, em estilo sinfônico. Começa com uma longa introdução orquestral que em seguida é repetida pelo coral, sendo que o segundo tema de caráter contrastante é apresentado pelos solistas. A seguir, temos uma seção onde o material apre-sentado é desenvolvido, conduzindo a música para a re-exposição do tema de abertura da obra. O movimento final reutiliza o mesmo material da abertura do primeiro movimento, porém, quando alcançada a seção do “Amém”, a música adquire um caráter brilhante, suntuoso,

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Juventude Tem Concerto

que modula para uma tonalidade maior culminando em uma fuga de considerá-vel complexidade.

A obra é envolta por forte sentimento de melancolia e introspecção, além da atmosfera densa conseguida através da opulência do coral, características que tanto podem ser reflexos da própria na-tureza do poema, quanto também podem ser provenientes da profunda dor que Dvořák carregava consigo enquanto fina-lizava sua magnífica obra. Por ironia do destino, tinha ele nesta ocasião perdido dois de seus filhos em um curto espaço de tempo, o que pode ter feito com que seu sofrimento encontrasse refúgio e conforto naquele poema litúrgico de grande força, amparando o pai que ali estava a sofrer.

Concerto para Piano e Orquestra n° 2, em Fá Maior, Op.102Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)

De uma forma geral, o concerto para piano e orquestra foi e ainda é um dos gêneros prediletos dos compositores, dando assim, continuidade a um legado que começa com importantes nomes do período clássico tais como Joseph Haydn e Thomas Arne e seus primeiros concertos para fortepiano – um antecessor do piano de concerto tal qual conhecemos hoje – culminando em Mozart e seus incríveis 27 concertos, seguindo e se desenvolvendo com Carl Maria von Weber, Frédéric Cho-pin, Franz Liszt, Rachmaninnoff, Prokofieff e tantos outros que se propuseram a explorar as infinitas possibilidades do instrumento, adentrando também no século XX e XXI sob novas perspectivas e releituras. No período romântico, em especial, o concerto para piano era um dos principais gêneros dos compositores, sobretudo dos russos, que tanto zelavam por esse instrumento. Lembremo-nos de que a escola russa de piano sempre foi uma referência, de onde inúmeros virtuosos saíram, criando assim um am-biente propício para que tanto a técnica quanto as composições específicas para o instrumento se desenvolvessem a níveis consideráveis.

O compositor russo Dmitri Shostako-vich compôs dois concertos para piano e orquestra, sendo que o segundo, datado de 1957, foi um presente dedicado ao seu filho

Maxim, que acabara de completar 19 anos. Foi o próprio Maxim, na época um proemi-nente pianista, quem estreou esse mesmo concerto a ele dedicado, na ocasião de sua formatura no Conservatório de Moscou.

O segundo concerto para piano e orquestra de Shostakovich possui uma linguagem mais leve, envolto por uma energia jovial que transborda de vigor. Pode ser que esse caráter tenha sido re-flexo da inspiração de seu jovem filho, mas também pode ter sido incentivado por um importante fato político da história russa. Em 1953, o ditador Joseph Stalin veio a falecer, fazendo com a névoa de pavor que assolava toda a elite intelectual russa – e isso incluía vários artistas tanto da música quanto de outras áreas – se dissolvesse, resultando em um grande alívio social

Shostakovich, ora compunha peças sóbrias, densas e sérias, e ora abusa-va do sarcasmo e da sátira, ou ainda, mesclava ambas as possibilidades. Po-rém, nesse seu segundo concerto para piano, podemos perceber uma postura mais clássica, como se ele olhasse para um passado longínquo de Haydn, tanto no espírito quanto na formalidade. Estruturalmente temos um modelo bastante convencional de andamentos para concertos, ou seja, o primeiro movimento de caráter mais vivo – Al-legro –, um segundo andamento mais calmo e moderado – Andante – e no terceiro – Allegro – o caráter mais vivo e brilhante retorna. Tanto o primeiro quanto o terceiro andamentos são

