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1 Junho/Julho-2016 Leia este argo em: revistamulfamilia.wordpress.com

Revista MultiFamilia Nº 5 - Junho+Julho/2016

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NAMORAR, casar, se relacionar. Na matemática do viver a dois, é preferível ter mais somas e multiplicações, mas a conta só estará completa se tiver operações de divisão e de subtração. Depende como encaramos. Aqui, chamamos a atenção para o hábito de FALAR e silenciar. Do contrário, é preciso falar em TRAIÇÃO... palavra difícil até de escrever! A edição também apresenta a ROTA ROMÂNTICA, puxa a orelha para o BULLYING, aponta para a necessidade da VALORIZAÇÃO DA MULHER (ainda), a relação de EMPATIA com o entendimento sobre ATO e CONSEQUÊNCIA. Na parte da SAÚDE, profissionais esclarecem sobre LENTES DE CONTATO, RINITE ALÉRGICA, RPG. Na área do Direito, os DANOS MORAIS À CRIANÇA e BENEFÍCIOS por INCAPACIDADE. Tem também a MÃE DE ATLETAS, que fala da intensa rotina da família e muito mais!

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2 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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2º BATE PAPO DA FAMÍLIA2 Junho/Julho-2016

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Mãe contemporânea + competências emocionais

Foi uma noite fria, mas muita acolhedora graças ao público que compareceu ao 2º Bate-Papo da Família, em Ivoti , e por meio do apoio da Insti tuição Educacional Ivoti . “Os

desafi os da mãe contemporânea sob o viés das competências emocionais” foi o tema abordado pela psicóloga Danúbia Nunes, da Clinique Psicologia, e pela pedagoga e especialista em Gestão e Desenvolvimento Humano, Sandra Castro. Cinco empresas que promovem o bem estar das famílias por meio de produtos e serviços patrocinaram o evento: Frau Cleaning, Cliff Idiomas, D´Pharma Farmácia de Manipulação, Livraria Dienstmann e Vic Center Academia.

Danúbia começou afi rmando: “A maternidade tende a ser um marco”. Se antes a maternidade era vista como uma “profi ssão”, porque os fi lhos não eram deixados aos cuidados de terceiros e a mãe estava à disposição em tempo integral, hoje, a mulher contemporânea escolhe ser mãe, e concilia com a profi ssão. Eis que surge um novo senti mento: “Faço atendimento hospitalar e a culpa está presente em diversas situações”. O fato de dividir os cuidados não é ruim, pelo contrário. Segundo Danúbia, é importante até para o desenvolvimento da criança e para a mãe não se senti r frustrada. Cada mudança precisa ser entendida e cada pessoa tem o seu tempo. O importante é aprender com os fi lhos e buscar o equilíbrio entre a mulher, a mãe, a profi ssional.

Sandra Castro lembrou que desenvolver as competências

emocionais permitem que a mãe consiga atuar no papel daquele que cuida, protege e grati fi ca, mas que também interdita, frustra e apresenta limites. “Tudo isso sem que se sinta culpada, inti midada e com um aperto no coração”. Pelas característi cas da mulher, o lado emocional está mais desenvolvido que o racional, criando vínculos com o fi lho e protegendo em demasia, o que não é algo sadio. Denominada inteligência intrapessoal, esta pode ser uma das habilidades mais necessárias nas relações que fi rmamos. Sandra destaca a importância do auconhecimento, da autoesti ma e da autoconfi ança. Essa tríade interfere no comportamento que adotamos. “Para tanto, nossa ação depende muito daquilo que acreditamos. É dessa maneira que cuidaremos de nossos fi lhos. E o que agrega valor para a vida de ambos? Quanto mais consciente esti ver, menor será a culpa ao tomar decisões porque elas foram avaliadas de acordo com a realidade”.

Sandra e Danúbia

3Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Revista Multi Família é uma publicação da:

Ano 1 - Número 5 - Junho+Julho/2016 | ISSN 2447631-5Circulação: Bimestral - 3.000 exemplares - Distribuição: GratuitaEdição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860)Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862)

Leia os arti gos em revistamulti familia.worrdpress.com

Capa: Claudia Hoff meister (Joy Photo Studio)Impressão: Impressos PortãoEntre em contato: 51-9961-4410 (whats app)contato@zmulti editora.net

Cuidando de quem a gente ama...

Namorar, casar, se relacionar. Na matemáti ca do viver a dois, é preferível ter mais somas e multi plicações, mas a conta

só estará completa se ti ver operações de divisão e de subtração. Depende como encaramos. Aqui, chamamos a atenção para o hábito de falar e silenciar. Nesta relação, as regras da Língua Portuguesa não precisam ser respeitadas, desde que nela haja comunicação. E se o contrato for fi rmado ou renovado pelos caminhos da Rota Românti ca (a nossa rota!), melhor ainda. Do contrário, é preciso falar em traição... palavra difí cil até de escrever!

Seguindo as refl exões da edição, chegamos ao Bullying – quem de nós já não experimentou? Ou prati cou? (ai, ai, ai!) Sabia que podemos ser responsáveis por alimentar este “monstro”? Uma das ações para enfraquecê-lo é resgatar valores.

O que dizer sobre o estupro (divulgado nas redes sociais!) da jovem no Rio de Janeiro? Sem ter relação direta, contamos com uma refl exão sobre a valorização da mulher na sociedade atual. Uma pequena provocação, diante do signifi cado deste acontecimento que nos leva para outro ensinamento: quem podera a consequência de seu ato possui “empati a”.

E como lidar com as emoções, que geram comportamentos nem sempre construti vos? Assunto tratado durante o Bate-Papo da Família, fazendo a refl exão sobre a mulher que decide tornar-se mãe– sim, ela pode decidir – e resolve suas questões desenvolvendo suas competências emocionais, nossa matéria de cobertura. E lá em Dois Irmãos, onde estaremos com a 3ª edição, vamos falar sobre limites no uso da internet e

das redes sociais! (És nosso convidado!)Agora é período de inverno e de metade do

ano leti vo. Para tanto, recebemos dicas sobre como as característi cas pessoais e os ambientes favorecem o estudo. Além disso, saber como detectar a rinite e amenizá-la é missão para muitos pais, assim como observar a postura e melhorá-la através da RPG desde a adolescência.

Também é empolgante ler a história da mãe de atletas do bicicross. Aliás, o arti go foi produzido durante uma das viagens em que ela acompanhou seus fi lhos! Já que estamos no ano das Olimpíadas, é algo para inspirar e torcer, não?

Seguimos com muitos outras informações: sabia que castração de cães e gatos podem evitar abandonos? Ou que a criança pode pedir indenização por danos morais? Quer saber sobre benefí cios por incapacidade? Leia nesta edição!

