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Revista MundoGEO 69

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A NOVA Revista MundoGEO reflete as convergências de geotecnologias e as preferências de nossos leitores, pois mais de 80% já assinavam as revistas InfoGEO e InfoGNSS. Outra mudança é a periodicidade, que passará a ser bimestral para atender às mudanças cada vez mais rápidas do setor.

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Page 1: Revista MundoGEO 69
Page 2: Revista MundoGEO 69

PATROCÍNIO DIAMANTE PARCEIROS ESTRATÉGICOS

PATROCÍNIO PLATINA PATROCÍNIO OURO

DIVULGAÇÃO

REALIZAÇÃO

PATROCÍNIO DA PREMIAÇÃO APOIO

PATROCÍNIO PRATA

3

#

31%Presidenteou diretor 40%

Setortécnico29%

Gerenteou coordenador

+ 3.350PARTICIPANTES

+ 70 MARCASGLOBAIS

FEIRA COM

+ 120PALESTRANTES

+ 27 PAÍSESPARTICIPANTES

Evento de 2012

Programação interativa com seminários, talkshows,fóruns, mini-cursos, workshops e encontros de usuários + de 90% de aprovação dos participantes da edição anterior

A premiação reconhecerá os melhores do setor.Aguarde os indicados e vote!

Prê m i o M u n d o G E O # Co n n e c t 2 0 1 3

O maior e mais importante evento de soluções geoespaciais

e serviços de localização da América Latina terá como tema

24 desa�os do setor de geo. Saiba mais em mundogeoconnect.com

Acompanhe também pelas redes sociais!

3 0 %

2 5 %

1 7 %

1 5 %

1 3 %

M e i o a m b i e n t e e r e c u r s o s n a t u r a i s

P l a n e j a m e n t o t e r r i t o r i a l

E m p r e s a s d o s e t o r g e o e s p a c i a l

B u s i n e s s i n t e l l i g e n c e

U t i l i t i e s e i n f r a e s t r u t u r a Áreade Atuação

Per�ldos Participantes

Novas ideias,grandes soluçõesCentro de Convenções Frei CanecaSão Paulo (SP) - Brasil

18 a 20de junho

2013

ENVIE

SUA

IDEIA

Page 3: Revista MundoGEO 69

PATROCÍNIO DIAMANTE PARCEIROS ESTRATÉGICOS

PATROCÍNIO PLATINA PATROCÍNIO OURO

DIVULGAÇÃO

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PATROCÍNIO DA PREMIAÇÃO APOIO

PATROCÍNIO PRATA

3

#

31%Presidenteou diretor 40%

Setortécnico29%

Gerenteou coordenador

+ 3.350PARTICIPANTES

+ 70 MARCASGLOBAIS

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+ 120PALESTRANTES

+ 27 PAÍSESPARTICIPANTES

Evento de 2012

Programação interativa com seminários, talkshows,fóruns, mini-cursos, workshops e encontros de usuários + de 90% de aprovação dos participantes da edição anterior

A premiação reconhecerá os melhores do setor.Aguarde os indicados e vote!

Prê m i o M u n d o G E O # Co n n e c t 2 0 1 3

O maior e mais importante evento de soluções geoespaciais

e serviços de localização da América Latina terá como tema

24 desa�os do setor de geo. Saiba mais em mundogeoconnect.com

Acompanhe também pelas redes sociais!

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M e i o a m b i e n t e e r e c u r s o s n a t u r a i s

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U t i l i t i e s e i n f r a e s t r u t u r a Áreade Atuação

Per�ldos Participantes

Novas ideias,grandes soluçõesCentro de Convenções Frei CanecaSão Paulo (SP) - Brasil

18 a 20de junho

2013

ENVIE

SUA

IDEIA

Page 4: Revista MundoGEO 69

Entrevista Eric van Praag, Coordenador do Programa GeoSur

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Latitude Opinião sobre a criação de uma nova Agência para regular a atividade geoespacial no Brasil

14

Pesquisa Por dentro do mercado: Sistemas de Informações Geográficas

32

Passo a Passo Wikimapa: mapeamento colaborativo ao alcance de todos

30

GeoQuality Sustentabilidade espacial: um novo conceito, ainda em discussão

33

Atlas Ambiental Construção colaborativa de Atlas Ambiental Escolar com apoio de Geotecnologias

34

SUMÁRIO

Capa Projeto de Lei propõe criação

de Agência de Cartografia &

Informação Geoespacial

Instituto Geodireito assessora

a Câmara dos Deputados na

elaboração do projeto. Especialistas

do setor concordam que o

momento é oportuno. IBGE &

Concar se opõem a criação da

Agência

24

Page 5: Revista MundoGEO 69

Laser Scanner 3D Saiba como usar alvos para aumentar a qualidade da união de cenas

40

GeoDireito Cultura regulatória se avizinha à infraestrutura cartográfica

39

GeoIncra Legislação Cadastral: dicas para preenchimento da documentação

49

IDE#Connect Infraestruturas de Dados Espaciais e Gestão da Informação Geoespacial

53

Alta Acurácia Por dentro da Diluição de Precisão no GNSS

44

Quem é Quem Conheça os profissionais de destaque na América Latina no setor de geo

56

Itaipu Parque tecnológico gera conhecimento para uso dentro e fora da usina

50

Cadastro Comitê Permanente de Cadastro na Ibero América

46

Editorial

Web

Seção do Leitor

Navegando

Lançamentos

OnLine

MundoGEO#Connect

Guia de Empresas

0610121620586062

Colaboraram nesta edição:André Luiz dos Santos Furtado, Arlete Meneguette, Célia Regina Grego, Cristina Aparecida Gonçalves Rodrigues, Cristina Criscuolo, Fabiano Ferrari, Francisco Manoel Wohnrath Tognoli, João Francisco Galera Monico, Leonardo Campos Inocêncio, Luiz Antonio Ugeda Sanches, Marlon Aguilar Chaves, Maurício Roberto Veronez, Paulo Sergio Gomes Paim, Reginaldo Macedonio da Silva, Roberto Tadeu Teixeira, Rovane Marcos de França, Wilson Holler

Acesse artigos complementares na revista onlinewww.mundogeo.com

Onde estudar? Continuação da série traz principais cursos nas regiões Norte e Centro-Oeste

36

Lidar para Geologia Uso do sistema escaner a laser terrestre para pesquisas geológicas

42

Page 6: Revista MundoGEO 69

6 MundoGEO 69 | 2012

Conversas de corredores, reuniões na Câma-ra dos Deputados, seminários online, grupos em redes sociais: nas últimas semanas o assun-to que agitou a comunidade de geotecnologia foi a proposta de criação de uma nova Agência para a regulamentação deste setor tão vital para o desenvolvimento da nossa Nação.

Mais do que discutir um nome para a Agência (Ancar, Angeo, Anigeo ou similar), o momento é de reflexão sobre o papel de cada setor – go-verno, empresas, academia, profissionais – na normatização, produção e compartilhamento de informações geoespaciais.

Existem, hoje, diferentes posições sobre a An-car, tanto sobre suas funções e atribuições, bem como sobre sua nomenclatura, já que há uma discussão sobre a obsolescência do termo “car-tografia” em contraste a “informações geoespa-ciais”, mais alinhado às demandas atuais. Como a proposta encontra-se na fase de recebimento de sugestões, ainda tem “muita água para pas-sar embaixo da ponte” e a sociedade será con-vidada, em vários momentos, a contribuir para a formatação da nova Agência, com a intenção de complementar ou até mesmo superar o projeto.

O MundoGEO tem atuado fortemente como

HOrA DE MuDANçAS?

EDITORIAL

EDuArDO FrEITASEngenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIGEditor da revista [email protected]

principal protagonista na função de conectar a comunidade para debater sobre a proposta de criação da Agência e quanto às suas atribui-ções e forma de atuação. A comunidade foi con-vidada a participar através de comentários no portal MundoGEO, interação durante o evento MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012 - onde o tema foi lançado - e nos seminários online, além do compartilhamento de informações em grupos específicos sobre o assunto em redes sociais.

Avaliando as pesquisas realizadas recente-mente, percebe-se que a comunidade apoia a necessidade de mudanças no quadro atual da cartografia nacional. Durante um webinar rea-lizado em 30 de agosto, apenas 4% dos partici-pantes disseram-se satisfeitos com a situação da cartografia no Brasil.

Chegou a hora dos atores que fazem parte do mercado brasileiro de geotecnologia uni-rem forças, dos protagonistas repensarem seus papéis para o início de um novo ato do setor, e que todos trabalhem juntos, na mesma direção, nesta grande peça que tem o objetivo único de organizar as informações, otimizar os recursos e acelerar o crescimento do país.

revista MundoGEOPublicação bimestral - ano 14 - Nº 69

Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | [email protected] Editor | Eduardo Freitas | [email protected] Editorial | Alexandre Scussel | [email protected] Editorial | Elis Jacques | [email protected] Gerente de TI | Guilherme Vinícius Vieira | [email protected] | Jarbas Raichert Neto | [email protected] e assinaturas | Thalita Nishimura | [email protected] Administração | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | [email protected] Gráfico e Editoração | O2 Design | [email protected] e Impressão | Gráfica Capital | www.graficacapital.com.br

MundoGEOwww.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom RetiroCuritiba – PR – Brasil – 80520-430

Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

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Envie sua opinião so-bre o tema que, com certeza, terá desdo-bramentos na próxi-ma edição da revista: [email protected].

Page 7: Revista MundoGEO 69

FurTADO E CINTrA

Page 8: Revista MundoGEO 69

MundoGEO 69 | 20128

ErIC VAN PrAAGCoordenador do Programa GeoSur

ENTREVISTA

Formado em Ciências da Computação pela Universi-dade Simón Bolívar (Venezuela), com mestrado em

Ciências Ambientais pela Salford University (Reino Uni-do), Eric van Praag hoje coordena o Programa GeoSur, uma iniciativa de Infraestrutura de Dados Espaciais Lati-noamericana, liderada pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e Instituto Panamericano de Geografia e Estatística (IPGH). O GeoSur estabeleceu a primeira rede latinoamericana de provedores de dados geoespaciais, em apoio ao melhor planejamento de projetos e tomada de decisão na região.

MundoGEO: Como é a estrutura do GeoSur e quais são as ações do Programa para promover as tec-nologias geoespaciais na América Latina e Caribe?Eric Van Praag: A missão do Programa GeoSur é facilitar o acesso a dados e informação espaciais e promover o desenvolvimento de conjuntos de dados regionais. Desde seu início, em 2007, o Pro-grama GeoSur tem crescido para atender a um pú-blico interessado em usar informação confiável, a fim de apoiar processos de desenvolvimento. Hoje, mais de 23 países e ao redor de 60 institui-ções nacionais participam no GeoSur.O GeoSur tem três componentes principais: 1) um geoportal; 2) uma rede de serviços de mapas; e 3) um serviço regional de processamento topo-gráfico. Estes serviços permitem que o usuário busque, encontre, veja, analise e processe dados espaciais locais, nacionais e regionais com méto-dos que eram inimagináveis há uns poucos anos.O GeoSur é coordenado pelo CAF e o IPGH, com assistência técnica proporcionada pelo Centro Eros do U.S. Geological Survey (USGS) e os insti-tutos geográficos do Chile, Colômbia, Equador e Espanha. A participação no GeoSur está aberta a qualquer produtor de dados espaciais, com ênfase em organismos governamentais que produzem dados oficiais que podem utilizar-se no processo de tomada de decisões. Hoje, mais de 60 institui-ções participam do GeoSur.O GeoSur proporciona capacitação e assistên-cia técnica a todas as instituições participantes, enquanto desenvolvem os serviços de mapas e os catálogos de metadados necessários para co-nectar-se ao Geoportal e ao Serviço Regional de Mapas do GeoSur. Da mesma forma, o GeoSur

“A missão do Programa GeoSur

é facilitar o acesso a dados

e informação espaciais e

promover o desenvolvimento

de conjuntos de dados regionais ”

promove as comunicações entre especialistas participantes e conduz periodicamente seminá-rios na web sobre temas relativos ao GeoSur e reuniões anuais do Programa, onde se analisam e desenvolvem as políticas e os componentes de seus planos de ação anual.O GeoSur já capacitou mais de 180 especialistas da região em cinco oficinas que tiveram lugar nos Estados Unidos e Colômbia (um deles se realizou online). Também oferece ensino vir-tual pontual em temas geoespaciais e mantém uma programação ativa de seminários pela web, centrado em temas de interesse para seus par-ticipantes. Além disso, mantém uma ativa lista de correios que conta com mais de 300 mem-bros, a maioria deles especialistas geoespaciais da região.

MG: Como foi desenvolvido o visor regional do GeoSur? Que tipo de informação está dis-ponível no Geoportal? Quais são os desafios para novos desenvolvimentos? EVP: O GeoSur apoia o estabelecimento de servi-ços de mapas em suas instituições associadas. A grande maioria destas instituições possui informação de caráter nacional, municipal e/ou urbano. O CAF e o IPGH, ao iniciar o Programa, concordaram sobre a

Por Eduardo FrEitas

Page 9: Revista MundoGEO 69

9 MundoGEO 69 | 2012

“Nosso principal desafio, hoje, é a ampliação da rede GeoSur com a finalidade de incorporar um maior número de instituições ”

necessidade de estabelecer um serviço de mapas de alcance regional, com o fim de disseminar informa-ção transnacional que estivesse fora do âmbito de ação de suas instituições participantes e que fosse de grande utilidade para planejar projetos de desen-volvimento que envolvessem dois ou mais países.O Programa GeoSur concebeu, como mecanismo idôneo para colocar esta informação regional à dis-posição do público, o desenvolvimento de um visor regional de mapas. O visor tem sido desenvolvido com a tecnologia ArcGIS Server da empresa Esri e contém mais de 80 camadas de informação regional, entre as que se destacam mapas de relevo da Améri-ca Latina (30 metros de resolução), mapas de ecossis-temas, mapas de projetos de infraestrutura, mapas de áreas protegidas e mapas de territórios indíge-nas, entre muitos outros. O uso do visor é gratuito e não se requer software especializado para seu uso.O GeoPortal do GeoSur tem sido desenvolvido com o apoio do Centro Eros do USGS, e é o primeiro portal regional que proporciona acesso a dados e serviços geográficos dos países da América Latina e Caribe. Lançado em março de 2007, o Portal foi desenvol-vido com tecnologia Geoportal Server, uma plata-forma de código aberto da empresa Esri. O Portal mantém atualizada uma base central de metadados que se atualiza periodicamente, mediante um meca-nismo automático que coleta metadados dos geo- catálogos das instituições participantes. Hoje em dia, existem mais de 130 serviços Web Map Service (WMS) conectados ao Portal e mais de 11 mil regis-tros de metadados disponíveis em sua base de dados (com mais de 160 mil registros de metadados asso-ciados que podem consultar-se). Este é o primeiro portal que oferece acesso a informação espacial de todos os países da região em um só lugar.Nosso principal desafio, hoje, é a ampliação da rede GeoSur com a finalidade de incorporar um maior número de instituições, com ênfase na in-corporação de instituições de áreas temáticas sub--representadas atualmente no GeoSur, como insti-tuições do setor de saúde ou do setor educacional.

MG: Como você avalia o desenvolvimento das Infra-estruturas de Dados Espaciais (IDE) na América Lati-na e Caribe, com relação a outras regiões do mundo?EVP: Considero que se tem alcançado importantes avanços nos últimos anos na região, especialmen-

ENDErEçO DO CAFAve. Luis Roche, Torre CAF, Altamira, Caracas - VenezuelaTelefone +58 (212) 209-2111Email [email protected]

+INFOAcesse o Geoportal em http://geosur.info

te no estabelecimento de IDEs em vários países pela via de decretos ou diversos tipos de mandatos legais. Porém, em aspectos técnicos e no desenvolvimento de aplicações práticas que tenham utilidade para um número amplo de usuários, considero que ainda falta muito caminho a percorrer.Países como Estados Unidos, Canadá ou Espanha, por mencionar uns poucos, apresentam avanços impor-tantes e nos mostram modelos interessantes a seguir na região. Outros países com um desenvolvimento mais consonante com os países de nossa região, como Coréia, Taiwan e África do Sul, nos demonstram que se podem alcançar importantes avanços na formação de IDEs nacionais sem a necessidade de contar com fortes recursos finaceiros.

MG: Qual é a importância do Prêmio GeoSur para o desenvolvimento das tecnologias geo-espaciais e as IDEs na região?EVP: As instituições que outorgam este prêmio - o IPGH e o CAF - esperam que a premiação se consolide como um importante reconhecimen-to à aplicação dos dados espaciais ou o desen-volvimento de geoserviços na América Latina e Caribe, com ênfase em iniciativas que se tem desenvolvido no marco do Programa GeoSur ou colaboração próxima com o mesmo. Afinal de contas, se busca promover o uso da informação geográfica em aplicações práticas que contri-buam ao desenvolvimento de nossos países e de nossa região.

MG: Como diferentes instituições podem par-ticipar do GeoSur?EVP: A participação no Programa está aberta a instituições que produzam informação geográfi-ca e que desejem estabelecer mecanismos práti-cos para sua disseminação a todo tipo de público. O mecanismo para participar é simples, pois as instituições interessadas somente têm que enviar uma carta de intenção ao CAF, expressando seu interesse em ser membros do GeoSur.

promoção especia

l

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10 MundoGEO 69 | 2012

WEB

O MundoGEO acaba de atingir a marca de 30 mil membros nas redes sociais. Presente no Twitter, Facebook, LinkedIn, YouTube, Vimeo, Flickr, o MundoGEO também conta com um fórum de discussão e gerencia o GeoConnectPeople, primeira rede social do mundo exclusiva para o se-tor de geo.

Emerson Zanon Granemann, diretor e publisher do MundoGEO, cons-tata que a liderança nos números “deve-se aos colaboradores que atuam na empresa na área de redes sociais, que aproveitaram uma grande opor-tunidade ao possibilitar novas conexões com os profissionais do setor de soluções geoespaciais”.

Atuando nas redes através de um diálogo bilateral, os benefícios desse relacionamento online seguem para ambos os lados. “Além de utilizarmos as redes sociais para o relacionamento com nossos seguidores, elas são uma ótima fonte para mapearmos quais assuntos estão em alta, gerando con-teúdo para o portal e revista MundoGEO”, explica Eduardo Freitas, editor.

Para Elis Jacques, gerente de redes sociais, “viabiliza-se a terceirização de discussões e compartilhamento de conteúdos, onde os próprios usu-ários desenvolvem novas abordagens sobre as informações divulgadas”.

MuNDOGEO rEúNE MAIS DE 30 MIL MEMbrOS NAS rEDES SOCIAIS!

Março +LidasAgosto

Geógrafos lançam Atlas do trabalho escravo no Brasil

IBGE lança nova Base Cartográfica do Território Nacional

Marinha do Brasil abre Concurso Público para engenheiros

JulhoSeminário online mostra as possibilidades do ArcGIS Online

Inpe abre inscrições para curso online de Meteorologia

DSG realiza curso gratuito de capacitação em Padrões da Inde

JunhoCongresso Nacional pode mudar a Cartografia

Inpe anuncia concurso para técnicos e tecnologistas

IBGE disponibiliza mapa índice digital atualizado

TV MuNDOGEOPrêMIO MuNDOGEO#CONNECT 2012Destaques do Prêmio MundoGEO#Connect 2012, com 25 categorias, que reconheceu os melhores do setor de geotecnologia:

MuNDOGEO E INPE rEALIzAM WEbINArO Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com o apoio do MundoGEO, realizou um seminário online no dia 18 de junho com a transmissão do Workshop de Lançamento do TerraMA², sistema que será aliado ao monitoramento de riscos ambientais. O webinar atraiu 846 participantes, sendo que o evento durou o dia todo e, por volta das 11h, o número de pessoas online simultaneamente chegou a 592. Esse foi o maior índice de participantes ativos, pelo maior tempo, em seminários online realizados pelo MundoGEO.O retorno que o webinar proporcionou ao Inpe foi positivo, de acordo com representantes da Divisão de Processamento de Imagens (DPI) do Instituto. Além disso, outro destaque foi a presença do novo diretor do Inpe, Leonel Perondi, durante a abertura do workshop, realizado em São José dos Campos (SP).Os vídeos com a gravação de todas as apresentações estão disponíveis em http://vimeo.com/mundogeo. Confira também a agenda dos próximos webinars promovidos pelo MundoGEO pelo link http://mundogeo.com/webinar.

http://youtu.be/W58oEZxogkE

LuIS bErMuDEzEntrevista exclusiva com Luis Bermudez, Diretor de Certificação de Interoperabilidade do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês):

http://youtu.be/ZJ_6uCAoGhw

GILbErTO CâMArAEntrevista exclusiva com Gilberto Câmara, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante o MundoGEO#Connect 2012:

http://youtu.be/Jk5Nbo00D_0

Page 11: Revista MundoGEO 69

11

s

CONHEçA A MAIOr rEDE SOCIAL DE GEOTECNOLOGIAS DO MuNDO!Conheça a rede GeoConnectPeople, que já conta com mais de 4 mil membros, sendo a única rede social global especializada em geotecnologias. É um espaço aberto para a troca de experiências, onde todos podem fazer contatos, debater temas relacionados à área e produzir e divulgar conteúdos.