similares em relação à estrutura, cada qual com seu próprio caráter. O primeiro andamento começa com uma melodia um tanto quanto ousada, com um tom de ironia leve e sutil, e logo é abarcada com uma impetuosidade quase militar, sendo acompanhado pela caixa clara na percussão, seguido por momentos orquestrais triunfantes. O segundo movimento é tomado por uma singeleza de grande beleza e lirismo, com uma espiritualidade que muito facilmente poderíamos confundir com o estilo de Rachmaninoff. As cordas contam com o lirismo da trompa para que um ambiente contemplativo e majestoso seja criado, onde o solista realiza lentos arpejos na mão esquerda que servem de leito para as longas melodias da mão direita. Um movimento onde a simplici-dade é a tônica. Imediatamente, e sem interrupções, o piano conduz ao terceiro movimento, em tom mais descontraído e divertido do que o primeiro. Há de se notar que, há muitas passagens com escalas e arpejos, o que, segundo o próprio Shostakovich, foi uma citação direta ao famoso exercício de técnica pianística Hanon, pois somente assim - disse o compositor em tom de brinca-deira - seu filho seria forçado a estudá-los. O movimento encerra de maneira extasiante, em um galope que acontece logo após um clímax liderado pela flauta e piccolo. É uma obra sedutora, repleta de momentos inspiradores, que nos conquista e prende do início ao fim.

Concerto para Piano e Orquestra n° 1, em Dó Maior, Op.15 Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

O “Concerto para Piano e Orquestra em Dó Maior, Op.15”, de Ludwig van Bee-thoven, foi composto entre 1796 e 1797 e foi o primeiro de uma série de cinco con-certos para piano. Beethoven foi de suma importância na transição do Classicismo para o Romantismo, porém essa mudança ocorreria tardiamente em sua vida e de maneira progressiva. No começo de sua vida enquanto compositor ele ainda era um clássico e, como tal, seguia os modelos

dos maiores pilares do Classicismo: Joseph Haydn (1732 – 1809) e Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791). Há relatos de que no ano de 1787, Beethoven teria viajado para Viena na esperança de ter aulas com Mozart. Não temos detalhes sobre se esse encontro de fato aconteceu, ou se eles mantinham algum tipo de contato. Por volta de seus 20 anos, Beethoven teve aulas com Haydn em Viena.

Nesse seu primeiro concerto, podemos notar a forte assimilação dos estilos de Haydn e Mozart, não só em relação à for-ma, que não se mostra tão ousada quanto nos demais concertos, em especial nos de número 3, 4 e 5, mas também em relação à construção melódica e harmônica. Porém, embora os estilos ainda sejam baseados nos moldes clássicos, é incontestável a

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Dario Rodrigues Silva é gra-duando do curso de Música, bacharel em Piano, da USP-Ribeirão. Além das atividades de intérprete-pianista, atua como pesquisador (bolsista PIBIC/CNPq) na área de performance e práticas interpretativas, com foco nas obras pós-modernas para piano do compositor bra-sileiro Almeida Prado. Possui artigos publicados no Seminá-rio Nacional de Pesquisa em Música, (SEMPEM 2009 e 2010, Goiânia/GO), na Iª e IIª sema-nas “Jovens Pesquisadores” do Departamento de Música da USP-Ribeirão e, recentemen-te, na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM 2011, Uber-lândia/MG). É curador do pro-jeto “Terças Musicais”, o qual fornece semanalmente música gratuita à população de Ribeirão Preto, mostrando a produção acadêmica dos alunos.

presença da impetuosidade de Beethoven, que embora jovem, já deixava transparecer boa parte de seu espírito indomável.

No primeiro movimento – Allegro con brio – Beethoven emprega uma forma sona-ta, onde a orquestra é quem se encarrega de fazer a apresentação dos dois temas princi-pais. Aqui, percebemos uma forte influência do estilo mozartiano no tratamento temáti-co: o piano não começa com a apresentação do tema, mas sim a orquestra, e quando o solista surge, ao invés de repetir o tema já exposto pela orquestra, traz ao discurso uma nova ideia musical, apresentando materiais inéditos que posteriormente serão desenvol-vidos. Antes da coda de encerramento feita pela orquestra, o solista realiza a cadência, ou seja, momento onde somente o piano predomina, realizando passagens virtuo-sísticas baseadas nos materiais temáticos apresentados no decorrer do movimento. É a parte do concerto onde o solista exibe sua destreza técnica e musical. O segundo andamento – Largo – é uma forma ternária no modelo ABA. Na seção “A”, vários temas melódicos são apresentados, imbuídos de grande lirismo e musicalidade, seguindo para a seção “B”, onde esses mesmos temas são desenvolvidos e retrabalhados para que posteriormente, após uma preparação, a seção “A” retorne com sutis modificações. O terceiro movimento é um Rondó – Allegro scherzando – no modelo ABACADA, uma forma tradicional do período clássico, am-plamente utilizada por Haydn e Mozart. No Rondó - do francês rondeau, uma dança de roda, vindo daí, seu aspecto cíclico - temos um tema principal com forte caráter dan-çante, representado pela letra “A”, o qual é intercalado com temas secundários e con-trastantes, não só no caráter melódico, mas principalmente na tonalidade. O movimento termina com um forte contraste dinâmico, onde o piano desenvolve uma melodia suave e calma, enquanto a orquestra avança para o encerramento com grande massa sonora.