Ah... Quem ilustra nossa bela capa são Janaina Lott ermann e Luiz Fernando Escher, de Estância Velha, clicados pela Claudia Hoff meister, da Joy Photo Studio. Ela captou esse movimento “digno de cinema” e que dá o “clima” para o período. Eles namoraram muitos anos, viveram junti nhos por mais dois anos para então, no ano passado, ofi cializar a união perante todos. Nossa homenagem àqueles que dão este passo e que começam a consti tuir uma família.

Não podemos nos despedir sem fazer reverência à Banda Valente, de Estância Velha, que vem conquistando o Brasil desde o programa Superstar, da Rede Globo! Quanto orgulho!

Sandra Hess e Cleber Zanovello Dariva, com Oliver Hess Dariva

3Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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4 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Claudio José Weber, presidente da Associação da Rota Românti ca/RS

Os encantos da Rota Romântica

Se você é um amante da natureza, gosta de jardins fl oridos e é encantado pela cultura alemã, sugiro conhecer a nossa Rota Românti ca. Rodeada por plátanos, que nesta época oferecem um

colorido especial, paisagens de ti rar o fôlego e é repleta de construções no esti lo enxaimel (arquitetura tí pica germânica), a Rota Românti ca possui diversas opções de lazer para passeios de fi nal de semana ou para os que desejam uma estadia tranquila e românti ca. Se você é fã do aconchego que o friozinho oferece, os meses de maio a agosto são perfeitos para conhecer nossos confortáveis e charmosos hotéis e pousadas, além da rede gastronômica farta e variada.

São nestes meses que a incidência dos tí picos nevoeiros e geadas são mais frequentes, fenômenos que proporcionam lindos registros. Mas quando a primavera chega, acompanhada de temperaturas mais amenas e dias mais longos, o colorido dos inúmeros jardins de praças, ruas e residências são um colírio para os olhos. É nesta época que a práti ca de esportes em meio a natureza como trilhas e caminhadas são oferecidas por prati camente todas as cidades que compõem a rota.

Nosso roteiro já esteve por diversas vezes na lista das dez estradas mais bonitas e charmosas para se fazer de carro no Brasil. Título este conquistado principalmente pelo zelo em que todas as cidades têm pelas suas estradas bem cuidadas e ladeadas, em sua maioria, por plátanos. Além dos atrati vos naturais, inúmeros são os eventos ao longo do ano que trazem ao turista o melhor da nossa culinária tí pica, produtos diretos de fábrica, festas populares, atrações culturais e de entretenimento.

Localizada entre a planície do Vale dos Sinos e o Planalto da Serra Gaúcha, a Rota Românti ca é distante apenas 40 km de Porto Alegre e 35 km de Caxias do Sul. De carro próprio ou locado, deixe-se encantar por este roteiro repleto de emoções.

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5Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Danúbia Nunes, psicóloga clínica (CRP 07/23426)

Relacionamentos conjugais: mais amor ou... comunicação?

O ser humano é incansável em diversos aspectos, mas principalmente em buscar soluções “mágicas”. Na maioria das vezes,

faz isso de forma inconsciente. Busca se encaixar em normas pré-determinadas, seja pelos modelos paternais, ou pelo que a mídia nos sugere. E dentro desses “moldes”, muitos tentam “encaixar” também o seu amor, ou suas relações conjugais. Porém, quando falamos de relacionamentos, não existem “moldes” repeti dos! Cada contrato é único! Sim, todos os casais possuem contratos, ainda que muitos não percebam. E não me refi ro a contratos formais, de casamento, ou união estável, por exemplo.

Cada casal possui seu conjunto de combinações, seu contrato de funcionamento, ainda que na maioria das vezes esse contrato seja abstrato e não verbalizado, mas que se faz presente no dia a dia. Muitas pessoas garantem ter a receita para um namoro feliz ou para um casamento longo. Para alguns, é importante que exista parceria, cumplicidade. Outros exigem fi delidade, lealdade. Há ainda quem não abra mão do respeito e até da beleza.

Mas o que realmente torna um relacionamento intenso e durável? O que pode ser considerado a verdadeira base para o amor? Bem, como a

fórmula “mágica” é algo muito parti cular, não tenho a pretensão de dividir a minha, mas sim de provocar um questi onamento interno em cada um: será que existe um único fator que determine o sucesso de um relacionamento? Ou ainda, será que pode ser determinado uma única forma de resolver confl itos dentro de uma relação? Sim, porque confl itos também fazem parte de relacionamentos reais!

Ou será que o segredo está exatamente na parti cularidade de cada um, que juntos, formam a parti cularidade de um casal? Será que o segredo não estaria exatamente nas entrelinhas do contrato de funcionamento do casal? Aquele contrato que por não ser falado, torna-se invisível? Com isso, podemos pensar muitas vezes que é falta de amor, mas pode ser apenas falta de comunicação. Falta de falar sobre senti mentos, pensamentos e clarear as combinações. E a parti r disso, quem sabe não descobriremos que já alcançamos o tão sonhado modelo “perfeito”? Não perfeito para as determinações alheias, mas perfeitos para o nosso modo de viver, e perfeito dentro das nossas escolhas!

* Diretora da Clinique Psicologia, especializanda em Psicologia Hospitalar pelo Insti tuto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento.

6 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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TEM MAIS ALGUMA DÚVIDA? Envie a pergunta para o e-mail contato@zmulti editora.net.

Kamila Scheff el, psicóloga clínica, terapeuta de casal e família (CRP 07/14576)

Traição: o que é isso?

O que entendemos por traição? Será que quando falamos em traição todos entendem a mesma coisa? Acredito que

não, pois cada pessoa tem o seu olhar para esse assunto e pode se senti r traída (o) por diferentes moti vos. A forma mais “comum” de classifi car a traição é em um caso de infi delidade conjugal, todavia, esse senti mento pode perpassar situações como: conversas virtuais, olhares, desejo por outra pessoa, questões fi nanceiras... Enfi m, inúmeras situações podem desencadear uma traição ou mesmo uma sensação de ter sido traído (a).

Diante dessas diferenças, como lidar, então, com esse assunto que só o nome já assusta? Conversando! Isso mesmo, a comunicação é essencial para que a relação não seja invadida por segredos. Assim, é necessário que cada pessoa perceba a sua parcela de responsabilidade, se comprometendo com a vida a dois. Portanto, compreender o que não está bem é fundamental para que mudanças possam ocorrer no relacionamento, visto que não podemos esperar que o outro se movimente e, sim, buscarmos

modifi car o que, para nós, está desconfortável, sem paralisar na queixa ou na culpa.