QuEr PArTICIPAr?Você também pode fazer seu login através de sua conta do Facebook, Twitter, Google e LinkedIn.Acesse: geoconnectpeople.org

Page 12: Revista MundoGEO 69

12 MundoGEO 69 | 2012

POrTAL MuNDOGEO

Graças à divulgação no MundoGEO estamos tendo hoje um excelente banco de dados e qualidade das propostas que nos são enviadas.Lucyana barros | The Nature Conservancy

Obrigada pela divulgação de vaga de emprego. Recebemos currículos do mundo todo e de candidatos com excelente experiência na área de GIS. Isso mostra que o Portal MundoGEO é um ótimo meio de comunicação nessa área.roberta Viola | São Paulo (SP)

WEbINArS

O webinar do TerraMa foi muito legal! A proposta de vocês é show de bola, ainda mas para aquelas pessoas que estão fora do eixo Rio-São Paulo e nem sempre podem participar presencialmente nos eventos de geotecnologia. Amaro Luiz Ferreira | Manaus (AM)

Venho acompanhando o conteúdo MundoGEO e os seminários presenciais e mais recentemente os online, desde quando comecei a trabalhar no Insti-tuto Socioambiental, em 2007. Trata-se de uma iniciativa única neste tema por aqui. Parabéns. Thomas Gallois | São Paulo (SP)

Foi sensacional essa parceria MundoGEO/Inpe para o webinar sobre o lança-mento do TerraMA². Foi uma atitude louvável que nos presenteou e enriqueceu--nos com conhecimentos sobre a evolução de equipamentos e suas respectivas funcionalidades, quando antes contávamos apenas com teodolitos e algumas fórmulas matemáticas. Francisco José Pereira de Oliveira | Ceará

Felicitaciones por el seminario sobre gvSIG. Los expositores fueron muy en-tendibles y amenos. Adelante!Jorge de Vita | uruguay

Mis felicitaciones por la iniciativa de realizar esta clase de eventos y asi aprender mas acerca de software GIS, para su utilización en el trabajo diario de nosotros los usuarios. Quisiera ponerles en bandeja la idea de seguir presentando mas acerca de estos softwares como el gvSIG, pero también el ArcGIS.Jalfien Fernandez barahona | Guatemala - Petén

Gostaria primeiramente de parabenizar a equipe da MungoGEO pelos webinars já realizados. Após a indicação de um amigo, participei em dois (ArcGIS e gvSIG) e achei muitíssimo interessante e bem realizado. Notei que já foram realizados webinars com o assunto georreferenciamento de imóveis rurais, mas como eu não tinha conhecimento da realização desses eventos, não pude participar.Vivian rodrigues Glosqui | São Jerônimo (rS)

Vivian,você pode encontrar os materiais (pdf e/ou vídeo) de webinars sobre georreferenciamento em http://mundogeo.com/webinar. Basta clicar nos anos anteriores, buscar os eventos sobre este tema e acessar a aba “Arquivos”.

rEVISTA MuNDOGEO

El motivo del mail es felicitaros por la revista MundoGEO cada vez esta mejor, crece día a día elevando su nivel técnico y profesional. Hoy en día, debe ser la revista de mayor jerarquía a escala global. Felicitaciones!Armando Del bianco | Córdoba - Argentina

SEÇÃO DO LEITOR

Envie críticas, dúvidas e sugestões para [email protected]. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

errata: Edição 68Na matéria “Saiba Onde Estudar Geo no Sudeste do Brasil”, páginas 64 a 66, considerar as seguintes instituições na lista de cursos do estado de São Paulo:• São Paulo (SP) | Centro Universitário

Sant’Anna (Uni Sant’Anna) | Geografia (Licenciatura e Bacharelado)

• Limeira (SP) | Unicamp | Curso Técnico em Geomática

TWITTEr

@breno_mineiro | Breno MazzinghyMuito boa a iniciativa dos webinars, pois agregamos conhecimento e nos reciclamos.

@Rosadearg | Rosana B Muchas gracias por permitirnos adquirir conocimientos a partir de éste, y todos los webinars!

@erickson_melo | Erickson Melo Estou muito admirado com a tecnologia dos VANTs, é incrível! E que praticidade oferece ao levantamento geográfico! #webinar.

@lucenitt | Lucesita Muy buen taller, espero seguir aprendiendo cada dia más. Abrazos desde Colombia.

@paulmilli | Juan Pablo Millicay Felicidades!! a la gente de @MundoGEO y a la comunidad gv-SIG por el seminario “gvSIG: traba-jando con el SIG libre”.

FACEbOOkTiago Botelho Ulhoa Sempre muito bom ter a oportunidade do conhecimento transmitido com tanta clareza pelo Professor – Engenheiro Agrimensor Roberto Tadeu Teixeira - Incra. Seminário muito técnico e objetivo. Parabéns!

Edson Magalhães Bastos Júnior Parabéns à MundoGEO por mais uma promoção especial como essa. E até o próximo webinar! Grande abraço

Page 13: Revista MundoGEO 69

IMAGEM

Page 14: Revista MundoGEO 69

14 MundoGEO 69 | 2012

LATITUDE

EMErSON zANON GrANEMANN Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do [email protected]

http://ggim.un.org

Gostaria de compartilhar com vocês algumas opi-niões sobre este importante momento de repensar a organização da cartografia no Brasil.

Ser contra ou a favor? Esta é a pergunta que mais estou recebendo nos últimos dias. No recente webinar que realizamos em parceria com o Instituto GeoDireito, sobre a proposta de criação da Agência Nacional de Cartografia (Ancar), 80% dos 750 parti-cipantes apontaram não estarem satisfeitos com o quadro atual em que se encontra a cartografia no Brasil. Eu estou 100% convencido que precisamos fazer algo neste setor. Penso que a iniciativa do De-putado Arnaldo Jardim, de propor debater o assunto no Congresso Nacional sob a forma de um Projeto de Lei (PL), veio em boa hora e pode ser o provoca-dor de um debate na comunidade para impulsionar esta necessária mudança. Afirmo isso pois existe um tempo interessante antes que a PL seja levada para a votação e depois possa receber contribuições de forma a atender sua função de reorganizar e pro-mover o desenvolvimento do setor, para atender os usuários públicos e privados, empresas, universida-des e profissionais do setor. Ajustes estes que devem contemplar uma plena integração do novo modelo, quando aprovado, com a Comissão Nacional de Car-tografia (Concar), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG). Além de prever a criação de uma estrutura eficiente e eficaz para atender as atribuições por ela propostas.

Mudar o nome da agência, de Ancar para Agên-cia Nacional de Informações Geoespaciais (Angeo ou outra combinação de letras): Mais do que mudar a sigla, penso que seria muito estratégico reavaliar alguns conceitos, contextualizando a discussão às atuais de-mandas da sociedade no século 21.

Algumas justificativas para rever o nome e o con-ceito da Agência:

Cartografia- Informações Geoespaciais (informa-ção associada a uma posição): os mapas evoluíram do papel para o meio digital e, com a popularização do GIS e do GPS (mobilidade), ganharam outra dimensão de uso. A quantidade de usuários é imensa e o seu perfil é diverso devido à evolução da tecnologia. Hoje já se dis-cute, por exemplo, como o mapeamento colaborativo

ANCAr Ou ANGEO?Opinião sobre a criação de uma nova Agência para regular, organizar e fomentar a atividade geoespacial no Brasil

pode ser integrado às bases oficiais. A grande maioria das empresas do setor, incluindo as de mapeamento mais tradicionais, já não se apresenta como empresa de mapeamento, mas enfatizam que seu negócio é gerar informações. Empresas, como Vale, Petrobras, Governos e Prefeituras, não buscam mais somente bases carto-gráficas mas sim informações geoespaciais para tomar suas decisões. Evidente que toda a informação geo-espacial tem que ter uma boa cartografia como base, mas a proposta da Agência, a meu ver, para conseguir apoio amplo da sociedade e atingir seus objetivos tem que absorver não só no seu nome, mas na sua essência, esta nova demanda. Não se trata de modismo, mas de uma nova forma de coletar, modelar, processar, analisar e compartilhar os dados com seus inúmeros atributos para a tomada de decisões.

GGIM – ONu: Vemos que na ONU, como bem comentou o Instituto GeoDireito, já recomenda-se que os países se regulem e modernizem os proces-sos de geração e disponibilização de informações geoespaciais. Esta será uma decisão vital e estra-tégica nos próximos 10 anos para o planeta, junto com temas como sustentabilidade, meio ambiente, utilities e educação. Observem que no site da Global Geospatial Information Management (GGIM) exis-tem várias iniciativas mundiais dos Estados Mem-bros que seguem esta tendência de discutir, prover e legislar, não em cima da cartografia, mas de um conceito mais amplo de informações geoespaciais.

Com certeza será vitorioso um movimento, via Agência ou não, que possa disseminar para a so-ciedade os conceitos da informação geoespacial e suas inúmeras aplicações. Além disso, que facilite a plena integração destas informações, sua ampla disponibilidade e sua reutilização para diferentes fins. Será o fim dos vazios de informações geoes-pacias e de áreas mapeadas várias vezes.

A sociedade não quer mais só mapas, mas sim informação. Temo que manter o termo e foco só na cartografia vai acabar despertando tão somente interesse de nichos de empresas, usuários, institui-ções e profissionais especificamente do setor. Mas se o movimento for mais amplo, terá um apoio e impacto maior, e mais chances de realmente des-pertar a atenção de governantes e políticos.

Page 15: Revista MundoGEO 69

CPE

Page 16: Revista MundoGEO 69

16 MundoGEO 69 | 2012

NAVEGANDO

A Comissão de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável aprovou

uma proposta que altera o Estatuto da CidadE para incluir itens relativos à

proteção do mEio ambiEntE

O Governo do Brasil anunciou

investimento de 18,8 bilhõEs dE rEais

na prevenção, mapeamento, resposta e

sistema de monitoramento e alerta contra

dEsastrEs naturais

A digitalglobE anunciou um acordo

com a Esri para disponibilização de

imagens do serviço global basEmap

A Cgi, companhia canadense de TI,

anunciou a aquisição da logiCa por um

valor total de 2,7 bilhõEs dE dólarEs

A trimblE entrou em um acordo

definitivo para adquirir a tmW systEms,

fabricante de softwares para transporte e

logística

A autodEsk assinou um acordo para

adquirir o aplicativo móvel soCialCam,

para captura, edição e compartilhamento

de vídeos

Durante a rio+20 os governos do

brasil e da China elevaram o nível de

sua parceria para “estratégica global”

A companhia takadu, de Israel,

fornecedora de serviços GIS para

monitoramento de redes de água,

anunciou sua expansão na América Latina

A tErrago tEChnologiEs adquiriu

a gEosEmblE tEChnologiEs,

desenvolvedora da solução gEoXray,

para visualização e compartilhamento de

dados geoespaciais não estruturados

uNIVErSIDADE DESENVOLVE APLICATIVOS DE GEO PArA ANDrOID

O Laboratório de Geomática do Departamento de Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Ma-ria (UFSM), que há vários anos desenvolve sistemas de gestão com integração de geotecnologias, iniciou a partir de julho deste ano um projeto de difusão de aplicativos de tecnologia móvel relacionados à agricultura de preci-são e ao geoprocessamento, desenvolvidos para uso em smartphones e tablets com sistema operacional Android.

O primeiro aplicativo, que já está disponível, é o C7 AP-GPS e Malha, o qual utiliza o GPS integrado ao aparelho. Aplicado à agricultura de precisão, o aplicativo compreende rotinas de mapeamento de lavouras; cálculos de áreas; registro de coordenadas geográficas de pontos, linhas e polígonos em arquivos texto; estruturação e edição de malha de amostragem; localização de pontos amos-trais georreferenciados; e ainda o registro georreferenciado de atributos qualitativos e quantitativos de solo e planta em banco de dados SQLite. Também permite a possibili-dade de integração com a API do Google Maps, visualizando polígonos e pontos sobre as imagens do Gmaps.

Já o C7 Planimétrico I é um aplicativo voltado à topografia que, utilizando a API do Google Maps, permite a localização de qualquer área sobre as imagens de satélite do Google Maps e, sobre estas, possibilita a vetorização e edição de poligonais, cálculo de área e perímetro com o armazenamento das coordenadas geográficas de latitude e longitude em arquivo de texto e a possibilidade de envio deste arquivo por email a qualquer destinatário a partir do próprio ambiente do aplicativo.

Outro aplicativo é o C7 AP-Mapas Geo, com utilização na agricultura de precisão, que tem por finalidade executar a sobreposição georreferenciada de mapas digitais de fertilidade, NDVI e, a partir da localização de um ponto qualquer, possibilita identi-ficar numericamente o valor do atributo da variável de solo ou planta naquele ponto.

INFO

www.crcampeiro.net

ESrI ADQuIrE IMAGENS DE ALTA rESOLuçãO PArA uSuárIOS DO ArCGIS

A DigitalGlobe, provedora de imagens da Terra e análise geoespacial, anunciou recentemente o estabelecimento de um acordo com a Esri para disponibilização de imagens do serviço Global Basemap.

As imagens serão integradas ao banco da Esri, dentro do portal ArcGIS Onli-ne. Ainda neste ano, os usuários do ArcGIS poderão utilizar as imagens em seus mapas da web e facilmente compartilhar os resultados com outros colegas. Além disso, usuários do ArcGIS Desktop também terão acesso a estes dados.

Segundo informações oficiais, a integração do ArcGIS Online com o serviço de imagens Global Basemap está em andamento, e as imagens serão dispo-nibilizadas até o final de 2012.

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17

TrIMbLE ExPANDE SErVIçO rTx PArA AMérICA LATINA

A Trimble anunciou que sua nova tecnologia para correção GNSS está dis-ponível para agricultores da América Latina. A tecnologia Trimble RTX - sigla para Real-Time Extended - combina dados em tempo real com algoritmos de posicionamento e compressão inovadores, para proporcionar acurácias melhores que 3,8 centímetros em tempo real, sem a necessidade de uma estação tradicional RTK de referência.

Inicialmente, o serviço de correção por satélite CenterPoint RTX cobria uma faixa de 1,8 bilhão de hectares na região central da América do Norte, estendendo-se desde o Canadá até o norte do México. A nova área de co-bertura foi expandida para incluir todo o México, América Central e América do Sul, onde os agricultores poderão usar o serviço de correção GNSS para o cultivo, plantio, gestão de pragas, nutrientes, colheita, etc..

As correções em tempo real CenterPoint RTX são entregues diretamente para o receptor GNSS, assim não há custos adicionais para planos de dados móveis ou hardware, tais como rádios e antenas.

ESA DECLArA FIM DA MISSãO GIOVE-A

Com os primeiros satélites da constelação Galileo funcionando normalmente em órbita, a Agência Espacial Europeia (ESA) decidiu encerrar a missão do satélite de navegação Giove-A. Lançado em 28 de dezembro de 2005, este primeiro satélite experimental exe-cutou a tarefa de proteger as frequências de rádio provisoriamente reservadas para o Galileo. Projetado para operar por 27 meses, o satélite já completou quase 80 em operação.

Em abril de 2008 foi lançado o Giove-B, com um tempo de vida de 50 meses, que ainda será usado em testes de calibração com os dois satélites Galileo que estão em órbita. Em setembro, o Giove-B será manobrado para uma órbita 300 quilômetros mais alta, e logo após irá encerrar suas operações.

ArCGIS ONLINE TrAz SOLuçõES PArA NEGóCIOS COM uSO DE INTELIGêNCIA GEOGráFICA

O ArcGIS Online é um sistema de gestão de recursos geo- gráficos que permite a geocolaboração entre profissionais de uma empresa através de conteúdo geográfico, mapas e aplicações. O ArcGIS Online está disponível na cloud pública ou privada e fornece aos usuários conteúdo geográfico de alta qualidade e integração total com produtos do Sistema ArcGIS 10.1. Com o ArcGIS Online é possível: editar conteúdo geográfico, transformar dados em informação através do Offi-ce (MS Excel), compartilhar mapas, criar aplicações baseadas em templates desenvolvidos pela Esri, criar usuários e grupos específicos para demandas corporativas, criar apresentações dinâmicas usando mapas, exibir indicadores e gráficos base-ados em dados espaciais, usar informação geográfica através de desktop, dispositivos móveis e navegadores. O ArcGIS Online está disponível através do endereço www.arcgis.com para ser avaliado por 30 dias.

INTErGEO 2012 SErá EM OuTubrOO Intergeo, evento internacional voltado para a indústria da geoinformação, geodésia e gestão territorial, acontece anualmente na Alemanha. Em 2012 a conferência vai acontecer na cidade de Hannover, de 9 a 11 de outubro, e contará com palestrantes nacionais e internacionais.

Em sua 18ª edição o Intergeo irá abordar temas como dados geoespaciais abertos e questões energéticas, computação em nuvem, 3D e novas tecnologias, desenvolvimento urbano e avaliação de imóveis. Outro destaque será a primeira Conferência Nacional da iniciativa Inspire, que vai tratar de questões centrais para a Europa. A 2ª Conferência de Navegação e a 3ª Conferência dos Agrimensores Europeus também farão parte da programação.

A revista MundoGEO estará presente no Intergeo 2012, com um estande na feira para a cobertura completa do evento.

INFO www.intergeo.de/en

promoção especia

l

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18 MundoGEO 69 | 2012

A revista MundoGEO traz as principais novidades em padrões e serviços disponibilizados pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), um consórcio internacional que reúne mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades com o objetivo comum de desenvolver padrões.

PADrãO PArA IMPLEMENTAçãO DE GEOSErVIçOS

O OGC lançou o padrão GeoServices Rest API, que fornece diretri-zes para que clientes web se comuniquem com tecnologias geoespa-ciais, tais como servidores GIS. Usando esta API como base, clientes podem fazer requerimentos ao servidor que sejam identificados por URLs. O servidor responde com imagens de mapas, dados baseados em texto, localização ou outras representações de informações geo-espaciais. A API oferece um mecanismo para interagir com mapas, imagens e serviços, para realizar análises geoespaciais.

O padrão GeoServices Rest API do OGC está disponível para avaliação e comentários.

NAçõES uNIDAS E OGCO Grupo das Nações Unidas sobre Informação Geográfica (UN-

GIWG) associou-se como membro da categoria principal no OGC. O UNGIWG trata de questões relacionadas como intercâmbio de informação geoespacial e qualidade da informações de localização. O grupo está trabalhando através das Nações Unidas com o intui-to de otimizar o uso eficiente da informação geográfica para uma melhor tomada de decisões, promover padrões e normas para os mapas, assim como de localização, e proporcionar discussões tanto em temas comuns como em mudanças tecnológicas emergentes.

OGCOGC

áFrICA DISCuTE CrIAçãO DE AGêNCIA ESPACIAL DO CONTINENTE

Ministros africanos debateram um projeto de criação de uma agência espa-cial comum aos países do continente, durante uma reunião ocorrida em Car-tum, capital do Sudão. Segundo documento da reunião, a agência, que deve ser batizada de AfriSpace, irá permitir a cooperação entre os estados africanos em matéria de investigação e tecnologia espacial e a sua aplicação no espaço.

DIGITALGLObE E GEOEyE ENTrAM EM ACOrDO PArA FuSãO DAS EMPrESASA companhias DigitalGlobe e GeoEye anunciaram no fim de julho a aprovação unânime, por parte dos diretores das empresas, de um acordo de fusão definitivo no valor de 900 milhões de dólares. O debate entre a fusão das empresas já ocorre há meses, sendo que em maio deste ano a GeoEye fez uma oferta de 792 milhões de dólares para adquirir a DigitalGlobe. Porém, o que aconteu foi o oposto, já que após a conclusão da transação os acionistas da DigitalGlobe deverão possuir cerca de 64% da companhia combinada, enquanto os acionistas da GeoEye terão 36%.

A empresa combinada irá se chamar DigitalGlobe e continuará a ser chamada de DGI na bolsa de valores. A nova companhia terá um conselho com 10 diretores, seis da DigitalGlobe e quatro da GeoEye. Ao final da transação, a companhia combinada deverá ter uma constelação de cinco satélites de observação da Terra e um amplo conjunto de ferramentas para produção geoespacial. A companhia terá também dois satélites de última geração em construção, WorldView-3 e GeoEye-2. O valor total líquido da empresa será de aproximadamente 1,5 bilhão de dólares.

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AMS kEPLEr

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20 MundoGEO 69 | 2012

LANÇAMENTOS

bASE CArTOGráFICA DO brASILO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma nova base cartográfica para o território nacional, em escala 1:250.000 (BC250), como parte do projeto SIGBrasil. Referência cartográfica para as ações de planejamento, monitoramento e atualização das informações dos recursos naturais do país, a nova escala possibilita uma visualização muito mais detalhada do que a escala anterior, de 1:1.000.000. A BC250 está disponível em formato shape, que permite utilização em programas de Sistema de Informações Geográficas (SIG).

Com os dados das diversas categorias de informação presentes nos novos mapas, de forma integrada e totalmente digital, a nova Base Cartográfica 1:250:000 está preparada para integrar a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde) no futuro próximo. O mapa do Brasil mostra a divisão em blocos da base cartográfica em escala 1:250.000, disponibilizada para 81% do território nacional.

INFO www.ibge.gov.br

OSGEO-LIVE GIS 6.0A Fundação Geoespacial de Software Aberto (OSGeo, na sigla em inglês) lançou a versão 6.0 da coleção de softwares OSGeo-Live GIS. A ferramenta reúne vários softwares geoespaciais de código aberto, sem a necessidade de instalação. O conjunto fornece aplicativos pré-configurados para uma série de aplicações geoespaciais, incluindo armazenamento, edição, visualização, análise e manipulação de dados. Também contém exemplos para implementação de conjuntos de dados e documentação.

INFO http://live.osgeo.org/en/index.html

rASTrEAMENTO DE ESTAçõES TOTAISA CPE Tecnologia apresenta o King Survey Tracker (KST), um sistema de rastreamento para equipamentos topográficos que, ao utilizar a tecnologia GSM/GPRS associada à recepção de sinal GPS, permite monitorar e rastrear em tempo real as estações totais com finalidade de apoio logístico e segurança. O KST utiliza um um chip de dados tipo Machine-to-Machine (M2M), presente também em sistemas de telemetria que, depois de instalado nos equipamentos, consegue informar com precisão a sua localização. Para obtenção das coordenadas, é necessário realizar uma chamada através de um aparelho celular convencional para o número do chip que compõe o equipamento. O sistema envia então um SMS com a informação desejada.

INFO www.cpetecnologia.com.br

ATLANTISTecnologias, produtos e serviços desenvolvidos pela Embrapa, relacionados aos temas sustentabilidade e economia verde, integram o aplicativo Atlantis, um software lançado durante a Rio+20 que está disponível para consultas na internet. As contribuições da Embrapa Monitoramento por Satélite, que já integram o aplicativo, são voltadas para os temas integração lavoura-pecuária-floresta, biodiversidade e recuperação de pastagens degradadas. Mapeamento de áreas com degradação, tipos de solos, mapa de risco de erosão e uso e cobertura das terras são algumas das informações disponíveis no WebGIS desenvolvido no âmbito do projeto de pesquisa Mapastore.

INFO www.cnpma.embrapa.br/atlantis2.ht

AuTODESk EDuCATIONA Autodesk anunciou sua linha 2013 de softwares, serviços em nuvem e treinamentos, para instituições de ensino médio, superior e profissional. Os produtos da nova linha incluem os softwares mais recentes para criação e design, com programas específicos para educação.