Concerto para Piano e Orquestra n° 21, em Dó Maior, KV.467Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Talvez o mais importante legado do re-pertório pianístico resida nos 27 concertos para piano e orquestra de Wolfgang Ama-

deus Mozart. Através de um dos maiores nomes do período clássico, o gênero ganhou novas proporções. Pela primeira vez, desde os primeiros concertos para teclado de C. Ph. Emanuel Bach (1714 – 1788) – filho de J. S. Bach, que muito influenciou Mozart em suas primeiras alçadas como compositor -, Johann Schobert (ca. 1735 - 1767), Johann Baptist Vanhal (1739 - 1813), o gênero foi exposto a questões mais complexas como, por exemplo, o diálogo entre a orquestra e o piano solista e as possibilidades que po-deriam surgir dessa conversa e, claro, como alguns problemas referentes ao uso dos materiais temáticos poderiam ser resolvidos. O esforço de Mozart estava centrado no equilíbrio dos aspectos sinfônicos da música de concerto, com o vocabulário pianístico, o que para muitos compositores anteriores foram verdadeiras armadilhas.

Seu “Concerto para Piano e Orquestra n° 21, em Dó Maior” é de sua época ma-dura, do ano de 1785, período das grandes obras vienenses. É desse mesmo ano o seu também famoso “Concerto n° 20, em Ré menor, KV. 466”. Curiosamente, os dois constituem um par contrastante, quase antagônico em relação ao caráter década um, pois enquanto seu “Concerto em Ré menor” tem uma atmosfera mais sombria e nebulosa, o “Concerto em Dó Maior” é mais brilhante e luminoso. No final desse mesmo ano, Mozart também compôs o “Concerto n° 22 em Mi Bemol Maior”.

O primeiro movimento, um Allegro ma-estoso na forma sonata, possui um impulso que muito nos lembra uma marcha. Esse motivo permeia toda a obra, ora sendo intercalado com motivos mais líricos e melódicos, ora retornando ao forte caráter militar, fazendo dessa dualidade um agradá-vel jogo entre solista e orquestra. Há ainda uma cadência no final desse movimento, embora no manuscrito de Mozart não cons-te nenhuma, pois pode ter sido perdida ao longo dos anos. Vale lembrar que, Mozart era um exímio improvisador, portanto, ele quase nunca escrevia suas cadências, pois preferia improvisá-las durante o concerto. Muitas anotações foram encontradas e editadas como sendo cadências por ele mesmo escritas, inclusive, alguns concertos contam com mais de uma versão de cadên-cia, fato que mostra o quanto ele variava nesse aspecto, mas outras infelizmente se perderam. Há ainda a possibilidade de o intérprete escrever sua própria cadência, prática essa muito comum. O segundo mo-vimento, Andante, começa com uma seção

exclusiva para as cordas, onde os primeiros violinos realizam uma melodia inspiradora e de grande lirismo, guarnecida pelo apoio harmônico dos demais instrumentos de cordas. É um movimento tripartido, ou seja, em três partes, onde o solista irá surgir somente na segunda dessas seções, fazendo relembranças de motivos apresentados pela orquestra na primeira seção e, também, inserindo novos elementos musicais para o diálogo. Em seguida, depois que os ma-teriais foram explorados e desenvolvidos, voltamos à re-exposição da primeira seção, novamente com as cordas e a melodia marcante nos primeiros violinos, porém, com uma breve corda que finaliza a seção. O último movimento, um Allegro vivace as-sai, se encontra na forma Rondó, cujo tema principal é exposto em tutti pela orquestra de maneira extasiante, preparando a en-trada do piano, que segue desenvolvendo as ideias apresentadas. Nesse movimento, Mozart opta por uma escrita mais fluídica entre piano e orquestra, que trocam linhas em um diálogo constante. No final, o tema principal é mais uma vez relembrado para encerrar a obra de maneira triunfante.