Não é do nada que a traição se concreti za. Algo não vem bem e acaba sendo nomeado por essa via. Certamente isso não justi fi ca esse comportamento, mas precisamos perceber o que não está sendo nomeado nessa relação. Vale destacar que uma possível traição vem sendo sinalizada. Nós é que, muitas vezes, preferimos não reconhecer esses sinais. Por exemplo, a falta de comunicação, não abrir mão de nada para estar com o parceiro (a), não escutar o que o outro quer nomear, invalidar o companheiro (a)... o que acaba por afastar a dupla.

Sei que essas situações não são fáceis, visto que se comunicar é complicado, pois falamos e escutamos diante do nosso jeito de pensar e fazer o exercício de escutar e reconhecer o outro a parti r do seu ponto de vista é como referi antes, um exercício!

Portanto, se posso deixar uma dica para os casais, peço que se comuniquem, falem e escutem sem medo, pois o medo os aprisiona no que não está bom e pode desencadear a traição.

7Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Marisol Seidl, psicóloga (CRP 07/03974)

Valorização da mulher na sociedade atual

A busca da mulher por reconhecimento e valorização tem se mostrado uma luta árdua, pois enfrenta muitos obstáculos, entre eles ainda uma ordem social de tradição patriarcal que consenti u

em certo padrão de violência contra mulheres, designando ao homem o papel ati vo na relação social e sexual entre os sexos, ao mesmo tempo em que restringiu a sexualidade feminina à passividade e à reprodução. Com o domínio econômico do homem enquanto provedor, a dependência fi nanceira feminina parecia explicar a aceitação de seus deveres conjugais, que incluíram o serviço sexual. Esse padrão relacional marcou muito a imagem feminina e alimentou o preconceito e o domínio masculino em todas as áreas sociais. A persistência do velho sistema é manti da, em parte, porque a maioria dos homens se recusa a se adaptar ao novo e a sua derrocada.

Chamam a atenção às múlti plas formas que as mulheres usam para reivindicar suas causas. Um exemplo é a seleção feminina americana de futebol, que ameaçou não vir a Olimpíada no Rio 2016, em função de ganharem menos que os homens. Embora haja um reconhecimento do trabalho feminino, no entanto percebe-se que o salário ainda é uma realidade distante quando comparado ao do homem. Mesmo em países desenvolvidos, a questão dos direitos da mulher são temas de discussão e lutas sociais, como o acesso da mulher negra não só ao mercado de trabalho, como à universidade. Assim, ser mulher, negra e com baixa escolarização, diminui consideravelmente sua reivindicação e reconhecimento social.

No Brasil, temos visto um movimento signifi cati vo de mulheres na políti ca, uma grande conquista que dá visibilidade e credibilidade a causa feminina. No entanto, se está longe de se encontrar um ideal de sociedade paritária em gênero, considerando-se também cor, raça e credo. São movimentos sociais de grandes lutas e incessantes buscas por reconhecimento e mérito.* Mestre em Psicologia Clínica com especialização em Psicoterapia de Família; formação em Terapia Narrati va (Dulwich Centre, Austrália)

8 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Paola Roos Braun, advogada, mestre em Direito (OAB/RS 63.876)

O dano moral à criança

Em 2015, o Superior Tribunal de Justi ça, em julgamento inédito que se valeu do diálogo entre o Código do Consumidor (CDC) e

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), decidiu que criança pode ser indenizada pelos danos morais que vierem a sofrer.

O arti go 3º do ECA garante às crianças e adolescentes todos os direitos fundamentais da pessoa humana. Portanto, crianças teriam plena capacidade jurídica no que tange aos seus direitos fundamentais, nos quais se inclui o direito à dignidade da pessoa humana que autoriza a defesa e garanti a dos direitos de personalidade. O fato de uma criança não ter alcançado maturidade fí sica e psicológica não lhe coloca em situação jurídica diferente daquela conferida ao adulto, no que tange aos direitos marcados pela fundamentalidade.

Mesmo a criança não tendo uma percepção completa da realidade, está sujeita a ofensas que têm como consequências senti mentos de medo e angústi a, sendo extremamente sensível a eles.

Os direitos da personalidade manifestam-se desde o nascimento (art. 2º do Código Civil). Induvidoso, portanto, que as crianças, mesmo

da mais tenra idade, fazem jus à proteção irrestrita dos seus direitos da personalidade, entre os quais se inclui o direito à integridade mental, assegurada a indenização pelo dano moral decorrente de sua violação, nos termos dos arts. 5º, X, da Consti tuição e 12, caput , do Código Civil.

Em determinadas situações a criança é submeti da à elevada carga emocional negati va por ações de terceiros. Nessa idade, a criança tem nos pais (em especial na mãe, dada a relação umbilical que os une) o seu porto seguro. É do estado emocional de seus pais que a criança reti ra, em grande parte, sua sensação de segurança e conforto.

Certas situações extrapolam meros aborrecimentos normais do dia a dia, apresentando danos mais graves. Havendo o envolvimento da criança, mesmo que ela não tenha noção exata do que se passa, ela comparti lha agonia de sua mãe, sofrendo estresse, insegurança e medo. Esses danos morais às crianças comportam indenização pelo responsável.

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9Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Vanessa Trinti n, psicóloga clínica do NAP (CRP 07/24700)

Precisamos falar sobre empatia

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Atualmente, é comum perceber nos mais variados contextos preocupação e queixas referentes às ati tudes

problemáti cas das crianças e dos adolescentes. Dentre os problemas mais citados estão os comportamentos agressivos direcionados aos outros, demonstrando uma despreocupação com as consequências dos atos. É necessário compreender que esse ti po de problema é complexo e multi fatorial, mas é também refl exo de um possível défi cit em algo chamado de habilidade de empati a e é sobre ela que precisamos falar.

A empati a faz parte de um conjunto de habilidades sociais e está relacionada à capacidade se colocar no lugar do outro. Aspectos como ouvir e prestar atenção no outro, demonstrando-lhe interesse e preocupação, respeitar e compreender os senti mentos de alguém diante de determinada situação, dentre outros, fazem parte do repertório de comportamentos de pessoas com habilidade de serem empáti cas. Além do mais, pessoas com essa habilidade são facilmente notadas por serem mais sensíveis, calorosas e amigáveis, o que amplia a possibilidade de relações afeti vas mais

saudáveis.O desenvolvimento da empati a pode se dar

desde muito cedo na criança e são múlti plos os fatores que contribuem para a sua progressão, especialmente, a relação com os pais ou cuidadores. Para isso, é necessário que as práti cas parentais contemplem relação de carinho entre pais e fi lhos, elogios, expressão moderada de emoções e estratégias positi vas para lidar com o sofrimento do fi lho. Um ambiente familiar com essas característi cas possibilita que as crianças se sintam mais acolhidas para demonstrarem seus senti mentos, o que sugere maior suporte para resolução de problemas e a capacidade de se colocar no lugar do outro.