Uma novidade apresentada é a plataforma Autodesk 360, que utiliza computação nas nuvens para conectar professores e estudantes, possibilitando armazenar, editar e compartilhar seus projetos. Além disso, a companhia fornece materiais de aprendizado para que professores incorporem tecnologia de design à sala de aula. A novidade inclui vídeos e lições interativas, com modelos em 3D para professores, e está disponível na página da Autodesk Education.

INFO http://students.autodesk.com

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VANTAGEA Faro Technologies, fornecedora de tecnologia de medição 3D, anunciou recentemente o lançamento do Vantage, um laser tracker que combina vários recursos em um design portátil. Recursos como SmartFind, Multiview e Wi-Fi integrados aceleram as rotinas de medição possibilitando mais velocidade e eficiência. Os laser trackers são instrumentos que medem com precisão objetos grandes, determinando as posições de alvos ópticos. Embora o Vantage seja 25% menor e 28% mais leve do que o seu predecessor, a Faro incluiu novos sistemas ópticos em linha, que melhoram a medição a longo alcance em 45% para até 80 metros.

Dois novos recursos do Vantage – SmartFind e MultiView – aumentam a produtividade ao reduzir o tempo de medição. O sistema SmartFind responde a gestos simples do operador e permite encontrar rapidamente o alvo desejado, sempre que o feixe estiver perdido ou quebrado. O sistema MultiView utiliza duas câmeras integradas que permitem aos usuários apontar automaticamente para alvos específicos e difíceis de alcançar. O Vantage ainda é resistente à água e poeira.

INFO www.faro.com

SuPErGEO LANçA MATErIAL PArA APrENDIzAGEM DE GIS E GPSA SuperGeo lançou novas versões dos cursos sobre GPS e GIS, distribuídos através de CDs. Com novos recursos e conteúdo atualizado, o material facilita a aprendizagem com a utilização de animações em flash. Projetado para iniciantes nas tecnologias GIS e GPS, os CDs de aprendizagem contam com conceitos para os dois domínios. O CD sobre GIS ilustra principalmente a manipulação de dados diversos e análises, enquanto que o CD de aprendizagem GPS introduz sobre estrutura e aplicações da tecnologia. Cada capítulo conta com animações que ajudam os usuários a entender conceitos complexos, de maneira fácil e simples. Para quem já comprou os CDs, a SuperGeo oferece atualização gratuita. O material está disponível em inglês.

INFO www.supergeotek.com

TOPNET LIVEA Topcon Positioning Systems (TPS) lançou o TopNET live, um site com serviços e dados GNSS que oferece aos assinantes uma rede de referência RTK e também DGPS, com correção GPS e Glonass de alta qualidade para diferentes aplicações, tais como levantamento, construção, mapeamento GIS, controle de máquinas e agricultura de precisão. Gerenciado pela equipe da Topcon e seus distribuidores, o novo site de redes de referência oferece dados GNSS de alta qualidade, através de uma variedade de dados em tempo real, de produtos e formatos, para equipamentos de todas as marcas que utilizem este tipo de estrutura em rede.

O TopNET live está disponível por enquanto para usuários na Europa e América do Norte, com guias de equipamentos, vídeos, notícias, FAQs, entre outras funcionalidades. Os usuários podem se registrar e se inscrever para as redes de sua escolha, seguindo os links de cada país, que contêm detalhes adicionais e serviços de cada rede individual.

INFO www.topnetlive.com

GEOMATICA 2013A PCI Geomatics anunciou o lançamento do software Geomatica 2013. Disponível em versão beta para ser testado por usuários, o software foi aprimorado em algumas áreas, contando com fluxos de trabalho mais eficientes para processamento de grandes projetos (100 a mil cenas por projeto); nova interface de correção atmosférica para detecção automatizada de nuvens e remoção de névoa; melhor extração de modelos digitais de terreno a partir de imagens de alta resolução, etc..

INFO www.pcigeomatics.com

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22 MundoGEO 69 | 2012

ATLAS DA AMAzôNIAEstá disponível para consulta o Atlas Interativo do Macrozoneamento Ecológico-Econômico (MacroZEE) da Amazônia Legal, um software interativo que permite ao usuário acessar as informações, selecionando e cruzando os dados de seu interesse, como as principais atividades produtivas da região, empreendimentos de infraestrutura, áreas protegidas, clima e tipos de solo, entre outras informações.

A ferramenta, que é gratuita, foi desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e elaborada a partir do software livre I3Geo. Possui interface com todo o catálogo de informações disponíveis no I3Geo do MMA, de outros órgãos públicos e com os sistemas Google Maps e Google Earth.

INFO www.mma.gov.br/atlaszeeamazonia

ATLAS DO TrAbALHO ESCrAVOIdealizado pela organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e lançado este ano, o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil traz dados sobre os casos registrados de trabalho forçado no país e duas novas ferramentas para auxiliar autoridades na formulação de políticas públicas: os índices de probabilidade de trabalho escravo e de vulnerabilidade ao aliciamento. De acordo com o documento, o típico escravo brasileiro do século 21 é um migrante do Norte ou Nordeste, de sexo masculino, analfabeto funcional, que foi levado para municípios isolados da Amazônia, onde é utilizado em atividades vinculadas ao desmatamento.

De acordo com a pesquisa, as atividades que mais utilizam mão de obra forçada estão ligadas à criação de novas fazendas, como desmatamento para abertura de pastagens, cuidado com esses terrenos e produção de carvão vegetal.

INFO http://amazonia.org.br/amigosdaterra

JuNO T41A Trimble anunciou o lançamento do novo computador portátil Juno T41, inspirado em smartphones. Segundo a companhia, o Juno T41 é um aparelho amigável indicado para condições reais de trabalho em campo. O computador pode vir com os sistemas operacionais Windows Embedded 6.5 ou Android 2.3.4, possui receptor GPS com acurácia de dois a quatro metros, bússola eletrônica, etc.. O aparelho tem suporte a 10 idiomas e vem sendo comercializado desde setembro.

INFO www.trimble.com

FME 2012 SP3A Safe Software, fabricante de ferramentas para transformação de dados espaciais, anunciou o pacote de atualização Service Pack 3 (SP3) para o FME 2012, apresentando compatibilidade com o ArcGIS 10.1 da Esri e AutoCAD Map 3D 2013 da Autodesk. O software FME 2012 com a atualização SP3 permite que usuários atualizem o software da Esri para a última versão, sem precisar se preocupar em perder funcionalidades de qualquer programa. A atualização também fornece acesso a diversos novos recursos, incluindo suporte do Windows 64 bits para mais formatos de geodatabase e a capacidade de gravar arquivos LAS produzidos no FME para uso dentro do ArcGIS.

INFO www.safe.com

ArCGIS PArA AuTOCADA Esri lançou uma nova versão do ArcGIS para AutoCAD, um plug-in gratuito que melhora a capacidade de trocar dados e informações entre o ArcGIS e plataformas AutoCAD.

Usuários do ArcGIS para AutoCAD podem agora editar bases de dados geográficas através do CAD. Isto permite uma disseminação de dados mais fácil entre usuários CAD e GIS em toda a empresa, reduz a duplicação de trabalho e aumenta a eficiência. Profissionais de CAD podem usar o aplicativo grátis para adicionar, criar e editar dados GIS dentro de desenhos do AutoCAD. A nova versão também inclui o acesso a serviços de imagem e de geolocalização, para navegar dentro de um desenho do AutoCAD.

INFO www.esri.com/software/arcgis/arcgis-for-autocad

SATéLITE SPOT 6O satélite de observação da Terra Spot 6, contruído pela companhia Astrium, foi lançado com sucesso em órbita, a partir da Índia, no início de setembro. O aparelho vai se unir ao Pléiades 1A, satélite de altíssima resolução, que já está em operação. Segundo a Astrium, a partir de 2014 a constelação ficará completa, com o lançamento dos satélites Pléiades 1B e Spot 7. O Spot 6 é um satélite óptico de alta resolução. Tal como o seu gêmeo Spot 7, tem uma faixa de cobertura de 60 quilômetros e irá fornecer produtos com resolução espacial de até 1,5 metro. Os satélites irão assegurar a continuidade do serviço de satélites Spot 4 e 5, que estão em operação desde 1998 e 2002, respectivamente.

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TECHGEO

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24 MundoGEO 69 | 2012

Projeto de Lei propõe criação de Agência de Cartografia & Informação GeoespacialInstituto Geodireito assessora a Câmara dos Deputados na elaboração do projeto. Especialistas do setor concordam que o momento é oportuno para propor mudanças. IBGE & Concar contestam a criação da Agência

Por Eduardo FrEitas

CAPA

Um assunto tem movimentado o mercado brasilei-ro de geotecnologia nas últimas semanas: a pro-

posta de criação da Agência Nacional de Cartografia (Ancar) e do Código Cartográfico Nacional (CCN), que está incentivando a comunidade a debater a necessi-dade de mudanças neste setor, tão vital para o desen-volvimento do país.

A inteligência geográfica é questão chave no desa-fio da reforma agrária, na implementação do Código Florestal, no ordenamento territorial, na contabiliza-ção de ativos de empresas de infraestrutura e até na decisão de abertura de novos pontos de venda. Hoje, a tomada de decisão em qualquer organização depende de informações confiáveis. Estima-se que pelo menos 85% dos dados no mundo tenham algum atributo de localização; desta forma, a maioria dos sistemas de informações para a tomada de decisão é baseada no uso de mapas.

No dia 30 de agosto o MundoGEO, em parceria com o Instituto Geodireito (IGD), realizou um webinar so-bre a proposta de criação da Ancar e do CCN, com a participação de mais de 750 profissionais. A apresen-tação ficou por conta de Luiz Antonio Ugeda Sanches, presidente do IGD, para quem o seminário contribuiu para disseminar o conhecimento cartográfico e jurídico aos interessados em identificar formas de regulação da infraestrutura cartográfica.

Mediado por Emerson Zanon Granemann, diretor e publisher do MundoGEO, o webinar teve intensa par-ticipação do público, que aproveitou a oportunidade para opinar e debater sobre o tema. “Foi muito bom moderar o seminário sobre a Ancar. Tivemos 1,4 mil inscritos e 750 conectados de todos os estados brasi-leiros, além de Portugal, Espanha, Bolívia, México, Chile, EUA e Argentina. Recebemos mais de 320 interações, com comentários e perguntas”, comemora Emerson.

A ideia inicial de criação da Ancar e do CCN foi ex-

Assista o vídeo do webinar, na íntegra,

em http://vimeo.com/48620703

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fício

da

Imag

em

37% Falta de cultura e planejamento

25% Falta de conhecimento da sociedade sobre o tema

19% Falta de vontade política

13% Falta de mobilização da comunidade cartográfica

6% Não sei responder

Por que os investimentos em cartogra�anão acontecem de forma adequada?

80% Não

16% Não sei responder

4% Sim

Você está satisfeito(a) com a situação da cartografia no Brasil?

Enquetes realizadas durante o webinar

posta à comunidade em maio deste ano, pelo Deputa-do Federal Arnaldo Jardim (PPS/SP), durante o evento MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012. No entanto, durante o webinar foi realizado um detalhamento mais completo do projeto e também houve ampla interação dos participantes via chat. Segundo o Deputado, as discussões devem ser pautadas em grandes objetivos: criar o CCN; aprimorar a governança setorial; fortalecer o

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Participe do debate!Qual sua opinião sobre a proposta de criação da Agência?Envie suas considerações para [email protected]

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); criar a Ancar; aprofundar os esforços para que a União e os cidadãos tenham uma plataforma cartográfica única e confiável; e fortalecer a indústria e profissionais do setor.

ETAPAS DE TrAMITAçãO DE uM PrOJETO DE LEI

1. Um PL pode ser apresentado por Deputados, individual ou coletiva-mente, pelas Comissões, Mesa da Câmara, Presidente da República, Senado Federal, Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores, Procurador Geral da República ou cidadãos

2. O PL é apresentado à mesa diretora da Câmara. O presidente da Câmara envia o projeto para discussão e votação em comissões especializadas na Casa

3. O projeto pode, então, ser analisado e concluído nas comissões ou, então, caso exista a solicitação de 52 deputados, tem de ser enviado ao plenário

4. O PL aprovado pela Câmara será revisto pelo Senado, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora

5. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o PL à Pre-sidenta da República, que, concordando com o projeto, o sancio-nará e ele será publicado no Diário Oficial da União, momento em que passará a ser Lei

6. Se a Presidenta da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo--á total ou parcialmente

Deputado Federal Arnaldo Jardim no evento MundoGEO#Connect 2012

POr DENTrO DA PrOPOSTADe acordo com Ugeda Sanches, a proposta de

criação da Ancar parte do pressuposto de que a cartografia, no Brasil, tem se tornado cada vez mais complexa, multifinalitária e compartilhada entre diversas instituições (veja mais na página 42). Além da Ancar e do CCN, o PL propõe a criação do Con-selho Nacional de Cartografia (Concar), enquan-to conselho de Estado vinculado à Presidência da República e presidido pelo Ministro da Casa Civil, com a atribuição de propor ao Presidente da Re-pública políticas nacionais e medidas específicas destinadas a: promover o aproveitamento racional dos recursos cartográficos; planejar e estabelecer diretrizes para a cartografia; estabelecer diretrizes para conexão com a cartografia internacional; entre outras ações de cunho estratégico. Para o exercício de suas atribuições, o Concar contaria com o apoio técnico da Ancar, IBGE, Diretoria do Serviço Geo-gráfico do Exército (DSG), dentre outros órgãos.

As atividades cartográficas serão realizadas por meio do Sistema Cartográfico Nacional (SCN), que obedecerá as diretrizes do Concar e será composta pela cartografia pública militar, civil e privada. O PL institui a Ancar, autarquia sob regime especial vin-culada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com sede no Distrito Federal e prazo de duração indeterminado.

A Ancar teria por finalidade, entre outras ações: implementar as políticas e diretrizes do governo para o desenvolvimento da cartografia; coordenar a atividade dos organismos públicos produtores de cartografia; promover a cobertura de todo o território com cartografia oficial nos tipos e escalas necessários à satisfação dos interesses nacionais; es-tabelecer mecanismos de regulação e fiscalização; promover o estabelecimento do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB); gerir a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde); promover o desenvolvimen-to de soluções em código aberto e de livre distribui-ção; operar o SIG Brasil; etc.. Ainda, segundo o PL, a Ancar será dirigida por um Diretor-Geral e quatro Diretores, sob regime de colegiado.

O PL propõe que entidades produtoras de car-tografia privada deverão requerer registro na An-car e a homologação da produção cartográfica prevista será obrigatória e condicionada à norma-tização do Concar. Institui, ainda, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cartográfica Nacional (Condecar), que teria como fato gerador o registro de empresas que contemplem trabalhos cartográficos, batimétricos, geodésicos; elaboração de cartas geográficas; serviços afins e correlatos; além da homologação de obras que contemplem trabalhos de cartografia.

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26 MundoGEO 69 | 201226 MundoGEO 68 | 2012

ENCONTrO DE LIDErANçASNo dia 7 de agosto, a Frente Parlamentar Mista em

Defesa da Infraestrutura Nacional se reuniu em Brasília para discutir o Projeto de Lei de criação do CCN e da An-car. Na ocasião, houve diversas colaborações dos mais variados segmentos ligados à cartografia nacional que se fizeram presentes.

O encontro teve a presença dos Deputados Arnal-do Jardim (Presidente da Frente Parlamentar), Eduar-do Sciarra, Irajá Abreu e Ronaldo Benedet. Também compuseram a mesa o general Pedro Ronalt Vieira, diretor da DSG, e Ugeda Sanches. O Deputado Arnal-do Jardim citou também a presença de Emerson Gra-nemann e de representantes da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Sindicato Nacional de Engenheiros e Arquitetos (Sinaenco).

Segundo o Deputado, o estímulo para o debate teria surgido de Ugeda Sanches, que o procurou para apre-sentar uma reflexão acerca dos desafios nessa área, e sobre a importância de uma legislação que unificasse esforços, congregasse conceitos e fosse referência para estabelecer procedimentos. O projeto básico elaborado pelo Instituto Geodireito propõs, na forma de um An-teprojeto de Lei, o CCN e a Ancar. Antes de apresentar o projeto, o Deputado manifestou o interesse em sub-metê-lo à crítica, ou seja, seria oferecido o contraditório e a intenção seria a de complementá-lo ou superá-lo. O projeto seria apresentado já bastante amadurecido e contendo contribuições. Na ocasião, Ugeda Sanches apresentou o PL e todos seus detalhes.

Após a explanação de Ugeda Sanches, o general Pedro Ronalt Vieira ressaltou a importância crescente da produção de dados geoespaciais e fez um prognós-tico de que, no futuro, todos os bancos de dados serão geoespaciais. “Hoje, quando se faz cartografia, se faz de maneira estanque, não de maneira holística, deixando de levar em consideração estados vizinhos ao estado cartografado, tais como feições viárias e hidrográficas. Como não há quem defina essa importância, o todo não é considerado”, afirma.

Na ocasião, Emerson Granemann sugeriu que se poderia ousar mais e se discutir a criação de uma Agência Nacional de Informações Geoespaciais (com a sigla Angeo, por exemplo), mais alinhada às demandas atuais da sociedade (veja mais na pá-gina 18). Já Cláudio Bielenki Júnior, especialista em recursos hídricos da ANA, comentou que a Agência não produz cartografia e recebe esse dado do IBGE para poder estabelecer as suas bases, mas não ha-vendo política de cartografia é impossível avançar mais. Para ele, a Ancar seria muito importante por-que a cartografia no Brasil é muito fragmentada. “Isso acontece por falta de um órgão que assuma

GEN. PEDrO rONALT, DIrETOr DA DSG“Na qualidade de Diretor da DSG, manifesto posicionamento favorável a toda e

qualquer medida que tenha como objetivo fortalecer os segmentos institucional, empresarial e acadêmico relacionados à produção e ao uso de dados geoespaciais. Sou favorável à criação da Ancar se ela for uma entidade capaz de: desenvolver, aprimorar e integrar a cartografia brasileira; consolidar os objetivos e estratégias para a atividade cartográfica, tendo em vista a sua dinamização e a racionalização dos recursos disponíveis; proteger os interesses dos produtores e usuários quanto a preço, qualidade e acesso a informação cartográfica; garantir, com eficiência e economicidade, o acesso a recursos tecnológicos para a produção cartográfica; obter recursos financeiros para a atividade cartográfica; fomentar a pesquisa e o desenvolvimento relacionados à atividade cartográfica; fomentar a formação e a capacitação de recursos humanos para suprir as necessidades das atividades cartográficas; valorizar as profissões afetas à atividade cartográfica; promover a manutenção e atualização do acervo cartográfico; executar o mapeamento do território nacional, de forma contínua e sistemática, priorizando as demandas.

Outro aspecto importante é a existência - e hoje não temos - de uma insti-tuição independente para fiscalizar e garantir a execução da política pública de atendimento às necessidades da sociedade brasileira no que se refere aos dados geoespaciais nacionais. A atual Concar, por ser um órgão colegiado e com as sim-ples atribuições de assessorar o Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão na supervisão do Sistema Cartográfico Nacional, de coordenar a execução da política cartográfica nacional - que não existe - e de exercer outras atribuições nos termos da legislação pertinente, não tem competência legal para alcançar os objetivos propostos no parágrafo anterior. Ou seja, o mínimo que precisa ser feito, se não for criada a Ancar, é um novo Decreto para a Concar, conferindo à mesma mais poderes e uma estrutura permanente e 100% dedicada à novas atribuições e obrigações relacionadas à cartografia.

Há pontos que precisam ser melhorados na proposta, principalmente no sentido de har-monizar conflitos legais e finalidades das ins-tituições. Mas isto certamente será alcançado se a proposição prosperar, considerando que haverá ainda amplo debate sobre o tema e consulta às principais instituições integrantes do sistema cartográfico e à comunidade car-tográfica nacional”.

Veja a íntegra da entrevista na versão online da revista MundoGEO 69

a responsabilidade de concentrar esforços para gerir uma base de dados”.

Já Antônio José da Trindade, representante do Sinaenco, declarou o compromisso

integral do Sindicato com o anteprojeto e ofereceu colaboração no que for possível

para o sucesso da proposição. Helen Gurgel, do Departamento de Geografia da Uni-

versidade de Brasília (UnB), comentou que a cartografia acabou não acompanhando

a regulamentação para a qualidade dos dados e a Agência seria importante para a

organização dessas informações. “Como a demanda existe, o dado é produzido mas

encontra-se espalhado e há necessidade de organizá-lo”, comenta.

As opiniões sobre a Ancar e o CCN são as mais diversas. Para o engenheiro car-

tógrafo Marcio Bonifacio, já existe a Concar e a Sociedade Brasileira de Cartografia

(SBC). “Para que criar mais uma entidade, se as que já existem não estão sendo atu-

Page 27: Revista MundoGEO 69

27

GILbErTO CâMArA, Ex-DIrETOr DO INPE“Sou favorável à criação de uma Agência Nacional de Informações Geoespaciais. Os avanços tecno-

lógicos da última década transformaram a produção de mapas. Tradicionalmente, a cartografia era uma missão estratégica de Estado, delegada a orgãos especializados com padrões de qualidade rígidos. A disponibilidade ampla da internet, de dispositivos de navegação móveis (GNSS) e de imagens com reso-lução espacial cada vez maior, mudou este panorama. Hoje, a cartografia tradicional é apenas uma parte da produção de mapas e informaçoes geoespaciais. Sistemas como Google Maps e Google Earth fazem parte do dia-a-dia de grande parte dos cidadãos brasileiros. Muitas empresas reorganizaram suas cadeias de produção e de suprimentos para aproveitar os dispositivos GPS. Prefeituras, hoje, podem fazer mapas muito mais rapidamente com imagens de alta resolução. Em lugar de mapas topográficos tradicionais, gerados por aerolevantamento, podemos ter modelos digitais de terreno produzidos por satélite com resolução adequada para mui-tos problemas práticos.

As informações geoespaciais são hoje universais e ao alcance de quase todos. Esta mudança tecnológica nos leva à necessidade de repensar as atividades cartográficas tradicionais. Assim sendo, sou contra a criação de uma Ancar, cuja missão seja produzir (ou organi-zar a produção de) cartas. Do jeito que a Lei está escrita, a Ancar seria criada olhando para o passado, adotando padrões e práticas obso-letas. Sou a favor de uma Agência Nacional de Informações Geoes-paciais (Anigeo), cuja missão seria colocar o máximo de informações geoespaciais à disposição da sociedade brasileira”.