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1 Stabat Mater dolorosa iuxta crucem lacrimosa dum pendebat FiliusEm pé, a Mãe dolorosa, chorando junto à cruz da qual pendia seu Filho. De pé, a mãe dolorosa junto da cruz, lacrimosa, via o filho que pendia

2 Cuius animam gementem contristatam et dolentem pertransivit gladiusCuja alma gemente, entristecida e dolorida por causa da espada que atravessava Na sua alma agoniada enterrou-se a dura espada de uma antiga profecia

3 O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta Mater UnigenitiOh, quanto triste a tão aflita ela estava, a mãe bendita do Unigênito Oh! Quão triste e quão aflita entre todas, Mãe bendita, que só tinha aquele Filho

4 Quae moerebat et dolebat et tremebat cum videbat nati poenas inclyti Quae moerebat et dolebat Pia Mater dum videbat nati poenas inclytiComo suspirava e gemia [e tremia] Mãe Piedosa, ao ver os sofri-mentos de seu divino Filho Quanta angústia não sentia Mãe piedosa quando via as penas do Filho seu!

5 Quis est homo qui non fleret Matri Christi si videret in tanto supplicio?Quem homem não choraria se visse a Mãe de Cristo em tamanho suplício? Quem não chora vendo isso: contemplando a Mãe de Cristo num suplício tão enorme?

6 Quis non posset contristari Matrem Christi contemplari dolen-tum cum filio?Quem não se entristeceria ao contemplar a Mãe de Cristo, condoí-da com seu filho? Quem haverá que resista se a Mãe assim se contrista padecendo com seu Filho?

7 Pro peccatis suae gentis vidit Iesum in tormentis et flagellis subditumPelos pecados de seu povo, viu Jesus em tormentos e submetido aos flagelos. Por culpa de sua gente Vira Jesus inocente Ao flagelo submetido

8 Vidit suum dulcem natum moriendo desolatum dum emisit spiritumViu seu doce nascido [filho] morrendo abandonado quando entre-gou seu espírito Vê agora o seu amado pelo Pai abandonado, entregando seu espírito

9 Eia Mater, fons amoris, me sentire vim doloris fac ut tecum lugeamEia, mãe, fonte de amor, faz-me sentir tanto as dores que eu possa chorar contigo. Faze, ó Mãe, fonte de amor que eu sinta o espinho da dor para contigo chorar

10 Fac ut ardeat cor meum in amando Christum Deum ut sibi complaceamFaz que arda meu coração de amor por Cristo Deus, para se compa-decer Faze arder meu coração do Cristo Deus na paixão para que o possa agradar

12 Tui nati vulnerati tam dignati pro me pati poenas mecum divideAs feridas de teu filho, que por mim padeceu as penas, divide comigo. Do teu filho que por mim entrega-se a morte assim, divide as penas comigo.

Stabat Mater

13 Fac me vere tecum flere crucifixo condolere donec ego vixero Fac me tecum pie flere crucifixo condolere donec ego vixeroFaz-me contigo [piedosamente] verdadeiramente chorar, sofrer com o crucificado enquanto eu viver. Oh! Dá-me enquanto viver com Cristo compadecer chorando sempre contigo.

14 Iuxta crucem tecum stare te libenter sociare in planctu desidero Iuxta crucem tecum stare et me tibi sociare in planctu desideroQuero estar contigo junto à cruz e, de boa vontade quero me associar ao teu pranto. Junto à cruz eu quero estar quero o meu pranto juntar às lágri-mas que derramas

15 Virgo virginum praeclara mihi iam non sis amara fac me tecum plangereVirgem das virgens preclara, não sejas amarga comigo, faz-me contigo chorar. Virgem, que às virgens aclara, não sejas comigo avara dá-me contigo chorar.