Pode-se compreender que desenvolver empati a nos fi lhos é uma forma de protegê-los, a fi m de que tenham não apenas uma infância e uma adolescência mais saudáveis, mas também para que sejam adultos formadores de uma geração que se preocupa com os outros e que pensa nas consequências de seus atos.

10 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Cristi ane Dias, psicóloga (CRP 07/15253)

Pelo � m ao Bullying:resgatando valores

A violência, a falta de respeito e a intolerância são comportamentos presentes na sociedade. O que é possível fazer para

modifi carmos essas ati tudes cada vez mais comuns? Acredito fi elmente na frase do fi lósofo Edmund Burke: “para que o mal triunfe basta que os bons fi quem de braços cruzados”.

Todos os dias, a mídia nos apresenta casos de dor e sofrimento. Isso gera um impacto muito grande em nós, mesmo que não se perceba. Uma banalização e uma naturalização dos abusos e maus tratos tornam as relações interpessoais duras e sem afeto. E isso pode se apresentar de uma forma muito suti l.

Nas famílias, um exemplo de violência suti l é quando pais subesti mam e/ou minimizam as habilidades de seus fi lhos ou, ainda, quando esperam e/ou exigem que eles sejam capazes de ati vidades incompatí veis com a sua idade. Esse não olhar de reconhecimento e diferenciação provocam nas crianças senti mentos de inadequação, inferioridade e insegurança.

A criança por sua vez “aprende esse jeito de se relacionar” e transfere para as relações com os colegas. A práti ca do bullying é um exemplo. Nas

escolas, professores se deparam com problemas como esse todos os dias. Observamos um requinte de crueldade muito maior hoje, e a noção de maldade parece estar ausente. O bullying fere um dos mais importantes princípios consti tucionais: a dignidade da pessoa.

Estamos vivendo uma crise de valores e uma falta de verdadeiro senti do da vida. Portanto, é fundamental reconhecer que tanto as crianças que prati cam essa violência, quanto as que são alvo, estão em sofrimento. O valentão age assim porque esconde uma menos valia e o alvo do valentão também. Nesse caso, podemos observar os dois lados da mesma moeda.

Penso que o papel dos pais e professores é resgatar e transmiti r às crianças e adolescentes os valores da honesti dade, bondade e justi ça. Não dá para pensar em um mundo melhor se não nos tornarmos pessoas melhores. É através do autoconhecimento, da comunicação não violenta e do comprometi mento com o amor que conseguiremos isso.

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11Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Káti a Nascimento Lauff er,especialista em Administração Escolar

Mãe de atletas... a força que vem do coração!

Às vezes me pergunto como posso ser importante na carreira de meus fi lhos se sou tão limitada na práti ca esporti va.

A resposta é simples: minha presença acalma, encoraja e possibilita.

Desde muito cedo, me vi no mundo do bicicross. Meu fi lho Thales, hoje com 10 anos, pedala desde os 3 anos. Nunca ti ve medo, pois sua personalidade é forte, ele gosta de desafi os, é extremamente concentrado no que faz e busca aperfeiçoar sua práti ca através das observações do pai - que é o maior incenti vador, presente em todas as pistas. Nossa casa é um centro de treinamento, desde o amanhecer até o jantar... Todos os momentos juntos nos remetem a um comentário, uma refl exão sobre um vídeo assisti do para rever manobras, saltos, posicionamentos, tempo...

Também tenho uma princesa, hoje com 13 anos, que trocou bonecas por brinquedos com duas rodas... Muito esforçada e com sonhos concretos, luta com unhas e dentes para alcançá-los. A Júlia se inspirou no mano, iniciou devagar, aprendendo técnicas e observando tudo (sua grande qualidade). Chegou a desisti r por algum tempo, olhando as corridas da arquibancada comigo... O que eu não poderia imaginar é que naquele momento se formava uma grande atleta, de talento nato e brilho nos olhos.

Nossa roti na nunca mais foi de uma família normal. Primeiro eles precisaram abrir mão de muitas coisas, o lazer com amigos, momentos de brincadeiras, a preguiça... Hoje treinam todos os dias e o mais legal é que não somos nós que gerenciamos esta roti na. Eles são responsáveis e sabem que o condicionamento fí sico depende unicamente deles. Fazem treino na academia,

de pista individual, coleti vo, jogam futsal, jiu jitsu, ginásti ca artí sti ca... Ainda parti cipam de todos os projetos da escola, são alunos de óti mo rendimento e grandes amizades. A nossa vida completa a deles. Difi cilmente estamos em casa nos fi nais de semana, sempre juntos nas corridas, treinos...

Percebo que o esporte, as viagens, os sonhos se concreti zando tão cedo, estão os tornando cada vez mais independentes. Com planos próprios para o futuro. A nós cabe acompanhar, vibrar com cada conquista e amar o que os deixa felizes.

A grande função dos pais é estar presente, pois mesmo na pista tendo que tomar grandes decisões que podem mudar o rumo de um campeonato, sabemos que são crianças, precisam muito do nosso carinho, dos nossos conselhos e apoio, pois no que escolherem fazer, estaremos ao lado, fazendo o possível e o impossível para oportunizar estes momentos que os levarão ao topo do podium.

Últi mos resultados (até 6 de junho):Júlia Lauff er Schuler - Campeã do Gaúcho, do

Brasileiro e do Ranking Nacional em 2015; campeã Panamericana e do W4 Mundial em 2016.

Thales Lauff er Schuler - Campeão gaúcho, 3º lugar no Brasileiro e vice-campeão no Ranking Nacional em 2015; 6º lugar Panamericano 2016.

* Diretora da EMEF 28 de Fevereiro (Sapiranga).

12 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Rosane Renner de Souza Dalpiaz, pós-graduada em Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional,

diretora da EMEI Lyra das Crianças

Parceria entre Escola e Família

A escola de Educação Infanti l se consti tui em um espaço com profi ssionais qualifi cados que, embasados numa proposta pedagógica, buscam ensinar a criança através de ati vidades

lúdicas. Os quatro pilares na formação da criança, o aprender a ser, a conviver,

a conhecer e a fazer, devem ser contemplados nas ati vidades diárias planejadas pela equipe de educadores sempre com o compromisso de proporcionar, através de momentos lúdicos, uma aprendizagem que resulta em transformação e mudanças no desenvolvimento infanti l.

A família é um importante aliado da escola, pois é a família que gerencia os valores que são passados entre as gerações. É e sempre será a infl uência mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas, pois a escola gerencia a educação formal, mas é a família que coloca o limite, que dá o exemplo, que transmite valores, mostra o que é certo ou errado. Família e escola devem trabalhar juntas.