Veja a íntegra da entrevista na versão online da revista MundoGEO 69

antes? O que se pode sim, fazer, é a reestruturação das já existentes”. Já para Andrea Carneiro, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o momento deveria ser aproveitado para abor-dar também o setor de Cadastro. “Tratar da cartografia cadastral implica em indicar também quem seriam as instituições responsáveis pela produção de cartas cadastrais oficiais. Em alguns países, os institutos geo- gráficos são também instituições cadastrais, ou pelo menos produzem cartas oficiais em escala cadastral. Em outros casos, são instituições distintas”.

As questões políticas e os obstáculos para a apro-vação do PL também são uma preocupação da co-munidade. Maurice Tomioka Nilsson, mestre em Ecologia, comenta que “o projeto parece bastante enxuto e consegue desenrolar o fio cartográfico, mas parece haver um entrave maior em sua aprovação, já que ele altera poderes em relação à cartografia dentro do Estado”. Para Valther Xavier Aguiar, diretor técnico da empresa Esteio, além de incentivar a pes-quisa e o desenvolvimento relacionados à cartogra-fia, a Agência deveria fomentar também a indústria voltada aos dados geoespaciais. “Temos um vazio cartográfico e nossa cartografia é pobre por falta de investimento na área. Tivemos sim, no passado, alguns investimentos, mas que no meu modo de ver foram mal empregados. Temos uma indústria e um parque tecnológico relativamente bem equipados,

“Se poderia ousar mais e se discutir a criação de uma Agência Nacional de Informações Geoespaciais (com a sigla Angeo, por exemplo), mais alinhada às demandas atuais da sociedade”Emerson Granemann, diretor e publisher do MundoGEO

por isso acho que temos de investir mais na constru-ção de bases de dados”.

VAMOS JOGAr JuNTOS?A criação da Ancar - ou Angeo - visa colocar o

Brasil alinhado aos demais países desenvolvidos e em desenvolvimento. Vale lembrar que o Comi-tê Geoespacial da ONU prevê que, nos próximos 10 anos, a informação geoespacial se tornará tão fundamental para os países como energia e água, e que os governos serão cada vez mais regulado-res e menos produtores de dados geoespaciais. A criação da Agência pode ser o primeiro passo para que o Brasil se prepare para esta nova realidade.

Para Emerson Granemann, a participação da comunidade é muito importante para formatar o projeto. “Avaliando as pesquisas e os comentários, percebemos que a comunidade apoia a necessi-dade de mudanças no quadro atual da cartografia nacional. Na minha opinião, este debate sobre o melhor formato do Projeto de Lei será muito po-sitivo, na medida em que reúna os diversos atores que formam este mercado. Penso que o caminho é o de unir esforços e reformular o papel dos pro-tagonistas, para debater o melhor formato de uma Agência eficiente, fortalecendo o IBGE, a Concar, a DSG e as empresas e profissionais multidisciplinares que atuam no setor”, conclui.

Page 28: Revista MundoGEO 69

28 MundoGEO 69 | 2012

Opinião de Wadih João Scandar NetoDiretor de Geociências do IBGE e Secretário Executivo da Concar fala com exclusividade à revista MundoGEO sobre a proposta de criação da Agência MundoGEO: Você é favorável à criação da Ancar?Wadih Neto: O IBGE desenvolve inúmeros proje-tos na área da cartografia que, integrados a outras áreas da instituição e às parcerias com várias insti-tuições federais e estaduais, possibilitam de forma inédita o conhecimento do território nacional. Com sua presença ímpar no território, o IBGE apresenta vantagens históricas para a realização desse traba-lho. Além disso, tudo o que é executado no IBGE, sejam produtos geoespaciais ou estatísticos, tem o caráter público. A sociedade já pagou por eles, assim sendo são imediatamente disponibilizados para seu uso por quem quer que seja. Portanto, não vejo necessidade de se criar outra instituição, gas-tar recursos com estrutura, empregos, cargos, para executar uma atividade para a qual já existe o IBGE.Uma Agência pode ser classificada de duas for-mas quanto às suas funções: Agência Reguladora e Agência Executiva. As Agências Reguladoras, no Brasil, existem para regulamentar o exercício de atividades públicas exercidas privadamente sob o regime de concessão, ou outro equivalente, no sentido de preservar os interesses dos cidadãos em um ambiente de concorrência privada, a exemplo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), etc.. Não creio ser este o caso da cartografia, onde os serviços não são concedidos para execução priva-da, mas contratados por instituições públicas nas três esferas de governo (federal, estadual e mu-nicipal), com as especificações dadas para atingir seus interesses.Desta forma, a Ancar teria muito mais o caráter de uma Agência Executiva e, neste caso, já existe uma instituição que vem cumprindo este papel executor da cartografia nacional em escala topográfica (até 1:25.000), temática e censitária (em diversas esca-las). É importante ressaltar que o IBGE se oporá a qualquer iniciativa que venha a restringir suas atri-buições, pois cumpre exemplarmente sua missão e, nesse sentido, conta com o reconhecimento da sociedade brasileira.

MG: Caso seja contra a criação da Ancar, indique como a situação da cartografia no Brasil pode-ria mudar com a estrutura atual. Quem deveria assumir este papel de regulação do setor? Deve existir algum tipo de mudança na Lei atual?WN: Não há porque utilizar o termo regulação, pois não se trata disto. Estamos falando de uma produção de dados geoespaciais de referência, no qual incluo a geodésia e a cartografia, que em termos atuais devem muito mais ser normatiza-dos do que regulados. A normatização, hoje, vai além do que se fez em passado recente. Com o desenvolvimento tecnológico e o grande acesso do público em geral à informação geoespacial, são necessárias Normas que garantam a intero-perabilidade, o que já aparece no Decreto 6.666 de 2008 que institui a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). Sem dúvida nenhuma, a legislação deve ser atualizada, pois há mudanças de paradigma na produção de informação geo-espacial. Enquanto a legislação ainda se refere a folhas cartográficas, cartas gerais, temos hoje ba-ses digitais contínuas que sequer são citadas. No papel de normatização já existe instituição cons-tituída para tal propósito, a Comissão Nacional de Cartografia (Concar). Mudar por decreto seu nome (de Comissão para Conselho) não altera nada. O Ministério do Planejamento, que preside a Concar, e as instituições que o compõem têm reforçado seu papel normatizador e, mais que isso, articu-lador das entidades públicas que contratam os serviços de produção cartográfica.Não se trata de regular a produção dos mapas usados em smartphones ou nos gigantes sites de busca, o que o Estado não teria estrutura nem interesse em fazer, mas de normatizar a carto-grafia paga com recursos públicos, dos cidadãos deste país.

MG: Historicamente, a cartografia no Brasil sempre foi muito pouco valorizada pelos gestores públicos. Você concorda com esta afirmação? Caso positivo, por que isso aconteceu ou continua acontecendo?

“Não vejo necessidade de

se criar outra instituição,

gastar recursos com estrutura,

empregos, cargos, para executar

uma atividade para a qual já existe o IBGE”

Page 29: Revista MundoGEO 69

29

WN: A cartografia sempre teve um tipo de usu-ário preferencial com o qual dialogava e deve continuar dialogando, que são as engenharias, notadamente as de obras civis, além do seu uso militar, é claro. Acontece que, de uns anos para cá, o barateamento das tecnologias digitais para tratamento da geoinformação e, principalmente, a disponibilização de imagens, mapas e o uso disseminado do GPS fizeram com que um pú-blico muito mais amplo tomasse conhecimen-to e passasse a utilizar este tipo de informação com diferentes propósitos. Isto tem sido muito bom para a produção da informação geoespa-cial de referência. Nos últimos 10 anos, o IBGE mais que dobrou a quantidade de engenheiros cartógrafos (de 51 para 103, já descontadas as aposentadorias) e sua produção cresceu enor-memente. Somente nestes 10 anos foram pro-duzidas e disponibilizadas uma quantidade de cartas que representa 63% de toda a produção de quatro décadas anteriores. É importante dizer que os aspectos qualitativos dos produtos mu-daram. Por exemplo, a base 1:1.000.000 agora é uma base digital contínua para todo o país, e o mesmo ocorrerá no ano que vem para a escala 1:250.000. Para escalas mais detalhadas, estão sendo produzidas bases contínuas por estado, de acordo com o detalhamento de cada um. Além disso, novos produtos foram disponibi-lizados, como ortoimagem e ortofotocarta. O Banco de Nomes Geográficos, compatível com a carta ao milionésimo, foi disponibilizado, o primeiro somente para que todas as informa-ções de nomes geográficos sejam centralizadas e padronizadas.

MG: Você é contra ou a favor do foco do deba-te e da nova Lei mudar de “cartografia” para “informações geoespaciais”? Esta mudança não seria mais alinhada com os tempos atuais?WN: Creio que minhas repostas anteriores mos-tram que já procuro empregar o termo informa-ção geoespacial ou até mesmo geoinformação. Até mesmo porque tenho a convicção que há uma demanda muito grande, hoje, não somente pela informação geoespacial de referência (car-tografia e geodésia), mas também por informa-ções geoespaciais temáticas. Os planejadores, os técnicos do governo, a academia e o público em geral não se contentam mais somente com quantificações, mas também querem saber onde as coisas acontecem. Não basta mais saber, por exemplo, quantas creches serão construídas em um determinado ano, mas onde elas serão cons-

truídas, quais as características demográficas e socioeconômicas da população na região afeta-da por uma obra e assim por diante. O território volta a ser importante na tomada de decisões e o IBGE está preparado para atender às novas demandas.

MG: Qual sua opinião sobre o papel atual do IbGE, DSG e Concar na coordenação, norma-tização e produção cartográfica?WN: O papel normatizador e articulador da Con-car eu já respondi anteriormente. Sou um civil, dirigente de uma instituição civil, não pretendo e nem saberia dizer o papel da cartografia mili-tar, que é a função primeira das forças armadas, a defesa nacional, cabendo portanto à DSG a pro-dução das geoinformações necessárias para dar suporte a esta função. Reconheço o papel histó-rico que a DSG teve e tem na representação car-tográfica deste país, compartilhando a produção e suprindo necessidades onde são necessárias.Gostaria, no entanto, de me concentrar na mis-são institucional do IBGE, que vem a ser retratar o Brasil com informações necessárias ao conhe-cimento da sua realidade e ao exercício da cida-dania. Neste sentido, há um planejamento para continuarmos produzindo as informações geo-espaciais de referência, nas escalas topográficas, produzir e integrar informações de temáticas de recursos naturais, uso e cobertura da terra, exercer a função de nó central da Inde, além de integrar a produção estatística que pode ser es-pacializada nos padrões preconizados na Inde, disponibilizando-a também neste meio. Exer-cemos ainda a Secretaria Executiva da Concar, papel que pretendemos continuar exercendo, e colaborar na melhoria das funções de articu-lação intergovernamental.Em todos os encontros internacionais que par-ticipamos, o fato da geoinformação estar junto com a estatística numa mesma instituição é re-putado como uma vantagem que nos coloca na vanguarda de um processo que tende a se acen-tuar em todos os países. Justamente agora que, notadamente, existe uma valorização da geoin-formação e de sua integração com outros tipos de informação, seria um retrocesso despender esforços para dividir, para criar novas institui-ções que viriam substituir uma instituição que tem história, que tem credibilidade, compromis-so de seu corpo funcional e que vem empreen-dendo esforços e conseguindo aumentar sua produção. Seria uma lástima e um desperdício de dinheiro público.

“Em todos os encontros internacionais que participamos, o fato da geoinformação estar junto com a estatística numa mesma instituição é reputado como uma vantagem”

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MundoGEO 69 | 201230

Mapeamento colaborativo ao alcance de todos

Hoje, há várias plataformas de mapeamento colaborativo, tais como Google Maps (http://

maps.google.com), Google Map Maker (http://ma-pmaker.google.com), OpenStreetMap (www.opens-treetmap.org), Wikimapia (http://wikimapia.org), dentre outras, mas uma delas se destaca: trata-se do Projeto Wikimapa, que pode ser acessado em http://wikimapa.org.br.

Além de permitir o mapeamento de pontos de interesse (POIs) utilizando o computador com aces-so à internet, o Wikimapa também disponibiliza um aplicativo para os celulares Nokia N95 e N99.

Antes de iniciar o mapeamento colaborativo, você precisa se tornar um mapeador voluntário, portanto, clique em “Cadastrar-se” e preencha os dados solicitados no formulário online. Leia os Ter-mos de Uso e depois clique no botão “Aceito os termos acima”. Verifique sua conta de email, pois você receberá uma mensagem com um link para confirmar seu cadastro. Preencha os dados do seu perfil e, se desejar, altere seu email e/ou sua senha.

Cabe ressaltar que, da próxima vez que for aces-sar o site do Wikimapa, basta clicar em Login, pre-encher os dados solicitados e clicar no botão Login.

A partir da página principal do Wikimapa clique em “Mapeados”. Amplie a imagem de satélite para selecionar uma área de estudo. Neste Tutorial será adotada a área urbana de Presidente Prudente (SP).

PASSO A PASSO

goria Serviços. Faça o mesmo procedimento para ma-pear outros locais de interesse público. Digite o nome e endereço do lugar, além de uma breve descrição.

Digite o site do local de interesse público (por exemplo, a Prefeitura Municipal). Insira uma fotogra-fia digital, sendo possível fazer upload de um arquivo salvo no seu computador ou então pode ser fornecida a URL de uma foto já postada em algum site. O mesmo se aplica a um vídeo. No exemplo a foto foi selecionada a partir de um arquivo disponível no disco rígido do computador e no caso do vídeo foi fornecido o link para o YouTube. Tendo terminado o preenchimento do formulário, clique no botão “Enviar”.

Após alguns segundos será exibida uma etiqueta com as informações fornecidas, associadas ao local mapeado. Ainda assim é possível editar, deletar ou denunciar o lugar, bem como editar a posição. O nome da pessoa que realizou o mapeamento colabo-rativo é exibido juntamente com a data de inserção do elemento no Wikimapa.

Para saber detalhes, basta clicar em Ver+, o que fará com que sejam mostrados na tela os dados his-tóricos. Outro mapeador ou usuário do Wikimapa po-derá avaliar o elemento inserido, clicando em “Gostei do lugar” ou “Não gostei”.

WIkIMAPA

ArLETE APArECIDA COrrEIA MENEGuETTEEngenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp - Campus de Presidente [email protected]

+INFOO Blog do Wikimapa está disponível em http://blog.wikimapa.org.br e para entrar em contato com a equipe basta acessar o site ou enviar um email para [email protected]. Para acessar o Guia Completo de uso das ferramentas Wikimapa, entre em www.redejovem.org.br/media/tutorial_Wikimapa.pdf . Para assistir o Tutorial em vídeo, acesse http://www.youtube.com/watch?v=2gdX23pAKJs

Clique no botão para mapear um novo local. Ar-raste o marcador para posicionar o novo lugar na imagem de satélite. Clique no link apresentado na tela flutuante para preencher os detalhes do novo lugar.

Na tela flutuante é possível escolher a categoria do novo lugar, estando disponíveis as seguintes: Saúde, Educação, Esportes, Serviços, Serviços (ali-mentação), Serviços (berçário), Serviços (telefones), Cultura, Lazer e Outros.

O exemplo a seguir se aplica à Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, a qual se enquadra na cate-

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31 MundoGEO 69 | 2012

FurTADO 2/2

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MundoGEO 69 | 201232

POr DENTrO DO MErCADOMundoGEO continua a série de pesquisas sobre o mercado de geotecnologia. GIS é o tema desta edição

Em março deste ano foi iniciada uma série de pesquisas que tem como objetivo esquadrinhar a indústria de geomática e soluções geoespaciais no Brasil e na América Latina. Serão várias

campanhas ao longo do ano, divididas por temas específicos, e ao final será possível fazer um estudo completo das principais tendências do setor de geo.

A primeira pesquisa, publicada na edição 67 da revista MundoGEO, teve como tema o sen-soriamento remoto. Na edição posterior, mapeamos o setor de Sistemas Globais de Navega-ção por Satélite (GNSS) e na atual o tema são os Sistemas de Informação Geográfica (GIS). A pesquisa teve mais de 820 participantes em apenas três dias, no início de setembro. Veja um extrato dos resultados!

GErENCIAMENTO E COMPArTILHAMENTOA pesquisa também tinha o objetivo de avaliar a gestão de dados nas organizações. Dos

participantes da pesquisa, 93,8% responderam que entendem o que é gerenciamento de da-dos e sua importância para a empresa. Porém, apenas 40,8% responderam que a organização onde trabalham possui uma política clara para gestão de dados e metadados.

Outro objetivo da pesquisa era saber que tipo de ferramentas as organizações estão utili-zando para o compartilhamento dos dados geoespaciais. Segundo os resultados, 38,6% utili-zam estrutura de arquivos na rede e 31,9% portal de mapas na internet, enquanto para 28,2% cada departamento utiliza seus próprios dados, 20,1% links na intranet, 11,8% não souberam responder e 6,3% usam outra forma de compartilhamento. Sobre o uso de Cloud GIS, apenas 38,4% já sabem o que significa e 7,9% comentaram que a organização onde trabalham já utili-za esta tecnologia. Entre os desafios para a adoção, 29,9% apontaram falta de conhecimento, 22,9% a segurança de dados, 22,7% a infraestrutura, 18,3% a manutenção dos dados, 18% a confiabilidade e qualidade do serviço, 17,8% a tecnologia, 39,8% não souberam responder e 2,7% apontaram outro tipo de obstáculo.

Para finalizar a pesquisa, foi perguntado quais atributos são mais importantes para a escolha de um sistema GIS. As funcionalidades existentes são mais importantes para 58,4%, seguidas de preço para aquisição/atualização (49,7%), performance técnica (48,6%), tipo de licenciamen-to - software livre ou proprietário (46,4%), customização e configuração (45,3%), capacitação da equipe (43,8%), suporte (39,1%), compatibilidade com padrões (32,6%), sistema operacional (27,8%), integração com sistemas corporativos (21,2%), requisitos de hardware (19,7%), aderência ao negócio (18,2%), idiomas (13,2%), referência de clientes (12,3%) e tempo no mercado (11,6%).

Dentre os comentários dos participantes da pesquisa, destaca-se o de Bruno Dourado, engenheiro florestal e especialista em geoprocessamento. “A importância de se mapear os gargalos para expansão da conscientização do uso de um GIS para os clientes (públicos ou privados), quanto ao dimensionamento em relação ao uso de softwares proprietários e livres integrados de acordo com o uso em relação ao objetivo e ao objeto. A padronização de me-tadados e o interesse público de dar retorno aos recursos públicos gastos também são fatores importantíssimos de serem esclarecidos e trabalhados na conscientização técnica, política e de cidadania perante os serviços e produtos no nosso setor de geoprocessamento”.

Já Alberto Calderon comentou sobre a importância da atualização profissional. “À medida em que nos especializamos, o trabalho aumenta e o tempo para estudar diminui. Temos que achar um meio termo para o trabalho e a capacitação”, conclui. Outro participante – que não se identificou - sugeriu a criação de um “ranking” com a relação custo/benefício dos softwares de GIS disponíveis no mercado.

A próxima pesquisa terá como tema as estações totais. Participe e compartilhe sua experiên-cia! Os resultados serão compartilhados com a comunidade, pelo portal e revista MundoGEO.

46,4% Meio ambiente

38,5% Governo (Federal, Estadual ou Municipal)

6,9% Business Intelligence

6,9% Outro

14,5% Educacional

16,9% Mineração | Óleo & Gás

21,1% Cadastro 22,5% Infraestrutura | Utilities 27,0% Gestão territorial 29,7% Florestal | Agronegócio

0

10

20

30

40

50

Em que setor(es) você faz uso de GIS?

57,2% Imagens aéreas

56,7% Obtidos por topografia

3,6% BIM

3,3% Imagens terrestres 4,7% Outro

3,8% Imagens oblíquas 12,3% Obtidos por laser scanner

15,8% GIS 3D 43,3% GIS 2D 48,2% CAD 53,0% Imagens orbitais

0

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60

Qual(is) tipo(s) de dado(s) você utiliza?

40,9% Criação de mapas temáticos

19,8% Análise de dados em escritório

12,6% Transformação | Integração de dados 6,6% Desenvolvimento

4,9% Consultoria para implantação

4,7% Operação em campo (GIS móvel)

2,1% Venda/suporte

0,6% Avaliação/compra

7,9% Outro

Qual sua área deatuação principal com GIS?

PESqUISA

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33

O termo “sustentável” foi difundido pelo Relató-rio Brundtlan, em 1987. Em sua origem, a definição de sustentabilidade tornada popular sugeria que um padrão sustentável deveria garantir “as neces-sidades do presente sem comprometer as necessi-dades das gerações futuras”.

Normalmente as discussões sobre o tema são pautadas nas dimensões econômica, social e ambiental, mas exis-tem outras. Há mais de 20 anos Wolfgang Sachs destacou cinco dimensões da sustentabilidade:

Social: processo de desenvolvimento em que o cres-cimento está a serviço da construção de uma sociedade com maior equidade na distribuição de renda e bens, de modo a reduzir diferenças entre ricos e pobres. Promo-ção de processos participativos.

Econômica: alocação mais eficiente dos recursos públicos e privados, avaliada em termos macrossociais e não apenas pelo critério de rentabilidade empresarial de caráter microeconômico. Abordagem integrada de planejamento e de gerenciamento.

Ambiental/ecológica: capacidade de suporte dos ecossistemas, pela redução do uso de recursos não re-nováveis, redução da emissão de resíduos, equilíbrio no consumo de recursos naturais entre países ricos e pobres, pesquisa de tecnologias menos poluidoras, de baixo custo e eficientes, tanto para o meio rural quan-to para o urbano e, finalmente, é dada pelas normas adequadas que visem à proteção do ambiente. Desen-volvimento e adoção de sistemas de monitoramento.

Cultural: procura de raízes endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícolas integrados, pro-cessos que busquem mudanças dentro da continuidade cultural e que traduzam o conceito normativo de ecode-senvolvimento em um conjunto de soluções específicas para o local, ecossistema, cultura e área.