16 Fac ut portem Christi mortem passionis eius sortem et plagas recolere Fac ut portem Christi mortem passionis fac consortem et plagas recolereFaz que eu traga a morte de Cristo, que eu participe de sua pai-xão e que venere suas chagas Traga em mim do Cristo a morte, da paixão seja consorte, suas chagas celebrando

17 Fac me plagis vulnerari cruce hac inebriari ob amorem filii Fac me plagis vulnerari fac me cruce inebriari et cruore filiiFaz me ferido pelas chagas, pela cruz embriagado de amor pelo teu Filho Por elas seja eu rasgado, pela cruz inebriado, pelo sangue de teu Filho!

18 Inflammatus et accensus, per te, Virgo, sim defensus in die iudicii Flammis ne urar succensus, per te, Virgo, sim defensus in die iudicii Flammis orci ne succendar, per te, Virgo, fac, defendar in die iudiciiInflamado e abrasado, que eu seja defendido por ti ó Virgem, no dia do Juízo. No Julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem por ti é defendido

19 Fac me cruce custodiri morte Christi praemuniri confoveri gratia Christe cum sit hinc (iam) exire da per matrem me venire ad palmam vicoriaeFaz-me ser guardado pela cruz, fortalecido pela morte de Cristo e confortado pela graça. Quando do mundo eu partir dai-me ó Cristo conseguir, por vossa Mãe, a vitória

20 Quando corpus morietur fac ut animae donetur paradisi gloria. AmenQuando meu corpo morrer, faz que minha alma alcance a glória do paraíso. Amém Quando meu corpo morrer possa a alma merecer do Reino Celes-te a glória. Amém

Tradução Fonte: http://www.stabatmater.info/portugues.html

Pesquisa: Snizhana Drahan

Tradução

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Programa

Regente: Claúdio Cruz

Richard Wagner - Abertura da ópera Tannhäuser e o Torneio de Trovadores de

Wartburg

Dmitri Shostakovitch - Concerto n° 2 para Piano e Orquestra

Solista: Michel Bourdoncle

Antonín Dvořák - Stabat Mater

I - Stabat Mater dolorosa

II - Quis est homo

III - Eja Mater

IV - Fac ut ardeat cor meum

VIII - Fac ut portem Christi mortem

X - Quando corpus morietur

Participação: Coro da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto

Solistas: Wladimyr Carvalho (barítono), Carla Barreto (soprano), Cristina Modé

(mezzo-soprano), Cleyton Pulzi (tenor)

Concerto InternacionalNº 1191

Ribeirão Preto, 26 de novembro de 2011Theatro Pedro II, 21h

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Claúdio CruzMaestro-Titular

Paulistano, iniciou seus estudos musicais com o pai. Aos 17 anos ingressou na Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. Posteriormente, tocou no Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. É spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) desde 1990. Foi diretor da Orquestra de Câmara Villa-Lobos, de São Paulo.

Em novembro de 2001 assumiu o cargo de regente-titular da OSRP; com esta criou a série Concertos Internacionais re-cebendo grandes artistas como Nelson Freire, Maria João Pires, Antonio Meneses, Dang Thai Song, entre outros, e artistas da MPB como Ivan Lins, Toquinho, Agnaldo Rayol, Leila Pinheiro, Nana Vasconcelos. Foi o regente-titular da Orquestra de Campinas em 2004 e 2005; com esta regeu as óperas Lo Schiavo de Carlos Gomes e Don Giovanni de Mozart.

Em 2007 regeu a ópera Rigoletto de Verdi em Ribeirão Preto. Em março de 2011 regeu a ópera La Bohème de Puccini. Como diretor artístico realizou grandes projetos de formação de platéia e viabilizou a gravação de vários CDs.

Ganhador do Prêmio APCA duas vezes; do Prêmio Carlos Gomes duas vezes e do Grammy Latino 2002. Foi indicado para o 7° Prêmio Bravo! Bradesco Prime de Cultura 2011, na categoria Melhor CD Erudito.

Com intensa carreira no exterior, tem concertos programados na França, Alemanha e Japão nas temporadas 2011 e 2012.