As crianças precisam entender o signifi cado de um “não” dito na hora certa, isso vai lhes ensinar a lidar com a frustação que pode acontecer no percurso de sua vida.

Segundo Tiba (2012), quando a parceria família e escola se forma desde os primeiros passos da criança, todos saem lucrando. A criança que esti ver bem vai melhorar ainda mais, e aquela que ti ver problemas receberá a ajuda tanto da escola quanto dos pais.

Para Sampaio (2009), crianças superprotegidaS possuem falta de limites e, consequentemente, um mau rendimento escolar. Em geral são crianças que não gostam de ser contrariadas, não parti cipam das ati vidades em grupos porque só fazem o que querem, são rebeldes, resistem às regras sociais, não toleram frustração, apresentam difi culdades de relacionamento. Pais muitos protetores deixam seus fi lhos fazerem o que querem e não admitem que alguém os chame à atenção.

A família e a escola precisam formar uma aliança, pois a família como espaço de orientação e construção da identi dade de um indivíduo deve fomentar com a escola uma parceria com o objeti vo de contribuir no desenvolvimento integral da criança.

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13Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Janete Cristi ane Petrypsicopedagoga, coordenadora do Espaço Dom Quixote

Você sabe estudar?

Como você se organiza para estudar? Você:• esquece de anotar as tarefas na agenda,

anota a matéria da aula em qualquer lugar; • chega em casa da escola, almoça ou faz um

lanche, e logo faz as tarefas; • estuda um dia antes da prova para fi car tudo

fresquinho;• faz os temas do dia seguinte primeiro e estuda

depois;• organiza a mochila na hora de sair para a escola;• não ti ra nada da mochila para não esquecer de

nenhum material;• faz as tarefas, mas esquece em casa;• faz os temas e estuda com tevê ligada, fone nos

ouvidos, celular por perto...Você se identi fi cou? Se foi com os itens em

itálico, óti mo, mas se foi com os demais, cuidado! Você está com o ano correndo perigo!

É importante organizar tempo, espaço e materiais na hora de estudar. Lembre-se: estudar é diferente de fazer os temas!

Para os temas você já tem um roteiro defi nido pelo professor na tarefa, mas estudar exige um roteiro.

Este roteiro vai depender da forma como você aprende. Você pode ser mais auditi vo e aí precisar

ler em voz alta; pode ser mais visual e precisar de gráfi cos, mapas mentais...

Agora, se você se mexe muito nas aulas, pode precisar das dicas acima e ainda usar música, rimas, maquetes...

Organize-se e ti re proveito do seu potencial;Parti cipe das aulas, pergunte e queira saber

mais. Explore o potencial dos professores;Esti pule horários para estudar e planeje a

semana;Ao fazer os temas, faça com atenção para

aprender;Faça leituras complementares;Faça intervalos entre os momentos de estudo,

intercale o tempo entre disciplinas mais fáceis e mais difí ceis;

Organize a mochila na noite anterior para não esquecer nada;

Não se distraia com nada que ti re o foco dos estudos. Faça uma coisa de cada vez;

Em algumas situações, como desatenção, desmoti vação, desorganização, mau uso do computador, entre outras, pode ser necessária uma ajuda terapêuti ca.

O ano leti vo está voando! Não perca tempo para se organizar!

14 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Ingried Maria Weber,especialista em Estudos Avançados em Inglês e

Formação Pedagógica para Docentes

Aperfeiçoando o inglês em outro país

Muitos dos nossos jovens têm o objeti vo de viver em outro país por um determinado tempo e com isso aperfeiçoar o seu

inglês. Alunos e pais de alunos questi onam sobre as oportunidades para a realização deste sonho. Há uma variedade de programas em diversos países e estes podem trazer uma experiência de vida única.

O Exchange Visitor Program (www.interexchange.org) é um deles e permite visitar os EUA por um período curto no verão ou por até dois anos, para trabalhar ou até mesmo fazer estágio. O Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais Americano (The U.S. Department of State´s Bureau of Educati onal and Cultural Aff airs) designa centenas de empresas, agências e insti tuições como patrocinadores, incluindo o InterExchange. Os patrocinadores avaliam e selecionam visitantes para o propósito do intercâmbio cultural. Eles auxiliam na obtenção do visto, a colocação em algum emprego e um lugar para morar, além de oferecer aconselhamento e apoio enquanto o jovem está lá.

Um dos programas mais procurados, especialmente por meninas, é o au pair, expressão do francês traduzida para o inglês como “on par” que siginifi ca “de igual status”, sendo considerados membros da família em diversos países, sendo os EUA e Alemanha os desti nos mais procurados. O governo americano defi ne o regulamento: a menina ajuda a cuidar da criança da família, tendo direito a um quarto, refeições, salário, duas semanas de

férias pagas e ao fi nal de um ano poderá fi car no país por um mês de viagem (pago ou não pago, dependendo da generosidade da família). Há famílias que auxiliam com os custos de um curso na faculdade ou universidade local.

A Irlanda, país escolhido por muitos dos nossos jovens estancienses, é um pais que permite trabalhar legalmente por 20 horas semanais, mas exige que o jovem estude por 20 horas.

A Nova Zelândia também é um país que recebe muitos brasileiros que visam melhorar o seu inglês e buscam também uma fonte de renda. Para aqueles que têm uma formação acadêmica e nível de inglês avançado, comprovado através de certi fi cações dos exames TOEFL, IELTS, CAE, etc, as opções são maiores ainda e facilitam a migração para outro país, se este é o sonho.

Consulte informações sobre os países que convidam brasileiros a migrar para, por exemplo, Canadá e Austrália (htt ps://internationaleducation.gov.au/Endeavour). Profi ssionais das áreas de Medicina, Engenharia, Tecnologia da Informação e Gastronomia são os mais bem-vindos a trazer as suas experiências para estes países e usufruir das vantagens de viver em países de primeiro mundo. Também é possível consultar agências de intercâmbio próximas em Novo Hamburgo ou Porto Alegre. Vale a dica: depois de garanti r esta experiência, que tal voltar ao Brasil para aplicar seus conhecimentos?

15Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Schirley Fleck, professora

Do reforço escolar à Educação Financeira, um apoio para avançar

Há trinta anos, percebi que havia necessidade de oferecer algo diferente a uma grande parcela de alunos. Identi fi quei que eles

precisavam de mais aulas para revisarem, fi xarem conteúdos e fortalecerem o que aprendiam com algumas difi culdades na escola. Com minha experiência em sala de aula, notei que muitos alunos ainda saíam com dúvidas das aulas e, mesmo perguntando novamente ao professor (o que muitos não faziam), ainda assim as dúvidas permaneciam. Aquela lacuna, afi nal, faria falta no decorrer do andamento da matéria. Pensei, então, em um espaço onde os alunos ti vessem a possibilidade de sanar os questi onamentos que surgem em sala de aula, aprendendo mais, tendo um atendimento individual e personalizado. Com o passar do tempo, outras necessidades foram surgindo na região, como, por exemplo, o Curso Preparatório para a Fundação Liberato (estamos obtendo excelentes resultados: 70% da turma ingressa na insti tuição graças ao nosso método de trabalho), turmas de Redação, nas quais o grupo aprende as formas de escrita mais uti lizadas em provas e concursos.

Pode-se citar as aulas de Escrita Criati va, por meio das quais trabalha-se a expressão corporal, incenti vando o diálogo entre os jovens

e permiti ndo o acesso aos locais que valorizam as artes (como as visitas à galerias de Arte, bibliotecas públicas, aos teatros ou companhias teatrais). Ao fi nal de 2014, ti vemos a honra de contar com a publicação do livro de contos e poesias da nossa primeira turma de Escrita Criati va.

Atualmente, venho observando que a Educação Financeira pode ser assunto a ser abordado com as crianças. Nossos fi lhos necessitam de aprendizagens inteligentes e lúdicas inclusive para lidar com as fi nanças. Especialmente alunos de 5º, 6º e 7º anos podem ser incenti vados a entender, valorizar e lidar com o dinheiro e estar integrados às competências que a sociedade atual vem demandando. Planejar os gastos dentro do orçamento, traçar metas e objeti vos, lidar com o confl ito entre querer, poder, merecer e precisar. Assim, consequentemente, terão uma vida mais tranquila, equilibrada e feliz, além de terem ainda mais capacidade de empreenderem seus projetos de vida, sejam eles pessoais ou profi ssionais.

16 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Tocamos, ouvimos, recuperamos movimentos

Daniela BallardinFisioterapeuta (CREFITO – 132.398 F)

A fi sioterapia é uma profi ssão nova no mercado, mas atualmente muito conhecida entre as pessoas e por outras

profi ssões. Seu campo de atuação é bastante variado: hospitais, clínicas, centros esporti vos, área estéti ca, estúdios de pilates etc. Para ser um fi sioterapeuta é necessário, em minha opinião, ter dedicação, paciência, persistência, respeito com o outro e éti ca profi ssional. A fi sioterapia está classifi cada entre as dez profi ssões que proporcionam maior grati fi cação profi ssional. Eu concordo, pelo fato de ajudar alguém que está com alguma dor importante, de recuperar movimentos que estavam bloqueados etc. Isto deixa feliz tanto a pessoa que buscou atendimento para retornar a sua vida normal, quanto ao profi ssional por proporcionar este resultado. “O sorriso no rosto é a maior recompensa que pode se ganhar, proporcionar o bem-estar daquele que está precisando de ajuda. Fazer o bem sem olhar a quem”.

Quando alguém nos procura por atendimento, não chega sozinho, traz consigo sua bagagem fí sica, emocional e psíquica. Cabe ao fi sioterapeuta objeti var o tratamento para a

sua recuperação funcional, buscando a causa do problema e a prevenção de recidivas lesões.

É necessário, além de dominar as técnicas de trabalho, ter humildade de tocar com carinho o mundo do outro. Saber ouvir é a principal ferramenta que deve existi r. Ouvir sem julgar, ouvir com carinho, e muitas vezes dar palavras de conforto a esta pessoa; pois traz consigo toda sua bagagem.

Muitas vezes, você é amiga, conselheira, “psicóloga”, “membro da família” e fi sioterapeuta. “Esta doença que me faz esquecer de tudo, espero não me esquecer de ti ”. Estas palavras carinhosas foram de um paciente muito especial, que atendi por 5 anos, acometi do por Parkinson e Alzheimer. O acompanhei no seu jeito muito culto, nas suas experiências de vida e de viagens, fui também sua ouvinte de seus desabafos, de sua preocupação com o futuro. O acompanhei na sua piora, tão difí cil para ele como para a sua família.

Estamos em constante aprendizado na vida, todo convívio é uma troca que se faz, cada paciente que chega traz consigo suas experiências, assim como nós, fi sioterapeutas, passamos as nossas para que o possamos auxiliar.

17Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Tamires Trevisani, fi sioterapeuta com formação em RPG* (Crefi to 208046F)

Como se manter alinhado da adolescência à fase

adulta com o RPG

Todos sabem que a coluna vertebral é o eixo do corpo. As alterações desse eixo, mais especifi cadamente as dores na região

lombar e cervical (costas e pescoço), são muito comuns na população adulta e também nos adolescentes. Muitas vezes, as ocorrências dessas dores são concomitantes às alterações da postura corporal. Essa associação pode ser explicada pelo fato de que muitas posturas corporais adotadas no dia a dia são inadequadas gerando risco para a coluna, como aquelas relacionadas à uti lização de mochilas e à postura sentada para assisti r à televisão e uti lizar o computador, por exemplo, pois aumentam o estresse total sobre os elementos do corpo, especialmente sobre a coluna vertebral, podendo gerar desconfortos, dores ou incapacidades funcionais.

Muitos problemas posturais, em especial aqueles relacionados com a coluna vertebral, têm sua origem no período de crescimento e desenvolvimento corporal, ou seja, na infância e na adolescência, gerando assim as lesões mais comuns da coluna, a escoliose (curvaturas laterais) e as hiperlordoses (curvaturas anteriores).

Para amenizar e até mesmo evitar essas

alterações corporais a Reeducação Postural Global (RPG) é indicada como meio de prevenção e tratamento, pois age na causa das alterações. Criada em 1980 por Philippe Souchard, a técnica propõe uma solução original. O RPG é um método terapêuti co que considera o sistema muscular de forma integrada, tendo uma visão global de alongar, equilibrar, tonifi car e reeducar as cadeias musculares, mudando a memória do músculo afetado. Esse método possibilita ao fi sioterapeuta a avaliação global e correta do real comprometi mento do indivíduo, propondo uma atuação fi sioterapêuti ca mais efi caz, que trata as causas e as consequências.

O que o RPG trata e/ou previne:Dores e desvios na coluna

Má postura e escolioseDores de cabeça e enxaqueca

Problemas reumatológicosBursites e tendinites

* Atua na Orthofi sio Clínica Multi disciplinar

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18 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Lentes de contato: mitos e verdades

Daniela Vieira Roehe,oft almologista; Médica do Corpo Clínico do Hospital Banco de Olhos e

do Hospital Ernesto Dorneles; Professora em glaucoma no programa de residência médica em oft almologia do HBO-POA

Seja por razões estéti cas ou por correção visual, os usuários de lentes de contato devem tomar cuidado com relação ao uso e à conservação delas. Por

isso, selecionamos as principais dúvidas sobre lentes de contatos:

Lentes de contato são todas iguais? Mito. Existem diferentes ti pos de lentes de contato: rígida, gelati nosa e híbrida. As três possuem materiais diferentes que se adéquam aos esquemas de troca e a necessidade do usuário.