Espacial: obtenção de uma configuração rural-urbana mais equilibrada e melhor distribuição territorial dos as-sentamentos humanos e das atividades econômicas. Pro-moção de equidade entre diferentes regiões geográficas.

O assunto não é novo, mas a importância é cada vez maior e oportuna para a área de geoprocessamento. Nas dimensões de sustentabilidade apontadas, a que irei dis-cutir é a “espacial”.

A dimensão da sustentabilidade espacial refere-se ao tratamento equilibrado da ocupação rural e urbana, equilíbrio de migrações, desconcentração

SuSTENTAbILIDADE ESPACIALUm novo conceito, ainda em discussão

WILSON ANDErSON HOLLEr Engenheiro cartógrafo, analista GIS, supervisor do Núcleo de Análises Técnicas da Embrapa Gestão Territorial [email protected]

das metrópoles, adoção de práticas agrícolas não agressivas à saúde e ao ambiente, manejo susten-tado das florestas e industrialização descentraliza-da, envolvendo melhor distribuição territorial das atividades econômicas e assentamentos humanos, com ênfase nas seguintes questões:• Concentração excessiva nas áreas metropolitanas.• Destruição de ecossistemas frágeis, mas vital-

mente importantes, por processos de urbaniza-ção descontrolados.

• Promoção de projetos de agricultura regenerativa e agroflorestamento, operados por pequenos produ-tores, proporcionando para isso o acesso a pacotes técnicos adequados, ao crédito e aos mercados.

• Ênfase no potencial para industrialização descentrali-zada, associada a tecnologias de nova geração (espe-cialização flexível), com especial atenção às indústrias de transformação de biomassa e ao seu papel na cria-ção de empregos rurais não agrícolas.

• Estabelecimento de uma rede de reservas naturais e de biosfera para proteger a biodiversidade.

Segundo Tim Benton, coordenador do Programa de Segurança Alimentar Global da Universidade de Leeds, no Reino Unido, “pode-se reduzir o rendimento agrícola em um país por achar que isso é mais sustentável, mas a demanda continuará a mesma, ou aumentará ainda mais. Assim, se você reduz o rendimento, alguém, em algum lugar, vai precisar aumentar o rendimento”. Isto mostra a importância da dimensão espacial em susten-tabilidade, na promoção da equidade entre diferentes regiões geográficas.

Algumas áreas de plantações podem ser gerencia-das de forma insustentável, enquanto outras podem compensar de maneira altamente sustentável, mas o que é verdade para uma parcela de terra isolada nem sempre é verdade na escala regional, nacional, conti-nental e global.

Na escala regional, podemos gerenciar não apenas a terra agriculturável, mas também as terras não agríco-las, fundamentais para esta atividade, porque mantêm os polinizadores, os inimigos naturais, os microclimas, a infraestrutura de transporte e assim por diante.

Cada área tem sua vocação e uma deve equi-librar a outra. A sustentabilidade espacial existe para colocar as distintas regiões geográficas - e suas vocações - na balança.

Normalmente as discussões sobre o tema são pautadas nas dimensões econômica, social e ambiental, mas existem outras

GEOqUALITY

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GEOATLAS NA ESCOLAConstrução colaborativa de Atlas Ambiental Escolar com apoio de Geotecnologias

A utilização de sensoriamento remoto e Sis-temas de Informação Geográfica (GIS) na edu-cação de crianças e adolescentes não é algo novo, mas ainda tem potencial para expansão no ensino formal. Observa-se, no Brasil, embo-ra às vezes desequilibrada, a intensificação do ensino de sensoriamento remoto e a formação de profissionais técnicos, principalmente os de nível superior. Entretanto, ainda há carência de projetos ou ações que visem à capacitação e ao treinamento de professores dos ensinos fundamental e médio para a inclusão das geo- tecnologias em sala de aula.

A Região Metropolitana de Campinas, loca-lizada no interior do Estado de São Paulo, é um expressivo polo de tecnologia do Brasil. A exis-tência de universidades e instituições de pes-quisa contribui para a geração de uma infinida-de de dados e informações locais e regionais.

Embora existam dados de excelente qualidade sobre essa região, e em específico sobre o seu prin-cipal município, esses dados não atingem de forma eficiente o público escolar de ensino fundamental. Em reuniões com o corpo docente de escolas locais, que procuram a Embrapa Monitoramento por Satélite com o objetivo de adquirir materiais para seus traba-lhos e projetos com enfoque regional, essa questão fica evidente.

A carência de conteúdos de caráter local e regio-nal é uma característica inerente dos livros didáticos e atlas convencionais utilizados nas escolas. Neste caso, os professores podem ter o importante papel de compilar, agrupar e elaborar atividades, utilizan-

ATLAS AMBIENTAL

ANDré LuIz DOS SANTOS FurTADO Biólogo, pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, atua no uso de sensoriamento remoto em estudos da Ecologia da Paisagem

CrISTINA CrISCuOLO Geógrafa, pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite, atua em temas como uso e cobertura das terras e sensoriamento remoto e ensino

CéLIA rEGINA GrEGO Engenheira Agrônoma, pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite, atua na área de análise geoestatística

CrISTINA APArECIDA GONçALVES rODrIGuES Zootécnica, pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite, atua em geoprocessamento nas áreas de produção animal e recursos naturais

do fontes variadas de informações. A aproximação entre os centros de pesquisa locais e os educado-res pode contribuir para levar o resultado das pes-quisas para a sala de aula. Além disso, podem ser fornecidas as bases para transformar a escola num ambiente capaz de produzir conhecimentos, e não apenas de reproduzi-lo.

O projeto “Geotecnologias como apoio à elabora-ção de material didático para o ensino fundamental: Atlas Ambiental Escolar da Região Metropolitana de Campinas” (GeoAtlas), financiado pela Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atualmente desenvolve uma metodologia para a construção cola-borativa de um Atlas Ambiental Escolar com o objetivo de divulgar a importância das atividades agropecuá- rias desenvolvidas na região de Campinas e utiliza ferramentas de geotecnologias como facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem. O uso destas ferramentas que aparentemente não pertencem ao cotidiano escolar, como no caso das imagens de sa-télites, aguça a curiosidade e desperta o interesse dos alunos, pois estes passam a ter novos olhares sobre o lugar em que vivem.

O produto final do projeto compreenderá o Geo Atlas impresso, conciso e disponível como material paradidático, e uma versão digital, mais abrangente, que será publicada em um portal eletrônico, hospe-

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Área cultivada de café na Região Metropolitana de Campinas: exem-plo de produto a ser disponibili-zado pelo Geo-Atlas ao público escolar

dado no website da Embrapa Monitoramento por Satélite. Outro aspecto do projeto é a elaboração de materiais personalizados focados em temas relacionados ao bairro, ao mu-nicípio ou à região mais próxima onde a criança ou o adolescente estuda ou habita, a fim de despertar-lhes o interesse pelo conhecimento de seu ambiente.

O GeoAtlas é desenvolvido de forma interdisciplinar, envolvendo pesquisadores e, so-bretudo, professores da rede municipal de ensino fundamental do Município de Campinas. O projeto contribui com informações sistematizadas e conhecimento sobre as atividades agropecuárias e suas relações com o meio ambiente, a economia e a sociedade, com possi-bilidade de extração de dados espaciais derivados e representações temáticas. Por sua vez, o portal web disponibilizará todos os resultados online, permitirá maior interação entre os usuários e, fundamentalmente, auxiliará na construção de uma estrutura potencial de visua- lização e consulta pelos cidadãos de dados regionais especializados, para que eles conhe-çam a sua região e colaborem na solução de problemas regionais.

A execução do projeto é coordenada pela Embrapa Monitoramento por Satélite, que es-tabeleceu um contrato de cooperação técnica com a Prefeitura Municipal de Campinas. As atividades têm a participação de instituições parceiras, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Instituto Agronômico de Campi-nas (IAC), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Embrapa Meio Ambiente e a Embrapa Informática Agropecuária.

Em 2009, trabalhou-se com os professores do ensino fundamental em uma equipe multidisciplinar, no processo de capacitação dos profissionais envolvidos no projeto, disse-minando conhecimentos sobre o uso de geotecnologias aplicadas ao estudo do meio am-biente e das atividades agropecuárias. No decorrer de 2010, após a conclusão do curso de capacitação, oficinas de trabalho serviram para desenvolver temas e estratégias de ensino e aprendizagem que serão posteriormente oferecidos aos alunos do ensino fundamental. Paralelamente, procedeu-se à compilação e produção de dados georreferenciados sobre a Região Metropolitana de Campinas, para a construção do Atlas Ambiental Escolar em conso-nância com os temas e estratégias de ensino e aprendizagem propostos pelos professores.

Em 2011, iniciou-se o processo de redação do GeoAtlas, que deverá estar pronto no ano que vem. Espera-se que o material favoreça novas oportunidades de aprendizagem, basea- das no maior conhecimento do indivíduo sobre o seu espaço de convívio mais próximo, intermediado por ferramentas modernas de acesso à informação.

Esta experiência representa uma forma acessível de desenvolvimento de material didáti-co com o propósito de disseminar atividades factíveis envolvendo geotecnologias e poucos recursos financeiros. A parceria entre as instituições de pesquisa e a escola é interessante, pois representa uma forma de aproximação desses dois segmentos, que, na maior parte das vezes, trabalham de forma isolada.

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MundoGEO 69 | 201236

SAIbA ONDE ESTuDAr GEO NO brASILSérie de matérias que lista os principais cursos técnicos e graduações chega às regiões Centro-Oeste e Norte

O mercado de trabalho de geo exige dos profissionais cada vez mais conhecimento e prática na sua atu-

ação, requisitos solicitados pela maioria das empresas e órgãos públicos contratantes. O ensino superior e os cursos técnicos são procurados tanto por profissionais que já atuam no setor quanto por aqueles que buscam novas oportunidades na área. Mas será que as instituições estão preparadas para atender a essa demanda com qua-lidade e eficiência?

A série de matérias sobre os principais cursos de geo do Brasil começou na edição 67 da revista MundoGEO. Nas edições anteriores, foram apresentadas tabelas e dados sobre as regiões Sul e Sudeste, além de perfis e a relação muitas vezes presente entre alta demanda e baixa oferta de profissionais capacitados. Confira ago-ra a terceira parte da série sobre os principais cursos de geo do Brasil, abordando as regiões Norte e Centro- Oeste do país.

CENTrO-OESTEA pesquisa realizada pela revista MundoGEO cons-

tatou, na região, uma carência de cursos de graduação e técnicos na área da geoinformação. Entre as opções encontradas, a Geografia é a mais representativa, porém também foram encontradas algumas graduações em Geologia e Ciências Geoambientais e Geofísica. A for-mação em Engenharia Cartográfica não existe na região.

No Mato Grosso do Sul foram encontradas quatro instituições, todas ofertando somente a graduação em Geografia. A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) oferta os cursos de Geografia nas modalidades Bacharelado e Licenciatura, além de cursos de pós-gra-duação em diversas sub-áreas. As duas contam com 50 vagas semestrais cada, ofertadas em períodos diferen-tes (Bacharelado pela manhã e Licenciatura à noite). O Departamento de Geografia da Universidade é ligado ao Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universi-dade Federal de Mato Grosso (UFMT) e conta, hoje, com 20 professores em seu quadro docente e mais de 200 estudantes de graduação, 50 de mestrado e outros 50 de especialização. A graduação em Geologia também é oferecida, no período integral, com 40 vagas anuais.

A Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMS) ofe-rece o curso de Geografia em três campi, somente na mo-dalidade Licenciatura. O objetivo é formar professores, com competência técnica, pedagógica e política, para atuar no ensino fundamental e médio. Segundo informa-ções da Universidade, o curso de Campo Grande conta

CURSOS

Por alExandrE scussEl E Elis JacquEs

Veja mais em:Edição 67

http://ning.it/LNaAWOEdição 68

http://ning.it/P4pN1U

Colabore!A próxima edição da Revista MundoGEO vai trazer os cursos da região Nordeste. Se você é aluno, docente ou profissional na área da geoinformação, ajude-nos a mapear os cursos de geo no Brasil. Envie suas dúvidas, comentários e sugestões para [email protected] e/ou [email protected].

com 50 vagas e foi implantado para atender a demanda por formação de professores na região, já que é o único curso público de Licenciatura em Geografia oferecido na capital do estado de Mato Grosso do Sul.

No estado mais populoso da região Centro-Oeste, Goi-ás, a revista MundoGEO encontrou cinco instituições que ofertam cursos de geo, tendo predominância a graduação em Geografia. A Universidade Federal de Goiás (UFG) ofe-rece Bacharelado e Licenciatura em Geografia, nas cidades de Goiânia, Jataí e Catalão. O Bacharelado possui habilita-ções em Análise Ambiental e em Planejamento Urbano e Regional. A primeira conta ainda com o curso de Ciências Geoambientais, que se propõe a formar profissionais que consigam compreender a natureza complexa e integrada dos processos ambientais, os quais devem ser observados em diferentes escalas e interpretados nas várias esferas que compõem o sistema terrestre, tendo como referência espacial a bacia hidrográfica. O curso de Ciências Geoam-bientais da UFG, oferecido na modalidade de Bacharelado e na forma presencial integral, está fundamentado em disciplinas básicas vinculadas, entre outras, às Geociên-cias, Geografia, Ciências do Solo e Ecologia de Paisagens.

No Distrito Federal foram encontradas quatro insti-tuições que ofertam cursos de geo, a maioria concen-trada na Universidade de Brasília (UnB), que conta com graduações em Geofísica, Geologia e Geografia, o últi-mo nas modalidades Bacharelado e Licenciatura e com possibilidade de graduação à distância. Para aprimorar a experiência dos alunos, a Universidade conta com o Ins-tituto de Geociências, que oferece 13 laboratórios para o ensino e a pesquisa. Os principais utilizados pelos alunos de graduação são os de Petrografia, Geoprocessamento, Geoquímica, Geofísica Aplicada e o Observatório Sismo-lógico. A graduação em Geofísica prepara o aluno para planejar e executar levantamentos geofísicos, realizar processamento, análise e interpretação de dados. É re-comendável ter familiaridade com conceitos de Física, Matemática, Geologia e com sistemas computacionais. Segundo a Universidade, a demanda pelo profissional de Geofísica cresce ano a ano. Empresas do setor público e privado, em áreas como a indústria petrolífera, minera-ção, meio ambiente e geotecnia, oferecem boas oportu-nidades para quem quer seguir a carreira. A UnB oferece também a possibilidade de se graduar em Geografia na modalidade Licenciatura à distância, através do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB).

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37 MundoGEO 69 | 2012

rEGIãO NOrTEA região do Brasil mais representativa espacialmente, segundo levan-

tamento feito pela revista MundoGEO, possui 26 instituições que ofer-tam cursos de geo em suas sete unidades da federação, quase sempre por instituições públicas. Notou-se a carência de opções diversificadas, tais como graduações em Geologia e Engenharia Cartográfica, e tam-bém cursos técnicos, salvo o estado do Pará. A graduação em Geografia predomina na região.

Entre as opções da região está o curso de Geografia na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Inicialmente era ofertada somente a Licen-ciatura, pela manhã, e em 1992 criou-se o complemento de habilitação para Bacharelado, o único do estado. O curso dispõe de laboratórios de Geografia Física, Humana, Ensino de Geografia, Cartografia e Geopro-cessamento, permitindo a formação de profissionais que possam com-preender a dimensão espacial da sociedade e propor intervenções para melhoria da vida em sociedade e sua relação com o ambiente.

Segundo Ricardo Nogueira, Coordenador do Curso de Graduação em Geografia, o mercado de trabalho para o profissional é, majoritaria-mente, a educação dos ensinos médio e fundamental, e com a ampliação de novas instituições de ensino superior no Estado do Amazonas, tanto públicas quanto privadas, oferecendo o curso de Geografia, ampliou-se a contratação deste profissional. “Somente a rede municipal de Manaus possui 500 escolas e, além da região contar com dos outros 61 municí-pios, é possível fazer o atendimento ao oeste do Pará e à ampla rede de escolas do estado do Amazonas”, afirmou.

Em relação ao Bacharelado em Geografia, o professor informa que sua criação teve por objetivo cobrir uma lacuna no estado. “Com a questão

ecológica em alta e o surgimento de vários órgãos públicos voltados ao controle e a conservação dos recursos naturais, percebeu-se a necessi-dade deste profissional, que vem ocupando postos de trabalho em ór-gãos ambientais, gestão de unidades de conservação, trabalhando com análise ambiental, educação e mesmo a utilização de novas ferramen-tas tecnológicas para o mapeamento urbano e rural. Enfim, percebe-se também uma gradativa absorção deste profissional pelo terceiro setor: as organizações não-governamentais, voltadas, principalmente, para a questão ambiental”, completa.

Voltado para a realidade Amazônica, o curso de Geografia da Ufam assume uma posição nodal nos debates sobre a região e reflete sobre as “diversas Amazônias”. É o que conta Diego Aguiar, estudante do 5º período do curso de Bacharelado em Geografia. “É um desafio a ser superado dia após dia. Imersos em tanta diversidade biológica e socio-cultural, os geógrafos amazônidas cuidadosamente revelam a realidade multifacetada de uma região ainda desconhecida”.

Para o aluno, os cursos de Geografia no Estado do Amazonas cum-prem com o compromisso de capacitar bacharéis e licenciados na conso-lidação dos conhecimentos que abarquem as especificidades da região, por vezes ignorada por pesquisadores alheios à realidade regional. Diego compartilha ainda sua visão do mercado de trabalho: “Para geógrafos no Amazonas, o mercado encontra-se restrito aos cargos públicos, sendo que por vezes a concorrência com profissionais de outras áreas e a exi-gência de formação mais especializada dificulta a inserção do geógrafo recém-formado. Ainda assim, o mercado é carente de profissionais que tenham um olhar mais acurado para os problemas físicos e humanos, que a meu ver nunca deveriam ser dissociados”.

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38 MundoGEO 69 | 2012

Cent

ro-O

este

Nor

teCIDADE INSTITuIçãO GrADuAçãO / TéCNICOS

MS

TrêS LagoaS, Nova aNdradiNa UNiverSidade FederaL de MaTo groSSo do SUL geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra)caMpo graNde, gLória de doUradoS, JardiM UNiverSidade eSTadUaL de MaTo groSSo do SUL

geograFia (LiceNciaTUra)

caMpo graNde UNiverSidade caTóLica doM boSco - Ucdb geograFia (LiceNciaTUra)Naviraí FacULdadeS iNTegradaS de Naviraí - FinAv geograFia (LiceNciaTUra)

go

aNicUNS FacULdade aNicUNS geograFia (LiceNciaTUra)aNápoLiS, ForMoSa, goiáS, iporá, iTapUraNga, MiNaçU, MorriNhoS, pireS do rio, poraNgaTU, QUiriNópoLiS

UNiverSidade eSTadUaL de goiáS - Ueg geograFia (LiceNciaTUra)

goiâNia, JaTaí, caTaLão UNiverSidade FederaL de goiáS - UFg geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra) | ciêNciaS geoaMbieNTaiS | geograFia ead

aparecida de goiâNia FacULdade aLFredo NaSSer - UNiFaN geograFia (LiceNciaTUra)goiâNia poNTiFícia UNiverSidade caTóLica de goiáS geograFia (LiceNciaTUra)

MT

JUíNa FacULdadeS do vaLe do JUrUeNa geograFia (LiceNciaTUra)cUiabá UNiverSidade FederaL de MaTo groSSo

geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra) geoLogia (bachareLado)

cácereS UNiverSidade do eSTado de MaTo groSSo geograFia (LiceNciaTUra)cUiabá UNiverSidade de cUiabá geograFia (LiceNciaTUra)

dF

braSíLia UNiverSidade de braSíLiageograFia (bachareLado e LiceNciaTUra) geograFia - ead (LiceNciaTUra) | geoFíSica | geoLogia

TagUaTiNga FacULdade proJeção geograFia (LiceNciaTUra)braSíLia ceNTro UNiverSiTário de braSíLia geograFia (LiceNciaTUra e bachareLado)braSíLia FacULdadeS iNTegradaS UpiS eSTUdoS SociaiS - habiLiTação eM geograFia

CIDADE INSTITuIçãO GrADuAçãO / TéCNICOS

ap Macapá UNiverSidade FederaL do eSTado do aMapá - UNiFap geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra)

ro

ariQUeMeS FacULdadeS iNTegradaS de ariQUeMeS - Fiar geograFia (LiceNciaTUra)porTo veLho FUNdação UNiverSidade FederaL de roNdôNia - UNir geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra) | arQUeoLogia

porTo veLho, São MigUeL do gUaporé, Ji-paraNá, viLheNa

ceNTro UNiverSiTário cLareTiaNo - ceUcLar geograFia - ead (LiceNciaTUra)

roLiM de MoUra FacULdade roLiM de MoUra - FARol geograFia (LiceNciaTUra)oUro preTo do oeSTe, cacoaL UNiverSidade de SaNTo aMaro - UNiSa geograFia - ead (LiceNciaTUra)

aM MaNaUS

UNiverSidade do eSTado do aMazoNaS - Uea TecNoLogia eM arQUeoLogia | geograFia (LiceNciaTUra)ceNTro UNiverSiTário do NorTe - UninoRte geograFia preSeNciaL e ead (LiceNciaTUra)UNiverSidade FederaL do aMazoNaS - UFaM geograFia (LiceNciaTUra e bachareLado) | geoLogia

rr boa viSTaUNiverSidade eSTadUaL de roraiMa - Uerr geograFia (LiceNciaTUra)UNiverSidade FederaL de roraiMa - UFrr geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra) | geoLogia

ToaragUaíNa, porTo NacioNaL UNiverSidade FederaL do TocaNTiNS - UFT geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra)coLiNaS FacULdade iNTegrada de eNSiNo SUperior de coLiNaS geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra)

ac rio braNco UNiverSidade FederaL do acre - UFac geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra)

pa

beLéM

eScoLa SUperior da aMazôNia - eSaMaz geograFia coM êNFaSe eM carTograFia (bachareLado)FacULdade iNTegrada braSiL aMazôNia - Fibra geograFia (LiceNciaTUra)FacULdadeS iNTegradaS ipiraNga geograFia (LiceNciaTUra)iNSTiTUTo FederaL de edUcação, ciêNcia e TecNoLogia do pará - iFpa

geograFia preSeNciaL e ead (LiceNciaTUra) | TécNico eM MiNeração | TécNico eM agriMeNSUra | TécNico eM geodéSia e carTograFia

UNiverSidade da aMazôNia - UNaMa geograFia (LiceNciaTUra)UNiverSidade do eSTado do pará - Uepa geograFia (LiceNciaTUra)

SaNTaréM UNiverSidade FederaL do oeSTe do pará - UFopa geograFia | arQUeoLogia | geoLogia (LiceNciaTUra)

beLéMUNiverSidade FederaL do pará - UFpa geograFia (bachareLado e LiceNciaTUra)

geoLogia | geoFíSica | oceaNograFia

FacULdade de TecNoLogia e deSeN. de coMpeTêNciaS - Fdc TecNoLogia eM geoproceSSaMeNTo

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39

LuIz ANTONIO uGEDA SANCHESPresidente do Instituto Geodireito (IGD) e sócio do Demarest & Almeida Advogados [email protected]

GEODIREITO

POr uMA rEGuLAçãO CArTOGráFICACultura regulatória se avizinha à infraestrutura cartográfica

A cartografia impressa é historicamente utiliza-da como fundamento jurídico das pretensões

territoriais, incluindo as dos impérios marítimos. No século XXI, a cartografia deverá continuar a ser assim utilizada, mas agora como instrumento de regulação do território enquanto elemento de infraestrutura.