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Snizhana DrahanSoprano

Snizhana Drahan é formada em Regência Coral pela Academia Nacional de Música da Ucrânia (1998). Trabalhou como regente do Coral Infantil da Igreja Ortodoxa, com o qual fez turnê pela França, e como regente no Grande

Coral Infantil da Fábrica de Aviões Antonov, com o qual fez turnê pela Bulgária. Em 1998 e 1999 foi regente e professora de Regência na Faculdade de Música da Universidade de Pedagogia (Ucrânia).

Desde 1999 desenvolve intenso trabalho pedagógico na área de canto e canto coral no Brasil ministrando oficinas de regência e canto na região junto com a Secretaria de Estado da Cultura e Oficina Cândido Portinari. Fundou vários grupos corais que funcionam até os dias de hoje, organizou e participou como cantora de inúmeros recitais e shows.

Desde agosto de 2008, coordena a Escola de Canto Coral (ECC) da OSRP, cujos coros adulto e infantil vêm se apresen-tando no decorrer desses anos no Theatro Pedro II.

Em 2007, concluiu o mestrado na área de Musicologia (ECA-USP) e, atualmente, está desenvolvendo a pesquisa na área de voz em nível de doutorado na USP-Ribeirão Preto.

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SOPRANOS

Adelaide de Almeida

Andréa Vettorassi

Andreia A. Gomes

Blanche Amancio

Bruna Amaral

Camila C. Christo

Carla Barreto

Érika Danyla Inácio

Fernanda Onofre

Flora M.D.B. Pessini

Giulia Faria

Karina Fernandes

Leny Freitas de Oliveira

Marcela S. Cordeiro

Marcia dos Santos

Maria Yvette da Silva

Priscila Bastos

Renata Ferrari

Simone Barnabe

Sylvia Dias

Terezinha Cristina Lima

MEZZO-SOPRANOS E CONTRALTOS

Aline Ribeiro

Coro da OSRPEscola de Canto Coral

Ana Rosa Lorenzato

Andrea Candido dos Reis

Arlene Moreli

Carmen de Souza

Cristina Mode

Debora Floriano

Fernanda Coutinho

Heloisa Sampaio

Ines Castilho

Isabela Mestriner

Juliana Tarla

Ligia M. Pinto

Márcia Carvalho

Marta Gomes

Milena Floria Santos

Milena Souza

Priscila Cubero

Tais Roxo

Tamara Pereira

Waleska Ferreira

TENORES

Carlos Arena

Cyrilo Gomes

David Faria Araujo

Eduardo de Assis

Eduardo Reis

Elias Brito

Eliton de Almeida

Evandro Prado

João Carlos Simão

Osmar Capacle

Ricardo Fenerich

Roberto Teixeira

BARÍTONOS E BAIXOS

Alexandre Mazer

Cleiton Frazon

Douglas Amancio

Gildo Legure

Leonardo Madaleno

Luis Cesar Colombari

Luis R. Brassarola

Marcos Lanari

Marcos Sacilotto

Mario Cenedesi

Pedro Ferreira

Rodrigo Quintiliano

Thiago Garofalo

Wladimyr Carvalho

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Já viveu papéis como: Bastien na ópera “Bastien und Bastienne” de Mozart, Rei Gaspar em “Amahl and the night visitors” de Giancarlo Menotti, Rinuccio em “Gianni Schicchi” de G. Puccini. Em 2005 recebeu o Prêmio Revelação masculino no 1° Concurso Nacional de Canto “Edmar Ferreti”. Em 2010, foi vencedor do 1° Concurso de Canto Lírico do Rotary Club SP, classificando-se para a segunda fase do 4ª International Rotary Opera Contest que aconteceu no Teatro São Carlos, em Lisboa, Portugal, ficando entre os 10 semi-finalistas.

Venceu o concurso Bauru Atlanta Competition, com convites para recital na cidade de Atlanta (Georgia-EUA) em 2011, e para o festival La Musica Lirica 2011 em Novafeltria, Itália. Foi o primeiro classificado brasileiro para a semi-final do Concurso Internacional Jaume Ara-gall, que aconteceu em Sabadell, Espanha. Em 2011, interpretou Parpignol em “La Bohème”, sob a regência de Cláudio Cruz.

Cleyton PulziTenor

Começou sua carreira com Jacqueline Courtin e Bernard Flavigny no Conservatoire d’Aix-en-Provence. Estudou no Paris Conservatoire, conquistando os primeiros prêmios em música de câmara e piano sob as aulas de Geneviève Joy e Dominique Merlet.