Soro fi siológico é ideal para higienizar as lentes de contato? Mito. O soro fi siológico é inefi caz porque não possui agentes de limpeza adequados para lubrifi car e desinfetar o material.

Pode aplicar a maquiagem usando as lentes de contato? Verdade. As lentes de contato devem ser colocadas antes de aplicar a maquiagem. É preciso ti rar as lentes antes de remover a maquiagem.

Quem tem asti gmati smo não pode usar lentes de contato? Mito. Atualmente, as lentes podem corrigir qualquer refração visual. Existem lentes que se estabilizam na íris, adequadas para asti gmati smo.

O estojo de armazenagem de lentes de contato deve ser higienizado? Verdade. O estojo acumula bactérias e por isso é necessário higienizá-lo com um produto específi co ou com o mesmo uti lizado nas lentes uma vez por semana e o ideal é a troca do acessório a cada quatro meses.

Lentes de contato não devem ser uti lizadas em viagens de avião? Mito. Não há problemas. Porém, se o voo passar de 4 horas, é recomendável reti rar as lentes de contato, pois o ar é muito seco, causando irritação e ardência. Solicite ao oft almologista um colírio lubrifi cante.

Óculos de grau são melhores que lentes de contato para

corrigir a visão? Mito. Ao contrário dos óculos, as lentes não embaçam e não comprometem o campo de visão periférico do usuário porque são colocadas diretamente sobre os olhos, proporcionando uma visão de qualidade.

Lentes de contato podem se perder dentro do olho? Mito. A conjunti va (parte interior das pálpebras e anterior do olho) é revesti da por uma membrana transparente, formando uma dobra que impede o deslocamento da lente de contato por dentro desta região.

Lentes de contato podem estacionar a miopia? Mito. A miopia é caracterizada por alterações estruturais no globo ocular. Se o grau de miopia aumentar, será por decorrência do crescimento do olho ou por alterações desenvolvidas no cristalino, como a catarata.

Lentes de contato podem provocar infecções oculares? Verdade. Na literatura médica, os incidentes relacionados às infecções oculares causadas por lentes de contato são mínimos. Para evitá-las, o usuário deve estar atento às recomendações.

Lentes de contato coloridas não possuem grau de correção? Mito. Como qualquer outra lente, as coloridas possuem grau de correção visual. Elas precisam ser adaptadas e indicadas pelo oft almologista.

Crianças e adolescentes não podem usar lentes de contato? Mito. As lentes de contato podem ser uti lizadas em qualquer idade. Porém, cabe ao oft almologista avaliar a necessidade de uso para o paciente.

Lentes de contato podem causar desconforto durante a gravidez? Verdade. Na gravidez, pode haver um desequilíbrio ocular que altera as composições da lágrima, diminuindo a quanti dade de água por um aumento de gordura e desencadeando a sensação de olho seco e vista embaçada.

19Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Cristi ane Alves Boll, médica, pós-graduada em Alergia e Imunologia (CREMERS 36399)

Porque a Rinite piora no inverno?

A Rinite Alérgica é uma doença infl amatória crônica do revesti mento interno do nariz (mucosa nasal), agravada pelo contato com

substâncias irritantes ou alérgenas, das quais os ácaros da poeira domésti ca são os principais. No Sul do Brasil, os estudos evidenciam que até 5% dos casos podem ser causados pelos polens de árvores e gramíneas. Os sintomas mais comuns são: espirros, obstrução nasal, coriza, vermelhidão e coceira nos olhos, coceira no céu da boca e crises de asma. Atualmente, os estudos mostram que as vias aéreas inferiores (laringe, traquéia e pulmão) e superiores (nariz e garganta) podem ser chamadas de via aérea única e que a infl amação causada no nariz devido a rinite pode gerar infl amação nos pulmões ao ponto de desencadear uma crise de asma em pessoas que nunca a ti veram na infância. Além disso, a rinite alérgica pode causar outros problemas, como oti tes (infl amação dos ouvidos), sinusites (infl amação de cavidades existentes na face) e roncos (pelo entupimento do nariz) que interferem na qualidade de sono e nas ati vidades diárias que exigem maior esforço fí sico.

O diagnósti co é realizado por um médico alergista através do teste de puntura (prick test), em que os extratos dos alérgenos suspeitos são testados no antebraço do paciente. Após 15 minutos da aplicação, haverá positi vidade se ocorrer elevação da pele, associado a vermelhidão no local. Além disso, exames de sangue podem ser solicitados.

O tratamento consiste em cuidados ambientais, tratamento medicamentoso e vacinas anti alérgicas (imunoterapia).

A forma mais simples de tratar alergia é evitar o contato com a substância que desencadeia os sintomas. A casa e principalmente o quarto devem ser limpos com bastante frequência, de preferência com pano úmido. Evite o uso de vassoura e espanador. O ideal é que não existam carpetes, corti nas, tapetes, bichos de pelúcia, almofadas e outros utensílios que possam acumular poeira. Os travesseiros e colchões devem ser colocados sob a luz solar com frequência e o uso de capas anti -ácaros também são efi cazes. Os cobertores não são indicados. A casa deve ser bem venti lada. Perfumes, produtos de limpeza, produtos para deixar os ambientes com odor agradável, fumaça de cigarro, ti ntas, inseti cidas e poluição são alguns exemplos de substâncias capazes de irritar o nariz, e desencadear sintomas.

O nariz tem a função de limpeza, umidifi cação e aquecimento do ar inspirado. A rinite piora no inverno porque a queda de temperatura faz com que essas funções sejam prejudicadas, e o revesti mento do nariz fi que mais exposto ao contato com os alérgenos.

É muito importante ter um acompanhamento com médico especialista, resultando em alívio dos sintomas e, principalmente, na melhoria da qualidade de vida do paciente com rinite alérgica.

19Junho/Julho-2016

20 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Castrações de cães e gatos

Tatiana Graebin,médica veterinária, pós-graduada em Clínica

Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos

Cada vez mais, a população vem se conscienti zando sobre a necessidade da castração de cães e gatos. São muitas as vantagens da castração, mas principalmente a diminuição

dos animais abandonados.Entre as vantagens da castração estão:- Prevenção de doenças: A castração evita doenças graves que

podem levar à morte. Em muitos casos o tratamento é cirúrgico e de alto risco para bichinho.