Esta infraestrutura cartográfica tem obtido importância e relevância no Brasil e no exterior, a ponto de algumas instâncias internacionais a considerarem imprescindível em um futuro pró-ximo. Previsões do Comitê Geoespacial da ONU estimam que, em dez anos, a informação geoes-pacial reproduzida por métodos cartográficos se tornará tão fundamental quanto a energia elé-trica, e o governo será mais regulador e menos produtor de cartografia e de dados geoespaciais.

Dada esta relevância, é necessário identificar o regime jurídico que passará a fundamentar a regulação desta infraestrutura. A Constituição Federal brasileira foi minuciosa ao dispor sobre a competência cartográfica. Está previsto que cabe à União organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional (art. 21, XV, CF), sendo privativo à mesma legislar sobre sistema estatístico, car-tográfico e geológico (art. 22, XVIII, CF). Neste cenário, resta a questão central, que é identificar qual o órgão representante da União para exer-cer a competência constitucional de organizar e manter o serviço oficial de cartografia.

Atualmente a infraestrutura cartográfica é gerida pela Comissão Nacional de Cartografia (Concar), órgão colegiado do Ministério do Pla-nejamento. Em que pese a virtude de se ter uma entidade que reflita sobre a cartografia nacional, o fato é que o Concar não é um órgão apto a re-gular e fiscalizar, com estrutura jurídica própria que proporcione a eficácia de suas iniciativas.

Na ausência de um único órgão que regule e fiscalize a cartografia, há atualmente uma es-pécie de proliferação de políticas públicas que

utilizam a cartografia como base de suas ativida-des. Como exemplo, além da responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Refor-ma Agrária (Incra) de fixar precisão posicional do Sistema Geodésico Brasileiro para efeito de transação de propriedades rurais, temos o novo Código Florestal apontando 13 itens de reper-cussão cartográfica, a Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel) elaborando um Sistema de Informações Geográficas Regulatório (SIG-R) e os municípios preparando cartas geotécnicas para inclusão nos planos diretores. Todas estas políticas usam a cartografia como instrumento de representação das áreas de atuação daque-les órgãos.

Logo, é preciso se criar um órgão autárquico que estabeleça regras claras e funcione como maestro das iniciativas. Uma Agência Cartográfi-ca, pautada pela criação de um Código Cartográ-fico, poderia ser o primeiro passo para aprimorar a governança setorial e aprofundar os esforços para se editar uma plataforma cartográfica una. Seria a grande oportunidade para desenvolver políticas públicas multissetoriais com base car-tográfica robusta, bem como para redimensio-nar as profissões de engenheiro agrimensor, de engenheiro cartógrafo e de geógrafo para este novo enfoque.

A cultura regulatória se avizinha à infraestru-tura cartográfica, necessidade já percebida em outros segmentos da indústria e que possibilita individualizar direitos e deveres do governo, das empresas e dos cidadãos.

Há um provérbio Chinês que diz que os pais sensíveis dão aos seus filhos raízes e asas. E tam-bém um mapa. A cartografia do século XXI é um pressuposto da Justiça, praticada na transação de propriedades, na proteção do meio ambiente, na gestão das cidades, bem como numa infini-dade de situações que o Brasil apenas começou a descortinar e que, para tanto, precisará de um grande, estruturado e preciso mapa.

Na ausência de um único órgão que regule e fiscalize a cartografia, há atualmente uma espécie de proliferação de políticas públicas que utilizam a cartografia como base de suas atividades

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40 MundoGEO 69 | 2012

MAPA SPLASER SCANNER 3D

ESFérICOS Permitem grande agilidade no posiciona-

mento das cenas, pois podem ser medidos em direções totalmente opostas. Através dos pontos medidos na superfície esférica, é cal-culado o centro do target com grande precisão. Pode ser instalado sobre base ni-velante, bastão ou base mag-nética. Não necessita seu di-recionamento manualmente, pois qualquer posição da es-fera será possível calcular o seu centro.

PLANOS Elemento plano onde o centro do target é iden-

tificado pelo contraste entre as cores impressas. Pode ser instalado sobre base nivelante, bastão ou base magnética. Pode ser articulado tanto na horizontal como na vertical, permitindo maior

flexibilidade para o di-recionamento ao equi-pamento, porém o di-recionamento deve ser manual. Alguns mode-los possuem o centro com um micropris-ma identificável pelo LS3D, chegando a pre-cisão similar ao mode-lo esfera.

O PAPEL DOS TArGETSSaiba como usar alvos para aumentar a qualidade da união de cenas

Na edição anterior vimos que o levantamento com LS3D Estático é composto por cenas, e estas, através de pontos em comum, devem ser unidas para compor uma única nuvem de pontos. Cha-mamos de Registro o processo em escritório para a união de cenas. É no registro que analisamos a qualidade da medição executada em campo, pois são apresentados os desvios padrões dos erros após o ajustamento das cenas.

Para aumentar a qualidade no registro, nos pontos em comum ou nos pontos de referência utilizamos targets (alvos) que permitem medir o ponto com maior precisão. Estes targets podem ser de vários formatos, tamanhos e materiais.

rOVANE MArCOS DE FrANçAProfessor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de [email protected]

ADESIVOS Similar ao target plano, porém

impresso numa folha normalmente adesiva para ser colada numa super-fície plana e lisa. Tem a limitação de não possuir articulação após ser co-lado, impedindo que seja escaneado de cenas opostas ou com inclinação muito grande em relação ao LS3D.

No registro, o target tem somen-te dois estados: coordenado e não coordenado. Se ele é coordenado, servirá de referência para o ajuste da nuvem de pon-tos. Se ele é não coordenado, serve de amarração de uma cena com outra e portanto sofrerá ajuste junta-mente com a nuvem de pontos.

Quando os pontos coordenados forem demarca-dos sobre o solo (piquetes, marcos, pinos, etc) será necessário utilizar base nivelante ou bastão na ver-tical para que o target esteja na projeção do ponto. Neste caso, devemos informar a altura do target, pois o registro é essencialmente tridimensional.

Para a amarração entre cenas, utiliza-se targets fixos temporariamente. Um target pode ser usado por várias cenas, onde somente então ele poderá ser removido. Para estes casos, os targets podem ser acoplados em bases magnéticas para fixação em elementos metálicos, mini-tripés para fixação no solo ou adesivados em superfícies planas. Sendo targets adesivos ou targets planos, mesmo que temporários, eles podem ainda ser medidos com estação total sem prisma para aumentar a qualidade do ajustamento e melhorar a precisão, diminuindo assim a quantidade de cenas no ajuste.

A quantidade mínima de targets para efetuar o registro entre uma cena com pontos de referência ou duas cenas entre si, são de dois targets quando o LS3D possui compensador angular e três targets quando não possui ou este está desabilitado. Porém, quanto mais targets melhor, pois permitem que faça-mos simulações incluindo e excluindo os targets que melhor contribuem para o ajustamento, reduzindo assim os erros entre cenas.

Com os targets bem distribuídos espacialmente, inclusive em altitudes, garantimos um registro con-sistente e de qualidade, que atenderá a precisão es-pecificada pelo fabricante.

Para aumentar a qualidade no

registro, nos pontos em comum ou nos

pontos de referência utilizamos targets

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MuNDOGEO INSTITuCIONAL

+ 100 mil PROFISSIONAIS CONECTADOS(70% no Brasil e 30% em outros países da América Latina)

R e v i s t a s

W e b i n a r s

M u n d o G E O # C o n n e c t 2 0 1 3

R e d e s S o c i a i s

P o r t a l M u n d o G E O

5 mil cópias e 20 mil downloadspor edição

EMBREVE

C u r s o s O n l i n eDesenvolvimento de novos conhecimentos

e atualização profissional

+ 30 mil pessoas conectadasnas redes sociais

Seminários online para lançamento deprodutos e atualização profissional

+ 100 mil visitas únicaspor mês

Maior evento do setor na AmŽrica Latina,realizado anualmente em S‹o Paulo - Brasil

Ediç‹o anterior:+ 3,350 participantes+ 27 países+ 70 marcas globais+ 120 palestrantes

www.mundogeoconnect.com

3

+ 1.000 participantespor evento

Líder na América Latina em soluções integradas de mídia e comunicação no segmento de geotecnologias desde 1998

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MundoGEO 69 | 201242

LASER SCANNER

LIDAr NO brASILUso do sistema escaner a laser terrestre para pesquisas geológicas

O sistema Escaner a Laser Terrestre é uma tec-nologia que permite a obtenção de dados

tridimensionais (X, Y e Z) de nuvem de pontos, que podem ser georreferenciadas com o uso de Global Navigation Satellite System (GNSS), além de agregar informações de textura e cor em função de uma câmera fotográfica acoplada ao equipamento. Em função disso vem sendo difundida em diversos setores da sociedade. No Brasil, nas áreas de engenharia, cartografia e arquitetura, tal técnica já está bem consolidada (F. Ferrari et al., 2012).

A utilização do Escaner a Laser Terrestre para Modelos Digitais de Afloramentos (MDA) tem sido introduzida recentemente em trabalhos de campo, para estudos geológicos e que ainda existem metodologias a serem definidas, devi-do a curto espaço de tempo de uso dessa ferra-menta, que vem ganhando popularidade entre os geocientistas. É um método eficiente na ob-tenção de medidas com alta resolução de um afloramento, possibilitando observar no modelo gerado os níveis de contraste facilitando o pro-cesso de interpretação geológica.

LIDAr PArA PESQuISA GEOLóGICAPesquisas na área de modelagem de corpos geo-

lógicos utilizando produtos advindos de uma técnica Light Detection and Ranging (Lidar) vêm favorecendo a interpretação, comparação e quantificação de conti-nuidades laterais, além de indicar direções de fluxos de sedimentos. Porém, neste estudo efetuado com o Es-caner a Laser Terrestre modelo Ilris 3D, concluiu-se que algumas variáveis são importantes para a qualidade do trabalho. Para que se possa ter uma visão do afloramen-to baseado na nuvem de pontos é importante que, no momento do imageamento, a luz solar esteja incidin-do diretamente sobre o objeto a ser trabalhado. Assim, podem-se evitar áreas com sombras ou pouca luz, pois a fotografia capturada pelo equipamento é de média resolução/qualidade (F. Ferrari et al., 2012).

A área de estudo localiza-se no Brasil, no mu-nicípio de Caçapava do Sul, região central do Rio Grande do Sul, há aproximadamente 300 quilô-metros de Porto Alegre (RS). O acesso a partir de Porto Alegre se dá pelas rodovias BR-290, BR-153 e RS-625, essa última próxima à localidade de Minas do Camaquã. A Rocha Pedra Pintada foi escolhida como objeto desse estudo em razão de sua excelente exposição. As faces íngremes e relativamente pouco vegetadas no seu entorno, a existência de áreas amplas próximas ao aflora-mento, a presença de estruturas sedimentares com dimensões métricas e a existência de super-fícies estratigráficas nítidas foram os elementos principais considerados para o imageamento.

O processo de imageamento integrado ao sis-tema GNSS foi realizado a partir da definição de um ponto de referência próximo ao afloramento, realizando seu transporte de coordenadas. Nesse ponto foi implantado um marco geodésico, que foi rastreado durante quatro horas com um equi-pamento de dupla frequência (L1, L2), modelo Lei-ca 900. Para o transporte de coordenadas foram utilizados como pontos de controle as estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE) das cidades de Santa Maria (Smar) e Porto Alegre (Poal). Esse ponto foi ajustado com o software LGO e serviu de apoio para a obtenção

FAbIANO [email protected]

MAuríCIO rObErTO [email protected]

FrANCISCO MANOEL WOHNrATH [email protected]

LEONArDO CAMPOS INOCê[email protected]

PAuLO SErGIO GOMES [email protected]

rEGINALDO MACEDONIO DA [email protected]

Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

Page 43: Revista MundoGEO 69

43 MundoGEO 69 | 2012

Veja mais!Veja as referências

bibliográficas na versão online deste artigo

das coordenadas geodésicas de sete estações utilizadas no imageamento da Pedra Pintada.

As coordenadas UTM de todas as estações de imageamento foram obtidas com um nível de exatidão menor que 10 milímetros. A preocu-pação com o nível de exatidão na obtenção das coordenadas geodésicas é de suma importância no processo de imageamento, uma vez que o mo-delo 3D gerado proporcionará interpretações ge-ológicas que poderão ser integradas com outros sensores remotos, e todos os dados integrados servirão para a geração de modelos geológicos tridimensionais (F. Ferrari et al., 2012).

Utilizou-se para o escaneamento o Escaner a Laser Terrestre Optech, modelo Ilris 3D, ins-talado nos sete pontos da rede geodésica com duração de 40 minutos e com o tempo total de configuração e instalação de três horas cada estação. A resolução da nuvem de pontos foi de quatro centímetros, tendo assim o total de 17 milhões de pontos. As distâncias das estações de imageamento ao afloramento variaram de 170 a 320 metros.

LIMPEzA, ALINHAMENTO, GEOrrEFE-rENCIAMENTO E TrIANGuLAçãO

O processamento da nuvem de pontos foi re-alizado em três etapas, utilizando-se os recursos dos aplicativos PolyWorks, Parser e Point Cloud, conforme descrito a seguir: limpeza, alinhamento, georreferenciamento e triangulação.

O MDA da Pedra Pintada foi interpretado uti-lizando-se um aplicativo de plataforma CAD de-nominado Point Cloud Pro, desenvolvido exclu-sivamente para manipular nuvens com grande quantidade de pontos. Com o Point Cloud Pro foi possível segmentar o afloramento e demarcar fei-ções geológicas identificadas de forma hierárquica. Nesse processo, utilizou-se a técnica de montagem para sobrepor uma imagem digital de alta resolu-ção ao MDA. Essa montagem foi executada pelo próprio software e apresentado um relatório de precisão melhor que 0,2 metro. Os resultados ob-tidos na interpretação do MDA foram exportados em um formato que pode ser carregado e visualiza-do no aplicativo de modelagem geológica Gocad.

A exportação do modelo para o Gocad foi executada através dos softwares 3D Reshaper,

CAD e conversor de arquivo vetorizados em pon-tos. Devido ao volume de dados em formato de nuvem de pontos, foi necessário exportar para o Gocad somente o modelo digital da rocha e posteriormente os vetores da interpretação no Point Cloud Pro. O Gocad não suportava o tra-balho com nuvens de pontos e nem a junção da foto com a nuvem.

VANTAGENS DO LIDArA grande vantagem de se utilizar o sistema

Lidar para a geração de MDAs é a possibilidade de se ter um modelo virtual 3D com qualidade de visualização suficiente para a análise e interpre-tação geológica. Além disso, permite interpretar áreas inacessíveis do afloramento com a mesma qualidade visual das áreas onde o geólogo pode acessar durante um trabalho de campo. Por ser um modelo tridimensional gerado a partir de uma nuvem de pontos georreferenciada de alta den-sidade, é possível estabelecer medidas precisas, como altura, extensão, espessura de estratos se-dimentares, orientação de planos, etc..

A possibilidade de movimentar (isto é, inclinar, ro-tacionar, etc.) o modelo tridimensional permite que a interpretação seja coerente e precisa, pois de forma rápida pode-se conferir a continuidade de superfícies que estão sendo interpretadas em diferentes faces de um mesmo afloramento ou de afloramentos diferen-tes em uma mesma região. Essa é uma vantagem que o trabalho de campo convencional não possibilita em razão da limitação do campo visual que o ser humano possui em relação à distância do objeto de estudo ou às distâncias entre diferentes pontos da região de estudo (F. Ferrari et al., 2012).

O objetivo desse trabalho foi estabelecer procedimen-tos e métodos para a geração de MDAs a partir da utilização da técnica Lidar, que envolve-ram a aquisição de dados, seu processamento, visualização e interpretação de feições geo-lógicas. Todos esses procedi-mentos foram integrados com dados do sistema GNSS, o que permitiu gerar um MDA geor-referenciado.

promoção especia

l

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44 MundoGEO 69 | 2012

ALTA ACURÁCIA

DILuIçãO DE PrECISãO NO GNSSSaiba mais sobre o conceito de DOP no posicionamento preciso

JOãO FrANCISCO GALErA MONICOÉ graduado em engenharia cartográfica pela Universidade Estadual Paulista, com mestrado em ciências geodésicas pela Universidade Federal do Paraná e doutorado em engenharia de levantamentos e geodésia espacial pela Universidade de Nottingham. Professor e líder do Grupo de Estudo em Geodésia Espacial da Unesp. Autor do livro Posicionamento pelo GNSS [email protected]

No posicionamento e navegação por GNSS é co-mum utilizar o conceito denominado Dilution of

Precision (DOP), o qual foi muito utilizado no planeja-mento de missões de coleta de dados GPS. Detalhes podem ser obtidos em Monico (2008). Ele proporciona uma indicação da precisão dos resultados advindos do posicionamento por ponto simples. Essa precisão de-pende basicamente de dois fatores:

Da precisão da observação de pseudodistância, ex-pressa pelo erro equivalente do usuário (UERE: User Equivalent Range Error), que é associado ao desvio--padrão da observação (σr); e

Da configuração geométrica dos satélites, obtidos pelos DOPs.

A relação entre σr e o desvio-padrão associado ao posicionamento (σP), é descrita pela seguinte expressão:

σ σP rDOP=ADOP = |Qâ| 1/(2n)As seguintes designações são encontradas na

literatura:σH = hdop σr para posicionamento horizontal;σV = vdop σr para posicionamento vertical;σP = pdop σr para posicionamento tridimensional; eσT = tdop σr para determinação de tempo.O efeito combinado de posição 3D e tempo é deno-minado GDOP, dado pela seguinte expressão:

GDOP PDOP TDOP= +( ) ( )2 2

A seleção adequada de valores de DOPs para a de-

finição da janela de observação (período de coleta dos

dados) não é mais crítica nos dias atuais, haja vista que,

a partir do momento em que a constelação GPS tornou-

-se completa, em 8 de dezembro de 1993, os valores dos

PDOPs passaram a ser relativamente baixos. Em geral,

dispõe-se de um número de satélites maior que os qua-

tro utilizados na definição de DOP, tal como mostrado na

figura ao lado, e os valores são adequados para a maioria

das aplicações. Nesta figura mostram-se duas situações:

(a) uma configuração que proporciona bom valor de

PDOP; (b) uma configuração que proporciona PDOP ruim.

Nas aplicações geodésicas, os valores DOPs são de

menor importância, pois os receptores modernos são

capazes de rastrear todos os satélites visíveis. No entan-

to, eles são úteis nas operações de planejamento dos

levantamentos quando há possibilidade de ocorrer obstrução do sinal. A inclusão dessa informação nos programas de planejamento pode auxiliar na defini-ção do intervalo de coleta de dados. Nas aplicações geodésicas, faz-se, em geral, o uso de posicionamento relativo, e nesse caso tem-se maior importância a análise do Relative DOP (RDOP), introduzido pelo Prof. Clyde C. Goad em 1988.

Mais recentemente, foi introduzido pelo Prof. Teu-nissen e seu grupo, em 1997, o conceito de Ambiguity DOP (ADOP), ou seja, o DOP vinculado com as ambi-guidades, o qual está relacionado com a capacidade de solução das ambiguidades GNSS, importante no RTK e RTK em Rede, bem como no PPP. Quanto menor o valor do ADOP, maior a probabilidade de se obter a solução das ambiguidades. A seguinte expressão pro-porciona seu valor:

O lado direito da expressão é dado pelo determinan-te da Matriz Variância e Covariância das ambiguidades antes da solução como número inteiro (número real) e n é o número de ambiguidades envolvidas. O resultado é dado em ciclos.

Para o caso da segunda época de uma linha de base em que sete satélites foram observados, tal valor fica na ordem de 0,25 ciclos. Para solução instantânea das ambiguidades, esse valor deve ser reduzido para 0,13 ciclos. Para alcançar esse nível, os requisitos essenciais são: dispor de um bom modelo externo para correção dos efeitos da ionosfera, um número suficiente de saté-lites e maior número de frequências disponíveis. Dentro deste contexto, a boa notícia é a portadora L5 que es-tará presente no B loco IIF dos satélites GPS.

Para os leitores interessados no assunto, comuni-camos que um artigo com os detalhes envolvidos no ADOP, bem como alguns resultados preliminares, está sendo produzido e virá a público em breve.