Seu encontro com Carlos Roque Alsina em 1984 introduziu-o na música contempo-rânea, resultando no maior prêmio da Acanthes International Competition. Em 1986 e 1987 estudou no Moscow Conservatory. Concertista, professor do Nuits Pianistiques d’Aix-en-Provence Festival. Michel Bourdoncle foi premiado no Ville d’Aix-en-Provence and Assemblée Nationale por sua atividade artística.

Michel BourdonclePianista

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Cristina Modé AngelottiMezzo-soprano

Formada no curso de Licenciatura em Educação Artística com habilitação em Música pela Universidade de Ribeirão Preto. Graduada em Instrumento - Piano e em Fonoaudio-logia. Especialista em Voz, pelo CEV-SP.

Atuou como docente no curso de Musicoterapia, nas matérias de Prática Vocal e Dis-túrbios da Voz e da Fala e no curso de Direito na matéria de Oratória, da Universidade de Ribeirão Preto. Em 2006, 2007 e 2008 deu aulas no curso de Fonoaudiologia da USP, como professora convidada, na matéria de Voz Profissional.

Participou da montagem das óperas-estúdio: “A Flauta Mágica” (1992); “Bodas de Fígaro” (1993); “Don Giovanni” (1996), em Ribeirão. Atualmente, atua como professora de canto e fonoaudióloga em sua clínica particular, e regente do Coral da Unaerp e do Chorus Vox. Apresenta-se regularmente como cantora lírica (mezzo-soprano) em recitais, audições e saraus na cidade de Ribeirão Preto e região.

Wladimyr CarvalhoBarítono

Em 1987 iniciou estudos de canto lírico. Atualmente tem como orientadora e professora a cantora lírica Céline Imbert. Integrou o elenco de diversas montagens de ópera-estúdio: “As Bodas de Fígaro” (Fígaro), “A Flauta Mágica” (Papageno), de Mozart, “La Serva Padrona” (Uberto), de Pergolesi e “O Barbeiro de Sevilha” (Dom Basilio), de Rossini.

Realiza vasto repertório sacro como solista: “Oratório de Natal”, “Magnificat”, “Cantata 142”, “Cantata 56”, “Cantata 82”, “Cantada 147”, “Paixão Segundo São João” e “Paixão Segundo São Mateus”, de Bach, “Missa Brevis em Ré Maior K 194”, “Missa da Coroação” e “Missa de Requiem”, de Mozart, “Missa em Sol Maior”, de Schubert, “Missa de Gloria”, de Puccini, sendo esta com primeira execução no Brasil, em concertos em Ribeirão Preto e Campinas (SP) em 2003, sob a regência do maestro italiano Antonio Pantaneschi.

Participou de vários concertos como solista, sob a batuta de maestros como Sérgio Alberto de Oliveira, Marcos Pupo Nogueira, entre outros nomes importantes.

Carla BarretoSoprano

Iniciou seus estudos de piano aos cinco anos e realizou sua primeira audição aos seis anos no Teatro Municipal de Ribeirão Preto. Em 1999 foi descoberta pelo diretor do Coral Lírico do Teatro Municipal de São Paulo, o barítono Carlos Vial, com quem iniciou seus estudos como cantora lírica.

Estudou teoria musical e canto na Escola Municipal de Música de São Paulo e realizou várias apresentações em importantes teatros de São Paulo e Minas Gerais.

Esteve presente no 10º Festival Música nas Montanhas, em Poços de Caldas em 2009, no curso de Estúdio Ópera e participou do master class da professora Dra. Maryann Kyle, da Universidade do Mississipi (USA). Em 2008 foi uma das finalistas do Concurso Internacional para Sopranos, com o 4° lugar, no Theatro Municipal de Santiago do Chile.

Participou de uma edição da série “Juventude Tem Concerto”, da OSRP, com trechos de La Bohème, sob a regência do maestro Cláudio Cruz e também integrou o coro dessa mesma ópera que foi apresentada no Pedro II. Ministra aulas particulares de técnica vocal e, também é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.