- Reduz a agressividade: Animais castrados deixam de produzir o hormônio testosterona, um dos fatores de comportamento agressivos no animal. Então, a castração ajuda a diminuir as brigas entre os animais e diminui o insti nto do macho em fazer xixi em todos os cantos para demarcar território.

- Reduz a agitação: As mudanças hormonais após a castração diminuem o metabolismo do animal, fi cando este mais calmo e dorminhoco.

- Acabam os cios e as gestações indesejadas: Fêmeas de fralda, atraindo machos, gatas prenhas após uma escapada barulhenta... Tudo isso é evitado com a castração.

- Prolonga a vida: A castração aumenta a vida do animal em pelo menos cinco anos. Ao prevenir doenças, o procedimento reduz a chance de cirurgias na velhice, quando o risco é maior. O gato castrado fi ca mais tranquilo e acaba saindo menos de casa, e assim, se expõe menos a situações de risco, como brigas, atropelamentos e maus tratos dos vizinhos.

21Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Eder Gustavo Schuster, mecânico

Dicas para ampliar a vida útil do ar

condicionado do veículo

Chega o período frio, muitas pessoas têm dúvidas se vale a pena ou não usar o ar condicionado do carro. Sim, ele deve ser usado no inverno para manter o sistema lubrifi cado. Abaixo, apresentamos

algumas dicas para garanti r maior vida úti l deste item tão valioso – seja pela segurança, seja pelo bem estar dos passageiros.

Que danos posso causar não usando o equipamento no inverno?Devemos usar o ar no inverno para que o sistema não trave alguma

válvula interna e também para não vazar gás do sistema. O uso do ar quente vai implicar em aumento do consumo maior do

que no verão, quando uso o ar frio?O ar quente consiste somente em circulação de água quente em um

radiador dentro do painel. O ar condicionado é só frio, este sim aumenta o consumo do carro.

Qual a recomendação para usar o ar condicionado no inverno?O ar pode ser usado para desembaçar o para-brisa, podendo sim ser ligado

e misturado com o ar quente para não fi car muito frio dentro do carro.É importante ligar o ar-condicionado todos os dias? Por quanto tempo?Recomenda-se ligar o ar pelo menos uma vez por semana, por poucos

minutos, para que circule o gás e o óleo do sistema, que fazem a lubrifi cação.Quais os cuidados devo ter com o equipamento no inverno? A

higienização é recomendada neste período?No inverno ou no verão recomenda-se desligar o ar pelo menos um

minuto antes de desligar o carro na garagem, deixando a venti lação ligada, para que seque a umidade que fi ca na caixa de ar, evitando assim a proliferação de ácaros e fungos prejudiciais à saúde. A higienização também é um meio de combater estas bactérias e recomenda-se fazê-la juntamente com a troca do fi ltro, a cada seis meses ou um ano depende do uso e das estradas onde se anda.

* Sócio-diretor da Mecânica Schuster.

22 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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Vicente Fleck,advogado

Benefícios por incapacidade

O maior número de processos em tramitação na Justi ça Federal de nosso país são ações tendo como réu o INSS. Dentro desses processos, a imensa maioria pede o restabelecimento ou a concessão dos benefí cios por

incapacidade, conhecidos como auxílio doença, aposentadoria por invalidez e auxílio doença por acidente do trabalho.

Algo muito corriqueiro de se ouvir são pessoas perguntando: mas como que pode o INSS indeferir o benefí cio mesmo tendo atestados e exames comprovando a incapacidade? A resposta evidentemente é que isso jamais poderia acontecer e por esse moti vo é que existem tantas ações judiciais com ganho de causa revertendo a conclusão do perito médico do INSS.

O que acontece é que o perito médico do INSS muitas vezes faz uma análise muito superfi cial da condição de saúde da pessoa e, por moti vos errados, acaba negando o pedido do benefí cio requerido.

Entretanto, toda a pessoa que não tenha condições de trabalhar e contribuiu para o INSS tem direito sim ao correspondente benefí cio por incapacidade. Chamamos a atenção ainda para o fato de que mesmo quem não está contribuindo para o INSS muitas vezes tem direito ao benefí cio, dependendo do tempo que parou de trabalhar ou parou de contribuir para a previdência.

A pessoa que não concordou com a conclusão do perito do INSS pode recorrer ao Poder Judiciário para buscar a avaliação de um perito médico judicial, o qual irá verifi car se a pessoa tem ou não a doença descrita nos atestados e exames. Esse médico é indicado pelo juiz que julga o processo, não tendo qualquer relação com os médicos do INSS, decidindo de forma imparcial sobre a existência ou não da incapacidade da pessoa.

Caso constatada a incapacidade, a pessoa não apenas começa ou volta a receber o seu benefí cio, como recebe tudo o que deixou de receber enquanto esperava a decisão do juiz, desde a primeira vez que pediu o benefí cio no INSS.

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23Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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A fonte das águas dançantes

Era ali, naquele recanto agradável e aconchegante; a saudosa querida colega e eu, seguidamente nos reuníamos por horas maravilhosas e para colocarmos a conversa em dia...

Nunca houve declarações de amores... foi-se adiando, adiando; e um dia nos despedimos porque o desti no chamara-me a trabalhar muito distante... nunca mais nos vimos... As comunicações diferentes de hoje; mas guardei uma bela lembrança sua: uma coletânea de pensamentos e belíssimas poesias recheadas de amor...

Ela adorava literatura com histórias poéti cas e romances! A coletânea fora carinhosamente escrita em folhas de seu luxuoso caderno escolar, pelas suas lindas e delicadas mãos...

Pelos longínquos caminhos andados, me acompanhava uma quase irresistí vel saudade...

Porque o desti no nos foi tão cruel? O trem da vida foi chegando de mansinho, parou e esperou... e nós não embarcamos; por quê? Por quê?

Nunca vai apagar da lembrança, aqueles momentos de ternura, sob o murmúrio e o refl exo das luzes e cores cinti lantes da nossa saudosa FONTE DAS ÁGUAS DANÇANTES...

A doce saudade da minha admirável colega amiga me acompanhará pela eternidade...

Noite de autógrafosA Clinique Psicologia, de Danubia

Nunes, recebeu a psicóloga e escritora Cris Manfro, Cris Manfro II, na noite de 28 de abril, para o lançamento de seu novo livro

“Encontros&Desencontros”, da Sinopsys Editora. Os convidados conheceram o novo espaço de atendimento de Danúbia, que está junto à Avenida Brasil, 830, Sala 4, em Estância Velha. A Revista Multi Família fez a cobertura destes felizes encontros.

Ramiro José Borba, escritor, viajante promotor de vendas aposentado

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24 Junho/Julho-2016Leia este arti go em:

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