P

PDOP bomP

PDOP ruim

(a) (b)

Peter J.G. Teunissen and Dennis Odijk Ambiguity Dilution of Precision: Definition, Properties and Application. Delft Geodetic Computing Centre (LGR) Faculty of Geodesy Delft University of Technology The Netherlands. 1997.Moncio J F G Posicionamento pelo GNSS: Descrição Fundamentos e aplicações. Editora UNESP, 2008. 487p

lEituras adicionais

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HExAGON 1/2

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MundoGEO 69 | 201246

O Cadastro como base de dados fundamental para o desenvolvimento territorial

CADASTRO

COMITê PErMANENTE DE CADASTrO NA IbErO AMErICA

MArLON AGuILAr CHAVESPresidente do CPCI. Engenheiro topógrafo com graduação em geodésia e topografia pela Universidad Nacional, en Heredia, Costa Rica, e bacharel em topografia pela Universidad de Costa Rica San Pedro. Funcionário do Registro Nacional desde 1984. Professor da Escola de Engenharia Civil da Universidade Latina da Costa [email protected]

A iniciativa de se criar o Comitê Permanente de Ca-dastro na Ibero America (CPCI) ocorreu em 2005,

no Seminário Internacional Infraestruturas Cadastrais e Uso da Informação Cadastral para o Desenvolvi-mento Sustentável, organizado para comemorar o 25° aniversario do Departamento Administrativo de Cadastro de Bogotá, na Colômbia. Esse evento reuniu países como Argentina, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela, sendo manifestado o de-sejo dos presentes de se organizarem em um “fó-rum para troca de experiências, formar uma rede de excelência e suporte de trabalho de cooperação...” fundamentados nos princípios de “flexibilidade orga-nizativa, participação aberta a todas as organizações cadastrais interessadas em nosso âmbito territorial...”

O anseio acima mencionado foi incluído na De-claração de Bogotá, documento elaborado durante o seminário e assinado pelos participantes. Um dos temas abordados durante o evento e inserido nesse documento, é a sensibilização das autoridades dos países da Ibero América para que compreendam e apoiem da melhor maneira essa iniciativa de criação de um fórum, promovendo até onde seja possível, maiores níveis de formação e difusão. Entende-se que é um trabalho fundamental para o avanço de projetos cadastrais de grandes dimensões e que propiciará uma adequada gestão de recursos, os quais deverão ser administrados de maneira eficiente.

A CrIAçãODurante a realização do XI Seminário sobre

Cadastro Imobiliário, foi decidida a criação do CPCI e elaborado o Estatuto do Comitê, em 12 de maio de 2006, na cidade de Cartagena das Índias, Colômbia.

Nesse documento foi manifestada a necessidade da criação de mecanismos para divulgar a importân-cia do Cadastro para o desenvolvimento dos países, como também a criação de um elo permanente entre as organizações cadastrais na Ibero América, constituindo uma rede de informações nos países.

MISSãOO CPCI é uma associação que agrupa as insti-

tuições públicas cadastrais da Ibero América. Ao reconhecer a capacidade dos profissionais repre-sentantes das instituições cadastrais, o CPCI se dedica a servir como uma rede de excelência ao intercâmbio de informação, perícia, apoio tecno-lógico e melhores práticas entre seus membros e também a auxiliar outras instituições públicas ou privadas que requeiram informações sobre o tema cadastral para desempenhar suas atividades.

Os fóruns virtuais são coordenados pelo Insti-tuto Geográfico Agustín Codazzi (Igac), que tem também organizado a revista Data Cadastro des-de 2007. O conteúdo dessa publicação é o resul-tado de um questionário dirigido aos países ibe-ro americanos e procura destacar a importância do Cadastro na tomada de decisões para o de-senvolvimento territorial. A primeira edição foi apresentada durante a segunda assembleia do CPCI em novembro de 2008. Desde então, já são três edições publicadas e a próxima está prevista para ser publicada no primeiro semestre de 2013.

As atividades e atuações do CPCi podem ser consulta-das através de sua página web www.catastrolatino.

org, mantida pela Dire-ção Geral de Cadastro da

espanha

MEMbrOSPodem se tornar membros todas as institui-

ções cadastrais que tenham a competência legal para criar e manter o cadastro a nível nacional, provincial, regional ou municipal. É importante citar que existem membros na qualidade de ob-servadores, os quais podem ser instituições de âmbito público ou privado, sem fins lucrativos.

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47 MundoGEO 69 | 2012

COMITê DIrETIVODesde a sua origem, o Comitê foi liderado tanto por representantes

do Cadastro da Espanha, o Igac da Colômbia e atualmente o Comitê Di-retivo está constituído da seguinte maneira:

Presidência - Costa ricaRegistro Imobiliário NacionalMarlon Aguilar Chaves, Subdiretor Cadastralwww.rnpdigital.go.cr

Vice-Presidência - ColômbiaIgacIván Darío Gómez Guzmán, Diretor Geral www.igac.gov.co

Vocal Europa - EspanhaDireção Geral de CadastroCristina Planet Contreras, Adjunta à Diretora Geralwww.catastro.meh.es

Vocal América do Sul - uruguaiDireção Nacional de CadastroSylvia Amado Aparicio, Diretorawww.catastro.gub.uy

Vocal América Central – PanamáAutoridade Nacional de Administração de Terras Franklin Iván Oduber Burillo, Diretor Geralwww.anati.gob.pa

Como o CPCI não possui fundos próprios, o apoio de todas as insti-tuições membros é fundamental, fazendo o melhor uso das diferentes experiências e conhecimentos que aportem cada um dos participantes.

DECLArAçõES DO CPCIÉ importante esclarecer a existência de vários documentos, as decla-

rações, que são emitidos no Comitê, durante as reuniões e assembleias e são disponibilizados através da página web www.catastrolatino.org.

Declaração de Cadastro na Ibero AméricaEm 12 de maio de 2006, também em Cartagena das Índias, é assinada

a Declaração de Cadastro na Ibero America. Trata-se de um documento de suma importância, pois resume conceitos claros sobre os Cadastros na Ibero América. Reconhece a Declaração, que os cadastros encontram-se organizados em uma ampla variedade de organizações, no entanto para todos os casos entende-se como uma função pública e que não poderá ser objeto de apropriação ou comércio privado.

Também são mencionados os distintos modelos cadastrais, enquanto alguns países têm desenvolvido um modelo relacionado ao Registro da Propriedade, com a função de incrementar o crescimento e a seguran-ça do mercado imobiliário, outros têm dado maior ênfase na finalidade fiscal, de apoio às atividades agrárias ou de desenvolvimento de infra-estruturas. Enfim, os Cadastros nos diferentes países podem ter distinta dependência orgânica e administrativa, diferentes objetivos e modelos de gestão, e apesar de tudo isto todos participam de um espírito comum.

Essa Declaração define sete princípios fundamentais que, em forma resumida, se indicam a seguir:

1. O Cadastro como sistema de informação básica do território, resulta necessário para favorecer o desenvolvimento social.

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48 MundoGEO 69 | 2012

DOCuMENTOS CONSuLTADOSEstatutos del CPCI (Cartagena de

Indias, Colombia, 2006)Declaración del Catastro en

Iberoamérica (Cartagena de Indias,

Colombia, 2006)Declaraciones del CPCI (Bogotá

2005, Cartagena 2009, Bogotá 2011)

Acta de San José (San José, Costa

Rica, 30 Marzo de 2012)Presentación Balance del CPCI,

Dr. Iván Darío Gómez, Director

del Instituto Geográfico Agustín

Codazzi. (Cartagena de Indias,

Colombia, 2009).

2. O Cadastro tem como objetivo máximo a realização dos princípios de igualdade, de se-gurança e de justiça para todos os cidadãos Ibero Americanos.

3. O Cadastro se define como um registro sob a responsabilidade do setor público que não pode ser objeto de propriedade e nem de comércio privado.

4. Todos terão acesso à informação cadastral.

5. A unidade básica do Cadastro é o lote ou prédio.

6. Os dados descreverão sua natureza rural ou urbana, sua superfície, seus lindeiros, o valor ou os direitos e restrições legais.

7. A informação inscrita nos cadastros e nos registros da propriedade deverá estar adequa-damente coordenada e conectada.

AtA de SAn JoSe

Na V Reunião Anual, realizada em San Jose, Costa Rica, entre 26 a 30 de março de 2012, com a presença de 18 entidades cadastrais representadas em 13 países, o CPCI concorda:

Em virtude dos avanços no tema e o prota-gonismo que a atividade cadastral está tendo na definição de políticas públicas na Ibero Amé-rica, o CPCI põe em manifesto aos responsáveis pela tomada de decisões, que a informação cadastral e registral, como também os serviços disponibilizados pela instituições, são a base para a segurança jurídica e a correta aplicação de políticas relacionadas ao território.

A garantia da segurança jurídica e a atu-alização econômica da propriedade são es-senciais para o desenvolvimento equitativo dos países, sendo assim a conectividade en-tre cadastro e o registro deve ser um propó-sito, tendendo a manter os dados unificados e precisos.

Também é particularmente importante o apoio prestado pelo Cadastro na proteção dos territórios de domínio público, mediante sua correta identificação e delimitação, como sua utilização em políticas do meio ambiente.

Devido aos avanços tecnológicos e da adap-tabilidade dos dados e serviços cadastrais nas ações de governo eletrônico, é possível di-vulgar e massificar seu uso, simplificando o acesso dos dados cadastrais aos usuários, em especial aos cidadãos.

Com base no exposto, recomenda-se aos governos de cada país e aos governos pro-vinciais, estaduais ou locais representados no

Agrademos à arquiteta Daniella Farias Scaras-satti, da Secretaria de Planejamento e Desenvol-vimento Urbano da Prefeitura Municipal de Cam-pinas (SP), por sua colaboração nesta publicação.

CPCI, a manutenção e um crescente esforço para fortalecer o cadastro como uma base de dados fundamental para o desenvolvi-mento de seus territórios.

CONCLuSãONa leitura da ata anterior, percebe-se a lin-

guagem simples e clara, os conceitos que esta-mos expondo há algum tempo, como se men-cionado na Declaração de 2005: “Buscar em nossos países que todas as autoridades com-preendam e apoiem da melhor maneira possí-vel o cumprimento de nosso propósito”.

Manifestamos nosso desejo de que esta mensagem seja utilizada por qualquer profis-sional que necessite justificar seus projetos cadastrais junto às instâncias políticas corres-pondentes, mesmo que a instituição a que per-tença não seja membro do CPCI. Manifestamos também nosso desejo de que mais instituições cadastrais se unam a este esforço que se realiza através do CPCI.

Manifestamos nosso desejo de que

esta mensagem seja utilizada por qualquer

profissional que necessite justificar

seus projetos cadastrais junto às instâncias políticas

correspondentes

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49

GEOINCRA

LEGISLAçãO CADASTrAL – Parte IConceitos e dicas para o correto preenchimento da documentação

O Certificado de Cadastro de Imóvel rural (CCIR), emitido

pelo Incra, foi instituído pela Lei Federal 5.868 de 12/12/72, regulamen-

tada pelo Decreto 72.106 de 18/04/73, que obriga todos os proprietá-

rios rurais, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título,

bem como os parceiros arrendatários e comodatários a se cadastra-

rem no Incra, onde após o cadastro o proprietário obterá o respectivo

CCIR, documento indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar,

vender ou prometer em venda o imóvel rural e para homologação de

partilha amigável ou judicial “sucessão causa mortis”, de acordo com

a Lei 4.947 de 06/04/66.

É importantíssimo que todo profissional credenciado no Incra

para executar trabalhos de georreferenciamento de imóvel rural em

atendimento à Lei 10.267/01 tenha total conhecimento de toda essa

legislação afeta, pois terá reflexos na apresentação final de seus tra-

balhos que serão certificados.

Nesta edição daremos início à primeira etapa na série de três, onde

orientaremos os profissionais credenciados a terem conhecimentos

básicos sobre toda a legislação cadastral e alguns conceitos funda-

mentais para que o mesmo se qualifique a preencher corretamente os

três formulários de coleta de dados do imóvel, os quais deverão fazer

parte dos documentos necessários à Certificação exigida no Decreto

4.449/02 que regulamentou a Lei 10.267/01. Este é um serviço a mais

que o profissional poderá oferecer ao proprietário que o contratou,

visto que este formulário na maioria das vezes é preenchido errone-

amente, onde os equívocos cometidos no ato do preenchimento

podem ensejar a classificação irreal do imóvel, quanto à sua efetiva

utilização (exploração) e produção (eficiência).

O que deve ser cadastrado - O imóvel rural: “prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se des-tine ou possa se destinar a exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial”, nos termos da Lei 8.629 de 25/02/93 e Estatuto da Terra – Lei 4.504 de 30/11/64.

Em termos conceituais considera-se como um único imóvel, uma ou mais áreas confinantes, registradas ou não, pertencentes ao mesmo proprietário ou posseiro, na ocorrência destas hipóte-ses: estar situado total ou parcialmente em um ou mais municípios; estar situado total ou parcialmente em zona rural ou urbana; ter interrupções físicas tais como: cursos d’agua e estradas , desde que seja mantida a unidade econômica, ativa ou potencial.

Quem deve cadastrar: As pessoas que mantém vincu-lação com o imóvel rural: proprietários, posseiros e detento-res a qualquer título, bem como os parceiros, arrendatários, comodatários e usufrutuários.

Proprietário: é a pessoa física ou jurídica que possui imóvel rural, válido e regularmente destacado do patrimô-nio público, registrado em seu nome no Registro Imobili-

rObErTO TADEu TEIxEIrA Engenheiro agrimensor, especialista em georreferenciamento de imóveis rurais, formado pela Feap, de Pirassununga (SP). Professor do curso de pós-graduação em georreferenciamento de imóveis rurais – disciplina “Normas e Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis” da Universidade Regional de Blumenau (SC); Fundação Educacional de Fernandópolis (SP) e União Educacional do Norte, em Rio Branco (AC). Integrante da equipe técnica que elaborou a Norma de Georreferenciamento de Imóveis Rurais do Incra. Ministra o Curso Legeo na Universidade Santiago & Cintra [email protected]

ário. Detém o domínio pleno (direto e útil), assim concei-tuados: direto diz respeito ao direito de dispor do imóvel rural; útil diz respeito ao direito de utilizar ou usufruir do imóvel rural.

Enfiteuta ou Foreiro: é a pessoa que possui o domínio útil do imóvel rural, através de constituição de um título de domí-nio, caracterizado como “Carta de Aforamento ou Enfiteuse”.

usufrutuário: é o titular do direito de usufruto de um bem imóvel rural, através de cessão ou reserva de usufru-to, possuindo, usando, administrando e percebendo seus frutos, não podendo, entretanto, dispor do imóvel.

Nu-proprietário: é a pessoa que detém o direito de dispor do imóvel rural (domínio direto), não podendo, en-tretanto, utilizá-lo ou usufruí-lo, visto que este direito ficou reservado ao usufrutuário (domínio útil).

Posseiro a Justo Título: é a pessoa que exerce o direito de posse, que configura por um ato translativo de domí-nio, cujo título não foi ainda levado a registro imobiliário.

Posseiro por simples ocupação: posseiros sem docu-mentos de titulação, promitentes compradores que detém a posse e os titulares da posse oriunda de concessão de uso fornecida pelo Governo Federal, Estadual e Municipal. Quan-do o imóvel rural for explorado mediante arrendamento, parceria ou comodato caberá aos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título, apresentar ao Incra as declarações de cadastro de cada um dos arrendatá-rios, parceiros ou comodatários, assim conceituados: arren-datário é a pessoa que explora imóvel rural, no todo ou em parte, mediante contrato escrito ou verbal, remunerando o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título com valor pré-determinado; parceiro é a pessoa que explora o imóvel rural, no todo ou em parte, mediante con-trato agrário escrito ou verbal, remunerando o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título com um percentual da produção alcançada; comodatário é a pessoa que explora imóvel rural, no todo ou em parte, cedido pelo proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título de forma gratuita.

Como utilizar os formulários: Existem três formulários, sen-do dois destinados à coleta de dados referentes ao imóvel rural e um às informações sobre as pessoas e sua vinculação com o imóvel: Declaração para cadastro de imóveis rurais - dados pes-soais e de relacionamento; Declaração para cadastro de imóveis rurais - estrutura; Declaração para cadastro de imóveis rurais - uso.

Cabe esclarecer que a Norma de Execução 96/2010 do Incra não exige a apresentação dos formulários de cadastro rural entre os do-cumentos obrigatórios para protocolar um processo de certificação em atendimentos à Lei 10.267/01, no entanto, no artigo segundo, parágrafo terceiro da própria Lei, a atualização cadastral será neces-sária e obrigatória sempre que ocorrer alteração na área do imóvel.

Desta forma, recomendamos que apresente os formulários de cadastro corretamente preenchidos e assinados, para que o Incra proceda a devida atualização cadastral da área do imóvel, a qual foi modificada em função do georreferenciamento.

+Info www.incra.gov.br

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MundoGEO 69 | 201250

Pesquisas do Parque Tecnológico de Itaipu são aplicadas dentro e fora da usina e contribuem para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento regional

GEOTECNOLOGIA E CONHECIMENTO A FAVOr DA SOCIEDADE

Maior usina hidrelétrica do mun-do em geração de energia, a

Itaipu é uma obra que encanta pela suas dimensões e pelos seus aspec-tos tecnológico e ambiental. Com uma potência instalada de 14 mil me-gawatts, a usina de Itaipu abastece o equivalente a 18,9% do consumo de energia elétrica do Brasil e cerca de 77,% de toda a energia consumida no Paraguai.

Em 2003, a usina ampliou sua mis-são empresarial, visando executar ações que impulsionassem o desen-volvimento regional, econômico, tu-rístico, tecnológico e sustentável em ambos os países. Nesse contexto foi criado o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Instalado nos antigos alojamen-tos dos operários que construíram a usina de Itaipu, o parque conta com uma área de 116 hectares. Neste am-biente, o PTI reúne ações em duas ver-tentes: desenvolvimento regional e re-torno à Itaipu. Ao caminhar por alguns minutos em suas instalações, é possí-vel perceber que o parque trabalha para promover avanços científicos e tecnológicos e, dessa forma, participar do desenvolvimento regional, atuando também no processo de moderniza-ção da usina.

GEO EM ITAIPU

Veja mais em http://ead.pti.org.br/wra

Por alExandrE scussEl Com espaço para formação, capacitação e incentivo à pes-quisa, o PTI trabalha de forma integrada com instituições de ensino, recolhendo muitas vezes alunos para atuar junto ao Par-que. As instituições instaladas no PTI são: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Aberta do Brasil (UAB), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e a Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec). Assim, não é incomum observar muitos “rostos jovens” integrando o corpo de funcionários do PTI, sem renunciar o caráter responsável e comprometido com a inovação tecnológica.

HIDrOINFOrMáTICASendo uma binacional, um dos desafios do PTI é trabalhar em

conjunto com laboratórios e pesquisadores localizados dos dois lados da usina. Através de equipes multidisciplinares, o parque transpõem muitas barreiras físicas e culturais. Um exemplo é o Centro Interna-cional de Hidroinformática (CIH), resultado de uma parceria entre a Itaipu Binacional e o Programa Hidrológico Internacional da Unesco. Visando promover o acesso universal à hidroinformática com o uso de softwares livres, o CIH trabalha em quatro áreas temáticas: gestão de bacias hidrográficas, modelagem hidrológica, plataforma web de gestão territorial e a plataforma Web Rádio Água (WRA).

O Centro tem seu foco de atuação na América Latina e Caribe, mas desenvolve projetos para vários locais, inclusive na África, vi-sando promover o acesso das pessoas à água, trabalhando a relação das pessoas com o meio ambiente e o entorno dos recursos hídricos, através do desenvolvimento de tecnologias para acesso à informação. Como base de território para os estudos o CIH utiliza a bacia Hidrográ-fica do Paraná III (área de abrangência da usina). O Centro promove o desenvolvimento por meio de três frentes de atuação: o Cadastro Técnico Multifinalitário (CTM), a plataforma interativa WRA e a comu-nidade brasileira do software livre gvSIG, que teve início através de uma iniciativa do CIH.

A fim de disponibilizar e interpretar os dados coletados em pesqui-sas, como auxílio à tomada de decisão e modelagem hidrológica, o Centro faz uso de sistemas de informação. Para o processamento e es-tudo de dados, o CIH produz modelos hidrológicos, que demonstram o risco de ocorrência à seca, inundação e outros impactos, por exem-plo. Para permitir o acesso e compartilhamento a estas informações, por parte da sociedade, o Centro possui ferramentas como a WRA.

PLATAFOrMA uNIFICADAO uso e desenvolvimento de sistemas de geoprocessamento

pelo CIH se dá, principalmente, pelo software livre gvSIG, para a produção de material cartográfico. Segundo Rafael de Aguiar Gonzalez, engenheiro ambiental do PTI, “o gvSIG atende as neces-sidades do Centro para a geração de dados cartográficos, sendo compatível com padrões internacionais do OGC e com projetos

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51 MundoGEO 69 | 2012

Veja mais em www.plataformaitaipu.

org

Saiba mais!www.pti.org.brwww.hidroinformatica.org

gerados pela Usina, esta que por sua vez utiliza o software ArcGIS”. Para processar e disponibilizar os dados gerados pelo corpo de engenheiros do PTI, o Centro utiliza como ferramenta padrão o gvSIG e também outros, como o QuantumGIS, para fazer validações e verificações. O CIH, conforme afirma Marcos Roque da Rosa, utiliza a plataforma Java para o desenvolvimento de sistemas para web, banco de dados PostgreSQL e extensão PostGIS. “Estamos ago-ra com um projeto que irá unificar todas informações geográficas em uma base de dados centralizada. Vemos, atualmente, várias organizações tentando fazer esta plataforma unificada. É um grande desafio categorizar tantas classes de informações”, afirma o analista de sistemas.

O Centro de Hidroinformática, como afirma Gonzalez, trabalha através de parcerias com empresas e instituições para o desenvolvimento da inovação tecnológica, por se tratar de um programa do PTI que não visa o lucro. Além disso, o CIH ministra regularmente cursos de atualização, dentre eles de manuseio do gvSIG. Dentre as platafor-mas de cadastro técnico que o CIH vêm desenvolvendo, hoje, está o Sistema Gestor de Energias Renováveis, que possibilita a integração entre geração e consumo de energia elétrica por meio da visualização geográfica e a emissão de relatórios do potencial energético dessas fontes. Outro exemplo é o Sistema de Qualidade de Plan-tio Direto na Palha, que possibilitará o cadastro, cálculo de indicadores e visualização geográfica de informa-ções e parâmetros das propriedades, classificando-as em relação à qualidade do plantio. Outro projeto em desenvolvimento pelo CIH é o Sistema Informações de Energias Renováveis para América Latina e Caribe, que irá ampliar a base de informações energéticas da Organiza-ção Latino-Americana do Desenvolvimento Energético (Olade). O sistema proporcionará a visualização dessas informações, de cada país, georreferenciadas através de mapas interativos.