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Ribeirão Preto, 27 de novembro de 2011Theatro Pedro II, 10h

APRESENTA

Programa

Regente: Claúdio Cruz

Ludwing van Beethoven - Concerto n° 1 para Piano e Orquestra

Solista: Alexandra Lescure

Wolfgang Mozart - Concerto nº 21 para Piano

Solista: Nicolas Bourdoncle

Nº 1192

Ministério daCultura

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Alexandra LescurePianista

Nicolas BourdonclePianista

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Presidente Décio Agostinho GonzalezVice-Presidente Dulce NevesGestora Cristiane Framartino BezerraRegente Titular Cláudio CruzRegente-assistente Reginaldo NascimentoSpalla Marcelo SoaresSpalla Denis Usov

VIOLINOSAnderson OliveiraCarlos Eduardo SantosCamila Gallo SchneckEduardo Felipe C. de OliveiraGiliard Tavares ReisHugo Novaes QuerinoIlia IlievJonas Mafra José Roberto RamellaMarcio do Santos Gomes JúniorMariya Mihaylova KrastanovaPetar Vassilev Krastanov

VIOLASWillian RodriguesGuilherme PereiraDaniel Isaias FernandesDaniel Fernandes MendesFábio Schio **Gabriel Santiango Mateos**Victor Botene de Oliveira**

VIOLONCELOSMichele Guedes PimentelRichard GonçalvesSilvana RangelSvetla Nikolova IlievaLadson Bruno MendesMônica Picaço

CONTRABAIXOSMárcio Pinheiro MaiaWalter de Fátima FerreiraVinícius Porfírio FerreiraLincoln Reuel Mendes

FLAUTASSara LimaSérgio Francisco CerriRiane Benedini

OBOÉSRodrigo Alves da Silva

CLARINETASKrista Helfenberger MuñozBogdan Dragan

Ficha TécnicaFAGOTESLamartine TavaresDenise Guedes de Oliveira Carneiro

TROMPASEdgar Fernandes RibeiroJeremias PereiraCarlos Oliveira PortelaMoises Henrique da Silva Alves

TROMPETESNaber de MesquitaAlessandro da Costa

TROMBONESRicardo PachecoJosé Maria Lopes

TROMBONE BAIXOPaulo Roberto Pereira Junior

TÍMPANOSLuiz Fernando Teixeira Junior

PERCUSSÃOJéssica Adriana dos Santos Ornaghi*Kleber Felipe Tertuliano*Walison Lenon de Oliveira Souza*

ARQUIVO MUSICALLeandro Pardinho

ARQUIVO HISTÓRICOGisele Haddad

EQUIPE TÉCNICAElvis Nogueira Mota da SilvaAureliano Crispim da Silva

INSPETORJosé Maria Lopes

PRODUÇÃOLara Costa

ASSISTENTE DE PRODUÇÃOKelcylene Nascimento

DEPTO. DE SÓCIOS E PATRONOSGerusa Olivia Basso

ASSESSORIA DE IMPRENSABlanche Amancio Daniela Antunes

* Estagiários** Músicos licenciados

Associação Comercial e Industrial

de Ribeirão Preto

Astec - Contabilidade

Augusto Martinez Perez

Banco Ribeirão Preto S/A

Brasil Salomão & Matthes S/C Advocacia

Cia. Bebidas Ipiranga

Colégio Brasil

Editora Atlas S/A

Estacionamento StopPark

Espaço Uomo

Fundação Waldemar Barnsley Pessoa

Grupo WTB

Hospital São Francisco Sociedade Ltda.

Hotel Nacional Inn

Itograss Agrícola Alta Mogiana Ltda.

Jornal A Cidade

Matrix Print

Maurílio Biagi Filho e

Vera Lucia de Amorim Biagi

Mesquita Ribeiro Advogados

Molyplast Com. Imp. e Exp. Ltda.

OHL Brasil

Proservices Informática

San Bruno’S Roticerie Doceria

Santa Helena Industria de Alimentos S/A

São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Savegnago Supermercado Ltda.

Segmenta

UNISEB COC

Stream Palace Hotel

Usina Batatais S/A Açúcar e Álcool

Usina Moreno

Vila do Ipê Empreendimentos Ltda

Patronos e Patrocinadores

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Realização

Associação Musicalde Ribeirão Preto

Apoio

Ministério daCultura