SEGurANçA DE bArrAGENSO Parque Tecnológico de Itaipu conta com um Centro

de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ce-asb), que desenvolve pesquisas e atende às demandas da Itaipu Binacional. Paralelo a isso, o Ceasb também proporciona o desenvolvimento técnico-científico da região, por meio de pesquisas realizadas por universida-des, parceiros e pelo meio técnico da Itaipu Binacional. São pesquisas que têm como base os dados técnicos da Usina, relacionados com o comportamento das estrutu-ras da barragem e seus respectivos materiais. Tais estru-turas e materiais são modelados e simulados, utilizando parâmetros resultantes da instrumentação.

Assim como outros setores do PTI, o Centro também busca, nas universidades parceiras, novos profissionais

para compor seu quadro de pesquisadores, em diferen-tes linhas de pesquisa, como modelagem 3D, simulação, robótica, sustentabilidade em UHE, métodos numéri-cos aplicados a engenharia, monitoramento estrutural, concreto, instrumentação, geotecnia, base de dados, realidade aumentada e cadastro. O Ceasb conta atu-almente com 75 bolsistas. Na linha de modelagem 3D, com o aporte de softwares específicos, tais como Ansys e SolidWorks, o Ceasb produz projetos de simulação em 3D, capazes de auxiliar no monitoramento de bar-ragens, identificando fissuras, por exemplo. A realização de modelos em 3D é um projeto que está sendo imple-mentando atualmente, e que visa modernizar o arquivo técnico da usina - feito manualmente em 2D durante a construção da barragem - facilitando o acesso a essas informações e o trabalho de manutenção e operação, com um arquivo técnico digital disponível na rede.

Outra linha de pesquisa desenvolvida pelo Centro é o cadastro de barragens, realizado através de uma parceria com o Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB). No sistema web, que já se encontra disponível para as-sociados do CBDB, pode ser feito o cadastro de todas as barragens do Brasil. O sistema conta com informações referentes a dados da barragem da usina, tais como produção de energia, localização, altura, entre outras. Para a linha de pesquisa que trata de geotecnia, o Ceasb utiliza o ArcGIS e também o Grass e o Spring. Já na linha de pesquisa sobre realidade aumentada, atualmente o Centro vem desenvolvendo projetos que visam auxiliar no treinamento e o trabalho de funcionários, durante inspeções e manutenções. Segundo engenheiro do Ce-asb, “quando o funcionário for realizar a manutenção da barragem, ao focar seu tablet nos instrumentos, todas as informações coletadas serão mostradas e armazenadas em seu banco de dados”.

SuSTENTAbILIDADE E COMPrOMETIMENTO SOCIAL

Muitos dos projetos desenvolvidos pelo Parque Tec-nológico de Itaipu são voltados para a utilização e de-senvolvimento de energias renováveis, em especial com resíduos sólidos rurais e urbanos. Para disseminar o uso de tais energias, o PTI conta com a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis (Pier), que visa demonstrar a viabi-lidade técnica, econômica e ambiental do uso de fontes renováveis de energia. A plataforma atua na criação de novas oportunidades de negócios e busca proporcio-nar autonomia energética para os setores agropecuário e agroindustrial da região oeste do Paraná, paralela-mente a um processo de saneamento ambiental. Ao desenvolver a metodologia da Pier, a Itaipu atua como articuladora de diferentes atores econômicos e sociais, como instituições de ensino e pesquisa, associações e cooperativas, empresas e governos.

promoção especia

l

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INTErGEO

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| Infraestruturas de dados espacIaIs | GerencIamento da Informação GeoespacIal |

Ide#Connect

O Intergeo, evento

internacional voltado para a

indústria da geoinformação,

geodésia e gestão territorial

que acontece anualmente

na Alemanha, em 2012

terá em sua programação

a 1ª Conferência da

Infraestrutura de Dados

Espaciais da Europa (Inspire)INTErGEO

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INTErGEO rEúNE ESPECIALISTAS DA INSPIrEEspecialistas falam sobre infraestruturas de dados espaciais e gerenciamento da geoinformação

IDE#CONNECT

O Intergeo, evento internacional voltado para a indústria da geoinformação, geodésia e gestão

territorial, acontece anualmente na Alemanha. Em 2012, em sua 18ª edição, a conferência vai aconte-cer na cidade de Hannover, de 9 a 11 de outubro, e terá em sua programação a 1ª Conferência da In-fraestrutura de Dados Espaciais da Europa (Inspire).

A Inspire é uma iniciativa fundamental para o desenvolvimento da geoinformação da infraestru-tura de dados espaciais na Europa. Segundo o Dr. Andreas Wytzisk, da empresa alemã Con terra, o foco agora está mudando cada vez mais do forne-cimento de dados para a utilização de dados. Em

sua opinião, é também crucial, para governos, que administrações regionais e autoridades locais che-guem a um acordo em determinadas condições de licença para o uso de dados serviços.

Segundo a organização do evento, este cenário será uma das principais discussões da Conferência Inspire no Intergeo, que irá focar não só nas vanta-gens, mas também no potencial de mercado e casos de sucesso de melhores práticas. Uma explicação de geoestratégia nacional será formulada ao final da conferência.

Infowww.intergeo.de/en

MundoGEO 69 | 201254

O Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês) anunciou recentemente que Trevor Taylor é o novo diretor de serviços para as Amé-ricas. Trevor tem mais de 24 anos de experiência no setor privado na co-munidade internacional de Obser-vação da Terra.

Com formação em Geografia (Uni-versidade de Carleton, Canadá), trabalhou com a Dipix Te-chnologies, Interra Tecnologias (agora InterMap) e, nos últimos 18 anos, junto à PCI Geomatics, onde seu último cargo foi diretor de desenvolvimento de negócios com foco na América do Sul e Central.

Taylor tem experiência global em uma grande variedade de serviços técnicos, atuando com clientes, projetos, negó-cios e em atividades de planejamento estratégico. Taylor foi a ponte de negócios entre a PCI Geomatics e o OGC durante a última década, representando os interesses de ambas as partes, particularmente na América do Sul, Índia, China e Europa Ocidental.

OGC TEM NOVO DIrETOr PArA AS AMérICAS

O MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, maior evento de geotecnologias da América Lati-na, realizado de 29 a 31 de maio em São Paulo (SP), trouxe vários profissionais e representantes de em-presas e instituições para debater temas de interesse da comunidade geoespacial. A equipe MundoGEO cobriu todo o evento, entrevistando palestrantes, expositores e visitantes.

A série de vídeos sobre o MundoGEO#Connect traz uma entrevista exclusiva com Rafael Lopes da Silva, Supervisor de Mapoteca Digital na Gerência de Infraestrutura de Dados da Coordenação de Cartografia da Diretoria de Geociências do Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Veja como o especialista explica o conceito de meta-dados, apontando suas características, utilização e disponibilização junto à Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde).

INFOhttp://youtu.be/uiYXPi95F0M

ESPECIALISTA DO IbGE ExPLICA COMO uSAr METADADOS

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55

O Centro de Água do Trópico Úmido para a Amé-rica Latina e Caribe (Cathalac) lança o PortalGIS, uma nova ferramenta para apoio à Mesoamérica e Caribe sobre questões de meio ambiente, risco de desastres e mudanças climáticas. O PortalGIS é um sistema web amigável de informação geográfica que, através de um portal interativo, oferece dados temáticos visu-ais, aplicáveis às diferentes necessidades regionais, compartilhando informações geoespaciais dispo-níveis através da web para toda a comunidade da região. Esta ferramenta permite aos usuários visua-lizar e compartilhar informações geoespaciais sem a necessidade de software especializado. Apoiado por uma infraestrutura robusta interna, que garan-te aos usuários a disponibilidade, confiabilidade dos processos, bem como navegação do site de forma mais fácil e eficaz, o PortalGIS oferece aos usuários um conjunto de ferramentas que ajudam a realizar várias análises e estudos, desde consultar estatísti-cas populacionais, visualizar o número e localização dos incêndios, até a delimitação interativa de bacias hidrográficas nacionais e das fronteiras.

Fonte: Informativo IDE-LAC

INFOhttp://portalgis.cathalac.org/cathalac/maps

MundoGEO 66 | 2012 55

A Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) do Exército Bra-sileiro possui uma grade regular de cursos voltados para a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), aquisição e tratamento de dados geoespaciais, entre outros temas.

Em 2012, a DSG está com inscrições abertas para nove cursos, tais como Introdução às Especificações Técnicas do Mapeamento Sistemático Terrestre da Inde, Metodolo-gia de Aquisição de Dados Geoespaciais, Metodologia de Tratamento e Edição de Dados Geoespaciais, entre outros.

Com duração de 40 horas, todos os cursos se-rão realizados em Brasília (DF), no Centro de Ima-gens e Informações Geográficas do Exército (CI-GEx). Para mais informações e inscrições, acesse a página de cursos da Diretoria de Serviço Geográfico em http://ning.it/OD3OVi.

ExérCITO PrOMOVE CurSOS DE GEOTECNOLOGIAS

A Presidência da Comissão Nacional de Cartografia (Concar), por intermédio da Secretária de Planejamento e Investimen-tos Estratégicos, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, realiza a Primeira Jornada Inde Academia, de 24 a 26 de setembro no Auditório da Escola Nacional de Administração Pública, em Brasília (DF).

O objetivo do evento é ampliar a cooperação entre a aca-demia, gestores de políticas públicas e as instâncias de coor-denação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), permitindo um avanço nos debates sobre as atividades de ensino, desenvolvimento, pesquisa e inovação em temáticas associadas à inserção da dimensão territorial na gestão de po-líticas públicas, num contexto de desenvolvimento e aperfei-çoamento da Inde.

A expectativa é que o evento em foco permita uma aproxi-mação entre as demandas dos gestores públicos por captar a dimensão territorial no planejamento público e a visão da aca-demia, identificando oportunidades de ampliação e diversifica-ção de suas linhas de pesquisa em temáticas de interesse para a consolidação da Inde como plataforma governamental para o monitoramento e avaliação das políticas públicas.

INFOwww.concar.ibge.gov.br

CONCAr rEALIzA EVENTO SObrE A INDE

CATHALAC LANçA VISOr GEOGráFICO PArA MESOAMérICA E CArIbE

Em sua nona Reunião Plenária, o Grupo de Pla-nejamento GTplan do Comitê Permanente para Infraestrutura de Dados Geoespaciais das Amé-ricas (CP-IDEA) apresentou o “Diagnóstico sobre temas relevantes da gestão de informação geoes-pacial e desenvolvimento das Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) nos países das Américas”. Esta nova publicação encontra-se disponível em http://ning.it/OBWrYC.

DIAGNóSTICO 2012 DAS IDES NAS AMérICAS

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qUEM é qUEM

Ramón moRales Zúñiga Sales Account Manager - Trimble Navigation. Santiago, Chile. Formado em Engenharia de Geomensura pela Universidade de Santiago do Chile, Mestre em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná. Já trabalhou na Finning Chile, diretor de tecnologia a bordo de maquinaria para mineração.

Tomás DonDa Gerente de Serviços – Aeroterra. Buenos Aires, Argentina. Formado em Análise de Sistemas e Técnico Eletromecânico. Já trabalhou na IBM.

PeDRo F. Figoli CEO – Geofusion. São Paulo (SP) Brasil. Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Já trabalhou no Banco Nacional e KFC.

PaTRícia PRocóPio Coordenadora de Geoinformação – Vale. Belo Horizonte (MG) Brasil. Formada em Geologia com Especialização em Geoprocessamento.

TaTa lacale canal Channel Sales Manager - GeoEye Brasil. Rio de Janeiro (RJ) Brasil. Formado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Mestrado em Geoinformatics pelo ITC, Holanda. Já trabalhou na Space Imaging Brasil e Digibase.

RobeRTo VaRela Regional Sales Manager South America – DigitalGlobe. São Paulo (SP) Brasil. Formado em Engenharia Eletrônica pela Universidade São Judas Tadeu e pós graduado em Gestão de TI pela Faculdade de Informática e Administração Paulista. Já trabalho na Bentley, Elucid Solution e Sisgraph.

maRksuel XaVieR basTos Engenheiro de Geodésia – Petrobras. Rio das Ostras (RJ) Brasil. Formado em Engenharia Cartográfica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Já trabalhou no Comando da Aeronáutica.

A revista MundoGEO dá continuidade à série iniciada na edição 66 e mostra a você quem são os profissionais de destaque do setor de geotecnologia na América Latina.

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TrIMbLE

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58 MundoGEO 69 | 2012

As seguintes empresas, presentes no Portal MundoGEO, convidam-no para visitar seus sites com informação atualizada sobre negócios, produtos e serviços.

Para participar desta seção, entre em contato pelo email [email protected] ou ligue +55 (41) 3338-7789

ONLINE

ÍNDICE DE ANuNCIANTES

Anunciante Página

AMS Kepler 19

CPE Tecnologia 15

Furtado Schmidt 5 | 31

Garmin 61

Geoambiente 21

Embratop 59

Hexagon 45 | 63

HXR 21

Imagem 13

Intergeo 52

Space Imaging 37

Techgeo 23

Trimble 57

www.sightgps.com.br

SIGHT GPS

www.aleziteodolini.com

ALEzI TEODOLINI

www.abandeira.com

bANDEIrA

www.cpetecnologia.com.br

CPE TECNOLOGIA

www.embratop.com.br

EMbrATOP

furtadonet.com/lojavirtual

FurTADO, SCHMIDT

www.geoposition.com.br

GEOPOSITION

www.geosoft.com

GEOSOFT

www.img.com.br

IMAGEM

www.labgis.uerj.br/extensao

LAbGIS ExTENSãO

www.runco.com.ar

www.engesat.com.br

ruNCO

ENGESAT

SANTIAGO & CINTrACONSuLTOrIA

AuTODESk

TECNOSAT

www.santiagoecintra.com.br

www.sp.senac.br

www.spaceimaging.com.br

SANTIAGO & CINTrAGEOTECNOLOGIAS

SENAC

SPACE IMAGING

ww.santiagoecintraconsultoria.com.br

www.autodesk.com.br

www.tecnosatbr.com

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EMbrATOP

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60 MundoGEO 69 | 2012

Evento apresenta temas que vão inspirar os cursos, seminários e fóruns previstos para 2013. Comunidade do setor pode colaborar enviando ideias e propondo soluções a estes desafios do encontro, que acontece em junho de 2013 em São Paulo (SP)

MUNDOGEO#CONNECT

O MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013, maior e mais importante evento do setor de soluções geoespaciais na América Latina, que se realizará de 18 a 20 de junho em São Paulo (SP), já conta com um novo site exclusi-vo sobre o encontro. Os interessados no evento podem visualizar melhor fotos, vídeos, notícias, depoimentos, e também interagir colaborando na construção dos conteúdos. Acesse o site em http://mundogeoconnect.com.

Entre os destaques desta nova plataforma está uma área dedicada aos “desafios” que o evento propõe debater, baseados no tema “Novas ideias, grandes soluções”. A partir das ideias recebidas de toda a comunidade de ge-otecnologia, os conteúdos dos cursos, seminários e fóruns serão elaborados.

Conheça os 24 desafios propostos pelo evento:

• Mineração & GIS 3D• Distribuição de Dados Geoespaciais• Diversidade das Soluções Aerotransportadas• Lei de Acesso à Informação• rOI das Informações Geográficas• Soluções Geoespaciais na América Latina• Agência Nacional de Cartografia• Produtividade da Automação Topográfica• Obras de Infraestrutura• óleo & Gás em Terra e águas Profundas• Serviços de Localização• Imagens de Satélite• Geomarketing na Prática• GIS• Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs)• Qualidade de Dados Geoespaciais• Profissional de Geo do Século 21• Infraestruturas de Dados Espaciais• Soluções Geoespaciais para Gestão Pública e Privada• Valor da Informação Geográfica Inteligente• Cidades Geoinovadoras• Mapeamento Colaborativo• Cadastro Técnico Multifinalitário• Georreferenciamento de Imóveis rurais

Esta fase de coleta de informações se encerra no final de outubro, já que em novembro a grade pre-liminar do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013 deverá ser definida e lançada no site do evento. Para enviar suas ideias para os desafios propostos, acesse: http://mundogeoconnect.com/2013/cat/desafios.

MuNDOGEO#CONNECT 2013 APrESENTA 24 DESAFIOS à COMuNIDADE DE GEOTECNOLOGIA FEIrA

A visitação da feira é gratuita para profis-sionais do setor, mediante credenciamento com antecedência. Desta forma, você evitará filas pois sua credencial estará a disposição nos terminais de auto-atendimento e na se-cretaria do evento.

+Infohttp://[email protected]://twitter.com/mundogeowww.facebook.com/mundogeoconnect41 3338 7789 | 11 4063 8848

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GArMIN

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GUIA DE EMPRESAS

EMPRESA SITE CIDADE SErVIçOS PrODuTOS

Mapeamento Georreferenciamento Outros Dados Equipamentos Softwares

Aerocarta S.A. www.aerocarta.com.br São Paulo (SP) • • •

Aerogeo www.aerogeo.com.br Porto Alegre (RS) • •

Aeromapa www.aeromapa.com.br Curitiba (PR) • • • •

Aerosat www.aerosat.com.br Curitiba (PR) • • •

Alezi Teodolini www.aleziteodolini.com.br São Paulo (SP) • • • • •

Allcomp www.allcompgps.com.br Porto Alegre (RS) • • •

AMS kepler www.amskepler.com Rio de Janeiro (RJ) • • • •

Autodesk www.autodesk.com.br São Paulo (SP) •

base www.baseaerofoto.com.br São Paulo (SP) • • • • •

CPE Tecnologia www.cpeltda.com.br Belo Horizonte (MG) • • • •

Embratop www.embratop.com.br São Paulo (SP) • • •

Engefoto www.engefoto.com Curitiba (PR) • • • •

Engemap www.engemap.com.br Assis (SP) • • • •

Engesat www.engesat.com.br Curitiba (PR) • • • •

Fototerra www.fototerra.com.br São Paulo (SP) • • • • •

Funcate www.funcate.org.br São José dos Campos (SP) • •

Geoambiente www.geoambiente.com.br São José dos Campos (SP) • • • •

Geofusion www.geofusion.com.br São Paulo (SP) • • •

Geograph www.geograph.com.br São Paulo (SP) • • •

GeoHorizonte www.geohorizonte.com.br Belo Horizonte (MG) • •

Geojá www.geoja.com.br São Paulo (SP) • • • •

Geomat www.geomat.com.br Belo Horizonte (MG) • • •

GeoPed www.geoped.com.br João Pessoa (PB) • • • • •

GlobalGeo www.globalgeo.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • • •

HGt www.geoexpert.com.br Belo Horizonte (mg) • • • •

Hiparc www.hiparc.com.br Belo Horizonte (MG) • • • • •

Hxr www.hxrtophid.com.br São Luís (MA) • •

IPNET Soluções www.ipnetsolucoes.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • •

k2 Sistemas www.k2sistemas.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • • • • •

Medral www.medral.com.br São Paulo (SP) • • • •

MemoCAD www.memocad.com.br Belo Horizonte (MG) • • • • •

NIP SA www.nipdobrasil.com.br Vitória (ES) • • •

NorteGeo nortegeo.net Castanhal (PA) • • • •

OpenGeo www.opengeo.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • • •

Orbisat www.orbisat.com.br São José dos Campos (SP) • • • • •

rCr www.rcrequipamentos.com.br Ribeirão Preto (SP) • • •

Sisgraph www.sisgraph.com.br São Paulo (SP) • • • •

Softmapping www.softmapping.com.br Curitiba (PR) • • • • •

Solution Softwares www.solsoft.com.br Matão (SP) • • •

Space Imaging www.spaceimaging.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • •

SPGEO Sistemas www.spgeosistemas.com.br São Carlos (SP) • • •

Telepazio brasil www.telepazio.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • •

Terravision www.terravisiongeo.com.br Nova Lima (MG) • • • • • •

Threetek www.threetek.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • • •

Topocart www.topocart.com.br Brasilia (DF) • • •

Topomapa www.topomapa.com.br Ourinhos (SP) • • •

VirtualCAD www.virtualcad.com.br Belo Horizonte (MG) • • •

O Guia MundoGEO é a lista mais completa do Brasil de empresas do setor de geotecnologias, divididas em prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos e equipamentos. Acesse www.mundogeo.com/empresa e saiba mais.

Inclua sua empresa no guia online do Portal MundoGEO e na tabela acima | Informações: (41) 3338 7789 | [email protected] | @mundogeo

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HExAGON 2/2

Page 64: Revista MundoGEO 69

Bourbon Convention IbirapueraAv. Ibirapuera, 2927 - MoemaSão Paulo - SP Contato: [email protected] • (11) 4063 8848 • (41) 3338 7789 Mais informações: mundogeo.com/seminarios

VANTS (VEÍCULOS AÉREOS NÃO TRIPULADOS)Con�ra as questões sobre regulamentação e oportunidades neste mercado, além das características e aplicações dos diversos tipos de VANTs com sensores para mapeamento, nas áreas de meio ambiente, �orestal, agricultura, infraestrutura, gestão territorial, entre outras.mundogeo.com/seminarios/vants

25 de outubro9h às 17h

Participe do novo projeto da MundoGEO! Você pode optar por estar presente nos seminários em São Paulo ou acompanhar o evento a distância, ao vivo, pela internet. Em ambos os casos, você poderá interagir com os palestrantes. Quem estiver presente também terá a oportunidade de visitar as exposições exclusivas de equipamentos, softwares e serviços paralelas aos seminários.

GEORREFERENCIAMENTODE IMÓVEIS RURAIS (apenas online)Saiba mais sobre as questões atuais da legislação e normas técnicas necessárias à aprovação dos projetos junto ao Incra e aos cartórios de Registro de Imóveis. Especialistas ligados ao Incra, cartórios, pro�ssionais e empresas que executam esses trabalhos debaterão vários casos práticos de levantamentos e aprovação de projetos.mundogeo.com/webinar/gir

6 de dezembro

9h às 17h

INVESTIMENTOsemináriopresencial R$ 345,00seminárioonline R$ 99,00

GEOMARKETING NA PRÁTICA (apenas online)Participe deste evento que irá abordar as principais tendências relacionadas aos sistemas para tomada de decisão, fontes de dados geográ�cos e socioeconômicos, além da avaliação do custo e benefício de investimentos na área de inteligência geográ�ca para empresas de vários tipos e portes.mundogeo.com/webinar/geomarketingnapratica

29 de novembro

9h às 17h

presencial e onlineSEMINÁRIOS